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WIHELM HERMMANN KLAUS PETERS EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE VOL V AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS EIA/RIMA -ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIV O RELATÓRIO DE IMPACTO NO MEIO AMBIENTE ÁREA SITUADA A NORTE DA VILA DE PRAIA DO FORTE, MUNICÍPIO DE MATA DE SÃO JOÃO SALVADOR, ABRIL DE 2004

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WIHELM HERMMANN KLAUS PETERS

EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE

VOL V – AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

EIA/RIMA -ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVO

RELATÓRIO DE IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

ÁREA SITUADA A NORTE DA VILA DE PRAIA DO FORTE, MUNICÍPIO DE MATA DE SÃO JOÃO

SALVADOR, ABRIL DE 2004

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EQUIPE TÉCNICA DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO MEMORIALDESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE– EIA/RIMA

Bolzico & AssociadoCarlos Gregório de Souza – Arquiteto Responsável -CREA -BA 27.895/D e-mail:[email protected] Telefone: (71) 676-0061

EQUIPE TÉCNICA DA GAIA CONSULTORIA EM RECURSOS NATURAISLTDA, RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS DO EIA/RIMA.

MEIO FÍSICO

Gilberto Trioschi Guerra – Coordenação Geral – Geólogo -CREA: 17.406 / D e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9102-7275

José Mácio Falcão Ferreira – Coordenação Geral – Geólogo -CREA: 9151 / D e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9147-6344

João Ilton Ribeiro de Oliveira -Eng. Civil -CREA 100.726 – D

José Maurício O. da Silva Costa -Eng. Sanitarista e Ambiental-CREA: 36.520 / DRicardo Alves -Eng. Agrônomo-CREA: 20.541 / D

MEIO BIÓTICO – ECOSSISTEMAS TERRESTRES

Adriano Adamsom Paiva -Coordenação Setorial – Biólogo -CRBIO: 14.791 / 5 e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9981-1896

Christiano Marcelino Menezes – Biólogo -CRBIO: 27.384 / 5

Gabriella Almeida de Faria – Bióloga -CRBIO: 27.049 / 5

Vanessa Íris Silva -Estagiária de Bióloga

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GAIA Consultoria em Recursos Naturais Ltda.

MEIO BIÓTICO – ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS Luiz J. Cardoso Quaglia -

Coordenação Setorial -Msc.Biólogia-CRBIO: 03.846/5

email.: [email protected] Telefone: (71) 335-4993 André Bonfim -Biólogo,

Bsc -CRBIO 27860/5/D Nívea Roquilini Santos Silva -Bióloga, Bsc, Msc -CRBIO

27861/5/D

MEIO SOCIOECONÔMICO

Ivana Tavares Muricy – Coordenação Setorial -Socióloga -Msc em CiênciasSociais e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9979-1201

Ana Carla Souto Rocha -Antropóloga -Msc em Ciências Sociais

Cristiane Santos Souza -Socióloga -Msc em Ciências Sociais

Fábio Baqueiro Figueiredo -Estudante História (UFBA)

Estagiários do Meio Sócio Econômico

Daiana dos Santos Pereira Daiana Portela Karolina Ferreira Matos Renata Abu-

Chacra de Almeida

SUMÁRIO

4 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO ........................... 4

4.1 DELIMITAR EM MAPAS GEORREFERENCIADOS AS ÁREAS QUE SERÃO AFETADAS DIRETA (ESCALA 1:2000)OU INDIRETAMENTE (ESCALA 1:25.000) PELO EMPREENDIMENTO; ............... ERRO! INDICADOR NÃO

DEFINIDO.

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4.5. APRESENTAR A JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA E INCIDÊNCIA DOS

IMPACTOS.......................................................................................................................................................4

5 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO AMBIENTAL .................................................................. 5

5.1. MEIO FÍSICO ............................................................................................................................................5

5.1.1 Clima e Condições Meteorológicas ........................................................................................... 5

5.1.2 Geologia................................................................................................................................... 12

5.1.3 Geomorfologia ......................................................................................................................... 18

5.1.4 Pedologia.................................................................................................................................22

5.1.5 Recursos Hídricos.................................................................................................................... 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................................................................40

APRESENTAÇÃO

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento Iberostar Praia do Fortefoi realizado com base no Termo de Referência elaborado pelo Centro de RecursosAmbientais – CRA, em anexo, parte integrante do Processo de Licença de Localização nº2003-005693/TEC/LL-0052. É importante registrar que este EIA/RIMA seguiu aitemização proposta pelo Termo de Referência, que teve como objetivo direcionar eespecificar o referido estudo.

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O empreendedor deste projeto é o Sr. Wihelm Hermmann Klaus Peters,que em parceria com o grupo espanhol IBEROSTAR vem desenvolvendo oprojeto em apreço. O Sr. Klaus é pioneiro no desenvolvimento de projetosturísticos no Litoral Norte, a exemplo do ECORESORT PRAIA DO FORTE.O grupo IBEROSTAR ocupa lugar de destaque no meio turístico, tendo

implantado 70 hotéis, distribuídos por 23 diferentes países, além deagência de viagens, operadoras de turismo e companhia aérea.

O instrumento de avaliação dos impactos ambientais visa gerar as informações necessáriasà tomada de decisão pelo Poder Público, quanto à viabilidade ambiental de umempreendimento ou atividade, comparando-se alternativas locacionais e/ou tecnológicas deprojeto.

Neste processo de avaliação os impactos são identificados e avaliados sistematicamente,após definição da área de influência direta e indiretamente afetada pelos impactos, efinalmente apresentados os resultados dos estudos ao poder público e à comunidade.

Integrando este Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto no Meio

Ambiente – EIA/RIMA, constam sete volumes:Volume I – Caracterização do Empreendimento;Volume II -Diagnóstico Ambiental do Meio Físico;Volume III – Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico Terrestre; Volume IV -DiagnósticoAmbiental do Meio Socioeconômico; Volume V -Avaliação dos Impactos Ambientais,englobando a sua identificação e a

análise dos efeitos diretos e indiretos decorrentes do planejamento, daimplantação e da operação do empreendimento; Volume VI -Volume de

Anexos; Volume VII -Relatório de Impacto no Meio Ambiente – RIMA que sintetiza todoo Estudo elaborado.

ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

4.5. Apresentar a justificativa da definição das áreas de influência e incidência dosimpactos.

Para o meio físico foi considerada a própria área de intervenção como de influência diretacom base em que todas as ações decorrentes da implantação e operação do empreendimentoterão seus impactos restritos ao local da intervenção.

Como área de influência indireta considerou-se a área do empreendimento, a lagoaTimeantube com sua área de proteção permanente da margem direita e a faixa de praiaimediatamente em frente à propriedade, por se tratar de ecossistemas sensíveis em que

qualquer ação antrópica nas proximidades poderia indiretamente atingí-los. 5

No volume de anexos encontra-se o mapa de áreas de influência direta e indireta do meiofísico.

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5 CARACTERIZAÇÃO E DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

1.  5.1. Meio Físico2.   5.1.1 Clima e Condições Meteorológicas

5.1.1.1 Classificação climática

A caracterização climática da área de interesse, devido sua posição geográfica em faixazonal de baixa latitude (entre as coordenadas 12º 10e 12º 30 latitude Sul) a insere em climatropical megatérmico, fato este reforçado pelas baixas altitudes do seu relevo, que nãoultrapassam 200 metros na maior parte da sua área. Nesta área a influência do OceanoAtlântico exerce uma ação reguladora sobre a área costeira que se manifesta nos índicestérmicos e na intensidade das chuvas.

O tipo climático predominante na área é, conforme classificação de Köppen, o As, tropicalchuvoso, com precipitações de outono e inverno e seca na primavera e verão. Suapluviosidade encontra-se em isoieta acima de 1.800mm anuais.

Os sistemas meteorológicos, a exemplo das frentes frias e dos mecanismos das brisasmarítima e terrestre, além de amenizar as temperaturas diárias, conduzem umidade para ointerior do continente, são responsáveis tanto pela intensidade como pelo regime daschuvas.

Os ventos alísios de sudeste – SE, que assumem também a direção este – E ou nordeste – NE, no verão, são mais comuns nesta área. Estes são ventos reguladores e constantes(brisas) de velocidade fraca.

As variações térmicas e as isotermas anuais de 23 ºC e 24 ºC presentes na área de estudonão são relevantes. As variáveis: umidade relativa do ar, nebulosidade, evaporação einsolação, devido as suas relações com a temperatura, também possuem variações poucoexpressivas.

5.1.1.2 Análise das séries meteorológicas, considerando-se temperatura do ar (máxima,média e mínima), pluviosidade (valores mensais e anuais, delimitação dosperíodos secos e chuvosos), umidade do ar, ventos (direção e intensidade) eevaporação

Clima é uma descrição estática que expressa as condições médias (geralmente, mais de 30anos) do seqüenciamento do tempo em um local. O período mínimo de trinta anos foideterminado pela Organização Meteorológica Mundial (OMM) com base em princípiosestatísticos de tendência de valor médio. Desse modo, incluem-se anos com desvios paramais e para menos em todos os elementos do clima. Ao valor médio de 30 anos chama-seNormal Climatológica (Pereira et al., 2002).Para realização da análise das variáveis meteorológicas utilizou-se a estação climatológicade Camaçari, pois esta possui uma série de dados superior a 30 anos e encontra-se namesma região climática da área do empreendimento.

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Temperaturas do ar (Máximas, Mínimas e Médias)

O Estado da Bahia, apesar da sua extensão territorial, possui poucas estaçõesmeteorológicas que medem e/ou registram dados de temperatura. Para suprir essa limitação,tem sido utilizada a estimativa desse elemento climático, em função das coordenadas

geográficas: latitude, longitude e altitude. Dentre esta a altitude tem maior influênciaquando comparada com as demais.

As temperaturas apresentam uma variação inversa com o aumento da altitude, pelo fato deocorrer uma descompressão adiabática à medida que o ar se eleva na atmosfera, que lhecausa um resfriamento. Com isso, ocorrem em intervalos maiores de variações nastemperaturas (máximas/mínimas/médias) em clima seco por causa da maior irradiânciasolar e das grandes perdas de ondas longas. Na área de interesse deste estudo, devido à suaproximidade com o litoral, as variações das amplitudes térmicas diárias, mensais e anuaisnão são tão marcantes.

Isto porque as variações sazonais nas temperaturas são maiores nas áreas extratropicais,particularmente nos interiores continentais, enquanto são mais baixas em torno da faixaequatorial, particularmente na superfície hídrica. Na zona intertropical o sol está no zêniteduas vezes por ano, isto no percurso de um solstício para outro.

Diversos fatores meteorológicos ou mesmo físicos influenciam nas temperaturas, entre elespode-se destacar: quantidade de insolação recebida pela terra ou parte dela, cobertura denuvens, a distância relativa a corpos hídricos, relevo, a natureza dos ventos predominantes,as correntes oceânicas e o próprio posicionamento de cada localidade na superfície doglobo.

Dentre as variáveis climáticas as temperaturas extremas (máximas/mínimas) e médias, sãoas que apresentam maiores efeitos diretos e significativos sobre muitos processosfisiológicos que ocorrem em animais, plantas e solo, sendo assim, informações importantespara a agricultura.

Na área de interesse, observa-se que no período de agosto até o mês de março, ocorremaumentos significativos nas temperaturas máximas e que da segunda quinzena do mês demarço até o mês de julho as oscilações de temperatura sofrem reduções, devido aos fatoresprovocadores de chuva na área estudada.

As temperaturas máximas variam de 26,8 ºC em julho a 31,1 ºC nos meses de janeiro e

fevereiro. Os menores valores de temperatura máxima ocorrem no trimestre entre os mesesde junho, julho e agosto. E os meses com os valores mais elevados de temperatura são janeiro, fevereiro e março. A média histórica e/ou climatológica da temperatura máximaanual da área é de 30,9 ºC, sendo a temperatura máxima absoluta 38,0 ºC verificada no mêsde março.A média histórica da temperatura mínima anual de 22,0 ºC. Nota-se um acréscimogradativo de temperatura mínima no período que vai do mês de outubro até o mês demarço. Os meses que ocorrem as menores taxas de temperatura mínima estão inseridos no

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trimestre julho, agosto e setembro. A temperatura mínima absoluta já registrada é de 15,0ºC ocorrida no mês de setembro.

Estudos climáticos mostram que, na Bacia que engloba a área do empreendimento, atemperatura média anual é de 25,8 ºC. Os valores médios mensais apresentam pouca

variabilidade, oscilando de 23,4 ºC em setembro a 25,8 ºC nos meses de dezembro e janeiro.

Os gráficos das temperaturas máximas, mínimas e médias climatológicas para estação daCamaçari (INMET) podem ser vistos na figura 01. Esta estação foi escolhida pôr ser a quemelhor representa as condições climáticas na área de interesse.

Figura 01 -Temperaturas do ar máximas, mínimas e médias.

Pluviosidade

No Recôncavo Norte da Bahia, região que abrange a área de interesse, as chuvasdeterminam o regime dos rios, a ocupação do solo, sendo imprescindível ao planejamentode qualquer atividade o conhecimento sua dinâmica. Neste caso, a pluviometria representao atributo fundamental na análise dos climas tropicais, refletindo a atuação das principaiscorrentes da circulação atmosférica.

O regime de precipitação que compreende a área de interesse está inserido na faixa de

isoieta maior que 1.800 mm. Nesta área a chuva de pré-estação, inicia-se no mês defevereiro. A caracterização do período chuvoso começa nos primeiros dias do mês demarço e prolonga-se até o mês de julho, tendo como trimestre mais chuvoso os meses deabril, maio e junho.

Os fatores meteorológicos, responsáveis pelas ocorrências das chuvas nesta região são:formações de linhas de instabilidade na posição sudoeste da América do Sul, transportadospelos ventos alísios de Sudeste, penetração de frentes frias e/ou seus vestígios de frentes

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frias que se acoplam às linhas de instabilidade e aumenta a nebulosidade, troca de calor,contribuição dos efeitos de vórtices ciclônicos, fatos estes que aumentam o transporte devapor d’água, umidade e conseqüentemente a cobertura de nebulosidade.

As chuvas normalmente são de intensidade moderadas (de tempo regular por volta de cinco

a nove horas de chuvas descontinuas diárias, com maior freqüência nos períodos damadrugada e início da manhã), seguidos de períodos regulares devido, principalmente, aadvecção (transporte) de umidade do oceano para o continente.

A precipitação, por ser uma variável climática mais fácil de ser medida, possui um númeromais representativo de estações que as demais variáveis. O quadro 01 apresenta o cadastrodas estações de Camaçari (INMET-83226), apresentado dados de 30 anos (1961 a 1990) eTiririca (01238000) com dados de 1963 a 2002. A utilização da estação de Tiririca éimportante, pois esta se encontra mais próxima da área de interesse e os seus dados sãomais atuais.

Conforme a figura 02, observa-se que há harmonia entre as séries de ambas estações,havendo diferenças mais significativas nos meses de novembro e dezembro. Os índicespluviométricos têm um regime regular ao decorrer do ano e período bem definido com asmaiores cotas pluviométricas mensais no período que vai de março a julho com flutuaçõesoscilando entre 176,3 a 286,3 mm, isto em ambas estações.

A partir do mês de agosto e prolongando-se até a primeira quinzena de fevereiro os índicespluviométricos são reduzidos, com variações entre 90 e 110mm, para a estação de Tiririca.Na estação de Camaçari observa-se uma elevação da média nos meses de novembro(165mm) e dezembro (140mm), sem, no entanto representar as maiores médias mensais.

A precipitação média anual com interpolação dos dois postos é de 1.890mm, sendo aprecipitação total média da estação de Camaçari de 1.976mm e a de Tiririca de 1.804mm,demonstrando que ambas encontram-se na mesma isoieta.

A variabilidade espacial e temporal das chuvas caracterizada na região, com que os totaisanuais se apresentam, retratam o ritmo climático que está intimamente relacionado aosmecanismos da circulação atmosférica regional. A compreensão do ritmo climático secompleta com a análise do regime pluvial, ou seja, da distribuição mensal das chuvas.

Quadro 01 – Cadastro das estações pluviométricas utilizadas no estado.

Estação Código Lat. (S) Long. (W) Período dedados Total médio anual

Tiririca 01238000 12o 34´13´´ 38o 03´24´´ 1963-2002 1.804mmCamaçari 00083226 12o 40´00´´ 38o 19´00´´ 1961-1990 1.976mm

Total Mensal Médio

(mm)

350

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300

250

200

150

100

50 0

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Meses

1238000

83226

Figura 02 – Precipitação total médio mensal

Umidade do ar

A relação entre a pressão de vapor de água e a pressão de saturação de vapor de água, àtemperatura ambiente, é denominada de umidade relativa do ar. Esta variável apresentauma tendência diária inversa ao da temperatura do ar.

Isso ocorre porque a umidade relativa é inversamente proporcional à pressão de saturaçãode vapor, onde por sua vez é diretamente proporcional à temperatura. O curso anual daumidade relativa acompanha o da cobertura do céu (quantidade de nebulosidade) e adistribuição anual da precipitação.

Observa-se que a umidade relativa do ar na área do projeto apresenta média mensalvariando de 78,2% no mês de janeiro (mais baixa) a 86,2% em maio (mais alta). Com umataxa média anual de 78,7%. Sendo o trimestre com menores valores de umidade relativa osmeses de dezembro, janeiro e fevereiro. Sendo o período de maiores valores entre os mesesde outubro a fevereiro.

Ventos (Direção e Velocidade)

Direção

A direção do vento é o ponto cardeal de onde vem o vento. A partir da rosa dos ventosobtêm-se a direção do vento predominante para determinado local e período. A direçãopredominante desta variável é a que ocorre em maior freqüência durante um período. Édecorrente da posição do local em relação aos centros de pressões atmosféricas, sofrendoinfluência de obstáculos naturais junto ao solo. O relevo tem efeito muito pronunciado,podendo definir a direção predominante do vento.

Na área de interesse a direção média predominante do vento é, durante o ano, com maiorpredominância de sudeste – SE. Também se observa, em poucos períodos, ventos denordeste – NE e este – E.A direção predominante do vento anual é de SE, fator que causa aumento do transporte devapor e umidade do Oceano Atlântico para o continente, além de contribuir para as

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incidências da nebulosidade e das chuvas durante o ano na região.

A predominância da direção e velocidade do vento, na área do empreendimento, pode serverificada no quadro 02.

VelocidadeO ar em movimento denomina-se vento. Essa quantidade de movimento pode sertransferida aos obstáculos que se interpõem na trajetória, provocando danos de intensidadesproporcionais ao “momentum” transferido. O aspecto mais importante da ação do ventorestringe-se, junto à superfície do solo.

A atmosfera sobre qualquer grande área do globo e especialmente nas latitudes médias, écaracterizada pelo bem definido sistema dinâmico, no qual o movimento do ar égrandemente determinado pelo gradiente horizontal de pressão e temperatura. O vento podeagravar ou atenuar o efeito de outros parâmetros meteorológicos, como por exemplo, as

temperaturas do ar, máximas, mínimas e médias, a umidade relativa do ar, a pressãoatmosférica entre outros.

Ventos com velocidades inferiores a 10,0 km/h, podem ser benéficos, principalmente pelaremoção da umidade no interior das copas após as ocorrências de chuvas e secamento doorvalho, diminuindo a incidência de moléstias e pragas. Ventos superiores a 10,0 km/h, sãoprejudiciais, pois causam danos à plantas que variam de acordo com a sua intensidade eduração, aumentando a taxa local de evaporação e contribuindo para um aumentosignificativo na taxa de evapotranspiração.

Os ventos, juntamente com os outros fatores climáticos, atuam de maneira significante nas

condições atmosféricas. Sua ação pode prejudicar o desenvolvimento das plantas, dispersarpartículas, pragas e doenças e, ainda influenciar na transpiração das plantas e na evaporaçãodos cursos d’água.

Observamos o comportamento da velocidade climatológica do vento, com variações entre2,0 e 2,5 m/s (quadro 02). A velocidade média anual histórica e/ou climatológica do ventona área de interesse é de 2,0 m/s.

Quadro 02 – Predominância mensal da direção e velocidade do vento

 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Direção E SE SE SE SE SE SE SE SE SE E/NE EVelocidade (m/s) 2,0 2,0 2,0 2,3 2,3 2,3 2,5 2,3 2,3 2,2 2,2 2,1

Evaporação

A evaporação é um fenômeno físico de mudança de fase líquida para vapor d’água presenteem condições naturais. Este processo tem como sua fonte original a radiação solar. Outrasvariáveis meteorológicas exercem influência na evaporação, entre eles: temperatura,

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umidade do ar, pressão atmosférica e vento.

A mudança da água do estado líquido para o estado gasoso pode ocorrer sob duas situaçõesdistintas:

.  •

Processo chamado de vaporização consiste em adicionar energia em umvolume parcialmente fechado e contendo água. Esse volume d’água ganhandocontinuamente energia irá ter a um momento qualquer uma energia interna tal, que resultauma pressão no líquido maior que a pressão atmosférica externa ao volume de água. Atensão superficial no líquido cai, e as moléculas de água são injetadas na atmosfera levandoconsigo o calor latente de vaporização..  • Processo chamado de evaporação consiste em adicionar energia em umasuperfície aberta ao ar livre, e que contenha água. A energia adicionada à superfícieaumenta a energia interna das moléculas imediatamente junto a ela. Essas moléculas deágua acionadas de maior energia cinética, conseguem com isso, quebrar a ligação comoutras moléculas, e saem para atmosfera carregando consigo essa energia de ligação na

forma de calor latente de evaporação.Em condições naturais o processo de evaporação é o que mais ocorre. É de grande interessebioclimatológico o conhecimento do total de água perdido por evaporação, seja tanto poruma superfície livre d’água, quanto por uma superfície de solo nu.

A taxa anual de evaporação para a área em estudo é de 1.244,2 mm, bastante expressivoquando comparado com o índice anual de precipitação 1.970 mm, como vistoanteriormente. Observa-se que a flutuação deste parâmetro mês a mês varia de: 71,6 mm(menor valor no mês de maio) a 140,4 mm (maior valor no mês de janeiro).

Os meses de maio, junho e julho são os que apresentam menores taxas de evaporação, e astaxas de maior evaporação estão centradas no período entre os meses de outubro a janeiro,com oscilações variando entre 121 e 140,4 mm. A figura 03 apresenta os gráficos deprecipitação, evapotranspiração, evaporação e umidade relativa do ar, climatológica daestação de Camaçari (INMET). Esta estação foi selecionada pôr ser a que melhor representaas condições climáticas da área do empreendimento.

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Figura 03 – Comportamento das variáveis climáticas: precipitação,evaporação, umidade relativa do ar.

 5.1.2 Geologia

5.1.2.1. Caracterização geológica das áreas de influência, incluindo avaliação

litoestratigráfica, esboço estrutural e condições geotécnicas gerais dos solos erochas, identificando e delimitando as áreas de ocorrência de dunas, cordõeslitorâneos, terraços marinhos e recifes de corais;

Geologia Regional

O Litoral Norte do Estado da Bahia evoluiu geologicamente a partir das transformaçõestectônicas na crosta terrestre ocorridas no período Jurássico -Cretáceo e nos movimentostransgressivos e regressivos marinhos datados no período Tércio -Quaternário.

As atividades tectônicas Juro-Cretáceas que proporcionaram a separação dos continentes

Sul Americano e Africano e o surgimento do Oceano Atlântico possibilitaram odesenvolvimento de grandes depressões (fossas tectônicas) moldadas por um arcabouçocristalino ocorrendo a partir daí intenso processo de acúmulo de sedimentos de origemdiversa surgindo, então, às denominadas Bacias Sedimentares Costeiras dentre elas a BaciaSedimentar do Recôncavo onde está situada a região que engloba a área estudada.

Estas bacias evoluíram, o processo de sedimentação passou por acomodações devido aprocessos tectônicos culminando com a deposição, na zona costeira, durante o CretáceoSuperior até o Terciário, de uma seqüência de sedimentos marinhos predominantementeargilosos denominados de Formação Sabiá.

Eventos glaciais posteriores viriam dar origem a Formação Barreiras que tem sua origemligada ao clima árido e semi-árido da época (final do Plioceno). Estas condições climáticasteriam favorecido a ação de processos erosivos no regolito que recobria o embasamentocristalino provocando a acumulação do material erodido nas áreas depressivas sob a formade leques aluviais.Esta Formação aflora em toda a costa nordeste do Brasil, possui uma constituiçãoafossilífera, onde predominam sedimentos areno-argilosos variegados, mal selecionadoscom estreitos níveis conglomeráticos.

No período Pleistocênico teve início a transgressão marinha denominada “mais antiga” (Vilas Boas et al., 1981; Bittencourt et al., 1979), que avançou sobre o litoral, deixando

esculpidas na Formação Barreiras extensas falésias.

Ainda neste Período, com o recuo da linha de costa e uma nova fase de clima árido maisuma vez possibilitou a aceleração de processos erosivos, que atuaram sobre a superfíciedesnudada Formação Barreiras, acumulando o material erodido nos sopés daquelaFormação na forma de leques aluviais. Estes leques aluviais são constituídos por areiasquartzosas finas a médias e moderadamente selecionadas. Uma “Penúltima Transgressão” (Bittencourt et al., 1979), digeriu quase totalmente os depósitos citados dando origem a um

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sistema de ilhas barreiras e lagunas.

Após a Penúltima Transgressão houve um episódio regressivo em que o recuo do marpropiciou a deposição dos Depósitos Marinhos Pleistocênicos e o desenvolvimento daplanície costeira, com sucessivos acréscimos de cristas de praia, de formas semelhantes às

atuais, dispostas como cordões litorâneos (Suguio et al, 1985).Um novo movimento transgressivo teve início que elevou o nível do mar a cerca de 5metros acima do nível atual, erodindo parcialmente as Areias Litorâneas Pleistocênicaspreservando, entretanto, os cordões litorâneos Pleistocênicos construídos em cotassuperiores.

Durante este episódio formou-se novo sistema de ilhas barreiras isolando sistemas delagunas, posteriormente preenchidos por deltas intralagunares alimentados por sedimentosfluviais.

Durante o período Holocênico houve movimento de descida do nível do mar de forma lentae constante (prossegue até os dias atuais) resultando na progradação da linha de costa eoriginando os Depósitos Marinhos Holocênicos. Outros dois episódios transgressivosocorreram durante o Holoceno, ensejando processos erosivos semelhantes àqueles descritospara épocas anteriores com registro claro do desenvolvimento de ilhas barreiras,preservando as Lagoas de Busca Vida, Guarajuba e Velado e Interlagos.

A regressão subseqüente, da mesma forma que a regressão que se seguiu à penúltimatransgressão, se deu de forma lenta e constante. Este movimento resultou na implantação desistemas fluviais que destruíram as feições marinhas originais. As condições decontinuidade de rebaixamento do nível do mar favoreceram a que vales encaixados se

desenvolvessem a exemplo dos vales dos rios Capivara Grande e Imbassaí.A área do empreendimento encontra-se englobada em faixa de ocorrência de sedimentosarenosos quaternários.5.1.2.2. Mapa geológico da área do empreendimento em escala de 1:2.000 e regional

da área de influência, na escala de 1:25.000 contendo todas as unidadesgeológicas;

Os mapas encontram-se no volume de anexos.

5.1.2.3. Seções geológicas/geotécnicas da área do projeto.As seções geológicas/geotécnicas da área do projeto encontram-se no volume de anexos.

Geotecnia

Os solos presentes na área são arenosos de origem eólica, predominantemente quartzosos,finos a médios, de coloração esbranquiçada superficialmente variando para tons de cinza e

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amarelo em sub superfície. Recobrem os terraços marinhos e as dunas que se sobrepõempropiciando diferentes situações de profundidade do lençol freático que varia decentímetros nas zonas de deflação associadas ao sistema de dunas “blow out” a até acimade 4,0 metros nas áreas mais elevadas.

A composição mineralógica destes solos com predominância quartzosa e sua boa seleçãogranulométrica lhe confere características de homogeneidade, permeabilidade, vertical ehorizontal elevada com conseqüente baixa capacidade de retenção de água e drenageminterna rápida. A quase total ausência de argila indica uma baixa compressibilidade, osrecalques são pequenos e a capacidade de suporte é elevada.

A topografia é elevada nas faixas pretendidas para ocupação pelo empreendimento, nãoexistindo áreas inundadas ou inundáveis nas mesmas.

Estas boas propriedades geotécnicas e as características topográficas da área indicam estessolos como qualitativos para a implantação prevista.

As seções nitidamente arenosas com variações granulométricas e de cor estãocaracterizadas nos ensaios geotécnicos realizados.

Conforme mostram os perfis das sondagens a litologia representativa da área é constituída,da base para o topo conforme a seguir: arenitos bem compactos e silicificados; sedimentosarenosos com seixos arredondados de quartzo e restos de organismos marinhos; sedimentosarenosos marinhos finos a médios; sedimentos arenosos retrabalhados por processoseólicos.

Tabela 01 – Dados de sondagem

Furo CotaNível

d´águaContatos (m)

(m) (m) Base

Espessuras (m)

Base Camada

Dunas terraços Impenetrável

Prof Cota Prof Cota Dunas Terra Arenito

çoCong.Basal

SP-1 7,322 3,70 3,622 4,322 1,322 10,80 -3478 3 3 4,80SP-2 6,978 2,30 4,678 4,978 0,978 9,58 -2,872 2 4 3,85SP-3 7,811 4,30 3,511 6,811 ? 4,93 2881 1 ? ?SP-4 8,661 2,82 5,841 5,661 2,661 10,20 -1,539 3 3 4,20SP-5 7,999 1,80 6,199 4,999 0,999 10,40 -2,401 3 4 3,40SP-6 9,023 2,82 6,203 6,023 2,023 15,20 -6,177 3 4 8,20SP-7 9,633 3,83 5,803 6,633 3,633 13,70 -4,067 3 4 6,70

SP-8 6,391 0,35 6,041 3,391 0,391 9,68 -3,289 3 3 0,68SP-9 8,854 3,20 4,854 6,054 -2,946 12,40 -4,346 2 9 1,40SP-10

6,686 2,30 4,386 4,686 -4,314 12,70 -6,014 2 9 1,70

SP-11

9,406 3,70 5,706 6,406 -2,594 13,30 -3,894 3 9 1,30

SP-12

7,558 1,60 5,958 5,558 -3,442 15,85 -8,292 2 9 4,85

SP-13

7,671 1,10 6,571 4,671 1,671 7,78 -0,109 3 3 1,78

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SP-14

7,174 0,50 6,674 5,174 0,174 19,56 -3,386 2 5 3,56

SP-15

8,310 1,40 6,910 7,310 -2,690 13,40 -5,090 1 10 2,40

SP-16

8,459 1,30 7,159 6,459 -1,541 12,55 -4,091 2 8 2,55

SP-

177,231 0,29 6,941 6,231 -0,769 9,15 -1,919 1 7 1,15

SP-18

7,406 0,30 7,106 5,406 -1,594 11,80 -4,394 2 7 2,80

SP-19

8,307 1,00 7,307 6,307 0,307 8,93 -0,623 2 6 0,93

Média 2,3 5,9 3,12TOTALSONDAGENS

213,18MÉDIA 9,02GERAL

FONTE fornecida pelo empreendedor.

Uma seção geológica representativa da geologia da área encontra-se no volume de anexos.

5.1.2.4. Descrição detalhada das unidades geológicas presentes na área doempreendimento, suas características físico-químicas emineralógicas;

Geologia da área do empreendimento

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Foto 01 – Área do empreendimento.

Recifes de CoraisCom suas formas e dimensões variadas os bancos de corais ocorrem em faixa oceânicaadjacente à linha de praia localizada na parte sul da área do empreendimento.Estes bancos recifais têm origem em colônias coralinas coalescentes.

Possuem como constituintes principais, além das colônias de corais que predominam naestrutura emersa dos bancos e em poças nos seus topos, os hidrocorais e as algas coralinasestes últimos, predominando nas bordas e topos respectivamente.

PraiaOcorrem em toda a parte sul do empreendimento e compreendem areias quartzosascontendo seixos, cascalhos e restos de organismos marinhos.

Terraços Marinhos HolocênicosCompreende os terraços arenosos constituídos por areias litorâneas predominantementequartzosas de grã fina e bem selecionados, apresentando conteúdo fossilífero. Observa-seem sua superfície uma sucessão de cordões arenosos (cordão dunas) sub-paralelos à linhade costa. Estes cordões têm sua origem em antigas dunas frontais que foram abortadas, emestágios distintos de desenvolvimento (altura variando de dezenas de centímetros a metros),pela progradação da linha de costa. A altura das dunas frontais relaciona-se diretamentecom a velocidade da progradação da linha de costa, ou seja, quanto menor esta velocidade otempo de desenvolvimento da duna frontal é maior e consequentemente mais expressivas asalturas.

Campo de DunasDesenvolvidos a partir da remobilização de terraços marinhos pleitocênicos por processoseólicos que deram origem a dunas denominadas de “blow outs”. São constituídos por areiasfinas a médias moderadamente a bem selecionadas.

Áreas ÚmidasSão áreas associadas a zonas de deflação causadas pelo retrabalhamento eólico. Têmpredominância de sedimentos quartzosos finos a médios com presença pouco significativade matéria orgânica. Sazonalmente (períodos de alta pluviometria) são inundadas pelasubida do lençol freático.

Terraços Marinhos PleitocênicosCompreende o terraço arenoso constituído por areias litorâneas, predominantemente,quartzosas, de grã fina a média, apresentam seleção boa a moderada e conteúdo fossilífero.Em sua superfície observam-se cristas de cordões litorâneos bem desenvolvidos.

Apresentam seleção de boa a moderada, com conchas marinhas e tubos fósseis. Na partesuperior desses terraços, existem cristas de cordões litorâneos bem desenvolvidos. Estascristas são finas e estreitamente próximas e paralelas entre si. Situam-se de alguns

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centímetros a mais de 4 m acima do nível atual da preamar. Entre os cordões paraleloscomumente ocorrem terras baixas e úmidas.

18

5.1.2.5. Indicações de possíveis jazidas minerais de uso imediato na construção civil,de ocorrência na área de influência do empreendimento;

Não existe, na área de influência do empreendimento, jazidas minerais de uso imediato naconstrução civil, reconhecidamente legalizadas.

As jazidas legalmente habilitadas e mais próximas encontram-se nos municípios deSalvador, Camaçari, Lauro de Freitas e Mata de São João.

 5.1.3 Geomorfologia

5.1.3.1. Compartimentação topográfica geral da área de influência doempreendimento, em nível de detalhe das áreas de intervenção (planalto,depressão e planície, inclusive batimetria dos rios e lagoas, com apresentaçãoem planta e perfil, escala 1:2.000);

Praia Dissipativa

Relevo plano suavemente inclinado para o mar com seus sedimentos, predominantementequartzosos com presença de seixos e restos de organismos marinhos, sendo constantemente

retrabalhados pelas ondas.

Possui largura variando de 10 a 15 metros na maré alta e atingindo cerca de sessenta metrosna maré baixa.

Cordão de dunas costeiras recentes (dunas frontais)

Constitui o cordão de dunas frontais, encontrado bordejando os terraços marinhosholocênicos, portanto, paralelamente, a linha de costa.

São dunas em formação cuja origem e desenvolvimento está ligado à presença de vegetaçãopioneira no pós praia, trapeando os sedimentos mobilizados pelos ventos a partir linha depraia, possibilitando a sua deposição e conseqüente crescimento da duna.

Este tipo de duna exerce um papel importante como agente mitigador da ação e dos efeitosda erosão costeira. Na área do empreendimento estas dunas atingem alturas que vão dealgumas dezenas de centímetros a acima de 1,0m.

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Foto 02–

Alinhamento das dunas frontais no pós praia.

Terraços marinhos Holocênicos de relevo ondulado correspondentes aos sucessivoscordões litorâneos

Compreende o terraço arenoso de origem marinha que ocupa a faixa entre a linha de praia eo terraço Pleistocênico constituídos de sedimentos quartzosos. Apresenta relevo onduladoonde se observa cristas de cordões litorâneos (dunas) com alturas variadas (dezenas decentímetros a até 12 metros), com alinhamento subparalelo à linha de costa. Trata-se deantigos cordões de dunas frontais, deixados para trás pela progradação da linha de costa em

fases distintas, abortando, em diferentes estágios, o seu desenvolvimento.

As feições originais foram alteradas pelas intempéries e intervenções antrópicasdescaracterizando-as.

Da vegetação original de restinga que a recobria restam pequenas faixas remanescentessendo o restante da área recoberta pelo plantio de extenso coqueiral com trato cultural.

Não foram encontrados vestígios de remobilização eólica das areias destes cordões emconseqüência da retirada da vegetação original o que demonstra que as condiçõesclimáticas atuais são incipientes para dinamizar os processos de remobilização.

Os processos de erosão pluvial são inexistentes pela alta porosidade dos sedimentos quenão permite escoamento superficial.

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Foto 03–

Terraços marinhos holocênicos evidenciando ao fundocordão litorâneo (duna), recobertos por coqueiral comtrato cultural.

Terraços marinhos Pleistocênicos de relevo ondulado correspondentes aos sucessivoscordões litorâneos

Compreende o terraço arenoso de origem marinha que ocupa a faixa mais interior da áreade intervenção (em contato impreciso com os terraços holocênicos), constituído desedimentos quartzosos. Apresenta relevo aplainado com ondulações formando cristasalongadas subparalelas à linha de costa. Estas ondulações, assim como aquelasHolocênicas, representam vestígios de antigos cordões arenosos (cordões dunas ou cristaspraiais) ali deixados pelo rebaixamento do nível do mar e conseqüente progradação da linhade costa.

Morfologicamente foram profundamente alterados pelos processos intempéricos,principalmente, os eólicos que promoveu uma grande remobilização de sedimentos,resultando no aplainamento dos topos e promovendo o surgimento de áreas de deflação eestruturas dunares denominadas de “blow outs” que chegam a atingir alturas de até 15metros.

Encontram-se parcialmente recobertos por vegetação de restinga predominantementearbustiva com faixas arbóreas formando corredores longitudinais à área doempreendimento.

Devido a sua constituição arenosa o que lhe confere uma porosidade muito alta oescoamento superficial é inexistente com toda a água pluvial sendo infiltrada. .

São terrenos propícios a edificações sendo que atenção especial deverá ser dedicada aconservação da qualidade das águas subterrâneas.Superfícies de deflação rebaixadas e de relevo plano construído pela ação do vento

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Compreende as áreas de relevo rebaixado pela ação dos ventos em processos sobresedimentos dos terraços Pleistocênicos que dão origem às dunas denominadas de “blowout”.

Em algumas situações dentro da área do empreendimento estas depressões atingiram cotas

tão baixas que o lençol freático, em épocas de alta pluviosidade, aflora formando áreasinundadas.

São áreas que não desenvolveram características de áreas úmidas por serem sazonais e nãoestarem permanentemente influenciadas pelo lençol freático o que pode ser comprovadopela pouca presença de matéria orgânica, ausência de fundo lamoso além de apresentar umavegetação característica de áreas úmidas incipiente do ponto de vista de ser caracterizadocomo um ecossistema.

Relevo formado por lóbulo de dunas (dunas “blow out”)

Compreende áreas englobadas pelos terraços marinhos Pleistocenos que sofreramretrabalhamento pela ação dos ventos. Uma provável ausência de vegetação ou presençaincipiente da mesma favoreceu a ação eólica que escavou áreas causando sua deflaçãodepositando os sedimentos sob a forma de lóbulos de areia.

Na gleba estas dunas atingem a altura de até 18 metros e o seu conjunto caracterizam umcampo de dunas.

Foto 04 – Em primeiro plano zona de deflação com afloramento do lençol freático, em segundo planodunas tipo “blow out”.5.1.3.2. Formas de modelados

A área de intervenção está inserida em planície costeira, onde predomina o relevo plano

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apresentando ondulações representativas de antigos cordões litorâneos (dunas) e das dunastipo “blow out ” associadas à zonas de deflação. As cotas nesta área variam de 7,0 a 18,0metros aproximadamente.

A planta e perfil encontram-se nos anexos.

5.1.3.3. Caracterização topográfica (levantamento planialtimétrico em escala 1:2.000);

O mapa encontra-se no volume de anexos.

5.1.3.4. Características dinâmicas do relevo (propensão à erosão e assoreamento,áreas sujeitas à inundação, escorregamento de encostas e taludes etc.);

Tratando-se de uma planície litorânea, com substrato arenoso predominantementequartzoso em que a porosidade e a taxa de infiltração são altas não permitindo oescoamento superficial, os processos eólicos e antrópicos são aqueles mais atuantes na área

em estudo. Os ventos têm sua atuação restrita à linha de praia, onde num trabalho deremobilização transporta os sedimentos arenosos que desenvolvem as dunas frontais atuais.No interior da área não foram encontrados vestígios de erosão ou transporte que tivessemorigem eólica. A ação antrópica por sua vez tem deixado suas marcas nos taludes formadosno cordão dunas que se limita com o cordão dunas frontais.

As áreas de depressão associadas às dunas “blow out” estão intimamente relacionadas coma subida do lençol freático em períodos chuvosos, que as recobre formando espelhosd’água.

Os solos e substratos presentes na totalidade da área não permitem a ocorrência de

escorregamentos, por processos erosivos naturais, de encostas ou taludes.5.1.3.5. Apresentar mapa geomorfológico da área de influência direta em escala de

1:2.000 e da área de influência indireta na escala 1:25.000, incluindo osrecursos hídricos e a morfodinâmica;

Os mapas encontram-se no volume de anexos.

 5.1.4 Pedologia

Os estudos pedológicos foram realizados através da identificação visual dos solos,

observação de depressões ou“

crateras”

eventuais proc edentes do tombamento de algunscoqueiros e conseqüente exposição de seu sistema radicular fasciculado, além deescavações até cerca de 1,50 m com ferramenta manual, para identificar a intensidade deocorrência da matéria orgânica na camada inicial considerando as áreas desnudas oucobertas de vegetação, a variabilidade da profundidade do lençol freático, e confirmação datextura arenosa (areia e areia franca) nas camadas superficiais e mais profundas dos solospredominantes na área do empreendimento.

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Alguns outros aspectos, tais como as características de fertilidade, foram avaliados tambémvisualmente, considerando as carências naturais evidentes da tipologia de solos existentes ea interação dos aspectos ambientais, tais como clima, vegetação e geomorfologia.

A observação visual prática foi o principal contribuinte deste trabalho, e não houve análise

de laboratório para os aspectos físicos ou químicos dos solos, por ser desnecessário,considerando as carências naturais evidentes da tipologia de solos avaliados, apredominância da impossibilidade de reutilização agrícola – paisagística e o objetivo dolicenciamento de empreendimento turístico. A disponibilidade de dados secundáriosprocedentes de estudos de potencialidades de solos em Projetos Florestais realizados pelaEmpresa Solum, que incluíram as análises físico-químicas de solos semelhantes ao da áreaem estudo, situados nas proximidades de Massarandupió e Municípios de Entre Rios,Itanagra e Mata de São João, conforme alguns exemplos em anexo, dispensaram a repetiçãode análises laboratoriais.

Apesar da elevada escala do mapa, as informações de classificação dos solos do Litoral

Norte da Bahia foram também complementadas, utilizando-se o mapa de solos doPROJETO RADAMBRASIL, realizado para o Programa de Integração Nacional, no ano de1981. A antiga nomenclatura foi atualizada, conforme Sistema Brasileiro de Classificaçãode Solos (EMBRAPA-1999).

Quanto ao mapa de pedologia em anexo, é necessário salientar a importância da foto-interpretação aérea que também auxiliou a identificação dos limites dos solos no terceironível categórico ou respectivas associações.

5.1.4.1. Definição das classes de solos, bem como sua distribuição espacialindividualmente ou por associações, quando suas ocorrências não forem

 passíveis de representação isolada na escala de trabalho.

Foi relacionada e caracterizada genericamente a principal classe de solos predominante naárea do empreendimento em primeiro (ordem) e segundo (subordem) nível categórico,subdividindo-os no terceiro nível categórico (grandes grupos).

Na classificação seguinte, as classes foram subdivididas em terceiro nível categórico, sendoque, a representação cartográfica anexa apresenta parcialmente a classificação de grandesgrupos associados, principalmente pela necessidade de um trabalho detalhado de furos desondagem distribuídos em todo o terreno para se avaliar espaçadamente a profundidade dolençol freático, considerando a significativa extensão da área e cotas altimétricas variáveis.

Neossolo Quartzarênico Órtico

Compreende solos constituídos por material mineral e por material orgânico pouco espessocom pequena intensidade de expressão dos processos pedogenéticos, que ainda nãoconduziram a modificações expressivas do material originário, pela composição química ouresistência ao intemperismo, e influência do relevo, que podem impedir ou limitar aevolução desses solos.

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Estes solos são pouco desenvolvidos, profundos a muito profundos, excessivamentedrenados e constituídos predominantemente de materiais quartzosos. Apresentam seqüênciade horizontes A e C, sendo que eventualmente o horizonte C pode ser dividido em váriossub-horizontes. O horizonte A fraco foto 05 é o mais comum nesta classe de solos, sendoque ocorrem, também, solos com A moderado e A proeminente, porém com menor

freqüência.

Foto 05 – Vista da escavação 02 (vide mapa anexo) de NeossolosQuartzarênicos Órticos profundos (lençol freático após 1,50m de profundidade), onde predomina horizonte A fraco.

Ocupando a faixa limitante à praia, de relevo plano e suavemente ondulado, predominamsolos, cuja parte sólida é significativamente constituída de substrato arenoso de origemmarinha (Foto 06), depositados na faixa litorânea pela ação dos ventos, sendo profundos,fortemente e extremamente ácidos; normalmente são excessivamente drenados, excetuandosituações eventuais, cuja proximidade do lençol freático à superfície os transformam emmoderadamente drenados. Há predominância marcante de quartzo hialino, que compõe afração areia, sendo que as frações argila e silte aparecem em baixíssima percentagem.

A diferença principal entre os horizontes A e C desses solos está nas cores mais escuras dohorizonte A, devido à presença casual mais significativa de teores de matéria orgânicapresente neste horizonte, principalmente quando a ocorrência de cobertura vegetal é mais

expressiva.

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Foto 07 – Vista da faixa litorânea de abrangência de Neossolo Quartzarênico Órtico, cuja parte sólida éexpressivamente constituída de substrato arenoso marinho. A cobertura vegetalpredominante é o cultivo de coqueiral.

A partir da faixa de coqueiral, em sentido ao interior do continente (Oeste), observa-se àassociação do Neossolo Quartzarênico Órtico de tonalidade branca mais NeossoloQuartzarênico Hidromórfico, sendo difícil zoneá-los isoladamente, devido à necessidade de

determinação da profundidade localizada do lençol freático em toda área de abrangência(Foto 08).

Foto 08 – Vista da área de abrangência da associação de NeossoloQuartzarênico Órtico mais Neossolo QuartzarênicoHidromórfico.

Neossolo Quartzarênico Hidromórfico

Esta subdivisão em terceiro nível categórico é semelhante a anterior, sendo constituída desolos arenosos, com seqüência de horizontes A e C, porém estão situadas em zonasfisiográficas baixas, sujeitas à influência do lençol freático e encharcamentos periódicos. Olençol freático oscila de acordo com a freqüência e intensidade das precipitaçõespluviométricas, mas permanece sempre próximo à superfície, proporcionando odesenvolvimento de plantas naturais hidrófilas e limitando bastante o desenvolvimento deoutros cultivos, devido ao excesso de umidade em contato permanente com o sistema

radicular (Foto 09).

Quimicamente são semelhantes ao Órtico, sendo muito pobres, com soma e saturação debases muito baixas, e normalmente álicos com saturação de alumínio superior a 50 %.

O horizonte A, de textura arenosa, não apresenta estruturação; é formado por grãos simplesou, se presente, é fraca e granular. Os teores de matéria orgânica são variáveis, o que sereflete nas cores, desde esbranquiçadas (A fraco) até acinzentadas-escuras (A moderado).

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O horizonte C, também de textura arenosa, é invariavelmente constituído por grãos simples.A cor predominante é acinzentada clara, podendo até conter mosqueado em camadas maisprofundas.Considerando a área do empreendimento, a principal diferenciação em relação ao NeossoloQuartzarênico Órtico é a profundidade e elevação do lençol freático durante grande parte

do ano, que varia conforme o modelado do relevo e situação das cotas altimétricas.Conforme o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos, os Neossolos QuartzarênicosHidromórficos (Foto 09) da área do empreendimento devem está enquadrados em algumasdas seguintes características principais: saturação com água permanente dentro de 50 cm dasuperfície do solo; presença de lençol freático dentro de 150 cm da superfície do solo,durante a época de menor índice pluviométrico; e/ou presença de lençol freático dentro de50 cm de profundidade, durante algum tempo, na maioria dos anos, e satisfazendo algunsrequisitos de cor e mosqueados procedentes de redução e oxidação de ferro e/ou manganês.

As principais limitações de uso agrícola destes solos estão relacionadas à ausência deminerais primários que pela intemperização possam fornecer nutrientes às plantas, e

posição de topografia em áreas baixas que condiciona a má drenagem destas áreas, devido àproximidade do lençol freático.

Foto 09 – Vista de área de ocorrência de Neossolo QuartzarênicoHidromórfico.

5.1.4.2. Descrição da aptidão agrícola dos solos, incluindo análise físico-química.

As classificações e identificação dos fatores limitantes de utilização dos solos tais comodeficiência de fertilidade, deficiência de água, excesso de água ou deficiência de oxigênio,pedregosidade e/ou rochosidade, profundidade efetiva, susceptibilidade à erosão,impedimentos à mecanização, etc., constituem-se na ferramenta fundamental para oplanejamento e destino adequado do uso da terra, objetivando explorá-la de forma racionalcom medidas conservacionistas que minimizem os riscos de degradação e conseqüente

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exaustão.

O planejamento das transformações ou adaptações que visem uma utilização e/oureutilização mais racional dos solos deve ser orientado observando-se a inter-relação dosaspectos ambientais, tais como clima, vegetação, geologia, geomorfologia, e a relação

custo/benefício, em função dos resultados positivos plausíveis que poderão, ou não, seralcançados no plantio agrícola e/ou paisagístico, sem perder de vista o nível tecnológico aser adotado e permanentemente seguido, além da análise dos custos financeiros para suaaplicação.

Fatores limitantes tradicionais para avaliação da aptidão agrícola dos solos

Em função da classe de solos predominante em primeiro e segundo nível categórico,realizou-se a identificação dos fatores limitantes tradicionais para avaliação da aptidãoagrícola das terras através da observação visual, sem análise de laboratório, devido àevidência das características dos respectivos solos na região. O terceiro nível categórico

interfere nos fatores deficiência de água e excesso de água ou deficiência de oxigênio,principalmente, definindo situações antagônicas associadas nos solos existentes na área doempreendimento.

• Deficiência de fertilidade

Conforme já descrito, os Neossolos Quartzarênicos da área do empreendimento são solosmuito pobres quimicamente, com soma e saturação de bases muito baixas, e normalmenteálicos com saturação de alumínio superior a 50 %. A baixa capacidade de troca de cátions(valor T) reflete o baixo potencial de armazenamento e disponibilidade de nutrientes, e aquantidade reduzida de argila propicia alta lixiviação.

Portanto o fator fertilidade é fortemente restritivo à utilização agrícola nos respectivossolos. Os dados secundários procedentes de análises laboratoriais de estudos de solosbastante semelhantes do Litoral Norte da Bahia, conforme exemplos apresentados emanexo, confirmam as informações técnicas necessárias para as devidas conclusões.

• Deficiência de água

Apesar do índice pluviométrico satisfatório da região, a textura areia-areia franca, aescassez de argila, o baixo teor de matéria orgânica e a alta lixiviação dos NeossolosQuartzarênicos Órticos da área do empreendimento evidenciam a deficiência de água como

um fator fortemente restritivo à utilização agrícola dos respectivos solos.

• Excesso de água ou deficiência de oxigênio

No caso dos Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos, a proximidade do lençol freáticoelimina a deficiência de água, mas evidencia o excesso de água ou deficiência de oxigêniocomo um fator fortemente restritivo à utilização agrícola nos respectivos solos.

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• Pedregosidade e/ou rochosidade

A ausência de pedregosidade e/ou rochosidade evidencia esse fator como nulo, seminfluência restritiva à utilização agrícola nos respectivos solos.• Profundidade efetiva

Considerando os solos em terceiro nível categórico, na área do empreendimento ocorre aassociação de solos com características divergentes. No caso dos Neossolos QuartzarênicosÓrticos, esse fator é nulo e não é restritivo à utilização agrícola. Já nos NeossolosQuartzarênicos Hidromórficos, esse fator é moderadamente ou fortemente restritivo àutilização agrícola, conforme a profundidade de ocorrência do lençol freático.

• Susceptibilidade à erosão (eólica)

Considerando os Neossolos Quartzarênicos Órticos, a cobertura vegetal é o condicionanteregulador. Nos locais onde há densa cobertura vegetal, esse fator é nulo; em rala cobertura

vegetal, esse fator é ligeiramente atuante; e nos solos sem cobertura vegetal, esse fator éfortemente restritivo à utilização agrícola.

Como os Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos situam-se em áreas de cota altimétricarebaixada, a depender da profundidade do lençol freático, esses solos podem apresentarligeira, moderada e forte restrição à utilização agrícola.

Análise físico-química

Em função do objetivo do estudo para licenciamento de empreendimento turístico, e dapredominância de Neossolos Quartzarênicos de difícil aproveitamento agrícola/paisagístico,

 já observados na vistoria de campo, decidiu-se por minimizar o rigor e dispensar os estudostécnicos mais profundos, principalmente laboratoriais (análises físico-químicas). Éimportante salientar que as características físico-químicas tradicionais dos respectivos solose a disponibilidade de dados secundários procedentes de análises físico-químicas de solossemelhantes em estudos de potencialidade agrícola ou reflorestamento no Litoral Norte daBahia realizados pela Empresa Solum, principalmente em projetos próximos aMassarandupió e inseridos nos Municípios de Itanagra, Mata de São João e Entre Rios,serão apresentados em anexo como confirmação das descrições técnicas que auxiliaram aavaliação da aptidão agrícola dos solos.

Aptidão agrícola dos solos

Diante das fortíssimas restrições de fertilidade, deficiência de água e variação do grau derestrição de susceptibilidade à erosão, conforme densidade da cobertura vegetal existentenos Neossolos Quartzarênicos Órticos da área do empreendimento, os respectivos solos sãoclassificados como inaptos para utilização agrícola.

Quanto aos Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos, as fortíssimas restrições defertilidade, o excesso de água com deficiência de oxigênio e a variação do grau de restrição

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da susceptibilidade à erosão, conforme profundidade do lençol freático definem, também,os respectivos solos como inaptos para utilização agrícola.

É importante salientar nas restrições para lavouras à exclusão do cultivo do coco e caju,pois apesar da deficiência nutricional e características adversas predominantes nos solos da

área do empreendimento para uma produção comercial, os coqueiros e cajueiros conseguemproduzir em diversas situações na área, principalmente pela proximidade do lençol freáticoem determinados locais, mesmo sem viabilidade econômica para um cultivo comercial.

5.1.4.3. Potencial de reutilização desses solos na recuperação de possíveis áreasdegradadas.

Diante dos fatores limitantes descritos no item anterior com suas respectivas restrições parautilização agrícola dos solos predominantes na área do empreendimento, conclui-se que ossolos (Neossolos Quartzarênicos) da área do empreendimento não apresentam potencial dereutilização para recuperação de possíveis áreas degradadas.

Conforme o quadro resumo de grupos de solos do Sistema de Avaliação da AptidãoAgrícola das Terras (EMBRAPA/CNPS), que demonstra as aptidões e potenciais de uso,destacando a predominância de solos tecnicamente e economicamente restritos e/ou inaptospara utilização em projetos agrícolas e/ou paisagísticos, os Neossolos Quartzarênicosexistentes na área do empreendimento estariam enquadrados no Grupo 6, cuja indicaçãopara preservação da fauna e flora adaptada caracteriza sua principal aptidão e potencial deuso.

No Grupo 6, as terras são normalmente impróprias para serem utilizadas em qualquer tipode cultivo, inclusive o de florestas comerciais, ou para produção de qualquer outra forma de

vegetação permanente de valor econômico, sendo utilizada apenas para proteção e abrigoda fauna e flora silvestre, ou ainda para fins de recreação e turismo.

Nos locais de maior densidade da cobertura vegetal, apenas a camada superficial commatéria orgânica poderá ser isolada, em caso de supressão de vegetação, para ser utilizadaem mistura de substrato e conseqüente reaproveitamento em enriquecimentos paisagísticos.

5.1.4.4. Caracterização físico-hídrico e química dos diversos tipos de solos.

Em função de não se tratar de um empreendimento agrícola, a descrição dos itens 5.1.4.1. e5.1.4.2. já atenderia intensamente o objetivo do presente estudo de licenciamento.

Entretanto serão feitas algumas considerações a seguir, já referenciadas parcialmente nositens anteriores.

Neossolo Quartzarênico Órtico

Em relação às características físico-hídricas, a reduzida quantidade de argila e a texturaextremamente arenosa (areia-areia franca) propiciam alta lixiviação e baixa capacidade deretenção de umidade. São formados por grãos simples, frouxo, não plástico e não pegajoso.

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O teste de infiltração que consiste na determinação da velocidade de entrada de água nosolo resulta normalmente numa infiltração rápida a muito rápida.

Estes solos são pouco desenvolvidos, profundos a muito profundos. Apresentam seqüênciade horizontes A e C. O horizonte A fraco é o mais comum na área do empreendimento,

sendo que eventualmente pode ocorrer A moderado nos terrenos com maior densidade decobertura vegetal e conseqüentemente mais rico em matéria orgânica.Quimicamente são pobres, referindo-se a solos ácidos, cuja baixa saturação de basescondiciona fertilidade natural muito baixa, baixa capacidade de troca de cátions (valor T),refletindo o baixo potencial de armazenamento e disponibilidade de nutrientes.

Neossolo Quartzarênico Hidromórfico

Em relação às características físico-hídricas, a textura extremamente arenosa (areia-areiafranca) propicia alta lixiviação e baixa capacidade de retenção de umidade, entretanto aprofundidade do lençol freático e a intensidade das precipitações pluviométricas

condicionam a oscilação do lençol freático e a oferta de água normalmente em excesso nascamadas sub-superficiais limitam o fluxo vertical. O horizonte A e o horizonte C sãoformados por grãos simples, frouxo, não plástico e não pegajoso. O teste de infiltração queconsiste na determinação da velocidade de entrada de água no solo e mede a capacidade dosolo de absorver água, resulta normalmente numa infiltração de muito lenta a moderada nohorizonte A, conforme a profundidade do lençol freático e a intensidade pluviométrica doperíodo.

Quimicamente são muito pobres, com soma e saturação de bases muito baixas, enormalmente álicos com saturação de alumínio superior a 50 %.

5.1.4.5. Determinação do coeficiente de permeabilidade dos solos.

Classes de drenagem / Coeficiente de permeabilidade

O teste de infiltração mede a capacidade do solo de absorver água e o teste depermeabilidade mede a velocidade da água no interior da massa do solo. Optou-se emsintetizar genericamente a seguir, as informações em classes de drenagem, pois referem àquantidade e rapidez com que a água recebida pelo solo se escoa por infiltração eescorrimento, conforme a duração de período em que permanece úmido, molhado ouencharcado. As classes de drenagem informam tecnicamente o comportamentocaracterístico das águas nos solos, constituindo em uma importante informação ao estudo

inicial de viabilidade ambiental do projeto.

Diante do objetivo de licenciamento de um empreendimento turístico e predominância desolos com inviabilidade de aproveitamento e/ou reutilização agrícola - paisagística,inicialmente não há necessidade de detalhamento dos coeficientes de permeabilidade, queserão dados secundários para planejamentos futuros de implantação do empreendimento,entretanto é factível estabelecer as classes de permeabilidade dos solos da área doempreendimento, diante das características físicas já bastante conhecidas dos Neossolos

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Quartzarênicos. Algumas escavações realizadas na área do empreendimento para simplesreconhecimento dos solos demonstram a variação de profundidade do lençol freático, econseqüentemente, é natural que haja um estudo local de sondagem e índice depermeabilidade em cada projeção de construção civil, diante da variação de permeabilidadelocalizada influenciada pela profundidade do lençol freático.•

 Solos excessivamente drenados:A água é removida do solo muito rapidamente; os solos com esta classe de drenagem sãomuito porosos, de textura arenosa, e bem permeáveis, definindo predominantemente classede permeabilidade muito rápida.

Os Neossolos Quartzarênicos Órticos estão enquadrados nessa classe de drenagem.

• Imperfeitamente drenados a mal drenados:

 Imperfeitamente drenados: a água é removida do solo lentamente, de tal modo que este

permanece molhado por período significativo, mas não durante a maior parte do ano. Ossolos com esta classe de drenagem comumente apresentam uma camada de permeabilidadelenta no solum, lençol freático alto, adição de água através de translocação lateral interna oualguma combinação destas condições.

 Mal drenados: a água é removida do solo tão lentamente que este permanece molhado poruma grande parte do ano. O lençol freático comumente está à superfície ou próximo deladurante uma considerável parte do ano. As condições de má drenagem são devidas a lençolfreático elevado, camada lentamente permeável no perfil, adição de água através detranslocação lateral interna ou alguma combinação destas condições.

O teste de permeabilidade em presença do lençol freático é indicado normalmente paramedir o fluxo horizontal do movimento de água no interior do solo, em áreas comproblemas de drenagem, ocorrendo algumas variações de velocidade de movimento daágua, conforme a profundidade do lençol freático e a medição do tempo de recarga em cadalocal.

Os Neossolos Quartzarênicos Hidromórficos estão enquadrados nessas classes dedrenagem.

5.1.4.6. Mapeamento dos solos na área de influência direta na escala 1:2.000 e a área

de influência indireta na escala 1:25.000Os mapas encontram-se no volume de anexos da mesma forma que as análises físicas equímicas de solos semelhantes ao da área do empreendimento, no litoral Norte da Bahia..

 5.1.5 Recursos Hídricos

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5.1.5.1 Hidrogeologia

Caracterização dos aqüíferos situados na área de influência do empreendimento e de suainfra-estrutura básica analisando os seguintes aspectos:5.1.5.1.1 Zonas de capacidade de carga e descarga;

As bacia hidrográficas do Recôncavo Norte, de um modo geral, apresentam condiçõesbastante privilegiadas no que diz respeito à ocorrência de águas subterrâneas. Inseridas numambiente geológico extremamente favorável, estas bacias mostram um potencialhidrogeológico que se caracteriza como um dos melhores do estado, tanto em quantidadecomo em qualidade (PDRH, 1996).

O empreendimento encontra-se em uma área de sistema Aqüífero Granular Fissural. Nestedomínio a ocorrência de água está associada aos sedimentos da Formação Barreiras, quefuncionam como alimentadores para aqüíferos da área e aos depósitos aluvionares, ou seja,toda região contribui para a recarga desta camada granular e uma parcela da água que

infiltra mais profundamente preenche as fissuras que se encontram no embasamentocristalino.

As vazões neste aqüífero mostram-se bastante promissoras, com uma média de 10,80m³/h.Os altos valores de vazão deste domínio devem-se principalmente ao alto índicepluviométrico da região. Portanto as zonas de capacidade de carga e recarga é toda a área,haja vista que a recarga é garantida pelo considerável índice pluviométrico da região.

Trata-se de um grupo litológico representado por areias cinza esbranquiçadas, bemarredondadas e selecionadas, com granulometria fina a média, associado à matériaorgânica, com presença de níveis de arenitos silificados e compactos. Este pacote

sedimentar recobre superficialmente as rochas do Embasamento Cristalino. Apesar dapequena espessura observada na área, sua constituição litológica superficial, permite umaelevada taxa de infiltração com recarga da zona saturada rapidamente.

5.1.5.1.2 Qualidade das águas subterrâneas

A qualidade das águas subterrâneas depende do ambiente físico, bem como da origem emovimento da água. Segundo o PDRH (1996), a qualidade das águas contidas no aqüíferogranular-fissural é, de uma maneira geral, bastante satisfatória, apresentando os seguintesvalores médios dos parâmetros de qualidade: pH 7,42; sólidos totais (mg/l) 656,72; dureza

298,24; condutividade (uS/cm) 1.693,00; e cloretos (mg/l) 152,37 (PDRH, 1996). Istoevidencia que esta água é de boa qualidade para o consumo humano

epara

outrasutilizações.

5.1.5.1.3 Localização, quantificação, natureza, geometria, litologia, estrutura e profundidade dos aqüíferos

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 Tanto na parcela granular quanto nas fissuras que compõem o aqüífero da região é difícil seobter a profundidade sendo necessário a realização de estudos envolvendo, inclusive,procedimentos da geofísica para estabelecer a profundidade média neste tipo de SistemaAqüífero.

No entanto pode-se ter uma idéia da profundidade do aqüífero analisando-se os dadoscontidos no PDRH (1996) que cadastrou 128 poços neste sistema e verificou-se que aprofundidade média dos poços é de 53,68m com nível estático (NE) em média de 6,60m,nível dinâmico (ND) 28,29m. Neste sistema os menores valores foram observadosprincipalmente na zona costeira, onde em alguns trechos o lençol freático aflora formandolagoas.

5.1.5.1.4 Relação das águas superficiais e de sub-superfície com o ambiente marinho

Os rios da região são de modo geral perenes, essa perenização se deve às precipitações, queproduzem escoamento superficial e recarga dos aqüíferos. Havendo portanto, relação entreas águas superficiais e as subterrâneas, principalmente na manutenção de lagoas ou áreasalagadas, que são resultado do afloramento do lençol freático.

A influência do oceano no aqüífero pode ser analisada através da Cunha Salina. Esta podeter dimensões variando de poucos metros a muitos quilômetros, comprometendo aqualidade das águas subterrâneas. A determinação desta é bastante difícil de ser avaliada,devido à grande quantidade de variáveis envolvidas, tais como precipitação, declividade,transmissividade, permeabilidade entre outros.

A  priori o que se pode concluir é que na região, devido a pluviosidade, esta cunha salinanão afeta muito, o que pode ser comprovado pela qualidade da água subterrâneaspesquisada na região.

As vazões neste aqüífero mostram-se bastante promissoras, com uma média de 10,80m³/h.Os altos valores de vazão deste domínio devem-se principalmente ao alto índicepluviométrico da região.

A variação de vazões esta relacionada aos seguintes itens (PDRH, 1996):

.  • Variações na composição textural dos sedimentos (presença de argila, areia e/ou

cascalho) em proporções variadas;.  • Variações na profundidade da interface sedimento/embasamento cristalino,criando acumulações locais de água;.  • Variações locais nas direções de fluxo subterrâneo;.  • Contribuição local de água proveniente de fraturas no embasamento subjacente,alcançadas por alguns poços.

1.  5.1.5.1.5 Condições de consumo, considerando a localização, tipos de captação

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utilizada pela população local2.  5.1.5.1.6 Cadastramento e mapeamento georreferenciado de poços e fontesexistentes na área de influência direta e indireta acompanhado da respectiva ficha técnica,caso existente.

A área encontra-se em zona rural não havendo habitações na área de Influência doempreendimento nem no seu entorno.Não foi registrada a ocorrência de poços ou fontes na área de influência direta ou indiretada empreendimento.

5.1.5.2 Hidrologia superficial

Caracterização hidrológica das bacias hidrográficas da área de intervenção doempreendimento e sua infra-estrutura básica utilizando as series históricas dos dadosexistentes, incluindo:

5.1.5.2.1 Rede hidrográfica, contendo localização do empreendimento, características físicas da bacia hidrográfica e identificação de estruturas hidráulicas existentes,acompanhado do diagrama unifilar 

A área de interesse para o empreendimento está inserida em uma região denominada deBacias do Recôncavo Norte mais especificamente na Bacia do rio Pojuca.

Este rio nasce na Serra de Mombaça, município de Santa Bárbara, tendo como principaisafluentes os rios: Salgado, Camurugipe e Catu. È o rio mais expressivo da região do

Recôncavo Norte, atravessando municípios como Terra Nova e Pojuca, nos quais recebeuma grande quantidade de dejetos domésticos e lixo. Na localidade de Terra Nova o rioencontra-se totalmente assoreado, chegando a desaparecer de seu leito natural, voltando asurgir na saída da cidade. Após a passagem por esses centros municipais o rio aindaconsegue se autodepurar, isto é, mostrar um estado de qualidade de suas águas bem maisaceitável, sendo utilizado para abastecimento de Praia do Forte, situada próxima à sua foz,e outras localidades, assim como para pesca amadora e banho.

A bacia hidrográfica deste rio é de aproximadamente 5.000 km² e o seu rio principal tem199km de extensão. Seu índice de forma é igual a 0,126, obtido pela fórmula Kf  = A/L

2

(onde: A é a área da bacia hidrográfica e L a extensão do rio principal), indica que é um rio

sem potencialidade para enchentes.

A rede hidrométrica deste rio possui em seu histórico sete estações fluviométricas operadaspela CPRM, no entanto, a estação mais próxima do empreendimento é a estação Tiririca,conforme é apresentado cadastro abaixo no quadro 03.

Quadro 03 – Cadastro de estação Tiririca do rio Pojuca

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CoordenadasÁrea de

drenagem(Km2 )

Código Nome daEstação

Cursod´água

Lat.

Período deobservação

Long.

50795000 Tiririca Pojuca 12o30´43´´ 38o04´00´´ 4.860,00 1961 a 2002

A seguir são apresentadas na figura 04 as vazões máximas, médias emínimas do rio Pojuca na estação de Tiririca. Pela observação dos gráficosé possível perceber que trata-se de um rio perene e que as vazões máximaselevam-se consideravelmente em relação as médias e mínimas, queocorrem nos meses de maio e junho em decorrência direta das chuvas.

eTiririca (Rio Pojuca).

A seguir é apresentado na figura 05 o perfil da seção transversal da estação Tiririca no riopojuca. Este representa a calha do rio na seção de Tiririca, local onde são realizadas asmedições de vazões.

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 5.1.5.2.2 Mapeamento das nascentes na área de influência direta do empreendimento

Não existem nascentes na área de influência do empreendimento. Na sua porção cento oesteobserva-se áreas de deflação em que o lençol freático aflora sazonalmente caracterizandonestas épocas os denominados Olhos D’água .

5.1.5.2.3 Produção de sedimentos na bacia e o transporte de sedimentos nas calhas dosrios;

Não se aplica. Não existe cursos d’água na área do empreendimento.

5.1.5.2.4 Balanço hídrico da área de influência;

Entende-se por balanço hídrico a contabilidade de entrada e saída de água no solo. Suainterpretação traz aos interessados informações de ganho, perda e armazenamento da água.Numa escala de uma bacia hidrográfica a água que alcança a superfície do terreno a partirda precipitação excedendo a capacidade de infiltração do solo, provocará deflúviosuperficial pela ação da gravidade. Uma parte da precipitação que não chega a atingir asuperfície do solo é interceptada pela vegetação e evaporação. Da porção da água queinfiltra, parte permanece nos poros do solo, sendo lá mantida pelas forças mátricas e, sendoabsorvidas pelas raízes das plantas, grandes partes é transpirada.

A equação de conservação de massa para a bacia pode ser escrita como:

dV/dt = p-rsup-rsub-et

Onde: V volume de água armazenado na bacia hidrográfica;p taxa de precipitação;

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rsup taxa líquida de escoamento superficial;rsub taxa líquida de escoamentosubterrâneo.et taxa de evapotranspiração

Em longo prazo é considerada desprezível a taxa líquida de escoamento subterrâneo,quando comparada com as demais grandezas (PAIVA e PAIVA, 2001):

p-rsup-rsub-et = 0 et = p -rsup

Como a área de interesse do presente estudo não possui dados foram utilizadas nasimulação do balanço hídrico as médias anuais de longo período (p= 1.870 mm e et = 1.300mm) para obter-se a taxa líquida de escoamento superficial, resultando:

rsup = 1.870 – 1.300 rsup = 570 mm/ano

Multiplicando esta taxa pela área do empreendimento e transformando as unidades demm/ano para m³/s, obtém-se uma idéia da grandeza da vazão média anual na bacia:

Qme = 5t0 (mm\ano) x 2,131867km² Qme = 10,65 m³/s5.1.5.2.5 Vazão máxima, média e mínima para os corpos d ’água a serem impactados pelo

empreendimento;

Inexistem corpos d’água a serem impactados pelo empreendimento.

5.1.5.2.6Estudo de parâmetro morfométricos das lagoas;

Inexistem lagoas na área de influência direta do empreendimento.

5.1.5.2.7Características físicas, dos corpos d ’água na área de influência doempreendimento e de sua infra-estrutura básica, tais como: rios, riachos, olhosd ’água, nascentes etc., de caráter permanente ou intermitente, profundidade delençol freático e relação com as águas superficiais;

Os olhos d’água existentes na área de influência direta do empreendimento são sazonais sóaflorando em períodos de alta pluviosidade.

Estes olhos d’água formam áreas inundadas com espelho d’água que atinge profundidadeem torno de 60cm. Na zona de ocorrência destes recursos hídricos o nível freático encontra-se próximo à cota de 7m.

5.1.5.2.8Condições atuais de proteção aos corpos d ’água, especialmente aqueles utilizadoscomo mananciais de abastecimento e que poderão ser afetados direta e

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indiretamente pelas atividades relacionadas ao projeto nas fases de implantaçãoe operação;

As áreas de deflação onde aflora sazonalmente o lençol freático se encontram em zona ruralonde as condições ambientais do seu entorno estão em excelente estado de preservação.

5.1.5.2.9Caracterização da qualidade dos corpos d ’água que serão utilizados e/ouafetados pelo empreendimento, apresentando laudos de análise físico-química ebacteriológica, considerando no mínimo os seguintes parâmetros: alcalinizaçãototal, pH, dureza total, turbidez, cor real, condutividade, cloreto, DQO, sólidostotais, OD, nitrogênio, nitrato, nitrogênio amoniacal, fósforo total, DBO,coliformes fecais, coliformes totais, ferro total, N total (Kjeldahl), temperatura,apresentando os respectivos laudos técnicos;

Não existem corpos d’água a serem afetados pelo empreendimento , entretanto, foi

realizado um diagnóstico da qualidade da água e organismos aquáticos da lagoa deTimeantube que se limita à oeste com a área do empreendimento e está incluída na área deinfluência indireta do empreendimento.5.1.5.2.10 Nos lagos mais profundos que 2,00 m deverão ser analisadas amostras à

superfície e fundo para determinar o estabelecimento de estratificação térmica,analisando os mesmos parâmetros utilizados para caracterização dos corposd ’água;

Não se aplica

5.1.5.2.11 Descrição dos diferentes usos das águas;

Não se aplicaREFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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GAIA CONSULTORIA EM RECURSOS NATURAIS LTDA

WIHELM HERMMANN KLAUS PETERS

EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE

VOL III – MEIO BIÓTICO

EIA/RIMA -ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVORELATÓRIO DE IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

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ÁREA SITUADA A NORTE DA VILA DE PRAIA DO FORTE, MUNICÍPIO DE MATA DE SÃO JOÃO

SALVADOR, ABRIL DE 2004EQUIPE TÉCNICA DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO MEMORIAL

DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE– EIA/RIMA

Bolzico & Associado Carlos Gregório de Souza – Arquiteto Responsável -CREA -BA27.895/D e-mail: [email protected] Telefone: (71) 676-0061

EQUIPE TÉCNICA DA GAIA CONSULTORIA EM RECURSOS NATURAISLTDA, RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS DO EIA/RIMA

MEIO FÍSICOGilberto Trioschi Guerra – Coordenação Geral – Geólogo -CREA: 17.406 / D e-mail:[email protected] Telefone: (71) 9102-7275

José Mácio Falcão Ferreira – Coordenação Geral – Geólogo -CREA: 9151 / D e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9147-6344

João Ilton Ribeiro de Oliveira -Eng. Civil -CREA 100.726 – D

José Maurício O. da Silva Costa -Eng. Sanitarista e Ambiental -CREA: 36.520 / D

Ricardo Alves -Eng. Agrônomo-CREA: 20.541 / D

MEIO BIÓTICO – ECOSSISTEMAS TERRESTRES

Adriano Adamsom Paiva -Coordenação Setorial – Biólogo -CRBIO: 14.791 / 5 e-mail:[email protected] Telefone: (71) 9981-1896

Christiano Marcelino Menezes – Biólogo -CRBIO: 27.384 / 5

Gabriella Almeida de Faria – Bióloga -CRBIO: 27.049 / 5

Vanessa Íris Silva -Estagiária de Bióloga

MEIO BIÓTICO – ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

Luiz J. Cardoso Quaglia -Coordenação Setorial -Msc.Biólogia -CRBIO: 03.846 / 5

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email.: [email protected] Telefone: (71) 335-4993

André Bonfim -Biólogo,Bsc -CRBIO 27860/5/D

Nívea Roquilini Santos Silva -Bióloga, Bsc, Msc -CRBIO 27861/5/D

MEIO SOCIOECONÔMICO

Ivana Tavares Muricy – Coordenação Setorial -Socióloga -Msc em Ciências Sociais e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9979-1201

Ana Carla Souto Rocha -Antropóloga -Msc em Ciências Sociais

Cristiane Santos Souza -Socióloga -Msc em Ciências Sociais

Fábio Baqueiro Figueiredo -Estudante História (UFBA)

Estagiários do Meio Sócio Econômico

Daiana dos Santos Pereira Daiana Portela Karolina Ferreira Matos Renata Abu-Chacra deAlmeida

Sumário

4 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO ..................... 5

4.1 DELIMITAR EM MAPAS GEORREFERENCIADOS AS ÁREAS QUE SERÃO AFETADAS DIRETA (ESCALA

1:2000) OU INDIRETAMENTE (ESCALA 1:25.000) PELO EMPREENDIMENTO ............................................... 5

4.2 IDENTIFICAR E APRESENTAR MAPEAMENTO GEORREFERENCIADO EM ESCALA 1:2.000, DAS ÁREAS

DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, ÁREAS VERDES E RESERVA LEGAL, CASO SE APLIQUE

........................... 5

4.3 APRESENTAR PLANTAS GEORREFERENCIADAS DO PROJETO (MASTER PLAN), PLOTADAS SOBRE

FOTOS AÉREAS GEORREFERENCIADAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO........................................................... 5

4.4 APRESENTAR PLANTAS GEORREFERENCIADAS DO PROJETO (MASTER PLAN) SUPERPOSTAS AO

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ZONEAMENTO DA APA DO LITORAL NORTE NA ESCALA 1:25.000 ............................................................5

4.5 APRESENTAR A JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA E INCIDÊNCIA DOS

IMPACTOS. ................................................................................................................................................ 5

5.2 MEIO BIÓTICO .............................................................................................................................. 7

5.2.1 Ecossistema Terrestre.......................................................................................................... 7 

6 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.............................................................................................. 175

6.1 APRESENTAR AS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EXISTENTES NA ÁREA DE

INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA, IDENTIFICANDO OS DECRETOS DE CRIAÇÃO, CATEGORIA, ÁREA DE

ABRANGÊNCIA E AVALIAÇÃO DAS INTERFERÊNCIAS DO EMPREENDIMENTO; ........................................ 175

6.2 APRESENTAR MAPA GEORREFERENCIADO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM ESCALA

1:25.000 NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO; ................................................................... 175

6.3 APRESENTAR ESTUDOS DE ÁREAS COM POTENCIAL PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL, OBJETIVANDO O ATENDIMENTO AO ARTIGO 36 DA LEI 9.985/00REGULAMENTADA PELO DECRETO 4340/02 .......................................................................................... 175

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................. 176

APRESENTAÇÃO

O Relatório de Impacto no Meio Ambiente – RIMA, segundo a Resolução CONAMAnº001 de 23 de janeiro de 1986, deverá apresentar as conclusões do Estudo de ImpactoAmbiental – EIA, o qual teve por base o diagnóstico ambiental da área de influência doprojeto e as ações que incidirão sobre o ambiente.

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento Iberostar Praia do Fortefoi realizado com base no Termo de Referência elaborado pelo Centro de RecursosAmbientais – CRA, em anexo, parte integrante do Processo de Licença de Localização nº2003-005693/TEC/LL-0052. É importante registrar que este EIA/RIMA seguiu a

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itemização proposta pelo Termo de Referência, que teve como objetivo direcionar eespecificar o referido estudo.

O empreendedor deste projeto é o Sr. Wihelm Hermmann Klaus Peters,que em parceria com o grupo espanhol IBEROSTAR vem desenvolvendo

o projeto em apreço. O Sr. Klaus é pioneiro no desenvolvimento de projetosturísticos no Litoral Norte, a exemplo do ECORESORT PRAIA DO FORTE.O grupo IBEROSTAR ocupa lugar de destaque no meio turístico, tendoimplantado 70 hotéis, distribuídos por 23 diferentes países, além deagência de viagens, operadoras de turismo e companhia aérea.

O instrumento de avaliação dos impactos ambientais visa gerar as informações necessáriasà tomada de decisão pelo Poder Público, quanto à viabilidade ambiental de umempreendimento ou atividade, comparando-se alternativas locacionais e/ou tecnológicas deprojeto.

Neste processo de avaliação os impactos são identificados e avaliados sistematicamente,após definição da área de influência direta e indiretamente afetada pelos impactos, efinalmente apresentados os resultados dos estudos ao poder público e à comunidade.

Integrando este Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto no MeioAmbiente – EIA/RIMA, constam sete volumes:

Volume I – Caracterização do Empreendimento; VolumeII -Diagnóstico Ambiental do Meio Físico;Volume III – Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico;

Volume IV Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico;

Volume V Avaliação dos Impactos Ambientais, englobando a sua identificação e aanálise dos efeitos diretos e indiretos decorrentes do planejamento, daimplantação e da operação do empreendimento;

Volume VI Volume de Anexos;

Volume VII -Relatório de Impacto no Meio Ambiente – RIMA que sintetiza todoo Estudo elaborado.

Este volume tem por objetivo apresentar o diagnóstico ambiental do meio biótico,de forma a subsidiar o processo de análise da Avaliação dos Impactos Ambientaissob este meio.

4 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

4.1 Delimitar em mapas georreferenciados as áreas que serão afetadas direta (escala1:2000) ou indiretamente (escala 1:25.000) pelo empreendimento

O mapa das áreas de influência direta e indireta encontra-se no volume de anexos. Embora

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o Termo de Referência solicite a espacialização da área de influência direta doempreendimento na escala 1:2000, para a do meio biótico seria impossível, poisextrapolaria o tamanho da maior prancha padrão (A0), dadas as dimensões estabelecidaspelo estudo. Desta forma, as plantas foram plotadas na escala 1:2500.

4.2 Identificar e apresentar mapeamento georreferenciado em escala 1:2.000, dasáreas de preservação permanente, áreas verdes e reserva legal, caso se aplique

Os mapas delimitando as áreas de preservação permenente e áreas verdes encontram-se novolume de anexos. Embora o termo de referência solicite a espacialização das áreas naescala 1:2000, seria impossível, pois extrapolaria o tamanho da maior prancha padrão (A0),dadas as dimensões estabelecidas pelo estudo. Desta forma, as plantas foram plotadas naescala 1:2500.

4.3 Apresentar plantas georreferenciadas do projeto (Master Plan), plotadas sobrefotos aéreas georreferenciadas da área de intervenção

A planta do projeto sobre as fotos aéreas georreferenciadas encontra-se no volume deanexos.

4.4 Apresentar plantas georreferenciadas do projeto (Master Plan) superpostas aozoneamento da APA do Litoral Norte na escala 1:25.000

A planta do projeto superposto ao zoneamento da APA encontra-se no volume de anexos.

4.5 Apresentar a justificativa da definição das áreas de influência e incidência dosimpactos.

A delimitação da Área de Influência Direta do Meio Biótico diferencia-se das demais,tendo em vista a necessidade de relacionar aspectos da flora e fauna da gleba e região dePraia do Forte. Observou-se que a influência direta do empreendimento sobre a faunaapresenta área mais abrangente, portanto adotada para este estudo. Considerou-se que asintervenções previstas na gleba provocarão diretamente o afugentamento de grande parte dafauna para as áreas imediatamente adjacentes integradas ao sistema de lagoas deTimeantube e Jauarinha e respectiva mata ciliar. Por outro lado, embora antropizadas, asáreas posicionadas imediatamente a sudoeste e nordeste da gleba são naturais vetores defuga e áreas de refúgio de algumas espécies. Desta forma fica estabelecida como área deinfluência direta do empreendimento no Meio Biótico a gleba propriamente dita,acrescentada de uma faixa que a contorna com largura aproximada de 250 metros, medidaesta correspondente a largura das lagoas citadas nas proximidades do empreendimento erespectivas matas ciliares.A implantação do empreendimento por sua vez, suscitará o salvamento da fauna capturadadurante a efetivação das intervenções. Estes animais deverão ter como destino as reservasde Sapiranga e Camurujipe que reúnem expressiva cobertura vegetal e área bastante para

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receber estes animais. Assim sendo fica estabelecida a área de influência indireta,representada pelas poligonais das reservas citadas.

Foto 01 -Limites da Mata de Restinga (Área de Influência Direta).

Foto 02 -Limites da Formação de Ericácea (Área de Influência Direta).

Foto 03 -Limites da Formação de Clusia (Área de Influência Direta).

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 5.2 Meio Biótico

Neste item, serão apresentados os dados e principais características da fauna e floraregional, de tal forma que se permita uma análise adequada da estrutura e função ecológica

dos elementos vivos predominantes na área de influência do projeto.

 5.2.1 Ecossistema Terrestre

5.2.1.1. Vegetação

Ao longo da costa brasileira, encontram-se planícies formadas por sedimentos terciários equaternários depositados predominantemente nos ambientes marinho, continental etransacional, particularmente às quais Lacerda et al. (1987), define como o conjunto deformações geomorfológicas e as diferentes comunidades biológicas que as ocupam.

Segundo Pereira, 2002 (com. pess.) restringem-se às restingas as comunidades vegetaislocalizadas sobre sedimentos quaternários que constituem as planícies costeiras.

Suguiu & Tessler (1984) ressaltam a dificuldade de conceituar as restingas devido aosinúmeros significados encontrados na literatura brasileira, apesar desta encontrar-se semprerelacionado aos ambientes costeiros. Os mesmos autores, admitindo o uso do termorestinga às planícies arenosas quaternárias, apontam como fatores de sedimentação dessesambientes a disponibilidade de sedimentos arenosos, corrente da deriva litorânea,flutuações do nível relativo do mar e feições costeiras que propiciam a retenção desedimentos.

Uma das primeiras tentativas de classificação destes ambientes foi feita por Karl P. VonMartius (1824) que incluiu toda a região litorânea na província denominada “Dryas”.Considerando fitofisionomias distintas, Ule (1901), em descrições da restinga de CaboFrio-RJ distinguiu formações vegetacionais as quais denominou “Restinga de Ericácea”,“de Myrtaceae”, “de Clusia” e “de Pântano”.

Diferentes composições florísticas e fisionômicas ao longo da costa brasileira dificultamo estudo em separado das suas respectivas tipologias. Segundo Ormond (1960), as restingasencerram inúmeras formas vegetacionais de características próprias, a partir de uma relaçãoparticular com o ambiente. A multiplicidade de processos sedimentares formadores dosambientes primários das restingas, cria um mosaico complexo e heterogêneo de habitats,

originando comunidades definíveis como unidades físicodinâmicas independentes. Aheterogeneidade vegetacional. observada nas restingas é também considerada por Rizzini(1979), ao utilizar o termo “complexo da restinga”, demonstrando a complexidade deformações. Henrriques et al. (1986), utilizando-se dos conceitos abordados por Ule (1901),descreve 7 (sete) formações na restinga de Carapebus-RJ dentre as quais 2 (duas) sãoconsideradas formações fechadas, Formação de Mata de Restinga e Formação de MataPaludosa e 5 (cinco) consideradas como formações abertas, Formação Praial-Graminóide,Formação de Pós-Praia, Formação Graminóide com arbustos, Formação de Ericácea e

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Formação de Clusia (formações de moitas).No estado da Bahia raros trabalhos sobre esta temática foram publicados, pouco se sabesobre a estrutura e dinâmica desses ambientes. De grande importância são os trabalhos deBrito et al. (1984; 1993) nas dunas e lagoas do Abaeté, Salvador-BA e o de Pinto et al.

(1984), que se destaca por ser o único estudo publicado que encerra descrição e aspectos

fitofisionômicos da restinga do Litoral Norte da Bahia.A questão acerca da origem e dinâmica das restingas, quanto ao que hoje observamos deveser tratada como fruto de ações antropogênicas que muito tempo assolam a costa brasileira,apenas um estágio sucessório de colonização vegetal ou fisionomias distintas que encerramunidades biológicas independentes? Tais questionamentos são a essência dos estudosfitossociológicos atuais que infelizmente têm se concentrado nas costas sul e sudeste doBrasil.

Faz-se então de grande contribuição para o corpo de conhecimento das restingas da Bahia,o incremento de estudos florísticos e fitossociológicos no litoral baiano, através da

utilização de metodologias afins, que venham a somar com o corpo de informações sobre asrestingas do Brasil.

5.2.1.1.1. Descrição e caracterização da cobertura vegetal e uso do solo, considerando:

tipologias, extensão e distribuição das formações vegetais, acompanhadas de

carta da vegetação e uso do solo, georreferenciada em escala 1:25.000

A terminologia utilizada neste estudo segue os conceitos utilizados por Ule (1901), e queatualmente norteiam as principais pesquisas acerca da vegetação de Restinga, definindoformações distintas entre si, cada uma com especificidades no que se diz respeito àestrutura e dinâmica entre as espécies vegetais deste ambiente, e não somente no hábito efreqüência das espécies que baseiam as classificações atuais. De fato a complexa interaçãoentre as espécies nas áreas de restinga se reflete na heterogeneidade de suas fisionomias emprocessos que envolvem facilitação ou inibição entre espécies dos diferentes ambientes.Para o Nordeste tal terminologia ainda é praticamente desconhecida e, portanto segueabaixo legenda que relaciona a antiga classificação com aquela utilizada no presenteestudo.

.  • Formação Praial-Graminóide (Fpg) = restinga herbácea

.  • Formação de Clusia (Fc) = restinga arbustiva -arbórea

.  • Formação de Ericácea (Fe) = restinga arbustiva

.  • Formação de Mata de Restinga (Fmr) = restinga arbórea

* Para as áreas úmidas dominadas por Cuphea flava (Lythraceae) e Comolia ovalifolia

(Melastomataceae), recomenda-se a denominação de restinga sub-arbustiva.

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Formação Praial-Graminóide (Fpg)

Esta se encontra com diversidade de espécies reduzida quando comparada às outrasformações, sendo de largura pouco variável, não ultrapassando geralmente de 20m deextensão. Quanto à disposição das espécies, Blutaparon portulacoides aparece primeiro,

 juntamente com Panicum racemosum, ambas estoloníferas. Em seguida, vegetando nomesmo espaço e formando uma faixa contínua, Canavallia rosea e Ipomoea pes-caprae

(Foto 04) demonstram-se muito associadas, formando um “embaraçado” e denso sistema decaules prostrados, tornando o solo onde se encontram totalmente recoberto e a areia fixada,neste mesmo espaço ocorre também, porém com menos agressividade, Centrosema

virginianum e Chrysobalanus icaco (Foto 05), formando moitas monoespecíficas. Apósesta faixa, as demais espécies estão distribuídas de forma mais uniforme, com áreas de solodesnudo, destacando-se Remirea marítima, Centrosema virginianum, Stenotraphum

secundatum, Vernonia sp., Angelonia cornigera, Passiflora foetida, Antephora

hermafrodita, Stylosanthes viscosa, Chamessyse hissopifolia. A presença do coco-da-baia,Cocos nucifera, espécie característica e intimamente associada à vegetação litorânea do

litoral Baiano é marcante no praial-graminóide.

Foto 04 -Limites da Formação Praial-graminóide, ocorrendo Panicum racemosum, Canavallia rósea.

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Formação de Clusia (Fc)

Esta formação surge abruptamente após a formação praial-graminóide, distando cerca de150m da praia. Sua fisionomia é muito interessante, pois se apresenta como uma faixacontínua, alta e densa, quase que impenetrável, paralela à costa, com aproximadamente30m de largura. Nesta formação a Clusia hilariana assume posição central e de destaquenas moitas (Foto 06), destacando-se também em número de indivíduos.

Foto 06 -Clusia hilariana em destaque e de maior porte.

Dois “tipos” de moitas foram considerados, um mais “recente” (Foto 07), onde Clusia

hilariana não ultrapassa os 2m de altura e um mais “tardio” (Foto 08), na qual Clusia

hilariana pode chegar a atingir 15m de altura, com moitas que atingem aproximadamente30m de diâmetro. Nas moitas do “tipo recente”,  Hohenbergia littoralis, Cooccoloba

alnifolia, Syagrus schizophylla, se fazem sempre presentes, podendo ser encontradas

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também  Bactris bahiensis,  Aechmea multiflora, Cereus fernabusensis e arbustos de Byrsonima blanchetiana.

Foto 07 -Clusia hilariana em estágio inicial de colonização.

Foto 08 -Moita em estágio avançado da formaçãode Clusia.

Quanto às moitas do “tipo tardio”, em seu interior domina Syagrus schizophylla, comindivíduos maiores, cerca de 3m de altura, seguido de  Aechmea sp., também com

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indivíduos maiores, e poucos indivíduos de Anthurium affine. Em sua borda, é marcante apresença de Anthurium affine, juntamente com  Myrciaria floribunda, Coccoloba alnifolia, Manilkara salzmanii,  Murraya sp.,  Hohenbregia littoralis,  Dyospirus sp.. Vale ressaltar anítida produção de folhedo. No entre-moitas, destaca-se Allagoptera brevicalyx , que vegetasó sobre solo desnudo, enquanto que Comolia ovalifolia, Chamaecrista ramosa,

 Mitracarpus sp.,  Mitracarpus selloanus parecem colonizar o solo desnudo. Interessantetambém é o elevado recrutamento de plântulas de Syagrus schizophylla no interior dasmoitas do “tipo tardio”.

Entre as 4 formações, esta parece ser a mais descaracterizada, estando representada apenaspor remanescentes (Foto 09).

Foto 09 -Remanescente da Formação de Clusia.

Formação de Ericácea (Fe)

Distando cerca de 250m da praia logo após a formação de Clusia, aformação aberta de ericácea apresenta-se como um mosaico de moitas, deaspecto arbustivo baixo com dossel aproximado de 4m, separadas entre sipor corredores de vegetação herbácea onde se destacam Cuphea flava,

Cuphea brachiata e Comolia ovalifolia, areia desnuda ou indivíduosisolados da palmeira acaule Allagoptera brevicallyx (Foto 10). Cada moitaobedece a um padrão fisionômico bem definido nessa formação, Tabebuia

elliptica (Foto 11 e Foto12) e Manilkara salzmanii são dominantes nodossel, especialmente Tabebuia elliptica, que ocupa localização central ebem destacada na moita (Foto 13). Nesta formação é comum encontrarGaylussacia brasiliensis e Leucothoe revoluta, ambas ocorrendo em áreasde pouco sombreamento ou bordas de moitas , entretanto segundo dadosdo estudo fitossociológico,  Byrsonima blanchetiana apresenta maiordominância e freqüência absoluta de toda formação (dissertação demestrado em andamento). Entre as espécies observadas, grande parte écomum à formação de Clusia e algumas mereceram destaque por seremmencionadas na formação de mata de restinga, a exemplo de Tapirira

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guianenesis, Byrsonima sericea, Manilkara salzmanii e Protium

heptaphyllum, que aqui apresentaram altura variando entre 3,5 e 4m.

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Formação de Mata de Restinga (Fmr)

Esta formação, inserida em ZPR -Zona de Proteção Rigorosa, posicionada depois daformação de ericácea, prolonga-se por toda a zona litorânea da lagoa do Timaentube,dirigindo-se para formação de Mata Secundária sobre solo argiloso (Formação Barreiras).Em sua porção voltada para o oceano, as espécies arbóreas dominantes são:  Manilkara

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salzmanii, Tapirira guianensis, Cupania oblongifolia, Murraya sp., Coccoloba alnifolia,

Clusia hilariana, Emmotum affine que formam um dossel bem aparente, com 15m de alturaaproximadamente. Destas a Manilkara salzmanii se destaca com indivíduos mais robustos,alguns apresentando DAP de 1,75m, sua copa se apresenta maior que às das outrasespécies, com grande produção de folhedo. Os indivíduos de  Murraya sp. na formação

aberta encontram-se com pequeno porte, não ultrapassando os 2 m de altura, enquanto quena zona de transição podem atingir até 10m de altura, limitando-se à borda da Mata, juntamente com Coccoloba alnifolia. A flora do sub-bosque está dominada por Stromanthe

 porteana, seguida por  Anthurium affine, ocorrendo também de forma menos agressivaOeceoclades maculata. Nas áreas mais úmidas é nítido o alto recrutamento de plântulas deElaeis guianensis (dendezeiro), sendo também muito característica a presença daPterophyta  Blechum serrulatum formando densas populações. Na porção voltada para ocontinente, a vegetação torna-se mais densa, com o porte das árvores aumentando emdireção a mata secundária. Típico desta área são os piaçavais, populações muito extensas de Atallea funifera e a presença de Anacardium occidentale (cajueiro). Interessante também apresença de Hancornia speciosa (mangabeira), somente nesta porção da mata, limitada aos

cumes das elevações. Kielmeyera reticulata (Foto 14) e Chamaecrista cytisoides, foramencontradas somente nesta área. A transição entre a mata de restinga e mata secundária ébastante aparente. Nesta, indivíduos de espécies pioneiras como  Bowdichia virgilioides,

Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Cecropia sp.,  Jacaranda obovata podematingir até 20m de altura, sendo a camada do solo completamente arenosa. As espéciesepífitas são muito mais numerosas, com destaque para  Aechmea sp. (“xupa -xupa”),bromeliácea que nas outras formações neste estudo apresenta hábito terrestre (Foto 15).

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5.2.1.1.2. Identificação das espécies vegetais existentes incluindo listagem taxonômica,

especificando os diferentes estratos vegetais, usos, habitat 

Através de excursões mensais, durante 365 dias, em toda a área, foram coletadas nomínimo 05(cinco) amostras de espécimes vegetais vasculares férteis, incluindo todas asformas biológicas e abrangendo todas as fisionomias existentes. O material coletado foiprocessado segundo as técnicas usuais de herborização Moris et al. (1989), IBGE (1992) eincorporado ao herbário HRB – Herbário RADAMBRASIL (IBGE), onde foi identificadoou determinado. O sistema de classificação utilizado foi o de Cronquist, 1981 e para revisãonomenclatural foi consultado o site IPNI (International Plant Names Index).

EIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

16

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Adiantaceae  Nephrolepis sp. - Fmr

Amaranthaceae  Blutaparon portulacoides (A. St.-Hill) Mears - Fpg

Anacardiaceae  Anacardium occidentale L. “cajueiro” Fmr

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi “aroeira -de-praia” Fmr

Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. “pau -pombo” Fmr,FeAnnonaceae  Annona glabra L. “araticum -certiça” Fmr

Annonaceae  Xylopia aromatica Benth. “beiço -de-zé,“pindaíba” 

Fmr

Annonaceae  Xylopia laevigata Mart. - Fmr

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Apocynaceae  Allamanda cathartica L. - Fe

Apocynaceae  Mandevilla scabra (Roem. Ex Schult.) K. Schum. - Fe

Apocynaceae  Hancornia speciosa Gomez “mangabeira” Fmr

Apocynaceae  Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.) Woodson “leiteira”, janaúba” Fmr

Araceae  Anthurium affine Schott “folha -de-urubu” Fmr, Fe, F

Araliaceae  Didynopanax morototoni (Aublet) Dun & Planchon “morototó” Fmr

Arecaceae Syagrus coronota (Mart.) Becc. “licuri” Fmr

Arecaceae Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman “licurioba” Fmr, Fc

Arecaceae Elaeis guianensis Jacquin “dendezeiro” Fmr

Arecaceae  Atallea funifera Mart. ex. Spreng. “piaçava” Fmr

GAIAEIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Arecaceae  Bactris bahiensis Noblick “tucuni’ Fe

Arecaceae  Bactris setosa Mart. “mané -veio” Fmr

Arecaceae  Desmoncus ortachanthus Mart. “titara” Fmr

Arecaceae  Allagoptera brevicallyx M. Moraes “caxulé” Fe, Fc

Aristolochiaceae  Aristolochia trilobata L. Fmr

Asclepiadaceae Calotropis procera R. Br. “algodeiro -de-praia” 

Fe, Fc

Asteraceae Calea angusta Blake - Fe, Fc

Asteraceae Conyza sp. - Fe, Fc

Asteraceae Elephantopus hirtiflorus DC. - Fe

Asteraceae  Litothamus nitida W.C. Holmes - Fe, Fc

Asteraceae Prolobus nitidus (Baker) K. & R. - Fe

Asteraceae Vernonia sp. - Fe, Fc

Bignoniaceae  Jacaranda obovata Cham. “caroba” Fe, Fmr

Bignoniaceae Tabebuia elliptica (DC.) Snadw “pau -d’arco” Fe

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Blechnaceae  Blechum serrulatum Rich. - Fmr

Bromeliaceae  Aechmea blanchetiana (Baker) L. B. Smith - Fe, Fc

Bromeliaceae  Aechmea multiflora L.B. Sm. “xupa -xupa” Bromeliaceae  Aechmea sp. - Fe, Fc, Fm

Bromeliaceae  Hohenbergia littoralis L. B. Smith - Fe, Fc

GAIAEIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME

POPULAR

FORMAÇÕE

Burseraceae Protium heptaphyllum (Aublet) March “amescla” Fmr, Fe

Cactaceae Cereus fernambucensis (L.) Lam. - Fe, Fc

Cactaceae  Melocactus violaceus Pfeiffer “coroa -de-frade’ Fe, Fc

Cecropiaceae Cecropia sp. “embaúba” Fpg, Fmr

Caesalpinaceae Chamecrista ramosa (Vog.) I. & B. var. ramosa - Fe, Fc

Caesalpinaceae Chamecrista. cytisoides (Collad). I. & B. var.blanchetii (Benth.) I. & B.

- Fmr

Celastraceae  Maytenus distichophylla Mart. ex. Reiss. “pau -de-açúcar” Fe, Fc

Chrysobalanaceae Chrysobalanus icaco L. “guajiru” Fpg

Clusiaceae Clusia hilariana Schl. “canudeiro” Fe, Fc, Fm

Clusiaceae Kielmeyera reticulata Saddi “vaza -materia” Fmr

Commelinaceae Commelina sp. - Fc

Convolvulaceae  Ipomoea asarifolia (Desv.) Roem & Schult. - Fpg

Convolvulaceae  Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. - Fpg

Cyperaceae Eleocharis sp. - Lagoa doTmaentube

Cyperaceae Eleocharis geniculata (L.)Roem & Schult. “ junco” 

Cyperaceae  Langenocarpus sp. - Fe

Cyperaceae  Remirea maritima Aubl. “pinheirinho -da-praia” 

Fpg

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 GAIA

EIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Cyperaceae Scleria secans (L.) Urb. “tiririca” Fmr

Dilleniaceae Curatella americana L. “lixeira, cajueiro -banho” 

Fmr

Dilleniaceae  Davilla flexuosa St. Hil. - Fe, Fc

Dilleniaceae  Davilla rugosa Poir. “cipó -cabloco” Fe, Fc

Ebenaceae  Diospyrus sp. - Fe, Fc

Ericaceae Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meissner

-

Fe

Ericaceae  Leucothoe revoluta (Spreng.) DC. - Fe

Erythroxylaceae Erythroxylon passerinum Mart. - Fe, Fmr

Euphorbiaceae Chamessyse hissopifolia (L.) Small “quebra -pedra” Fpg

Euphorbiaceae Croton brasiliensis (Spreng.) Muell. Arg. - Fe, Fc

Fabaceae  Bowdichia virgilioides Kunth “sucupira” Fmr

Fabaceae Canavallia rosea (Sw.) DC. - Fpg

Fabaceae Centrosema virlginianum (L.) Benth. - Fpg

Fabaceae Crotolaria retusa L. - FeFabaceae Stylosanthes viscosa SW. - Fe

Flacourtiaceae Casearia sylvestris Sw. “cafezinho” Fe, Fmr

Heliconiaceae  Heliconia psittacorum L. - Fmr

Humiriaceae  Humiria balsamifera (Aubl.) St. Hil. “quiri” Fe

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Icacinaceae Emmotum affine Miers “aderno” Fe, Fc. Fm

Krameriaceae Krameria tomentosa St. Hil. - Fe, Fc

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Lauraceae Cassytha americana Nees - Fe, Fc

Lauraceae Ocotea notata (Nees) Mez “louro” Fe, Fc

Lecythidaceae Eschweilera ovata (Cambess.) Miers “biriba” Fmr

Lemnaceae  Lemna sp. - Lagoa do

Tmaentube

Lentibulariaceae Utricularia gibba Le Conte - Lagoa doTmaentube

Lentibulariaceae Utricularia hidrocarpa Vahl. - Lagoa doTmaentube

Lythraceae Cuphea brachiata Hoehne - Fe

Lythraceae Cuphea flava Spreng. - Fe, Fc

Lythraceae  Lafoensia sp.

-Fmr

Malpighiaceae  Byrsonima blanchetiana Miq. - Fe, Fc

Malpighiaceae  Byrsonima sericea DC. “muruci” Fmr, Fe, F

Malpighiaceae Stigmaphyllon paralias Juss. - Fe

Malvaceae Peltaea riedelli (Guerke) Standley - Fe

Malvaceae Pavonia cancellata (L.f.) Calv. - Fe

Malvaceae Sida cordifolia L. - Fe

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Malvaceae Urena lobata L. - Fe

Maranthaceae Stromanthe porteana A. Gris - Fmr

Melastomataceae Comolia ovalifolia (DC.) Triana - Fe, Fc

Melastomataceae  Miconia albicans (Sw.) Triana - Fe

Melastomataceae  Miconia amoena Triana “canela -de-velho” 

Melastomataceae  Miconia ciliata (Rich.) DC. - Fe

Melastomataceae Tibouchina sp. - Fmr

Mimosaceae  Mimosa pudica L. - Fe

Mimosaceae  Inga fagifolia (L.) Willd. “ingá” Fmr

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Moraceae Ficus cluseifolia Schot - Fmr

Moraceae Ficus gomelleira Kunht & Bouché “gameleira” Fmr

Myrtaceae Calycopus legrandii Mattos - Fe, Fmr

Myrtaceae Eugenia uniflora L. “pitanga” Fe

Myrtaceae  Myrcia sp.1 - Fmr, Fc

Myrtaceae  Myrcia sp.2 - Fmr, Fc

Myrtaceae  Myrciaria floribunda (H. West ex. Willd.) Legrand “cambuí ” Fc

Myrtaceae Psidium araça Raddi “araçá” Fmr

Nyctaginaceae Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell - Fe

Nymhaeaceae  Nymphaea sp. -

Ochnaceae Ouratea suaveolans (St. Hil.) Engler - Fe, Fc

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

OnagraceaeLudwigia octovalis

- Lagoa doTimaentube

Orchidaceae  Brassavola cebolleta Rchb.f. - Fe, Fmr

Orchidaceae Catasetum discolor Lindl. - Fe, FmrOrchidaceae Cyrtopodium paranaense Schltr. - Fe, Fmr

Orchidaceae Encyclia dichroma (Lindl.) Schltr. - Fe, Fmr

Orchidaceae Epidendrum cinnabarinum Salzm. - Fe

Orchidaceae Epidendrum elongatum Jacquin - Fe

Orchidaceae Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. - Fmr

Orchidaceae Pleurotallis sp. - Fe

Orchidaceae Vanilla bahiana Hoehne - Fe, Fmr

Passifloraceae Passiflora foetida L. - Fpg

Poaceae  Antephora hermafrodita (L.) Kuntze - Fpg

Poaceae  Aristida longifólia Trin. “barba -de-bode” Fe

Poaceae Cenchrus echinatus L. “carrapicho -de-praia” 

Fe

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Poaceae  Dactylonctenium aegyptium (L.) Beauv. “pé -de-periquito” Fpp

Poaceae Eragostris bahiensis Schrad. - Fe

Poaceae  Hymenache amplexicaule (Rudge) Nees - Fe

Poaceae Panicum decipiens Nees - Fe

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Poaceae Panicum dichotomiflorum Michx. - Fe

Poaceae Panicum sp1 - Fmr

Poaceae Panicum racemosum P. Beauv.-

Poaceae Panicum sp2 - Fmr

Poaceae Paspalum scutattum Nees ex. Trin - Fe

Poaceae Spartina alterniflora Loiesel. - Fpg

Poaceae Stenotaphrum secundatum (Walter) Kuntze “grama -de-praia” Fpg

Polygalaceae Polygala cyparissias St. Hil. “vicky” Fe

Polygonaceae Coccoloba alnifolia Casar “bují ” Fe, Fc, Fm

Polypodiaceae Polypodium sp. - Fmr

Pontederiaceae Eichornia sp. - Lagoa doTimaentube

Rubiaceae  Alibertia edulis A Rich. Ex. DC. “marmelo” Fe

Rubiaceae Guettarda platypoda DC. - Fe

Rubiaceae  Mitracarpus selloanus Cham. et . Schl. - Fpg

Rubiaceae Tocoyena formosa (Cham. et Schldl.) K. Shum. “genipapinho” Fe

Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart. - Fe

Rutaceae  Murraya sp. - Fe, Fc, Fm

Sapindaceae Cupania oblongifolia Mart. “camboatá” Fe, Fmr

Sapindaceae Serjania salzmanniana Schldl. “tinguí ” Fmr

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOMEPOPULAR

FORMAÇÕ

Sapotaceae  Manilkara salzmanii (A DC.) Lamarck “massaranduba -de-praia” 

Fe, Fc, Fm

Sapotaceae Pouteria grandiflora (A. DC) Baehni-

Fe, Fmr

Schrophulariaceae  Angelonia cornigera Hook. - Fpg

Smilacaceae Smilax sp. “salsaparrilha” Fe, Fc, Fm

Sterculiaceae Waltheria cinerascens A. St. Hil. - Fe

Theaceae Ternstroemia brasiliensis Cambess - Fmr

Velloziaceae Vellozia dasypus L. B. Smith “canela -de-ema” Fmr

Verbenaceae  Lantana sp. “camará” Fe

GAIA

5.2.1.1.3. Realização de estudos fitossociológicos, com a estimativa dos parâmetros de

estrutura horizontal, tais como; densidades absoluta e relativa, freqüência,

dominâncias absoluta e relativa, índice de valor de importância, índice de

valor de cobertura e índice de diversidade

Metodologia

Fitofisionômia da Restinga

O estudo concentrou-se na formação de moitas de restinga (12°35’56 ’’S; 38 °W) que épredominante tanto na área de intervenção como na área de influência direta, denominadade Formação de Ericácea.

Levantamento Planialtimétrico e Demarcação da Área de Estudo

Para o levantamento planimétrico, foi feita a locação da área definida, sem necessidade dedesmatamento, compreendendo um trecho total de 660 m, estaqueado a cada 20 m,perfazendo um total de 33 estacas, incluindo estacas fracionárias.

Partindo do nível do mar como ponto de referência, utilizou-se o instrumento Níveltopográfico modelo Wild N-2, com o apoio da mira fez-se a leitura de ré e deu-se início aolevantamento altimétrico. Partindo da estaca zero, seguindo até as estacas fracionárias edando seqüência até a estaca 33 + 2,00 nas margens da lagoa do Timeantube. Em seguidafoi realizado o contra nivelamento para conferência e fechamento das cotas. Para leitura einterpretação dos dados foi utilizado o Programa Cad 14. Iniciou-se o estaqueamento até aestaca 10 + 14,00, referente ao início da área de estudo, seguindo até a estaca 15 + 14,00, a

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qual finaliza o limite da área de estudo. O levantamento continuou até a estaca 33 + 2,00representadas pelas margens da lagoa do Timeantube. Para leitura foi utilizado o ProgramaCad 14.

Análise FitossociológicaUm grid de 100X100m (1ha) dividido em 16 parcelas contíguas de 25X25m (625m

2

) foidemarcado e todas as moitas inseridas total ou parcialmente, foram marcadas (Foto 16). Amarcação com etiquetas plásticas presas ao indivíduo central e de maior destaque na moitapor fio de nylon.

Por moita considerou-se a ocorrência simultânea de 2 ou mais indivíduos, lenhosos ou não,com sobreposição de copas igual ou superior a 30cm, separadas entre si por espaço desnudoou por vegetação arbustiva baixa. Na presença de moitas monoespecíficas, era escavado olocal onde havia ramificação do caule até no máximo 50cm a fim de determinar se os

indivíduos encontravam-se isolados ou não.A coleta dos dados restringiu-se aos indivíduos lenhosos enraizados na área demarcada,cujas circunferências na altura do solo (CAS) fossem iguais ou superiores a 5cm.

Foram anotados dados referentes à identificação, altura e número da parcela na qual oindivíduo foi encontrado.Os indivíduos não identificados no campo foram coletados, herborizados e conduzidos aoHerbário RADAMBRASIL-HRB do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE,onde se encontra depositado.

Os parâmetros fitossociológicos utilizados para o estudo da estrutura da comunidade foramcalculados através do Programa FITOPAC VERSÃO 1, e são eles:

.  • Densidade absoluta -DA

.  • Densidade relativa -DR

.  • Dominância Absoluta -DoA

.  • Dominância relativa -DoR

.  • Freqüência absoluta -FA

.  • Freqüência relativa – FR

.  • Índice de valor de importância -IVI

.  • Índice de valor de cobertura -IVC

Análise Fitossociológica

Em 1 ha foram demarcadas 16 parcelas de 25 m2

cada, onde foram encontrados 1.174indivíduos distribuídos em 37 espécies, representando 28 famílias. A tabela a seguirdemonstra os dados quantitativos gerais do estudo.

Tabela 02 -Parâmetros fitossociológicos e dados quantitativos gerais.

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Parâmetros Dados Quantitativos GeraisDensidade Total 1174.00Área Basal Total 2.909Volume Total 459.41Freqüência Total 1856.3Área Basal por Hectare 2.9093

Diâmetro Máximo 15.60Diâmetro Mínimo 1.60Desvio Padrão do Diâmetro 2.354Altura Máxima 4 mAltura Mínima 50 cmAltura Média 1.39 mVolume Máximo 3.664Volume Mínimo .391Índice de Shannon-Weaver (H’) 2.661Equabilidade (J = H’ /LN(S) ) .737Índice de Simpson © .124Índice de Whittaker (s/ln(n) ) 5.235

Índice de Diversidade de Margalef (D=S-1/LogN)

11,79

Parâmetros Fitossociológicos das Espécies Tabela 03. Parâmetros fitossociológicos das espécies

vegetais que ocorrem na área de estudo.

ESPÉCIE FA DA DoA DR DoR FR IVI IVC

 Alibertia edulis 56.25 16.00 .01 1.36 .33 3.03 4.72 1.69

 Annona glabra 37.50 6.00 .09 .51 .28 2.02 2.81 .79 Byrsonima blanchetiana 100.00 340.00 1.43 28.96 49.22 5.39 83.56 78.18

ESPÉCIE FA DA DoA DR DoR FR IVI IVC Byrsonima sericea 81.25 21.00 .1007 1.79 3.46 4.38 9.63 5.25Calycolpus legrandii 6.25 1.00 .0005 .09 .02 .34 .44 .10Cassita americana 6.25 1.00 .0008 .09 .03 .34 .45 .11Clusia hilariana 81.25 19.00 .0611 1.62 2.10 4.38 8.09 3.72Coccoloba alnifolia 37.50 10.00 .0032 .85 .11 2.02 2.98 .96Croton brasiliensis 6.25 2.00 .0006 .17 .02 .34 .53 .19Cupania oblongifolia 6.25 1.00 .0003 .09 .01 .34 .43 .09

 Diospyrus 6.25 1.00 .0004 .09 .01 .34 .43 .10Elephantopus hirtiflorua 6.25 1.00 .0005 .09 .02 .34 .44 .10Emmotum affine 87.50 41.00 .1207 3.49 4.15 4.71 12.36 7.64Erithoxylum 31.25 9.00 .0147 .77 .51 1.68 2.96 1.27Esenbeckia grandiflora 12.50 2.00 .0019 .17 .07 .67 .91 .24Gaylussacia brasiliensis 62.50 22.00 .0147 1.87 .51 3.37 5.75 2.38Guapira pernambucensis 100.00 58.00 .0605 4.94 2.08 5.39 12.41 7.02Guettarda platypoda 81.25 34.00 .0194 2.90 .67 4.38 7.94 3.56

 Humiria balsamifera 93.75 78.00 .0565 6.64 1.94 5.05 13.64 8.59

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 Lantana camara 12.50 2.00 .0013 .17 .04 .67 .89 .21 Leucothoe revoluta 81.25 34.00 .0277 2.90 .95 4.38 8.23 3.85 Manilkara salzmanii 100.00 94.00 .2408 8.01 8.28 5.39 21.67 16.28 Maytenus distichophylla 50.00 14.00 .0102 1.19 .35 2.69 4.24 1.54 Miconia albicans 18.75 4.00 .0024 .34 .08 1.01 1.43 .42 Miconia ciliata 31.25 7.00 .0048 .60 .16 1.68 2.44 .76

Ocotea notata 75.00 31.00 .0233 2.64 .80 4.04 7.48 3.44Ouratea suaveolans 93.75 55.00 .0722 4.68 2.48 5.05 12.22 7.17Pavonia cancellata 12.50 2.00 .0012 .17 .04 .67 .88 .21Prolobus nitidulus 12.50 3.00 .0013 .26 .04 .67 .97 .30Protium heptaphyllum 31.25 6.00 .0115 .51 .39 1.68 2.59 .90Stigmaphyllon paralias 56.25 12.00 .0076 1.02 .26 3.03 4.31 1.28Stylosanthes viscosum 6.25 1.00 .0004 .09 .01 .34 .43 .10Tabebuia elliptica 100.00 156.00 .4750 13.29 16.33 5.39 35.00 29.62Tapirira guianensis 56.25 11.00 .0550 .94 1.89 3.03 5.86 2.83Ternstroemia brasiliensis 62.50 12.00 .0108 1.02 .37 3.37 4.76 1.39Tocoyena formosa 87.50 34.00 .0226 2.90 .78 4.71 8.39 3.67Waltheria cinerescens 68.75 33.00 .353 2.81 1.21 3.70 7.73 4.02

Na tabela acima (Tab. 03) é possível observar que  Byrsonima blanchetiana, Guapira

 pernambucensis, Manilkara salzmanii e Tabebuia elliptica apresentam 100% de frequênciaabsoluta, ou seja, ocorrem em todas as parcelas, seguidas de Ouratea suaveolans e Humiria

balsamifera, ambas com 93.75% de freqüência absoluta.  Byrsonima blanchetiana sedestaca em relação a todos os demais índices, sendo a espécie com maior dispersão,presente em grande número não só nas parcelas, mas em todas as moitas, formando sempretouceiras, sendo necessária a escavação do terreno na base do caule para a identificação dapresença de um único indivíduo de troncos múltiplos ou de vários indivíduos.

A vegetação em estudo pode ser caracterizada fisionomicamente como uma vegetação

baixa, onde as moitas não ultrapassam os 4 m de altura. Este padrão indica que há umgrande número de jovens e / ou que pouquíssimas plantas conseguem atingir a alturamáxima registrada. Os indivíduos maiores (Clusia hilariana, Byrsonima sericea, Manilkara

salzmanii e Tabebuia elliptica) encontram-se sempre localizados no centro da moita,sugerindo uma atuação focal e pioneira. Esta informação é extremamente importante paraimplantação de programas de resgate e recomposição da vegetação.As moitas apresentaram uma média de 12 indivíduos, entretanto há nesta região moitasmaiores que suscitam a hipótese de ainda serem remanescentes de uma vegetação contínua.Algumas moitas encontram-se em estágio inicial de sucessão o que demonstra um processode colonização bem recente.

Parâmetros Fitossociológicos das Principais Espécies

Tabela 04 -Parâmetros fitossociológicos das principais espécies que ocorrem na área de estudo.

ESPÉCIE DA Byrsonima blanchetiana 340

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Clusia hilariana 19

Gaylussacia brasiliensis 22

Guapira pernambucensis 58

 Humiria balsamifera 78

 Leucothoe revoluta 34

 Manilkara salzmanii 94

Ouratea suaveolans 55

Tabebuia elliptica 156

Ternstroemia brasiliensis 12

DR FA FR DOA DOR IVI IVC28,96 100 5,39 1,43 49,22 83,56 78,18

1,62 81,25 4,38 0,06 2,1 8,09 3,72

1,87 62,5 3,37 0,01 0,51 5,75 2,38

4,94 100 5,39 0,06 2,08 12,41 7,02

6,64 93,75 5,05 0,06 1,94 13,64 8,59

2,9 81,25 4,38 0,03 0,95 8,23 3,85

8,01 100 5,39 0,24 8,28 21,67 16,28

4,68 93,75 5,05 0,07 2,48 12,22 7,17

13,29 100 5,39 0,47 16,33 35 29,62

1,02 62,5 3,37 0,01 0,37 4,76 1,39

Gráfico 01 -Densidade absoluta das principais espécies.

No Gráfico acima (Gráfico 01) é possível observar que  Byrsonima blanchetiana apresenta

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na Densidade Absoluta diferença marcante em relação a todas as outras espécies, seguidasde Tabebuia elliptica, mas com valores ainda bem inferiores. O mesmo ocorre em relação àDensidade Relativa, demonstrada no gráfico abaixo.

Gráfico 02 -Densidade Relativa das Espécies Mais Representativas.

Gráfico 03 -Freqüência absoluta das principais espécies.

No gráfico acima (Gráfico 03) não houve grandes diferenças entre as espécies, estando amaioria com freqüências absolutas em torno de 80 e 100%. A freqüência relativa tambémnão apresentou diferenças marcantes.

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 Gráfico 04 -Freqüência relativa das principais espécies.

Gráfico 05 -Dominância relativa das principais espécies.

No que se refere à dominância relativa é possível verificar  Bysonima blanchetiana se

destacando com relação às demais espécies.

5.2.1.1.4. Carta de vegetação da área de influência direta em escala 1:2.000,

identificando as áreas de preservação permanente e reserva legal

Este mapa encontra-se no volume de anexos. Embora o termo de referência solicite aespacialização das áreas na escala 1:2000, seria impossível, pois estrapolaria o tamanho da

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maior prancha padrão (A0), dadas as dimensões estabelecidas pelo estudo. Desta froma, asplantas foram plotadas na escala 1:25005.2.1.1.5. Identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção,

sinergéticas, indicadoras de alterações ambientais e de interesse econômico e

científico, que ocorram dentro da área de influência direta do empreendimento

com indicação em mapa georreferenciado de sua área de ocorrência

Dentre as espécies vegetais ocorrentes na área de estudo, nenhuma delas apresentaendemismo para a área de influência direta, nem mesmo para o Litoral Norte do estado daBahia. O endemismo mais restrito é referente à palmeira acaule  Allagoptera brevicalyx 

(Arecaceae), com ocorrência somente para o estado da Bahia e Sergipe. Esta espécie,característica das restingas com moitas, possui papel importante na colonização da areiadesnuda (região entre moitas). Bastante freqüente na composição das moitas na área deestudo é Bactris bahiensis, outra palmeira, esta endêmica do estado da Bahia. Outra espéciearbórea colonizadora típica das restingas do Litoral Norte da Bahia é Tabebuia elliptica

(Bignoniaceae), que assume posição destacada e central nas moitas, facilitando a fixação de

outras espécies vegetais. Esta não apresenta endemismo significativo, já que no Brasil,ocorrem nos estados do Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba e Bahia. Na Mata doCamurujipe,  Hypolytrum bullatum (Cyperaceae), espécie herbácea, típica de sub-bosquesbem conservados da Floresta Higrófila, ocorre nos estados de Minas Gerais, Espírito Santoe Bahia, não apresentado então endemismo significativo.

Outra espécie também encontrada na Mata do Camurujipe é Streptogyna americana

(Poaceae), gramínea herbácea somente encontrada em sub-bosques bem conservados, masde endemismo não significativo, pois ocorre na América Central (México, GuianaFrancesa, Belize, Panamá e Nicarágua) e no Brasil ocorre nos estados de Minas Gerais,espírito Santo e Bahia.

Espécies Vegetais Ameaçadas de Extinção

Para a checagem de espécies ameaçadas, foram utilizadas a Lista Oficial da FloraAmeaçada (IBAMA, 1992) e lista da IUCN – Red List of Threatened Spcies (IUCN,2003).

Dentre as espécies levantadas, apenas Pouteria grandiflora (A. DC) Baehni (Sapotaceae)encontra-se citada na listagem da IUCN, como espécie em baixo risco de ameaça (LR),

estando, portanto fora das categorias: ameaçada, criticamente ameaçada ou vulnerável.

Sinergismo

Na área de estudo, sinergismo entre espécies vegetais é muito mais freqüente e comum navegetação de restinga haja vista a pobreza de nutrientes e outros fatores abióticos comoacidez do solo, salinidade e outros. Na restinga, principalmente nas áreas onde a vegetação

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organiza-se em moitas, Tabebuia elliptica, Clusia hilariana, Emmotum affinne, Manilkara

salzmanii, são espécies pioneiras na formação das moitas, assim como participam de suamanutenção, facilitando a fixação de outras espécies através da amenização de condiçõesdesfavoráveis como temperatura ou disponibilidade de matéria orgânica.

Espécies Indicadoras de Alteração AmbientalNa área de influência direta, a Fundação Garcia D´Ávila, usava cerca de meio hectare paradisposição de material orgânico, o que colaborou com a incorporação de espécies invasorascomo: Cnidosculos urens, Leucena leucocephalla, Ricinus comunis e Cecropia sp.

Ao longo de toda a costa, situada entre o coqueiral e as primeiras formações arbóreasrepresentadas pela formação de Clusia, ocorre paisagem bastante alterada, evidenciada pelapresença de Cnidosculus urens e Pappophorum mucronulatum, espécie de gramíneainvasora dispersada por animais, fato comprovado pelo uso da área para pastagem acerca de10 anos atrás.

5.2.1.1.6. Relações flora/flora e flora/fauna

A coexistência de diferentes espécies nas moitas constitui-se em uma intricada relação entreestas, envolvendo processos de inibição e de facilitação, sendo que a retirada ou introduçãode espécimes nas moitas em vegetação de restinga pode gerar impactos irreversíveis naestrutura e dinâmica nas comunidades abertas neste tipo de ambiente.

Do ponto de vista sucessional, as formações abertas de moitas compreendem diversosestágios, nos quais processos de facilitação ou inibição entre espécies vegetais são cruciaispara o estabelecimento das mesmas.

Amenizar condições abióticas (temperatura, umidade, nutrientes), posição destacada nasmoitas, dominância de dossel, alto recrutamento sobre solo desnudo são algumascaracterísticas de espécies focais, ou seja, principais espécies facilitadoras para amanutenção nas moitas (Zaluar & Scarano, 2000).

Nas áreas de intervenção e de influência direta, Tabebuia elliptica, Clusia hilarianna,

Emmotum affinne e Manilkara salzmanii, apresentam-se com tais características.

Na região entre moitas, colonizando de forma pioneira a areia desnuda encontram-seCuphea flava, Cuphea brachiata, Comolia ovalifolia, e Mitracarpus selloanus.

Hemiparasitismo é encontrado em Psitachanthus dichrous, Strutanthus sp. e Phoradendron

sp. (família Loranthaceae), principalmente sobre indivíduos arbóreos e em Krameria

tomentosa, que parasita as raízes, enquanto que holoparasitismo ocorre em Cassytha

americana. Das 09 espécies de orquídeas,  Brassavola cebolleta, Vanilla bahiana e ,Pleurotallis sp., e Encyclia dichroma se comportam como epífitas, muito freqüentementesobre indivíduos arbóreos de Emmotum affinne, Syagrus coronata e Elaeis guianensis. Asorquidáceas Catasetum discolor  (Foto 16) , Cyrtopodium paranaense, Epidendrum

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cinnabarinum (Foto 17) e Epidendrum elongatum, são terrestres e ocorrem em estreitarelação com outras espécies de formação de moitas, enquanto que no sub-bosque daFormação de Mata de Restinga onde a produção de folhedo gera maior disponibilidade dematéria orgânica e humidade, ocorre Oeceoclades maculata. Duas espécies nativas degrande valor paisagístico, Syagrus schizophylla, Anthurium affine e Stromanthe porteana

estão associadas ao sub-bosque da Mata de Restinga que bordeja a lagoa do Timaentube.

5.2.1.1.7. Diagnóstico do estado de conservação da vegetação nativa na área de

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influência direta do empreendimento, a pressão antrópica a que está

sujeita, bem como sua utilização

Para determinaroestado de conservação da área de influência direta do

empreendimento IberoStar é necessária uma breve retrospectiva no histórico de ocupaçãodo Litoral Norte que está intrinsecamente relacionado com a história da Praia do Forte. Acompreensão dos fatos abaixo relatados é fundamental para o entendimento dos diversosmecanismos criados ao longo dos anos visando garantir a integridade dos ecossistemas e ocorreto uso e ordenamento do solo, e traduzem a realidade atual do local.

O Litoral Norte constitui-se numa região de grande importância social, cultural, econômicae, sobretudo ambiental para todo o país. Segundo relatório da Fundação Biodiversitas(1994), a região apresenta uma importância biológica muito alta, abrigando remanescentesde Mata Atlântica e de seus ecossistemas associados, com destaque para as extensas ediversificadas faixas de restinga e de manguezais. A região ficou determinada como uma

das áreas para prioritária para conservação no país.

Criada através do Decreto Estadual no

1.046/92, a APA do Litoral Norte é administrada peloCentro de Recursos Ambientais -CRA que tem a competência de supervisionar e fiscalizaros empreendimentos e atividades públicas e privadas, visando a conciliação entre autilização econômica dos recursos naturais e a conservação dos ecossistemas e dabiodiversidade biológica e cultural. Entretanto a proteção que a legislação confere a estacategoria de Unidade de Conservação é relativa, pois a necessidade de conciliar osinteresses econômicos e ecológicos acaba por exercer uma forte pressão antrópica na regiãofurto da expansão imobiliária e turística na região.

O histórico de ocupação da região iniciou-se em 1550, com a chegada de Garcia d´Avila aolitoral norte, onde promoveu a primeira grande transformação na região, implantando suaatividade pecuária, iniciou a devastação das florestas e restingas que cobriam a Ponta doPadrão à foz do Rio Vaza Barris e áreas na Baía de Tatuapara, rios Pojuca e Jacuípe. Adinastia d’Ávila durou até o ano de 1835 e apesar de ter sido de grande importância, sob oponto de vista político e econômico, para a Bahia trouxe sérios prejuízos ambientais.

A retirada da cobertura vegetal original em diversos trechos para criação de gado e cultivodo coco asiático (Cocos nucifera), vêm através de séculos modificando a paisagem naturalnos ecossistemas localizados na região, sendo mais marcante a supressão da vegetaçãonativa de restinga para plantio do coco-da-bahia. Muito provavelmente, todos os 10km de

costa de Praia do Forte, foram outrora ocupada por vegetação densa, com espécies nativasde vegetação de restinga, onde a formação de Clusia parece ter sido dominante, antecedidaapenas pela vegetação graminóide.

Quanto aos remanescentes da Floresta Ombrófila Densa, em 1981, os proprietários dafazenda solicitaram ao IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) hojeconhecido como IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis) atransformação da área da Praia do Forte em Refúgio de Animais Silvestres pela Portaria no

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327, proibindo a atividade de caça na região e em 1984, através da Portaria no 064, declaraRefúgio Particular para Proteção da vida silvestre também as áreas, de Sapiranga, PassagemGrande e Camurujipe, localizadas na fazenda. Dentre estas, a reserva ecológica deSapiranga, atualmente ZPR representada em sua grande maioria por matas em estágiossecundário e terciário da sucessão ecológica.

Hoje, em Praia do Forte, segundo Zoneamento Ecológico-econômico da APA/LN(SEPLANTEC, 1995), existem a Reserva de Sapiranga, remanescente de Mata Atlântica, asReservas de Manguezais do Rio Pojuca e Timeantube, as Reservas de Lagoas doTimeantube e Jauara com dunas brancas e restingas, os Recifes de Coral e Praias de Desovade Tartarugas Marinhas, todos decretados como Zona de Proteção Rigorosa, e como Zonade Proteção Visual e Preservação Cultural do Patrimônio Histórico, as Ruínas do Casteloda Torre de Garcia d’Ávila. Cadastr adas como Unidades de Conservação pelo CRA(1994), e sob a administração da Fundação Garcia d’Ávila, estão o Parque Estadual Garciad’Ávila e a Reserva de Sapiranga alem de toda a área da Praia do Forte deve atender aosprincípios e objetivos que norteiam o gerenciamento da APA/LN.

Tantas transformações deram início a um crescimento urbano desordenado, agravado com adescoberta do potencial da região para o turismo e lazer. A especulação imobiliária gerou aimplantação de condomínios e hotéis e mais tarde de projetos de complexos hoteleiros,voltados para a exploração das belezas naturais, a sua maioria sem nenhum compromissocom a conservação e proteção dos ecossistemas ali existentes, alterando de forma definitivaas características originais e toda a beleza cênica.

O processo de descaracterização que o Litoral Norte vem sofrendo é preocupante face àvelocidade com que ocorre. As extensas áreas de restinga e de Mata Atlântica foramfragmentadas e reduzidas sem que antes houvesse estudos acerca de suas características ediversidade. Já se sabe há muito tempo que a redução de ecossistemas naturais resulta naperda de biodiversidade animal e vegetal, porém de nada adianta a proteção dos mesmosatravés da criação de unidades de conservação se a política ambiental não for realmenteeficaz e comprometida com o meio ambiente antes de defender os interesses econômicos deempresas e indústrias. Segundo Freire de Carvalho (1995) a região e especialmente omunicípio de Mata de São João apresenta forte vocação para o Ecoturismo desde que sejafeito de forma consciente atendendo à política conservacionista que até o presente momentoapresenta-se apenas de forma teórica e restrita aos inúmeros planos de manejo elaboradospara suas reservas, parques e, sobretudo para a APA do Litoral Norte.

Com a expansão dos Garcia D’Ávila pelo Litoral Norte baiano, a localidade hoje conhecidacomo Praia do Forte foi escolhida para concentração estabelecimento da família, que aliconstruiu a Capela de Todos os Santos, introduziu diversas culturas que contribuíram deforma significativa com a descaracterização da vegetação nativa.

Estes fatos parecem ter pressionado de forma indireta o Governo do Estado, que em 1975criou o Parque Ecológico e Reserva Florestal Garcia D’Ávila através do Decreto no 24.643dentro do PRONATUR – Programa Estadual de Proteção à Natureza (Funatura, 1987).

A partir dessa década, devido ao aumento do fluxo de turistas e empreendedores no local

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surgiu a necessidade mais efetiva de regulamentar o uso e a ocupação do solo na vila edeterminar restrições urbanísticas, portanto foi elaborado o Plano Diretor da Praia do Forte.Em 1986, a FUNATURA foi contratada para elaboração do Plano de Manejo da FazendaPraia do Forte (Fundação Garcia D’Ávila, 1995) e mais tarde a p rópria Fundação GarciaD’Ávila elaborou o Plano de Ação Para Reserva de Sapiranga e Fazenda Praia do Forte.

A vegetação da reserva da Sapiranga encontra-se me estágios secundário e terciário de dasucessão ecológica, apresentando como árvores de grande porte, espécies tradicionalmentepioneiras, como:  Anacardium occidentale, Schinus terebinthifolius, Tapirira guianensis, Didynopanax morototoni, Syagrus schizophylla Atallea funifera, Protium heptaphyllum,

 Bowdichia virgilioides, Byrsonima sericea, Curatella americana e Inga fagifolia Muitasfrutíferas exóticas oriundas das chácaras e sítios locais contribuiu contribuíram para adescaracterização da vegetação nativa ali encontrada. Em alguns locais é possível encontrarainda clareiras, em estágios sucessórios iniciais. É necessário salientar, que antes daformalização da Reserva da Sapiranga, já havia moradores no local, os quais exploravam amata muitas vezes de maneira irracional, como queimadas e derrubada de árvores. Na

reserva do Camurujipe, a vegetação encontra-se em estágio avançado de recuperação,ocorrendo espécies clímax de grande porte como: Cariniana sp. (jequitbá), Copaifera sp.(pau-de-óleo), Cedrela sp. (cedro), Eriotecha sp. (imbiruçu), Calophyllum brasiliensis

(guanandi), Stryphnodendron sp. (barbatimão) e  Hymenaea coubaril (jatobá). Populaçõesde Hypolytrum bullatum (Cyperaceae) e Streptogyna americana (Graminae) no sub-bosqueatestam o bom estado de conservação da vegetação do local.

5.2.1.1.8. Elaborar perfil esquemático da vegetação, contemplando as diferentes

tipologias vegetacionais

Instalou-se o instrumento Teodolito modelo Wild T1A para locação dos pontos na estaca departida definida como estaca zero localizada na zona de praia. Através de uma bússolamodelo Carl Zais foi definido o Azimute ou ângulo de partida em relação ao NorteMagnético. Iniciou-se o estaqueamento na zona de praia, passando por cada formaçãovegetacional, até as margens da lagoa do Timeantube. (Fig. 25). As formações foramalocadas e em cada uma processou-se a medição com trena estendida dos indivíduos demaior porte. Para leitura e interpretação dos dados foi utilizado o Programa Cad 14.

5.2.1.2. Fauna

O litoral norte da Bahia, por estar inserida em uma região costeira, apresenta altadiversidade de ecossistemas, o que já lhe confere uma grande importância ecológica. Ascomunidades bióticas das planícies arenosas costeiras do leste do Brasil são chamadas derestingas. Sua biota é composta principalmente por espécies que ocorrem nos biomasadjacentes à Floresta Pluvial Atlântica e as Caatingas.

As restingas, de forma geral, possuem poucos representantes endêmicos de fauna. Dentreestes representantes os répteis apresentam maior número seguido de alguns representantesdas aves.

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A fauna terrestre é representada por mamíferos, aves, répteis, anfíbios, e insetos sendo quea avifauna, herpentofauna e entomofauna são mais evidentes para quem observa oecossistema em estudo (restinga). Os mamíferos são mais comuns nas áreas úmidas de mataciliar e nos adensamentos de formações arbóreas e arbustivas dispersas na paisagem, aavifauna, mais abundante, utiliza estas áreas como importante área de pouso, alimentação,

reprodução, dormitório e rota migratória esta última émais utilizada pelas aves florestais,passeriformes e não-passeriformes, assim como por répteis que ali encontram um ambientepropício para sua reprodução e regulação térmica. Os anfíbios são comuns nas áreasúmidas, perto das lagoas e matas ciliares, ocorrendo também na vegetação com grandeconcentração de bromélias, onde encontram locais ideais para sua reprodução ealimentação. Os insetos o maior grupo, é uma das principais fontes de alimentos para osdiferentes grupos de animais que ali vivem.

5.2.1.2.1. Identificação qualitativa da fauna da área de influência do empreendimento,

incluindo listagem taxonômica e definindo as principais interferências do

empreendimento sobre a fauna local

A metodologia para identificação das espécies da fauna, foi a utilização de binóculos,monóculos infravermelho (atividades noturnas), maquina fotográfica para foto identificaçãodas espécies, identificação de pegadas, resto de repastos, abrigos, tocas, ninhos, fezes, eoutros sinais reveladores da presença da atividade dos animais, e por fim, estudo debioacústica com gravador digital para identificação da avifauna e de espécies terrestresquando não houve a oportunidade de visualização e sim de vocalização.

Na tabela a seguir apresentamos a listagem das espécies identificadas na área de influênciado empreendimento.

TABELA 05 -Listagem das espécies identificadas na área de influência do empreendimento.

ORDEMFAMÍLIA NOME

CIENTÍFICO NOME POPULAR

FILO ARTRÓPODO – CLASSE INSECTABombus sp Mangangás Apis mellifera

ligusticaAbelha-italiana

Apidae

 Apis melífera

escutellata

Abelha-africana

 Melipona sp Abelhas-indígenasTrigona ruficurus Abelha-arapuá

Meliponinae

Trigona sp Abelhas-nativas Atta sp Formiga-de-mandioca

Hymenoptera

Formicidae Azteca sp Formiga

Neuroptera Mirmeleontídeos Formigas-leãoAcridódeo Bicho-pauPhasmatodea

Fasmídeos Phasmida sp Bicho-pauMantodea Louva-deusHomoptera Cicadídeos Cigarras

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Aphidoidea Cerataphis lataniae Pulgão-do-coqueiroBlattodea Coraliomela brunnea Barata-do-coqueiro

Tropidacris sp GafanhotoOrthoptera

GrylidaeSuperfamíliaGrilloidea

Grilo

 Rhinostomusbarbirostris Broca-do-tronco-do-coqueiro

Curculionidae  Rhynchophorus

 palmarum

Broca-do-olho-do-coqueiro

Coleoptera

Strategus aloeus Broca-do-bulbo-do-coqueiro

 Automeris cinctistriga Lagarta-urticante-do-coqueiro

Synale hylaspes Lagarta-verde-do-coqueiro

Odonata  Anax amazili Libélula

Planiplax 

 phoenicurraLibélula

 Diastotops obscura LibélulaErytrodiplax  LibélulaPantala flavescens LibélulaPepsis elevata Cavalo-do-cão

Nymphalidae  Heliconius sp BorboletaThysania sp Borboleta Diaethria sp BorboletaSiproeta sp Borboleta

Caligo sp Borboleta

Lepdoptera

 Danaus sp BorboletaMuscidae  Musca domestica Mosca-comum

Culex sp MosquitosDiptera

Culicidae Aedes aegypti Mosquito

Isoptera Nasutitermes sp Cupim-narigudo ou

nasutoFILO ARTRÓPODO – CLASSE ARACHNIDA

Phoneutria sp Aranha-armadeira Loxosceles sp Aranha-marrom Nephila sp

Aranha-de-teia Latrodectus sp Aranha-viuva-negra

Araneae

Grammostola sp Aranha-caranguejeiraTityus bahiensis Escorpião-amareloScorpionidaTityus serrulatus Escorpião-marrom

Acarina Eriophyes guerreronis Ácaro-da-necrose-do-coqueiro

FILO ARTRÓPODO – CLASSE DIPLOPODA

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  Scolopendra sp LacraiasPiolho-de-cobra

FILO CHORDATA -CLASSE ANPHIBIABofonidae  Bufo paracnemis Sapo-boi

Hylidae  Hyla ssp Perereca

Anura

Lepdodactylidae  Leptodactylus Rã-pimenta pentadactylus

Apoda Gymnophiona Siphonops annulata Cobra-cega

FILO CHORDATA -CLASSE REPTILIA Mabuya heathi Calango

Kenthropix calcarata CalangoTupinambis teguixim TeiúSquamata TeiidaeCnemidophorus Calangoocellifer 

Iguanidae  Iguana iguana Iguana

Tropidurus torquatus Lagartixa-de-muroTropiduridae Tropidurus hispidus Lagartixa

Amphisbaenidae  Amphisbaena albaCobra-de-duas-cabeças

Anguidae Ophiodes striatus Cobra-de-vidroEunectes murinus SucuriBoidae Boa constrictor  Jibóia

SubordemOphidia

Typhlopidae Typhlops sp Cobra-da-terra

 Bothrops jararaca JararacaViperidae Bothrops leucurus

 Bothrops jararacussu JararacuçuCrotalidae Crotalus durissus Cascavelterrificus

 Micrurus ibiboboca Coral verdadeiraElapidae Micrurus lemniscatus Coral verdadeira

Colubridae Oxybelis aeneus Cobra-cipóChironius Cobra-cipóflavolineatusChironius fuscus Cobra-espadaChironius carinatus Cobra-cipóPhilodryas Cobra-verde

 patagoniensis Drymarchon corais Papa-pinto-amarelocorais

Spilotes pullatus Cainana Helicops leopardus Cobra-dáguaWaglerophis merremii Boipeva Leptodeira annulata DormideiraOxyrhopus trigeminus Coral-falsa

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Philodryas nattererii Corre-campoPhimophis guerini Cobra-de-narizEretmochelysimbricata

Tartaruga-de-pente

Chelonia mydas Tartaruga-verde

Caretta caretta Tartaruga-cabeçuda

Chelonidae

 Lepidochelys olivacea Tartaruga-oliva

Chelonia

Testunidae Geochelone Jabuti-amarelodenticulata

Kinosternidae Phrynops sp CágadoCrocodilia Alligatoridae Paleossuchus Jacaré-preto

 palpebrossus

Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo

FILO CHORDATA -CLASSE AVESTinamiforme Tinamidae  Rhynchotus rufescens Perdiz ou perdigão

Podicipediforme Podicipadidae Podilymbus podiceps Mergulhão-caçador Ardea cocoi Socó-grandeCiconiforme ArdeidaeCasmerodius albus

ouGarça-branca

Egretta alba

Egretta thula Garçinha-brancaEgretta caerula Garça-azul Butorides striatus SocozinhoTigrissoma lineatum Socó-boiCoragyps atratus Urubu-pretoCathartidaeCathartes aura Urubu-de-cabeça-

vermelhaCathartes Urubu-de-cabeça-burrovianus amarela

Anseriforme Anatidae  Dendrocygna viduata Irerê

 Dendrocygna Marreca-caboclaautumnalis

 Amazonetta Marreca-ananaí brasiliensis

Cairina moschata Pato-do-matoFalconiformes Accipritidae Elanus leucurus Gavião-peneira

Gampsonyx swainsoni Gaviãozinho Rosthramus sociabilis Gavião-caramujeiro

 Buteo albicaudatusGavião-de-rabo-branco

 Rupornis magnirostris Gavião-carijóou Buteo magnirostrisSpizastur Gavião-patomelanoleucus

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  Geranospiza Gavião-mateirocaerulescens

Falconidae Herpetotheres AcauãcachinnansMivalgo chimachima Gavião-carrapateiro

Polyborus plancus Gavião-carcaráFalco peregrino Gavião-peregrinoFalco sparverius Gavião-quiri-quiri

Galliforme Cracidae Ortalis guttata AracuãGruiforme Aramidae Aramus guarauna Carão

Rallidae Rallus nigricans Saracura-preta Rallus maculatus Saracura-pintada Aramides cajanea Saracura-de-três-potesGallinula chloropus Frango-d’águaPorphyrula martinica Frango-d’água -azul

Cariamidae Cariama cristata SiriemaCharadriiforme Jacanidae Jacana jacana JaçanãCharadriidae Vanellus chilensis Quero-quero

Charadrius Maçarico-semipalmado

semipalmatus

Scolopacidae  Arenaria interpres Maçarico-vira-pedra Actitis macularia Maçarico-pintadoCalidris alba Maçarico-branco

Laridae Sterna hirundo Trinta-réis-borealSterna dougalli Trinta-réis-rosado

Columbiforme Columbidae Columba picazuro Pomba-asa-brancaZenaida auriculata Avoante

Columbina talpacotiRolinha-caldo-de-feijão

Scardafella

squammataRolinha-fogo-apagou

 Leptotila verreauxi JuritiPsittaciforme Psittacidae Aratinga auricapilla Aratinga-de-peito-

vermelho

Aratinga aurea Jandaia-estrelaForpus Tuim-de-asa-azulxanthopterygiusTouit melanota Apuim-de-costa-preta

 Amazona amazonica Papagaio-do-mangueCuculiforme Cuculidae Piaya cayana Alma-de-gato

Crotophaga ani Anu-pretoGuira guira Anu-branco

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Strigiforme Tytonidae Tyto alba SuindaraStrigidae Otus choliba Corujinha-de-orelha

Glaucidium Caburébrasilianum

 Athene cunicularia ou Coruja-buraqueira

Speotyto cunicularia Rhinoptynx clamator  Coruja-orelhuda Aegolius harrisii Caburé-orelha

Caprimulgiforme Nyctibiidae Nyctibius griseus Urutau-comum Nyctibius leucopterus Urutau-de-asa-branca

Caprimulgidae Chordeiles Bacurau-de-asa-finaacutipennisNyctidromus Curiango-comumalbicollis

Apodiforme Trochililidae Phaethornis petrei Beija-flor-de-rabo-branco

Phaethornis ruber  Besourinho-da-mataEupetomena Beija-flor-tesoura

macrouraChrysolampis Beija-flor-vermelhomosquitus

Chlorostilbon Besourinho-de-bico-aureoventris vermelhoChlorostilbon Besourinho-de-bico-mellisugus pretoAmazilia fimbriata Beija-flor-de-

garganta-verdeTrogoniforme Trogonidae Trogon surrucura Surucuá-de-barriga-

vermelhaCoraciforme Alcedinidae Ceryle torquata Martim-pescador-

grandeChloroceryle Martim-pescador-

verdeamazonaChloroceryle

americana

Martim-pescador-pequeno

Piciforme Galbulidae Galbula ruficauda Ariramba-de-cauda-castanha

Bucconidae  Nystalus chacuru João-boboPicidae Picumnus cirratus Pica-pau-barado

Colaptes campestris Pica-pau-do-campoColaptes Pica-pau-carijómelanochloros

Dryocopus lineatus Pica-pau-de-topete-

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  vermelhoThamnophilusdoliatus

Choca-barrada

Thamnophilus

murinusChoca-murina

Formicariidae

Pyriglena atra Olho-de-fogo-rendado

Passeriforme

Furnariidae Pseudoseirura Casaca-de-courocristata

Dendrocolaptidae  Xiphocolaptes Subideira-de-bigode falcirostris

 Lepidocolaptes Arapaçu-brancoangustirostris

Capsiempis flaveola Maria-amarelinhaTyrannidae Hemitriccus Sebinho-papo-estriado(Idioptilon) striacollis

 Arundinicola Viuvinhaleucocephala

Machetornis rixosusBem-te-vi-carrapateiro

 Myiarchus ferox  Maria-cavaleiraPhilohydor lictor  Bem-te-vizinhoPitangus sulphuratus Bem-te-verdadeiro Megarynchus pitangua

Bem-te-vi-de-bico-

chatoMyiozetetes Mosqueteiro

cayanensis Myiozetetes similis Mosqueteiro-de-topete

Hirundinidae Tachycineta Andorinha-do-rioalbiventerPhaeoprogne tapera Andorinha-do-campo Notiochelidon Andorinha-azulcyanoleuca

Troglodytidae Donacobius Japacanimatricapillus

Muscicapidae Turdus leucomelas Sabiá-branco

Mimus gilvus Sabiá-da-praiaMimidae Mimus saturninus Sabiá-do-campo

Vireonidae Cyclarhis gujanensis PitiguariEmberezidae Geothlypis Pia-cobra

aequinoctialisCoereba flaveola CambacicaTachyphonus rufus Tiê-pretoSchistochlamys Bico-de-veludo

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ruficapillus

Sericossypha loricata Tiê-de-peito-preto Ramphocelus bresilius Tiê-sangue

Thraupis sayacaSanhaço-do-mamoeiro

Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiroEuphonia chorotica viviEuphonia violacea Gaturamo-verdadeiroTangara cayana Saíra-amarela Dacnis cayana Saí-azulSporophila lineola BigodinhoSporophila nigricollis Papa-capimSporophila BrejalalbogularisSporophila bouvreuil CaboclinhoParoaria dominicana Galo-de-campina

Saltator maximus Trinca-ferroPasserina brissonii ou Azulão-verdadeiroCyanocompsa cyanea

 Icterus cayanensis Pega Icterus icterus ou Sofrê Icterus jamacaii

Gnorimopsar chopi Pássaro-pretoMolothrus Chopimbanariensis

Passeridae Passer domesticus Pardal

FILO CHORDATA -CLASSEMAMMALIAPrimates Callithricidae Callithrix jacchus

 jacchus

Mico-estrela-de-tufo-branco

Artibeus lituratusPhyllostomidae Artibeus jamaicensis

Carollinae Carolina perspicillataGlossophaginae Glossophaga soricina

MorcegoChiroptera

Stenodermatinae Uroderma bilabiatum Morcego-cinza-de-estrias-brancas

Caviidae Cavia welsi Préa

Muridae  Mus musculus CamondongoRattus rattus Rato-pretoCoendu sp Ouriço-cacheiro

Rodentia

ErethizontidaeChaetomys Ouriço-cacheirosubspinosus

EchimyidaeProechimys

guyannensRato-de-espinho

Dasyproctidae  Dasyprocta aguti Cutia

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  Sciuridae Sciurus aestuans caxinguelêCarnivora Felidae  Herpailurus Gatojaguarundi

 yagouaroundi

 Leopardus tigrinus Gato-do-mato Leopardus wiedii Gato-maracajá

Canidae Cerdocyon thous Cachorro-da-praiaProcyon cancrivorus GuaxinimProcyonidae Nasua nasua Quati

Lagomorpha Leporidae Sylvilagus brasiliensis Coelho-brasileiro Mazana americana Veado-mateiroArtiodactyla CervidaeOzotocerus

bezoarticusVeado-campeiro

MyrmecophagidaeTamandua

tetradactylaTamanduá-mirim

Bradypodidae  Bradypus torquatus Preguiça-de-coleira Dasypus

septemcinctusTatu-etê

 Dasypus

novemcinctusTatu-galinha

Cabossous unicinctus Tatu-de-rabo-mole

Xenarthra

Dasypodidae

Euphratus sexcinctus Tatu-peba Didelphis marsupialis Gambá Didelphis albiventris Gambá

Marsupialia

Monodelphis sp Cuíca

No volume de anexos contém a foto identificação de alguns representantes dafauna local e as pranchas de identificação da fauna.

Principais interferências do empreendimento sobre a fauna local:.  • Aumento de fluxo turistico nas áreas de desova de tartarugas marinhas,podendo interferir nos processos naturais de reprodução;.  • Desequilíbrio nos hábitos faunísticos por iluminação artificial, alterando ocomportamento de deslocamento da fauna terrestre e alada. No caso das tartarugasmarinhas, a iluminação de zero lux, deve guardar uma distância de 50 metros acima dapreamar das marés de sizígia, pois pode desorientar tartarugas marinhas jovens nosperíodos de eclosão;.  • Alteração e diminuição dos nichos ecológicos de nidificação, reprodução ealimentação da fauna;.  • Destruição da vegetação, alterando o deslocamento da fauna em áreas parapouso, nidificação, dessedentação, alimentação e reprodução;.  • Destruição de micro fauna do solo, alterando a fonte de energia base dacadeia alimentar no ecossistema;.  • Aumento de agentes vetores de doenças prejudiciais ao homem;

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5.2.1.2.2. Identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção,

sinergéticas, indicadoras de qualidade ambiental e de interesse econômico e

científico

.  •  Endêmicas da restinga:

.  •

  Ameaçadas de extinção:Tabela 06

FILO CHORDATA -CLASSE AVESNome Científico  Mimus gilvus Nome popular Sabiá-da-praia

FILO CHORDATA -CLASSE REPTILIA

Nome Científico  Mabuya heathi Nome popular Calango

Tabela 07

ORDEM NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR CATEGORIAFILO CHORDATA -CLASSE REPTILIAEretmochelys imbricata Tartaruga-de-pente ameaçado de extinção – 

em perigoChelonia

Chelonia mydas Tartaruga-verde ameaçado de extinção -Vulnerável

Caretta caretta Tartaruga-cabeçuda ameaçado de extinção -Vulnerável

 Lepidochelys olivacea Tartaruga-oliva ameaçado de extinção – em perigo

Phrynops hogei Cágado ameaçado de extinção -Vulnerável

Crocodilia Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo ameaçado de extinçãoFILO CHORDATA -CLASSE AVESPsittaciforme Touit melanota Apuim-de-costa-preta ameaçado de extinção -

VulnerávelCaprimulgiforme  Nyctibius leucopterus Urutau-de-asa-branca ameaçado de extinçãoPasseriforme Pyriglena atra Olho-de-fogo-rendado espécie ameaçada – em

perigo

 Xiphocolaptes

 falcirostrisSubideira-de-bigode espécie ameaçada – 

vulnerável

FILO CHORDATA -CLASSE MAMMALIA

Rodentia Chaetomys subspinosus Ouriço-cacheiro ameaçado de extinçãoVulnerável

-

Carnivora  Leopardus tigrinus Gato-do-mato ameaçado de extinçãoVulnerável

-

 Leopardus wiedii Gato-maracajá ameaçado de extinçãoVulnerável

-

Artiodactyla Ozotocerus bezoarticus Veado-campeiro ameaçada de extinção

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Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim ameaçado de extinçãoem perigo

-

 Bradypus torquatus Preguiça-de-coleira ameaçado de extinçãoVulnerável

-

Xenarthra

Cabossous unicinctus Tatu-de-rabo-mole ameaçado de extinçãoVulnerável

-

• Indicador de Qualidade Ambiental

Tabela 08

FILO CHORDATA -CLASSE AVESNome Científico Amazonas amazonica Nome popular Papagaio-do-mangueNome Científico Mimus gilvus Nome popular Sabiá-da-praiaNome Científico Ortalis guttata Nome popular AracuãNome Científico Herpetotheres

cachinnansNome popular Acauã

FILO CHORDATA -CLASSE REPTILIA

Nome Científico  Mabuya heathi Nome popular CalangoNome Científico Kenthropix calcarata Nome popular Calando da mataNome Científico Eretmochelys imbricata Nome popular Tartaruga-de-pente

• Interesse econômico

Tabela 09

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR INTERESSEECONÔMICO

Alligatoridae Paleossuchus

 palpebrossus

Jacaré-preto Carne e couro

Viperidae  Bothrops sp Jararacas Produção debiotecnologiafarmacêutica

veneno,e

Crotalidae Crotalus sp Cascaveis Produção debiotecnologiafarmacêutica

veneno,e

Elapidae  Micrurus sp Corais Produção debiotecnologiafarmacêutica

veneno,e

Dasyproctidae  Dasyprocta aguti Cutia Carne

Artiodactyla Ozotocerus bezoarticus Veado-campeiro Carne

Dasypodidae  Dasypus Tatus Carne

• Interesse científico

Tabela 10

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR INTERESSE ECONÔMICO

Canidae Cerdocyon thous Raposa-da-praia Estudos sobre LeishmanioseViperidae  Bothrops sp Jararaca Produção de veneno, biotecnologia

e farmacêutica

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Crotalidae Crotalus sp CascavelProdução de veneno, biotecnologiae

farmacêuticaElapidae  Micrurus sp Coral Produção de veneno, biotecnologia

e farmacêutica

Alligatoridae Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo Estudos sobre reprodução ebiologia

Marsupialia  Didelphis sp Sarigue Estudo sobre tripanossoma

Dasypodidae  Dasypus Tatu Estudo sobre lepra

Bradypodidae  Bradypus torquatus Preguiça-de-coleiraEstudo sobre biologia eArboviroses

5.2.1.2.3. Identificação e mapeamento em escala 1:2.000 dos sítios de reprodução,

 pouso de aves migratórias, nidificação e áreas de refúgio de espécies raras,

das ameaçadas de extinção, de valor econômico, dos vetores e reservatórios

de doenças como: Chagas, Malária, Leishmaniose, Esquistossomose,

 Arboviroses, entre outras, dentro da área de influência do empreendimento

O mapeamento com os sítios de reprodução, pouso de aves, nidificação, refúgio de espéciesraras e ameaçadas de extinção identificados na área do empreendimento encontra-se emanexo.

•  Descrição das doenças que podem afetar a saúde do homem:

¬ Doença de Chagas

Doença infecciosa e parasitária provocada pelo protozoário Trypanosoma cruzis etransmitida pelo inseto Triatoma infestans, conhecido por barbeiro. O nome da doença éuma homenagem ao cientista e médico brasileiro Carlos Chagas, descobridor do agentecausador e da sua forma de transmissão. Endemia rural, infesta grande parte da AméricaCentral e do Sul.

Ao picar uma pessoa infectada pelo parasita, geralmente à noite e na região da face, obarbeiro torna-se portador dos tripanossomos, que se reproduzem em seu intestino. Aopicar outro indivíduo sadio, o inseto defeca e elimina suas fezes contaminadas. A vítima, aocoçar o local da picada, espalha as fezes do mosquito sobre o ferimento. Dessa maneira, osparasitas penetram nas células da pele, atingindo a circulação sanguínea. Nessa etapa,

chamada de fase aguda, não há manifestação de sintomas, na maioria dos casos. Quandoocorrem, a vítima apresenta forte reação local à picada e febre alta.

Se não é diagnosticada na fase aguda, quando ainda tem cura, a doença evolui para a formacrônica. Os tripanossomos instalam-se nos músculos humanos, especialmente no coração.Ao atingir e destruir fibras musculares, provocam insuficiência e arritmia cardíaca, quepodem levar à morte. O sistema digestivo também pode ser afetado.

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A prevenção consiste no saneamento básico, no combate ao agente transmissor e namelhoria das condições de habitação, já que o inseto costuma se abrigar nas frestas deparedes de barro ou madeira.

¬ Malária

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, hoje em dia, a malária é de longe adoença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo.Também conhecida como paludismo ou impaludismo, a malária é considerada problema desaúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 2,4 bilhões de pessoas (40% dapopulação mundial) convivem com o risco de contágio.

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e cada uma de suas espéciesdetermina aspectos clínicos diferentes para a enfermidade. No caso brasileiro, destacam-setrês espécies do parasita: o P. falciparum, o P. vivax  e o P. malarie. O protozoário étransmitido ao homem pelo sangue, geralmente por mosquitos do gênero  Anopheles ou,

mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada emcontato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores dedrogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez. Apesar damalária poder infectar animais como aves e répteis, o tipo humano não ocorre em outrasespécies (mesmo ainda sem comprovação, há a suspeita de que certos tipos de maláriapossam ser transmitidos, sempre via mosquito, de macacos para humanos).

Em comum, todas as espécies de Plasmodium atacam células do fígado e glóbulosvermelhos (hemácias), que são destruídos ao serem utilizados para reprodução doprotozoário. Quando o mosquito pica o homem, introduz em sua corrente sangüínea, pormeio de sua saliva, uma forma ativa do Plasmodium, denominada esporozoíta e que fazparte de uma de suas fases evolutivas. Uma vez no sangue, os esporozoítas rumam parao fígado, onde penetram as células hepáticas para se multiplicarem, dando origem a outrafase evolutiva chamada merozoíta. Uma parte dos merozoítas permanece no fígado econtinua a se reproduzir em suas células, a outra cai novamente na corrente sangüínea eadentra as hemácias para seguir com o processo reprodutivo. As hemácias parasitadastambém são destruídas e originam ora outros merozoítas, ora gametócitos, célulasprecursoras dos gametas do parasita e que são tanto femininas quanto masculinas.

O mosquito  Anopheles torna-se vetor da malária a partir do momento que ingeregametócitos (femininos e masculinos) de um indivíduo infectado. Dentro do mosquito, osgametócitos tornam-se gametas e fecundam-se, originando o zigoto, que atravessa a parededo estômago do inseto e transforma-se em oocisto, tipo de célula-ovo. Após algum tempo,o oocisto se rompe e libera novos esporozoítos, que migram para as glândulas salivares domosquito estando assim prontos para infectar um novo indivíduo.

Geralmente, após a picada do mosquito transmissor, o Plasmodium permanece incubado nocorpo do indivíduo infectado por 12 dias. A seguir, surge um quadro clínico variável, queinclui calafrios, febre alta (no início contínua e depois com freqüência de três em três dias),dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.

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 ¬ Esquistossomose

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), nas áreas tropicais e subtropicais, aesquistossomose só é superada pela malária em termos de importância sócio-econômica e

de saúde pública.É causada por vermes do gênero Schistosoma, que parasitam as veias do homem e de outrosanimais, onde se fixam por meio de ventosas. O verme apresenta sexo separado, pertence àfamília dos trematódeos e pode chegar a medir um centímetro de comprimento.

A água é o meio que o S. mansoni utiliza para infectar o homem (hospedeiro principal) e ocaramujo do gênero  Biomphalaria (hospedeiro intermediário). O ciclo de evolução daesquistossomíase começa quando fezes de algum enfermo infectadas com ovos entram emcontato com a água. Os ovos germinam e liberam a primeira forma larval doS. mansoni, conhecida como miracídio. A larva precisa de condições ambientaisapropriadas para sobreviver, o que acaba com o mito de que a esquistossomíase ocorreapenas em águas poluídas.

Assim que sai do ovo, o miracídio busca e penetra o caramujo, onde, durante 20 ou 30 dias,multiplica-se e transforma-se em outra larva, conhecida como cercária. Um caramujo écapaz de liberar milhares de cercárias em um só dia, dando início à segunda fase do ciclo.Normalmente as cercárias são libertas entre 11 e 17 horas, raramente à noite e são capazesde sobreviver só durante algumas horas. Uma vez na água, a cercária nada em busca de seuhospedeiro definitivo.

Após penetrar o corpo humano, a cercária migra para a corrente sangüínea ou linfática.Com um dia de infecção, é possível encontrar larvas nos pulmões e nove dias depois asmesmas rumam para o fígado, onde alimentam-se de sangue e iniciam sua maturação. Novigésimo dia, os vermes, já adultos, começam a se acasalar e sete dias depois a fêmea jálibera os primeiros ovos. Em média, apenas após o quadragésimo dia de infecção serápossível encontrar ovos de S. mansoni nas fezes do enfermo.

Os sintomas são: febre, dor de cabeça, calafrios, sudorese, fraqueza, falta de apetite, dormuscular, tosse e diarréia, esse os sintomas da esquistossomíase em sua fase aguda. Ofígado e o baço também aumentam devido às inflamações causadas pela presença do vermee de seus ovos. Se não for tratada, a doença pode evoluir para sua forma crônica, onde adiarréia fica cada vez mais constante alternando-se com prisão de ventre e as fezes podemaparecer com sangue. O doente sente tonturas, coceira no ânus, palpitações, impotência,emagrecimento e o fígado endurece e aumenta ainda mais. Nesse estágio, a aparência doenfermo torna-se característica: fraco, mas com uma enorme barriga, o que dá a doença seunome popular de barriga d'água.

O tratamento é feito, sobretudo, por meio da administração de medicamentos como ooxamniquine ou o praziquantel, porém, a melhor maneira de enfrentar a esquistossomíase eevitar que ela aconteça. Para tanto, faz-se necessária uma extensa política de saúde públicae sanitária, já que a esquistossomíase está diretamente ligada a problemas sócio-

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econômicos. Portanto, controlar a existência da  Biomphalaria não é suficiente, é precisomelhorar a qualidade de vida das populações e tomar medidas sanitaristas, como, porexemplo, a construção de sistemas adequados de esgoto.

¬ LeishmanioseInfecção do sistema retículo-endotelial que se localiza sobretudo no baço, fígado e medulaóssea, provocando aumento das vísceras. conhecida também como calazar. Acometeprincipalmente as populações rurais, mas está em fase de franca urbanização. Os sereshumanos e os cães são reservatórios naturais por serem suficientes para mantero ciclo doméstico de transmissão. A raposa infectada é o único reservatório silvestre doparasito. A  Leishmania chagasi (protozoário) é transmitida por meio do Flebótomo oumosquito-palha. No Brasil ainda não existe terapêutica para cães, enquanto que os sereshumanos infectados se curam a partir de tratamento adequado. Não há vacina para aleishmaniose visceral.

¬ Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria  Leptospira

interrogans, transmitida pela urina de ratos. Os surtos ocorrem, principalmente, na época deenchentes, quando a bactéria penetra no organismo através de pequenos ferimentos ou pelasmucosas do nariz ou da boca, provocando insuficiência renal e hepática. Não existe vacinapara a enfermidade. Sua forma grave pode provocar icterícia, meningite e levar à morte.

A moléstia afeta especialmente os animais, como roedores e outros mamíferos silvestres.Os animais domésticos, como cães, gatos, bois e cavalos, também podem ser atingidos.Esses bichos, mesmo quando vacinados, podem tornar-se portadores assintomáticos dabactéria e eliminá-la junto com a urina, às vezes por toda a vida.

O ser humano não é considerado um transmissor da doença, a contaminação de uma pessoapara outra é muito pouco provável.

Os sintomas da leptospirose aparecem entre dois e trinta dias após a infecção, sendo operíodo de incubação médio de dez dias. Febre alta, sensação de mal estar, dor de cabeçaconstante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios estão entre asmanifestações da doença. Também são freqüentes dores abdominais, náuseas, vômitos ediarréia, podendo levar à desidratação. É comum que os olhos fiquem acentuadamenteavermelhados. Alguns doentes podem apresentar tosse e faringite. Em alguns pacientes ossintomas podem ressurgir após dois ou três dias de aparente melhora. Nesse período, écomum aparecer manchas avermelhadas pelo corpo e pode ocorrer meningite.

A partir do terceiro dia de doença pode surgir icterícia (olhos amarelados) nos enfermosque apresentam casos mais graves (cerca de 10%). Nesse grupo, aparecem manifestaçõeshemorrágicas (equimoses, sangramentos em nariz, gengivas e pulmões) eo funcionamento inadequado dos rins, o que causa diminuição do volume urinário e, às

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vezes, anúria total (supressão da urina) . A evolução para a morte pode ocorrer em cerca de10% das formas graves.

O tratamento de pessoas com leptospirose é feito principalmente com hidratação. Nãodevem ser utilizados medicamentes para dor ou para febre que contenham ácido acetil-

salicílico, que podem aumentar o risco de sangramentos. Os antiinflamatórios também nãodevem ser evitados. Quando o diagnóstico é feito até o quarto dia de doença, devem serempregados antibióticos, que reduzem as chances de evolução para a forma grave. Aspessoas com leptospirose sem icterícia podem ser tratadas no domicílio. As quedesenvolvem meningite ou icterícia devem ser internadas.

¬ Tétano

Ao contrário do que muita gente pensa, o tétano não é transmitido apenas por pontas depregos enferrujados. Muito mais presente no ambiente do que se imagina, a bactériaClostridium tetani, agente causadora da moléstia, não sobrevive na presença de oxigênio epor isso mesmo encontra-se sob a forma esporulada em locais como terra, areia, espinhosde plantas, fezes, agulhas de injeções não esterilizadas, poeira de rua, apenas aguardandouma ferida aberta que lhe dê a oportunidade de se manifestar.

Uma vez no organismo humano, a Clostridium germina, assume uma forma vegetativa epassa a produzir uma poderosa toxina chamada tetanospasmina que ataca o sistema nervosocentral, causando rigidez muscular em diversas regiões do corpo. Entre os principaissintomas observa-se o trismo (alteração nervosa que impossibilita a abertura da boca), risosardônico (produzido por espasmos dos músculos faciais), dores nas costas, rigidezabdominal e da nuca, espasmos e convulsões. O quadro pode ser tornar complicado ecausar parada respiratória ou cardíaca.

O tratamento inclui, principalmente, sedativos, músculo-relaxadores, antibióticos e o soroantitetânico, sendo a primeira semana capital para se evitar a morte do doente. A partir deentão, restará administrar os medicamentos e aguardar a recuperação orgânica dos tecidoscomprometidos, sobretudo o nervoso. Estatísticas apontam que as maiores vítimas de tétanosão crianças de até 14 anos.

Apesar do tratamento do tétano ser complicado, evitá-lo é extremamente fácil. Crianças deaté cinco anos devem tomar a vacina tríplice, mas todos, sem exceção, devem ser vacinadoscom o toxóide tetânico com reforço a cada dez anos. A vacina pode ser adquirida emqualquer posto de saúde público. Caso ocorra algum tipo de ferimento, recomenda-se alavagem imediata do local com água e sabão e a aplicação de água oxigenada, já que aClostridium tetani não resiste ao contato com o oxigênio.

¬ Febre Amarela

Doença infecciosa para a qual já existe uma vacina disponível. Causada por um gênero devírus conhecido como flavivírus, a enfermidade apresenta duas formas de expressão, a

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urbana e a silvestre. No Brasil, a forma urbana encontra-se erradicada desde 1942. Noentanto, a febre amarela silvestre não é erradicável, já que possui uma circulação naturalentre primatas das florestas tropicais.

A doença é geralmente adquirida quando uma pessoa não vacinada é picada pelo mosquito

transmissor em áreas silvestres, como regiões de cerrado e florestas. Por isso, vacinação éuma importante aliada no seu combate.

A transmissão da enfermidade não é feita diretamente de uma pessoa para outra. Para isso,é necessário que o mosquito pique uma pessoa infectada e, após o vírus ter se multiplicado(nove a 12 dias), pique um indivíduo que ainda não teve a doença e não tenha sidovacinado. O vírus e a evolução clínica da doença são idênticos para os casos de febreamarela urbana e de febre amarela silvestre, diferenciando-se apenas o transmissor dadoença.

Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após apicada do mosquito. As primeiras manifestações são febre alta, mal estar, dor de cabeça,dor muscular, cansaço e calafrios. Podem, ainda, surgir náuseas, vômitos e diarréia. Apóstrês ou quatro dias, a maioria dos doentes (85%) recupera-se completamente e ficapermanentemente imunizado contra a doença.

Cerca de 15% dos doentes infectados com febre amarela apresentam sintomas graves, quepodem levar à morte em 50% dos casos. Além da febre, a pessoa pode apresentar doresabdominais, diarréia e vômitos. Surgem icterícia (olhos amarelados, semelhante à hepatite),manifestações hemorrágicas (equimoses, sangramentos no nariz e gengivas) e ocorre ofuncionamento inadequado de órgãos vitais como fígado e rins. Como conseqüência, podehaver diminuição do volume urinário até a anúria total (ausência de urina na bexiga) e ocoma. As pessoas que sobrevivem recuperam-se totalmente.

Não existe tratamento específico para febre amarela, sendo ele apenas sintomático. Avacina é uma grande aliada para se evitar a ocorrência da doença. O indivíduo deve tomar aprimeira dose a partir dos 12 meses de idade e receber um reforço a cada dez anos.

¬ Dengue

O dengue é transmitido pela fêmea do mosquito  Aedes aegypti, que também é vetor dafebre amarela. Qualquer epidemia das duas doenças está diretamente ligada à concentraçãodo mosquito, ou seja, quanto mais desses insetos, mais elas se farão presentes. Para setornar infeccioso ao homem o vírus passa por um período de incubação no mosquito de 10dias. Após essa fase o mosquito estará infectado para o resto da vida e transmitirá o vírusem todas as picadas que realizar.

A transmissão só ocorre se ela for picada pelo  Aedes durante seis dias - um antes deapresentar os sintomas da doença e cinco dias após o aparecimento da febre. Ao picar outrapessoa, o inseto a infecta. Entretanto, 20 a 50% dos casos, segundo estudos, podem serassintomáticos e, no entanto, a pessoa infectada, que foi picada mas não apresentou

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sintomas ou sinais clínicos da doença, pode transmitir o vírus para o mosquito que serácapaz de infectar pela nova picada outra pessoa suscetível. A pessoa é suscetível ao tipo devírus que não teve antes, para ficar imune ao dengue precisa ter sido infectada pelos quatrosorotipos. Os sintomas começam a aparecer cerca de três a sete dias depois da picada domosquito. Às vezes, o período de incubação pode alcançar até 15 dias.

O vírus do dengue pertence à família dos flavivírus e é classificado no meio científicocomo um arbovírus, os quais são normalmente transmitidos por mosquitos e outrosartrópodes.

Uma vez dentro do  Ae. aegypti, o vírus multiplica-se no intestino médio do inseto (parteconhecida como mesêntero) e, com o tempo, passa para outros órgãos, como os ovários, otecido nervoso e, finalmente, as glândulas salivares, de onde sairá para a corrente sangüíneade outro humano picado. Do momento em que picou o doente até tornar-se vetorpermanente, passam-se de oito a 12 dias.

Assim que penetra na corrente sangüínea do indivíduo sadio, o vírus passa a se multiplicarem órgãos específicos, como o baço, o fígado e os tecidos linfáticos. Esse período éconhecido como incubação e dura de quatro a sete dias. Depois o vírus volta à correntesangüínea, gerando a viremia, que tem início ligeiramente antes do aparecimento dosprimeiros sintomas.

O vírus também se replica nas células sangüíneas, como o macrófago, e atinge a medulaóssea, onde compromete a produção de plaquetas (elemento presente no sangue,fundamental para os processos de coagulação). Também durante a multiplicação do vírus,formam-se substâncias que agridem as paredes dos vasos sangüíneos, originando uma perdade líquido (plasma). Se isto acontecer muito rapidamente, aliado à diminuição de plaquetas,podem originar-se sérios distúrbios no sistema circulatório como hemorragias e queda dapressão arterial (choque) -este é o quadro do dengue hemorrágico. Além disso, com poucoplasma o sangue fica mais denso, dificultando as trocas gasosas com o pulmão, o que podegerar uma deficiência respiratória aguda.

O dengue clássico se caracteriza pela diminuição da circulação de plaquetas(plaquetopenia) e o aumento da concentração do sangue (hemoconcentração), avaliadas nohemograma. Os sintomas são a chamada febre do dengue, representada por febre de iníciosúbito, dor de cabeça, dores musculares, articulares, ósseas, erupções na pele (parecida comrubéola), coceira principalmente em palmas e plantas, prostração, náuseas, vômitos, dorabdominal, diarréia, tonturas ao sentar ou levantar que podem caracterizar queda de pressãoarterial ao se levantar (hipotensão postural), hemorragias induzidas ou espontâneas. A febrepode desaparecer no terceiro dia, mas as manifestações podem progredir. A presença defebre menor que sete dias associada a dois ou três desses sinais ou sintomas indicamdengue clássico, que deve ser notificado.

A doença evolui a cura dentro de cinco a sete dias, no máximo dez. Alguns sintomas podemprenunciar gravidade mesmo que não haja alterações laboratoriais características de denguehemorrágico (plaquetopenia e hemoconcentração), tais como vômitos muito freqüentes, dorabdominal importante, tonturas com hipotensão postural, hemorragias. Esses casos devem

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ficar sob observação médica. Além disso, condições prévias ou associadas como referênciade dengue anterior, idosos, hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doençasrespiratórias crônicas graves podem constituir fatores capazes de favorecer a evolução comgravidade.

Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casossuspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamentomédico onde algumas rotinas estão estabelecidas para o acompanhamento, conforme aavaliação clínica inicial e subseqüente, quanto a possibilidade de evolução para gravidade.A hidratação oral (com água, soro caseiro ou água de coco), ou venosa, dependendo da faseda doença, é a medicação fundamental e está indicada em todos os casos em abundância.

Devem ser evitados o Ácido Acetil Salicílico (AAS) e seus derivados porque podeminterferir no processo de coagulação, uma vez que o AAS reduz a adesão das plaquetas e,no dengue, a diminuição do número de plaquetas (plaquetopenia) é freqüente; comotambém a Dipirona, porque em algumas pessoas baixa a pressão arterial, o que pode ser

confundido com a ocorrência de baixa pressão por causa do levantamento do paciente(hipotensão postural), sintoma que pode estar também presente no dengue.

5.2.1.2.4. Identificação do habitat e nicho ecológico das espécies

Filo Artrópodo – Classe Insecta

Os primeiros insetos viveram há mais de 300 milhões de anos. Estes seres praticamentehabitam o mundo todo, desde os desertos, passando por florestas até lugares onde exista

neve. Estão presentes em todos os ambientes.

São animais invertebrados e possuem uma proteção chamada exoesqueleto. Possuem seispernas. Atualmente existem mais de 1 milhão de espécies catalogadas e outras mais a seremclassificadas. Os insetos são os responsáveis pela polinização de mais de 70% de todas asplantas fanerógamas da terra, ou seja, plantas que possuem flores. Muitos estão diretamenterelacionados com a transmissão de doenças para os seres humanos, como a malária, adoença de Chagas, a dengue, a febre amarela e outras. A produtividade agrícola e aestocagem dos alimentos sofrem grandes perdas pela ação destruidora de muitas espéciesde insetos que devoram lavouras inteiras, como os gafanhotos, ou transmitem doenças paraas plantações.

São animais de corpo formado por uma série de segmentos ou somitos e divididos sempreem três regiões: cabeça, tórax e abdômen. A cabeça possui 6 segmentos unidos por suturas.É onde estão localizados os olhos, antenas e o aparelho bucal. Os olhos são geralmentecompostos ou facetados, e formam uma imagem "em mosaico" localizados ao lado dacabeça e entre eles ou acima podem existir pequenos olhos mais simples, os ocelos, quasesempre em número de três.

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São duas antenas e de diferentes tipos, são apêndice moveis que podem funcionar comoórgão olfativo, auditivos, gustativos e tácteis. É possível o reconhecimento dos sexos dealguns insetos através das antenas, visto que elas se apresentam diferentes nos machos e nasfêmeas. Para isso devem ser considerados: tamanho -as antenas dos machos geralmente sãomais desenvolvidas; tipo - há casos em que os machos e as fêmeas possuem antenas de tipo

diferentes. O aparelho bucal é adaptado aos diversos tipos de alimentação dos insetos,como lamber, triturar, sugar, picar, mastigar, etc.

O tórax possui 3 segmentos ou anéis, cada um com um par de patas articuladas, sendo queo segundo e terceiro, na parte superior possuem um par de asas, que são evaginações daparede do corpo. Cada segmento é formado por 4 peças ligadas entre si: ventralmente é oesterno, dorsalmente o tergo e lateralmente as pleuras. Se a regra geral é terem 3 pares depatas, nem todos os insetos possuem 2 pares de asas, muitos possuem apenas um (dípteros)e outros não possuem asas (ápteros). Nos dípteros há um par de asas vestigiais, os halteresou balancins, e serve como sistema de equilíbrio e direção, durante o vôo. Alguns insetos,como as formigas e os cupins, apresentam asas apenas nos seus estágios sexualmente

ativos, enquanto os demais membros das sociedades não as possuem.De acordo com as modificações estruturais apresentadas, as asas podem ser agrupadas nosseguintes tipos: membranosas -são asas finas e flexíveis, com as nervuras bem distintas. Amaioria dos insetos possuem o par posterior de asas desse tipo, tégminas são de aspectopergaminhosos ou coriáceo e normalmente são estreitas e alongadas, élitros -são asas duras,resistentes, que servem de proteção às asas membranosas. Ex. Asas anteriores de besouros edermápteras e hemiélitro -são asas que apresentam a parte basal de aspecto coriáceo, e aparte apical membranosa, onde se nota facilmente as nervuras. Ex. Asas anteriores depercevejos.

O abdômen é a última das três divisões principais do corpo dos insetos, vindo logo atrás do

tórax, e onde se situa o ânus e o aparelho reprodutor. Compõe-se de 12 segmentos queparecem encaixar-se uns aos outros. Cada segmento tem um par de orifícios pelo qual oinseto respira. Quanto aos tipos podem ser séssil ou aderente (é quando a união entre oabdome e o tórax se faz em toda a sua largura, e como exemplos temos as baratas), livre (équando a união entre o abdome e o tórax se faz por uma constrição moderada, e comoexemplos temos as moscas) e pedunculado (é quando a união entre o abdome e o tórax sefaz por uma constrição pronunciada, formando um pedúnculo ou pecíolo. É característicoem alguns Hymenoptera).

O corpo dos insetos é formado por um exoesqueleto (esqueleto externo) de quitina,substância que reveste o corpo, formando uma carapaça, que pode ser lisa, luzidia ou ainda

apresentar espinhos ou chifres para defesa do animal, também pode se apresentar na formade escamas e pêlos. Certos pêlos possuem um líquido viscoso o que permite caminhar sobresuperfícies lisas.

O sentido do tato encontra-se espalhado por todo corpo, sobre o tegmento encontram-sepêlos, com células nervosas na base. As antenas, além de outras funções como olfativa,também exercem percepção tátil. O sentido do olfato está concentrado nas antenas. Osinsetos possuem duas espécies de olhos, olhos simples (ocelos), que são pequenos e servem

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para ver de perto, e os olhos compostos de facetas, são grandes, de malhas poligonais ecada faceta corresponde a um olho simples. O número de facetas é variável, podendo ir de50 à 20.000. Sabe-se que a maioria dos insetos ouvem, mas mostra-se muito variada alocalização do órgão auditivo.

A excreção é feita pelos tubos de Malpighi. Estão mergulhados nas cavidades corporais(hemoceles) de onde retiram resíduos metabólicos, e abrem-se no intestino. Logo osexcretos são eliminados juntamente com as fezes. O principal resíduo metabólico dosinsetos é o ácido úrico.

Os insetos apresentam fecundação interna, e as fêmeas depositam os ovos para sedesenvolverem fora do corpo. São, portanto, ovíparas. Em muitos insetos, observam-sealgumas formas especiais de reprodução: partenogênese, desenvolvimento de um embrião apartir de um óvulo não-fecundado, é verificada em abelhas, pedogênese, desenvolvimentode mais de um indivíduo a partir de uma única larva, ocorre em moscas, poliembrionia,desenvolvimento de múltiplos embriões geneticamente idênticos a partir de um único

zigoto, é encontrada em algumas vespas.Uma característica marcante de muitos insetos é a passagem por estágios larvais e aocorrência de metamorfose (do grego metabole, "mudança"). De acordo com o tipo demetamorfose, os insetos são classificados em três categorias: insetos ametábolos: o prefixoa designa negação. Ao saírem do ovo, já são muito semelhantes a um adulto, não passampor estágio larval nem sofrem metamorfose, insetos hemimetábolos (hemi = metade): oshemimetábolos são os insetos que, quando da eclosão do ovo, nascem diferentes dosadultos, mas sofrem transformações graduais na forma e na sua fisiologia. As formas jovens são chamadas ninfas e, à medida que sofrem mudas, vão se tornando cada vez maisparecidas com o adulto, insetos holometábolos (holos = todo): são os insetos que passampor transformações muito mais significativas, durante algumas fases da vida, do ovo, saium organismo vermiforme e nitidamente segmentado, a larva, ao se imobilizar, adquire umrevestimento mais escuro e espesso, assumindo a forma característica de pupa (oucrisálida). A pupa permanece imóvel, pendurada em galhos de árvores enrolada em folhas,em buracos no solo ou nos troncos das árvores, esse processo é conhecido por metamorfosecompleta, e termina quando o revestimento da pupa se rompe e dela emerge um adulto (ouimago). O imago já possui todos os sistemas próprios de um adulto e, no caso dos insetos, já se encontra apto para a reprodução. Uma característica marcante dos insetosholometábolos é que as larvas e os adultos apresentam, geralmente, hábitos alimentaresbastante distintos, o que evita a competição pelo alimento entre os membros de uma mesmaespécie.

ORDEM HYMENOPTERA: uma das mais polimorfas ordens de insetos (cerca de 250.000espécies) apresenta animais dotados de peças bucais sugadoras, mastigadoras oulambedoras. Em algumas espécies, como nas formigas, as asas estão presentes apenas nosindivíduos sexualmente ativos. São holometábolos e apresentam estrutura social. Essaordem caracteriza-se pela complexa estrutura social encontrada nas suas espécies. Há umanítida e rigorosa divisão de papéis, tanto na atividade reprodutora como na manutenção daprópria sociedade;

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Família Apidae Nome Científico: Bombus sp Nome popular: MangangásCaracterísticas: corpo robusto e em geral piloso. Os dois sexos se distinguem por umasérie de caracteres morfológicos secundários; Distribuição: da BA ao RS; Hábitat:alimenta-se do pólen das flores; Dieta: aparelho bucal lambedor-sugador, as mandíbulassão destinadas e cortar e transportar substâncias para construção do ninho ou alimentação;

Reprodução: nidificam no solo ou em madeira seca. Há muitas rainhas na mesma colméia;Comportamento: abelhas solitárias ou sociais. As colméias são pequenas, com até 500indivíduos. Essenciais para a polinização de plantas. O mel não é utilizado pelo homem;

Nome Científico: Apis mellifera ligustica Nome popular: Abelha-italiana Tamanho: 12 a13mm; Características: há três castas: as operárias, os zangões e a rainha, a única fêmeafértil da colméia. É a responsável pela postura dos ovos e pela formação das geraçõessucessivas de membros da colméia. Os zangões são machos férteis, e seu único papel ésexual. As operárias são fêmeas estéreis, cujas funções são a construção da colméia, aobtenção de alimentos, a proteção e o arejamento da colméia, a limpeza dos favos, etc.Olhos pilosos; Distribuição: originárias da Itália, hoje são cosmopolitas; Reprodução:

somente a rainha faz a postura dos ovos, de partenogênese, desenvolvimento de umembrião a partir de um óvulo não-fecundado, nascem os zangões ou os machos da colméia,dos ovos fecundados nascem as operárias, que são todas fêmeas. A rainha pode armazenaresperma durante o vôo nupcial num receptáculo seminal anexo aos órgãos reprodutivos.Vários machos fertilizam a rainha. A fecundação é interna, já na colméia. Desenvolvimentoholometábolo: ovo, larva, pupa, adulto. O desenvolvimento dura 16 dias se for uma rainha,21 se for operária e 24 para o zangão; Comportamento: não muito agressivas, porémmenos produtivas. A fertilidade dos embriões femininos depende do tipo de alimentaçãofornecida às larvas. As larvas destinadas a serem operárias recebem uma alimentaçãomenos abundante, constituída principalmente de mel. As larvas das futuras rainhas sãoalimentadas por operárias mais velhas, e recebem uma alimentação especial, mais

abundante e rica em hormônios, chamada geléia real; Tempo de vida: as operárias têmvida curta, entre 40 e 50 dias no verão e uns 3 meses no inverno, mas a rainha chegar adurar 5 anos;. Os zangões morrem logo após a cópula;

Nome Científico: Apis melífera escutellata Nome popular: Abelha-africanaCaracterísticas: há três castas: as operárias, os zangões e a rainha, a única fêmea fértil dacolméia. É a responsável pela postura dos ovos e pela formação das gerações sucessivas demembros da colméia. Os zangões são machos férteis, e seu único papel é sexual. Asoperárias são fêmeas estéreis, cujas funções são a construção da colméia, a obtenção dealimentos, a proteção e o arejamento da colméia, a limpeza dos favos, etc. Olhos pilosos;Distribuição: foi "acidentalmente" introduzida em nosso continente em 1956, na região de

Campinas, SP, de onde se espalhou para todos os três continentes americanos, sendolimitada apenas pelas fronteiras térmicas em altas latitudes; Reprodução: somente a rainhafaz a postura dos ovos, de partenogênese, desenvolvimento de um embrião a partir de umóvulo não-fecundado, nascem os zangões ou os machos da colméia, dos ovos fecundadosnascem as operárias, que são todas fêmeas. A rainha pode armazenar esperma durante ovôo nupcial num receptáculo seminal anexo aos órgãos reprodutivos. Vários machosfertilizam a rainha. A fecundação é interna, já na colméia. Desenvolvimento holometábolo:ovo, larva, pupa, adulto. O desenvolvimento dura 16 dias se for uma rainha, 21 se for

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operária e 24 para o zangão; Comportamento: agressiva e com grande potencial deprodutividade. A fertilidade dos embriões femininos depende do tipo de alimentaçãofornecida às larvas. As larvas destinadas a serem operárias recebem uma alimentaçãomenos abundante, constituída principalmente de mel. As larvas das futuras rainhas sãoalimentadas por operárias mais velhas, e recebem uma alimentação especial, mais

abundante e rica em hormônios, chamada geléia real; Tempo de vida: as operárias têmvida curta, entre 40 e 50 dias no verão e uns 3 meses no inverno, mas a rainha chegar adurar 5 anos;. Os zangões morrem logo após a cópula;

Família Meliponinae Nome Científico: Melipona sp Nome popular: Abelhas-indígenasTamanho: 7,5 a 13mm;Características: “abelha sem ferrão”, na verdade este é atrofiado, olhos nus. Abelhapreta;Distribuição: desde a Amazônia até SC;Hábitat: campos;Reprodução: partenogênese, desenvolvimento de um embrião a partir de um óvulo

não-fecundado. Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto. O ninhoencontra-se, em geral, abrigado em ocos de pau e a construção é feita de certa escura epegajosa. A uma única rainha;Comportamento: em geral são mansas;

Nome Científico: Trigona ruficurus

Nome popular: Abelha-arapuáTamanho: 7 a 8mm;Características: abelha preta;Distribuição: ocorre em todo Brasil;

Reprodução: partenogênese, desenvolvimento de um embrião a partir de um óvulonão-fecundado. Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto;Comportamento: brava e mel imprestável;

Nome Científico: Trigona sp

Nome popular: Abelhas-nativasTamanho: 5 a 8mm;Características: abelha preta;Distribuição: ocorre em todo Brasil;Reprodução: partenogênese, desenvolvimento de um embrião a partir de um óvulo

não-fecundado. Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto;Comportamento: brava e mel imprestável;

Família formicidae:Nome Científico: Atta sp

Nome popular: Formiga-de-mandiocaCaracterísticas: olhos laterais, antenas bem desenvolvidas que servem ao olfato e

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outros fins. As patas servem à locomoção e também para limpar o corpo;Distribuição: desde o México e sul dos EUA até o norte da Patagônia;Dieta: as mandíbulas servem para morder, beliscar, cortar, furar, etc., só não servempara comer, para tal utilizam órgãos de sucção e lambedura;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto;

Comportamento: as colônias são divididas em várias castas de soldados e operárias,que protegem e executam as tarefas, principalmente a de cultivo dos fungos que asalimentam e que são cultivados em folhas mascadas de várias espécies vegetais, e ascastas de machos e fêmeas sexuados. Colônias subterrâneas e divididas em várioscompartimentos (panelas) interligados e que servem a diversos fins. Mordem para sedefender;

Nome Científico: Azteca sp

Nome popular: Formiga-de-embaúbaCaracterísticas: normalmente de coloração preta ou marrom. Possuem um ferrão,

ligado às glândulas veneníferas, e que pode ser usado várias vezes;Hábitat: habitam os espaçosos internódios do tronco e galhos da embala;

Dieta: as mandíbulas servem para morder, beliscar, cortar, furar, etc., só não servem paracomer, para tal utilizam órgãos de sucção e lambedura. Alimentam-se dos corpos deMüller, produzidos pela imbaúba, e de secreções açucaradas produzida por coccídeos quecriam nos internódios; Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa,adulto; Comportamento: quando perturbadas, saem às centenas para defender suamoradia, mordem e secretam toxina de cheiro parecido com solvente de borracha que causairritação, e se cheirado pode causar reação alérgica em algumas pessoas;

ORDEM NEUROPTERA: Aparelho bucal mastigador; 4 asas membranosas, que emrepouso ficam em telha sobre o corpo. Abdome cilíndrico; antenas geralmente compridas.

Família Mirmeleontidae Nome popular: Formigas-leão Características: as larvaspossuem 3 pares de patas, 2 poderosas mandíbulas. Adulto alado; Hábitat: camposarenosos, com vegetação rasteira ou mesmo arbustiva bem batidas pelo sol; Dieta:predadores; Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto. Ovosdepositados no solo, que são chocados pelo calor da areia; Comportamento: porconstruírem uma armadilha de forma cônica na areia ou poeira para capturar suas presas,nas quais injeta substâncias paralisantes, para após dominá-las e sugar-lhes o conteúdo;

ORDEM PHASMATODEA -Aparelho bucal mastigador; patas ambulatórias (paraandar), longas e finas. Grande aspecto de graveto, cabeça pequena, antenas bemdesenvolvidas, cercos unisegmentados. Há espécies com asas e outras ápteras;

Família AcridodaeNome popular: Bicho-pauTamanho: até 33cm;

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Características: corpo semelhante a um graveto ou pequeno galho; possuem a cabeçacurta e antenas longas. Os machos são menores que as fêmeas;Hábitat: plantas;Dieta: Fitógafo, alimentando-se de folhas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Partenogênese

(reprodução sem fecundação)–

nascem fêmeas. Os ovos também são miméticos,depositados no solo, assemelham-se a sementes;Comportamento: sua defesa é a camuflagem com o meio, potencializada comimobilidade na presença de possíveis predadores;

Nome Científico: Fasmídeos – Phasmida Nome popular: Bicho-pau Tamanho: até 33cm;Características: corpo semelhante a um graveto ou pequeno galho; possuem a cabeça curtae antenas longas. Os machos são menores que as fêmeas; Hábitat: plantas;Dieta: fitógafo, alimentando-se de folhas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Partenogênese

(reprodução sem fecundação)–

nascem fêmeas. Os ovos também são miméticos,depositados no solo, assemelham-se a sementes;Comportamento: Sua defesa é a camuflagem com o meio, potencializada comimobilidade na presença de possíveis predadores;

ORDEM MANTODEA -Aparelho bucal mastigador; patas anteriores raptatórias;protórax muito longo;

Nome popular: Louva-deusCaracterísticas: o primeiro par de patas pouco serve à locomoção, é destinado àcaptura de presas, patas traseiras (pernas) muito fortes que são usadas para andar, pulare ajudar quando vão voar. Olhos muito desenvolvidos e por isso enxerga muito bem.Conseguem se confundir com as plantas por causa de sua cor e por ficarem imóveis porlongos períodos de tempo;Distribuição: regiões tropicais e subtropicais;Hábitat: vivem em matas e áreas de muita vegetação;Dieta: predadores e comem qualquer inseto que conseguirem capturar, pulgões,pequenas lagartas, ninfas de alguns insetos, etc.;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. A fêmea depois defecundada confecciona uma ooteca, expelindo pelo orifício genital certa quantidade de

substância viscosa, que vai se acumulando sobre o galho e é quando começa a posturados ovos, em várias camadas. O período de incubação é de 24 dias. Após a sétima mudaatingem o desenvolvimento completo;Comportamento: canibais;Predadores naturais: pássaros e morcegos;

ORDEM HOMOPTERA: sugadores de seiva. Aparelho bucal sugador que sai da parte

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posterior da cabeça (retrovertido). Asas, quando presentes, têm forma de telha e de igualtextura (membranosas, ligeiramente espessadas);

Família Cicadidae

Nome popular: CigarrasTamanho: de alguns milímetros até 10cm;Características: antenas curtas. Asas membranosas. Apenas os machos “cantam” e oaparelho que produz o ruído está localizado no abdômen;Dieta: fitófagos -alimentam de seiva das plantas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Longos períodoslarvais, que podem durar desde 1 até 17 anos;Comportamento: terrestres;

Família Aphidoidea

Nome Científico: Cerataphis lataniaeNome popular: Pulgão-do-coqueiroTamanho: entre 1 e 5mm;Dieta: fitófagos -alimentam de seiva das plantas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Partenogênese,desenvolvimento de um embrião a partir de um óvulo não-fecundado e/ou sexuada,dependendo das condições climáticas;

Predadores naturais: joaninhas, himenópteros, dípteros;

ORDEM BLATTODEA -Aparelho bucal mastigador; asas anteriores em tegmina;corpo ovalado e achatado dorso-ventralmente. Alguns grupos possuem hábito silvestre eoutro doméstico, comendo de tudo e tem cheiro desagradável e muito característico.Nenhuma delas é conhecida como vetor específico de doenças, porém possui em seucorpo vários patógenos, devido ao fato de se alimentarem de restos e viverem emesgotos e locais sujos;

Nome Científico: Coraliomela brunnea

Nome popular: Barata-do-coqueiroCaracterísticas: machos são menores que as fêmeas ou possuem asas maisdesenvolvidas. Corpo coberto por uma fina película cerosa, que por ser impermeável,impede a evaporação permitindo que viva em lugares secos;Distribuição: cosmopolita;Hábitat: silvestres e vivem no serrapilheiro em raízes e caules da vegetação, sob pedrase madeiras podres;Dieta: aparelho bucal triturador;Reprodução: Desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto;Comportamento: hábito noturno;

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ORDEM ORTHOPTERA: uma grande cabeça com peças bucais mastigadoras.Herbívoros omnívoros ou fitófagos (alimentam de seiva das plantas). Asas anterioresem tegmina ou élitro e patas posteriores saltatórias;

Nome Científico: Tropidacris sp

Nome popular: GafanhotoCaracterísticas: antenas muito mais curtas que o corpo e os órgãos auditivos(tímpanos) encontram-se no segmento basal do abdômen, um de cada lado. O abdômencontém 10 segmentos encaixados uns nos outros, sendo os tergitos mais desenvolvidosque os esternitos;Dieta: aparelho bucal mastigador, alimenta-se de vegetais;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto, não ocorremetamorfose, mas mudas sucessivas (ecdises) até chegar à fase adulta definitiva;

Comportamento: terrestre;Preadadores Naturais: insetos parasitos e carnívoros, aves insetívoras, roedores,ácaros, vermes, fungos, bactérias, etc.;

Família GrylidaeSuperfamília: GrilloideaNome popular: GriloTamanho: desde alguns milímetros até alguns centímetros;Características: machos possuírem órgãos estridulatórios (tímpano) nas asasanteriores, produzindo som pelo atrito das tégminas. Possuem longas antenas filiformes.De cor geral parda, odendo ser amarelos ou verdes. As asas anteriores (tégminas)podem ser maiores, menores ou ausentes, alguns possuem tégiminas córneas. As asasposteriores dobram-se em leque e, por vezes ficam enroladas e salientes, em algumaselas são pequenas ou ausentes;Hábitat: no campo, em árvores;Dieta: aparelho bucal mastigador, alimenta-se de vegetais, insetos, fungos;

Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto, não ocorremetamorfose, mas mudas sucessivas (ecdises) até chegar à fase adulta definitiva. Durante ovôo, o macho implanta o espermatóforo na vagina da fêmea, que depois o devora. A fêmeadeposita os ovos no solo ou nas plantas (e podem provocar galhas). Os ovos não ficam

aglutinados, mas dispostos em fileira; Comportamento: saltadores, terrestre,mergulhadores;

ORDEM COLEOPTERA: trata-se da maior ordem conhecida de seres vivos (mais de400.000 espécies descritas). A característica mais significativa do grupo é a presença dacarapaça sobre as asas. Na verdade, essa carapaça, o élitro, é a asa anterior modificada. Háespécies herbívoras e outras carnívoras, necrófagos e coprófagos. São animais dedesenvolvimento completo, por vezes com hipermetamorfose (a metamorfose se realiza

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com duas ou mais formas larvais sucessivas). Aparelho bucal mandibulado mastigador. Osovos são depositados nas partes vivas ou mortas das plantas ou produtos vegetais, no soloou raízes. O desenvolvimento embrionário depende de condições ambientes comotemperatura e umidade. O período larval dura mais que o pupal e ambos, somados, sãomuito mais longos que a vida do adulto;

Nome Científico: Rhinostomus barbirostris

Nome popular: Broca-do-tronco-do-coqueiro

Família CurculionidaeNome Científico: Rhynchophorus palmarum

Nome popular: Broca-do-olho-do-coqueiroTamanho: 37mm;Características: preto e aveludado na parte superior, pernas fortes e élitros sulcados,tromba mais ou menos alongada, anteno genículo-clavadas;Distribuição: ocorre em todo Brasil;Dieta: fitófagos;Comportamento: praga dos coqueiros;

Nome Científico: Strategus aloeus Nome popular: Broca-do-bulbo-do-coqueiro

Nome Científico: Automeris cinctistriga Nomepopular: Lagarta-urticante-do-coqueiro

Nome Científico: Synale hylaspes Nome popular: Lagarta-verde-do-coqueiro

ORDEM ODONATA -insetos hemimetábolos e suas ninfas vivem na água. Herbívoros ou

carnívoros apresentam peças bucais mastigadoras e dois pares de longas asas transparentese membranosas com centenas de nervuras e células; antenas diminutas e setáceas; abdômenlongo, fino e cilíndrico. Náiades e adultos são predadores. Corpo alongado e subcilíndrico;sua cabeça é provida de dois grandes olhos compostos. Subdivide-se em duas subordens:Zygoptera possui asas semelhantes e quando em repouso ficam dispostas sobre o abdômen,e Anisoptera, as asas posteriores são mais largas que as anteriores, quando o inseto repousaficam dispostas horizontalmente;

Nome Científico: Anax amazili

Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e até

representantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: Desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Planiplax phoenicurra

Nome popular: Libélula

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Dieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Diastotops obscura

Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: Desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Erytrodiplax Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Pantala flavescens

Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Pepsis elevata

Nome popular: Cavalo-do-cãoDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

ORDEM LEPDOPTERA: apresentam a peça bucal sugadora (inseto adulto), longa eenrolada em forma de espiral quando em repouso (espirotromba). As asas são grandes,membranosas, cobertas por escamas e coloridas. São insetos holometábolos, e as suas

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 lagartas representam prejuízo para muitas lavouras. As lagartas têm aparelho bucalmastigador, são fitófagos e muitas são pragas. O adulto apenas suga néctar floral;

Família Nymphalidae Nome Científico: Heliconius sp Nome popular: Borboleta

Características: antenas clavadas; Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto; Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam emposição perpendicular ao corpo; Categoria: Heliconius nattereri -ameaçado de extinção – Vulnerável;

Nome Científico: Thysania sp

Nome popular: BorboletaTamanho: 27cm;Características: antenas clavadas;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;

Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;Comportamento: hábito noturno e crepuscular e, geralmente, ao pousarem, suas asasficam em posição perpendicular ao corpo;

Nome Científico: Diaethria sp

Nome popular: BorboletaCaracterísticas: antenas clavadas;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam emposição perpendicular ao corpo;

Nome Científico: Siproeta sp

Nome popular: BorboletaCaracterísticas: antenas clavadas;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam emposição perpendicular ao corpo;

Nome Científico: Caligo sp

Nome popular: BorboletaTamanho: 130 a 135mm de envergadura;Características: antenas clavadas. As asas inferiores apresentam 2 grandes ocelos que

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lembram a face de uma coruja;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;

Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam em posiçãoperpendicular ao corpo;

Nome Científico: Danaus sp Nome popular: Borboleta Características: antenasclavadas; Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar; Reprodução:desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) e adulto;Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam em posiçãoperpendicular ao corpo;

ORDEM DIPTERA -são holometábolos . Muitos dos representantes da ordem transmitemdoenças. Primeiro par de asas normais (membranosas) e o segundo par atrofiado e

modificado em haltere ou balancim, que servem tanto para dar equilíbrio ao corpo comoórgão auditivo. Ordem de importância médica, sendo muitos de seus membrostransmissores de doenças, por serem: hematófagos, alguns pragas agrícolas, minadores defolhas e alimentarem-se de outras partes da planta. Por outro lado, muitos dípteros sãopredadores ou parasitas (inimigos naturais) de diversos insetos nocivos, outros auxiliam napolinização (apenas sugam o néctar) e outros são inimigos de plantas daninhas (minadores);

Família Muscidae Nome Científico: Musca domestica Nome popular: Mosca-comumTamanho: 6mm; Características: antena plumosa, com cerdas longas. Possui probóscidee coloração cinzento-clara, o tórax apresenta quatro listras paralelas e longitudinais, os trêspares de patas são negros; Distribuição: cosmopolita; Dieta: alimenta-se de quase todotipo de restos alimentares e líquidos, como sucos, sangue, chorume do lixo, etc.;Reprodução: pedogênese, desenvolvimento de mais de um indivíduo a partir de uma únicalarva. Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto. Depositam cerca de 600ovos brancos, alongados e ovoídes, período de incubação entre 8 horas e até 4 dias,conforme a temperatura. O tempo da metamorfose também depende da temperatura;Comportamento: hábitos cosmopolitas ou rurais. É vetor de inúmeras doenças, comocólera, febre tifóide e disenteria;

Família Culicidae Nome Científico: Culex sp Nome popular: Mosquito Tamanho:3mm; Características: asas recobertas por escamas. Os palpos maxilares são mais curtosque a trompa na fêmea e mais longos no macho. Antenas finas, longas e pilosas; Dieta:aparelho bucal picador-sugador, mandíbulas e maxilas são transformadas em estiletesperfurantes; Reprodução: Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto;Nome Científico: Aedes aegypti Nome popular: Mosquito Tamanho: 3mm;Características: asas recobertas por escamas. Antenas finas, longas e pilosas; Dieta:aparelho bucal picador-sugador, mandíbulas e maxilas são transformadas em estiletesperfurantes; Reprodução: Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto. Asfêmeas põem os ovos em qualquer lugar que houver água, calcula-se que possam chegar a150 ovos em várias posturas. O ciclo evolutivo depende da temperatura ambiente, mas em

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geral completa-se entre 11 e 18 dias; Comportamento: transmissor da Febre Amarela.Diurno. Miutas vezes andam em grupos de 3 a 5 indivíduos. A fêmea, que é a únicahematófaga, começa a exercer sua atividade alimentar, 18 a 24 horas depois de cair doinvólucro pupal. As fêmeas fecundadas sugam com mais avidez que as virgens;

ORDEM ISOPTERA: Aparelho bucal mastigador, corpo mole; inseto social, em que estãopresentes a casta do alado (destinada à reprodução), do soldado e do operário, sendo asduas últimas constituídas de indivíduos ápteros e estéreis. O alado possui quatro asasmembranosas delicadas, sendo as anteriores semelhantes às posteriores, e todas sãoeliminadas após o vôo de dispersão, restando no tórax somente a parte basal de cada asa,mais esclerotizada e de formato triangular, conhecida por escama alar. Alguns fazem seusninhos subterrâneos, outros aqueles murundus enormes nos campos e outras dentro daprópria madeira. Alimentação é baseada na habilidade de digerir celulose;

Nome Científico: Nasutitermes sp Nome popular: Cupim-narigudo ou nasutoCaracterísticas: olhos facetados, antenas simples; Hábitat: arborícolas e semi-arborícolas;

Dieta: Fitófago -são pragas de raízes, de madeira verde e de madeira seca industrializada.Grande parte da nutrição não é tomada diretamente do exterior, mas assimilada ousecretada por membros da comunidade, só os operários ingerem a comida não preparada,todos os demais se alimentam da regurgitação deles ou seus excrementos. Possuem nointestino protozoários capazes de digerir a celulose. São também canibais e coprófagos;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Há várias fêmeasférteis no ninho o acasalamento dura 2 ou 3 dias; Comportamento: Cupinzeiro é ahabitação dos cupins, indo desde tocas ou galerias subterrâneas até grandes construções,que podem se elevar a mais de 8 metros, abrigando centenas de milhares de indivíduos.Vivem em sociedade com enorme flexibilidade no sistema de castas, que é regulado deconformidade com as circunstâncias e necessidades do ninho. O ninho é feito detritos

vegetais misturados com saliva u qualquer outra secreção;

Filo Artrópodo – Classe Arachnida

Assim como os crustáceos, os aracnídeos apresentam o corpo dividido em duas partes:cefalotórax e abdome. Seus representantes mais conhecidos são as aranhas, os escorpiões,os ácaros e os carrapatos. Alguns transmitem doenças para seres humanos e animais; outrossão responsáveis por envenenamentos (aranhas e escorpiões) e por fenômenos alérgicos(ácaros do pó doméstico).ORDEM ARANEAE: As aranhas possuem o cefalotórax unido ao abdome por umpedículo. Na região anterior do cefalotórax, estão oito olhos simples e alguns apêndicesarticulados. As quelíceras são estruturas adaptadas para a captura do alimento, e apresentama extremidade em forma de garra, dotada de um orifício em que se abre a glândula doveneno. Outro par de apêndices é pedipalpos, úteis para triturar alimentos e, nos machos,para a deposição dos espermatozóides.

No corpo das aranhas, as patas articuladas são quatro pares, e não há antenas. Na porçãomais posterior do corpo, abrem-se as fiandeiras, estruturas por onde saem os fios de seda e

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responsáveis por tecê-los, na formação das teias. A seda é produzida pelas glândulassericígenas, localizadas no abdome. Ao ser exteriorizada, a seda solidifica-se ao contatocom o ar. As teias servem como abrigo, proteção, local de acasalamento e armadilha para acaptura de insetos e de outros animais, principal alimentação das aranhas.

O sistema digestivo é completo, e possuem hepatopâncreas. Muitas aranhas, ao inocularemo veneno na presa, inoculam também enzimas digestivas, que realizam digestão extracorporal. Após certo tempo, essas aranhas simplesmente sugam os tecidos do animal morto, já liquefeitos e parcialmente digeridos.

O sistema circulatório é aberto. A respiração é traqueal. A estrutura interna desses órgãos évascularizada e permite a ocorrência de trocas gasosas entre o sangue e o ar. Esse tipoespecial de respiração pulmonar é chamada respiração filotraqueal.

A excreção é realizada por meio de tubos de Malpighi e, em aracnídeos maiores, pelasglândulas coxais, localizadas no cefalotórax. O produto de excreção nitrogenada maisimportante, nesses animais, é a guanina. As aranhas possuem sexos separados (dióicos),porém freqüentemente os machos são menores que as fêmeas.

Na época da reprodução, macho tece um casulo de seda, no qual deposita uma gotícula comos espermatozóides; estes são tomados nas cavidades de seus palpos, para mais tarde seremintroduzidos na cavidade genital da fêmea, onde ficam armazenados no receptáculoseminal. Após a fecundação, a fêmea deposita os ovos envolvendo-os com um casulo deseda denominado ooteca.

Seda - nada mais é que uma proteína secretada por uma glândula abdominal, que ao sairpelas fiandeiras, solidificam-se em contacto com o ar. Muitas aranhas tecem suas teiasusando fios espirais e radiais para capturar suas vítimas. Os fios em espiral são viscososonde os insetos grudam, e os radiais são apenas de seda por onde a aranha transitalivremente.

Tempo de vida - varia de acordo com a espécies considerada, algumas vivem cerca de umano, enquanto que outras quando em cativeiro podem viver até 20 anos.

Nome Científico: Phoneutria sp

Nome popular: Aranha-armadeiraTamanho: 2 a 3 cm;Características: espinhos negros implantados no corpo; coloração cinza. Fórmulaocular: 2 olhos na 1ª fila, 4 olhos na 2ª fila e 2 olhos na 3ª fila, implantados na cabeça. Ocorpo é coberto por pêlos curtos, aderentes, marrons acizentados, o segmento basal daquelícera tem pêlos vermelhos. No dorso do abdômen há pares de manchas clarasformando uma faixa longitudinal e desta seguem filas laterias oblíquas de manchasmenores. O ventre da fêmea é negro e do macho alaranjado, apresentando o macho umcolorido geral mais claro, amarelado. As pernas apresentam espinhos negrosimplantados em manchas claras;Distribuição: Ocorre em toda América do Sul;

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Hábitat: em locais escuros, buracos na terra ou sob a vegetação, entre folhagens dearbustos, sob troncos de árvores, no interior escuro das bainhas das folhas de coqueirosou palmeiras derrubadas ao chão ou dentro das bainhas das bananeiras, inclusive entreos cachos de frutas;Peçonha: Neurotóxica. São responsáveis pelo mais número de acidentes de aranhas. O

veneno desta aranha costuma agir mais rapidamente do que a da maioria das serpentes.Há registro de mortes de crianças, seis a doze horas após o acidente, bem como dealguns adultos;Comportamento: Agressivas e valentes. Ao se sentirem ameaçadas assumem umaatitude típica, apoiando-se nos dois pares de pernas traseiras, erguendo os doisdianteiros e os papos, abrindo os ferrões, eriçando os espinhos. Acompanham omoviemnto do agressor procurando a defesa no ataque. São muito rápidas. Tornam-semais ativas nos meses de acasalamento. Não constroem teias. São crespusculares enoturnas;Categoria: Phoneutria bahiensis -ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Loxosceles sp

Nome popular: Aranha-marromTamanho: 7-12 mm;Características: Os machos têm corpo menor e pernas relativamente mais longas. Ocefalotórax é baixo, isto é, não ultrapassa, em altura, o abdômen, os olhos são seis,reunidos em três pares de quelíceras são soldadas na base. Todas apresentam umcolorido uniforme que varia do marrom claro até o escuro, podendo apresentar nocefalotórax um desenho amarelo em forma de estrela. Poucos pêlos, curtos e quaseinvisíveis;Distribuição: a América do Norte, Central e Antilhas e América do Sul;

Hábitat: Habitam os climas quentes e temperados e no continente americano;Peçonha: O veneno tem ação proteolitica e hemolítica e, se manifestam tardiamente, emtorno de 12 a 24 horas após o acidente;Reprodução: Uma fêmea pode produzir até 15 ootecas que contêm de 22 a 138 ovos;Comportamento: hábitos noturnos. Não são aranhas agressivas;Tempo de vida: A duração de vida é de 1536 dias para as fêmeas e 696 para os machosque acasalaram;

Nome Científico: Nephila sp

Nome popular: Aranha-de-teia

Características: inteiramente pretas, apenas no ventre uma manchinha vermelha oupreta, luzidia com manchas de um vermelho-vivo no dorso, no ventre e nas pernas. Sempêlos visíveis. Os oito olhos formam duas filas paralelas de quatro cada, ocupandoquase toda a largura da frente;Comportamento: constroem teias irregulares sob plantas;

Nome Científico: Latrodectus sp

Nome popular: Aranha-viúva-negra

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Tamanho: 8 a 15mm, Envergadura 50 mm (fêmea). O macho é um pouco menor;Características: corpo preto-brilhante e freqüentemente com uma mancha vermelha noabdome, que é muito grande em relação ao corpo e quase esférico;Distribuição: EUA, México, Guatemala, Honduras, Nicarágua, Panamá, Ilha do Caribe,Jamaica, Haiti, república Dominicana, Porto Rico, Venezuela, Colômbia, Equador,

Peru, Brasil e Paraguai;Hábitat: regiões quentes;Peçonha: sua picada é realmente perigosa. Provoca dores, cãibras e distúrbios nervosos,ou até a morte, no caso de pessoas debilitadas;Reprodução: Após o acasalamento, a fêmea devora o macho. O casulo onde os ovossão depositados é maior que o corpo da aranha. Dele saem dezenas de filhotes;Comportamento: elas não são agressivas. Fazem suas teias em lugares sombrios efrescos. Quando um inseto pousa em sua teia, a viúva-negra é avisada pelas vibraçõesdos fios. Ela corre e envolve sua vítima numa rede espessa de fios antes de aferroá-lacom suas quelíceras, pinças ocas que injetam o veneno;

Nome Científico: Grammostola sp

Nome popular: Aranha-caranguejeiraTamanho: 7 - 10 cm e 10 - 20 cm de pernas;Hábitat: tocas em áreas vegetais;Comportamento: Tecem teias apenas quando necessário, como reprodução, toca oupara cobrir fezes;

ORDEM SCORPIONIDA -Os escorpiões são os mais primitivos de todos osartrópodos terrestres atuais.

São aracnídeos que apresentam o corpo alongado, dividido em cefalotórax e abdome.No primeiro encontramos um par de quelíceras, um par de pedipalpos bastantedesenvolvidos que termina em forma de pinças e, quatro pares de pernas.

O abdome é formado por duas regiões distintas: uma porção anterior larga e achatada,constituída por 7 segmentos que é denominado pré-abdômen; e uma porção posterior,cilíndrica e estreita, formada por 5 segmentos, denominada pós-abdome. O últimosegmento do pós abdômen recebe o nome de telso, pois sua extremidade distal terminaem um ferrão onde desemboca a glândula de veneno.

Habitam regiões quentes e secas, escondendo-se durante o dia em vários locaisprotegidos, saindo à noite para capturar suas presas representadas principalmente porinsetos e aranhas que capturam com os pedipalpos e matam com o ferrão.

Apresentam um cefalotórax relativamente curto, e o abdome continua-se com o pós-

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abdome. Na extremidade do pós-abdome está o aguilhão venenoso. Seus pedipalpos sãolongos e modificados, apresentando uma pinça na extremidade, semelhante às pinçasdos caranguejos. São estruturas de defesa e captura de alimento.

Ao contrário das aranhas, os escorpiões não possuem quelíceras venenosas. As quelíceras

são empregadas para rasgar e triturar os alimentos. O veneno é inoculado pelo aguilhão dacauda.

A fecundação dos escorpiões é interna. Em muitas espécies, o desenvolvimento dos ovostambém é interno, dentro do sistema reprodutor feminino.

Nome Científico: Tityus bahiensis Nome popular: Escorpião-amarelo Tamanho: 7 cm;Características: Colorido geral marrom-avermelhado escuro. Palpos (braços) e pernas commanchas escuras. O macho tem as mãos claras, mas os dedos são escuros. Não tem serrinhano quarto segmento da "cauda". Machos com mãos volumosas; Distribuição: Minas Geraisa Santa Catarina, Mato Grosso do Sul; Reprodução: é comum ninhadas com cerca de 20

filhotes. Na hora do parto, a fêmea ergue seu corpo do chão distendendo as patas, osfilhotes são expelidos pela fenda genital, desembaraçam-se, e sem tocar o chão, sobem àscostas da mãe onde permanecerão por uma ou duas semanas. Nessa idade, os filhotes nãotêm unhas como os adultos. Se caírem, são imediatamente capturados pela mãe quealegremente os engole sem cerimônias;

Nome Científico: Tityus serrulatus Nome popular: Escorpião-marrom Tamanho: 7 cm;Características: Colorido geral amarelo claro. Tronco, dedo das mãos e último segmentoda cauda: escuros. Pernas e palpos (braços): sem manchas escuras. Terceiro e quartosegmento da "cauda" com 4 ou 5 dentinhos formando uma pequena serra do lado dorsal.Possui uma vesícula com ferrão e os pedipalpos (garras) estão articuladas ao cefalotórax.Os pedipalpos são usados como pinças, com um dedo fixo e outro móvel, esta pinça é usadapara segurar e dilacerar a presa. O veneno é produzido por duas glândulas situadas navesícula. O veneno apresenta diferenças sazonais e os envenenamentos mais gravesocorrem no verão. O animal ao utilizar o veneno na alimentação injeta menor quantidadedo que quando o usa em atos de defesa. Só há fêmeas; Distribuição: Minas Gerais, EspíritoSanto, Bahia, Rio Janeiro, São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul; Hábitat: Sãoanimais de regiões quentes e temperadas com preferência para ambientes mais áridos.Vivem sob pedras, madeiras, troncos podres, areia. Dieta: carnívoros -alimentam-seprincipalmente de insetos e aranhas, podendo ocorrero canibalismo; Reprodução: é comum ninhadas com cerca de 20 filhotes. Na hora doparto, a fêmea ergue seu corpo do chão distendendo as patas, os filhotes são expelidos pela

fenda genital, desembaraçam-se, e sem tocar o chão, sobem às costas da mãe ondepermanecerão por uma ou duas semanas. Nessa idade, os filhotes não tem unhas como osadultos. Se caírem, são imediatamente capturados pela mãe que alegremente os engole semcerimônias; Comportamento: hábitos noturnos. As fêmeas podem devorar os machos apóso acasalamento;

ORDEM ACARINA:Família Nome Científico: Eriophyes guerreronis Nome popular: Ácaro-da-necrose-do-

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coqueiro

Filo Artrópodo – Classe Diplopoda

Família Nome Científico: Scolopendra sp Nome popular: Lacraias

Nome Científico: Diplopoda Nomepopular: Piolho-de-cobra

Classe Anphibia

A história dos anfíbios vem demonstrar as fases através das quais passou um vertebrado,visceralmente aquático, incapaz de respirar o oxigênio do ar, a não ser o dissolvido na água,e que, por gradativas adaptações, transformou-se em um vertebrado terrestre durante operíodo Devoniano.

Os anfíbios evoluíram dos peixes que saíram do mar para viver nos lamaçais nas praias. Oscrossopterígeos modificaram sua bexiga natatória de modo que lhes servissem comopulmão, muito rudimentar, e eles pudessem respirar fora da água, possibilitando seudeslocamento de um charco para outro, proeza que nenhum peixe realizara até então. Taispeixes utilizavam as nadadeiras anteriores para caminhar e aos poucos foram perdendo acapacidade de nadar.

Com o passar dos milhões de anos, os crossopterígeos passaram a ficar muito tempo emterra firme e tiveram suas nadadeiras anteriores transformadas em patas e, como não tinhammais necessidade das demais nadadeiras, essas foram aos poucos desaparecendo. Apareceentão um animal de quatro patas, capaz de viver tão bem dentro na água e na terra firme – um anfíbio.

Atualmente constitui um grupo de animais que apresentam uma ampla distribuiçãogeográfica ocupando quase todos os continentes com exceção da Antártica.

São animais tetrápodos (dois pares de membros locomotores), no entantosecundariamente pode ocorrer a redução do número de patas, existindoformas ápodes (sem patas). Comparando-se com seus ancestrais Osteichthyesapresentam uma notável redução no número de ossos do crânio, como também no restantedo esqueleto. O crânio articula-se com a coluna vertebral através de dois côndilosoccipitais. A cauda pode ou não estar presente, na sua ausência ocorre nesta região umaestrutura chamada uróstilo.

A pele dos anfíbios atuais é rica em vasos sanguíneos e glândulas mucosas e venenosas,que hes permite que a utilizem na respiração, absorção de água e defesa. Quando estão com"sede", os anfíbios encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.O muco umedece a pele, protegendo-a da dessecação e auxilia na respiraçãocutânea. As glândulas venenosas produzem alcalóides de elevada toxicidade que atuam

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sobre o coração, reduzem a respiração, ou atacam o sistema nervoso. Oveneno de certas

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r ãs é us ado por índios s ul -americanos para envenenar suas flechas. Os anfíbiosatuais não poss uem es camas ver dadeir as , s ua pele pode poss uir as mais

variadas color ações ,podendo alguns inclusive mudar de cor. São animais que não incapazes de manter atemperatura de seu corpo constante por mecanismos externos, por isso são chamadosanimais de sangue frio ou pecilotérmicos.

E ntr e os anfíbios podem ocorr er r es pir ação br anquial, cutânea, bucofaringeana epulmonar, podendo atuar conjuntamente dois ou três mecanismos. Os girinos (formas jovens) respiram através de brânquias, que podem ser internas ou externas. Geralmente

após a metamorfose as brânquias atrofiam e há um maior desenvolvimento dospulmões . A r es pir ação cutânea ocorr e nas f or mas adultas e jovens . No entanto, exis tem adultos s em pulmões , onde pr edomina a r es pir açãocutânea.

Girinos s e ali mentam de algas e r es tos de animais e vegetais mor tos . Aalimentação dos adultos é quase exclusivamente carnívora e inclui desde pequenosmoluscos, artrópodes e pequenos vertebrados até mamíferos.

Como os ovos dos anfíbios s ão des tituídos de cas ca par a pr oteçãocontr a a per da de

água, na sua grande maioria estes necessitam de ambientes úmidos ou aquáticos para adeposição de s eus ovos , no entanto, exis tem f or mas cujo desenvolvimento é dir eto. E ntr e os s apos , r ãs e per er ecas , de modo ger al, dur ante o período reprodutivo o macho abraça a fêmea (comportamento denominadoamplexo) e libera seu esperma sobre os óvulos depositados pela fêmea na água. Portanto,geralmente a sua fecundaç•o é externa, enquanto nas salamandras e cecílias geralmente éinterna.

N a s ua gr ande maioria os anfíbios s of r em uma s érie de tr ans f or mações des de a eclos ão até atingir a f as e adulta, ao conjunto dess as tr ans f or mações é dado o nome de metamor f os e. D e f or ma ger al ametamor f os e inclui uma r edução ou abs or ção completa das brânquias eda cauda dos girinos de s apos ; des envolvimento dos pulmões ; mudançada ali mentação her bívor a par a car nívor a, o que impli ca num encur tamento do intes tino;e desenvolvimento de dois pares de pernas.

Atualmente são divididos em três grupos: os sapos, rãs e pererecas (Anura), as salamandras

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(Caudata) e as cecílias (Apoda).

ORDEM ANURA: animais de corpo curto, troncudo, providos de quatro membros (sendoos posteriores mais longos), as brânquias e a cauda desaparecem ao fim das metamorfosesda fase juvenil, certas espécies não possuem dentes e outras são desprovidas de língua;

Família Bufonidae Nome Científico: Bufo paracnemis Nome popular: Sapo-boiTamanho: 19 a 22cm; Características: com glândulas e verrugas sobre a face interna dascoxas, dispostas em duas séries longitudinais, aos quais, soltam um humor leitoso ao seremespremidas. Dorso amarelo-amarronzado e ventre amarelo desbotado com manchas pardas.Fêmea pardo uniforme na região dorsal com manchas claras ou amareladas formando nocentro uma linha confusa; Distribuição: do México ao Norte da Argentina;Hábitat: matas tropicais;Dieta: só se alimentam de presas vivas, artrópodes, pequenas cobras e filhotes de rato;Reprodução: fecundação externa, machos e fêmeas jogam os gametas na água. Sofremetamorfose;

Comportamento: hábitos noturnos;

Família HylidaeNome Científico: Hyla ssp

Nome popular: PererecaCaracterísticas: com ventosas nas pontas dos dedos que aderem a qualquer tipo desuperfície. A coloração varia conforme o ambiente que habitam;Dieta: alimentam-se de insetos como baratas;Reprodução: a postura é uma massa de esperma gelatinosa próxima à água.Desenvolvimento indireto -metamorfose;Tempo de vida: arborícola;

Família LepdodactylidaeNome Científico: Leptodactylus pentadactylus

Nome popular: Rã-pimentaTamanho: 18cm, 500g;Características: possui dentes na maxila superior, a cor varia muito, indo do cinzentoesverdeado ao marrom claro quase sempre com manchas escuras na parte dorsal, e aventral esbranquiçada com desenhos escuros. Possui um muco urente, defensivo;Hábitat: beira dos charcos, brejos, córregos, cacimbas e outros alagados;Dieta: carnívora e canibal – gafanhotos, besouros, pássaros, rãs, sapos, lagartos, cobras,morcegos, filhotes de gambá;Comportamento: aquática e noturna;

ORDEM APODA: animais destituídos de membros, de aspecto vermiforme e vidasubterrânea, por vezes cegos, algumas espécies apresentam escamas;

Família Gymnophiona Nome Científico: Siphonops annulata Nome popular: Cobra-

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cega Tamanho: 17,5 a 37,5cm; Características: macho e fêmea são semelhantes, o corpoapresenta 84 a 94 pregas anulares, de cor, geralmente, ardósio-azulada, aspectovermiforme, a cabeça não se destaca do corpo, boca provida de pequenos dentes, olhosquase ocultos sob a pele, sem préstimo. Há, entre o olho e o nariz, um tentáculo tátil, molee pontudo. Há, espalhadas pelo corpo, numerosas glândulas de secreção peçonhenta;

Distribuição: em todo Brasil, Guianas, Equador e Peru; Hábitat: embaixo da terra; Dieta:restos dos vegetais decompostos – o húmus -, larvas de insetos, insetos, vermes, etc.;Reprodução: ovíparos, os ovos são postos em buracos cavados no solo, as larvas, no ovo,apresentam cauda e brânquias, quando nascidas apresentam a forma do adulto;Comportamento: vive sob a terra, raramente vem a superfície;

Classe ReptiliaOs répteis surgiram na terra a cerca de 325 milhões de anos depois um período, que duroumais de 50 milhões de anos, onde os anfíbios eram os maiores animais a viverem fora daágua. Das 23 ordens de répteis existentes naquela época, apenas quatro sobrevivem hoje.

As espécies viventes de répteis descendem de um grande grupo de vertebrados, quepredominaram durante a Era Mesozóica. O sucesso, que eles tiveram naquela época,geralmente, tem sido atribuído ao desenvolvimento de um novo método de proteçãoembrionária. Tanto seus ancestrais anfíbios, como os modernos anfíbios, dependiam daágua ou, pelo menos de um ambiente úmido para evitar a dessecação de seus ovos, após apostura. Os répteis, em parte, contornaram esse problema, desenvolveram uma casca sólidaao redor do ovo repleto de vitelo. Esta casca era suficientemente porosa para permitir apassagem de gases respiratórios, mas sólida o bastante para propiciar proteção contra oambiente, a grande quantidade de vitelo fornecia o alimento para o crescimento do embrião.

Os membros desta classe limitam-se às regiões mais quentes do globo, em decorrência daausência de mecanismos termoreguladores internos. Considerados erroneamente animais desangue frio, os répteis são, na verdade, animais ectotérmicos, isto é, dependem do calor doambiente externo para regular a sua temperatura corpórea.

Os répteis possuem grande distribuição geográfica e seu simbolismo é muito grande. Aocorrência de determinadas espécies numa localidade está diretamente associada a algunselementos que são vitais para o seu desenvolvimento: temperatura, umidade, iluminação ealimentação específica. Distribuídas por todos os continentes, menos na Antártida, possuemmais de 350 espécies sendo que algumas podem viver mais 150 anos, atingir mais de 2metros de comprimento e 600 quilos de peso.

Possuem o corpo recoberto por escamas (que fornecem proteção) e formas que variamdesde uma serpente até uma tartaruga. Estas escamas caem em duas categorias: epidérmicas(superficiais e são trocadas periodicamente) e dérmicas (placas ósseas permanentes,aprofundadas na pele e mantidas durante toda vida). Também presentes na derme de muitosrépteis estão os cromatóforos, pigmentos responsáveis pelo padrão de cor.

Durante sua história evolutiva os répteis têm utilizado todos os tipos de locomoção. Nomundo atual existem répteis, que podem nadar no mar ou em água doce, outros que podemcorrer na terra, cavar, trepar ou até mesmo planar em pleno ar.

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Possuem tanto um sistema respiratório como circulatório mais eficiente. São animaispulmonados e seu coração é dividido em três câmaras, dois átrios completamente divididose ventrículos separados parcialmente por um septo, o sangue venoso não se mistura aoarterial.

ORDEM SQUAMATA: répteis marinhos e de água doce, terrestres, fossoriais, arborícolas;dentes presentes, corpo recoberto por escamas epidérmicas; órgãos copulatórios pares.

Nome Científico:  Mabuya heathi

Nome popular: Calango BibraTamanho: alcança 20 cm;Características: possui faixa escura lateralmente que se estende até a cauda, dorso dacabeça amarelado, que se estende até a cauda, ambas brilhantes. O ventre claro;Distribuição: restingas Salvador e Litoral Norte da Bahia;Hábitat: em habitats de serapilheira, observado em folhiços, Bromélia e troncos;Dieta: Alimenta-se de artrópodes;

Comportamento: hábitos terrícolas;

Nome Científico: Kenthropix calcarata

Nome popular: Calango da mataCaracterísticas: alcança 25 cm, possui faixa escura verde na cabeça e faixa alaranjadade cada lado com maculas negras, cauda e região ventral com escamas quilhadas,“espinhos” de cada lado da cloaca;Distribuição: Espirito Santo até Paraíba e região norte;Hábitat: em habitats de serapilheira, observado em folhiços, Bromélia e troncos;Dieta: Alimenta-se de artrópodes;Comportamento: Alimenta-se de artrópodes;

Família Teiidae:Nome Científico: Tupinambis teguixim

Nome popular: teiúTamanho: até 2m, 2/3 sendo a cauda;Características: fundo preto azulado, correm fitas transversais malhadas de umamarelo escuro que se estendem até a cauda, na parte abdominal também ocorrem essasfitas, com uma papada de pele frouxa e manchas e salpicos nas pernas, língua bifurcada.Ventre com pequenas escamas, dispostas em fileiras transversais;Distribuição: Do sul do Amazonas ao norte da Argentina;Hábitat: Florestas, cerrados e caatingas, áreas arenosas, áridas e argilosas, tanto namacega a capoeiras, como nas matas virgens;Dieta: Onívoro – frutas, camundongos, rãs, vermes, insetos, ovos e carniça;Reprodução: desova entre 30 e 36 ovos por postura, em casas de cupim e formiga, queeclodem após 60 a 90 dias de incubação;Comportamento: terrícola, vive em tocas e próximo à água. Territorialista;

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Tempo de vida: aproximadamente 16 anos;

Nome Científico: Cnemidophorus ocellifer 

Nome popular: Calanguinho

Tamanho: pode atingir 20 cm;Características: parecido com ameiva só que sem os tons azulados, colorido de fundoverde claro ou marrom claro, possui linhas longitudinais pelo dorso e cauda, sendo essalinha pontilhadas e intercaladas, de tons claros, ventre claro com tons avermelhados emalguns indivíduos;Distribuição: Salvador e Litoral Norte e região norte;Hábitat: terrestre e diurno, áreas abertas e arenosas em restingas fluviais e litorâneas;Dieta: insetos;Reprodução: 1 a 5 ovos;

Família Iguanidae:Nome Científico: Iguana iguana

Nome popular: IguanaTamanho: atingir 1,5 a 2 metros de comprimento total (incluindo a cauda);Características: pele é predominantemente verde, com bandas transversaisrelativamente marcadas ao longo do corpo (principalmente nos “ombros” e na cauda),que vão escurecendo com a idade; os juvenis possuem marcações azuladas; os machosdominantes apresentam cor alaranjada nas patas dianteiras e cor mais clara no focinho.Possuem dentes serrados e uma crista na linha médio dorsal, que se estende desde opescoço à extremidade da cauda, com escamas mais compridas na região do pescoço.

Os machos são mais compridos, têm a cabeça maior e a crista espinhosa maisdesenvolvida do que as fêmeas; além disso, apresentam uma protuberânciaposteriormente à fenda cloacal, onde se alojam os hemipénis;Distribuição: na América Central e da Amazônia à BA e MT;Hábitat: Vivem em florestas tropicais úmidas, em mangais e em zonas relativamenteáridas, mas com abundância de recursos, sempre na proximidade de água;Dieta: Os juvenis alimentam-se de insetos, lesmas e vermes, para além de matériavegetal. Os adultos são principalmente vegetarianos – frutos e folhas – podendo comertambém ovos e pequenos animais;Reprodução: ovípara. A época de acasalamento é no Outono (primeira metade daestação seca). As posturas ocorrem na segunda metade da estação seca. A fêmea

deposita 12 a 40 ovos num buraco que escava em solo arenoso. O período de incubaçãodura 10 a 15 se manas, ocorrendo o nascimento durante o final da estação seca ou noinício da estação úmida. Atingem a maturidade sexual entre os 16 a 18 meses de idade;Comportamento: São sociáveis e diurnos, que procuram alimento e apanham sol nasárvores em grupos. Os machos são territoriais, podendo provocar ou sofrer ferimentosconsideráveis nas suas lutas por uma posição de dominância, um maior território ou oacesso às fêmeas. Têm hábitos tanto terrestres como arbóreos. Trepam com grandefacilidade, com o auxílio dos seus dedos longos e cauda comprida. São capazes de se

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defender usando a cauda;

Família Tropiduridae:Nome Científico: Tropidurus torquatus

Nome popular: lagartixa-de-muroTamanho: de 40 mm a 200 mm e machos adultos são maiores que as fêmeas;Características: O dorso com fundo castanho e diversos pontos negros e claros,formando às vezes faixas transversais, o pescoço apresenta uma faixa transversal negramargeada posteriormente por uma faixa clara; o ventre é claro e a garganta é negra;machos adultos apresentam a face ventral da coxa e da cauda de cor negra, membroslongos e cauda relativamente curta;Distribuição: ocorre na Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai. No Brasil, ocorre emtodas as regiões, exceto na região Amazônica, sendo típico na região Centro Oeste,Sudeste e Sul;Hábitat: Áreas abertas, sobre rochas, cupinzeiros, troncos caídos no chão e lugares

arenosos;Dieta: consiste basicamente de artrópodes, dentre os quais se destacam formigas,vespas, aranhas, besouros e larvas de insetos. Animais maiores podem ingerirquantidades consideráveis de partes vegetais;Reprodução: vivípara e cíclica, ocorrendo quase que inteiramente durante a estaçãochuvosa, cada fêmea pode depositar mais de uma ninhada durante o ano. As ninhadasvariam de 2 a 6 ovos de casca rugosa. Atingem a maturidade no seu primeiro ano devida;

Comportamento: diurna e heliófila; espécie territorial. Sobe com facilidade por murose troncos de árvores;

Nome Científico: Tropidurus hispidus

Nome popular: LagartixaCaracterísticas: dorso cinza claro e ventre esbranquiçado. O corpo é recoberto porescamas ásperas, sendo estas mais planas no ventre;Dieta: alimenta-se de insetos;Predadores naturais: aves de rapina e ofídios;

Família Amphisbaenidae

Nome Científico: Amphisbaena albaNome popular: Cobra-de-duas-cabeçasTamanho: cerca de 70 cm;Características: corpo robusto de cauda curta, olhos vestigiais, colorido geral marromamarelado no dorso, com ventre claro;Distribuição: no Nordeste, Centro e Sudeste;Dieta: alimenta-se de insetos, minhocas, larvas, formigas e cupim;Reprodução: ovíparo botando cerca de 6 ovos;

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Família Anguidae Nome Científico: Ophiodes striatus Nome popular: Cobra-de-vidroTamanho: de 50 mm a 150 mm; Características: Corpo cilíndrico e muito alongado;membros anteriores ausentes; membros posteriores extremamente reduzidos, sem dedos;

cauda muito longa; dorso é acinzentado, com 7-8 listras longitudinais negras de cada ladodo corpo, ventre de cor creme. Ouvido externo ausente e sem escamas (vestígios);Distribuição: Argentina, Brasil e Uruguai; Hábitat: áreas de cerrado e de mata, freqüenteem áreas de campo úmido; vive em meio ao folhiço ou em moitas de gramíneas eciperáceas em áreas alagadas sazonalmente; Dieta: alimenta-se basicamente de artrópodos,sendo os itens mais importantes larvas e ovos de insetos; Reprodução: Muito pouco sesabe sobre a reprodução desta espécie; Comportamento: passa boa parte do tempo sob osolo; desloca-se por ondulações laterais do corpo e, quando manipulada, pode partir a caudafacilmente;

Subordem OphidiaFamília Boidae Nome Científico: Eunectes murinus Nome popular: sucuri Tamanho:4,50 m, podendo chegar a11m – considerada a maior serpente do mundo em tamanho epeso; Características: cor cinzento-esverdeada, algo azeitonada, tendo manchasarredondadas e escuras, quase pretas, ao longo do dorso e flancos, manchas essas que sedispunham aos pares com regularidade, ventre branco amarelado, cabeça revestida porpequenas escamas Distribuição: América do Sul; Hábitat: Pântanos, rios, e lagoas;Dieta: Alimenta-se principalmente de capivaras, veados, jacarés, aves, peixes, preás,antas, e qualquer animal desavisado que vai fazer uso da água na hora errada;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, nascendoentre 10 e 50 filhotes no início da estação chuvosa. Período de gestação de 8 meses;Comportamento: hábito diurno e crepuscular. Vive tanto na terra como na água, ondemergulha, mantendo-se por longos períodos de tempo submersa. Gosta de tomar banhode sol sobre árvores ribeirinhas. Caça de emboscada os animais que se aproximam parabeber;

Nome Científico: Boa constrictor 

Nome popular: jibóiaTamanho: 5m;Características: faixas de cor quase negra no dorso e desenhos laterais ovóides ourômbicos também da cor das faixas, sobre um fundo cinza-violáceo;Distribuição: América do Sul;Hábitat: ambientes mais abertos e secos, matas secundárias, cerrados e caatingas;Dieta: Carnívora -aves, mamíferos pequenos (roedores, marsupiais, pequenos primatas)e lagartos grandes;Dentição: áglifa - não é peçonhenta;Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com o

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nascimento previsto para início da estação chuvosa. Produz de 8 a 55 filhotes porninhada;Comportamento: habito noturno e crepuscular, terrestre e arborícola. A jibóia apanhaas suas vítimas ficando à espreita, enrosca-se em torno delas e contrai o corpo até que avítima não consiga respirar e morra sufocada. Engole a vítima tragando a cabeça

primeiro e a digere devagar, caindo num torpor que dura às vezes diversas semanas.Despende pouca energia e pode ficar muito tempo sem comer;Tempo de vida: 23 anos;

Família TyphlopidaeNome Científico: Typhlops sp

Nome popular: Cobra-da-terraTamanho: 30cm;Características: olhos vestigiais, boca pequena, cabeça não destacada do corpo, caudacurta, porção dorsal inteiramente marrom-escura, com o ventre claro ou inteiramente de

cor marfim, escamas ventrais não diferenciadas das dorsais;Hábitat: restingas arbustivas e arbóreas;Dieta: invertebrados terrestres;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara;

Família Viperidae Nome Científico: Bothrops jararaca Nome popular: JararacaTamanho: até 1,50m, a fêmea é maior que o macho; Características: Desenhos dorsaisem forma de "V" invertido, com tons cinza, esverdeados e amarronzados, ventre claro commanchas irregulares, orlados de cores mais claras, pupilas verticais; Distribuição: América

do Sul, desde a BA e planalto central até o extremo sul;Hábitat: Florestas e cerrado;Dieta: Lagartos, aves e pequenos mamíferos. Quando filhote possui a extremidade dacauda ligeiramente clara ou amarelada, isto porque utiliza a cauda para atrair pequenaspresas da qual se alimenta;Dentição: Solenóglifa - peçonhenta;Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com onascimento previsto para início da estação chuvosa, de 12 a 22 filhotes;Comportamento: hábito noturno e crepuscular, terrestre, pode ser encontrada sobarbustos;

Nome Científico: Bothrops leucurus

Nome popular: JararacaTamanho: 1,95m;Características: pupilas verticais, o colorido que predomina é o cinza como cor defundo, tendo desenhos em forma de trapézios, que podem ter a parte inferiorinterrompida ou não, ventre esbranquiçado com desenhos em forma de xadrez, faixapostocular evidente, podem ter manchas irregulares nas regiões labial e gular;

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Hábitat: faixa litorânea, pastagens, margens de cursos d’água;Dieta: rãs, lagartos, aves e roedores principalmente;Dentição: Solenóglifa - peçonhenta;Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, parindo até50 filhotes, a época de nascimento é entre os meses de dezembro e março;

Comportamento: crepuscular e noturna, terrestre, mas às vezes é encontrada emarbustos a 2 metros do chão;

Família CrotalidaeNome Científico: Bothrops jararacussu

Nome popular: JararacuçuTamanho: de 1,5 a 2m, as fêmeas são maiores que os machos;Características: fêmeas e machos são diferentes na coloração, ele cinza, e elaamarelada, negra no alto da cabeça, onde atravessam de cada lado, duas linhas amarelas,pupilas verticais;

Distribuição: Mata Atlântica;Hábitat: baixadas, bordas das matas, junto aos rios e litoral;Dieta: Quando adulta alimenta-se de pequenos roedores, e quando jovem alimenta-se depequenos lagartos e anfíbios;Dentição: solenóglifa -peçonhenta;Reprodução: Vivípara, nascendo entre 16 e 20 filhotes no início da estação chuvosa;Comportamento: hábito noturno, passa o dia enrodilhada se aquecendo, se misturamuito bem com o ambiente – é venenosa;

Nome Científico: Crotalus durissus terrificus

Nome popular: CascavelTamanho: até 1,80m;Características: cabeça triangular coberta de escmas imbricadas, exceto na região dofocinho onde se formam placas. O guizo ou maracajá estalejante, formado por anéiscórneos enfileirados na parte terminal da cauda;Hábitat: campos e regiões secas;Dieta: roedores;Dentição: solenóglifa -peçonhenta;

Família Elapidae Nome Científico: Micrurus ibiboboca Nome popular: coral verdadeiraTamanho: 1,40m; Características: pupilas verticais, olhos pequenos, cabeça pequena e

não destacada do corpo da mesma largura que o pescoço, boca pequena, com um par depresas inoculadoras na parte dianteira e cauda grossa, curta e recurvada para cima. Tanto odorso com o ventre é composto por anéis regulares em preto, branco e vermelho, sendo doisbrancos separando o preto, e dois pretos separando o vermelho; Hábitat: Caatinga, todo osemi-árido e Mata Atlântica; Dieta: ofiófagas – alimentam-se de outras cobras; Dentição:Proteróglifa. Possuem um veneno neurotóxico muito potente; Comportamento:freqüentemente se ocultam sob a terra. Atacam as vítimas com calma, de maneira que seuspequenos dentes possam penetrar e deixar na ferida o veneno. A mordida da coral deixa

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dois pontos mais fortes seguidos de duas séries de minúsculos pontinhos quase retos.Diurna e noturna, terrestre e semi-fossorial;

Nome Científico: Micrurus lemniscatus

Nome popular: coral verdadeira

Tamanho: 1,50m;Características: Pupilas verticais, olhos pequenos, cabeça pequena e não destacada docorpo da mesma largura que o pescoço, boca pequena, com um par de presasinoculadoras na parte dianteira e cauda grossa, curta e recurvada para cima. Tanto odorso com o ventre é composto por anéis regulares em preto, branco e vermelho, sendodois brancos separando o preto, e dois pretos separando o vermelho, cabeça amarelacom duas faixas petas;Distribuição: do AM à SP;Hábitat: mata;Dieta: ofiófagas – alimentam-se de outras cobras;Dentição: Proteróglifa - possuem um veneno neurotóxico muito potente;

Reprodução: ovípara;Comportamento: freqüentemente se ocultam sob a terra. Atacam as vítimas comcalma, de maneira que seus pequenos dentes possam penetrar e deixar na ferida oveneno. A mordida da coral deixa dois pontos mais fortes seguidos de duas séries deminúsculos pontinhos quase retos. Diurna e noturna, terrestre e fossorial;

Família ColubridaeNome Científico: Oxybelis aeneus

Nome popular: coral-cipóTamanho: 1,6m;

Características: pupilas redondas, cabeça muito comprida e pontuda, cor de fundomarrom-claro, com finas estriações branco-amareladas, a região gular é amarelointenso, até as labiais, corpo delgado, compresso lateralmente e cauda muito longa;Dieta: rãs, lagartos e pássaros;Dentição:; opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara, põe de 4 a 8 ovos;Comportamento: diurna e arborícola;

Nome Científico: Chironius flavolineatus

Nome popular: coral-cipó

Tamanho: 1,2m;Características: olhos grandes com pupilas redondas, o colorido do fundo varia domarrom-claro ao cinza-escuro, mas o que caracteriza a espécie é a linha paravertebralnos primeiros 2/3 do corpo, de cor amarelo-vivo, dorso com escamas quilhadas;Distribuição: BA;Hábitat: sobre pedras em rios;Dieta: rãs e pequenos lagartos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;

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Reprodução: ovípara, 3 ovos por postura;Comportamento: diurna e terrestre, arborícola;

Nome Científico: Chironius fuscus

Nome popular: coral-espadaTamanho: 1,3m;Características: olhos grandes, pupilas redondas, o colorido padrão vai de um marroma um pardo-escuro, com tons de oliva, duas fileiras de escamas paravertebrais levementequilhadas;Hábitat: comum em faixas de Mata Atlântica preservadas e próximas a cursos de água;Dieta: rãs e lagartos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara;Comportamento: terrestre, arborícola e diurna;

Nome Científico: Chironius carinatus

Nome popular: coral-cipóTamanho: 1,8m;Características: cor verde-azeitona, que se estende pelo dorso, muda-se em verde-amarelado no inferior do maxilar, enquanto a parte ventral e a garganta sãoesbranquiçadas, de forma fina até na região caudal, possui uma “quilha”, que lhepercorre o dorso, que é um prolongamento dos processos espinhosos da colunavertebral, olhos grandes, pupilas redondas;Distribuição: em todo Brasil;Hábitat: árvores, mas pode ser encontrada em regiões pantanosas e caatinga;

Dieta: pererecas, pequenas rãs e lagartos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara, pondo de 6 a 15 ovos;Comportamento: terrestre, arborícola e diurna;

Nome Científico: Philodryas patagoniensis

Nome popular: coral-verdeTamanho: 1,6m;Características: pupilas redondas, coloração de fundo marrom-acinzentado, com ventremais claro, a região labial, em indivíduos mais jovens, se apresenta com manchas

alaranjadas;Hábitat: restingas;Dieta: rãs, lagartos, serpentes, aves e roedores;Dentição: opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: Ovípara, coloca entre 8 e 14 ovos;Comportamento: terrestre e diurna;

Nome Científico: Drymarchon corais corais

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Nome popular: papa-pinto-amareloTamanho: chega a medir 3m;Características: pupilas redondas, ventre amarelo-vivo, dorso anterior marromchumbo,posterior também amarelo-vivo;Distribuição: Américas do Norte, Central e do Sul;

Hábitat: Florestas e cerrado;Dieta: alimenta-se de vários tipos de presas: rãs, lagartos, roedores, inclusive outrascobras e ovos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: Ovípara, coloca entre 16 e 20 ovos com o nascimento previsto para inícioda estação chuvosa;Comportamento: Diurna e crespuscular -Caça durante o dia, geralmente em brejos,utilizando a língua (quimiorrecepção) e a visão para localizar a presa, terrestre. Quandoirritada, infla a parte do corpo perto da cabeça para dar a impressão de ser maior, comintenção de intimidar o predador. Arborícolas e agressivas;

Nome Científico: Spilotes pullatus

Nome popular: CainanaTamanho entre 2,5 e 3m;Características: colorido de fundo preto, parte anterior do corpo rajada e estriada deamarelo-vivo ou limão, possui quilhas dorsais, pupilas redondas;Dieta: ovos, aves, rãs, lagartos, ratos, morcegos e preás;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: Ovípara, coloca entre 10 e 16 ovos;Comportamento: terrestre, arborícola, diurna;

Nome Científico: Helicops leopardus

Nome popular: Cobra-dáguaTamanho: 1,15m;Características: olhos pequenos com pupilas redondas, a cor do fundo é o chumboescuroou negro ou, ainda, verde oliva nos jovens, com pares de ocelos que emendamcom manchas ventrais que, nos jovens, apresentam contraste entre o negro e o vermelhointenso;Distribuição: em todo Brasil;Hábitat: mata e campo;Dieta: peixe, rã, girino e larva de inseto;

Dentição: áglifa–

não peçonhenta;Reprodução: vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, de 7 a 14filhotes;Comportamento: narinas aquáticas, mas ao fim do outono vêm a terra onde ficam até ofim do inverno. Crepuscular e noturna;

Nome Científico: Waglerophis merremii

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Nome popular: BoipevaTamanho: 1,35m;Características: pupila redonda, colorido de fundo muito variável: cinza, alaranjado,marrom, musgo, oliva, enegrecido, amarelado, pode ter desenhos em forma de trapézio,ventre claro, faixa postocular nítida;

Dieta: sapos e outros anfíbios;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara, põe de 6 a 40 ovos;Comportamento: terrestre, diurna e crepuscular;

Nome Científico: Leptodeira annulata

Nome popular: DormideiraTamanho: 90cm;Características: pupilas verticais, cabeça bem destacada do corpo, colorido de fundo

marrom, de vários tons, no dorso, próximo da cabeça, começa uma faixa escura quesegue a linha vertebral, larga e sinuosa até 1/3 do corpo, vai se interrompendo e setransforma em manchas escuras arredondadas, ovais ou compridas, nas laterais, temocelos lado a lado;Dieta: rãs e lagartos;Dentição: opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara, põe de 6 a 12 ovos;Comportamento: crepuscular e noturna, terrestre e arborícola;

Nome Científico: Oxyrhopus trigeminus

Nome popular: Coral-falsaTamanho: 80cm;Características: olhos grandes com pupilas verticais, colorido disposto em tríadesincompletas, de vermelho, preto e branco, ventre marfim, ausência de presas dianteiras,cabeça mais larga que o pescoço, cauda longa, fina e assentada no chão quando oanimal caminha;Hábitat: caatinga;Dieta: lagartos diurnos;Dentição: opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara – põe de 4 a 14 ovos, postura em várias épocas do ano;Comportamento: terrestre e noturna, provavelmente pega suas presas em seus abrigos

noturnos;

Nome Científico: Philodryas nattererii

Nome popular: Corre-campoTamanho: 1,8m;Características: pupilas redondas, cor de fundo predominantemente cinza, compequenas manchas nas escamas, dois pares de linhas claras longitudinais, um segue

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paralelo pelo ventre e outro pelo dorso até, pelo menos, à metade do comprimento total,ventrais claras, região gular e labial clara nos jovens, logo atrás da cabeça pode tertonalidade laranja;Hábitat: caatinga;Dieta: rãs, lagartos, aves e roedores;

Dentição: opistóglifa–

semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara – põe de 10 a 21 ovos, postura em julho e nascimento emoutubro;Comportamento: diurna e terrestre;

Nome Científico: Phimophis guerini

Nome popular: Cobra-de-narizTamanho: 65cm;Características: pupilas verticais, escama rostral bem levantada, o colorido de fundo émarrom ou cinza, com ventre claro, o jovem tem a cabeça e o dorso mais claros, possuiuma linha dorsal, clara e discreta, que se estende até à cauda;

Hábitat: áreas de mata e restingas;Dentição: opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara;Comportamento: terrestre, provavelmente fossorial e noturna;

ORDEM CHELONIA:

Família Chelonidae: Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nome popular:tartaruga-de-pente Tamanho: comprimento da carapaça varia de 53cm a 115cm quandoadultas e podem chegar a pesar 150Kg; Características: carapaça é elíptica com os

escudos dorsais imbricados (sobreposição das escamas). A cabeça é de tamanho médio,estreita e com um bico pontudo. É a mais colorida das tartarugas marinhas. As escamas dacabeça têm margens creme ou amareladas. O arranjo das cores é diversificado: marrom,preto, vermelho e amarelo. Ao longo do plastrão há duas quilhas; Hábitat: formaçõesrecifais; Dieta: omnívora -come de tudo, anêmonas, medusas, algas, polvos, lulas,esponjas, caranguejos, ouriços do mar, pedras, lagostas, caranguejos, animais incrustastes,algas, esponjas, moluscos, folhas de mangue, frutas, madeira, mexilhões, lulas, polvos;Reprodução: desova ocorre no verão e em poucas localidades, podendo ocorrer 1 ou 2picos na mesma. Desovam de 2 a 5 vezes por estação, colocando de 73 a 189 ovos porninho. A incubação ocorre entre 47 e 75 dias; Comportamento: áreas de alimentaçãotipicamente próximas às áreas de desova. Há registros de comportamentos de "tomar sol"

em praias inabitadas ou pouco habitadas; Categoria: ameaçado de extinção–

em perigo;Nome Científico: Chelonia mydas

Nome popular: tartaruga-verdeTamanho: maior das tartarugas marinhas de carapaça dura. Pode variar de 71cm à150cm e seu peso varia de 40Kg à 160Kg. Pode chegar a pesar até 350Kg;Características: cor de sua gordura localizada abaixo de sua carapaça. Possui umacoloração que pode ser escura, amarronzada e tons esverdeados e sua carapaça tem a

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forma oval. Os filhotes são marrons escuros ou quase pretos;Distribuição: amplamente distribuída nas águas tropicais e subtropicais;Hábitat: perto das costas continentais e em torno de ilhas. É herbívora, ou seja,alimenta-se de amontoados de pastagens marinhas que crescem em águas superficiais;Dieta: alimentam-se na costa brasileira, do estado de São Paulo até o Ceará;

Reprodução: desova no verão, no Brasil - do Pará a Sergipe e em ilhas oceânicas comoo Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha de Trindade. Colocam entre duas a cinconinhadas por estação. A quantidade de ovos por ninho varia de 38 a 195;Comportamento: comportamento migratório entre as áreas de alimentação e dereprodução;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Caretta caretta

Nome popular: tartaruga-cabeçuda Tamanho: o tamanho de fêmeas adultas está entre

81,5cm e 120cm, com um peso de 75Kg podendo chegar a até 200Kg; Características:cabeça ser bastante grande em proporção ao restante do corpo, podendo medir até 25cm.Quando adulta, a carapaça em forma de "coração" e a cabeça larga, ampla e subtriangular,com dois pares de escamas pré frontais e sua coloração é marrom-avermelhada. Os filhotessão escuros de cor marrom dorsalmente, plastrão usualmente muito pálido; Distribuição:amplamente distribuída ao redor do mundo, do norte do Trópico de Câncer ao sul doTrópico de Capricórnio; Dieta: carnívora durante toda a sua vida. Se alimenta de:camarões, ouriços do mar, esponjas, peixes, lulas, polvos e águas-vivas; Reprodução: adesova aqui no Brasil está compreendida entre os meses de setembro a março em locaiscomo Maranhão e Ceará. Também são registrados ninhos desde Sergipe até a Bahia,Espírito Santo e Rio de Janeiro. As fêmeas podem desovar de 2 a 5 vezes por estação,

depositando uma média de 110 ovos em cada ocasião. O acasalamento desta espécie érealizado ao longo das rotas migratórias entre as áreas de alimentação e as áreas dereprodução. A incubação "ótima" ocorre entre as temperaturas de 26º C e 32º C; quantomenor a temperatura, dentro deste limite, maior a propensão de nascerem machos;Comportamento: espécie mais comum desovando em nosso litoral. Pode permaneceradormecida durante o inverno, enterrada em fundos de lama em águas moderadamenteprofundas, como baías e estuários; Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Lepidochelys olivacea Nome popular: tartaruga-oliva Tamanho: variando de 51cm a 80cm, sendo que o macho adulto possui 3cm a mais que a fêmea e 2Kga menos. Pode ter até 60Kg quando adulta; Características: carapaça é quase redonda e os

escudos laterais são sempre mais de 5 pares. Tem coloração esverdeada e, com ocrescimento, passa a ser cinza; Dieta: peixes, lagostas, caranguejos, algas, anêmonas, ovosde peixes; Reprodução: O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período deincubação estende-se de 45 a 65 dias; Comportamento: fêmeas emergem para desovar emagregações sincronizadas; algumas vezes compreendem mais que 150.000 tartarugas, estasarribadas ocorrem somente em duas praias de Orissa State na Índia, em duas praias no ladoPacífico da Costa Rica, no Suriname e em Guyana. Fora das áreas de desova, os adultosvivem em alto mar, viajando ou descansando em águas superficiais, mas, além disso,

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observações de tartarugas mergulhando e se alimentando em 200m de profundidade têmsido registradas. Esta tartaruga normalmente migra ao longo de bancos de areia continentaisconvergindo no verão e outono para desovar em praias de pouca inclinação com grãos deareia fino, médio a ásperos e grossos; Predadores naturais: pássaros, mamíferos e ocaranguejo fantasma predam os filhotes. No mar são comidos por aves marinhas e peixes

carnívoros. Grandes peixes e pequenos tubarões são capazes de devorar juvenis, mastartarugas sub-adultas e adultas são comidas apenas por tubarões. Adultos em praia dedesova podem ser mortos por cachorros e em algumas áreas por hienas, chacais e tigres;Categoria: ameaçado de extinção – em perigo; Família Testunidae: Nome Científico:Geochelone denticulata Nome popular: jabuti-amarelo Tamanho: 50cm, até 12Kg;Características: têm carapaça alongada com colorido destacado; anéis de crescimentomuito distintos; machos com profunda concavidade no plastrão. Normalmente são marronsou acinzentados com mancha amarela em cada escudo. Escamas das patas e cabeçavermelhas. As patas são curtas, grossas, sem dedos e com unhas grossas e fortes,especialmente desenvolvidas para caminhar em locais secos e escavar; Distribuição:regiões Norte e Nordeste; Dieta: alimentam-se de flores, folhas, frutas e carniça. Bebem

muita água; Reprodução: A maturidade sexual começa aos quatro anos, com fácilreprodução. Os ovos são enterrados e filhotes nascem entre seis e oito meses. A fêmea põede um a nove ovos; Comportamento: possuem o hábito de andar à procura de alimento.Banhos de sol são necessários para o endurecimento do casco. Escavam tocas rasas junto atroncos e pedras onde se escondem; Tempo de vida: até 80 anos;

Família Kinosternidae:Nome Científico: Phrynops sp

Nome popular: cágadoTamanho: podem atingir 40 cm;Distribuição: por todo Brasil;

Reprodução: postura de até 14 ovos, enterrados na areia;Comportamento: diurnos e aquáticos;Categoria: Phrynops hogei -ameaçado de extinção -Vulnerável;

ORDEM CROCODILIA:

Família Alligatoridae:Nome Científico: Paleossuchus palpebrossus

Nome popular: jacaré-pretoTamanho: 1,40 a 1,80m;Características: é marrom uniforme com barras escuras quando jovem apresentam

enterlamento negro com barras escuras quando adulto, possui cabeça afinada ecomprimida lateralmente;Distribuição: do Nordeste, Centro e Norte;Dieta: Alimenta-se de peixe, aves e pequenos mamíferos;

Nome Científico: Caiman latirostris

Nome popular: Jacaré-de-papo-amarelo

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Tamanho: 2m ou mais;Características: cor geral verde lodo, com listras de um amarelo sujo, quasepardacentas, ventre amarelo intenso, focinho pouco largo e achatado, o crânio não étriangular. São animais ectotérmicos (com temperatura variável, de acordo com oambiente), gostam de calor, não suportam o frio e têm boa visão noturna. Possuem uma

longa cauda, útil na disputa por alimento (contra outros animais) e na locomoção dentroda água (a propulsão do jacaré).Distribuição: desde o leste de PE ao RS, baixo Paraguai e alto rio Paraná;

Hábitat: vive em rios não encachoeirados, lagos e brejos próximos ao mar e nas regiõespantanosas; Reprodução: O acasalamento ocorre na terra ou em charcos com pouca água.A fêmea coloca 25 ovos em média, num ninho construído entre a vegetação, próximo àágua, e cobre os mesmos com folhas secas e areia. Após a postura, a fêmea torna-se maisagressiva e nunca se afasta dos ovos; Comportamento: apreciam o "banho de sol" emgrupos e à noite, caçam; Predadores naturais: dos ovos: lagarto teiú (Tupinambis

teguixin), o quati ( Nasua nasua) e o guaxinim (Procyon cancrivorus), dos filhotes: gaviões

e outras aves; Categoria: ameaçado de extinção;Filo Chordata -Classe Aves

A forma geral do corpo é fusiforme, oferecendo uma resistência mínima ao ar. Sãovertebrados cobertos de penas (isolando o corpo e permitindo não só o vôo, mas também aregulação de temperatura), com membros anteriores transformados em asas (que podem sertansformadas em remos) e membros posteriores com 4 dedos (3 virados para frente e umpara trás) com garras córneas e revestidas por escamas epidérmicas e adaptadas a andar ounadar. O vôo permitiu ás aves ocuparem nichos ecológicos negados a outros animais.

Uma de suas características principais é a pele coberta de penas, mole e flexível estáfrouxamente ligada aos músculos subjacentes e não apresenta glândulas (exceto a glândulauropigial, acima da cauda, que secreta um óleo que impermeabiliza as penas e evita que obico se torne quebradiço).

As penas formam um revestimento leve e flexível, resistente e com inúmeros espaçosaéreos úteis como isolantes. As penas das asas e cauda formam, ainda, importantessuperfícies de sustentação da ave no vôo. As penas crescem a partir de folículos, tal comoas escamas dos répteis, e são exclusivamente epidérmicas. A origem filogenética das penasnão é clara, existindo teorias alternativas. Uma delas considera que as penas terão evoluídocomo revestimento isolante e não relacionadas com o vôo. Com exceção das avestruzes,pinguins e algumas outras aves completamente cobertas de penas, estas só crescem emcertas partes do corpo, entre os quais existem espaços vazios. As penas sofrem mudasregulares, num processo gradual e ordenado, de modo a que nunca se formam áreas nuas;

O esqueleto é totalmente ossificado, é simultaneamente delicado e forte, pois muitos ossosestão fundidos e outros são ocos. O esqueleto das aves é modificado de modo a que seadapte ao vôo, á locomoção bípede e á postura de grandes ovos de casca dura. O esterno égrande e com quilha, onde se apóiam os poderosos músculos das asas, o que impede a sua

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expansão durante a respiração.

São animais endotérmicos, podem manter a temperatura relativamente alta e constante,podendo haver oscilações diárias de vários graus, possuem a temperatura mais altaconhecida entre os animais, com um sistema de sacos aéreos distribuídos pelo corpo.

Os sacos aéreos são insufláveis, comunicam-se com os pulmões (que são de volume fixo), ooco dos ossos e a boca. Esse sistema respiratório, único no Reino Animal, contribui parareduzir o peso e tem várias outras funções e vantagens. A mais importante é que os sacosabastecem os pulmões (pequeno e simples) com ar, promovendo uma circulação repetidasem nova respiração (não ocorre estagnação do ar no pulmão, como no homem), grandevantagem para as aves quando voam, mergulham e vocalizam. Contribui também para oisolamento térmico. A rigidez dos sacos e seus prolongamentos aumentam a resistência dosossos pneumáticos e protegem a ave contra impactos quando se precipita na água. Os sacoscervicais podem desempenhar papel nas cerimônias pré-nupciais.

A visão é um sentido primário nas aves, tendo os olhos grandes uma elevada acuidadevisual e uma rápida acomodação. A retina contém maior número de receptores por unidadede área que os restantes vertebrados (em algumas espécies 8 vezes mais). Os olhos estãorodeados por pálpebras e membrana nictitante. Os ouvidos abrem atrás dos olhos,protegidos por penas especiais, e são igualmente eficientes. As narinas abrem no maxilarsuperior, mas a quimiorecepção (olfato e gustação) é muito pobre;

Todas as células são excitáveis ou irritáveis. Resulta desse fato que todos os organismossão sensíveis a alterações ambientais e a estímulos de diversas fontes. Devido ácomplexidade de estímulos, internos e externos, que recebe, um animal necessita de umsistema nervoso, para perceber, transmitir a todo o corpo e efetuar respostas adequadas aesses mesmos estímulos. Este sistema funciona igualmente como coordenador e integradoras funções das células, tecidos, órgãos e aparelhos, de modo a que se obtenha um todo quefuncione como uma unidade.

O sistema digestivo é formado pela boca com um bico pontiagudo e com revestimentocórneo que cresce continuamente, para substituir possíveis desgastes. Papo para umedecer earmazenar os alimentos e moela musculosa, onde, com a ajuda de pequenas pedras, oalimento é triturado são característicos das aves. O ânus abre na cloaca. O seu pequenopeso e elevado metabolismo levam a que as aves necessitem permanentemente de grandequantidade de alimentos de alto teor calórico. Os níveis de açúcar no sangue de uma avesão cerca de duas vezes superiores aos de um mamífero. Tal como em todos os vertebrados,nas aves o tubo digestivo é completo, com dois órgãos anexos muito importantes – fígado epâncreas.

O coração possui 4 câmaras, duas aurículas e dois ventrículos (cujas paredes não sãoigualmente musculadas), sem possibilidade de mistura de sangue arterial e venoso. Por estemotivo, estes animais apresentam circulação completa, sendo a metade direita do coraçãoatravessada exclusivamente por sangue venoso e a esquerda por sangue arterial. Doventrículo esquerdo o sangue passa para a aorta, que nas aves descreve a crossa para adireita e nos mamíferos para a esquerda. O sangue regressa ao coração pelas veias cavas. O

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fato das células destes animais receberem um sangue mais oxigenado e com maior pressãoque as dos répteis ou anfíbios, faz com que apresentem uma maior capacidade energética epermita a homeotermia

Não têm bexiga, pois não produzem urina aquosa, o que reduz o peso total do animal.

Excreta ácido úrico, menos tóxico e insolúvel (pelo que não tem implicações osmóticas).Este será removido do sangue pelos rins e excretado juntamente com as fezes, numa formaquase seca.

A fecundação é interna, são ovíparos, ovos amnióticos com muito vitelo e casca calcária.Os ovos são sempre depositados externamente (geralmente num ninho) para incubação. Ascrias são alimentadas e vigiadas pelos pais, após a eclosão. Os machos defendem umterritório e realizam complexos rituais de acasalamento.

ORDEM TINAMIFORME:

Família Tinamidae:Nome Científico: Rhynchotus rufescens

Nome popular: Perdiz ou perdigãoTamanho: 37,5cm;Características: bico forte utilizado para escavar raízes;Distribuição: ocorre da Argentina e Bolívia ao sul do rio Amazonas até MG e ES;Hábitat: comum em regiões campestres, cerrados e buritizais,gosta de hábitat úmido,também em planaltos descampados;Reprodução: ovo vináceo ou chocolate-violáceo;Comportamento: são mais ativos nas horas quentes;

ORDEM PODICIPEDIFORME:

Família Podicipadidae: Nome Científico: Podilymbus podiceps Nome popular:Mergulhão-caçador Tamanho: 34cm; Características: marca preta na garganta, noperíodo reprodutivo, sem branco na asa; bico grosso e branco (durante a época reprodutivaaparece com uma cinta negra ao redor do bico); Distribuição: ocorre no Brasil oriental, nosaçudes do Nordeste, e também da América do Norte ao Chile e Argentina;Comportamento: engolem penas em quantidade, tanto as penas do próprio corpo (queperdem durante a arrumação da plumagem) como de outras aves que porventura encontrem,que são acumulados no piloro e estômago, acredita-se que seja tanto para proteção dosintestinos contra espinhos como uma função filtradora da massa formada na retenção daquitina – os pais administram penas aos filhotes. Toma banhos de sol, para aquecimento;

ORDEM CICONIFORME:

Família Ardeiade:Nome Científico: Ardea cocoi

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Nome popular: Socó-grandeTamanho: 125cm; 3,2Kg; envergadura 180cm;Características: cinzenta-clara uniforme, pescoço branco, alto da cabeça, rêmiges ealgum desenho das partes inferiores negro, coroa preta ausente no imaturo, bicoamarelado e pernas anegradas;

Distribuição: presente em todo país, podendo ser encontrado do Panamá ao Chile eArgentina, e nas ilhas Malvinas;Hábitat: habita beira de lagos de água doce, rios, estuários, manguezais e alagados;Dieta: alimenta-se de peixes, carrapatos, moluscos, sapinhos e pequenos répteis,ocasionalmente, apanha pequenos animais vivos, moribundos ou mortos, atirados àpraia pela arrebentação;Reprodução: reproduz-se em colônias, fazendo ninho sobre as árvores;

Comportamento: solitários. Quando em pé dispõem as asas em sentido horizontalviradas para cima, atitude que provavelmente serve para secar a plumagem ou àtermorregulação;

Nome Científico: Casmerodius albus ou Egretta alba

Nome popular: Garça-brancaTamanho: 91 a 102cm;Características: branca, a filigrana das egretas pode estender-se para trás qual curtovéu, tais penas chegam ao comprimento de 50cm ou mais, nascendo no começo daestação reprodutiva, bico e íris amarelos, o loro pode ser esverdeado, pernas e péspretos;Distribuição: presente em todo país, tanto em regiões quentes como frias;Hábitat: beira de lagos de água-doce, rios, estuários, pantanais, manguezais ou poças

maiores;Dieta: alimentam-se de peixes, apanha pequenos animais vivos, moribundos ou mortos,atirados à praia pela arrebentação;Reprodução: reproduz-se em colônias da mesma espécie, os ninhais, onde podem serencontrados centenas de ninhos, semelhantes a plataformas, construídos em manguezaise árvores a beira d’água; põe 2 ou 3 ovos de coloração cinza -azulada – período deincubação de 25 a 26 dias;Comportamento: é migratória fora do período reprodutivo. Solitária ou em bandoscom centenas de indivíduos. Descansa em grupos mistos durante as horas mais quentesdo dia;

Nome Científico: Egretta thula

Nome popular: Garçinha-brancaTamanho: 51 a 61cm;Características: totalmente branca, bico e pernas pretos, loro, íris e os pés amarelos,imaturo com planta do tarso esverdeada;Distribuição: ocorre em pequenos grupos por todo o Brasil, desde o sul dos EUA eAntilhas e em toda América do Sul;

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Hábitat: em ambientes de água-doce, comum em manguezais, estuários e poças delamas na costa;Dieta: alimentam-se de peixes, aproveitam-se do gado para apanhar insetos e tambémapanham regularmente pequenos animais vivos, moribundos ou mortos, atirados à praiapela arrebentação;

Reprodução: reproduzem-se em colônias exclusivas ou em meio a outras espécies, osninhos são plataformas construídas de gravetos e põe de 2 a 4 ovos azul-esverdeados – período de incubação de 25 a 26 dias;

Nome Científico: Egretta caerula

Nome popular: Garça-azulTamanho: 52cm;Características: coloração totalmente ardósia, tingindo-se de violáceo no pescoço ecabeça; bico, tarso e dedos anegrados; imaturo branco; muda sucessivamente para aplumagem adulta tornando-se igual aos pais em um ano de idade;

Distribuição: encontrado do sul dos EUA e América Central ao Peru, Colômbia eBrasil, acompanhando o litoral até o RS, também no Pantanal e Uruguai;Hábitat: é comum em lamaçais do litoral, zona intertidal;

Nome Científico: Butorides striatus

Nome popular: socozinhoTamanho: 36cm;Características:;Distribuição: presente em todo Brasil e em regiões quentes de todo planeta, África,Ásia, Austrália, América do Norte e ilhas do oeste do Pacífico e também no sul doVelho Mundo;

Hábitat: comum em hábitats de água doce e salgada (lagos, rios, estuários,manguezais);Dieta: possui uma coroa preto-esverdeada, que ele arrepia ao pousar, pernas curtasamarelo vivo; a ponta do bico é provida, por dentro, de finíssimas serrilhas, própriaspara segurar qualquer objeto;Reprodução: durante a reprodução, não se agrupa em colônias, o ninho é construídocomo uma plataforma no alto de árvores nas margens dos rios põe 3 ovos cinza-esverdeados;Comportamento: normalmente solitários, permanece imóvel por longos períodos,empoleirado sobre a água ou proximidades, à espera de presas;

Nome Científico: Tigrissoma lineatum

Nome popular: Socó-boiTamanho: 93cm;Características: cabeça e pescoço castanhos, por cima marcado de amarelado, barrigaparda, bico longo; imaturo tem plumagem amarelo-claro marcado de preto, garganta eventre brancos;Distribuição: presente em todas as regiões do Brasil e desde o sudeste do México e de

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Honduras até o Equador, Argentina e Uruguai;Hábitat: habita as proximidades de pântanos, rios e lagos com margens florestadas;Reprodução: nidifica no alto das árvores. Faz ninho em formato de plataforma comgravetos frouxos; reproduz-se isoladamente, escondendo-se na vegetação ribeirinha, põeum único ovo branco-azulado manchado de violeta; a plumagem adulta é adquirida

apenas aos 2 anos de idade;Comportamento: vive geralmente solitário, tornando-se mais ativo ao amanhecer edurante o crepúsculo. Captura suas presas andando vagarosamente, em águas rasas oupântanos no interior da floresta;

Família Cathartidae:Nome Científico: Coragyps atratus

Nome popular: Urubu-pretoTamanho: 62cm; envergadura 143cm; 1,6kg;Características: os filhotes recém-nascidos são pardo-amarelados, tornando-se mais

alvacentos e por fim branco-puros, asas largas podendo avistar as marcas brancas naspontas das primárias externas, cabeça e pescoço nus, cinza-escuros;Distribuição: em qualquer região do Brasil, também desde a região central dos EUA àpraticamente toda América do Sul;Dieta: alimenta-se de carcaças de animais mortos e outros materiais orgânicos emdecomposição, bem como de animais vivos impedidos de fugir, como filhotes detartarugas e outras aves;Reprodução: faz ninhos em ocos de árvores mortas, entre pedras e outros locaisabrigados, geralmente com incidência de árvores; põe 2 ovos branco-azuladosmanchados com muitos pontos marrons, o tempo de incubação e de permanência dos

filhotes no ninho é de 49 dias; o corpo dos filhotes está coberto com penugem aindacom 8 semanas, com 10 semanas ou mais saem do ninho voando;Comportamento: vive aos casais ou em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos.Quando incomodados vomitam e sopram fortemente;

Nome Científico: Cathartes aura

Nome popular: Urubu-de-cabeça-vermelhaTamanho: 73cm; envergadura 137 a 180cm; 1,2 a 2kg;Características: possuem o olfato bem desenvolvido, conseguindo localizar cadáveresocultos voando baixo. Área cinza-claro nas asas abertas; cabeça e pescoço nus róseos ou

vermelhos, occiput branco ou amarelo, frequentemente transfaciado de azul, vérticeesbranquiçado ou azulado, colar de penas bem destacados, as asas e cauda compridas eestreitas, face inferior cinzento-clara de todas as rêmiges, contrastando com ascoberteiras inferiores negras; filhotes brancos;Distribuição: presente em todo Brasil, sendo encontrado desde o sul do Canadá até aArgentina e Chile;Hábitat: comum em campos ou áreas abertas permeadas de vegetação florestal, compouca ocorrência em cidades;

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Dieta: alimentam-se de animais mortos, fezes e frutas, como por exemplo, o coco depalmeiras como a macaúba e o dendê;Reprodução: faz ninhos em ocos de árvores mortas, entradas de cavernas ou mesmoninhos abandonados de gaviões; põe 1 ou 2 ovos branco-amarelados pontilhados demarron-avermelhado;

Comportamento: vive solitário ou em pequenos grupos;

Nome Científico: Cathartes burrovianus

Nome popular: Urubu-de-cabeça-amarelaTamanho: 53 a 65cm;Características: possuem o olfato bem desenvolvido, conseguindo localizar cadáveresocultos voando baixo, possuem abaixo do olho uma área de intenso alaranjado ouamarelo pálido, adiante do olho uma nódoa negra, vértice violáceo ou azulado;plumagem do dorso alcança até a nuca, ficando nus apenas os lados amarelos dopescoço; as raques das primárias são esbranquiçadas, brancas ou cor de palha;

Distribuição: encontrado localmente em diversas regiões do Brasil, é mais comum noNordeste e Amazônia, desde o México até o norte da Argentina e Uruguai;Hábitat: restingas, beiradas de rios e lagoas florestadas, áreas pantanosas e campos,distantes de áreas cultivadas;Dieta: alimenta-se principalmente de pequenas presas ou carniça, tem especialpredileção por peixes podres;Reprodução: faz ninhos em grandes cavidades de árvores, pondo ovos branco-amarronzados manchados de marrom;Comportamento: vive normalmente solitário ou grupos de alguns indivíduos;

ORDEM ANSERIFORME:

Família Anatidae: Nome Científico: Dendrocygna viduata Nome popular: IrerêTamanho: 41 a 46cm;Características: dimorfismo sexual quanto ao colorido; de porte ereto, cara branca noadulto (ausente no imaturo), nuca e pescoço pretos, flancos finamente listrados e asas largascastanho/cinza-escuro/preto, bico e pés plúmbeos; possuem rêmiges sonoras que aumentamo sibilo produzido pelas batidas das asas; Distribuição: presente em todo Brasil e desde aCosta Rica até a Bolívia, Argentina e Uruguai, também encontrado na região tropical daÁfrica e Madagascar; Hábitat: comum em lagoas com gramíneas, pantanais, camposalagados e, ocasionalmente, em lagoas de água salobra; Reprodução: faz ninhos comfolhas no chão, em pântanos ou árvores ocas, pondo até 9 ovos branco-amarelados, com

período de incubação de 27 a 29 dias; Comportamento: permanece agrupado em bandosdurante o dia, compactados no chão, à beira de banhados e campos inundáveis; raramentepousa em árvores; descansa flutuando também sobre o mar; mais ativo durante ocrepúsculo; quando espantado permanece voando em círculos sobre o local onde estava,vocalizando sem parar;

Nome Científico: Dendrocygna autumnalis Nome popular: Marreca-cabocla Tamanho: 48cm; Características: dimorfismo sexual quanto ao colorido; barriga preta, bico e pés

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vermelhos, cara cinzenta, asa com grande mancha branco/verde/preto; imaturo pardo-acinzentado, inclusive bico e pés; possuem rêmiges sonoras que aumentam o sibiloproduzido pelas batidas das asas; Distribuição: presente em todo Brasil, restrito asAméricas, ocorrendo do Texas à Bolívia e Argentina; Hábitat: pastam no capim baixoalagado, às vezes no manguezal; Reprodução: nidifica em ocos de pau, penachos de

palmeira ou no solo, pode ocorrer de mais de uma fêmea pôr em um único ninho;Comportamento: empoleiram-se alto para pernoitar ou para descansar de dia, deitadossobre os tarsos, descansam flutuando também sobre o mar; molham o alimento na água.Não se misturam a outras espécies de anatídeos;

Nome Científico: Amazonetta brasiliensis Nome popular: Marreca-ananaí Tamanho: 40cm; 500g; Características: no período não reprodutivo adquire uma plumagem de“eclipse”, sem contraste e com pés rosados. O macho é marrom, com bico e pés vermelhos,o espelho alar tanto pode apresentar-se como negro, verde ou azulado brilhante, conforme aluz destaca-se um triângulo branco assim como as axilas; a fêmea tem o bico azulado,pescoço posterior preto e manchas brancas na face e garganta branca; Distribuição: 

presente em todo Brasil, desde as Guianas e Venezuela até Argentina; Hábitat: comum emlagos com gramíneas, pantanais e campos alagados, ricos e vegetação baixa e densa;Reprodução: faz ninho flutuante de folhas, localizado na vegetação aquática próxima àmargem; põe cerca de 6 ovos branco-amarelados e o período de incubação é de 25 a 26dias; Comportamento: costuma nadar em águas rasas, mergulha profundamente; molhamo alimento na água; vive aos pares ou em bandos de tamanhos variáveis, às vezes junto àoutras espécies de aves. Quando à aproximação de predadores, os adultos que estejam pertodo ninho ou guiando filhotes, fingem-se de feridos atraindo para si a atenção do possívelagressor; Nome Científico: Cairina moschata Nome popular: Pato-do-mato Tamanho:85cm; envergadura: 120cm; macho: 2,2kg, a fêmea pesa aproximadamente a metade;Características: macho é maior do que a fêmea e apresenta mais plumagens brancas nas

asas (a fêmea pode, inclusive, ser completamente preta); ambos os sexos distinguem-se dosoutros anatídeos pela cabeça grande alta, intumescida no vértice; o bico é medianamenteatravessado por uma faixa branquicenta; tem unhas compridas e afiadas, com as quais seagarra nos galhos, utilizando-as também durante as brigas o que também faz com atuberosidade que possui no encontro e com a qual assesta violentos golpes; o macho étopetudo, com carúnculas vermelhas no bico e ao redor do olho; imaturo pardo ou preto;possuem rêmiges sonoras que aumentam o sibilo produzido pelas batidas de asa;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrado também desde o México até aArgentina; Hábitat: habita lagoas e rios com margens florestadas; Reprodução: faz ninhosobre as árvores (até 4m de altura) ou em cavidades nos troncos, em ninhos abandonados deoutras aves ou no solo por entre a vegetação densa (por influência da domesticação?); põe

ovos de cor creme e o período de incubação é de 30 a 35 dias; os filhotes pulam do ninhode qualquer altura, a mãe os espera no solo para levá-los à água. São polígamos;Comportamento: vive em grupos pequenos, de até uma dúzia; pousa sobre árvoresdesfolhadas para observar os arredores, empoleira-se para descansar ou mesmo dormir.Voando em bandos os sexos costumam segregar-se;

ORDEM FALCONIFORMES:

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Família Accipritidae: Nome Científico: Elanus leucurus Nome popular: Gavião-peneiraTamanho: 35cm; Características: asas e cauda longas, área preta nas coberteirassuperiores, próximo ao corpo, lados da cauda brancos, partes superiores cinza-claros, partesinferiores brancas com uma nódoa negra alar na região da mão; imaturo cinza por baixo,estriado, com as costas pardas; Distribuição: presente em todo Brasil e também desde a

América do Norte até a Argentina e o Chile Hábitat: comum em campos com árvores ouáreas florestadas, permeadas de vegetação aberta; eventualmente encontrado em cidades;Dieta: pequenos ratos, mucuras, lagartos e insetos; Reprodução: tempo de incubação é de30 a 32 dias; Comportamento: caça pairando no ar por longos períodos mantendo as asaselevadas e os pés pendentes com os dedos fechados, de onde examina o chão;

Nome Científico: Gampsonyx swainsoni

Nome popular: Gaviãozinho Tamanho: 22cm; 115g; Características: testa e faceamareladas;Distribuição: presente em quase todo Brasil, desde a Amazônia até MG e SP;

encontrado também da Nicarágua até o Paraguai e Argentina;Hábitat: comum e beiras de rios e lagos, campos com árvores esparsas, cerrado ecidades arborizadas;Dieta: insetos, lagartos, pássaros e outras pequenas presas;Reprodução: faz um ninho delicado, com gravetos, semelhante a uma plataforma,localizados entre 4 e 7m de altura; põe 3 ovos brancos manchados de castanho;Comportamento: quando pousado sacode a cauda;

Nome Científico: Rosthramus sociabilis

Nome popular: Gavião-caramujeiro

Tamanho: 41cm;Características: o macho é cinza-ardósia, pés laranja, a fêmea e imatura tem a partesuperior amarronzada, a região frontal da cabeça e a garganta esbranquiçada e a parteinferior creme com manchas e listras marrons; cauda com base branca; bicoextremamente adunco; possui uma unha pectinada no dedo médio que deve auxiliar naremoção de muco dos moluscos;Distribuição: presente em todas as regiões brasileiras, encontrado também dos EUA(Flórida) e México até Argentina e Paraguai;Hábitat: pantanais e alagados;Dieta: são malacófagos, alimenta-se quase exclusivamente de grandes caramujosaquáticos chamados aruás, ocasionalmente, alimenta-se também de pequenos

caranguejos;Reprodução: seus ninhos, feitos em colônias, são plataformas frágeis localizadas entre1 a 4m de altura, e arbustos ou árvores sobre a água; pões 2 ou 3 ovos brancos commanchas marrons; pode acontecer de se reproduziram ainda com a plumagem imatura;Comportamento: vive em grupos. Utiliza o bico curvo para retirar as partes moles doscaramujos, deixando cair a casca vazia; captura os aruás executando um vôo rasantesobre os pântanos, pegando-os no chão com apenas um dos pés e empoleirando-se paracomer;

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Nome Científico: Buteo albicaudatus

Nome popular: Gavião-de-rabo-brancoTamanho: 55cm;

Características:“

ombros”

castanhos, dedos c urtos; tem fase toda preta por cima, comcauda branca; imaturo pardo, de cauda cinzenta finamente barrada de preto e ventremachado, já com os “ombros”; asas compridas e largas de “pontas abertas” (últimasprimárias discerníveis em vôo), cauda curta, branca com faixa negra subterminal,grande mancha ferrugínea nas escapulares;Distribuição: ocorre em todo Brasil, e desde o México até a Argentina;Hábitat: ambientes abertos e acidentados, regiões campestres, cerrado, buritizais,campos de altitude;Dieta: alimentam-se de grandes insetos, sapos, ratos, gambás e cobras; procuramqueimadas para capturar, no solo ou em pleno ar animais espantados ou intoxicados pelafumaça;

Nome Científico: Rupornis magnirostris ou Buteo magnirostris

Nome popular: Gavião-carijó Tamanho: 36cm;Características: área ferrugem na base das primárias, asas compridas e largas de“pontas abertas” (últimas primárias discerníveis em vôo), cauda curta, imaturo de entreestriado;Distribuição: presente em todo Brasil, também desde o México até a Argentina;Hábitat: habita campos com árvores, bordas de florestas, capoeiras, cidades, margensde rios e lagos;Dieta: alimenta-se de grandes insetos (aproveitam-se das formigas-de-correição),

pequenos lagartos, cobras e pássaros, captura também morcegos quando estes seencontram pousados, durante o dia, aproveita-se de macacos e até mesmo quatis como“batedores”;Reprodução: põe 1 ou 2 ovos brancos, pontilhados ou levemente estriados de marrom;Comportamento: vive solitário ou aos pares; sobrevoa em vôos circulares, geralmenteaos casais;

Nome Científico: Spizastur melanoleucus

Nome popular: Gavião-patoTamanho: 56cm;

Características: possui penacho, tarsos longos e emplumados, unhas formidáveis,branco-níveo (inclusive os calções) com pequena máscara, topete e manto pretos, basedo bico, íris e tarsos amarelos; imaturo como adulto, mas pardo por cima, marcasbrancas nas coberteiras alares;Distribuição: todo o Brasil em ocorrências esparsas e desde o México à Argentina;Hábitat: habita matas e áreas abertas perto de água;Dieta: alimentam-se de morcegos, sapos e aves;

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Nome Científico: Geranospiza caerulescens

Nome popular: Gavião-mateiroTamanho: 47cm;Características: corpo franzino, longas pernas laranja, ultrapassando a cauda durante ovôo, cauda longa com 2 faixas brancas, asas largas e com uma faixa branca larga, na

face ventral da base das primárias, dedo externo muito curto e articulação intertarsalcom grande mobilidade, pés vermelhos, não possui amarelo na base do bico;Distribuição: em todo Brasil e do México à Argentina;Hábitat: habita matas, próximas a campos, pastos, beira de brejos, manguezais;Dieta: alimentam-se de baratas, rãs, lagartixas, morcegos;Comportamento: possui uma articulação intertarsal mais móvel para facilitar aexploração de cavidades e também saqueia ninhos de pássaros apossando-se dosfilhotes;

Família Falconidae:

Nome Científico: Herpetotheres cachinnansNome popular: AcauãTamanho: 47cm;Características: cabeçuda, lembra a coruja, partes claras de cor amarelo-creme ouesbranquiçada destacando-se as regiões perioftálmicas negras, que desce em um colar,na mesma cor, até a nuca; cauda negra densamente barrada de branco; durante o vôochama atenção uma área clara anterior à ponta da asa;Distribuição: presente em todo Brasil e também do México à Argentina;Hábitat: comum em bordas de florestas, capoeiras, florestas de galeria, campos comárvores e cerrados;

Dieta: alimenta-se de lagartos, morcegos e cobras;Reprodução: faz ninho em cavidades de árvores ou buracos em escarpas rochosas, semforrar a toca, aproveitando com menor frequência o ninho de outros gaviões;Comportamento: vive solitário;

Nome Científico: Mivalgo chimachima

Nome popular: Gavião-carrapateiroTamanho: 40cm; envergadura: 74cm;Características: cabeça, pescoço e partes inferiores branco-amareladas, uma curta faixanegra pós-ocular; face nua e alaranjada; asas longas com nítida área branca; bico e pés

fracos; imaturo: pardo, cabeça e partes inferiores estriadas de branco, colar nucalamarelo, padrão do desenho da asa tão típico como o adulto;Distribuição: presente em todo Brasil e desde a América Central ao norte do Uruguai eArgentina setentrional;Hábitat: áreas abertas, praia de mar e doce;Dieta: onívoro, comendo frutas, lagartas, cobras, saqueia ninhos de outros pássaros,pesca, caça cupins em revoada, come detritos, fezes e cadáveres frescos, procuraqueimadas;

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Nome Científico: Polyborus plancus

Nome popular: Gavião-carcaráTamanho: 56cm; envergadura: 123cm;

Características: alvinegra, de face nua e cera amarela ou vermelha, com um penachonucal; bico e pés fracos; pernas altas e tarsos amarelados, a cor da face passa devermelho para amarelo quando a ave se excita, não sendo, portanto um dimorfismosexual; imaturo pardo, de peito estriado, cara violácea ou amarelo-clara e pernasamareladas ou esbranquiçadas;Distribuição: presente e todo o Brasil e também nos EUA (Flórida) à Terra do Fogo, noextremo sul da América do Sul;Hábitat: comum em campos e pastagens com árvores isoladas, plantações e outrasáreas abertas;Dieta: onívoro, alimenta-se tanto de animais vivos como mortos, frutas e detritos,procuram queimadas; suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça

lagartos, cobras, sapinhos e caramujos, rouba filhotes de outras aves, até de espéciesgrandes como garças e colhereiros, arranha o solo com os pés e busca de amendoim efeijão, apanha frutos de dendê, ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outrosanimais; também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas;Reprodução: faz ninho no alto de palmeiras e de outras árvores e até mesmo no solo;põe 2 ovos brancos manchados de marrom-avermelhado; tempo de incubação de 28dias;Comportamento: vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da conversãoda floresta em áreas de pastagem;

Nome Científico: Falco peregrinoNome popular: Gavião-peregrinoTamanho: até 45 cm;Características: Cor: azul-acinzentada com listras escuras; coroa preta na cabeça;cauda com pontas brancas; pintas na barriga, que é esbranquiçada, cauda estreita ecomprida, tem o bico superior denteado;Distribuição: ocorre na Europa, Ásia, Austrália e América;

Hábitat: campo aberto, as praias e pântanos perto de colônias de aves aquáticas eribeirinhas; Dieta: Alimenta-se quase exclusivamente de outras aves, que ele alcançafacilmente no vôo; Reprodução: Em geral põe seus ovos num penhasco, muitas vezes sem

ninho. Período incubação:1 mês, ninhada com 3 ovos. Os ovos são incubados pelo casal;Comportamento: É uma das mais rápidas aves de velocidade seu mergulho chega a 288Km/h;

Nome Científico: Falco sparverius Nome popular: Gavião-quiri-quiri Tamanho: 25cm;Características: dimorfismo sexual acentuado quanto ao colorido, manifestando-se já nosfilhotes prestes a abandonar o ninho; macho de cauda e costas uniformemente ferrugíneas,retrizes com larga faixa negra anteapical e ponta branca, asas cinzentas, fêmea com asas

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ferrugíneas como as costas, manchadas de negro e de cauda com numerosas listras negras;padrão facial típico, desenho na cabeça – 2 faixas verticais laterais e 2 nódoas nucaisnegras; bico afiado com um grande dente na maxila; não apresenta o notarium; tarso curto;Distribuição: ocorre em todo Brasil (exceto em florestas) e desde o norte do Alasca à Terrado Fogo; Hábitat: vários ambientes abertos, campestres e quase desérticas; Dieta:

insetívoros, mas também comem lagartixas, camundongos e pequenas cobras, nocrepúsculo tenta capturar morcegos; Reprodução: nidifica em ocos de árvores, inclusiveem buracos de pica-paus, aproveita-se ainda de cavidades e postes, edificações e até mesmoem barrancos e cupinzeiros terrestres; tempo de incubação de 20-30 dias;

ORDEM GALLIFORME:

Família Cracidae:Nome Científico: Ortalis guttata

Nome popular: AracuãTamanho: 48 a 53cm;Características: todas as espécies brasileiras podem ser consideradas aloespécies quecompõem uma superespécie, pode-se até falar em raças geográficas de uma só espécie.Garganta nua vermelha e peito pardo-escuro, com marcas brancas (bordas ou pontas)nas penas; barriga cinza-amarelado ou brancacenta ou cinzenta, conforme a região; sembarbela pronunciada; retrizes laterais ferrugíneas;Hábitat: vive em matagais espessos, matas baixas, capões e palmeirais;Reprodução: tendem a nidificar em grupos; dueto de casais; período de incubação de21 dias; já nos primeiros dias de vida os pintainhos já se utilizam das asas para semovimentar e dormem sob as asas dos pais;

Comportamento: têm o hábito de espojar-se na poeira e tomar banho de sol. Vivem empequenos bandos que defendem seu território contra bandos vizinhos;

ORDEM GRUIFORME:

Família Aramidae:Nome Científico: Aramus guarauna

Nome popular: CarãoTamanho: 61 a 71cm;

Características: sexos parecidos, fêmea menor. Plumagem marrom malhada de branco,bico forte ligeiramente recurvado, porte robusto e bico quase reto; pardo-escuro com agarganta branca e riscas na cabeça e pescoço brancas, à distância parece todo negro;pernas negras, base da mandíbula amarela; dedos longos que facilita andar sobre asplantas aquáticas flutuantes;Distribuição: da Flórida e México à Argentina e Uruguai;Hábitat: pântanos, campos alagados, margens de rios com vegetação baixa emanguezais onde os caracóis são abundantes;

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Dieta: alimenta-se principalmente dos grandes caracóis aquáticos -ele não sabe quebrara concha, ele a prende numa forquilha de arbusto e fica esperando quando o caracol põea cabeça para fora o carão pesca-o com o bico - podendo comer ainda caramujosterrestres e pequenos lagartos;Reprodução: durante o período reprodutivo vive aos casais; faz ninho grande, como

um cesto profundo, depositado sobre a vegetação alta dentro de brejos; põe de 3 a 8ovos de cor creme com manchas marrons;Comportamento: é principalmente noturno, embora também ativo durante o dia.Emigra durante o período seco para retornar no período das chuvas; após a reproduçãoreúne-se em grupos maiores, em poças de lama;

Família Rallidae:Nome Científico: Rallus nigricans

Nome popular: Saracura-pretaTamanho: 31cm;

Características: bico verde uniforme, comprido e curvo, marcas pretas na asa; muda“em bloco” das rêmiges;Distribuição: ocorre desde a Colômbia ao Brasil, da PB ao RS, GO, MT e DF;Hábitat: vive em qualquer brejo;Comportamento: há duetos, de vocalização, de casal; a mãe ocasionalmente carrega opintinho pegando-o pelo pescoço;

Nome Científico: Rallus maculatus

Nome popular: Saracura-pintadaTamanho: 27cm;

Características: pardo-anegrado inteiramente mosqueado de branco,“

farol -de-ré”

 branco; bico verde de base encarnada; muda “em bloco” das rêmiges;Distribuição: ocorre no Brasil setentrional e merídio-oriental, até o RS e do México àArgentina;Hábitat: vive em brejos úmidos, com vegetação densa e buritizais;Reprodução: a mãe ocasionalmente carrega o pintinho pegando-o pelo pescoço;Comportamento:

Nome Científico: Aramides cajanea

Nome popular: Saracura-de-três-potes

Tamanho: 39cm;Características: cabeça e pescoço cinzentos, o resto das partes inferiores e vexilointerno das rêmiges ferrugem, coberteiras inferiores das asas amarelo-ferrugíneasbarradas de preto, abdômen negro e bico verde; muda “em bloco” das rêmiges;

Distribuição: presente em todo Brasil; encontrada também do México à Argentina eUruguai;Hábitat: comum em pântanos com vegetação alta, manguezais, margens de rios, lagos e

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igarapés, florestas altas e úmidas, às vezes longe da água;Dieta: alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos, insetos e larvas, pilha ovos de outrasaves aquáticas;Reprodução: constrói seu ninho de gravetos, em forma de tigela funda, a uma alturavariável entre 1 e 7m, em emaranhados de cipós ou arbustos, no meio do junco, rodeado

por água ou nas margens dos córregos, em meio à vegetação densa, constroem nasproximidades do ninho de incubação, um ninho criadeira, usado cerca de 1 mês pelospais e filhotes; põe de 3 a 7 ovos de cor creme, pintados e manchados de marrom;Comportamento: vive normalmente solitária ou, com menor frequência, aos pares ouformando pequenos grupos; é parcialmente noturna;

Nome Científico: Gallinula chloropus

Nome popular: Frango-d’águaTamanho: 35cm;Características: plumagem marrom-escura, bico amarelo e vermelho, com uma placa

vermelha em cima, escudo escarlate, desenho branco nos flancos e por baixo da cauda,grande “farol traseiro” dividido em dois, pernas verdes com uma “peneira” verme lha,bico amarelo e vermelho; apresentam um anel vivamente colorido sobre o tíbio-tarsologo abaixo dos “calções”; muda “em bloco” das rêmiges; imaturo pardo -anegrado comabdômen meio branquicento, bico, escudo e pernas sem cores vivas;Distribuição: encontrado em quase todo o mundo, tanto na América do Norte como noVelho Mundo, com exceção da Austrália e Nova Zelândia;Hábitat: na beira dos banhados ricos em vegetação, lagos com vegetação aquática emargens pantanosas, inclusive lagunas salobras;Dieta: come os insetos, têm o hábito de molhar a comida antes de engoli-la;Reprodução: faz ninho aberto de taboas, à beira d’água, 6 a 12 ovos esbranquiçados ou

acinzentados, com pintas marrom-escuras de cada vez, período de incubação de 21 dias;Comportamento: Vive sozinho ou em pequenos bandos. Seu vôo é lento e é bommergulhador. Os bandos que habitam as regiões mais frias do norte do continenteamericano migram para o sul durante o inverno daquela região;

Nome Científico: Porphyrula martinica

Nome popular: Frango-d’água-azulTamanho: 33 a 35cm;Características: escudo frontal chato e azul-claro, mais desenvolvido nos machos;pernas amarelas e “farol de ré” branco não bipartido; imaturo de cor parda -amarelada,

com áreas azuis, já com o escudo do adulto;Distribuição: presente em todo Brasil e também do sudeste dos EUA e México até onorte da Argentina;Hábitat: comum em pântanos, lagos com margens pantanosas e campos de arrozinundados, brejos e banhados;Reprodução: faz ninho espaçoso em terrenos pantanosos, construído com ramos degramíneas ou de pés de arroz, pouco acima da água; põe de 4 a 8 ovos de cor creme,pontilhados de marrom e roxo claro; período de incubação de 15 a 16 dias;

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Comportamento: costuma andar sobre a vegetação flutuante ou pantanosa; nada poucoe normalmente evita a água mais aberta; é migratório, praticamente desaparecendo dosul do País durante o inverno; voa bem, com as pernas esticadas para trás, unidas, e os

pés cruzados. A partir de março trocam todas as penas da asa ao mesmo tempo -muda“

em bloco”

das rêmiges -e dessa forma ficam impossibilitados de voar, tornando-seuma presa fácil;

Família Cariamidae:Nome Científico: Cariama cristata

Nome popular: SiriemaTamanho: 90cm; 1,4Kg;Características: sexos semelhantes; na base do bico, o qual é forte e vermelho como aspernas, cresce um feixe de penas eriçadas; asas largas e “duras”, cauda longa;plumagem cinzenta com ligeira tonalidade parda ou amarelada; possui pestanas; dedos

curtos e unhas afiadas;Distribuição: ocorre no Brasil central e oriental até o oeste de MT, sul do PA, etambém na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia;Hábitat: vive nos cerrados, campos sujos, pastos e campinas;Dieta: come gafanhotos e outros artrópodes, roedores, calangos e outros animaispequenos, inclusive cobras;Reprodução: nidifica sobre árvores, construindo um ninho com gravetos e galhosfrágeis, forrando o fundo com estrume de gado, barro ou folhas secas, podendo estar a4-5m do chão; põe 2 ovos brancos, ligeiramente rosados, maculados de castanhos; ocasal reveza-se no choco, o período de incubação dura 26-29 dias; só se cria um filhote,que abandona o ninho com 12 dias;

Comportamento: vive aos casais ou em pequenos bandos; toma banho de poeira e sol;a posição de deitar-se sobre os tarsos pode servir a termoregulação;

ORDEM CHARADRIIFORME:

Família Jacanidae: Nome Científico: Jacana jacana Nome popular: Jaçanã Tamanho: 25cm; o macho pode pesar 70g e a fêmea 160g; Características: sexos de cores bemsemelhantes, sendo a fêmea bem maior; negra de manto castanho, bico amarelo e lobosmembranosos frontais e laterais vermelhos, rêmiges verde-amareladas; encontro comesporão afiado, de cor amarelada, servindo como arma; dedos muito longos; Distribuição: presente em todo Brasil e também do Panamá ao Uruguai e Argentina; Hábitat: comum em

pântanos, lagos com vegetação aquática e em poças d’

água com bordas vegetadas; Dieta:alimenta-se de insetos, moluscos, peixinhos e sementes; Reprodução: faz ninhos emcapinzais ou em vegetação aquática flutuante ou emergente; põe em média 4 ovos marrom-oliváceos estriados de preto; uma mesma fêmea costuma por ovos para 2 ou mais machos,os quais a expulsam e se encarregam de chocá-los durante 21 a 28 dias. Os filhotes sãonidífugos, logo após a eclosão saem por sobre as plantas aquáticas e já sabem mergulhar;Comportamento: normalmente há vários indivíduos espalhados em um mesmo lago,caminhando sobre a vegetação aquática, e águas rasas próximas à margem ou, ainda, em

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capinzais junto à água; ave paludícola, caminha a passos largos sobre os aguapés, salvíniase outras plantas flutuantes. Raramente nada. Quando ameaçado, o pai foge correndo, àsvezes agarrando os filhotes e levando-os sobre as asas; fora do período reprodutivo émigratório, associando-se em bandos;Família Charadriidae:

Nome Científico: Vanellus chilensisNome popular: Quero-queroTamanho: 35cm;Características: Possui 2 esporões sob as asas. Colorido geral cinza-claro, com ornatospretos na cabeça, peito e cauda. A barriga é branca e a asa tem penas verde-metálicas.Apresenta um penacho na região posterior da cabeça; o bico e as pernas sãovermelhadas;Distribuição: presente em todo Brasil e também do Panamá ao Uruguai e Argentina(Terra do Fogo);Hábitat: habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas, comumem campos, pastagens, alagados com gramíneas baixas e em gramados nas áreas

urbanas;Dieta: alimenta-se de insetos e pequenos peixes, os quais captura mexendo com os pésna lama das margens;Reprodução: põe seus ovos, que são marrom-oliváceos com pintas e manchas pretas,em pequenas depressões no chão; geralmente defende seus ninhos ativamente;Comportamento: afasta os intrusos que se aproxima de seu ninho, fingindo-se ferido.Vive aos pares ou em grupos pequenos;

Nome Científico: Charadrius semipalmatus

Nome popular: Maçarico-semipalmado

Tamanho: 18cm;Características: nítido colar branco nucal, bico bem curto, de base amarela; pernasamareladas;Distribuição: encontrado em toda costa brasileira até a Argentina;Hábitat: ocorre no litoral, nas praias lodosas ou arenosas, podendo, ocasionalmente,aparecer no interior, de agosto a maio;Comportamento: ave migratória vinda da América do Norte, a identificação não é fácilporque quando chegam ao Brasil estão com a plumagem de descanso reprodutivo,semelhante na maioria das espécies. Pode estar solitário;

Família Scolopacidae:Nome Científico: Arenaria interpres

Nome popular: Maçarico-vira-pedraTamanho: 22cm;Características: bico curto e forte, com ranfoteca dura; pernas curtas e alaranjadas,cabeça pequena; faixa branca na asa, uma atravessando o baixo dorso e uma na base dacauda; partes inferiores brancas; imaturo de peito marrom;Distribuição: restrito ao Novo Mundo;

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Hábitat: encontrado em todo litoral;Dieta: alimentam-se de moluscos e pequenos crustáceos, às vezes é necrófaga e escavaa areia;Comportamento: localizam a presa visual ou acusticamente, sendo apanhada à flord'águas rasas ou da lama, viram pedras, utilizando o bico como alavanca;

Nome Científico: Actitis macularia

Nome popular: Maçarico-pintadoTamanho: 18 a 20cm;Características: na fase de reprodução área branca em frente ao “ombro”; de portedelgado, lado superior das asas com uma linha branca e o inferior negro com uma áreabranca mediana; nódoas escuras no peito; pintalgado por baixo; com ranfoteca dura;Distribuição: desde o sudeste dos EUA até a Argentina e em todo Brasil; Hábitat: habitapraticamente qualquer local com água, tanto na costa como nas águas interiores, tais comomanguezais e margens de rios e lagos; Dieta: localizam a presa visual ou acusticamente,

sendo apanhada à flor d'águas rasas ou da lama, são capazes de apanhar presas velozes(cupins em revoada); Comportamento: representante geográfico de formas do VelhoMundo; reproduz-se na América do Norte e migra durante o inverno para áreas maisquentes. Normalmente são vistos vários indivíduos espalhados num mesmo local, porémnão são associados em grupos;

Nome Científico: Calidris alba Nome popular: Maçarico-branco Tamanho: 20cm;Características: cor branca muito pura, com larga faixa da mesma cor na asa, manto cinza-pálido; ponta do bico elástica, com ranfoteca elástica; no repouso nupcial e nos imaturoscinza-claro por baixo; Distribuição: restrito ao Novo Mundo Hábitat: ocorre em todolitoral, até mesmo praias dentro de cidades; Dieta: animalejos de locomoção lenta e hábitos

subterrâneos; Reprodução: a reprodução se inicia em junho acima do Círculo Polar Árticoe em meados de agosto voltam a aparecer nas praias brasileiras; Comportamento: ficamuito tempo numa perna só. Localizam a presa pelo tato;

Família Laridae: Nome Científico: Sterna hirundo Nome popular: Trinta-réis-borealTamanho: 33 a 38cm; Características: fases sexual e de repouso sexual bem distintas,durante o repouso são mais brancos e de píleo (na plumagem nupcial negro) manchado damesma cor, os bicos e pés “descoram -se”, semelhantes ao imaturo; cauda não ultrapassaasas fechadas; bico vermelho; cabeça anterior branca; Distribuição: presente no Brasilapenas como visitante, no descanso reprodutivo, penetra no interior do País subindograndes rios como o Araguaia, Tocantins e São Francisco, acompanha também o litoral até

o RS, onde é encontrado em grandes números na Lagoa do Peixe; reproduz-se em algunslocais na Costa dos EUA e México, ilhas do Caribe e costa oeste da África, é encontradotambém na Europa; durante o inverno do Hemisfério Norte a espécie migra para o Brasil,Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile e Argentina; Hábitat: localmente comum aolongo da costa, estuários e em praias de rios e lagos; Dieta: alimenta-se de peixes, insetos,camarões, caranguejinhos e outros pequenos animais marinhos; Comportamento: espéciemigrante do hemisfério norte. Costuma reunir-se em bandos sobre cardumes de peixes ouna praia, para descansar;

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 Nome Científico: Sterna dougalli

Nome popular: Trinta-réis-rosadoTamanho: 38cm;Características: fases sexual e de repouso sexual bem distintas, durante o repouso são

mais brancos e de píleo (na plumagem nupcial negro) manchado da mesma cor, os bicos epés “des coram-se”, semelhantes ao imaturo; cauda muito forcada, ultrapassa asas fechadas;Distribuição: do sul à BA; Hábitat: vive ao longo do litoral;

ORDEM COLUMBIFORME:

Família Columbidae: Nome Científico: Columba picazuro Nome popular: Pomba-asa-branca Tamanho: 34cm; Características: lado superior da asa atravessado por uma faixabranca mais visível em vôo, semicolar escamoso restrito ao pescoço superior, anel

perioftálmico com algum vermelho; Distribuição: presente do Nordeste ao RS, GO e MT,e também na Bolívia, Argentina e Paraguai; Hábitat: comum em campos com árvores,áreas urbanas, cerrados, caatingas e florestas de galeria; Reprodução: faz ninhos emárvores ou no solo; põe 2 ovos brancos, os quais são incubados entre 16 e 19 dias;Comportamento: frequentemente encontrada no solo. Após o período reprodutivo associa-se em bandos, executando migrações;

Nome Científico: Zenaida auriculata Nome popular: Avoante Tamanho: 21cm;Características: formas delgadas, 2 faixas pretas, quase horizontais, nos lados da cabeça ealgumas manchas da mesma cor nas asas; retrizes (particularmente as laterais) com amploápice branco, realçado por faixa negra ante-apical; imaturo de cerca de 3 semanas de vidacom cabeça, pescoço e asas triangularmente riscados de branco ou amarelado e uma grandenódoa branca no loro; Distribuição: ocorre descontinuamente por todo Brasil, inclusive emFernando de Noronha, do MA até a BA, e das Antilhas à Terra do Fogo; Hábitat: vive emcampos, cerrados, caatingas e pastagens; Dieta: alimenta–se de sementes de plantasbrotando, grãos cultivados, moluscos e diplópodes; Reprodução: no Nordeste nidificam naareia, protegidas pela vegetação espinhosa ou em alturas e 0,2 a 3m, período de incubaçãode 14 dias; Comportamento: ocorrem raças geográficas; distinguem-se “pombais decomida”, “pombais de bebida” e “pombais de postura”; espécie campestre. Pode ser quemodifiquem seus hábitos adaptando-se às alterações ambientais;

Nome Científico: Columbina talpacoti Nome popular: Rolinha-caldo-de-feijãoTamanho: 17cm; Características: o macho é marrom-ferrugíneo com a cabeça cinza-azulada; a fêmea é inteiramente marrom-clara; retrizes externas com pontas canelas;imaturo com manchas amareladas na asa;Distribuição: presente em todo Brasil, e também do México à Bolívia, Paraguai eArgentinaHábitat: comum em áreas abertas, campos, plantações e áreas urbanas;Dieta: alimenta-se de grãos e sementes no chão;Reprodução: faz ninho raso, localizado a 1m de altura ou mais, em meio a arbustos,

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nas cidades, costuma fazer ninho sobre vigas, debaixo de telhas, e coberturas deedifícios ou galpões; põe 2 ovos brancos, período de incubação de 12 a 13 dias;Comportamento: vive solitária, aos pares ou em grupos de tamanhos variáveis;

Nome Científico: Scardafella squammataNome popular: Rolinha-fogo-apagouTamanho: 19,5cm;Características: aparência escamosa, rêmiges com rufescente, visível em vôo, lados dacauda brancos;Distribuição: presente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e em SP, PR e RS,encontrado também da Guiana Francesa e Venezuela ao Paraguai e Argentina;Hábitat: comum em campos secos, cerrados, caatingas e jardins arborizados em áreasurbanas;Dieta: alimenta-se no chão, andando com a barriga quase arrastando no solo;Reprodução: faz ninhos de gravetos em formato de xícara, normalmente a 1 ou 2m de

altura, às vezes também no chão; põe 2 ovos brancos, período de incubação de 14 dias;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos;

Nome Científico: Leptotila verreauxi

Nome popular: JuritiTamanho: 26,5cm;Características: rêmiges sonoras, retrizes com pontas laterais brancas, visível em vôo,e acanelado na face inferior das asas;Distribuição: presente em quase todo Brasil e também do sul dos EUA até a Argentina;Hábitat: comum no chão de habitats quentes, tais como capoeiras e campos adjacentes,

bordas de florestas densas e cerrados;Dieta: alimenta-se de sementes e frutos no chão;Reprodução: faz ninho típico de pombinhas – uma plataforma construída de gravetos egrama, localizada em arbustos baixos ou árvores, eventualmente no chão; põe 2 ovosbrancos, período de incubação de 14 dias;Comportamento: vive solitária ou aos pares;

ORDEM PSITTACIFORME:

Família Psittacidae:Nome Científico: Aratinga auricapilla

Nome popular: Aratinga-de-peito-vermelhoTamanho: 31cm;Características: laranja só na cabeça e partes inferiores, manto verde, regiãoperioftálmica nua, com um círculo estreito de colorido vivo; a pele das partes glabras édenegrida; bico negro;Distribuição: Bahia, Sergipe, nordeste;Hábitat: vive na orla da mata, mata secundária, regiões cultivadas, carnaubais, etc.;Reprodução: período de incubação de 26 dias;

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 Nome Científico: Aratinga aurea

Nome popular: Jandaia-estrelaTamanho: 27cm; 84g;Características: testa e região perioftálmica emplumados de amarelo-vivo; a pele das

partes glabras é geralmente branca;Distribuição: presente principalmente da margem sul do rio Amazonas até o PR, aonorte do rio Amazonas ocorre apenas em algumas regiões, como Faro (PA) e no AP,também no Suriname (localmente), Bolívia, Paraguai e Argentina;Hábitat: comum na copa de cerrados, capoeiras, mata secundária, campos de cultura,plantações e manguezais;Dieta: alimentando-se de frutos;Reprodução: faz ninho em cupinzeiros;Comportamento: vive em bandos;

Nome Científico: Forpus xanthopterygiusNome popular: Tuim-de-asa-azulTamanho: 12cm; 26g;Características: macho com grande área azul na asa e no baixo dorso, uropígio azul,que desenvolve já como ninhego; fêmea totalmente verde, com amarelo na cabeça eflancos; pode permanecer longo tempo dependurado por um ou ambos os pés, chegandoa arrumar a plumagem;Distribuição: ocorre no Nordeste, leste e sul do Brasil até o Paraguai e Bolívia, tambémno alto Amazonas até o Peru e a Colômbia;Hábitat: vive em bosques abertos, beira de matas e capoeiras;Reprodução: faz ninho em ocos de cupinzeiros e ocupa ninhos velhos de joão-de-barro

(Furnarius rufus) e guaxe (Cacicus haemorrhous); põe de 3 a 5 ovos; período deincubação de 18 dias; os filhotes abandonam o ninho com 5 semanas;Comportamento: ave migratória, há diversas raças geográficas;

Nome Científico: Touit melanota

Nome popular: Apuim-de-costa-pretaTamanho: 16cm;Características: dorso e uropígio marrom-sepiáceo; lados da cauda vermelhos;Distribuição: ocorre do sul da BA a SP e ocasionalmente no RJ;Hábitat: vive nas matas altas da Serra do Mar;

Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Amazona amazonica

Nome popular: Papagaio-do-mangueTamanho: 34cm;Características: raspam a mandíbula contra as ondulações da superfície do “palato”,produzindo um estalo, para retirar resíduos de alimentos que se acham depositados entre

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as ranhuras; bocejam; pode formar-se um entalhe, maior ou menor, no meio dos tômiosdas mandíbulas, que podem ser um caráter individual quanto a uma decorrência daidade, alimentação ou sexo (o entalhe seria mais profundo no macho). cor-de-laranja no“espelho” e nas manchas caudais; azul na cabeça e lados da face; parte anterior dasbochechas amarelas, frequentemente também a fronte; região perioftálmica com um

círculo estreito de colorido vivo;Distribuição: presente da AM ao PR, oeste de SP e RJ, encontrada também naColômbia, Venezuela e Guianas até o Peru e a Bolívia;

Hábitat: comum em florestas de galeria, várzeas, alagados com árvores e manguezais;Dieta: alimenta-se de frutas e grãos;Reprodução: começam a se reproduzir no terceiro ou quarto ano de vida; faz ninho emburacos de árvores, principalmente no oco de palmeiras mortas; põe de 2 a 5 ovos, operíodo de incubação é de 29 dias; os filhotes abandonam o ninho com 2 meses. Com 8meses os indivíduos já apresentam a coloração definitiva da íris;Comportamento: costuma pernoitar e se reproduzir em ilhas cobertas de mata; vive em

bandos de até 8 indivíduos, reunindo-se às centenas para pernoitar;Tempo de vida: aproximadamente 40 anos;

ORDEM CUCULIFORME:

Família Cuculidae: Nome Científico: Piaya cayana Nome popular: Alma-de-gatoTamanho: : 50 cm (2/3 pertencem à cauda); Características: A cor é castanho-parda nodorso e cinza-ardósia na barriga. O pescoço e o peito são vermelho-acinzentados e a caudatem penas escuras de pontas brancas, bico e perioftálmica esverdeados; cauda muito longa.Imaturo menos rabilongo, bico e arredores dos olhos cinzentos e não verdes; Distribuição:Venezuela, Guiana, em quase todo o território nacional, no Paraguai, Uruguai e norte da

Argentina; Hábitat: comum em bordas e no interior de florestas altas, capoeiras, cerrados,cerradões e campos com árvores; Reprodução: macho e fêmea constroem o ninho ecuidam da prole, o ninho é frágil e pequeno, em arbustos não muito altos, às vezes a fêmeasdesova em ninho alheio. A ninhada consiste de 10 a 20 ovos, de cor verde azulada. Não sesabe se as fêmeas se revezam no choco, mas são muitas as que contribuem na alimentaçãodos filhotes; Comportamento: vive solitário, aos pares ou em pequenos grupos familiaresde até 5 indivíduos; ocasionalmente mistura-se a bandos mistos de insetívoros ou segueformigas-de-correição. Marca seu território com sonoros pios, às vezes imita outras aves;

Nome Científico: Crotophaga ani Nome popular: Anu-preto Tamanho: 36cm;Características: preto uniforme; bico alto e curvo; o interior da boca dos ninhegos é

marcado com vários sinais brancos berrantes, destacando-se o fundo vermelho, quefacilitam aos adultos a colocação certa da comida na boca dos filhotes, sobretudo, emninhos escuros; Distribuição: presente em todo Brasil e também dos EUA (Flórida) àArgentina; Hábitat: comum em pastagens, campos, jardins, lavouras abandonadas e outrasáreas abertas; Dieta: alimentar-se dos insetos e outros pequenos animais (pequenas cobras erãs) que são espantados, espreita animais fugidos de incêndio, captura insetos em plenovôo, saqueia ocasionalmente ninhos de pássaros, pescam em águas rasas, periodicamentecomem frutas, bagas, coquinhos e sementes (sobretudo na época seca); Reprodução: faz

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ninhos coletivos, em formato de uma grande xícara aberta, pondo grandes ovos azul-esverdeados, cobertos com uma crosta calcária; o número médio é de 9 ovos por ninhocoletivo; curto período de incubação – de 13 a 16 dias; os filhotesabandonam o ninho com 8 semanas; os grandes ninhos, de concavidade profunda,quando abandonados, são às vezes aproveitados por outros pássaros ou até mesmo por

pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais, e cobras, se instalam nesses ninhos, àsvezes após ter depredado seu conteúdo;Comportamento: vive e caça em bandos e é visto em regiões cultivadas, segue de perto

o gado e tratores que aram os campos. Voa mal. Apesar de formar casais, vive em bandos,ocupando territórios coletivos durante o ano todo, ocorre hierarquia dentro do grupo apodem até matar um indivíduo de outro grupo que se aproxime do ninho coletivo; o machocostuma trazer comida quando visita a fêmea no ninho. À noite, para se esquentar, juntam-se em filas apertadas ou aglomeram-se em montões desordenados, acontece de um corrersobre as costas dos outros, para forçar sua penetração entre os companheiros; arrumamreciprocamente a plumagem.

Nome Científico: Guira guira Nome popular: Anu-branco Tamanho: 46cm;Características: branco-amarelado, bico alaranjado, cauda com fita preta; as penas do altoda cabeça estão constantemente eriçadas; o interior da boca dos ninhegos é marcado comvários sinais brancos berrantes, destacando-se o fundo vermelho, que facilitam aos adultosa colocação certa da comida na boca dos filhotes, sobretudo, em ninhos escuros; imaturocom o bico cinzento; Distribuição: presente do sudeste do AP e estuário amazônico (ilhascampestres) e direção ao sul aos demais estados do Brasil, com exceção das regiõesflorestadas da AM, encontrado também na Bolívia, Argentina e Uruguai; Hábitat: regiõescampestres secas e cerrados, pastagens, jardins e outras áreas abertas; Dieta:periodicamente comem frutas, bagas, coquinhas e sementes (sobretudo na época seca);

Reprodução: há ninhos individuais e ninhos coletivos; a fêmea, que construiu um ninho eainda não começou a pôr, joga fora ovos postos ali por outras fêmeas; caem também ovosao solo quando a fêmea poedeira encontra o ninho onde quer pôr, ocupado por outra ave; osadultos nem sempre zelam bem pelos ninhos com ovos, abandonandoos; ambos os sexostêm placa de incubação; os ovos são relativamente muito grandes; ovos de cor verde-marinho com uma rede branca calcária em alto relevo que se espalha sobre toda superfície;curto período de incubação – 15 dias; os filhotes abandonam o ninho com 8 semanas; osgrandes ninhos, de concavidade profunda, quando abandonados, são às vezes aproveitadospor outros pássaros ou até mesmo por pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais, e cobras,se instalam nesses ninhos, às vezes após ter depredado seu conteúdo; Comportamento:vive em bandos, perseguindo insetos no chão, pescam em águas rasas. Cospem pelotas.

Apresenta até 15 tipos diferentes de canto. À noite, para se esquentar, juntam-se em filasapertadas ou aglomeram-se em montões desordenados, acontece de um correr sobre ascostas dos outros, para forçar sua penetração entre os companheiros; arrumamreciprocamente a plumagem; torna-se agressivo para defender seu território;

ORDEM STRIGIFORME:

Família Tytonidae:

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Nome Científico: Tyto alba

Nome popular: Suindara

Tamanho: 37cm;Características: cara e partes inferiores brancas; plumagem variável; disco facial

nítido;Distribuição: presente em todo Brasil e em quase todo mundo;Hábitat: comum no cerrado e em outras regiões semi-abertas próximas a habitaçõeshumanas;Dieta: alimenta-se de ratos, marsupiais, morcegos, sapos, pererecas, lagartos, cobras epequenas aves, além de insetos, caça ratos à noite, próximo a habitações humanas - porisso considerada uma “ratoeira voadora” e uma das aves mais “úteis” no que se refere àeconomia humana;Reprodução: faz ninho em sótãos de casas velhas, forros e torres de igreja, pombais egrutas; põe de 3 a 4 ovos compridos, cuja incubação leva de 30 a 34 dias e é realizadapredominantemente pela fêmea, que é alimentada pelo macho durante o período; os

filhotes abandonam o ninho com cerca de 2 meses de idade; reproduz-se durante todo oano, desde que haja fartura de alimentos. Os jovens abandonam o ninho com 9 a 12semanas de vida;Comportamento: é quase noturna, às vezes saindo para caçar ao pôr-do-sol;

Família Strigidae:Nome Científico: Otus choliba

Nome popular: Corujinha-de-orelhaTamanho: 22cm; envergadura 54cm; 134g;Características: padrão vermiculado de preto e cinza sobre fundo brancacento; a cor da

íris pode estar ligada às respectivas fases da plumagem: íris pardo-escura na fase escura,íris amarela na fase vermelha; ocorre variação no desenho da plumagem, não existem 2indivíduos iguais; os vexilos internos das rêmiges primárias mostram largas faixasclaras;Distribuição: ocorre em todo Brasil e da Costa Rica à Bolívia, Paraguai e Argentina;Hábitat: vive na orla da mata, cerrado, chácaras e também em centros urbanos;Dieta: aproveitam-se dos animais espantados pelas formigas-de-correição;Reprodução: fazem ninho em árvores ocas, em cupinzeiros arbóreos furados porperiquitos;

Nome Científico: Glaucidium brasilianum Nome popular: Caburé Tamanho: 16,5cm;envergadura 31cm; 63g; Características: o macho é bem menor do que a fêmea; vérticeestriado de branco; tem fase arruivada e ferrugínea na qual a cauda costuma não ter faixasclaras; disco facial pouco nítido; tem a cabeça e os olhos pequenos; nuca com 2 nódoasnegras lembrando olhos, formando uma falsa face – face occipital, mais vistosa do que averdadeira, e visível somente quando arrepia as pernas, com isso, o caburé enganaperfeitamente tanto pássaros como homens; é tida como uma ave de sorte pelos matutos eíndios, já que aparenta ter 4 olhos e detectaria qualquer perigo de imediato; Distribuição: 

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presente em todo Brasil e dos EUA e México à Argentina e o norte do Chile; Hábitat:comum em bordas de florestas de terra firme de várzea, cerrados e campos com árvores;Dieta: alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, rãs, lagartixas e pequenas cobras, come primeiro a cabeça das presas;Reprodução: faz ninho em buracos de árvores e cupinzeiros; põe de 2 a 5 ovos

brancos;Comportamento: ativo tanto durante o dia quanto à noite;

Nome Científico: Athene cunicularia ou Speotyto cunicularia

Nome popular: Coruja-buraqueiraTamanho: 21.6 a 27.9cm, pesando 170.1 g e com envergadura de 50.8 a 61.0cm;Características: possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhosamarelos, e pernas longas. O macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas sãonormalmente mais escuras que os machos. Os filhotes ameaçam intrusos com umchocalhar que se assemelha ao matraquear de cascavel – mimetismo agressivo sonoro;

Distribuição: encontrada em todo Brasil, exceto nas florestas da Amazônia, e desde oCanadá até a Tierra del Fuego no extremo sul da América do Sul;Hábitat: vive em áreas abertas, pastos e restingas, campos e cerrados de todo o Brasil;Dieta: Alimenta-se de pequenos roedores, répteis, anfíbios, pequenos insetos, pequenospássaros como pardais, escorpiões, etc.;Reprodução: A reprodução começa entre março ou abril. Embora seja capaz de cavarsua própria cova, faz seu ninho em buracos no solo, aproveitando antigas tocas de tatu,cachorro de pradaria ou de outros animais. O casal se revezando, alarga o buraco, cavauma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho comcapim seco. As covas possuem em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm delargura. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A

Incubação dura de 23 a 30 dias e é executada somente pela fêmea. Enquanto a fêmeabota os ovos, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes.Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho, são tarefas do macho. Os filhotessaem do ninho com aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estãocom 49 a 56 dias;Comportamento: Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos deárvores. Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana e uma ótimaaudição. Tem vôo suave e silencioso. Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela temque virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado, num mesmoplano. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer).Terrestre, o acúmulo de estrume ao redor da entrada da galeria do ninho atrai besouros

que servem de alimento.“

Pe neira”

e caça à noite; toma banho de poeira e corre comrapidez pelo chão;

Nome Científico: Rhinoptynx clamator 

Nome popular: Coruja-orelhudaTamanho: 37cm;Características: “orelhas” destacadas;

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Distribuição: presente em grande parte do Brasil, com exceção das áreas florestais daAmazônia, encontrada também da Venezuela à Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai;Hábitat: comum em áreas abertas, campos com árvores e arbustos, cerrados, caatingase até cidades;Dieta: alimenta-se de ratos, inclusive dos maiores, e morcegos;

Reprodução: faz ninho no chão, em meio ao capim;

Nome Científico: Aegolius harrisii

Nome popular: Caburé-orelhaTamanho: 20cm;Características: partes superiores anegradas, testa, disco facial e lado inferior dacabeça de intensa cor amarela uniforme; disco facial pouco nítido; presença de nódoasbrancas na asa e cauda, sem “orelhas”; íris amarela;Distribuição: ocorre no Planalto Central (GO e Brasília), Nordeste (CE, PE e AL), SPao RS, Argentina e Uruguai, também nos Andes (Venezuela);

Hábitat: vive em mata rala e cerrado;Comportamento: caça de dia;

ORDEM CAPRIMULGIFORME:

Família Nyctibiidae: Nome Científico: Nyctibius griseus Nome popular: Urutau-comumTamanho: 37cm; macho entre 160 e 190g; envergadura 85cm; Características: possuiuma adaptação única em aves, chamada de “olho mágico” – são 2 fendas na pálpebrasuperior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores,mesmo de olhos fechados, assim, ainda que tenha o hábito de pousar em locais abertos,

permanece disfarçado, sendo facilmente confundido com um galho. Colorido variável, oumais marrom ou mais cinzento, peito com desenho negro compacto; íris amarelo-âmbar;possui um chumaço de penas que lembra as “orelhas de penas” de certas corujas, estasaliência desaparece quando abre os olhos; Distribuição: presente localmente em todoBrasil, encontrado também da Costa Rica à Bolívia, Argentina e Uruguai; Hábitat: comumem bordas de florestas, campos com árvores e cerrados; Dieta: alimenta-se de insetosnoturnos, em especial de grandes mariposas, cupins e besouros, também exploram tocospodres, a procura de larvas de besouros; Reprodução: põe 1 ovo, em cavidades de tocos ougalhos, a poucos metros acima do solo, incubando-o por cerca de 33 dias; o filhotepermanece no ninho em torno de 7 semanas; Comportamento: caçam na beira ou acima damata, ou até no campo. Nunca pousa no solo, mas em galhos, postes, cercas e tocos;

Nome Científico: Nyctibius leucopterus

Nome popular: Urutau-de-asa-brancaTamanho: 30cm;Características: larga faixa branca nas coberteiras superiores das asas formando um“V” nas costas;Distribuição: Litoral Norte da BahiaHábitat: matas e capoeiras;

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Dieta: Insetos;Reprodução: em árvores isoladas, um único ovo;Comportamento: caçam na beira ou acima da mata, ou até no campo;Categoria: ameaçado de extinção;

Família Caprimulgidae:Nome Científico: Chordeiles acutipennis

Nome popular: Bacurau-de-asa-finaTamanho: 21,5cm; envergadura: 50cm;Características: o macho é marro-acinzentado com a garganta branca, apresentandouma faixa branca na cauda, a fêmea apresenta a garganta amarelada e não tem faixa

branca na cauda; faz ninho sobre rochas achatadas, pondo 2 ovos rosa-amarelados compintas cinzentas; asas longas, estreitas, com faixa branca e um “V” da mesma cor nagarganta (apenas na fêmea); não possuem cerdas proeminentes; Distribuição: presente em

quase todo Brasil e da Califórnia à Bolívia e Argentina; Hábitat: comum em áreas abertas,campos, cerrados e restingas; Comportamento: possui hábitos crepusculares, porém, àsvezes, caça também à tarde; voa próximo ao solo, exceto durante migrações, quando voaalto; saem do esconderijo à tarde, antes do pôr-do-sol, caçando em bandos, voando a grandealtura por cima das águas e dos campos, explorando estratos bem diferentes. Se perturbado,muda o ninho para outro lugar, puxando os ovos e andando de marcha-à-ré; chega atransportar, em vôo, filhotes recém-nascidos;

Nome Científico: Nyctidromus albicollis Nome popular: Curiango-comum Tamanho: 30cm; Características: o macho apresenta uma larga faixa nas asas (observadas em vôo) eos lados da cauda brancos, a fêmea possui uma estreita faixa amarelada nas asas e somente

a ponta da cauda branca; existe uma fase vermelha e uma cinzenta; de cauda longa, masnão bifurcada; Distribuição: presente em todo Brasil, onde haja florestas ou capoeiras, etambém do sul dos EUA e México até a Bolívia, Paraguai e Argentina; Hábitat: comumem bordas de florestas, capoeiras abertas, campos com árvores isoladas, cerrados e capõesde mata; Dieta: captura insetos em vôo; Reprodução: faz ninho no chão; põe 2 ovosamarelo-avermelhados manchados de marrom; Comportamento: vive no chão; sai para sealimentar à noite, visto durante o dia somente se espantado;

ORDEM APODIFORME:

Família Trochililidae: Nome Científico: Phaethornis petrei Nome popular: Beija-flor-de-rabo-branco Tamanho: 15cm; Características: as fêmeas possuem um bico mais curtoe mais curvo; plumagem pouco vistosa, verde restrito ao lado superior, lado inferior pardo,ás vezes, há um sinal berrante, como a ponta branca da cauda, com as retrizes centraisprolongadas; canelavivo por baixo e no uropígio; bico longo curvado para baixo; base damandíbula vermelha; possuem os 3 dedos anteriores ligados; Distribuição: abundante noleste e no centro do Brasil, do MA a SC, GO e MT, também na Bolívia, Paraguai e norte daArgentina; Hábitat: vive na sombra da mata, jardins arborizados, frequentemente entra em

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casas, gosta da proximidade da água corrente; Reprodução: ninhos têm forma cônicaalongada, com um penduricalho mais ou menos longo (servindo de contrapeso),confeccionado com material macio, paina e detritos vegetais são acumulados em espessamassa, ficam suspensos à face interior das folhas de palmeiras, samambaias, etc., em raízesfinas pendentes sob barrancos sombreados; pode ocorrer superposição de 2 a 3 ninhos,

construídos provavelmente pela mesmafêmea que mantêm seu território durante anos; podem fazer até 5 posturas por ano; podeocorrer de 2 fêmeas alimentarem a mesma prole;

Nome Científico: Phaethornis ruber 

Nome popular: Besourinho-da-mataTamanho: 8,6cm; 1,8 a 2,2g;Características: o macho apresenta as partes inferiores ferrugíneas com uma estreitafaixa preta à altura do peito, a fêmea é de coloração mais pálida e não possui a faixapreta, as fêmeas possuem um bico mais curto e mais curvo; plumagem pouco vistosa,

verde restrito ao lado superior, lado inferior pardo, uropígio e partes inferioresferrugíneas vivas, peito com uma nódoa negra (macho); bico longo curvado para baixo;cauda curta, sem maior prolongamento das centrais, e sem ponta branca das retrizes;possuem os 3 dedos anteriores ligados; mandíbula amarela;Distribuição: presente da Amazônia para o sul até SP, encontrado também das Guianase Venezuela à Bolívia;Hábitat: habita o sub-bosque de florestas altas, no interior e nas bordas, capoeiras eáreas arbustivas;Dieta: alimenta-se de néctar e de pequenos insetos, às vezes furam o tubo da flor pelolado de fora (as mais fechadas), num ataque mais direto ao néctar, ou então seaproveitam de rasgos feitos pelas cambacicas (Coereba flaveola), abelhas e vespas;

Reprodução: os ninhos têm forma cônica alongada, com um penduricalho mais oumenos longo (servindo de contrapeso), utilizando paina macia, teias de aranha e detritosvegetais que são acumulados em espessa massa, ficam suspensos à face interior dasfolhas de palmeiras, samambaias, etc., em raízes finas pendentes sob barrancossombreados, localizado entre 1 e 3m de altura em folhas de palmeiras; pode ocorrersuperposição de 2 a 3 ninhos, construídos provavelmente pela mesma fêmea quemantêm seu território durante anos; põe 2 ovos brancos, incubado por cerca de 15 dias;os filhotes nascem com o bico curto e mole, como todos os beija-flores, e deixam oninho após 18 a 22 dias;Comportamento: voa baixo, com um zumbido agudo, semelhante ao de uma grandeabelha, vibração de asas de 48 a 51 batidas por segundo;

Nome Científico: Eupetomena macroura

Nome popular: Beija-flor-tesouraTamanho: 18cm;Características: cabeça e pescoço azuis, resto da plumagem verde-escuro brilhante;cauda longa e bifurcada, que toma quase 2/3 do tamanho total;Distribuição: presente em quase todo Brasil, exceto em algumas regiões extensamente

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florestadas da AM, encontrado também das Guianas à Bolívia e Paraguai;Hábitat: comum em capoeiras, cerrados, jardins com árvores e áreas abertas;Reprodução: ninho colocado abertamente sobre um ramo mais ou menos horizontal ouuma forquilha, no formato de uma tigela;Comportamento: um dos maiores e mais briguentos beija-flores. Costuma perseguir

outros beija-flores em vôo, expulsando-os de suas áreas favoritas, como árvores efloração;

Nome Científico: Chrysolampis mosquitus

Nome popular: Beija-flor-vermelhoTamanho: 9,2cm;Características: o macho tem a cabeça e a nuca vermelho-metálicas, garganta e peitolaranja-metálicas, barriga pardo-olivácea, a fêmea é bronze-esverdeada acima e branco-acinzentada nas partes inferiores; cabeça parece alongada horizontalmente devido àplumagem proeminente da fronte e do singular capuz nucal (“cabeça de cebola”); cauda de

cor castanha (luz transparente); extensamente vermelho-escuro; Distribuição: presente naAM e nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, em direção sul até o PR, encontrado também daColômbia e Venezuela à Bolívia; Hábitat: habita florestas ralas, campos com árvores,bordas de florestas de galeria, cerrados e caatingas; Reprodução: faz um ninho pequeno,de paina, em formato de xícara, localizado em forquilhas entre 1 e 5m de altura, ninhocolocado abertamente sobre um ramo mais ou menos horizontal ou uma forquilha; põe 2ovos brancos; Comportamento: vive normalmente solitário, visitando flores a váriasalturas; migra e algumas épocas do ano;

Nome Científico: Chlorostilbon aureoventris Nome popular: Besourinho-de-bico-vermelho Tamanho: 8,5cm; Características: fêmea com marca pós-ocular branca,

brancacenta por baixo; colorido verde brilhante; reflexos azuis na cauda; bico vermelho deponta preta; Distribuição: leste do país; ocorre do MA ao RS e MT, também Uruguai,Paraguai e Bolívia; Hábitat: capoeiras abertas e jardins; Reprodução: ninho fixado sobreum colmo de capim, numa raiz fina, no formato de uma tigela, uma fêmea pode levar até 10dias fazendo o acabamento do ninho antes de pôr o primeiro ovo; pode ocorrersuperposição de 2 a 3 ninhos, construídos provavelmente pela mesma fêmea que mantêmseu território durante anos; Comportamento: vibração de asas de 30 batidas por segundo;

Nome Científico: Chlorostilbon mellisugus Nome popular: Besourinho-de-bico-pretoTamanho: 7,5cm; Características: colorido verde ou verde e azul; bico todo preto, fêmeacom ou sem extensa mancha pós-ocular branca; Distribuição: do norte do Amazonas até a

margem direita do rio Madeira, incluindo RO e MT, também no Peru e Colômbia; Hábitat:encontrado em florestas, jardins e campos arborizados; Reprodução: ninho fixado sobreum colmo de capim, numa raíz fina, no formato de uma tigela; pode ocorrer superposiçãode 2 a 3 ninhos, construídos provavelmente pela mesma fêmea que mantêm seu territóriodurante anos; Comportamento: pousa em galhos baixos;

Nome Científico: Amazilia fimbriata Nome popular: Beija-flor-de-garganta-verdeTamanho: 8,5 a 11cm; Características: o macho tem a garganta verde, que na fêmea é

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branca pontilhada de verde; verde, lado inferior com branco mais ou menos extenso;Distribuição: ocorrem 5 raças geográficas. Presente em todo o Brasil e também dasGuianas e Venezuela ao Paraguai;Hábitat: comum em capoeiras arbustivas, bordas de florestas de galeria, restingas eáreas cultivadas em que ainda existam árvores e arbustos;

Dieta: alimenta-se principalmente a pouca ou média altura, pousando com frequênciaem locais abertos;Reprodução: ninho colocado abertamente sobre um ramo mais ou menos horizontal ouuma forquilha, no formato de uma tigela, à altura média de 1m;Comportamento:;

ORDEM TROGONIFORME:

Família Trogonidae:Nome Científico: Trogon surrucura

Nome popular: Surucuá-de-barriga-vermelhaTamanho: 26cm;Características: os machos possuem uma larga tarja negra brilhante nas retrizescentrais, que falta na fêmea; cabeça e peito azuis, pálpebras amarelas (ou laranja emrepresentantes de barriga vermelha), costas verdes brilhantes, asas salpicadas de branco,lado inferior das retrizes externas com extenso desenho branco longitudinal e apical;fêmea e imaturo cinzentos com uma maculazinha pós e ante-ocular e vermiculados debranco na asa, a cauda com pouco desenho branco longitudinal;Distribuição: ocorrem 2 raças de colorido ventral distinto, uma de barriga laranja (T.

surrucura aurantius, da BA ao RJ e leste de MG) e outra de barriga vermelha (T.

surrucura surrucura, do RJ e MG ao RS, GO, sul do MT, Paraguai e nordeste da

Argentina);Hábitat: habita mata, cerradão, regiões montanhosas do Sudeste do Brasil no inverno;Reprodução: faz o ninho em grossos troncos de xaxim, em cupinzeiros arborícolasabandonados (roem um túnel ascendente que conduz a uma câmara incubadora centralem relação ao cupinzeiro) e também em velhos vespeiros e em árvores mortas emdecomposição; o sexo do filhote pode ser reconhecido pelo colorido da cauda;

ORDEM CORACIFORME:

Família Alcedinidae:Nome Científico: Ceryle torquata

Nome popular: Martim-pescador-grandeTamanho: 42cm; 300 a 350g;Características: o macho apresenta peito e barriga ferrugíneos, a fêmea possui o peitocinza-azulado com uma borda branca e barriga ferrugínea; apresenta porte avantajado eum bico de 8 cm; garganta branca;Distribuição: presente em todo Brasil e também no sul dos EUA, no México e em todaa América do Sul, até a Terra do Fogo;Hábitat: comum em beiras de rios, lagos, lagunas, manguezais e beira-mar;

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Dieta: alimenta-se de peixes e insetos;Reprodução: faz ninhos em buracos escavados em barrancos, às vezes formandocolônias de 4 a 5 pares (ou mais) pouco associados entre si; ambos os sexos revezam ochoco a cada 24 horas; os filhotes abandonam o ninho com 35 dias ou mais;Comportamento: passa a maior parte do tempo pousado sobre pedras e árvores mortas,

observando a água, ao avistar o peixe, mergulha diretamente em sua direção. Vivesolitário ou aos pares;

Nome Científico: Chloroceryle amazona Nome popular: Martim-pescador-verdeTamanho: 29,5cm; Características: partes superiores verde-metálicas aparecendofrequentemente como cinza-azulado; colar, partindo da base do bico, e partes inferioresbrancas (amareladas na fêmea); flancos estriados; macho apresenta uma faixa ferrugínea nopeito, a qual é verde na fêmea; Distribuição: presente em todo Brasil e também do Méxicoà Argentina; Hábitat: comum em beiras de rios, lagos, lagunas, manguezais e outroscorpos d’água, geralmente com margens ensolaradas; Dieta: alimenta-se de peixes;Reprodução: faz ninho no interior de buracos com cerca de 1,5 m de profundidade, em

barrancos às margens das águas; põe de 3 a 4 ovos; as fêmeas chocam à noite, enquanto ocasal divide a tarefa de dia; período de incubação de 22 dias; os filhotes abandonam o ninhocom 29-30 dias; Comportamento: pousa em galhos expostos ao sol (em alturas variáveisde 2 a 10m), onde passa a maior parte do tempo observando a água; raramente paira no arantes de mergulhar;

Nome Científico: Chloroceryle americana Nome popular: Martim-pescador-pequenoTamanho: 19cm; Características: partes superiores verdes bem escuras contrastando comuma faixa branca saliente e sedosa que liga a base do bico à nuca, onde é atravessada pelopenacho nucal; base das retrizes externas brancas; o macho tem as partes inferiores brancascom

o peito acastanhado, a qual é, respectivamente, amarelado e manchado de verdemetálica(mais larga nas laterais) na fêmea;

Distribuição: presente em todo Brasile

também dosEUA (Texas)

eMéxico à

Argentina;Hábitat: comum em

beiras de riose

lagoscom

vegetaçãoaquática,

lagunase

manguezais;Dieta: come peixes;

Reprodução: faz ninho em buracos escavados em barrancos de rios, com entrada do túnel

bem escondida pela vegetação pendente, em cupinzeiros terrícolas; põe de 3 a 5 ovos; asfêmeas chocam à noite, enquanto o casal divide a tarefa de dia;

ORDEM PICIFORME:

Família Galbulidae:Nome Científico: Galbula ruficauda

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Nome popular: Ariramba-de-cauda-castanhaTamanho: 22cm; 23g;Características: peito verde, garganta branca no macho e ruiva na fêmea; retrizeslaterais ruivas e centrais verdes; bico preto, com aspecto de um punhal, podendo serutilizado como tal;

Distribuição: presente da AM até o PR, encontrado também do México à Bolívia eArgentina;Hábitat: comum em bordas de florestas úmidas (e no interior, próximo a clareiras,capoeiras, margens de rios e brejos) e em matas ralas e secas;Dieta: alimenta-se de insetos como borboletas e abelhas;

Reprodução: faz ninho em buracos escavados e barrancos ou em cupinzeiros nas árvores;põe de 2 a 4 ovos pontilhados de marrom; período de incubação de 20 a 23 dias; os filhotesnascem cobertos de densa penugem esbranquiçada; Comportamento: vive normalmenteaos pares. Caçam a baixa altura na orla e dentro da mata, ao anoitecer;

Família Bucconidae: Nome Científico: Nystalus chacuru Nome popular: João-boboTamanho: 18cm; Características: “orelhas” e; bico volu moso e vermelho; bochechassalientes e colar branco puro, muito destacado, separados por uma área negra; partesinferiores sem desenho negro; imaturo com o ventre manchado de pardo-escuro, com aspartes superiores transversalmente fasciadas de amarelo, bico curto e anegrado;Distribuição: ocorre do alto rio Madeira, AM, MA, nordeste do Brasil e leste do Peru atéRS e também no Paraguai, Bolívia e Argentina; Hábitat: encontrado em ambientes abertos,campos semeados de árvores, cerrado, campos de cultura;

Família Picidae: Nome Científico: Picumnus cirratus Nome popular: Pica-pau-baradoTamanho: 10cm; 11,5g; Características: o macho apresenta vértice e testa escarnados, o

alto da cabeça vermelho, o qual é preto com pintas brancas na fêmea; as penas da nucaformam frequentemente uma pequena crista, partes superiores uniformemente pardas,partes inferiores densamente barradas, desenho preto e branco da cauda, do vértice e danuca; estão entre os mais energéticos batedores e têm pés relativamente gigantescos;imaturos de cabeça parda uniforme; Distribuição: presente localmente na AM brasileira,na região do baixo Rio Amazonas até o MA, e ainda no leste e sul do País até o RS,encontrado também das Guianas à Bolívia, Paraguai e Argentina; Hábitat: comum nointerior e bordas de florestas altas e capoeiras, à altura do subbosque; Dieta: alimenta-seprincipalmente de larvas e pupas de formigas, perfurando popas de imbaúba para retirartambém pequenas formigas adultas;; Comportamento: vive geralmente solitário,acompanhando bandos mistos de aves com frequência;

Nome Científico: Colaptes campestris Nome popular: Pica-pau-do-campo Tamanho: 32cm; Características: o macho, em geral, apresenta uma estreita faixa vermelha naslaterais da cabeça, próximo à parte inferior do bico (faixa malar); espécie grande, terrícola,inconfundível pelo formato e colorido; lados da cabeça e pescoço amarelos com o peitoanterior, sendo este tom mais vivo no macho; manto e barriga barrados, baixo dorso branco;a cor amarela das raques das rêmiges torna-se mais intensa quando muda para a plumagemadulta; partes inferiores frequentemente encardidas por cinzas e substâncias glutinosas de

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gramíneas; Distribuição: presente em regiões campestres do PA (Monte Alegre), AP, e daregião Nordeste até o RS, encontrado também no Suriname, Uruguai, Paraguai, Bolívia eArgentina; Hábitat: comum nos cerrados, caatingas, campos e pastagens, habita também oalto das serras do Sudeste brasileiro, acima da linha das florestas; Dieta: alimenta-seespecialmente de formigas e cupins, conseguidos principalmente no solo, entre pedras;

Reprodução: elabora seu ninho em cupinzeiros terrícolas ou arborícolas, mas nunca emtronco de árvores; Comportamento: vive solitário ou em pequenos bandos;

Nome Científico: Colaptes melanochloros Nome popular: Pica-pau-carijó Tamanho:26cm; Características: o macho possui uma estreita faixa vermelha nas laterais da cabeça,próximo à parte inferior do bico (estria malar); espécie relativamente grande, verde de ladosda cabeça brancos, com vermelho na nuca; partes superiores barradas, partes inferiores comnódoas codiformes, raques das penas amarelas; Distribuição: no Brasil ocorrem 2 raçasgeográficas. Presente desde a foz do rio Amazonas (Ilha de Marajó) até o Nordeste, emdireção sul até o RS e para oeste até o MT, encontrado também no Paraguai, Argentina eUruguai; Hábitat: comum em cerrados, caatingas, campos com árvores e na borda de

florestas de terra firme e florestas de galeria; Dieta: alimenta-se suspenso sob os ramos,desce até os arbustos e o solo para se alimentar de formigas; Comportamento: costumapermanecer no penacho das palmeiras e em galhos;

Nome Científico: Dryocopus lineatus Nome popular: Pica-pau-de-topete-vermelhoTamanho: 33cm; Características: o macho apresenta a região anterior da cabeça e umafaixa próxima ao bico de cor vermelha; a fêmea possui a região anterior da cabeça preta enão tem a faixa vermelha; uma linha branca liga o bico aos lados do peito, gargantamanchada, barriga barrada; Distribuição: presente em todo Brasil e também do México àBolívia, Paraguai e Argentina; Hábitat: habita o interior e as bordas de florestas altas,capoeiras, cerrados, campos e plantações com árvores esparsas; Dieta: insetívoro;

Reprodução: faz ninho escavando buraco em árvores mortas à alturas variáveis entre 2 e30m ou mais; Comportamento: vive solitário ou aos pares, arrancando a casca e“martelando” troncos e galhos maiores em busca de insetos, tanto em árvores vivas comomortas;

ORDEM PASSERIFORME:

Família Formicariidae: Nome Científico: Thamnophilus doliatus Nome popular: Choca-barrada Tamanho: 16cm;Características: macho preto amplamente barrado de branco (amarelo no imaturo), írisamarela; fêmea pardo-ferrugínea quase uniforme com as partes inferiores mais claras elados da cabeça estriados de pardo-anegrado; topete eriçável;Distribuição: ocorre do México à Bolívia, norte da Argentina e Brasil até SP;Hábitat: vive em vários ambientes mais ou menos abertos, habita a capoeira rala bemensolarada, mata de várzea, caatinga, etc.;Reprodução: o ninho tem a forma de um cestinho aberto, confeccionado de fibras,hastes, musgos, etc., suspenso em uma forquilha horizontal; os filhotes abandonam oninho entre 12 e 13 dias;

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Nome Científico: Thamnophilus murinus

Nome popular: Choca-murinaTamanho: 13cm;

Características: macho oliváceo por cima, pequenas marcas brancas nas asas; fêmeacoroa e asa castanhas;Distribuição: encontrado do norte do Solimões e Amazonas, incluindo as florestas emsolo de areia da região do rio Negro;Hábitat: comum em florestas e campos com árvores;Reprodução: o ninho tem a forma de um cestinho aberto, confeccionado de fibras,hastes, musgos, etc., suspenso em uma forquilha horizontal;

Nome Científico: Pyriglena atra

Nome popular: Olho-de-fogo-rendado

Tamanho: 17cm;Características: macho com mancha interescapular branca sempre visível (penasbrancas com uma mancha elíptica negra); fêmea com área branca interescapular;Distribuição: ocorre localmente ao norte do rio Paraguaçu, BA;Hábitat: comum em matas;Reprodução: faz ninho em forma de uma bolsa grande e fechada (de cerca de 10cm dediâmetro) de folhas secas e raízes, assentada no solo ou a pouca altura com entradalátero-superior;Categoria: espécie ameaçada – em perigo;

Família Furnariidae:Nome Científico: Pseudoseirura cristata

Nome popular: Casaca-de-couroTamanho: 23cm;Características: topete alto e colorido inteiramente ferrugíneo-claro com a ponta maisescura; olhos amarelos;Distribuição: presente em 2 regiões distintas: 1) MA, PB, PE, BA e direção sul atéMG; 2) no MT e MS, encontrado também no Paraguai e Bolívia;Hábitat: habita a caatinga seca e paisagens áridas, e florestas de galeria,frequentemente em áreas pantanosas;Reprodução: faz um grande ninho de gravetos junto ao tronco;

Comportamento: vive principalmente no alto de árvores, indo eventualmente ao solopara se alimentar; casal canta em dueto;

Família Dendrocolaptidae:Nome Científico: Xiphocolaptes falcirostris

Nome popular: Subideira-de-bigode

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Tamanho: 29cm;Características: plumagem pálida, nítida faixa supra-ocular amarela, ventredesprovido, ou quase, de barras negras; bico pardo-claro e delgado;Distribuição: ocorre do MA à PR e BA;Hábitat: habita a floresta e mata ribeirinha;

Categoria: espécie ameaçada–

vulnerável;

Nome Científico: Lepidocolaptes angustirostris

Nome popular: Arapaçu-brancoTamanho: 20cm;Características: branco muito vivo na faixa supra-ocular e das partes inferiores;Distribuição: ocorre de Marajó ao resto do Brasil extra-amazônico, Uruguai,Argentina, Paraguai e Bolívia e também nas savanas do Suriname meridional;Hábitat: encontrado no cerrado, caatinga e campos arborizados;Comportamento: sobe as árvores em espiral; associam-se, após a quadra reprodutiva, a

bandos mistos;

Família Tyrannidae:Nome Científico: Capsiempis flaveola

Nome popular: Maria-amarelinhaTamanho: 11cm;Características: esguio, de cauda relativamente longa; extensa faixa superciliar e 2faixas na asa amarelo intenso;Distribuição: comum em todo Brasil até o RS, também da Nicarágua à Bolívia eParaguai;

Hábitat: encontrado em beira de mata, cafezal e restingas;

Nome Científico: Hemitriccus (Idioptilon) striacollis

Nome popular: Sebinho-papo-estriadoTamanho: 10cm;Características: barriga amarelo-intenso, garganta e peito rajados; olho claro,geralmente, tem área loral e anel ocular brancos;Distribuição: encontrado na Amazônia, do Peru a MT, GO e Nordeste;Hábitat: comum em vegetação ribeirinha, taboca, tanto no alto como em baixo,manguezal;

Reprodução: ninhos fechados em forma de uma bolsa suspensa, com entrada lateral,protegida por alpendre;

Nome Científico: Arundinicola leucocephala

Nome popular: ViuvinhaTamanho: 12,5cm;Características: o macho é quase todo preto, com apenas a cabeça e a garganta

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brancas, a fêmea tem partes superiores marrom-acinzentadas, as inferioresesbranquiçadas e apenas a testa branca, base da mandíbula amarelada; geralmentesilenciosa; 1 ou mais primárias são profundamente transformadas de modo diverso,seguramente trata-se de penas sonoras, o fenômeno é geralmente privilégio do macho;Distribuição: presente em quase todo o Brasil, excetuando-se a região nordeste da

Amazônia, encontrada também nos demais países da América do Sul, das Guianas eColômbia à Bolívia, até o Paraguai e Argentina, com exceção do Chile;Hábitat: comum em áreas pantanosas, margens de rios e ilhas fluviais;

Dieta: insetívoro;Reprodução: faz ninho em forma de bola, com entrada ao lado, postos solidamente naramagem sobre a água, nos pântanos, pondo de 2 a 4 ovos branco-amarelados;Comportamento: permanece a maior parte do tempo pousada no alto da vegetação ouem troncos e ramos baixos sobre a água, não se locomove no solo;

Nome Científico: Machetornis rixosusNome popular: Bem-te-vi-carrapateiroTamanho: 18,5cm;Características: pardo-escuro por cima, cabeça cinza; cauda com estreita pontaamarelada;Distribuição: ocorre da Venezuela à Bolívia, Argentina e Uruguai, Brasil merídiooriental ecentral;Hábitat: comum em pastos, campos de cultura, paisagens abertas e parques;Dieta: insetívoro, pousa sobre reses e também corre ao redor da boca do gado parapegar insetos espantados por estes animais;Reprodução: nidificam em buracos ou cavidades, fazem um verdadeiro ninho, com

muito material, dentro do buraco, ás vezes ocupa ninhos de outros pássaros;Comportamento: terrestre, anda no solo;

Nome Científico: Myiarchus ferox 

Nome popular: Maria-cavaleiraTamanho: 19,5cm;Características: geralmente com bico negro; coroa escura; marcas cinza-claro nas asas;Distribuição: presente em quase todo Brasil, excetuando-se o estado de SC, encontradatambém nos demais países da América do Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum em bordas de florestas, capoeiras, florestas de galeria, vegetação nas

margens de rios e lagos, árvores em plantações e clareiras com árvores e arbustosesparsos;Dieta: alimenta-se de insetos capturados na folhagem, e vôo e também no chão, ficam àespreita junto aos olheiros de saúva para devorar as içás que saem para fundar novosninhos; a existência de grandes teias de aranha dentro da mata propicia rica captura deinsetos e leva a defesa de tais locais contra outros interessados;Reprodução: faz ninho em buracos, usualmente forrando-o com restos de pele decobras; põe 2 ovos branco-amarelados com uma faixa de pontos avermelhados em uma

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das extremidades;Comportamento: vive solitária ou aos pares;

Nome Científico: Philohydor lictor 

Nome popular: Bem-te-vizinhoTamanho: 17cm;Características: bico bem comprido e fino, crista amarelo-enxofre, bordas das rêmigesexternas ferrugíneas;Distribuição: presente em grande parte do Brasil, em 2 regiões separadas: 1) em toda aAmazônia (até o MA) e no PI, e em direção sul até o MT e GO, 2) acompanhando acosta, do PE ao RJ, encontrado também no Panamá e nos demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia;Hábitat: é comum em áreas arbustivas nas margens de poças, rios e de lagoas;Reprodução: faz ninho em formato de xícara aberta, em troncos e arbustos baixos,sobre a água; põe 2 ou 3 ovos branco-amarelados pontilhados de violeta;

Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos familiares;

Nome Científico: Pitangus sulphuratus

Nome popular: Bem-te-vi-verdadeiroTamanho: 20,5 a 23,5cm;Características: bico longo e forte, grande sobrancelha branca;Distribuição: presente em todo Brasil e também desde o sul dos EUA a toda a Américado Sul;Hábitat: comum em uma série de ambientes abertos, como cidades, árvores a beira

d’

água, plantações e pastagens, em regiões densamente florestadas habita margens epraias de rios;Dieta: alimenta-se de grande variedade de itens, predominantemente de insetos e frutos,incluindo até mesmo peixes, preda ninhos, gosta de pescar em rios, lagos, piscinas etanques de piscicultores, vasculha as pedras na área de arrebentação no mar para tirarpequenos crustáceos, apanha pererecas, cata insetos noturnos que repousam de dia;Reprodução: faz ninho grande e esférico, do tamanho de uma bola de futebol, usandocomo material, gramíneas, capim seco, paina, etc., com entrada lateral, frequentementeroubam material de outro, localizado numa forquilha em lugares abertos como árvoresde pouca folhagem, a câmara localizada no centro, tem larga entrada, protegida por umalpendre pouco saliente, o teto do ninho é o último a ser construído, já foram

encontrados ninhos em formato de xícara aberta; põe de 2 a 4 ovos de cor creme compoucas marcas marrom-avermelhadas; a incubação é feita pela fêmea sozinha e leva de14 a 15 dias; os filhotes abandonam o ninho após 25 a 26 dias;Comportamento: agressivo e barulhento;

Nome Científico: Megarynchus pitangua

Nome popular: Bem-te-vi-de-bico-chato

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Tamanho: 23cm;Características: bico largo e tarso muito curto;Distribuição: presente em todo Brasil e também do México ao norte da Argentina (nadivisa com Paraguai e Uruguai), não é encontrado, no Chile;Hábitat: comum na copa de árvores em áreas de vegetação semi-aberta, bordas de

florestas e capoeiras, florestas de várzea e margens de rios e lagos;Dieta: faz ninho em formato de xícara aberta e rasa, localizado entre 6 e 30m de altura;põe de 2 a 3 ovos esbranquiçados com manchas marrons e lilás;Reprodução: alimenta-se de grande variedade de insetos e outros invertebrados, nãodispensando, porém, frutos e pequenos vertebrados;Comportamento: vive solitário ou aos pares;

Nome Científico: Myiozetetes cayanensis

Nome popular: MosqueteiroTamanho: 17cm;

Características: píleo com faixa amarela ou alaranjada, bordas das rêmiges nitidamentecor-de-ferrugem; lados bem anegrados da cabeça;Distribuição: presente ao norte do AM, do AP ao rio Negro e do PA, MA e PI até oMS, GO, MG e RJ, encontrado também no Panamá e demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia;Hábitat: comum em clareiras, áreas semi-abertas e bordas de florestas, frequentementepróximo à água;

Dieta: alimenta-se de insetos, em vôos curtos ou na folhagem, juntando-se também emárvores ou arbustos para comer frutos, preda ninhos, gosta de pescar em rios, lagos,piscinas e tanques de piscicultores, vasculha as pedras na área de arrebentação no mar

para tirar pequenos crustáceos, apanha pererecas, cata insetos noturnos que repousam dedia;Reprodução: faz ninho esférico, de gramíneas secas, com entrada lateral, fixado àponta de galhos; a incubação é feita pela fêmea sozinha e leva 14 dias;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos familiares;

Nome Científico: Myiozetetes similis

Nome popular: Mosqueteiro-de-topeteTamanho: 17,5cm;Características: píleo vermelho; pouco ferrugíneo na asa, exceto jovens; sem bordas

avermelhadas nas asas e retrizes;Distribuição: presente em todo Brasil até SC e RS, encontrado também do México àBolívia e Argentina;Hábitat: comum em beira de matas secundária, áreas arborizadas, parques, quintais,independente da água;

Família Hirundinidae:

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Nome Científico: Tachycineta albiventer 

Nome popular: Andorinha-do-rioTamanho: 13,5cm;Características: marcas brancas na asa; imaturo pardo com cinta branca; uropígio,largas bordas das rêmiges internas (e coberteiras superiores correspondentes) e base da

borba interna da retriz externa brancas;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrada em quase todos os países da Américado Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum ao redor de grandes rios e lagos; vive geralmente aos pares ou empequenos grupos, empoleirando-se em galhos logo acima da água;Dieta: alimentam-se de insetos;Reprodução: faz ninho sobre a água, em buracos de árvores mortas e fendas em rochas;põe 4 ovos brancos; por cima, verde a verde-azulado;

Nome Científico: Phaeoprogne tapera

Nome popular: Andorinha-do-campoTamanho: 17,5cm;Características: cor de fuligem, garganta, abdômen e coberteiras inferiores da caudabrancos; sem penas azuis;Distribuição: encontrada em todo Brasil, encontrado também da Argentina, Uruguai,Paraguai e Bolívia;Hábitat: comum em áreas abertas;Dieta: alimentam-se de insetos;Reprodução: ocupa regularmente os ninhos do joão-de-barro, nos quais prepara umatijela macia, utilizando esterco e também num cupinzeiro arbóreo oco;

Nome Científico: Notiochelidon cyanoleucaNome popular: Andorinha-azul Tamanho: 12cm; 12g;Características: azul-escuro e branca, crisso escuro; sem branco no uropígio; imaturopardo por cima, peito amarelado;Distribuição: presente em todo Brasil, aparecendo em menor número na Amazônia,encontrada também da Costa Rica às Guianas e em praticamente toda América do Sul;Hábitat: comum em áreas abertas e semi-abertas, regiões agrícolas;Dieta: alimentam-se de insetos;Reprodução: faz ninhos em pares separados ou em grupos, nos beirais de construçõesou em outros buracos de casas, fendas de penhascos e cortes de estrada; põe de 2 a 4

ovos brancos;Comportamento: vive em grandes bandos;

Família Troglodytidae:Nome Científico: Donacobius atricapillus

Nome popular: JapacanimTamanho: 23cm; 43g;

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Características: asas curtas, redondas, cauda bastante longa e graduada; negro eamarelo, asas e cauda com sinais brancos nas pontas das retrizes; uma área de pele nuaengrossada, amarela, ao lado do pescoço, rugosa quando a ave está quieta, infladaquando canta; imaturo com uma faixa pós-ocular esbranquiçada, íris parda em vez deamarela, e sem a nódoa amarela do pescoço;

Distribuição: presente em todas as regiões do Brasil, ao sul até o MT e PR, encontradotambém no Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção doChile e Uruguai;Hábitat: comum em áreas com gramíneas e outras vegetações pantanosas nas bordas delagos e rios lentos ou pastos úmidos, tabuais e juncais, particularmente associado àvegetação flutuante;Dieta: alimenta-se principalmente de insetos e pequenas aranhas;Reprodução: faz ninho na forma de um cesto profundo, envolvido em teias de aranha,preso ao capim alto ou outras plantas, no brejo ou nas suas margens; põe ovos cor-de-ferrugem-clara; os filhotes têm a boca vermelha e na língua há 3 manchas negras (noadulto a boca é toda negra);

Comportamento: macho e fêmea cantam em dueto;

Família Muscicapidae:Nome Científico: Turdus leucomelas

Nome popular: Sabiá-brancoTamanho: 22cm;Características: cabeça cinzenta-olivácea, “orelhas” rajadas, ferrugíneo na asa,coberteiras inferiores das asas cor de cor ferrugínea intensa, garganta esbranquiçadacom estrias pardacentas; coberteiras inferiores da cauda branca com centrospardacentos; bico anegrado;

Distribuição: ocorre no Brasil meridional e central até a foz do rio Tapajós e ao nortedo baixo Amazonas, também no ES, BA, MG e RJ e das Guianas e Venezuela à Bolívia,Argentina e Paraguai;Hábitat: comum na beira da mata, parques, mata de galeria, coqueirais, cafezais, emflorestas e capoeiras;Reprodução: faz ninho sobre um toco de bananeira ou palmeira, a fêmea constróisozinha; pardacento-claro;Comportamento: espécie semi-florestal;

Família Mimidae: Nome Científico: Mimus gilvus Nome popular: Sabiá-da-praiaTamanho: 26cm; Características: asas com orlas brancas; caudas longa e graduada; lado

superior cinzaclaro (em vez de pardo), fronte, sobrancelhas e lado inferior branco puro,flancos rajados de negro; em plumagem velha o dorso torna-se pardacento e as pontasbrancas das retrizes estão raspadas; íris vermelha; imaturo cinzento; Distribuição: ocorredo México às Guianas e ao litoral brasileiro até RJ; Hábitat: vivem restritas ao litoralarenoso e salino de vegetação esparsa (restinga) e no campo;

Nome Científico: Mimus saturninus

Nome popular: Sabiá-do-campo

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Tamanho: 26cm; 73g;Características: lado superior pardo-escuro, sobrancelha branca, longa faixa pós-ocularanegrada; asas e cauda negro-pardacentas, coberteiras superiores da asa com barrasbrancas, cauda com ponta branca; lado inferior branco, frequentemente amarelado ouarroxeado pela terra, peito acinzentado, flancos rajados; íris às vezes amarela;

Distribuição: presente nas regiões campestres do baixo rio Amazonas e do AP, e MAatravés das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul até o RS, encontrado tambémno Suriname, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina;Hábitat: comum em qualquer paisagem aberta e semi-aberta com árvores ou arbustos,fazendas, ao redor de habitações, caatingas, montanhas, buritizais;Dieta: alimenta-se principalmente de insetos e frutos, mas também de aranhas e maisraramente de minhocas, néctar e flores, as sementes ingeridas são eliminadas intactasatravés das fezes ou por regurgitação, o que o torna um agente dispersor das mesmas,ocasionalmente alimenta-se também de ovos de outros pássaros, atacando os ninhos;Reprodução faz ninho na forma de uma tigela rasa e grosseira, localizada na copa dasárvores, gosta de construir sobre um ninho velho, inclusive de outra ave; põe ovos

esverdeados com manchas cor-de-ferrugem; período de incubação de 12 dias, os filhotesabandonam o ninho com 15 dias; o interior da boca dos filhotes é amarelo-laranja:Comportamento: vive em pequenos grupos;

Família Vireonidae:Nome Científico: Cyclarhis gujanensis

Nome popular: PitiguariTamanho: 16cm; 28g;Características: cabeça grande; bico adunco, alto e pesado, comprimido lateralmente;asas curtas, plumagem fofa, fronte e sobrancelhas marrom-ferrugíneas ou castanhas,

bem destacadas dos lados cinzentos da cabeça; peito verde-amarelado intenso, írisamarela, laranja ou vermelha;Distribuição: presente em todo Brasil e também do México ao Panamá e em todos osdemais países da América do Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum em uma série de hábitats semi-abertos, como bordas de florestas,capoeiras, capões na caatinga, cerrados, parques, quintais bem arborizados e tambémem montanhas;Reprodução: faz ninho de gramíneas, em formato de xícara, no alto; põe de 2 a 3 ovosbranco-rosados com pintas e manchas marrons;

Comportamento: fica escondido na densa folhagem em altura média ou na copa; mais

numeroso em regiões áridas, vive aos pares e costuma acompanhar bandos mistos.Silvícola;

Família Emberezidae:Nome Científico: Geothlypis aequinoctialis

Nome popular: Pia-cobraTamanho: 13,5cm, 11g;

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Características: o macho apresenta o alto da cabeça cinza com uma máscara preta àaltura dos alhos, píleo cinzento; a fêmea não possui a máscara preta, apresentando oslados da cabeça oliváceos e o alto menos cinzento; o macho apresenta coloridoextremamente variado, enquanto as fêmeas e imaturos têm cores modestas e indefinidas;cauda longa e larga;

Distribuição: presente no Brasil e 2 regiões separadas: 1) tanto ao norte do rioAmazonas, do rio Negro para leste até o AP, quanto ao sul, do baixo rio Madeira, paraleste até o MA, 2) do sul do PI e BA para oeste até o TO e em direção sul até o RS,encontrado também da Costa Rica e Panamá à quase totalidade dos países da Américado Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum em brejos com arbustos, buritizais, na vegetação à beira de rios,florestas alagadas de galeria, em restingas secas e pastos;Dieta: alimenta-se de insetos;Reprodução: faz ninho em forma de tigela aberta, funda, bem trabalhada, em moitas decapim, sobretudo no brejo; põe 2 ovos esbranquiçados com manchas violetas evermelhas;

Comportamento: espécie paludícola. Vive escondido em moitas de vegetação;

Nome Científico: Coereba flaveola Nome popular: Cambacica Tamanho: 11cm; 10g;Características: sexos semelhantes, o macho é maior; sobrancelha branca; bico de sovela,curvo e extremamente agudo, capaz de furar as flores; garganta cinzenta e barriga amarelo-limão; o imaturo quase não tem sobrancelhas e seu lado inferior é cinzento; Distribuição:evoluíram várias raças geográficas; presente em quase todas as regiões do País pode estarausente de regiões extensivamente florestadas, como no oeste e centro da Amazônia,encontrada também do México ao Panamá e em todos os países da América do Sul, comexceção do Chile; Hábitat: comum em uma grande variedade de hábitats abertos e semi-

abertos onde existam flores, inclusive em quintais, em todos os tipos de mata secundária;Dieta: alimenta-se de néctar e frutas – antófila/nectarívora; Reprodução: faz ninhoesférico que pode ser de 2 tipos, segundo sua finalidade: 1) construído pelo casal parareprodução, o qual é relativamente alto e bem acabado, de acesso pequeno e dirigido parabaixo, coberto por longo alpendre que veda a entrada e leva de 6 a 8 dias para ficar pronto,2) construído para descanso e pernoite, o qual é menor, de construção frouxa e com entradalarga e baixa; põe de 2 a 3 ovos brancoamarelados, com pintas marrom-avermelhadas; aincubação é feita exclusivamente pela fêmea e leva de 12 a 13 dias; o interior da boca dosninhegos é vermelho; o macho ajuda na alimentação dos filhotes, que regurgita a ração; osfilhotes abandonam o ninho com 17 a 19 dias;Comportamento: vive solitária ou aos pares e é bastante ativa. Devido ao contato

frequente com o néctar, tomam banho muitas vezes; bebe água nas imbricações defolhas; limpa o bico passando-o de lado num galho; usa ocasionalmente formigas parapassar nas penas – formicar. Briguentas. Polinizadoras;

Nome Científico: Tachyphonus rufus

Nome popular: Tiê-pretoTamanho: 18cm;

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Características: o macho tem uma plumagem negra sedosa uniforme exceto pelasdragonas e coberteiras inferiores da asa e axilares brancas; a fêmea e o imaturo sãopardo-ferrugíneos uniformes mais claros nas partes inferiores;Distribuição: presente no estado do AP e do rio Tapajós ao MA, em todo o Nordeste e,em direção sul, até o MS, MG e SP, encontrado também na Costa Rica, Panamá,

Colômbia, Venezuela, Guianas e Peru;Hábitat: comum em clareiras, bordas arbustivas de florestas e outros locais comvegetação arbórea, principalmente em áreas úmidas e próximas à água;Dieta: alimenta-se de frutinhas ou insetos pousados;Reprodução: faz um ninho grosseiro, em formato de xícara, localizado em arbustosbaixos; põe 2 ovos cor-de-ferrugem-clara com pintas marrons;Comportamento: vive à altura média e baixa; vive quase sempre aos pares, nos estratosbaixo e médio da vegetação, raramente juntando-se a bandos mistos; às vezes vaitambém ao solo;

Nome Científico: Sericossypha loricataNome popular: Tiê-de-peito-pretoTamanho: 23cm; 72,5g (macho);Características: preto-brilhante, macho com garganta e papo escarlate (ausente noimaturo); bico grosso e curvo, com a cauda relativamente curta; bases das penas dorsaise do flanco brancas; fêmea preta uniforme, faltando-lhe também as partes brancas;macho novo sem placa escarlate, mas já se reproduzindo nesta plumagem;Distribuição: endemismo interessante do Nordeste do Brasil, do MA a AL, BA, MG eGO;Hábitat: comum em árvores à beira de cursos d’água e matas;Reprodução: escondem seu ninho num penacho de coqueiros ou em buracos de

árvores, utiliza também ocos feitos por pica-paus ou ocupa o montão de galhos decasaca-de-couro, Pseudoseisura cristata;

Nome Científico: Ramphocelus bresilius

Nome popular: Tiê-sangueTamanho: 19cm; 31g (macho);Características: o macho é vermelho intenso com asas e cauda pretas, apresentandouma mancha branca na parte inferior do bico e sua plumagem só é adquirida no segundoano de vida; a fêmea é marrom-cinzenta nas partes superiores e marrom-avermelhadanas inferiores; macho imaturo semelhante à fêmea na plumagem, mas de bico

totalmente negro e não pardo como ela;Distribuição: encontrado exclusivamente no Brasil oriental, da PB a SC;Hábitat: comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações;Dieta: frutívora e disseminadora de semente;

Reprodução: a fêmea trabalha sozinha na construção do ninho; põe ovos verdeazuladoslustrosos, com pintas pretas; os filhotes são alimentados pelos pais que trazema ração no bico;

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Comportamento: vive mais aos pares do que em pequenos grupos;

Nome Científico: Thraupis sayaca

Nome popular: Sanhaço-do-mamoeiro

Tamanho: 17,5cm; 42g (macho);Características: cinzento, ligeiramente azulado com as partes inferiores um pouco maisclaras; dragonas, bordas das rêmiges e retrizes azuis esverdeadas pouco destacadas;Distribuição: Brasil oriental e central, do MA ao RS, GO e MT, e também na Bolívia,Paraguai, Argentina, Uruguai, Venezuela e Colômbia;Hábitat: comum em ambientes mais ou menos abertos com árvores, em campos;Reprodução: o ninho é geralmente um cesto aberto e bem elaborado colocado naramagem a várias alturas; o macho e a fêmea trabalham juntos na construção do ninho;ovos fortemente mosqueados que mal deixam ver o campo branco-amarelado; osfilhotes são alimentados pelos pais que trazem a ração no bico;

Nome Científico: Thraupis palmarum

Nome popular: Sanhaço-do-coqueiroTamanho: 18cm;Características: esverdeado, dorso sepiáceo, área amarela na asa;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrado também de Honduras ao Panamá eem grande parte da América do Sul, incluindo todos os demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia – e o Paraguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas, capoeiras arbóreas,bosques, jardins, áreas povoadas ou regiões agrícolas, especialmente onde palmeirassejam numerosas;

Dieta: alimenta-se de frutos e insetos, apresenta preferência por palmeiras de váriasespécies, alimentando-se de insetos na base de suas folhas;Reprodução: faz ninho em formato de tigela, escondem-no num penacho de coqueirosou em buracos de árvores, às vezes constroem entre grandes bromeliáceas epífitas; omacho e a fêmea trabalham juntos na construção do ninho; põe 2 ovos; os filhotes sãoalimentados pelos pais que trazem a ração no bico;Comportamento: vive em grupos de cerca de 6 indivíduos, tanto em áreas úmidascomo secas;

Nome Científico: Euphonia chorotica

Nome popular: ViviTamanho: 9,5cm; 8g (macho);Características: o macho tem o alto da cabeça e garganta roxos, testa e píleo amarelos,demais partes superiores azul-metálico e inferiores amarelas; tem nódoas brancas nas 2retrizes mais externas de cada lado; bico fino; a fêmea apresenta as partes superioresoliváceas e inferiores branco-acinzentadas, fronte amarelada e ventre frequentementebranquicento; moela degenerada, apenas um tubo largo e curto de paredes elásticas – “não tem intestino” – a comida passa do esôfago ao intestino delgado;

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Distribuição: presente em quase todo Brasil, na AM principalmente ao longo do rioAmazonas, no AP e no sul do PA, encontrado também nas Guianas, Venezuela,Colômbia, Peru, Bolívia, Argentina e Paraguai;

Hábitat: comum em bordas de florestas e clareiras adjacentes, florestas de galeria,

caatingas e campos com árvores, mata baixa e rala, cerrado, cocais e mata serrana;Dieta: alimentam-se de frutinhas ou insetos pousados;Reprodução: ninhos esféricos, com entrada lateral, são postos em lugares abrigadoscomo no meio do penacho de um coqueiro, entre gravatás, epífitas ou na massatrançada, às vezes também ocupam ninhos de outros pássaros; o macho e a fêmeatrabalham juntos na construção do ninho; ovos brancos com pontinhos ferrugíneos; osfilhotes são alimentados pelos pais que regurgitam a ração sob a forma de papa;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos e, às vezes, participa debandos mistos de aves;

Nome Científico: Euphonia violaceaNome popular: Gaturamo-verdadeiroTamanho: 12cm; 15g (macho);Características: o macho tem as partes superiores azul-metálicas, uma mancha amarelana testa e as partes inferiores amarelas, as 2 retrizes mais externas de cada lado comgrande nódoa branca; vexilo interno das secundárias com branco; a fêmea apresenta aspartes superiores verde-oliváceas e as inferiores amarelo-oliváceas; moela degenerada,apenas um tubo largo e curto de paredes elásticas – “não tem intestino” – a comidapassa do esôfago ao intestino delgado;Distribuição: presente na AM brasileira, a leste dos rios Negro e Madeira, no Nordeste(excetuando-se a área da caatinga), e em direção sul até o RS, encontrado também nas

Guianas, Venezuela, Argentina e Paraguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, florestas de galeria, fruteiras em plantações,clareiras e jardins, evitando áreas abertas mais áridas;Dieta: alimenta-se de pequenos frutos, são capazes de pairar no ar para apanhar umafrutinha ou inseto pousado;Reprodução: seus ninhos esféricos, com entrada lateral, são postos em lugaresabrigados como no meio do penacho de um coqueiro, entre gravatás epífitas ou namassa trançada, às vezes também ocupam ninhos de outros pássaros; o macho e a fêmeatrabalham juntos na construção do ninho; ovos brancos com pontinhos ferrugíneos; osfilhotes são alimentados pelos pais que regurgitam a ração sob a forma de papa;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos e se junta com frequência a

bandos mistos de aves. O macho costuma imitar as vocalizações de uma grandevariedade de espécies;

Nome Científico: Tangara cayana

Nome popular: Saíra-amarelaTamanho: 14cm;Características: fêmea mais pálida e sem qualquer preto; predomina a cor amarelo-

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prateado, “máscara” negra, centro das partes inferiores preto, asas e cauda azuis;Distribuição: ocorre das Guianas e Venezuela à Amazônia, Brasil central e Nordesteaté o PR e Paraguai;Hábitat: comum em áreas semi-abertas, capoeira, cerrado, quintais;Reprodução: os filhotes são alimentados pelos pais que trazem a ração no bico;

Nome Científico: Dacnis cayana

Nome popular: Saí-azul Tamanho: 13cm; 16g;Características: bico curto e pontudo; o macho é azul-turquesa com a garganta, costas,asas e cauda pretas e pernas rosa; a fêmea é verde-brilhante com cabeça azulada epernas laranja, garganta cinzenta;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrado também de Honduras ao Panamá eem quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, capoeiras arbóreas, campos com árvoresesparsas, florestas secas e de galeria;

Dieta: procura insetos ativamente na folhagem ou alimentando-se de frutos em árvorese arbustos, também se alimenta do néctar de flores;Reprodução: faz ninho na forma de uma xícara profunda, suspenso em forquilhas,entre 6 e 15m de altura; põe 2 ovos esbranquiçados com manchas escuras;Comportamento: vive normalmente aos pares ou em pequenos grupos, acompanhabandos mistos com regularidade;

Nome Científico: Sporophila lineola

Nome popular: BigodinhoTamanho: 11cm;

Características: o macho é preto nas partes superiores e branco nas inferiores, comuma faixa branca no alto e outra em cada lateral da cabeça, próximo ao bico (lembrandoum bigode, o que lhe valeu o nome popular), a fêmea é amarronzada, mais clara naregião inferior, cauda alongada e bico pequeno com mandíbula amarelo-clara;Distribuição: presente no Brasil, como residente, nos estados do PR, SP, MT, GO, ES eBA, durante o inverno na região sul migra para a Amazônia e para os estados doNordeste, no ES e PR aparece em dezembro para nidificar e desaparece em março eabril, começando a surgir no leste do MA e PI a partir de maio, encontrado também naArgentina, Paraguai e Bolívia como residente, e nos demais países da Amazônia -Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia;Hábitat: comum em clareiras arbustivas, plantações, descampados, bordas de capoeiras

e áreas com gramíneas altas, principalmente nas proximidades da água;Dieta: come sementes;Comportamento: vive em pares espalhados durante o período reprodutivo, reunindoem grupos pequenos ou grandes;

Nome Científico: Sporophila nigricollis

Nome popular: Papa-capim

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Tamanho: 11cm;Características: o macho possui um capuz preto na cabeça, garganta, pescoço e peito,contrastando com as partes superiores e asas oliváceas e com as partes inferioresamarelo-pálidas ou brancas, cauda negra, espéculo ausente e bico cinzento-claro; afêmea é olivácea nas partes superiores e amarelada nas inferiores, garganta

esbranquiçada;Distribuição: presente em grande parte do Brasil, em direção sul até o PR, excetuandose aregião Amazônica entre o oeste do MT e RO e, em direção nordeste, até o AP,encontrado também da Costa Rica ao Panamá e na Guiana, Venezuela, Suriname,Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Argentina;Hábitat: comum em clareiras arbustivas, campos de cultivo, beiras de estrada ecapinzais altos;Dieta: alimenta-se de sementes;

Reprodução: faz ninho de gramíneas, em formato de xícara, com paredes finas,localizado em arbustos baixos ou árvores pequenas; põe 2 ou 3 ovos esverdeados ou

amarelados com muitos pontos marrons;Comportamento: vive aos pares espalhados durante o período reprodutivo, reunindo-seem grupos fora deste, misturando-se frequentemente a outros pássaros;

Nome Científico: Sporophila albogularis

Nome popular: BrejalTamanho: 10,5cm;Características: o macho possui a cabeça enegrecida e o restante das partes superiorescinza, a garganta e lados do pescoço brancos, cuja tonalidade estende-se para cima,formando um colar incompleto na nuca, colar peitoral negro, bico alaranjado, uropígio e

espéculo brancos; a fêmea é marrom-acinzentada nas partes superiores e amarela-esbranquiçada nas inferiores;Distribuição: encontrado exclusivamente no Brasil, no PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE eBA;Hábitat: comum na vegetação arbustiva e em veredas úmidas da caatinga;Dieta: alimentam-se de sementes;Comportamento: vive em pequenos grupos fora do período reprodutivo;

Nome Científico: Sporophila bouvreuil

Nome popular: Caboclinho

Tamanho: 10cm;Características: após o período reprodutivo os machos mudam para uma vestimenta dedescanso reprodutivo ou eclipse, tornando-se semelhantes às fêmeas, a cor do bicotambém muda, passando do negro para o amarelo, macho de partes superiores parso-acinzentado-claras com apenas o boné negro, partes inferiores esbranquiçadas às vezescambiando para o rosado ou amarelado, fêmea e jovens são pardos, os machos jovensgeralmente reconhecíveis por possuírem especulo maior e bico anegrado;Distribuição: ocorre do Brasil setentrional e oriental, da desembocadura do rio

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Amazonas ao nordeste de SP e GO, ocorre também na Argentina e Paraguai;Hábitat: comum em campos com gramíneas altas, cerrados abertos e áreas pantanosas;Dieta: alimentam-se de sementes;Comportamento: fora do período reprodutivo, vive em grupos, às vezes grandes,frequentemente em meio a outras espécies;

Nome Científico: Paroaria dominicana

Nome popular: Galo-de-campinaTamanho: 17cm;Características: fêmea com o occiput menos arrepiado; imaturo com partes superiorespardo-anegradas, barriga branca e garganta ferrugíneo; plumagem da cabeça vermelha,curta e ereta aparentando ser uma pelúcia, sobretudo na nuca do macho; não possuigravata negra; partes superiores cinzentas exceto o dorso anterior que é composto depenas negras no ápice e brancas na base; dorso posterior e coberteiras superiores dasasas manchadas de negro; maxila anegrada, mandíbula cinzento-clara;

Distribuição: ocorre do Nordeste do Brasil, do sul do MA ao interior de PE e BA;Hábitat: encontrado na caatinga, mata baixa rala e bem ensolarada e áreas abertas comárvores;Comportamento: para comer anda e saltita no solo;

Nome Científico: Saltator maximus

Nome popular: Trinca-ferroTamanho: 19,5cm;Características: sem dimorfismo sexual; esverdeado por cima, garganta anterior brancae garganta posterior e coberteiras inferiores da cauda ferrugíneas, estria malar e bicopretos;

Distribuição: presente em toda a Amazônia e nas regiões central e leste do Brasil,estendendo-se para o sul até o MT, SP e RJ, encontrado também do México ao Panamá,em todos os demais países amazônicos -Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Perue Bolívia – e no Paraguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas com árvores isoladas,capoeiras e plantações, principalmente em regiões mais úmidas;Dieta: alimenta-se principalmente de frutos;Reprodução: faz um ninho grosseiro com gravetos, folhas e gramíneas, em formato detigela profunda; põe 2 ovos azul-claros manchados, com período de incubação variandode 12 a 15 dias;Comportamento: vive solitário ou aos pares;

Nome Científico: Passerina brissonii ou Cyanocompsa cyanea

Nome popular: Azulão-verdadeiroTamanho: 15,5cm;Características: forte bico preto; macho totalmente azul-escuro na fronte, sobrancelha,máculas do loro e parte das coberteiras superiores da asa azuis brilhantes; fêmea eimaturo são pardos uniformes um pouco mais claros nas partes inferiores;

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Distribuição: ocorre do Nordeste ao RS, Brasil central (GO, MT até o rio das Mortes eCuiabá), encontrado também na Bolívia, Paraguai e Argentina, norte da Venezuela eColômbia;Hábitat: encontrado em áreas mais ou menos abertas, nas brenhas e beira de pântanos,formações secundárias espessas, plantações, sobe o topo de arbustos e árvores de altura

média;Dieta: semente de capim de preferência, ainda verde; pequenas frutas silvestres eadoram todo tipo de insetos, o bico é forte, mas aprecia muito as comidas macias;Reprodução: procriam do início da primavera até o início do outono (coincidente com

o período chuvoso e com a choca na natureza), ou seja; de setembro a março. Cada casaldemarca a sua área e não permite a presença de outros adultos da mesma espécie. O númerode ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3. O período de incubação é de 13 diase os filhotes abandonam o ninho com 16 dias e separam-se dos pais com 35 dias. Cadafêmea choca 4 vezes por ano; Comportamento: no período de acasalamento, param decantar, fazem a muda anual e juntam-se em bandos, os adultos e os jovens. Este

procedimento os ajuda na tarefa de alimentação nos meses de escassez. Territorialista;Tempo de vida: por volta de 20 anos;

Nome Científico: Icterus cayanensis

Nome popular: PegaTamanho: 21cm; 43g;Características: os sexos são semelhantes no colorido; corpo delgado, cauda longa,bico curto e fino; negro, o “ombro” (dragona) varia na cor, conforme a região;

Distribuição: presente em quase todo Brasil, com exceção da região amazônica aonorte do rio Amazonas e oeste do rio Negro, encontrado também nas Guianas, Peru,

Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina;Hábitat: comum em capoeiras, bordas de florestas, clareiras, florestas de galeria epalmeiras, tanto em regiões úmidas quanto secas;Reprodução: faz um ninho largo, em forma de bolsa, suspensa num galho ou nasextremidades de folhas de palmeiras, relativamente curto e frouxo, feito de talos largos,secos, que se destacam pelo seu colorido amarelo;Comportamento: vive solitário, aos pares e, eventualmente, em bandos, às vezes juntoa bandos mistos;

Nome Científico: Icterus icterus ou Icterus jamacaii

Nome popular: SofrêTamanho: 23cm;Características: os sexos são semelhantes no colorido; representado em 2 formasgeográficas;Distribuição: encontrado no Brasil, do leste do PA, MA, CE e PE estendendo-se para ooeste até GO, e para o sul até BA e MG, e também da Guiana e Venezuela à Bolívia eParaguai;Hábitat: comum em áreas de caatinga a zonas secas abertas, e também em bordas de

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florestas e clareiras, nos locais mais úmidos;Reprodução: raramente constrói seu próprio ninho, nidoparasitismo - durante areprodução costuma ocupar os ninhos fechados de gravetos secos de furnarídeos;Comportamento: vive aos pares. Alimenta-se a várias alturas, com preferência para avegetação mais baixa. Não costuma acompanhar bandos mistos de aves;

Nome Científico: Gnorimopsar chopi

Nome popular: Pássaro-pretoTamanho: 21,5 a 25,5cm;Características: negro uniforme com brilho de seda, penas na cabeça estreitas epontudas; bico negro, com a base sulcada; possui penas endurecidas brilhantes no píleo;fêmea e imaturo cor-de-canela;Distribuição: excluindo-se a Amazônia, onde está presente apenas no leste do PA eMA, é encontrado em todo restante do País, encontrado também no Peru, Bolívia,Paraguai, Argentina e Uruguai;

Hábitat: comum em áreas agrícolas, buritizais, pinheirais, pastagens e áreas pantanosas-sua presença está associada a palmeiras;Dieta: gostam de remexer nos excrementos de gado (“vira -bosta”), talvez à procura degrãos não digeridos pelos bovinos e não em busca de larvas de mosca, apanham insetosatropelados nas estradas;Reprodução: faz ninho em árvores ocas, troncos de palmeiras, ninhos de pica-pau, emmourões, dentro do penacho de coqueiros e nas densas copas dos pinheiros, utilizandotambém ninhos abandonados de joão-de-barro, ocupa buracos também em barrancos ecupinzeiros terrestres, às vezes faz um ninho aberto, situado em uma forquilha de umgalho distante do tronco, em uma árvore densa e alta;Comportamento: vive normalmente em pequenos grupos que fazem bastante barulho;

Nome Científico: Molothrus banariensis Nome popular: Chopim Tamanho: macho:21cm, fêmea: 16,5cm; 42-52g;Características: o sexo é reconhecível já na plumagem juvenil: macho anegrado, fêmeamarrom-fuligem; macho azul-violeta fortemente brilhante, asas esverdeadas reluzentes;fêmea pardo-fuligem, de dorso negro, há muita variação em tamanho (também dos machos)e colorido, ocorrem fêmeas totalmente negras, porém menos reluzentes do que os machosadultos; imaturo de lado superior negro sem brilho (macho) ou pardacento manchado(fêmea), lado inferior em ambos mais ou menos rajado de esbranquiçado e negro;Distribuição: ocorre do Panamá e das Antilhas, através da maior parte da América do Sul,

até a Argentina e Chile e em todas as regiões do Brasil; Hábitat: comum em áreas abertas,campos de cultura e pastos; Dieta: gostam de remexer nos excrementos de gado (“vira -bosta”), talves à procura de grãos não digeridos pelos bovinos e não em busca de larvas demosca, apanham insetos atropelados nas estradas; Reprodução: espécie parasita de ninho,seus filhotes desenvolvem-se mais rápido – entre 11-12 dias -e o ciclo reprodutivo dura 3meses ininterruptos, possibilitando que o parasita se aproveite de qualquer oportunidadepara pôr num dos ninhos das suas vítimas; polígamos; os ovos são extremamente variáveis,há 2 tipos básicos de forma oval e redondo, às vezes quase esférico, a casca pode ser sem

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brilho ou lustrosa, a coloração, em muitos casos, é de um tom geral vermelho-claro ouverde, coberto de manchas e pintas, aparecem também ovos uniformemente branco-esverdeados, uma fêmea não põe mais de um ovo em cada ninho, mas que até 7 fêmeasvisitam o mesmo ninho; uma fêmea pode colocar de 4 a 5 ovos ou até mais, havendoapenas um intervalo de 2 a 3 dias entre as posturas; as fêmeas costumam bicar os ovos que

encontram (ato praticado também por machos que participam na busca de ninhos), ás vezeslançam ovos para fora do ninho; Comportamento: vive em bandos;

Família Passeridae: Nome Científico: Passer domesticus Nome popular: PardalTamanho: 15 cm com cauda, 30g; Características: Cabeça e pescoço cinza-chumbo.Listra branca sobre as asas. Peito e ventre brancos, seu bico curto e cônico. macho:“gravata” e bico negros (torna -se amarelado durante o descanso reprodutivo) e píleocinzento uniforme, sem riscos pretos que nunca forma um topete; fêmea e imaturo: partesinferiores branco-sujo uniforme, bico grosso e pardo, plumagem pardacenta, faixa pós-ocular clara; Distribuição: É nativo da Europa e Norte a África. Foi introduzido no Sul daÁfrica, América do Sul, Austrália, Nova Zelândia, e América; Hábitat: cosmopolita -

alimenta-se de insetos, incluindo os nocivos (piolhos-de-plantas, lacerdinhas, lagartas earanhas), cupins e formigas em revoadas e pequenas borboletas, aproveita-seocasionalmente da ação das formigas-de-correição, costumam procurar restos de comidanas latas e montes de lixo; Dieta: comem vários tipos de sementes e completam a dieta comalguns insetos e frutas; Reprodução: formam pares monógamos para cada estação deprocriação. São construídos ninhos entre fevereiro e maio. Este lugar pode ser o oco de umaárvore no campo, o beiral de um telhado ou a saliência de um edifício na cidade. Sãoconstruídos ninhos de vegetação seca, penas, cordas, e papel, esférico e mal arrumado,meio grande e com entrada lateral, geralmente em boa altura, providencia rico estofamentocom capim, algodão e farrapos, atapeta o interior da câmara com penas; o ninho é utilizadomais de uma vez. Colocam de um a quatro ovos. Machos e fêmeas incubam os ovos para

períodos pequenos de alguns minutos cada. Incubação dura durante 10 a 14 dias e é feitapelo casal. Depois que os ovos forem chocados, machos e fêmeas alimentam o jovem porregurgitação. Os filhotes nascem nus, abandonam o ninho, com 10 dias ou mais, passampor uma dieta mais vegetariana; os filhotes frequentemente regressam ao ninho paternopara dormir nele durante algum tempo; consta que os casais ficam acasalados pela vidainteira; Comportamento: tomam banho n’água e poeira; dormida coletiva; Categoria:Segunda ou terceira ave mais numerosa do Mundo; Predadores naturais: falcões ecorujas, gatos, cachorros, e muitas serpentes alimentam-se dos filhotes e ovos;

Filo Chordata -Classe Mammalia

Os mamíferos formam o grupo mais evoluído dos cordados. Todos apresentam o corpocoberto de pêlos e sangue quente. As fêmeas têm glândulas mamárias, que fornecem leitepara alimentar as crias, donde resulta o nome do grupo. Os cuidados com a prole são osmais desenvolvidos.

As suas características principais são: pele coberta de pêlos e com muitas glândulas(sebáceas – lubrificam e impermeabilizam o pêlo, sudoríparas – auxiliam a regulação da

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temperatura e a excreção de sais, odoríferas e mamárias – geralmente mais numerosas queo número médio de crias por ninhada) e camada de gordura subcutânea.

O conjunto do coberto piloso designa-se pelagem, em que cada um cresce a partir de umfolículo, tal como as penas das aves ou as escamas dos répteis. Algumas espécies são

cobertas de pêlos reduzidos, mas estes são sempre mudados periodicamente (cada pêlo émudado individualmente, formando-se um novo a partir do mesmo folículo). Produzidaspela epiderme são também estruturas como as garras, unhas e cascos (que crescempermanentemente a partir da base para compensar o desgaste), bem como chifres e cornos(com centro ósseo e permanentes) e armações (caem anualmente);

O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo cartilagem apenas nas zonas articulares.O crânio tem dois côndilos occipitais e cada metade da mandíbula é formada por apenas umosso (dentário), onde se implantam dentes em alvéolos. O focinho é geralmente estreito. Otronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma caixa torácica muito eficientenos movimentos respiratórios.

Possuem quatro patas (exceto cetáceos, onde não existem membros posteriores) com 5dedos (ou menos) com garras, unhas, cascos ou almofadas carnudas e adaptadasvariadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar. As extremidades localizam-sepor baixo do corpo e não para o lado como nos répteis, o que não só sustenta melhor o pesodo corpo, mas também permite maior velocidade e reflexos.

Os olhos possuem pálpebras móveis e membrana nictitante (apenas em alguns), ouvidoscom pavilhão auditivo externo carnudo e móvel. O sentido do olfato é muito desenvolvido.A informação táctil provém não só da superfície do corpo, mas também de vibrissas oubigodes. Na língua localizam-se receptores do gosto em papilas especializadas. Cérebro ecerebelo grandes são responsáveis pelo alto grau de coordenação em todas as atividades,aprendizagem e memória retentiva.Todas as células são excitáveis ou irritáveis. Resulta desse fato que todos os organismossão sensíveis a alterações ambientais e a estímulos de diversas fontes. Devido ácomplexidade de estímulos, internos e externos, que recebe, um animal necessita de umsistema nervoso, para perceber, transmitir a todo o corpo e efetuar respostas adequadas aesses mesmos estímulos. Este sistema funciona igualmente como coordenador e integradoras funções das células, tecidos, órgãos e aparelhos, de modo a que se obtenha um todo quefuncione como uma unidade.

O sistema digestivo é formado pela boca, que é separada da cavidade nasal pelo palatoduro, com língua móvel e dentes grandes e diferenciados, em relação aos hábitosalimentares, e implantados em alvéolos. Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, sãogeralmente de 4 tipos (incisivos para cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, pré-molares e molares para esmagar o alimento);

De acordo com o regime alimentar, o tubo digestivo pode apresentar adaptaçõesespecíficas. Nos carnívoros e omnívoros o estômago é um saco de paredes musculosas ecom glândulas produtoras de ácido clorídrico e enzimas. A parede do estômago não édestruída por estes fluidos devido á proteção da mucina, outra secreção gástrica. Nos

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herbívoros o intestino é proporcionalmente maior, pois os vegetais são menos nutritivos ede digestão difícil, devido á celulose. Dado que nenhum vertebrado produz enzimascapazes de hidrolisar este polissacárido muitos herbívoros albergam bactérias em diversoscompartimentos, nomeadamente no ceco ou no próprio estômago, que nesse caso ésubcompartimentado. Deste modo, estes animais ingerem maiores quantidades de

alimentos, que permanecem muito tempo no tubo digestivo.O alimento introduzido na boca progride no tubo pelos movimentos peristálticosinvoluntários. Embora a digestão se inicie na boca, é no estômago e intestino delgado queela se processa, com intervenção de grande variedade de enzimas. Estas são produzidas porglândulas gástricas e intestinais, além de órgãos anexos como as glândulas salivares,pâncreas e fígado (a bílis não apresenta, no entanto, enzimas).

A absorção é facilitada pela presença no intestino delgado de pregas – válvulas coniventes– cobertas com vilosidades intestinais em forma de dedo de luva, cujas células epiteliaisainda apresentam microvilosidades. Todo este conjunto aumenta grandemente a área de

contacto entre os alimentos e a parede, facilitando a absorção, que se realiza por difusão oupor transporte ativo.

O sistema respiratório é exclusivamente pulmonar, laringe com cordas vocais (excetogirafas). O coração e pulmões são separados da cavidade abdominal pelo diafragmamuscular completo. Os pulmões muito elásticos estão alojados na caixa toráxica. Aventilação não é contínua, mas faseada, pois o ar entra e sai pelo mesmo percurso e érealizada pela variação de volume da caixa torácica e diafragma. A eficiência de trocas ébaixada pelo fato de o ar não sair totalmente dos pulmões obtendo-se uma mistura de arfresco e residual.

O coração possui 4 câmaras totalmente divididas, duas aurículas e dois ventrículos (cujasparedes não são igualmente musculadas), sem possibilidade de mistura de sangue arterial evenoso. Por este motivo, estes animais apresentam circulação completa, sendo a metadedireita do coração atravessada exclusivamente por sangue venoso e a esquerda por sanguearterial. Do ventrículo esquerdo o sangue passa para a aorta, que nas aves descreve a crossapara a direita e nos mamíferos para a esquerda. O sangue regressa ao coração pelas veiascavas. O fato das células destes animais receberem um sangue mais oxigenado e com maiorpressão que as dos répteis ou anfíbios, faz com que apresentem uma maior capacidadeenergética e permita a homeotermia – regulação da temperatura do corpo.

Os são sexos separados e a fecundação é interna. Os machos apresentam órgão copulador(pênis) e os testículos estão geralmente num escroto externo ao abdômen. Os ovosamnióticos são geralmente minúsculos e retidos no corpo da fêmea para odesenvolvimento, com a ajuda de uma placenta. Após o nascimento as crias sãoalimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da fêmea. Este métodoreprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes, permiteum grande sucesso, pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dosdescendentes. Os mamíferos mais primitivos, como o equidna, ainda produzem ovossemelhantes aos dos répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma

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bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe.

ORDEM PRIMATES:

Família Callithricidae: Nome Científico: Callithrix jacchus jacchus Nome popular:Mico-estrela-de-tufo-branco Tamanho: até 30cm, mais 35cm de cauda e com até 240g;Características: Cabeça marrom escuro dominada por enormes tufos de pêlos brancos nasorelhas e ouvidos; testa com mancha branca; ombros cinza; quarto traseiro e cauda cinzalistrados de branco; peito, ventre e patas cinzas, cauda não-preênsil, unhas longas com aforma de garras (exceto o polegar), 32 dentes; Distribuição: América do Sul e AméricaCentral são encontrados desde a Zona do Canal, no Panamá, até o Estado do Paraná, masnão ocorrem na Venezuela e em certas áreas da Colômbia e Guianas; Hábitat: Encontradoem florestas nativas, áreas de reflorestamento, nos parques das cidades, caatinga; Dieta:Alimentam-se de insetos, frutas, ovos e exultado de árvores; Reprodução: de 1 a 3 filhotes,período de gestação de 150 dias. O parto acontece normalmente à noite. Com 30 dias devida, os filhotes começam a comer um pouco de comida: insetos, ovos, somente comcomida sólida. Normalmente os filhotes mamam até os 6 meses. Com a idade de 15 a 18meses os sagüis já são capazes de se reproduzirem; Comportamento: hábito diurno earbóreo formando grupos de 2 a 40 indivíduos. À noite os membros dos grupos dormem juntos em um ninho construído de vegetação ou num galho. Os machos carregam osfilhotes nas costas, entregando-os às fêmeas para a amamentação. Com um ano e meio deidade os micos já podem se reproduzir. Quando isto acontece, os bandos acabam sedividindo. Raramente adotam a postura bípede. Apoiam-se sempre nas quatro patas, oudeitam-se nos galhos, com a cauda pendente. Suas garras são utilizadas para subir nostroncos e para retirar insetos e larvas do interior dos galhos e das árvores. Abrigam-se nosocos dos troncos, mas não constroem ninhos. Dormem umas doze a quatorze horas por dia.Gostam de brincar de briga e de esconde-esconde. Os bandos são organizados de acordocom uma hierarquia, e isso édemonstrado de várias formas. Um sagui demonstra sua superioridade em relação aoutro virando-lhe o traseiro.Tempode vida: até 20 anos;Inimigos naturais: aves de rapina e felinos;

ORDEM CHIROPTERA: Os morcegos são os únicos mamíferos com capacidade devôo, devido à transformação de seus braços em asas. A subordem Megachiroptera estárestrita ao Velho Mundo (África, Ásia e Oceania). Nesta subordem encontram-se osmaiores morcegos do planeta, conhecidos popularmente como "raposas voadoras",podendo alcançar até 2 metros de envergadura. A subordem Microchiroptera ocorre noNovo Mundo (as Américas). Geralmente são menores, podendo medir de 10 a 80 cm deenvergadura. Os microquirópteros dependem de um sistema de orientação noturna maiseficiente do que a visão dos megaquirópteros.

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Família Phyllostomidae:Nome Científico: Artibeus lituratus

Nome popular: MorcegoCaracterísticas: não possuem listras claras faciais. O apêndice nasal é desenvolvido eaparece em forma de lança ou espada. O focinho é estreito. O lábio inferior apresenta

protuberâncias dispostas em "V" ou "Y", marginadas ou não por pequenas papilas. Asorelhas são grandes ou muito grandes. A membrana interfemural e a estruturacartilaginosa do calcâneo são bastante desenvolvidos. A cauda está presente;Distribuição: regiões tropicais das Américas;Hábitat: cavernas, ocos-de-árvores, termiteiros, edificações, entre outros;Dieta: bastante variada, incluindo desde insetos, frutos, flores, até pequenosvertebrados;Comportamento: são hospedeiros do vírus da raiva;

Nome Científico: Artibeus jamaicensis Nome popular: Morcego Distribuição: regiões

tropicais das Américas; Hábitat: cavernas, ocos-de-árvores, termiteiros, edificações, entreoutros; Dieta: bastante variada, incluindo desde insetos, frutos, flores, até pequenosvertebrados;

Família Carollinae:Nome Científico: Carolina perspicillata

Nome popular: Morcego

Família Glossophaginae: Nome Científico: Glossophaga soricina Nome popular:Morcego Tamanho: 7 a 20g; Características: apêndice nasal pequeno, em formatriangular. A língua é longa e provida de tufos de papilas na extremidade. O focinho écomprido e a extremidade do maxilar inferior projeta-se, na maioria das vezes, além domaxilar superior. O lábio inferior é dividido por um sulco central, em forma de "V",margeado por pequenas protuberâncias cutâneas. As orelhas são pouco desenvolvidas. Amembrana interfemural é menor do que o comprimento das pernas e a cauda é poucodesenvolvida; Distribuição: regiões tropicais das Américas;Hábitat: cavernas, minas, túneis, bueiros, folhagens e ocos-de-árvores;Dieta: insetos, pequenos frutos, néctar e pólen;Comportamento: são importantes polinizadores de várias espécies vegetais e tambémpodem hospedar o vírus da raiva;

Família Sternoderminae:Nome Científico: Uroderma bilabiatum

Nome popular: Morcego-cinza-de-estrias-brancasDistribuição: regiões tropicais das Américas;Hábitat: cavernas, ocos-de-árvores, termiteiros, edificações, entre outros;Dieta: bastante variada, incluindo desde insetos, frutos, flores, até pequenosvertebrados;

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 ORDEM RODENTIA:

Família Caviidae:Nome Científico: Cavia welsi

Nome popular: PreáTamanho: de 25 a 30 cm quando adultos, com peso variando entre 800 g e 1,5 Kg;Distribuição: regiões sul e sudeste do Brasil, Argentina e Paraguai.Reprodução: o período da gestação é de 60 a 70 dias e origina em média 3 filhotes;Comportamento: basicamente noturnos;

Família Muridae: Nome Científico: Mus musculus Nome popular: CamondongoHábitat: Habita o solo e também partes superiores; Dieta: alimenta-se de cereais;Reprodução: atinge a maturidade sexual aos 60 dias de vida. A fêmea acasala-se até 6vezes ao ano, sempre com o mesmo macho, com quem forma um casal permanente. O

período de gestação de 19 a 24 dias, com 3 a 8 filhotes por ninhada; Comportamento:hábitos noturnos. Dotado de habilidades como escalar e roer, pode explorar em torno de seuninho até 9 metros. . Vive em famílias constituídas do casal paterno e com família ainda jovem; Tempo de vida: 12 meses;

Nome Científico: Rattus rattus Nome popular: Rato-preto Tamanho: macho adultochega a pesar 250 g; Características: pelagem mais comum é aquela que apresenta o dorsonegro ou cinza salpicado de pelos brancos, especialmente na metade posterior do corpo.Partes inferiores cinza. O pelo é longo, grosso, sem espinhos e pouco denso. Orelhas detamanho médio, desprovidas de pelos. Bigodes longos e grossos. Cauda longa, robusta, sempelos e escamosa; Hábitat: Habita acima do solo; Dieta: alimenta-se de cereais, legumes,frutas, raízes e pequenos insetos; Reprodução: Atinge a maturidade sexual com cerca de85 dias de vida. A fêmea entra no cio 6 vezes por ano e o período de gestação de 19 a 24dias, de 5 a68 ninhadas por ano, com 7 a 12 filhotes por ninhada;Comportamento: noturna e terrestre. Dotado de habilidades para escalar, equilibrar-see roer, podendo explorar em torno de seu ninho até 60 metros. Vive em bandos e preferefazer ninhos longe do solo, geralmente no oco de árvores;Tempo de vida: 18 meses;

Família Erethizontidae:Nome Científico: Coendu prehensilis

Nome popular: Ouriço-cacheiroTamanho: 30 a 65 cm, mais 30 ou 38 cm de cauda, 1 a 5 kg;Características: conta com uma perigosa arma para se defender do inimigo: tem odorso totalmente coberto por espinhos que se destacam facilmente de seu corpo,espetando-se em quem quer que atacá-lo -espinhos com 10cm de comprimento;Distribuição: Venezuela, Guianas, Brasil, Bolívia e Trinidad;Hábitat: Florestas da América do Sul;Dieta: hábito noturno -folhas e cascas de árvores, num tronco oco ou numa toca;

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Reprodução: gestação de aproximadamente 203 dias;Tempo de vida: 10 anosComportamento: Se ameaçado, simplesmente eriça os espinhos e aguarda. Usam acauda para prender-se aos galhos e mover-se entre as árvores;

Nome Científico: Chaetomys subspinosus

Nome popular: Ouriço-cacheiroTamanho: pesa entre 1 a 2 kg;Características: Possui pelo macio e sedoso;Distribuição: restritas ao sul da Bahia e ao Estado do Espírito Santo;Hábitat: endêmica da Mata Atlântica, vive em matas copadas nos extratos superiores erestingas;Dieta: Alimentam-se basicamente de frutos e sementes;Comportamento: Tem hábitos diurnos (crepusculares) e noturnos é essencialmentearborícola vindo raramente ao chão. Descansam sobre forquilhas (bifurcação de galhos

ou folhas) e cofeiros (emaranhados de cipós, folhas secas e bromélias) de canelas,araçás, palmeiras e outras;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Família Echimyidae:Nome Científico: Proechimys guyannens

Nome popular: Rato-de-espinho

Família Dasyproctidae: Nome Científico: Dasyprocta aguti Nome popular: CutiaTamanho: entre 49 e 64 cm, entre 3 e 5,9 kg; Características: patas longas e finas, comuma cauda rudimentar, que costuma ficar escondida entre o pêlo. A cabeça é estreita, com ofocinho achatado, os olhos grandes e as orelhas médias e largas. Sua pelagem é curta eáspera de cor vermelho-amarelada; Distribuição: das Guianas ao Brasil Hábitat: Vive emselvas caducifólias e chuvosas tanto primárias como secundárias, bosques (em galerias) eplantações; Dieta: herbívoro e se alimenta de sementes e frutos. Quando a comida éabundante, faz uma coleta cuidadosa para utilização em épocas de escassez;Reprodução: período de gestação de 120 dias, nascem 1 ou 2 crias providas de pêlo ecom olhos abertos. Monogâmico;Comportamento: hábitos noturnos. Terrestre e vive em áreas com árvores grandes, riose zonas pantanosas, onde encontra abrigos ideais para se refugiar;

Tempo de vida: 18 anos;

Família Sciuridae:Nome Científico: Sciurus aestuans

Nome popular: caxinguelêTamanho: 200a 400 grs;Distribuição: Do Sul da Bahia ao Rio Grande do Sul;

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Dieta: Alimentam-se de frutas e sementes;Reprodução: atinge a maturidade sexual com 1 ano. O período de gestação é entre 28 e45 dias. O número de filhotes é 2 ou 3;Comportamento: Alimentam-se ao nascer do sol ou ao entardecer. Solitários e aospares;

Tempo de vida: Até 15 anos;

ORDEM CARNIVORA:

Família Felidae:Nome Científico: Herpailurus yagouaroundi

Nome popular: Gato-jaguarundiTamanho: 55 a 77 cm, 40 cm de cauda;Características: Seu corpo é alongado e a cauda comprida, a pelagem não é pintada, écurta, cerrada e de cor castanho-acinzentada, a ponta dos pêlos é preta, enquanto a base

é mais clara. A cabeça é curta, as orelhas pequenas e os olhos bem voltados para frente,com pupilas redondas;Distribuição: encontrada do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina;Dieta: Alimenta-se de todo o tipo de animal, desde que seja menor que ele, masprincipalmente aves e roedores;Reprodução: Período de gestação de 72 a 75 dias, 2 ou 3 filhotes;Comportamento: mais ativo durante o começo e o fim do dia;

Nome Científico: Leopardus tigrinus

Nome popular: Gato-do-mato

Distribuição: América Central e América do Sul;Hábitat: Floresta;Dieta: carnívoro;Reprodução: Gestação de 73 a 77 dias;Tempo de vida: Aproximadamente 13 anos;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Leopardus wiedii

Nome popular: Gato-maracajáTamanho: 60 cm, mais 40 de cauda, a fêmea é menor que o macho, entre 1,75 e 3,5kg,com média de 2,4kg;

Características: Dorso amarelo - queimado e acinzentado na cabeça. Linhas e manchasarredondadas e listras negras distribuídas pelo corpo. Anéis completos na metade final dacauda. Alto da cabeça e lados da cara amarelados. Possui manchas brancas sob os olhos ena parte externa das orelhas. Orelhas redondas e olhos muito grandes; Distribuição:América Central e América do Sul; Hábitat: florestas tropicais da América Central e

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América do Sul. São encontrados também na costa do Pacífico; Dieta: carnívoro -pequenos mamíferos, aves e répteis; Reprodução: Gestação de 81 a 84 dias;Comportamento: hábito noturno, terrestre e arbórea, solitária. Capaz de trepar nas árvorescom grande agilidade e rapidez. Essas acrobacias são facilitadas pela conformação especialde suas patas: os pés podem girar 180º sobre si mesmo, o que permite descer dos troncos

com a cabeça voltada para baixo, enquanto os seus semelhantes são obrigados a se deixardeslizar, com a cabeça para o alto, arranhando a casca da árvore. Ele consegue também jogar-se no ar e se agarrar a um, galho com uma das patas; Tempo de vida:Aproximadamente 13 anos; Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Família Canidae: Nome Científico: Cerdocyon thous Nome popular: Cachorro-da-praiaTamanho: com 65 cm de comprimento; cauda com 30 cm, peso entre 5 a 8 kg;Características: peluda e focinho comprido. A coloração é variável apresentando umamistura de tons acinzentados e castanhos, tendo frequentemente tons amarelados. Asorelhas são curtas e têm tons avermelhados. A cauda é relativamente comprida com peloslongos tendendo à coloração negra; Distribuição: Ocorrem em todo o Brasil, exceto nas

áreas baixas da Bacia Amazônica, também da Colômbia ao Paraguai e Uruguai; Hábitat:Áreas florestais, cerrados, campos e áreas alteradas e habitadas pelo homem; Dieta:Pequenas aves, frutas, insetos, crustáceos (caranguejos de rios), ovos e pequenos roedores;Reprodução: gestação é de 52 a 59 dias. Nascem de 3 a 6 filhotes. . O casal cuida ealimenta os filhotes que se tornam independentes por volta dos 6 meses de idade;Comportamento: Hábitos noturnos. Vive sozinho, apenas na época de reprodução é vistoem dupla. É um animal territorialista podendo esporadicamente ser vistos em casais,embora não cace em grupo;

Família Procyonidae: Nome Científico: Procyon cancrivorus Nome popular: GuaxinimTamanho: até 65 cm e a cauda 40 cm, de 2 a 12 kg; Características: o pelo é denso,

arrepiado na nuca; cor cinzento-amarelado, salpicado de preto. As pernas principalmentenas extremidades, são pretas. Possui uma máscara negra ao redor dos olhos. A cauda éanelada, alternando o preto com o amarelo. As patas têm dedos longos, com pelagembastante curta, plantígrado, assentando toda a mão quando anda; Distribuição: Ocorre naAmérica Latina, a leste da Costa Rica e Peru, até o Uruguai e em todo o Brasil; Hábitat:brejos, inclusive as regiões do mangue;Dieta: pequena caça e vegetais, apreciando muito a cana-de-açúcar e tem especialpredileção pelos caranguejos;Reprodução: A gestação dura de 60 a 63 dias, nascendo de 1 a 7 filhotes. A mãe abrigaa prole em um oco de árvore até que eles tenham de 7 a 9 semanas. A partir de então,passam a fazer pequenas saídas com a mãe, e após 12 semanas, abandonam o ninho;

Comportamento: predominantemente noturna e é bom escalador e nadador. Oalimento geralmente é quebrado com as mãos e então colocado na boca;

Nome Científico: Nasua nasua

Nome popular: QuatiTamanho: : 60 cm, mais de 75 cm de cauda e com até 11 Kg;Características: Apresenta coloração castanho-avermelhado em toda a parte dorsal e

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castanho-amarelada na parte ventral. A cauda é anelada e semi-preênsil, intercalando acoloração escura com a clara. Tem o focinho longo e fino com a extremidade bastanteflexível;Distribuição: encontrado desde o Paraná (América Central) até a Argentina;Hábitat: áreas florestadas;

Dieta: alimenta-se de minhocas, insetos e frutas, aprecia também ovos, larvas e vermespresentes no solo, legumes e especialmente lagartos;Reprodução: 1 ninhada por ano – ninhadas de dois a seis filhotes. O período degestação é de 10 a 11 semanas. Por mais de um mês, estes permanecem em seu ninho,no oco de uma árvore. Com 5 semanas os filhotes saem dos ninhos tornando-se adultoscom 15 meses e atingindo a maturidade sexual com 2 anos. Durante a época dereprodução, que se dá no período de maior abundância de frutas, um macho é aceito emcada grupo, porém permanece totalmente submisso às fêmeas;Tempo de vida: até 15 anos;Comportamento: diurna. Sobe nas árvores, garras, longas e fortes, e seu focinho emforma de trombeta ajudam-no a escavar por toda parte à cata de alimento. Vivem em

grandes bandos formados de fêmeas e machos jovens, em grupos de 4 a 20 indivíduos,com mais de dois anos os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando somente naépoca do acasalamento, que acontece no fim da primavera. Não gosta de água, maspode nadar bem. Dorme no alto das árvores, enrolado como uma bola, e não desce antesdo amanhecer;

ORDEM LAGOMORPHA:

Família Leporidae:Nome Científico: Sylvilagus brasiliensis

Nome popular: Coelho-brasileiro

Tamanho: 21–

40cm, 0,95–

1,2kg;Características: orelhas longas, estreitas e cauda muito reduzida, Pelagem curta emacia, de coloração pardo-amarelado, mais escura no dorso e ventralmente mais clara.Nuca e patas dianteiras avermelhadas;Distribuição: do México ao Norte da Argentina, ocorrendo em quase todo o Brasil,Ocorre nas regiões Centro-oeste, Sudeste e leste da região Nordeste, até o RS;Hábitat: bordas de florestas densas, podendo ainda ser encontrados em banhados emargens de rios;Dieta: Alimenta-se de cascas, brotos e talos de muitos vegetais;

Reprodução: período de gestação é de aproximadamente 30 dias, podendo ocorrer duas

ninhadas anuais, com dois a sete filhotes que nascem com os olhos bem fechados, sempêlos e dependentes; Comportamento: hábitos noturnos e durante o dia esconde-se emburacos ou tocas que ele mesmo cava, tendo uma área de ação reduzida. Terrestres esolitários;

ORDEM ARTIODACTYLA:

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Família cervidae:Nome Científico: Mazana americana

Nome popular: Veado-mateiroTamanho: 8 a 25 Kg;Características: Sua pelagem é castanho-ferruginosa, mais clara no ventre,

esbranquiçada na garganta e quase preta em volta dos lábios e no focinho. Os chifressimples e delgados, que atingem 12 cm de comprimento, caem em junho e nascemnovamente em agosto setembro e só existem no macho;Distribuição: Leste do México até o Norte da Argentina;Hábitat: grandes florestas e matas que margeiam os rios, do nível do mar até 5.000m;Dieta: alimenta-se de gramíneas e brotos;Reprodução: maturidade sexual fêmea - 1 a 2 anos, macho - 1 ano, época reprodutiva:outubro a janeiro. Período de gestação 225 dias, apenas 1 filhote. O acasalamento durade 1 a 2 semanas;Comportamento: Diurno e noturno, Solitário;Tempo de vida: 13 anos;

Nome Científico: Ozotocerus bezoarticus Nome popular: Veado-campeiro Tamanho: 1,1–1,30 m, 30–40 kg; Características: não possuírem dentes incisivos superiores e pelapresença de chifres, nos machos, que podem ser simples ou ramificados (apresentamnormalmente três pontas e chegam a atingir, no adulto, até 30 centímetros) e não sãopermanentes. pelagem tem coloração marrom-claro, sendo o lado ventral do corpo, a caudae o lado interno das extremidades de cor branca. Os olhos também são rodados por um anelbranco; Distribuição: América do Sul, Brasil Central e Sul, incluindo o Pantanal do MatoGrosso até a região da Bolívia, Uruguai e Argentina; Hábitat: áreas abertas, campos ecerrados; Dieta: alimentando-se de diversas espécies de capins e brotos, mas também

ingerem ervas, arbustos e até de flores; Reprodução: A fêmea tem apenas um filhote porano, que nasce após uma gestação de aproximadamente nove meses. O nascimento dosfilhotes ocorre quando existe uma maior oferta de alimentos; Comportamento: crepusculare noturno. Vivem em grupos de geralmente de dois a cinco indivíduos, mas grupos de atémais de 20 indivíduos já foram avistados. São animais extremamente ágeis, podendo correra 70km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Os saltos são suficientes paracruzar pequenos rios; quando não, nadam com facilidade. A hierarquia social é determinadaatravés de disputas nas quais os machos empurram seus adversários com os chifres, numaprova de força; Categoria: ameaçada de extinção;

ORDEM XENARTHRA:

Família Myrmecophagidae:Nome Científico: Tamandua tetradactyla

Nome popular: Tamanduá-mirimTamanho: corpo é de 60 cm além de 35 cm de cauda;Características: o “colete” que lhe veste o pescoço e a parte su perior do dorso, ondetermina em ponto pelo colorido amarelo-pálido, destaca-se nitidamente pelo escuro;resto do corpo também ponta da cauda e clara;

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Distribuição: América do Sul;Hábitat: Campos e florestas, matas e sobe em árvores;Dieta: Insetívoro;Reprodução: Gestação de 130 a 150 dias;Tempo de vida: Aproximadamente 9 anos;

Comportamento: Aproximadamente 9 anos;Categoria: Ameaçada -em perigo;

Família Bradypodidae: Nome Científico: Bradypus torquatus Nome popular: Preguiça-de-coleira Tamanho: pode chegar a 50cm e pesar 6Kg; Características: Faixa de pêlospretos na região de pescoço. Possui três unhas fortes e largas (que se assemelham a garras)que são utilizadas para locomoção e defesa; Hábitat: exclusivamente na Mata Atlântica,preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós; Dieta:alimenta-se de folhas novas e brotos de um número restrito de árvores, como imbaúba,gameleira, ingá, figueira, embiruçu, cacau, abacate e outras, de onde ela também retira a

água necessária para abastecer seu corpo -cada preguiça explora uma área territorialdefinida, podendo ou não mudar-se para outra depois de algum tempo; Reprodução: tempode gestação de 210 dias (7 meses) e depois que o filhote nasce ele é carregado pela mãe nascostas e no ventre durante os primeiros nove meses de vida; Tempo de vida: pode chegar a12 anos; Comportamento: a preguiça defeca e urina uma vez por semana, quando eladesce da árvore para fazer suas necessidades e deixar o cheiro bem longe do local ondemora e evitar atrair predadores; Predadores naturais: jibóia, onça-pintada, suçuarana, jaguatirica, gaviões e iraras; Categoria: ameaçado de extinção – Vulnerável;

Família Dasypodidae:Nome Científico: Dasypus septemcinctus

Nome popular: Tatu-etêCaracterísticas: a armadura que protege o corpo, a cabeça, cauda e extremidades;Hábitat: vivo em campos de baixa ou moderada altitude, em savanas, bordas da mata,capoeira e no cerrado;Dieta: alimenta-se de insetos, pequenos vertebrados, raízes, minhocas, lesmas, e até decarniça;Reprodução: nascem de 9 a 11 filhotes, todos do mesmo sexo;Comportamento: diurno;

Nome Científico: Dasypus novemcinctus

Nome popular: Tatu-galinha

Tamanho: tem mais ou menos o tamanho de um gato;Características: com orelhas estreitas e compridas e o longo rabo recoberto por placas;Distribuição: América Central e meridionalHábitat: regiões quentes, semidesérticas e temperadas;Reprodução: poliembrionia -fêmea sempre dá a luz quatro filhotes do mesmo sexo;Comportamento: Sua proteção habitual é a fuga, mas, quando encurralado, deixa-secair sobre o lado e fecha-se como pode em sua carapaça;

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Nome Científico: Cabossous unicinctus

Nome popular: Tatu-de-rabo-moleCategoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Euphratus sexcinctusNome popular: Tatu-pebaCaracterísticas: Tem a visão relativamente pouco desenvolvida, mas possui um bomolfato que é utilizado para procurar seu alimento;Hábitat: Ocupa campos, cerrados e bordas de floresta;Dieta: Alimenta-se de uma ampla variedade de itens, incluindo muito material vegetalcomo raízes e frutos, e também insetos como formigas, pequenos vertebrados e atécarniça;Comportamento: animal solitário, escava túneis para se esconder e freqüentementereutiliza suas tocas. Hábitos diurnos e crepusculares, e ocasionalmente tem atividadedurante a noite;

ORDEM MARSUPIALIA:

Família Didelphidae:Nome Científico: Didelphis marsupialis

Nome popular: Gambá ou opossum ou sariguê;Tamanho: Pode atingir 50 cm de comprimento sem contar a cauda, quase do mesmotamanho;Características: Apresenta corpo maciço, pescoço grosso, focinho alongado e pontudo,membros curtos e cauda preênsil, bastante grossa, redonda e afilada, só peluda na base,tendo pequenas escamas revestindo a parte restante. A cor da pelagem varia muito, indo

do branco (animais velhos) ao negro (animais jovens) e passando por todas astonalidades de cinzento e bruno intermediárias;Distribuição: do Canadá ao norte da Argentina. Brasil, Paraguai, Guianas, Venezuela;Hábitat: Floresta, Campos e Centros urbanos;Dieta: Onívoro - principalmente de frutos silvestres, ovos e filhotes de pássaros;Reprodução: 12-13 dias. 10 a 15 filhotes por ninhada. Quando os filhotes entram nabolsa têm só 1 cm e ficam lá dentro 70 dias, onde se desenvolvem e tem condições deenfrentar a selva;Tempo de vida: 2 a 4 anos;Comportamento: Tem hábitos noturnos e, apesar de ser um animal de movimentoslentos, trepa em árvores com facilidade, usando a cauda preênsil para agarrar-se aos

galhos. Quando perseguido, o gambá finge-se de morto ou expele um líquido fétidoproduzido por glândulas axilares. Na fase do cio, a fêmea também exala esse cheiroforte, facilmente reconhecível;

Nome Científico: Didelphis albiventris

Nome popular: Gambá;Tamanho: de 70 a 90cm, dos quais metade pertence à cauda;Características: Pelagem das costas negra ou cinza, com camada inferior de pelos finos

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denso, amarelo ou branco. Cabaça amarelo sujo, com listras negras do focinho até asorelhas. Bochechas amarelo, laranja pálido ou branco, nariz cor-de-rosa, orelhas grandese peladas, pretas. Pés pretos; cauda, preênsil, geralmente maior que a cabeça e corpo,pelada, negra com listra branca. As fêmeas possuem bolsa. São animais mal cheirosos,urinando e defecando quando manuseados e expelem cheiro muito desagradável quando

ameaçados;Distribuição: desde a zona temperada da América do Norte à Argentina;Dieta: alimenta-se principalmente de frutos silvestres, invertebrados, ovos e filhotes depássaros;Reprodução: A fêmea procria três vezes por ano. Os filhotes, de 10 a 15 por ninhada,nascem com o tamanho de 1cm, completando seu desenvolvimento na bolsa materna.Podem construir ninhos nas árvores ou em tocas no chão;Comportamento: hábitos noturnos e, apesar de ser um animal de movimentos lentos,trepa em árvores com facilidade. Use a cauda preênsil para agarrar-se aos galhos.Quando perseguido, o gambá finge-se de morto ou expele um líquido fétido produzidopor glândulas axilares. Arbóreos ou terrestres, solitários;

Nome Científico: Chironectes minimus

Nome popular: Cuíca-da-água

5.2.1.2.5. Investigar os sítios de desova das tartarugas marinhas e medidas para evitar 

 perturbações durante a nidação e eclosão, plotando-as no mapa de

localização do empreendimento em escala 1:2.000

Os sítios de desova de tartarugas identificados e caracterizados (item anterior) na linha dapraia frontal à área do empreendimento encontram-se em mapa no volume de anexos.

As medidas que devem ser tomadas, pelo empreendedor, para evitar perturbações durante anidificação e eclosão serão aquelas previstas na legislação vigente conforme a seguir.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO PARA ANÁLISE DE PROJETO EM PRAIAS DEDESOVA DE TARTARUGAS MARINHAS

1. ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

Departamento de Engenharia Básica e Normalização -GEB, Departamento de Coordenaçãoda Região Metropolitana -TME, Departamento de Coordenação da Região Centro -TRC,Departamento de Coordenação da Região do Recôncavo -TRR, Departamento deCoordenação da Região Norte, TRN, Departamento de Coordenação da Região Oeste -TRO, Departamento de Coordenação da Região Sudoeste – TRD, Departamento deCoordenação da Região Sul – TRS, Departamento de Projetos e Construção – GPC,Departamento de Empreendimentos da Distribuição – TED e Departamento dePlanejamento de Investimentos – GPI.

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 2. OBJETIVO

Estabelecer procedimentos suplementares quando da análise e aprovação de projetos deinstalações consumidoras situadas próximas à praias de desova de tartarugas marinhas,

devido a legislação específica.1.  3. CONCEITUAÇÃO2.  3.1 IBAMA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis -é o órgão doGoverno Federal que tem como atribuição a preservação do meio ambiente.

3.2 TAMAR

É o órgão ligado ao IBAMA que tem como atribuição específica criar as condições para apreservação das tartarugas marinhas.

3.3 MARÉ DE SIZÍGIA (Maré Alta)

Maré de grande amplitude que se segue ao dia de lua cheia ou de lua nova.

3.4 PREAMAR (Maré de Lua)

É o limite superior de contato entre o mar e a praia.

1.  4. INFORMAÇÕES GERAIS2.  4.1 As áreas de proteção ambiental para preservação das tartarugas marinhas queexistem no litoral baiano, são definidas através da Lei Estadual nº. 7034 de fevereiro de1997 (Anexo A).3.  4.2 Numa faixa de praias de 50 metros, contada a partir da linha de maré de sizígia,o nível de iluminamento deve ser de zero lux.4.  4.3 A iluminação junto à praia deve ser, sempre que possível, do tipo indireta.5.  4.4 Devem ser utilizadas lâmpadas de baixa potência, por ponto de luz.6.  4.5 As luminárias e refletores devem estar com seus focos na direção oposta à praia.7.  4.6 Não é permitida a existência de postes altos, com montagem das luminárias empétalas, em regiões próximas à praia.8.  4.7 A linha de zero lux deve estar 50 metros acima da preamar das marés de sizígia.9.  4.8 Para a apresentação dos projetos deve ser solicitado ao cliente, as seguintes

informações:

a) Cotas da preamar de sizígia;b) Limite dos 50m da preamar de sizígia, indicada em planta ;c) Curva isolux indicando o nível de zero lux;d) Tipo de luminária e lâmpada;e) Posição de instalação da luminária em relação a rua e a praia.

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1.  4.9 Os projetos são analisados por comissão formada pela COELBA e “ProjetoTAMAR – IBAMA”, onde se verifica as características dos sistemas de iluminaçãopropostos e os fatores ambientais da área em questão.2.  5. PROCEDIMENTOS Analista de Projeto3.  5.1 Recebe do cliente interessado os projetos de instalações elétricas e iluminação

propostos nas áreas de abrangência da Lei Estadual nº. 7034.4.  5.2 Verifica se não existe nenhum tipo de foco luminoso apontado diretamente parao mar.5.  5.3 Verifica, no projeto, se a linha de zero lux indicada atende aos 50 metros acimada preamar das marés de sizígia.6.  5.4 Encaminha cópia do projeto para a Fundação PRÓ-TAMAR – Caixa Postal2219, Salvador – Ba CEP 40.060-030.7.  5.5 Analisa o projeto, juntamente com a Fundação PRÓ-TAMAR .8.  5.6 Caso exista a necessidade de execução de testes, realiza ensaios com os modelospropostos, juntamente com a Fundação PRÓ-TAMAR.9.  5.7 Conforme resultado da análise e/ou testes, procede de acordo com um dossubitens abaixo:

1.  5.7.1 Estando corretos, aprova os projetos.2.  5.7.2 Não estando corretos, devolve os projetos com sugestões de alteração, visandoatender aos critérios preestabelecidos.3.  5.8 Responde ao cliente interessado.4.  5.9 Realiza medições, após a energisação do circuito, com os modelos apresentadospara comprovação da eficiência do sistema projetado.5.  6. REFERÊNCIAS

PDP 01 -Norma para Elaboração de Projeto de Rede Aérea de Distribuição Urbana. PDP

01.04 -Instrução de Serviço para Projeto de Aterramento de Rede de Distribuição.PDP 01.06 – Instrução de Serviço para Elaboração de Projeto de Travessia em ViasNavegáveis, Estradas e Ferrovias.

7. APROVAÇÃO

CÉSAR AUGUSTO RIBEIRO TEIXEIRA Gerente do Departamento de EngenhariaBásica e Normalização – GEB

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 RESOLUÇÃO Nº. 10, DE 24 DE OUTUBRO DE 1996O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -CONAMA, no uso de suasatribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de1981, alterada pela Lei 8.028, de 12 de abril de 1990, regulamentada pelo Decreto nº.

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99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, eConsiderando a necessidade de proteção e manejo das tartarugas marinhas existentes noBrasil: Dermochelys coriacea; Chelonia midas; Eretmochelys imbricata; Lepidochelys

olivacea e Caretta caretta; Considerando que, o IBAMA, através do Centro deConservação e Manejo das Tartarugas Marinhas -Centro TAMAR, desenvolve atividades

para conservação e manejo das tartarugas marinhas nestas áreas; Considerando que emalgumas praias primordiais para a manutenção das populações de tartarugas marinhas estãose implantando projetos de desenvolvimento urbano; Considerando as atribuições legais daSecretaria de Patrimônio da União e do Ministério da Marinha; Considerando que éobrigação do poder público manter, através dos órgãos especializados da AdministraçãoPública, o controle permanente das atividades potencial ou efetivamente poluidoras, demodo a compatibilizá-las com os critérios vigentes de proteção ambiental, Resolve: Art. 1ºO licenciamento ambiental, previsto na Lei 6.938/81 e Decreto 99.274/90, em praias ondeocorre a desova de tartarugas marinhas só poderá efetivar-se após avaliação erecomendação do IBAMA, ouvido o Centro de Tartarugas Marinhas -TAMAR. ParágrafoÚnico: Para o licenciamento, o órgão licenciador consultará a Secretaria de Patrimônio da

União e o Ministério da Marinha. Art. 2º As áreas previstas no art.1º situam-se: a) noEstado do Rio de Janeiro, da praia do Farol de São Tomé (Município de Campos) até adivisa com o Estado do Espírito Santo; b) no Estado do Espírito Santo, do Portocel(Município de Aracruz) até a divisa com o Estado da Bahia; c) no Estado da Bahia, dadivisa com o Estado do Espírito Santo até a foz do rio Corumbá (Município de Itamaraju) eda praia de Itapuã (Município de Salvador) até a divisa com o Estado de Sergipe; d) noEstado de Sergipe, da divisa com o Estado da Bahia até o Pontal dos Mangues (Municípiode Pacatuba) e da praia de Santa Isabel (Município do Pirambú) até a divisa com o Estadode Alagoas; e) no Estado de Alagoas, da divisa com o Estado de Sergipe até o final da faixalitorânea do Município de Penedo; f) no Estado de Pernambuco, no Distrito Fernando deNoronha, as praias do Boldro, Conceição, Caieira, Americano, Bode, Cacimba do Padre e

Baía de Santo Antônio; e g) no Estado do Rio Grande do Norte, em toda extensão da praiada Pipa (Município de Alagoinhas). Art. 3º A não observância ao disposto nesta Resoluçãoimplica na nulidade do

licenciamento ambientalefetuado,

semprejuízo das demais sanções previstas

em

legislação específica.Art. 4º Esta resolução entra

emvigor

nadatade

suapublicação,revogadas

as

disposições emcontrário.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOSNATURAIS RENOVÁVEIS MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOSRECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL PORTARIA Nº 10, de 30 janeiro de 1995

O PRESIDENTE SUBSTITUTO DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTEE DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS -IBAMA, no uso das atribuiçõesprevistas no art. 24 da Estrutura Regimental anexa ao Decreto Nº. 78, de 05 de abril de

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1991, e no art. 83, inciso XIV, do Regimento Interno, aprovado pela Portaria GM/MINTERNº 445, de 16 de agosto de 1989, e tendo em vista o que consta no Processo no02001.000128/95-13;

.  • considerando a necessidade de proteção e manejo das tartarugas marinhas,

Dermochelys coriacea, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Lepidochelys olivacea eCaretta carreta, existentes no Brasil;.  • considerando que a Lei 4.771/65, de 15 de setembro e 1965, em seu art. 2º,letra "f", considera de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetaçãonatural situada nas restingas;.  • considerando que a Lei 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui o PlanoNacional de Gerenciamento Costeiro, prevê em seu art. 3º o zoneamento de usos eatividades na zona costeira e dá prioridade à conservação e proteção, entre outros bens, dasrestingas, dunas e praias;.  • considerando que em algumas praias primordiais para a manutenção daspopulações de tartarugas marinhas estão se implantando projetos de desenvolvimentourbano;.  • considerando que o IBAMA através do Centro Nacional de Conservação eManejo das Tartarugas Marinhas -Centro TAMAR, desenvolve atividades para conservaçãoe manejo das tartarugas marinhas naquelas áreas;.  • considerando que a estratégia mundial para a conservação das tartarugasmarinhas recomenda que as desovas permaneçam nas praias de postura, reduzindo astransferências para cercados de incubação;.  • considerando que o trânsito de veículos nas praias ou nas suas proximidadescausa a compactação de ninhos, atropelamento de filhotes recém-nascidos no seu trajetopraia/mar e perturba as fêmeas matrizes durante a desova;.  • considerando que alterações ambientais desta ordem criam impactosirreversíveis sobre o êxito da nidificação, RESOLVE:

Art. 1º -Proibir o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre a linhade maior baixa-mar até 50m (cinqüenta metros) acima da linha de maior pré-a-mar do ano(maré sizígia), nas seguintes regiões:

a) no Estado do Rio de Janeiro, da praia do Farol de São Tomé até a divisa com o Estado doEspírito Santo;

b) no Estado do Espírito Santo, do Porto Cel (Município de Aracruz) até a divisa com oEstado da Bahia;

c) no Estado da Bahia, da divisa com o Estado do Espírito Santo até a foz do Rio Corumba(Município de Itamaraju) e da praia de Itapoã (Município de Salvador) até a divisa com oEstado do Sergipe;d) no Estado do Sergipe, da divisa com o Estado da Bahia até o Pontal dos Mangues(Município de Pacatuba) e da praia de Santa Isabel (Município de Pirambu) até a divisacom o Estado de Alagoas;

e) no Estado de Alagoas, da divisa com o Estado de Sergipe ao final da fixa litorânea do

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Município de Penedo;

f) no Estado de Pernambuco, no Distrito de Fernando de Noronha as praias do Boldro,Conceição, Caieira, Americano, Bode, Cacimba do Padre e Baís de Santo Antonio; e

g) no Estado do Rio Grande do Norte, em toda extensão de praia da Pipa (Município deAlagoinhas).

Parágrafo Único -Os veículos oficiais em serviço e os particulares, em caso de comprovadanecessidade, estão dispensados do cumprimento desta Portaria.

Art. 2º -Compete ao Centro TAMAR, em conjunto com as Prefeituras Municipais,Polícia Militar e Marinha do Brasil, específicos de cada local:

a) identificar e bloquear os acessos às praias;

b) fiscalizar essas áreas; e

c) deliberar sobre aspectos técnicos e áreas não especificados nesta Portaria.

Art. 3º -Os infratores desta Portaria estão sujeitos às penalidades e sanções previstas emlegislação específica.

Art. 4º -Essa Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO SERGIO STUDART WIEMER

5.2.1.2.6. Caracterização e identificação dos sítios de reprodução das tartarugas

marinhas na área de influência direta e indireta no que tange a importânciabiológica desses sítios para recuperação e manutenção das populações que

utilizam a área. Considerar as informações quantitativas e qualitativas,

quanto ao uso da faixa de praia, coqueiral e ambiente marinho

O Projeto Tamar-Ibama criado 1980 é o responsável pelas atividades de pesquisa eproteção das tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Divide seus esforços em 1.000quilômetros de praias no litoral brasileiro, com 20 bases de pesquisa estabelecidas nosúltimos 23 anos. Segundo o Tamar-Ibama o litoral da Bahia possui grande importânciabiológica paras as tartarugas marinhas, pois cerca de 70% das desovas registradas na costabrasileira, ocorrem em praias baianas. A Bahia é a principal área remanescente de desovas

das tartarugas: tartaruga-cabeçuda Caretta caretta e tartaruga-de-pente Eretmochelysimbricata, tartaruga-verde Chelonia mydas e tartaruga-oliva Lepidochelys olivacea – todasameaçadas de extinção.Praia do Forte localiza-se no município de Mata de São João no Estado da Bahia,possuindo aproximadamente 14 quilômetros de praias, desde a foz do rio Pojuca até a fozdo rio Imbassaí. Os dois primeiros quilômetros, a partir da foz do rio Pojuca, formam umapequena enseada, limitada ao norte pela foz do rio Açu, a partir daí começam a aparecerrecifes de corais na face da praia (formação franja), que se desenvolvem até o quilômetro

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06. Dali em diante surge praias de mar aberto, com duas pequenas enseadas, separadas porpontais de areia até o quilômetro 09, logo em seguida, uma longa praia, que se estende doquilômetro 09 até o 14. Os recifes têm duas classificações segundo Nolasco 1987.

.  • recifes costeiros, adjacentes e paralelos à praia, alongados e pouco desenvolvidos;

.  •

recifes afastados da costa, constituídos de manchas recifais isoladas, comforma irregular.

Segundo o Tamar-IBAMA 2003, os recifes costeiros funcionam como barreiras naturaispara a subida das tartarugas marinhas para desovar, tendo como principais organismosconstrutores os corais do gênero  Mussismilia, Siderastrea e Favia, o hidrocoral Millepora

alcomis e algas calcárias.

− Espécies de corais encontradas no ambiente marinho na área de Praia do Forte: Agaricia agarites, Favia grávida, Favia leptophyla, Mussimilia brasiliensis,

 Mussimilia hartii, Mussimilia híspida, Porites sp e Siderastrea stellata.

− Algas marinhas, onde algumas das espécies servem de alimento para as tartarugasmarinhas:Caulerpa mexican, Caulerpa racemosa, Codium intertextum, Halimeda opuntia,

 Halimeda tuna, Chaetomorpha antennina, Cladophoropsis membranaceae,

 Dictyosphaeria versluysii, Enteroorpha flexuosa, Ulva lactuca, Dictyota

cervicornis, Padina gymnospora, Sargassum vulgare, Ceramium sp, Acanthofhora

spicifera, Vidalia obtusiloba, Jania rubens, Gelidium pusillum, Gracilaria

cervicornis, Gracilaria cuneata, Gracilaria domingensis, Hypnea musciformis,

Solieria filiformis, Meristiella gelidium, Galaxaura marginata.

O diagrama abaixo mostra o ciclo de vida das tartarugas marinhas.

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 Fig. 01 Ciclo de vida das tartarugas marinhas

As tartarugas marinhas desovam nas praias tropicais arenosas depositando em média 500ovos, subdivididos entre 3 a 7 posturas na areia. Depois de 50 a 60 dias de incubação,dependendo do calor da areia, os ovos eclodem e os filhotes caminham parao mar. Quando as fêmeas amadurecem sexualmente, 20 a 30 anos de idade, voltam àspraias de origem para desovarem com o intuito de perpetuação da espécie.

No período de setembro a março, as fêmeas desovam nas areias da Praia do Forte e norestante da costa brasileira, do Estado do Rio de Janeiro até o Ceará. Nas ilhas oceânicas, operíodo é de janeiro a maio, sendo elas, Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Trindade.

Segundo o Tamar-Ibama 2003, a área onde está localizado o empreendimento, é parte deum importante sítio para a conservação das tartarugas marinhas, considerado como misto,ou seja, suas praias são importantes pontos de desova, e nas águas que a banham sãoencontrados indivíduos em diferentes estágios de desenvolvimento, com grandepredominância de juvenis, em busca de alimento.

O trecho em estudo mantém remanescentes de desovas de 04 espécies de tartarugasmarinhas, onde em maior números – tartaruga-cabeçuda Caretta caretta e tartaruga-de-

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 O Projeto Tamar-Ibama realizou um levantamento das 05 últimas temporadas reprodutivas(entre 1998-2003) na região entre os rios Pojuca (km 01) e Imbassaí (km 14). O númerototal obtido foi de 2014 desovas, sendo este separado por cada quilômetro de praia, paramelhor representar a importância de cada quilômetro.

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 no bolsão km 6-7 em Praia doForte

Para esclarecimento geral das desovas no litoral da Bahia, a Base do Tamar-Ibama emArembepe (monitora 47 km de praias) registrou na temporada de 2002/2003, o maiornúmero de desovas de tartarugas marinhas, respondendo por 37% do total de desovasocorridos no litoral norte da Bahia, A Base de Sítio do Conde (monitora 121 km de praias)registrou 34%, enquanto que a base de Praia do Forte (monitora 30 km de praias) e Costado Sauípe (monitora 16 km de praias) registraram, respectivamente 22% e 7% do total dedesovas da região (Relatório Técnico Anual 2002/2003 Tamar-Ibama).

O gráfico 06, mostra a porcentagem de desovas na Praia do Forte (área de influência diretae indireta), que ocorre em cada um dos quilômetros da área analisada nos últimos 5 anos,sendo que o km 7 é o setor de responsável por 23% de todas as desovas na Praia do Forte, eo quilômetro 1 é responsável por 10%, onde demonstra a grande importância destas áreas.Gráfico 06 – Distribuição percentual por quilômetro de praia das desovas registradas nas últimas cincotemporadas reprodutivas -Banco de dados Tamar-Ibama / 2003.

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O gráfico 07 mostra a quantidade de desovas na Praia do Forte (área de influência direta eindireta), que ocorre em cada um dos quilômetros da área analisada nos últimos 5 anos,sendo que o km 7 é o setor de responsável por 492 desovas, e o quilômetro 1 é responsávelpor 200 desovas.

Gráfico 07 – Distribuição quantitativa por quilômetro de praia das desovasregistradas nas últimas cinco temporadas reprodutivas -Banco de dados Tamar-Ibama / 2003.

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 5.2.1.2.7. Descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora

A heterogeneidade espacial da restinga tem sido demonstrada como importante fator queinfluencia na diversidade de espécies da fauna terrestre. Áreas com maior diversidade porvolume de plantas, em geral, possuem riqueza de espécies animais, enquanto áreas comreduzida cobertura vegetal são relativamente pobres nesse aspecto. As razões para essaredução devem-se, sobretudo ao fato de que a baixa diversidade de microhabitats reduz aoferta de recursos. Por outro lado áreas com reduzida cobertura vegetal constituem-se emáreas abertas nas quais a pressão de competição e predação torna-se um importante fator.

Estudos relacionam a importância das plantas da restinga para diversos grupos de animais,especialmente, aves, lagartos, anfíbios e insetos. Estas são utilizadas fornecendo abrigo,refúgio, local para nidificação, variados recursos alimentares, entre outros.

Pensando numa escala de necessidades das espécies animais em relação direta com osvegetais é possível destacar as espécies que compõem a ornitofauna. As aves são criaturasque de diversas maneiras, já citadas anteriormente, se relacionam e dependem dos vegetais,além de contribuir, também, na manutenção da integridade e desenvolvimento dos mesmos,sobretudo através dos processos reprodutivos que participam. Dessa forma facilitam areprodução das plantas devido aos mecanismos de polinização, dispersão e/ou germinação

de sementes. Sander et all (1976) publicaram uma lista com cerca de 300 espéciesbotânicas úteis às aves das quais 26 são encontradas na área de influência doempreendimento.

No caso dos Trochilideos, grupo de aves encontrado no local, em virtude da polinizaçãoque realizam decorre a sua contribuição para a defesa e proteção das plantas, uma vez quese relaciona essa função com a conservação e reprodução das mesmas. A importânciaindispensável não só pela morfologia da flor, mas, pela disposição anatômica e mesmo por

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particularidades fisiológicas de muitas espécies botânicas, entre elas as bromeliáceas,concorrem para uma polinização perfeita. São adaptações de ambos os lados, decorrentesde estratégias para garantir a sobrevivência e sucesso de cada espécie (Ruschi, 1949).

 Hohenbergia littoralis, espécie da família Bromeliaceae muito comum em toda a área de

influência direta do empreendimento, evoluiu um mecanismo para armazenar a água dachuva: a disposição espiralada de suas folhas permite que estas retenham água tanto nasbainhas quanto na porção central da planta (tanque ou copo). O tanque e as folhas contendoágua com os nutrientes não absorvidos constituem um microhabitat para inúmeras espéciesde animais. Diferentes grupos de invertebrados e de vertebrados como lagartos e anfíbiosanuros dependem deste microhabitat para sua alimentação, reprodução e refúgio contrapredadores.

O papel ecológico que diversas espécies desempenham na restinga pode ser evidenciado nocaso do Tropidurus torquatus, uma espécie de lacertílio muito comum na restinga da Praiado Forte e que pode ser facilmente observada quando se caminha pela área. Podem ser

encontrados sobre os terrenos dominados por areia, sobre troncos de pequenos arbustos, ouainda nas proximidades da palmeira acaule guriri ( Allagoptera brevicallyx ), cujas folhaspendentes ao chão fornecem excelentes abrigos também para outras espécies de lagartos. Aplasticidade do Tropidurus torquatus no que se refere à ocupação e ao hábito alimentardescrito por alguns autores como oportunístico e generalista, confere fatores importantesque certamente contribuem para o sucesso da espécie na ocupação, adaptação e a utilizaçãodos recursos disponíveis dentro do espectro ambiental. (Teixeira et all, 1999).

A relação entre a composição do habitat de uma área de restinga e uso do espaço porlagartos foi descrita por Rocha (1991). Este trabalho revelou que em geral os lagartosencontram-se associados aos ambientes em que é maior a cobertura vegetal. É provável quea vegetação atue minimizando a exposição aos predadores e aumentando a disponibilidadede artrópodes (presas potenciais) no local. Dessa forma, a proximidade com a área que avegetação é mais densa, além de proporcionar maior disponibilidade de recursosalimentares, diminuindo a necessidade de locomoção em busca de sítios de forrageamento.

Pesquisas sobre dieta de mamíferos são necessárias para se entender as relações entre osnichos, processos competitivos e as influências que os mesmos exercem sobre osecossistemas. Diversos trabalhos foram feitos no sentido de correlacionar a disponibilidadede alimento com a utilização do habitat e com o período reprodutivo de roedores darestinga. Talamoni et all (1999) analisou a dieta de 13 espécies de mamíferos dos quais amaioria apresentou hábito herbívoro-onívoro, com preferência às partes vegetativas dasplantas.

Mittermeier descrevendo a ecologia e o comportamento de primatas neotropicais fezreferência aos vegetais utilizados na dieta do mico-de-tufo-branco (Callithrix jacchus),primata muito encontrado em toda a região. A maioria são árvores frutíferas, mas estesanimais não se restringem aos frutos, utilizam-se também das folhas e do látex.As cadeias alimentares dos ecossistemas terrestres na área proposta para o empreendimentosão de dois tipos básicos: a cadeia alimentar de pastoreio, que é aquela que, partindo dos

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vegetais, passa pelos herbívoros de pastoreio, isto é, organismos que se alimentam deplantas vivas, e seguem pelos carnívoros, aqueles que se alimentam de animais; a outra é acadeia alimentar de detritos, que vai da matéria orgânica morta, passa para osmicroorganismos e depois para os organismos que se alimentam de detritos (detritívoros) ede seus predadores. No ambiente de restinga, verifica-se que a cadeia alimentar de

pastoreio é mais significativa do que a cadeia alimentar de detritos, visto que a maior parteda energia flui a partir da luz solar, penetrando no meio biótico através das plantas, sendo apartir daí distribuída para os outros níveis tróficos. (EIA-Reta Atlântico-2003).

Fig. 02 – Mostra a cadeia trófica do ecossitema.Tabela 11

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

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  madeira morta.

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

Araneae Aranhas Ajudam no controle de animais nocivos como baratas

e mosquitos. Sservem de alimento para anfíbios,répteis, aves e mamíferos.

Anura Sapos, rãs epererecas

Servem de alimento para répteis e ajudam no controlede pragas, alimentam-se de insetos.

Tupinambis teiú Come larvas, insetos e toda a bicharada miúda queteguixim encontra, inclusive ratos, baratas e cupins cujos

ninhos escava e destrói. Iguana iguana Iguana Servem de alimento para cobras, aves de rapina e

alimentam-se de insetos, ajudando no controle depragas.

 Boa Jibóia São predadores de roedores.constrictor 

Crotalus Cascavel Alimenta-se de anfíbios, répteis, aves e insetos. Seudurissus veneno é extraído e utilizado na produção de vacinas

terrificus e pesquisas. Micrurus coral Alimentam-se de outras cobras.lemniscatus e verdadeira Micrurus

ibiboboca

 Drymarchon papa-pinto- Alimenta-se de outras cobras.corais corais amarelo

Caimanlatirostris

Jacaré-de-papo-amarelo

animais ao se alimentarem daqueles indivíduos maisfracos, velhos e doentes, que não conseguem escapar

de seu ataque. Também controlam a população deinsetos e dos gastrópodos (caramujos) transmissoresde doenças como a esquistossomose (barriga-d'água)

 Athene

cunicularia ou

Speotyto

cunicularia

Coruja-buraqueira

Por alimentar-se de insetos, é muito útil ao homem,beneficiando-o na agricultura. Come pequenosroedores (ratos), insetos e cobras

Tyto alba Suindara caça ratos à noite, próximo a habitações humanas -porisso considerada uma “ratoeira voadora” e uma dasaves mais “úteis” no que se refere à economia humana

Aratinga Aratinga-de- Dispersoras de sementes.solstitialis e peito-vermelho

eAratinga aurea jandaia-estrela

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Piaya cayana Alma-de-gato Aliás, essa ave deve ser protegida, pois é muito útil aoagricultor. O exame de 155 estômagos de almas-de-gato evidenciou que estas aves são insetívoras e que50% do conteúdo era de lagartas que atacam as nossasculturas

Crotophaga Anu-preto faz ninhos coletivos, em formato de uma grandeani xícara aberta, os grandes ninhos, de concavidadeprofunda, quando abandonados, são às vezes

aproveitados por outros pássaros ou até mesmo por

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais, e cobras,se instalam nesses ninhos, às vezes após ter depredadoseu conteúdo. É atribuída a carne um valor curativo emdoenças venéreas e asma. Controle

biológico de pragasGuira guira Anu-branco faz ninhos coletivos, em formato de uma grande xícara

aberta, os grandes ninhos, de concavidade profunda,quando abandonados, são às vezes aproveitados poroutros pássaros ou até mesmo por pequenosmamíferos, sobretudo marsupiais, e cobras, se instalamnesses ninhos, às vezes após ter depredado seuconteúdo. É atribuída a carne um valor curativo emdoenças venéreas e asma

Apodiforme Beija-flor Sua alimentação é basicamente néctar, sendo assim sãoresponsáveis pela polinização das plantas que visitam.

 Mimus

saturninus

 Mimus gilvus

Sabiá-do-campo Sabia-da-praia

as sementes ingeridas são eliminadas intactas atravésdas fezes ou por regurgitação, o que o torna um agentedispersor das mesmas nas restingas

 Icterus icterus Sofre as sementes ingeridas são eliminadas intactas atravésdas fezes ou por regurgitação, o que o torna um

agente dispersor das mesmas nas restingasCoereba Cambacica Polinizadoras flaveola

 Ramphocelus Tiê-sangue Disseminador de semente.

bresiliusSporophila Caboclinho Dispersores de sementes de gramíneas.bouvreuil

 Molothrus Chopim Parasita o ninho de outras aves.banariensis

Passer  Pardal Pardais e agricultores são inimigos porque o pardaldomesticus causa grande prejuízos nos pomares e plantações de

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  cereaisCoragyps

atratus

Urubu- Como consumidores de carne em decomposição,

comumCathartes aura Urubu-de-

desempenham imortante papel de limpeza, eliminandomatérias orgânicas em putrefação.

cabeça Também ingerem fezes.vermelhaCathartes Urubu-de-burrovianus cabeça

amarela Herpetotheres

cachinnans

Acauã alimenta-se de lagartos, morcegos e cobras – das quaistornou-se famoso exterminador, apesar de caçarprincipalmente espécies inofensivas, como a cobra-cipó

Falco Gavião-quiri- Alimenta-se de morcegos, pequenas aves, lagartos esparverius quiri insetos.

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

 Mivalgo Gavião- Alimenta-se de carrapatos, bernes no lombo do gado,Chimachima carrapateiro pode se alimentar de lagartos, cupins em revoada,

cadáveres de animais mortos, fezes, frutos e quandotem chance ovos de aves.

Glossophaga Morcego São importantes polinizadores de várias espéciessoricina vegetais e também podem hospedar o vírus da raiva Didelphis Gambá São reservatórios naturais do tripanossomo,

marsupialis e protozoário causador da doença de chagas. Didelphis

albiventris

Callithrix 

 jacchus

Mico-estrela-de-

Alimenta-se de flora do Syagrus coronata, Syagrus

tufos-brancos schizophylla, Tapira guianensis Anacacardium

occidentale, Inga fagifolia, Aechemea Dasyprocta

aguti

Cutia Alimenta-se de frutos de palmáceas, importante na

dispersão de sementes florestaisCerdocyon

thous

Raposa-da-

praia

São onívoras e os maiores predadores naturais dos

ovos de tartarugas marinhas na área. As raposas sãoreservatórios naturais de tripanossomo e Leishmaniose

Segue no volume de anexos fotos com identificações da relação fauna-fauna efauna-flora.

Tabela 12 -Listagem Das Espécies Vegetais E Sua Importância Para Fauna

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NOME CIENTÍFICO UTILIZAÇÃO PELA FAUNA Allagoptera brevicallyx M. Moraes Suas folhas pendentes servem de abrigo para répteis como o

Tropidurus torquatus. Anacardium occidentale L. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

 Annona glabra L. Frutos usados na dieta da Avifauna. Byrsonima blanchetiana Miq. Frutos usados na dieta da Avifauna. Byrsonima sericea DC. Frutos usados na dieta da Avifauna.Casearia sylvestris Sw. Frutos usados na dieta da Avifauna.Cereus fernambucensis (L.) Lam. Frutos usados na dieta da Avifauna.Cupania oblongifolia Mart. Frutos usados na dieta da Avifauna. Diospyrus sp. Frutos usados na dieta da Avifauna.Erythroxylon passerinum Mart. Frutos usados na dieta da Avifauna.Eugenia uniflora L. Frutos usados na dieta da Avifauna.Ficus cluseifolia Schot Frutos usados na dieta da Avifauna.Ficus gomelleira Kunht & Bouché Frutos usados na dieta da Avifauna. Himatanthus lancifolius (Müll.

Arg.) Woodson

Frutos usados na dieta da Avifauna.

 Hohenbergia littoralis L. B. Smith Seu tanque fornece abrigo, alimento e facilita a reprodução deAnfíbios e Répteis como Tropidurus torquatus e Tropidurus

hispidus.

 Inga fagifolia (L.) Willd. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

 Jacaranda obovata Cham. Frutos usados na dieta da Avifauna. Lantana sp. Frutos usados na dieta da Avifauna. Manilkara salzmanii (A DC.)Lamarck

Frutos usados na dieta da Avifauna.

Ocotea notata (Nees) Mez Frutos usados na dieta da Avifauna.

Panicum decipiens Nees Frutos usados na dieta da Avifauna.Panicum dichotomiflorum Michx. Frutos usados na dieta da Avifauna.Panicum sp1 Frutos usados na dieta da Avifauna.Panicum sp2 Frutos usados na dieta da Avifauna.Passiflora foetida L. Frutos usados na dieta da Avifauna.Pouteria grandiflora (A. DC)Baehni

Frutos usados na dieta da Avifauna.

Psidium araça Raddi Frutos usados na dieta da Avifauna.Schinus terebinthifolius Raddi Frutos usados na dieta da Avifauna.Stenotaphrum secundatum (Walter)Kuntze

Frutos usados na dieta da Avifauna.

Syagrus coronota (Mart.) Becc. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

Syagrus schizophylla (Mart.)Glassman

Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

Tapirira guianensis Aubl. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

5.2.1.2.8. Diagnóstico da situação geral da fauna e das ações antrópicas sobre ela

exercida

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A fauna vem sendo exterminada em várias regiões do litoral norte da Bahia, por açõesantrópicas, seja pela caça clandestina, a modificação de habitas, que conduz à perda deoutras espécies, pela ação do fogo, derrubada de florestas, agricultura, drenagem,terraplanagens e poluição.

A comunidade conservacionista tem focalizado sua atenção constantemente sobre a máconservação das florestas tropicais, lamentando a perda da cobertura vegetal em vastasáreas do país, especulando sobre extensas florestas que ainda existem intactas, onde aindase encontra várias árvores frondosas e exuberantes, usando este argumento comoindicadores do seu estado de conservação.

No entanto a presença de enormes troncos não garante a presença da fauna, pois muitasvezes as árvores permanecem em lugares onde as atividades humanas extinguiram amaioria dos animais.

A ausência de animais tem profundas implicações na preservação das florestas, fazendonosacreditar que tudo ali esta bem, várias destas florestas são mortas-vivas (Janzen, 1988).Embora imagens de satélite, fotos áreas, registrem grandes extensões de florestaspreservadas, elas estão vazias de grande parte da riqueza faunística. Uma floresta vazia éuma floresta condenada.

Nas formações florestais, os animais são importantes, não apenas como fonte de alimentode subsistência para populações tradicionais, mas também como componentes ecológicosintegrantes do ecossistema e qualidade ambiental dos mesmos.

A região em estudo – Fazenda Praia do Forte, mantém grandes áreas ainda conservadas,cerca de 97% da propriedade mantém ecossistemas integrados e conservados, secomparados a outra localidades do litoral norte da Bahia, podendo citar a Reserva deCamurujipe com cerca de 2.000 hectares de floresta atlântica, e a Reserva da Sapirangacom 600 hectares, fora os ecossistemas associados como a Lagoa do Timeantube com 340hectares, restingas, manguezais, e áreas de desovas de tartarugas marinhas, em toda suaextensão.

A administração da fazenda Praia do Forte mantém uma equipe de biólogos e guardasflorestais, para a gestão ambiental da propriedade, que desenvolvem programas deeducação ambiental, fiscalização, monitoramento das áreas visitadas e manejo de fauna eflora nas reservas particulares da propriedade, garantindo até os dias de hoje a qualidadeambiental da mesma. Várias estratégias são elaboradas para fortalecer este espíritoconservacionista. Como exemplo podemos citar o apoio de projetos de conservação epesquisa de espécies em extinção, Projeto Tamar-IBAMA, Projeto Baleia Jubarte-Ibama, erecentemente o Projeto Arara-azul-de-lear  Anodorhynchus leari e Ararinha-azulCyanopsitta spixii -Cemave-Ibama, onde está sendo construído o Quarentenário e Centro deReprodução destas espécies endêmicas da Bahia, que através da Fundação Garcia D´Ávila,vem apoiando estes projetos, na doação de áreas, comodatos, termos de cooperação técnicae parcerias entre os profissionais envolvidos.Desta forma, numa visão geral da fauna e das ações antrópicas, a propriedade em estudo, semantém num bom estado de conservação, onde se pretende garantir para as futuras

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gerações, a oportunidade de conhecer o que a natureza nos oferece todos os dias- qualidade de vida.

Vale ressaltar que as características locacionais do empreendimento valorizaram avegetação de maior importância presente na área de intervenção, adaptando os seus

equipamentos de modo a preservar os bolsões e corredores onde se encontra maiordiversidade e porte, o que contribuirá para minimizar os impactos sobre a fauna localpropiciando a preservação dos seus hábitos e mantendo a qualidade de vida.

Segue no volume de anexos pranchas com identificação de alguns representantes da faunaque ocorre em Praia do Forte, material utilizado para avistagem de animais silvestres naFazenda Praia do Forte.

5.2.1.2.9. Registro e mapeamento das áreas de dessedentação e corredores de fauna,

 principalmente os localizados nas áreas de preservação permanente

Este mapa encontra-se no volume de anexos.

5.2.1.2.10. Descrição dos aspectos básicos referentes á ecologia: habitat, nicho

ecológico, relações na teia alimentar etc., em relação ás espécies raras e às

ameaçadas de extinção

Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nome popular: tartaruga-de-pente Tamanho: ocomprimento da carapaça varia de 53cm à 115cm quando adultas e podem chegar a pesar150Kg; Características: a carapaça é elíptica com os escudos dorsais imbricados(sobreposição das escamas). A cabeça é de tamanho médio, estreita e com um bicopontudo. É a mais colorida das tartarugas marinhas. As escamas da cabeça têm margenscreme ou amareladas. O arranjo das cores é diversificado: marrom, preto, vermelho eamarelo. Ao longo do plastrão há duas quilhas; Hábitat: formações recifais; Dieta:omnívora -come de tudo, anêmonas, medusas, algas, polvos, lulas, esponjas, caranguejos,ouriços do mar, pedras, lagostas, caranguejos, animais incrustastes, algas, esponjas,moluscos, folhas de mangue, frutas, madeira, mexilhões, lulas, polvos; Reprodução: adesova ocorre no verão e em poucas localidades, podendo ocorrer 1 ou 2 picos na mesma.Desovam de 2 a 5 vezes por estação, colocando de 73 a 189 ovos por ninho. A incubaçãoocorre entre 47 e 75 dias; Comportamento: áreas de alimentação tipicamente próximas àsáreas de desova. Há registros de comportamentos de "tomar sol" em praias inabitadas oupouco habitadas; Categoria: ameaçado de extinção – em perigo;

Nome Científico: Chelonia mydas Nome popular: tartaruga-verde Tamanho: a maior dastartarugas marinhas de carapaça dura. Pode variar de 71cm a 150cm e seu peso varia de40Kg à 160Kg. Pode chegar a pesar até 350Kg;Características: a cor de sua gordura localizada abaixo de sua carapaça. Possui umacoloração que pode ser escura, amarronzada e tons esverdeados e sua carapaça tem aforma oval. Os filhotes são marrons escuros ou quase preto, com parte ventral clara;Distribuição: amplamente distribuída nas águas tropicais e subtropicais;Hábitat: perto das costas continentais e em torno de ilhas. É herbívora, ou seja,

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alimenta-se de amontoados de pastagens marinhas que crescem em águas superficiais;Dieta: alimenta-se na costa brasileira, do estado de São Paulo até o Ceará;Reprodução: desova no verão, no Brasil - do Pará a Sergipe e em ilhas oceânicas como

o Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha de Trindade. Colocam entre duas a cinco

ninhadas por estação. A quantidade de ovos por ninho varia de 38 a 195; Comportamento:tem comportamento migratório entre as áreas de alimentação e de reprodução; Categoria:ameaçado de extinção -Vulnerável; Nome Científico: Caretta caretta Nome popular:tartaruga-cabeçuda Tamanho: o tamanho de fêmeas adultas está entre 81,5cm e 120cm,com um peso de 75Kg podendo chegar a até 200Kg; Características: tem a cabeça serbastante grande em proporção ao restante do corpo, podendo medir até 25cm. Quandoadulta, a carapaça em forma de "coração" e a cabeça larga, ampla e subtriangular, com doispares de escamas pré frontais e sua coloração é marrom-avermelhada. Os filhotes sãoescuros de cor marrom dorsalmente, plastrão usualmente muito pálido; Distribuição:amplamente distribuída ao redor do mundo, do norte do Trópico de Câncer ao sul doTrópico de Capricórnio; Dieta: carnívora durante toda a sua vida. Alimenta-se de

camarões, ouriços do mar, esponjas, peixes, lulas, polvos e águas-vivas; Reprodução: adesova aqui no Brasil está compreendida entre os meses de setembro a março em locaiscomo Maranhão e Ceará. Também são registrados ninhos desde Sergipe até a Bahia,Espírito Santo e Rio de Janeiro. As fêmeas podem desovar de 2 a 5 vezes por estação,depositando uma média de 110 ovos em cada ocasião. O acasalamento desta espécie érealizado ao longo das rotas migratórias entre as áreas de alimentação e as áreas dereprodução. A incubação "ótima" ocorre entre as temperaturas de 26º C e 32º C; quantomenor a temperatura, dentro deste limite, maior a propensão de nascerem machos;Comportamento: espécie mais comum desovando em nosso litoral. Pode permaneceradormecida durante o inverno, enterrada em fundos de lama em águas moderadamenteprofundas, como baías e estuários; Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Lepidochelys olivacea

Nome popular: tartaruga-olivaTamanho: variando de 51cm a 80cm, sendo que o macho adulto possui 3cm a mais quea fêmea e 2Kg a menos. Pode ter até 60Kg quando adulta;Características: a carapaça é quase redonda e os escudos laterais são sempre mais de 5pares. Tem coloração esverdeada e, com o crescimento, passa a ser cinza;Dieta: peixes, lagostas, caranguejos, algas, anêmonas, ovos de peixes;Reprodução: O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período deincubação estende-se de 45 a 65 dias;Comportamento: as fêmeas emergem para desovar em agregações sincronizadas;

algumas vezes compreendem mais que 150.000 tartarugas, estas arribadas ocorremsomente em duas praias de Orissa State, na Índia, em duas praias no lado Pacífico daCosta Rica, no Suriname e em Guyana. Fora das áreas de desova, os adultos vivem emalto mar, viajando ou descansando em águas superficiais, mas, além disso, observaçõesde tartarugas mergulhando e se alimentando em 200m de profundidade têm sidoregistradas. Esta tartaruga normalmente migra ao longo de bancos de areia continentaisconvergindo no verão e outono para desovar em praias de pouca inclinação com grãos

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de areia finos a médios, ásperos e grossos;Predadores naturais: os filhotes são comidos por pássaros e mamíferos e pelocaranguejo fantasma. No mar por aves marinhas e peixes carnívoros. Grandes peixes epequenos tubarões são capazes de devorar juvenis, mas tartarugas sub-adultas e adultassão comidas apenas por tubarões. Adultos em praia de desova podem ser mortos por

cachorros e em algumas áreas por hienas, chacais e tigres;Categoria: ameaçado de extinção – em perigo;

Nome Científico: Phrynops hogei

Nome popular: cágadoTamanho: podem atingir 40 cm;Distribuição: por todo Brasil;Reprodução: postura de até 14 ovos, enterrados na areia;Comportamento: diurnos e aquáticos;Categoria: Phrynops hogei -ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Caiman latirostris

Nome popular: Jacaré-de-papo-amareloTamanho: 2m ou mais;Características: com coloração geralmente verde lodo, com listras de um amarelo sujo,quase pardacentas, ventre amarelo intenso, focinho pouco largo e achatado, o crânio nãoé triangular. São animais ectotérmicos (com temperatura variável, de acordo com oambiente), gostam de calor, não suportam o frio e têm boa visão noturna. Possuem umalonga cauda, útil na disputa por alimento (contra outros animais) e na locomoção dentroda água (a propulsão do jacaré);

Distribuição: desde o leste de PE ao RS, baixo Paraguai e alto rio Paraná;Hábitat: vive em rios não encachoeirados, lagos e brejos próximos ao mar e nas regiõespantanosas;Reprodução: o acasalamento ocorre na terra ou em charcos com pouca água. A fêmeacoloca 25 ovos em média, num ninho construído entre a vegetação, próximo à água, ecobre os mesmos com folhas secas e areia. Após a postura, a fêmea torna-se maisagressiva e nunca se afasta dos ovos;Comportamento: apreciam o "banho de sol" em grupos e à noite, caçam;Predadores naturais: o lagarto teiú (Tupinambis teguixin), o quati ( Nasua nasua) e oguaxinim (Procyon cancrivorus) são predadores dos ovos, e o gavião e outras aves dosfilhotes;

Categoria: ameaçado de extinção;

Nome Científico: Touit melanota

Nome popular: Apuim-de-costa-pretaTamanho: 16cm;Características: dorso e uropígio marrom-sepiáceo; lados da cauda vermelhos;Distribuição: ocorre da BA a SP e ocasionalmente no RJ;

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Hábitat: vive nas matas altas da Serra do Mar;

Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Nyctibius leucopterusNome popular: Urutau-de-asa-brancaTamanho: 30cm;Características: larga faixa branca nas coberteiras superiores das asas formando um“V” nas costas;Distribuição: Litoral Norte da BahiaHábitat: matas e capoeiras;Dieta: Insetos;Reprodução: em árvores isoladas, um único ovo;Comportamento: caçam na beira ou acima da mata, ou até no campo;Categoria: ameaçado de extinção;

Nome Científico: Pyriglena atra

Nome popular: Olho-de-fogo-rendadoTamanho: 17cm;Características: o macho possui mancha interescapular branca sempre visível (penasbrancas com uma mancha elíptica negra); a fêmea tem área branca interescapular;Distribuição: ocorre localmente ao norte do rio Paraguaçu, BA;Hábitat: comum em matas;Reprodução: faz ninho em forma de uma bolsa grande e fechada (de cerca de 10cm dediâmetro) de folhas secas e raízes, assentada no solo ou a pouca altura com entrada

látero-superior;Categoria: espécie ameaçada – em perigo;

Nome Científico: Xiphocolaptes falcirostris

Nome popular: Subideira-de-bigodeTamanho: 29cm;Características: de plumagem pálida, nítida faixa supra-ocular amarela, ventredesprovido, ou quase, de barras negras; bico pardo-claro e delgado;Distribuição: ocorre do MA à PR e BA;Hábitat: habita a floresta e mata ribeirinha;

Categoria: espécie ameaçada – vulnerável;

Nome Científico: Chaetomys subspinosus

Nome popular: Ouriço-cacheiroTamanho: pesa entre 1 a 2 kg;Características: possui pelo macio e sedoso;Distribuição: restritas ao sul da Bahia e ao Estado do Espírito Santo;

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Hábitat: endêmica da Mata Atlântica, vive em matas copadas nos extratos superiores erestingas;Dieta: alimentam-se basicamente de frutos e sementes;Comportamento: tem hábitos diurnos (crepusculares) e noturnos é essencialmentearborícola vindo raramente ao chão. Descansam sobre forquilhas (bifurcação de galhos

ou folhas) e cofeiros (emaranhados de cipós, folhas secas e bromélias) de canelas,araçás, palmeiras e outras;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Leopardus tigrinus

Nome popular: Gato-do-matoDistribuição: América Central e América do Sul;Hábitat: Floresta;Dieta: carnívoro;Reprodução: Gestação de 73 a 77 dias;

Tempo de vida: Aproximadamente 13 anos;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Leopardus wiedii

Nome popular: Gato-maracajáTamanho: 60 cm, mais 40 de cauda, a fêmea é menor que o macho, entre 1,75 e 3,5kg,com média de 2,4kg;Características: possui dorso amarelo - queimado e acinzentado na cabeça. Linhas emanchas arredondadas e listras negras distribuídas pelo corpo. Anéis completos nametade final da cauda. O alto da cabeça e lados da cara são amarelados. Possui manchas

brancas sob os olhos e na parte externa das orelhas. As orelhas são redondas e os olhosmuito grandes;Distribuição: América Central e América do Sul;Hábitat: florestas tropicais da América Central e América do Sul. São encontradostambém na costa do Pacífico;Dieta: carnívoro - pequenos mamíferos, aves e répteis;Reprodução: gestação de 81 a 84 dias;Comportamento: hábito noturno, terrestre e arbórea, solitário. Capaz de trepar nasárvores com grande agilidade e rapidez. Essas acrobacias são facilitadas pelaconformação especial de suas patas: os pés podem girar 180º sobre si mesmo, o quepermite descer dos troncos com a cabeça voltada para baixo, enquanto os seus

semelhantes são obrigados a se deixar deslizar, com a cabeça para o alto, arranhando acasca da árvore. Ele consegue também jogar-se no ar e se agarrar a um, galho com umadas patas;Tempo de vida: aproximadamente 13 anos;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Ozotocerus bezoarticus

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Nome popular: Veado-campeiroTamanho: 1,1–1,30 m, 30–40 kg;Características: não possuem dentes incisivos superiores e presença de chifres nosmachos, que podem ser simples ou ramificados (apresentam normalmente três pontas echegam a atingir, no adulto, até 30 centímetros) e não são permanentes. A pelagem tem

coloração marrom-claro, sendo o lado ventral do corpo, a cauda e o lado interno dasextremidades de cor branca. Os olhos também são rodados por um anel branco;Distribuição: América do Sul, Brasil Central e Sul, incluindo o Pantanal do MatoGrosso até a região da Bolívia, Uruguai e Argentina;Hábitat: áreas abertas, campos e cerrados;Dieta: alimentam-se de diversas espécies de capins e brotos, mas também ingeremervas, arbustos e até de flores;Reprodução: A fêmea tem apenas um filhote por ano, que nasce após uma gestação deaproximadamente nove meses. O nascimento dos filhotes ocorre quando existe umamaior oferta de alimentos;Comportamento: crepuscular e noturno. Vivem em grupos de geralmente de dois a

cinco indivíduos, mas grupos de até mais de 20 indivíduos já foram avistados. Sãoanimais extremamente ágeis, podendo correr a 70km/h e pular obstáculos sem diminuira velocidade. Os saltos são suficientes para cruzar pequenos rios; quando não, nadamcom facilidade. A hierarquia social é determinada através de disputas nas quais osmachos empurram seus adversários com os chifres, numa prova de força;Categoria: ameaçada de extinção;

Nome Científico: Tamandua tetradactyla

Nome popular: Tamanduá-mirim

Tamanho: corpo é de 60 cm além de 35 cm de cauda;Características: o “colete” que lhe veste o pescoço e a parte superior do dorso, ondetermina em ponto pelo colorido amarelo-pálido, destaca-se nitidamente pelo escuro;resto do corpo também ponta da cauda e clara;Distribuição: América do Sul;Hábitat: campos e florestas, matas e sobe em árvores;Dieta: Insetívoro;Reprodução: gestação de 130 a 150 dias;Tempo de vida: aproximadamente 9 anos;Comportamento: aproximadamente 9 anos;Categoria: Ameaçada -em perigo;

Nome Científico: Bradypus torquatus

Nome popular: Preguiça-de-coleiraTamanho: pode chegar a 50cm e pesar 6Kg;Características: faixa de pêlos pretos na região de pescoço. Possui três unhas fortes elargas (que se assemelham a garras) que são utilizadas para locomoção e defesa;Hábitat: exclusivamente na Mata Atlântica, preferem viver em árvores altas, com copa

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volumosa e densa e muitos cipós;Dieta: alimenta-se de folhas novas e brotos de um número restrito de árvores, comoimbaúba, gameleira, ingá, figueira, embiruçu, cacau, abacate e outras, de onde elatambém retira a água necessária para abastecer seu corpo -cada preguiça explora umaárea territorial definida, podendo ou não mudar-se para outra depois de algum tempo;

Reprodução: tempo de gestação de 210 dias (7 meses) e depois que o filhote nasce eleé carregado pela mãe nas costas e no ventre durante os primeiros nove meses de vida;Tempo de vida: pode chegar a 12 anos;Comportamento: a preguiça defeca e urina uma vez por semana, quando ela desce daárvore para fazer suas necessidades e deixar o cheiro bem longe do local onde morapara evitar a atração de predadores;Predadores naturais: jibóia, onça-pintada, suçuarana, jaguatirica, gaviões e iraras;Categoria: ameaçado de extinção – Vulnerável;

Nome Científico: Cabossous unicinctus

Nome popular: Tatu-de-rabo-moleCategoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

 5.2.2. Ecossistema Aquático

O Diagnóstico dos ecossistemas aquáticos foi elaborado pela empresa BMA-BIOMONITORAMENTO E MEIO AMBIENTE LTDA, e encontra-se no Volume VII -Anexos.6 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

6.1 Apresentar as categorias de Unidades de Conservação existentes na área deinfluência direta e indireta, identificando os decretos de criação, categoria, áreade abrangência e avaliação das interferências do empreendimento;

Foi identificada, que a área está inserida em uma APA – Área de Proteção Ambiental, ondeincide uma legislação específica para esta unidade de conservação.

A Resolução CEPRAM N° 1040, DE 21 DE FEVEREIRO DE 1995, (D.O DE 10/05/95),aprova o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Litoral Norte doEstado da Bahia. Em seu Art. 1°resolve -Aprovar o Plano de Manejo da Área de Proteção

Ambiental do Litoral Norte do Estado da Bahia, com o objetivo do desenvolvimentosustentável da área, objeto do Decreto n° 1.046 de 17 de março de 1992.

6.2 Apresentar mapa georreferenciado das Unidades de Conservação em escala1:25.000 na área de influência do empreendimento;

Este mapa constitui-se no mapa do Zoneamento Ecológico Econômico da APA.

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6.3 Apresentar estudos de áreas com potencial para criação de Unidades deConservação de proteção integral, objetivando o atendimento ao artigo 36 daLei 9.985/00 regulamentada pelo Decreto 4340/02.

Na área de influência indireta do empreendimento, o Sr. Wihelm Hermmann Klaus

Peters possuem em tramitação no Órgão competente, estudos para a criação de duasUnidade de Conservação de proteção integral: Reserva Particular do Patrimônio Natural–RPPN.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Becker,Marlise

– Rastros de mamíferossilves

tresbrasileir

os: um guia de campo– 

Brasília: Ed. UnB; Ed. IBAMA, 1999.BÜCHEL, Wolfgang – “Acúleos quematam

– No Mundodo

s AnimaisPeçonhentos” 

– 

Ed. SYNTEX,CARRERA, Messias – “Entomologia para Você” 

– 7ªEdição

– Ed. NOBEL, 1988.

CENTROTAMAR-IBAMA/MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE -Relatório técnicoanual -Bahia / Junho de 2002 a Maio de 2003

E. O. Wilson – Biodiversidade, Ed. Nova Fronteira, 1997.Emmor H. Louise – Neotropical Rainforest Mammals , 1990Esteves, F. A. & Lacerda, L. D. – Ecologia de restingas e lagoas costeiras – 2000.Estudo Meio Biótico Vol.III – EIA Reto Atlântico – Agosto/2003FABICHAK, Irineu – “Abelhas Indígenas Sem Ferrão Jataí ” -Ed. NOBEL.FERREIRA, J.M.S.; WARWICK, D.R.N.; e SIQUEIRA, L.A. – “A Cultura do

Coqueiro no Brasil” – EMBRAPA, 1998. Freitas, M. A. ,Pavie I. – Guia de répteis da região metropolitana daSalvador e Litoral Norte da Bahia – Malha de sapopublicações, 2002 FREITAS, Marco Antonio de – “Serpentes da Bahia e do Brasil – Suas características ehábitos 107 fotos a cores” – Ed. DALL, 1999. Galetti, Mauroe Pizo, Marco Aurélio – Ecologia e conservação depsitacídeos no Brasil

– Belo Horizonte: Melopsittacus Publicações Científicas, 2002.Garay, Irene E. G. e Dias, Braulio F. S. – Conservação dabiodiversidade em ecossistemas tropicais – Ed. Vozes, 2001.Júnior, Valdor A. Ramos, Pessitti, Cecília e Chieregatto, CleydeA. F. S. – Guiade identificação dos canídeos silvestres brasileiros.Ed. Comunicação Ambiental 2003 Lacerda, Luiz Drude de org.Restingas; origem, estrutura, processos. Universidade FederalFluminense CEUFF, 1984. LEWINSOHN, T.M.; PRADO, P.I. – “Biodiversidade Brasileira – Síntese do Estado Atual doConhecimento” – Ed. Contexto, 2002. Oliveira, Tadeu Gomes de– Guia de identificação dos felinos brasileiros – Sociedade de

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Zoológicos do Brasil, 1999. Paiva, Melquíades Pinto -Conservação da faunabrasileira, Ed. Interciência ltda. 1999. Pitman, Maria R. P. Leite – Manual deidentificação, prevenção e controle de predação

por carnívoros -Edições IBAMA, 2002. Primack, Richard B. e Rodrigues, Efraim– Biologia da conservação – 2001. PROJETO TAMAR-IBAMA – Importância da

Praia do Forte, Bahia, como sítioreprodutivo de tartarugas marinhas na costa brasileira– Informações Preliminares / Praia do ForteJunho/2003. SANTOS, Eurico – “Anfíbios e Répteis doBrasil – Vida e Costumes” – 4ª Edição -Ed.

Vila Rica, 1994. SANTOS, Eurico – “Insetos – Vida e Costumes” – Vol. 9 -Ed.Itatiaia Limitada, 1982. SANTOS, Eurico – “Insetos” – Vol. 10 -Ed. Itatiaia Limitada,1985. SICK, Helmut – “Ornitologia Brasileira” – Ed. Nova Fronteira, 1997. Silva,Flávio – Mamíferos Silvestres – Rio Grande do Sul. 2 Ed. Porto Alegre,

Fundação Zoobotânico do Rio Grande do Sul, 1994Souza, Deodato G. Santos – Todas as Aves do Brasil – Guia

de campo para identificação-Ed. Dall 1998. Valldares-Padua,Cláudio; Bordmer, Richard E.; Cullen Laury – ManejoConservação de vida silvestre no Brasil – Publicaçõesavulsas do Mamirauá, 1997.

Publicações diversas utilizadas como leitura do PROJETO TAMAR-IBAMA:

.  • Projeto Tamar e Programa de visitas orientadas/ecoturismo emPirambu;.  •   Nem tudo que cai na rede é peixe: Na environmental Education Initiative toreduce mortality of marine turtles caught in artisanal fishing nest in Brazil;.  • Marine trtle of Brazil: the history and structure of Projeto TAMAR-IBAMA;

.  •

Activities by Projecto Tamar in brazilian sea turtle feeding grounds;.  • Juvenile Eretmochelys imbricata and Chelonia mydasin the Archipelago of Fernando de Noronha, Brazil;.  • Nesting and conservation managemente of Hawksbill turtle Eretmochelys

imbricata in Northern Bahia, Brazil.  • A six season study of marine turtle nesting at Praia do Forte, Bahia, Brazilwith implications for conservation and management;.  • Estimating sexratios of loggerhead turtles in Brazil from pivotal incubationdurations;.  • An ecotourism initiative to increase awareness and protection of marineturtles in Brazil: Turtle by Night Program;.  • Local community involvement in conservation – the use of mini-guides in aprogramme for sea turtles in Brazil;.  • Pivotal temperature and predicted Sex ratios for hatching hawksbill turtlesfrom Brazil;.  • Thermal profiles of sea turtle hatcheries and nesting areas at Praia do Forte,Brazil;.  • Brazilian plan for reduction of incidental sea turtle capture in fisheries.  • Reducing threats to turtles;

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GAIA CONSULTORIA EM RECURSOS NATURAIS LTDA

WIHELM HERMMANN KLAUS PETERS

EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE

VOL III – MEIO BIÓTICO

EIA/RIMA -ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL E RESPECTIVORELATÓRIO DE IMPACTO NO MEIO AMBIENTE

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ÁREA SITUADA A NORTE DA VILA DE PRAIA DO FORTE, MUNICÍPIO DE MATA DE SÃO JOÃO

SALVADOR, ABRIL DE 2004EQUIPE TÉCNICA DA EMPRESA RESPONSÁVEL PELO MEMORIAL

DESCRITIVO DO EMPREENDIMENTO IBEROSTAR PRAIA DO FORTE– EIA/RIMA

Bolzico & Associado Carlos Gregório de Souza – Arquiteto Responsável -CREA -BA27.895/D e-mail: [email protected] Telefone: (71) 676-0061

EQUIPE TÉCNICA DA GAIA CONSULTORIA EM RECURSOS NATURAISLTDA, RESPONSÁVEL PELOS ESTUDOS AMBIENTAIS DO EIA/RIMA

MEIO FÍSICOGilberto Trioschi Guerra – Coordenação Geral – Geólogo -CREA: 17.406 / D e-mail:[email protected] Telefone: (71) 9102-7275

José Mácio Falcão Ferreira – Coordenação Geral – Geólogo -CREA: 9151 / D e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9147-6344

João Ilton Ribeiro de Oliveira -Eng. Civil -CREA 100.726 – D

José Maurício O. da Silva Costa -Eng. Sanitarista e Ambiental -CREA: 36.520 / D

Ricardo Alves -Eng. Agrônomo-CREA: 20.541 / D

MEIO BIÓTICO – ECOSSISTEMAS TERRESTRES

Adriano Adamsom Paiva -Coordenação Setorial – Biólogo -CRBIO: 14.791 / 5 e-mail:[email protected] Telefone: (71) 9981-1896

Christiano Marcelino Menezes – Biólogo -CRBIO: 27.384 / 5

Gabriella Almeida de Faria – Bióloga -CRBIO: 27.049 / 5

Vanessa Íris Silva -Estagiária de Bióloga

MEIO BIÓTICO – ECOSSISTEMAS AQUÁTICOS

Luiz J. Cardoso Quaglia -Coordenação Setorial -Msc.Biólogia -CRBIO: 03.846 / 5

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email.: [email protected] Telefone: (71) 335-4993

André Bonfim -Biólogo,Bsc -CRBIO 27860/5/D

Nívea Roquilini Santos Silva -Bióloga, Bsc, Msc -CRBIO 27861/5/D

MEIO SOCIOECONÔMICO

Ivana Tavares Muricy – Coordenação Setorial -Socióloga -Msc em Ciências Sociais e-mail: [email protected] Telefone: (71) 9979-1201

Ana Carla Souto Rocha -Antropóloga -Msc em Ciências Sociais

Cristiane Santos Souza -Socióloga -Msc em Ciências Sociais

Fábio Baqueiro Figueiredo -Estudante História (UFBA)

Estagiários do Meio Sócio Econômico

Daiana dos Santos Pereira Daiana Portela Karolina Ferreira Matos Renata Abu-Chacra deAlmeida

Sumário

4 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO ..................... 5

4.1 DELIMITAR EM MAPAS GEORREFERENCIADOS AS ÁREAS QUE SERÃO AFETADAS DIRETA (ESCALA

1:2000) OU INDIRETAMENTE (ESCALA 1:25.000) PELO EMPREENDIMENTO ............................................... 5

4.2 IDENTIFICAR E APRESENTAR MAPEAMENTO GEORREFERENCIADO EM ESCALA 1:2.000, DAS ÁREAS

DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE, ÁREAS VERDES E RESERVA LEGAL, CASO SE APLIQUE

........................... 5

4.3 APRESENTAR PLANTAS GEORREFERENCIADAS DO PROJETO (MASTER PLAN), PLOTADAS SOBRE

FOTOS AÉREAS GEORREFERENCIADAS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO........................................................... 5

4.4 APRESENTAR PLANTAS GEORREFERENCIADAS DO PROJETO (MASTER PLAN) SUPERPOSTAS AO

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ZONEAMENTO DA APA DO LITORAL NORTE NA ESCALA 1:25.000 ............................................................5

4.5 APRESENTAR A JUSTIFICATIVA DA DEFINIÇÃO DAS ÁREAS DE INFLUÊNCIA E INCIDÊNCIA DOS

IMPACTOS. ................................................................................................................................................ 5

5.2 MEIO BIÓTICO .............................................................................................................................. 7

5.2.1 Ecossistema Terrestre.......................................................................................................... 7 

6 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO.............................................................................................. 175

6.1 APRESENTAR AS CATEGORIAS DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EXISTENTES NA ÁREA DE

INFLUÊNCIA DIRETA E INDIRETA, IDENTIFICANDO OS DECRETOS DE CRIAÇÃO, CATEGORIA, ÁREA DE

ABRANGÊNCIA E AVALIAÇÃO DAS INTERFERÊNCIAS DO EMPREENDIMENTO; ........................................ 175

6.2 APRESENTAR MAPA GEORREFERENCIADO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO EM ESCALA

1:25.000 NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO; ................................................................... 175

6.3 APRESENTAR ESTUDOS DE ÁREAS COM POTENCIAL PARA CRIAÇÃO DE UNIDADES DE

CONSERVAÇÃO DE PROTEÇÃO INTEGRAL, OBJETIVANDO O ATENDIMENTO AO ARTIGO 36 DA LEI 9.985/00REGULAMENTADA PELO DECRETO 4340/02 .......................................................................................... 175

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................. 176

APRESENTAÇÃO

O Relatório de Impacto no Meio Ambiente – RIMA, segundo a Resolução CONAMAnº001 de 23 de janeiro de 1986, deverá apresentar as conclusões do Estudo de ImpactoAmbiental – EIA, o qual teve por base o diagnóstico ambiental da área de influência doprojeto e as ações que incidirão sobre o ambiente.

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA/RIMA do empreendimento Iberostar Praia do Fortefoi realizado com base no Termo de Referência elaborado pelo Centro de RecursosAmbientais – CRA, em anexo, parte integrante do Processo de Licença de Localização nº2003-005693/TEC/LL-0052. É importante registrar que este EIA/RIMA seguiu a

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itemização proposta pelo Termo de Referência, que teve como objetivo direcionar eespecificar o referido estudo.

O empreendedor deste projeto é o Sr. Wihelm Hermmann Klaus Peters,que em parceria com o grupo espanhol IBEROSTAR vem desenvolvendo

o projeto em apreço. O Sr. Klaus é pioneiro no desenvolvimento de projetosturísticos no Litoral Norte, a exemplo do ECORESORT PRAIA DO FORTE.O grupo IBEROSTAR ocupa lugar de destaque no meio turístico, tendoimplantado 70 hotéis, distribuídos por 23 diferentes países, além deagência de viagens, operadoras de turismo e companhia aérea.

O instrumento de avaliação dos impactos ambientais visa gerar as informações necessáriasà tomada de decisão pelo Poder Público, quanto à viabilidade ambiental de umempreendimento ou atividade, comparando-se alternativas locacionais e/ou tecnológicas deprojeto.

Neste processo de avaliação os impactos são identificados e avaliados sistematicamente,após definição da área de influência direta e indiretamente afetada pelos impactos, efinalmente apresentados os resultados dos estudos ao poder público e à comunidade.

Integrando este Estudo de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto no MeioAmbiente – EIA/RIMA, constam sete volumes:

Volume I – Caracterização do Empreendimento; VolumeII -Diagnóstico Ambiental do Meio Físico;Volume III – Diagnóstico Ambiental do Meio Biótico;

Volume IV Diagnóstico Ambiental do Meio Socioeconômico;

Volume V Avaliação dos Impactos Ambientais, englobando a sua identificação e aanálise dos efeitos diretos e indiretos decorrentes do planejamento, daimplantação e da operação do empreendimento;

Volume VI Volume de Anexos;

Volume VII -Relatório de Impacto no Meio Ambiente – RIMA que sintetiza todoo Estudo elaborado.

Este volume tem por objetivo apresentar o diagnóstico ambiental do meio biótico,de forma a subsidiar o processo de análise da Avaliação dos Impactos Ambientaissob este meio.

4 ASPECTOS GERAIS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO EMPREENDIMENTO

4.1 Delimitar em mapas georreferenciados as áreas que serão afetadas direta (escala1:2000) ou indiretamente (escala 1:25.000) pelo empreendimento

O mapa das áreas de influência direta e indireta encontra-se no volume de anexos. Embora

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o Termo de Referência solicite a espacialização da área de influência direta doempreendimento na escala 1:2000, para a do meio biótico seria impossível, poisextrapolaria o tamanho da maior prancha padrão (A0), dadas as dimensões estabelecidaspelo estudo. Desta forma, as plantas foram plotadas na escala 1:2500.

4.2 Identificar e apresentar mapeamento georreferenciado em escala 1:2.000, dasáreas de preservação permanente, áreas verdes e reserva legal, caso se aplique

Os mapas delimitando as áreas de preservação permenente e áreas verdes encontram-se novolume de anexos. Embora o termo de referência solicite a espacialização das áreas naescala 1:2000, seria impossível, pois extrapolaria o tamanho da maior prancha padrão (A0),dadas as dimensões estabelecidas pelo estudo. Desta forma, as plantas foram plotadas naescala 1:2500.

4.3 Apresentar plantas georreferenciadas do projeto (Master Plan), plotadas sobrefotos aéreas georreferenciadas da área de intervenção

A planta do projeto sobre as fotos aéreas georreferenciadas encontra-se no volume deanexos.

4.4 Apresentar plantas georreferenciadas do projeto (Master Plan) superpostas aozoneamento da APA do Litoral Norte na escala 1:25.000

A planta do projeto superposto ao zoneamento da APA encontra-se no volume de anexos.

4.5 Apresentar a justificativa da definição das áreas de influência e incidência dosimpactos.

A delimitação da Área de Influência Direta do Meio Biótico diferencia-se das demais,tendo em vista a necessidade de relacionar aspectos da flora e fauna da gleba e região dePraia do Forte. Observou-se que a influência direta do empreendimento sobre a faunaapresenta área mais abrangente, portanto adotada para este estudo. Considerou-se que asintervenções previstas na gleba provocarão diretamente o afugentamento de grande parte dafauna para as áreas imediatamente adjacentes integradas ao sistema de lagoas deTimeantube e Jauarinha e respectiva mata ciliar. Por outro lado, embora antropizadas, asáreas posicionadas imediatamente a sudoeste e nordeste da gleba são naturais vetores defuga e áreas de refúgio de algumas espécies. Desta forma fica estabelecida como área deinfluência direta do empreendimento no Meio Biótico a gleba propriamente dita,acrescentada de uma faixa que a contorna com largura aproximada de 250 metros, medidaesta correspondente a largura das lagoas citadas nas proximidades do empreendimento erespectivas matas ciliares.A implantação do empreendimento por sua vez, suscitará o salvamento da fauna capturadadurante a efetivação das intervenções. Estes animais deverão ter como destino as reservasde Sapiranga e Camurujipe que reúnem expressiva cobertura vegetal e área bastante para

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receber estes animais. Assim sendo fica estabelecida a área de influência indireta,representada pelas poligonais das reservas citadas.

Foto 01 -Limites da Mata de Restinga (Área de Influência Direta).

Foto 02 -Limites da Formação de Ericácea (Área de Influência Direta).

Foto 03 -Limites da Formação de Clusia (Área de Influência Direta).

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 5.2 Meio Biótico

Neste item, serão apresentados os dados e principais características da fauna e floraregional, de tal forma que se permita uma análise adequada da estrutura e função ecológica

dos elementos vivos predominantes na área de influência do projeto.

 5.2.1 Ecossistema Terrestre

5.2.1.1. Vegetação

Ao longo da costa brasileira, encontram-se planícies formadas por sedimentos terciários equaternários depositados predominantemente nos ambientes marinho, continental etransacional, particularmente às quais Lacerda et al. (1987), define como o conjunto deformações geomorfológicas e as diferentes comunidades biológicas que as ocupam.

Segundo Pereira, 2002 (com. pess.) restringem-se às restingas as comunidades vegetaislocalizadas sobre sedimentos quaternários que constituem as planícies costeiras.

Suguiu & Tessler (1984) ressaltam a dificuldade de conceituar as restingas devido aosinúmeros significados encontrados na literatura brasileira, apesar desta encontrar-se semprerelacionado aos ambientes costeiros. Os mesmos autores, admitindo o uso do termorestinga às planícies arenosas quaternárias, apontam como fatores de sedimentação dessesambientes a disponibilidade de sedimentos arenosos, corrente da deriva litorânea,flutuações do nível relativo do mar e feições costeiras que propiciam a retenção desedimentos.

Uma das primeiras tentativas de classificação destes ambientes foi feita por Karl P. VonMartius (1824) que incluiu toda a região litorânea na província denominada “Dryas”.Considerando fitofisionomias distintas, Ule (1901), em descrições da restinga de CaboFrio-RJ distinguiu formações vegetacionais as quais denominou “Restinga de Ericácea”,“de Myrtaceae”, “de Clusia” e “de Pântano”.

Diferentes composições florísticas e fisionômicas ao longo da costa brasileira dificultamo estudo em separado das suas respectivas tipologias. Segundo Ormond (1960), as restingasencerram inúmeras formas vegetacionais de características próprias, a partir de uma relaçãoparticular com o ambiente. A multiplicidade de processos sedimentares formadores dosambientes primários das restingas, cria um mosaico complexo e heterogêneo de habitats,

originando comunidades definíveis como unidades físicodinâmicas independentes. Aheterogeneidade vegetacional. observada nas restingas é também considerada por Rizzini(1979), ao utilizar o termo “complexo da restinga”, demonstrando a complexidade deformações. Henrriques et al. (1986), utilizando-se dos conceitos abordados por Ule (1901),descreve 7 (sete) formações na restinga de Carapebus-RJ dentre as quais 2 (duas) sãoconsideradas formações fechadas, Formação de Mata de Restinga e Formação de MataPaludosa e 5 (cinco) consideradas como formações abertas, Formação Praial-Graminóide,Formação de Pós-Praia, Formação Graminóide com arbustos, Formação de Ericácea e

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Formação de Clusia (formações de moitas).No estado da Bahia raros trabalhos sobre esta temática foram publicados, pouco se sabesobre a estrutura e dinâmica desses ambientes. De grande importância são os trabalhos deBrito et al. (1984; 1993) nas dunas e lagoas do Abaeté, Salvador-BA e o de Pinto et al.

(1984), que se destaca por ser o único estudo publicado que encerra descrição e aspectos

fitofisionômicos da restinga do Litoral Norte da Bahia.A questão acerca da origem e dinâmica das restingas, quanto ao que hoje observamos deveser tratada como fruto de ações antropogênicas que muito tempo assolam a costa brasileira,apenas um estágio sucessório de colonização vegetal ou fisionomias distintas que encerramunidades biológicas independentes? Tais questionamentos são a essência dos estudosfitossociológicos atuais que infelizmente têm se concentrado nas costas sul e sudeste doBrasil.

Faz-se então de grande contribuição para o corpo de conhecimento das restingas da Bahia,o incremento de estudos florísticos e fitossociológicos no litoral baiano, através da

utilização de metodologias afins, que venham a somar com o corpo de informações sobre asrestingas do Brasil.

5.2.1.1.1. Descrição e caracterização da cobertura vegetal e uso do solo, considerando:

tipologias, extensão e distribuição das formações vegetais, acompanhadas de

carta da vegetação e uso do solo, georreferenciada em escala 1:25.000

A terminologia utilizada neste estudo segue os conceitos utilizados por Ule (1901), e queatualmente norteiam as principais pesquisas acerca da vegetação de Restinga, definindoformações distintas entre si, cada uma com especificidades no que se diz respeito àestrutura e dinâmica entre as espécies vegetais deste ambiente, e não somente no hábito efreqüência das espécies que baseiam as classificações atuais. De fato a complexa interaçãoentre as espécies nas áreas de restinga se reflete na heterogeneidade de suas fisionomias emprocessos que envolvem facilitação ou inibição entre espécies dos diferentes ambientes.Para o Nordeste tal terminologia ainda é praticamente desconhecida e, portanto segueabaixo legenda que relaciona a antiga classificação com aquela utilizada no presenteestudo.

.  • Formação Praial-Graminóide (Fpg) = restinga herbácea

.  • Formação de Clusia (Fc) = restinga arbustiva -arbórea

.  • Formação de Ericácea (Fe) = restinga arbustiva

.  • Formação de Mata de Restinga (Fmr) = restinga arbórea

* Para as áreas úmidas dominadas por Cuphea flava (Lythraceae) e Comolia ovalifolia

(Melastomataceae), recomenda-se a denominação de restinga sub-arbustiva.

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Formação Praial-Graminóide (Fpg)

Esta se encontra com diversidade de espécies reduzida quando comparada às outrasformações, sendo de largura pouco variável, não ultrapassando geralmente de 20m deextensão. Quanto à disposição das espécies, Blutaparon portulacoides aparece primeiro,

 juntamente com Panicum racemosum, ambas estoloníferas. Em seguida, vegetando nomesmo espaço e formando uma faixa contínua, Canavallia rosea e Ipomoea pes-caprae

(Foto 04) demonstram-se muito associadas, formando um “embaraçado” e denso sistema decaules prostrados, tornando o solo onde se encontram totalmente recoberto e a areia fixada,neste mesmo espaço ocorre também, porém com menos agressividade, Centrosema

virginianum e Chrysobalanus icaco (Foto 05), formando moitas monoespecíficas. Apósesta faixa, as demais espécies estão distribuídas de forma mais uniforme, com áreas de solodesnudo, destacando-se Remirea marítima, Centrosema virginianum, Stenotraphum

secundatum, Vernonia sp., Angelonia cornigera, Passiflora foetida, Antephora

hermafrodita, Stylosanthes viscosa, Chamessyse hissopifolia. A presença do coco-da-baia,Cocos nucifera, espécie característica e intimamente associada à vegetação litorânea do

litoral Baiano é marcante no praial-graminóide.

Foto 04 -Limites da Formação Praial-graminóide, ocorrendo Panicum racemosum, Canavallia rósea.

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Formação de Clusia (Fc)

Esta formação surge abruptamente após a formação praial-graminóide, distando cerca de150m da praia. Sua fisionomia é muito interessante, pois se apresenta como uma faixacontínua, alta e densa, quase que impenetrável, paralela à costa, com aproximadamente30m de largura. Nesta formação a Clusia hilariana assume posição central e de destaquenas moitas (Foto 06), destacando-se também em número de indivíduos.

Foto 06 -Clusia hilariana em destaque e de maior porte.

Dois “tipos” de moitas foram considerados, um mais “recente” (Foto 07), onde Clusia

hilariana não ultrapassa os 2m de altura e um mais “tardio” (Foto 08), na qual Clusia

hilariana pode chegar a atingir 15m de altura, com moitas que atingem aproximadamente30m de diâmetro. Nas moitas do “tipo recente”,  Hohenbergia littoralis, Cooccoloba

alnifolia, Syagrus schizophylla, se fazem sempre presentes, podendo ser encontradas

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também  Bactris bahiensis,  Aechmea multiflora, Cereus fernabusensis e arbustos de Byrsonima blanchetiana.

Foto 07 -Clusia hilariana em estágio inicial de colonização.

Foto 08 -Moita em estágio avançado da formaçãode Clusia.

Quanto às moitas do “tipo tardio”, em seu interior domina Syagrus schizophylla, comindivíduos maiores, cerca de 3m de altura, seguido de  Aechmea sp., também com

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indivíduos maiores, e poucos indivíduos de Anthurium affine. Em sua borda, é marcante apresença de Anthurium affine, juntamente com  Myrciaria floribunda, Coccoloba alnifolia, Manilkara salzmanii,  Murraya sp.,  Hohenbregia littoralis,  Dyospirus sp.. Vale ressaltar anítida produção de folhedo. No entre-moitas, destaca-se Allagoptera brevicalyx , que vegetasó sobre solo desnudo, enquanto que Comolia ovalifolia, Chamaecrista ramosa,

 Mitracarpus sp.,  Mitracarpus selloanus parecem colonizar o solo desnudo. Interessantetambém é o elevado recrutamento de plântulas de Syagrus schizophylla no interior dasmoitas do “tipo tardio”.

Entre as 4 formações, esta parece ser a mais descaracterizada, estando representada apenaspor remanescentes (Foto 09).

Foto 09 -Remanescente da Formação de Clusia.

Formação de Ericácea (Fe)

Distando cerca de 250m da praia logo após a formação de Clusia, aformação aberta de ericácea apresenta-se como um mosaico de moitas, deaspecto arbustivo baixo com dossel aproximado de 4m, separadas entre sipor corredores de vegetação herbácea onde se destacam Cuphea flava,

Cuphea brachiata e Comolia ovalifolia, areia desnuda ou indivíduosisolados da palmeira acaule Allagoptera brevicallyx (Foto 10). Cada moitaobedece a um padrão fisionômico bem definido nessa formação, Tabebuia

elliptica (Foto 11 e Foto12) e Manilkara salzmanii são dominantes nodossel, especialmente Tabebuia elliptica, que ocupa localização central ebem destacada na moita (Foto 13). Nesta formação é comum encontrarGaylussacia brasiliensis e Leucothoe revoluta, ambas ocorrendo em áreasde pouco sombreamento ou bordas de moitas , entretanto segundo dadosdo estudo fitossociológico,  Byrsonima blanchetiana apresenta maiordominância e freqüência absoluta de toda formação (dissertação demestrado em andamento). Entre as espécies observadas, grande parte écomum à formação de Clusia e algumas mereceram destaque por seremmencionadas na formação de mata de restinga, a exemplo de Tapirira

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guianenesis, Byrsonima sericea, Manilkara salzmanii e Protium

heptaphyllum, que aqui apresentaram altura variando entre 3,5 e 4m.

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Formação de Mata de Restinga (Fmr)

Esta formação, inserida em ZPR -Zona de Proteção Rigorosa, posicionada depois daformação de ericácea, prolonga-se por toda a zona litorânea da lagoa do Timaentube,dirigindo-se para formação de Mata Secundária sobre solo argiloso (Formação Barreiras).Em sua porção voltada para o oceano, as espécies arbóreas dominantes são:  Manilkara

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salzmanii, Tapirira guianensis, Cupania oblongifolia, Murraya sp., Coccoloba alnifolia,

Clusia hilariana, Emmotum affine que formam um dossel bem aparente, com 15m de alturaaproximadamente. Destas a Manilkara salzmanii se destaca com indivíduos mais robustos,alguns apresentando DAP de 1,75m, sua copa se apresenta maior que às das outrasespécies, com grande produção de folhedo. Os indivíduos de  Murraya sp. na formação

aberta encontram-se com pequeno porte, não ultrapassando os 2 m de altura, enquanto quena zona de transição podem atingir até 10m de altura, limitando-se à borda da Mata, juntamente com Coccoloba alnifolia. A flora do sub-bosque está dominada por Stromanthe

 porteana, seguida por  Anthurium affine, ocorrendo também de forma menos agressivaOeceoclades maculata. Nas áreas mais úmidas é nítido o alto recrutamento de plântulas deElaeis guianensis (dendezeiro), sendo também muito característica a presença daPterophyta  Blechum serrulatum formando densas populações. Na porção voltada para ocontinente, a vegetação torna-se mais densa, com o porte das árvores aumentando emdireção a mata secundária. Típico desta área são os piaçavais, populações muito extensas de Atallea funifera e a presença de Anacardium occidentale (cajueiro). Interessante também apresença de Hancornia speciosa (mangabeira), somente nesta porção da mata, limitada aos

cumes das elevações. Kielmeyera reticulata (Foto 14) e Chamaecrista cytisoides, foramencontradas somente nesta área. A transição entre a mata de restinga e mata secundária ébastante aparente. Nesta, indivíduos de espécies pioneiras como  Bowdichia virgilioides,

Tapirira guianensis, Protium heptaphyllum, Cecropia sp.,  Jacaranda obovata podematingir até 20m de altura, sendo a camada do solo completamente arenosa. As espéciesepífitas são muito mais numerosas, com destaque para  Aechmea sp. (“xupa -xupa”),bromeliácea que nas outras formações neste estudo apresenta hábito terrestre (Foto 15).

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5.2.1.1.2. Identificação das espécies vegetais existentes incluindo listagem taxonômica,

especificando os diferentes estratos vegetais, usos, habitat 

Através de excursões mensais, durante 365 dias, em toda a área, foram coletadas nomínimo 05(cinco) amostras de espécimes vegetais vasculares férteis, incluindo todas asformas biológicas e abrangendo todas as fisionomias existentes. O material coletado foiprocessado segundo as técnicas usuais de herborização Moris et al. (1989), IBGE (1992) eincorporado ao herbário HRB – Herbário RADAMBRASIL (IBGE), onde foi identificadoou determinado. O sistema de classificação utilizado foi o de Cronquist, 1981 e para revisãonomenclatural foi consultado o site IPNI (International Plant Names Index).

EIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

16

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Adiantaceae  Nephrolepis sp. - Fmr

Amaranthaceae  Blutaparon portulacoides (A. St.-Hill) Mears - Fpg

Anacardiaceae  Anacardium occidentale L. “cajueiro” Fmr

Anacardiaceae Schinus terebinthifolius Raddi “aroeira -de-praia” Fmr

Anacardiaceae Tapirira guianensis Aubl. “pau -pombo” Fmr,FeAnnonaceae  Annona glabra L. “araticum -certiça” Fmr

Annonaceae  Xylopia aromatica Benth. “beiço -de-zé,“pindaíba” 

Fmr

Annonaceae  Xylopia laevigata Mart. - Fmr

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Apocynaceae  Allamanda cathartica L. - Fe

Apocynaceae  Mandevilla scabra (Roem. Ex Schult.) K. Schum. - Fe

Apocynaceae  Hancornia speciosa Gomez “mangabeira” Fmr

Apocynaceae  Himatanthus lancifolius (Müll. Arg.) Woodson “leiteira”, janaúba” Fmr

Araceae  Anthurium affine Schott “folha -de-urubu” Fmr, Fe, F

Araliaceae  Didynopanax morototoni (Aublet) Dun & Planchon “morototó” Fmr

Arecaceae Syagrus coronota (Mart.) Becc. “licuri” Fmr

Arecaceae Syagrus schizophylla (Mart.) Glassman “licurioba” Fmr, Fc

Arecaceae Elaeis guianensis Jacquin “dendezeiro” Fmr

Arecaceae  Atallea funifera Mart. ex. Spreng. “piaçava” Fmr

GAIAEIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Arecaceae  Bactris bahiensis Noblick “tucuni’ Fe

Arecaceae  Bactris setosa Mart. “mané -veio” Fmr

Arecaceae  Desmoncus ortachanthus Mart. “titara” Fmr

Arecaceae  Allagoptera brevicallyx M. Moraes “caxulé” Fe, Fc

Aristolochiaceae  Aristolochia trilobata L. Fmr

Asclepiadaceae Calotropis procera R. Br. “algodeiro -de-praia” 

Fe, Fc

Asteraceae Calea angusta Blake - Fe, Fc

Asteraceae Conyza sp. - Fe, Fc

Asteraceae Elephantopus hirtiflorus DC. - Fe

Asteraceae  Litothamus nitida W.C. Holmes - Fe, Fc

Asteraceae Prolobus nitidus (Baker) K. & R. - Fe

Asteraceae Vernonia sp. - Fe, Fc

Bignoniaceae  Jacaranda obovata Cham. “caroba” Fe, Fmr

Bignoniaceae Tabebuia elliptica (DC.) Snadw “pau -d’arco” Fe

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Blechnaceae  Blechum serrulatum Rich. - Fmr

Bromeliaceae  Aechmea blanchetiana (Baker) L. B. Smith - Fe, Fc

Bromeliaceae  Aechmea multiflora L.B. Sm. “xupa -xupa” Bromeliaceae  Aechmea sp. - Fe, Fc, Fm

Bromeliaceae  Hohenbergia littoralis L. B. Smith - Fe, Fc

GAIAEIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME

POPULAR

FORMAÇÕE

Burseraceae Protium heptaphyllum (Aublet) March “amescla” Fmr, Fe

Cactaceae Cereus fernambucensis (L.) Lam. - Fe, Fc

Cactaceae  Melocactus violaceus Pfeiffer “coroa -de-frade’ Fe, Fc

Cecropiaceae Cecropia sp. “embaúba” Fpg, Fmr

Caesalpinaceae Chamecrista ramosa (Vog.) I. & B. var. ramosa - Fe, Fc

Caesalpinaceae Chamecrista. cytisoides (Collad). I. & B. var.blanchetii (Benth.) I. & B.

- Fmr

Celastraceae  Maytenus distichophylla Mart. ex. Reiss. “pau -de-açúcar” Fe, Fc

Chrysobalanaceae Chrysobalanus icaco L. “guajiru” Fpg

Clusiaceae Clusia hilariana Schl. “canudeiro” Fe, Fc, Fm

Clusiaceae Kielmeyera reticulata Saddi “vaza -materia” Fmr

Commelinaceae Commelina sp. - Fc

Convolvulaceae  Ipomoea asarifolia (Desv.) Roem & Schult. - Fpg

Convolvulaceae  Ipomoea pes-caprae (L.) R. Br. - Fpg

Cyperaceae Eleocharis sp. - Lagoa doTmaentube

Cyperaceae Eleocharis geniculata (L.)Roem & Schult. “ junco” 

Cyperaceae  Langenocarpus sp. - Fe

Cyperaceae  Remirea maritima Aubl. “pinheirinho -da-praia” 

Fpg

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 GAIA

EIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Cyperaceae Scleria secans (L.) Urb. “tiririca” Fmr

Dilleniaceae Curatella americana L. “lixeira, cajueiro -banho” 

Fmr

Dilleniaceae  Davilla flexuosa St. Hil. - Fe, Fc

Dilleniaceae  Davilla rugosa Poir. “cipó -cabloco” Fe, Fc

Ebenaceae  Diospyrus sp. - Fe, Fc

Ericaceae Gaylussacia brasiliensis (Spreng.) Meissner

-

Fe

Ericaceae  Leucothoe revoluta (Spreng.) DC. - Fe

Erythroxylaceae Erythroxylon passerinum Mart. - Fe, Fmr

Euphorbiaceae Chamessyse hissopifolia (L.) Small “quebra -pedra” Fpg

Euphorbiaceae Croton brasiliensis (Spreng.) Muell. Arg. - Fe, Fc

Fabaceae  Bowdichia virgilioides Kunth “sucupira” Fmr

Fabaceae Canavallia rosea (Sw.) DC. - Fpg

Fabaceae Centrosema virlginianum (L.) Benth. - Fpg

Fabaceae Crotolaria retusa L. - FeFabaceae Stylosanthes viscosa SW. - Fe

Flacourtiaceae Casearia sylvestris Sw. “cafezinho” Fe, Fmr

Heliconiaceae  Heliconia psittacorum L. - Fmr

Humiriaceae  Humiria balsamifera (Aubl.) St. Hil. “quiri” Fe

GAIAEIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Icacinaceae Emmotum affine Miers “aderno” Fe, Fc. Fm

Krameriaceae Krameria tomentosa St. Hil. - Fe, Fc

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Moraceae Ficus cluseifolia Schot - Fmr

Moraceae Ficus gomelleira Kunht & Bouché “gameleira” Fmr

Myrtaceae Calycopus legrandii Mattos - Fe, Fmr

Myrtaceae Eugenia uniflora L. “pitanga” Fe

Myrtaceae  Myrcia sp.1 - Fmr, Fc

Myrtaceae  Myrcia sp.2 - Fmr, Fc

Myrtaceae  Myrciaria floribunda (H. West ex. Willd.) Legrand “cambuí ” Fc

Myrtaceae Psidium araça Raddi “araçá” Fmr

Nyctaginaceae Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell - Fe

Nymhaeaceae  Nymphaea sp. -

Ochnaceae Ouratea suaveolans (St. Hil.) Engler - Fe, Fc

GAIAEIA IBEROSTAR Vol III Meio Biótico.doc

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

OnagraceaeLudwigia octovalis

- Lagoa doTimaentube

Orchidaceae  Brassavola cebolleta Rchb.f. - Fe, Fmr

Orchidaceae Catasetum discolor Lindl. - Fe, FmrOrchidaceae Cyrtopodium paranaense Schltr. - Fe, Fmr

Orchidaceae Encyclia dichroma (Lindl.) Schltr. - Fe, Fmr

Orchidaceae Epidendrum cinnabarinum Salzm. - Fe

Orchidaceae Epidendrum elongatum Jacquin - Fe

Orchidaceae Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. - Fmr

Orchidaceae Pleurotallis sp. - Fe

Orchidaceae Vanilla bahiana Hoehne - Fe, Fmr

Passifloraceae Passiflora foetida L. - Fpg

Poaceae  Antephora hermafrodita (L.) Kuntze - Fpg

Poaceae  Aristida longifólia Trin. “barba -de-bode” Fe

Poaceae Cenchrus echinatus L. “carrapicho -de-praia” 

Fe

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Poaceae  Dactylonctenium aegyptium (L.) Beauv. “pé -de-periquito” Fpp

Poaceae Eragostris bahiensis Schrad. - Fe

Poaceae  Hymenache amplexicaule (Rudge) Nees - Fe

Poaceae Panicum decipiens Nees - Fe

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR FORMAÇÕE

Poaceae Panicum dichotomiflorum Michx. - Fe

Poaceae Panicum sp1 - Fmr

Poaceae Panicum racemosum P. Beauv.-

Poaceae Panicum sp2 - Fmr

Poaceae Paspalum scutattum Nees ex. Trin - Fe

Poaceae Spartina alterniflora Loiesel. - Fpg

Poaceae Stenotaphrum secundatum (Walter) Kuntze “grama -de-praia” Fpg

Polygalaceae Polygala cyparissias St. Hil. “vicky” Fe

Polygonaceae Coccoloba alnifolia Casar “bují ” Fe, Fc, Fm

Polypodiaceae Polypodium sp. - Fmr

Pontederiaceae Eichornia sp. - Lagoa doTimaentube

Rubiaceae  Alibertia edulis A Rich. Ex. DC. “marmelo” Fe

Rubiaceae Guettarda platypoda DC. - Fe

Rubiaceae  Mitracarpus selloanus Cham. et . Schl. - Fpg

Rubiaceae Tocoyena formosa (Cham. et Schldl.) K. Shum. “genipapinho” Fe

Rutaceae Esenbeckia grandiflora Mart. - Fe

Rutaceae  Murraya sp. - Fe, Fc, Fm

Sapindaceae Cupania oblongifolia Mart. “camboatá” Fe, Fmr

Sapindaceae Serjania salzmanniana Schldl. “tinguí ” Fmr

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FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOMEPOPULAR

FORMAÇÕ

Sapotaceae  Manilkara salzmanii (A DC.) Lamarck “massaranduba -de-praia” 

Fe, Fc, Fm

Sapotaceae Pouteria grandiflora (A. DC) Baehni-

Fe, Fmr

Schrophulariaceae  Angelonia cornigera Hook. - Fpg

Smilacaceae Smilax sp. “salsaparrilha” Fe, Fc, Fm

Sterculiaceae Waltheria cinerascens A. St. Hil. - Fe

Theaceae Ternstroemia brasiliensis Cambess - Fmr

Velloziaceae Vellozia dasypus L. B. Smith “canela -de-ema” Fmr

Verbenaceae  Lantana sp. “camará” Fe

GAIA

5.2.1.1.3. Realização de estudos fitossociológicos, com a estimativa dos parâmetros de

estrutura horizontal, tais como; densidades absoluta e relativa, freqüência,

dominâncias absoluta e relativa, índice de valor de importância, índice de

valor de cobertura e índice de diversidade

Metodologia

Fitofisionômia da Restinga

O estudo concentrou-se na formação de moitas de restinga (12°35’56 ’’S; 38 °W) que épredominante tanto na área de intervenção como na área de influência direta, denominadade Formação de Ericácea.

Levantamento Planialtimétrico e Demarcação da Área de Estudo

Para o levantamento planimétrico, foi feita a locação da área definida, sem necessidade dedesmatamento, compreendendo um trecho total de 660 m, estaqueado a cada 20 m,perfazendo um total de 33 estacas, incluindo estacas fracionárias.

Partindo do nível do mar como ponto de referência, utilizou-se o instrumento Níveltopográfico modelo Wild N-2, com o apoio da mira fez-se a leitura de ré e deu-se início aolevantamento altimétrico. Partindo da estaca zero, seguindo até as estacas fracionárias edando seqüência até a estaca 33 + 2,00 nas margens da lagoa do Timeantube. Em seguidafoi realizado o contra nivelamento para conferência e fechamento das cotas. Para leitura einterpretação dos dados foi utilizado o Programa Cad 14. Iniciou-se o estaqueamento até aestaca 10 + 14,00, referente ao início da área de estudo, seguindo até a estaca 15 + 14,00, a

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qual finaliza o limite da área de estudo. O levantamento continuou até a estaca 33 + 2,00representadas pelas margens da lagoa do Timeantube. Para leitura foi utilizado o ProgramaCad 14.

Análise FitossociológicaUm grid de 100X100m (1ha) dividido em 16 parcelas contíguas de 25X25m (625m

2

) foidemarcado e todas as moitas inseridas total ou parcialmente, foram marcadas (Foto 16). Amarcação com etiquetas plásticas presas ao indivíduo central e de maior destaque na moitapor fio de nylon.

Por moita considerou-se a ocorrência simultânea de 2 ou mais indivíduos, lenhosos ou não,com sobreposição de copas igual ou superior a 30cm, separadas entre si por espaço desnudoou por vegetação arbustiva baixa. Na presença de moitas monoespecíficas, era escavado olocal onde havia ramificação do caule até no máximo 50cm a fim de determinar se os

indivíduos encontravam-se isolados ou não.A coleta dos dados restringiu-se aos indivíduos lenhosos enraizados na área demarcada,cujas circunferências na altura do solo (CAS) fossem iguais ou superiores a 5cm.

Foram anotados dados referentes à identificação, altura e número da parcela na qual oindivíduo foi encontrado.Os indivíduos não identificados no campo foram coletados, herborizados e conduzidos aoHerbário RADAMBRASIL-HRB do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE,onde se encontra depositado.

Os parâmetros fitossociológicos utilizados para o estudo da estrutura da comunidade foramcalculados através do Programa FITOPAC VERSÃO 1, e são eles:

.  • Densidade absoluta -DA

.  • Densidade relativa -DR

.  • Dominância Absoluta -DoA

.  • Dominância relativa -DoR

.  • Freqüência absoluta -FA

.  • Freqüência relativa – FR

.  • Índice de valor de importância -IVI

.  • Índice de valor de cobertura -IVC

Análise Fitossociológica

Em 1 ha foram demarcadas 16 parcelas de 25 m2

cada, onde foram encontrados 1.174indivíduos distribuídos em 37 espécies, representando 28 famílias. A tabela a seguirdemonstra os dados quantitativos gerais do estudo.

Tabela 02 -Parâmetros fitossociológicos e dados quantitativos gerais.

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Parâmetros Dados Quantitativos GeraisDensidade Total 1174.00Área Basal Total 2.909Volume Total 459.41Freqüência Total 1856.3Área Basal por Hectare 2.9093

Diâmetro Máximo 15.60Diâmetro Mínimo 1.60Desvio Padrão do Diâmetro 2.354Altura Máxima 4 mAltura Mínima 50 cmAltura Média 1.39 mVolume Máximo 3.664Volume Mínimo .391Índice de Shannon-Weaver (H’) 2.661Equabilidade (J = H’ /LN(S) ) .737Índice de Simpson © .124Índice de Whittaker (s/ln(n) ) 5.235

Índice de Diversidade de Margalef (D=S-1/LogN)

11,79

Parâmetros Fitossociológicos das Espécies Tabela 03. Parâmetros fitossociológicos das espécies

vegetais que ocorrem na área de estudo.

ESPÉCIE FA DA DoA DR DoR FR IVI IVC

 Alibertia edulis 56.25 16.00 .01 1.36 .33 3.03 4.72 1.69

 Annona glabra 37.50 6.00 .09 .51 .28 2.02 2.81 .79 Byrsonima blanchetiana 100.00 340.00 1.43 28.96 49.22 5.39 83.56 78.18

ESPÉCIE FA DA DoA DR DoR FR IVI IVC Byrsonima sericea 81.25 21.00 .1007 1.79 3.46 4.38 9.63 5.25Calycolpus legrandii 6.25 1.00 .0005 .09 .02 .34 .44 .10Cassita americana 6.25 1.00 .0008 .09 .03 .34 .45 .11Clusia hilariana 81.25 19.00 .0611 1.62 2.10 4.38 8.09 3.72Coccoloba alnifolia 37.50 10.00 .0032 .85 .11 2.02 2.98 .96Croton brasiliensis 6.25 2.00 .0006 .17 .02 .34 .53 .19Cupania oblongifolia 6.25 1.00 .0003 .09 .01 .34 .43 .09

 Diospyrus 6.25 1.00 .0004 .09 .01 .34 .43 .10Elephantopus hirtiflorua 6.25 1.00 .0005 .09 .02 .34 .44 .10Emmotum affine 87.50 41.00 .1207 3.49 4.15 4.71 12.36 7.64Erithoxylum 31.25 9.00 .0147 .77 .51 1.68 2.96 1.27Esenbeckia grandiflora 12.50 2.00 .0019 .17 .07 .67 .91 .24Gaylussacia brasiliensis 62.50 22.00 .0147 1.87 .51 3.37 5.75 2.38Guapira pernambucensis 100.00 58.00 .0605 4.94 2.08 5.39 12.41 7.02Guettarda platypoda 81.25 34.00 .0194 2.90 .67 4.38 7.94 3.56

 Humiria balsamifera 93.75 78.00 .0565 6.64 1.94 5.05 13.64 8.59

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 Lantana camara 12.50 2.00 .0013 .17 .04 .67 .89 .21 Leucothoe revoluta 81.25 34.00 .0277 2.90 .95 4.38 8.23 3.85 Manilkara salzmanii 100.00 94.00 .2408 8.01 8.28 5.39 21.67 16.28 Maytenus distichophylla 50.00 14.00 .0102 1.19 .35 2.69 4.24 1.54 Miconia albicans 18.75 4.00 .0024 .34 .08 1.01 1.43 .42 Miconia ciliata 31.25 7.00 .0048 .60 .16 1.68 2.44 .76

Ocotea notata 75.00 31.00 .0233 2.64 .80 4.04 7.48 3.44Ouratea suaveolans 93.75 55.00 .0722 4.68 2.48 5.05 12.22 7.17Pavonia cancellata 12.50 2.00 .0012 .17 .04 .67 .88 .21Prolobus nitidulus 12.50 3.00 .0013 .26 .04 .67 .97 .30Protium heptaphyllum 31.25 6.00 .0115 .51 .39 1.68 2.59 .90Stigmaphyllon paralias 56.25 12.00 .0076 1.02 .26 3.03 4.31 1.28Stylosanthes viscosum 6.25 1.00 .0004 .09 .01 .34 .43 .10Tabebuia elliptica 100.00 156.00 .4750 13.29 16.33 5.39 35.00 29.62Tapirira guianensis 56.25 11.00 .0550 .94 1.89 3.03 5.86 2.83Ternstroemia brasiliensis 62.50 12.00 .0108 1.02 .37 3.37 4.76 1.39Tocoyena formosa 87.50 34.00 .0226 2.90 .78 4.71 8.39 3.67Waltheria cinerescens 68.75 33.00 .353 2.81 1.21 3.70 7.73 4.02

Na tabela acima (Tab. 03) é possível observar que  Byrsonima blanchetiana, Guapira

 pernambucensis, Manilkara salzmanii e Tabebuia elliptica apresentam 100% de frequênciaabsoluta, ou seja, ocorrem em todas as parcelas, seguidas de Ouratea suaveolans e Humiria

balsamifera, ambas com 93.75% de freqüência absoluta.  Byrsonima blanchetiana sedestaca em relação a todos os demais índices, sendo a espécie com maior dispersão,presente em grande número não só nas parcelas, mas em todas as moitas, formando sempretouceiras, sendo necessária a escavação do terreno na base do caule para a identificação dapresença de um único indivíduo de troncos múltiplos ou de vários indivíduos.

A vegetação em estudo pode ser caracterizada fisionomicamente como uma vegetação

baixa, onde as moitas não ultrapassam os 4 m de altura. Este padrão indica que há umgrande número de jovens e / ou que pouquíssimas plantas conseguem atingir a alturamáxima registrada. Os indivíduos maiores (Clusia hilariana, Byrsonima sericea, Manilkara

salzmanii e Tabebuia elliptica) encontram-se sempre localizados no centro da moita,sugerindo uma atuação focal e pioneira. Esta informação é extremamente importante paraimplantação de programas de resgate e recomposição da vegetação.As moitas apresentaram uma média de 12 indivíduos, entretanto há nesta região moitasmaiores que suscitam a hipótese de ainda serem remanescentes de uma vegetação contínua.Algumas moitas encontram-se em estágio inicial de sucessão o que demonstra um processode colonização bem recente.

Parâmetros Fitossociológicos das Principais Espécies

Tabela 04 -Parâmetros fitossociológicos das principais espécies que ocorrem na área de estudo.

ESPÉCIE DA Byrsonima blanchetiana 340

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Clusia hilariana 19

Gaylussacia brasiliensis 22

Guapira pernambucensis 58

 Humiria balsamifera 78

 Leucothoe revoluta 34

 Manilkara salzmanii 94

Ouratea suaveolans 55

Tabebuia elliptica 156

Ternstroemia brasiliensis 12

DR FA FR DOA DOR IVI IVC28,96 100 5,39 1,43 49,22 83,56 78,18

1,62 81,25 4,38 0,06 2,1 8,09 3,72

1,87 62,5 3,37 0,01 0,51 5,75 2,38

4,94 100 5,39 0,06 2,08 12,41 7,02

6,64 93,75 5,05 0,06 1,94 13,64 8,59

2,9 81,25 4,38 0,03 0,95 8,23 3,85

8,01 100 5,39 0,24 8,28 21,67 16,28

4,68 93,75 5,05 0,07 2,48 12,22 7,17

13,29 100 5,39 0,47 16,33 35 29,62

1,02 62,5 3,37 0,01 0,37 4,76 1,39

Gráfico 01 -Densidade absoluta das principais espécies.

No Gráfico acima (Gráfico 01) é possível observar que  Byrsonima blanchetiana apresenta

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na Densidade Absoluta diferença marcante em relação a todas as outras espécies, seguidasde Tabebuia elliptica, mas com valores ainda bem inferiores. O mesmo ocorre em relação àDensidade Relativa, demonstrada no gráfico abaixo.

Gráfico 02 -Densidade Relativa das Espécies Mais Representativas.

Gráfico 03 -Freqüência absoluta das principais espécies.

No gráfico acima (Gráfico 03) não houve grandes diferenças entre as espécies, estando amaioria com freqüências absolutas em torno de 80 e 100%. A freqüência relativa tambémnão apresentou diferenças marcantes.

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 Gráfico 04 -Freqüência relativa das principais espécies.

Gráfico 05 -Dominância relativa das principais espécies.

No que se refere à dominância relativa é possível verificar  Bysonima blanchetiana se

destacando com relação às demais espécies.

5.2.1.1.4. Carta de vegetação da área de influência direta em escala 1:2.000,

identificando as áreas de preservação permanente e reserva legal

Este mapa encontra-se no volume de anexos. Embora o termo de referência solicite aespacialização das áreas na escala 1:2000, seria impossível, pois estrapolaria o tamanho da

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maior prancha padrão (A0), dadas as dimensões estabelecidas pelo estudo. Desta froma, asplantas foram plotadas na escala 1:25005.2.1.1.5. Identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção,

sinergéticas, indicadoras de alterações ambientais e de interesse econômico e

científico, que ocorram dentro da área de influência direta do empreendimento

com indicação em mapa georreferenciado de sua área de ocorrência

Dentre as espécies vegetais ocorrentes na área de estudo, nenhuma delas apresentaendemismo para a área de influência direta, nem mesmo para o Litoral Norte do estado daBahia. O endemismo mais restrito é referente à palmeira acaule  Allagoptera brevicalyx 

(Arecaceae), com ocorrência somente para o estado da Bahia e Sergipe. Esta espécie,característica das restingas com moitas, possui papel importante na colonização da areiadesnuda (região entre moitas). Bastante freqüente na composição das moitas na área deestudo é Bactris bahiensis, outra palmeira, esta endêmica do estado da Bahia. Outra espéciearbórea colonizadora típica das restingas do Litoral Norte da Bahia é Tabebuia elliptica

(Bignoniaceae), que assume posição destacada e central nas moitas, facilitando a fixação de

outras espécies vegetais. Esta não apresenta endemismo significativo, já que no Brasil,ocorrem nos estados do Espírito Santo, Pernambuco, Paraíba e Bahia. Na Mata doCamurujipe,  Hypolytrum bullatum (Cyperaceae), espécie herbácea, típica de sub-bosquesbem conservados da Floresta Higrófila, ocorre nos estados de Minas Gerais, Espírito Santoe Bahia, não apresentado então endemismo significativo.

Outra espécie também encontrada na Mata do Camurujipe é Streptogyna americana

(Poaceae), gramínea herbácea somente encontrada em sub-bosques bem conservados, masde endemismo não significativo, pois ocorre na América Central (México, GuianaFrancesa, Belize, Panamá e Nicarágua) e no Brasil ocorre nos estados de Minas Gerais,espírito Santo e Bahia.

Espécies Vegetais Ameaçadas de Extinção

Para a checagem de espécies ameaçadas, foram utilizadas a Lista Oficial da FloraAmeaçada (IBAMA, 1992) e lista da IUCN – Red List of Threatened Spcies (IUCN,2003).

Dentre as espécies levantadas, apenas Pouteria grandiflora (A. DC) Baehni (Sapotaceae)encontra-se citada na listagem da IUCN, como espécie em baixo risco de ameaça (LR),

estando, portanto fora das categorias: ameaçada, criticamente ameaçada ou vulnerável.

Sinergismo

Na área de estudo, sinergismo entre espécies vegetais é muito mais freqüente e comum navegetação de restinga haja vista a pobreza de nutrientes e outros fatores abióticos comoacidez do solo, salinidade e outros. Na restinga, principalmente nas áreas onde a vegetação

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cinnabarinum (Foto 17) e Epidendrum elongatum, são terrestres e ocorrem em estreitarelação com outras espécies de formação de moitas, enquanto que no sub-bosque daFormação de Mata de Restinga onde a produção de folhedo gera maior disponibilidade dematéria orgânica e humidade, ocorre Oeceoclades maculata. Duas espécies nativas degrande valor paisagístico, Syagrus schizophylla, Anthurium affine e Stromanthe porteana

estão associadas ao sub-bosque da Mata de Restinga que bordeja a lagoa do Timaentube.

5.2.1.1.7. Diagnóstico do estado de conservação da vegetação nativa na área de

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influência direta do empreendimento, a pressão antrópica a que está

sujeita, bem como sua utilização

Para determinaroestado de conservação da área de influência direta do

empreendimento IberoStar é necessária uma breve retrospectiva no histórico de ocupaçãodo Litoral Norte que está intrinsecamente relacionado com a história da Praia do Forte. Acompreensão dos fatos abaixo relatados é fundamental para o entendimento dos diversosmecanismos criados ao longo dos anos visando garantir a integridade dos ecossistemas e ocorreto uso e ordenamento do solo, e traduzem a realidade atual do local.

O Litoral Norte constitui-se numa região de grande importância social, cultural, econômicae, sobretudo ambiental para todo o país. Segundo relatório da Fundação Biodiversitas(1994), a região apresenta uma importância biológica muito alta, abrigando remanescentesde Mata Atlântica e de seus ecossistemas associados, com destaque para as extensas ediversificadas faixas de restinga e de manguezais. A região ficou determinada como uma

das áreas para prioritária para conservação no país.

Criada através do Decreto Estadual no

1.046/92, a APA do Litoral Norte é administrada peloCentro de Recursos Ambientais -CRA que tem a competência de supervisionar e fiscalizaros empreendimentos e atividades públicas e privadas, visando a conciliação entre autilização econômica dos recursos naturais e a conservação dos ecossistemas e dabiodiversidade biológica e cultural. Entretanto a proteção que a legislação confere a estacategoria de Unidade de Conservação é relativa, pois a necessidade de conciliar osinteresses econômicos e ecológicos acaba por exercer uma forte pressão antrópica na regiãofurto da expansão imobiliária e turística na região.

O histórico de ocupação da região iniciou-se em 1550, com a chegada de Garcia d´Avila aolitoral norte, onde promoveu a primeira grande transformação na região, implantando suaatividade pecuária, iniciou a devastação das florestas e restingas que cobriam a Ponta doPadrão à foz do Rio Vaza Barris e áreas na Baía de Tatuapara, rios Pojuca e Jacuípe. Adinastia d’Ávila durou até o ano de 1835 e apesar de ter sido de grande importância, sob oponto de vista político e econômico, para a Bahia trouxe sérios prejuízos ambientais.

A retirada da cobertura vegetal original em diversos trechos para criação de gado e cultivodo coco asiático (Cocos nucifera), vêm através de séculos modificando a paisagem naturalnos ecossistemas localizados na região, sendo mais marcante a supressão da vegetaçãonativa de restinga para plantio do coco-da-bahia. Muito provavelmente, todos os 10km de

costa de Praia do Forte, foram outrora ocupada por vegetação densa, com espécies nativasde vegetação de restinga, onde a formação de Clusia parece ter sido dominante, antecedidaapenas pela vegetação graminóide.

Quanto aos remanescentes da Floresta Ombrófila Densa, em 1981, os proprietários dafazenda solicitaram ao IBDF (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal) hojeconhecido como IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Renováveis) atransformação da área da Praia do Forte em Refúgio de Animais Silvestres pela Portaria no

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surgiu a necessidade mais efetiva de regulamentar o uso e a ocupação do solo na vila edeterminar restrições urbanísticas, portanto foi elaborado o Plano Diretor da Praia do Forte.Em 1986, a FUNATURA foi contratada para elaboração do Plano de Manejo da FazendaPraia do Forte (Fundação Garcia D’Ávila, 1995) e mais tarde a p rópria Fundação GarciaD’Ávila elaborou o Plano de Ação Para Reserva de Sapiranga e Fazenda Praia do Forte.

A vegetação da reserva da Sapiranga encontra-se me estágios secundário e terciário de dasucessão ecológica, apresentando como árvores de grande porte, espécies tradicionalmentepioneiras, como:  Anacardium occidentale, Schinus terebinthifolius, Tapirira guianensis, Didynopanax morototoni, Syagrus schizophylla Atallea funifera, Protium heptaphyllum,

 Bowdichia virgilioides, Byrsonima sericea, Curatella americana e Inga fagifolia Muitasfrutíferas exóticas oriundas das chácaras e sítios locais contribuiu contribuíram para adescaracterização da vegetação nativa ali encontrada. Em alguns locais é possível encontrarainda clareiras, em estágios sucessórios iniciais. É necessário salientar, que antes daformalização da Reserva da Sapiranga, já havia moradores no local, os quais exploravam amata muitas vezes de maneira irracional, como queimadas e derrubada de árvores. Na

reserva do Camurujipe, a vegetação encontra-se em estágio avançado de recuperação,ocorrendo espécies clímax de grande porte como: Cariniana sp. (jequitbá), Copaifera sp.(pau-de-óleo), Cedrela sp. (cedro), Eriotecha sp. (imbiruçu), Calophyllum brasiliensis

(guanandi), Stryphnodendron sp. (barbatimão) e  Hymenaea coubaril (jatobá). Populaçõesde Hypolytrum bullatum (Cyperaceae) e Streptogyna americana (Graminae) no sub-bosqueatestam o bom estado de conservação da vegetação do local.

5.2.1.1.8. Elaborar perfil esquemático da vegetação, contemplando as diferentes

tipologias vegetacionais

Instalou-se o instrumento Teodolito modelo Wild T1A para locação dos pontos na estaca departida definida como estaca zero localizada na zona de praia. Através de uma bússolamodelo Carl Zais foi definido o Azimute ou ângulo de partida em relação ao NorteMagnético. Iniciou-se o estaqueamento na zona de praia, passando por cada formaçãovegetacional, até as margens da lagoa do Timeantube. (Fig. 25). As formações foramalocadas e em cada uma processou-se a medição com trena estendida dos indivíduos demaior porte. Para leitura e interpretação dos dados foi utilizado o Programa Cad 14.

5.2.1.2. Fauna

O litoral norte da Bahia, por estar inserida em uma região costeira, apresenta altadiversidade de ecossistemas, o que já lhe confere uma grande importância ecológica. Ascomunidades bióticas das planícies arenosas costeiras do leste do Brasil são chamadas derestingas. Sua biota é composta principalmente por espécies que ocorrem nos biomasadjacentes à Floresta Pluvial Atlântica e as Caatingas.

As restingas, de forma geral, possuem poucos representantes endêmicos de fauna. Dentreestes representantes os répteis apresentam maior número seguido de alguns representantesdas aves.

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A fauna terrestre é representada por mamíferos, aves, répteis, anfíbios, e insetos sendo quea avifauna, herpentofauna e entomofauna são mais evidentes para quem observa oecossistema em estudo (restinga). Os mamíferos são mais comuns nas áreas úmidas de mataciliar e nos adensamentos de formações arbóreas e arbustivas dispersas na paisagem, aavifauna, mais abundante, utiliza estas áreas como importante área de pouso, alimentação,

reprodução, dormitório e rota migratória esta última émais utilizada pelas aves florestais,passeriformes e não-passeriformes, assim como por répteis que ali encontram um ambientepropício para sua reprodução e regulação térmica. Os anfíbios são comuns nas áreasúmidas, perto das lagoas e matas ciliares, ocorrendo também na vegetação com grandeconcentração de bromélias, onde encontram locais ideais para sua reprodução ealimentação. Os insetos o maior grupo, é uma das principais fontes de alimentos para osdiferentes grupos de animais que ali vivem.

5.2.1.2.1. Identificação qualitativa da fauna da área de influência do empreendimento,

incluindo listagem taxonômica e definindo as principais interferências do

empreendimento sobre a fauna local

A metodologia para identificação das espécies da fauna, foi a utilização de binóculos,monóculos infravermelho (atividades noturnas), maquina fotográfica para foto identificaçãodas espécies, identificação de pegadas, resto de repastos, abrigos, tocas, ninhos, fezes, eoutros sinais reveladores da presença da atividade dos animais, e por fim, estudo debioacústica com gravador digital para identificação da avifauna e de espécies terrestresquando não houve a oportunidade de visualização e sim de vocalização.

Na tabela a seguir apresentamos a listagem das espécies identificadas na área de influênciado empreendimento.

TABELA 05 -Listagem das espécies identificadas na área de influência do empreendimento.

ORDEMFAMÍLIA NOME

CIENTÍFICO NOME POPULAR

FILO ARTRÓPODO – CLASSE INSECTABombus sp Mangangás Apis mellifera

ligusticaAbelha-italiana

Apidae

 Apis melífera

escutellata

Abelha-africana

 Melipona sp Abelhas-indígenasTrigona ruficurus Abelha-arapuá

Meliponinae

Trigona sp Abelhas-nativas Atta sp Formiga-de-mandioca

Hymenoptera

Formicidae Azteca sp Formiga

Neuroptera Mirmeleontídeos Formigas-leãoAcridódeo Bicho-pauPhasmatodea

Fasmídeos Phasmida sp Bicho-pauMantodea Louva-deusHomoptera Cicadídeos Cigarras

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Aphidoidea Cerataphis lataniae Pulgão-do-coqueiroBlattodea Coraliomela brunnea Barata-do-coqueiro

Tropidacris sp GafanhotoOrthoptera

GrylidaeSuperfamíliaGrilloidea

Grilo

 Rhinostomusbarbirostris Broca-do-tronco-do-coqueiro

Curculionidae  Rhynchophorus

 palmarum

Broca-do-olho-do-coqueiro

Coleoptera

Strategus aloeus Broca-do-bulbo-do-coqueiro

 Automeris cinctistriga Lagarta-urticante-do-coqueiro

Synale hylaspes Lagarta-verde-do-coqueiro

Odonata  Anax amazili Libélula

Planiplax 

 phoenicurraLibélula

 Diastotops obscura LibélulaErytrodiplax  LibélulaPantala flavescens LibélulaPepsis elevata Cavalo-do-cão

Nymphalidae  Heliconius sp BorboletaThysania sp Borboleta Diaethria sp BorboletaSiproeta sp Borboleta

Caligo sp Borboleta

Lepdoptera

 Danaus sp BorboletaMuscidae  Musca domestica Mosca-comum

Culex sp MosquitosDiptera

Culicidae Aedes aegypti Mosquito

Isoptera Nasutitermes sp Cupim-narigudo ou

nasutoFILO ARTRÓPODO – CLASSE ARACHNIDA

Phoneutria sp Aranha-armadeira Loxosceles sp Aranha-marrom Nephila sp

Aranha-de-teia Latrodectus sp Aranha-viuva-negra

Araneae

Grammostola sp Aranha-caranguejeiraTityus bahiensis Escorpião-amareloScorpionidaTityus serrulatus Escorpião-marrom

Acarina Eriophyes guerreronis Ácaro-da-necrose-do-coqueiro

FILO ARTRÓPODO – CLASSE DIPLOPODA

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  Scolopendra sp LacraiasPiolho-de-cobra

FILO CHORDATA -CLASSE ANPHIBIABofonidae  Bufo paracnemis Sapo-boi

Hylidae  Hyla ssp Perereca

Anura

Lepdodactylidae  Leptodactylus Rã-pimenta pentadactylus

Apoda Gymnophiona Siphonops annulata Cobra-cega

FILO CHORDATA -CLASSE REPTILIA Mabuya heathi Calango

Kenthropix calcarata CalangoTupinambis teguixim TeiúSquamata TeiidaeCnemidophorus Calangoocellifer 

Iguanidae  Iguana iguana Iguana

Tropidurus torquatus Lagartixa-de-muroTropiduridae Tropidurus hispidus Lagartixa

Amphisbaenidae  Amphisbaena albaCobra-de-duas-cabeças

Anguidae Ophiodes striatus Cobra-de-vidroEunectes murinus SucuriBoidae Boa constrictor  Jibóia

SubordemOphidia

Typhlopidae Typhlops sp Cobra-da-terra

 Bothrops jararaca JararacaViperidae Bothrops leucurus

 Bothrops jararacussu JararacuçuCrotalidae Crotalus durissus Cascavelterrificus

 Micrurus ibiboboca Coral verdadeiraElapidae Micrurus lemniscatus Coral verdadeira

Colubridae Oxybelis aeneus Cobra-cipóChironius Cobra-cipóflavolineatusChironius fuscus Cobra-espadaChironius carinatus Cobra-cipóPhilodryas Cobra-verde

 patagoniensis Drymarchon corais Papa-pinto-amarelocorais

Spilotes pullatus Cainana Helicops leopardus Cobra-dáguaWaglerophis merremii Boipeva Leptodeira annulata DormideiraOxyrhopus trigeminus Coral-falsa

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Philodryas nattererii Corre-campoPhimophis guerini Cobra-de-narizEretmochelysimbricata

Tartaruga-de-pente

Chelonia mydas Tartaruga-verde

Caretta caretta Tartaruga-cabeçuda

Chelonidae

 Lepidochelys olivacea Tartaruga-oliva

Chelonia

Testunidae Geochelone Jabuti-amarelodenticulata

Kinosternidae Phrynops sp CágadoCrocodilia Alligatoridae Paleossuchus Jacaré-preto

 palpebrossus

Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo

FILO CHORDATA -CLASSE AVESTinamiforme Tinamidae  Rhynchotus rufescens Perdiz ou perdigão

Podicipediforme Podicipadidae Podilymbus podiceps Mergulhão-caçador Ardea cocoi Socó-grandeCiconiforme ArdeidaeCasmerodius albus

ouGarça-branca

Egretta alba

Egretta thula Garçinha-brancaEgretta caerula Garça-azul Butorides striatus SocozinhoTigrissoma lineatum Socó-boiCoragyps atratus Urubu-pretoCathartidaeCathartes aura Urubu-de-cabeça-

vermelhaCathartes Urubu-de-cabeça-burrovianus amarela

Anseriforme Anatidae  Dendrocygna viduata Irerê

 Dendrocygna Marreca-caboclaautumnalis

 Amazonetta Marreca-ananaí brasiliensis

Cairina moschata Pato-do-matoFalconiformes Accipritidae Elanus leucurus Gavião-peneira

Gampsonyx swainsoni Gaviãozinho Rosthramus sociabilis Gavião-caramujeiro

 Buteo albicaudatusGavião-de-rabo-branco

 Rupornis magnirostris Gavião-carijóou Buteo magnirostrisSpizastur Gavião-patomelanoleucus

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  Geranospiza Gavião-mateirocaerulescens

Falconidae Herpetotheres AcauãcachinnansMivalgo chimachima Gavião-carrapateiro

Polyborus plancus Gavião-carcaráFalco peregrino Gavião-peregrinoFalco sparverius Gavião-quiri-quiri

Galliforme Cracidae Ortalis guttata AracuãGruiforme Aramidae Aramus guarauna Carão

Rallidae Rallus nigricans Saracura-preta Rallus maculatus Saracura-pintada Aramides cajanea Saracura-de-três-potesGallinula chloropus Frango-d’águaPorphyrula martinica Frango-d’água -azul

Cariamidae Cariama cristata SiriemaCharadriiforme Jacanidae Jacana jacana JaçanãCharadriidae Vanellus chilensis Quero-quero

Charadrius Maçarico-semipalmado

semipalmatus

Scolopacidae  Arenaria interpres Maçarico-vira-pedra Actitis macularia Maçarico-pintadoCalidris alba Maçarico-branco

Laridae Sterna hirundo Trinta-réis-borealSterna dougalli Trinta-réis-rosado

Columbiforme Columbidae Columba picazuro Pomba-asa-brancaZenaida auriculata Avoante

Columbina talpacotiRolinha-caldo-de-feijão

Scardafella

squammataRolinha-fogo-apagou

 Leptotila verreauxi JuritiPsittaciforme Psittacidae Aratinga auricapilla Aratinga-de-peito-

vermelho

Aratinga aurea Jandaia-estrelaForpus Tuim-de-asa-azulxanthopterygiusTouit melanota Apuim-de-costa-preta

 Amazona amazonica Papagaio-do-mangueCuculiforme Cuculidae Piaya cayana Alma-de-gato

Crotophaga ani Anu-pretoGuira guira Anu-branco

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Strigiforme Tytonidae Tyto alba SuindaraStrigidae Otus choliba Corujinha-de-orelha

Glaucidium Caburébrasilianum

 Athene cunicularia ou Coruja-buraqueira

Speotyto cunicularia Rhinoptynx clamator  Coruja-orelhuda Aegolius harrisii Caburé-orelha

Caprimulgiforme Nyctibiidae Nyctibius griseus Urutau-comum Nyctibius leucopterus Urutau-de-asa-branca

Caprimulgidae Chordeiles Bacurau-de-asa-finaacutipennisNyctidromus Curiango-comumalbicollis

Apodiforme Trochililidae Phaethornis petrei Beija-flor-de-rabo-branco

Phaethornis ruber  Besourinho-da-mataEupetomena Beija-flor-tesoura

macrouraChrysolampis Beija-flor-vermelhomosquitus

Chlorostilbon Besourinho-de-bico-aureoventris vermelhoChlorostilbon Besourinho-de-bico-mellisugus pretoAmazilia fimbriata Beija-flor-de-

garganta-verdeTrogoniforme Trogonidae Trogon surrucura Surucuá-de-barriga-

vermelhaCoraciforme Alcedinidae Ceryle torquata Martim-pescador-

grandeChloroceryle Martim-pescador-

verdeamazonaChloroceryle

americana

Martim-pescador-pequeno

Piciforme Galbulidae Galbula ruficauda Ariramba-de-cauda-castanha

Bucconidae  Nystalus chacuru João-boboPicidae Picumnus cirratus Pica-pau-barado

Colaptes campestris Pica-pau-do-campoColaptes Pica-pau-carijómelanochloros

Dryocopus lineatus Pica-pau-de-topete-

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  vermelhoThamnophilusdoliatus

Choca-barrada

Thamnophilus

murinusChoca-murina

Formicariidae

Pyriglena atra Olho-de-fogo-rendado

Passeriforme

Furnariidae Pseudoseirura Casaca-de-courocristata

Dendrocolaptidae  Xiphocolaptes Subideira-de-bigode falcirostris

 Lepidocolaptes Arapaçu-brancoangustirostris

Capsiempis flaveola Maria-amarelinhaTyrannidae Hemitriccus Sebinho-papo-estriado(Idioptilon) striacollis

 Arundinicola Viuvinhaleucocephala

Machetornis rixosusBem-te-vi-carrapateiro

 Myiarchus ferox  Maria-cavaleiraPhilohydor lictor  Bem-te-vizinhoPitangus sulphuratus Bem-te-verdadeiro Megarynchus pitangua

Bem-te-vi-de-bico-

chatoMyiozetetes Mosqueteiro

cayanensis Myiozetetes similis Mosqueteiro-de-topete

Hirundinidae Tachycineta Andorinha-do-rioalbiventerPhaeoprogne tapera Andorinha-do-campo Notiochelidon Andorinha-azulcyanoleuca

Troglodytidae Donacobius Japacanimatricapillus

Muscicapidae Turdus leucomelas Sabiá-branco

Mimus gilvus Sabiá-da-praiaMimidae Mimus saturninus Sabiá-do-campo

Vireonidae Cyclarhis gujanensis PitiguariEmberezidae Geothlypis Pia-cobra

aequinoctialisCoereba flaveola CambacicaTachyphonus rufus Tiê-pretoSchistochlamys Bico-de-veludo

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ruficapillus

Sericossypha loricata Tiê-de-peito-preto Ramphocelus bresilius Tiê-sangue

Thraupis sayacaSanhaço-do-mamoeiro

Thraupis palmarum Sanhaço-do-coqueiroEuphonia chorotica viviEuphonia violacea Gaturamo-verdadeiroTangara cayana Saíra-amarela Dacnis cayana Saí-azulSporophila lineola BigodinhoSporophila nigricollis Papa-capimSporophila BrejalalbogularisSporophila bouvreuil CaboclinhoParoaria dominicana Galo-de-campina

Saltator maximus Trinca-ferroPasserina brissonii ou Azulão-verdadeiroCyanocompsa cyanea

 Icterus cayanensis Pega Icterus icterus ou Sofrê Icterus jamacaii

Gnorimopsar chopi Pássaro-pretoMolothrus Chopimbanariensis

Passeridae Passer domesticus Pardal

FILO CHORDATA -CLASSEMAMMALIAPrimates Callithricidae Callithrix jacchus

 jacchus

Mico-estrela-de-tufo-branco

Artibeus lituratusPhyllostomidae Artibeus jamaicensis

Carollinae Carolina perspicillataGlossophaginae Glossophaga soricina

MorcegoChiroptera

Stenodermatinae Uroderma bilabiatum Morcego-cinza-de-estrias-brancas

Caviidae Cavia welsi Préa

Muridae  Mus musculus CamondongoRattus rattus Rato-pretoCoendu sp Ouriço-cacheiro

Rodentia

ErethizontidaeChaetomys Ouriço-cacheirosubspinosus

EchimyidaeProechimys

guyannensRato-de-espinho

Dasyproctidae  Dasyprocta aguti Cutia

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  Sciuridae Sciurus aestuans caxinguelêCarnivora Felidae  Herpailurus Gatojaguarundi

 yagouaroundi

 Leopardus tigrinus Gato-do-mato Leopardus wiedii Gato-maracajá

Canidae Cerdocyon thous Cachorro-da-praiaProcyon cancrivorus GuaxinimProcyonidae Nasua nasua Quati

Lagomorpha Leporidae Sylvilagus brasiliensis Coelho-brasileiro Mazana americana Veado-mateiroArtiodactyla CervidaeOzotocerus

bezoarticusVeado-campeiro

MyrmecophagidaeTamandua

tetradactylaTamanduá-mirim

Bradypodidae  Bradypus torquatus Preguiça-de-coleira Dasypus

septemcinctusTatu-etê

 Dasypus

novemcinctusTatu-galinha

Cabossous unicinctus Tatu-de-rabo-mole

Xenarthra

Dasypodidae

Euphratus sexcinctus Tatu-peba Didelphis marsupialis Gambá Didelphis albiventris Gambá

Marsupialia

Monodelphis sp Cuíca

No volume de anexos contém a foto identificação de alguns representantes dafauna local e as pranchas de identificação da fauna.

Principais interferências do empreendimento sobre a fauna local:.  • Aumento de fluxo turistico nas áreas de desova de tartarugas marinhas,podendo interferir nos processos naturais de reprodução;.  • Desequilíbrio nos hábitos faunísticos por iluminação artificial, alterando ocomportamento de deslocamento da fauna terrestre e alada. No caso das tartarugasmarinhas, a iluminação de zero lux, deve guardar uma distância de 50 metros acima dapreamar das marés de sizígia, pois pode desorientar tartarugas marinhas jovens nosperíodos de eclosão;.  • Alteração e diminuição dos nichos ecológicos de nidificação, reprodução ealimentação da fauna;.  • Destruição da vegetação, alterando o deslocamento da fauna em áreas parapouso, nidificação, dessedentação, alimentação e reprodução;.  • Destruição de micro fauna do solo, alterando a fonte de energia base dacadeia alimentar no ecossistema;.  • Aumento de agentes vetores de doenças prejudiciais ao homem;

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5.2.1.2.2. Identificação de espécies endêmicas, raras, ameaçadas de extinção,

sinergéticas, indicadoras de qualidade ambiental e de interesse econômico e

científico

.  •  Endêmicas da restinga:

.  •

  Ameaçadas de extinção:Tabela 06

FILO CHORDATA -CLASSE AVESNome Científico  Mimus gilvus Nome popular Sabiá-da-praia

FILO CHORDATA -CLASSE REPTILIA

Nome Científico  Mabuya heathi Nome popular Calango

Tabela 07

ORDEM NOME CIENTÍFICO NOME POPULAR CATEGORIAFILO CHORDATA -CLASSE REPTILIAEretmochelys imbricata Tartaruga-de-pente ameaçado de extinção – 

em perigoChelonia

Chelonia mydas Tartaruga-verde ameaçado de extinção -Vulnerável

Caretta caretta Tartaruga-cabeçuda ameaçado de extinção -Vulnerável

 Lepidochelys olivacea Tartaruga-oliva ameaçado de extinção – em perigo

Phrynops hogei Cágado ameaçado de extinção -Vulnerável

Crocodilia Caiman latirostris Jacaré-de-papo-amarelo ameaçado de extinçãoFILO CHORDATA -CLASSE AVESPsittaciforme Touit melanota Apuim-de-costa-preta ameaçado de extinção -

VulnerávelCaprimulgiforme  Nyctibius leucopterus Urutau-de-asa-branca ameaçado de extinçãoPasseriforme Pyriglena atra Olho-de-fogo-rendado espécie ameaçada – em

perigo

 Xiphocolaptes

 falcirostrisSubideira-de-bigode espécie ameaçada – 

vulnerável

FILO CHORDATA -CLASSE MAMMALIA

Rodentia Chaetomys subspinosus Ouriço-cacheiro ameaçado de extinçãoVulnerável

-

Carnivora  Leopardus tigrinus Gato-do-mato ameaçado de extinçãoVulnerável

-

 Leopardus wiedii Gato-maracajá ameaçado de extinçãoVulnerável

-

Artiodactyla Ozotocerus bezoarticus Veado-campeiro ameaçada de extinção

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Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim ameaçado de extinçãoem perigo

-

 Bradypus torquatus Preguiça-de-coleira ameaçado de extinçãoVulnerável

-

Xenarthra

Cabossous unicinctus Tatu-de-rabo-mole ameaçado de extinçãoVulnerável

-

• Indicador de Qualidade Ambiental

Tabela 08

FILO CHORDATA -CLASSE AVESNome Científico Amazonas amazonica Nome popular Papagaio-do-mangueNome Científico Mimus gilvus Nome popular Sabiá-da-praiaNome Científico Ortalis guttata Nome popular AracuãNome Científico Herpetotheres

cachinnansNome popular Acauã

FILO CHORDATA -CLASSE REPTILIA

Nome Científico  Mabuya heathi Nome popular CalangoNome Científico Kenthropix calcarata Nome popular Calando da mataNome Científico Eretmochelys imbricata Nome popular Tartaruga-de-pente

• Interesse econômico

Tabela 09

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR INTERESSEECONÔMICO

Alligatoridae Paleossuchus

 palpebrossus

Jacaré-preto Carne e couro

Viperidae  Bothrops sp Jararacas Produção debiotecnologiafarmacêutica

veneno,e

Crotalidae Crotalus sp Cascaveis Produção debiotecnologiafarmacêutica

veneno,e

Elapidae  Micrurus sp Corais Produção debiotecnologiafarmacêutica

veneno,e

Dasyproctidae  Dasyprocta aguti Cutia Carne

Artiodactyla Ozotocerus bezoarticus Veado-campeiro Carne

Dasypodidae  Dasypus Tatus Carne

• Interesse científico

Tabela 10

FAMÍLIA NOME CIENTÍFICO NOME VULGAR INTERESSE ECONÔMICO

Canidae Cerdocyon thous Raposa-da-praia Estudos sobre LeishmanioseViperidae  Bothrops sp Jararaca Produção de veneno, biotecnologia

e farmacêutica

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A prevenção consiste no saneamento básico, no combate ao agente transmissor e namelhoria das condições de habitação, já que o inseto costuma se abrigar nas frestas deparedes de barro ou madeira.

¬ Malária

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, hoje em dia, a malária é de longe adoença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo.Também conhecida como paludismo ou impaludismo, a malária é considerada problema desaúde pública em mais de 90 países, onde cerca de 2,4 bilhões de pessoas (40% dapopulação mundial) convivem com o risco de contágio.

A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium e cada uma de suas espéciesdetermina aspectos clínicos diferentes para a enfermidade. No caso brasileiro, destacam-setrês espécies do parasita: o P. falciparum, o P. vivax  e o P. malarie. O protozoário étransmitido ao homem pelo sangue, geralmente por mosquitos do gênero  Anopheles ou,

mais raramente, por outro tipo de meio que coloque o sangue de uma pessoa infectada emcontato com o de outra sadia, como o compartilhamento de seringas (consumidores dedrogas), transfusão de sangue ou até mesmo de mãe para feto, na gravidez. Apesar damalária poder infectar animais como aves e répteis, o tipo humano não ocorre em outrasespécies (mesmo ainda sem comprovação, há a suspeita de que certos tipos de maláriapossam ser transmitidos, sempre via mosquito, de macacos para humanos).

Em comum, todas as espécies de Plasmodium atacam células do fígado e glóbulosvermelhos (hemácias), que são destruídos ao serem utilizados para reprodução doprotozoário. Quando o mosquito pica o homem, introduz em sua corrente sangüínea, pormeio de sua saliva, uma forma ativa do Plasmodium, denominada esporozoíta e que fazparte de uma de suas fases evolutivas. Uma vez no sangue, os esporozoítas rumam parao fígado, onde penetram as células hepáticas para se multiplicarem, dando origem a outrafase evolutiva chamada merozoíta. Uma parte dos merozoítas permanece no fígado econtinua a se reproduzir em suas células, a outra cai novamente na corrente sangüínea eadentra as hemácias para seguir com o processo reprodutivo. As hemácias parasitadastambém são destruídas e originam ora outros merozoítas, ora gametócitos, célulasprecursoras dos gametas do parasita e que são tanto femininas quanto masculinas.

O mosquito  Anopheles torna-se vetor da malária a partir do momento que ingeregametócitos (femininos e masculinos) de um indivíduo infectado. Dentro do mosquito, osgametócitos tornam-se gametas e fecundam-se, originando o zigoto, que atravessa a parededo estômago do inseto e transforma-se em oocisto, tipo de célula-ovo. Após algum tempo,o oocisto se rompe e libera novos esporozoítos, que migram para as glândulas salivares domosquito estando assim prontos para infectar um novo indivíduo.

Geralmente, após a picada do mosquito transmissor, o Plasmodium permanece incubado nocorpo do indivíduo infectado por 12 dias. A seguir, surge um quadro clínico variável, queinclui calafrios, febre alta (no início contínua e depois com freqüência de três em três dias),dores de cabeça e musculares, taquicardia, aumento do baço e, por vezes, delírios.

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econômicos. Portanto, controlar a existência da  Biomphalaria não é suficiente, é precisomelhorar a qualidade de vida das populações e tomar medidas sanitaristas, como, porexemplo, a construção de sistemas adequados de esgoto.

¬ LeishmanioseInfecção do sistema retículo-endotelial que se localiza sobretudo no baço, fígado e medulaóssea, provocando aumento das vísceras. conhecida também como calazar. Acometeprincipalmente as populações rurais, mas está em fase de franca urbanização. Os sereshumanos e os cães são reservatórios naturais por serem suficientes para mantero ciclo doméstico de transmissão. A raposa infectada é o único reservatório silvestre doparasito. A  Leishmania chagasi (protozoário) é transmitida por meio do Flebótomo oumosquito-palha. No Brasil ainda não existe terapêutica para cães, enquanto que os sereshumanos infectados se curam a partir de tratamento adequado. Não há vacina para aleishmaniose visceral.

¬ Leptospirose

A leptospirose é uma doença infecciosa aguda causada pela bactéria  Leptospira

interrogans, transmitida pela urina de ratos. Os surtos ocorrem, principalmente, na época deenchentes, quando a bactéria penetra no organismo através de pequenos ferimentos ou pelasmucosas do nariz ou da boca, provocando insuficiência renal e hepática. Não existe vacinapara a enfermidade. Sua forma grave pode provocar icterícia, meningite e levar à morte.

A moléstia afeta especialmente os animais, como roedores e outros mamíferos silvestres.Os animais domésticos, como cães, gatos, bois e cavalos, também podem ser atingidos.Esses bichos, mesmo quando vacinados, podem tornar-se portadores assintomáticos dabactéria e eliminá-la junto com a urina, às vezes por toda a vida.

O ser humano não é considerado um transmissor da doença, a contaminação de uma pessoapara outra é muito pouco provável.

Os sintomas da leptospirose aparecem entre dois e trinta dias após a infecção, sendo operíodo de incubação médio de dez dias. Febre alta, sensação de mal estar, dor de cabeçaconstante e acentuada, dor muscular intensa, cansaço e calafrios estão entre asmanifestações da doença. Também são freqüentes dores abdominais, náuseas, vômitos ediarréia, podendo levar à desidratação. É comum que os olhos fiquem acentuadamenteavermelhados. Alguns doentes podem apresentar tosse e faringite. Em alguns pacientes ossintomas podem ressurgir após dois ou três dias de aparente melhora. Nesse período, écomum aparecer manchas avermelhadas pelo corpo e pode ocorrer meningite.

A partir do terceiro dia de doença pode surgir icterícia (olhos amarelados) nos enfermosque apresentam casos mais graves (cerca de 10%). Nesse grupo, aparecem manifestaçõeshemorrágicas (equimoses, sangramentos em nariz, gengivas e pulmões) eo funcionamento inadequado dos rins, o que causa diminuição do volume urinário e, às

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ficar sob observação médica. Além disso, condições prévias ou associadas como referênciade dengue anterior, idosos, hipertensão arterial, diabetes, asma brônquica e outras doençasrespiratórias crônicas graves podem constituir fatores capazes de favorecer a evolução comgravidade.

Todas as pessoas com febre de menos de sete dias durante uma epidemia ou por casossuspeitos de dengue, cuja evolução não é possível predizer, devem procurar tratamentomédico onde algumas rotinas estão estabelecidas para o acompanhamento, conforme aavaliação clínica inicial e subseqüente, quanto a possibilidade de evolução para gravidade.A hidratação oral (com água, soro caseiro ou água de coco), ou venosa, dependendo da faseda doença, é a medicação fundamental e está indicada em todos os casos em abundância.

Devem ser evitados o Ácido Acetil Salicílico (AAS) e seus derivados porque podeminterferir no processo de coagulação, uma vez que o AAS reduz a adesão das plaquetas e,no dengue, a diminuição do número de plaquetas (plaquetopenia) é freqüente; comotambém a Dipirona, porque em algumas pessoas baixa a pressão arterial, o que pode ser

confundido com a ocorrência de baixa pressão por causa do levantamento do paciente(hipotensão postural), sintoma que pode estar também presente no dengue.

5.2.1.2.4. Identificação do habitat e nicho ecológico das espécies

Filo Artrópodo – Classe Insecta

Os primeiros insetos viveram há mais de 300 milhões de anos. Estes seres praticamentehabitam o mundo todo, desde os desertos, passando por florestas até lugares onde exista

neve. Estão presentes em todos os ambientes.

São animais invertebrados e possuem uma proteção chamada exoesqueleto. Possuem seispernas. Atualmente existem mais de 1 milhão de espécies catalogadas e outras mais a seremclassificadas. Os insetos são os responsáveis pela polinização de mais de 70% de todas asplantas fanerógamas da terra, ou seja, plantas que possuem flores. Muitos estão diretamenterelacionados com a transmissão de doenças para os seres humanos, como a malária, adoença de Chagas, a dengue, a febre amarela e outras. A produtividade agrícola e aestocagem dos alimentos sofrem grandes perdas pela ação destruidora de muitas espéciesde insetos que devoram lavouras inteiras, como os gafanhotos, ou transmitem doenças paraas plantações.

São animais de corpo formado por uma série de segmentos ou somitos e divididos sempreem três regiões: cabeça, tórax e abdômen. A cabeça possui 6 segmentos unidos por suturas.É onde estão localizados os olhos, antenas e o aparelho bucal. Os olhos são geralmentecompostos ou facetados, e formam uma imagem "em mosaico" localizados ao lado dacabeça e entre eles ou acima podem existir pequenos olhos mais simples, os ocelos, quasesempre em número de três.

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São duas antenas e de diferentes tipos, são apêndice moveis que podem funcionar comoórgão olfativo, auditivos, gustativos e tácteis. É possível o reconhecimento dos sexos dealguns insetos através das antenas, visto que elas se apresentam diferentes nos machos e nasfêmeas. Para isso devem ser considerados: tamanho -as antenas dos machos geralmente sãomais desenvolvidas; tipo - há casos em que os machos e as fêmeas possuem antenas de tipo

diferentes. O aparelho bucal é adaptado aos diversos tipos de alimentação dos insetos,como lamber, triturar, sugar, picar, mastigar, etc.

O tórax possui 3 segmentos ou anéis, cada um com um par de patas articuladas, sendo queo segundo e terceiro, na parte superior possuem um par de asas, que são evaginações daparede do corpo. Cada segmento é formado por 4 peças ligadas entre si: ventralmente é oesterno, dorsalmente o tergo e lateralmente as pleuras. Se a regra geral é terem 3 pares depatas, nem todos os insetos possuem 2 pares de asas, muitos possuem apenas um (dípteros)e outros não possuem asas (ápteros). Nos dípteros há um par de asas vestigiais, os halteresou balancins, e serve como sistema de equilíbrio e direção, durante o vôo. Alguns insetos,como as formigas e os cupins, apresentam asas apenas nos seus estágios sexualmente

ativos, enquanto os demais membros das sociedades não as possuem.De acordo com as modificações estruturais apresentadas, as asas podem ser agrupadas nosseguintes tipos: membranosas -são asas finas e flexíveis, com as nervuras bem distintas. Amaioria dos insetos possuem o par posterior de asas desse tipo, tégminas são de aspectopergaminhosos ou coriáceo e normalmente são estreitas e alongadas, élitros -são asas duras,resistentes, que servem de proteção às asas membranosas. Ex. Asas anteriores de besouros edermápteras e hemiélitro -são asas que apresentam a parte basal de aspecto coriáceo, e aparte apical membranosa, onde se nota facilmente as nervuras. Ex. Asas anteriores depercevejos.

O abdômen é a última das três divisões principais do corpo dos insetos, vindo logo atrás do

tórax, e onde se situa o ânus e o aparelho reprodutor. Compõe-se de 12 segmentos queparecem encaixar-se uns aos outros. Cada segmento tem um par de orifícios pelo qual oinseto respira. Quanto aos tipos podem ser séssil ou aderente (é quando a união entre oabdome e o tórax se faz em toda a sua largura, e como exemplos temos as baratas), livre (équando a união entre o abdome e o tórax se faz por uma constrição moderada, e comoexemplos temos as moscas) e pedunculado (é quando a união entre o abdome e o tórax sefaz por uma constrição pronunciada, formando um pedúnculo ou pecíolo. É característicoem alguns Hymenoptera).

O corpo dos insetos é formado por um exoesqueleto (esqueleto externo) de quitina,substância que reveste o corpo, formando uma carapaça, que pode ser lisa, luzidia ou ainda

apresentar espinhos ou chifres para defesa do animal, também pode se apresentar na formade escamas e pêlos. Certos pêlos possuem um líquido viscoso o que permite caminhar sobresuperfícies lisas.

O sentido do tato encontra-se espalhado por todo corpo, sobre o tegmento encontram-sepêlos, com células nervosas na base. As antenas, além de outras funções como olfativa,também exercem percepção tátil. O sentido do olfato está concentrado nas antenas. Osinsetos possuem duas espécies de olhos, olhos simples (ocelos), que são pequenos e servem

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para ver de perto, e os olhos compostos de facetas, são grandes, de malhas poligonais ecada faceta corresponde a um olho simples. O número de facetas é variável, podendo ir de50 à 20.000. Sabe-se que a maioria dos insetos ouvem, mas mostra-se muito variada alocalização do órgão auditivo.

A excreção é feita pelos tubos de Malpighi. Estão mergulhados nas cavidades corporais(hemoceles) de onde retiram resíduos metabólicos, e abrem-se no intestino. Logo osexcretos são eliminados juntamente com as fezes. O principal resíduo metabólico dosinsetos é o ácido úrico.

Os insetos apresentam fecundação interna, e as fêmeas depositam os ovos para sedesenvolverem fora do corpo. São, portanto, ovíparas. Em muitos insetos, observam-sealgumas formas especiais de reprodução: partenogênese, desenvolvimento de um embrião apartir de um óvulo não-fecundado, é verificada em abelhas, pedogênese, desenvolvimentode mais de um indivíduo a partir de uma única larva, ocorre em moscas, poliembrionia,desenvolvimento de múltiplos embriões geneticamente idênticos a partir de um único

zigoto, é encontrada em algumas vespas.Uma característica marcante de muitos insetos é a passagem por estágios larvais e aocorrência de metamorfose (do grego metabole, "mudança"). De acordo com o tipo demetamorfose, os insetos são classificados em três categorias: insetos ametábolos: o prefixoa designa negação. Ao saírem do ovo, já são muito semelhantes a um adulto, não passampor estágio larval nem sofrem metamorfose, insetos hemimetábolos (hemi = metade): oshemimetábolos são os insetos que, quando da eclosão do ovo, nascem diferentes dosadultos, mas sofrem transformações graduais na forma e na sua fisiologia. As formas jovens são chamadas ninfas e, à medida que sofrem mudas, vão se tornando cada vez maisparecidas com o adulto, insetos holometábolos (holos = todo): são os insetos que passampor transformações muito mais significativas, durante algumas fases da vida, do ovo, saium organismo vermiforme e nitidamente segmentado, a larva, ao se imobilizar, adquire umrevestimento mais escuro e espesso, assumindo a forma característica de pupa (oucrisálida). A pupa permanece imóvel, pendurada em galhos de árvores enrolada em folhas,em buracos no solo ou nos troncos das árvores, esse processo é conhecido por metamorfosecompleta, e termina quando o revestimento da pupa se rompe e dela emerge um adulto (ouimago). O imago já possui todos os sistemas próprios de um adulto e, no caso dos insetos, já se encontra apto para a reprodução. Uma característica marcante dos insetosholometábolos é que as larvas e os adultos apresentam, geralmente, hábitos alimentaresbastante distintos, o que evita a competição pelo alimento entre os membros de uma mesmaespécie.

ORDEM HYMENOPTERA: uma das mais polimorfas ordens de insetos (cerca de 250.000espécies) apresenta animais dotados de peças bucais sugadoras, mastigadoras oulambedoras. Em algumas espécies, como nas formigas, as asas estão presentes apenas nosindivíduos sexualmente ativos. São holometábolos e apresentam estrutura social. Essaordem caracteriza-se pela complexa estrutura social encontrada nas suas espécies. Há umanítida e rigorosa divisão de papéis, tanto na atividade reprodutora como na manutenção daprópria sociedade;

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outros fins. As patas servem à locomoção e também para limpar o corpo;Distribuição: desde o México e sul dos EUA até o norte da Patagônia;Dieta: as mandíbulas servem para morder, beliscar, cortar, furar, etc., só não servempara comer, para tal utilizam órgãos de sucção e lambedura;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto;

Comportamento: as colônias são divididas em várias castas de soldados e operárias,que protegem e executam as tarefas, principalmente a de cultivo dos fungos que asalimentam e que são cultivados em folhas mascadas de várias espécies vegetais, e ascastas de machos e fêmeas sexuados. Colônias subterrâneas e divididas em várioscompartimentos (panelas) interligados e que servem a diversos fins. Mordem para sedefender;

Nome Científico: Azteca sp

Nome popular: Formiga-de-embaúbaCaracterísticas: normalmente de coloração preta ou marrom. Possuem um ferrão,

ligado às glândulas veneníferas, e que pode ser usado várias vezes;Hábitat: habitam os espaçosos internódios do tronco e galhos da embala;

Dieta: as mandíbulas servem para morder, beliscar, cortar, furar, etc., só não servem paracomer, para tal utilizam órgãos de sucção e lambedura. Alimentam-se dos corpos deMüller, produzidos pela imbaúba, e de secreções açucaradas produzida por coccídeos quecriam nos internódios; Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa,adulto; Comportamento: quando perturbadas, saem às centenas para defender suamoradia, mordem e secretam toxina de cheiro parecido com solvente de borracha que causairritação, e se cheirado pode causar reação alérgica em algumas pessoas;

ORDEM NEUROPTERA: Aparelho bucal mastigador; 4 asas membranosas, que emrepouso ficam em telha sobre o corpo. Abdome cilíndrico; antenas geralmente compridas.

Família Mirmeleontidae Nome popular: Formigas-leão Características: as larvaspossuem 3 pares de patas, 2 poderosas mandíbulas. Adulto alado; Hábitat: camposarenosos, com vegetação rasteira ou mesmo arbustiva bem batidas pelo sol; Dieta:predadores; Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa, adulto. Ovosdepositados no solo, que são chocados pelo calor da areia; Comportamento: porconstruírem uma armadilha de forma cônica na areia ou poeira para capturar suas presas,nas quais injeta substâncias paralisantes, para após dominá-las e sugar-lhes o conteúdo;

ORDEM PHASMATODEA -Aparelho bucal mastigador; patas ambulatórias (paraandar), longas e finas. Grande aspecto de graveto, cabeça pequena, antenas bemdesenvolvidas, cercos unisegmentados. Há espécies com asas e outras ápteras;

Família AcridodaeNome popular: Bicho-pauTamanho: até 33cm;

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Características: corpo semelhante a um graveto ou pequeno galho; possuem a cabeçacurta e antenas longas. Os machos são menores que as fêmeas;Hábitat: plantas;Dieta: Fitógafo, alimentando-se de folhas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Partenogênese

(reprodução sem fecundação)–

nascem fêmeas. Os ovos também são miméticos,depositados no solo, assemelham-se a sementes;Comportamento: sua defesa é a camuflagem com o meio, potencializada comimobilidade na presença de possíveis predadores;

Nome Científico: Fasmídeos – Phasmida Nome popular: Bicho-pau Tamanho: até 33cm;Características: corpo semelhante a um graveto ou pequeno galho; possuem a cabeça curtae antenas longas. Os machos são menores que as fêmeas; Hábitat: plantas;Dieta: fitógafo, alimentando-se de folhas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Partenogênese

(reprodução sem fecundação)–

nascem fêmeas. Os ovos também são miméticos,depositados no solo, assemelham-se a sementes;Comportamento: Sua defesa é a camuflagem com o meio, potencializada comimobilidade na presença de possíveis predadores;

ORDEM MANTODEA -Aparelho bucal mastigador; patas anteriores raptatórias;protórax muito longo;

Nome popular: Louva-deusCaracterísticas: o primeiro par de patas pouco serve à locomoção, é destinado àcaptura de presas, patas traseiras (pernas) muito fortes que são usadas para andar, pulare ajudar quando vão voar. Olhos muito desenvolvidos e por isso enxerga muito bem.Conseguem se confundir com as plantas por causa de sua cor e por ficarem imóveis porlongos períodos de tempo;Distribuição: regiões tropicais e subtropicais;Hábitat: vivem em matas e áreas de muita vegetação;Dieta: predadores e comem qualquer inseto que conseguirem capturar, pulgões,pequenas lagartas, ninfas de alguns insetos, etc.;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. A fêmea depois defecundada confecciona uma ooteca, expelindo pelo orifício genital certa quantidade de

substância viscosa, que vai se acumulando sobre o galho e é quando começa a posturados ovos, em várias camadas. O período de incubação é de 24 dias. Após a sétima mudaatingem o desenvolvimento completo;Comportamento: canibais;Predadores naturais: pássaros e morcegos;

ORDEM HOMOPTERA: sugadores de seiva. Aparelho bucal sugador que sai da parte

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posterior da cabeça (retrovertido). Asas, quando presentes, têm forma de telha e de igualtextura (membranosas, ligeiramente espessadas);

Família Cicadidae

Nome popular: CigarrasTamanho: de alguns milímetros até 10cm;Características: antenas curtas. Asas membranosas. Apenas os machos “cantam” e oaparelho que produz o ruído está localizado no abdômen;Dieta: fitófagos -alimentam de seiva das plantas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Longos períodoslarvais, que podem durar desde 1 até 17 anos;Comportamento: terrestres;

Família Aphidoidea

Nome Científico: Cerataphis lataniaeNome popular: Pulgão-do-coqueiroTamanho: entre 1 e 5mm;Dieta: fitófagos -alimentam de seiva das plantas;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto. Partenogênese,desenvolvimento de um embrião a partir de um óvulo não-fecundado e/ou sexuada,dependendo das condições climáticas;

Predadores naturais: joaninhas, himenópteros, dípteros;

ORDEM BLATTODEA -Aparelho bucal mastigador; asas anteriores em tegmina;corpo ovalado e achatado dorso-ventralmente. Alguns grupos possuem hábito silvestre eoutro doméstico, comendo de tudo e tem cheiro desagradável e muito característico.Nenhuma delas é conhecida como vetor específico de doenças, porém possui em seucorpo vários patógenos, devido ao fato de se alimentarem de restos e viverem emesgotos e locais sujos;

Nome Científico: Coraliomela brunnea

Nome popular: Barata-do-coqueiroCaracterísticas: machos são menores que as fêmeas ou possuem asas maisdesenvolvidas. Corpo coberto por uma fina película cerosa, que por ser impermeável,impede a evaporação permitindo que viva em lugares secos;Distribuição: cosmopolita;Hábitat: silvestres e vivem no serrapilheiro em raízes e caules da vegetação, sob pedrase madeiras podres;Dieta: aparelho bucal triturador;Reprodução: Desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto;Comportamento: hábito noturno;

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ORDEM ORTHOPTERA: uma grande cabeça com peças bucais mastigadoras.Herbívoros omnívoros ou fitófagos (alimentam de seiva das plantas). Asas anterioresem tegmina ou élitro e patas posteriores saltatórias;

Nome Científico: Tropidacris sp

Nome popular: GafanhotoCaracterísticas: antenas muito mais curtas que o corpo e os órgãos auditivos(tímpanos) encontram-se no segmento basal do abdômen, um de cada lado. O abdômencontém 10 segmentos encaixados uns nos outros, sendo os tergitos mais desenvolvidosque os esternitos;Dieta: aparelho bucal mastigador, alimenta-se de vegetais;Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto, não ocorremetamorfose, mas mudas sucessivas (ecdises) até chegar à fase adulta definitiva;

Comportamento: terrestre;Preadadores Naturais: insetos parasitos e carnívoros, aves insetívoras, roedores,ácaros, vermes, fungos, bactérias, etc.;

Família GrylidaeSuperfamília: GrilloideaNome popular: GriloTamanho: desde alguns milímetros até alguns centímetros;Características: machos possuírem órgãos estridulatórios (tímpano) nas asasanteriores, produzindo som pelo atrito das tégminas. Possuem longas antenas filiformes.De cor geral parda, odendo ser amarelos ou verdes. As asas anteriores (tégminas)podem ser maiores, menores ou ausentes, alguns possuem tégiminas córneas. As asasposteriores dobram-se em leque e, por vezes ficam enroladas e salientes, em algumaselas são pequenas ou ausentes;Hábitat: no campo, em árvores;Dieta: aparelho bucal mastigador, alimenta-se de vegetais, insetos, fungos;

Reprodução: desenvolvimento paurometábolo: ovo, ninfa e adulto, não ocorremetamorfose, mas mudas sucessivas (ecdises) até chegar à fase adulta definitiva. Durante ovôo, o macho implanta o espermatóforo na vagina da fêmea, que depois o devora. A fêmeadeposita os ovos no solo ou nas plantas (e podem provocar galhas). Os ovos não ficam

aglutinados, mas dispostos em fileira; Comportamento: saltadores, terrestre,mergulhadores;

ORDEM COLEOPTERA: trata-se da maior ordem conhecida de seres vivos (mais de400.000 espécies descritas). A característica mais significativa do grupo é a presença dacarapaça sobre as asas. Na verdade, essa carapaça, o élitro, é a asa anterior modificada. Háespécies herbívoras e outras carnívoras, necrófagos e coprófagos. São animais dedesenvolvimento completo, por vezes com hipermetamorfose (a metamorfose se realiza

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com duas ou mais formas larvais sucessivas). Aparelho bucal mandibulado mastigador. Osovos são depositados nas partes vivas ou mortas das plantas ou produtos vegetais, no soloou raízes. O desenvolvimento embrionário depende de condições ambientes comotemperatura e umidade. O período larval dura mais que o pupal e ambos, somados, sãomuito mais longos que a vida do adulto;

Nome Científico: Rhinostomus barbirostris

Nome popular: Broca-do-tronco-do-coqueiro

Família CurculionidaeNome Científico: Rhynchophorus palmarum

Nome popular: Broca-do-olho-do-coqueiroTamanho: 37mm;Características: preto e aveludado na parte superior, pernas fortes e élitros sulcados,tromba mais ou menos alongada, anteno genículo-clavadas;Distribuição: ocorre em todo Brasil;Dieta: fitófagos;Comportamento: praga dos coqueiros;

Nome Científico: Strategus aloeus Nome popular: Broca-do-bulbo-do-coqueiro

Nome Científico: Automeris cinctistriga Nomepopular: Lagarta-urticante-do-coqueiro

Nome Científico: Synale hylaspes Nome popular: Lagarta-verde-do-coqueiro

ORDEM ODONATA -insetos hemimetábolos e suas ninfas vivem na água. Herbívoros ou

carnívoros apresentam peças bucais mastigadoras e dois pares de longas asas transparentese membranosas com centenas de nervuras e células; antenas diminutas e setáceas; abdômenlongo, fino e cilíndrico. Náiades e adultos são predadores. Corpo alongado e subcilíndrico;sua cabeça é provida de dois grandes olhos compostos. Subdivide-se em duas subordens:Zygoptera possui asas semelhantes e quando em repouso ficam dispostas sobre o abdômen,e Anisoptera, as asas posteriores são mais largas que as anteriores, quando o inseto repousaficam dispostas horizontalmente;

Nome Científico: Anax amazili

Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e até

representantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: Desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Planiplax phoenicurra

Nome popular: Libélula

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Dieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Diastotops obscura

Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: Desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Erytrodiplax Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Pantala flavescens

Nome popular: LibélulaDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

Nome Científico: Pepsis elevata

Nome popular: Cavalo-do-cãoDieta: moscas, mosquitos, himenópteros, pequenas borboletas, coleópteros e atérepresentantes da mesma ordem e/ou espécie;Reprodução: desenvolvimento hemimetábolo: ovo, náiade e adulto (imaturosaquáticos). Fecundação interna, durante o vôo e a postura é feita na água;Comportamento: diurna;

ORDEM LEPDOPTERA: apresentam a peça bucal sugadora (inseto adulto), longa eenrolada em forma de espiral quando em repouso (espirotromba). As asas são grandes,membranosas, cobertas por escamas e coloridas. São insetos holometábolos, e as suas

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 lagartas representam prejuízo para muitas lavouras. As lagartas têm aparelho bucalmastigador, são fitófagos e muitas são pragas. O adulto apenas suga néctar floral;

Família Nymphalidae Nome Científico: Heliconius sp Nome popular: Borboleta

Características: antenas clavadas; Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto; Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam emposição perpendicular ao corpo; Categoria: Heliconius nattereri -ameaçado de extinção – Vulnerável;

Nome Científico: Thysania sp

Nome popular: BorboletaTamanho: 27cm;Características: antenas clavadas;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;

Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;Comportamento: hábito noturno e crepuscular e, geralmente, ao pousarem, suas asasficam em posição perpendicular ao corpo;

Nome Científico: Diaethria sp

Nome popular: BorboletaCaracterísticas: antenas clavadas;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam emposição perpendicular ao corpo;

Nome Científico: Siproeta sp

Nome popular: BorboletaCaracterísticas: antenas clavadas;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam emposição perpendicular ao corpo;

Nome Científico: Caligo sp

Nome popular: BorboletaTamanho: 130 a 135mm de envergadura;Características: antenas clavadas. As asas inferiores apresentam 2 grandes ocelos que

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lembram a face de uma coruja;Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar;Reprodução: desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) eadulto;

Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam em posiçãoperpendicular ao corpo;

Nome Científico: Danaus sp Nome popular: Borboleta Características: antenasclavadas; Dieta: aparelho bucal sugador, alimentam-se de néctar; Reprodução:desenvolvimento holometábolo: ovo, larva (lagarta), pupa (crisálida) e adulto;Comportamento: hábito diurno e, geralmente, ao pousarem, suas asas ficam em posiçãoperpendicular ao corpo;

ORDEM DIPTERA -são holometábolos . Muitos dos representantes da ordem transmitemdoenças. Primeiro par de asas normais (membranosas) e o segundo par atrofiado e

modificado em haltere ou balancim, que servem tanto para dar equilíbrio ao corpo comoórgão auditivo. Ordem de importância médica, sendo muitos de seus membrostransmissores de doenças, por serem: hematófagos, alguns pragas agrícolas, minadores defolhas e alimentarem-se de outras partes da planta. Por outro lado, muitos dípteros sãopredadores ou parasitas (inimigos naturais) de diversos insetos nocivos, outros auxiliam napolinização (apenas sugam o néctar) e outros são inimigos de plantas daninhas (minadores);

Família Muscidae Nome Científico: Musca domestica Nome popular: Mosca-comumTamanho: 6mm; Características: antena plumosa, com cerdas longas. Possui probóscidee coloração cinzento-clara, o tórax apresenta quatro listras paralelas e longitudinais, os trêspares de patas são negros; Distribuição: cosmopolita; Dieta: alimenta-se de quase todotipo de restos alimentares e líquidos, como sucos, sangue, chorume do lixo, etc.;Reprodução: pedogênese, desenvolvimento de mais de um indivíduo a partir de uma únicalarva. Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto. Depositam cerca de 600ovos brancos, alongados e ovoídes, período de incubação entre 8 horas e até 4 dias,conforme a temperatura. O tempo da metamorfose também depende da temperatura;Comportamento: hábitos cosmopolitas ou rurais. É vetor de inúmeras doenças, comocólera, febre tifóide e disenteria;

Família Culicidae Nome Científico: Culex sp Nome popular: Mosquito Tamanho:3mm; Características: asas recobertas por escamas. Os palpos maxilares são mais curtosque a trompa na fêmea e mais longos no macho. Antenas finas, longas e pilosas; Dieta:aparelho bucal picador-sugador, mandíbulas e maxilas são transformadas em estiletesperfurantes; Reprodução: Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto;Nome Científico: Aedes aegypti Nome popular: Mosquito Tamanho: 3mm;Características: asas recobertas por escamas. Antenas finas, longas e pilosas; Dieta:aparelho bucal picador-sugador, mandíbulas e maxilas são transformadas em estiletesperfurantes; Reprodução: Desenvolvimento holometábolo: ovo, larva, pupa e adulto. Asfêmeas põem os ovos em qualquer lugar que houver água, calcula-se que possam chegar a150 ovos em várias posturas. O ciclo evolutivo depende da temperatura ambiente, mas em

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responsáveis por tecê-los, na formação das teias. A seda é produzida pelas glândulassericígenas, localizadas no abdome. Ao ser exteriorizada, a seda solidifica-se ao contatocom o ar. As teias servem como abrigo, proteção, local de acasalamento e armadilha para acaptura de insetos e de outros animais, principal alimentação das aranhas.

O sistema digestivo é completo, e possuem hepatopâncreas. Muitas aranhas, ao inocularemo veneno na presa, inoculam também enzimas digestivas, que realizam digestão extracorporal. Após certo tempo, essas aranhas simplesmente sugam os tecidos do animal morto, já liquefeitos e parcialmente digeridos.

O sistema circulatório é aberto. A respiração é traqueal. A estrutura interna desses órgãos évascularizada e permite a ocorrência de trocas gasosas entre o sangue e o ar. Esse tipoespecial de respiração pulmonar é chamada respiração filotraqueal.

A excreção é realizada por meio de tubos de Malpighi e, em aracnídeos maiores, pelasglândulas coxais, localizadas no cefalotórax. O produto de excreção nitrogenada maisimportante, nesses animais, é a guanina. As aranhas possuem sexos separados (dióicos),porém freqüentemente os machos são menores que as fêmeas.

Na época da reprodução, macho tece um casulo de seda, no qual deposita uma gotícula comos espermatozóides; estes são tomados nas cavidades de seus palpos, para mais tarde seremintroduzidos na cavidade genital da fêmea, onde ficam armazenados no receptáculoseminal. Após a fecundação, a fêmea deposita os ovos envolvendo-os com um casulo deseda denominado ooteca.

Seda - nada mais é que uma proteína secretada por uma glândula abdominal, que ao sairpelas fiandeiras, solidificam-se em contacto com o ar. Muitas aranhas tecem suas teiasusando fios espirais e radiais para capturar suas vítimas. Os fios em espiral são viscososonde os insetos grudam, e os radiais são apenas de seda por onde a aranha transitalivremente.

Tempo de vida - varia de acordo com a espécies considerada, algumas vivem cerca de umano, enquanto que outras quando em cativeiro podem viver até 20 anos.

Nome Científico: Phoneutria sp

Nome popular: Aranha-armadeiraTamanho: 2 a 3 cm;Características: espinhos negros implantados no corpo; coloração cinza. Fórmulaocular: 2 olhos na 1ª fila, 4 olhos na 2ª fila e 2 olhos na 3ª fila, implantados na cabeça. Ocorpo é coberto por pêlos curtos, aderentes, marrons acizentados, o segmento basal daquelícera tem pêlos vermelhos. No dorso do abdômen há pares de manchas clarasformando uma faixa longitudinal e desta seguem filas laterias oblíquas de manchasmenores. O ventre da fêmea é negro e do macho alaranjado, apresentando o macho umcolorido geral mais claro, amarelado. As pernas apresentam espinhos negrosimplantados em manchas claras;Distribuição: Ocorre em toda América do Sul;

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Hábitat: em locais escuros, buracos na terra ou sob a vegetação, entre folhagens dearbustos, sob troncos de árvores, no interior escuro das bainhas das folhas de coqueirosou palmeiras derrubadas ao chão ou dentro das bainhas das bananeiras, inclusive entreos cachos de frutas;Peçonha: Neurotóxica. São responsáveis pelo mais número de acidentes de aranhas. O

veneno desta aranha costuma agir mais rapidamente do que a da maioria das serpentes.Há registro de mortes de crianças, seis a doze horas após o acidente, bem como dealguns adultos;Comportamento: Agressivas e valentes. Ao se sentirem ameaçadas assumem umaatitude típica, apoiando-se nos dois pares de pernas traseiras, erguendo os doisdianteiros e os papos, abrindo os ferrões, eriçando os espinhos. Acompanham omoviemnto do agressor procurando a defesa no ataque. São muito rápidas. Tornam-semais ativas nos meses de acasalamento. Não constroem teias. São crespusculares enoturnas;Categoria: Phoneutria bahiensis -ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Loxosceles sp

Nome popular: Aranha-marromTamanho: 7-12 mm;Características: Os machos têm corpo menor e pernas relativamente mais longas. Ocefalotórax é baixo, isto é, não ultrapassa, em altura, o abdômen, os olhos são seis,reunidos em três pares de quelíceras são soldadas na base. Todas apresentam umcolorido uniforme que varia do marrom claro até o escuro, podendo apresentar nocefalotórax um desenho amarelo em forma de estrela. Poucos pêlos, curtos e quaseinvisíveis;Distribuição: a América do Norte, Central e Antilhas e América do Sul;

Hábitat: Habitam os climas quentes e temperados e no continente americano;Peçonha: O veneno tem ação proteolitica e hemolítica e, se manifestam tardiamente, emtorno de 12 a 24 horas após o acidente;Reprodução: Uma fêmea pode produzir até 15 ootecas que contêm de 22 a 138 ovos;Comportamento: hábitos noturnos. Não são aranhas agressivas;Tempo de vida: A duração de vida é de 1536 dias para as fêmeas e 696 para os machosque acasalaram;

Nome Científico: Nephila sp

Nome popular: Aranha-de-teia

Características: inteiramente pretas, apenas no ventre uma manchinha vermelha oupreta, luzidia com manchas de um vermelho-vivo no dorso, no ventre e nas pernas. Sempêlos visíveis. Os oito olhos formam duas filas paralelas de quatro cada, ocupandoquase toda a largura da frente;Comportamento: constroem teias irregulares sob plantas;

Nome Científico: Latrodectus sp

Nome popular: Aranha-viúva-negra

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abdome. Na extremidade do pós-abdome está o aguilhão venenoso. Seus pedipalpos sãolongos e modificados, apresentando uma pinça na extremidade, semelhante às pinçasdos caranguejos. São estruturas de defesa e captura de alimento.

Ao contrário das aranhas, os escorpiões não possuem quelíceras venenosas. As quelíceras

são empregadas para rasgar e triturar os alimentos. O veneno é inoculado pelo aguilhão dacauda.

A fecundação dos escorpiões é interna. Em muitas espécies, o desenvolvimento dos ovostambém é interno, dentro do sistema reprodutor feminino.

Nome Científico: Tityus bahiensis Nome popular: Escorpião-amarelo Tamanho: 7 cm;Características: Colorido geral marrom-avermelhado escuro. Palpos (braços) e pernas commanchas escuras. O macho tem as mãos claras, mas os dedos são escuros. Não tem serrinhano quarto segmento da "cauda". Machos com mãos volumosas; Distribuição: Minas Geraisa Santa Catarina, Mato Grosso do Sul; Reprodução: é comum ninhadas com cerca de 20

filhotes. Na hora do parto, a fêmea ergue seu corpo do chão distendendo as patas, osfilhotes são expelidos pela fenda genital, desembaraçam-se, e sem tocar o chão, sobem àscostas da mãe onde permanecerão por uma ou duas semanas. Nessa idade, os filhotes nãotêm unhas como os adultos. Se caírem, são imediatamente capturados pela mãe quealegremente os engole sem cerimônias;

Nome Científico: Tityus serrulatus Nome popular: Escorpião-marrom Tamanho: 7 cm;Características: Colorido geral amarelo claro. Tronco, dedo das mãos e último segmentoda cauda: escuros. Pernas e palpos (braços): sem manchas escuras. Terceiro e quartosegmento da "cauda" com 4 ou 5 dentinhos formando uma pequena serra do lado dorsal.Possui uma vesícula com ferrão e os pedipalpos (garras) estão articuladas ao cefalotórax.Os pedipalpos são usados como pinças, com um dedo fixo e outro móvel, esta pinça é usadapara segurar e dilacerar a presa. O veneno é produzido por duas glândulas situadas navesícula. O veneno apresenta diferenças sazonais e os envenenamentos mais gravesocorrem no verão. O animal ao utilizar o veneno na alimentação injeta menor quantidadedo que quando o usa em atos de defesa. Só há fêmeas; Distribuição: Minas Gerais, EspíritoSanto, Bahia, Rio Janeiro, São Paulo, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul; Hábitat: Sãoanimais de regiões quentes e temperadas com preferência para ambientes mais áridos.Vivem sob pedras, madeiras, troncos podres, areia. Dieta: carnívoros -alimentam-seprincipalmente de insetos e aranhas, podendo ocorrero canibalismo; Reprodução: é comum ninhadas com cerca de 20 filhotes. Na hora doparto, a fêmea ergue seu corpo do chão distendendo as patas, os filhotes são expelidos pela

fenda genital, desembaraçam-se, e sem tocar o chão, sobem às costas da mãe ondepermanecerão por uma ou duas semanas. Nessa idade, os filhotes não tem unhas como osadultos. Se caírem, são imediatamente capturados pela mãe que alegremente os engole semcerimônias; Comportamento: hábitos noturnos. As fêmeas podem devorar os machos apóso acasalamento;

ORDEM ACARINA:Família Nome Científico: Eriophyes guerreronis Nome popular: Ácaro-da-necrose-do-

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coqueiro

Filo Artrópodo – Classe Diplopoda

Família Nome Científico: Scolopendra sp Nome popular: Lacraias

Nome Científico: Diplopoda Nomepopular: Piolho-de-cobra

Classe Anphibia

A história dos anfíbios vem demonstrar as fases através das quais passou um vertebrado,visceralmente aquático, incapaz de respirar o oxigênio do ar, a não ser o dissolvido na água,e que, por gradativas adaptações, transformou-se em um vertebrado terrestre durante operíodo Devoniano.

Os anfíbios evoluíram dos peixes que saíram do mar para viver nos lamaçais nas praias. Oscrossopterígeos modificaram sua bexiga natatória de modo que lhes servissem comopulmão, muito rudimentar, e eles pudessem respirar fora da água, possibilitando seudeslocamento de um charco para outro, proeza que nenhum peixe realizara até então. Taispeixes utilizavam as nadadeiras anteriores para caminhar e aos poucos foram perdendo acapacidade de nadar.

Com o passar dos milhões de anos, os crossopterígeos passaram a ficar muito tempo emterra firme e tiveram suas nadadeiras anteriores transformadas em patas e, como não tinhammais necessidade das demais nadadeiras, essas foram aos poucos desaparecendo. Apareceentão um animal de quatro patas, capaz de viver tão bem dentro na água e na terra firme – um anfíbio.

Atualmente constitui um grupo de animais que apresentam uma ampla distribuiçãogeográfica ocupando quase todos os continentes com exceção da Antártica.

São animais tetrápodos (dois pares de membros locomotores), no entantosecundariamente pode ocorrer a redução do número de patas, existindoformas ápodes (sem patas). Comparando-se com seus ancestrais Osteichthyesapresentam uma notável redução no número de ossos do crânio, como também no restantedo esqueleto. O crânio articula-se com a coluna vertebral através de dois côndilosoccipitais. A cauda pode ou não estar presente, na sua ausência ocorre nesta região umaestrutura chamada uróstilo.

A pele dos anfíbios atuais é rica em vasos sanguíneos e glândulas mucosas e venenosas,que hes permite que a utilizem na respiração, absorção de água e defesa. Quando estão com"sede", os anfíbios encostam a região ventral de seu corpo na água e a absorvem pela pele.O muco umedece a pele, protegendo-a da dessecação e auxilia na respiraçãocutânea. As glândulas venenosas produzem alcalóides de elevada toxicidade que atuam

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(Caudata) e as cecílias (Apoda).

ORDEM ANURA: animais de corpo curto, troncudo, providos de quatro membros (sendoos posteriores mais longos), as brânquias e a cauda desaparecem ao fim das metamorfosesda fase juvenil, certas espécies não possuem dentes e outras são desprovidas de língua;

Família Bufonidae Nome Científico: Bufo paracnemis Nome popular: Sapo-boiTamanho: 19 a 22cm; Características: com glândulas e verrugas sobre a face interna dascoxas, dispostas em duas séries longitudinais, aos quais, soltam um humor leitoso ao seremespremidas. Dorso amarelo-amarronzado e ventre amarelo desbotado com manchas pardas.Fêmea pardo uniforme na região dorsal com manchas claras ou amareladas formando nocentro uma linha confusa; Distribuição: do México ao Norte da Argentina;Hábitat: matas tropicais;Dieta: só se alimentam de presas vivas, artrópodes, pequenas cobras e filhotes de rato;Reprodução: fecundação externa, machos e fêmeas jogam os gametas na água. Sofremetamorfose;

Comportamento: hábitos noturnos;

Família HylidaeNome Científico: Hyla ssp

Nome popular: PererecaCaracterísticas: com ventosas nas pontas dos dedos que aderem a qualquer tipo desuperfície. A coloração varia conforme o ambiente que habitam;Dieta: alimentam-se de insetos como baratas;Reprodução: a postura é uma massa de esperma gelatinosa próxima à água.Desenvolvimento indireto -metamorfose;Tempo de vida: arborícola;

Família LepdodactylidaeNome Científico: Leptodactylus pentadactylus

Nome popular: Rã-pimentaTamanho: 18cm, 500g;Características: possui dentes na maxila superior, a cor varia muito, indo do cinzentoesverdeado ao marrom claro quase sempre com manchas escuras na parte dorsal, e aventral esbranquiçada com desenhos escuros. Possui um muco urente, defensivo;Hábitat: beira dos charcos, brejos, córregos, cacimbas e outros alagados;Dieta: carnívora e canibal – gafanhotos, besouros, pássaros, rãs, sapos, lagartos, cobras,morcegos, filhotes de gambá;Comportamento: aquática e noturna;

ORDEM APODA: animais destituídos de membros, de aspecto vermiforme e vidasubterrânea, por vezes cegos, algumas espécies apresentam escamas;

Família Gymnophiona Nome Científico: Siphonops annulata Nome popular: Cobra-

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cega Tamanho: 17,5 a 37,5cm; Características: macho e fêmea são semelhantes, o corpoapresenta 84 a 94 pregas anulares, de cor, geralmente, ardósio-azulada, aspectovermiforme, a cabeça não se destaca do corpo, boca provida de pequenos dentes, olhosquase ocultos sob a pele, sem préstimo. Há, entre o olho e o nariz, um tentáculo tátil, molee pontudo. Há, espalhadas pelo corpo, numerosas glândulas de secreção peçonhenta;

Distribuição: em todo Brasil, Guianas, Equador e Peru; Hábitat: embaixo da terra; Dieta:restos dos vegetais decompostos – o húmus -, larvas de insetos, insetos, vermes, etc.;Reprodução: ovíparos, os ovos são postos em buracos cavados no solo, as larvas, no ovo,apresentam cauda e brânquias, quando nascidas apresentam a forma do adulto;Comportamento: vive sob a terra, raramente vem a superfície;

Classe ReptiliaOs répteis surgiram na terra a cerca de 325 milhões de anos depois um período, que duroumais de 50 milhões de anos, onde os anfíbios eram os maiores animais a viverem fora daágua. Das 23 ordens de répteis existentes naquela época, apenas quatro sobrevivem hoje.

As espécies viventes de répteis descendem de um grande grupo de vertebrados, quepredominaram durante a Era Mesozóica. O sucesso, que eles tiveram naquela época,geralmente, tem sido atribuído ao desenvolvimento de um novo método de proteçãoembrionária. Tanto seus ancestrais anfíbios, como os modernos anfíbios, dependiam daágua ou, pelo menos de um ambiente úmido para evitar a dessecação de seus ovos, após apostura. Os répteis, em parte, contornaram esse problema, desenvolveram uma casca sólidaao redor do ovo repleto de vitelo. Esta casca era suficientemente porosa para permitir apassagem de gases respiratórios, mas sólida o bastante para propiciar proteção contra oambiente, a grande quantidade de vitelo fornecia o alimento para o crescimento do embrião.

Os membros desta classe limitam-se às regiões mais quentes do globo, em decorrência daausência de mecanismos termoreguladores internos. Considerados erroneamente animais desangue frio, os répteis são, na verdade, animais ectotérmicos, isto é, dependem do calor doambiente externo para regular a sua temperatura corpórea.

Os répteis possuem grande distribuição geográfica e seu simbolismo é muito grande. Aocorrência de determinadas espécies numa localidade está diretamente associada a algunselementos que são vitais para o seu desenvolvimento: temperatura, umidade, iluminação ealimentação específica. Distribuídas por todos os continentes, menos na Antártida, possuemmais de 350 espécies sendo que algumas podem viver mais 150 anos, atingir mais de 2metros de comprimento e 600 quilos de peso.

Possuem o corpo recoberto por escamas (que fornecem proteção) e formas que variamdesde uma serpente até uma tartaruga. Estas escamas caem em duas categorias: epidérmicas(superficiais e são trocadas periodicamente) e dérmicas (placas ósseas permanentes,aprofundadas na pele e mantidas durante toda vida). Também presentes na derme de muitosrépteis estão os cromatóforos, pigmentos responsáveis pelo padrão de cor.

Durante sua história evolutiva os répteis têm utilizado todos os tipos de locomoção. Nomundo atual existem répteis, que podem nadar no mar ou em água doce, outros que podemcorrer na terra, cavar, trepar ou até mesmo planar em pleno ar.

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nascimento previsto para início da estação chuvosa. Produz de 8 a 55 filhotes porninhada;Comportamento: habito noturno e crepuscular, terrestre e arborícola. A jibóia apanhaas suas vítimas ficando à espreita, enrosca-se em torno delas e contrai o corpo até que avítima não consiga respirar e morra sufocada. Engole a vítima tragando a cabeça

primeiro e a digere devagar, caindo num torpor que dura às vezes diversas semanas.Despende pouca energia e pode ficar muito tempo sem comer;Tempo de vida: 23 anos;

Família TyphlopidaeNome Científico: Typhlops sp

Nome popular: Cobra-da-terraTamanho: 30cm;Características: olhos vestigiais, boca pequena, cabeça não destacada do corpo, caudacurta, porção dorsal inteiramente marrom-escura, com o ventre claro ou inteiramente de

cor marfim, escamas ventrais não diferenciadas das dorsais;Hábitat: restingas arbustivas e arbóreas;Dieta: invertebrados terrestres;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara;

Família Viperidae Nome Científico: Bothrops jararaca Nome popular: JararacaTamanho: até 1,50m, a fêmea é maior que o macho; Características: Desenhos dorsaisem forma de "V" invertido, com tons cinza, esverdeados e amarronzados, ventre claro commanchas irregulares, orlados de cores mais claras, pupilas verticais; Distribuição: América

do Sul, desde a BA e planalto central até o extremo sul;Hábitat: Florestas e cerrado;Dieta: Lagartos, aves e pequenos mamíferos. Quando filhote possui a extremidade dacauda ligeiramente clara ou amarelada, isto porque utiliza a cauda para atrair pequenaspresas da qual se alimenta;Dentição: Solenóglifa - peçonhenta;Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, com onascimento previsto para início da estação chuvosa, de 12 a 22 filhotes;Comportamento: hábito noturno e crepuscular, terrestre, pode ser encontrada sobarbustos;

Nome Científico: Bothrops leucurus

Nome popular: JararacaTamanho: 1,95m;Características: pupilas verticais, o colorido que predomina é o cinza como cor defundo, tendo desenhos em forma de trapézios, que podem ter a parte inferiorinterrompida ou não, ventre esbranquiçado com desenhos em forma de xadrez, faixapostocular evidente, podem ter manchas irregulares nas regiões labial e gular;

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Hábitat: faixa litorânea, pastagens, margens de cursos d’água;Dieta: rãs, lagartos, aves e roedores principalmente;Dentição: Solenóglifa - peçonhenta;Reprodução: Vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, parindo até50 filhotes, a época de nascimento é entre os meses de dezembro e março;

Comportamento: crepuscular e noturna, terrestre, mas às vezes é encontrada emarbustos a 2 metros do chão;

Família CrotalidaeNome Científico: Bothrops jararacussu

Nome popular: JararacuçuTamanho: de 1,5 a 2m, as fêmeas são maiores que os machos;Características: fêmeas e machos são diferentes na coloração, ele cinza, e elaamarelada, negra no alto da cabeça, onde atravessam de cada lado, duas linhas amarelas,pupilas verticais;

Distribuição: Mata Atlântica;Hábitat: baixadas, bordas das matas, junto aos rios e litoral;Dieta: Quando adulta alimenta-se de pequenos roedores, e quando jovem alimenta-se depequenos lagartos e anfíbios;Dentição: solenóglifa -peçonhenta;Reprodução: Vivípara, nascendo entre 16 e 20 filhotes no início da estação chuvosa;Comportamento: hábito noturno, passa o dia enrodilhada se aquecendo, se misturamuito bem com o ambiente – é venenosa;

Nome Científico: Crotalus durissus terrificus

Nome popular: CascavelTamanho: até 1,80m;Características: cabeça triangular coberta de escmas imbricadas, exceto na região dofocinho onde se formam placas. O guizo ou maracajá estalejante, formado por anéiscórneos enfileirados na parte terminal da cauda;Hábitat: campos e regiões secas;Dieta: roedores;Dentição: solenóglifa -peçonhenta;

Família Elapidae Nome Científico: Micrurus ibiboboca Nome popular: coral verdadeiraTamanho: 1,40m; Características: pupilas verticais, olhos pequenos, cabeça pequena e

não destacada do corpo da mesma largura que o pescoço, boca pequena, com um par depresas inoculadoras na parte dianteira e cauda grossa, curta e recurvada para cima. Tanto odorso com o ventre é composto por anéis regulares em preto, branco e vermelho, sendo doisbrancos separando o preto, e dois pretos separando o vermelho; Hábitat: Caatinga, todo osemi-árido e Mata Atlântica; Dieta: ofiófagas – alimentam-se de outras cobras; Dentição:Proteróglifa. Possuem um veneno neurotóxico muito potente; Comportamento:freqüentemente se ocultam sob a terra. Atacam as vítimas com calma, de maneira que seuspequenos dentes possam penetrar e deixar na ferida o veneno. A mordida da coral deixa

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Reprodução: ovípara, 3 ovos por postura;Comportamento: diurna e terrestre, arborícola;

Nome Científico: Chironius fuscus

Nome popular: coral-espadaTamanho: 1,3m;Características: olhos grandes, pupilas redondas, o colorido padrão vai de um marroma um pardo-escuro, com tons de oliva, duas fileiras de escamas paravertebrais levementequilhadas;Hábitat: comum em faixas de Mata Atlântica preservadas e próximas a cursos de água;Dieta: rãs e lagartos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara;Comportamento: terrestre, arborícola e diurna;

Nome Científico: Chironius carinatus

Nome popular: coral-cipóTamanho: 1,8m;Características: cor verde-azeitona, que se estende pelo dorso, muda-se em verde-amarelado no inferior do maxilar, enquanto a parte ventral e a garganta sãoesbranquiçadas, de forma fina até na região caudal, possui uma “quilha”, que lhepercorre o dorso, que é um prolongamento dos processos espinhosos da colunavertebral, olhos grandes, pupilas redondas;Distribuição: em todo Brasil;Hábitat: árvores, mas pode ser encontrada em regiões pantanosas e caatinga;

Dieta: pererecas, pequenas rãs e lagartos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: ovípara, pondo de 6 a 15 ovos;Comportamento: terrestre, arborícola e diurna;

Nome Científico: Philodryas patagoniensis

Nome popular: coral-verdeTamanho: 1,6m;Características: pupilas redondas, coloração de fundo marrom-acinzentado, com ventremais claro, a região labial, em indivíduos mais jovens, se apresenta com manchas

alaranjadas;Hábitat: restingas;Dieta: rãs, lagartos, serpentes, aves e roedores;Dentição: opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: Ovípara, coloca entre 8 e 14 ovos;Comportamento: terrestre e diurna;

Nome Científico: Drymarchon corais corais

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Nome popular: papa-pinto-amareloTamanho: chega a medir 3m;Características: pupilas redondas, ventre amarelo-vivo, dorso anterior marromchumbo,posterior também amarelo-vivo;Distribuição: Américas do Norte, Central e do Sul;

Hábitat: Florestas e cerrado;Dieta: alimenta-se de vários tipos de presas: rãs, lagartos, roedores, inclusive outrascobras e ovos;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: Ovípara, coloca entre 16 e 20 ovos com o nascimento previsto para inícioda estação chuvosa;Comportamento: Diurna e crespuscular -Caça durante o dia, geralmente em brejos,utilizando a língua (quimiorrecepção) e a visão para localizar a presa, terrestre. Quandoirritada, infla a parte do corpo perto da cabeça para dar a impressão de ser maior, comintenção de intimidar o predador. Arborícolas e agressivas;

Nome Científico: Spilotes pullatus

Nome popular: CainanaTamanho entre 2,5 e 3m;Características: colorido de fundo preto, parte anterior do corpo rajada e estriada deamarelo-vivo ou limão, possui quilhas dorsais, pupilas redondas;Dieta: ovos, aves, rãs, lagartos, ratos, morcegos e preás;Dentição: áglifa – não peçonhenta;Reprodução: Ovípara, coloca entre 10 e 16 ovos;Comportamento: terrestre, arborícola, diurna;

Nome Científico: Helicops leopardus

Nome popular: Cobra-dáguaTamanho: 1,15m;Características: olhos pequenos com pupilas redondas, a cor do fundo é o chumboescuroou negro ou, ainda, verde oliva nos jovens, com pares de ocelos que emendamcom manchas ventrais que, nos jovens, apresentam contraste entre o negro e o vermelhointenso;Distribuição: em todo Brasil;Hábitat: mata e campo;Dieta: peixe, rã, girino e larva de inseto;

Dentição: áglifa–

não peçonhenta;Reprodução: vivípara, isto é, dá a luz a filhotes ao invés de colocar ovos, de 7 a 14filhotes;Comportamento: narinas aquáticas, mas ao fim do outono vêm a terra onde ficam até ofim do inverno. Crepuscular e noturna;

Nome Científico: Waglerophis merremii

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paralelo pelo ventre e outro pelo dorso até, pelo menos, à metade do comprimento total,ventrais claras, região gular e labial clara nos jovens, logo atrás da cabeça pode tertonalidade laranja;Hábitat: caatinga;Dieta: rãs, lagartos, aves e roedores;

Dentição: opistóglifa–

semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara – põe de 10 a 21 ovos, postura em julho e nascimento emoutubro;Comportamento: diurna e terrestre;

Nome Científico: Phimophis guerini

Nome popular: Cobra-de-narizTamanho: 65cm;Características: pupilas verticais, escama rostral bem levantada, o colorido de fundo émarrom ou cinza, com ventre claro, o jovem tem a cabeça e o dorso mais claros, possuiuma linha dorsal, clara e discreta, que se estende até à cauda;

Hábitat: áreas de mata e restingas;Dentição: opistóglifa – semi-peçonhenta;Reprodução: ovípara;Comportamento: terrestre, provavelmente fossorial e noturna;

ORDEM CHELONIA:

Família Chelonidae: Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nome popular:tartaruga-de-pente Tamanho: comprimento da carapaça varia de 53cm a 115cm quandoadultas e podem chegar a pesar 150Kg; Características: carapaça é elíptica com os

escudos dorsais imbricados (sobreposição das escamas). A cabeça é de tamanho médio,estreita e com um bico pontudo. É a mais colorida das tartarugas marinhas. As escamas dacabeça têm margens creme ou amareladas. O arranjo das cores é diversificado: marrom,preto, vermelho e amarelo. Ao longo do plastrão há duas quilhas; Hábitat: formaçõesrecifais; Dieta: omnívora -come de tudo, anêmonas, medusas, algas, polvos, lulas,esponjas, caranguejos, ouriços do mar, pedras, lagostas, caranguejos, animais incrustastes,algas, esponjas, moluscos, folhas de mangue, frutas, madeira, mexilhões, lulas, polvos;Reprodução: desova ocorre no verão e em poucas localidades, podendo ocorrer 1 ou 2picos na mesma. Desovam de 2 a 5 vezes por estação, colocando de 73 a 189 ovos porninho. A incubação ocorre entre 47 e 75 dias; Comportamento: áreas de alimentaçãotipicamente próximas às áreas de desova. Há registros de comportamentos de "tomar sol"

em praias inabitadas ou pouco habitadas; Categoria: ameaçado de extinção–

em perigo;Nome Científico: Chelonia mydas

Nome popular: tartaruga-verdeTamanho: maior das tartarugas marinhas de carapaça dura. Pode variar de 71cm à150cm e seu peso varia de 40Kg à 160Kg. Pode chegar a pesar até 350Kg;Características: cor de sua gordura localizada abaixo de sua carapaça. Possui umacoloração que pode ser escura, amarronzada e tons esverdeados e sua carapaça tem a

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forma oval. Os filhotes são marrons escuros ou quase pretos;Distribuição: amplamente distribuída nas águas tropicais e subtropicais;Hábitat: perto das costas continentais e em torno de ilhas. É herbívora, ou seja,alimenta-se de amontoados de pastagens marinhas que crescem em águas superficiais;Dieta: alimentam-se na costa brasileira, do estado de São Paulo até o Ceará;

Reprodução: desova no verão, no Brasil - do Pará a Sergipe e em ilhas oceânicas comoo Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha de Trindade. Colocam entre duas a cinconinhadas por estação. A quantidade de ovos por ninho varia de 38 a 195;Comportamento: comportamento migratório entre as áreas de alimentação e dereprodução;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Caretta caretta

Nome popular: tartaruga-cabeçuda Tamanho: o tamanho de fêmeas adultas está entre

81,5cm e 120cm, com um peso de 75Kg podendo chegar a até 200Kg; Características:cabeça ser bastante grande em proporção ao restante do corpo, podendo medir até 25cm.Quando adulta, a carapaça em forma de "coração" e a cabeça larga, ampla e subtriangular,com dois pares de escamas pré frontais e sua coloração é marrom-avermelhada. Os filhotessão escuros de cor marrom dorsalmente, plastrão usualmente muito pálido; Distribuição:amplamente distribuída ao redor do mundo, do norte do Trópico de Câncer ao sul doTrópico de Capricórnio; Dieta: carnívora durante toda a sua vida. Se alimenta de:camarões, ouriços do mar, esponjas, peixes, lulas, polvos e águas-vivas; Reprodução: adesova aqui no Brasil está compreendida entre os meses de setembro a março em locaiscomo Maranhão e Ceará. Também são registrados ninhos desde Sergipe até a Bahia,Espírito Santo e Rio de Janeiro. As fêmeas podem desovar de 2 a 5 vezes por estação,

depositando uma média de 110 ovos em cada ocasião. O acasalamento desta espécie érealizado ao longo das rotas migratórias entre as áreas de alimentação e as áreas dereprodução. A incubação "ótima" ocorre entre as temperaturas de 26º C e 32º C; quantomenor a temperatura, dentro deste limite, maior a propensão de nascerem machos;Comportamento: espécie mais comum desovando em nosso litoral. Pode permaneceradormecida durante o inverno, enterrada em fundos de lama em águas moderadamenteprofundas, como baías e estuários; Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Lepidochelys olivacea Nome popular: tartaruga-oliva Tamanho: variando de 51cm a 80cm, sendo que o macho adulto possui 3cm a mais que a fêmea e 2Kga menos. Pode ter até 60Kg quando adulta; Características: carapaça é quase redonda e os

escudos laterais são sempre mais de 5 pares. Tem coloração esverdeada e, com ocrescimento, passa a ser cinza; Dieta: peixes, lagostas, caranguejos, algas, anêmonas, ovosde peixes; Reprodução: O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período deincubação estende-se de 45 a 65 dias; Comportamento: fêmeas emergem para desovar emagregações sincronizadas; algumas vezes compreendem mais que 150.000 tartarugas, estasarribadas ocorrem somente em duas praias de Orissa State na Índia, em duas praias no ladoPacífico da Costa Rica, no Suriname e em Guyana. Fora das áreas de desova, os adultosvivem em alto mar, viajando ou descansando em águas superficiais, mas, além disso,

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fato das células destes animais receberem um sangue mais oxigenado e com maior pressãoque as dos répteis ou anfíbios, faz com que apresentem uma maior capacidade energética epermita a homeotermia

Não têm bexiga, pois não produzem urina aquosa, o que reduz o peso total do animal.

Excreta ácido úrico, menos tóxico e insolúvel (pelo que não tem implicações osmóticas).Este será removido do sangue pelos rins e excretado juntamente com as fezes, numa formaquase seca.

A fecundação é interna, são ovíparos, ovos amnióticos com muito vitelo e casca calcária.Os ovos são sempre depositados externamente (geralmente num ninho) para incubação. Ascrias são alimentadas e vigiadas pelos pais, após a eclosão. Os machos defendem umterritório e realizam complexos rituais de acasalamento.

ORDEM TINAMIFORME:

Família Tinamidae:Nome Científico: Rhynchotus rufescens

Nome popular: Perdiz ou perdigãoTamanho: 37,5cm;Características: bico forte utilizado para escavar raízes;Distribuição: ocorre da Argentina e Bolívia ao sul do rio Amazonas até MG e ES;Hábitat: comum em regiões campestres, cerrados e buritizais,gosta de hábitat úmido,também em planaltos descampados;Reprodução: ovo vináceo ou chocolate-violáceo;Comportamento: são mais ativos nas horas quentes;

ORDEM PODICIPEDIFORME:

Família Podicipadidae: Nome Científico: Podilymbus podiceps Nome popular:Mergulhão-caçador Tamanho: 34cm; Características: marca preta na garganta, noperíodo reprodutivo, sem branco na asa; bico grosso e branco (durante a época reprodutivaaparece com uma cinta negra ao redor do bico); Distribuição: ocorre no Brasil oriental, nosaçudes do Nordeste, e também da América do Norte ao Chile e Argentina;Comportamento: engolem penas em quantidade, tanto as penas do próprio corpo (queperdem durante a arrumação da plumagem) como de outras aves que porventura encontrem,que são acumulados no piloro e estômago, acredita-se que seja tanto para proteção dosintestinos contra espinhos como uma função filtradora da massa formada na retenção daquitina – os pais administram penas aos filhotes. Toma banhos de sol, para aquecimento;

ORDEM CICONIFORME:

Família Ardeiade:Nome Científico: Ardea cocoi

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Nome popular: Socó-grandeTamanho: 125cm; 3,2Kg; envergadura 180cm;Características: cinzenta-clara uniforme, pescoço branco, alto da cabeça, rêmiges ealgum desenho das partes inferiores negro, coroa preta ausente no imaturo, bicoamarelado e pernas anegradas;

Distribuição: presente em todo país, podendo ser encontrado do Panamá ao Chile eArgentina, e nas ilhas Malvinas;Hábitat: habita beira de lagos de água doce, rios, estuários, manguezais e alagados;Dieta: alimenta-se de peixes, carrapatos, moluscos, sapinhos e pequenos répteis,ocasionalmente, apanha pequenos animais vivos, moribundos ou mortos, atirados àpraia pela arrebentação;Reprodução: reproduz-se em colônias, fazendo ninho sobre as árvores;

Comportamento: solitários. Quando em pé dispõem as asas em sentido horizontalviradas para cima, atitude que provavelmente serve para secar a plumagem ou àtermorregulação;

Nome Científico: Casmerodius albus ou Egretta alba

Nome popular: Garça-brancaTamanho: 91 a 102cm;Características: branca, a filigrana das egretas pode estender-se para trás qual curtovéu, tais penas chegam ao comprimento de 50cm ou mais, nascendo no começo daestação reprodutiva, bico e íris amarelos, o loro pode ser esverdeado, pernas e péspretos;Distribuição: presente em todo país, tanto em regiões quentes como frias;Hábitat: beira de lagos de água-doce, rios, estuários, pantanais, manguezais ou poças

maiores;Dieta: alimentam-se de peixes, apanha pequenos animais vivos, moribundos ou mortos,atirados à praia pela arrebentação;Reprodução: reproduz-se em colônias da mesma espécie, os ninhais, onde podem serencontrados centenas de ninhos, semelhantes a plataformas, construídos em manguezaise árvores a beira d’água; põe 2 ou 3 ovos de coloração cinza -azulada – período deincubação de 25 a 26 dias;Comportamento: é migratória fora do período reprodutivo. Solitária ou em bandoscom centenas de indivíduos. Descansa em grupos mistos durante as horas mais quentesdo dia;

Nome Científico: Egretta thula

Nome popular: Garçinha-brancaTamanho: 51 a 61cm;Características: totalmente branca, bico e pernas pretos, loro, íris e os pés amarelos,imaturo com planta do tarso esverdeada;Distribuição: ocorre em pequenos grupos por todo o Brasil, desde o sul dos EUA eAntilhas e em toda América do Sul;

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Hábitat: em ambientes de água-doce, comum em manguezais, estuários e poças delamas na costa;Dieta: alimentam-se de peixes, aproveitam-se do gado para apanhar insetos e tambémapanham regularmente pequenos animais vivos, moribundos ou mortos, atirados à praiapela arrebentação;

Reprodução: reproduzem-se em colônias exclusivas ou em meio a outras espécies, osninhos são plataformas construídas de gravetos e põe de 2 a 4 ovos azul-esverdeados – período de incubação de 25 a 26 dias;

Nome Científico: Egretta caerula

Nome popular: Garça-azulTamanho: 52cm;Características: coloração totalmente ardósia, tingindo-se de violáceo no pescoço ecabeça; bico, tarso e dedos anegrados; imaturo branco; muda sucessivamente para aplumagem adulta tornando-se igual aos pais em um ano de idade;

Distribuição: encontrado do sul dos EUA e América Central ao Peru, Colômbia eBrasil, acompanhando o litoral até o RS, também no Pantanal e Uruguai;Hábitat: é comum em lamaçais do litoral, zona intertidal;

Nome Científico: Butorides striatus

Nome popular: socozinhoTamanho: 36cm;Características:;Distribuição: presente em todo Brasil e em regiões quentes de todo planeta, África,Ásia, Austrália, América do Norte e ilhas do oeste do Pacífico e também no sul doVelho Mundo;

Hábitat: comum em hábitats de água doce e salgada (lagos, rios, estuários,manguezais);Dieta: possui uma coroa preto-esverdeada, que ele arrepia ao pousar, pernas curtasamarelo vivo; a ponta do bico é provida, por dentro, de finíssimas serrilhas, própriaspara segurar qualquer objeto;Reprodução: durante a reprodução, não se agrupa em colônias, o ninho é construídocomo uma plataforma no alto de árvores nas margens dos rios põe 3 ovos cinza-esverdeados;Comportamento: normalmente solitários, permanece imóvel por longos períodos,empoleirado sobre a água ou proximidades, à espera de presas;

Nome Científico: Tigrissoma lineatum

Nome popular: Socó-boiTamanho: 93cm;Características: cabeça e pescoço castanhos, por cima marcado de amarelado, barrigaparda, bico longo; imaturo tem plumagem amarelo-claro marcado de preto, garganta eventre brancos;Distribuição: presente em todas as regiões do Brasil e desde o sudeste do México e de

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Honduras até o Equador, Argentina e Uruguai;Hábitat: habita as proximidades de pântanos, rios e lagos com margens florestadas;Reprodução: nidifica no alto das árvores. Faz ninho em formato de plataforma comgravetos frouxos; reproduz-se isoladamente, escondendo-se na vegetação ribeirinha, põeum único ovo branco-azulado manchado de violeta; a plumagem adulta é adquirida

apenas aos 2 anos de idade;Comportamento: vive geralmente solitário, tornando-se mais ativo ao amanhecer edurante o crepúsculo. Captura suas presas andando vagarosamente, em águas rasas oupântanos no interior da floresta;

Família Cathartidae:Nome Científico: Coragyps atratus

Nome popular: Urubu-pretoTamanho: 62cm; envergadura 143cm; 1,6kg;Características: os filhotes recém-nascidos são pardo-amarelados, tornando-se mais

alvacentos e por fim branco-puros, asas largas podendo avistar as marcas brancas naspontas das primárias externas, cabeça e pescoço nus, cinza-escuros;Distribuição: em qualquer região do Brasil, também desde a região central dos EUA àpraticamente toda América do Sul;Dieta: alimenta-se de carcaças de animais mortos e outros materiais orgânicos emdecomposição, bem como de animais vivos impedidos de fugir, como filhotes detartarugas e outras aves;Reprodução: faz ninhos em ocos de árvores mortas, entre pedras e outros locaisabrigados, geralmente com incidência de árvores; põe 2 ovos branco-azuladosmanchados com muitos pontos marrons, o tempo de incubação e de permanência dos

filhotes no ninho é de 49 dias; o corpo dos filhotes está coberto com penugem aindacom 8 semanas, com 10 semanas ou mais saem do ninho voando;Comportamento: vive aos casais ou em grupos, às vezes de dezenas de indivíduos.Quando incomodados vomitam e sopram fortemente;

Nome Científico: Cathartes aura

Nome popular: Urubu-de-cabeça-vermelhaTamanho: 73cm; envergadura 137 a 180cm; 1,2 a 2kg;Características: possuem o olfato bem desenvolvido, conseguindo localizar cadáveresocultos voando baixo. Área cinza-claro nas asas abertas; cabeça e pescoço nus róseos ou

vermelhos, occiput branco ou amarelo, frequentemente transfaciado de azul, vérticeesbranquiçado ou azulado, colar de penas bem destacados, as asas e cauda compridas eestreitas, face inferior cinzento-clara de todas as rêmiges, contrastando com ascoberteiras inferiores negras; filhotes brancos;Distribuição: presente em todo Brasil, sendo encontrado desde o sul do Canadá até aArgentina e Chile;Hábitat: comum em campos ou áreas abertas permeadas de vegetação florestal, compouca ocorrência em cidades;

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Dieta: alimentam-se de animais mortos, fezes e frutas, como por exemplo, o coco depalmeiras como a macaúba e o dendê;Reprodução: faz ninhos em ocos de árvores mortas, entradas de cavernas ou mesmoninhos abandonados de gaviões; põe 1 ou 2 ovos branco-amarelados pontilhados demarron-avermelhado;

Comportamento: vive solitário ou em pequenos grupos;

Nome Científico: Cathartes burrovianus

Nome popular: Urubu-de-cabeça-amarelaTamanho: 53 a 65cm;Características: possuem o olfato bem desenvolvido, conseguindo localizar cadáveresocultos voando baixo, possuem abaixo do olho uma área de intenso alaranjado ouamarelo pálido, adiante do olho uma nódoa negra, vértice violáceo ou azulado;plumagem do dorso alcança até a nuca, ficando nus apenas os lados amarelos dopescoço; as raques das primárias são esbranquiçadas, brancas ou cor de palha;

Distribuição: encontrado localmente em diversas regiões do Brasil, é mais comum noNordeste e Amazônia, desde o México até o norte da Argentina e Uruguai;Hábitat: restingas, beiradas de rios e lagoas florestadas, áreas pantanosas e campos,distantes de áreas cultivadas;Dieta: alimenta-se principalmente de pequenas presas ou carniça, tem especialpredileção por peixes podres;Reprodução: faz ninhos em grandes cavidades de árvores, pondo ovos branco-amarronzados manchados de marrom;Comportamento: vive normalmente solitário ou grupos de alguns indivíduos;

ORDEM ANSERIFORME:

Família Anatidae: Nome Científico: Dendrocygna viduata Nome popular: IrerêTamanho: 41 a 46cm;Características: dimorfismo sexual quanto ao colorido; de porte ereto, cara branca noadulto (ausente no imaturo), nuca e pescoço pretos, flancos finamente listrados e asas largascastanho/cinza-escuro/preto, bico e pés plúmbeos; possuem rêmiges sonoras que aumentamo sibilo produzido pelas batidas das asas; Distribuição: presente em todo Brasil e desde aCosta Rica até a Bolívia, Argentina e Uruguai, também encontrado na região tropical daÁfrica e Madagascar; Hábitat: comum em lagoas com gramíneas, pantanais, camposalagados e, ocasionalmente, em lagoas de água salobra; Reprodução: faz ninhos comfolhas no chão, em pântanos ou árvores ocas, pondo até 9 ovos branco-amarelados, com

período de incubação de 27 a 29 dias; Comportamento: permanece agrupado em bandosdurante o dia, compactados no chão, à beira de banhados e campos inundáveis; raramentepousa em árvores; descansa flutuando também sobre o mar; mais ativo durante ocrepúsculo; quando espantado permanece voando em círculos sobre o local onde estava,vocalizando sem parar;

Nome Científico: Dendrocygna autumnalis Nome popular: Marreca-cabocla Tamanho: 48cm; Características: dimorfismo sexual quanto ao colorido; barriga preta, bico e pés

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vermelhos, cara cinzenta, asa com grande mancha branco/verde/preto; imaturo pardo-acinzentado, inclusive bico e pés; possuem rêmiges sonoras que aumentam o sibiloproduzido pelas batidas das asas; Distribuição: presente em todo Brasil, restrito asAméricas, ocorrendo do Texas à Bolívia e Argentina; Hábitat: pastam no capim baixoalagado, às vezes no manguezal; Reprodução: nidifica em ocos de pau, penachos de

palmeira ou no solo, pode ocorrer de mais de uma fêmea pôr em um único ninho;Comportamento: empoleiram-se alto para pernoitar ou para descansar de dia, deitadossobre os tarsos, descansam flutuando também sobre o mar; molham o alimento na água.Não se misturam a outras espécies de anatídeos;

Nome Científico: Amazonetta brasiliensis Nome popular: Marreca-ananaí Tamanho: 40cm; 500g; Características: no período não reprodutivo adquire uma plumagem de“eclipse”, sem contraste e com pés rosados. O macho é marrom, com bico e pés vermelhos,o espelho alar tanto pode apresentar-se como negro, verde ou azulado brilhante, conforme aluz destaca-se um triângulo branco assim como as axilas; a fêmea tem o bico azulado,pescoço posterior preto e manchas brancas na face e garganta branca; Distribuição: 

presente em todo Brasil, desde as Guianas e Venezuela até Argentina; Hábitat: comum emlagos com gramíneas, pantanais e campos alagados, ricos e vegetação baixa e densa;Reprodução: faz ninho flutuante de folhas, localizado na vegetação aquática próxima àmargem; põe cerca de 6 ovos branco-amarelados e o período de incubação é de 25 a 26dias; Comportamento: costuma nadar em águas rasas, mergulha profundamente; molhamo alimento na água; vive aos pares ou em bandos de tamanhos variáveis, às vezes junto àoutras espécies de aves. Quando à aproximação de predadores, os adultos que estejam pertodo ninho ou guiando filhotes, fingem-se de feridos atraindo para si a atenção do possívelagressor; Nome Científico: Cairina moschata Nome popular: Pato-do-mato Tamanho:85cm; envergadura: 120cm; macho: 2,2kg, a fêmea pesa aproximadamente a metade;Características: macho é maior do que a fêmea e apresenta mais plumagens brancas nas

asas (a fêmea pode, inclusive, ser completamente preta); ambos os sexos distinguem-se dosoutros anatídeos pela cabeça grande alta, intumescida no vértice; o bico é medianamenteatravessado por uma faixa branquicenta; tem unhas compridas e afiadas, com as quais seagarra nos galhos, utilizando-as também durante as brigas o que também faz com atuberosidade que possui no encontro e com a qual assesta violentos golpes; o macho étopetudo, com carúnculas vermelhas no bico e ao redor do olho; imaturo pardo ou preto;possuem rêmiges sonoras que aumentam o sibilo produzido pelas batidas de asa;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrado também desde o México até aArgentina; Hábitat: habita lagoas e rios com margens florestadas; Reprodução: faz ninhosobre as árvores (até 4m de altura) ou em cavidades nos troncos, em ninhos abandonados deoutras aves ou no solo por entre a vegetação densa (por influência da domesticação?); põe

ovos de cor creme e o período de incubação é de 30 a 35 dias; os filhotes pulam do ninhode qualquer altura, a mãe os espera no solo para levá-los à água. São polígamos;Comportamento: vive em grupos pequenos, de até uma dúzia; pousa sobre árvoresdesfolhadas para observar os arredores, empoleira-se para descansar ou mesmo dormir.Voando em bandos os sexos costumam segregar-se;

ORDEM FALCONIFORMES:

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Família Accipritidae: Nome Científico: Elanus leucurus Nome popular: Gavião-peneiraTamanho: 35cm; Características: asas e cauda longas, área preta nas coberteirassuperiores, próximo ao corpo, lados da cauda brancos, partes superiores cinza-claros, partesinferiores brancas com uma nódoa negra alar na região da mão; imaturo cinza por baixo,estriado, com as costas pardas; Distribuição: presente em todo Brasil e também desde a

América do Norte até a Argentina e o Chile Hábitat: comum em campos com árvores ouáreas florestadas, permeadas de vegetação aberta; eventualmente encontrado em cidades;Dieta: pequenos ratos, mucuras, lagartos e insetos; Reprodução: tempo de incubação é de30 a 32 dias; Comportamento: caça pairando no ar por longos períodos mantendo as asaselevadas e os pés pendentes com os dedos fechados, de onde examina o chão;

Nome Científico: Gampsonyx swainsoni

Nome popular: Gaviãozinho Tamanho: 22cm; 115g; Características: testa e faceamareladas;Distribuição: presente em quase todo Brasil, desde a Amazônia até MG e SP;

encontrado também da Nicarágua até o Paraguai e Argentina;Hábitat: comum e beiras de rios e lagos, campos com árvores esparsas, cerrado ecidades arborizadas;Dieta: insetos, lagartos, pássaros e outras pequenas presas;Reprodução: faz um ninho delicado, com gravetos, semelhante a uma plataforma,localizados entre 4 e 7m de altura; põe 3 ovos brancos manchados de castanho;Comportamento: quando pousado sacode a cauda;

Nome Científico: Rosthramus sociabilis

Nome popular: Gavião-caramujeiro

Tamanho: 41cm;Características: o macho é cinza-ardósia, pés laranja, a fêmea e imatura tem a partesuperior amarronzada, a região frontal da cabeça e a garganta esbranquiçada e a parteinferior creme com manchas e listras marrons; cauda com base branca; bicoextremamente adunco; possui uma unha pectinada no dedo médio que deve auxiliar naremoção de muco dos moluscos;Distribuição: presente em todas as regiões brasileiras, encontrado também dos EUA(Flórida) e México até Argentina e Paraguai;Hábitat: pantanais e alagados;Dieta: são malacófagos, alimenta-se quase exclusivamente de grandes caramujosaquáticos chamados aruás, ocasionalmente, alimenta-se também de pequenos

caranguejos;Reprodução: seus ninhos, feitos em colônias, são plataformas frágeis localizadas entre1 a 4m de altura, e arbustos ou árvores sobre a água; pões 2 ou 3 ovos brancos commanchas marrons; pode acontecer de se reproduziram ainda com a plumagem imatura;Comportamento: vive em grupos. Utiliza o bico curvo para retirar as partes moles doscaramujos, deixando cair a casca vazia; captura os aruás executando um vôo rasantesobre os pântanos, pegando-os no chão com apenas um dos pés e empoleirando-se paracomer;

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Nome Científico: Buteo albicaudatus

Nome popular: Gavião-de-rabo-brancoTamanho: 55cm;

Características:“

ombros”

castanhos, dedos c urtos; tem fase toda preta por cima, comcauda branca; imaturo pardo, de cauda cinzenta finamente barrada de preto e ventremachado, já com os “ombros”; asas compridas e largas de “pontas abertas” (últimasprimárias discerníveis em vôo), cauda curta, branca com faixa negra subterminal,grande mancha ferrugínea nas escapulares;Distribuição: ocorre em todo Brasil, e desde o México até a Argentina;Hábitat: ambientes abertos e acidentados, regiões campestres, cerrado, buritizais,campos de altitude;Dieta: alimentam-se de grandes insetos, sapos, ratos, gambás e cobras; procuramqueimadas para capturar, no solo ou em pleno ar animais espantados ou intoxicados pelafumaça;

Nome Científico: Rupornis magnirostris ou Buteo magnirostris

Nome popular: Gavião-carijó Tamanho: 36cm;Características: área ferrugem na base das primárias, asas compridas e largas de“pontas abertas” (últimas primárias discerníveis em vôo), cauda curta, imaturo de entreestriado;Distribuição: presente em todo Brasil, também desde o México até a Argentina;Hábitat: habita campos com árvores, bordas de florestas, capoeiras, cidades, margensde rios e lagos;Dieta: alimenta-se de grandes insetos (aproveitam-se das formigas-de-correição),

pequenos lagartos, cobras e pássaros, captura também morcegos quando estes seencontram pousados, durante o dia, aproveita-se de macacos e até mesmo quatis como“batedores”;Reprodução: põe 1 ou 2 ovos brancos, pontilhados ou levemente estriados de marrom;Comportamento: vive solitário ou aos pares; sobrevoa em vôos circulares, geralmenteaos casais;

Nome Científico: Spizastur melanoleucus

Nome popular: Gavião-patoTamanho: 56cm;

Características: possui penacho, tarsos longos e emplumados, unhas formidáveis,branco-níveo (inclusive os calções) com pequena máscara, topete e manto pretos, basedo bico, íris e tarsos amarelos; imaturo como adulto, mas pardo por cima, marcasbrancas nas coberteiras alares;Distribuição: todo o Brasil em ocorrências esparsas e desde o México à Argentina;Hábitat: habita matas e áreas abertas perto de água;Dieta: alimentam-se de morcegos, sapos e aves;

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Nome Científico: Geranospiza caerulescens

Nome popular: Gavião-mateiroTamanho: 47cm;Características: corpo franzino, longas pernas laranja, ultrapassando a cauda durante ovôo, cauda longa com 2 faixas brancas, asas largas e com uma faixa branca larga, na

face ventral da base das primárias, dedo externo muito curto e articulação intertarsalcom grande mobilidade, pés vermelhos, não possui amarelo na base do bico;Distribuição: em todo Brasil e do México à Argentina;Hábitat: habita matas, próximas a campos, pastos, beira de brejos, manguezais;Dieta: alimentam-se de baratas, rãs, lagartixas, morcegos;Comportamento: possui uma articulação intertarsal mais móvel para facilitar aexploração de cavidades e também saqueia ninhos de pássaros apossando-se dosfilhotes;

Família Falconidae:

Nome Científico: Herpetotheres cachinnansNome popular: AcauãTamanho: 47cm;Características: cabeçuda, lembra a coruja, partes claras de cor amarelo-creme ouesbranquiçada destacando-se as regiões perioftálmicas negras, que desce em um colar,na mesma cor, até a nuca; cauda negra densamente barrada de branco; durante o vôochama atenção uma área clara anterior à ponta da asa;Distribuição: presente em todo Brasil e também do México à Argentina;Hábitat: comum em bordas de florestas, capoeiras, florestas de galeria, campos comárvores e cerrados;

Dieta: alimenta-se de lagartos, morcegos e cobras;Reprodução: faz ninho em cavidades de árvores ou buracos em escarpas rochosas, semforrar a toca, aproveitando com menor frequência o ninho de outros gaviões;Comportamento: vive solitário;

Nome Científico: Mivalgo chimachima

Nome popular: Gavião-carrapateiroTamanho: 40cm; envergadura: 74cm;Características: cabeça, pescoço e partes inferiores branco-amareladas, uma curta faixanegra pós-ocular; face nua e alaranjada; asas longas com nítida área branca; bico e pés

fracos; imaturo: pardo, cabeça e partes inferiores estriadas de branco, colar nucalamarelo, padrão do desenho da asa tão típico como o adulto;Distribuição: presente em todo Brasil e desde a América Central ao norte do Uruguai eArgentina setentrional;Hábitat: áreas abertas, praia de mar e doce;Dieta: onívoro, comendo frutas, lagartas, cobras, saqueia ninhos de outros pássaros,pesca, caça cupins em revoada, come detritos, fezes e cadáveres frescos, procuraqueimadas;

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Nome Científico: Polyborus plancus

Nome popular: Gavião-carcaráTamanho: 56cm; envergadura: 123cm;

Características: alvinegra, de face nua e cera amarela ou vermelha, com um penachonucal; bico e pés fracos; pernas altas e tarsos amarelados, a cor da face passa devermelho para amarelo quando a ave se excita, não sendo, portanto um dimorfismosexual; imaturo pardo, de peito estriado, cara violácea ou amarelo-clara e pernasamareladas ou esbranquiçadas;Distribuição: presente e todo o Brasil e também nos EUA (Flórida) à Terra do Fogo, noextremo sul da América do Sul;Hábitat: comum em campos e pastagens com árvores isoladas, plantações e outrasáreas abertas;Dieta: onívoro, alimenta-se tanto de animais vivos como mortos, frutas e detritos,procuram queimadas; suas estratégias para obtenção de alimento são variadas: caça

lagartos, cobras, sapinhos e caramujos, rouba filhotes de outras aves, até de espéciesgrandes como garças e colhereiros, arranha o solo com os pés e busca de amendoim efeijão, apanha frutos de dendê, ataca filhotes recém-nascidos de cordeiros e outrosanimais; também segue tratores que estão arando os campos, em busca de minhocas;Reprodução: faz ninho no alto de palmeiras e de outras árvores e até mesmo no solo;põe 2 ovos brancos manchados de marrom-avermelhado; tempo de incubação de 28dias;Comportamento: vive solitário, aos pares ou em grupos, beneficiando-se da conversãoda floresta em áreas de pastagem;

Nome Científico: Falco peregrinoNome popular: Gavião-peregrinoTamanho: até 45 cm;Características: Cor: azul-acinzentada com listras escuras; coroa preta na cabeça;cauda com pontas brancas; pintas na barriga, que é esbranquiçada, cauda estreita ecomprida, tem o bico superior denteado;Distribuição: ocorre na Europa, Ásia, Austrália e América;

Hábitat: campo aberto, as praias e pântanos perto de colônias de aves aquáticas eribeirinhas; Dieta: Alimenta-se quase exclusivamente de outras aves, que ele alcançafacilmente no vôo; Reprodução: Em geral põe seus ovos num penhasco, muitas vezes sem

ninho. Período incubação:1 mês, ninhada com 3 ovos. Os ovos são incubados pelo casal;Comportamento: É uma das mais rápidas aves de velocidade seu mergulho chega a 288Km/h;

Nome Científico: Falco sparverius Nome popular: Gavião-quiri-quiri Tamanho: 25cm;Características: dimorfismo sexual acentuado quanto ao colorido, manifestando-se já nosfilhotes prestes a abandonar o ninho; macho de cauda e costas uniformemente ferrugíneas,retrizes com larga faixa negra anteapical e ponta branca, asas cinzentas, fêmea com asas

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ferrugíneas como as costas, manchadas de negro e de cauda com numerosas listras negras;padrão facial típico, desenho na cabeça – 2 faixas verticais laterais e 2 nódoas nucaisnegras; bico afiado com um grande dente na maxila; não apresenta o notarium; tarso curto;Distribuição: ocorre em todo Brasil (exceto em florestas) e desde o norte do Alasca à Terrado Fogo; Hábitat: vários ambientes abertos, campestres e quase desérticas; Dieta:

insetívoros, mas também comem lagartixas, camundongos e pequenas cobras, nocrepúsculo tenta capturar morcegos; Reprodução: nidifica em ocos de árvores, inclusiveem buracos de pica-paus, aproveita-se ainda de cavidades e postes, edificações e até mesmoem barrancos e cupinzeiros terrestres; tempo de incubação de 20-30 dias;

ORDEM GALLIFORME:

Família Cracidae:Nome Científico: Ortalis guttata

Nome popular: AracuãTamanho: 48 a 53cm;Características: todas as espécies brasileiras podem ser consideradas aloespécies quecompõem uma superespécie, pode-se até falar em raças geográficas de uma só espécie.Garganta nua vermelha e peito pardo-escuro, com marcas brancas (bordas ou pontas)nas penas; barriga cinza-amarelado ou brancacenta ou cinzenta, conforme a região; sembarbela pronunciada; retrizes laterais ferrugíneas;Hábitat: vive em matagais espessos, matas baixas, capões e palmeirais;Reprodução: tendem a nidificar em grupos; dueto de casais; período de incubação de21 dias; já nos primeiros dias de vida os pintainhos já se utilizam das asas para semovimentar e dormem sob as asas dos pais;

Comportamento: têm o hábito de espojar-se na poeira e tomar banho de sol. Vivem empequenos bandos que defendem seu território contra bandos vizinhos;

ORDEM GRUIFORME:

Família Aramidae:Nome Científico: Aramus guarauna

Nome popular: CarãoTamanho: 61 a 71cm;

Características: sexos parecidos, fêmea menor. Plumagem marrom malhada de branco,bico forte ligeiramente recurvado, porte robusto e bico quase reto; pardo-escuro com agarganta branca e riscas na cabeça e pescoço brancas, à distância parece todo negro;pernas negras, base da mandíbula amarela; dedos longos que facilita andar sobre asplantas aquáticas flutuantes;Distribuição: da Flórida e México à Argentina e Uruguai;Hábitat: pântanos, campos alagados, margens de rios com vegetação baixa emanguezais onde os caracóis são abundantes;

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Dieta: alimenta-se principalmente dos grandes caracóis aquáticos -ele não sabe quebrara concha, ele a prende numa forquilha de arbusto e fica esperando quando o caracol põea cabeça para fora o carão pesca-o com o bico - podendo comer ainda caramujosterrestres e pequenos lagartos;Reprodução: durante o período reprodutivo vive aos casais; faz ninho grande, como

um cesto profundo, depositado sobre a vegetação alta dentro de brejos; põe de 3 a 8ovos de cor creme com manchas marrons;Comportamento: é principalmente noturno, embora também ativo durante o dia.Emigra durante o período seco para retornar no período das chuvas; após a reproduçãoreúne-se em grupos maiores, em poças de lama;

Família Rallidae:Nome Científico: Rallus nigricans

Nome popular: Saracura-pretaTamanho: 31cm;

Características: bico verde uniforme, comprido e curvo, marcas pretas na asa; muda“em bloco” das rêmiges;Distribuição: ocorre desde a Colômbia ao Brasil, da PB ao RS, GO, MT e DF;Hábitat: vive em qualquer brejo;Comportamento: há duetos, de vocalização, de casal; a mãe ocasionalmente carrega opintinho pegando-o pelo pescoço;

Nome Científico: Rallus maculatus

Nome popular: Saracura-pintadaTamanho: 27cm;

Características: pardo-anegrado inteiramente mosqueado de branco,“

farol -de-ré”

 branco; bico verde de base encarnada; muda “em bloco” das rêmiges;Distribuição: ocorre no Brasil setentrional e merídio-oriental, até o RS e do México àArgentina;Hábitat: vive em brejos úmidos, com vegetação densa e buritizais;Reprodução: a mãe ocasionalmente carrega o pintinho pegando-o pelo pescoço;Comportamento:

Nome Científico: Aramides cajanea

Nome popular: Saracura-de-três-potes

Tamanho: 39cm;Características: cabeça e pescoço cinzentos, o resto das partes inferiores e vexilointerno das rêmiges ferrugem, coberteiras inferiores das asas amarelo-ferrugíneasbarradas de preto, abdômen negro e bico verde; muda “em bloco” das rêmiges;

Distribuição: presente em todo Brasil; encontrada também do México à Argentina eUruguai;Hábitat: comum em pântanos com vegetação alta, manguezais, margens de rios, lagos e

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igarapés, florestas altas e úmidas, às vezes longe da água;Dieta: alimenta-se de pequenos peixes, crustáceos, insetos e larvas, pilha ovos de outrasaves aquáticas;Reprodução: constrói seu ninho de gravetos, em forma de tigela funda, a uma alturavariável entre 1 e 7m, em emaranhados de cipós ou arbustos, no meio do junco, rodeado

por água ou nas margens dos córregos, em meio à vegetação densa, constroem nasproximidades do ninho de incubação, um ninho criadeira, usado cerca de 1 mês pelospais e filhotes; põe de 3 a 7 ovos de cor creme, pintados e manchados de marrom;Comportamento: vive normalmente solitária ou, com menor frequência, aos pares ouformando pequenos grupos; é parcialmente noturna;

Nome Científico: Gallinula chloropus

Nome popular: Frango-d’águaTamanho: 35cm;Características: plumagem marrom-escura, bico amarelo e vermelho, com uma placa

vermelha em cima, escudo escarlate, desenho branco nos flancos e por baixo da cauda,grande “farol traseiro” dividido em dois, pernas verdes com uma “peneira” verme lha,bico amarelo e vermelho; apresentam um anel vivamente colorido sobre o tíbio-tarsologo abaixo dos “calções”; muda “em bloco” das rêmiges; imaturo pardo -anegrado comabdômen meio branquicento, bico, escudo e pernas sem cores vivas;Distribuição: encontrado em quase todo o mundo, tanto na América do Norte como noVelho Mundo, com exceção da Austrália e Nova Zelândia;Hábitat: na beira dos banhados ricos em vegetação, lagos com vegetação aquática emargens pantanosas, inclusive lagunas salobras;Dieta: come os insetos, têm o hábito de molhar a comida antes de engoli-la;Reprodução: faz ninho aberto de taboas, à beira d’água, 6 a 12 ovos esbranquiçados ou

acinzentados, com pintas marrom-escuras de cada vez, período de incubação de 21 dias;Comportamento: Vive sozinho ou em pequenos bandos. Seu vôo é lento e é bommergulhador. Os bandos que habitam as regiões mais frias do norte do continenteamericano migram para o sul durante o inverno daquela região;

Nome Científico: Porphyrula martinica

Nome popular: Frango-d’água-azulTamanho: 33 a 35cm;Características: escudo frontal chato e azul-claro, mais desenvolvido nos machos;pernas amarelas e “farol de ré” branco não bipartido; imaturo de cor parda -amarelada,

com áreas azuis, já com o escudo do adulto;Distribuição: presente em todo Brasil e também do sudeste dos EUA e México até onorte da Argentina;Hábitat: comum em pântanos, lagos com margens pantanosas e campos de arrozinundados, brejos e banhados;Reprodução: faz ninho espaçoso em terrenos pantanosos, construído com ramos degramíneas ou de pés de arroz, pouco acima da água; põe de 4 a 8 ovos de cor creme,pontilhados de marrom e roxo claro; período de incubação de 15 a 16 dias;

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Comportamento: costuma andar sobre a vegetação flutuante ou pantanosa; nada poucoe normalmente evita a água mais aberta; é migratório, praticamente desaparecendo dosul do País durante o inverno; voa bem, com as pernas esticadas para trás, unidas, e os

pés cruzados. A partir de março trocam todas as penas da asa ao mesmo tempo -muda“

em bloco”

das rêmiges -e dessa forma ficam impossibilitados de voar, tornando-seuma presa fácil;

Família Cariamidae:Nome Científico: Cariama cristata

Nome popular: SiriemaTamanho: 90cm; 1,4Kg;Características: sexos semelhantes; na base do bico, o qual é forte e vermelho como aspernas, cresce um feixe de penas eriçadas; asas largas e “duras”, cauda longa;plumagem cinzenta com ligeira tonalidade parda ou amarelada; possui pestanas; dedos

curtos e unhas afiadas;Distribuição: ocorre no Brasil central e oriental até o oeste de MT, sul do PA, etambém na Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia;Hábitat: vive nos cerrados, campos sujos, pastos e campinas;Dieta: come gafanhotos e outros artrópodes, roedores, calangos e outros animaispequenos, inclusive cobras;Reprodução: nidifica sobre árvores, construindo um ninho com gravetos e galhosfrágeis, forrando o fundo com estrume de gado, barro ou folhas secas, podendo estar a4-5m do chão; põe 2 ovos brancos, ligeiramente rosados, maculados de castanhos; ocasal reveza-se no choco, o período de incubação dura 26-29 dias; só se cria um filhote,que abandona o ninho com 12 dias;

Comportamento: vive aos casais ou em pequenos bandos; toma banho de poeira e sol;a posição de deitar-se sobre os tarsos pode servir a termoregulação;

ORDEM CHARADRIIFORME:

Família Jacanidae: Nome Científico: Jacana jacana Nome popular: Jaçanã Tamanho: 25cm; o macho pode pesar 70g e a fêmea 160g; Características: sexos de cores bemsemelhantes, sendo a fêmea bem maior; negra de manto castanho, bico amarelo e lobosmembranosos frontais e laterais vermelhos, rêmiges verde-amareladas; encontro comesporão afiado, de cor amarelada, servindo como arma; dedos muito longos; Distribuição: presente em todo Brasil e também do Panamá ao Uruguai e Argentina; Hábitat: comum em

pântanos, lagos com vegetação aquática e em poças d’

água com bordas vegetadas; Dieta:alimenta-se de insetos, moluscos, peixinhos e sementes; Reprodução: faz ninhos emcapinzais ou em vegetação aquática flutuante ou emergente; põe em média 4 ovos marrom-oliváceos estriados de preto; uma mesma fêmea costuma por ovos para 2 ou mais machos,os quais a expulsam e se encarregam de chocá-los durante 21 a 28 dias. Os filhotes sãonidífugos, logo após a eclosão saem por sobre as plantas aquáticas e já sabem mergulhar;Comportamento: normalmente há vários indivíduos espalhados em um mesmo lago,caminhando sobre a vegetação aquática, e águas rasas próximas à margem ou, ainda, em

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capinzais junto à água; ave paludícola, caminha a passos largos sobre os aguapés, salvíniase outras plantas flutuantes. Raramente nada. Quando ameaçado, o pai foge correndo, àsvezes agarrando os filhotes e levando-os sobre as asas; fora do período reprodutivo émigratório, associando-se em bandos;Família Charadriidae:

Nome Científico: Vanellus chilensisNome popular: Quero-queroTamanho: 35cm;Características: Possui 2 esporões sob as asas. Colorido geral cinza-claro, com ornatospretos na cabeça, peito e cauda. A barriga é branca e a asa tem penas verde-metálicas.Apresenta um penacho na região posterior da cabeça; o bico e as pernas sãovermelhadas;Distribuição: presente em todo Brasil e também do Panamá ao Uruguai e Argentina(Terra do Fogo);Hábitat: habita as grandes campinas úmidas e os espraiados dos rios e lagoas, comumem campos, pastagens, alagados com gramíneas baixas e em gramados nas áreas

urbanas;Dieta: alimenta-se de insetos e pequenos peixes, os quais captura mexendo com os pésna lama das margens;Reprodução: põe seus ovos, que são marrom-oliváceos com pintas e manchas pretas,em pequenas depressões no chão; geralmente defende seus ninhos ativamente;Comportamento: afasta os intrusos que se aproxima de seu ninho, fingindo-se ferido.Vive aos pares ou em grupos pequenos;

Nome Científico: Charadrius semipalmatus

Nome popular: Maçarico-semipalmado

Tamanho: 18cm;Características: nítido colar branco nucal, bico bem curto, de base amarela; pernasamareladas;Distribuição: encontrado em toda costa brasileira até a Argentina;Hábitat: ocorre no litoral, nas praias lodosas ou arenosas, podendo, ocasionalmente,aparecer no interior, de agosto a maio;Comportamento: ave migratória vinda da América do Norte, a identificação não é fácilporque quando chegam ao Brasil estão com a plumagem de descanso reprodutivo,semelhante na maioria das espécies. Pode estar solitário;

Família Scolopacidae:Nome Científico: Arenaria interpres

Nome popular: Maçarico-vira-pedraTamanho: 22cm;Características: bico curto e forte, com ranfoteca dura; pernas curtas e alaranjadas,cabeça pequena; faixa branca na asa, uma atravessando o baixo dorso e uma na base dacauda; partes inferiores brancas; imaturo de peito marrom;Distribuição: restrito ao Novo Mundo;

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 Nome Científico: Sterna dougalli

Nome popular: Trinta-réis-rosadoTamanho: 38cm;Características: fases sexual e de repouso sexual bem distintas, durante o repouso são

mais brancos e de píleo (na plumagem nupcial negro) manchado da mesma cor, os bicos epés “des coram-se”, semelhantes ao imaturo; cauda muito forcada, ultrapassa asas fechadas;Distribuição: do sul à BA; Hábitat: vive ao longo do litoral;

ORDEM COLUMBIFORME:

Família Columbidae: Nome Científico: Columba picazuro Nome popular: Pomba-asa-branca Tamanho: 34cm; Características: lado superior da asa atravessado por uma faixabranca mais visível em vôo, semicolar escamoso restrito ao pescoço superior, anel

perioftálmico com algum vermelho; Distribuição: presente do Nordeste ao RS, GO e MT,e também na Bolívia, Argentina e Paraguai; Hábitat: comum em campos com árvores,áreas urbanas, cerrados, caatingas e florestas de galeria; Reprodução: faz ninhos emárvores ou no solo; põe 2 ovos brancos, os quais são incubados entre 16 e 19 dias;Comportamento: frequentemente encontrada no solo. Após o período reprodutivo associa-se em bandos, executando migrações;

Nome Científico: Zenaida auriculata Nome popular: Avoante Tamanho: 21cm;Características: formas delgadas, 2 faixas pretas, quase horizontais, nos lados da cabeça ealgumas manchas da mesma cor nas asas; retrizes (particularmente as laterais) com amploápice branco, realçado por faixa negra ante-apical; imaturo de cerca de 3 semanas de vidacom cabeça, pescoço e asas triangularmente riscados de branco ou amarelado e uma grandenódoa branca no loro; Distribuição: ocorre descontinuamente por todo Brasil, inclusive emFernando de Noronha, do MA até a BA, e das Antilhas à Terra do Fogo; Hábitat: vive emcampos, cerrados, caatingas e pastagens; Dieta: alimenta–se de sementes de plantasbrotando, grãos cultivados, moluscos e diplópodes; Reprodução: no Nordeste nidificam naareia, protegidas pela vegetação espinhosa ou em alturas e 0,2 a 3m, período de incubaçãode 14 dias; Comportamento: ocorrem raças geográficas; distinguem-se “pombais decomida”, “pombais de bebida” e “pombais de postura”; espécie campestre. Pode ser quemodifiquem seus hábitos adaptando-se às alterações ambientais;

Nome Científico: Columbina talpacoti Nome popular: Rolinha-caldo-de-feijãoTamanho: 17cm; Características: o macho é marrom-ferrugíneo com a cabeça cinza-azulada; a fêmea é inteiramente marrom-clara; retrizes externas com pontas canelas;imaturo com manchas amareladas na asa;Distribuição: presente em todo Brasil, e também do México à Bolívia, Paraguai eArgentinaHábitat: comum em áreas abertas, campos, plantações e áreas urbanas;Dieta: alimenta-se de grãos e sementes no chão;Reprodução: faz ninho raso, localizado a 1m de altura ou mais, em meio a arbustos,

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nas cidades, costuma fazer ninho sobre vigas, debaixo de telhas, e coberturas deedifícios ou galpões; põe 2 ovos brancos, período de incubação de 12 a 13 dias;Comportamento: vive solitária, aos pares ou em grupos de tamanhos variáveis;

Nome Científico: Scardafella squammataNome popular: Rolinha-fogo-apagouTamanho: 19,5cm;Características: aparência escamosa, rêmiges com rufescente, visível em vôo, lados dacauda brancos;Distribuição: presente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e em SP, PR e RS,encontrado também da Guiana Francesa e Venezuela ao Paraguai e Argentina;Hábitat: comum em campos secos, cerrados, caatingas e jardins arborizados em áreasurbanas;Dieta: alimenta-se no chão, andando com a barriga quase arrastando no solo;Reprodução: faz ninhos de gravetos em formato de xícara, normalmente a 1 ou 2m de

altura, às vezes também no chão; põe 2 ovos brancos, período de incubação de 14 dias;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos;

Nome Científico: Leptotila verreauxi

Nome popular: JuritiTamanho: 26,5cm;Características: rêmiges sonoras, retrizes com pontas laterais brancas, visível em vôo,e acanelado na face inferior das asas;Distribuição: presente em quase todo Brasil e também do sul dos EUA até a Argentina;Hábitat: comum no chão de habitats quentes, tais como capoeiras e campos adjacentes,

bordas de florestas densas e cerrados;Dieta: alimenta-se de sementes e frutos no chão;Reprodução: faz ninho típico de pombinhas – uma plataforma construída de gravetos egrama, localizada em arbustos baixos ou árvores, eventualmente no chão; põe 2 ovosbrancos, período de incubação de 14 dias;Comportamento: vive solitária ou aos pares;

ORDEM PSITTACIFORME:

Família Psittacidae:Nome Científico: Aratinga auricapilla

Nome popular: Aratinga-de-peito-vermelhoTamanho: 31cm;Características: laranja só na cabeça e partes inferiores, manto verde, regiãoperioftálmica nua, com um círculo estreito de colorido vivo; a pele das partes glabras édenegrida; bico negro;Distribuição: Bahia, Sergipe, nordeste;Hábitat: vive na orla da mata, mata secundária, regiões cultivadas, carnaubais, etc.;Reprodução: período de incubação de 26 dias;

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 Nome Científico: Aratinga aurea

Nome popular: Jandaia-estrelaTamanho: 27cm; 84g;Características: testa e região perioftálmica emplumados de amarelo-vivo; a pele das

partes glabras é geralmente branca;Distribuição: presente principalmente da margem sul do rio Amazonas até o PR, aonorte do rio Amazonas ocorre apenas em algumas regiões, como Faro (PA) e no AP,também no Suriname (localmente), Bolívia, Paraguai e Argentina;Hábitat: comum na copa de cerrados, capoeiras, mata secundária, campos de cultura,plantações e manguezais;Dieta: alimentando-se de frutos;Reprodução: faz ninho em cupinzeiros;Comportamento: vive em bandos;

Nome Científico: Forpus xanthopterygiusNome popular: Tuim-de-asa-azulTamanho: 12cm; 26g;Características: macho com grande área azul na asa e no baixo dorso, uropígio azul,que desenvolve já como ninhego; fêmea totalmente verde, com amarelo na cabeça eflancos; pode permanecer longo tempo dependurado por um ou ambos os pés, chegandoa arrumar a plumagem;Distribuição: ocorre no Nordeste, leste e sul do Brasil até o Paraguai e Bolívia, tambémno alto Amazonas até o Peru e a Colômbia;Hábitat: vive em bosques abertos, beira de matas e capoeiras;Reprodução: faz ninho em ocos de cupinzeiros e ocupa ninhos velhos de joão-de-barro

(Furnarius rufus) e guaxe (Cacicus haemorrhous); põe de 3 a 5 ovos; período deincubação de 18 dias; os filhotes abandonam o ninho com 5 semanas;Comportamento: ave migratória, há diversas raças geográficas;

Nome Científico: Touit melanota

Nome popular: Apuim-de-costa-pretaTamanho: 16cm;Características: dorso e uropígio marrom-sepiáceo; lados da cauda vermelhos;Distribuição: ocorre do sul da BA a SP e ocasionalmente no RJ;Hábitat: vive nas matas altas da Serra do Mar;

Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Amazona amazonica

Nome popular: Papagaio-do-mangueTamanho: 34cm;Características: raspam a mandíbula contra as ondulações da superfície do “palato”,produzindo um estalo, para retirar resíduos de alimentos que se acham depositados entre

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as ranhuras; bocejam; pode formar-se um entalhe, maior ou menor, no meio dos tômiosdas mandíbulas, que podem ser um caráter individual quanto a uma decorrência daidade, alimentação ou sexo (o entalhe seria mais profundo no macho). cor-de-laranja no“espelho” e nas manchas caudais; azul na cabeça e lados da face; parte anterior dasbochechas amarelas, frequentemente também a fronte; região perioftálmica com um

círculo estreito de colorido vivo;Distribuição: presente da AM ao PR, oeste de SP e RJ, encontrada também naColômbia, Venezuela e Guianas até o Peru e a Bolívia;

Hábitat: comum em florestas de galeria, várzeas, alagados com árvores e manguezais;Dieta: alimenta-se de frutas e grãos;Reprodução: começam a se reproduzir no terceiro ou quarto ano de vida; faz ninho emburacos de árvores, principalmente no oco de palmeiras mortas; põe de 2 a 5 ovos, operíodo de incubação é de 29 dias; os filhotes abandonam o ninho com 2 meses. Com 8meses os indivíduos já apresentam a coloração definitiva da íris;Comportamento: costuma pernoitar e se reproduzir em ilhas cobertas de mata; vive em

bandos de até 8 indivíduos, reunindo-se às centenas para pernoitar;Tempo de vida: aproximadamente 40 anos;

ORDEM CUCULIFORME:

Família Cuculidae: Nome Científico: Piaya cayana Nome popular: Alma-de-gatoTamanho: : 50 cm (2/3 pertencem à cauda); Características: A cor é castanho-parda nodorso e cinza-ardósia na barriga. O pescoço e o peito são vermelho-acinzentados e a caudatem penas escuras de pontas brancas, bico e perioftálmica esverdeados; cauda muito longa.Imaturo menos rabilongo, bico e arredores dos olhos cinzentos e não verdes; Distribuição:Venezuela, Guiana, em quase todo o território nacional, no Paraguai, Uruguai e norte da

Argentina; Hábitat: comum em bordas e no interior de florestas altas, capoeiras, cerrados,cerradões e campos com árvores; Reprodução: macho e fêmea constroem o ninho ecuidam da prole, o ninho é frágil e pequeno, em arbustos não muito altos, às vezes a fêmeasdesova em ninho alheio. A ninhada consiste de 10 a 20 ovos, de cor verde azulada. Não sesabe se as fêmeas se revezam no choco, mas são muitas as que contribuem na alimentaçãodos filhotes; Comportamento: vive solitário, aos pares ou em pequenos grupos familiaresde até 5 indivíduos; ocasionalmente mistura-se a bandos mistos de insetívoros ou segueformigas-de-correição. Marca seu território com sonoros pios, às vezes imita outras aves;

Nome Científico: Crotophaga ani Nome popular: Anu-preto Tamanho: 36cm;Características: preto uniforme; bico alto e curvo; o interior da boca dos ninhegos é

marcado com vários sinais brancos berrantes, destacando-se o fundo vermelho, quefacilitam aos adultos a colocação certa da comida na boca dos filhotes, sobretudo, emninhos escuros; Distribuição: presente em todo Brasil e também dos EUA (Flórida) àArgentina; Hábitat: comum em pastagens, campos, jardins, lavouras abandonadas e outrasáreas abertas; Dieta: alimentar-se dos insetos e outros pequenos animais (pequenas cobras erãs) que são espantados, espreita animais fugidos de incêndio, captura insetos em plenovôo, saqueia ocasionalmente ninhos de pássaros, pescam em águas rasas, periodicamentecomem frutas, bagas, coquinhos e sementes (sobretudo na época seca); Reprodução: faz

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Nome Científico: Tyto alba

Nome popular: Suindara

Tamanho: 37cm;Características: cara e partes inferiores brancas; plumagem variável; disco facial

nítido;Distribuição: presente em todo Brasil e em quase todo mundo;Hábitat: comum no cerrado e em outras regiões semi-abertas próximas a habitaçõeshumanas;Dieta: alimenta-se de ratos, marsupiais, morcegos, sapos, pererecas, lagartos, cobras epequenas aves, além de insetos, caça ratos à noite, próximo a habitações humanas - porisso considerada uma “ratoeira voadora” e uma das aves mais “úteis” no que se refere àeconomia humana;Reprodução: faz ninho em sótãos de casas velhas, forros e torres de igreja, pombais egrutas; põe de 3 a 4 ovos compridos, cuja incubação leva de 30 a 34 dias e é realizadapredominantemente pela fêmea, que é alimentada pelo macho durante o período; os

filhotes abandonam o ninho com cerca de 2 meses de idade; reproduz-se durante todo oano, desde que haja fartura de alimentos. Os jovens abandonam o ninho com 9 a 12semanas de vida;Comportamento: é quase noturna, às vezes saindo para caçar ao pôr-do-sol;

Família Strigidae:Nome Científico: Otus choliba

Nome popular: Corujinha-de-orelhaTamanho: 22cm; envergadura 54cm; 134g;Características: padrão vermiculado de preto e cinza sobre fundo brancacento; a cor da

íris pode estar ligada às respectivas fases da plumagem: íris pardo-escura na fase escura,íris amarela na fase vermelha; ocorre variação no desenho da plumagem, não existem 2indivíduos iguais; os vexilos internos das rêmiges primárias mostram largas faixasclaras;Distribuição: ocorre em todo Brasil e da Costa Rica à Bolívia, Paraguai e Argentina;Hábitat: vive na orla da mata, cerrado, chácaras e também em centros urbanos;Dieta: aproveitam-se dos animais espantados pelas formigas-de-correição;Reprodução: fazem ninho em árvores ocas, em cupinzeiros arbóreos furados porperiquitos;

Nome Científico: Glaucidium brasilianum Nome popular: Caburé Tamanho: 16,5cm;envergadura 31cm; 63g; Características: o macho é bem menor do que a fêmea; vérticeestriado de branco; tem fase arruivada e ferrugínea na qual a cauda costuma não ter faixasclaras; disco facial pouco nítido; tem a cabeça e os olhos pequenos; nuca com 2 nódoasnegras lembrando olhos, formando uma falsa face – face occipital, mais vistosa do que averdadeira, e visível somente quando arrepia as pernas, com isso, o caburé enganaperfeitamente tanto pássaros como homens; é tida como uma ave de sorte pelos matutos eíndios, já que aparenta ter 4 olhos e detectaria qualquer perigo de imediato; Distribuição: 

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presente em todo Brasil e dos EUA e México à Argentina e o norte do Chile; Hábitat:comum em bordas de florestas de terra firme de várzea, cerrados e campos com árvores;Dieta: alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, rãs, lagartixas e pequenas cobras, come primeiro a cabeça das presas;Reprodução: faz ninho em buracos de árvores e cupinzeiros; põe de 2 a 5 ovos

brancos;Comportamento: ativo tanto durante o dia quanto à noite;

Nome Científico: Athene cunicularia ou Speotyto cunicularia

Nome popular: Coruja-buraqueiraTamanho: 21.6 a 27.9cm, pesando 170.1 g e com envergadura de 50.8 a 61.0cm;Características: possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhosamarelos, e pernas longas. O macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas sãonormalmente mais escuras que os machos. Os filhotes ameaçam intrusos com umchocalhar que se assemelha ao matraquear de cascavel – mimetismo agressivo sonoro;

Distribuição: encontrada em todo Brasil, exceto nas florestas da Amazônia, e desde oCanadá até a Tierra del Fuego no extremo sul da América do Sul;Hábitat: vive em áreas abertas, pastos e restingas, campos e cerrados de todo o Brasil;Dieta: Alimenta-se de pequenos roedores, répteis, anfíbios, pequenos insetos, pequenospássaros como pardais, escorpiões, etc.;Reprodução: A reprodução começa entre março ou abril. Embora seja capaz de cavarsua própria cova, faz seu ninho em buracos no solo, aproveitando antigas tocas de tatu,cachorro de pradaria ou de outros animais. O casal se revezando, alarga o buraco, cavauma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho comcapim seco. As covas possuem em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm delargura. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A

Incubação dura de 23 a 30 dias e é executada somente pela fêmea. Enquanto a fêmeabota os ovos, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes.Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho, são tarefas do macho. Os filhotessaem do ninho com aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estãocom 49 a 56 dias;Comportamento: Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos deárvores. Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana e uma ótimaaudição. Tem vôo suave e silencioso. Para enxergar alguma coisa ao seu lado ela temque virar a cabeça, pois seus grandes olhos estão dispostos lado a lado, num mesmoplano. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer).Terrestre, o acúmulo de estrume ao redor da entrada da galeria do ninho atrai besouros

que servem de alimento.“

Pe neira”

e caça à noite; toma banho de poeira e corre comrapidez pelo chão;

Nome Científico: Rhinoptynx clamator 

Nome popular: Coruja-orelhudaTamanho: 37cm;Características: “orelhas” destacadas;

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Distribuição: presente em grande parte do Brasil, com exceção das áreas florestais daAmazônia, encontrada também da Venezuela à Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai;Hábitat: comum em áreas abertas, campos com árvores e arbustos, cerrados, caatingase até cidades;Dieta: alimenta-se de ratos, inclusive dos maiores, e morcegos;

Reprodução: faz ninho no chão, em meio ao capim;

Nome Científico: Aegolius harrisii

Nome popular: Caburé-orelhaTamanho: 20cm;Características: partes superiores anegradas, testa, disco facial e lado inferior dacabeça de intensa cor amarela uniforme; disco facial pouco nítido; presença de nódoasbrancas na asa e cauda, sem “orelhas”; íris amarela;Distribuição: ocorre no Planalto Central (GO e Brasília), Nordeste (CE, PE e AL), SPao RS, Argentina e Uruguai, também nos Andes (Venezuela);

Hábitat: vive em mata rala e cerrado;Comportamento: caça de dia;

ORDEM CAPRIMULGIFORME:

Família Nyctibiidae: Nome Científico: Nyctibius griseus Nome popular: Urutau-comumTamanho: 37cm; macho entre 160 e 190g; envergadura 85cm; Características: possuiuma adaptação única em aves, chamada de “olho mágico” – são 2 fendas na pálpebrasuperior, as quais permitem que fique imóvel por longos períodos, observando os arredores,mesmo de olhos fechados, assim, ainda que tenha o hábito de pousar em locais abertos,

permanece disfarçado, sendo facilmente confundido com um galho. Colorido variável, oumais marrom ou mais cinzento, peito com desenho negro compacto; íris amarelo-âmbar;possui um chumaço de penas que lembra as “orelhas de penas” de certas corujas, estasaliência desaparece quando abre os olhos; Distribuição: presente localmente em todoBrasil, encontrado também da Costa Rica à Bolívia, Argentina e Uruguai; Hábitat: comumem bordas de florestas, campos com árvores e cerrados; Dieta: alimenta-se de insetosnoturnos, em especial de grandes mariposas, cupins e besouros, também exploram tocospodres, a procura de larvas de besouros; Reprodução: põe 1 ovo, em cavidades de tocos ougalhos, a poucos metros acima do solo, incubando-o por cerca de 33 dias; o filhotepermanece no ninho em torno de 7 semanas; Comportamento: caçam na beira ou acima damata, ou até no campo. Nunca pousa no solo, mas em galhos, postes, cercas e tocos;

Nome Científico: Nyctibius leucopterus

Nome popular: Urutau-de-asa-brancaTamanho: 30cm;Características: larga faixa branca nas coberteiras superiores das asas formando um“V” nas costas;Distribuição: Litoral Norte da BahiaHábitat: matas e capoeiras;

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Dieta: Insetos;Reprodução: em árvores isoladas, um único ovo;Comportamento: caçam na beira ou acima da mata, ou até no campo;Categoria: ameaçado de extinção;

Família Caprimulgidae:Nome Científico: Chordeiles acutipennis

Nome popular: Bacurau-de-asa-finaTamanho: 21,5cm; envergadura: 50cm;Características: o macho é marro-acinzentado com a garganta branca, apresentandouma faixa branca na cauda, a fêmea apresenta a garganta amarelada e não tem faixa

branca na cauda; faz ninho sobre rochas achatadas, pondo 2 ovos rosa-amarelados compintas cinzentas; asas longas, estreitas, com faixa branca e um “V” da mesma cor nagarganta (apenas na fêmea); não possuem cerdas proeminentes; Distribuição: presente em

quase todo Brasil e da Califórnia à Bolívia e Argentina; Hábitat: comum em áreas abertas,campos, cerrados e restingas; Comportamento: possui hábitos crepusculares, porém, àsvezes, caça também à tarde; voa próximo ao solo, exceto durante migrações, quando voaalto; saem do esconderijo à tarde, antes do pôr-do-sol, caçando em bandos, voando a grandealtura por cima das águas e dos campos, explorando estratos bem diferentes. Se perturbado,muda o ninho para outro lugar, puxando os ovos e andando de marcha-à-ré; chega atransportar, em vôo, filhotes recém-nascidos;

Nome Científico: Nyctidromus albicollis Nome popular: Curiango-comum Tamanho: 30cm; Características: o macho apresenta uma larga faixa nas asas (observadas em vôo) eos lados da cauda brancos, a fêmea possui uma estreita faixa amarelada nas asas e somente

a ponta da cauda branca; existe uma fase vermelha e uma cinzenta; de cauda longa, masnão bifurcada; Distribuição: presente em todo Brasil, onde haja florestas ou capoeiras, etambém do sul dos EUA e México até a Bolívia, Paraguai e Argentina; Hábitat: comumem bordas de florestas, capoeiras abertas, campos com árvores isoladas, cerrados e capõesde mata; Dieta: captura insetos em vôo; Reprodução: faz ninho no chão; põe 2 ovosamarelo-avermelhados manchados de marrom; Comportamento: vive no chão; sai para sealimentar à noite, visto durante o dia somente se espantado;

ORDEM APODIFORME:

Família Trochililidae: Nome Científico: Phaethornis petrei Nome popular: Beija-flor-de-rabo-branco Tamanho: 15cm; Características: as fêmeas possuem um bico mais curtoe mais curvo; plumagem pouco vistosa, verde restrito ao lado superior, lado inferior pardo,ás vezes, há um sinal berrante, como a ponta branca da cauda, com as retrizes centraisprolongadas; canelavivo por baixo e no uropígio; bico longo curvado para baixo; base damandíbula vermelha; possuem os 3 dedos anteriores ligados; Distribuição: abundante noleste e no centro do Brasil, do MA a SC, GO e MT, também na Bolívia, Paraguai e norte daArgentina; Hábitat: vive na sombra da mata, jardins arborizados, frequentemente entra em

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casas, gosta da proximidade da água corrente; Reprodução: ninhos têm forma cônicaalongada, com um penduricalho mais ou menos longo (servindo de contrapeso),confeccionado com material macio, paina e detritos vegetais são acumulados em espessamassa, ficam suspensos à face interior das folhas de palmeiras, samambaias, etc., em raízesfinas pendentes sob barrancos sombreados; pode ocorrer superposição de 2 a 3 ninhos,

construídos provavelmente pela mesmafêmea que mantêm seu território durante anos; podem fazer até 5 posturas por ano; podeocorrer de 2 fêmeas alimentarem a mesma prole;

Nome Científico: Phaethornis ruber 

Nome popular: Besourinho-da-mataTamanho: 8,6cm; 1,8 a 2,2g;Características: o macho apresenta as partes inferiores ferrugíneas com uma estreitafaixa preta à altura do peito, a fêmea é de coloração mais pálida e não possui a faixapreta, as fêmeas possuem um bico mais curto e mais curvo; plumagem pouco vistosa,

verde restrito ao lado superior, lado inferior pardo, uropígio e partes inferioresferrugíneas vivas, peito com uma nódoa negra (macho); bico longo curvado para baixo;cauda curta, sem maior prolongamento das centrais, e sem ponta branca das retrizes;possuem os 3 dedos anteriores ligados; mandíbula amarela;Distribuição: presente da Amazônia para o sul até SP, encontrado também das Guianase Venezuela à Bolívia;Hábitat: habita o sub-bosque de florestas altas, no interior e nas bordas, capoeiras eáreas arbustivas;Dieta: alimenta-se de néctar e de pequenos insetos, às vezes furam o tubo da flor pelolado de fora (as mais fechadas), num ataque mais direto ao néctar, ou então seaproveitam de rasgos feitos pelas cambacicas (Coereba flaveola), abelhas e vespas;

Reprodução: os ninhos têm forma cônica alongada, com um penduricalho mais oumenos longo (servindo de contrapeso), utilizando paina macia, teias de aranha e detritosvegetais que são acumulados em espessa massa, ficam suspensos à face interior dasfolhas de palmeiras, samambaias, etc., em raízes finas pendentes sob barrancossombreados, localizado entre 1 e 3m de altura em folhas de palmeiras; pode ocorrersuperposição de 2 a 3 ninhos, construídos provavelmente pela mesma fêmea quemantêm seu território durante anos; põe 2 ovos brancos, incubado por cerca de 15 dias;os filhotes nascem com o bico curto e mole, como todos os beija-flores, e deixam oninho após 18 a 22 dias;Comportamento: voa baixo, com um zumbido agudo, semelhante ao de uma grandeabelha, vibração de asas de 48 a 51 batidas por segundo;

Nome Científico: Eupetomena macroura

Nome popular: Beija-flor-tesouraTamanho: 18cm;Características: cabeça e pescoço azuis, resto da plumagem verde-escuro brilhante;cauda longa e bifurcada, que toma quase 2/3 do tamanho total;Distribuição: presente em quase todo Brasil, exceto em algumas regiões extensamente

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florestadas da AM, encontrado também das Guianas à Bolívia e Paraguai;Hábitat: comum em capoeiras, cerrados, jardins com árvores e áreas abertas;Reprodução: ninho colocado abertamente sobre um ramo mais ou menos horizontal ouuma forquilha, no formato de uma tigela;Comportamento: um dos maiores e mais briguentos beija-flores. Costuma perseguir

outros beija-flores em vôo, expulsando-os de suas áreas favoritas, como árvores efloração;

Nome Científico: Chrysolampis mosquitus

Nome popular: Beija-flor-vermelhoTamanho: 9,2cm;Características: o macho tem a cabeça e a nuca vermelho-metálicas, garganta e peitolaranja-metálicas, barriga pardo-olivácea, a fêmea é bronze-esverdeada acima e branco-acinzentada nas partes inferiores; cabeça parece alongada horizontalmente devido àplumagem proeminente da fronte e do singular capuz nucal (“cabeça de cebola”); cauda de

cor castanha (luz transparente); extensamente vermelho-escuro; Distribuição: presente naAM e nas regiões Centro-Oeste e Nordeste, em direção sul até o PR, encontrado também daColômbia e Venezuela à Bolívia; Hábitat: habita florestas ralas, campos com árvores,bordas de florestas de galeria, cerrados e caatingas; Reprodução: faz um ninho pequeno,de paina, em formato de xícara, localizado em forquilhas entre 1 e 5m de altura, ninhocolocado abertamente sobre um ramo mais ou menos horizontal ou uma forquilha; põe 2ovos brancos; Comportamento: vive normalmente solitário, visitando flores a váriasalturas; migra e algumas épocas do ano;

Nome Científico: Chlorostilbon aureoventris Nome popular: Besourinho-de-bico-vermelho Tamanho: 8,5cm; Características: fêmea com marca pós-ocular branca,

brancacenta por baixo; colorido verde brilhante; reflexos azuis na cauda; bico vermelho deponta preta; Distribuição: leste do país; ocorre do MA ao RS e MT, também Uruguai,Paraguai e Bolívia; Hábitat: capoeiras abertas e jardins; Reprodução: ninho fixado sobreum colmo de capim, numa raiz fina, no formato de uma tigela, uma fêmea pode levar até 10dias fazendo o acabamento do ninho antes de pôr o primeiro ovo; pode ocorrersuperposição de 2 a 3 ninhos, construídos provavelmente pela mesma fêmea que mantêmseu território durante anos; Comportamento: vibração de asas de 30 batidas por segundo;

Nome Científico: Chlorostilbon mellisugus Nome popular: Besourinho-de-bico-pretoTamanho: 7,5cm; Características: colorido verde ou verde e azul; bico todo preto, fêmeacom ou sem extensa mancha pós-ocular branca; Distribuição: do norte do Amazonas até a

margem direita do rio Madeira, incluindo RO e MT, também no Peru e Colômbia; Hábitat:encontrado em florestas, jardins e campos arborizados; Reprodução: ninho fixado sobreum colmo de capim, numa raíz fina, no formato de uma tigela; pode ocorrer superposiçãode 2 a 3 ninhos, construídos provavelmente pela mesma fêmea que mantêm seu territóriodurante anos; Comportamento: pousa em galhos baixos;

Nome Científico: Amazilia fimbriata Nome popular: Beija-flor-de-garganta-verdeTamanho: 8,5 a 11cm; Características: o macho tem a garganta verde, que na fêmea é

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branca pontilhada de verde; verde, lado inferior com branco mais ou menos extenso;Distribuição: ocorrem 5 raças geográficas. Presente em todo o Brasil e também dasGuianas e Venezuela ao Paraguai;Hábitat: comum em capoeiras arbustivas, bordas de florestas de galeria, restingas eáreas cultivadas em que ainda existam árvores e arbustos;

Dieta: alimenta-se principalmente a pouca ou média altura, pousando com frequênciaem locais abertos;Reprodução: ninho colocado abertamente sobre um ramo mais ou menos horizontal ouuma forquilha, no formato de uma tigela, à altura média de 1m;Comportamento:;

ORDEM TROGONIFORME:

Família Trogonidae:Nome Científico: Trogon surrucura

Nome popular: Surucuá-de-barriga-vermelhaTamanho: 26cm;Características: os machos possuem uma larga tarja negra brilhante nas retrizescentrais, que falta na fêmea; cabeça e peito azuis, pálpebras amarelas (ou laranja emrepresentantes de barriga vermelha), costas verdes brilhantes, asas salpicadas de branco,lado inferior das retrizes externas com extenso desenho branco longitudinal e apical;fêmea e imaturo cinzentos com uma maculazinha pós e ante-ocular e vermiculados debranco na asa, a cauda com pouco desenho branco longitudinal;Distribuição: ocorrem 2 raças de colorido ventral distinto, uma de barriga laranja (T.

surrucura aurantius, da BA ao RJ e leste de MG) e outra de barriga vermelha (T.

surrucura surrucura, do RJ e MG ao RS, GO, sul do MT, Paraguai e nordeste da

Argentina);Hábitat: habita mata, cerradão, regiões montanhosas do Sudeste do Brasil no inverno;Reprodução: faz o ninho em grossos troncos de xaxim, em cupinzeiros arborícolasabandonados (roem um túnel ascendente que conduz a uma câmara incubadora centralem relação ao cupinzeiro) e também em velhos vespeiros e em árvores mortas emdecomposição; o sexo do filhote pode ser reconhecido pelo colorido da cauda;

ORDEM CORACIFORME:

Família Alcedinidae:Nome Científico: Ceryle torquata

Nome popular: Martim-pescador-grandeTamanho: 42cm; 300 a 350g;Características: o macho apresenta peito e barriga ferrugíneos, a fêmea possui o peitocinza-azulado com uma borda branca e barriga ferrugínea; apresenta porte avantajado eum bico de 8 cm; garganta branca;Distribuição: presente em todo Brasil e também no sul dos EUA, no México e em todaa América do Sul, até a Terra do Fogo;Hábitat: comum em beiras de rios, lagos, lagunas, manguezais e beira-mar;

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Dieta: alimenta-se de peixes e insetos;Reprodução: faz ninhos em buracos escavados em barrancos, às vezes formandocolônias de 4 a 5 pares (ou mais) pouco associados entre si; ambos os sexos revezam ochoco a cada 24 horas; os filhotes abandonam o ninho com 35 dias ou mais;Comportamento: passa a maior parte do tempo pousado sobre pedras e árvores mortas,

observando a água, ao avistar o peixe, mergulha diretamente em sua direção. Vivesolitário ou aos pares;

Nome Científico: Chloroceryle amazona Nome popular: Martim-pescador-verdeTamanho: 29,5cm; Características: partes superiores verde-metálicas aparecendofrequentemente como cinza-azulado; colar, partindo da base do bico, e partes inferioresbrancas (amareladas na fêmea); flancos estriados; macho apresenta uma faixa ferrugínea nopeito, a qual é verde na fêmea; Distribuição: presente em todo Brasil e também do Méxicoà Argentina; Hábitat: comum em beiras de rios, lagos, lagunas, manguezais e outroscorpos d’água, geralmente com margens ensolaradas; Dieta: alimenta-se de peixes;Reprodução: faz ninho no interior de buracos com cerca de 1,5 m de profundidade, em

barrancos às margens das águas; põe de 3 a 4 ovos; as fêmeas chocam à noite, enquanto ocasal divide a tarefa de dia; período de incubação de 22 dias; os filhotes abandonam o ninhocom 29-30 dias; Comportamento: pousa em galhos expostos ao sol (em alturas variáveisde 2 a 10m), onde passa a maior parte do tempo observando a água; raramente paira no arantes de mergulhar;

Nome Científico: Chloroceryle americana Nome popular: Martim-pescador-pequenoTamanho: 19cm; Características: partes superiores verdes bem escuras contrastando comuma faixa branca saliente e sedosa que liga a base do bico à nuca, onde é atravessada pelopenacho nucal; base das retrizes externas brancas; o macho tem as partes inferiores brancascom

o peito acastanhado, a qual é, respectivamente, amarelado e manchado de verdemetálica(mais larga nas laterais) na fêmea;

Distribuição: presente em todo Brasile

também dosEUA (Texas)

eMéxico à

Argentina;Hábitat: comum em

beiras de riose

lagoscom

vegetaçãoaquática,

lagunase

manguezais;Dieta: come peixes;

Reprodução: faz ninho em buracos escavados em barrancos de rios, com entrada do túnel

bem escondida pela vegetação pendente, em cupinzeiros terrícolas; põe de 3 a 5 ovos; asfêmeas chocam à noite, enquanto o casal divide a tarefa de dia;

ORDEM PICIFORME:

Família Galbulidae:Nome Científico: Galbula ruficauda

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Nome popular: Ariramba-de-cauda-castanhaTamanho: 22cm; 23g;Características: peito verde, garganta branca no macho e ruiva na fêmea; retrizeslaterais ruivas e centrais verdes; bico preto, com aspecto de um punhal, podendo serutilizado como tal;

Distribuição: presente da AM até o PR, encontrado também do México à Bolívia eArgentina;Hábitat: comum em bordas de florestas úmidas (e no interior, próximo a clareiras,capoeiras, margens de rios e brejos) e em matas ralas e secas;Dieta: alimenta-se de insetos como borboletas e abelhas;

Reprodução: faz ninho em buracos escavados e barrancos ou em cupinzeiros nas árvores;põe de 2 a 4 ovos pontilhados de marrom; período de incubação de 20 a 23 dias; os filhotesnascem cobertos de densa penugem esbranquiçada; Comportamento: vive normalmenteaos pares. Caçam a baixa altura na orla e dentro da mata, ao anoitecer;

Família Bucconidae: Nome Científico: Nystalus chacuru Nome popular: João-boboTamanho: 18cm; Características: “orelhas” e; bico volu moso e vermelho; bochechassalientes e colar branco puro, muito destacado, separados por uma área negra; partesinferiores sem desenho negro; imaturo com o ventre manchado de pardo-escuro, com aspartes superiores transversalmente fasciadas de amarelo, bico curto e anegrado;Distribuição: ocorre do alto rio Madeira, AM, MA, nordeste do Brasil e leste do Peru atéRS e também no Paraguai, Bolívia e Argentina; Hábitat: encontrado em ambientes abertos,campos semeados de árvores, cerrado, campos de cultura;

Família Picidae: Nome Científico: Picumnus cirratus Nome popular: Pica-pau-baradoTamanho: 10cm; 11,5g; Características: o macho apresenta vértice e testa escarnados, o

alto da cabeça vermelho, o qual é preto com pintas brancas na fêmea; as penas da nucaformam frequentemente uma pequena crista, partes superiores uniformemente pardas,partes inferiores densamente barradas, desenho preto e branco da cauda, do vértice e danuca; estão entre os mais energéticos batedores e têm pés relativamente gigantescos;imaturos de cabeça parda uniforme; Distribuição: presente localmente na AM brasileira,na região do baixo Rio Amazonas até o MA, e ainda no leste e sul do País até o RS,encontrado também das Guianas à Bolívia, Paraguai e Argentina; Hábitat: comum nointerior e bordas de florestas altas e capoeiras, à altura do subbosque; Dieta: alimenta-seprincipalmente de larvas e pupas de formigas, perfurando popas de imbaúba para retirartambém pequenas formigas adultas;; Comportamento: vive geralmente solitário,acompanhando bandos mistos de aves com frequência;

Nome Científico: Colaptes campestris Nome popular: Pica-pau-do-campo Tamanho: 32cm; Características: o macho, em geral, apresenta uma estreita faixa vermelha naslaterais da cabeça, próximo à parte inferior do bico (faixa malar); espécie grande, terrícola,inconfundível pelo formato e colorido; lados da cabeça e pescoço amarelos com o peitoanterior, sendo este tom mais vivo no macho; manto e barriga barrados, baixo dorso branco;a cor amarela das raques das rêmiges torna-se mais intensa quando muda para a plumagemadulta; partes inferiores frequentemente encardidas por cinzas e substâncias glutinosas de

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gramíneas; Distribuição: presente em regiões campestres do PA (Monte Alegre), AP, e daregião Nordeste até o RS, encontrado também no Suriname, Uruguai, Paraguai, Bolívia eArgentina; Hábitat: comum nos cerrados, caatingas, campos e pastagens, habita também oalto das serras do Sudeste brasileiro, acima da linha das florestas; Dieta: alimenta-seespecialmente de formigas e cupins, conseguidos principalmente no solo, entre pedras;

Reprodução: elabora seu ninho em cupinzeiros terrícolas ou arborícolas, mas nunca emtronco de árvores; Comportamento: vive solitário ou em pequenos bandos;

Nome Científico: Colaptes melanochloros Nome popular: Pica-pau-carijó Tamanho:26cm; Características: o macho possui uma estreita faixa vermelha nas laterais da cabeça,próximo à parte inferior do bico (estria malar); espécie relativamente grande, verde de ladosda cabeça brancos, com vermelho na nuca; partes superiores barradas, partes inferiores comnódoas codiformes, raques das penas amarelas; Distribuição: no Brasil ocorrem 2 raçasgeográficas. Presente desde a foz do rio Amazonas (Ilha de Marajó) até o Nordeste, emdireção sul até o RS e para oeste até o MT, encontrado também no Paraguai, Argentina eUruguai; Hábitat: comum em cerrados, caatingas, campos com árvores e na borda de

florestas de terra firme e florestas de galeria; Dieta: alimenta-se suspenso sob os ramos,desce até os arbustos e o solo para se alimentar de formigas; Comportamento: costumapermanecer no penacho das palmeiras e em galhos;

Nome Científico: Dryocopus lineatus Nome popular: Pica-pau-de-topete-vermelhoTamanho: 33cm; Características: o macho apresenta a região anterior da cabeça e umafaixa próxima ao bico de cor vermelha; a fêmea possui a região anterior da cabeça preta enão tem a faixa vermelha; uma linha branca liga o bico aos lados do peito, gargantamanchada, barriga barrada; Distribuição: presente em todo Brasil e também do México àBolívia, Paraguai e Argentina; Hábitat: habita o interior e as bordas de florestas altas,capoeiras, cerrados, campos e plantações com árvores esparsas; Dieta: insetívoro;

Reprodução: faz ninho escavando buraco em árvores mortas à alturas variáveis entre 2 e30m ou mais; Comportamento: vive solitário ou aos pares, arrancando a casca e“martelando” troncos e galhos maiores em busca de insetos, tanto em árvores vivas comomortas;

ORDEM PASSERIFORME:

Família Formicariidae: Nome Científico: Thamnophilus doliatus Nome popular: Choca-barrada Tamanho: 16cm;Características: macho preto amplamente barrado de branco (amarelo no imaturo), írisamarela; fêmea pardo-ferrugínea quase uniforme com as partes inferiores mais claras elados da cabeça estriados de pardo-anegrado; topete eriçável;Distribuição: ocorre do México à Bolívia, norte da Argentina e Brasil até SP;Hábitat: vive em vários ambientes mais ou menos abertos, habita a capoeira rala bemensolarada, mata de várzea, caatinga, etc.;Reprodução: o ninho tem a forma de um cestinho aberto, confeccionado de fibras,hastes, musgos, etc., suspenso em uma forquilha horizontal; os filhotes abandonam oninho entre 12 e 13 dias;

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Nome Científico: Thamnophilus murinus

Nome popular: Choca-murinaTamanho: 13cm;

Características: macho oliváceo por cima, pequenas marcas brancas nas asas; fêmeacoroa e asa castanhas;Distribuição: encontrado do norte do Solimões e Amazonas, incluindo as florestas emsolo de areia da região do rio Negro;Hábitat: comum em florestas e campos com árvores;Reprodução: o ninho tem a forma de um cestinho aberto, confeccionado de fibras,hastes, musgos, etc., suspenso em uma forquilha horizontal;

Nome Científico: Pyriglena atra

Nome popular: Olho-de-fogo-rendado

Tamanho: 17cm;Características: macho com mancha interescapular branca sempre visível (penasbrancas com uma mancha elíptica negra); fêmea com área branca interescapular;Distribuição: ocorre localmente ao norte do rio Paraguaçu, BA;Hábitat: comum em matas;Reprodução: faz ninho em forma de uma bolsa grande e fechada (de cerca de 10cm dediâmetro) de folhas secas e raízes, assentada no solo ou a pouca altura com entradalátero-superior;Categoria: espécie ameaçada – em perigo;

Família Furnariidae:Nome Científico: Pseudoseirura cristata

Nome popular: Casaca-de-couroTamanho: 23cm;Características: topete alto e colorido inteiramente ferrugíneo-claro com a ponta maisescura; olhos amarelos;Distribuição: presente em 2 regiões distintas: 1) MA, PB, PE, BA e direção sul atéMG; 2) no MT e MS, encontrado também no Paraguai e Bolívia;Hábitat: habita a caatinga seca e paisagens áridas, e florestas de galeria,frequentemente em áreas pantanosas;Reprodução: faz um grande ninho de gravetos junto ao tronco;

Comportamento: vive principalmente no alto de árvores, indo eventualmente ao solopara se alimentar; casal canta em dueto;

Família Dendrocolaptidae:Nome Científico: Xiphocolaptes falcirostris

Nome popular: Subideira-de-bigode

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Tamanho: 29cm;Características: plumagem pálida, nítida faixa supra-ocular amarela, ventredesprovido, ou quase, de barras negras; bico pardo-claro e delgado;Distribuição: ocorre do MA à PR e BA;Hábitat: habita a floresta e mata ribeirinha;

Categoria: espécie ameaçada–

vulnerável;

Nome Científico: Lepidocolaptes angustirostris

Nome popular: Arapaçu-brancoTamanho: 20cm;Características: branco muito vivo na faixa supra-ocular e das partes inferiores;Distribuição: ocorre de Marajó ao resto do Brasil extra-amazônico, Uruguai,Argentina, Paraguai e Bolívia e também nas savanas do Suriname meridional;Hábitat: encontrado no cerrado, caatinga e campos arborizados;Comportamento: sobe as árvores em espiral; associam-se, após a quadra reprodutiva, a

bandos mistos;

Família Tyrannidae:Nome Científico: Capsiempis flaveola

Nome popular: Maria-amarelinhaTamanho: 11cm;Características: esguio, de cauda relativamente longa; extensa faixa superciliar e 2faixas na asa amarelo intenso;Distribuição: comum em todo Brasil até o RS, também da Nicarágua à Bolívia eParaguai;

Hábitat: encontrado em beira de mata, cafezal e restingas;

Nome Científico: Hemitriccus (Idioptilon) striacollis

Nome popular: Sebinho-papo-estriadoTamanho: 10cm;Características: barriga amarelo-intenso, garganta e peito rajados; olho claro,geralmente, tem área loral e anel ocular brancos;Distribuição: encontrado na Amazônia, do Peru a MT, GO e Nordeste;Hábitat: comum em vegetação ribeirinha, taboca, tanto no alto como em baixo,manguezal;

Reprodução: ninhos fechados em forma de uma bolsa suspensa, com entrada lateral,protegida por alpendre;

Nome Científico: Arundinicola leucocephala

Nome popular: ViuvinhaTamanho: 12,5cm;Características: o macho é quase todo preto, com apenas a cabeça e a garganta

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brancas, a fêmea tem partes superiores marrom-acinzentadas, as inferioresesbranquiçadas e apenas a testa branca, base da mandíbula amarelada; geralmentesilenciosa; 1 ou mais primárias são profundamente transformadas de modo diverso,seguramente trata-se de penas sonoras, o fenômeno é geralmente privilégio do macho;Distribuição: presente em quase todo o Brasil, excetuando-se a região nordeste da

Amazônia, encontrada também nos demais países da América do Sul, das Guianas eColômbia à Bolívia, até o Paraguai e Argentina, com exceção do Chile;Hábitat: comum em áreas pantanosas, margens de rios e ilhas fluviais;

Dieta: insetívoro;Reprodução: faz ninho em forma de bola, com entrada ao lado, postos solidamente naramagem sobre a água, nos pântanos, pondo de 2 a 4 ovos branco-amarelados;Comportamento: permanece a maior parte do tempo pousada no alto da vegetação ouem troncos e ramos baixos sobre a água, não se locomove no solo;

Nome Científico: Machetornis rixosusNome popular: Bem-te-vi-carrapateiroTamanho: 18,5cm;Características: pardo-escuro por cima, cabeça cinza; cauda com estreita pontaamarelada;Distribuição: ocorre da Venezuela à Bolívia, Argentina e Uruguai, Brasil merídiooriental ecentral;Hábitat: comum em pastos, campos de cultura, paisagens abertas e parques;Dieta: insetívoro, pousa sobre reses e também corre ao redor da boca do gado parapegar insetos espantados por estes animais;Reprodução: nidificam em buracos ou cavidades, fazem um verdadeiro ninho, com

muito material, dentro do buraco, ás vezes ocupa ninhos de outros pássaros;Comportamento: terrestre, anda no solo;

Nome Científico: Myiarchus ferox 

Nome popular: Maria-cavaleiraTamanho: 19,5cm;Características: geralmente com bico negro; coroa escura; marcas cinza-claro nas asas;Distribuição: presente em quase todo Brasil, excetuando-se o estado de SC, encontradatambém nos demais países da América do Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum em bordas de florestas, capoeiras, florestas de galeria, vegetação nas

margens de rios e lagos, árvores em plantações e clareiras com árvores e arbustosesparsos;Dieta: alimenta-se de insetos capturados na folhagem, e vôo e também no chão, ficam àespreita junto aos olheiros de saúva para devorar as içás que saem para fundar novosninhos; a existência de grandes teias de aranha dentro da mata propicia rica captura deinsetos e leva a defesa de tais locais contra outros interessados;Reprodução: faz ninho em buracos, usualmente forrando-o com restos de pele decobras; põe 2 ovos branco-amarelados com uma faixa de pontos avermelhados em uma

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das extremidades;Comportamento: vive solitária ou aos pares;

Nome Científico: Philohydor lictor 

Nome popular: Bem-te-vizinhoTamanho: 17cm;Características: bico bem comprido e fino, crista amarelo-enxofre, bordas das rêmigesexternas ferrugíneas;Distribuição: presente em grande parte do Brasil, em 2 regiões separadas: 1) em toda aAmazônia (até o MA) e no PI, e em direção sul até o MT e GO, 2) acompanhando acosta, do PE ao RJ, encontrado também no Panamá e nos demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia;Hábitat: é comum em áreas arbustivas nas margens de poças, rios e de lagoas;Reprodução: faz ninho em formato de xícara aberta, em troncos e arbustos baixos,sobre a água; põe 2 ou 3 ovos branco-amarelados pontilhados de violeta;

Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos familiares;

Nome Científico: Pitangus sulphuratus

Nome popular: Bem-te-vi-verdadeiroTamanho: 20,5 a 23,5cm;Características: bico longo e forte, grande sobrancelha branca;Distribuição: presente em todo Brasil e também desde o sul dos EUA a toda a Américado Sul;Hábitat: comum em uma série de ambientes abertos, como cidades, árvores a beira

d’

água, plantações e pastagens, em regiões densamente florestadas habita margens epraias de rios;Dieta: alimenta-se de grande variedade de itens, predominantemente de insetos e frutos,incluindo até mesmo peixes, preda ninhos, gosta de pescar em rios, lagos, piscinas etanques de piscicultores, vasculha as pedras na área de arrebentação no mar para tirarpequenos crustáceos, apanha pererecas, cata insetos noturnos que repousam de dia;Reprodução: faz ninho grande e esférico, do tamanho de uma bola de futebol, usandocomo material, gramíneas, capim seco, paina, etc., com entrada lateral, frequentementeroubam material de outro, localizado numa forquilha em lugares abertos como árvoresde pouca folhagem, a câmara localizada no centro, tem larga entrada, protegida por umalpendre pouco saliente, o teto do ninho é o último a ser construído, já foram

encontrados ninhos em formato de xícara aberta; põe de 2 a 4 ovos de cor creme compoucas marcas marrom-avermelhadas; a incubação é feita pela fêmea sozinha e leva de14 a 15 dias; os filhotes abandonam o ninho após 25 a 26 dias;Comportamento: agressivo e barulhento;

Nome Científico: Megarynchus pitangua

Nome popular: Bem-te-vi-de-bico-chato

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Tamanho: 23cm;Características: bico largo e tarso muito curto;Distribuição: presente em todo Brasil e também do México ao norte da Argentina (nadivisa com Paraguai e Uruguai), não é encontrado, no Chile;Hábitat: comum na copa de árvores em áreas de vegetação semi-aberta, bordas de

florestas e capoeiras, florestas de várzea e margens de rios e lagos;Dieta: faz ninho em formato de xícara aberta e rasa, localizado entre 6 e 30m de altura;põe de 2 a 3 ovos esbranquiçados com manchas marrons e lilás;Reprodução: alimenta-se de grande variedade de insetos e outros invertebrados, nãodispensando, porém, frutos e pequenos vertebrados;Comportamento: vive solitário ou aos pares;

Nome Científico: Myiozetetes cayanensis

Nome popular: MosqueteiroTamanho: 17cm;

Características: píleo com faixa amarela ou alaranjada, bordas das rêmiges nitidamentecor-de-ferrugem; lados bem anegrados da cabeça;Distribuição: presente ao norte do AM, do AP ao rio Negro e do PA, MA e PI até oMS, GO, MG e RJ, encontrado também no Panamá e demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia;Hábitat: comum em clareiras, áreas semi-abertas e bordas de florestas, frequentementepróximo à água;

Dieta: alimenta-se de insetos, em vôos curtos ou na folhagem, juntando-se também emárvores ou arbustos para comer frutos, preda ninhos, gosta de pescar em rios, lagos,piscinas e tanques de piscicultores, vasculha as pedras na área de arrebentação no mar

para tirar pequenos crustáceos, apanha pererecas, cata insetos noturnos que repousam dedia;Reprodução: faz ninho esférico, de gramíneas secas, com entrada lateral, fixado àponta de galhos; a incubação é feita pela fêmea sozinha e leva 14 dias;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos familiares;

Nome Científico: Myiozetetes similis

Nome popular: Mosqueteiro-de-topeteTamanho: 17,5cm;Características: píleo vermelho; pouco ferrugíneo na asa, exceto jovens; sem bordas

avermelhadas nas asas e retrizes;Distribuição: presente em todo Brasil até SC e RS, encontrado também do México àBolívia e Argentina;Hábitat: comum em beira de matas secundária, áreas arborizadas, parques, quintais,independente da água;

Família Hirundinidae:

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Nome Científico: Tachycineta albiventer 

Nome popular: Andorinha-do-rioTamanho: 13,5cm;Características: marcas brancas na asa; imaturo pardo com cinta branca; uropígio,largas bordas das rêmiges internas (e coberteiras superiores correspondentes) e base da

borba interna da retriz externa brancas;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrada em quase todos os países da Américado Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum ao redor de grandes rios e lagos; vive geralmente aos pares ou empequenos grupos, empoleirando-se em galhos logo acima da água;Dieta: alimentam-se de insetos;Reprodução: faz ninho sobre a água, em buracos de árvores mortas e fendas em rochas;põe 4 ovos brancos; por cima, verde a verde-azulado;

Nome Científico: Phaeoprogne tapera

Nome popular: Andorinha-do-campoTamanho: 17,5cm;Características: cor de fuligem, garganta, abdômen e coberteiras inferiores da caudabrancos; sem penas azuis;Distribuição: encontrada em todo Brasil, encontrado também da Argentina, Uruguai,Paraguai e Bolívia;Hábitat: comum em áreas abertas;Dieta: alimentam-se de insetos;Reprodução: ocupa regularmente os ninhos do joão-de-barro, nos quais prepara umatijela macia, utilizando esterco e também num cupinzeiro arbóreo oco;

Nome Científico: Notiochelidon cyanoleucaNome popular: Andorinha-azul Tamanho: 12cm; 12g;Características: azul-escuro e branca, crisso escuro; sem branco no uropígio; imaturopardo por cima, peito amarelado;Distribuição: presente em todo Brasil, aparecendo em menor número na Amazônia,encontrada também da Costa Rica às Guianas e em praticamente toda América do Sul;Hábitat: comum em áreas abertas e semi-abertas, regiões agrícolas;Dieta: alimentam-se de insetos;Reprodução: faz ninhos em pares separados ou em grupos, nos beirais de construçõesou em outros buracos de casas, fendas de penhascos e cortes de estrada; põe de 2 a 4

ovos brancos;Comportamento: vive em grandes bandos;

Família Troglodytidae:Nome Científico: Donacobius atricapillus

Nome popular: JapacanimTamanho: 23cm; 43g;

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Características: asas curtas, redondas, cauda bastante longa e graduada; negro eamarelo, asas e cauda com sinais brancos nas pontas das retrizes; uma área de pele nuaengrossada, amarela, ao lado do pescoço, rugosa quando a ave está quieta, infladaquando canta; imaturo com uma faixa pós-ocular esbranquiçada, íris parda em vez deamarela, e sem a nódoa amarela do pescoço;

Distribuição: presente em todas as regiões do Brasil, ao sul até o MT e PR, encontradotambém no Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção doChile e Uruguai;Hábitat: comum em áreas com gramíneas e outras vegetações pantanosas nas bordas delagos e rios lentos ou pastos úmidos, tabuais e juncais, particularmente associado àvegetação flutuante;Dieta: alimenta-se principalmente de insetos e pequenas aranhas;Reprodução: faz ninho na forma de um cesto profundo, envolvido em teias de aranha,preso ao capim alto ou outras plantas, no brejo ou nas suas margens; põe ovos cor-de-ferrugem-clara; os filhotes têm a boca vermelha e na língua há 3 manchas negras (noadulto a boca é toda negra);

Comportamento: macho e fêmea cantam em dueto;

Família Muscicapidae:Nome Científico: Turdus leucomelas

Nome popular: Sabiá-brancoTamanho: 22cm;Características: cabeça cinzenta-olivácea, “orelhas” rajadas, ferrugíneo na asa,coberteiras inferiores das asas cor de cor ferrugínea intensa, garganta esbranquiçadacom estrias pardacentas; coberteiras inferiores da cauda branca com centrospardacentos; bico anegrado;

Distribuição: ocorre no Brasil meridional e central até a foz do rio Tapajós e ao nortedo baixo Amazonas, também no ES, BA, MG e RJ e das Guianas e Venezuela à Bolívia,Argentina e Paraguai;Hábitat: comum na beira da mata, parques, mata de galeria, coqueirais, cafezais, emflorestas e capoeiras;Reprodução: faz ninho sobre um toco de bananeira ou palmeira, a fêmea constróisozinha; pardacento-claro;Comportamento: espécie semi-florestal;

Família Mimidae: Nome Científico: Mimus gilvus Nome popular: Sabiá-da-praiaTamanho: 26cm; Características: asas com orlas brancas; caudas longa e graduada; lado

superior cinzaclaro (em vez de pardo), fronte, sobrancelhas e lado inferior branco puro,flancos rajados de negro; em plumagem velha o dorso torna-se pardacento e as pontasbrancas das retrizes estão raspadas; íris vermelha; imaturo cinzento; Distribuição: ocorredo México às Guianas e ao litoral brasileiro até RJ; Hábitat: vivem restritas ao litoralarenoso e salino de vegetação esparsa (restinga) e no campo;

Nome Científico: Mimus saturninus

Nome popular: Sabiá-do-campo

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Tamanho: 26cm; 73g;Características: lado superior pardo-escuro, sobrancelha branca, longa faixa pós-ocularanegrada; asas e cauda negro-pardacentas, coberteiras superiores da asa com barrasbrancas, cauda com ponta branca; lado inferior branco, frequentemente amarelado ouarroxeado pela terra, peito acinzentado, flancos rajados; íris às vezes amarela;

Distribuição: presente nas regiões campestres do baixo rio Amazonas e do AP, e MAatravés das regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sudeste e Sul até o RS, encontrado tambémno Suriname, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina;Hábitat: comum em qualquer paisagem aberta e semi-aberta com árvores ou arbustos,fazendas, ao redor de habitações, caatingas, montanhas, buritizais;Dieta: alimenta-se principalmente de insetos e frutos, mas também de aranhas e maisraramente de minhocas, néctar e flores, as sementes ingeridas são eliminadas intactasatravés das fezes ou por regurgitação, o que o torna um agente dispersor das mesmas,ocasionalmente alimenta-se também de ovos de outros pássaros, atacando os ninhos;Reprodução faz ninho na forma de uma tigela rasa e grosseira, localizada na copa dasárvores, gosta de construir sobre um ninho velho, inclusive de outra ave; põe ovos

esverdeados com manchas cor-de-ferrugem; período de incubação de 12 dias, os filhotesabandonam o ninho com 15 dias; o interior da boca dos filhotes é amarelo-laranja:Comportamento: vive em pequenos grupos;

Família Vireonidae:Nome Científico: Cyclarhis gujanensis

Nome popular: PitiguariTamanho: 16cm; 28g;Características: cabeça grande; bico adunco, alto e pesado, comprimido lateralmente;asas curtas, plumagem fofa, fronte e sobrancelhas marrom-ferrugíneas ou castanhas,

bem destacadas dos lados cinzentos da cabeça; peito verde-amarelado intenso, írisamarela, laranja ou vermelha;Distribuição: presente em todo Brasil e também do México ao Panamá e em todos osdemais países da América do Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum em uma série de hábitats semi-abertos, como bordas de florestas,capoeiras, capões na caatinga, cerrados, parques, quintais bem arborizados e tambémem montanhas;Reprodução: faz ninho de gramíneas, em formato de xícara, no alto; põe de 2 a 3 ovosbranco-rosados com pintas e manchas marrons;

Comportamento: fica escondido na densa folhagem em altura média ou na copa; mais

numeroso em regiões áridas, vive aos pares e costuma acompanhar bandos mistos.Silvícola;

Família Emberezidae:Nome Científico: Geothlypis aequinoctialis

Nome popular: Pia-cobraTamanho: 13,5cm, 11g;

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Características: o macho apresenta o alto da cabeça cinza com uma máscara preta àaltura dos alhos, píleo cinzento; a fêmea não possui a máscara preta, apresentando oslados da cabeça oliváceos e o alto menos cinzento; o macho apresenta coloridoextremamente variado, enquanto as fêmeas e imaturos têm cores modestas e indefinidas;cauda longa e larga;

Distribuição: presente no Brasil e 2 regiões separadas: 1) tanto ao norte do rioAmazonas, do rio Negro para leste até o AP, quanto ao sul, do baixo rio Madeira, paraleste até o MA, 2) do sul do PI e BA para oeste até o TO e em direção sul até o RS,encontrado também da Costa Rica e Panamá à quase totalidade dos países da Américado Sul, com exceção do Chile;Hábitat: comum em brejos com arbustos, buritizais, na vegetação à beira de rios,florestas alagadas de galeria, em restingas secas e pastos;Dieta: alimenta-se de insetos;Reprodução: faz ninho em forma de tigela aberta, funda, bem trabalhada, em moitas decapim, sobretudo no brejo; põe 2 ovos esbranquiçados com manchas violetas evermelhas;

Comportamento: espécie paludícola. Vive escondido em moitas de vegetação;

Nome Científico: Coereba flaveola Nome popular: Cambacica Tamanho: 11cm; 10g;Características: sexos semelhantes, o macho é maior; sobrancelha branca; bico de sovela,curvo e extremamente agudo, capaz de furar as flores; garganta cinzenta e barriga amarelo-limão; o imaturo quase não tem sobrancelhas e seu lado inferior é cinzento; Distribuição:evoluíram várias raças geográficas; presente em quase todas as regiões do País pode estarausente de regiões extensivamente florestadas, como no oeste e centro da Amazônia,encontrada também do México ao Panamá e em todos os países da América do Sul, comexceção do Chile; Hábitat: comum em uma grande variedade de hábitats abertos e semi-

abertos onde existam flores, inclusive em quintais, em todos os tipos de mata secundária;Dieta: alimenta-se de néctar e frutas – antófila/nectarívora; Reprodução: faz ninhoesférico que pode ser de 2 tipos, segundo sua finalidade: 1) construído pelo casal parareprodução, o qual é relativamente alto e bem acabado, de acesso pequeno e dirigido parabaixo, coberto por longo alpendre que veda a entrada e leva de 6 a 8 dias para ficar pronto,2) construído para descanso e pernoite, o qual é menor, de construção frouxa e com entradalarga e baixa; põe de 2 a 3 ovos brancoamarelados, com pintas marrom-avermelhadas; aincubação é feita exclusivamente pela fêmea e leva de 12 a 13 dias; o interior da boca dosninhegos é vermelho; o macho ajuda na alimentação dos filhotes, que regurgita a ração; osfilhotes abandonam o ninho com 17 a 19 dias;Comportamento: vive solitária ou aos pares e é bastante ativa. Devido ao contato

frequente com o néctar, tomam banho muitas vezes; bebe água nas imbricações defolhas; limpa o bico passando-o de lado num galho; usa ocasionalmente formigas parapassar nas penas – formicar. Briguentas. Polinizadoras;

Nome Científico: Tachyphonus rufus

Nome popular: Tiê-pretoTamanho: 18cm;

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Características: o macho tem uma plumagem negra sedosa uniforme exceto pelasdragonas e coberteiras inferiores da asa e axilares brancas; a fêmea e o imaturo sãopardo-ferrugíneos uniformes mais claros nas partes inferiores;Distribuição: presente no estado do AP e do rio Tapajós ao MA, em todo o Nordeste e,em direção sul, até o MS, MG e SP, encontrado também na Costa Rica, Panamá,

Colômbia, Venezuela, Guianas e Peru;Hábitat: comum em clareiras, bordas arbustivas de florestas e outros locais comvegetação arbórea, principalmente em áreas úmidas e próximas à água;Dieta: alimenta-se de frutinhas ou insetos pousados;Reprodução: faz um ninho grosseiro, em formato de xícara, localizado em arbustosbaixos; põe 2 ovos cor-de-ferrugem-clara com pintas marrons;Comportamento: vive à altura média e baixa; vive quase sempre aos pares, nos estratosbaixo e médio da vegetação, raramente juntando-se a bandos mistos; às vezes vaitambém ao solo;

Nome Científico: Sericossypha loricataNome popular: Tiê-de-peito-pretoTamanho: 23cm; 72,5g (macho);Características: preto-brilhante, macho com garganta e papo escarlate (ausente noimaturo); bico grosso e curvo, com a cauda relativamente curta; bases das penas dorsaise do flanco brancas; fêmea preta uniforme, faltando-lhe também as partes brancas;macho novo sem placa escarlate, mas já se reproduzindo nesta plumagem;Distribuição: endemismo interessante do Nordeste do Brasil, do MA a AL, BA, MG eGO;Hábitat: comum em árvores à beira de cursos d’água e matas;Reprodução: escondem seu ninho num penacho de coqueiros ou em buracos de

árvores, utiliza também ocos feitos por pica-paus ou ocupa o montão de galhos decasaca-de-couro, Pseudoseisura cristata;

Nome Científico: Ramphocelus bresilius

Nome popular: Tiê-sangueTamanho: 19cm; 31g (macho);Características: o macho é vermelho intenso com asas e cauda pretas, apresentandouma mancha branca na parte inferior do bico e sua plumagem só é adquirida no segundoano de vida; a fêmea é marrom-cinzenta nas partes superiores e marrom-avermelhadanas inferiores; macho imaturo semelhante à fêmea na plumagem, mas de bico

totalmente negro e não pardo como ela;Distribuição: encontrado exclusivamente no Brasil oriental, da PB a SC;Hábitat: comum em capoeiras baixas, bordas de florestas, restingas e plantações;Dieta: frutívora e disseminadora de semente;

Reprodução: a fêmea trabalha sozinha na construção do ninho; põe ovos verdeazuladoslustrosos, com pintas pretas; os filhotes são alimentados pelos pais que trazema ração no bico;

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Comportamento: vive mais aos pares do que em pequenos grupos;

Nome Científico: Thraupis sayaca

Nome popular: Sanhaço-do-mamoeiro

Tamanho: 17,5cm; 42g (macho);Características: cinzento, ligeiramente azulado com as partes inferiores um pouco maisclaras; dragonas, bordas das rêmiges e retrizes azuis esverdeadas pouco destacadas;Distribuição: Brasil oriental e central, do MA ao RS, GO e MT, e também na Bolívia,Paraguai, Argentina, Uruguai, Venezuela e Colômbia;Hábitat: comum em ambientes mais ou menos abertos com árvores, em campos;Reprodução: o ninho é geralmente um cesto aberto e bem elaborado colocado naramagem a várias alturas; o macho e a fêmea trabalham juntos na construção do ninho;ovos fortemente mosqueados que mal deixam ver o campo branco-amarelado; osfilhotes são alimentados pelos pais que trazem a ração no bico;

Nome Científico: Thraupis palmarum

Nome popular: Sanhaço-do-coqueiroTamanho: 18cm;Características: esverdeado, dorso sepiáceo, área amarela na asa;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrado também de Honduras ao Panamá eem grande parte da América do Sul, incluindo todos os demais países amazônicos – Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia – e o Paraguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas, capoeiras arbóreas,bosques, jardins, áreas povoadas ou regiões agrícolas, especialmente onde palmeirassejam numerosas;

Dieta: alimenta-se de frutos e insetos, apresenta preferência por palmeiras de váriasespécies, alimentando-se de insetos na base de suas folhas;Reprodução: faz ninho em formato de tigela, escondem-no num penacho de coqueirosou em buracos de árvores, às vezes constroem entre grandes bromeliáceas epífitas; omacho e a fêmea trabalham juntos na construção do ninho; põe 2 ovos; os filhotes sãoalimentados pelos pais que trazem a ração no bico;Comportamento: vive em grupos de cerca de 6 indivíduos, tanto em áreas úmidascomo secas;

Nome Científico: Euphonia chorotica

Nome popular: ViviTamanho: 9,5cm; 8g (macho);Características: o macho tem o alto da cabeça e garganta roxos, testa e píleo amarelos,demais partes superiores azul-metálico e inferiores amarelas; tem nódoas brancas nas 2retrizes mais externas de cada lado; bico fino; a fêmea apresenta as partes superioresoliváceas e inferiores branco-acinzentadas, fronte amarelada e ventre frequentementebranquicento; moela degenerada, apenas um tubo largo e curto de paredes elásticas – “não tem intestino” – a comida passa do esôfago ao intestino delgado;

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Distribuição: presente em quase todo Brasil, na AM principalmente ao longo do rioAmazonas, no AP e no sul do PA, encontrado também nas Guianas, Venezuela,Colômbia, Peru, Bolívia, Argentina e Paraguai;

Hábitat: comum em bordas de florestas e clareiras adjacentes, florestas de galeria,

caatingas e campos com árvores, mata baixa e rala, cerrado, cocais e mata serrana;Dieta: alimentam-se de frutinhas ou insetos pousados;Reprodução: ninhos esféricos, com entrada lateral, são postos em lugares abrigadoscomo no meio do penacho de um coqueiro, entre gravatás, epífitas ou na massatrançada, às vezes também ocupam ninhos de outros pássaros; o macho e a fêmeatrabalham juntos na construção do ninho; ovos brancos com pontinhos ferrugíneos; osfilhotes são alimentados pelos pais que regurgitam a ração sob a forma de papa;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos e, às vezes, participa debandos mistos de aves;

Nome Científico: Euphonia violaceaNome popular: Gaturamo-verdadeiroTamanho: 12cm; 15g (macho);Características: o macho tem as partes superiores azul-metálicas, uma mancha amarelana testa e as partes inferiores amarelas, as 2 retrizes mais externas de cada lado comgrande nódoa branca; vexilo interno das secundárias com branco; a fêmea apresenta aspartes superiores verde-oliváceas e as inferiores amarelo-oliváceas; moela degenerada,apenas um tubo largo e curto de paredes elásticas – “não tem intestino” – a comidapassa do esôfago ao intestino delgado;Distribuição: presente na AM brasileira, a leste dos rios Negro e Madeira, no Nordeste(excetuando-se a área da caatinga), e em direção sul até o RS, encontrado também nas

Guianas, Venezuela, Argentina e Paraguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, florestas de galeria, fruteiras em plantações,clareiras e jardins, evitando áreas abertas mais áridas;Dieta: alimenta-se de pequenos frutos, são capazes de pairar no ar para apanhar umafrutinha ou inseto pousado;Reprodução: seus ninhos esféricos, com entrada lateral, são postos em lugaresabrigados como no meio do penacho de um coqueiro, entre gravatás epífitas ou namassa trançada, às vezes também ocupam ninhos de outros pássaros; o macho e a fêmeatrabalham juntos na construção do ninho; ovos brancos com pontinhos ferrugíneos; osfilhotes são alimentados pelos pais que regurgitam a ração sob a forma de papa;Comportamento: vive aos pares ou em pequenos grupos e se junta com frequência a

bandos mistos de aves. O macho costuma imitar as vocalizações de uma grandevariedade de espécies;

Nome Científico: Tangara cayana

Nome popular: Saíra-amarelaTamanho: 14cm;Características: fêmea mais pálida e sem qualquer preto; predomina a cor amarelo-

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prateado, “máscara” negra, centro das partes inferiores preto, asas e cauda azuis;Distribuição: ocorre das Guianas e Venezuela à Amazônia, Brasil central e Nordesteaté o PR e Paraguai;Hábitat: comum em áreas semi-abertas, capoeira, cerrado, quintais;Reprodução: os filhotes são alimentados pelos pais que trazem a ração no bico;

Nome Científico: Dacnis cayana

Nome popular: Saí-azul Tamanho: 13cm; 16g;Características: bico curto e pontudo; o macho é azul-turquesa com a garganta, costas,asas e cauda pretas e pernas rosa; a fêmea é verde-brilhante com cabeça azulada epernas laranja, garganta cinzenta;Distribuição: presente em todo Brasil, encontrado também de Honduras ao Panamá eem quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, capoeiras arbóreas, campos com árvoresesparsas, florestas secas e de galeria;

Dieta: procura insetos ativamente na folhagem ou alimentando-se de frutos em árvorese arbustos, também se alimenta do néctar de flores;Reprodução: faz ninho na forma de uma xícara profunda, suspenso em forquilhas,entre 6 e 15m de altura; põe 2 ovos esbranquiçados com manchas escuras;Comportamento: vive normalmente aos pares ou em pequenos grupos, acompanhabandos mistos com regularidade;

Nome Científico: Sporophila lineola

Nome popular: BigodinhoTamanho: 11cm;

Características: o macho é preto nas partes superiores e branco nas inferiores, comuma faixa branca no alto e outra em cada lateral da cabeça, próximo ao bico (lembrandoum bigode, o que lhe valeu o nome popular), a fêmea é amarronzada, mais clara naregião inferior, cauda alongada e bico pequeno com mandíbula amarelo-clara;Distribuição: presente no Brasil, como residente, nos estados do PR, SP, MT, GO, ES eBA, durante o inverno na região sul migra para a Amazônia e para os estados doNordeste, no ES e PR aparece em dezembro para nidificar e desaparece em março eabril, começando a surgir no leste do MA e PI a partir de maio, encontrado também naArgentina, Paraguai e Bolívia como residente, e nos demais países da Amazônia -Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia;Hábitat: comum em clareiras arbustivas, plantações, descampados, bordas de capoeiras

e áreas com gramíneas altas, principalmente nas proximidades da água;Dieta: come sementes;Comportamento: vive em pares espalhados durante o período reprodutivo, reunindoem grupos pequenos ou grandes;

Nome Científico: Sporophila nigricollis

Nome popular: Papa-capim

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Tamanho: 11cm;Características: o macho possui um capuz preto na cabeça, garganta, pescoço e peito,contrastando com as partes superiores e asas oliváceas e com as partes inferioresamarelo-pálidas ou brancas, cauda negra, espéculo ausente e bico cinzento-claro; afêmea é olivácea nas partes superiores e amarelada nas inferiores, garganta

esbranquiçada;Distribuição: presente em grande parte do Brasil, em direção sul até o PR, excetuandose aregião Amazônica entre o oeste do MT e RO e, em direção nordeste, até o AP,encontrado também da Costa Rica ao Panamá e na Guiana, Venezuela, Suriname,Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Argentina;Hábitat: comum em clareiras arbustivas, campos de cultivo, beiras de estrada ecapinzais altos;Dieta: alimenta-se de sementes;

Reprodução: faz ninho de gramíneas, em formato de xícara, com paredes finas,localizado em arbustos baixos ou árvores pequenas; põe 2 ou 3 ovos esverdeados ou

amarelados com muitos pontos marrons;Comportamento: vive aos pares espalhados durante o período reprodutivo, reunindo-seem grupos fora deste, misturando-se frequentemente a outros pássaros;

Nome Científico: Sporophila albogularis

Nome popular: BrejalTamanho: 10,5cm;Características: o macho possui a cabeça enegrecida e o restante das partes superiorescinza, a garganta e lados do pescoço brancos, cuja tonalidade estende-se para cima,formando um colar incompleto na nuca, colar peitoral negro, bico alaranjado, uropígio e

espéculo brancos; a fêmea é marrom-acinzentada nas partes superiores e amarela-esbranquiçada nas inferiores;Distribuição: encontrado exclusivamente no Brasil, no PI, CE, RN, PB, PE, AL, SE eBA;Hábitat: comum na vegetação arbustiva e em veredas úmidas da caatinga;Dieta: alimentam-se de sementes;Comportamento: vive em pequenos grupos fora do período reprodutivo;

Nome Científico: Sporophila bouvreuil

Nome popular: Caboclinho

Tamanho: 10cm;Características: após o período reprodutivo os machos mudam para uma vestimenta dedescanso reprodutivo ou eclipse, tornando-se semelhantes às fêmeas, a cor do bicotambém muda, passando do negro para o amarelo, macho de partes superiores parso-acinzentado-claras com apenas o boné negro, partes inferiores esbranquiçadas às vezescambiando para o rosado ou amarelado, fêmea e jovens são pardos, os machos jovensgeralmente reconhecíveis por possuírem especulo maior e bico anegrado;Distribuição: ocorre do Brasil setentrional e oriental, da desembocadura do rio

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Amazonas ao nordeste de SP e GO, ocorre também na Argentina e Paraguai;Hábitat: comum em campos com gramíneas altas, cerrados abertos e áreas pantanosas;Dieta: alimentam-se de sementes;Comportamento: fora do período reprodutivo, vive em grupos, às vezes grandes,frequentemente em meio a outras espécies;

Nome Científico: Paroaria dominicana

Nome popular: Galo-de-campinaTamanho: 17cm;Características: fêmea com o occiput menos arrepiado; imaturo com partes superiorespardo-anegradas, barriga branca e garganta ferrugíneo; plumagem da cabeça vermelha,curta e ereta aparentando ser uma pelúcia, sobretudo na nuca do macho; não possuigravata negra; partes superiores cinzentas exceto o dorso anterior que é composto depenas negras no ápice e brancas na base; dorso posterior e coberteiras superiores dasasas manchadas de negro; maxila anegrada, mandíbula cinzento-clara;

Distribuição: ocorre do Nordeste do Brasil, do sul do MA ao interior de PE e BA;Hábitat: encontrado na caatinga, mata baixa rala e bem ensolarada e áreas abertas comárvores;Comportamento: para comer anda e saltita no solo;

Nome Científico: Saltator maximus

Nome popular: Trinca-ferroTamanho: 19,5cm;Características: sem dimorfismo sexual; esverdeado por cima, garganta anterior brancae garganta posterior e coberteiras inferiores da cauda ferrugíneas, estria malar e bicopretos;

Distribuição: presente em toda a Amazônia e nas regiões central e leste do Brasil,estendendo-se para o sul até o MT, SP e RJ, encontrado também do México ao Panamá,em todos os demais países amazônicos -Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Perue Bolívia – e no Paraguai;Hábitat: comum em bordas de florestas, clareiras arbustivas com árvores isoladas,capoeiras e plantações, principalmente em regiões mais úmidas;Dieta: alimenta-se principalmente de frutos;Reprodução: faz um ninho grosseiro com gravetos, folhas e gramíneas, em formato detigela profunda; põe 2 ovos azul-claros manchados, com período de incubação variandode 12 a 15 dias;Comportamento: vive solitário ou aos pares;

Nome Científico: Passerina brissonii ou Cyanocompsa cyanea

Nome popular: Azulão-verdadeiroTamanho: 15,5cm;Características: forte bico preto; macho totalmente azul-escuro na fronte, sobrancelha,máculas do loro e parte das coberteiras superiores da asa azuis brilhantes; fêmea eimaturo são pardos uniformes um pouco mais claros nas partes inferiores;

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Distribuição: ocorre do Nordeste ao RS, Brasil central (GO, MT até o rio das Mortes eCuiabá), encontrado também na Bolívia, Paraguai e Argentina, norte da Venezuela eColômbia;Hábitat: encontrado em áreas mais ou menos abertas, nas brenhas e beira de pântanos,formações secundárias espessas, plantações, sobe o topo de arbustos e árvores de altura

média;Dieta: semente de capim de preferência, ainda verde; pequenas frutas silvestres eadoram todo tipo de insetos, o bico é forte, mas aprecia muito as comidas macias;Reprodução: procriam do início da primavera até o início do outono (coincidente com

o período chuvoso e com a choca na natureza), ou seja; de setembro a março. Cada casaldemarca a sua área e não permite a presença de outros adultos da mesma espécie. O númerode ovos de cada postura é quase sempre 2, às vezes 3. O período de incubação é de 13 diase os filhotes abandonam o ninho com 16 dias e separam-se dos pais com 35 dias. Cadafêmea choca 4 vezes por ano; Comportamento: no período de acasalamento, param decantar, fazem a muda anual e juntam-se em bandos, os adultos e os jovens. Este

procedimento os ajuda na tarefa de alimentação nos meses de escassez. Territorialista;Tempo de vida: por volta de 20 anos;

Nome Científico: Icterus cayanensis

Nome popular: PegaTamanho: 21cm; 43g;Características: os sexos são semelhantes no colorido; corpo delgado, cauda longa,bico curto e fino; negro, o “ombro” (dragona) varia na cor, conforme a região;

Distribuição: presente em quase todo Brasil, com exceção da região amazônica aonorte do rio Amazonas e oeste do rio Negro, encontrado também nas Guianas, Peru,

Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina;Hábitat: comum em capoeiras, bordas de florestas, clareiras, florestas de galeria epalmeiras, tanto em regiões úmidas quanto secas;Reprodução: faz um ninho largo, em forma de bolsa, suspensa num galho ou nasextremidades de folhas de palmeiras, relativamente curto e frouxo, feito de talos largos,secos, que se destacam pelo seu colorido amarelo;Comportamento: vive solitário, aos pares e, eventualmente, em bandos, às vezes juntoa bandos mistos;

Nome Científico: Icterus icterus ou Icterus jamacaii

Nome popular: SofrêTamanho: 23cm;Características: os sexos são semelhantes no colorido; representado em 2 formasgeográficas;Distribuição: encontrado no Brasil, do leste do PA, MA, CE e PE estendendo-se para ooeste até GO, e para o sul até BA e MG, e também da Guiana e Venezuela à Bolívia eParaguai;Hábitat: comum em áreas de caatinga a zonas secas abertas, e também em bordas de

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florestas e clareiras, nos locais mais úmidos;Reprodução: raramente constrói seu próprio ninho, nidoparasitismo - durante areprodução costuma ocupar os ninhos fechados de gravetos secos de furnarídeos;Comportamento: vive aos pares. Alimenta-se a várias alturas, com preferência para avegetação mais baixa. Não costuma acompanhar bandos mistos de aves;

Nome Científico: Gnorimopsar chopi

Nome popular: Pássaro-pretoTamanho: 21,5 a 25,5cm;Características: negro uniforme com brilho de seda, penas na cabeça estreitas epontudas; bico negro, com a base sulcada; possui penas endurecidas brilhantes no píleo;fêmea e imaturo cor-de-canela;Distribuição: excluindo-se a Amazônia, onde está presente apenas no leste do PA eMA, é encontrado em todo restante do País, encontrado também no Peru, Bolívia,Paraguai, Argentina e Uruguai;

Hábitat: comum em áreas agrícolas, buritizais, pinheirais, pastagens e áreas pantanosas-sua presença está associada a palmeiras;Dieta: gostam de remexer nos excrementos de gado (“vira -bosta”), talvez à procura degrãos não digeridos pelos bovinos e não em busca de larvas de mosca, apanham insetosatropelados nas estradas;Reprodução: faz ninho em árvores ocas, troncos de palmeiras, ninhos de pica-pau, emmourões, dentro do penacho de coqueiros e nas densas copas dos pinheiros, utilizandotambém ninhos abandonados de joão-de-barro, ocupa buracos também em barrancos ecupinzeiros terrestres, às vezes faz um ninho aberto, situado em uma forquilha de umgalho distante do tronco, em uma árvore densa e alta;Comportamento: vive normalmente em pequenos grupos que fazem bastante barulho;

Nome Científico: Molothrus banariensis Nome popular: Chopim Tamanho: macho:21cm, fêmea: 16,5cm; 42-52g;Características: o sexo é reconhecível já na plumagem juvenil: macho anegrado, fêmeamarrom-fuligem; macho azul-violeta fortemente brilhante, asas esverdeadas reluzentes;fêmea pardo-fuligem, de dorso negro, há muita variação em tamanho (também dos machos)e colorido, ocorrem fêmeas totalmente negras, porém menos reluzentes do que os machosadultos; imaturo de lado superior negro sem brilho (macho) ou pardacento manchado(fêmea), lado inferior em ambos mais ou menos rajado de esbranquiçado e negro;Distribuição: ocorre do Panamá e das Antilhas, através da maior parte da América do Sul,

até a Argentina e Chile e em todas as regiões do Brasil; Hábitat: comum em áreas abertas,campos de cultura e pastos; Dieta: gostam de remexer nos excrementos de gado (“vira -bosta”), talves à procura de grãos não digeridos pelos bovinos e não em busca de larvas demosca, apanham insetos atropelados nas estradas; Reprodução: espécie parasita de ninho,seus filhotes desenvolvem-se mais rápido – entre 11-12 dias -e o ciclo reprodutivo dura 3meses ininterruptos, possibilitando que o parasita se aproveite de qualquer oportunidadepara pôr num dos ninhos das suas vítimas; polígamos; os ovos são extremamente variáveis,há 2 tipos básicos de forma oval e redondo, às vezes quase esférico, a casca pode ser sem

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brilho ou lustrosa, a coloração, em muitos casos, é de um tom geral vermelho-claro ouverde, coberto de manchas e pintas, aparecem também ovos uniformemente branco-esverdeados, uma fêmea não põe mais de um ovo em cada ninho, mas que até 7 fêmeasvisitam o mesmo ninho; uma fêmea pode colocar de 4 a 5 ovos ou até mais, havendoapenas um intervalo de 2 a 3 dias entre as posturas; as fêmeas costumam bicar os ovos que

encontram (ato praticado também por machos que participam na busca de ninhos), ás vezeslançam ovos para fora do ninho; Comportamento: vive em bandos;

Família Passeridae: Nome Científico: Passer domesticus Nome popular: PardalTamanho: 15 cm com cauda, 30g; Características: Cabeça e pescoço cinza-chumbo.Listra branca sobre as asas. Peito e ventre brancos, seu bico curto e cônico. macho:“gravata” e bico negros (torna -se amarelado durante o descanso reprodutivo) e píleocinzento uniforme, sem riscos pretos que nunca forma um topete; fêmea e imaturo: partesinferiores branco-sujo uniforme, bico grosso e pardo, plumagem pardacenta, faixa pós-ocular clara; Distribuição: É nativo da Europa e Norte a África. Foi introduzido no Sul daÁfrica, América do Sul, Austrália, Nova Zelândia, e América; Hábitat: cosmopolita -

alimenta-se de insetos, incluindo os nocivos (piolhos-de-plantas, lacerdinhas, lagartas earanhas), cupins e formigas em revoadas e pequenas borboletas, aproveita-seocasionalmente da ação das formigas-de-correição, costumam procurar restos de comidanas latas e montes de lixo; Dieta: comem vários tipos de sementes e completam a dieta comalguns insetos e frutas; Reprodução: formam pares monógamos para cada estação deprocriação. São construídos ninhos entre fevereiro e maio. Este lugar pode ser o oco de umaárvore no campo, o beiral de um telhado ou a saliência de um edifício na cidade. Sãoconstruídos ninhos de vegetação seca, penas, cordas, e papel, esférico e mal arrumado,meio grande e com entrada lateral, geralmente em boa altura, providencia rico estofamentocom capim, algodão e farrapos, atapeta o interior da câmara com penas; o ninho é utilizadomais de uma vez. Colocam de um a quatro ovos. Machos e fêmeas incubam os ovos para

períodos pequenos de alguns minutos cada. Incubação dura durante 10 a 14 dias e é feitapelo casal. Depois que os ovos forem chocados, machos e fêmeas alimentam o jovem porregurgitação. Os filhotes nascem nus, abandonam o ninho, com 10 dias ou mais, passampor uma dieta mais vegetariana; os filhotes frequentemente regressam ao ninho paternopara dormir nele durante algum tempo; consta que os casais ficam acasalados pela vidainteira; Comportamento: tomam banho n’água e poeira; dormida coletiva; Categoria:Segunda ou terceira ave mais numerosa do Mundo; Predadores naturais: falcões ecorujas, gatos, cachorros, e muitas serpentes alimentam-se dos filhotes e ovos;

Filo Chordata -Classe Mammalia

Os mamíferos formam o grupo mais evoluído dos cordados. Todos apresentam o corpocoberto de pêlos e sangue quente. As fêmeas têm glândulas mamárias, que fornecem leitepara alimentar as crias, donde resulta o nome do grupo. Os cuidados com a prole são osmais desenvolvidos.

As suas características principais são: pele coberta de pêlos e com muitas glândulas(sebáceas – lubrificam e impermeabilizam o pêlo, sudoríparas – auxiliam a regulação da

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temperatura e a excreção de sais, odoríferas e mamárias – geralmente mais numerosas queo número médio de crias por ninhada) e camada de gordura subcutânea.

O conjunto do coberto piloso designa-se pelagem, em que cada um cresce a partir de umfolículo, tal como as penas das aves ou as escamas dos répteis. Algumas espécies são

cobertas de pêlos reduzidos, mas estes são sempre mudados periodicamente (cada pêlo émudado individualmente, formando-se um novo a partir do mesmo folículo). Produzidaspela epiderme são também estruturas como as garras, unhas e cascos (que crescempermanentemente a partir da base para compensar o desgaste), bem como chifres e cornos(com centro ósseo e permanentes) e armações (caem anualmente);

O esqueleto é totalmente ossificado, permanecendo cartilagem apenas nas zonas articulares.O crânio tem dois côndilos occipitais e cada metade da mandíbula é formada por apenas umosso (dentário), onde se implantam dentes em alvéolos. O focinho é geralmente estreito. Otronco apresenta costelas ligadas ao esterno, formando uma caixa torácica muito eficientenos movimentos respiratórios.

Possuem quatro patas (exceto cetáceos, onde não existem membros posteriores) com 5dedos (ou menos) com garras, unhas, cascos ou almofadas carnudas e adaptadasvariadamente a andar, correr, trepar, cavar, nadar ou voar. As extremidades localizam-sepor baixo do corpo e não para o lado como nos répteis, o que não só sustenta melhor o pesodo corpo, mas também permite maior velocidade e reflexos.

Os olhos possuem pálpebras móveis e membrana nictitante (apenas em alguns), ouvidoscom pavilhão auditivo externo carnudo e móvel. O sentido do olfato é muito desenvolvido.A informação táctil provém não só da superfície do corpo, mas também de vibrissas oubigodes. Na língua localizam-se receptores do gosto em papilas especializadas. Cérebro ecerebelo grandes são responsáveis pelo alto grau de coordenação em todas as atividades,aprendizagem e memória retentiva.Todas as células são excitáveis ou irritáveis. Resulta desse fato que todos os organismossão sensíveis a alterações ambientais e a estímulos de diversas fontes. Devido ácomplexidade de estímulos, internos e externos, que recebe, um animal necessita de umsistema nervoso, para perceber, transmitir a todo o corpo e efetuar respostas adequadas aesses mesmos estímulos. Este sistema funciona igualmente como coordenador e integradoras funções das células, tecidos, órgãos e aparelhos, de modo a que se obtenha um todo quefuncione como uma unidade.

O sistema digestivo é formado pela boca, que é separada da cavidade nasal pelo palatoduro, com língua móvel e dentes grandes e diferenciados, em relação aos hábitosalimentares, e implantados em alvéolos. Os dentes, rodeados por gengivas carnudas, sãogeralmente de 4 tipos (incisivos para cortar ou raspar, caninos para agarrar e rasgar, pré-molares e molares para esmagar o alimento);

De acordo com o regime alimentar, o tubo digestivo pode apresentar adaptaçõesespecíficas. Nos carnívoros e omnívoros o estômago é um saco de paredes musculosas ecom glândulas produtoras de ácido clorídrico e enzimas. A parede do estômago não édestruída por estes fluidos devido á proteção da mucina, outra secreção gástrica. Nos

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herbívoros o intestino é proporcionalmente maior, pois os vegetais são menos nutritivos ede digestão difícil, devido á celulose. Dado que nenhum vertebrado produz enzimascapazes de hidrolisar este polissacárido muitos herbívoros albergam bactérias em diversoscompartimentos, nomeadamente no ceco ou no próprio estômago, que nesse caso ésubcompartimentado. Deste modo, estes animais ingerem maiores quantidades de

alimentos, que permanecem muito tempo no tubo digestivo.O alimento introduzido na boca progride no tubo pelos movimentos peristálticosinvoluntários. Embora a digestão se inicie na boca, é no estômago e intestino delgado queela se processa, com intervenção de grande variedade de enzimas. Estas são produzidas porglândulas gástricas e intestinais, além de órgãos anexos como as glândulas salivares,pâncreas e fígado (a bílis não apresenta, no entanto, enzimas).

A absorção é facilitada pela presença no intestino delgado de pregas – válvulas coniventes– cobertas com vilosidades intestinais em forma de dedo de luva, cujas células epiteliaisainda apresentam microvilosidades. Todo este conjunto aumenta grandemente a área de

contacto entre os alimentos e a parede, facilitando a absorção, que se realiza por difusão oupor transporte ativo.

O sistema respiratório é exclusivamente pulmonar, laringe com cordas vocais (excetogirafas). O coração e pulmões são separados da cavidade abdominal pelo diafragmamuscular completo. Os pulmões muito elásticos estão alojados na caixa toráxica. Aventilação não é contínua, mas faseada, pois o ar entra e sai pelo mesmo percurso e érealizada pela variação de volume da caixa torácica e diafragma. A eficiência de trocas ébaixada pelo fato de o ar não sair totalmente dos pulmões obtendo-se uma mistura de arfresco e residual.

O coração possui 4 câmaras totalmente divididas, duas aurículas e dois ventrículos (cujasparedes não são igualmente musculadas), sem possibilidade de mistura de sangue arterial evenoso. Por este motivo, estes animais apresentam circulação completa, sendo a metadedireita do coração atravessada exclusivamente por sangue venoso e a esquerda por sanguearterial. Do ventrículo esquerdo o sangue passa para a aorta, que nas aves descreve a crossapara a direita e nos mamíferos para a esquerda. O sangue regressa ao coração pelas veiascavas. O fato das células destes animais receberem um sangue mais oxigenado e com maiorpressão que as dos répteis ou anfíbios, faz com que apresentem uma maior capacidadeenergética e permita a homeotermia – regulação da temperatura do corpo.

Os são sexos separados e a fecundação é interna. Os machos apresentam órgão copulador(pênis) e os testículos estão geralmente num escroto externo ao abdômen. Os ovosamnióticos são geralmente minúsculos e retidos no corpo da fêmea para odesenvolvimento, com a ajuda de uma placenta. Após o nascimento as crias sãoalimentadas com leite secretado pelas glândulas mamárias da fêmea. Este métodoreprodutivo, embora implique a produção de um menor número de descendentes, permiteum grande sucesso, pois aumenta grandemente as probabilidades de sobrevivência dosdescendentes. Os mamíferos mais primitivos, como o equidna, ainda produzem ovossemelhantes aos dos répteis, donde nasce um minúsculo embrião que se desloca para uma

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bolsa, onde termina o seu desenvolvimento lambendo leite produzido pela mãe.

ORDEM PRIMATES:

Família Callithricidae: Nome Científico: Callithrix jacchus jacchus Nome popular:Mico-estrela-de-tufo-branco Tamanho: até 30cm, mais 35cm de cauda e com até 240g;Características: Cabeça marrom escuro dominada por enormes tufos de pêlos brancos nasorelhas e ouvidos; testa com mancha branca; ombros cinza; quarto traseiro e cauda cinzalistrados de branco; peito, ventre e patas cinzas, cauda não-preênsil, unhas longas com aforma de garras (exceto o polegar), 32 dentes; Distribuição: América do Sul e AméricaCentral são encontrados desde a Zona do Canal, no Panamá, até o Estado do Paraná, masnão ocorrem na Venezuela e em certas áreas da Colômbia e Guianas; Hábitat: Encontradoem florestas nativas, áreas de reflorestamento, nos parques das cidades, caatinga; Dieta:Alimentam-se de insetos, frutas, ovos e exultado de árvores; Reprodução: de 1 a 3 filhotes,período de gestação de 150 dias. O parto acontece normalmente à noite. Com 30 dias devida, os filhotes começam a comer um pouco de comida: insetos, ovos, somente comcomida sólida. Normalmente os filhotes mamam até os 6 meses. Com a idade de 15 a 18meses os sagüis já são capazes de se reproduzirem; Comportamento: hábito diurno earbóreo formando grupos de 2 a 40 indivíduos. À noite os membros dos grupos dormem juntos em um ninho construído de vegetação ou num galho. Os machos carregam osfilhotes nas costas, entregando-os às fêmeas para a amamentação. Com um ano e meio deidade os micos já podem se reproduzir. Quando isto acontece, os bandos acabam sedividindo. Raramente adotam a postura bípede. Apoiam-se sempre nas quatro patas, oudeitam-se nos galhos, com a cauda pendente. Suas garras são utilizadas para subir nostroncos e para retirar insetos e larvas do interior dos galhos e das árvores. Abrigam-se nosocos dos troncos, mas não constroem ninhos. Dormem umas doze a quatorze horas por dia.Gostam de brincar de briga e de esconde-esconde. Os bandos são organizados de acordocom uma hierarquia, e isso édemonstrado de várias formas. Um sagui demonstra sua superioridade em relação aoutro virando-lhe o traseiro.Tempode vida: até 20 anos;Inimigos naturais: aves de rapina e felinos;

ORDEM CHIROPTERA: Os morcegos são os únicos mamíferos com capacidade devôo, devido à transformação de seus braços em asas. A subordem Megachiroptera estárestrita ao Velho Mundo (África, Ásia e Oceania). Nesta subordem encontram-se osmaiores morcegos do planeta, conhecidos popularmente como "raposas voadoras",podendo alcançar até 2 metros de envergadura. A subordem Microchiroptera ocorre noNovo Mundo (as Américas). Geralmente são menores, podendo medir de 10 a 80 cm deenvergadura. Os microquirópteros dependem de um sistema de orientação noturna maiseficiente do que a visão dos megaquirópteros.

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Família Phyllostomidae:Nome Científico: Artibeus lituratus

Nome popular: MorcegoCaracterísticas: não possuem listras claras faciais. O apêndice nasal é desenvolvido eaparece em forma de lança ou espada. O focinho é estreito. O lábio inferior apresenta

protuberâncias dispostas em "V" ou "Y", marginadas ou não por pequenas papilas. Asorelhas são grandes ou muito grandes. A membrana interfemural e a estruturacartilaginosa do calcâneo são bastante desenvolvidos. A cauda está presente;Distribuição: regiões tropicais das Américas;Hábitat: cavernas, ocos-de-árvores, termiteiros, edificações, entre outros;Dieta: bastante variada, incluindo desde insetos, frutos, flores, até pequenosvertebrados;Comportamento: são hospedeiros do vírus da raiva;

Nome Científico: Artibeus jamaicensis Nome popular: Morcego Distribuição: regiões

tropicais das Américas; Hábitat: cavernas, ocos-de-árvores, termiteiros, edificações, entreoutros; Dieta: bastante variada, incluindo desde insetos, frutos, flores, até pequenosvertebrados;

Família Carollinae:Nome Científico: Carolina perspicillata

Nome popular: Morcego

Família Glossophaginae: Nome Científico: Glossophaga soricina Nome popular:Morcego Tamanho: 7 a 20g; Características: apêndice nasal pequeno, em formatriangular. A língua é longa e provida de tufos de papilas na extremidade. O focinho écomprido e a extremidade do maxilar inferior projeta-se, na maioria das vezes, além domaxilar superior. O lábio inferior é dividido por um sulco central, em forma de "V",margeado por pequenas protuberâncias cutâneas. As orelhas são pouco desenvolvidas. Amembrana interfemural é menor do que o comprimento das pernas e a cauda é poucodesenvolvida; Distribuição: regiões tropicais das Américas;Hábitat: cavernas, minas, túneis, bueiros, folhagens e ocos-de-árvores;Dieta: insetos, pequenos frutos, néctar e pólen;Comportamento: são importantes polinizadores de várias espécies vegetais e tambémpodem hospedar o vírus da raiva;

Família Sternoderminae:Nome Científico: Uroderma bilabiatum

Nome popular: Morcego-cinza-de-estrias-brancasDistribuição: regiões tropicais das Américas;Hábitat: cavernas, ocos-de-árvores, termiteiros, edificações, entre outros;Dieta: bastante variada, incluindo desde insetos, frutos, flores, até pequenosvertebrados;

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 ORDEM RODENTIA:

Família Caviidae:Nome Científico: Cavia welsi

Nome popular: PreáTamanho: de 25 a 30 cm quando adultos, com peso variando entre 800 g e 1,5 Kg;Distribuição: regiões sul e sudeste do Brasil, Argentina e Paraguai.Reprodução: o período da gestação é de 60 a 70 dias e origina em média 3 filhotes;Comportamento: basicamente noturnos;

Família Muridae: Nome Científico: Mus musculus Nome popular: CamondongoHábitat: Habita o solo e também partes superiores; Dieta: alimenta-se de cereais;Reprodução: atinge a maturidade sexual aos 60 dias de vida. A fêmea acasala-se até 6vezes ao ano, sempre com o mesmo macho, com quem forma um casal permanente. O

período de gestação de 19 a 24 dias, com 3 a 8 filhotes por ninhada; Comportamento:hábitos noturnos. Dotado de habilidades como escalar e roer, pode explorar em torno de seuninho até 9 metros. . Vive em famílias constituídas do casal paterno e com família ainda jovem; Tempo de vida: 12 meses;

Nome Científico: Rattus rattus Nome popular: Rato-preto Tamanho: macho adultochega a pesar 250 g; Características: pelagem mais comum é aquela que apresenta o dorsonegro ou cinza salpicado de pelos brancos, especialmente na metade posterior do corpo.Partes inferiores cinza. O pelo é longo, grosso, sem espinhos e pouco denso. Orelhas detamanho médio, desprovidas de pelos. Bigodes longos e grossos. Cauda longa, robusta, sempelos e escamosa; Hábitat: Habita acima do solo; Dieta: alimenta-se de cereais, legumes,frutas, raízes e pequenos insetos; Reprodução: Atinge a maturidade sexual com cerca de85 dias de vida. A fêmea entra no cio 6 vezes por ano e o período de gestação de 19 a 24dias, de 5 a68 ninhadas por ano, com 7 a 12 filhotes por ninhada;Comportamento: noturna e terrestre. Dotado de habilidades para escalar, equilibrar-see roer, podendo explorar em torno de seu ninho até 60 metros. Vive em bandos e preferefazer ninhos longe do solo, geralmente no oco de árvores;Tempo de vida: 18 meses;

Família Erethizontidae:Nome Científico: Coendu prehensilis

Nome popular: Ouriço-cacheiroTamanho: 30 a 65 cm, mais 30 ou 38 cm de cauda, 1 a 5 kg;Características: conta com uma perigosa arma para se defender do inimigo: tem odorso totalmente coberto por espinhos que se destacam facilmente de seu corpo,espetando-se em quem quer que atacá-lo -espinhos com 10cm de comprimento;Distribuição: Venezuela, Guianas, Brasil, Bolívia e Trinidad;Hábitat: Florestas da América do Sul;Dieta: hábito noturno -folhas e cascas de árvores, num tronco oco ou numa toca;

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Reprodução: gestação de aproximadamente 203 dias;Tempo de vida: 10 anosComportamento: Se ameaçado, simplesmente eriça os espinhos e aguarda. Usam acauda para prender-se aos galhos e mover-se entre as árvores;

Nome Científico: Chaetomys subspinosus

Nome popular: Ouriço-cacheiroTamanho: pesa entre 1 a 2 kg;Características: Possui pelo macio e sedoso;Distribuição: restritas ao sul da Bahia e ao Estado do Espírito Santo;Hábitat: endêmica da Mata Atlântica, vive em matas copadas nos extratos superiores erestingas;Dieta: Alimentam-se basicamente de frutos e sementes;Comportamento: Tem hábitos diurnos (crepusculares) e noturnos é essencialmentearborícola vindo raramente ao chão. Descansam sobre forquilhas (bifurcação de galhos

ou folhas) e cofeiros (emaranhados de cipós, folhas secas e bromélias) de canelas,araçás, palmeiras e outras;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Família Echimyidae:Nome Científico: Proechimys guyannens

Nome popular: Rato-de-espinho

Família Dasyproctidae: Nome Científico: Dasyprocta aguti Nome popular: CutiaTamanho: entre 49 e 64 cm, entre 3 e 5,9 kg; Características: patas longas e finas, comuma cauda rudimentar, que costuma ficar escondida entre o pêlo. A cabeça é estreita, com ofocinho achatado, os olhos grandes e as orelhas médias e largas. Sua pelagem é curta eáspera de cor vermelho-amarelada; Distribuição: das Guianas ao Brasil Hábitat: Vive emselvas caducifólias e chuvosas tanto primárias como secundárias, bosques (em galerias) eplantações; Dieta: herbívoro e se alimenta de sementes e frutos. Quando a comida éabundante, faz uma coleta cuidadosa para utilização em épocas de escassez;Reprodução: período de gestação de 120 dias, nascem 1 ou 2 crias providas de pêlo ecom olhos abertos. Monogâmico;Comportamento: hábitos noturnos. Terrestre e vive em áreas com árvores grandes, riose zonas pantanosas, onde encontra abrigos ideais para se refugiar;

Tempo de vida: 18 anos;

Família Sciuridae:Nome Científico: Sciurus aestuans

Nome popular: caxinguelêTamanho: 200a 400 grs;Distribuição: Do Sul da Bahia ao Rio Grande do Sul;

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Dieta: Alimentam-se de frutas e sementes;Reprodução: atinge a maturidade sexual com 1 ano. O período de gestação é entre 28 e45 dias. O número de filhotes é 2 ou 3;Comportamento: Alimentam-se ao nascer do sol ou ao entardecer. Solitários e aospares;

Tempo de vida: Até 15 anos;

ORDEM CARNIVORA:

Família Felidae:Nome Científico: Herpailurus yagouaroundi

Nome popular: Gato-jaguarundiTamanho: 55 a 77 cm, 40 cm de cauda;Características: Seu corpo é alongado e a cauda comprida, a pelagem não é pintada, écurta, cerrada e de cor castanho-acinzentada, a ponta dos pêlos é preta, enquanto a base

é mais clara. A cabeça é curta, as orelhas pequenas e os olhos bem voltados para frente,com pupilas redondas;Distribuição: encontrada do sul dos Estados Unidos até o norte da Argentina;Dieta: Alimenta-se de todo o tipo de animal, desde que seja menor que ele, masprincipalmente aves e roedores;Reprodução: Período de gestação de 72 a 75 dias, 2 ou 3 filhotes;Comportamento: mais ativo durante o começo e o fim do dia;

Nome Científico: Leopardus tigrinus

Nome popular: Gato-do-mato

Distribuição: América Central e América do Sul;Hábitat: Floresta;Dieta: carnívoro;Reprodução: Gestação de 73 a 77 dias;Tempo de vida: Aproximadamente 13 anos;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Leopardus wiedii

Nome popular: Gato-maracajáTamanho: 60 cm, mais 40 de cauda, a fêmea é menor que o macho, entre 1,75 e 3,5kg,com média de 2,4kg;

Características: Dorso amarelo - queimado e acinzentado na cabeça. Linhas e manchasarredondadas e listras negras distribuídas pelo corpo. Anéis completos na metade final dacauda. Alto da cabeça e lados da cara amarelados. Possui manchas brancas sob os olhos ena parte externa das orelhas. Orelhas redondas e olhos muito grandes; Distribuição:América Central e América do Sul; Hábitat: florestas tropicais da América Central e

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América do Sul. São encontrados também na costa do Pacífico; Dieta: carnívoro -pequenos mamíferos, aves e répteis; Reprodução: Gestação de 81 a 84 dias;Comportamento: hábito noturno, terrestre e arbórea, solitária. Capaz de trepar nas árvorescom grande agilidade e rapidez. Essas acrobacias são facilitadas pela conformação especialde suas patas: os pés podem girar 180º sobre si mesmo, o que permite descer dos troncos

com a cabeça voltada para baixo, enquanto os seus semelhantes são obrigados a se deixardeslizar, com a cabeça para o alto, arranhando a casca da árvore. Ele consegue também jogar-se no ar e se agarrar a um, galho com uma das patas; Tempo de vida:Aproximadamente 13 anos; Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Família Canidae: Nome Científico: Cerdocyon thous Nome popular: Cachorro-da-praiaTamanho: com 65 cm de comprimento; cauda com 30 cm, peso entre 5 a 8 kg;Características: peluda e focinho comprido. A coloração é variável apresentando umamistura de tons acinzentados e castanhos, tendo frequentemente tons amarelados. Asorelhas são curtas e têm tons avermelhados. A cauda é relativamente comprida com peloslongos tendendo à coloração negra; Distribuição: Ocorrem em todo o Brasil, exceto nas

áreas baixas da Bacia Amazônica, também da Colômbia ao Paraguai e Uruguai; Hábitat:Áreas florestais, cerrados, campos e áreas alteradas e habitadas pelo homem; Dieta:Pequenas aves, frutas, insetos, crustáceos (caranguejos de rios), ovos e pequenos roedores;Reprodução: gestação é de 52 a 59 dias. Nascem de 3 a 6 filhotes. . O casal cuida ealimenta os filhotes que se tornam independentes por volta dos 6 meses de idade;Comportamento: Hábitos noturnos. Vive sozinho, apenas na época de reprodução é vistoem dupla. É um animal territorialista podendo esporadicamente ser vistos em casais,embora não cace em grupo;

Família Procyonidae: Nome Científico: Procyon cancrivorus Nome popular: GuaxinimTamanho: até 65 cm e a cauda 40 cm, de 2 a 12 kg; Características: o pelo é denso,

arrepiado na nuca; cor cinzento-amarelado, salpicado de preto. As pernas principalmentenas extremidades, são pretas. Possui uma máscara negra ao redor dos olhos. A cauda éanelada, alternando o preto com o amarelo. As patas têm dedos longos, com pelagembastante curta, plantígrado, assentando toda a mão quando anda; Distribuição: Ocorre naAmérica Latina, a leste da Costa Rica e Peru, até o Uruguai e em todo o Brasil; Hábitat:brejos, inclusive as regiões do mangue;Dieta: pequena caça e vegetais, apreciando muito a cana-de-açúcar e tem especialpredileção pelos caranguejos;Reprodução: A gestação dura de 60 a 63 dias, nascendo de 1 a 7 filhotes. A mãe abrigaa prole em um oco de árvore até que eles tenham de 7 a 9 semanas. A partir de então,passam a fazer pequenas saídas com a mãe, e após 12 semanas, abandonam o ninho;

Comportamento: predominantemente noturna e é bom escalador e nadador. Oalimento geralmente é quebrado com as mãos e então colocado na boca;

Nome Científico: Nasua nasua

Nome popular: QuatiTamanho: : 60 cm, mais de 75 cm de cauda e com até 11 Kg;Características: Apresenta coloração castanho-avermelhado em toda a parte dorsal e

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castanho-amarelada na parte ventral. A cauda é anelada e semi-preênsil, intercalando acoloração escura com a clara. Tem o focinho longo e fino com a extremidade bastanteflexível;Distribuição: encontrado desde o Paraná (América Central) até a Argentina;Hábitat: áreas florestadas;

Dieta: alimenta-se de minhocas, insetos e frutas, aprecia também ovos, larvas e vermespresentes no solo, legumes e especialmente lagartos;Reprodução: 1 ninhada por ano – ninhadas de dois a seis filhotes. O período degestação é de 10 a 11 semanas. Por mais de um mês, estes permanecem em seu ninho,no oco de uma árvore. Com 5 semanas os filhotes saem dos ninhos tornando-se adultoscom 15 meses e atingindo a maturidade sexual com 2 anos. Durante a época dereprodução, que se dá no período de maior abundância de frutas, um macho é aceito emcada grupo, porém permanece totalmente submisso às fêmeas;Tempo de vida: até 15 anos;Comportamento: diurna. Sobe nas árvores, garras, longas e fortes, e seu focinho emforma de trombeta ajudam-no a escavar por toda parte à cata de alimento. Vivem em

grandes bandos formados de fêmeas e machos jovens, em grupos de 4 a 20 indivíduos,com mais de dois anos os machos já vivem sozinhos, juntando-se ao bando somente naépoca do acasalamento, que acontece no fim da primavera. Não gosta de água, maspode nadar bem. Dorme no alto das árvores, enrolado como uma bola, e não desce antesdo amanhecer;

ORDEM LAGOMORPHA:

Família Leporidae:Nome Científico: Sylvilagus brasiliensis

Nome popular: Coelho-brasileiro

Tamanho: 21–

40cm, 0,95–

1,2kg;Características: orelhas longas, estreitas e cauda muito reduzida, Pelagem curta emacia, de coloração pardo-amarelado, mais escura no dorso e ventralmente mais clara.Nuca e patas dianteiras avermelhadas;Distribuição: do México ao Norte da Argentina, ocorrendo em quase todo o Brasil,Ocorre nas regiões Centro-oeste, Sudeste e leste da região Nordeste, até o RS;Hábitat: bordas de florestas densas, podendo ainda ser encontrados em banhados emargens de rios;Dieta: Alimenta-se de cascas, brotos e talos de muitos vegetais;

Reprodução: período de gestação é de aproximadamente 30 dias, podendo ocorrer duas

ninhadas anuais, com dois a sete filhotes que nascem com os olhos bem fechados, sempêlos e dependentes; Comportamento: hábitos noturnos e durante o dia esconde-se emburacos ou tocas que ele mesmo cava, tendo uma área de ação reduzida. Terrestres esolitários;

ORDEM ARTIODACTYLA:

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Família cervidae:Nome Científico: Mazana americana

Nome popular: Veado-mateiroTamanho: 8 a 25 Kg;Características: Sua pelagem é castanho-ferruginosa, mais clara no ventre,

esbranquiçada na garganta e quase preta em volta dos lábios e no focinho. Os chifressimples e delgados, que atingem 12 cm de comprimento, caem em junho e nascemnovamente em agosto setembro e só existem no macho;Distribuição: Leste do México até o Norte da Argentina;Hábitat: grandes florestas e matas que margeiam os rios, do nível do mar até 5.000m;Dieta: alimenta-se de gramíneas e brotos;Reprodução: maturidade sexual fêmea - 1 a 2 anos, macho - 1 ano, época reprodutiva:outubro a janeiro. Período de gestação 225 dias, apenas 1 filhote. O acasalamento durade 1 a 2 semanas;Comportamento: Diurno e noturno, Solitário;Tempo de vida: 13 anos;

Nome Científico: Ozotocerus bezoarticus Nome popular: Veado-campeiro Tamanho: 1,1–1,30 m, 30–40 kg; Características: não possuírem dentes incisivos superiores e pelapresença de chifres, nos machos, que podem ser simples ou ramificados (apresentamnormalmente três pontas e chegam a atingir, no adulto, até 30 centímetros) e não sãopermanentes. pelagem tem coloração marrom-claro, sendo o lado ventral do corpo, a caudae o lado interno das extremidades de cor branca. Os olhos também são rodados por um anelbranco; Distribuição: América do Sul, Brasil Central e Sul, incluindo o Pantanal do MatoGrosso até a região da Bolívia, Uruguai e Argentina; Hábitat: áreas abertas, campos ecerrados; Dieta: alimentando-se de diversas espécies de capins e brotos, mas também

ingerem ervas, arbustos e até de flores; Reprodução: A fêmea tem apenas um filhote porano, que nasce após uma gestação de aproximadamente nove meses. O nascimento dosfilhotes ocorre quando existe uma maior oferta de alimentos; Comportamento: crepusculare noturno. Vivem em grupos de geralmente de dois a cinco indivíduos, mas grupos de atémais de 20 indivíduos já foram avistados. São animais extremamente ágeis, podendo correra 70km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Os saltos são suficientes paracruzar pequenos rios; quando não, nadam com facilidade. A hierarquia social é determinadaatravés de disputas nas quais os machos empurram seus adversários com os chifres, numaprova de força; Categoria: ameaçada de extinção;

ORDEM XENARTHRA:

Família Myrmecophagidae:Nome Científico: Tamandua tetradactyla

Nome popular: Tamanduá-mirimTamanho: corpo é de 60 cm além de 35 cm de cauda;Características: o “colete” que lhe veste o pescoço e a parte su perior do dorso, ondetermina em ponto pelo colorido amarelo-pálido, destaca-se nitidamente pelo escuro;resto do corpo também ponta da cauda e clara;

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Distribuição: América do Sul;Hábitat: Campos e florestas, matas e sobe em árvores;Dieta: Insetívoro;Reprodução: Gestação de 130 a 150 dias;Tempo de vida: Aproximadamente 9 anos;

Comportamento: Aproximadamente 9 anos;Categoria: Ameaçada -em perigo;

Família Bradypodidae: Nome Científico: Bradypus torquatus Nome popular: Preguiça-de-coleira Tamanho: pode chegar a 50cm e pesar 6Kg; Características: Faixa de pêlospretos na região de pescoço. Possui três unhas fortes e largas (que se assemelham a garras)que são utilizadas para locomoção e defesa; Hábitat: exclusivamente na Mata Atlântica,preferem viver em árvores altas, com copa volumosa e densa e muitos cipós; Dieta:alimenta-se de folhas novas e brotos de um número restrito de árvores, como imbaúba,gameleira, ingá, figueira, embiruçu, cacau, abacate e outras, de onde ela também retira a

água necessária para abastecer seu corpo -cada preguiça explora uma área territorialdefinida, podendo ou não mudar-se para outra depois de algum tempo; Reprodução: tempode gestação de 210 dias (7 meses) e depois que o filhote nasce ele é carregado pela mãe nascostas e no ventre durante os primeiros nove meses de vida; Tempo de vida: pode chegar a12 anos; Comportamento: a preguiça defeca e urina uma vez por semana, quando eladesce da árvore para fazer suas necessidades e deixar o cheiro bem longe do local ondemora e evitar atrair predadores; Predadores naturais: jibóia, onça-pintada, suçuarana, jaguatirica, gaviões e iraras; Categoria: ameaçado de extinção – Vulnerável;

Família Dasypodidae:Nome Científico: Dasypus septemcinctus

Nome popular: Tatu-etêCaracterísticas: a armadura que protege o corpo, a cabeça, cauda e extremidades;Hábitat: vivo em campos de baixa ou moderada altitude, em savanas, bordas da mata,capoeira e no cerrado;Dieta: alimenta-se de insetos, pequenos vertebrados, raízes, minhocas, lesmas, e até decarniça;Reprodução: nascem de 9 a 11 filhotes, todos do mesmo sexo;Comportamento: diurno;

Nome Científico: Dasypus novemcinctus

Nome popular: Tatu-galinha

Tamanho: tem mais ou menos o tamanho de um gato;Características: com orelhas estreitas e compridas e o longo rabo recoberto por placas;Distribuição: América Central e meridionalHábitat: regiões quentes, semidesérticas e temperadas;Reprodução: poliembrionia -fêmea sempre dá a luz quatro filhotes do mesmo sexo;Comportamento: Sua proteção habitual é a fuga, mas, quando encurralado, deixa-secair sobre o lado e fecha-se como pode em sua carapaça;

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Nome Científico: Cabossous unicinctus

Nome popular: Tatu-de-rabo-moleCategoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Euphratus sexcinctusNome popular: Tatu-pebaCaracterísticas: Tem a visão relativamente pouco desenvolvida, mas possui um bomolfato que é utilizado para procurar seu alimento;Hábitat: Ocupa campos, cerrados e bordas de floresta;Dieta: Alimenta-se de uma ampla variedade de itens, incluindo muito material vegetalcomo raízes e frutos, e também insetos como formigas, pequenos vertebrados e atécarniça;Comportamento: animal solitário, escava túneis para se esconder e freqüentementereutiliza suas tocas. Hábitos diurnos e crepusculares, e ocasionalmente tem atividadedurante a noite;

ORDEM MARSUPIALIA:

Família Didelphidae:Nome Científico: Didelphis marsupialis

Nome popular: Gambá ou opossum ou sariguê;Tamanho: Pode atingir 50 cm de comprimento sem contar a cauda, quase do mesmotamanho;Características: Apresenta corpo maciço, pescoço grosso, focinho alongado e pontudo,membros curtos e cauda preênsil, bastante grossa, redonda e afilada, só peluda na base,tendo pequenas escamas revestindo a parte restante. A cor da pelagem varia muito, indo

do branco (animais velhos) ao negro (animais jovens) e passando por todas astonalidades de cinzento e bruno intermediárias;Distribuição: do Canadá ao norte da Argentina. Brasil, Paraguai, Guianas, Venezuela;Hábitat: Floresta, Campos e Centros urbanos;Dieta: Onívoro - principalmente de frutos silvestres, ovos e filhotes de pássaros;Reprodução: 12-13 dias. 10 a 15 filhotes por ninhada. Quando os filhotes entram nabolsa têm só 1 cm e ficam lá dentro 70 dias, onde se desenvolvem e tem condições deenfrentar a selva;Tempo de vida: 2 a 4 anos;Comportamento: Tem hábitos noturnos e, apesar de ser um animal de movimentoslentos, trepa em árvores com facilidade, usando a cauda preênsil para agarrar-se aos

galhos. Quando perseguido, o gambá finge-se de morto ou expele um líquido fétidoproduzido por glândulas axilares. Na fase do cio, a fêmea também exala esse cheiroforte, facilmente reconhecível;

Nome Científico: Didelphis albiventris

Nome popular: Gambá;Tamanho: de 70 a 90cm, dos quais metade pertence à cauda;Características: Pelagem das costas negra ou cinza, com camada inferior de pelos finos

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denso, amarelo ou branco. Cabaça amarelo sujo, com listras negras do focinho até asorelhas. Bochechas amarelo, laranja pálido ou branco, nariz cor-de-rosa, orelhas grandese peladas, pretas. Pés pretos; cauda, preênsil, geralmente maior que a cabeça e corpo,pelada, negra com listra branca. As fêmeas possuem bolsa. São animais mal cheirosos,urinando e defecando quando manuseados e expelem cheiro muito desagradável quando

ameaçados;Distribuição: desde a zona temperada da América do Norte à Argentina;Dieta: alimenta-se principalmente de frutos silvestres, invertebrados, ovos e filhotes depássaros;Reprodução: A fêmea procria três vezes por ano. Os filhotes, de 10 a 15 por ninhada,nascem com o tamanho de 1cm, completando seu desenvolvimento na bolsa materna.Podem construir ninhos nas árvores ou em tocas no chão;Comportamento: hábitos noturnos e, apesar de ser um animal de movimentos lentos,trepa em árvores com facilidade. Use a cauda preênsil para agarrar-se aos galhos.Quando perseguido, o gambá finge-se de morto ou expele um líquido fétido produzidopor glândulas axilares. Arbóreos ou terrestres, solitários;

Nome Científico: Chironectes minimus

Nome popular: Cuíca-da-água

5.2.1.2.5. Investigar os sítios de desova das tartarugas marinhas e medidas para evitar 

 perturbações durante a nidação e eclosão, plotando-as no mapa de

localização do empreendimento em escala 1:2.000

Os sítios de desova de tartarugas identificados e caracterizados (item anterior) na linha dapraia frontal à área do empreendimento encontram-se em mapa no volume de anexos.

As medidas que devem ser tomadas, pelo empreendedor, para evitar perturbações durante anidificação e eclosão serão aquelas previstas na legislação vigente conforme a seguir.

INSTRUÇÃO DE SERVIÇO PARA ANÁLISE DE PROJETO EM PRAIAS DEDESOVA DE TARTARUGAS MARINHAS

1. ÓRGÃOS ENVOLVIDOS

Departamento de Engenharia Básica e Normalização -GEB, Departamento de Coordenaçãoda Região Metropolitana -TME, Departamento de Coordenação da Região Centro -TRC,Departamento de Coordenação da Região do Recôncavo -TRR, Departamento deCoordenação da Região Norte, TRN, Departamento de Coordenação da Região Oeste -TRO, Departamento de Coordenação da Região Sudoeste – TRD, Departamento deCoordenação da Região Sul – TRS, Departamento de Projetos e Construção – GPC,Departamento de Empreendimentos da Distribuição – TED e Departamento dePlanejamento de Investimentos – GPI.

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 2. OBJETIVO

Estabelecer procedimentos suplementares quando da análise e aprovação de projetos deinstalações consumidoras situadas próximas à praias de desova de tartarugas marinhas,

devido a legislação específica.1.  3. CONCEITUAÇÃO2.  3.1 IBAMA

Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis -é o órgão doGoverno Federal que tem como atribuição a preservação do meio ambiente.

3.2 TAMAR

É o órgão ligado ao IBAMA que tem como atribuição específica criar as condições para apreservação das tartarugas marinhas.

3.3 MARÉ DE SIZÍGIA (Maré Alta)

Maré de grande amplitude que se segue ao dia de lua cheia ou de lua nova.

3.4 PREAMAR (Maré de Lua)

É o limite superior de contato entre o mar e a praia.

1.  4. INFORMAÇÕES GERAIS2.  4.1 As áreas de proteção ambiental para preservação das tartarugas marinhas queexistem no litoral baiano, são definidas através da Lei Estadual nº. 7034 de fevereiro de1997 (Anexo A).3.  4.2 Numa faixa de praias de 50 metros, contada a partir da linha de maré de sizígia,o nível de iluminamento deve ser de zero lux.4.  4.3 A iluminação junto à praia deve ser, sempre que possível, do tipo indireta.5.  4.4 Devem ser utilizadas lâmpadas de baixa potência, por ponto de luz.6.  4.5 As luminárias e refletores devem estar com seus focos na direção oposta à praia.7.  4.6 Não é permitida a existência de postes altos, com montagem das luminárias empétalas, em regiões próximas à praia.8.  4.7 A linha de zero lux deve estar 50 metros acima da preamar das marés de sizígia.9.  4.8 Para a apresentação dos projetos deve ser solicitado ao cliente, as seguintes

informações:

a) Cotas da preamar de sizígia;b) Limite dos 50m da preamar de sizígia, indicada em planta ;c) Curva isolux indicando o nível de zero lux;d) Tipo de luminária e lâmpada;e) Posição de instalação da luminária em relação a rua e a praia.

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1.  4.9 Os projetos são analisados por comissão formada pela COELBA e “ProjetoTAMAR – IBAMA”, onde se verifica as características dos sistemas de iluminaçãopropostos e os fatores ambientais da área em questão.2.  5. PROCEDIMENTOS Analista de Projeto3.  5.1 Recebe do cliente interessado os projetos de instalações elétricas e iluminação

propostos nas áreas de abrangência da Lei Estadual nº. 7034.4.  5.2 Verifica se não existe nenhum tipo de foco luminoso apontado diretamente parao mar.5.  5.3 Verifica, no projeto, se a linha de zero lux indicada atende aos 50 metros acimada preamar das marés de sizígia.6.  5.4 Encaminha cópia do projeto para a Fundação PRÓ-TAMAR – Caixa Postal2219, Salvador – Ba CEP 40.060-030.7.  5.5 Analisa o projeto, juntamente com a Fundação PRÓ-TAMAR .8.  5.6 Caso exista a necessidade de execução de testes, realiza ensaios com os modelospropostos, juntamente com a Fundação PRÓ-TAMAR.9.  5.7 Conforme resultado da análise e/ou testes, procede de acordo com um dossubitens abaixo:

1.  5.7.1 Estando corretos, aprova os projetos.2.  5.7.2 Não estando corretos, devolve os projetos com sugestões de alteração, visandoatender aos critérios preestabelecidos.3.  5.8 Responde ao cliente interessado.4.  5.9 Realiza medições, após a energisação do circuito, com os modelos apresentadospara comprovação da eficiência do sistema projetado.5.  6. REFERÊNCIAS

PDP 01 -Norma para Elaboração de Projeto de Rede Aérea de Distribuição Urbana. PDP

01.04 -Instrução de Serviço para Projeto de Aterramento de Rede de Distribuição.PDP 01.06 – Instrução de Serviço para Elaboração de Projeto de Travessia em ViasNavegáveis, Estradas e Ferrovias.

7. APROVAÇÃO

CÉSAR AUGUSTO RIBEIRO TEIXEIRA Gerente do Departamento de EngenhariaBásica e Normalização – GEB

150

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 RESOLUÇÃO Nº. 10, DE 24 DE OUTUBRO DE 1996O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE -CONAMA, no uso de suasatribuições e competências que lhe são conferidas pela Lei nº. 6.938, de 31 de agosto de1981, alterada pela Lei 8.028, de 12 de abril de 1990, regulamentada pelo Decreto nº.

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99.274, de 06 de junho de 1990, e tendo em vista o disposto em seu Regimento Interno, eConsiderando a necessidade de proteção e manejo das tartarugas marinhas existentes noBrasil: Dermochelys coriacea; Chelonia midas; Eretmochelys imbricata; Lepidochelys

olivacea e Caretta caretta; Considerando que, o IBAMA, através do Centro deConservação e Manejo das Tartarugas Marinhas -Centro TAMAR, desenvolve atividades

para conservação e manejo das tartarugas marinhas nestas áreas; Considerando que emalgumas praias primordiais para a manutenção das populações de tartarugas marinhas estãose implantando projetos de desenvolvimento urbano; Considerando as atribuições legais daSecretaria de Patrimônio da União e do Ministério da Marinha; Considerando que éobrigação do poder público manter, através dos órgãos especializados da AdministraçãoPública, o controle permanente das atividades potencial ou efetivamente poluidoras, demodo a compatibilizá-las com os critérios vigentes de proteção ambiental, Resolve: Art. 1ºO licenciamento ambiental, previsto na Lei 6.938/81 e Decreto 99.274/90, em praias ondeocorre a desova de tartarugas marinhas só poderá efetivar-se após avaliação erecomendação do IBAMA, ouvido o Centro de Tartarugas Marinhas -TAMAR. ParágrafoÚnico: Para o licenciamento, o órgão licenciador consultará a Secretaria de Patrimônio da

União e o Ministério da Marinha. Art. 2º As áreas previstas no art.1º situam-se: a) noEstado do Rio de Janeiro, da praia do Farol de São Tomé (Município de Campos) até adivisa com o Estado do Espírito Santo; b) no Estado do Espírito Santo, do Portocel(Município de Aracruz) até a divisa com o Estado da Bahia; c) no Estado da Bahia, dadivisa com o Estado do Espírito Santo até a foz do rio Corumbá (Município de Itamaraju) eda praia de Itapuã (Município de Salvador) até a divisa com o Estado de Sergipe; d) noEstado de Sergipe, da divisa com o Estado da Bahia até o Pontal dos Mangues (Municípiode Pacatuba) e da praia de Santa Isabel (Município do Pirambú) até a divisa com o Estadode Alagoas; e) no Estado de Alagoas, da divisa com o Estado de Sergipe até o final da faixalitorânea do Município de Penedo; f) no Estado de Pernambuco, no Distrito Fernando deNoronha, as praias do Boldro, Conceição, Caieira, Americano, Bode, Cacimba do Padre e

Baía de Santo Antônio; e g) no Estado do Rio Grande do Norte, em toda extensão da praiada Pipa (Município de Alagoinhas). Art. 3º A não observância ao disposto nesta Resoluçãoimplica na nulidade do

licenciamento ambientalefetuado,

semprejuízo das demais sanções previstas

em

legislação específica.Art. 4º Esta resolução entra

emvigor

nadatade

suapublicação,revogadas

as

disposições emcontrário.

INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOSNATURAIS RENOVÁVEIS MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, DOSRECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL PORTARIA Nº 10, de 30 janeiro de 1995

O PRESIDENTE SUBSTITUTO DO INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTEE DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS -IBAMA, no uso das atribuiçõesprevistas no art. 24 da Estrutura Regimental anexa ao Decreto Nº. 78, de 05 de abril de

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1991, e no art. 83, inciso XIV, do Regimento Interno, aprovado pela Portaria GM/MINTERNº 445, de 16 de agosto de 1989, e tendo em vista o que consta no Processo no02001.000128/95-13;

.  • considerando a necessidade de proteção e manejo das tartarugas marinhas,

Dermochelys coriacea, Chelonia mydas, Eretmochelys imbricata, Lepidochelys olivacea eCaretta carreta, existentes no Brasil;.  • considerando que a Lei 4.771/65, de 15 de setembro e 1965, em seu art. 2º,letra "f", considera de preservação permanente as florestas e demais formas de vegetaçãonatural situada nas restingas;.  • considerando que a Lei 7.661, de 16 de maio de 1988, que institui o PlanoNacional de Gerenciamento Costeiro, prevê em seu art. 3º o zoneamento de usos eatividades na zona costeira e dá prioridade à conservação e proteção, entre outros bens, dasrestingas, dunas e praias;.  • considerando que em algumas praias primordiais para a manutenção daspopulações de tartarugas marinhas estão se implantando projetos de desenvolvimentourbano;.  • considerando que o IBAMA através do Centro Nacional de Conservação eManejo das Tartarugas Marinhas -Centro TAMAR, desenvolve atividades para conservaçãoe manejo das tartarugas marinhas naquelas áreas;.  • considerando que a estratégia mundial para a conservação das tartarugasmarinhas recomenda que as desovas permaneçam nas praias de postura, reduzindo astransferências para cercados de incubação;.  • considerando que o trânsito de veículos nas praias ou nas suas proximidadescausa a compactação de ninhos, atropelamento de filhotes recém-nascidos no seu trajetopraia/mar e perturba as fêmeas matrizes durante a desova;.  • considerando que alterações ambientais desta ordem criam impactosirreversíveis sobre o êxito da nidificação, RESOLVE:

Art. 1º -Proibir o trânsito de qualquer veículo na faixa de praia compreendida entre a linhade maior baixa-mar até 50m (cinqüenta metros) acima da linha de maior pré-a-mar do ano(maré sizígia), nas seguintes regiões:

a) no Estado do Rio de Janeiro, da praia do Farol de São Tomé até a divisa com o Estado doEspírito Santo;

b) no Estado do Espírito Santo, do Porto Cel (Município de Aracruz) até a divisa com oEstado da Bahia;

c) no Estado da Bahia, da divisa com o Estado do Espírito Santo até a foz do Rio Corumba(Município de Itamaraju) e da praia de Itapoã (Município de Salvador) até a divisa com oEstado do Sergipe;d) no Estado do Sergipe, da divisa com o Estado da Bahia até o Pontal dos Mangues(Município de Pacatuba) e da praia de Santa Isabel (Município de Pirambu) até a divisacom o Estado de Alagoas;

e) no Estado de Alagoas, da divisa com o Estado de Sergipe ao final da fixa litorânea do

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Município de Penedo;

f) no Estado de Pernambuco, no Distrito de Fernando de Noronha as praias do Boldro,Conceição, Caieira, Americano, Bode, Cacimba do Padre e Baís de Santo Antonio; e

g) no Estado do Rio Grande do Norte, em toda extensão de praia da Pipa (Município deAlagoinhas).

Parágrafo Único -Os veículos oficiais em serviço e os particulares, em caso de comprovadanecessidade, estão dispensados do cumprimento desta Portaria.

Art. 2º -Compete ao Centro TAMAR, em conjunto com as Prefeituras Municipais,Polícia Militar e Marinha do Brasil, específicos de cada local:

a) identificar e bloquear os acessos às praias;

b) fiscalizar essas áreas; e

c) deliberar sobre aspectos técnicos e áreas não especificados nesta Portaria.

Art. 3º -Os infratores desta Portaria estão sujeitos às penalidades e sanções previstas emlegislação específica.

Art. 4º -Essa Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

ROBERTO SERGIO STUDART WIEMER

5.2.1.2.6. Caracterização e identificação dos sítios de reprodução das tartarugas

marinhas na área de influência direta e indireta no que tange a importânciabiológica desses sítios para recuperação e manutenção das populações que

utilizam a área. Considerar as informações quantitativas e qualitativas,

quanto ao uso da faixa de praia, coqueiral e ambiente marinho

O Projeto Tamar-Ibama criado 1980 é o responsável pelas atividades de pesquisa eproteção das tartarugas marinhas no litoral brasileiro. Divide seus esforços em 1.000quilômetros de praias no litoral brasileiro, com 20 bases de pesquisa estabelecidas nosúltimos 23 anos. Segundo o Tamar-Ibama o litoral da Bahia possui grande importânciabiológica paras as tartarugas marinhas, pois cerca de 70% das desovas registradas na costabrasileira, ocorrem em praias baianas. A Bahia é a principal área remanescente de desovas

das tartarugas: tartaruga-cabeçuda Caretta caretta e tartaruga-de-pente Eretmochelysimbricata, tartaruga-verde Chelonia mydas e tartaruga-oliva Lepidochelys olivacea – todasameaçadas de extinção.Praia do Forte localiza-se no município de Mata de São João no Estado da Bahia,possuindo aproximadamente 14 quilômetros de praias, desde a foz do rio Pojuca até a fozdo rio Imbassaí. Os dois primeiros quilômetros, a partir da foz do rio Pojuca, formam umapequena enseada, limitada ao norte pela foz do rio Açu, a partir daí começam a aparecerrecifes de corais na face da praia (formação franja), que se desenvolvem até o quilômetro

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06. Dali em diante surge praias de mar aberto, com duas pequenas enseadas, separadas porpontais de areia até o quilômetro 09, logo em seguida, uma longa praia, que se estende doquilômetro 09 até o 14. Os recifes têm duas classificações segundo Nolasco 1987.

.  • recifes costeiros, adjacentes e paralelos à praia, alongados e pouco desenvolvidos;

.  •

recifes afastados da costa, constituídos de manchas recifais isoladas, comforma irregular.

Segundo o Tamar-IBAMA 2003, os recifes costeiros funcionam como barreiras naturaispara a subida das tartarugas marinhas para desovar, tendo como principais organismosconstrutores os corais do gênero  Mussismilia, Siderastrea e Favia, o hidrocoral Millepora

alcomis e algas calcárias.

− Espécies de corais encontradas no ambiente marinho na área de Praia do Forte: Agaricia agarites, Favia grávida, Favia leptophyla, Mussimilia brasiliensis,

 Mussimilia hartii, Mussimilia híspida, Porites sp e Siderastrea stellata.

− Algas marinhas, onde algumas das espécies servem de alimento para as tartarugasmarinhas:Caulerpa mexican, Caulerpa racemosa, Codium intertextum, Halimeda opuntia,

 Halimeda tuna, Chaetomorpha antennina, Cladophoropsis membranaceae,

 Dictyosphaeria versluysii, Enteroorpha flexuosa, Ulva lactuca, Dictyota

cervicornis, Padina gymnospora, Sargassum vulgare, Ceramium sp, Acanthofhora

spicifera, Vidalia obtusiloba, Jania rubens, Gelidium pusillum, Gracilaria

cervicornis, Gracilaria cuneata, Gracilaria domingensis, Hypnea musciformis,

Solieria filiformis, Meristiella gelidium, Galaxaura marginata.

O diagrama abaixo mostra o ciclo de vida das tartarugas marinhas.

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 Fig. 01 Ciclo de vida das tartarugas marinhas

As tartarugas marinhas desovam nas praias tropicais arenosas depositando em média 500ovos, subdivididos entre 3 a 7 posturas na areia. Depois de 50 a 60 dias de incubação,dependendo do calor da areia, os ovos eclodem e os filhotes caminham parao mar. Quando as fêmeas amadurecem sexualmente, 20 a 30 anos de idade, voltam àspraias de origem para desovarem com o intuito de perpetuação da espécie.

No período de setembro a março, as fêmeas desovam nas areias da Praia do Forte e norestante da costa brasileira, do Estado do Rio de Janeiro até o Ceará. Nas ilhas oceânicas, operíodo é de janeiro a maio, sendo elas, Fernando de Noronha, Atol das Rocas e Trindade.

Segundo o Tamar-Ibama 2003, a área onde está localizado o empreendimento, é parte deum importante sítio para a conservação das tartarugas marinhas, considerado como misto,ou seja, suas praias são importantes pontos de desova, e nas águas que a banham sãoencontrados indivíduos em diferentes estágios de desenvolvimento, com grandepredominância de juvenis, em busca de alimento.

O trecho em estudo mantém remanescentes de desovas de 04 espécies de tartarugasmarinhas, onde em maior números – tartaruga-cabeçuda Caretta caretta e tartaruga-de-

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pente Eretmochelys imbricata, em menor número a tartaruga-verde Chelonia mydas e atartaruga-oliva Lepidochelys olivacea – todas ameaçadas de extinção.

Vale ressaltar que a tartaruga-de-pente Eretmochelys imbricata, está classificada comocriticamente em perigo -IUCN 2002, e em perigo, de acordo com a Lista da Fauna

Ameaçada de Extinção segundo o IBAMA/2003.

Segundo o Banco de dados do Projeto Tamar-Ibama, a tartaruga-de-pente Eretmochelys

imbricata, atualmente só desova em cerca de 220 quilômetros de praias do litoral norte daBahia, com cerca de 400 desovas a cada ano, constituindo um dos mais importantes sítiosreprodutivos para a espécie no mundo. Muitos dos estudos realizados pelo Tamar-Ibama,mostram que Praia do Forte, possui condições únicas e favoráveis à ocorrência destesanimais.

A estratégia de conservação aplicada do Tamar-Ibama em Praia do Forte, cria uma área deestudo integral (AEI) no trecho de Praia do Forte, que mantém características propícias parao monitoramento diário das desovas e a manutenção dos ninhos “in situ” (no seu lugar deorigem). Somente não permanecem “in situ” as desovas localizadas no trecho de 03quilômetros de praias em frente à vila dos pescadores de Praia do Forte, onde ocorre um

fluxo turístico intenso, sendo que esta área possui um menor número de ninhos, poiscorresponde a zona de recifes, o que limita as subidas das fêmeas somente aos períodos demaré alta (Tamar-Ibama 2003).

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 O Projeto Tamar-Ibama realizou um levantamento das 05 últimas temporadas reprodutivas(entre 1998-2003) na região entre os rios Pojuca (km 01) e Imbassaí (km 14). O númerototal obtido foi de 2014 desovas, sendo este separado por cada quilômetro de praia, paramelhor representar a importância de cada quilômetro.

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 no bolsão km 6-7 em Praia doForte

Para esclarecimento geral das desovas no litoral da Bahia, a Base do Tamar-Ibama emArembepe (monitora 47 km de praias) registrou na temporada de 2002/2003, o maiornúmero de desovas de tartarugas marinhas, respondendo por 37% do total de desovasocorridos no litoral norte da Bahia, A Base de Sítio do Conde (monitora 121 km de praias)registrou 34%, enquanto que a base de Praia do Forte (monitora 30 km de praias) e Costado Sauípe (monitora 16 km de praias) registraram, respectivamente 22% e 7% do total dedesovas da região (Relatório Técnico Anual 2002/2003 Tamar-Ibama).

O gráfico 06, mostra a porcentagem de desovas na Praia do Forte (área de influência diretae indireta), que ocorre em cada um dos quilômetros da área analisada nos últimos 5 anos,sendo que o km 7 é o setor de responsável por 23% de todas as desovas na Praia do Forte, eo quilômetro 1 é responsável por 10%, onde demonstra a grande importância destas áreas.Gráfico 06 – Distribuição percentual por quilômetro de praia das desovas registradas nas últimas cincotemporadas reprodutivas -Banco de dados Tamar-Ibama / 2003.

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O gráfico 07 mostra a quantidade de desovas na Praia do Forte (área de influência direta eindireta), que ocorre em cada um dos quilômetros da área analisada nos últimos 5 anos,sendo que o km 7 é o setor de responsável por 492 desovas, e o quilômetro 1 é responsávelpor 200 desovas.

Gráfico 07 – Distribuição quantitativa por quilômetro de praia das desovasregistradas nas últimas cinco temporadas reprodutivas -Banco de dados Tamar-Ibama / 2003.

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 5.2.1.2.7. Descrição geral das inter-relações fauna-fauna e fauna-flora

A heterogeneidade espacial da restinga tem sido demonstrada como importante fator queinfluencia na diversidade de espécies da fauna terrestre. Áreas com maior diversidade porvolume de plantas, em geral, possuem riqueza de espécies animais, enquanto áreas comreduzida cobertura vegetal são relativamente pobres nesse aspecto. As razões para essaredução devem-se, sobretudo ao fato de que a baixa diversidade de microhabitats reduz aoferta de recursos. Por outro lado áreas com reduzida cobertura vegetal constituem-se emáreas abertas nas quais a pressão de competição e predação torna-se um importante fator.

Estudos relacionam a importância das plantas da restinga para diversos grupos de animais,especialmente, aves, lagartos, anfíbios e insetos. Estas são utilizadas fornecendo abrigo,refúgio, local para nidificação, variados recursos alimentares, entre outros.

Pensando numa escala de necessidades das espécies animais em relação direta com osvegetais é possível destacar as espécies que compõem a ornitofauna. As aves são criaturasque de diversas maneiras, já citadas anteriormente, se relacionam e dependem dos vegetais,além de contribuir, também, na manutenção da integridade e desenvolvimento dos mesmos,sobretudo através dos processos reprodutivos que participam. Dessa forma facilitam areprodução das plantas devido aos mecanismos de polinização, dispersão e/ou germinação

de sementes. Sander et all (1976) publicaram uma lista com cerca de 300 espéciesbotânicas úteis às aves das quais 26 são encontradas na área de influência doempreendimento.

No caso dos Trochilideos, grupo de aves encontrado no local, em virtude da polinizaçãoque realizam decorre a sua contribuição para a defesa e proteção das plantas, uma vez quese relaciona essa função com a conservação e reprodução das mesmas. A importânciaindispensável não só pela morfologia da flor, mas, pela disposição anatômica e mesmo por

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particularidades fisiológicas de muitas espécies botânicas, entre elas as bromeliáceas,concorrem para uma polinização perfeita. São adaptações de ambos os lados, decorrentesde estratégias para garantir a sobrevivência e sucesso de cada espécie (Ruschi, 1949).

 Hohenbergia littoralis, espécie da família Bromeliaceae muito comum em toda a área de

influência direta do empreendimento, evoluiu um mecanismo para armazenar a água dachuva: a disposição espiralada de suas folhas permite que estas retenham água tanto nasbainhas quanto na porção central da planta (tanque ou copo). O tanque e as folhas contendoágua com os nutrientes não absorvidos constituem um microhabitat para inúmeras espéciesde animais. Diferentes grupos de invertebrados e de vertebrados como lagartos e anfíbiosanuros dependem deste microhabitat para sua alimentação, reprodução e refúgio contrapredadores.

O papel ecológico que diversas espécies desempenham na restinga pode ser evidenciado nocaso do Tropidurus torquatus, uma espécie de lacertílio muito comum na restinga da Praiado Forte e que pode ser facilmente observada quando se caminha pela área. Podem ser

encontrados sobre os terrenos dominados por areia, sobre troncos de pequenos arbustos, ouainda nas proximidades da palmeira acaule guriri ( Allagoptera brevicallyx ), cujas folhaspendentes ao chão fornecem excelentes abrigos também para outras espécies de lagartos. Aplasticidade do Tropidurus torquatus no que se refere à ocupação e ao hábito alimentardescrito por alguns autores como oportunístico e generalista, confere fatores importantesque certamente contribuem para o sucesso da espécie na ocupação, adaptação e a utilizaçãodos recursos disponíveis dentro do espectro ambiental. (Teixeira et all, 1999).

A relação entre a composição do habitat de uma área de restinga e uso do espaço porlagartos foi descrita por Rocha (1991). Este trabalho revelou que em geral os lagartosencontram-se associados aos ambientes em que é maior a cobertura vegetal. É provável quea vegetação atue minimizando a exposição aos predadores e aumentando a disponibilidadede artrópodes (presas potenciais) no local. Dessa forma, a proximidade com a área que avegetação é mais densa, além de proporcionar maior disponibilidade de recursosalimentares, diminuindo a necessidade de locomoção em busca de sítios de forrageamento.

Pesquisas sobre dieta de mamíferos são necessárias para se entender as relações entre osnichos, processos competitivos e as influências que os mesmos exercem sobre osecossistemas. Diversos trabalhos foram feitos no sentido de correlacionar a disponibilidadede alimento com a utilização do habitat e com o período reprodutivo de roedores darestinga. Talamoni et all (1999) analisou a dieta de 13 espécies de mamíferos dos quais amaioria apresentou hábito herbívoro-onívoro, com preferência às partes vegetativas dasplantas.

Mittermeier descrevendo a ecologia e o comportamento de primatas neotropicais fezreferência aos vegetais utilizados na dieta do mico-de-tufo-branco (Callithrix jacchus),primata muito encontrado em toda a região. A maioria são árvores frutíferas, mas estesanimais não se restringem aos frutos, utilizam-se também das folhas e do látex.As cadeias alimentares dos ecossistemas terrestres na área proposta para o empreendimentosão de dois tipos básicos: a cadeia alimentar de pastoreio, que é aquela que, partindo dos

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vegetais, passa pelos herbívoros de pastoreio, isto é, organismos que se alimentam deplantas vivas, e seguem pelos carnívoros, aqueles que se alimentam de animais; a outra é acadeia alimentar de detritos, que vai da matéria orgânica morta, passa para osmicroorganismos e depois para os organismos que se alimentam de detritos (detritívoros) ede seus predadores. No ambiente de restinga, verifica-se que a cadeia alimentar de

pastoreio é mais significativa do que a cadeia alimentar de detritos, visto que a maior parteda energia flui a partir da luz solar, penetrando no meio biótico através das plantas, sendo apartir daí distribuída para os outros níveis tróficos. (EIA-Reta Atlântico-2003).

Fig. 02 – Mostra a cadeia trófica do ecossitema.Tabela 11

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

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Hymenoptera abelhas, vespas,marimbondos ,formigas

Esta ordem possui grande importância, pois muitosmembros são parasitas ou predadores de outros insetos,sendo os principais responsáveis pelo controlebiológico, e as abelhas, são os principais responsáveispela polinização de muitas plantas. Por outro lado

existem várias formigas e abelhas que são pragasagrícolas. As abelhas dependem das flores para suasobrevivência, pois obtêm nelas os açúcares de quenecessitam para obter a energia calórica, e o pólen ésua fonte de proteínas. Esta relação entre as abelhas eas flores funciona nos dois sentidos: ao mesmo tempoque as abelhas se beneficiam visitando as flores ecolhendo ali o seu alimento, as flores se beneficiam davisita produzindo melhores frutos. As abelhas semferrão são visitantes importantes das copas das árvores.Provavelmente são responsáveis pela preservação da

nossa vegetação nativa. Também servem de alimentopara pássaros, répteis e outros grupos

Diptera moscas,mosquitos,pernilongos,borrachudos

Ordem de importância médica, sendo muitos de seusmembros transmissores de doenças, por serem:hematófagos, alguns pragas agrícolas, minadores defolhas e alimentarem-se de outras partes da planta. Poroutro lado, muitos dípteros são predadores ou parasitas(inimigos naturais) de diversos insetos nocivos, outrosauxiliam na polinização (apenas sugam o néctar) eoutros são inimigos de plantas daninhas (minadores),

além de servirem de alimento para animais insetívoros.Phasmatodea Bicho-pau Servem de alimento para anfíbios, répteis, aves e

mamíferos.Orthoptera Grilos e São alimento para anfíbios, aves, répteis, peixes e até

gafanhotos alguns mamíferos.Lepdoptera Borboleta Servem de alimento para aves e outros animais, além

de serem polinizadoras.Mariposa Na fase de lagarta são grandes predadores de

vegetais, os coqueiros são atacados.Orthoptera Libélulas Ajudam no controle de pragas como o mosquito Aedes

aegypti, responsável pela transmissão da dengue.Também servem de alimento para anfíbios, répteis,aves e mamíferos.

Cavalo-do- Alimentam-se de aranhas.cão

Isoptera Cupins Servem de alimento para vários grupos de animais eajudam na ciclagem de nutrientes, alimentando-se de

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  madeira morta.

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

Araneae Aranhas Ajudam no controle de animais nocivos como baratas

e mosquitos. Sservem de alimento para anfíbios,répteis, aves e mamíferos.

Anura Sapos, rãs epererecas

Servem de alimento para répteis e ajudam no controlede pragas, alimentam-se de insetos.

Tupinambis teiú Come larvas, insetos e toda a bicharada miúda queteguixim encontra, inclusive ratos, baratas e cupins cujos

ninhos escava e destrói. Iguana iguana Iguana Servem de alimento para cobras, aves de rapina e

alimentam-se de insetos, ajudando no controle depragas.

 Boa Jibóia São predadores de roedores.constrictor 

Crotalus Cascavel Alimenta-se de anfíbios, répteis, aves e insetos. Seudurissus veneno é extraído e utilizado na produção de vacinas

terrificus e pesquisas. Micrurus coral Alimentam-se de outras cobras.lemniscatus e verdadeira Micrurus

ibiboboca

 Drymarchon papa-pinto- Alimenta-se de outras cobras.corais corais amarelo

Caimanlatirostris

Jacaré-de-papo-amarelo

animais ao se alimentarem daqueles indivíduos maisfracos, velhos e doentes, que não conseguem escapar

de seu ataque. Também controlam a população deinsetos e dos gastrópodos (caramujos) transmissoresde doenças como a esquistossomose (barriga-d'água)

 Athene

cunicularia ou

Speotyto

cunicularia

Coruja-buraqueira

Por alimentar-se de insetos, é muito útil ao homem,beneficiando-o na agricultura. Come pequenosroedores (ratos), insetos e cobras

Tyto alba Suindara caça ratos à noite, próximo a habitações humanas -porisso considerada uma “ratoeira voadora” e uma dasaves mais “úteis” no que se refere à economia humana

Aratinga Aratinga-de- Dispersoras de sementes.solstitialis e peito-vermelho

eAratinga aurea jandaia-estrela

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Piaya cayana Alma-de-gato Aliás, essa ave deve ser protegida, pois é muito útil aoagricultor. O exame de 155 estômagos de almas-de-gato evidenciou que estas aves são insetívoras e que50% do conteúdo era de lagartas que atacam as nossasculturas

Crotophaga Anu-preto faz ninhos coletivos, em formato de uma grandeani xícara aberta, os grandes ninhos, de concavidadeprofunda, quando abandonados, são às vezes

aproveitados por outros pássaros ou até mesmo por

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

pequenos mamíferos, sobretudo marsupiais, e cobras,se instalam nesses ninhos, às vezes após ter depredadoseu conteúdo. É atribuída a carne um valor curativo emdoenças venéreas e asma. Controle

biológico de pragasGuira guira Anu-branco faz ninhos coletivos, em formato de uma grande xícara

aberta, os grandes ninhos, de concavidade profunda,quando abandonados, são às vezes aproveitados poroutros pássaros ou até mesmo por pequenosmamíferos, sobretudo marsupiais, e cobras, se instalamnesses ninhos, às vezes após ter depredado seuconteúdo. É atribuída a carne um valor curativo emdoenças venéreas e asma

Apodiforme Beija-flor Sua alimentação é basicamente néctar, sendo assim sãoresponsáveis pela polinização das plantas que visitam.

 Mimus

saturninus

 Mimus gilvus

Sabiá-do-campo Sabia-da-praia

as sementes ingeridas são eliminadas intactas atravésdas fezes ou por regurgitação, o que o torna um agentedispersor das mesmas nas restingas

 Icterus icterus Sofre as sementes ingeridas são eliminadas intactas atravésdas fezes ou por regurgitação, o que o torna um

agente dispersor das mesmas nas restingasCoereba Cambacica Polinizadoras flaveola

 Ramphocelus Tiê-sangue Disseminador de semente.

bresiliusSporophila Caboclinho Dispersores de sementes de gramíneas.bouvreuil

 Molothrus Chopim Parasita o ninho de outras aves.banariensis

Passer  Pardal Pardais e agricultores são inimigos porque o pardaldomesticus causa grande prejuízos nos pomares e plantações de

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  cereaisCoragyps

atratus

Urubu- Como consumidores de carne em decomposição,

comumCathartes aura Urubu-de-

desempenham imortante papel de limpeza, eliminandomatérias orgânicas em putrefação.

cabeça Também ingerem fezes.vermelhaCathartes Urubu-de-burrovianus cabeça

amarela Herpetotheres

cachinnans

Acauã alimenta-se de lagartos, morcegos e cobras – das quaistornou-se famoso exterminador, apesar de caçarprincipalmente espécies inofensivas, como a cobra-cipó

Falco Gavião-quiri- Alimenta-se de morcegos, pequenas aves, lagartos esparverius quiri insetos.

Nome Nome InteraçãoCientífico popular

 Mivalgo Gavião- Alimenta-se de carrapatos, bernes no lombo do gado,Chimachima carrapateiro pode se alimentar de lagartos, cupins em revoada,

cadáveres de animais mortos, fezes, frutos e quandotem chance ovos de aves.

Glossophaga Morcego São importantes polinizadores de várias espéciessoricina vegetais e também podem hospedar o vírus da raiva Didelphis Gambá São reservatórios naturais do tripanossomo,

marsupialis e protozoário causador da doença de chagas. Didelphis

albiventris

Callithrix 

 jacchus

Mico-estrela-de-

Alimenta-se de flora do Syagrus coronata, Syagrus

tufos-brancos schizophylla, Tapira guianensis Anacacardium

occidentale, Inga fagifolia, Aechemea Dasyprocta

aguti

Cutia Alimenta-se de frutos de palmáceas, importante na

dispersão de sementes florestaisCerdocyon

thous

Raposa-da-

praia

São onívoras e os maiores predadores naturais dos

ovos de tartarugas marinhas na área. As raposas sãoreservatórios naturais de tripanossomo e Leishmaniose

Segue no volume de anexos fotos com identificações da relação fauna-fauna efauna-flora.

Tabela 12 -Listagem Das Espécies Vegetais E Sua Importância Para Fauna

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NOME CIENTÍFICO UTILIZAÇÃO PELA FAUNA Allagoptera brevicallyx M. Moraes Suas folhas pendentes servem de abrigo para répteis como o

Tropidurus torquatus. Anacardium occidentale L. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

 Annona glabra L. Frutos usados na dieta da Avifauna. Byrsonima blanchetiana Miq. Frutos usados na dieta da Avifauna. Byrsonima sericea DC. Frutos usados na dieta da Avifauna.Casearia sylvestris Sw. Frutos usados na dieta da Avifauna.Cereus fernambucensis (L.) Lam. Frutos usados na dieta da Avifauna.Cupania oblongifolia Mart. Frutos usados na dieta da Avifauna. Diospyrus sp. Frutos usados na dieta da Avifauna.Erythroxylon passerinum Mart. Frutos usados na dieta da Avifauna.Eugenia uniflora L. Frutos usados na dieta da Avifauna.Ficus cluseifolia Schot Frutos usados na dieta da Avifauna.Ficus gomelleira Kunht & Bouché Frutos usados na dieta da Avifauna. Himatanthus lancifolius (Müll.

Arg.) Woodson

Frutos usados na dieta da Avifauna.

 Hohenbergia littoralis L. B. Smith Seu tanque fornece abrigo, alimento e facilita a reprodução deAnfíbios e Répteis como Tropidurus torquatus e Tropidurus

hispidus.

 Inga fagifolia (L.) Willd. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

 Jacaranda obovata Cham. Frutos usados na dieta da Avifauna. Lantana sp. Frutos usados na dieta da Avifauna. Manilkara salzmanii (A DC.)Lamarck

Frutos usados na dieta da Avifauna.

Ocotea notata (Nees) Mez Frutos usados na dieta da Avifauna.

Panicum decipiens Nees Frutos usados na dieta da Avifauna.Panicum dichotomiflorum Michx. Frutos usados na dieta da Avifauna.Panicum sp1 Frutos usados na dieta da Avifauna.Panicum sp2 Frutos usados na dieta da Avifauna.Passiflora foetida L. Frutos usados na dieta da Avifauna.Pouteria grandiflora (A. DC)Baehni

Frutos usados na dieta da Avifauna.

Psidium araça Raddi Frutos usados na dieta da Avifauna.Schinus terebinthifolius Raddi Frutos usados na dieta da Avifauna.Stenotaphrum secundatum (Walter)Kuntze

Frutos usados na dieta da Avifauna.

Syagrus coronota (Mart.) Becc. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

Syagrus schizophylla (Mart.)Glassman

Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

Tapirira guianensis Aubl. Frutos usados na dieta da Avifauna e do primata Callithrix

 jacchus.

5.2.1.2.8. Diagnóstico da situação geral da fauna e das ações antrópicas sobre ela

exercida

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A fauna vem sendo exterminada em várias regiões do litoral norte da Bahia, por açõesantrópicas, seja pela caça clandestina, a modificação de habitas, que conduz à perda deoutras espécies, pela ação do fogo, derrubada de florestas, agricultura, drenagem,terraplanagens e poluição.

A comunidade conservacionista tem focalizado sua atenção constantemente sobre a máconservação das florestas tropicais, lamentando a perda da cobertura vegetal em vastasáreas do país, especulando sobre extensas florestas que ainda existem intactas, onde aindase encontra várias árvores frondosas e exuberantes, usando este argumento comoindicadores do seu estado de conservação.

No entanto a presença de enormes troncos não garante a presença da fauna, pois muitasvezes as árvores permanecem em lugares onde as atividades humanas extinguiram amaioria dos animais.

A ausência de animais tem profundas implicações na preservação das florestas, fazendonosacreditar que tudo ali esta bem, várias destas florestas são mortas-vivas (Janzen, 1988).Embora imagens de satélite, fotos áreas, registrem grandes extensões de florestaspreservadas, elas estão vazias de grande parte da riqueza faunística. Uma floresta vazia éuma floresta condenada.

Nas formações florestais, os animais são importantes, não apenas como fonte de alimentode subsistência para populações tradicionais, mas também como componentes ecológicosintegrantes do ecossistema e qualidade ambiental dos mesmos.

A região em estudo – Fazenda Praia do Forte, mantém grandes áreas ainda conservadas,cerca de 97% da propriedade mantém ecossistemas integrados e conservados, secomparados a outra localidades do litoral norte da Bahia, podendo citar a Reserva deCamurujipe com cerca de 2.000 hectares de floresta atlântica, e a Reserva da Sapirangacom 600 hectares, fora os ecossistemas associados como a Lagoa do Timeantube com 340hectares, restingas, manguezais, e áreas de desovas de tartarugas marinhas, em toda suaextensão.

A administração da fazenda Praia do Forte mantém uma equipe de biólogos e guardasflorestais, para a gestão ambiental da propriedade, que desenvolvem programas deeducação ambiental, fiscalização, monitoramento das áreas visitadas e manejo de fauna eflora nas reservas particulares da propriedade, garantindo até os dias de hoje a qualidadeambiental da mesma. Várias estratégias são elaboradas para fortalecer este espíritoconservacionista. Como exemplo podemos citar o apoio de projetos de conservação epesquisa de espécies em extinção, Projeto Tamar-IBAMA, Projeto Baleia Jubarte-Ibama, erecentemente o Projeto Arara-azul-de-lear  Anodorhynchus leari e Ararinha-azulCyanopsitta spixii -Cemave-Ibama, onde está sendo construído o Quarentenário e Centro deReprodução destas espécies endêmicas da Bahia, que através da Fundação Garcia D´Ávila,vem apoiando estes projetos, na doação de áreas, comodatos, termos de cooperação técnicae parcerias entre os profissionais envolvidos.Desta forma, numa visão geral da fauna e das ações antrópicas, a propriedade em estudo, semantém num bom estado de conservação, onde se pretende garantir para as futuras

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gerações, a oportunidade de conhecer o que a natureza nos oferece todos os dias- qualidade de vida.

Vale ressaltar que as características locacionais do empreendimento valorizaram avegetação de maior importância presente na área de intervenção, adaptando os seus

equipamentos de modo a preservar os bolsões e corredores onde se encontra maiordiversidade e porte, o que contribuirá para minimizar os impactos sobre a fauna localpropiciando a preservação dos seus hábitos e mantendo a qualidade de vida.

Segue no volume de anexos pranchas com identificação de alguns representantes da faunaque ocorre em Praia do Forte, material utilizado para avistagem de animais silvestres naFazenda Praia do Forte.

5.2.1.2.9. Registro e mapeamento das áreas de dessedentação e corredores de fauna,

 principalmente os localizados nas áreas de preservação permanente

Este mapa encontra-se no volume de anexos.

5.2.1.2.10. Descrição dos aspectos básicos referentes á ecologia: habitat, nicho

ecológico, relações na teia alimentar etc., em relação ás espécies raras e às

ameaçadas de extinção

Nome Científico: Eretmochelys imbricata Nome popular: tartaruga-de-pente Tamanho: ocomprimento da carapaça varia de 53cm à 115cm quando adultas e podem chegar a pesar150Kg; Características: a carapaça é elíptica com os escudos dorsais imbricados(sobreposição das escamas). A cabeça é de tamanho médio, estreita e com um bicopontudo. É a mais colorida das tartarugas marinhas. As escamas da cabeça têm margenscreme ou amareladas. O arranjo das cores é diversificado: marrom, preto, vermelho eamarelo. Ao longo do plastrão há duas quilhas; Hábitat: formações recifais; Dieta:omnívora -come de tudo, anêmonas, medusas, algas, polvos, lulas, esponjas, caranguejos,ouriços do mar, pedras, lagostas, caranguejos, animais incrustastes, algas, esponjas,moluscos, folhas de mangue, frutas, madeira, mexilhões, lulas, polvos; Reprodução: adesova ocorre no verão e em poucas localidades, podendo ocorrer 1 ou 2 picos na mesma.Desovam de 2 a 5 vezes por estação, colocando de 73 a 189 ovos por ninho. A incubaçãoocorre entre 47 e 75 dias; Comportamento: áreas de alimentação tipicamente próximas àsáreas de desova. Há registros de comportamentos de "tomar sol" em praias inabitadas oupouco habitadas; Categoria: ameaçado de extinção – em perigo;

Nome Científico: Chelonia mydas Nome popular: tartaruga-verde Tamanho: a maior dastartarugas marinhas de carapaça dura. Pode variar de 71cm a 150cm e seu peso varia de40Kg à 160Kg. Pode chegar a pesar até 350Kg;Características: a cor de sua gordura localizada abaixo de sua carapaça. Possui umacoloração que pode ser escura, amarronzada e tons esverdeados e sua carapaça tem aforma oval. Os filhotes são marrons escuros ou quase preto, com parte ventral clara;Distribuição: amplamente distribuída nas águas tropicais e subtropicais;Hábitat: perto das costas continentais e em torno de ilhas. É herbívora, ou seja,

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alimenta-se de amontoados de pastagens marinhas que crescem em águas superficiais;Dieta: alimenta-se na costa brasileira, do estado de São Paulo até o Ceará;Reprodução: desova no verão, no Brasil - do Pará a Sergipe e em ilhas oceânicas como

o Atol das Rocas, Fernando de Noronha e Ilha de Trindade. Colocam entre duas a cinco

ninhadas por estação. A quantidade de ovos por ninho varia de 38 a 195; Comportamento:tem comportamento migratório entre as áreas de alimentação e de reprodução; Categoria:ameaçado de extinção -Vulnerável; Nome Científico: Caretta caretta Nome popular:tartaruga-cabeçuda Tamanho: o tamanho de fêmeas adultas está entre 81,5cm e 120cm,com um peso de 75Kg podendo chegar a até 200Kg; Características: tem a cabeça serbastante grande em proporção ao restante do corpo, podendo medir até 25cm. Quandoadulta, a carapaça em forma de "coração" e a cabeça larga, ampla e subtriangular, com doispares de escamas pré frontais e sua coloração é marrom-avermelhada. Os filhotes sãoescuros de cor marrom dorsalmente, plastrão usualmente muito pálido; Distribuição:amplamente distribuída ao redor do mundo, do norte do Trópico de Câncer ao sul doTrópico de Capricórnio; Dieta: carnívora durante toda a sua vida. Alimenta-se de

camarões, ouriços do mar, esponjas, peixes, lulas, polvos e águas-vivas; Reprodução: adesova aqui no Brasil está compreendida entre os meses de setembro a março em locaiscomo Maranhão e Ceará. Também são registrados ninhos desde Sergipe até a Bahia,Espírito Santo e Rio de Janeiro. As fêmeas podem desovar de 2 a 5 vezes por estação,depositando uma média de 110 ovos em cada ocasião. O acasalamento desta espécie érealizado ao longo das rotas migratórias entre as áreas de alimentação e as áreas dereprodução. A incubação "ótima" ocorre entre as temperaturas de 26º C e 32º C; quantomenor a temperatura, dentro deste limite, maior a propensão de nascerem machos;Comportamento: espécie mais comum desovando em nosso litoral. Pode permaneceradormecida durante o inverno, enterrada em fundos de lama em águas moderadamenteprofundas, como baías e estuários; Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Lepidochelys olivacea

Nome popular: tartaruga-olivaTamanho: variando de 51cm a 80cm, sendo que o macho adulto possui 3cm a mais quea fêmea e 2Kg a menos. Pode ter até 60Kg quando adulta;Características: a carapaça é quase redonda e os escudos laterais são sempre mais de 5pares. Tem coloração esverdeada e, com o crescimento, passa a ser cinza;Dieta: peixes, lagostas, caranguejos, algas, anêmonas, ovos de peixes;Reprodução: O número aproximado de ovos no ninho é de 109 e o período deincubação estende-se de 45 a 65 dias;Comportamento: as fêmeas emergem para desovar em agregações sincronizadas;

algumas vezes compreendem mais que 150.000 tartarugas, estas arribadas ocorremsomente em duas praias de Orissa State, na Índia, em duas praias no lado Pacífico daCosta Rica, no Suriname e em Guyana. Fora das áreas de desova, os adultos vivem emalto mar, viajando ou descansando em águas superficiais, mas, além disso, observaçõesde tartarugas mergulhando e se alimentando em 200m de profundidade têm sidoregistradas. Esta tartaruga normalmente migra ao longo de bancos de areia continentaisconvergindo no verão e outono para desovar em praias de pouca inclinação com grãos

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de areia finos a médios, ásperos e grossos;Predadores naturais: os filhotes são comidos por pássaros e mamíferos e pelocaranguejo fantasma. No mar por aves marinhas e peixes carnívoros. Grandes peixes epequenos tubarões são capazes de devorar juvenis, mas tartarugas sub-adultas e adultassão comidas apenas por tubarões. Adultos em praia de desova podem ser mortos por

cachorros e em algumas áreas por hienas, chacais e tigres;Categoria: ameaçado de extinção – em perigo;

Nome Científico: Phrynops hogei

Nome popular: cágadoTamanho: podem atingir 40 cm;Distribuição: por todo Brasil;Reprodução: postura de até 14 ovos, enterrados na areia;Comportamento: diurnos e aquáticos;Categoria: Phrynops hogei -ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Caiman latirostris

Nome popular: Jacaré-de-papo-amareloTamanho: 2m ou mais;Características: com coloração geralmente verde lodo, com listras de um amarelo sujo,quase pardacentas, ventre amarelo intenso, focinho pouco largo e achatado, o crânio nãoé triangular. São animais ectotérmicos (com temperatura variável, de acordo com oambiente), gostam de calor, não suportam o frio e têm boa visão noturna. Possuem umalonga cauda, útil na disputa por alimento (contra outros animais) e na locomoção dentroda água (a propulsão do jacaré);

Distribuição: desde o leste de PE ao RS, baixo Paraguai e alto rio Paraná;Hábitat: vive em rios não encachoeirados, lagos e brejos próximos ao mar e nas regiõespantanosas;Reprodução: o acasalamento ocorre na terra ou em charcos com pouca água. A fêmeacoloca 25 ovos em média, num ninho construído entre a vegetação, próximo à água, ecobre os mesmos com folhas secas e areia. Após a postura, a fêmea torna-se maisagressiva e nunca se afasta dos ovos;Comportamento: apreciam o "banho de sol" em grupos e à noite, caçam;Predadores naturais: o lagarto teiú (Tupinambis teguixin), o quati ( Nasua nasua) e oguaxinim (Procyon cancrivorus) são predadores dos ovos, e o gavião e outras aves dosfilhotes;

Categoria: ameaçado de extinção;

Nome Científico: Touit melanota

Nome popular: Apuim-de-costa-pretaTamanho: 16cm;Características: dorso e uropígio marrom-sepiáceo; lados da cauda vermelhos;Distribuição: ocorre da BA a SP e ocasionalmente no RJ;

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Hábitat: vive nas matas altas da Serra do Mar;

Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Nyctibius leucopterusNome popular: Urutau-de-asa-brancaTamanho: 30cm;Características: larga faixa branca nas coberteiras superiores das asas formando um“V” nas costas;Distribuição: Litoral Norte da BahiaHábitat: matas e capoeiras;Dieta: Insetos;Reprodução: em árvores isoladas, um único ovo;Comportamento: caçam na beira ou acima da mata, ou até no campo;Categoria: ameaçado de extinção;

Nome Científico: Pyriglena atra

Nome popular: Olho-de-fogo-rendadoTamanho: 17cm;Características: o macho possui mancha interescapular branca sempre visível (penasbrancas com uma mancha elíptica negra); a fêmea tem área branca interescapular;Distribuição: ocorre localmente ao norte do rio Paraguaçu, BA;Hábitat: comum em matas;Reprodução: faz ninho em forma de uma bolsa grande e fechada (de cerca de 10cm dediâmetro) de folhas secas e raízes, assentada no solo ou a pouca altura com entrada

látero-superior;Categoria: espécie ameaçada – em perigo;

Nome Científico: Xiphocolaptes falcirostris

Nome popular: Subideira-de-bigodeTamanho: 29cm;Características: de plumagem pálida, nítida faixa supra-ocular amarela, ventredesprovido, ou quase, de barras negras; bico pardo-claro e delgado;Distribuição: ocorre do MA à PR e BA;Hábitat: habita a floresta e mata ribeirinha;

Categoria: espécie ameaçada – vulnerável;

Nome Científico: Chaetomys subspinosus

Nome popular: Ouriço-cacheiroTamanho: pesa entre 1 a 2 kg;Características: possui pelo macio e sedoso;Distribuição: restritas ao sul da Bahia e ao Estado do Espírito Santo;

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Hábitat: endêmica da Mata Atlântica, vive em matas copadas nos extratos superiores erestingas;Dieta: alimentam-se basicamente de frutos e sementes;Comportamento: tem hábitos diurnos (crepusculares) e noturnos é essencialmentearborícola vindo raramente ao chão. Descansam sobre forquilhas (bifurcação de galhos

ou folhas) e cofeiros (emaranhados de cipós, folhas secas e bromélias) de canelas,araçás, palmeiras e outras;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Leopardus tigrinus

Nome popular: Gato-do-matoDistribuição: América Central e América do Sul;Hábitat: Floresta;Dieta: carnívoro;Reprodução: Gestação de 73 a 77 dias;

Tempo de vida: Aproximadamente 13 anos;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Leopardus wiedii

Nome popular: Gato-maracajáTamanho: 60 cm, mais 40 de cauda, a fêmea é menor que o macho, entre 1,75 e 3,5kg,com média de 2,4kg;Características: possui dorso amarelo - queimado e acinzentado na cabeça. Linhas emanchas arredondadas e listras negras distribuídas pelo corpo. Anéis completos nametade final da cauda. O alto da cabeça e lados da cara são amarelados. Possui manchas

brancas sob os olhos e na parte externa das orelhas. As orelhas são redondas e os olhosmuito grandes;Distribuição: América Central e América do Sul;Hábitat: florestas tropicais da América Central e América do Sul. São encontradostambém na costa do Pacífico;Dieta: carnívoro - pequenos mamíferos, aves e répteis;Reprodução: gestação de 81 a 84 dias;Comportamento: hábito noturno, terrestre e arbórea, solitário. Capaz de trepar nasárvores com grande agilidade e rapidez. Essas acrobacias são facilitadas pelaconformação especial de suas patas: os pés podem girar 180º sobre si mesmo, o quepermite descer dos troncos com a cabeça voltada para baixo, enquanto os seus

semelhantes são obrigados a se deixar deslizar, com a cabeça para o alto, arranhando acasca da árvore. Ele consegue também jogar-se no ar e se agarrar a um, galho com umadas patas;Tempo de vida: aproximadamente 13 anos;Categoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

Nome Científico: Ozotocerus bezoarticus

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Nome popular: Veado-campeiroTamanho: 1,1–1,30 m, 30–40 kg;Características: não possuem dentes incisivos superiores e presença de chifres nosmachos, que podem ser simples ou ramificados (apresentam normalmente três pontas echegam a atingir, no adulto, até 30 centímetros) e não são permanentes. A pelagem tem

coloração marrom-claro, sendo o lado ventral do corpo, a cauda e o lado interno dasextremidades de cor branca. Os olhos também são rodados por um anel branco;Distribuição: América do Sul, Brasil Central e Sul, incluindo o Pantanal do MatoGrosso até a região da Bolívia, Uruguai e Argentina;Hábitat: áreas abertas, campos e cerrados;Dieta: alimentam-se de diversas espécies de capins e brotos, mas também ingeremervas, arbustos e até de flores;Reprodução: A fêmea tem apenas um filhote por ano, que nasce após uma gestação deaproximadamente nove meses. O nascimento dos filhotes ocorre quando existe umamaior oferta de alimentos;Comportamento: crepuscular e noturno. Vivem em grupos de geralmente de dois a

cinco indivíduos, mas grupos de até mais de 20 indivíduos já foram avistados. Sãoanimais extremamente ágeis, podendo correr a 70km/h e pular obstáculos sem diminuira velocidade. Os saltos são suficientes para cruzar pequenos rios; quando não, nadamcom facilidade. A hierarquia social é determinada através de disputas nas quais osmachos empurram seus adversários com os chifres, numa prova de força;Categoria: ameaçada de extinção;

Nome Científico: Tamandua tetradactyla

Nome popular: Tamanduá-mirim

Tamanho: corpo é de 60 cm além de 35 cm de cauda;Características: o “colete” que lhe veste o pescoço e a parte superior do dorso, ondetermina em ponto pelo colorido amarelo-pálido, destaca-se nitidamente pelo escuro;resto do corpo também ponta da cauda e clara;Distribuição: América do Sul;Hábitat: campos e florestas, matas e sobe em árvores;Dieta: Insetívoro;Reprodução: gestação de 130 a 150 dias;Tempo de vida: aproximadamente 9 anos;Comportamento: aproximadamente 9 anos;Categoria: Ameaçada -em perigo;

Nome Científico: Bradypus torquatus

Nome popular: Preguiça-de-coleiraTamanho: pode chegar a 50cm e pesar 6Kg;Características: faixa de pêlos pretos na região de pescoço. Possui três unhas fortes elargas (que se assemelham a garras) que são utilizadas para locomoção e defesa;Hábitat: exclusivamente na Mata Atlântica, preferem viver em árvores altas, com copa

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volumosa e densa e muitos cipós;Dieta: alimenta-se de folhas novas e brotos de um número restrito de árvores, comoimbaúba, gameleira, ingá, figueira, embiruçu, cacau, abacate e outras, de onde elatambém retira a água necessária para abastecer seu corpo -cada preguiça explora umaárea territorial definida, podendo ou não mudar-se para outra depois de algum tempo;

Reprodução: tempo de gestação de 210 dias (7 meses) e depois que o filhote nasce eleé carregado pela mãe nas costas e no ventre durante os primeiros nove meses de vida;Tempo de vida: pode chegar a 12 anos;Comportamento: a preguiça defeca e urina uma vez por semana, quando ela desce daárvore para fazer suas necessidades e deixar o cheiro bem longe do local onde morapara evitar a atração de predadores;Predadores naturais: jibóia, onça-pintada, suçuarana, jaguatirica, gaviões e iraras;Categoria: ameaçado de extinção – Vulnerável;

Nome Científico: Cabossous unicinctus

Nome popular: Tatu-de-rabo-moleCategoria: ameaçado de extinção -Vulnerável;

 5.2.2. Ecossistema Aquático

O Diagnóstico dos ecossistemas aquáticos foi elaborado pela empresa BMA-BIOMONITORAMENTO E MEIO AMBIENTE LTDA, e encontra-se no Volume VII -Anexos.6 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

6.1 Apresentar as categorias de Unidades de Conservação existentes na área deinfluência direta e indireta, identificando os decretos de criação, categoria, áreade abrangência e avaliação das interferências do empreendimento;

Foi identificada, que a área está inserida em uma APA – Área de Proteção Ambiental, ondeincide uma legislação específica para esta unidade de conservação.

A Resolução CEPRAM N° 1040, DE 21 DE FEVEREIRO DE 1995, (D.O DE 10/05/95),aprova o Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) do Litoral Norte doEstado da Bahia. Em seu Art. 1°resolve -Aprovar o Plano de Manejo da Área de Proteção

Ambiental do Litoral Norte do Estado da Bahia, com o objetivo do desenvolvimentosustentável da área, objeto do Decreto n° 1.046 de 17 de março de 1992.

6.2 Apresentar mapa georreferenciado das Unidades de Conservação em escala1:25.000 na área de influência do empreendimento;

Este mapa constitui-se no mapa do Zoneamento Ecológico Econômico da APA.

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6.3 Apresentar estudos de áreas com potencial para criação de Unidades deConservação de proteção integral, objetivando o atendimento ao artigo 36 daLei 9.985/00 regulamentada pelo Decreto 4340/02.

Na área de influência indireta do empreendimento, o Sr. Wihelm Hermmann Klaus

Peters possuem em tramitação no Órgão competente, estudos para a criação de duasUnidade de Conservação de proteção integral: Reserva Particular do Patrimônio Natural–RPPN.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Becker,Marlise

– Rastros de mamíferossilves

tresbrasileir

os: um guia de campo– 

Brasília: Ed. UnB; Ed. IBAMA, 1999.BÜCHEL, Wolfgang – “Acúleos quematam

– No Mundodo

s AnimaisPeçonhentos” 

– 

Ed. SYNTEX,CARRERA, Messias – “Entomologia para Você” 

– 7ªEdição

– Ed. NOBEL, 1988.

CENTROTAMAR-IBAMA/MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE -Relatório técnicoanual -Bahia / Junho de 2002 a Maio de 2003

E. O. Wilson – Biodiversidade, Ed. Nova Fronteira, 1997.Emmor H. Louise – Neotropical Rainforest Mammals , 1990Esteves, F. A. & Lacerda, L. D. – Ecologia de restingas e lagoas costeiras – 2000.Estudo Meio Biótico Vol.III – EIA Reto Atlântico – Agosto/2003FABICHAK, Irineu – “Abelhas Indígenas Sem Ferrão Jataí ” -Ed. NOBEL.FERREIRA, J.M.S.; WARWICK, D.R.N.; e SIQUEIRA, L.A. – “A Cultura do

Coqueiro no Brasil” – EMBRAPA, 1998. Freitas, M. A. ,Pavie I. – Guia de répteis da região metropolitana daSalvador e Litoral Norte da Bahia – Malha de sapopublicações, 2002 FREITAS, Marco Antonio de – “Serpentes da Bahia e do Brasil – Suas características ehábitos 107 fotos a cores” – Ed. DALL, 1999. Galetti, Mauroe Pizo, Marco Aurélio – Ecologia e conservação depsitacídeos no Brasil

– Belo Horizonte: Melopsittacus Publicações Científicas, 2002.Garay, Irene E. G. e Dias, Braulio F. S. – Conservação dabiodiversidade em ecossistemas tropicais – Ed. Vozes, 2001.Júnior, Valdor A. Ramos, Pessitti, Cecília e Chieregatto, CleydeA. F. S. – Guiade identificação dos canídeos silvestres brasileiros.Ed. Comunicação Ambiental 2003 Lacerda, Luiz Drude de org.Restingas; origem, estrutura, processos. Universidade FederalFluminense CEUFF, 1984. LEWINSOHN, T.M.; PRADO, P.I. – “Biodiversidade Brasileira – Síntese do Estado Atual doConhecimento” – Ed. Contexto, 2002. Oliveira, Tadeu Gomes de– Guia de identificação dos felinos brasileiros – Sociedade de

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Zoológicos do Brasil, 1999. Paiva, Melquíades Pinto -Conservação da faunabrasileira, Ed. Interciência ltda. 1999. Pitman, Maria R. P. Leite – Manual deidentificação, prevenção e controle de predação

por carnívoros -Edições IBAMA, 2002. Primack, Richard B. e Rodrigues, Efraim– Biologia da conservação – 2001. PROJETO TAMAR-IBAMA – Importância da

Praia do Forte, Bahia, como sítioreprodutivo de tartarugas marinhas na costa brasileira– Informações Preliminares / Praia do ForteJunho/2003. SANTOS, Eurico – “Anfíbios e Répteis doBrasil – Vida e Costumes” – 4ª Edição -Ed.

Vila Rica, 1994. SANTOS, Eurico – “Insetos – Vida e Costumes” – Vol. 9 -Ed.Itatiaia Limitada, 1982. SANTOS, Eurico – “Insetos” – Vol. 10 -Ed. Itatiaia Limitada,1985. SICK, Helmut – “Ornitologia Brasileira” – Ed. Nova Fronteira, 1997. Silva,Flávio – Mamíferos Silvestres – Rio Grande do Sul. 2 Ed. Porto Alegre,

Fundação Zoobotânico do Rio Grande do Sul, 1994Souza, Deodato G. Santos – Todas as Aves do Brasil – Guia

de campo para identificação-Ed. Dall 1998. Valldares-Padua,Cláudio; Bordmer, Richard E.; Cullen Laury – ManejoConservação de vida silvestre no Brasil – Publicaçõesavulsas do Mamirauá, 1997.

Publicações diversas utilizadas como leitura do PROJETO TAMAR-IBAMA:

.  • Projeto Tamar e Programa de visitas orientadas/ecoturismo emPirambu;.  •   Nem tudo que cai na rede é peixe: Na environmental Education Initiative toreduce mortality of marine turtles caught in artisanal fishing nest in Brazil;.  • Marine trtle of Brazil: the history and structure of Projeto TAMAR-IBAMA;

.  •

Activities by Projecto Tamar in brazilian sea turtle feeding grounds;.  • Juvenile Eretmochelys imbricata and Chelonia mydasin the Archipelago of Fernando de Noronha, Brazil;.  • Nesting and conservation managemente of Hawksbill turtle Eretmochelys

imbricata in Northern Bahia, Brazil.  • A six season study of marine turtle nesting at Praia do Forte, Bahia, Brazilwith implications for conservation and management;.  • Estimating sexratios of loggerhead turtles in Brazil from pivotal incubationdurations;.  • An ecotourism initiative to increase awareness and protection of marine