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Grupo de Comunicação e Marketing

CLIPPING 13 de Fevereiro 2019

GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING

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Grupo de Comunicação e Marketing

SUMÁRIO

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 3

Alta turbidez do Corumbataí está sendo investigada .......................................................................... 3

Itaquá cobra DAEE em demora no escoamento para o Tietê ............................................................... 4

Radar Sp - Todas as praias impróprias em Ilha Bela .......................................................................... 5

Falta de saneamento em Ilhabela prejudica a balneabilidade das praias ............................................... 6

O drama de moradores que vivem em bairro alagado há 2 semanas .................................................... 7

Radar SP - Cor escura na água na Baixada Santista ........................................................................... 8

Buracos e carros submersos: zona leste de SP sofre com enchentes .................................................... 9

Valinhos recebe 61 municípios para Seminário da CETESB ................................................................ 11

Sabesp vai assumir execução de obra da Barragem do Rio Pardo ...................................................... 13

Rio Claro vai parar ETA 2 novamente e aciona Cetesb e Ministério Público .......................................... 14

Para aparar arestas, Bolsonaro dará repaginada em MP do Saneamento ............................................ 15

VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 17

MME determina ações administrativas para fiscalização de barragens ................................................ 17

Crise em comercializadoras de energia decorre de apostas ruins, não de preço, diz CCEE ..................... 18

Pepitone reforça necessidade de reflexão sobre atuação no mercado livre .......................................... 20

FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 21

Painel ........................................................................................................................................ 21

Brasil utiliza banco russo para pagar Venezuela por energia usada em Roraima .................................. 23

Mercado Aberto: Produtora de fertilizante pode fechar fábrica em decorrência de alta do gás................ 24

Mônica Bergamo: Procuradoria do Trabalho quer que Vale indenize 90 empresas comprometidas com

acidente ..................................................................................................................................... 25

É hora de a mineração ter política de acidente zero ......................................................................... 27

ESTADÃO .................................................................................................................................. 29

Agronegócio tenta manter subsídio em conta de luz ......................................................................... 29

Toyota vai produzir primeiro carro híbrido a etanol ainda neste ano ................................................... 30

Após fala de ministro, buscas por Chico Mendes no Google dispara .................................................... 31

VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 32

Papel da ANA e taxa de esgoto são alvos de debate ......................................................................... 32

País precisa diversificar fontes de energia sem gerar ineficiências ...................................................... 33

Brasil dobrará potência eólica até 2026, diz estudo .......................................................................... 35

Pró- RenovaBio assume a Unica .................................................................................................... 36

Saudi Aramco busca petróleo e gás pelo mundo .............................................................................. 38

Fake news florestal ...................................................................................................................... 40

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Grupo de Comunicação e Marketing

SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E

MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal de Rio Claro

Data: 13/02/2019

Alta turbidez do Corumbataí está sendo investigada

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Mogi News

Data: 13/02/2019

Itaquá cobra DAEE em demora no escoamento para o Tietê

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Bom dia SP

Data: 13/02/2019

Radar Sp - Todas as praias impróprias em Ilha Bela

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Tv Vanguarda

Data: 13/02/2019

Falta de saneamento em Ilhabela prejudica a balneabilidade das praias

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: SP no Ar – Tv Record

Data: 13/02/2019

O drama de moradores que vivem em bairro alagado há 2 semanas

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Bom dia SP

Data: 13/02/2019

Radar SP - Cor escura na água na Baixada Santista

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Veículo: R7

Data: 12/02/2019

Buracos e carros submersos: zona leste de SP sofre com enchentes

Guilherme Padin

As fortes chuvas do início de 2019

atrapalharam a vida da população das

periferias de São Paulo. No Itaim Paulista, zona

leste da capital, a reportagem do R7 ouviu

moradores da região, que relataram os

prejuízos causados pelas enchentes e

apontaram descaso das autoridades.

Elcio Batista afirma que os pontos de

alagamento sempre foram um problema

recorrente. Mas, depois da construção de uma

ponte na Vila Itaim, a situação piorou: "[A

construção] foi há uns quatro ou cinco anos.

Fizeram a manilha abaixo do nível do rio. E,

depois disso, toda vez que chove acontece isso

aí (enchentes), enche a rua... A água não baixa

de jeito nenhum", relata o motorista de ônibus.

Há 10 anos vivendo na Vila Itaim, em uma casa

ao lado da ponte, Márcio de Souza conta o

sofrimento vivido com as chuvas. "Antes da

ponte, entrava água pelos fundos. Aí eu

construí um aterro que segurou as pontas por

aqui. Mas, de uns cinco anos para cá, começou

a entrar pela frente. Tive que subir um murinho

na porta de casa, mas ainda entra água pelo

banheiro e pelo quarto", lamenta o ajudante

geral.

O jovem Felipe Moraes, ambulante nos trens da

CPTM (Companhia Paulista de Trens

Metropolitanos), diz que a "solução das

autoridades nunca chega. Atrapalha a

molecada que quer estudar, o pessoal que vai

trabalhar. Atrapalha todo mundo". Batista e

Souza compartilham da mesma opinião do

rapaz de 22 anos.

"A prefeitura [de São Paulo] não faz nada. Já

vieram prefeitos antes, mas não resolviam. Os

de hoje em dia, então, eu nem vejo a cara",

afirma o motorista de ônibus. O ajudante geral

acredita que é "difícil que eles (autoridades)

apareçam para fazer alguma coisa. A gente

passa por isso faz muito tempo".

O nível da água sobe, os buracos da rua somem

da vista e os garotos da Vila Itaim lucram. Ao

longo da alagada Avenida Brás da Rocha

Cardoso, os jovens do bairro viram uma

oportunidade para ganhar dinheiro com a

situação adversa.

Os motoristas mais desavisados viam as placas

dianteiras de seus automóveis irem para baixo

d’água. Assim, os adolescentes as encontravam

e vendiam por preços que dependiam do

desespero de quem as perdia: variavam de 20

a 40 reais, chegando, às vezes, a até R$ 50.

Em média, o valor de uma placa dianteira pode

ir de R$ 67 a R$ 90. Além disso, os garotos se

propuseram a guiar os motoristas pelos

melhores caminhos, que não causassem danos

aos carros. Eles cobravam por este serviço, que

também tinha valores variados.

Washington Luís, motorista de caminhão,

perdeu sua placa ao passar por um buraco.

“Ficou na água e a molecada está cobrando.

Tem que pagar, né?”, diz ele.

Morador do bairro, Felipe Moraes, 22, afirma

que esta é uma prática comum entre os jovens

em momentos de enchente. Vendedor

ambulante nos trens da CPTM, ele perdeu mais

um dia de trabalho.

“Não consegui ir trabalhar. Já perdi cinco dias

por essa enchente”, conta ele, que completa:

“Aí a gente fica pegando e pede dinheiro para

as pessoas”.

Outro lado

Em nota, o Governo do Estado de São Paulo

afirma que está investindo R$ 117 milhões na

construção do pôlder da Vila Itaim para

minimizar o impacto das chuvas na região.

A obra, segundo o comunicado, é prioridade da

atual gestão e tem previsão de entrega no final

deste ano. As desapropriações de 145 imóveis

começaram em dezembro 2017 e parte foi

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judicializada, o que atrasou as remoções. Até o

momento, 55% dos trabalhos foram

concluídos. Seis bombas móveis cedidas pelo

DAEE estão no local auxiliando os trabalhos de

drenagem.

O Governo afirma ainda que o DAEE

(Departamento de Águas e Energia

Elétrica) tem atuado em parceria com a

Subprefeitura de São Miguel Paulista da

Prefeitura Municipal de São Paulo, com

execução de limpeza nas bocas-de-lobo, nas

redes de drenagem e no estabelecimento de

plano de contingência.

A Prefeitura de São Paulo, em nota, afirma que

a Subprefeitura São Miguel realiza

constantemente ações de manutenção e

zeladoria na Vila Itaim. As equipes, segundo o

comunicado, trabalham diariamente com dois

caminhões sugadores, além de seis bombas

disponibilizadas pelo Departamento de Água

e Energia (DAEE), devido ao alagamento.

A Prefeitura ainda diz que, em média, são

recolhidas cerca de 5 toneladas de resíduos por

semana durante o período da chuva, com os

trabalhos começando às 7h e terminando às

18h.

A nota ressalta que a Defesa Civil do Munícipio

de São Paulo realiza o monitoramento das

ações na região e auxilia no transporte diário

das crianças para as creches.

De acordo com o comunicado, desde o início

deste ano a Vila Itaim recebe reforço de

limpeza e varrição.

https://noticias.r7.com/sao-paulo/buracos-e-

carros-submersos-zona-leste-de-sp-sofre-

com-enchentes-13022019

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Veículo: Prefeitura de Valinhos

Data: 12/02/2019

Valinhos recebe 61 municípios para Seminário da CETESB

O seminário 'Fortalecendo o SISNAMA em São

Paulo - A experiência dos municípios paulistas

licenciadores' - foi aberto na tarde desta terça-

feira, dia 22, pelo prefeito Marcos José da Silva.

Realizado no Hotel Fonte Santa Tereza, o

evento reuniu até esta quinta-feira, dia 24, em

torno de 200 representantes de 61 municípios

do Estado de São Paulo.

O evento é uma promoção da CETESB

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo) e conta com o apoio da Prefeitura de

Valinhos, por meio da Secretaria de

Planejamento e Meio Ambiente. Estiveram

presentes também na abertura do evento o

vereador Scupenaro, líder do prefeito na

Câmara, o secretário adjunto de Meio Ambiente

do Estado de São Paulo, Pedro Ubiratã, o

presidente da CETESB, Fernando Rei, o diretor

de Licenciamento e Gestão Ambiental, Marcelo

Minelli, o gerente da Divisão de

Desenvolvimento e Planejamento do Estado,

João Ricardo Guimarães Caetano, o secretário

municipal de Planejamento e Meio Ambiente,

Kiko Ferreira, e o presidente do DAEV

(Departamento de Águas e Esgo tos de

Valinhos), Rover José Rondinelli Ribeiro.

Valinhos foi escolhida para sediar o seminário

porque a cidade é considerada referência no

Estado de São Paulo em atividades de

licenciamento e fiscalização ambiental de

empreendimentos de baixo potencial poluidor e

outras atividades que possam causar impactos

ambientais locais. O município foi o 1º da RMC

(Região Metropolitana de Campinas) e 8º do

Estado de São Paulo a efetuar esses

procedimentos. Para isso, a administração do

prefeito Marcos investiu na contratação de

profissionais, por meio de concurso público,

capacitação técnica, de materiais e de

equipamentos.

Ainda segundo a CETESB, a realização do

evento em Valinhos é beneficiado em função da

boa localização e logística. O Departamento de

Meio Ambiente, que é ligado à Secretaria de

Planejamento e Meio Ambiente, recebeu nos

últimos três meses a visita de representantes

de 12 cidades para conhecer o funcionamento

do processo. São elas: Jundiaí, Caraguatatuba,

Lorena, Igaratá, Bragança Paulista, São José do

Rio Preto, Ribeirão Pires, Descalvado, Atibaia,

Piracicaba e Vinhedo e São Bernardo.

'Expertise'

Durante a abertura do evento o prefeito Marcos

afirmou que a assinatura do convênio em

março de 2009 com a CETESB, para que

Valinhos passasse a efetuar licenciamento e

fiscalização, serviu como um divisor de águas

na área ambiental do município. Anteriormente

as atribuições eram de responsabilidade

exclusiva da Secretaria de Meio Ambiente do

Governo do Estado de São Paulo e da CETESB.

A nova gestão permite que as empresas

interessadas em se instalar, ampliar e renovar

suas atividades na cidade obtenham toda a

documentação na própria Prefeitura, o que

facilita e dinamiza o processo. 'Valinhos tem

'expertise' e está apta a licenciar e fiscalizar

com responsabilidade e técnica qualquer

empreendimento de baixo potencial poluidor

que venha a se instalar na cidade. Essa

condição pode, e muito, com o projeto de

implantação do pólo de logística, facilitando o

processo burocrático para instalação de novas

empresas na cidade, consequentemente

propiciando melhorias na arrecadação de

impostos e possibilitando investimentos em

várias áreas', destacou o prefeito.

O projeto de lei que propõe a criação de uma

área destinada às atividades de logística e todo

o apoio necessário para o desenvolvimento no

setor está em análise na Câmara Municipal. A

área de 6,2 milhões de metros quadrados e de

propriedade particular fica na região do bairro

da Reforma Agrária, próximo a Rodovia dos

Bandeirantes, fazendo divisa com o município

de Vinhedo e com acesso à Rodovia Miguel

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Melhado Campos, que liga Vinhedo ao

aeroporto de Viracopos. O projeto já passou por

conselhos técnicos e audiência pública na

Prefeitura e na Câmara e será analisado pelos

vereadores.

Reconhecimento

Para o secretário adjunto de Meio Ambiente do

Estado, o expressivo número de participantes

na abertura do evento demonstra que os

municípios assumiram seus papéis no novo

modelo de gestão ambiental proposto pelo

Governo. O Brasil tem 600 municípios

efetuando o processo de licenciamento e

fiscalização ambiental, ou seja, 10% do total de

5 mil municípios existentes no território

nacional. 'Este evento de hoje em Valinhos é,

com toda certeza, uma etapa marcante no

processo de descentralização do poder em

benefício do sistema de licenciamento e

fiscalização ambiental', afirmou Ubiratã.

Segundo o presidente da CETESB, a escolha de

Valinhos para sediar o seminário com os

licenciadores de 61 municípios paulistas tem

um propósito. 'Há cerca de um ano, quando

assinamos o convênio com a Prefeitura para

que o município passasse a ter um novo modelo

de gestão ambiental, Valinhos já dava sinais

que teria todas as condições necessárias para

licenciar e fiscalizar empreendimentos de baixo

potencial poluidor e outras atividades que

possam causar impactos ambientais locais',

recordou Fernando Rei. Ele complementou que

hoje a realização do seminário no município é

um reconhecimento e otimização ao trabalho

que vem sendo realizado.

Atividades de licenciamento

Desde março, o município ampliou de 39 para

60 as atividades de licenciamento e fiscalização

ambiental, atendendo deliberação do CONSEMA

(Conselho Estadual do Meio Ambiente), para

descentralização do processo. A medida foi

oficializada no último dia 29 de março, por meio

de termo aditivo do convênio firmado entre a

Prefeitura de Valinhos e a CETESB (Companhia

Ambiental do Estado de São Paulo), em 26 de

março de 2009, de forma inédita na história

ambiental do Estado.

As atividades que podem ser licenciadas e

fiscalizadas pela Prefeitura são de setores

específicos e vão desde atividades industriais,

aberturas e prolongamentos de vias

intermunicipais, canalizações de córregos em

áreas urbanas, terminais rodoviários de

passageiros, passando por funcionamentos de

cemitérios, postos de combustíveis, até hotéis

e motéis. Desde março, o município ampliou de

39 para 60 as atividades de licenciamento e

fiscalização, atendendo deliberação do

CONSEMA (Conselho Estadual do Meio

Ambiente), para descentralização do processo.

Desde que adotou o novo modelo de gestão, a

Prefeitura já tem protocolado 98 processos, dos

quais 66 da área industrial e 32 referentes a

autorizações na área de atividades de baixo

impacto. Do total de 66 processos na área

industrial, 27 são de licenças de

operação/renovação, 8 referem-se a licenças

prévias de instalação e 31 a processos de

solicitações de licenciamentos em trâmite.

Já na área de atividades de baixo impacto

ambiental, foram emitidas 32 autorizações para

supressão de árvores nativas isoladas e de

intervenção em APP, que resultaram na

formalização de TCCAs, totalizando o plantio de

3,7 mil mudas de árvores nativas em áreas a

serem recuperadas.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=18251148&e=577

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Veículo: Jornal da Cidade de Bauru

Data: 13/02/2019

Sabesp vai assumir execução de obra da Barragem do Rio Pardo

Prefeitura de Botucatu e Companhia assinaram

aditivo em contrato oficializando a

'transferência' da responsabilidade pela obra

de R$ 42,7 milhões

Botucatu - Na tarde desta terça-feira (12),

durante reunião na sede da Companhia de

Saneamento Básico do Estado de São Paulo

(Sabesp), na capital paulista, o prefeito de

Botucatu (100 quilômetros de Bauru), Mário

Pardini (PSDB), e o presidente da Companhia,

Benedito Braga, assinaram um contrato aditivo

que "transfere" para a empresa a

responsabilidade pela construção da Barragem

do Rio Pardo, obra estimada em R$ 42,7

milhões.

Segundo o Executivo, com o aditivo, a Sabesp

assume a integralidade da execução da obra,

que garantirá a autossuficiência no

abastecimento de Botucatu nas próximas

décadas. O próximo passo é a abertura da

licitação para contratação da empresa que

executará os serviços. A previsão é de que este

resultado saia em cinco meses e que a ordem

de serviço para o início da obra seja expedida

ainda neste ano.

"Esse é um dos momentos mais importantes da

história do nosso município. Além de

garantimos a construção da represa, que vai

abastecer Botucatu por décadas, a Sabesp vai

custear essa obra, sem onerar os cofres da

prefeitura. Esse era nosso desejo desde o início,

que não foi compreendido por algumas

pessoas, mas que após trabalharmos muito,

diariamente, se realizou", declara Pardini.

A transferência contou com o aval da Agência

Reguladora de Saneamento e Energia do

Estado de São Paulo (Arsesp). "É raridade ver

um prefeito chamar para si a responsabilidade

de um empreendimento deste, correr atrás,

viabilizar o projeto, gerenciar os licenciamentos

ambientais e buscar recursos. Isso tudo facilita

muito essa assinatura. Se tudo correr bem na

licitação, em 150 dias queremos iniciar essa

grande obra em Botucatu", anunciou o

presidente da Sabesp.

Participaram também do ato de assinatura o

vice-prefeito e secretário de Infraestrutura,

André Peres, o diretor de sistemas regionais da

Sabesp, Ricardo Borsari, e os vereadores

botucatuenses Ednei Carreira, presidente da

Câmara, e sargento Laudo.

PASSO A PASSO

A construção da Barragem do Rio Pardo foi

anunciada por Pardini em junho de 2017. Na

ocasião, ele lembrou da crise hídrica que o

estado enfrentou entre 2014 e 2015, enquanto

era superintendente da Sabesp em Botucatu.

No fim de dezembro de 2018, a prefeitura

garantiu junto ao antigo Ministério das Cidades

e à Caixa Econômica Federal a carta de crédito

do financiamento do valor da obra, orçada em

R$ 42,7 milhões.A assinatura do contrato só foi

possível após o cumprimento de diversas

etapas, como autorização da Câmara para que

o município buscasse financiamento;

enquadramento da obra no orçamento do

Ministério das Cidades; análise de crédito pela

própria Caixa e aprovação da Secretaria do

Tesouro Nacional.A represa ficará nove

quilômetros à montante da Represa do

Mandacaru, acima da Cachoeira Véu da Noiva.

Seu volume total de reservação será de 9

bilhões de litros de água e sua área chegará a

280 hectares, sendo 130 de Área de Proteção

Permanente (APP). Somente a barragem terá

600 metros de extensão, com profundidade que

varia entre 15 e 20 metros.

Segundo a prefeitura, a obra garantirá a

autossuficiência no abastecimento de Botucatu

nas próximas décadas. O projeto prevê vazão

de 1.000 litros por segundo. Hoje, a capacidade

média de produção do Rio Pardo é de 500 litros

por segundo. A vazão estimada para atender a

população botucatuense em 2040 é de 700

litros de água por segundo.

http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?

c=0&n=18276265&e=577 Voltar ao Sumário

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Veículo: Jornal Cidade

Data: 12/02/2019

Rio Claro vai parar ETA 2 novamente e

aciona Cetesb e Ministério Público

No início da tarde desta terça-feira (12) o

Departamento Autônomo de Água e

Esgoto (Daae) de Rio Claro anunciou que está

novamente paralisando a Estação de

Tratamento de Água (ETA) 2. “A medida é

necessária porque a turbidez da água que vem

do Corumbataí está tão alta que não temos

condições de tratar a água e distribuir com

qualidade para a população”, explica Paulo

Bortolotti, superintendente do Daae.

O município já fez contato com a Cetesb

(Companhia Ambiental do Estado de São

Paulo), Promotoria de Meio Ambiente de Rio

Claro e Gaema (Grupo de Atuação Especial do

Meio Ambiente) de Piracicaba solicitando apoio

na verificação das causas da elevada turbidez.

A solicitação foi feita pelo prefeito João Teixeira

Junior, o Juninho da Padaria, que determinou

urgência na apuração dos fatos e providências

para que o abastecimento seja normalizado o

quanto antes.

Na semana passada o mesmo procedimento

teve que ser realizado, também pela alta

turbidez da água. No final da tarde desta terça-

feira, o Daae deverá anunciar previsão inicial

para reativação da ETA 2.

A ETA 2, localizada na estrada que liga o

Distrito Industrial ao distrito de Ajapi, é

responsável pelo abastecimento de 60% do

município de Rio Claro. Os outros 40% são

abastecidos pela ETA 1, que fica no bairro

Cidade Nova e capta água no Ribeirão Claro.

De acordo com Bortolotti, o índice de turbidez

das águas do Corumbataí está inicialmente

sendo considerado anormal. “Acreditamos que

só o fator chuva não seria suficiente para deixar

o rio dessa maneira. Por isso, vamos ampliar o

monitoramento para identificar possíveis outros

fatores”, informa. “A falta d’água é ruim, mas

temos a responsabilidade de entregar uma

água de qualidade para a população. Isso é

questão de saúde pública”, acrescenta.

Técnicos do Daae, Vigilância Sanitária e Defesa

Civil já iniciaram trabalho de campo para tentar

identificar possíveis outras causas da turbidez

do Corumbataí.

A paralisação pode resultar em baixa pressão

ou interrupção temporária no fornecimento de

água nos Distritos de Assistência e de Ajapi e

nos bairros Mãe Preta, Grande Cervezão,

Santana, Alto do Santana, Parque das Nações

1 e 2, Distrito Industrial, Vila Industrial, Arco-

íris, Alan Grey, Vila Verde, Vila Nova, Vila

Martins, Vila Olinda, Floridiana, Jardim

América, Progresso 1 e 2, Guanabara,

Palmeiras, Jardim das Flores, Bonsucesso,

Village, Panorama, Maria Cristina, Cidade Azul,

Jardim Azul, Boa Vista, Paulista 2, Centenário,

Nova Rio Claro, Bandeirantes, Primavera,

Jardim Portugal, Jardim Brasília, Jardim Karan,

Figueira, Ipê, São Paulo, Jardim São João,

Wenzel, Novo Wenzel, São Miguel, Santa Maria,

Santa Elisa, Terra Nova, Recanto Paraíso, São

Caetano, Parque Universitário, Parque São

Jorge, Parque Residencial, Ipanema, Chácara

Rupiara, Matheus Manieiro, BNH, Bom Retiro,

Condomínio Residencial São Paulo Home,

Residencial Florença, Residencial Regina Picelli,

Águas Claras, Paineiras, Santa Clara 1 e 2 e

Benjamin de Castro.

https://www.jornalcidade.net/rio-claro-vai-

parar-eta-2-novamente-e-aciona-cetesb-e-

ministerio-publico/57289/

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Grupo de Comunicação e Marketing

Data: 13/02/2019

Veículo: Valor

Para aparar arestas, Bolsonaro dará repaginada em MP do Saneamento

Por Daniel Rittner

O governo Jair Bolsonaro pretende dar uma

"repaginada" na proposta de novo marco legal

do saneamento básico. A ideia é apresentar

uma versão própria do texto que reforma a

legislação do setor e está em tramitação no

Congresso Nacional. Um encontro com

executivos das companhias de água e esgoto,

parlamentares e potenciais investidores deve

ocorrer no fim deste mês ou início de março

para a divulgação do conjunto de mudanças.

Uma medida provisória foi reeditada na última

semana de Michel Temer com a caneta

presidencial, mediante o consentimento da

equipe de transição, que reconheceu a

necessidade de tratar o assunto com urgência.

Agora, o Ministério do Desenvolvimento

Regional prepara ajustes no texto que saiu do

Palácio do Planalto em 27 de dezembro.

O prazo para emendas à MP 868 terminou na

segunda-feira à noite. Deputados e senadores

entregaram 477 propostas de alteração -

número considerado bastante elevado e que

reflete as controvérsias em torno do tema.

Logo no início do ano, paralelamente à

tramitação legislativa, o ministério quis abrir

um canal de diálogo com interessados e

recebeu sugestões de aperfeiçoamentos à MP.

Essa coleta de contribuições durou até meados

da semana passada. Agora, a Secretaria de

Saneamento Ambiental trabalha em um texto

que será encaminhado para o futuro relator

como possível substitutivo.

"Mantivemos uma interlocução ampla com todo

o setor", afirma o secretário Jônathas de

Castro. Ele garante que três linhas-mestras

continuarão orientando o novo marco legal:

abertura à iniciativa privada, segurança jurídica

e estabilidade regulatória. "Não vamos tomar

partido nem do mercado público, nem do

mercado privado, mas do que for melhor para

políticas públicas de saneamento."

A presidência da comissão mista responsável

pelas discussões da medida provisória caberá a

um deputado e a relatoria a um senador,

conforme o rodízio das Casas. Os nomes serão

definidos somente após a escolha das

lideranças do governo no Senado e no

Congresso. E o ministério prefere ter um relator

já nomeado para apresentar o novo texto.

Enquanto isso, há pressão de todos os

interessados. O deputado Samuel Moreira (SP)

e o senador Izalci Lucas (DF), ambos do PSDB,

protocolaram emendas pedindo a retirada do

artigo 10-C - provavelmente o trecho mais

polêmica da medida provisória.

Esse ponto obriga as prefeituras a fazer

chamamentos públicos para contratar obras e

serviços de saneamento, estimulando a

concorrência no setor. Antes, os municípios

podiam fazer contratação direta com

companhias públicas. Na semana passada, o

vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia

(DEM), defendeu uma mudança na MP. Da

forma atual, segundo ele, a Sabesp perderá

competitividade e o governo seria praticamente

forçado a privatizar a empresa. Ele prefere a

capitalização.

"O que defendemos abertamente é que tenha

uma emenda na medida provisória do

saneamento excetuando as estatais não

dependentes do Tesouro [da perda de

preferência]. Com isso, a Sabesp poderia

continuar competitiva e, a partir daí, o projeto

de capitalização", disse Garcia.

Uma carta entregue ao governo por quatro

associações vai na mesma linha. "Se mantido,

o dispositivo permitirá que a iniciativa privada

dispute com as companhias públicas apenas os

municípios superavitários. Com isso, as

companhias públicas poderão perder o

equilíbrio financeiro e serão obrigadas a

atender os municípios mais problemáticos, o

que limitará a capacidade de investimento do

setor público e levará ao sucateamento dos

serviços", afirmam a Abar (associação das

agências reguladoras), Abes (engenharia

ambiental), Aesbe (empresas estaduais de

saneamento) e Assemae (municipais).

Outros pontos defendidos pelas entidades são

a ampliação de tarifas sociais para

consumidores de baixa renda e a desoneração

de PIS/Cofins, segundo o presidente da Abar,

Fernando Franco.

Para o engenheiro Carlos Eduardo Castro,

diretor do grupo privado Águas do Brasil, que

detém 13 concessões espalhadas pela região

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Grupo de Comunicação e Marketing

Sudeste, a abertura de chamamentos públicos

pelas prefeituras ou consórcios municipais é

"extremamente relevante" para impulsionar

investimentos no setor. Ele contraria o

argumento das associações de que as

empresas privadas ficarão de olho só no "filé" e

deixarão o "osso" de lado.

"Estamos interessados em bons projetos, isso

sim. Mais de 72% dos serviços de saneamento

operados pela iniciativa privada estão em

municípios com menos de 50 mil habitantes",

rebate o executivo. Castro prefere ver a

questão de outra forma. Hoje as estatais têm

uma vantagem em cidades menores, mas não

oferecem soluções atrativas. Resultado: 104

milhões de brasileiros não têm esgoto tratado.

"É ingenuidade imaginar que vamos mudar tal

cenário se essas questões não forem atacadas",

afirma.

Desde 2007, segundo informações do governo

federal, 160 contratos de Estados e municípios

para obras e serviços foram cancelados. Esses

projetos receberiam R$ 3,5 bilhões do

Orçamento Geral da União (OGU), em repasses

só do extinto Ministério das Cidades, a fundo

perdido. "Os Estados e as concessionárias

públicas não conseguiram executar os

empreendimentos previstos, basicamente

obras de saneamento ou elaboração de

projetos executivos de engenharia", afirma

trecho da exposição de motivos da MP 868.

https://www.valor.com.br/brasil/6115743/par

a-aparar-arestas-bolsonaro-dara-repaginada-

em-mp-do-saneamento

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

VEÍCULOS DIVERSOS

Veículo: MME

MME determina ações administrativas

para fiscalização de barragens

Duas portarias relacionadas à segurança e

fiscalização foram publicadas no Diário Oficial

da União (DOU) de hoje, 12

O secretário de Geologia, Mineração e

Transformação Mineral do Ministério de Minas e

Energia (MME), Alexandre Vidigal, assinou duas

portarias que estabelecem ações com foco na

fiscalização de barragens. A primeira medida

determina à Agência Nacional da Mineração

(ANM) que instaure procedimento de

investigação e responsabilização administrativa

para apuração do modo como vêm sendo

procedidos o controle e a fiscalização de

segurança quanto ao risco de estabilidade das

barragens sujeitas ao campo de sua

competência.

A ANM deverá considerar nas apurações a

conformidade de procedimentos quanto ao

aspecto da independência das auditorias

externas - contratadas pelo empreendedor -

bem como nas relações entre todos os atores,

públicos e/ou privados, envolvidos na

fiscalização e controle de segurança de

barragens. Além disso, a ANM deverá manter a

SGM informada mensalmente quanto à

evolução da investigação citada.

A segunda portaria define que a ANM informe à

SGM dois nomes de dirigentes titulares de

direitos minerários – com cargos e telefones –

para contato urgente em caso de necessidade

imediata relativa à segurança do

empreendimento, para fins de proteção às

pessoas e ao meio ambiente.

Considera-se imprescindível o contato urgente

em situações que possam pôr em risco a vida,

a integridade física, a segurança ou a saúde da

população; a iminência ou ocorrência de

acidentes afetos à atividade ou

empreendimentos de mineração; a constatação

de situações que ensejem providências

imediatas dos empreendedores de mineração,

entre outras.

Acesse as portarias na íntegra:

PORTARIA Nº 36, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2019

PORTARIA Nº 37, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2019

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visuali

za/index.jsp?data=12/02/2019&jornal=515&p

agina=55&totalArquivos=69

http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visuali

za/index.jsp?data=12/02/2019&jornal=515&p

agina=55&totalArquivos=69

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Reuters

Crise em comercializadoras de energia decorre de apostas ruins, não de

preço, diz CCEE

Reuters Staff

A crise de duas comercializadoras de energia

que têm enfrentado dificuldades para cumprir

contratos com clientes não é fruto de uma

disparada de preços no setor, como alegam as

empresas, mas de erros de estratégia e gestão

de riscos, avaliaram conselheiros da Câmara de

Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)

nesta terça-feira.

O Conselho de Administração da CCEE decidiu

nas últimas semanas impor restrições às

comercializadoras Vega Energy e Linkx após

notícias de que as empresas estariam expostas

negativamente no mercado livre de

eletricidade. Elas agora só podem registrar

novos contratos após análise da CCEE, que

avaliará se estes não aumentam a

exposição.[nL1N20610A]

A Vega acumulou uma posição vendida em

contratos para o ano de 2019 avaliada em cerca

de 180 milhões de reais, mas disse ter sido

surpreendida pela alta nos preços spot da

energia a partir de meados de dezembro,

quando houve uma virada no cenário hídrico e

as cotações começaram a subir.

Já a Linkx avisou a um grupo de 10 clientes na

segunda-feira que “motivos alheios à sua

vontade” tornaram “impossível” o cumprimento

de contratos para entrega de energia em

janeiro, citando também as chuvas ruins que

elevaram os preços spot, também conhecidos

como Preço de Liquidação das Diferenças

(PLD).

Mas o presidente do Conselho de Administração

da CCEE, Rui Altieri, lembrou que os preços

spot ficaram em máximas durante meses em

outras ocasiões, como em 2014 e em 2018, o

que não aconteceu em janeiro deste ano,

quando as comercializadoras começaram a

sinalizar problemas.

“Não é uma questão de o PLD estar alto, é

questão das posições que os agentes assumem

com uma estratégia. Queria dissociar isso da

questão do PLD alto. Em 2014 passamos o ano

praticamente todo com o PLD a 822 reais (por

megawatt-hora)”, afirmou Altieri durante café

da manhã com jornalistas para comemorar 20

anos da CCEE.

Os preços spot chegaram a tocar no início de

dezembro uma mínima de cerca de 59 reais por

MWh, devido às perspectivas favoráveis para a

chuva na região das hidrelétricas, principal

fonte de geração no Brasil.

A partir da metade do mês, no entanto, as

chuvas rarearam e o PLD começou a subir —as

cotações fecharam o mês em 88 reais e abriram

2019 a 140 reais, para tocarem 183 reais no

final do mês. Em fevereiro, elas seguiram em

alta e tocaram o teto permitido pela norma

atual do setor, de 513 reais por MWh.

A CCEE já havia registrado um cenário de crise

em algumas comercializadoras no passado, no

início de 2008, quando o preço spot também

saltou para o teto regulatório, mas as situações

não são as mesmas, segundo a conselheira

Solange David.

Naquela época, lembrou ela, alguns agentes

foram à Justiça com alegações de que a falta de

gás para térmicas da Petrobras havia

impactado indevidamente os preços, em ações

que em alguns casos ainda estão em

tramitação.

“Era um cenário e um contexto diferentes de

hoje, que é (um contexto) de assunção de risco

maior em função das negociações que os

agentes fazem”, afirmou ela.

Os representantes da CCEE ressaltaram ainda

que a instituição tem como função monitorar as

operações fechadas entre os agentes do

mercado de energia e pode interferir em prol da

segurança do ambiente de comercialização de

energia, como aconteceu nos casos da Vega e

da Linkx.

“Todos os agentes são constantemente

monitorados por nossa central, não é porque

sai uma notícia de jornal que começamos (a

monitorar). É feito constantemente, e muitas

vezes a notícia confirma nossa ação”, disse

Altieri.

Ele disse ainda que a CCEE não vê indícios de

qualquer tipo de fraude nas operações das

comercializadoras envolvidas nos casos. “Nós

não temos nenhum elemento para isso.”

FORA DA CCEE

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Os problemas enfrentados pelas

comercializadoras de energia neste ano, no

entanto, aconteceram ainda antes de elas

registrarem seus contratos junto à CCEE,

ressaltaram os conselheiros da instituição.

Geralmente, os comercializadores fecham

contratos de forma bilateral com seus clientes

e só registram os acordos na Câmara pouco

antes da chamada liquidação financeira do

mercado de curto prazo, quando a CCEE realiza

um acerto das diferenças contratuais entre

montantes de energia vendidos, contratados e

utilizados pelas partes.

A Vega, por exemplo, está exposta para o ano

de 2019, para o qual a CCEE ainda não realizou

nenhuma liquidação financeira, enquanto a

Linkx sinalizou aos clientes problemas com os

contratos de janeiro.

“Existem muitos contratos assinados fora.

Essas duas empresas não têm exposição aqui

dentro... o que elas fizeram foi para entregas

futuras. Essa é uma discussão a ser travada:

até que ponto nossa atuação e monitoramento

têm que avançar nesse mercado?”, questionou

Altieri.

Os conselheiros da CCEE afirmaram ainda que

a atual situação pode eventualmente ajudar a

retomar debates sobre possíveis

aprimoramentos nas garantias praticadas no

mercado ou até sobre exigências financeiras

exigidas para a criação de comercializadoras.

Movimentos anteriores da CCEE e da Agência

Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para exigir

que os agentes que operam no mercado de

energia fossem obrigados a ter um banco que

garantisse suas transações acabaram não

avançando por questões como a resistência das

empresas aos custos e a falta de interesse das

instituições financeiras.

“Toda crise tem ameaça e oportunidade. Então

de repente um momento mais tenso pode abrir

caminho para que as garantias sejam

aperfeiçoadas. É aquilo, o diabético quer

sorvete, mas você tem que dar insulina”,

afirmou o conselheiro Ary Pinto.

https://br.reuters.com/article/topNews/idBRK

CN1Q12TO-OBRTP

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Veículo: Canal Energia

Pepitone reforça necessidade de reflexão sobre atuação no mercado

livre

Para diretor da Aneel, eventos recentes

envolvendo comercializadoras levanta

debate sobre limites de alavancagem

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia

Elétrica, André Pepitone, afirmou nesta terça-

feira (12) que os problemas de

descumprimento de contratos de venda de

energia por duas comercializadoras no espaço

de uma semana obriga a agência reguladora a

fazer novas reflexões sobre a liberdade que

essas empresas devem ter para atuação no

mercado livre. Os episódios envolveram a Vega

Energy e a Linkx Comercializadora, que

negociaram contratos acima da capacidade do

seu portfólio e não conseguiram comprar

energia para lastrear essas operações, após a

alta expressiva do Preço de Liquidação das

Diferenças.

Pepitone repetiu que não há crise no ambiente

da Câmara de Comercialização de Energia

Elétrica, porque a regulação opera de maneira

eficiente e as garantias financeiras dos

contratos registrados na CCEE são suficientes

para evitar o default das comercializadoras. O

problema, acrescentou, são os contratos de

gaveta que essas empresas tem com outras

comercializadoras, que não são registrados na

Câmara de Comercialização.

“Isso não afeta de maneira alguma o ambiente

do setor elétrico. O que afeta são transações

entre comercializadores com aptidão elevada a

risco. E aí nos reside refletir até quando vamos

tolerar empresas operarem totalmente

alavancadas e sem registrar contratos na CCEE.

Hoje isso é possível diante da liberdade que o

ambiente livre permite”, disse Pepitone. O

diretor destacou que essa é uma discussão

interna na Aneel, mas a agência tem

compartilhado suas percepções a respeito da

situação com a CCEE e com o Ministério de

Minas e Energia.

Para Pepitone, modelos de monitoramento dos

agentes de mercado como o da Comissão de

Valores Mobiliários ou o do Banco Central

servem de benchmark para uma possível

atuação da Aneel no acompanhamento do

mercado livre de energia elétrica. No ambiente

livre, as comercializadoras fazem transações

entre si e assumem o risco de uma eventual

inadimplência das chamadas contrapartes.

É o que aconteceu com comercializadoras que

tinham operações com a Vega e a Linkx e

devem ter que absorver, na melhor das

hipóteses, uma parcela do prejuízo, ou, no pior

cenário, a totalidade das perdas. “Nós já

tivemos alguns momentos de avaliar essas

transações. Se a agência entraria com a

regulação e passaria a exigir esses contratos ou

não. Nos momentos em que acentuamos essa

proposta, ela não foi bem recebida pelo

mercado livre, até pelo fato de os operadores

desse mercado quererem liberdade para

negociar”, disse o diretor da Aneel, após a

reunião semana da diretoria da agência.

http://canalenergia.com.br/noticias/53090146

/pepitone-reforca-necessidade-de-reflexao-

sobre-atuacao-no-mercado-livre

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Data: 13/02/2019

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FOLHA DE S. PAULO Painel

Governo Bolsonaro prepara ofensiva publicitária

para divulgar a 'Nova Previdência'

A alma do negócio A equipe de Paulo Guedes

(Economia) vai colocar na rua, no mesmo dia em

que apresentar a proposta de mudanças nas

regras de aposentadoria ao Congresso, uma forte

campanha de comunicação não só nos meios

digitais, mas também na TV e no rádio. O grupo

que trabalha no projeto diz que nenhum passo

será dado sem amparo publicitário. Os motes das

propagandas já estão em estágio final de

definição. A ideia é esquecer a palavra reforma e

apresentar o pacote como “Nova Previdência”.

Script A tese mãe para a campanha de

apresentação do projeto de Paulo Guedes é a de

que as mudanças vão atingir especialmente os que

ganham mais, salvaguardando os pobres. Uma

das máximas em estudo diz que a reforma é

necessária para garantir a aposentadoria das

futuras gerações.

Quem tem boca O cronograma da equipe

econômica prevê o disparo da primeira leva de

propagandas no dia 19 –data prevista para o envio

da reforma ao Congresso. Além disso, Guedes

montou um time de técnicos que, como ele, vai

viajar o país apresentando o texto a setores do

serviço público e do empresariado.

Para gringo ver Há a previsão de uma ofensiva

publicitária também na mídia estrangeira.

Vespeiro O presidente da Câmara, Rodrigo Maia

(DEM-RJ), um dos principais articuladores da

reforma entre os políticos, dá sinais de que o

governo não vai mexer na aposentadoria dos

trabalhadores rurais.

Que rei sou eu O ministro Sergio Moro (Justiça)

recusou pedido do Instituto de Garantias Penais

(IGP) para fazer um debate público com a

sociedade civil sobre seu pacote anticrime.

Que rei sou eu 2 Em ofício, o ministério disse que

não é obrigado a fazer o evento; que o tema ainda

será objeto de ampla discussão no Congresso; que

há pressa, já que a proposta consta das

prioridades para os 100 dias de governo

Bolsonaro; e que o texto já está na Casa Civil.

Marca registrada Segundo pesquisa da

Associação dos Magistrados Brasileiros, Luís

Roberto Barroso, do STF, foi o segundo nome mais

citado por juízes de primeiro grau como

“referência no Direito brasileiro”. À frente dele, só

Pontes de Miranda (1892-1979).

Chama a cavalaria Integrantes do Planalto

pediram a líderes de partidos alinhados a

Bolsonaro que indiquem nomes de deputados para

as funções de vice-líder do governo na Câmara e

no Congresso. A meta principal é reforçar o

trabalho do Major Vitor Hugo (PSL-GO), titular do

posto entre os deputados.

Sem mágoa Em busca de apoio dentro da própria

legenda, Hugo organizou um jantar de

confraternização com parlamentares do PSL.Alvo

de um boicote na semana passada, o líder do

governo na Câmara telefonou até para quem o

criticou publicamente.

Um na mão Depois que Hugo buscou guarida

entre militares que atuam no Planalto, dirigentes

do PSL mudaram o tom. Dizem que, se ele cair por

falta de apoio da própria sigla, há o risco de que

nenhum outro nome da legenda seja alçado à

função.

Rosa x Azul O deputado estadual Frederico

D’Ávila (PSL-SP) diz que membros do partido de

Bolsonaro em SP querem se concentrar em pautas

conservadoras no início da legislatura. Um dos

projetos, afirma, vai pregar a proibição de

banheiros unissex, chamados por ele de sanitários

“trans”.

Culpa do banheiro A PUC-SP e a USP, por

exemplo, têm sanitários unissex. De acordo com

D’Ávila, esses espaços impulsionam “a

promiscuidade e a facilitação do estupro”.

Anéis e dedos Integrantes da cúpula do MEC

indicaram a entidades da área que não pretendem

abrir novos editais do programa de incentivo às

escolas de ensino médio de tempo integral.

Anéis e dedos 2 A ideia da pasta é turbinar outra

iniciativa, o Mais Educação, que aumenta o

número de horas de atividades nos colégios.

TIROTEIO

Problema institucional é o Poder Judiciário ser

lento, caro, burocrático e pouco transparente,

como é o cenário de hoje

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Do senador José Antonio Reguffe (Sem partido-

DF), sobre os colegas que desistiram de apoiar a

CPI do Judiciário para evitar um embate

https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/02/13/

governo-bolsonaro-prepara-ofensiva-publicitaria-

para-divulgar-a-nova-previdencia/

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Brasil utiliza banco russo para pagar Venezuela por energia usada em

Roraima

Ricardo Della Coletta

O governo brasileiro utilizou um banco russo para

pagar o regime do ditador Nicolás Maduro pela

energia utilizada em Roraima, estado dependente

da eletricidade do país vizinho desde 2001.

Trata-se de uma triangulação financeira adotada

pela Eletronorte para retomar os pagamentos à

estatal venezuelana Corpoelec e garantir que não

seja interrompido o abastecimento elétrico de

Roraima, único estado não conectado ao SIN

(Sistema Interligado Nacional).

Os pagamentos estavam bloqueados em razão de

sanções aplicadas pelos EUA, que dificultam

operações bancárias com a Venezuela.

A dívida acumulada pela Eletronorte pelo

fornecimento de eletricidade a Roraima chegou a

US$ 40 milhões.

Um documento que circula na equipe econômica,

obtido pela Folha, revela que o Brasil lançou mão

da rota financeira alternativa, fazendo as

remessas passarem por uma instituição financeira

russa. A Rússia é uma das potências que mantém

apoio a Maduro.

A triangulação da operação foi confirmada ainda

por duas pessoas do governo que acompanham o

tema.

Esses interlocutores afirmam que um primeiro

depósito foi feito em dezembro, no valor de cerca

de US$ 1 milhão. A quantia foi paga a título de

reparação de avarias na linha de transmissão, mas

o objetivo do governo era também verificar se a

rota era exitosa para transferências futuras.

Tampouco informaram se houve depósitos nos

meses subsequentes, após a posse do presidente

Jair Bolsonaro (PSL).

Uma das pessoas ouvidas disse que, com a

retomada do fluxo de pagamentos, a dívida do

Brasil com a Venezuela foi reduzida, com

perspectivas reais de quitá-la.

Houve ainda uma outra mudança para facilitar o

envio do dinheiro à Venezuela. O contrato inicial

previa pagamento em dólar, mas a nova rota

financeira prevê a conversão da dívida para euros.

Desde que chegou ao poder, Bolsonaro rompeu o

diálogo com o regime chavista. Além de afirmar

que Maduro é um mandatário ilegítimo, o

brasileiro reconheceu o líder opositor Juan Guaidó

como presidente interino da Venezuela.

Apesar do discurso, pessoas que acompanham o

assunto afirmam que a questão precisa ser

analisada fora do conflito político, uma vez que

está em jogo a segurança energética de um

estado.

A Folha perguntou à Eletronorte e ao Itamaraty

qual banco russo está intermediando os

pagamentos e quanto já foi efetivamente

transferido, mas nenhum dos dois respondeu.

“A Eletronorte e a Corpoelec continuam adotando

as tratativas para viabilizar os pagamentos das

faturas da energia elétrica suprida, conforme

estabelecido no contrato”, disse a estatal, em

nota.

“Trata-se de operação comercial entre duas

empresas. A vendedora [Venezuela] indicou conta

para pagamento da energia consumida. Não há

envolvimento da Embaixada do Brasil em

Moscou”, afirmou o Itamaraty.

Caracas adotou uma estratégia semelhante para

receber recursos provenientes de exportação de

petróleo, segundo a agência Reuters: a petroleira

estatal PDVSA pediu aos clientes que paguem seus

compromissos numa conta no banco russo

Gazprombank.

Com isso, a Venezuela tentam fugir do cerco

financeiro estabelecido pelos EUA, permitindo a

entrada no país de moedas fortes (dólar e euro).

Brasília chegou a discutiu solucionar o débito com

a Venezuela a partir de um encontro de contas

com a dívida de US$ 795 milhões que Caracas

contraiu com o Brasil para financiar linhas de

exportação.

Mas a área técnica do governo avaliou que, com a

triangulação financeira, o melhor seria prosseguir

com os pagamentos à Corpoelec.

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/02/

brasil-utiliza-banco-russo-para-pagar-venezuela-

por-energia-usada-em-roraima.shtml

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Mercado Aberto: Produtora de

fertilizante pode fechar fábrica em decorrência de alta do gás

Maria Cristina Frias

Após uma alta de cerca de 33% do preço do gás

para as indústrias, empresas de São Paulo

começaram a traçar planos para mitigar o

aumento decretado neste ano pela Arsesp

(agência de saneamento e energia do estado).

A Yara, que comprou uma unidade de produção de

fertilizantes da Vale em Cubatão por US$ 255

milhões, terá de pagar 37,6% a mais.

É o segundo aumento que a indústria enfrenta —

o outro foi de cerca de 20%, no ano passado,

segundo Daniel Hubner, diretor comercial da

companhia.

“Com esse preço, é inviável manter a planta.

Queremos tentar renegociar, mas a outra

alternativa é fechar.”

São cerca de 2.000 funcionários, entre diretos e

indiretos.

Há um contrato que a obriga a consumir um

volume mínimo de gás, mas vence em um ano e,

se não for encontrada outra solução, a fábrica

para, de acordo com Hubner.

A empresa de capital norueguês investiu R$ 6

bilhões no Brasil em nove anos. O custo do gás

torna difícil o diálogo com a matriz, diz ele.

Outros setores também tentam saídas. A fábrica

de papel higiênico Damapel, de Guarulhos, estuda

usar lenha nas caldeiras para secar o produto.

“Analisamos também mudar de estado”, diz o

diretor de suprimentos Sergio Matos.

A Abiquim, associação de indústrias químicas,

tentará obter dados do contrato entre a Petrobras

e a Comgás que resultou na alta do gás. “Pedimos

informações, mas a Arsesp não pode divulgar

detalhes”, diz Fátima Ferreira, diretora de

economia da entidade.

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercado

aberto/2019/02/produtora-de-fertilizante-pode-

fechar-fabrica-em-decorrencia-de-alta-do-

gas.shtml

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Mônica Bergamo: Procuradoria do Trabalho quer que Vale indenize 90

empresas comprometidas com acidente

O MPT (Ministério Público do Trabalho) já mapeou

cerca de 90 empresas e estabelecimentos

comerciais que foram alcançados pela lama do

acidente de Brumadinho (MG) e estão com as

atividades comprometidas. Os procuradores

defendem que a Vale indenize também os

trabalhadores desses locais.

MUITO MAIS

“Calculamos que o número de empresas é muito

maior”, diz a procuradora Luciana Coutinho. São

lugares como pousadas, hotéis, bares e

restaurantes. Depois do levantamento, serão

feitas audiências e convocações. Se não houver

composição com a Vale, o MPT pode mover nova

ação contra a mineradora.

DATA CERTA

E a Vale e o MPT vão se encontrar na sexta (15)

na Justiça, em Betim, para uma audiência que

tratará, entre outras coisas, das indenizações a

serem pagas às famílias das vítimas do acidente.

A empresa oferece R$ 300 mil a filhos e cônjuges

e R$ 150 mil aos pais. Os procuradores defendem

que o valor seja de “no mínimo” R$ 2 milhões.

DATA CERTA 2

Diretores da Vale também vão a Brasília na sexta

(15), para uma audiência com o ministro do Meio

Ambiente, Ricardo Salles. Em pauta, uma multa

de R$ 250 milhões aplicada contra a empresa.

TOPO

Salles foi parar nos assuntos mais comentados do

Twitter, na terça (12), depois de responder, no

programa Roda Viva, o que achava de Chico

Mendes: “Que diferença faz quem é [o

ambientalista] nesse momento?”.

OPINIÃO

Ele diz que, na verdade, quis afirmar que a opinião

que tem sobre Mendes é que não tem importância

—e não o ambientalista. “A discussão sobre o que

eu acho dele é irrelevante.”

SELO

Lula já assinou nova procuração para que

Fernando Haddad volte a advogar para ele —tendo

acesso livre à sala em que está preso. A ideia é

que o ex-prefeito represente o petista na execução

penal.

SELO 2

A juíza Carolina Lebbos decidiu, em janeiro, que a

procuração para Haddad defender Lula já tinha

perdido a eficácia, pois se destinava à

representação na área eleitoral.

CANGURU PERNETA

Os atores Marisa Orth, Lucio Mauro Filho, Tom

Cavalcante, Cacau Protásio e Luis Gustavo estão

no elenco de “Sai de Baixo - O Filme”, que teve

pré-estreia no Cinemark do shopping Iguatemi, na

segunda (11). As atrizes Alessandra Maestrini e

Larissa Manoela passaram por lá.

GOLE

A Câmara Municipal de SP vai abolir o uso de copos

plásticos. O presidente da Casa, vereador Eduardo

Tuma (PSDB), anunciou a medida na primeira

reunião de líderes partidários sob o seu comando,

na terça (12). As estimativas são de que quase

três milhões desses recipientes são consumidos a

cada ano.

CASEIRO

A partir de março, a Câmara não comprará mais

copos e utilizará a sobra do estoque. Será

realizada uma campanha interna para estimular

seus funcionários a trazer garrafas e canecas de

casa para uso próprio. Aos visitantes, café e água

serão servidos em copos de papel.

CARGA

O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do

Consumidor) lançará nesta quarta (13) um

formulário para coletar informações de usuários

que tiveram queda de desempenho em seus

iPhones após algum tempo de uso. O objetivo é

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Grupo de Comunicação e Marketing

estudar medidas para acionar a empresa em casos

de problemas reportados.

BAIXA

Neste mês, 130 mil chilenos se uniram em uma

ação que acusa a Apple de diminuir a eficiência

das baterias dos iPhones após anos de uso para

levar o usuário a adquirir um novo aparelho.

LONGA VIDA

Em 2017, a marca confirmou que o smartphone

fica mais lento conforme o aparelho envelhece,

para prolongar a sua duração.

AUTÓGRAFO

Duas camisetas do Corinthians assinadas por

jogadores do clube serão leiloadas e os recursos

direcionados aos projetos do Instituto Sou da Paz,

que em 2019 celebra 20 anos.

Elas foram entregues pelos atletas Ramiro e

Jadson na terça-feira (12).

NO PALCO

As atrizes Amanda Mirásci e Nina Frosi estão na

peça “Mansa”, que estreou na sexta (8), no Viga

Espaço Cênico. Os também atores Rafael Lozano

e Christiana Ubach e o diretor do espetáculo,

Diogo Liberano, compareceram.

CURTO-CIRCUITO

O cantor Marcos Valle participa nesta quarta (13)

do Notas Contemporâneas, no MIS.

A Alcon promove uma sessão de filmes 3D de

cirurgias oftalmológicas nesta quarta (13),

véspera da 42ª edição do Simasp.

O Sebrae SP faz palestras sobre

empreendedorismo para artesanato. Na sexta

(15) e no sábado (16), na Feira Patchwork Design,

em SP.

A Rosa Chá e a John John desfilam pela primeira

vez na semana de moda de NY.

com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e

VICTORIA AZEVEDO

https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe

rgamo/2019/02/procuradoria-do-trabalho-quer-

que-vale-indenize-90-empresas-comprometidas-

com-acidente.shtml

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

É hora de a mineração ter política de acidente zero

A decisão da Vale, maior produtora mundial de

minério de ferro, de desativar dez barragens de

resíduos no Brasil é bem-vinda, mas parecerá

muito pouco e muito tarde para aqueles que

perderam seus entes queridos e veem o meio

ambiente destruído.

Nos últimos cinco anos, o rompimento de

barragens de resíduos foi manchete no Canadá,

México, Brasil, China, Estados Unidos e Israel.

Nem todos provocaram perdas de vida, mas o

dano ao meio ambiente tem sido expressivo e

levanta consideráveis questões e preocupações de

segurança sobre as condições em que se

encontram 30 mil minas industriais em todo o

mundo.

Em 2001, a Comissão Internacional para Grandes

Barragens emitiu o relatório “Barragens de

Resíduos: Risco de Perigosas Ocorrências”, que

examinou 221 rompimentos. Todos poderiam ter

sido evitados.

Resta aguardar se a investigação da Vale e das

autoridades brasileiras descobrirá outros fatores

no rompimento crítico de infraestrutura na mina

do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que

ceifou vidas.

Desde o marco do relatório de 2001, outro fator

de risco fundamental para o setor é a mudança

climática. O aumento da variabilidade nos

sistemas meteorológicos globais, incluindo no

padrão de chuvas, enchentes e tempestades, deve

ser levado em conta no gerenciamento do risco de

desastres em qualquer local de mineração.

Outra preocupação indispensável é garantir que a

governança do risco de desastres esteja à frente

das prioridades da indústria de mineração. A

segurança e o bem-estar dos funcionários e das

pessoas vivendo nas comunidades no entorno

devem ser primordiais. Não deve ser lucro acima

de tudo —ou eventualmente a qualquer custo.

O desastre de Brumadinho se segue ao desastre

de Mariana, numa instalação onde a Vale é

coproprietária e que é classificado como o pior

desastre ambiental do Brasil. Dezenove pessoas

morreram na onda massiva de milhões de metros

cúbicos de rejeitos de lama que se seguiram,

destruindo o vilarejo de Bento Rodrigues, viajando

620 quilômetros até o oceano Atlântico e levando

resíduos para uma população inteira de peixes,

para 1.400 hectares de floresta e para 663

quilômetros de percursos hídricos.

O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, tem dito

que a empresa criou um grupo de trabalho para

aumentar o padrão de segurança das barragens

da empresa.

Isso não satisfará a opinião pública. A governança

inadequada de risco é um fator decisivo e

impulsionador de desastres e, enquanto não

houver um olhar regulatório adequado sobre essas

instalações, a confiança do público não será

restabelecida.

É hora de implementar as recomendações feitas

em 2001. Outras recomendações feitas pela ONU

Meio Ambiente também devem ser levadas em

consideração, incluindo uma estratégia de

segurança em primeiro lugar, não importa o custo.

O plano global para diminuição de perdas em

desastres, o Marco de Sendai para a Redução de

Riscos de Desastres 2015-2030, busca

estabelecer meios concretos por meio dos quais

infraestruturas podem ser à prova de riscos e

também exerce influência nos setores privado e

governamental para banir a complacência em

torno de ameaças tecnológicas e ambientais que

essas instalações representam.

Eu apelo para que as milhares de comunidades

que vivem sob essa potencial ameaça garantam

que suas vozes sejam ouvidas e suas

preocupações sejam levadas em conta nas

estratégias locais e nacional para redução de risco

de desastres.

Uma maneira pela qual a indústria de minério

poderia facilitar isso seria ajudando a estabelecer

uma base de dados aberta de minas e instalações

de armazenamento de resíduos.

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Grupo de Comunicação e Marketing

Esse seria um modo adequado e duradouro para

que todos os envolvidos lembrem daqueles que

morreram em tais desastres e para demonstrar

que a indústria de mineração não está apenas

dando declarações de intenções para políticas de

acidente zero.

https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/02/

e-hora-de-a-mineracao-ter-politica-de-acidente-

zero.shtml

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ESTADÃO Agronegócio tenta manter subsídio em

conta de luz

Anne Warth e Eduardo Rodrigues

BRASÍLIA - O agronegócio também se movimenta

para reverter o fim do subsídio de R$ 3,4 bilhões

ao ano dado ao setor em descontos nas contas de

luz. O fim do benefício, cujo impacto é rateado nas

contas de eletricidade de todos os consumidores

do País, foi um dos últimos atos do governo

passado. Mas o setor tem atuado no Executivo e

no Congresso para retomar o subsídio, que

garante um desconto nas tarifas que varia de 10%

a 30%.

Um decreto presidencial publicado no dia 28 de

dezembro pelo ex-presidente Michel Temer

determinou a redução dos descontos para a

produtores rurais em 20% ao ano, até chegar a

zero daqui a cinco anos. Além disso, a medida

impediu que agricultores que usam serviços de

irrigação, que têm descontos assegurados por lei,

continuassem acumulando os dois benefícios

durante essa transição. Apenas o benefício aos

agricultores foi retirado, pois havia sido concedido

via decreto. O desconto aos irrigantes, dado por

lei, foi mantido – ele varia de 60% a 90%,

dependendo da classe e do horário do consumo.

Summit Agronegócio Brasil 2017

Temer impediu que agricultor que usa irrigação

acumulasse dois benefícios. Foto: Jonne

Roriz/Estadão

Os descontos para agricultores representam quase

17% do total de subsídios embutidos nas tarifas

de energia, que totalizam R$ 20,2 bilhões. Neste

ano, começariam a ser reduzidos em R$ 684,9

milhões. Cada consumidor rural paga, em média,

R$ 47,88 a menos do que deveria, e esse valor é

repassado na conta de luz dos demais

consumidores, que têm que pagar a mais para

compensar esse benefício.

Mal havia assumido a Presidência, o presidente

Jair Bolsonaro foi procurado por representantes do

setor agrícola que pediram a revisão do decreto.

O vice-presidente da Associação Brasileira dos

Produtores de Soja (Aprosoja) e deputado

estadual eleito pelo PSL paulista, Frederico

D’Avila, disse ter conversado pessoalmente com o

presidente, que teria garantido que iria analisar o

pedido dos produtores.

‘Revogaço’

A expectativa do setor era de que a medida

entrasse no “revogaço” prometido pelo Planalto de

medidas tomadas nas últimas semanas do

governo anterior. “Se esse valor não for bancado

pelas contas de luz, o repasse vai acabar

chegando na cesta básica. Isso é pior, porque os

brasileiros mais pobres é que serão penalizados”,

argumenta D’Ávila.

O agronegócio também procurou os ministérios na

tentativa de reaver os subsídios. Na segunda-

feira, o decreto foi tema de reunião no Palácio do

Planalto. Técnicos dos ministérios da Economia e

de Minas e Energia defenderam o decreto. Eles

alegaram que a revisão do orçamento dos

subsídios foi determinada por lei, depois que o

Tesouro Nacional deixou de bancar os benefícios.

Além disso, lembraram que o Tribunal de Contas

da União (TCU) cobrou ações efetivas do governo

nesse sentido. O pedido do setor para retomar os

descontos, porém, conta com o apoio dos

ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento

Regional.

Com poucas esperanças de reverter o decreto no

Executivo, o setor também se movimentou no

Legislativo. O deputado Heitor Schuch (PSB-RS)

apresentou projeto de decreto legislativo para

suspender os efeitos o decreto de Temer. A

Câmara pode votar o pedido de urgência para

apreciar a proposição do deputado. “A agricultura

familiar precisa ser incentivada sob pena de

desaparecer, comprometendo a segurança

alimentar no País”, justifica o deputado.

O assessor técnico da Comissão Nacional de

Irrigação da Confederação da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNA) Gustavo Goretti

reconhece que os subsídios no setor elétrico

atingiram patamares muito elevados e geraram

preocupações no governo.

Na avaliação de Goretti, porém, a energia

fornecida aos agricultores tem qualidade inferior e

exige investimentos dos próprios produtores para

que seja entregue.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a

gronegocio-tenta-manter-subsidio-em-conta-de-

luz,70002718908

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Toyota vai produzir primeiro carro

híbrido a etanol ainda neste ano

A Toyota vai iniciar a produção do primeiro carro

híbrido a etanol no último trimestre do ano.

Embora não confirme oficialmente, o modelo que

receberá a tecnologia por enquanto exclusiva para

o Brasil será o Corolla fabricado na unidade de

Indaiatuba (SP).

"Além do mercado interno, nossa intenção é

exportar a tecnologia pois há outros locais no

mundo que usam etanol, mesmo que não seja de

cana de açúcar", disse Rafael Chang, presidente

da Toyota do Brasil.

O grupo também aguarda aval da matriz japonesa

para a produção local de um utilitário-esportivo

(SUV). Para isso, a empresa precisará de novos

investimentos.

A Toyota espera para este ano um crescimento de

9,5% em suas vendas, abaixo do esperado para o

mercado total de automóveis e comerciais leves,

de 11,3%. Em 2018, a marca japonesa vendeu

200,9 mil veículos – o melhor desempenho de sua

história. O volume representou alta de 5,4% em

relação ao ano anterior, índice também inferior ao

mercado, que cresceu 13,8%. "Temos problemas

de capacidade, pois estamos trabalhando no limite

das duas fábricas", justificou Chang.

A produção deve crescer 7,6%, para 225 mil

veículos, dos quais 28% serão exportados para a

América Latina. Segundo Chang, as duas fábricas

do grupo em São Paulo operam em capacidade

plena. A de Sorocaba, onde são produzidos o Etios

e o Yaris, trabalha em três turnos, assim como a

unidade de motores em Porto Feliz. A fábrica de

Indaiatuba, que faz o Corolla, opera em dois

turnos. Ao todo, emprega quase 7 mil

trabalhadores.

Em toda a América Latina a Toyota vendeu 400

mil veículos no ano passado, 5% a mais do que

em 2017. Esse volume representa apenas 3,8%

das vendas globais da marca, que somaram 10,5

milhões de unidades.

Em 2018, a Toyota celebrou 60 anos no Brasil. Nos

últimos três anos a marca concluiu um ciclo de

mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos para

produção do modelo Yaris e modernização das

fábricas de carros e motores.

https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,t

oyota-vai-produzir-primeiro-carro-hibrido-a-

etanol-ainda-neste-ano,70002718302

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Grupo de Comunicação e Marketing

Após fala de ministro, buscas por Chico Mendes no Google dispara

Sonia Racy

Depois que Ricardo Salles perguntou, no Roda

Viva, “que diferença faz (minha opinião de) quem

é Chico Mendes?”, sobre quem admitiu saber

pouco, as buscas pelo nome do seringueiro no

Google subiram quase… 10.000%.

https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-

fonte/apos-fala-de-ministro-buscas-por-chico-

mendes-no-google-dispara/

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Grupo de Comunicação e Marketing

VALOR ECONÔMICO

Papel da ANA e taxa de esgoto são alvos de debate

Por Daniel Rittner

A medida provisória que reformula o marco legal

do saneamento básico ainda tem algumas "zonas

de sombra", mas dificilmente terá o mesmo

destino da MP 844, que tratava do mesmo assunto

e caducou no Congresso Nacional, conforme avalia

Percy Soares Neto, diretor de relações

institucionais da Abcon, a associação das

concessionárias privadas de serviços de água e

esgoto.

"Tivemos uma Copa do Mundo e uma eleição

majoritária no meio do caminho", afirma o

executivo Soares, referindo-se à proposta

anterior. A MP 868, reeditada na última semana

do governo Michel Temer, tomou como base o

relatório apresentado pelo ex-senador Valdir

Raupp (MDB-RO) na comissão mista responsável

pela análise da medida provisória. "Agora temos

tempo para vencer as chicanas regimentais e fazer

todo o debate necessário."

Um dos ajustes defendidos pela Abcon é reforçar

o papel da Agência Nacional de Águas (ANA) na

regulação do setor. Hoje os serviços de

saneamento (cuja titularidade é municipal) estão

sob a lupa de 49 agências reguladoras diferentes.

Isso maximiza o risco de uma "salada" de regras

e normas, segundo Soares.

A MP amplia o escopo de atuação da ANA e atribui

a ela a "instituição de normas de referência

nacionais para a regulação da prestação dos

serviços públicos de saneamento básico". Na visão

de Carlos Eduardo Castro, diretor da Águas do

Brasil, pode-se ir além disso. "Não entendemos

que a ANA deva evocar o papel das agências

estaduais ou municipais", como definir reajustes

de tarifas, diz o executivo, "mas ela deve editar

normais gerais e vinculantes, não só de

referência".

Uma das inovações da MP é deixar claro que os

usuários não ficarão isentos do pagamento de taxa

de coleta e tratamento de esgoto quando a rede

estiver disponível. Atualmente muitos donos de

imóveis preferem ignorar o início da prestação do

serviço e continuar usando fossas - tudo para

evitar a despesa com tarifa. Assim, a rede chega

em um bairro, mas nada muda. Agora, isso

mudará com a cobrança compulsória da taxa.

Para o presidente da Associação Brasileira de

Agências de Regulação (Abar), Fernando Franco,

já se trata de um avanço, mas o texto pode ser

mais rígido e prever responsabilização dos

gestores públicos em caso de não cobrança. A

entidade encaminhou ao governo proposta de que

seja considerado ato de improbidade

administrativa uma eventual "omissão das

prefeituras" na fiscalizações ambientais para

determinar conexão à rede.

https://www.valor.com.br/brasil/6115747/papel-

da-ana-e-taxa-de-esgoto-sao-alvos-de-debate

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País precisa diversificar fontes de energia sem gerar ineficiências

Por Rodrigo Polito

Responsável pela coordenação dos estudos que

subsidiarão o planejamento energético do governo

de Jair Bolsonaro, o presidente da Empresa de

Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, vê com

bons olhos o avanço da energia eólica e solar e a

diversificação dos recursos energéticos brasileiros.

Ele entende, no entanto, que há necessidade de

aperfeiçoamento do modelo de avaliação da

segurança energética do país em relação ao novo

cenário e que a solução deve ter razoabilidade

econômica, para não onerar consumidores nem

prejudicar investidores.

"O planejamento tem um desafio muito

interessante decorrente da diversidade de

recursos que o Brasil tem. É uma boa dificuldade

[para o planejador] permitir que todos esses

recursos possam competir em pé de igualdade",

afirmou Barral ao Valor, em sua primeira

entrevista após assumir o cargo, no início deste

mês. Segundo ele, a diversificação da matriz

elétrica agrega resiliência ao sistema, para lidar

com fenômenos climáticos ou choques de oferta

de determinado combustível, entre outros

eventos.

Por outro lado, acrescentou, é importante garantir

a eficiência econômica no uso dos recursos

energéticos, "para que não acabemos criando

reservas de mercado que levem à ineficiência no

uso desses recursos, o que acaba prejudicando a

própria competitividade e produtividade da

economia brasileira".

Favorável à reforma do setor elétrico brasileiro,

Barral conta que o marco regulatório atual,

estabelecido em 2004, não possui instrumentos

para tratar de questões que surgiram da

transformação do setor ocorrida nos últimos 15

anos. Ele ressaltou, porém, que a transição para

um novo mecanismo de contratação e formação

de preços precisa assegurar as condições de

financiamento da expansão do setor. "Em um país

que está retomando o crescimento, essa

financiabilidade para garantir a oferta não pode

falhar."

Também no âmbito da reforma, o presidente da

EPE destacou a necessidade de aperfeiçoamento

na governança do mercado livre, que nas últimas

semanas teve a credibilidade ferida pelo episódio

das comercializadoras Vega Energy e Linkx. Elas

não conseguiram honrar seus contratos de venda

de energia, após a escalada de preços no mercado

de curto prazo.

"À medida que o mercado livre e o poder de

escolha do consumidor vão tomando um papel

maior no setor, a governança do mercado livre é

algo que precisa passar por aperfeiçoamento",

disse o executivo. "O caso da Vega serve de alerta

para a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos

de regulação e de funcionamento do mercado

livre", completou.

Quarto presidente da EPE e o primeiro oriundo do

quadro de servidores da estatal, Barral, de 35

anos, ingressou na companhia em 2007 e acredita

que a passagem por diversas áreas da empresa

lhe garantiu a experiência necessária para assumir

a nova função. Aprovado no segundo concurso

público realizado pela EPE, Barral iniciou sua

trajetória na empresa como analista de pesquisa

energética. Trabalhou no estudo de viabilidade da

hidrelétrica de Sinop (MT), leiloada em 2013 e que

está prevista para entrar em operação neste ano.

Foi superintendente-adjunto e de Projetos de

Geração. E, em 2018, assumiu a diretoria de

Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da

companhia. Na EPE, realizou desde estudos de

mercado e demanda de energia até habilitação

técnica e cálculo de preço-teto para leilões de

geração.

Entre as prioridades do novo presidente da EPE,

está a conclusão do aguardado Plano Nacional de

Energia (PNE) 2050, que traçará os cenários de

longo prazo da oferta e demanda de energia do

país para os próximos 30 anos, e, com isso,

recuperar a consistência do planejamento de

longo prazo do setor energético brasileiro. "Essa

atenção ao plano de 2050 é um legado meu como

diretor de estudos econômicos e energéticos. E é

um compromisso meu aperfeiçoar esse

planejamento."

Barral contou que o governo pretende fazer pelo

menos três leilões de energia neste ano. Além dos

tradicionais leilões de energia nova "A-4" e "A-6"

(que negociam contratos de energia de novos

empreendimentos com início de fornecimento em

quatro e seis anos a frente, respectivamente),

ainda sem data, o governo fará um leilão

específico para fornecimento de energia a

Roraima, devido à insegurança de importação de

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energia da Venezuela e à falta de uma linha de

transmissão ligando o Estado à rede elétrica do

restante do país.

Está ainda em análise um quarto leilão, específico

para contratação de capacidade usinas

termelétricas, proposto pelo antecessor de Barral,

Reive Barros. Sobre este tema, Barral disse que o

tema "ainda precisa de uma discussão mais

aprofundada". Ele reconhece que a contratação de

potência demanda atenção por parte do governo,

mas sem deixar de considerar o aspecto

econômico. "Acertadamente, o ministério [de

Minas e Energia] trouxe a importância de

aprofundar as discussões", disse ele, em

referência à consulta pública aberta sobre o

assunto.

Esse ponto faz parte dos três pilares da gestão do

ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,

para os quais a EPE pretende dar suporte, segundo

Barral: previsibilidade, estabilidade jurídica e

regulatória e governança do setor.

Segundo ele, as pautas prioritárias da EPE com a

secretaria de Planejamento e Desenvolvimento

Energético do MME hoje são a discussão sobre a

melhoria do Mecanismo de Realocação de Energia

(uma espécie de condomínio de hidrelétricas em

que uma usina que tenha produzido mais energia

que o previsto cede seu excedente para aquela

que tenha produzido menos), a revisão da

garantia física de hidrelétricas e termelétricas e os

leilões previstos para este ano.

https://www.valor.com.br/brasil/6115755/pais-

precisa-diversificar-fontes-de-energia-sem-gerar-

ineficiencias

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Brasil dobrará potência eólica até 2026, diz estudo

Por Camila Maia

O Brasil deve passar a ser o 8º país com maior

potência instalada em geração eólica até 2026,

praticamente dobrando sua capacidade instalada

na fonte para algo perto de 25 gigawatts (GW), de

acordo com um estudo da consultoria A.T.

Kearney, obtido com exclusividade pelo Valor. Um

dos principais fatores que favorecem o país é a

qualidade dos ventos. Enquanto o fator de

capacidade (proporção entre a produção efetiva

da usina e a capacidade total máxima) média

global é de 28%, o Brasil supera 50%, e deve

chegar a 63% em 2021, segundo o estudo.

Considerando dados de julho de 2018, o Brasil

estava em 12º lugar em número de projetos

solares instalados, atrás de mercados como

Alemanha, Dinamarca, China, Estados Unidos,

França e Espanha. Segundo Cláudio Gonçalves,

sócio especialista no setor elétrico da A.T. Kearney

no Brasil, o país tem potencial de ultrapassar

alguns mercados europeus no ranking, como

Itália, Holanda e Reino Unido.

"Acredito que o Brasil vai subir no ranking.

Trabalhamos com empresas otimistas em relação

ao mercado de energia renovável", disse

Gonçalves, lembrando que o país tem enorme

potencial eólico. O mercado europeu, que hoje

está na frente, é considerado "saturado" em vários

países, como Itália, Reino Unido e Espanha. Além

disso, por falta de espaço, países como a Holanda

estão apostando em parques eólicos "offshore"

(instalados na costa), que são mais caros. Os

Estados Unidos, que também se destacam no

setor eólico, têm disponível o gás de xisto, que

também tem um preço muito competitivo. "Vemos

o Brasil com muito potencial de penetração e

condições meteorológicas favoráveis. Só vai

depender da economia."

O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE)

elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética

(EPE), entidade responsável pelo planejamento

energético do país, prevê o acréscimo de 12 GW

da fonte eólica no país até 2026. "Somos mais

conservadores, prevemos de 9 GW a 11 GW de

expansão até 2026", afirmou Gonçalves.

Depois de um período sem a contratação de novos

projetos, os leilões foram retomados em 2017 e

2018. Enquanto isso, as geradoras começaram a

apostar em leilões privados e contratos no

mercado livre, que são uma tendência para

continuação da expansão da fonte nos próximos

anos. "O jogo vai mudar, acreditamos que os

leilões privados e o mercado livre, especialmente,

vão continuar crescendo", disse.

"A estratégia dos investidores agora é mais

agressiva no mercado livre", disse o especialista.

No mercado cativo, os preços de energia devem

continuar em baixa, mas não nos patamares vistos

nos últimos leilões, abaixo de R$ 100 por

megawatt-hora (MWh). "Mas o mercado ainda tem

ajustes, vai demorar de dois a três anos até as

fábricas voltarem a operar cheias. Só quando isso

acontecer, os fabricantes serão mais exigentes em

termos de preço", explicou.

A A.T. Kearney identificou outras tendências para

o setor eólico no Brasil, como a continuação da

capacidade ociosa de vários fabricantes de

turbinas e torres. "O mercado cresceu rápido e em

grande escala, e os players acabaram não se

estruturando da melhor forma. Por isso, têm

fabricas e quadros de funcionários maiores que o

necessário. Essa é uma oportunidade de busca por

eficiência."

Do ponto de vista dos desenvolvedores de

projetos, a consultoria vê oportunidades de

priorização de portfólio. "Eles precisarão

aprimorar as práticas para serem mais

competitivos", afirmou, lembrando que hoje a

demanda por novos projetos de geração em leilões

é menor, e o mercado livre exige qualidade e

atratividade ainda maior dos empreendimentos.

Uma área que tem chamado a atenção dentro da

cadeia de suprimento é o foco em operação e

manutenção de ativos. Segundo Gonçalves, esse

segmento ainda é muito fragmentado, mas as

grandes empresas do setor elétrico devem ocupar

um papel cada vez maior nisso. "Algumas

empresas começaram a trabalhar com eficiência

internamente, mas hoje vemos muitas discutindo

por que não fazer serviço de operação e

manutenção também de parques vizinhos."

https://www.valor.com.br/brasil/6115757/brasil-

dobrara-potencia-eolica-ate-2026-diz-estudo

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Data: 13/02/2019

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Grupo de Comunicação e Marketing

Pró- RenovaBio assume a Unica

Por Camila Souza Ramos

Enquanto o novo governo diz que seguirá a lógica

de "mais Brasil e menos Brasília", o segmento

sucroalcooleiro se prepara para uma intensa

interlocução com os novos atores políticos

instalados na capital. Para isso, as usinas de cana

do Centro-Sul escolheram para presidir a União

das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) o

"padrinho" do programa RenovaBio no Congresso,

o advogado e ex-deputado federal pelo PV

Evandro Gussi, que assumiu o cargo ontem.

A apresentação do projeto de lei que criou o

RenovaBio em 2017 se tornou um forte cartão de

visitas de Gussi junto ao setor privado, mas suas

credenciais ganharam musculatura pelo

acompanhamento que fez da regulamentação do

programa e pela publicidade que deu à política nas

cinco viagens internacionais que realizou em 2018

- entre as quais a um seminário da Organização

Internacional do Açúcar (OIA), em Londres, e à

COP 24, em Katowice.

Ao Valor, Gussi disse que o segmento deve apoiar

as reformas econômicas em construção pelo

governo Bolsonaro, que buscam "a equalização

das contas públicas e a desestatização de áreas".

"Tudo o que estamos vendo nessa área econômica

tem nos agradado", afirmou.

Tais medidas, segundo empresários, deverão

favorecer especificamente o segmento, já que a

saúde financeira das usinas é sensível à inflação,

que pressiona os custos em um mercado com

pouca margem de repasse de preços, e à taxa de

juros, dada a alta intensidade de capital

empregado na atividade.

A defesa de um regime liberal na economia não

deverá abrir espaço para pleitos de subsídios,

acredita Gussi. "Já somos competitivos. Desde que

não sejamos atrapalhados, como fomos no

governo Dilma, não precisamos de ajuda", afirmou

ele.

Mas algumas pautas setoriais deverão ser

acompanhadas de perto e com urgência, como a

conclusão da regulamentação do RenovaBio.

Criado para estimular o consumo de

biocombustíveis e reduzir as emissões de gases

estufa, o programa precisa ser regulamentado até

o fim do ano para começar a vigorar em 2020, o

que é encarado pelo setor privado como um

período crítico. Nesse sentido, as usinas contam

com o trânsito de Gussi com outros parlamentares

e com interlocutores do presidente Jair Bolsonaro.

Para o novo presidente da Unica, a

regulamentação do RenovaBio deverá atrair

investidores pela previsibilidade conferida pela

política e pela perspectiva de maior receita das

usinas, que poderão vender os créditos de

descarbonização (CBios). "Já vimos um

crescimento de 7% no volume de comercialização

na última Fenasucro [feira anual de vendas de

máquinas ao setor], e todos os participantes

atribuíram às perspectivas trazidas pelo

RenovaBio", celebra.

Também na frente política, Gussi comandará o

esforço da Unica para convencer o governo

Bolsonaro a ter uma postura mais firme com os

EUA sobre a importação de etanol, embora o

presidente tenha deixado claro seu maior

alinhamento com Washington. Criada em 2017, a

cota de importação do produto isenta da tarifa do

Mercosul vai expirar em setembro. Segundo

Gussi, não faz sentido o Brasil garantir tal

vantagem ao produto enquanto os EUA

mantiverem sua cota para importar açúcar, que

dificulta a entrada do adoçante brasileiro. Sem

mudança nessa frente, Gussi afirmou que "voltar

à tarifa de 20% sobre o etanol americano seria

uma possibilidade".

Ainda no comércio internacional, há uma

perspectiva de que as negociações bilaterais

precisarão ser reforçadas. No ano passado, ante

pressão da Unica, o governo decidiu duas vezes

que recorreria à Organização Mundial do Comércio

(OMC), contra a China e contra a Índia, por

barreiras contra o livre-comércio de açúcar. Mas,

entre as usinas, avalia-se que os resultados da

atuação multilateral vêm apenas "quando o

estrago já foi feito".

Para Gussi, é preciso recorrer ao máximo às

conversas bilaterais antes de chegar aos órgãos

multilaterais, mas uma postura não exclui a outra.

"Quando há ofensas ao livre-comércio, aí não tem

opção", disse.

Se Brasília ocupará boa parte da atenção da Unica

- Gussi diz que deverá passar mais dias por

semana na capital do que em São Paulo, onde está

a sede da entidade -, debates com a indústria

automobilística também deverão ser

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aprofundados. O caminho, indicou, será continuar

defendendo a adoção no Brasil dos veículos

híbridos flex e dos carros com célula de

combustível alimentada a etanol. Embora algumas

montadoras estejam lançado no país carros 100%

elétricos, Gussi disse que a indústria

automobilística "está convencida" de que esse é o

caminho para eletrificação no Brasil.

https://www.valor.com.br/agro/6115873/pro-

renovabio-assume-unica

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Data: 13/02/2019

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Saudi Aramco busca petróleo e gás pelo mundo

Por Anjli Raval e David Sheppard

A Arábia Saudita pretende desenvolver atividades

internacionais de produção e exploração de fontes

de energia pela primeira vez em sua história,

aumentando a aposta na área de petróleo e gás

mesmo enquanto busca depender menos dos

hidrocarbonetos.

Khalid al Falih, ministro da Energia e presidente do

conselho de administração da petrolífera estatal

Saudi Aramco, disse ao "Financial Times" que a

expansão no exterior vai ser uma parte crucial do

futuro da empresa. "Não vamos mais olhar só para

dentro e ter foco em apenas monetizar os recursos

do reino", disse Falih. "No futuro, o mundo vai ser

uma área de atuação da Saudi Aramco."

Embora a Saudi Aramco seja a maior produtora de

petróleo do mundo, nunca se aventurou de forma

expressiva no exterior para extrair recursos,

sempre dependendo das reservas domésticas.

Perguntado se a empresa pretende se tornar um

nome internacional, como a Royal Dutch Shell ou

a Exxon Mobil, e extrair petróleo e gás no exterior,

Falih foi direto na resposta: "Correto".

Apesar das reformas ambiciosas incentivadas pelo

príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman, para

fazer o país largar o que ele chamou de seu

"perigoso vício em petróleo", Falih preparou

planos para que a Arábia Saudita invista mais no

setor que tem sustentado sua economia

tradicional.

A iniciativa coloca em evidência como a Arábia

Saudita deverá continuar dependente em relação

a sua grande força, a área de petróleo e gás, para

elevar receitas, uma vez que encontra dificuldades

para diversificar-se em novos setores, como os de

tecnologia, turismo, assistência médica e

mineração.

Falih disse que o setor de petróleo e gás, que

domina sua economia há décadas, em última

medida ainda vai representar pelo menos 40% a

50% da receita do país, mesmo se as ambiciosas

reformas se concretizarem.

Embora o país tenha investido no exterior em

refinarias e no setor petroquímico, as declarações

de Falih são o sinal mais claro até agora das

ambições sauditas de desenvolver projetos de

extração de petróleo e gás no exterior, uma

investida que poderia levá-la a concorrer contra

rivais internacionais.

O ministro indicou que inicialmente os esforços

terão foco na criação de operações "internacionais

de gás". Muitos grandes nomes da energia

mundial investem cada vez mais na área de gás,

uma vez que o crescimento da demanda pela fonte

vem sendo maior do que no caso do petróleo.

Embora seja a maior produtora do mundo,

petroleira nunca se aventurou de forma

expressiva fora do país

A Arábia Saudita tem estudado investimentos no

setor de gás natural liquefeito (GNL) na Rússia e

negocia comprar instalações de exportação nos

Estados Unidos. Falih, porém, também mencionou

a Austrália como possível destino dos

investimentos.

"Podemos ficar cabeça a cabeça com qualquer um

e superá-los", disse Falih, comparando

favoravelmente a capacidade de produção e

exploração da Saudi Aramco em relação aos rivais

internacionais.

Mais recentemente, a Saudi Aramco chamou a

atenção da comunidade financeira internacional

quando o príncipe Mohammed revelou planos para

abrir o capital da petrolífera estatal por meio do

lançamento de ações no mercado.

Fontes a par dos planos disseram que a iniciativa

foi adiada indefinidamente. Falih, contudo, foi

categórico quanto aos planos de expansão,

dizendo que a iniciativa reflete a necessidade de

satisfazer possíveis investidores externos.

"Seu eu tiver investidores de Nova York ou

Londres ou Tóquio que estão investindo na Saudi

Aramco, eles vão querer que a Saudi Aramco

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Grupo de Comunicação e Marketing

esteja competindo com as melhores petrolíferas

internacionais do mundo", disse.

Houve vários obstáculos para abertura de capital,

que teria sido a maior oferta pública inicial de

ações do mundo, como a percepção de que a

operação não avaliaria a empresa em US$ 2

trilhões como o príncipe Mohammed desejava,

além de preocupações com questões de

regulamentação e com a exposição jurídica que a

Saudi Aramco passaria a ter.

O poderoso fundo soberano do país deveria ser o

principal destino dos US$ 100 bilhões que o país

pretendia levantar com a oferta inicial. Sem a

operação, a Saudi Aramco foi instruída a comprar

a participação de 70% que o fundo tinha na

empresa petroquímica saudita Sabic. A Saudi

Aramco vai emitir um bônus para pagar parte da

transação com a Sabic, de US$ 70 bilhões, e vai

dar início em breve a uma série de reuniões para

investidores em cidades pelo mundo com o

objetivo de promover o lançamento dos papéis,

segundo informou Falih.

Produção será reduzida para 9,8 milhões de barris

por dia em março, contra 11 milhões de barris em

novembro

A venda da participação permite ao fundo

soberano saudita de investimentos públicos (PIF,

na sigla em inglês) levantar dinheiro com rapidez

em um momento no qual as transferências que

recebe Ministério das Finanças vem encolhendo. A

economia saudita vem cambaleando desde a onda

de queda dos preços do petróleo em 2014, que

trouxe vários anos de medidas de austeridade no

país.

Enquanto o reino lidava com a desaceleração, a

morte do jornalista Jamal Khashoggi em 2018

desencadeou sua maior crise diplomática com o

Ocidente desde os atentados de 11 de setembro

de 2001 contra os EUA.

"Obviamente há uma espécie de nuvem que foi

criada por esse incidente trágico e infeliz", disse

Falih. "[Mas] ninguém está se afastando [...]

Refuto essa crença de que as pessoas estejam

evitando investir na Arábia Saudita."

Apesar dos comentários, há sinais de que

autoridades sauditas estão preocupadas com a

capacidade do país para atrair capital e

conhecimento estrangeiros para impulsionar as

reformas.

O país depara-se com outros problemas de mais

curto prazo, como sua relação com os EUA, os

aliado mais antigo e importante dos sauditas. O

presidente americano Donald Trump apoiou a

Arábia Saudita durante o caso Khashoggi, mas há

muito tempo nutre animosidade em relação à

Organização dos Países Exportadores de Petróleo

(Opep), liderada pelos sauditas.

Projetos de lei que tornariam possível para o

governo dos EUA processar países da Opep por

manipular os preços do petróleo estão em

discussão no Congresso americano e acredita-se

que as chances de aprovação sejam as maiores

até agora.

Falih disse acreditar que os EUA vão "fazer a coisa

certa" e alertou que uma lei desse tipo poderia ser

"prejudicial" para a economia mundial. O mundo

sofreria "irreparavelmente" se a Arábia Saudita

perdesse a capacidade de elevar ou reduzir

rapidamente a produção para equilibrar o

mercado.

Arábia Saudita e Reino Unido têm encabeçado os

planos dos principais produtores mundiais para

restringir a oferta e elevar os preços, depois da

queda na cotação de 40% no fim de 2018. O

petróleo hoje é negociado em torno a US$ 60 o

barril. O orçamento da Arábia Saudita baseia-se

em uma cotação mais próxima a US$ 80 (ontem o

barril do tipo Brent para entrega em abril fechou

cotado a US$ 62,42, alta no dia de 1,48%).Falih

disse que o pais vai reduzir a produção para cerca

de 9,8 milhões de barris por dia em março, em

comparação aos mais de 11 milhões de barris

diários produzidos em novembro. As exportações

cairiam de 8,2 milhões para 6,9 milhões de barris

diários, na comparação entre os mesmos

períodos.

https://www.valor.com.br/empresas/6115839/sa

udi-aramco-busca-petroleo-e-gas-pelo-mundo

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Data: 13/02/2019

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Fake news florestal

Por Tasso Azevedo e Luís Guedes Pinto

Circula pelo WhatsApp um vídeo de uma palestra

que supostamente demonstra, com uma

sequência impressionante de números, que o

Brasil encolheu. O palestrante sugere que o país

conserva florestas demais e tem tanta área

protegida, tanta terra indígena e tanta exigência

de preservação que ficou sem espaço para

desenvolver a agropecuária. Como tantas outras

histórias do "zapzap", esta também é fake news.

É verdade que há muita área ainda com vegetação

nativa no Brasil. Os dados do projeto MapBiomas,

uma rede brasileira de 15 instituições de pesquisa

que mapeou todas as mudanças no uso da terra

no Brasil desde 1985 até 2017, mostram que o

país tem 67% do território coberto por florestas e

campos naturais. Mas nem de longe estamos

sozinhos em termos de conservação: 70% da

Rússia está coberta por vegetação nativa,

incluindo uma área florestal quase do tamanho do

Brasil. Há cerca de 30 países com mais de 60% de

cobertura florestal, incluindo a Coreia do Sul, com

63%, a Suécia, com 67% e o Japão, com 68%.

O Brasil, por outro lado, é o quarto maior produtor

de alimentos do planeta, atrás de China, Índia e

EUA, e tem a terceira maior extensão de terras

sob produção agropecuária, atrás apenas de China

e EUA. O MapBiomas mostra que o país tem hoje

245 milhões de hectares em pasto e lavoura. É

1,17 hectare de área produtiva por habitante,

mais do que nos EUA (1 ha) e que a populosa

China (0,34 ha).

Cerca de 25% do Brasil está dentro de terras

indígenas e unidades de conservação. São 216

milhões de hectares, excluindo as APAs, categoria

de área protegida que permite produção e

ocupação (o Distrito Federal tem 80% de seu

território dentro de uma APA). Só que essas áreas

protegidas estão muito mal distribuídas: 90%

ficam na Amazônia, que concentra apenas 10% da

produção agropecuária. Fora da Amazônia, apenas

5% do território está sob áreas protegidas. E é

fora da Amazônia que ocorre 90% da produção

agropecuária.

Além disso, uma porção enorme das áreas

protegidas amazônicas está em regiões remotas

ou sem aptidão agrícola. Ou seja, o número de

áreas protegidas parece impressionante no

powerpoint, mas não compete com o agronegócio.

O Brasil também não é nenhuma jabuticaba no

quesito "área protegida" legalmente. Protegemos

muita floresta porque temos a maior

biodiversidade do mundo para resguardar. A

Austrália tem 20% de seu território protegido. A

França, 26%, o Japão e o Reino Unido, 29%, e a

Alemanha, 38%. Entre os nossos vizinhos, Peru,

Colômbia e Bolívia têm mais de 40% do território

protegido. A média do mundo é 29% em unidades

de conservação e territórios indígenas. A

proporção de áreas protegidas no Brasil não

destoa da média.

O argumento de que as áreas protegidas e outras

áreas legalmente designadas - para

assentamentos de reforma agrária, por exemplo -

são "improdutivas" é falacioso. Terras indígenas e

unidades de conservação de uso sustentável

desenvolvem agricultura, manejo florestal e

extrativismo.

Graças a ganhos de produtividade, São Paulo tem

hoje mais floresta, mais agricultura e mais bois

Atire o primeiro pote de açaí quem acha que isso

não é produção. Só a comercialização de produtos

da floresta movimenta em torno de R$ 1,5 bilhão

ao ano - e isso excluindo a indústria madeireira na

Amazônia. Faltam políticas e investimentos para

que nossas áreas protegidas gerem ainda mais

renda e empregos.

Cruzando os dados do MapBiomas com o mapa

fundiário do Brasil compilado pelo projeto Atlas da

Agropecuária Brasileira, conclui-se que as

propriedades privadas (cadastradas no Incra ou

com Cadastro Ambiental Rural, o CAR) possuem

quase 190 milhões de hectares de vegetação

nativa, ou cerca de um terço do total do país.

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Grupo de Comunicação e Marketing

Imóveis privados podem exercer produção rural

em toda a sua extensão, exceto nas áreas de

preservação permanente, que protegem,

especialmente, os cursos d'água e perfazem em

média cerca de 10% da área da propriedade. Uma

parcela da área que varia de 20% a 80%,

dependendo do bioma, deve ser mantida com

vegetação nativa na forma de reserva legal, sendo

a produção limitada a atividades que não ponham

a mata abaixo.

A conservação das áreas florestais é bem diferente

quando comparamos as áreas públicas e privadas.

As propriedades privadas tiveram perda líquida de

mais de 20% de sua cobertura florestal nos

últimos 30 anos. Nas unidades de conservação e

terras indígenas a perda foi de 0,5% e, em outras

áreas públicas não protegidas, de 5%.

Infelizmente, apesar da queda das taxas de

desmatamento entre 2005 e 2012, o Brasil ainda

é o país que mais desmata do planeta: em 50

anos, destruímos quase 20% da Amazônia, o

equivalente a mais de dez vezes o território da

Holanda e o da Bélgica somados. O cerrado, nosso

segundo maior bioma, está reduzido à metade. O

Pantanal perdeu 7% em 15 anos. O pampa, 13%.

Restam menos de 15% da Mata Atlântica original.

No caso amazônico, tanta devastação ocorreu à

toa. Segundo os dados do projeto Terraclass, feito

pela Embrapa e pelo Inpe, 63% da área

desmatada é ocupada por pastos de baixíssima

produtividade, com menos de um boi por hectare,

e 23% foi abandonada e está em regeneração.

Não é verdade que precisamos desmatar mais

para ampliar nossa produção. Graças ao uso

intensivo de tecnologia, tivemos enormes ganhos

de produtividade e evitamos maior

desmatamento. De 1991 a 2017, a produção de

grãos e oleaginosas subiu 312%, mas a área

plantada cresceu apenas 61%. Em São Paulo, por

exemplo, a área de cultivo agrícola dobrou desde

2000, crescendo essencialmente sobre as

pastagens sem que o Estado diminuísse a

produção pecuária. Sabe quem mais cresceu por

lá? A Mata Atlântica. São Paulo hoje tem mais

floresta, mais agricultura e mais boi.

Há espaço no Brasil para ampliar a produção e a

conservação. Dizer o contrário é ofender o espírito

empreendedor e competitivo do agricultor

brasileiro. O Brasil tem tudo para ser o maior

produtor mundial de alimentos e em bases

sustentáveis. Para isso, podemos e devemos zerar

o desmatamento, acabar com a ocupação ilegal de

terras públicas, defender nossas áreas protegidas

e aprofundar os ganhos de produtividade de nossa

produção rural. É ganha-ganha.

Tasso Azevedo é coordenador técnico do

Observatório do Clima e coordenador geral do

MapBiomas

Luís Fernando Guedes Pinto é gerente de

Certificação Agrícola do Imaflora (Instituto de

Manejo e Certificação Florestal e Agrícola)

https://www.valor.com.br/opiniao/6115787/fake-

news-florestal

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