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Grupo de Comunicação e Marketing
CLIPPING 13 de Fevereiro 2019
GRUPO DE COMUNICAÇÃO E MARKETING
2
Grupo de Comunicação e Marketing
SUMÁRIO
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE .............................................................. 3
Alta turbidez do Corumbataí está sendo investigada .......................................................................... 3
Itaquá cobra DAEE em demora no escoamento para o Tietê ............................................................... 4
Radar Sp - Todas as praias impróprias em Ilha Bela .......................................................................... 5
Falta de saneamento em Ilhabela prejudica a balneabilidade das praias ............................................... 6
O drama de moradores que vivem em bairro alagado há 2 semanas .................................................... 7
Radar SP - Cor escura na água na Baixada Santista ........................................................................... 8
Buracos e carros submersos: zona leste de SP sofre com enchentes .................................................... 9
Valinhos recebe 61 municípios para Seminário da CETESB ................................................................ 11
Sabesp vai assumir execução de obra da Barragem do Rio Pardo ...................................................... 13
Rio Claro vai parar ETA 2 novamente e aciona Cetesb e Ministério Público .......................................... 14
Para aparar arestas, Bolsonaro dará repaginada em MP do Saneamento ............................................ 15
VEÍCULOS DIVERSOS ............................................................................................................... 17
MME determina ações administrativas para fiscalização de barragens ................................................ 17
Crise em comercializadoras de energia decorre de apostas ruins, não de preço, diz CCEE ..................... 18
Pepitone reforça necessidade de reflexão sobre atuação no mercado livre .......................................... 20
FOLHA DE S. PAULO .................................................................................................................. 21
Painel ........................................................................................................................................ 21
Brasil utiliza banco russo para pagar Venezuela por energia usada em Roraima .................................. 23
Mercado Aberto: Produtora de fertilizante pode fechar fábrica em decorrência de alta do gás................ 24
Mônica Bergamo: Procuradoria do Trabalho quer que Vale indenize 90 empresas comprometidas com
acidente ..................................................................................................................................... 25
É hora de a mineração ter política de acidente zero ......................................................................... 27
ESTADÃO .................................................................................................................................. 29
Agronegócio tenta manter subsídio em conta de luz ......................................................................... 29
Toyota vai produzir primeiro carro híbrido a etanol ainda neste ano ................................................... 30
Após fala de ministro, buscas por Chico Mendes no Google dispara .................................................... 31
VALOR ECONÔMICO .................................................................................................................. 32
Papel da ANA e taxa de esgoto são alvos de debate ......................................................................... 32
País precisa diversificar fontes de energia sem gerar ineficiências ...................................................... 33
Brasil dobrará potência eólica até 2026, diz estudo .......................................................................... 35
Pró- RenovaBio assume a Unica .................................................................................................... 36
Saudi Aramco busca petróleo e gás pelo mundo .............................................................................. 38
Fake news florestal ...................................................................................................................... 40
3
Grupo de Comunicação e Marketing
SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E
MEIO AMBIENTE Veículo: Jornal de Rio Claro
Data: 13/02/2019
Alta turbidez do Corumbataí está sendo investigada
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Mogi News
Data: 13/02/2019
Itaquá cobra DAEE em demora no escoamento para o Tietê
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Bom dia SP
Data: 13/02/2019
Radar Sp - Todas as praias impróprias em Ilha Bela
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Tv Vanguarda
Data: 13/02/2019
Falta de saneamento em Ilhabela prejudica a balneabilidade das praias
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: SP no Ar – Tv Record
Data: 13/02/2019
O drama de moradores que vivem em bairro alagado há 2 semanas
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Bom dia SP
Data: 13/02/2019
Radar SP - Cor escura na água na Baixada Santista
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Veículo: R7
Data: 12/02/2019
Buracos e carros submersos: zona leste de SP sofre com enchentes
Guilherme Padin
As fortes chuvas do início de 2019
atrapalharam a vida da população das
periferias de São Paulo. No Itaim Paulista, zona
leste da capital, a reportagem do R7 ouviu
moradores da região, que relataram os
prejuízos causados pelas enchentes e
apontaram descaso das autoridades.
Elcio Batista afirma que os pontos de
alagamento sempre foram um problema
recorrente. Mas, depois da construção de uma
ponte na Vila Itaim, a situação piorou: "[A
construção] foi há uns quatro ou cinco anos.
Fizeram a manilha abaixo do nível do rio. E,
depois disso, toda vez que chove acontece isso
aí (enchentes), enche a rua... A água não baixa
de jeito nenhum", relata o motorista de ônibus.
Há 10 anos vivendo na Vila Itaim, em uma casa
ao lado da ponte, Márcio de Souza conta o
sofrimento vivido com as chuvas. "Antes da
ponte, entrava água pelos fundos. Aí eu
construí um aterro que segurou as pontas por
aqui. Mas, de uns cinco anos para cá, começou
a entrar pela frente. Tive que subir um murinho
na porta de casa, mas ainda entra água pelo
banheiro e pelo quarto", lamenta o ajudante
geral.
O jovem Felipe Moraes, ambulante nos trens da
CPTM (Companhia Paulista de Trens
Metropolitanos), diz que a "solução das
autoridades nunca chega. Atrapalha a
molecada que quer estudar, o pessoal que vai
trabalhar. Atrapalha todo mundo". Batista e
Souza compartilham da mesma opinião do
rapaz de 22 anos.
"A prefeitura [de São Paulo] não faz nada. Já
vieram prefeitos antes, mas não resolviam. Os
de hoje em dia, então, eu nem vejo a cara",
afirma o motorista de ônibus. O ajudante geral
acredita que é "difícil que eles (autoridades)
apareçam para fazer alguma coisa. A gente
passa por isso faz muito tempo".
O nível da água sobe, os buracos da rua somem
da vista e os garotos da Vila Itaim lucram. Ao
longo da alagada Avenida Brás da Rocha
Cardoso, os jovens do bairro viram uma
oportunidade para ganhar dinheiro com a
situação adversa.
Os motoristas mais desavisados viam as placas
dianteiras de seus automóveis irem para baixo
d’água. Assim, os adolescentes as encontravam
e vendiam por preços que dependiam do
desespero de quem as perdia: variavam de 20
a 40 reais, chegando, às vezes, a até R$ 50.
Em média, o valor de uma placa dianteira pode
ir de R$ 67 a R$ 90. Além disso, os garotos se
propuseram a guiar os motoristas pelos
melhores caminhos, que não causassem danos
aos carros. Eles cobravam por este serviço, que
também tinha valores variados.
Washington Luís, motorista de caminhão,
perdeu sua placa ao passar por um buraco.
“Ficou na água e a molecada está cobrando.
Tem que pagar, né?”, diz ele.
Morador do bairro, Felipe Moraes, 22, afirma
que esta é uma prática comum entre os jovens
em momentos de enchente. Vendedor
ambulante nos trens da CPTM, ele perdeu mais
um dia de trabalho.
“Não consegui ir trabalhar. Já perdi cinco dias
por essa enchente”, conta ele, que completa:
“Aí a gente fica pegando e pede dinheiro para
as pessoas”.
Outro lado
Em nota, o Governo do Estado de São Paulo
afirma que está investindo R$ 117 milhões na
construção do pôlder da Vila Itaim para
minimizar o impacto das chuvas na região.
A obra, segundo o comunicado, é prioridade da
atual gestão e tem previsão de entrega no final
deste ano. As desapropriações de 145 imóveis
começaram em dezembro 2017 e parte foi
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Grupo de Comunicação e Marketing
judicializada, o que atrasou as remoções. Até o
momento, 55% dos trabalhos foram
concluídos. Seis bombas móveis cedidas pelo
DAEE estão no local auxiliando os trabalhos de
drenagem.
O Governo afirma ainda que o DAEE
(Departamento de Águas e Energia
Elétrica) tem atuado em parceria com a
Subprefeitura de São Miguel Paulista da
Prefeitura Municipal de São Paulo, com
execução de limpeza nas bocas-de-lobo, nas
redes de drenagem e no estabelecimento de
plano de contingência.
A Prefeitura de São Paulo, em nota, afirma que
a Subprefeitura São Miguel realiza
constantemente ações de manutenção e
zeladoria na Vila Itaim. As equipes, segundo o
comunicado, trabalham diariamente com dois
caminhões sugadores, além de seis bombas
disponibilizadas pelo Departamento de Água
e Energia (DAEE), devido ao alagamento.
A Prefeitura ainda diz que, em média, são
recolhidas cerca de 5 toneladas de resíduos por
semana durante o período da chuva, com os
trabalhos começando às 7h e terminando às
18h.
A nota ressalta que a Defesa Civil do Munícipio
de São Paulo realiza o monitoramento das
ações na região e auxilia no transporte diário
das crianças para as creches.
De acordo com o comunicado, desde o início
deste ano a Vila Itaim recebe reforço de
limpeza e varrição.
https://noticias.r7.com/sao-paulo/buracos-e-
carros-submersos-zona-leste-de-sp-sofre-
com-enchentes-13022019
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Veículo: Prefeitura de Valinhos
Data: 12/02/2019
Valinhos recebe 61 municípios para Seminário da CETESB
O seminário 'Fortalecendo o SISNAMA em São
Paulo - A experiência dos municípios paulistas
licenciadores' - foi aberto na tarde desta terça-
feira, dia 22, pelo prefeito Marcos José da Silva.
Realizado no Hotel Fonte Santa Tereza, o
evento reuniu até esta quinta-feira, dia 24, em
torno de 200 representantes de 61 municípios
do Estado de São Paulo.
O evento é uma promoção da CETESB
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo) e conta com o apoio da Prefeitura de
Valinhos, por meio da Secretaria de
Planejamento e Meio Ambiente. Estiveram
presentes também na abertura do evento o
vereador Scupenaro, líder do prefeito na
Câmara, o secretário adjunto de Meio Ambiente
do Estado de São Paulo, Pedro Ubiratã, o
presidente da CETESB, Fernando Rei, o diretor
de Licenciamento e Gestão Ambiental, Marcelo
Minelli, o gerente da Divisão de
Desenvolvimento e Planejamento do Estado,
João Ricardo Guimarães Caetano, o secretário
municipal de Planejamento e Meio Ambiente,
Kiko Ferreira, e o presidente do DAEV
(Departamento de Águas e Esgo tos de
Valinhos), Rover José Rondinelli Ribeiro.
Valinhos foi escolhida para sediar o seminário
porque a cidade é considerada referência no
Estado de São Paulo em atividades de
licenciamento e fiscalização ambiental de
empreendimentos de baixo potencial poluidor e
outras atividades que possam causar impactos
ambientais locais. O município foi o 1º da RMC
(Região Metropolitana de Campinas) e 8º do
Estado de São Paulo a efetuar esses
procedimentos. Para isso, a administração do
prefeito Marcos investiu na contratação de
profissionais, por meio de concurso público,
capacitação técnica, de materiais e de
equipamentos.
Ainda segundo a CETESB, a realização do
evento em Valinhos é beneficiado em função da
boa localização e logística. O Departamento de
Meio Ambiente, que é ligado à Secretaria de
Planejamento e Meio Ambiente, recebeu nos
últimos três meses a visita de representantes
de 12 cidades para conhecer o funcionamento
do processo. São elas: Jundiaí, Caraguatatuba,
Lorena, Igaratá, Bragança Paulista, São José do
Rio Preto, Ribeirão Pires, Descalvado, Atibaia,
Piracicaba e Vinhedo e São Bernardo.
'Expertise'
Durante a abertura do evento o prefeito Marcos
afirmou que a assinatura do convênio em
março de 2009 com a CETESB, para que
Valinhos passasse a efetuar licenciamento e
fiscalização, serviu como um divisor de águas
na área ambiental do município. Anteriormente
as atribuições eram de responsabilidade
exclusiva da Secretaria de Meio Ambiente do
Governo do Estado de São Paulo e da CETESB.
A nova gestão permite que as empresas
interessadas em se instalar, ampliar e renovar
suas atividades na cidade obtenham toda a
documentação na própria Prefeitura, o que
facilita e dinamiza o processo. 'Valinhos tem
'expertise' e está apta a licenciar e fiscalizar
com responsabilidade e técnica qualquer
empreendimento de baixo potencial poluidor
que venha a se instalar na cidade. Essa
condição pode, e muito, com o projeto de
implantação do pólo de logística, facilitando o
processo burocrático para instalação de novas
empresas na cidade, consequentemente
propiciando melhorias na arrecadação de
impostos e possibilitando investimentos em
várias áreas', destacou o prefeito.
O projeto de lei que propõe a criação de uma
área destinada às atividades de logística e todo
o apoio necessário para o desenvolvimento no
setor está em análise na Câmara Municipal. A
área de 6,2 milhões de metros quadrados e de
propriedade particular fica na região do bairro
da Reforma Agrária, próximo a Rodovia dos
Bandeirantes, fazendo divisa com o município
de Vinhedo e com acesso à Rodovia Miguel
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Grupo de Comunicação e Marketing
Melhado Campos, que liga Vinhedo ao
aeroporto de Viracopos. O projeto já passou por
conselhos técnicos e audiência pública na
Prefeitura e na Câmara e será analisado pelos
vereadores.
Reconhecimento
Para o secretário adjunto de Meio Ambiente do
Estado, o expressivo número de participantes
na abertura do evento demonstra que os
municípios assumiram seus papéis no novo
modelo de gestão ambiental proposto pelo
Governo. O Brasil tem 600 municípios
efetuando o processo de licenciamento e
fiscalização ambiental, ou seja, 10% do total de
5 mil municípios existentes no território
nacional. 'Este evento de hoje em Valinhos é,
com toda certeza, uma etapa marcante no
processo de descentralização do poder em
benefício do sistema de licenciamento e
fiscalização ambiental', afirmou Ubiratã.
Segundo o presidente da CETESB, a escolha de
Valinhos para sediar o seminário com os
licenciadores de 61 municípios paulistas tem
um propósito. 'Há cerca de um ano, quando
assinamos o convênio com a Prefeitura para
que o município passasse a ter um novo modelo
de gestão ambiental, Valinhos já dava sinais
que teria todas as condições necessárias para
licenciar e fiscalizar empreendimentos de baixo
potencial poluidor e outras atividades que
possam causar impactos ambientais locais',
recordou Fernando Rei. Ele complementou que
hoje a realização do seminário no município é
um reconhecimento e otimização ao trabalho
que vem sendo realizado.
Atividades de licenciamento
Desde março, o município ampliou de 39 para
60 as atividades de licenciamento e fiscalização
ambiental, atendendo deliberação do CONSEMA
(Conselho Estadual do Meio Ambiente), para
descentralização do processo. A medida foi
oficializada no último dia 29 de março, por meio
de termo aditivo do convênio firmado entre a
Prefeitura de Valinhos e a CETESB (Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo), em 26 de
março de 2009, de forma inédita na história
ambiental do Estado.
As atividades que podem ser licenciadas e
fiscalizadas pela Prefeitura são de setores
específicos e vão desde atividades industriais,
aberturas e prolongamentos de vias
intermunicipais, canalizações de córregos em
áreas urbanas, terminais rodoviários de
passageiros, passando por funcionamentos de
cemitérios, postos de combustíveis, até hotéis
e motéis. Desde março, o município ampliou de
39 para 60 as atividades de licenciamento e
fiscalização, atendendo deliberação do
CONSEMA (Conselho Estadual do Meio
Ambiente), para descentralização do processo.
Desde que adotou o novo modelo de gestão, a
Prefeitura já tem protocolado 98 processos, dos
quais 66 da área industrial e 32 referentes a
autorizações na área de atividades de baixo
impacto. Do total de 66 processos na área
industrial, 27 são de licenças de
operação/renovação, 8 referem-se a licenças
prévias de instalação e 31 a processos de
solicitações de licenciamentos em trâmite.
Já na área de atividades de baixo impacto
ambiental, foram emitidas 32 autorizações para
supressão de árvores nativas isoladas e de
intervenção em APP, que resultaram na
formalização de TCCAs, totalizando o plantio de
3,7 mil mudas de árvores nativas em áreas a
serem recuperadas.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=18251148&e=577
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal da Cidade de Bauru
Data: 13/02/2019
Sabesp vai assumir execução de obra da Barragem do Rio Pardo
Prefeitura de Botucatu e Companhia assinaram
aditivo em contrato oficializando a
'transferência' da responsabilidade pela obra
de R$ 42,7 milhões
Botucatu - Na tarde desta terça-feira (12),
durante reunião na sede da Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo
(Sabesp), na capital paulista, o prefeito de
Botucatu (100 quilômetros de Bauru), Mário
Pardini (PSDB), e o presidente da Companhia,
Benedito Braga, assinaram um contrato aditivo
que "transfere" para a empresa a
responsabilidade pela construção da Barragem
do Rio Pardo, obra estimada em R$ 42,7
milhões.
Segundo o Executivo, com o aditivo, a Sabesp
assume a integralidade da execução da obra,
que garantirá a autossuficiência no
abastecimento de Botucatu nas próximas
décadas. O próximo passo é a abertura da
licitação para contratação da empresa que
executará os serviços. A previsão é de que este
resultado saia em cinco meses e que a ordem
de serviço para o início da obra seja expedida
ainda neste ano.
"Esse é um dos momentos mais importantes da
história do nosso município. Além de
garantimos a construção da represa, que vai
abastecer Botucatu por décadas, a Sabesp vai
custear essa obra, sem onerar os cofres da
prefeitura. Esse era nosso desejo desde o início,
que não foi compreendido por algumas
pessoas, mas que após trabalharmos muito,
diariamente, se realizou", declara Pardini.
A transferência contou com o aval da Agência
Reguladora de Saneamento e Energia do
Estado de São Paulo (Arsesp). "É raridade ver
um prefeito chamar para si a responsabilidade
de um empreendimento deste, correr atrás,
viabilizar o projeto, gerenciar os licenciamentos
ambientais e buscar recursos. Isso tudo facilita
muito essa assinatura. Se tudo correr bem na
licitação, em 150 dias queremos iniciar essa
grande obra em Botucatu", anunciou o
presidente da Sabesp.
Participaram também do ato de assinatura o
vice-prefeito e secretário de Infraestrutura,
André Peres, o diretor de sistemas regionais da
Sabesp, Ricardo Borsari, e os vereadores
botucatuenses Ednei Carreira, presidente da
Câmara, e sargento Laudo.
PASSO A PASSO
A construção da Barragem do Rio Pardo foi
anunciada por Pardini em junho de 2017. Na
ocasião, ele lembrou da crise hídrica que o
estado enfrentou entre 2014 e 2015, enquanto
era superintendente da Sabesp em Botucatu.
No fim de dezembro de 2018, a prefeitura
garantiu junto ao antigo Ministério das Cidades
e à Caixa Econômica Federal a carta de crédito
do financiamento do valor da obra, orçada em
R$ 42,7 milhões.A assinatura do contrato só foi
possível após o cumprimento de diversas
etapas, como autorização da Câmara para que
o município buscasse financiamento;
enquadramento da obra no orçamento do
Ministério das Cidades; análise de crédito pela
própria Caixa e aprovação da Secretaria do
Tesouro Nacional.A represa ficará nove
quilômetros à montante da Represa do
Mandacaru, acima da Cachoeira Véu da Noiva.
Seu volume total de reservação será de 9
bilhões de litros de água e sua área chegará a
280 hectares, sendo 130 de Área de Proteção
Permanente (APP). Somente a barragem terá
600 metros de extensão, com profundidade que
varia entre 15 e 20 metros.
Segundo a prefeitura, a obra garantirá a
autossuficiência no abastecimento de Botucatu
nas próximas décadas. O projeto prevê vazão
de 1.000 litros por segundo. Hoje, a capacidade
média de produção do Rio Pardo é de 500 litros
por segundo. A vazão estimada para atender a
população botucatuense em 2040 é de 700
litros de água por segundo.
http://www.multclipp.com.br/verNoticia.aspx?
c=0&n=18276265&e=577 Voltar ao Sumário
14
Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Jornal Cidade
Data: 12/02/2019
Rio Claro vai parar ETA 2 novamente e
aciona Cetesb e Ministério Público
No início da tarde desta terça-feira (12) o
Departamento Autônomo de Água e
Esgoto (Daae) de Rio Claro anunciou que está
novamente paralisando a Estação de
Tratamento de Água (ETA) 2. “A medida é
necessária porque a turbidez da água que vem
do Corumbataí está tão alta que não temos
condições de tratar a água e distribuir com
qualidade para a população”, explica Paulo
Bortolotti, superintendente do Daae.
O município já fez contato com a Cetesb
(Companhia Ambiental do Estado de São
Paulo), Promotoria de Meio Ambiente de Rio
Claro e Gaema (Grupo de Atuação Especial do
Meio Ambiente) de Piracicaba solicitando apoio
na verificação das causas da elevada turbidez.
A solicitação foi feita pelo prefeito João Teixeira
Junior, o Juninho da Padaria, que determinou
urgência na apuração dos fatos e providências
para que o abastecimento seja normalizado o
quanto antes.
Na semana passada o mesmo procedimento
teve que ser realizado, também pela alta
turbidez da água. No final da tarde desta terça-
feira, o Daae deverá anunciar previsão inicial
para reativação da ETA 2.
A ETA 2, localizada na estrada que liga o
Distrito Industrial ao distrito de Ajapi, é
responsável pelo abastecimento de 60% do
município de Rio Claro. Os outros 40% são
abastecidos pela ETA 1, que fica no bairro
Cidade Nova e capta água no Ribeirão Claro.
De acordo com Bortolotti, o índice de turbidez
das águas do Corumbataí está inicialmente
sendo considerado anormal. “Acreditamos que
só o fator chuva não seria suficiente para deixar
o rio dessa maneira. Por isso, vamos ampliar o
monitoramento para identificar possíveis outros
fatores”, informa. “A falta d’água é ruim, mas
temos a responsabilidade de entregar uma
água de qualidade para a população. Isso é
questão de saúde pública”, acrescenta.
Técnicos do Daae, Vigilância Sanitária e Defesa
Civil já iniciaram trabalho de campo para tentar
identificar possíveis outras causas da turbidez
do Corumbataí.
A paralisação pode resultar em baixa pressão
ou interrupção temporária no fornecimento de
água nos Distritos de Assistência e de Ajapi e
nos bairros Mãe Preta, Grande Cervezão,
Santana, Alto do Santana, Parque das Nações
1 e 2, Distrito Industrial, Vila Industrial, Arco-
íris, Alan Grey, Vila Verde, Vila Nova, Vila
Martins, Vila Olinda, Floridiana, Jardim
América, Progresso 1 e 2, Guanabara,
Palmeiras, Jardim das Flores, Bonsucesso,
Village, Panorama, Maria Cristina, Cidade Azul,
Jardim Azul, Boa Vista, Paulista 2, Centenário,
Nova Rio Claro, Bandeirantes, Primavera,
Jardim Portugal, Jardim Brasília, Jardim Karan,
Figueira, Ipê, São Paulo, Jardim São João,
Wenzel, Novo Wenzel, São Miguel, Santa Maria,
Santa Elisa, Terra Nova, Recanto Paraíso, São
Caetano, Parque Universitário, Parque São
Jorge, Parque Residencial, Ipanema, Chácara
Rupiara, Matheus Manieiro, BNH, Bom Retiro,
Condomínio Residencial São Paulo Home,
Residencial Florença, Residencial Regina Picelli,
Águas Claras, Paineiras, Santa Clara 1 e 2 e
Benjamin de Castro.
https://www.jornalcidade.net/rio-claro-vai-
parar-eta-2-novamente-e-aciona-cetesb-e-
ministerio-publico/57289/
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15
Grupo de Comunicação e Marketing
Data: 13/02/2019
Veículo: Valor
Para aparar arestas, Bolsonaro dará repaginada em MP do Saneamento
Por Daniel Rittner
O governo Jair Bolsonaro pretende dar uma
"repaginada" na proposta de novo marco legal
do saneamento básico. A ideia é apresentar
uma versão própria do texto que reforma a
legislação do setor e está em tramitação no
Congresso Nacional. Um encontro com
executivos das companhias de água e esgoto,
parlamentares e potenciais investidores deve
ocorrer no fim deste mês ou início de março
para a divulgação do conjunto de mudanças.
Uma medida provisória foi reeditada na última
semana de Michel Temer com a caneta
presidencial, mediante o consentimento da
equipe de transição, que reconheceu a
necessidade de tratar o assunto com urgência.
Agora, o Ministério do Desenvolvimento
Regional prepara ajustes no texto que saiu do
Palácio do Planalto em 27 de dezembro.
O prazo para emendas à MP 868 terminou na
segunda-feira à noite. Deputados e senadores
entregaram 477 propostas de alteração -
número considerado bastante elevado e que
reflete as controvérsias em torno do tema.
Logo no início do ano, paralelamente à
tramitação legislativa, o ministério quis abrir
um canal de diálogo com interessados e
recebeu sugestões de aperfeiçoamentos à MP.
Essa coleta de contribuições durou até meados
da semana passada. Agora, a Secretaria de
Saneamento Ambiental trabalha em um texto
que será encaminhado para o futuro relator
como possível substitutivo.
"Mantivemos uma interlocução ampla com todo
o setor", afirma o secretário Jônathas de
Castro. Ele garante que três linhas-mestras
continuarão orientando o novo marco legal:
abertura à iniciativa privada, segurança jurídica
e estabilidade regulatória. "Não vamos tomar
partido nem do mercado público, nem do
mercado privado, mas do que for melhor para
políticas públicas de saneamento."
A presidência da comissão mista responsável
pelas discussões da medida provisória caberá a
um deputado e a relatoria a um senador,
conforme o rodízio das Casas. Os nomes serão
definidos somente após a escolha das
lideranças do governo no Senado e no
Congresso. E o ministério prefere ter um relator
já nomeado para apresentar o novo texto.
Enquanto isso, há pressão de todos os
interessados. O deputado Samuel Moreira (SP)
e o senador Izalci Lucas (DF), ambos do PSDB,
protocolaram emendas pedindo a retirada do
artigo 10-C - provavelmente o trecho mais
polêmica da medida provisória.
Esse ponto obriga as prefeituras a fazer
chamamentos públicos para contratar obras e
serviços de saneamento, estimulando a
concorrência no setor. Antes, os municípios
podiam fazer contratação direta com
companhias públicas. Na semana passada, o
vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia
(DEM), defendeu uma mudança na MP. Da
forma atual, segundo ele, a Sabesp perderá
competitividade e o governo seria praticamente
forçado a privatizar a empresa. Ele prefere a
capitalização.
"O que defendemos abertamente é que tenha
uma emenda na medida provisória do
saneamento excetuando as estatais não
dependentes do Tesouro [da perda de
preferência]. Com isso, a Sabesp poderia
continuar competitiva e, a partir daí, o projeto
de capitalização", disse Garcia.
Uma carta entregue ao governo por quatro
associações vai na mesma linha. "Se mantido,
o dispositivo permitirá que a iniciativa privada
dispute com as companhias públicas apenas os
municípios superavitários. Com isso, as
companhias públicas poderão perder o
equilíbrio financeiro e serão obrigadas a
atender os municípios mais problemáticos, o
que limitará a capacidade de investimento do
setor público e levará ao sucateamento dos
serviços", afirmam a Abar (associação das
agências reguladoras), Abes (engenharia
ambiental), Aesbe (empresas estaduais de
saneamento) e Assemae (municipais).
Outros pontos defendidos pelas entidades são
a ampliação de tarifas sociais para
consumidores de baixa renda e a desoneração
de PIS/Cofins, segundo o presidente da Abar,
Fernando Franco.
Para o engenheiro Carlos Eduardo Castro,
diretor do grupo privado Águas do Brasil, que
detém 13 concessões espalhadas pela região
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Grupo de Comunicação e Marketing
Sudeste, a abertura de chamamentos públicos
pelas prefeituras ou consórcios municipais é
"extremamente relevante" para impulsionar
investimentos no setor. Ele contraria o
argumento das associações de que as
empresas privadas ficarão de olho só no "filé" e
deixarão o "osso" de lado.
"Estamos interessados em bons projetos, isso
sim. Mais de 72% dos serviços de saneamento
operados pela iniciativa privada estão em
municípios com menos de 50 mil habitantes",
rebate o executivo. Castro prefere ver a
questão de outra forma. Hoje as estatais têm
uma vantagem em cidades menores, mas não
oferecem soluções atrativas. Resultado: 104
milhões de brasileiros não têm esgoto tratado.
"É ingenuidade imaginar que vamos mudar tal
cenário se essas questões não forem atacadas",
afirma.
Desde 2007, segundo informações do governo
federal, 160 contratos de Estados e municípios
para obras e serviços foram cancelados. Esses
projetos receberiam R$ 3,5 bilhões do
Orçamento Geral da União (OGU), em repasses
só do extinto Ministério das Cidades, a fundo
perdido. "Os Estados e as concessionárias
públicas não conseguiram executar os
empreendimentos previstos, basicamente
obras de saneamento ou elaboração de
projetos executivos de engenharia", afirma
trecho da exposição de motivos da MP 868.
https://www.valor.com.br/brasil/6115743/par
a-aparar-arestas-bolsonaro-dara-repaginada-
em-mp-do-saneamento
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Grupo de Comunicação e Marketing
VEÍCULOS DIVERSOS
Veículo: MME
MME determina ações administrativas
para fiscalização de barragens
Duas portarias relacionadas à segurança e
fiscalização foram publicadas no Diário Oficial
da União (DOU) de hoje, 12
O secretário de Geologia, Mineração e
Transformação Mineral do Ministério de Minas e
Energia (MME), Alexandre Vidigal, assinou duas
portarias que estabelecem ações com foco na
fiscalização de barragens. A primeira medida
determina à Agência Nacional da Mineração
(ANM) que instaure procedimento de
investigação e responsabilização administrativa
para apuração do modo como vêm sendo
procedidos o controle e a fiscalização de
segurança quanto ao risco de estabilidade das
barragens sujeitas ao campo de sua
competência.
A ANM deverá considerar nas apurações a
conformidade de procedimentos quanto ao
aspecto da independência das auditorias
externas - contratadas pelo empreendedor -
bem como nas relações entre todos os atores,
públicos e/ou privados, envolvidos na
fiscalização e controle de segurança de
barragens. Além disso, a ANM deverá manter a
SGM informada mensalmente quanto à
evolução da investigação citada.
A segunda portaria define que a ANM informe à
SGM dois nomes de dirigentes titulares de
direitos minerários – com cargos e telefones –
para contato urgente em caso de necessidade
imediata relativa à segurança do
empreendimento, para fins de proteção às
pessoas e ao meio ambiente.
Considera-se imprescindível o contato urgente
em situações que possam pôr em risco a vida,
a integridade física, a segurança ou a saúde da
população; a iminência ou ocorrência de
acidentes afetos à atividade ou
empreendimentos de mineração; a constatação
de situações que ensejem providências
imediatas dos empreendedores de mineração,
entre outras.
Acesse as portarias na íntegra:
PORTARIA Nº 36, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2019
PORTARIA Nº 37, DE 8 DE FEVEREIRO DE 2019
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visuali
za/index.jsp?data=12/02/2019&jornal=515&p
agina=55&totalArquivos=69
http://pesquisa.in.gov.br/imprensa/jsp/visuali
za/index.jsp?data=12/02/2019&jornal=515&p
agina=55&totalArquivos=69
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Reuters
Crise em comercializadoras de energia decorre de apostas ruins, não de
preço, diz CCEE
Reuters Staff
A crise de duas comercializadoras de energia
que têm enfrentado dificuldades para cumprir
contratos com clientes não é fruto de uma
disparada de preços no setor, como alegam as
empresas, mas de erros de estratégia e gestão
de riscos, avaliaram conselheiros da Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE)
nesta terça-feira.
O Conselho de Administração da CCEE decidiu
nas últimas semanas impor restrições às
comercializadoras Vega Energy e Linkx após
notícias de que as empresas estariam expostas
negativamente no mercado livre de
eletricidade. Elas agora só podem registrar
novos contratos após análise da CCEE, que
avaliará se estes não aumentam a
exposição.[nL1N20610A]
A Vega acumulou uma posição vendida em
contratos para o ano de 2019 avaliada em cerca
de 180 milhões de reais, mas disse ter sido
surpreendida pela alta nos preços spot da
energia a partir de meados de dezembro,
quando houve uma virada no cenário hídrico e
as cotações começaram a subir.
Já a Linkx avisou a um grupo de 10 clientes na
segunda-feira que “motivos alheios à sua
vontade” tornaram “impossível” o cumprimento
de contratos para entrega de energia em
janeiro, citando também as chuvas ruins que
elevaram os preços spot, também conhecidos
como Preço de Liquidação das Diferenças
(PLD).
Mas o presidente do Conselho de Administração
da CCEE, Rui Altieri, lembrou que os preços
spot ficaram em máximas durante meses em
outras ocasiões, como em 2014 e em 2018, o
que não aconteceu em janeiro deste ano,
quando as comercializadoras começaram a
sinalizar problemas.
“Não é uma questão de o PLD estar alto, é
questão das posições que os agentes assumem
com uma estratégia. Queria dissociar isso da
questão do PLD alto. Em 2014 passamos o ano
praticamente todo com o PLD a 822 reais (por
megawatt-hora)”, afirmou Altieri durante café
da manhã com jornalistas para comemorar 20
anos da CCEE.
Os preços spot chegaram a tocar no início de
dezembro uma mínima de cerca de 59 reais por
MWh, devido às perspectivas favoráveis para a
chuva na região das hidrelétricas, principal
fonte de geração no Brasil.
A partir da metade do mês, no entanto, as
chuvas rarearam e o PLD começou a subir —as
cotações fecharam o mês em 88 reais e abriram
2019 a 140 reais, para tocarem 183 reais no
final do mês. Em fevereiro, elas seguiram em
alta e tocaram o teto permitido pela norma
atual do setor, de 513 reais por MWh.
A CCEE já havia registrado um cenário de crise
em algumas comercializadoras no passado, no
início de 2008, quando o preço spot também
saltou para o teto regulatório, mas as situações
não são as mesmas, segundo a conselheira
Solange David.
Naquela época, lembrou ela, alguns agentes
foram à Justiça com alegações de que a falta de
gás para térmicas da Petrobras havia
impactado indevidamente os preços, em ações
que em alguns casos ainda estão em
tramitação.
“Era um cenário e um contexto diferentes de
hoje, que é (um contexto) de assunção de risco
maior em função das negociações que os
agentes fazem”, afirmou ela.
Os representantes da CCEE ressaltaram ainda
que a instituição tem como função monitorar as
operações fechadas entre os agentes do
mercado de energia e pode interferir em prol da
segurança do ambiente de comercialização de
energia, como aconteceu nos casos da Vega e
da Linkx.
“Todos os agentes são constantemente
monitorados por nossa central, não é porque
sai uma notícia de jornal que começamos (a
monitorar). É feito constantemente, e muitas
vezes a notícia confirma nossa ação”, disse
Altieri.
Ele disse ainda que a CCEE não vê indícios de
qualquer tipo de fraude nas operações das
comercializadoras envolvidas nos casos. “Nós
não temos nenhum elemento para isso.”
FORA DA CCEE
Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Os problemas enfrentados pelas
comercializadoras de energia neste ano, no
entanto, aconteceram ainda antes de elas
registrarem seus contratos junto à CCEE,
ressaltaram os conselheiros da instituição.
Geralmente, os comercializadores fecham
contratos de forma bilateral com seus clientes
e só registram os acordos na Câmara pouco
antes da chamada liquidação financeira do
mercado de curto prazo, quando a CCEE realiza
um acerto das diferenças contratuais entre
montantes de energia vendidos, contratados e
utilizados pelas partes.
A Vega, por exemplo, está exposta para o ano
de 2019, para o qual a CCEE ainda não realizou
nenhuma liquidação financeira, enquanto a
Linkx sinalizou aos clientes problemas com os
contratos de janeiro.
“Existem muitos contratos assinados fora.
Essas duas empresas não têm exposição aqui
dentro... o que elas fizeram foi para entregas
futuras. Essa é uma discussão a ser travada:
até que ponto nossa atuação e monitoramento
têm que avançar nesse mercado?”, questionou
Altieri.
Os conselheiros da CCEE afirmaram ainda que
a atual situação pode eventualmente ajudar a
retomar debates sobre possíveis
aprimoramentos nas garantias praticadas no
mercado ou até sobre exigências financeiras
exigidas para a criação de comercializadoras.
Movimentos anteriores da CCEE e da Agência
Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para exigir
que os agentes que operam no mercado de
energia fossem obrigados a ter um banco que
garantisse suas transações acabaram não
avançando por questões como a resistência das
empresas aos custos e a falta de interesse das
instituições financeiras.
“Toda crise tem ameaça e oportunidade. Então
de repente um momento mais tenso pode abrir
caminho para que as garantias sejam
aperfeiçoadas. É aquilo, o diabético quer
sorvete, mas você tem que dar insulina”,
afirmou o conselheiro Ary Pinto.
https://br.reuters.com/article/topNews/idBRK
CN1Q12TO-OBRTP
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Veículo: Canal Energia
Pepitone reforça necessidade de reflexão sobre atuação no mercado
livre
Para diretor da Aneel, eventos recentes
envolvendo comercializadoras levanta
debate sobre limites de alavancagem
O diretor-geral da Agência Nacional de Energia
Elétrica, André Pepitone, afirmou nesta terça-
feira (12) que os problemas de
descumprimento de contratos de venda de
energia por duas comercializadoras no espaço
de uma semana obriga a agência reguladora a
fazer novas reflexões sobre a liberdade que
essas empresas devem ter para atuação no
mercado livre. Os episódios envolveram a Vega
Energy e a Linkx Comercializadora, que
negociaram contratos acima da capacidade do
seu portfólio e não conseguiram comprar
energia para lastrear essas operações, após a
alta expressiva do Preço de Liquidação das
Diferenças.
Pepitone repetiu que não há crise no ambiente
da Câmara de Comercialização de Energia
Elétrica, porque a regulação opera de maneira
eficiente e as garantias financeiras dos
contratos registrados na CCEE são suficientes
para evitar o default das comercializadoras. O
problema, acrescentou, são os contratos de
gaveta que essas empresas tem com outras
comercializadoras, que não são registrados na
Câmara de Comercialização.
“Isso não afeta de maneira alguma o ambiente
do setor elétrico. O que afeta são transações
entre comercializadores com aptidão elevada a
risco. E aí nos reside refletir até quando vamos
tolerar empresas operarem totalmente
alavancadas e sem registrar contratos na CCEE.
Hoje isso é possível diante da liberdade que o
ambiente livre permite”, disse Pepitone. O
diretor destacou que essa é uma discussão
interna na Aneel, mas a agência tem
compartilhado suas percepções a respeito da
situação com a CCEE e com o Ministério de
Minas e Energia.
Para Pepitone, modelos de monitoramento dos
agentes de mercado como o da Comissão de
Valores Mobiliários ou o do Banco Central
servem de benchmark para uma possível
atuação da Aneel no acompanhamento do
mercado livre de energia elétrica. No ambiente
livre, as comercializadoras fazem transações
entre si e assumem o risco de uma eventual
inadimplência das chamadas contrapartes.
É o que aconteceu com comercializadoras que
tinham operações com a Vega e a Linkx e
devem ter que absorver, na melhor das
hipóteses, uma parcela do prejuízo, ou, no pior
cenário, a totalidade das perdas. “Nós já
tivemos alguns momentos de avaliar essas
transações. Se a agência entraria com a
regulação e passaria a exigir esses contratos ou
não. Nos momentos em que acentuamos essa
proposta, ela não foi bem recebida pelo
mercado livre, até pelo fato de os operadores
desse mercado quererem liberdade para
negociar”, disse o diretor da Aneel, após a
reunião semana da diretoria da agência.
http://canalenergia.com.br/noticias/53090146
/pepitone-reforca-necessidade-de-reflexao-
sobre-atuacao-no-mercado-livre
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
FOLHA DE S. PAULO Painel
Governo Bolsonaro prepara ofensiva publicitária
para divulgar a 'Nova Previdência'
A alma do negócio A equipe de Paulo Guedes
(Economia) vai colocar na rua, no mesmo dia em
que apresentar a proposta de mudanças nas
regras de aposentadoria ao Congresso, uma forte
campanha de comunicação não só nos meios
digitais, mas também na TV e no rádio. O grupo
que trabalha no projeto diz que nenhum passo
será dado sem amparo publicitário. Os motes das
propagandas já estão em estágio final de
definição. A ideia é esquecer a palavra reforma e
apresentar o pacote como “Nova Previdência”.
Script A tese mãe para a campanha de
apresentação do projeto de Paulo Guedes é a de
que as mudanças vão atingir especialmente os que
ganham mais, salvaguardando os pobres. Uma
das máximas em estudo diz que a reforma é
necessária para garantir a aposentadoria das
futuras gerações.
Quem tem boca O cronograma da equipe
econômica prevê o disparo da primeira leva de
propagandas no dia 19 –data prevista para o envio
da reforma ao Congresso. Além disso, Guedes
montou um time de técnicos que, como ele, vai
viajar o país apresentando o texto a setores do
serviço público e do empresariado.
Para gringo ver Há a previsão de uma ofensiva
publicitária também na mídia estrangeira.
Vespeiro O presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), um dos principais articuladores da
reforma entre os políticos, dá sinais de que o
governo não vai mexer na aposentadoria dos
trabalhadores rurais.
Que rei sou eu O ministro Sergio Moro (Justiça)
recusou pedido do Instituto de Garantias Penais
(IGP) para fazer um debate público com a
sociedade civil sobre seu pacote anticrime.
Que rei sou eu 2 Em ofício, o ministério disse que
não é obrigado a fazer o evento; que o tema ainda
será objeto de ampla discussão no Congresso; que
há pressa, já que a proposta consta das
prioridades para os 100 dias de governo
Bolsonaro; e que o texto já está na Casa Civil.
Marca registrada Segundo pesquisa da
Associação dos Magistrados Brasileiros, Luís
Roberto Barroso, do STF, foi o segundo nome mais
citado por juízes de primeiro grau como
“referência no Direito brasileiro”. À frente dele, só
Pontes de Miranda (1892-1979).
Chama a cavalaria Integrantes do Planalto
pediram a líderes de partidos alinhados a
Bolsonaro que indiquem nomes de deputados para
as funções de vice-líder do governo na Câmara e
no Congresso. A meta principal é reforçar o
trabalho do Major Vitor Hugo (PSL-GO), titular do
posto entre os deputados.
Sem mágoa Em busca de apoio dentro da própria
legenda, Hugo organizou um jantar de
confraternização com parlamentares do PSL.Alvo
de um boicote na semana passada, o líder do
governo na Câmara telefonou até para quem o
criticou publicamente.
Um na mão Depois que Hugo buscou guarida
entre militares que atuam no Planalto, dirigentes
do PSL mudaram o tom. Dizem que, se ele cair por
falta de apoio da própria sigla, há o risco de que
nenhum outro nome da legenda seja alçado à
função.
Rosa x Azul O deputado estadual Frederico
D’Ávila (PSL-SP) diz que membros do partido de
Bolsonaro em SP querem se concentrar em pautas
conservadoras no início da legislatura. Um dos
projetos, afirma, vai pregar a proibição de
banheiros unissex, chamados por ele de sanitários
“trans”.
Culpa do banheiro A PUC-SP e a USP, por
exemplo, têm sanitários unissex. De acordo com
D’Ávila, esses espaços impulsionam “a
promiscuidade e a facilitação do estupro”.
Anéis e dedos Integrantes da cúpula do MEC
indicaram a entidades da área que não pretendem
abrir novos editais do programa de incentivo às
escolas de ensino médio de tempo integral.
Anéis e dedos 2 A ideia da pasta é turbinar outra
iniciativa, o Mais Educação, que aumenta o
número de horas de atividades nos colégios.
TIROTEIO
Problema institucional é o Poder Judiciário ser
lento, caro, burocrático e pouco transparente,
como é o cenário de hoje
Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Do senador José Antonio Reguffe (Sem partido-
DF), sobre os colegas que desistiram de apoiar a
CPI do Judiciário para evitar um embate
https://painel.blogfolha.uol.com.br/2019/02/13/
governo-bolsonaro-prepara-ofensiva-publicitaria-
para-divulgar-a-nova-previdencia/
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Brasil utiliza banco russo para pagar Venezuela por energia usada em
Roraima
Ricardo Della Coletta
O governo brasileiro utilizou um banco russo para
pagar o regime do ditador Nicolás Maduro pela
energia utilizada em Roraima, estado dependente
da eletricidade do país vizinho desde 2001.
Trata-se de uma triangulação financeira adotada
pela Eletronorte para retomar os pagamentos à
estatal venezuelana Corpoelec e garantir que não
seja interrompido o abastecimento elétrico de
Roraima, único estado não conectado ao SIN
(Sistema Interligado Nacional).
Os pagamentos estavam bloqueados em razão de
sanções aplicadas pelos EUA, que dificultam
operações bancárias com a Venezuela.
A dívida acumulada pela Eletronorte pelo
fornecimento de eletricidade a Roraima chegou a
US$ 40 milhões.
Um documento que circula na equipe econômica,
obtido pela Folha, revela que o Brasil lançou mão
da rota financeira alternativa, fazendo as
remessas passarem por uma instituição financeira
russa. A Rússia é uma das potências que mantém
apoio a Maduro.
A triangulação da operação foi confirmada ainda
por duas pessoas do governo que acompanham o
tema.
Esses interlocutores afirmam que um primeiro
depósito foi feito em dezembro, no valor de cerca
de US$ 1 milhão. A quantia foi paga a título de
reparação de avarias na linha de transmissão, mas
o objetivo do governo era também verificar se a
rota era exitosa para transferências futuras.
Tampouco informaram se houve depósitos nos
meses subsequentes, após a posse do presidente
Jair Bolsonaro (PSL).
Uma das pessoas ouvidas disse que, com a
retomada do fluxo de pagamentos, a dívida do
Brasil com a Venezuela foi reduzida, com
perspectivas reais de quitá-la.
Houve ainda uma outra mudança para facilitar o
envio do dinheiro à Venezuela. O contrato inicial
previa pagamento em dólar, mas a nova rota
financeira prevê a conversão da dívida para euros.
Desde que chegou ao poder, Bolsonaro rompeu o
diálogo com o regime chavista. Além de afirmar
que Maduro é um mandatário ilegítimo, o
brasileiro reconheceu o líder opositor Juan Guaidó
como presidente interino da Venezuela.
Apesar do discurso, pessoas que acompanham o
assunto afirmam que a questão precisa ser
analisada fora do conflito político, uma vez que
está em jogo a segurança energética de um
estado.
A Folha perguntou à Eletronorte e ao Itamaraty
qual banco russo está intermediando os
pagamentos e quanto já foi efetivamente
transferido, mas nenhum dos dois respondeu.
“A Eletronorte e a Corpoelec continuam adotando
as tratativas para viabilizar os pagamentos das
faturas da energia elétrica suprida, conforme
estabelecido no contrato”, disse a estatal, em
nota.
“Trata-se de operação comercial entre duas
empresas. A vendedora [Venezuela] indicou conta
para pagamento da energia consumida. Não há
envolvimento da Embaixada do Brasil em
Moscou”, afirmou o Itamaraty.
Caracas adotou uma estratégia semelhante para
receber recursos provenientes de exportação de
petróleo, segundo a agência Reuters: a petroleira
estatal PDVSA pediu aos clientes que paguem seus
compromissos numa conta no banco russo
Gazprombank.
Com isso, a Venezuela tentam fugir do cerco
financeiro estabelecido pelos EUA, permitindo a
entrada no país de moedas fortes (dólar e euro).
Brasília chegou a discutiu solucionar o débito com
a Venezuela a partir de um encontro de contas
com a dívida de US$ 795 milhões que Caracas
contraiu com o Brasil para financiar linhas de
exportação.
Mas a área técnica do governo avaliou que, com a
triangulação financeira, o melhor seria prosseguir
com os pagamentos à Corpoelec.
https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2019/02/
brasil-utiliza-banco-russo-para-pagar-venezuela-
por-energia-usada-em-roraima.shtml
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Data: 13/02/2019
24
Grupo de Comunicação e Marketing
Mercado Aberto: Produtora de
fertilizante pode fechar fábrica em decorrência de alta do gás
Maria Cristina Frias
Após uma alta de cerca de 33% do preço do gás
para as indústrias, empresas de São Paulo
começaram a traçar planos para mitigar o
aumento decretado neste ano pela Arsesp
(agência de saneamento e energia do estado).
A Yara, que comprou uma unidade de produção de
fertilizantes da Vale em Cubatão por US$ 255
milhões, terá de pagar 37,6% a mais.
É o segundo aumento que a indústria enfrenta —
o outro foi de cerca de 20%, no ano passado,
segundo Daniel Hubner, diretor comercial da
companhia.
“Com esse preço, é inviável manter a planta.
Queremos tentar renegociar, mas a outra
alternativa é fechar.”
São cerca de 2.000 funcionários, entre diretos e
indiretos.
Há um contrato que a obriga a consumir um
volume mínimo de gás, mas vence em um ano e,
se não for encontrada outra solução, a fábrica
para, de acordo com Hubner.
A empresa de capital norueguês investiu R$ 6
bilhões no Brasil em nove anos. O custo do gás
torna difícil o diálogo com a matriz, diz ele.
Outros setores também tentam saídas. A fábrica
de papel higiênico Damapel, de Guarulhos, estuda
usar lenha nas caldeiras para secar o produto.
“Analisamos também mudar de estado”, diz o
diretor de suprimentos Sergio Matos.
A Abiquim, associação de indústrias químicas,
tentará obter dados do contrato entre a Petrobras
e a Comgás que resultou na alta do gás. “Pedimos
informações, mas a Arsesp não pode divulgar
detalhes”, diz Fátima Ferreira, diretora de
economia da entidade.
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/mercado
aberto/2019/02/produtora-de-fertilizante-pode-
fechar-fabrica-em-decorrencia-de-alta-do-
gas.shtml
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Mônica Bergamo: Procuradoria do Trabalho quer que Vale indenize 90
empresas comprometidas com acidente
O MPT (Ministério Público do Trabalho) já mapeou
cerca de 90 empresas e estabelecimentos
comerciais que foram alcançados pela lama do
acidente de Brumadinho (MG) e estão com as
atividades comprometidas. Os procuradores
defendem que a Vale indenize também os
trabalhadores desses locais.
MUITO MAIS
“Calculamos que o número de empresas é muito
maior”, diz a procuradora Luciana Coutinho. São
lugares como pousadas, hotéis, bares e
restaurantes. Depois do levantamento, serão
feitas audiências e convocações. Se não houver
composição com a Vale, o MPT pode mover nova
ação contra a mineradora.
DATA CERTA
E a Vale e o MPT vão se encontrar na sexta (15)
na Justiça, em Betim, para uma audiência que
tratará, entre outras coisas, das indenizações a
serem pagas às famílias das vítimas do acidente.
A empresa oferece R$ 300 mil a filhos e cônjuges
e R$ 150 mil aos pais. Os procuradores defendem
que o valor seja de “no mínimo” R$ 2 milhões.
DATA CERTA 2
Diretores da Vale também vão a Brasília na sexta
(15), para uma audiência com o ministro do Meio
Ambiente, Ricardo Salles. Em pauta, uma multa
de R$ 250 milhões aplicada contra a empresa.
TOPO
Salles foi parar nos assuntos mais comentados do
Twitter, na terça (12), depois de responder, no
programa Roda Viva, o que achava de Chico
Mendes: “Que diferença faz quem é [o
ambientalista] nesse momento?”.
OPINIÃO
Ele diz que, na verdade, quis afirmar que a opinião
que tem sobre Mendes é que não tem importância
—e não o ambientalista. “A discussão sobre o que
eu acho dele é irrelevante.”
SELO
Lula já assinou nova procuração para que
Fernando Haddad volte a advogar para ele —tendo
acesso livre à sala em que está preso. A ideia é
que o ex-prefeito represente o petista na execução
penal.
SELO 2
A juíza Carolina Lebbos decidiu, em janeiro, que a
procuração para Haddad defender Lula já tinha
perdido a eficácia, pois se destinava à
representação na área eleitoral.
CANGURU PERNETA
Os atores Marisa Orth, Lucio Mauro Filho, Tom
Cavalcante, Cacau Protásio e Luis Gustavo estão
no elenco de “Sai de Baixo - O Filme”, que teve
pré-estreia no Cinemark do shopping Iguatemi, na
segunda (11). As atrizes Alessandra Maestrini e
Larissa Manoela passaram por lá.
GOLE
A Câmara Municipal de SP vai abolir o uso de copos
plásticos. O presidente da Casa, vereador Eduardo
Tuma (PSDB), anunciou a medida na primeira
reunião de líderes partidários sob o seu comando,
na terça (12). As estimativas são de que quase
três milhões desses recipientes são consumidos a
cada ano.
CASEIRO
A partir de março, a Câmara não comprará mais
copos e utilizará a sobra do estoque. Será
realizada uma campanha interna para estimular
seus funcionários a trazer garrafas e canecas de
casa para uso próprio. Aos visitantes, café e água
serão servidos em copos de papel.
CARGA
O Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor) lançará nesta quarta (13) um
formulário para coletar informações de usuários
que tiveram queda de desempenho em seus
iPhones após algum tempo de uso. O objetivo é
Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
estudar medidas para acionar a empresa em casos
de problemas reportados.
BAIXA
Neste mês, 130 mil chilenos se uniram em uma
ação que acusa a Apple de diminuir a eficiência
das baterias dos iPhones após anos de uso para
levar o usuário a adquirir um novo aparelho.
LONGA VIDA
Em 2017, a marca confirmou que o smartphone
fica mais lento conforme o aparelho envelhece,
para prolongar a sua duração.
AUTÓGRAFO
Duas camisetas do Corinthians assinadas por
jogadores do clube serão leiloadas e os recursos
direcionados aos projetos do Instituto Sou da Paz,
que em 2019 celebra 20 anos.
Elas foram entregues pelos atletas Ramiro e
Jadson na terça-feira (12).
NO PALCO
As atrizes Amanda Mirásci e Nina Frosi estão na
peça “Mansa”, que estreou na sexta (8), no Viga
Espaço Cênico. Os também atores Rafael Lozano
e Christiana Ubach e o diretor do espetáculo,
Diogo Liberano, compareceram.
CURTO-CIRCUITO
O cantor Marcos Valle participa nesta quarta (13)
do Notas Contemporâneas, no MIS.
A Alcon promove uma sessão de filmes 3D de
cirurgias oftalmológicas nesta quarta (13),
véspera da 42ª edição do Simasp.
O Sebrae SP faz palestras sobre
empreendedorismo para artesanato. Na sexta
(15) e no sábado (16), na Feira Patchwork Design,
em SP.
A Rosa Chá e a John John desfilam pela primeira
vez na semana de moda de NY.
com BRUNA NARCIZO, BRUNO B. SORAGGI e
VICTORIA AZEVEDO
https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabe
rgamo/2019/02/procuradoria-do-trabalho-quer-
que-vale-indenize-90-empresas-comprometidas-
com-acidente.shtml
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
É hora de a mineração ter política de acidente zero
A decisão da Vale, maior produtora mundial de
minério de ferro, de desativar dez barragens de
resíduos no Brasil é bem-vinda, mas parecerá
muito pouco e muito tarde para aqueles que
perderam seus entes queridos e veem o meio
ambiente destruído.
Nos últimos cinco anos, o rompimento de
barragens de resíduos foi manchete no Canadá,
México, Brasil, China, Estados Unidos e Israel.
Nem todos provocaram perdas de vida, mas o
dano ao meio ambiente tem sido expressivo e
levanta consideráveis questões e preocupações de
segurança sobre as condições em que se
encontram 30 mil minas industriais em todo o
mundo.
Em 2001, a Comissão Internacional para Grandes
Barragens emitiu o relatório “Barragens de
Resíduos: Risco de Perigosas Ocorrências”, que
examinou 221 rompimentos. Todos poderiam ter
sido evitados.
Resta aguardar se a investigação da Vale e das
autoridades brasileiras descobrirá outros fatores
no rompimento crítico de infraestrutura na mina
do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que
ceifou vidas.
Desde o marco do relatório de 2001, outro fator
de risco fundamental para o setor é a mudança
climática. O aumento da variabilidade nos
sistemas meteorológicos globais, incluindo no
padrão de chuvas, enchentes e tempestades, deve
ser levado em conta no gerenciamento do risco de
desastres em qualquer local de mineração.
Outra preocupação indispensável é garantir que a
governança do risco de desastres esteja à frente
das prioridades da indústria de mineração. A
segurança e o bem-estar dos funcionários e das
pessoas vivendo nas comunidades no entorno
devem ser primordiais. Não deve ser lucro acima
de tudo —ou eventualmente a qualquer custo.
O desastre de Brumadinho se segue ao desastre
de Mariana, numa instalação onde a Vale é
coproprietária e que é classificado como o pior
desastre ambiental do Brasil. Dezenove pessoas
morreram na onda massiva de milhões de metros
cúbicos de rejeitos de lama que se seguiram,
destruindo o vilarejo de Bento Rodrigues, viajando
620 quilômetros até o oceano Atlântico e levando
resíduos para uma população inteira de peixes,
para 1.400 hectares de floresta e para 663
quilômetros de percursos hídricos.
O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, tem dito
que a empresa criou um grupo de trabalho para
aumentar o padrão de segurança das barragens
da empresa.
Isso não satisfará a opinião pública. A governança
inadequada de risco é um fator decisivo e
impulsionador de desastres e, enquanto não
houver um olhar regulatório adequado sobre essas
instalações, a confiança do público não será
restabelecida.
É hora de implementar as recomendações feitas
em 2001. Outras recomendações feitas pela ONU
Meio Ambiente também devem ser levadas em
consideração, incluindo uma estratégia de
segurança em primeiro lugar, não importa o custo.
O plano global para diminuição de perdas em
desastres, o Marco de Sendai para a Redução de
Riscos de Desastres 2015-2030, busca
estabelecer meios concretos por meio dos quais
infraestruturas podem ser à prova de riscos e
também exerce influência nos setores privado e
governamental para banir a complacência em
torno de ameaças tecnológicas e ambientais que
essas instalações representam.
Eu apelo para que as milhares de comunidades
que vivem sob essa potencial ameaça garantam
que suas vozes sejam ouvidas e suas
preocupações sejam levadas em conta nas
estratégias locais e nacional para redução de risco
de desastres.
Uma maneira pela qual a indústria de minério
poderia facilitar isso seria ajudando a estabelecer
uma base de dados aberta de minas e instalações
de armazenamento de resíduos.
Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Esse seria um modo adequado e duradouro para
que todos os envolvidos lembrem daqueles que
morreram em tais desastres e para demonstrar
que a indústria de mineração não está apenas
dando declarações de intenções para políticas de
acidente zero.
https://www1.folha.uol.com.br/opiniao/2019/02/
e-hora-de-a-mineracao-ter-politica-de-acidente-
zero.shtml
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
ESTADÃO Agronegócio tenta manter subsídio em
conta de luz
Anne Warth e Eduardo Rodrigues
BRASÍLIA - O agronegócio também se movimenta
para reverter o fim do subsídio de R$ 3,4 bilhões
ao ano dado ao setor em descontos nas contas de
luz. O fim do benefício, cujo impacto é rateado nas
contas de eletricidade de todos os consumidores
do País, foi um dos últimos atos do governo
passado. Mas o setor tem atuado no Executivo e
no Congresso para retomar o subsídio, que
garante um desconto nas tarifas que varia de 10%
a 30%.
Um decreto presidencial publicado no dia 28 de
dezembro pelo ex-presidente Michel Temer
determinou a redução dos descontos para a
produtores rurais em 20% ao ano, até chegar a
zero daqui a cinco anos. Além disso, a medida
impediu que agricultores que usam serviços de
irrigação, que têm descontos assegurados por lei,
continuassem acumulando os dois benefícios
durante essa transição. Apenas o benefício aos
agricultores foi retirado, pois havia sido concedido
via decreto. O desconto aos irrigantes, dado por
lei, foi mantido – ele varia de 60% a 90%,
dependendo da classe e do horário do consumo.
Summit Agronegócio Brasil 2017
Temer impediu que agricultor que usa irrigação
acumulasse dois benefícios. Foto: Jonne
Roriz/Estadão
Os descontos para agricultores representam quase
17% do total de subsídios embutidos nas tarifas
de energia, que totalizam R$ 20,2 bilhões. Neste
ano, começariam a ser reduzidos em R$ 684,9
milhões. Cada consumidor rural paga, em média,
R$ 47,88 a menos do que deveria, e esse valor é
repassado na conta de luz dos demais
consumidores, que têm que pagar a mais para
compensar esse benefício.
Mal havia assumido a Presidência, o presidente
Jair Bolsonaro foi procurado por representantes do
setor agrícola que pediram a revisão do decreto.
O vice-presidente da Associação Brasileira dos
Produtores de Soja (Aprosoja) e deputado
estadual eleito pelo PSL paulista, Frederico
D’Avila, disse ter conversado pessoalmente com o
presidente, que teria garantido que iria analisar o
pedido dos produtores.
‘Revogaço’
A expectativa do setor era de que a medida
entrasse no “revogaço” prometido pelo Planalto de
medidas tomadas nas últimas semanas do
governo anterior. “Se esse valor não for bancado
pelas contas de luz, o repasse vai acabar
chegando na cesta básica. Isso é pior, porque os
brasileiros mais pobres é que serão penalizados”,
argumenta D’Ávila.
O agronegócio também procurou os ministérios na
tentativa de reaver os subsídios. Na segunda-
feira, o decreto foi tema de reunião no Palácio do
Planalto. Técnicos dos ministérios da Economia e
de Minas e Energia defenderam o decreto. Eles
alegaram que a revisão do orçamento dos
subsídios foi determinada por lei, depois que o
Tesouro Nacional deixou de bancar os benefícios.
Além disso, lembraram que o Tribunal de Contas
da União (TCU) cobrou ações efetivas do governo
nesse sentido. O pedido do setor para retomar os
descontos, porém, conta com o apoio dos
ministérios da Agricultura e do Desenvolvimento
Regional.
Com poucas esperanças de reverter o decreto no
Executivo, o setor também se movimentou no
Legislativo. O deputado Heitor Schuch (PSB-RS)
apresentou projeto de decreto legislativo para
suspender os efeitos o decreto de Temer. A
Câmara pode votar o pedido de urgência para
apreciar a proposição do deputado. “A agricultura
familiar precisa ser incentivada sob pena de
desaparecer, comprometendo a segurança
alimentar no País”, justifica o deputado.
O assessor técnico da Comissão Nacional de
Irrigação da Confederação da Agricultura e
Pecuária do Brasil (CNA) Gustavo Goretti
reconhece que os subsídios no setor elétrico
atingiram patamares muito elevados e geraram
preocupações no governo.
Na avaliação de Goretti, porém, a energia
fornecida aos agricultores tem qualidade inferior e
exige investimentos dos próprios produtores para
que seja entregue.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a
gronegocio-tenta-manter-subsidio-em-conta-de-
luz,70002718908
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Toyota vai produzir primeiro carro
híbrido a etanol ainda neste ano
A Toyota vai iniciar a produção do primeiro carro
híbrido a etanol no último trimestre do ano.
Embora não confirme oficialmente, o modelo que
receberá a tecnologia por enquanto exclusiva para
o Brasil será o Corolla fabricado na unidade de
Indaiatuba (SP).
"Além do mercado interno, nossa intenção é
exportar a tecnologia pois há outros locais no
mundo que usam etanol, mesmo que não seja de
cana de açúcar", disse Rafael Chang, presidente
da Toyota do Brasil.
O grupo também aguarda aval da matriz japonesa
para a produção local de um utilitário-esportivo
(SUV). Para isso, a empresa precisará de novos
investimentos.
A Toyota espera para este ano um crescimento de
9,5% em suas vendas, abaixo do esperado para o
mercado total de automóveis e comerciais leves,
de 11,3%. Em 2018, a marca japonesa vendeu
200,9 mil veículos – o melhor desempenho de sua
história. O volume representou alta de 5,4% em
relação ao ano anterior, índice também inferior ao
mercado, que cresceu 13,8%. "Temos problemas
de capacidade, pois estamos trabalhando no limite
das duas fábricas", justificou Chang.
A produção deve crescer 7,6%, para 225 mil
veículos, dos quais 28% serão exportados para a
América Latina. Segundo Chang, as duas fábricas
do grupo em São Paulo operam em capacidade
plena. A de Sorocaba, onde são produzidos o Etios
e o Yaris, trabalha em três turnos, assim como a
unidade de motores em Porto Feliz. A fábrica de
Indaiatuba, que faz o Corolla, opera em dois
turnos. Ao todo, emprega quase 7 mil
trabalhadores.
Em toda a América Latina a Toyota vendeu 400
mil veículos no ano passado, 5% a mais do que
em 2017. Esse volume representa apenas 3,8%
das vendas globais da marca, que somaram 10,5
milhões de unidades.
Em 2018, a Toyota celebrou 60 anos no Brasil. Nos
últimos três anos a marca concluiu um ciclo de
mais de R$ 2,6 bilhões em investimentos para
produção do modelo Yaris e modernização das
fábricas de carros e motores.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,t
oyota-vai-produzir-primeiro-carro-hibrido-a-
etanol-ainda-neste-ano,70002718302
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Após fala de ministro, buscas por Chico Mendes no Google dispara
Sonia Racy
Depois que Ricardo Salles perguntou, no Roda
Viva, “que diferença faz (minha opinião de) quem
é Chico Mendes?”, sobre quem admitiu saber
pouco, as buscas pelo nome do seringueiro no
Google subiram quase… 10.000%.
https://cultura.estadao.com.br/blogs/direto-da-
fonte/apos-fala-de-ministro-buscas-por-chico-
mendes-no-google-dispara/
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
VALOR ECONÔMICO
Papel da ANA e taxa de esgoto são alvos de debate
Por Daniel Rittner
A medida provisória que reformula o marco legal
do saneamento básico ainda tem algumas "zonas
de sombra", mas dificilmente terá o mesmo
destino da MP 844, que tratava do mesmo assunto
e caducou no Congresso Nacional, conforme avalia
Percy Soares Neto, diretor de relações
institucionais da Abcon, a associação das
concessionárias privadas de serviços de água e
esgoto.
"Tivemos uma Copa do Mundo e uma eleição
majoritária no meio do caminho", afirma o
executivo Soares, referindo-se à proposta
anterior. A MP 868, reeditada na última semana
do governo Michel Temer, tomou como base o
relatório apresentado pelo ex-senador Valdir
Raupp (MDB-RO) na comissão mista responsável
pela análise da medida provisória. "Agora temos
tempo para vencer as chicanas regimentais e fazer
todo o debate necessário."
Um dos ajustes defendidos pela Abcon é reforçar
o papel da Agência Nacional de Águas (ANA) na
regulação do setor. Hoje os serviços de
saneamento (cuja titularidade é municipal) estão
sob a lupa de 49 agências reguladoras diferentes.
Isso maximiza o risco de uma "salada" de regras
e normas, segundo Soares.
A MP amplia o escopo de atuação da ANA e atribui
a ela a "instituição de normas de referência
nacionais para a regulação da prestação dos
serviços públicos de saneamento básico". Na visão
de Carlos Eduardo Castro, diretor da Águas do
Brasil, pode-se ir além disso. "Não entendemos
que a ANA deva evocar o papel das agências
estaduais ou municipais", como definir reajustes
de tarifas, diz o executivo, "mas ela deve editar
normais gerais e vinculantes, não só de
referência".
Uma das inovações da MP é deixar claro que os
usuários não ficarão isentos do pagamento de taxa
de coleta e tratamento de esgoto quando a rede
estiver disponível. Atualmente muitos donos de
imóveis preferem ignorar o início da prestação do
serviço e continuar usando fossas - tudo para
evitar a despesa com tarifa. Assim, a rede chega
em um bairro, mas nada muda. Agora, isso
mudará com a cobrança compulsória da taxa.
Para o presidente da Associação Brasileira de
Agências de Regulação (Abar), Fernando Franco,
já se trata de um avanço, mas o texto pode ser
mais rígido e prever responsabilização dos
gestores públicos em caso de não cobrança. A
entidade encaminhou ao governo proposta de que
seja considerado ato de improbidade
administrativa uma eventual "omissão das
prefeituras" na fiscalizações ambientais para
determinar conexão à rede.
https://www.valor.com.br/brasil/6115747/papel-
da-ana-e-taxa-de-esgoto-sao-alvos-de-debate
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Data: 13/02/2019
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País precisa diversificar fontes de energia sem gerar ineficiências
Por Rodrigo Polito
Responsável pela coordenação dos estudos que
subsidiarão o planejamento energético do governo
de Jair Bolsonaro, o presidente da Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), Thiago Barral, vê com
bons olhos o avanço da energia eólica e solar e a
diversificação dos recursos energéticos brasileiros.
Ele entende, no entanto, que há necessidade de
aperfeiçoamento do modelo de avaliação da
segurança energética do país em relação ao novo
cenário e que a solução deve ter razoabilidade
econômica, para não onerar consumidores nem
prejudicar investidores.
"O planejamento tem um desafio muito
interessante decorrente da diversidade de
recursos que o Brasil tem. É uma boa dificuldade
[para o planejador] permitir que todos esses
recursos possam competir em pé de igualdade",
afirmou Barral ao Valor, em sua primeira
entrevista após assumir o cargo, no início deste
mês. Segundo ele, a diversificação da matriz
elétrica agrega resiliência ao sistema, para lidar
com fenômenos climáticos ou choques de oferta
de determinado combustível, entre outros
eventos.
Por outro lado, acrescentou, é importante garantir
a eficiência econômica no uso dos recursos
energéticos, "para que não acabemos criando
reservas de mercado que levem à ineficiência no
uso desses recursos, o que acaba prejudicando a
própria competitividade e produtividade da
economia brasileira".
Favorável à reforma do setor elétrico brasileiro,
Barral conta que o marco regulatório atual,
estabelecido em 2004, não possui instrumentos
para tratar de questões que surgiram da
transformação do setor ocorrida nos últimos 15
anos. Ele ressaltou, porém, que a transição para
um novo mecanismo de contratação e formação
de preços precisa assegurar as condições de
financiamento da expansão do setor. "Em um país
que está retomando o crescimento, essa
financiabilidade para garantir a oferta não pode
falhar."
Também no âmbito da reforma, o presidente da
EPE destacou a necessidade de aperfeiçoamento
na governança do mercado livre, que nas últimas
semanas teve a credibilidade ferida pelo episódio
das comercializadoras Vega Energy e Linkx. Elas
não conseguiram honrar seus contratos de venda
de energia, após a escalada de preços no mercado
de curto prazo.
"À medida que o mercado livre e o poder de
escolha do consumidor vão tomando um papel
maior no setor, a governança do mercado livre é
algo que precisa passar por aperfeiçoamento",
disse o executivo. "O caso da Vega serve de alerta
para a necessidade de aperfeiçoar os mecanismos
de regulação e de funcionamento do mercado
livre", completou.
Quarto presidente da EPE e o primeiro oriundo do
quadro de servidores da estatal, Barral, de 35
anos, ingressou na companhia em 2007 e acredita
que a passagem por diversas áreas da empresa
lhe garantiu a experiência necessária para assumir
a nova função. Aprovado no segundo concurso
público realizado pela EPE, Barral iniciou sua
trajetória na empresa como analista de pesquisa
energética. Trabalhou no estudo de viabilidade da
hidrelétrica de Sinop (MT), leiloada em 2013 e que
está prevista para entrar em operação neste ano.
Foi superintendente-adjunto e de Projetos de
Geração. E, em 2018, assumiu a diretoria de
Estudos Econômico-Energéticos e Ambientais da
companhia. Na EPE, realizou desde estudos de
mercado e demanda de energia até habilitação
técnica e cálculo de preço-teto para leilões de
geração.
Entre as prioridades do novo presidente da EPE,
está a conclusão do aguardado Plano Nacional de
Energia (PNE) 2050, que traçará os cenários de
longo prazo da oferta e demanda de energia do
país para os próximos 30 anos, e, com isso,
recuperar a consistência do planejamento de
longo prazo do setor energético brasileiro. "Essa
atenção ao plano de 2050 é um legado meu como
diretor de estudos econômicos e energéticos. E é
um compromisso meu aperfeiçoar esse
planejamento."
Barral contou que o governo pretende fazer pelo
menos três leilões de energia neste ano. Além dos
tradicionais leilões de energia nova "A-4" e "A-6"
(que negociam contratos de energia de novos
empreendimentos com início de fornecimento em
quatro e seis anos a frente, respectivamente),
ainda sem data, o governo fará um leilão
específico para fornecimento de energia a
Roraima, devido à insegurança de importação de
Data: 13/02/2019
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energia da Venezuela e à falta de uma linha de
transmissão ligando o Estado à rede elétrica do
restante do país.
Está ainda em análise um quarto leilão, específico
para contratação de capacidade usinas
termelétricas, proposto pelo antecessor de Barral,
Reive Barros. Sobre este tema, Barral disse que o
tema "ainda precisa de uma discussão mais
aprofundada". Ele reconhece que a contratação de
potência demanda atenção por parte do governo,
mas sem deixar de considerar o aspecto
econômico. "Acertadamente, o ministério [de
Minas e Energia] trouxe a importância de
aprofundar as discussões", disse ele, em
referência à consulta pública aberta sobre o
assunto.
Esse ponto faz parte dos três pilares da gestão do
ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque,
para os quais a EPE pretende dar suporte, segundo
Barral: previsibilidade, estabilidade jurídica e
regulatória e governança do setor.
Segundo ele, as pautas prioritárias da EPE com a
secretaria de Planejamento e Desenvolvimento
Energético do MME hoje são a discussão sobre a
melhoria do Mecanismo de Realocação de Energia
(uma espécie de condomínio de hidrelétricas em
que uma usina que tenha produzido mais energia
que o previsto cede seu excedente para aquela
que tenha produzido menos), a revisão da
garantia física de hidrelétricas e termelétricas e os
leilões previstos para este ano.
https://www.valor.com.br/brasil/6115755/pais-
precisa-diversificar-fontes-de-energia-sem-gerar-
ineficiencias
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Data: 13/02/2019
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Brasil dobrará potência eólica até 2026, diz estudo
Por Camila Maia
O Brasil deve passar a ser o 8º país com maior
potência instalada em geração eólica até 2026,
praticamente dobrando sua capacidade instalada
na fonte para algo perto de 25 gigawatts (GW), de
acordo com um estudo da consultoria A.T.
Kearney, obtido com exclusividade pelo Valor. Um
dos principais fatores que favorecem o país é a
qualidade dos ventos. Enquanto o fator de
capacidade (proporção entre a produção efetiva
da usina e a capacidade total máxima) média
global é de 28%, o Brasil supera 50%, e deve
chegar a 63% em 2021, segundo o estudo.
Considerando dados de julho de 2018, o Brasil
estava em 12º lugar em número de projetos
solares instalados, atrás de mercados como
Alemanha, Dinamarca, China, Estados Unidos,
França e Espanha. Segundo Cláudio Gonçalves,
sócio especialista no setor elétrico da A.T. Kearney
no Brasil, o país tem potencial de ultrapassar
alguns mercados europeus no ranking, como
Itália, Holanda e Reino Unido.
"Acredito que o Brasil vai subir no ranking.
Trabalhamos com empresas otimistas em relação
ao mercado de energia renovável", disse
Gonçalves, lembrando que o país tem enorme
potencial eólico. O mercado europeu, que hoje
está na frente, é considerado "saturado" em vários
países, como Itália, Reino Unido e Espanha. Além
disso, por falta de espaço, países como a Holanda
estão apostando em parques eólicos "offshore"
(instalados na costa), que são mais caros. Os
Estados Unidos, que também se destacam no
setor eólico, têm disponível o gás de xisto, que
também tem um preço muito competitivo. "Vemos
o Brasil com muito potencial de penetração e
condições meteorológicas favoráveis. Só vai
depender da economia."
O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE)
elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética
(EPE), entidade responsável pelo planejamento
energético do país, prevê o acréscimo de 12 GW
da fonte eólica no país até 2026. "Somos mais
conservadores, prevemos de 9 GW a 11 GW de
expansão até 2026", afirmou Gonçalves.
Depois de um período sem a contratação de novos
projetos, os leilões foram retomados em 2017 e
2018. Enquanto isso, as geradoras começaram a
apostar em leilões privados e contratos no
mercado livre, que são uma tendência para
continuação da expansão da fonte nos próximos
anos. "O jogo vai mudar, acreditamos que os
leilões privados e o mercado livre, especialmente,
vão continuar crescendo", disse.
"A estratégia dos investidores agora é mais
agressiva no mercado livre", disse o especialista.
No mercado cativo, os preços de energia devem
continuar em baixa, mas não nos patamares vistos
nos últimos leilões, abaixo de R$ 100 por
megawatt-hora (MWh). "Mas o mercado ainda tem
ajustes, vai demorar de dois a três anos até as
fábricas voltarem a operar cheias. Só quando isso
acontecer, os fabricantes serão mais exigentes em
termos de preço", explicou.
A A.T. Kearney identificou outras tendências para
o setor eólico no Brasil, como a continuação da
capacidade ociosa de vários fabricantes de
turbinas e torres. "O mercado cresceu rápido e em
grande escala, e os players acabaram não se
estruturando da melhor forma. Por isso, têm
fabricas e quadros de funcionários maiores que o
necessário. Essa é uma oportunidade de busca por
eficiência."
Do ponto de vista dos desenvolvedores de
projetos, a consultoria vê oportunidades de
priorização de portfólio. "Eles precisarão
aprimorar as práticas para serem mais
competitivos", afirmou, lembrando que hoje a
demanda por novos projetos de geração em leilões
é menor, e o mercado livre exige qualidade e
atratividade ainda maior dos empreendimentos.
Uma área que tem chamado a atenção dentro da
cadeia de suprimento é o foco em operação e
manutenção de ativos. Segundo Gonçalves, esse
segmento ainda é muito fragmentado, mas as
grandes empresas do setor elétrico devem ocupar
um papel cada vez maior nisso. "Algumas
empresas começaram a trabalhar com eficiência
internamente, mas hoje vemos muitas discutindo
por que não fazer serviço de operação e
manutenção também de parques vizinhos."
https://www.valor.com.br/brasil/6115757/brasil-
dobrara-potencia-eolica-ate-2026-diz-estudo
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Data: 13/02/2019
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Grupo de Comunicação e Marketing
Pró- RenovaBio assume a Unica
Por Camila Souza Ramos
Enquanto o novo governo diz que seguirá a lógica
de "mais Brasil e menos Brasília", o segmento
sucroalcooleiro se prepara para uma intensa
interlocução com os novos atores políticos
instalados na capital. Para isso, as usinas de cana
do Centro-Sul escolheram para presidir a União
das Indústrias de Cana-de-Açúcar (Unica) o
"padrinho" do programa RenovaBio no Congresso,
o advogado e ex-deputado federal pelo PV
Evandro Gussi, que assumiu o cargo ontem.
A apresentação do projeto de lei que criou o
RenovaBio em 2017 se tornou um forte cartão de
visitas de Gussi junto ao setor privado, mas suas
credenciais ganharam musculatura pelo
acompanhamento que fez da regulamentação do
programa e pela publicidade que deu à política nas
cinco viagens internacionais que realizou em 2018
- entre as quais a um seminário da Organização
Internacional do Açúcar (OIA), em Londres, e à
COP 24, em Katowice.
Ao Valor, Gussi disse que o segmento deve apoiar
as reformas econômicas em construção pelo
governo Bolsonaro, que buscam "a equalização
das contas públicas e a desestatização de áreas".
"Tudo o que estamos vendo nessa área econômica
tem nos agradado", afirmou.
Tais medidas, segundo empresários, deverão
favorecer especificamente o segmento, já que a
saúde financeira das usinas é sensível à inflação,
que pressiona os custos em um mercado com
pouca margem de repasse de preços, e à taxa de
juros, dada a alta intensidade de capital
empregado na atividade.
A defesa de um regime liberal na economia não
deverá abrir espaço para pleitos de subsídios,
acredita Gussi. "Já somos competitivos. Desde que
não sejamos atrapalhados, como fomos no
governo Dilma, não precisamos de ajuda", afirmou
ele.
Mas algumas pautas setoriais deverão ser
acompanhadas de perto e com urgência, como a
conclusão da regulamentação do RenovaBio.
Criado para estimular o consumo de
biocombustíveis e reduzir as emissões de gases
estufa, o programa precisa ser regulamentado até
o fim do ano para começar a vigorar em 2020, o
que é encarado pelo setor privado como um
período crítico. Nesse sentido, as usinas contam
com o trânsito de Gussi com outros parlamentares
e com interlocutores do presidente Jair Bolsonaro.
Para o novo presidente da Unica, a
regulamentação do RenovaBio deverá atrair
investidores pela previsibilidade conferida pela
política e pela perspectiva de maior receita das
usinas, que poderão vender os créditos de
descarbonização (CBios). "Já vimos um
crescimento de 7% no volume de comercialização
na última Fenasucro [feira anual de vendas de
máquinas ao setor], e todos os participantes
atribuíram às perspectivas trazidas pelo
RenovaBio", celebra.
Também na frente política, Gussi comandará o
esforço da Unica para convencer o governo
Bolsonaro a ter uma postura mais firme com os
EUA sobre a importação de etanol, embora o
presidente tenha deixado claro seu maior
alinhamento com Washington. Criada em 2017, a
cota de importação do produto isenta da tarifa do
Mercosul vai expirar em setembro. Segundo
Gussi, não faz sentido o Brasil garantir tal
vantagem ao produto enquanto os EUA
mantiverem sua cota para importar açúcar, que
dificulta a entrada do adoçante brasileiro. Sem
mudança nessa frente, Gussi afirmou que "voltar
à tarifa de 20% sobre o etanol americano seria
uma possibilidade".
Ainda no comércio internacional, há uma
perspectiva de que as negociações bilaterais
precisarão ser reforçadas. No ano passado, ante
pressão da Unica, o governo decidiu duas vezes
que recorreria à Organização Mundial do Comércio
(OMC), contra a China e contra a Índia, por
barreiras contra o livre-comércio de açúcar. Mas,
entre as usinas, avalia-se que os resultados da
atuação multilateral vêm apenas "quando o
estrago já foi feito".
Para Gussi, é preciso recorrer ao máximo às
conversas bilaterais antes de chegar aos órgãos
multilaterais, mas uma postura não exclui a outra.
"Quando há ofensas ao livre-comércio, aí não tem
opção", disse.
Se Brasília ocupará boa parte da atenção da Unica
- Gussi diz que deverá passar mais dias por
semana na capital do que em São Paulo, onde está
a sede da entidade -, debates com a indústria
automobilística também deverão ser
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aprofundados. O caminho, indicou, será continuar
defendendo a adoção no Brasil dos veículos
híbridos flex e dos carros com célula de
combustível alimentada a etanol. Embora algumas
montadoras estejam lançado no país carros 100%
elétricos, Gussi disse que a indústria
automobilística "está convencida" de que esse é o
caminho para eletrificação no Brasil.
https://www.valor.com.br/agro/6115873/pro-
renovabio-assume-unica
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Saudi Aramco busca petróleo e gás pelo mundo
Por Anjli Raval e David Sheppard
A Arábia Saudita pretende desenvolver atividades
internacionais de produção e exploração de fontes
de energia pela primeira vez em sua história,
aumentando a aposta na área de petróleo e gás
mesmo enquanto busca depender menos dos
hidrocarbonetos.
Khalid al Falih, ministro da Energia e presidente do
conselho de administração da petrolífera estatal
Saudi Aramco, disse ao "Financial Times" que a
expansão no exterior vai ser uma parte crucial do
futuro da empresa. "Não vamos mais olhar só para
dentro e ter foco em apenas monetizar os recursos
do reino", disse Falih. "No futuro, o mundo vai ser
uma área de atuação da Saudi Aramco."
Embora a Saudi Aramco seja a maior produtora de
petróleo do mundo, nunca se aventurou de forma
expressiva no exterior para extrair recursos,
sempre dependendo das reservas domésticas.
Perguntado se a empresa pretende se tornar um
nome internacional, como a Royal Dutch Shell ou
a Exxon Mobil, e extrair petróleo e gás no exterior,
Falih foi direto na resposta: "Correto".
Apesar das reformas ambiciosas incentivadas pelo
príncipe-herdeiro Mohammed bin Salman, para
fazer o país largar o que ele chamou de seu
"perigoso vício em petróleo", Falih preparou
planos para que a Arábia Saudita invista mais no
setor que tem sustentado sua economia
tradicional.
A iniciativa coloca em evidência como a Arábia
Saudita deverá continuar dependente em relação
a sua grande força, a área de petróleo e gás, para
elevar receitas, uma vez que encontra dificuldades
para diversificar-se em novos setores, como os de
tecnologia, turismo, assistência médica e
mineração.
Falih disse que o setor de petróleo e gás, que
domina sua economia há décadas, em última
medida ainda vai representar pelo menos 40% a
50% da receita do país, mesmo se as ambiciosas
reformas se concretizarem.
Embora o país tenha investido no exterior em
refinarias e no setor petroquímico, as declarações
de Falih são o sinal mais claro até agora das
ambições sauditas de desenvolver projetos de
extração de petróleo e gás no exterior, uma
investida que poderia levá-la a concorrer contra
rivais internacionais.
O ministro indicou que inicialmente os esforços
terão foco na criação de operações "internacionais
de gás". Muitos grandes nomes da energia
mundial investem cada vez mais na área de gás,
uma vez que o crescimento da demanda pela fonte
vem sendo maior do que no caso do petróleo.
Embora seja a maior produtora do mundo,
petroleira nunca se aventurou de forma
expressiva fora do país
A Arábia Saudita tem estudado investimentos no
setor de gás natural liquefeito (GNL) na Rússia e
negocia comprar instalações de exportação nos
Estados Unidos. Falih, porém, também mencionou
a Austrália como possível destino dos
investimentos.
"Podemos ficar cabeça a cabeça com qualquer um
e superá-los", disse Falih, comparando
favoravelmente a capacidade de produção e
exploração da Saudi Aramco em relação aos rivais
internacionais.
Mais recentemente, a Saudi Aramco chamou a
atenção da comunidade financeira internacional
quando o príncipe Mohammed revelou planos para
abrir o capital da petrolífera estatal por meio do
lançamento de ações no mercado.
Fontes a par dos planos disseram que a iniciativa
foi adiada indefinidamente. Falih, contudo, foi
categórico quanto aos planos de expansão,
dizendo que a iniciativa reflete a necessidade de
satisfazer possíveis investidores externos.
"Seu eu tiver investidores de Nova York ou
Londres ou Tóquio que estão investindo na Saudi
Aramco, eles vão querer que a Saudi Aramco
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esteja competindo com as melhores petrolíferas
internacionais do mundo", disse.
Houve vários obstáculos para abertura de capital,
que teria sido a maior oferta pública inicial de
ações do mundo, como a percepção de que a
operação não avaliaria a empresa em US$ 2
trilhões como o príncipe Mohammed desejava,
além de preocupações com questões de
regulamentação e com a exposição jurídica que a
Saudi Aramco passaria a ter.
O poderoso fundo soberano do país deveria ser o
principal destino dos US$ 100 bilhões que o país
pretendia levantar com a oferta inicial. Sem a
operação, a Saudi Aramco foi instruída a comprar
a participação de 70% que o fundo tinha na
empresa petroquímica saudita Sabic. A Saudi
Aramco vai emitir um bônus para pagar parte da
transação com a Sabic, de US$ 70 bilhões, e vai
dar início em breve a uma série de reuniões para
investidores em cidades pelo mundo com o
objetivo de promover o lançamento dos papéis,
segundo informou Falih.
Produção será reduzida para 9,8 milhões de barris
por dia em março, contra 11 milhões de barris em
novembro
A venda da participação permite ao fundo
soberano saudita de investimentos públicos (PIF,
na sigla em inglês) levantar dinheiro com rapidez
em um momento no qual as transferências que
recebe Ministério das Finanças vem encolhendo. A
economia saudita vem cambaleando desde a onda
de queda dos preços do petróleo em 2014, que
trouxe vários anos de medidas de austeridade no
país.
Enquanto o reino lidava com a desaceleração, a
morte do jornalista Jamal Khashoggi em 2018
desencadeou sua maior crise diplomática com o
Ocidente desde os atentados de 11 de setembro
de 2001 contra os EUA.
"Obviamente há uma espécie de nuvem que foi
criada por esse incidente trágico e infeliz", disse
Falih. "[Mas] ninguém está se afastando [...]
Refuto essa crença de que as pessoas estejam
evitando investir na Arábia Saudita."
Apesar dos comentários, há sinais de que
autoridades sauditas estão preocupadas com a
capacidade do país para atrair capital e
conhecimento estrangeiros para impulsionar as
reformas.
O país depara-se com outros problemas de mais
curto prazo, como sua relação com os EUA, os
aliado mais antigo e importante dos sauditas. O
presidente americano Donald Trump apoiou a
Arábia Saudita durante o caso Khashoggi, mas há
muito tempo nutre animosidade em relação à
Organização dos Países Exportadores de Petróleo
(Opep), liderada pelos sauditas.
Projetos de lei que tornariam possível para o
governo dos EUA processar países da Opep por
manipular os preços do petróleo estão em
discussão no Congresso americano e acredita-se
que as chances de aprovação sejam as maiores
até agora.
Falih disse acreditar que os EUA vão "fazer a coisa
certa" e alertou que uma lei desse tipo poderia ser
"prejudicial" para a economia mundial. O mundo
sofreria "irreparavelmente" se a Arábia Saudita
perdesse a capacidade de elevar ou reduzir
rapidamente a produção para equilibrar o
mercado.
Arábia Saudita e Reino Unido têm encabeçado os
planos dos principais produtores mundiais para
restringir a oferta e elevar os preços, depois da
queda na cotação de 40% no fim de 2018. O
petróleo hoje é negociado em torno a US$ 60 o
barril. O orçamento da Arábia Saudita baseia-se
em uma cotação mais próxima a US$ 80 (ontem o
barril do tipo Brent para entrega em abril fechou
cotado a US$ 62,42, alta no dia de 1,48%).Falih
disse que o pais vai reduzir a produção para cerca
de 9,8 milhões de barris por dia em março, em
comparação aos mais de 11 milhões de barris
diários produzidos em novembro. As exportações
cairiam de 8,2 milhões para 6,9 milhões de barris
diários, na comparação entre os mesmos
períodos.
https://www.valor.com.br/empresas/6115839/sa
udi-aramco-busca-petroleo-e-gas-pelo-mundo
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Fake news florestal
Por Tasso Azevedo e Luís Guedes Pinto
Circula pelo WhatsApp um vídeo de uma palestra
que supostamente demonstra, com uma
sequência impressionante de números, que o
Brasil encolheu. O palestrante sugere que o país
conserva florestas demais e tem tanta área
protegida, tanta terra indígena e tanta exigência
de preservação que ficou sem espaço para
desenvolver a agropecuária. Como tantas outras
histórias do "zapzap", esta também é fake news.
É verdade que há muita área ainda com vegetação
nativa no Brasil. Os dados do projeto MapBiomas,
uma rede brasileira de 15 instituições de pesquisa
que mapeou todas as mudanças no uso da terra
no Brasil desde 1985 até 2017, mostram que o
país tem 67% do território coberto por florestas e
campos naturais. Mas nem de longe estamos
sozinhos em termos de conservação: 70% da
Rússia está coberta por vegetação nativa,
incluindo uma área florestal quase do tamanho do
Brasil. Há cerca de 30 países com mais de 60% de
cobertura florestal, incluindo a Coreia do Sul, com
63%, a Suécia, com 67% e o Japão, com 68%.
O Brasil, por outro lado, é o quarto maior produtor
de alimentos do planeta, atrás de China, Índia e
EUA, e tem a terceira maior extensão de terras
sob produção agropecuária, atrás apenas de China
e EUA. O MapBiomas mostra que o país tem hoje
245 milhões de hectares em pasto e lavoura. É
1,17 hectare de área produtiva por habitante,
mais do que nos EUA (1 ha) e que a populosa
China (0,34 ha).
Cerca de 25% do Brasil está dentro de terras
indígenas e unidades de conservação. São 216
milhões de hectares, excluindo as APAs, categoria
de área protegida que permite produção e
ocupação (o Distrito Federal tem 80% de seu
território dentro de uma APA). Só que essas áreas
protegidas estão muito mal distribuídas: 90%
ficam na Amazônia, que concentra apenas 10% da
produção agropecuária. Fora da Amazônia, apenas
5% do território está sob áreas protegidas. E é
fora da Amazônia que ocorre 90% da produção
agropecuária.
Além disso, uma porção enorme das áreas
protegidas amazônicas está em regiões remotas
ou sem aptidão agrícola. Ou seja, o número de
áreas protegidas parece impressionante no
powerpoint, mas não compete com o agronegócio.
O Brasil também não é nenhuma jabuticaba no
quesito "área protegida" legalmente. Protegemos
muita floresta porque temos a maior
biodiversidade do mundo para resguardar. A
Austrália tem 20% de seu território protegido. A
França, 26%, o Japão e o Reino Unido, 29%, e a
Alemanha, 38%. Entre os nossos vizinhos, Peru,
Colômbia e Bolívia têm mais de 40% do território
protegido. A média do mundo é 29% em unidades
de conservação e territórios indígenas. A
proporção de áreas protegidas no Brasil não
destoa da média.
O argumento de que as áreas protegidas e outras
áreas legalmente designadas - para
assentamentos de reforma agrária, por exemplo -
são "improdutivas" é falacioso. Terras indígenas e
unidades de conservação de uso sustentável
desenvolvem agricultura, manejo florestal e
extrativismo.
Graças a ganhos de produtividade, São Paulo tem
hoje mais floresta, mais agricultura e mais bois
Atire o primeiro pote de açaí quem acha que isso
não é produção. Só a comercialização de produtos
da floresta movimenta em torno de R$ 1,5 bilhão
ao ano - e isso excluindo a indústria madeireira na
Amazônia. Faltam políticas e investimentos para
que nossas áreas protegidas gerem ainda mais
renda e empregos.
Cruzando os dados do MapBiomas com o mapa
fundiário do Brasil compilado pelo projeto Atlas da
Agropecuária Brasileira, conclui-se que as
propriedades privadas (cadastradas no Incra ou
com Cadastro Ambiental Rural, o CAR) possuem
quase 190 milhões de hectares de vegetação
nativa, ou cerca de um terço do total do país.
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Imóveis privados podem exercer produção rural
em toda a sua extensão, exceto nas áreas de
preservação permanente, que protegem,
especialmente, os cursos d'água e perfazem em
média cerca de 10% da área da propriedade. Uma
parcela da área que varia de 20% a 80%,
dependendo do bioma, deve ser mantida com
vegetação nativa na forma de reserva legal, sendo
a produção limitada a atividades que não ponham
a mata abaixo.
A conservação das áreas florestais é bem diferente
quando comparamos as áreas públicas e privadas.
As propriedades privadas tiveram perda líquida de
mais de 20% de sua cobertura florestal nos
últimos 30 anos. Nas unidades de conservação e
terras indígenas a perda foi de 0,5% e, em outras
áreas públicas não protegidas, de 5%.
Infelizmente, apesar da queda das taxas de
desmatamento entre 2005 e 2012, o Brasil ainda
é o país que mais desmata do planeta: em 50
anos, destruímos quase 20% da Amazônia, o
equivalente a mais de dez vezes o território da
Holanda e o da Bélgica somados. O cerrado, nosso
segundo maior bioma, está reduzido à metade. O
Pantanal perdeu 7% em 15 anos. O pampa, 13%.
Restam menos de 15% da Mata Atlântica original.
No caso amazônico, tanta devastação ocorreu à
toa. Segundo os dados do projeto Terraclass, feito
pela Embrapa e pelo Inpe, 63% da área
desmatada é ocupada por pastos de baixíssima
produtividade, com menos de um boi por hectare,
e 23% foi abandonada e está em regeneração.
Não é verdade que precisamos desmatar mais
para ampliar nossa produção. Graças ao uso
intensivo de tecnologia, tivemos enormes ganhos
de produtividade e evitamos maior
desmatamento. De 1991 a 2017, a produção de
grãos e oleaginosas subiu 312%, mas a área
plantada cresceu apenas 61%. Em São Paulo, por
exemplo, a área de cultivo agrícola dobrou desde
2000, crescendo essencialmente sobre as
pastagens sem que o Estado diminuísse a
produção pecuária. Sabe quem mais cresceu por
lá? A Mata Atlântica. São Paulo hoje tem mais
floresta, mais agricultura e mais boi.
Há espaço no Brasil para ampliar a produção e a
conservação. Dizer o contrário é ofender o espírito
empreendedor e competitivo do agricultor
brasileiro. O Brasil tem tudo para ser o maior
produtor mundial de alimentos e em bases
sustentáveis. Para isso, podemos e devemos zerar
o desmatamento, acabar com a ocupação ilegal de
terras públicas, defender nossas áreas protegidas
e aprofundar os ganhos de produtividade de nossa
produção rural. É ganha-ganha.
Tasso Azevedo é coordenador técnico do
Observatório do Clima e coordenador geral do
MapBiomas
Luís Fernando Guedes Pinto é gerente de
Certificação Agrícola do Imaflora (Instituto de
Manejo e Certificação Florestal e Agrícola)
https://www.valor.com.br/opiniao/6115787/fake-
news-florestal
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