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1 ÍNDICE ESTUDO DO INVESTIMENTO PRIVADO BUSINESS ANGELS, NO SUL ESPANHA E PORTUGAL

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ÍNDICE   

ESTUDO DO INVESTIMENTO PRIVADO BUSINESS ANGELS, NO SUL ESPANHA E PORTUGAL

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Documento

ESTUDO, ANÁLISE E CARATERIZAÇÃO DO INVESTIMENTO PRIVADO PARA O EMPREENDEDORISMO NO SUL DE PORTUGAL E ESPANHA

Edição: FEVEREIRO 2018

Conceção e elaboração

Cercania Consultores.

 

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INVESTIMENTO

   

1. INTRODUÇÃO

2. CONCEPTUALIZAÇÃO

3. MAPA DE SERVIÇOS FINANCEIROS

4. CARATERIZAÇÃO DO INVESTIMENTO PRIVADO NO NOSSO

ÂMBITO DE COOPERAÇÃO

5. MATRIZ POR TIPOLOGIA DE INVESTIDORES. MODELOS DE

INVESTIMENTO

ÍNDICE

Bibliografia

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6. ROTEIRO. 52 

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1. INTRODUÇÃO  

O mundo do empreendedorismo é um âmbito em constante evolução. O próprio  conceito  é  mutante  em  si,  o  empreendedor  atual  é  muito diferente  do  empreendedor  de  há  apenas  dez  anos.  Esta  mesma apreciação  aplica‐se  ao  investimento  "casual"  ou  investimento de  apoio ao  empreendedorismo.  Palavras  como  "start‐ups",  "fundos  de investimento", "capital de risco" ou "business angels" estão cada vez mais presentes  na  linguagem  empresarial.  Por  conseguinte,  as  ferramentas para o apoio ao empreendedorismo devem evoluir da mesma forma.  

Foi neste  contexto que determinadas entidades de apoio nas províncias espanholas  de  Cádis,  Sevilha,  Córdova  e  Huelva,  na  Andaluzia,  e  do Alentejo e Algarve, em Portugal, decidiram pôr em prática um projeto de cooperação territorial, o projeto ESPOBAN1. O objetivo fundamental deste programa  é  gerar  e  proporcionar  o  acesso  ao  investimento  privado  de projetos  empresariais  portugueses  e  espanhóis,  de  modo  a  que  estas iniciativas tenham a possibilidade de obter financiamento privado através de  investidores  de  âmbito  nacional  e  internacional,  fomentando  o empreendedorismo, a consolidação de projetos empresariais, o aumento da  competitividade  das  iniciativas  empresariais  e,  consequentemente,  a redução do desemprego, alcançada através da entrada de capital privado em  ideias  e  projetos  empresariais  de  modo  a  que  estes  possam  ser concretizados. 

                                                            1 Projeto cofinanciado pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, no âmbito do Programa INTERREG V‐A Espanha – Portugal (POCTEP) 2014‐2020. 

O projeto ESPOBAN conta com a experiência adquirida pela CEEI Baía de Cádis  no  âmbito  de  Business  Angels  e  com  o  conhecimento  e  a experiência no âmbito do empreendedorismo dos restantes parceiros do projeto. A iniciativa visa fazer evoluir e adaptar eventuais ferramentas de apoio  à  nova  realidade  do  empreendedorismo,  concentrando‐as  no âmbito do investimento. 

Consequentemente, torna‐se necessário, como ponto de partida, realizar uma  análise  à  situação  do  investimento  fundamentalmente  privado  em projetos de empreendedorismo nas províncias ocidentais da Andaluzia – Huelva, Sevilha, Cádis e Córdoba – e nas regiões do Algarve e do Alentejo, em  Portugal,  territórios  de  atuação  dos  parceiros  do  projeto.  Deve  ser considerado  que  este  estudo  é  complementado  por  um  outro  relatório onde se analisa e carateriza a situação do empreendedorismo, incluindo a necessidade de financiamento no nosso âmbito de estudo, de modo a que os  empreendedores  e  o  investimento,  os  dois  grandes  protagonistas  da Rede ESPOBAN, possam ser catalisados e alinhados. 

O objetivo geral do presente estudo é, portanto, analisar e caraterizar o investimento de projetos de empreendedorismo nas  zonas de  atuação do Projeto ESPOBAN. 

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O presente estudo  foi elaborado em cinco  fases de  trabalho, articuladas conforme se demonstra no seguinte esquema: 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Devemos  destacar  o  trabalho  de  levantamento  de  informação  realizado em  cada  um  dos  territórios  do  espaço  de  cooperação,  para  o  qual  os parceiros  do  projeto,  com  a  colaboração  de  algumas  das  entidades  de 

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apoio ao empreendedor dos referidos territórios, realizaram um exercício de aproximação à situação atual real do investimento privado em matéria de  empreendedorismo,  utilizando  inquéritos  previamente  concebidos  e que  permitiram  recolher  informação  direcionada,  em  última  análise,  a facilitar a criação da Rede ESPOBAN (ver questionário no Anexo I e a ficha de respostas recebidas).  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

O presente estudo foi articulado em torno dos seguintes conteúdos: 

Conceptualização: aproximação  ao  conceito  de  "investimento"  em projetos  de  empreendedorismo  no  âmbito  das políticas  comunitárias,  dos  programas  e  instituições 

de  apoio  financeiro,  mecanismos  privados  de financiamento, etc. 

Mapa de serviços financeiros

Definição  de  serviços  financeiros  para  o empreendedor e investidor privado e identificação de boas  práticas  e  de  modelo  de  êxito  em matéria  de investimento 

Caraterização do investimento privado na zona de cooperação

Definição  do  mapa  de  agentes  de  apoio  ao investimento‐financiamento  e  caraterização  do investimento privado do empreendedorismo.  

Matriz por tipologia de investidores e modelos de investimento

Definição dos tipos de investidores e dos modelos de investimento, em função das variáveis que permitam alinhá‐los com os projetos de empreendedorismo do espaço de cooperação 

Roteiro. Roteiro  do  Potencial  de  investimento  privado  e integração na Rede ESPOBAN. São definidas as  fases de  atuação  a  implementar  para  que  os  investidores se encontrem com os projetos de empreendedorismo (ponto de encontro). 

2. CONCEPTUALIZAÇÃO  

2.1. Quadro estratégico.  Na União Europeia, as micro, pequenas e médias empresas são o coração da  atividade  empresarial  e  a  base  do  sustento  de  uma  grande  parte  da classe trabalhadora, pelo que é evidente a enorme importância atribuída a  que  este  tipo  de  empresas  alcancem  o  potencial  de  desenvolvimento que permita gerar bem‐estar socioeconómico.  

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AS PME representam perto de 99% dos negócios na União Europeia (UE), ainda assim, um dos maiores problemas que enfrentam é a dificuldade na obtenção de financiamento.   Este desafio não é fácil de vencer, sobretudo, porque os empreendedores estão  dispersos  tanto  a  nível  territorial,  como  a  nível  de  atividades económicas.  Por  esta  razão,  os  produtos  financeiros  terão  de  ser inovadores na sua natureza e adaptar‐se a este fim, tendo em conta que, sem empreendedores competitivos e projetos viáveis, a economia ficaria perante o risco de estancamento.  Ciente  desta  realidade,  a  União  Europeia  trabalha  para  melhorar  a conjuntura financeira e para a criação de empresas e de PME, recorrendo a uma série de ferramentas que dependem da Comissão Europeia. A  Comissão  Europeia  é  o  órgão  executivo,  politicamente  independente, da  UE.  a  Comissão  é  a  única  instância  responsável  pela  elaboração  de propostas  de  nova  legislação  europeia  e  pela  aplicação  das  decisões  do Parlamento Europeu e do Conselho da UE.  A  Comissão  trabalha  com  instituições  financeiras  para  melhorar  o financiamento existente para trabalhadores independentes e para as PME através  do  estímulo  à  concessão  de  empréstimos  e  venture  capital,  ou capital de risco, através de instrumentos financeiros.   Não obstante, os programas ou iniciativas de financiamento da Comissão Europeia não são, regra geral,  fornecidos como financiamento direto. As ajudas são canalizadas através de autoridades locais de gestão: Ministério das  Finanças  e  da  Administração  Pública  –  Direção‐Geral  de  Fundos Comunitários,  regionais  ou  nacionais  e,  também,  através  de intermediários  financeiros  como  os  bancos  e  organizações  de  venture 

capital ou fundos de capital de risco que oferecem financiamento. Trata‐se de um financiamento em regime de gestão partilhada.  O  financiamento  direto  está  disponível  apenas  para  projetos  que contribuam  para  a  implantação  de  um  programa  ou  política  da  União Europeia. Este  tipo de ajuda ao  financiamento é outorgado sob a  forma de subvenção e não corresponde ao objeto do estudo.  Centrando‐nos nos  programas  existentes  atualmente na União  Europeia através  da  gestão  partilhada,  os  principais  programas  de  apoio  ao financiamento  para  o  empreendedorismo  em  vigor  em  Portugal  e Espanha são os seguintes:   

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    Como referido, muitos destes programas são geridos pelo governo central e  pela  Junta  da  Andaluzia,  no  caso  da  Espanha,  ou  pelo  governo português.  

   

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2.2. Programas de apoio financeiro ao empreendedorismo. 

 

    COSME, um programa especial para as PME

 Programa especificamente concebido para apoiar as PME.  O objetivo do COSME é melhorar o acesso das PME ao  financiamento e aos  mercados,  apoiar  os  empreendedores  e  promover  melhores condições  para  a  criação  e  o  crescimento  das  empresas.  O  programa facilita  e  melhora  o  acesso  das  PME  ao  financiamento  através  de  dois instrumentos  financeiros: o mecanismo de garantia de empréstimos e o instrumento de capital para o crescimento. 

www.ec.europa.eu/growth/smes/cosme    Instrumento PME

 Programa  financeiro  destinado  unicamente  a  PME  e  start‐ups  que  se divide em três fases:  Fase 1. Oferece 50 mil euros de subvenção a fundo perdido para a 

realização de um estudo de viabilidade. Pensado para empresas que estão a começar a testar o seu produto no mercado. 

Fase 2. Oferece entre 1 e 3 milhões de euros para a escalabilidade e replicabilidade do  projeto para  empresas  que  já  tenham atividade local e que tenham demonstrado a viabilidade do seu negócio. 

Fase 3: Não há apoio financeiro, mas sim acesso a outros programas da Comissão Europeia. 

 Esta é uma das linhas de financiamento mais interessantes, mas também das  mais  competitivas.  Há  convocatórias  a  cada  três  meses, aproximadamente. http://ec.europa.eu/programmes/horizon2020/en/h2020‐section/sme‐instrument       Eurostars

 O Eurostars é um programa europeu para o financiamento de projetos de cooperação entre um mínimo de duas empresas europeias, para a criação 

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de  um  produto  inovador  orientado  para  o  mercado.  Nesta  linha  de financiamento, apresentam‐se projetos a nível  internacional;  caso sejam aprovados,  cada  país  financia  a  empresa  correspondente.  No  caso  de Espanha, o responsável é o CDTI, que atribui cerca de 50% do orçamento do  projeto  a  uma  subvenção  a  fundo  perdido.  É  uma  linha  menos conhecida do que outras e  com um orçamento menor, mas  também de acesso mais fácil, por ser menos competitiva. https://www.eurostars‐eureka.eu/   Erasmus para jovens empreendedores:  

 Este  programa  foi  uma  iniciativa  da  UE  no  ano  de  2009  e  contínua  em marcha.  Tal  proporciona  ajuda  prática  e  financeira  aos  novos empreendedores  que  queiram  passar  algum  tempo  numa  empresa  de outro  país  da  UE  para  aprenderem  com  empresários  experientes.  Os objetivos  passam pelo  intercâmbio  de  ideias,  experiências  e  informação entre  empreendedores,  sublinhar  o  acesso  ao  mercado  e  identificar potenciais colegas para novos negócios noutros países da União Europeia. O programa é cofinanciado pela União Europeia, com um orçamento total que ronda os 4,3 milhões de euros, que cobre as viagens e despesas de alojamento durante a estadia. https://www.erasmus‐entrepreneurs.eu/   JEREMIE (Recursos Europeus Comuns para as

PME e as Microempresas)  Conjunto  de  recursos  europeus  para  micro  e  médias  empresas.  É  uma iniciativa  conjunta  da  Comissão  Europeia  e  do  Fundo  Europeu  de Investimentos  (FEI)  com  o  Banco  Europeu  de  Investimento  (BEI).  O objetivo  é  melhorar  o  acesso  ao  financiamento  das  micro  e  médias 

empresas  e,  em  particular,  o  fornecimento  de  microcrédito,  venture capital ou garantias e outras formas de financiamento inovadoras.   A enfâse recai sobre o apoio às start‐ups, à transferência de tecnologia, à tecnologia  e  fundos de  inovação e  ao microcrédito. O  JEREMIE  é  gerido como uma parte integral do FEDER e os projetos são selecionados a nível relevante nacional e regional. http://www.eif.europa.eu/what_we_do/resources/jeremie/index.htm    Horizonte PME

 Em  2017,  o  Ministério  da  Economia  lançou  uma  linha  para  o financiamento de projetos de Fase 1 do  Instrumento PME,  já aprovados mas  não  financiados.  Na  Comissão  Europeia  são  avaliados  os  projetos sobre  15  pontos;  a  partir  dos  12  pontos  o  projeto  está  aprovado,  mas pode  não  chegar  ao  financiamento  uma  vez  que  este  é  atribuído  por ordem  de  notas.  Desta  forma,  podem  existir  muitos  bons  projetos aprovados que não chegam a ser financiados  O objetivo  do Horizonte  PME  é  financiar  esses  bons projetos  e  dar‐lhes uma  oportunidade  em  Espanha,  algo  extremamente  útil  para  as  PME nacionais,  que,  assim,  recebem  uma  segunda  oportunidade  graças  ao programa.  http://www.idi.mineco.gob.es/portal/site/MICINN/menuitem.d20caeda35a0c5dc7c68b11001432ea0/?vgnextoid=70d85656ecfee310VgnVCM1000001d04140aRCRD   

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Neotec  O CDTI é um organismo que financia o desenvolvimento da tecnologia nas empresas  espanholas.  Há  algum  tempo  foi  lançado  um  programa  para financiar empresas criadas recentemente (menos de quatro anos, no cado do Neotec) cujo núcleo seja o desenvolvimento de tecnologia inovadora.  Este  instrumento  foi  sendo  alterado  e  evoluiu  ao  longo  dos  anos.  Na última  convocatória,  financiava  empresas  dessa  índole  com  uma subvenção  até  250 mil  euros  a  fundo  perdido.  Com  um  funcionamento semelhante ao do  Instrumento PME da Comissão Europeia, as empresas devem  apresentar  um  plano  de  negócios,  explicando  bem  a  diferença tecnológica e o grau de inovação. Na última convocatória, que fechou em outubro de 2015, o fundo alcançava os 10 milhões de euros e obteve uma percentagem de êxito de cerca de 8%.  O principal problema destas linhas para empresas de formação recente é que  o  CDTI,  após  a  apresentação  dos  projetos,  faz  uma  avaliação financeira  às  empresas  e  solicita  garantias  (regra  geral),  algo  que, frequentemente, é inviável nas etapas iniciais do projeto. É um programa muito mais recomendado para empresas que já têm algum historial.  https://www.cdti.es/index.asp?MP=100&MS=802&MN=1&TR=C&IDR=1811    Emplea

 O objetivo é financiar a contratação de profissionais tecnológicos para as empresas.  O  plano  abrange  a  contratação  até  quatro  profissionais 

tecnológicos  durante  três  anos,  incluindo  o  salário  bruto  e  os  encargos com  segurança  social  num empréstimo  à  taxa  Euribor,  sem  garantias.  É uma convocatória fechada que abre no início de cada ano. Como uma das principais necessidades dos empreendedores são os recursos necessários para  a  contratação  de  profissionais  tecnológicos,  trata‐se  de  uma  linha muito procurada. O orçamento ronda os 70 milhões de euros. http://www.idi.mineco.gob.es/portal/site/MICINN/menuitem.d20caeda35a0c5dc7c68b11001432ea0/?vgnextoid=67a04939e6b42410VgnVCM1000001d04140aRCRD    Linha AEESD

 Esta  convocatória  do Ministério  da  Indústria  tem  por  objetivo  financiar projetos de desenvolvimento experimental para determinadas temáticas. Em  2017,  o  financiamento  destinou‐se  às  "indústrias  do  futuro",  que incluíram  projetos  na  Internet,  componentes  e  sistemas  eletrónicos, computação  na  nuvem  e  tratamento  maciço  de  dados,  bem  como cibersegurança e confiança.  São convocatórias fechadas que só abrem no primeiro semestre do ano e nas  quais  se  financia  perto  de  100%  do  orçamento  de  um  projeto  de I&D+i, com 20% em subvenção. O restante consiste num empréstimo com amortização a cinco anos e dois de carência face à Euribor, com mais ou menos 25% do financiamento a título de garantia. http://www.minetad.gob.es/PortalAyudas/AEESD‐2017/Paginas/Index.aspx    Programa RETOS

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 O programa RETOS visa canalizar a inovação gerada pelas universidades e centros  tecnológicos  através  das  empresas,  de  modo  a  que  estas  as orientem para o mercado. O RETOS financia projetos de desenvolvimento experimental,  focado  na  conceção  de  novos  produtos  ou  serviços,  que terminem num protótipo ou num elemento demonstrador do mesmo. No mínimo,  deverá  existir  uma  empresa  e  um  centro  de  investigação,  com um orçamento mínimo de meio milhão de euros. http://www.idi.mineco.gob.es/portal/site/MICINN/menuitem.d20caeda35a0c5dc7c68b11001432ea0/?vgnextoid=33f85656ecfee310VgnVCM1000001d04140aRCRD  Financiamento para empreendedores no setor

cultural ou turístico  Linha  de  financiamento  anual,  atribuída  no  primeiro  trimestre  de  cada ano,  cujo  objetivo  é  promover  produtos  e  serviços  culturais  inovadores através  da  aplicação  de  novas  tecnologias,  impulsionando  a  criação  e  a difusão da oferta cultural.   O  programa  subvenciona  a  fundo  perdido  projetos,  geralmente  com montantes  entre  20  a  40 mil  euros,  que  apoiem  as  indústrias  culturais através das novas tecnologias, com um pequeno fundo de cerca de dois milhões de euros.  Relativamente  ao  setor  turístico,  ganha  relevância  a  convocatória Emprendetur, para projetos de inovação no âmbito turístico. Dentro desta linha, aparece a  linha Emprendetur Jovens Empreendedores que oferece empréstimos  com  amortização  a  cinco  anos  e  dois  de  carência,  sem necessidade de garantias, 

http://www.minetad.gob.es/PortalAyudas/Paginas/convocatorias‐ayudas.aspx?cg=Secretar%C3%ADa%20de%20Estado%20de%20Turismo    SI2E. Sistema de Incentivos ao

Empreendedorismo e ao Emprego  O SI2E pretende estimular o surgimento de  iniciativas empresariais e a criação  de  emprego  em  territórios  de  baixa  densidade  e  por  essa  via promover  o  desenvolvimento  e  a  coesão  económica  e  social  do  país. Não se aplica exclusivamente aos territórios de baixa densidade, o SI2E favorece  através  de  majorações  específicas  os  investimentos  nelas realizados  e  sobretudo  cria  condições  para  uma  maior  dinâmica empresarial  ao  ajustar  tipologias  de  projetos  às  condições  reais  das micro e pequenas empresas do interior.  O  SI2E  será  gerido  pelos:  Grupos  de  Ação  Local  (GAL),  quando  os incentivos resultarem de estratégias de Desenvolvimento Local de Base Comunitária  (DLBC)  ou  pelas  Comunidades  Intermunicipais  (CIM)  ou Áreas  Metropolitanas  (AM),  quando  os  mesmos  decorrerem  da concretização dos Pactos para o Desenvolvimento e Coesão Territorial. http://www.portaldosincentivos.pt/index.php/si2e    O PAECE. Programa de Apoio ao

Empreendedorismo e à Criação do Próprio Emprego

 O  PAECE  ‐  Programa  de  Apoio  ao  Empreendedorismo  e  à  Criação  do Próprio Emprego compreende as seguintes medidas de apoio: 1 ‐ Apoio 

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INVESTIMENTO

à  criação  de  empresas  de  pequena  dimensão,  com  fins  lucrativos, independentemente  da  respetiva  forma  jurídica,  incluindo  entidades que revistam a forma cooperativa, que originem a criação de emprego e contribuam  para  a  dinamização  das  economias  locais;  2  ‐  Programa Nacional de Microcrédito; 3  ‐ Apoio à  criação do próprio emprego por beneficiários de prestações de desemprego.  O Objetivo desta medida é apoiar o empreendedorismo e a criação de empresas  de  pequena  dimensão,  com  fins  lucrativos,  que  originem  a criação  de  emprego  e  contribuam  para  a  dinamização  das  economias locais. http://www.portaldosincentivos.pt/docs/CPE(Portal).pdf    Linha de Apoio à Qualificação da Oferta

 O presente apoio resulta de uma parceria do turismo de Portugal com o sistema bancário, em que é disponibilizado um  instrumento  financeiro para apoiar as empresas do Turismo, através do financiamento a médio e longo prazo de projetos de investimento que se traduzam, sobretudo, na criação de empreendimentos turísticos Inovadores, na requalificação de  empreendimentos  turísticos,  assim  como  no  desenvolvimento  de projetos na área da animação turística e da restauração.  São enquadráveis na presente  linha de apoio, entre outros projetos de investimento, o desenvolvimento de projetos de empreendedorismo no setor do turismo. http://www.portaldosincentivos.pt/index.php/2015‐10‐15‐13‐43‐55/linha‐de‐apoio‐a‐qualificacao‐da‐oferta    

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2.3. Instituições de apoio financeiro ao empreendedorismo. 

 A par destes programas devemos destacar o conjunto de instituições que, atualmente, facilitam o financiamento de projetos de empreendedorismo através  de  fundos  europeus.  Entre  estas  instituições  destacam‐se  as seguintes:  

  

   ENISA

 Oferece  empréstimos  participativos,  nos  quais  a  única  garantia  é  a rentabilidade  do  projeto  e  que,  portanto,  requer,  antes  de  mais,  um compromisso de investimento pela própria empresa.  

Dispõe de vários  instrumentos, desde a  linha mais pequena para  jovens empreendedores, até 75 mil euros, até às linhas dirigidas a investimentos superiores.   Fundo Europeu de Investimento (FEI)

 A  sua  atividade  baseia‐se  em  dois  instrumentos:  os  de  venture  capital consistem em investimentos de capital em fundos de capital de empresas e  incubadoras  de  negócios  que  apoiam  as  PME,  particularmente  as recém‐criadas e baseadas na tecnologia, e os instrumentos de garantia do FEI  que  consistem  em  proporcionar  garantias  a  instituições  financeiras que cubram créditos às PME.    Banco Europeu de Investimento (BEI),

empréstimos.   Estes  empréstimos  são  entregues  através  de  intermediários,  como,  por exemplo,  através  de  bancos  comerciais.  Destinam‐se  a  investimentos tangíveis ou intangíveis de PME. Os empréstimos do BEI também podem ajudar a proporcionar uma base de ativo circulante estável para as PME. A duração  dos  empréstimos  é  de  entre  2  e  12  anos,  com  um  montante máximo de 12,5 milhões de euros por empréstimo.   IDEA.  

 A Agência de Inovação e Desenvolvimento da Andaluzia, IDEA, é a agência de  desenvolvimento  regional  do  Governo  andaluz,  além  de  um instrumento especializado fundamentalmente no fomento da inovação na sociedade andaluza.  

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INVESTIMENTO

Realiza trabalhos de apoio aos empresários andaluzes: desde a gestão e a concessão  de  incentivos  às  empresas  até  à  gestão  de  projetos  e programas da Secretaria de Secretaria do Emprego, Empresa e Comércio, bem como a construção de  infraestruturas  industriais e  tecnológicas. As principais áreas de atuação são:  

Financiamento e desenvolvimento empresarial, que aglutina na mesma unidade todas as ajudas e programas de financiamento às empresas.  Espaços de inovação e setores estratégicos orientados para a dotação de  infraestruturas  e  espaços  produtivos,  bem  como  para  a dinamização  destes  espaços  associando‐os  aos  setores/clusters  da Andaluzia.  Captação  de  investimento  e  serviços  avançados,  responsável  pela conceção  e  prestação  de  serviços  facultados  pela  agência  aos empreendedores  e  empresários,  com  especial  atenção  ao  serviço integral de captação de investimentos na Andaluzia. 

   IAPMEI

 O  Instituto de Apoio às PME e à Inovação, de Portugal, tem por objetivo promover  a  competitividade  e  o  crescimento  empresarial,  assegurar  o apoio à  conceção, execução e avaliação de políticas direcionadas para a atividade  empresarial,  procurando  reforçar  a  inovação,  o empreendedorismo  e  o  investimento  das  empresas  que  exerçam  a respetiva  atividade  nas  áreas  sob  a  tutela  do  Ministério  da  Economia, nomeadamente das pequenas e médias empresas, com exceção do setor 

do  turismo  e  das  competências  de  acompanhamento  neste  âmbito, atribuídas à Direção‐Geral das Atividades Económicas.  O instituto disponibiliza informação e assessoria sobre incentivos e outras soluções de financiamento com intervenção direta ou indireta do IAPMEI, disponíveis  para  as  empresas  para  o  desenvolvimento  das  respetivas estratégias.  

 

 

 

 

 

 

 

 

2.4. Intermediários financeiros   Em linha com os programas e as instituições públicas procedentes da UE que  trabalham  para  apoiar  o  financiamento  do  empreendedorismo, existem  intermediários  privados,  que,  através  de  linhas  de  apoio aprovadas  pela  UE,  outorgam  financiamento  às  PME  em  qualquer  uma das suas fases de nascimento, consolidação e crescimento.  

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Relativamente  ao  financiamento  oferecido  por  estes  intermediários,  a União  Europeia  dispõe,  no  seu  site,  de  um  motor  de  procura  de financiamento  para  todos  os  Estados‐Membros,  que  pode  ser  acedido através da seguinte ligação: http://europa.eu/youreurope/business/funding‐grants/access‐tofinance/index_es.htm   Este  site  oferece  informação  sobre  as  diversas  ajudas  disponibilizadas pelas instituições privadas ou por intermediários para o financiamento de projetos  empresariais,  consoante  o  perfil  da  empresa  e  da  localização geográfica.  A União  Europeia,  através  desta  ferramenta,  ajuda  a  cada  ano, mais  de duzentas  mil  empresas  através  do  apoio  que  proporciona  aos empreendedores  e  empresas  graças  a  uma  ampla  gama  de  programas que atribuem financiamento através de entidades locais.   Estes  fundos  da  União  Europeia  destinam‐se  a  empresas  emergentes, empreendedores  e  empresas  de  qualquer  dimensão ou  setor.  Dento  da ampla  gama  de  programas  destinados  ao  empreendedorismo,  podem estabelecer‐se quatro grupos:  

Categoria 1:  Empréstimo/Garantia.  Destinada  a  microempresas recentemente  criadas  e  trabalhadores  por  conta  própria.  O  seu objetivo é financiar o arranque das empresas na sua fase inicial.   Categoria 2:  Crédito/Garantia  ‐  PME  (10‐249  empregados).  Idêntico ao caso anterior, mas para projetos de maior dimensão.  

Categoria 3:  Participação  no  capital,  capital  de  risco.  Destinado  a microempresas  recentemente  criadas  e  trabalhadores  por  conta própria. O seu objetivo é  financiar o arranque das empresas na sua fase inicial.   Categoria 4:  Participação  no  Capital/Capital  de  risco  ‐  PME  (10‐249 empregados). Idêntico ao caso anterior, mas para projetos de maior dimensão. 

 As  instituições  financeiras  locais,  graças  à  contribuição  da  UE,  podem oferecer  financiamento  adicional  às  empresas.  Estas  entidades  (bancos, sociedade de garantia ou investidor de capital) tomam a decisão sobre a quem conceder o financiamento da União Europeia. As condições para o financiamento  são  estabelecidas  pelas  próprias  instituições  financeiras: montante, duração, taxas de  juros e de taxas. Atualmente, existem mais de mil instituições financeiras. 

2.5. Mecanismos privados de financiamento  Uma  vez  conhecidos  os  diversos  mecanismos  que  existem  na  União Europeia e os seus estados‐membros para financiar projetos empresariais no  âmbito  público,  é  altura  de  conhecer  os  mecanismos  privados  de financiamento que existem na atualidade.   

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1. Financiamento próprio  

O  autofinanciamento  é  o  dinheiro  que  nós  próprios  fornecemos  à empresa, contribuição que muitos temem fazer, mas também básica, porque  se  acreditamos  na  nossa  ideia,  deveríamos  investir  na mesma, uma vez que, ao procurar sócios ou  investidores, estes não nos irão dar o seu capital quando nós próprios não o fazemos. 

 2. FFF Friends, family & fools

 

Tradução  do  inglês  como  "Amigos,  Família  e  Tolos".  Logicamente, quando temos uma ideia e não sabemos a quem recorrer, pensamos no  meio  mais  próximo  e  são  estes  que  protagonizam  a  primeira ronda de investimento necessária para pôr o projeto em marcha. 

 3. Empréstimo bancário

 Por definição, um crédito é aquilo que é emprestado sob a condição de  o  reembolsar  com  juros.  Se  optamos  por  este,  devemos  ter  em conta,  acima  de  tudo,  a  taxa  de  juros,  o  prazo  de  amortização  e  o período de carência.  4. Crowdfunding

 Micro‐mecenato,  financiamento maciço,  financiamento  coletivo  são vários os nomes para este método que está cada vez mais na moda. Consiste  em  que,  através  de  uma  plataforma,  o  empreendedor consiga,  num  tempo  determinado,  um  financiamento  de  um conjunto  de  pessoas,  as  quais  se  unem  em  troca  de  algo, normalmente  simbólico,  tornando  possível  a  realização  do  projeto definido.  Devido ao auge deste método de financiamento, as plataformas que atuam  como  intermediárias  estão  cada  vez  mais  especializadas  ou setorizadas.  5. Playfunding

 É  uma  nova  forma  de  micro‐mecenato,  que  consiste  nos empreendedores  a  ganhar  dinheiro  para  o  seu  projeto  a  partir  da 

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visualização  de  anúncios  publicitários,  que  promovem  as  empresas que os patrocinam. Parece complexo, mas não é assim tanto. O seu funcionamento  é  simples.  Através  de  uma  plataforma  web,  os empreendedores  expõem  o  seu  projeto,  ficando  à  espera  de  uma empresa  que  os  patrocine. Assim,  esta  empresa  coloca  o  seu  spot publicitário  na  sua  página  web  e,  consoante  o  número  de visualizações,  paga  à  empresa  patrocinadora.  Desta maneira,  todos saem  a  ganhar;  uns  recebem  dinheiro  e  outros  divulgam  o  seu produto, negócio, ideia, etc. 

 6. Crowdlending

 Também  conhecido  como  peer‐to‐business  lending  (p2b  lending). Aqui  temos  outro  micro‐mecenato  entre  particulares  e  empresas. Através  de  páginas  especializadas  neste  tipo  de  crowdfunding,  as empresas  oferecem  uma  rentabilidade  ou  uma  taxa  de  juros, normalmente um pouco mais alta, aos potenciais investidores. Deste modo,  as  empresas  conseguem  financiar‐se  sem  a  necessidade  de recorrer às instituições financeiras tradicionais.  Tem  existido  um  rápido  crescimento  nos  últimos  anos  devido  às várias  vantagens,  entres  as  quais  se  destaca  uma  importante poupança  nos  cortes  do  financiamento  das  empresas  e  um melhor reembolso para os particulares. Os empreendedores não precisam de contratar nenhum produto financeiro  (conta bancária, seguro, etc.), visto que a plataforma é  sempre a  intermediária  entre mutuante e mutuário. 

 7. Crowdsourcing

 

Neste método,  combinamos  o micro‐mecenato  e  o  outsourcing  ou subcontratação de tarefas. Existem muitas empresas que atualmente subcontratam  muitas  das  suas  tarefas,  especialmente  aquelas  em que não são especialistas ou que  são mais  caras de  realizar do que contratá‐las no exterior.  Com  a  globalização  existente  e  as  novas  tecnologias,  o Crowdsourcing ou subcontratação aberta de tarefas consiste em que as  empresas,  através  de  um marketplace,  abram uma  convocatória sobre uma tarefa específica a um número indeterminado de pessoas, podendo  escolher  os  mais  apropriados  para  desempenhar  essa tarefa.  A priori pode ser difícil de compreender, mas o conceito é bastante simples. Por exemplo, se pretendemos desenvolver um logótipo para a  nossa  empresa,  temos  duas  opções:  contratar  uma  empresa especializada  ou  recorrer  a  uma  plataforma  de  crowdsourcing, especificando  os  nossos  requisitos.  Em  poucos  dias,  podemos escolher entre todos os designers interessados, aquele que mais nos interessa, fomentando assim o espírito empreendedor. 

 8. Business Angel

 Também conhecido como investidor de proximidade ou investidor anjo (business angel) é uma pessoa que confia no nosso projeto e, além do capital, nos transmite os seus conhecimentos, contactos e experiência no setor para orientar o projeto num caminho ideal, procurando obter resultados  futuros.  Poderíamos  procurar  este  tipo  de  investidores depois  do  financiamento  já  conhecido  como  FFF,  quando  o  projeto ainda está em fase de crescimento. Normalmente, os seus investidores 

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vão dos 20 000 aos 250 000 euros. São eles que fazem pessoalmente o investimento nos setores de negócios que conhecem, de acordo com o plano de negócios que apresentamos, pois, para esses investidores, o risco  é  muito  alto  (o  fracasso  da  empresa  significa  a  perda  do  seu dinheiro). Por  isso, procuram um alto rendimento  (10 vezes ou mais) num  período  de  cerca  de  5  anos  a  partir  do  investimento  original, aproximadamente. 

 9. Venture Capital

 O  capital  de  risco  é  um  tipo  de  operação  financeira  que  é  realizada através das Sociedades de Capital de Risco (SCR), onde estas investem com  um  alto  potencial  de  risco  e  crescimento,  em  troca  de  uma percentagem  da  empresa  (cerca  de  20%  ou  30%);  ocasionalmente, estas  também  irão  ocupar  alguma  posição  de  controlo  dentro  da empresa. As empresas em que  investem são geralmente aquelas que apresentam um novo modelo de negócio ou que descobrem uma nova tecnologia, procurando um alto reembolso do seu investimento. 

 Em  seguida,  é  definida  cada  uma  das  ferramentas  de  financiamento, incluindo o que o empreendedor e o investidor contribuem e obtêm. 

                    

   EMPREENDEDOR INVESTIDOR

FERRAMENTA  Contribui Obtém Contribui Obtém

Capital de risco  Ações  Financiamento  Financiamento  Controlo Business Angel  Ações  Financiamento  Financiamento  Rentabilidade FFF  Ações  Financiamento  Financiamento  Rentabilidade Empréstimo bancário  Garantias Financiamento  Financiamento Juros 

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Crowdlending  Projeto Financiamento  Financiamento RentabilidadeCrowdfunding  Produto ou serviço 

no futuro Retribuição  Retribuição Produto ou serviço 

no futuro Playfunding  Plataforma  Retribuição Retribuição PublicidadeCrowdsourcing  Remuneração no 

futuro Serviço  Serviço  Remuneração no 

futuro   

   

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3. MAPA DE SERVIÇOS FINANCEIROS  

3.1. Mapa de serviços financeiros para o empreendedor  

Uma  vez  conhecidas  as  diferentes  formas  que  existem  para  financiar projetos  de  empreendedorismo,  é  necessário  destacar  os  serviços atualmente oferecidos por instituições públicas e privadas para facilitar o acesso a este financiamento para o empreendedor.  Esses serviços podem ser divididos nos seguintes campos:  o Serviços  de  informação:  Fornecer  ao  empreendedor  informações 

sobre as formas existentes de obter financiamento: subsídios, acordos com  instituições  financeiras,  fontes  alternativas,  etc.  Aqui  podemos destacar como ações geralmente desenvolvidas a elaboração de guias ou aconselhamento personalizado. 

 o Assessoria: Ajudar o empreendedor a obter financiamento, mediante 

o aconselhamento para elaborar um plano de negócios. Esses serviços são  oferecidos  por  meio  de  orientação  específica  por  pessoal especializado. 

   

o Abordagem:  Ajudar  o  empreendedor  a  entrar  em  contacto  com  as fontes  de  financiamento.  As  principais  ferramentas  utilizadas  são  a realização  de  ronda  de  investimentos,  a  assinatura  de  acordos  de colaboração  com  fundos  ou  instituições  financeiras  ou  o estabelecimento de contratos com empresas. 

 É óbvio que cada uma das fases do processo de empreendedorismo está intimamente  ligada a cada um dos serviços. À medida que se avança na execução  do  projeto  empresarial,  as  necessidades  de  serviços  e financiamento  mudam.  Na  primeira  etapa,  são  necessários  serviços  de informação,  numa  segunda  etapa,  é  necessária  a  assistência  ou  apoio técnico e, na terceira, serviços de contactos.  Em suma, as instituições de apoio ao empreendedorismo atuam como elo entre  o  empreendedor  e  as  organizações  que  financiam  o empreendedorismo, sejam elas públicas ou privadas.             

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3.2. Mapa dos serviços financeiros para o investidor privado. 

 Muito tem sido escrito e planeado para desenvolver ferramentas de apoio financeiro  para  o  empreendedor.  Foram  criadas  instituições  e  agências que fornecem esses serviços e foram até mesmo desenvolvidas políticas e leis  para  protegê‐los, mas  a  verdade  é  que  os  serviços  aos  investidores não foram cuidados e acarinhados pelas instituições públicas e chegaram a  ser  penalizados  por  meio  de  fiscalidade  pouco  adaptada  à  realidade económica e social.  Sempre  foi a  iniciativa privada que criou as  ferramentas que permitiram aos  investidores  atender  às  suas  necessidades,  seja  como  empresa,  por meio  de  acordos  de  colaboração  público‐privada  ou  por  meio  de plataformas e ferramentas on‐line.  Recentemente, a comunidade on‐line startupxplore2 fez um estudo sobre o motivo de os investidores financiarem projetos de empreendedorismo. Este  estudo mostra  que,  para  os  investidores  informais,  aceleradores  e investidores com uma grande carteira, fazer o acompanhamento das suas novas  empresas  e  encontrar  novas  pode  tornar‐se  numa  tarefa  que consome muito tempo.  Na verdade, as principais empresas europeias de capital de risco, como a Index Ventures,  desenvolveram as  suas próprias  ferramentas  e  software para  controlar  as  suas  empresas, mas  tal  poderia  ser  considerado  uma exceção e algo que nem todas as empresas de capital de risco ou redes de business angels podem conseguir ou pagar.                                                             2 https://startupxplore.com/en/blog/best‐tools‐for‐startup‐investors/ 

 De  acordo  com o estudo, os  investidores  costumam dizer que  a melhor maneira  de  descobrir  empresas  novas  e  interessantes  é  através  de recomendações:  empresários  que  apoiaram  no  passado  e  em  quem confiam,  jornalistas das principais publicações de tecnologia e, em geral, qualquer pessoa que  faça parte da  indústria e cuja opinião seja válida e legítima.  Por  outro  lado,  o  estudo  aponta  que  nos  últimos  anos  foi  desenvolvida uma série de ferramentas on‐line a partir das quais os investidores obtêm informações sobre novas empresas e a sua evolução, partilhando notícias e  fazendo comentários  sobre a  situação dos projetos. Algumas das mais interessantes estão elencadas abaixo:  

AngelList:  a  plataforma  criada  por  Naval  Ravikant  e  Babak  Nivi tornou‐se  num  site  global  para  novas  empresas  e  investidores. Com  uma  forte  presença  nos  Estados  Unidos,  os  membros  da comunidade também podem criar os seus próprios perfis, discutir e investir no site. 

  Startupxplore:  permite  a  startups,  investidores  e  aceleradores 

criar  os  seus  próprios  perfis  e  proporcionar  toda  a  informação relevante  que  for  possível.  Os  investidores  podem  partilhar  os seus  critérios  de  investimento  para  que  as  empresas  novas possam  ver  e  as  empresas  podem  partilhar  os  seus  dados  de contacto, notícias recentes, localização e membros da equipa. 

  Gust:  como  Startupxplore ou AngelList, Gust  tem  como objetivo 

conectar  startups  e  investidores  em  todo  o  mundo  e  também 

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oferece  as  "últimas  tendências  e  perspetivas  de  startups"  dos principais investidores e especialistas da indústria. 

  Starry:  esta  extensão  de  Safari  e  Chrome pode  ser  bastante  útil 

para os investidores e qualquer membro da indústria. A extensão permite  a  qualquer  pessoa  que  visite  um  website  da  empresa conhecer quem são os seus  fundadores, os seus concorrentes, o preço  das  suas  ações  (caso  se  trate  de  uma  empresa  cotada)  e links relevantes. 

  Crunchbase:  considerado  por  muitos  a  maior  base  de  dados 

privada  de  empresas  e  investidores,  Crunchbase  rastreia  os investimentos numa ampla variedade de novas empresas. O site é muitas  vezes  utilizado  pelos  membros  da  comunidade  para realizar  um  acompanhamento  dos  investimentos  iniciais  e encontrar novas empresas. 

Todas  as  ferramentas  e  sites  anteriores  permitem  aos  investidores encontrar novas empresas nas quais investir. Não obstante, uma vez que se decidem e selecionam aqueles que querem apoiar, precisam fazer um acompanhamento do seu desempenho. A seguir, são assinaladas algumas das  ferramentas,  plataformas  on‐line,  mais  destacadas  dentro  deste campo:  

Mattermark:  esta  ferramenta  não  só  permite  aos  investidores pesquisar  as  empresas  adequadas  para  se  fazer  negócios,  mas também ajuda as empresas de capital de risco a rastrear as novas empresas  na  sua  carteira  utilizando  uma  combinação  de inteligência artificial e análise de qualidade de dados. 

 

CB  Insights:  de  forma  similar  a Mattermark,  CB  Insights  faz  um acompanhamento das empresas privadas, dos seus investidores e adquirentes  numa  ampla  variedade  de  setores.  Dada  a  grande quantidade  de  dados  que  a  empresa  obtém,  permite  aos investidores  comparar  facilmente  as  suas  próprias  empresas  de carteira com concorrentes e setores ou indústrias específicas. 

 Portanto,  o  primeiro  serviço  que  os  investidores  requerem  é  o  da informação, concretamente nestes âmbitos:  

Que empresas novas surgiram e podem ser do meu interesse.  Como estão as empresas que a priori me interessam para investir.  Qual  é  o  perfil  do  empreendedor,  que  iniciativas  desenvolveu, 

como correram essas iniciativas…  Em  segundo  lugar,  os  investidores  precisam  de  dar  a  conhecer  às comunidades  empreendedoras  o  perfil  de  empresa  e  do  empreendedor que estão a procurar, ou seja, definir as suas preferências ao selecionar os seus investimentos. Partilhar os seus critérios de investimento para que as empresas  novas  se  possam  adaptar  aos  mesmos,  e  o  perfil  do empreendedor que estão a procurar. Em suma, precisam que lhes sejam oferecidos serviços e feedback.  Em terceiro lugar, os investidores precisam de criar comunidade, ou seja, dispor de ferramentas onde possam partilhar e obter informações sobre os projetos e sobre os empreendedores, sobre as tendências de cada um dos  setores, assim como as necessidades e exigências que  se geram em cada contexto empresarial.  

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Em  quarto  lugar,  os  investidores  precisam  de  conhecer  a  realidade qualitativa e quantitativa do projeto de uma forma ágil e simples, o que poderíamos denominar de ficha de valor, com dois tipos de indicadores: perfil do empreendedor e perfil do projeto (a sua caraterização).  Por  último  e  em  quinto  lugar,  o  investidor  em  alguns  casos,  precisa  de formação/assessoria.  Aqueles  investidores  com  um  perfil  menos profissional  precisam  de  assessoria  personalizada,  incluindo  formação sobre  aspetos  relacionados  com  rentabilidade,  tendências,  novos nichos de  mercado  dentro  do  seu  setor  que  lhes  permita  orientar  os  seus investimentos e definir a sua estratégia de rentabilidade.   

     

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3.3. Identificação de boas práticas e modelos de sucesso 

 A  seguir,  são  apresentados  três  casos  de  sucesso  de  instituições  que souberam conjugar o papel que desenvolvem no âmbito do  investidor e no  âmbito  do  empreendedor,  gerando  sinergias  que  permitiram  o desenvolvimento de iniciativas empresariais de sucesso para ambos.   Boas  práticas  no  contexto  de  Business  Angel  para  ligar 

empreendedores  e  investidores:  Rede  aBAnza  ‐  Business  Angels de Zamora 

 É  uma  iniciativa  da  Câmara Oficial  de  Comércio,  Indústria  e  Serviços  de Zamora, cofinanciada pelo Ministério da  Indústria, Energia e Turismo do Governo  de  Espanha,  no  intuito  de  apoiar  empreendedores(as)  com projetos  de  alto  potencial  de  crescimento,  e  potenciais  business  angels interessados em financiar novas empresas inovadoras.  Para  além  de  contribuir  para  aumentar  o  retorno  financeiro  de empreendedores(as)  e  business  angels,  a  plataforma  aBAnza  tenta aumentar  o  seu  “retorno  social”  através  da  consolidação  de  um ecossistema empreendedor mais dinâmico com a colaboração de agentes nacionais e internacionais. Os objetivos que se pretendem são:  

Aumentar  a  consciência  dos  Business  Angels  e  das  redes  de investidores. 

Criação  de  um  painel  de  investidores  informais  para  discutir temas  da  atualidade  que  afetam  os  empreendedores  e  os Business Angels. 

Promover altos padrões éticos na rede de Business Angels.  A inscrição na Rede aBAnza é gratuita e os investidores terão direito a:   Acesso a um  fluxo constante de projetos empresariais nos quais 

investir.  Poupança  de  tempo  e  dinheiro  no  seu  processo  de  investidor‐ 

Assessoria  técnica  personalizada  sobre  a  viabilidade  de  cada projeto. 

Direito  a  assistir  a  atos  de  caráter  social  ou  profissional organizados pela Rede. 

Possibilidade  de  contar  com  gestores  da  Rede  como  "órgão consultivo" durante o processo negociador. 

Garantia  de  confidencialidade  e  privacidade  da  informação  que nos faculte. 

      Boas  práticas  de  fundos  de  investimento:  a  liderança  da 

iniciativa  privada  no  apoio  ao  empreendedorismo  tecnológico: Telefónica Open Future 

 Desde  2014,  a  Telefónica  tem  vindo  a  desenvolver  este  programa  para apoiar o fomento e o desenvolvimento de talento em empreendedorismo tecnológico‐digital, apostando na inovação em projetos relacionados com 

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novas tecnologias, detetando o  talento em qualquer uma das suas  fases de maturidade. A plataforma trabalha para fortalecer as ideias, iniciativas, PME  e  empresas  de  maior  dimensão  através  do  impulso,  aceleração  e investimento.  A plataforma atua como ponto de encontro do empreendedorismo global, onde pessoas com startups, empresas maduras e  investidores de todo o mundo partilham as suas ideias e projetos. Um lugar onde se pode estar em contacto com todos os intervenientes do ecossistema empreendedor e dar visibilidade à startup.  A plataforma coloca ao alcance do empreendedor a formação digital que precisa,  assim  como  o  financiamento  para  desenvolver  o  seu  projeto através de uma rede de 56 incubadoras e aceleradoras, e ligações com os principais  fundos  de  investimento,  business  angel  e  crowdfunding  da Europa e América Latina.      Boas práticas de impulso para setores estratégicos: SEGITTUR e 

Top Seeds Lab  A  Sociedad  Estatal  para  la  Gestión  de  la  Innovación  y  las  Tecnologías Turísticas,  SEGITTUR,  e  a  Top  Seeds  Lab  –  aceleradora  de  startups tecnológicas ‐ subscreveram um acordo de colaboração para apoiar os(as) empreendedores(as)  turísticos(as). O acordo estabelece que  trabalharão na  procura  e  identificação  de  investidores  informais,  como  os  business angels,  para  a  sua  colocação  em  contacto  com  as  startups  e empreendedores digitais do setor do turismo. 

 A  SEGITTUR  e  a  Top  Seeds  Lab  querem  apoiar  conjuntamente  as  PME digitais de  turismo de Espanha com um pacote de serviços e mentoring, financiamento público e privado, e facilitando o acesso a grandes clientes que são contactos de ambas as entidades. Entre os âmbitos de atuação do acordo, estabelece‐se a possibilidade de criar programas conjuntos para melhorar a competitividade das startups digitais do setor turístico, assim como  a  criação  de  uma  rede  de  cooperação  para  a  promoção  do empreendedorismo em turismo.  Deste  modo,  o  acordo  prevê  que  a  SEGITTUR  e  a  Top  Seeds  Lab dinamizem  a  captação  de  startups  digitais  em  turismo  e  que  informem sobre convocatórias públicas existentes como a linha de financiamento de apoio a empresas inovadoras e empreendedores Emprendetur. Dentro do quadro de colaboração subscrito, inclui‐se a organização de eventos para empreendedores, como o II Open Day Setor Turismo, no qual as startups poderão dar‐se a conhecer.   

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4. CARATERIZAÇÃO DO INVESTIMENTO PRIVADO NO NOSSO ÂMBITO DE COOPERAÇÃO  

4.1. Mapa de agentes (entidades de apoio associadas ao investimento privado ou que sejam intermediárias com este ou que o aglutinem) 

 No  atual  mundo  globalizado,  os  agentes  do  investimento  não  devem procurar apenas a nível  local. Não se deve pôr  limites à  territorialidade. Em todos os territórios de estudo aparecem os mesmos tipos de agentes, uma  multiplicidade  de  agentes  e  que  utilizam  diferentes  modelos  de investimento. 

Nesta rubrica foram classificados os seguintes quatro tipos de agentes de investimento  privado,  desenvolvidos  ‐  sem  ser  exaustivos  ‐  na  tabela  e nos anexos de trabalho.          

   

    

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Business angels

Região  Agentes 

Alentejo  Alenbiz ‐ Associação de Business Angels do Alentejo 

Algarve Algarve Business Angels. Associação de Business Angels do Algarve 

Cádiz  Red de Business Angels de Cádiz 

Cádiz Fundación Universidad Empresa de la Provincia de Cádiz (FUECA) 

Cádiz Fundación Bahía de Cádiz para el Desarrollo Económico 

Córdoba  Asociación Córdoba Business Angels 

General Andalucía  IESE Business School University of Navarra 

General Andalucía  ESADE BAN 

General Andalucía  Business In Fact 

General Portugal  Associação Portuguesa Business Angels 

General Portugal  Business Angels – Fundos de capital de Risco 

General Portugal Federação Nacional de Associações de Business Angels. FNABA 

General Portugal  EBAN. European Business Angels Network 

General Portugal Business Angels Club ‐ Associação Portuguesa de Investidores em Start‐Ups 

General Portugal Guadiana Business Angels ‐ Associação Transfronteiriça de Investidores em Start ups 

General Portugal  EBAN. European Business Angels Network 

General Portugal  Rising Ventures S.A. (Lisboa) 

Huelva  InnoBAN en Andalucía 

Huelva  InnoBAN Huelva 

Nacional AEBAN. Asociación Española de Business Angels Networks 

Sevilla  RED BAIA. Business Angels Industrial de Andalucía 

Sevilla Asociación de Empresarios de las Tecnologías de la Información y las Comunicaciones de Andalucía 

Sevilla  Federación de Empresarios del Metal 

Sevilla   Asociación Andaluza Business Angel Network AABAN  

Empresas investidoras de interesse geral

Região  Agentes General Portugal  EDP Inovação 

General Portugal  Millennium BCP 

General Portugal  Caixa Geral de Depósitos 

Sevilla  Fundación Cruzcampo   Empresas investidoras de setores específicos  Região  Agentes General Andalucía  BStartup (Banco Sabadell) 

General Andalucía  Telefónica Ventures y Amérigo 

General Portugal  NOS Comunicações  Fundo de Investimento Corporate Finance  Região  Agentes 

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Andalucía  FES. Fondo de Economía Sostenible 

General Andalucía  Active Ventures Partners 

General Andalucía  Inveready Capital Company. Corporate Finance 

General Portugal Caixa Capital 

General Portugal Associação Portuguesa de Capital de Risco e de Desenvolvimento 

General Portugal  FCR[1] Fast Change. 

General Portugal FCR PME Novo Banco. Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados 

General Portugal FINOVA. Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação 

General Portugal  FCR Caravela.  

General Portugal  FCR Central FRIE 

General Portugal  FCR PV Global 2 

General Portugal  FCR Valor 2 

General Portugal  Fundo de Sindicação de Capital de Risco PME‐IAPMEI 

General Portugal  Fundo Imobiliário Especial de Apoio às Empresas 

General Portugal FCR ISQ Capital. Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados 

General Portugal FCR Novabase Capital. Fundo de Capital de Risco para Investidores Qualificados 

General Portugal PV Portugal Capital Ventures. Sociedade de Capital de Risco 

General Portugal  PMEI – PME Investimetos. Sociedade de Investimento

General Portugal  SPGM. Sociedade de Investimento 

Madrid  Kibo Ventures 

Nacional  Sabadell Venture Capital 

Sevilla  Foro de Inversores PCT Cartuja 

Sevilla  Sevilla Capital Inteligente 

Nacional  Bullnet Capital. Fondo Capital Riesgo     

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4.2.  Análise do investimento privado na zona de estudo  

 Os capítulos anteriores permitiram, entre outras questões, definir o mapa de  serviços  financeiros  (tanto  para  empreendedor  como  para  o  próprio investidor  privado)  e  conceptualizar  os  tipos  e  características  de investimento privado e público para projetos empreendedores.  Antes  da  caraterização  e  análise  do  investimento  privado  na  zona  de estudo, realiza‐se uma aproximação desta a nível de país.  

4.2.1. Uma aproximação à situação do investimento privado: nível de país 

 O  primeiro  problema  com  que  nos  deparamos  ao  se  tentar  analisar  o investimento  privado  do  empreendedorismo  é  a  falta  de  dados  reais  e verdadeiros, e é muito mais difícil de conseguir se tentarmos regionalizar ou segmentar essa informação.  Desta  forma,  a  única maneira  que  temos  para  realizar  um  processo  de aproximação  é  tentar  analisar  alguns  estudos  e  publicações  elaborados por  diversas  associações  e  investigadores,  todos  eles  geralmente desenvolvidos  no  campo  das  startup,  onde  existe  um  maior  nível  de acesso à  informação. Neste  sentido,  apresenta‐se a  seguir  uma  série de dados obtida de distintas fontes.  

Segundo os dados analisados no quadro do Mapa do Empreendedorismo 2015 elaborado pela Spain Startup3, conclui‐se que o financiamento ainda é  um  dos  principais  problemas  que  os  empreendedores(as)  devem enfrentar em Espanha.  Como  dados  aproximados,  a  Interoute  Startups4  assinala  que  84%  das Startup iniciam com recursos próprios (58%) ou com apoio económico dos familiares ou amigos  (26%), FFF  (Friends, Family & Fools). Assim, apenas 16% dos projetos consegue fundos externos quer seja através de fundos privados ou créditos bancários.  Analisando os dados segundo a fonte de financiamento podemos obter os seguintes resultados:   A. CAPITAL DE RISCO  Segundo demonstra o gráfico que se apresenta a  seguir, o  investimento privado em Espanha está muito abaixo da média europeia.    

Investimento em capital de risco em relação ao PIB5 

                                                            3 https://es.southsummit.co/ 4 https://interoutestartups.es/jump‐start‐up/  5 http://www.incari.org/upload/Anuario2015/AN2015_Farres.pdf 

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 Fuente Invest Europa 

 Os  dados  compilados  pela  OCDE  relativamente  ao  investimento  em capital  de  risco  em  relação  ao  Produto  Interior  Bruto  no  ano  de  2014 mostram  uma  situação  desfavorável  face  a  outros  países  que  se consideram  referência  no  setor  na  Europa  (Reino  Unido,  França, Alemanha, Países Nórdicos) e no resto do mundo (Estados Unidos, Israel).  Face a estes números, é natural perguntar‐se se existe um problema de oferta  de  capital  disponível  para  investimento  ou  de  procura  de  capital por parte de empreendedores(as) com projetos inovadores. Para  responder  a  esta  pergunta,  bastar  apontar  duas  dimensões  para  a análise:  o  significativo  aumento  de  rondas  de  financiamento  acima  dos 10M€ durante o ano de 2015 e o crescente interesse por parte de fundos de  venture  capital  estrangeiros  em empresas  espanholas de  tecnologias da  informação  ou  de  ciências  da  vida,  interesse  corroborado  pela crescente  participação  destes  fundos  estrangeiros  em  rondas  de financiamento  de  crescimento,  como  revelam  alguns  dados  do  ano  de 

2015,  em  particular,  centrados  no  setor  de  tecnologias  da  informação (TIC):  Portanto, o problema existente em Portugal e Espanha relativo à falta de investimento privado em projetos empresariais é um problema estrutural, não  de  falta  de  iniciativas,  motivado  por  duas  questões  fulcrais:  em primeiro  lugar  porque  a  percentagem  de  participação  dos  investidores privados  institucionais  (leia‐se,  fundos  de  pensões,  instituições financeiras, grandes empresas privadas, etc.) é notoriamente baixo (cerca de 20%) em comparação com as médias europeias (cerca de 40%), e em segundo  lugar que a evolução da participação dos  investidores privados nos  fundos  de  capital  de  risco  registou  uma  tendência  claramente  em baixa, marcada sem dúvida pela crise financeira global de 2008.   Em suma, a  indústria do Capital de Risco é um  fenómeno  incipiente em Portugal e Espanha que está ainda longe dos valores de investimento de outros mercados com maior tradição.   No entanto, se se tiverem em conta os crescimentos relativos, verifica‐se que  a  tendência  em  Espanha  é  muito  positiva,  tal  como  se  aprecia  no gráfico  seguinte  sobre  a  evolução  da  captação  de  fundos  em  Espanha, indicados  no  relatório  de  atividade  da  Associação  Espanhola  de  Capital, Crescimento e Investimento.6  

                                                            6 https://www.ascri.org/wp‐content/uploads/2016/06/Informe‐ASCRI‐2017.pdf 

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INVESTIMENTO

  Estes dados são também corroborados no relatório sobre Perspetivas do Capital de Risco em Espanha, elaborado pela equipa de Capital de Risco de  KPMG  em  Espanha,  no  qual  se  destaca  a  positiva  evolução  que  o segmento de Venture Capital e Private Equity está a registar em Espanha, sendo os investidores internacionais os principais protagonistas.  O  relatório  assinala  como  bases  do  crescimento  a melhoria  da  situação macroeconómica em Espanha, a disponibilidade de recursos para investir, assim como a maior fluidez do financiamento bancário. Também se deve destacar a continuidade do fundo de fundos público Fond‐ICO Global e o interesse por Espanha por parte dos investidores internacionais.  Outro dos aspetos a destacar que  se  assinalam no  relatório é que, para um  pouco  mais  de  metade  dos  executivos  inquiridos,  a  geração  de oportunidades de investimento no futuro será proveniente de assessores 

externos,  à  frente  da  desenvolvida  pelo  próprio  investidor,  o  que  sem dúvida irá jogar a favor de todas as iniciativas que seguem nesta linha de apoiar a assessoria e a busca de iniciativas empresariais de interesse.  Não obstante, se fizermos uma análise regional através do mapa seguinte, observamos  que  a  Andaluzia  está  muito  longe  dos  principais  centros: Madrid e Catalunha  

  Com estes dados podemos obter as seguintes conclusões.  

A  evolução  dos  fundos  de  capital  de  risco  em  Espanha  é muito positiva 

Cada vez há mais fundos estrangeiros a investir em Espanha  Cada vez mais se investe em projeto maiores  A Andaluzia tem uma baixa taxa de participação no total nacional. 

 

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   O investimento em capital de risco em relação com o PIB em Portugal faz com  que  o  país  se  posicione  na  11ª  posição  do  ranking  apresentado anteriormente, encontrando‐se a um nível similar ao da Hungria, Noruega e Países Baixos. Esta situação mostra como este tipo de  investimento se encontra mais consolidado em Portugal, cuja legislação se baseia na Lei nº 18/2015, de 4 de março, que estabelece o  regime  jurídico do capital de risco, do empreendedorismo social e do investimento especializado.  Por  parte  do  governo  português,  criou‐se  o  fundo  de  investimento Portugal Ventures destinado a fomentar a implementação de empresas e promover o capital de risco a partir de um capital  inicial de 100 milhões de  euros.  A  sua  criação  tem  o  objetivo  de  reforçar  a  oferta  de instrumentos  financeiros  de  capital  disponível  para  as  empresas portuguesas em fase de arranque.  A Portugal Ventures investiu 2,3 milhões de euros em empresas novas em 2017.  No  gráfico  seguinte7  observa‐se  a  evolução  que  o  investimento sofreu através desta ferramenta nas empresas em fase de arranque:  

                                                            7 https://eco.pt/2018/01/11/portugal‐ventures‐investiu‐78‐milhoes‐em‐2017/ 

  As  empresas  que  foram  criadas  centram‐se  em  três  áreas  muito específicas  de  atividade  como  são  a  tecnologia,  a  ciência  e  o  turismo, sendo áreas fulcrais no crescimento do país.  Portanto,  pode‐se  indicar que a  evolução em  fundos de  capital  de  risco em Portugal é positiva, embora tenha sido reduzida em 2017 no caso de investimento  em novas  empresas.  Um dos  valores mais  importantes  no caso  português  é  o  investimento  local,  embora  também  conte  com investimento privado externo. O país está muito consciente de que para crescer  tem que apostar na criação das suas próprias empresas e que o investimento nas mesmas é fundamental.    B. BUSSINESS ANGELS

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INVESTIMENTO

 Em  março  2012,  o  Fundo  Europeu  de  Investimentos  lançou  um  novo produto,  o  European  Angels  Fund,  para  fomentar  o  investimento  por parte de investidores privados (os chamados “Business Angels”) em países selecionados da União Europeia. Graça a este, os investimentos por parte de  investidores  privados  em  PME  inovadoras  experimentou  um crescimento significativo nos últimos anos, segundo mostram os dados da Associação Espanhola de Capital,  Crescimento  e  Investimento  (ASCRI)  e, portanto, trata‐se de um mercado em formação e rápida evolução.  

Investimento anual por parte de redes de business angels e aceleradoras8 

  Estes  dados  são  corroborados  pela  AEBAN,  Associação  Espanhola  de Business  Angels,  a  qual  no  seu  último  relatório9  publicado  em  2017 assinala os seguintes resultados:  

                                                            8 http://www.incari.org/upload/Anuario2015/AN2015_Farres.pdf 9 http://www.aeban.es/sites/aeban.es/files/Informe%20AEBAN%202017.PDF  

A  atividade  de  investimento  é  realizada  principalmente  por investidores na faixa etária entre os 35 e os 54 anos. Em 2017, a parte  inferior desta  faixa, abaixo dos 44 anos, experimentou um ligeiro aumento para 43%, face aos 40% do ano anterior. 

  O âmbito  internacional  de  investimento  corresponde  a  32% dos 

mesmos.  

A  inclusão  das  mulheres  neste  segmento  de  investimento  não registou uma evolução significativa, apenas um ponto de avanço desde o estudo anterior, alcançando 9% do total. Continua a ser, portanto, uma percentagem inferior à observada no Reino Unido e nos Estados Unidos. 

  O  ano  de  2016  foi  positivo  relativamente  à  chegada  de  novos 

investidores  ao  mercado.  8%  dos  investidores  iniciou‐se  no investimento em 2016.     

 Desagregação dos Business Angels segundo a experiência10 

                                                             

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  Os  números  de  capacidade  anual  de  investimento  trazem  boas 

noticias  aos  empreendedores(as)  que  procuram  maiores montantes de financiamento, já que mais de 8% dos investidores declaram dispor de mais de 500.000 euros, face aos 3,2% do ano de 2015. A percentagem de  investidores com menos de 100.000 euros  anuais  aparece  ligeiramente  inferior  a  2015,  indicando claramente  a  necessidade  de  coinvestimento  como  via  para  a diversificação.    

Quanto investe um Business Angels  

  

Tickets médio do investidor 

  Os investidores iniciam‐se na atividade principalmente através da 

chegada de uma oportunidade de  investimento apresentada por amigos ou sócios (29%), seguidos daqueles que procuram iniciar‐

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INVESTIMENTO

se ativamente no  investimento e, para  tal,  unem‐se a uma  rede de business angels (26%).  

Por que me tornei um business angel 

  

Para além da fórmula para se iniciar no investimento, os amigos, os  sócios  e  as  redes  confirmam‐se  como  as  principais  fontes  de oportunidades de investimento uma vez que se mantêm no ativo. 29%  dos  investidores  recorre  a  redes  de  investimento  e  25% indica os seus amigos e sócios como fonte de projetos.   

Como é que os business angels detetam oportunidades de investimento 

  

Pela  primeira  vez,  o  referido  relatório  de  AEBAN  inclui  dados sobre a avaliação das operações nas fases de semente e startup, apresentando valores médios de 800.000 euros e 1.700.000 euros respetivamente. Situando‐se a tranche alta a partir de 1.500.000 euros e 2.500.000 euros pre‐money, respetivamente.  

As  razões  para  não  efetuar  um  investimento  que  estavam determinados a realizar estão principalmente relacionadas com a equipa  empreendedora:  bem  como  as  dúvidas  sobre  a  sua capacidade de gestão ou a falta de confiança na equipa.  

A  Andaluzia  absorve  apenas  6,8%  do  investimento  nacional, ocupando  o  primeiro  lugar  Madrid  com  36,1%,  seguida  pela Catalunha com 32,3%. 

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 Desagregação de investimento por comunidade autónoma 

  O investimento em Portugal por parte de Business Angels em fases iniciais da empresa foi de 18,3 milhões de euros em 2015. Em relação a 2014, o investimento realizado por estes investidores privados caiu 16%, segundo dados  do  relatório  anual  de  EBAN,  European  Business  Angels  Network. Um  total  de  24  milhões  de  euros  foram  investidos  por  parte  de  624 business angels portugueses. Se se tiver em conta os dados de 2014, cerca de 28 milhões de euros foram investidos através desta ferramenta, o que representa o dobro do investimento do ano de 2013.  Já  em  2015,  Portugal  foi  um  dos  países  europeus  com  mais  dinheiro investido em termos de repercussão no PIB.  C. CROWDFUNDING  A  atividade  gerada  pelo  crowdfunding  em Espanha  durante  o  ano  2016 aumentou 92% face ao ano anterior.11 

                                                            11 https://www.iebschool.com/blog/webs‐plataformas‐crowdfunding‐espana‐lean‐startup/ 

 Segundo  o  estudo  "Financiamento  participativo  (Crowdfunding)  em Espanha,  relatório  anual  2016"  realizado  pela  consultora  Universo Crowdfunding,  em  colaboração  com  a  Universidade  Complutense  de Madrid,  o  crowdfunding  arrecadou  em  Espanha  112.592.388  euros em 2016, mais 116,09% que em 2015.12.   As plataformas de empréstimo (crowdlending) são as que mais volume de capital gerem com 61.689.491 € (54% do dinheiro arrecadado em 2016). Segue‐se o crowdfunding imobiliário que esteve próximo dos 20 milhões de  euros  ao  arrecadar  no  seu  primeiro  ano  19.135.951  €  (17%).  O crowdfunding de investimento (equity crowdfunding) é o que mais cresce percentualmente até chegar aos 16.078.958 € arrecadados (14%). Por seu lado,  o  crowdfunding  de  recompensas,  também  conhecido  como "mecenato", continua a ser a referência para os que começam no mundo do  crowdfunding  com  12.339.750  €  arrecadados  (11%).  Por  último,  as contribuições via crowdfunding de doações que chegaram aos 4.348.238 € (4%). 

 O  número  de  plataformas  ativas  segue  esta  linha  de  crescimento, diversificação  e  profissionalização  de  que  falámos.  Segundo  o  referido estudo,  no  ano  2016  havia  48  plataformas  ativas,  um  número  superior face ao ano passado (44) e muito mais relativamente a 2013 em que havia 19 plataformas ativas.  O  Financiamento  Participativo  é  uma  ferramenta  com  um  impacto significativo na criação de postos de trabalho e deveria ser cada vez mais um elemento central das políticas ativas de emprego. Dos nossos dados, 

                                                            12 https://www.universocrowdfunding.com/ 

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INVESTIMENTO

podemos  concluir  que  o  Financiamento  Participativo  criou  em  Espanha entre  5.679  e  12.620  empregos  diretos  consoante  os  critérios  de apuramento escolhidos. 

 O  Financiamento  Participativo  está  atrair  um  novo  perfil  de  financiador não só atraído pela rentabilidade do seu investimento, os  juros dos seus empréstimos  ou  o  reduzido  valor  da  sua  pré‐compra,  também  pelos valores e propósitos da plataforma ou do projeto que financia. Procuram uma  relação  mais  proactiva  e  colaborativa  entre  promotores  e investidores que melhore a eficiência e potencie a participação.  Segundo afirma o referido estudo, 2017 deve ter sido o ano da explosão do Financiamento Participativo em Espanha e há expetativas de  superar os 200 milhões de euros.  O  crescimento  do  Crowdfunding  a  nível  mundial  continua  a  um  ritmo muito bom. O crowdfunding é cada vez mais global, sobretudo o centrado em  recompensas.  Nos  próximos  anos,  essa  globalidade  será  ampliada  a todos os tipos de crowdfunding, o que significará que poderemos investir em projetos do nosso interesse noutros países.  Apesar dos bons dados, a Espanha tem um desafio muito importante no que  se  refere  ao  crescimento  e  consolidação.  Os  países  anglo‐saxões continuam a  ser  líderes do Financiamento Participativo, muito acima do resto do mundo.  Um dos dados mais relevantes sobre o crowdfunding em Portugal é que está regulado desde fevereiro de 2018 através da Lei nº3/2018, de 9 de fevereiro, que define o regime sancionador aplicável ao desenvolvimento da atividade de financiamento colaborativo e procede da alteração da Lei 

nº  102/2015,  de  24  de  agosto,  que  aprova  o  regime  jurídico  do financiamento colaborativo.  Desta forma, facilita‐se o investimento em startups, até ao momento não reguladas,  embora  se  estabeleçam  determinados  limites  para  esta ferramenta de investimento. A norma expõe que não se pode exceder 10 vezes  o  valor  global  da  atividade  a  financiar,  estabelecendo‐se  um máximo de 3.000 euros por investidor ou um total de 10.000 euros num período de 12 meses.    

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4.2.2. Caraterização do investimento privado na zona de estudo 

 Depois  de  realizada  a  anterior  aproximação  a  nível  de  país/região,  a seguir,  elaborou‐se  uma  radiografia  que  caracteriza  a  situação  do investimento privado no âmbito do empreendedorismo na nossa zona de estudo, ou seja, a composta pelas províncias de Córdoba, Cádis, Sevilha e Huelva na Andaluzia, e as regiões do Algarve e Alentejo em Portugal.   Devido à falta de dados estatísticos de empreendedorismo/investimento específicos  do  nosso  território,  realizou‐se  uma  análise  qualitativa baseada no preenchimento de questionários especificamente concebidos para  o  nosso  âmbito  por  parte  das  entidades  de  apoio  ao empreendedorismo mais representativas de cada um dos territórios, que constituíram  um  exercício  de  aproximação  para  caracterizar  esta realidade  nos  seus  territórios.  A  partir  daqui,  a  equipa  redatora encarregou‐se  de  agregar  os  dados  obtidos  para  caracterizar  de  forma geral o espaço de cooperação.  Gracias à aproximação prévia realizada sobre a situação do investimento privado  na  zona  de  estudo,  realizou‐se  uma  classificação  inicial  sobre tipos de investidores privados que têm presença na nossa zona de estudo, ajudando  a  dirigir  o  desenvolvimento  de  entrevistas  realizadas  com  os intervenientes locais:  

Perfil não profissional: Business Angel  Perfil não profissional: Crowdfunding  Perfil profissional: Fundos de investimento / Corporate Finance  Perfil  profissional:  Empresas  e/ou  pessoas  que  procuram 

oportunidades de investimento de interesse geral 

Perfil  profissional:  Empresas  e/ou  pessoas  que  procuram oportunidades de investimento num setor específico. 

  De modo geral, pode‐se afirmar que, no âmbito de cooperação, os tipos de  investimento  com  mais  presença  são  os  business  angels,  o crowdfunding  e  as  empresas  que  procuram  investimentos  específicos, sendo menos recorrentes os das empresas em busca de investimentos de interesse geral e os fundos de investimento.  Em Cádis, os agentes entrevistados consideraram os business angels como o  tipo  de  investidor  com  mais  presença,  seguido  dos  fundos  de investimento.  Com  menor  presença,  segundo  esses  agentes,  o crowdfunding  e  as  empresas  em  busca  de  investimento  de  interesse geral.   Em  Sevilha,  pelo  contrário,  o  business  angels  é  o  tipo  de  investimento com menos presença, só acima dos fundos de investimento, enquanto o crowdfunding  é  o  mais  utilizado  por  empreendedores(as),  seguido  dos restantes tipos.  São as empresas que procuram investimentos específicos que têm mais presença em Córdoba. 

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INVESTIMENTO

 No  território  do  Alentejo,  deve‐se  destacar  a  não  presença  do crowdfunding  e  dos  fundos  de  investimento,  não  sendo  identificados pelos  agentes  entrevistados.  Os  restantes  tipos  de  investimento aparecem  nesta  região,  embora  seja  conveniente  indicar  que  40%  dos entrevistados indicam não conhecer essas ferramentas. Por  último,  no Algarve  tem que  se  destacar  que  todos  os  entrevistados afirmam  que  há  presença  de  empresas  em  busca  de  investimento  de interesse geral e de investimento de caráter específico. 60º% afirma que o crowdfunding  está  presente,  e  50%  que  os  business  angels  também  se encarregam de financiar projetos de empreendedorismo.  O volume de investimento no nosso espaço de cooperação, como era de prever,  é  diferente  em  função  do  tipo  de  investimento.  Assim,  como 

mostra  o  gráfico  seguinte,  para  o  investimento  de  business  angels, crowdfunding  e  fundos  de  investimento  (neste  caso,  provavelmente sociedade  de  investimento)  o  volume  de  investimento  por  projeto  de empreendedorismo  é  inferior  a  25.000,00€.  Destaca‐se  que  o  tipo “empresas  em  busca  de  investimentos  específicos”  é  o  que  realiza maiores investimentos, estando maioritariamente acima dos 100.000,00€.           

          É  de  interesse  realçar  como,  segundo  dados  facultados  pela  Fundação Andaluzia Empreende, mais de 80% dos empreendedores(as) das quatro províncias andaluzas da rede ESPOBAN, realizam um investimento  inicial de  menos  de  20.000€  para  arrancar  o  negócio,  o  qual  nos  ajuda  a 

[Red

e de

 Business

Angels]

[Crowdfun

ding

]

[Fun

do de

investim

ento/Corp

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[Empresas em

busca de

...]

[Empresas em

busca de

...]

Presença de investidores segundo a sua tipologia.

Sim Não

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dimensionar, por um lado, o tipo de projeto empreendedor a financiar e, por  outro  lado,  os  tipos  de  investidores  com  mais  potencialidade  de investir na Andaluzia.  Relativamente ao prazo estimado dos investimentos na zona de estudo, cumprem  os  padrões  comuns  destas  ferramentas.  Assim,  por  exemplo, todos os  entrevistados  concordam que o  crowdfunding  tem  sempre um prazo  inferior a  três anos. Da mesma  forma, os business angels  têm um prazo de investimento estimado que varia entre o intervalo de menos de 3 anos e o de entre 3 e 5 anos.  

  Segundo os  intervenientes  inquiridos,  o  turismo e  as  TIC  são os  setores produtivos  que  estão  a  receber  atualmente mais  investimento  privado, seguidos da indústria e do comércio. 

 

  Atualmente, na nossa zona de estudo, os canais de comunicação habitual entre  investidores  e  empreendedores  são  diversos.  Por  um  lado, encontram‐se  os  que  fornecem  associações  empresariais  e/ou organizações  mistas  como  as  Câmaras  de  Comércio  e  Indústria  de Espanha, ou entidades públicas de apoio ao empreendedor como é o caso do IAPMEI, I.P. ‐ Agência para a Competitividade e Inovação em Portugal, ou  a  Fundação  Andaluzia  Empreende.  Estes  contam  com  diretórios  de investidores,  fazendo parte de redes que facilitam esta catalisação entre investidor  e  empreendedor,  organizando  frequentemente  eventos  para dinamizar  encontros  entre  ambas  as  partes.  Do  mesmo  modo,  outros intervenientes  entrevistados  referem‐se  ao  investimento  gerado  no quadro  das  redes  de  contactos  empresariais  organizados  em  estruturas 

[Rede de Business Angels]

[Crowdfunding]

[Fundo de investimento/Corporate…

[Empresas à procura de investimentos…

[Empresas à procura de investimentos…

Posição estimada do investimento dos agentes investidores da zona.

Entre 6 y 10 años Entre 3 y 5 años Menos de 3 años

Cultura/Lazer

Imobiliário Construção

Tecnologia da informação

Restauração

Turismo

Comércio

Indústria

Pesca

Agricultura

Setores produtivos que recebem mais financiamento privado. 

Cádis Córdova Sevilha Algarve Alentejo

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INVESTIMENTO

como  a  do  BNI.  Em  relação  ao  crowdfunding  são  cada  vez  mais  as plataformas  on‐line  que  diversas  entidades,  públicas  e  privadas, promovem para favorecer o investimento.  O grau de motivação principal dos investidores não profissionais no nosso âmbito de atuação é o de se assegurar receitas no futuro, embora seguida muito de perto pelas outras três motivações que constam nas perguntas aos intervenientes inquiridos. 

  Devemos  destacar  que,  em  Cádis,  os  agentes  entrevistados  indicam, contrariamente à resposta geral, que a principal motivação para investir é a “Forma de colocação da poupança”.  Existem  três  problemas  quando  se  trata  de  investir,  mais  analisados pelos  intervenientes  entrevistados.  Estes  são  o  “medo  de  não  ter  o controlo  do  negócio”,  a  “desconfiança”  no  sucesso  do  projeto  de empreendedorismo,  e  o  “desconhecimento  do  processo  de investimento”. 

  Em  qualquer  caso,  territorialmente  os  problemas  com  prioridade  dos intervenientes  diferem  relativamente.  Assim,  por  exemplo,  Cádis  deteta como  problemática  maior  a  “falta  de  projetos  de  interesse”  para  se investir;  Alentejo  deteta  a  “falta  de  interesse”  dos  investidores  nesta zona; ou Córdoba  identifica a escassa  “formação  (conhecimentos)  como investidor” como uma das suas principais problemáticas.  Em relação às vantagens para investir em ideias empreendedoras na zona da Rede ESPOBAN, as mais importantes segundo os intervenientes locais é a de “diversificar”, seguida da “rentabilidade” que os seus investimentos lhe dão”, e com uma similar importância relativa as de “entrar em novos mercados” e a de “potenciar a imagem”.  

Falta de projeto de interesse

Formação (Conhecimento) como…

Medo de não ter o controlo do…

Falta de interesse

Desconhecimento do processo de…

Desconfiança

Principais problemas ao investir

Cádis Córdova Sevilha Algarve Alentejo

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  Territorialmente, é digno de nota que enquanto Córdoba, Sevilha, Cádis e o  Alentejo  destacam maioritariamente  como  vantagem  ao  investir  a  de “diversificar”, no Algarve, destaca‐se a de “Entrar em novos mercados”.  Por  último,  devemos  indicar  que  uma  boa  parte  dos  agentes entrevistados  indicaram  que  conhecem  investidores  e/ou  potenciais investidores  de  projetos  de  empreendedores(as)  no  âmbito  da  Rede ESPOBAN e que, portanto, poderão participar nos fóruns de investimento e em qualquer outra atividade de aproximação do  investimento privado ao território.  

 

 

   

Autoemprego parafamiliares

Diversificar

Entrar em novosmercados

Benefícios fiscais

Rentabilidade

Potenciar imagem

Ventagens de se investir em ideias de negócios inovadoras

Cádis Córdova Sevilha Algarve AlentejoNão Sim (em branco)

Teria sócios interessados em participar em fóruns de investimento?

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INVESTIMENTO

5. MATRIZ POR TIPOLOGIA DE INVESTIDORES, MODELOS DE INVESTIMENTO

 Uma  vez  conceptualizado  e  definido  o  quadro  do  financiamento,  é  o momento de se definir a matriz por tipologia de investidores adaptado ao nosso âmbito territorial. Desta forma, e para se definir a referida matriz, realizámos  a  seguinte  segmentação  dividindo  as  fontes  nas  seguintes tipologias:  o FFF  (Family,  Friends  &  Fools).  Pessoas  do  contexto  do  empreendedor 

que decidem investir pequenas quantias na sua empresa. o Business  Angels.  Investidores  que  contribuem  com  o  seu  próprio 

dinheiro  para  empresas  não  cotadas  promovidas  por  pessoas  que  lhe são alheias.  

o Crowdfunding.  Contribuição  de  pequenas  quantias  de  dinheiro  que procedem  de  muitas  pessoas  destinadas  a  empreendedores  para  os ajudar  a  colocar  em  marcha  os  seus  projetos  (o  conceito  inclui  o Crowdlending, Playfunding e Crowdsourcing). 

o Fundos de  investimento/Corporate Finance. Fundos principalmente de natureza  privada  que  são  geridos  por  uma  equipa  de  especialistas experientes  em  termos  de  investimento  que  procuram  lucros  a  longo prazo. 

o Empresas  e/ou pessoas  que procuram oportunidades  de  investimento de interesse geral ou setorial. 

o Financiamento bancário. 

o Créditos participativos. Instituições de apoio ao empreendedorismo que investem  através  de  empréstimos  reembolsáveis  ou  compra  de participações sociais (ENISA).  

o Subvenção pública.  Uma  vez  definida  a  tipologia  de  investidores,  vamos  realizar  uma segmentação em função das seguintes variáveis:    Perfil do investidor,  entendido  este  como  o  grau  de 

profissionalização  que  o  investidor  tem  ao  participar  nos  diversos projetos nos quais investe, contemplando três estados: 

  Perfil  público/institucional,  quando  o  investidor  é  uma 

agência  ou  administração  pública  que  investe  ou  concede ajudas para fomentar a geração de riqueza e emprego. 

Perfil profissional, quando o investidor é uma empresa que se dedica  de  forma  profissional  à  concessão  de  crédito  ou ajudas, ou à compra de ações a título privado. 

Perfil  não  profissional,  quando  o  investidor  é  uma  pessoa singular ou coletiva que investe num projeto sem o apoio de uma estrutura profissional que lhe dê apoio.  

Maturidade do projeto de financiamento, entendendo‐se  esta  variável  como  o  estado  de  desenvolvimento  deste,  exposto em fases: inicial, desenvolvimento e maturidade. 

 Dentro  do  nosso  âmbito  da  Rede  ESPOBAN,  o  grau  de maturidade dos  projetos  que  procuram  financiamento  está  muito  distribuído, destacando‐se fundamentalmente empresas em fase de nascimento. 

 

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Grau de controlo sobre o projeto, entendendo‐se esta variável  como  o  envolvimento  que  a  fonte  de  financiamento  tem sobre o controlo da empresa, estabelecendo três estados:  

  Grau  de  controlo.  Mede  a  participação  do  investidor 

como acionista, que poderá ir da incorporação no capital sem estar  na  tomada  de  decisões  (participação  passiva), até quando o investidor irá participar como acionista e na tomada de decisões (participação ativa). 

Grau  de  Garantias.  Quando  o  investidor  obtém  como garantia  o  próprio  projeto  em  si;  se  não me  devolver  o dinheiro, fico com a sua empresa. 

Grau  de  serviços.  Quando  aquilo  que  o  investidor  irá obter é um serviço por emprestar‐lhe dinheiro.  

 Sem  dúvida,  uma  das  variáveis  a  considerar,  obtida  dos  inquéritos realizados,  é  que  os  principais  problemas  ao  investir,  juntamente com o desconhecimento do processo investidor, é a desconfiança e o medo de não ter certo controlo sobre o projeto. 

  Capital tecnológico,  entendendo‐se  esta  variável  como  o 

envolvimento  que  o  capital  tecnológico  tem  dentro  do  projeto, estabelecendo duas variáveis: 

  Alta  qualificação,  quando  o  projeto  de 

empreendedorismo  requer  uma  alta  capacidade tecnológica. 

Baixa  qualificação,  quando  o  projeto  de empreendedorismo  requer  uma  baixa  capacidade tecnológica. 

  Montante do investimento, entendida esta variável como o 

grau  de  financiamento  que  o  projeto  de  investimento  requer, distinguindo entre:  

  Alto: mais de 100.000 euros  Médio: entre 25.000 e 100.000 euros   Baixo: menos de 25.000 euros. 

 A  ampla  maioria  dos  inquiridos  respondeu  que  as  empresas  em busca  de  investimentos  específicos  são  as  que  realizam  um investimento  superior  a  100.000€,  os  restantes  agentes mantêm‐se, de modo geral, em níveis  inferiores a 25.000€, sendo o agente “Empresas  à  procura  de  investimentos  de  caráter  geral”  que mantêm uma percentagem de  investimento  um pouco  superior  a 25.000€. 

 Nesta mesma  linha,  e  como  tónica  geral,  os  inquiridos  respondem  que todos os agentes, menos os  fundos de  investimento, sobre os quais não há dados suficientes, têm um prazo estimado de investimento de entre 3 e 5 anos, exceto o Crowdfunding que tem um prazo de investimento um pouco inferior a 3 anos.  Com esta tipologia de investimento privado e esta segmentação de cada uma delas  segundo o  perfil  do  projeto  de  empreendedorismo no  nosso âmbito  de  aplicação,  obtemos  a  seguinte  matriz  de  investidores,  cujo objetivo é adaptá‐la ao nosso contexto.  Note‐se que, na última fila da referida matriz, aparece o grau de presença da forma de financiamento dentro do nosso âmbito de atuação, com três 

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níveis: alto, médio e baixo, em função do número de agentes que operam dentro do território.   

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Matriz de caraterização dos investidores da REDE ESPOBAN  

Perfil do investidor

Tipologia de investimento

Variáveis preferenciais por perfil investidor

Grau de maturidade Grau de participação Capacidade

tecnológica

Montante do Investimento

Presença no nosso âmbito de atuação

Não profissional  

FFF   Início  Participação passiva  Alto e baixo Média e baixa Alto

Business Angels  Início e consolidação  Participação passiva  Alto Média e alta Médio

Crowdfunding  Início   Garantias ou serviço  Alto Baixa e média Médio

Profissional 

Fundos de investimento 

Consolidação e crescimento  Participação ativa  Alto e baixo 

Alta Baixo

Empresas e/ou pessoas 

Consolidação e crescimento  Participação ativa  Alto e baixo 

Média e alta Baixo

Financiamento bancário 

Início, consolidação e crescimento  Garantias  Alto e baixo 

Baixa, média e alta Alto

Público Créditos participativos  Início, consolidação 

e crescimento  Garantias  Alto e baixo Baixa, média e alta Alto

Subvenção pública  Início, consolidação e crescimento  Garantias ou serviços  Alto e baixo 

Baixa, média e alta Alto

   

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INVESTIMENTO

Realizando  uma  análise  comparativa  entre  o  grau  de  maturidade  do projeto  e  o  grau  de  envolvimento  do  investidor  no  negócio,  obtemos  o seguinte gráfico:  

   Com isso, queremos estabelecer um primeiro critério ao selecionar o tipo de  investidor  que  estou  a  procurar  consoante  o  estado  de desenvolvimento  em  que  se  encontra  o  meu  projeto  e  o  grau  de envolvimento no negócio que estou disposto a oferecer ao investidor.    

Da mesma forma, podemos estabelecer uma comparação entre o capital tecnológico  e  o  grau  de  maturidade  do  projeto,  obtendo  o  gráfico seguinte. 

 

  Com  isso, estou a  introduzir  como variável, quando se seleciona o perfil do meu investidor, a fase na qual se encontra o meu projeto e o capital tecnológico do mesmo.   

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6. ROTEIRO DO POTENCIAL DE INVESTIMENTO PRIVADO E INTEGRAÇÃO NA REDE ESPOBAN

 Para  terminar  o  estudo,  vamos  realizar  uma  definição  das  diferentes atuações  a  desenvolver  para  se  criar  uma  rede  de  financiamento  de projetos de empreendedorismo, dividida em três etapas:           

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FASE 1. LOCALIZAÇÃO DE INVESTIDORES.  Já  temos  uma  ideia  bastante  clara  das  diferentes  tipologias  de investimentos existentes e da sua caracterização,  trata‐se, nesta  fase de iniciar  os  mecanismos  que  nos  permitam  localizar  os  eventuais investidores e fazer com que participem no projeto ESPOBAN.   Para tal, partimos da base do estudo realizado pela Associação Espanhola de Business Angels na qual se conclui que 29% dos business angels iniciam a sua atividade através de amigos (29%), redes (26%) e através de eventos e conferências (14%).   Assim,  propomos  as  seguintes  atuações  a  desenvolver  dentro  desta fase:   Publicidade:  trata‐se  de  dar  a  conhecer  o  projeto  ESPOBAN  à 

sociedade, com o seguinte desdobramento de atuações: o Desenvolvimento de materiais promocionais da própria rede o Participação  noutros  fóruns  de  investimento  para  expor  a 

iniciativa ESPOBAN o Elaboração de guias para  investir com exposição de casos de 

sucesso. o Realização de prémios para projetos de empreendedorismo a 

nível  local,  que  sirvam  de  exemplo  e  referência  tanto  para empreendedores como para eventuais investidores. 

  Reuniões com investidores:  trata‐se  de  realizar  uma  série 

de  sessões  de  informação  e  formação  sobre  as  várias  fórmulas existentes para investir em projetos empresariais de alto valor. 

 

Criação da rede ESPOBAN,  trata‐se  da  criação  de  um portal para  o  investidor,  onde  os  eventuais  investidores  possam  interagir mediante  a  criação  de  fóruns  de  debate,  onde  se  informe  sobre  as várias  iniciativas  que  se  realizam  tanto  por  parte  das  instituições como por parte dos(as) empreendedores(as). 

  Parcerias estratégicas, trata‐se de conseguir a participação 

na  REDE  ESPOBAN das  várias  associações  e  portais  de  investimento existentes  em Portugal,  Espanha e  a  nível  internacional, mediante  a celebração de acordos de colaboração. Em suma, trata‐se de conectar redes de investidores com a rede própria do projeto.  

       

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 FASE 2. SELEÇÃO DE ITINERÁRIO serviços ao investidor

 Uma vez  localizados os  investidores de acordo com o seu perfil, chega a hora  de  lhes  disponibilizar  uma  oferta  de  serviços  que  permita  ao investidor satisfazer as suas necessidades consoante o seu perfil.  Para o efeito, definimos uma carteira de serviços a oferecer ao investidor que é dividida nos seguintes, conforme descrito no ponto 3.2. do presente estudo:   Serviços de informação.  Serviços de feedback.  Serviços de rede ou comunidade.  Ficha de valor.  Serviços de formação e assessoria. 

  Nem  todos  os  investidores  partem  da  mesma  base.  Principalmente,  os investidores  não  profissionais.  Estes  poderão  requerer,  para  além  da informação  prévia  dos  setores  estratégicos  e  de  uma  assessoria individualizada, uma formação específica e concreta do território da Rede ESPOBAN sobre aspetos relacionados com as tendências, a rentabilidade e os próprios nichos de mercados dentro do setor em que se especializa, se  for  o  caso,  permitindo‐lhes  direcionar  os  seus  investimentos  e  a  sua estratégia de rentabilidade.  

Outros  investidores, no entanto,  irão requerer apenas a “ficha de valor” do projeto de empreendedorismo e/ou do perfil do empreendedor e um acompanhamento  inicial  no  encontro  com  este.  Tudo  dependerá,  em qualquer caso, do tipo de investidor.  Como  tal,  será  necessário  atribuir  um  itinerário  de  serviços  para  cada investidor,  maximizando  assim  o  potencial  do  investimento  em  cada projeto empreendedor. Neste sentido, as tarefas que terá que realizar no âmbito desta fase são:   Definição dos serviços a oferecer por cada sócio (mix de serviços)  Desenvolver  um  itinerário  de  serviços  em  conformidade  com os 

tipos de investidores  Criar e comunicar os itinerários  Estabelecer indicadores que permitam analisar o sucesso de cada 

itinerário.    

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 FASE 3 REALIZAÇÃO DE CONTACTO COM INVESTIDOR EMPREENDEDOR.  Como último  passo  para  a  criação  de  um  ecossistema  verdadeiramente eficiente na procura de financiamento para empreendedores(as), deve‐se conceber  uma  série  de  ferramentas  que  permitam  conectar  os investidores com os empreendedores. Para tal, propõem‐se as seguintes atuações:  

  

  Parcerias estratégicas.  Orientados  para  a  procura  de 

financiamento  público,  serão  estabelecidos  acordos  com instituições  que  apoiam  o  empreendedorismo,  facultando informação ao empreendedor sobre como aceder a estes fundos e ajudando‐os a aceder aos mesmos de maneira preferencial em função das características deste. É uma questão de se valorizar a ferramenta  de  caracterização  a  ser  desenvolvida  perante  as instituições, poupando‐se as formalidades de estudo e análise. 

  Convénios ESPOBAN. O  objetivo  é  conseguir  alcançar 

acordos com instituições financeiras e empresas do setor privado que apoiam o empreendedorismo,  facultando ao empreendedor o  acesso  a  este  tipo  de  iniciativas,  ou  o  acesso  a  financiamento preferencial.  Como  no  caso  anterior,  trata‐se  de  valorizar  a ferramenta de caraterização, poupando‐se tempo durante toda a fase administrativa e de estudo com que se trabalha neste campo.  

Fóruns Virtuais ESPOBAN.  Será  realizado  o desenvolvimento de fóruns virtuais para facilitar o encontro entre eventuais  investidores  e  empreendedores  que  procuram  fontes de financiamento.  

Fóruns ESPOBAN. Trata‐se de celebrar uma série de encontros presenciais  entre  investidores  e  empreendedores,  mediante  a organização de rondas de financiamento clássicas, mas com uma determinada  orientação  setorial,  mediante  a  valorização  da ferramenta  de  caraterização,  o  que  nos  irá  permitir  segmentar muito bem os projetos em função do perfil dos investidores.  

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INVESTIMENTO

Reuniões setoriais.  Trata‐se  da  organização  de  reuniões entre  empreendedores  e  investidores  com  um  vincado  perfil setorial,  onde  as  iniciativas  girem  à  volta  do  valor  acrescentado que  oferece  cada  um  dos  projetos  dentro  de  um  determinado setor,  com  o  objetivo  de  atrair  investidores  com  um  perfil mais empresarial  que  financeiro,  que  procure  desenvolvimento  de negócios complementares ao seu tanto a nível territorial (ampliar o  seu  mercado  no  contexto  do  projeto)  como  a  nível  de integração de serviços (procurando negócios que complementem a sua oferta de serviços ou uma integração vertical do mesmo). 

     

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ESTUDO DO INVESTIMENTO PRIVADO BUSINESS ANGELS, NO SUL ESPANHA E PORTUGAL

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NOTA METODOLÓGICA:  Para  cada  um destes  pontos  de  encontro  entre investidores‐empreendedores,  o  “Estudo  de  análise  e  caraterização  do Empreendedorismo,  no  âmbito  da  Rede  ESPOBAN”,  que  complementa o presente Estudo do Investimento, estabelece a ligação que cada uma das referidas ferramentas tem, em função do tipo de investidor e da fonte de 

financiamento,  com  os  diferentes  tipos  de  projetos  empreendedores.  A seguir,  como  exemplo,  apresenta‐se  a  ligação  que  pode  ocorrer  entre investidores‐empreendedores  no  caso  de  desenvolver  os  CONVÉNIOS ESPOBAN. 

   

 

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INVESTIMENTO

 

Bibliografia e webgrafia  

Estudos e informes    El  impacto  del  Fondo  Europeo  de  Inversiones  en  el  desarrollo  del 

ecosistema  de  venture  capital  español,  Óscar  Farrés  Investment Manager  Innovation & Technology  Investments European  Investment Fund 

El  Capital  Riesgo  En  España.  Evolución  Reciente  Y  Comparación Internacional, Banco De España 107 Boletín Económico, Abril 2007 El Capital  Riesgo  En  España.  Evolución  Reciente  Y  Comparación Internacional 

Ayudas  y  subvenciones  de  la  Unión  Europea  para  la  creación  de empresas: acceso a la financiación,Trabajo Fin de Grado,  Autora: Dña. Maialen Agüero, Director: D. Erlantz Allur   

Invest in Spain, ICEX informe de 2017  Informe Business Angel de AEBAN 2017  Informe de Actividad Asociación Española de Capital Riesgo.  

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partir‐de‐sabado‐multas‐podem‐atingir‐um‐milhao/  https://www.publico.pt/2016/10/20/tecnologia/noticia/escolhidas‐

40‐sociedades‐para‐receberem‐18‐milhoes‐e‐investirem‐em‐startups‐1748036 

https://eco.pt/entrevista/portugal‐ventures‐quero‐constituir‐novos‐fundos‐com‐privados/ 

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http://web3.cmvm.pt/sdi/capitalrisco/pesquisa_nome_fcr.cfm  http://www.jornaldenegocios.pt/empresas/detalhe/governo‐cria‐

fundo‐de‐capital‐de‐risco‐para‐criar‐e‐capitalizar‐empresas 

Page 58: Estudio ESPOBAN FINANCIACION vs11 - PTespoban.eu/.../06/Estudio_ESPOBAN_FINANCIACION_vs11-PT.pdf · 2018. 6. 18. · O CDTI é um organismo que financia o desenvolvimento da tecnologia

 

 

ESTUDO DO INVESTIMENTO PRIVADO BUSINESS ANGELS, NO SUL ESPANHA E PORTUGAL

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http://www.pgdlisboa.pt/leis/lei_mostra_articulado.php?artigo_id=selected&nid=2295&tabela=leis&pagina=1&ficha=1&nversao=  

    

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INVESTIMENTO

 

ESTUDO, ANÁLISE E CARATERIZAÇÃO DO INVESTIMENTO PRIVADO PARA O EMPREENDEDORISMO NO SUL DE PORTUGAL E ESPANHA

Edição: FEVEREIRO, 2018

Conceção e elaboração

Cercania Consultores.