Escola Viva Cartilha 02

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  • 4Presidente da RepblicaFernando Henrique Cardoso Ministro de Estado da EducaoPaulo Renato Souza Secretrio ExecutivoLuciano Oliva Patrcio Secretria de Educao EspecialMarilene Ribeiro dos Santos FICHA TCNICACoordenao: SORRI-BRASILElaborao: Maria Salete Fbio AranhaProjeto grfico, reviso e copydesk: BelmontCom. Comunicao IntegralAgradecimentos: Equipe Tcnica da Secretaria de Educao EspecialTiragem: 10.000 exemplares

    Autorizada reproduo total ou parcial, desde que citada a fonte.

    Projeto Escola Viva - Garantindo o acesso e permanncia de todosos alunos na escola - Alunos com necessidades educacionaisespeciais,Braslia: Ministrio da Educao, Secretaria de Educao Especial,C327 2000I 96p.: il.Iniciando nossa conversa.1. Viso histrica.2. Deficincia no contexto escolar.3. Sensibilizao e convivncia.4. Identificando as necessidades5. Adaptaes curriculares de grande porte.6. Adaptaes curriculares de pequeno porte.CDD: 372.6CDU: 342.71

  • 5ndice

    Carta ao Professor........................................................................

    Exerccio de Reflexo...................................................................

    Carta a Uma Menina.....................................................................

    Informaes Bsicas Sobre a Deficincia....................................

    Consideraes Importantes..........................................................

    O Que Voc Pode Fazer?.............................................................

    Endereos teis............................................................................

    Bibliografia Sugerida.....................................................................

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  • 7Carta ao Professor1

    Brasil, 2001.No incio do novo sculo...

    Prezado professor,

    Se s vezes no fcil iniciar uma conversa, por certo ainda maisdifcil estabelec-la distncia. Duas questes nos guiaram para que escre-vssemos esta carta para voc. A primeira a conscincia que temos dasparticularidades e individualidades de cada professor que receber este ma-terial. E a segunda, ao mesmo tempo, a certeza do interesse comum pelotema abordado.

    Se, por um lado, cada professor tem sua individualidade clara e indiscu-tvel, por outro lado, todo professor tem o ponto de vista, as expectativas eos compromissos da profisso.

    Temos sido envolvidos por muitos mitos e distores. Muitos,irrespon-savelmente, nos tm atribudo o fracasso, e outros, alienadamente,nos tm imposto o sucesso. Se no quisermos nos ver nem com a apatiados que j se sentem vencidos, nem com a inconscincia dos que j sesentem vencedores, como ento devemos nos ver?

    Temos de nos ver e ser vistos como profissionais com responsabi-lidades e compromissos. H muito o que realizar em nossa realidade tocarregada de descrena e ingenuidade.

    O primeiro passo a adotar descobrir nossas potencialidades reais enos assegurarmos das possibilidades que temos. Ou seja, descobrirmoso que realmente sabemos e fazemos, o que realmente precisamos saber efazer, e o que podemos vir a saber e a fazer.

    1. Aranha, M.S.F. e Laranjeira, M.I.. 1995. A integrao do aluno com deficincia na escola. Iniciando nossaconversa. Volume 1. Braslia: MEC/SEESP, UNICEF, SORRI-BRASIL.

  • 8Poderamos, neste momento, pensar: ora, j sabemos isso! Porm, precisoconsiderar que, s vezes, o que pensamos que somos o que os outrosnos dizem e que, s vezes, as pessoas que nos vem podem estar sendodescrentes ou ingnuas. No valeria a pena repensar?

    No basta que nos vejamos somente por nossos prprios olhos, nem so-mente pelos olhos dos outros. Para de fato nos enxergarmos e nos compre-endermos fundamental aprendermos a desenvolver uma viso ampla ecompleta, que comporte os pontos de vista individual e coletivo.

    Vamos Fazer um Exerccio

    Partamos de uma idia comum, uma idiaque cerca todos os professores e todos os quevem os professores: o professor tem de pensarno aluno!

    A partir dessa idia, vamos refletir: para que o professor possa pen-sar no aluno, preciso que pense em si mesmo! Mas, pensar em simesmo somente como professor ter uma idia isolada, que restringeos papis e os acontecimentos de nossa vida e no nos permite v-la ecompreend-la em toda sua grandeza.

    Se somos adultos, um dia fomos crianas; se somos pais, um dia fomosfilhos; se somos professores, um dia fomos alunos.

    E mais: a maneira de termos sido crianas, filhos e alunos, influ-encia o jeito de sermos pais e professores, e essa maneira, por suavez, influencia o jeito das nossas crianas, filhos e alunos.

    Somos, na verdade, elos marcados e marcantes, numa cadeia deinfluncias. Isso nos coloca diante de uma incontestvel verdade: se o que

  • 9queremos promover transformaes, precisamos reexaminar o nossojeito de pensar. A sim, estamos perto das condies de criar mudanas.

    Podemos acreditar que vivemos cumprindo uma determinada sina e queficamos, assim, submetidos fora do destino. Mas, podemos tambmacreditar que nossa vida fruto da nossa vontade, submetendo, dessa forma,as outras pessoas s nossas idias e necessidades. Ou seja, estamos nosposicionando ora com impotncia, ora com prepotncia, diante da vida.

    No haver, entretanto, um espao mais adequado, situado entre a impo-tncia e a prepotncia?

    Acreditamos que sim. E chamamos este lugar de lugar da real autono-mia. Ter autonomia ter autoridade, e ter autoridade no ser submisso eno ser autoritrio. Ter autonomia , ter como a prpria palavra j diz, ter aqualidade de autor.

    Na atividade do professor, isso significa que, para exercermos nossa auto-nomia, imprescindvel que nos tornemos autores das nossas prprias aes.

    Ser autor da prpria ao implica em poder v-Ia por inteiro, ou seja,analis-la em sua amplitude e complexidade. Estamos diante de um inter-cmbio de aes, processo no qual temos tanto o papel de produto comode produtores, influenciando e sendo influenciados.

    Partimos do pressuposto de que as idias que cada um de ns tem, aviso particular de mundo que cada um de ns possui determina asaes que desenvolvemos em nossa atividade profissional. No casodo professor, no contexto da sala de aula.

    A partir disso, a ao do professor, tanto no que se refere ao seu plane-jamento como sua atuao efetiva na vivncia de sala de aula, determi-nada pelo seu jeito de pensar a vida, pela sua viso de mundo, pela leituraque faz da sociedade, da educao, do ensino, do seu papel no trabalho,

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    de si mesmo enquanto cidado, de seu compromisso com o aluno, darelao professor/aluno.

    Todas essas idias, essas concepes constituem uma verdadeira teoriapessoal, subjetiva, particular, resultado da histria de vida de cada um.

    Considerando os argumentos dessa nossa conversa, precisamos pen-sar agora nos eixos comuns da nossa histria, aqueles que produziramas caractersticas que so comuns na nossa atuao profissional.

    Dissemos que existe a idia de que o professor deve pensar no aluno.Dissemos, tambm, que para que o professor pense no aluno, precisoque pense em si mesmo como professor. Dissemos, ainda, que precisopensar que o professor j foi aluno.

    Sob esse ngulo, pensar nossa histria de professor implica em pensarem nossa histria de aluno. Exige que nos perguntemos: sob quais con-dies fomos alunos?

    Para pensar no aluno, temos que pensar naescola e, para pensar na escola, temos que pensarna sociedade, da qual a escola parte - assimcomo a famlia, a Igreja, os poderes constitudose os partidos polticos. Ento, para pensar naescola que certa vez freqentamos, temos depensar no todo.

    A ausncia da reflexo faz com que passemos a reproduzir determinadosvalores, sem perceber, sem ao menos nos questionarmos a respeito.

    Quando refletimos sobre esse processo de absoro e de reproduode valores e de prticas sociais, importante que ns, professores, nosvoltemos para a anlise das estratgias que alimentam esse processo,com o qual, consciente ou inconscientemente, a escola vem contribuindo.

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    Como foi a escola em que estudamos? A escola que freqenta-mos, em que pesem as diferenas de lugar e de tempo, ocupou nossamemria muito mais do que o raciocnio. Isso significa que essa escolanos cobrou sempre a reproduo e no a produo de idias. Noprecisvamos pensar, mas fazer.

    Um professor que oferece ao aluno questionrios com perguntas erespostas prontas, d ordens para que se siga certo modelo, ou queexige cpia de textos, pode no estar sequer imaginando que essasprticas esto preparando o aluno para a submisso cognitiva, para asubservincia, em vez de prepar-lo para um exerccio consciente eresponsvel de cidadania.

    A escola que freqentamos valorizava a passi-vidade do aluno, refletida principalmente na exign-cia do silncio na sala de aula e na exigncia da fide-lidade s palavras do professor e do livro didticonas provas.

    Em suma, fomos alunos-objeto. Hoje, o que as teorias pedaggicasdefendem que consideremos o aluno como sujeito do processo deconstruo do seu conhecimento.

    Ocorre-nos, assim, questionar: possvel pensar que alguma transfor-mao possa se consolidar sem que se trate com seriedade a educaocontinuada dos professores?

    Ns acreditamos profundamente na necessidade e na importncia da edu-cao continuada. Ela a motivao desse texto e de nossas expectativas.

    Estabelecer a relao professor/aluno sobre novas bases tarefa queexige, considerando nossa histria, repensarmos ambos os papis, refletin-do sobre a bi-direcionalidade e a interdependncia que constituem asrelaes pessoais para que nos fiquem claras as suas conseqncias.

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    Se sabemos que no desejamos possuir, como traos de carter, nem aprepotncia nem o descompromisso, tambm sabemos que aos nossos alu-nos no interessa assumir as marcas que se fundem tanto naqueles acomo-dados que aceitam tudo, pensando que no podem nada, quanto naquelesdesacomodados que no aceitam nada, pensando que podem tudo.

    Para formar um homem acomodado, um homem derrotado, pre-ciso um professor autoritrio que se v no s diferente, mas superior aoaluno, tendendo a apostar na incompetncia desse aluno e, sob a alegaoda proteo, entrega-lhe tudo pronto, delegando apenas a tarefa de me-morizar, sem raciocinar.

    Para formar um homem desacomodado, preciso um professoromisso, que sob a alegao da total confiana na autonomia do alunodelega-lhe a tarefa de responsabilizar-se por sua prpria aprendizagem.

    Em ambos os casos, o professor se isenta do ensinar, atribuindo ao alunoa culpa do fracasso ou dos problemas da relao ensino/aprendizagem.

    Para formar um aluno homem-cidado, capaz de usufruir dos seusdireitos e deveres individuais e coletivos, preciso um professor profis-sional-cidado, capaz de estimular a conscincia crtica e o domnio efetivodo saber. Ele compreende que de sua responsabilidade e competnciasocializar esse conhecimento na escola!

    Cabe ainda a esse professor con-tribuir para a construo de uma escolade qualidade para todos, cooperandocom o aprimoramento do sistema es-colar no sentido de melhorar o acesso educao das pessoas com neces-sidades educacionais especiais.

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    Carta a Uma Menina2

    Acreditamos que seria interessante refletirmos sobre o texto abaixo medida que corajosamente sua autora expe seus medos e dvidas arespeito da convivncia com uma criana com deficincia em sua escola.

    A autora desta carta a Diretora do Colgio Jardnfrica, de Santander (Espanha), um dos colgiosincorporados ao programa oficial de integrao dapessoa com deficincia, na Espanha. Porm, suaparticipao no esforo de integrar a pessoa comdeficincia no recente. Comeou h cerca de dezanos, quando em 1975 criou, em seu colgio, umaclasse de educao especial integrada s salasregulares.

    A histria de Miriam comeou mais tarde. Por isso, sua carta retrata umtestemunho particularmente interessante.

    Querida Miriam,

    Escrevo-te esta carta para contar-te uma coisa que, ainda que hoje possaparecer mentira, aconteceu h alguns anos, mais ou menos os que tens. Nosei se compreenders minha inteno, mas te asseguro que vou me sentirmuito melhor depois de te haver contado.

    Miriam, sou professora, como sabes. Um dia, cheia de iluses, pensei que ascrianas deveriam ser antes de tudo felizes e que um colgio com certas carac-tersticas poderia conseguir tal objetivo. Pus mos obra e abri este Colgio.

    2. Carta a uma menina, Boletim Informativo Sndrome de Down Notcias, Vol. 2, n 4, Dezembro 1985, daFundacin Sindrome de Down de Cantabria, Prez Galdos, 6-B 39005, Santander, Espanha. Traduo doespanhol: Maria Amlia Vampr Xavier, Vice-Presidente para Relaes Internacionais da Federao Nacionaldas APAES.

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    Tinha um jardim espaoso e muros altos de pedra onde as crianas iam procurarlagartixas e caracis para formar granjas. Teus irmos mais velhos vieram para estecolgio. Certo dia tua me comunicou-me com grande esperana que esperavaoutro filho. Alegrei-me muito pois sou dessas pessoas que pensam que um filho uma bno de Deus.

    Porm minha alegria no durou muito. Pouco depois, aps alguns examesmdicos, tua me comunicou-me que iria ter uma criana com problemas. Fiqueito triste com isso que, quando nasceste, arranjei mil desculpas para adiar o mo-mento de te conhecer. Tua me, a quem estimo muito e admiro profundamente,contava-me de teus progressos e retrocessos, sobretudo de sade. Ela estavasempre alegre, feliz contigo, totalmente entregue a seu trabalho de estimulaoprecoce, e a teus cuidados.

    Um dia, chamou-me ao telefone. Queria falar comigosobre ti. E aqui comea minha verdadeira confisso, Miriam.Senti terror. Sabia o que tua me ia pedir-me. Nunca antestinha tido no colgio uma criana portadora de sndrome de

    Down. Desconhecia tudo sobre essa condio. Pensava, pessimista, que uma crianamonglica era impossvel de ser integrada num grupo de crianas sem deficincias.

    Receei a reao das outras crianas. Temi, ainda, que a encarregada da classematernal te repelisse. Tive medo de tantas coisas! Acreditei, Miriam, que eras incapazde fazer algo por ti mesma, que eras um ser intil e desagradvel que as outras pes-soas iriam repelir. Repito que desconhecia completamente tudo sobre as caractersticasde uma criana trissmica.

    Eu havia feito muito tempo antes integrao de crianas com deficincias fsicas,mas... com sndrome de Down! Como eu estava enganada! Quanto aprendi desde odia que chegaste classe maternal! A primeira coisa que descobri foi tua grandetimidez. Observava-te com freqncia, cheia de curiosidade, analisava tuas reaes,esperando encontrar coisas estranhas. Via que as outras crianas, depois da curi-osidade inicial e das perguntas de costume (por que Miriam tem um rosto toestranho?) tinham deixado de preocupar-se contigo.

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    Nieves, a professora, aceitou-te, com todo o afeto, como uma criana quenecessitava um pouco mais dela e no poupou dedicao. Dentro de poucotempo, brincavas no ptio como todos, te aproximavas para saudar, como todosfaziam, os papais que vinham buscar alguns companheiros teus. Os pais dasoutras crianas te acariciavam e ningum mostrou inconformidade ou estranhezapor tua presena no colgio.

    Hoje, Miriam, cresceste. s aluna do 1 de EGB. Ests na classe da senhoritaDorita. Quando perdeste, ontem, o nibus do Colgio e te chamaram pelo alto-falantepara que subisses a fim de falar com tua me ao telefone, eu estava ali. Alfonso, quebrincava perto de mim com um grupo de colegas, disse alto: Esto chamando Miriam.Ela da minha classe. Quer que v cham-la? No foi preciso, porque vinhas correndocom a blusa saindo da cala e dizias: Maria Teresa, estou subindo para atender otelefone, pois esto me chamando. Corre! disse eu, em silncio. Logo deixaste delado o telefone e te sentaste junto a mim, no banco de cimento, muito otimista: Papaivem me buscar para levar-me a um restaurante. Agarraste meu brao e apoiastenele tua cabea despenteada. Sentia tuas carcias como prmio imerecido. Eu queum dia senti terror de admitir-te no Colgio...

    Como horrvel a ignorncia! Nunca imaginei que teus afagos fossem to doces,tua presena to agradvel. Nunca poderia crer que ao ver hoje, a ti, a Ana, a Cristinae a David, to felizes, to normais, to pessoais, cada um de vs to diferente um dooutro nunca poderia acreditar que iria receber tanto por to pouco que fiz. Como vs,Miriam, tinha que contar isto.

    Agora sinto-me melhor, pois sei que em teu corao no h lugar para o rancor.Descobri, graas a ti e a outras crianas com as tuas caractersticas, que uma crianacom sndrome de Down simplesmente uma criana. S isso: uma criana maravi-lhosa e gratificante.

    Obrigada. Despede-se com um beijo,

    Maria Tereza

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    Informaes Bsicas Sobre a Deficincia

    Quem So as Pessoas Com Deficincia?

    So aquelas que apresentam significativas diferenas fsicas, sensoriaisou intelectuais, decorrentes de fatores inatos ou adquiridos, de carter tempo-rrio ou permanente, (Poltica Nacional de Educao Especial). Segundo dadosda Organizao Mundial da Sade - O.M.S., 10% da populao de todo pas,em tempo de paz, so constitudos por pessoas com algum tipo de deficincia.

    Consideraes Importantes

    Muitas deficincias podem ser evitadas por meio da preveno de aciden-tes, medidas de segurana, vacinao, exames precoces, etc, mas no sepode impedir a existncia de todas as deficincias. Sempre existiro pessoascom deficincia. importante estarmos preparados para oferecer a elas opor-tunidades iguais e a possibilidade de integrao na sociedade.

    Os direitos das pessoas com deficincia so os mesmosde todas as pessoas. No entanto, muitas vezes, para exer-cer esses direitos, as pessoas com deficincia precisamque certas medidas especiais sejam adotadas. Por exem-plo, o direito de ir e vir das pessoas com deficincias fsicas

    cerceado pelas barreiras ambientais, representadas pelas escadas, degraus,caladas esburacadas, portas estreitas, pisos escorregadios. Para derrubar taisbarreiras necessrio providenciar rampas, rebaixamento de guias (nos meio-fios), adaptao de sanitrios para comportarem cadeiras de rodas, etc.

    Os portadores com deficincia visual precisam de livros em braille, parapoder ler, e as com deficincia auditiva precisam de alternativas diferenciadaspara estabelecer comunicao, como por exemplo, aparelho de amplificaosonora, legendas nas programaes de TV e de intrprete da lngua dos sinaispara ter acesso informao e comunicao.

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    Os alunos com deficincia mental precisam, muitas vezes, de atendi-mento educacional diferenciado como, por exemplo, dividir o contedopedaggico em unidades menores, disponibilizar suportes didticos diver-sificados, utilizar mais situaes concretas, de modo a favorecer o acessodo aluno ao saber pretendido.

    As pessoas com deficincia, cuja maioria ainda se encontra margemdos benefcios educacionais disponveis na sociedade, tm o direito deviver e estudar em ambiente comum, juntamente com as demais pessoasda comunidade, tornando-se cidados produtivos e felizes. realista dizerque uma pequena minoria no possa, por razes diversas e peculiares,estudar permanentemente nas salas comuns do ensino regular. Mesmonesses casos no h porque viverem segregados. H que se criar alter-nativas reais, efetivas e afirmativas, para que todos possam conviver noespao escolar comum, ainda que estudando temporria ou permanente-mente em salas especiais.

    O Que Voc Pode Fazer?

    Remova e/ou incentive a retirada de barreiras ambientais, em geral,e nas escolas, em particular. Apie e lute por servios pblicos de reabilitao e habilitao parapessoas com deficincia. Apie e lute pela implantao de atendimento educacional especi-alizado, em ambiente comum, para estudantes com deficincia. Apie e lute por programas de profissionalizao de pessoas comdeficincia. Apie e lute pelo acesso de pessoas com deficincia no mercado detrabalho, solicitando, inclusive a introduo desse assunto na pauta deseu sindicato. Apie medidas e programas que combatam os preconceitos. No admita discriminao. Evite a superproteo.

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    Endereos teis

    Associao Brasileira de Desportos em Cadeiras de Rodas - ABRADECARRua XV de Novembro, 2765, sala 25 - Alto da XVCEP 80050-000 - Curitiba - PRFone: (41) 362.8266 / 362.8215

    Associao Brasileira de Desportos de Cegos - ABDCRua Amrico Vespucci, 395 - Vila PrudenteCEP 03135-010 - So Paulo - SPFone: (11) 6966.4027 / 6966.8536 / 6966.4093 / 6966.0022

    Associao de Amigos do Autista - AMARua Henrique Reimberg, 1015 - Parelheiros - Santo AmaroCEP 04882-010 - So Paulo - SPFone: (11) 5920.8018 / 5920.8995 Fax: (11) 270.2363

    Associao Nacional de Desportos para Deficientes - ANDERua Visconde de Inhama, 39, sala 901 - CentroCEP 20091-007 - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 2233.2526 Telefax: (21) 2413.4866

    Associao Brasileira de Desportos para Amputados - ABDAEstdio Caio Martins, sala 5 da piscinaCEP 24220-040 - Niteri - RJFone: (21) 2718.7580

    Associao Olimpadas Especiais BrasilRua Ulisses Pedroso de Oliveira Filho, 321CEP 13270-420 - Valinhos - SPFone: (19) 3869.3161

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    Comit Paraolmpico Brasileiro - CPBSBN Quadra 02 Bloco F Lote 12 Sala 1401/1414 - Edifcio Via CapitalCEP 70040-020 - Braslia - DFFone: (61) 3031.3030

    Associao Brasileira de Educadores de Deficientes Visuais - ABEDEVRua Rui Barbosa, 1961 Bloco B Apto. 14CEP 79004-431 - Campo Grande - MSFone: (67) 382.1581

    Associao Brasileira de Professores de Cegos AmblopesAv. Pasteur, 368 - UrcaCEP 22290-240 - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 2543.1180 ramal 152 / 2295.4498 / 2543.1119 / 2543.1137

    Associao Nacional de Equoterapia - ANEGranja do TortoCEP 70620-200 - Braslia - DFFone: (61) 468.7406 / 468.7092

    Associao Brasileira de Sndrome de RettRua Frana Pinto, 1031 - Vila MarianaCEP 04016-035 - So Paulo - SPFone: (11) 5083.0292

    Associao das Vtimas da Talidomida - ABVTRua Sardenha, 275 - Bairro BandeirantesCaixa Postal 1351 Centro - Belo Horizonte - MGFone: (31) 3492.1931

    Associao Brasileira dos Portadores da Sndrome da TalidomidaAvenida Santa Catarina, 980 Apto. 11 - Jardim AeroportoCEP 04378-000 - So Paulo - SPFone/Fax: (11) 5562.4922 / 5564.4333

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    Federao Nacional das Associaes de Pais e Amigos dos Surdos - FENAPASSHIN QI 10 Conjunto 09 Casa 15 - Lago NorteCEP 71525-090 - Braslia - DFFone: (61) 577.3520

    Federao Nacional das Sociedades Pestalozzi - FENASPRua Odlio Bacelar, 48 - UrcaCEP 22290-280 - Rio de Janeiro - RJFone/Fax: (21) 2542.2991 / 2541.4338 / 2275.3448

    Sociedade Brasileira de OstomizadosAvenida General Justo, 275 Bloco B Sala 318 - CasteloCEP 20021-130 - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 2220.0741 / 2262.2003

    Organizao Nacional de Entidades de Deficientes FsicosRua Clementino Dumont, 312 - FarolCEP 57055-190 - Macei - ALFone: (82) 241.4350 / 358.4037 Fax: (82) 358.4077

    Movimento de Reintegrao do Hanseniano - MORHANRua Florentino Felipe, 414 - Baeta NevesCEP 90730-380 - So Bernardo do Campo - SPFone: (11) 4125.2614

    Federao Nacional de Educao e Integrao de Surdos - FENEISRua Major vila, 379 - TijucaCEP 20511-140 - Rio de Janeiro - RJPABX/Fax/TDD: (21) 2284.7462

    Federao Nacional das APAEsEdifcio Venncio IV - CoberturaCEP 22290-280 - Braslia - DFFone: (61) 224.9922 / 224.9709

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    Federao Brasileira das Associaes Sndrome de DownSCLN 410, Bloco A, sala 102/104CEP 70865-510 - Braslia - DFFone: (61) 347.5575

    Centro de Vida Independente do Rio de Janeiro - CVIRua Marqus de So Vicente, 225 - GveaCEP 22451-041 - Rio de Janeiro - RJFone: (21) 2512.1088 Fax: (21) 2239.6547

    Associao Brasileira de Paralisia CerebralAvenida Professor Ascendino Reis, 724 - Vila ClementinoCEP 04027-000 - So Paulo - SPFone: (11) 5579.2071

    Sorri-BrasilRua Benito Juarez, 70 - Vila MarianaCEP 04018-060 - So Paulo - SPFone: (11) 5082.3502

    UNICEF - Fundo das Naes Unidas para a InfnciaSEPN 510, Bloco A - Edifcio lNAN, 2 andarCEP 70750-521 - Braslia - DFFone: (61) 3035.1900 Fax: (61) 349.0606

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    Bibliografia Sugerida

    APAE/SP. Voc no est sozinho: temos um filho especial. So Paulo:APAE/SP. 1990.

    Aranha, M.S.F. (1995). A integrao do deficiente: anlise conceitual emetodolgica. Temas em psicologia, no. 2, SBP. Ribeiro Preto (SP), p. 63-70, publicado em janeiro de 1997.

    Aranha, M.S.F. (2000). Incluso Social e Municipalizao. In Manzini, E.J.(Org.) Educao especial: temas atuais. Marlia: UNESP, p. 1-9.

    Aranha, M.S.F. (2000). O processo de mobilizao social na construo deum contexto comunitrio inclusivo. In Oliveira, M.L.W. (Org.), Incluso ecidadania. Niteri (RJ): Nota Bene Editora, p. 32-38.

    Ardore, M. Regen, M. e Hoffmann, B. V.M. Eu tenho um irmo deficiente.Vamos conversar sobre isso? So Paulo: Edies Paulinas e APAE/SP, 1988.

    Assumpo, F. B. e Sprovieri, M. H. S. Sexualidade e deficincia mental.So Paulo: Editora Moraes, 1987.

    Buscaglia, L. Os deficientes e seus pais: um desafio ao aconselhamento.Rio de Janeiro: Editora Record, 1993.

    Celentano, Y. de O. de. Menino sempre. So Paulo: Escolas ProfissionaisSalesianas, 1977.

    Glat, R. Ser me, e a vida continua. Rio de Janeiro: Editora AGIR, 1993.

    Lucena Jr., R. Longo caminho de volta. Braslia: CORDE, 1994.Paiva, M. R. Feliz ano velho. Braslia: Editora Brasiliense.

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    Pecci, J. C. Minha profisso andar. Summus Editorial Ltda, 1980.

    Proena, I. F. de. Posso ajudar voc? Minha experincia com meu filhoexcepcional. So Paulo: Edicon, 1987.

    Regen, M., Ardore, M. e Hoffmann, V. M. B. Mes e filhos especiais. Braslia:CORDE, 1993.

    Rodrigues, M. M. P. e Aranha, M. S. F. (1993). O portador de deficinciafsica: caracterizao de sua identidade social. Revista da Cultura. UFES,Vitria, no. 47, p. 49-56.

    Shentman, J. Conviver com a deficincia fsica. Editora Scipione. 1994.

    Taylor, B. Conviver com a surdez. Editora Scipione. 1994.

    Taylor, B. Conviver com o diabetes. Editora Scipione. 1994.

    Werneck, C. Muito prazer, eu existo. Editora WVA. 1992.

    Werneck, C. Um amigo diferente. Editora WVA. 1996.

    Werneck, C. Meu amigo down na rua. Editora WVA. 1997.Werneck, C. Meu amigo down em casa. Editora WVA. 1994.

    Werneck, C. Meu amigo down na escola. Editora WVA. 1994.

    Xavier, M. A. V. O outro lado do arco-ris - Meu filho Ricardo. So Paulo:Editora Diniz, 1984.