Tendencias de Consumo 2016 Mintel

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8/19/2019 Tendencias de Consumo 2016 Mintel http://slidepdf.com/reader/full/tendencias-de-consumo-2016-mintel 1/35 TENDÊNCIAS DE CONSUMO 2016 BRASIL 16 HERÓIS DA PECHINCHA OCUPE BRASIL SEDE POR MAIS FAMÍLIAS ALTERNATIVAS Os consumidores brasileiros estão explorando modelos de compra alternativos como compartilhamento, aluguel e troca, permitindo que eles ainda aproveitem os pequenos prazeres da vida. Enquanto os consumidores denunciam a escassez de água, a corrupção, o abuso das contas públicas e os aumentos de preços, as marcas estão se ajustando à busca por práticas justas. À medida que o Brasil luta contra a recessão e problemas de clima, os consumidores começam a descobrir que adotar práticas ecológicas pode ajudá-los a economizar dinheiro. A forma como os brasileiros vivem juntos e criam laços evoluiu signifcativamente, resultando no surgimento de novas formas de convivência.

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TENDÊNCIAS DE CONSUMO 2016

BRASIL16HERÓIS DA

PECHINCHAOCUPEBRASIL

SEDEPOR MAIS

FAMÍLIASALTERNATIVAS

Os consumidores brasileirosestão explorando modelos

de compra alternativos comocompartilhamento, aluguel

e troca, permitindo que elesainda aproveitem os pequenos

prazeres da vida.

Enquanto os consumidoresdenunciam a escassez de água,

a corrupção, o abusodas contas públicas e os

aumentos de preços, as marcasestão se ajustando à busca por

práticas justas.

À medida que o Brasilluta contra a recessão eproblemas de clima, os

consumidores começam adescobrir que adotar práticas

ecológicas pode ajudá-los aeconomizar dinheiro.

A forma como os brasileirosvivem juntos e criam laçosevoluiu signifcativamente,

resultando no surgimentode novas formasde convivência.

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© 2015 Mintel Group. Todos os Direitos Reservados. Condencial a Mintel

A equipe de analistas globais da Mintelidenticou e analisou as quatro principaistendências de consumo que irão pautar os

negócios no Brasil em 2016.

TENDÊNCIAS DE CONSUMO 2016

BRASIL16

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SEDE PORMAIS

HERÓIS DAPECHINCHA

OCUPEBRASIL

FAMÍLIASALTERNATIVAS

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O que está

acontecendo em 2016?

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Porque os

consumidores vãocomprar essa ideia

31 O que virá a seguir?

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O que está

acontecendo em 2016?

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Porque os

consumidores vãocomprar essa ideia

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acontecendo em 2016?

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Porque os

consumidores vãocomprar essa ideia

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Porque os

consumidores vãocomprar essa ideia

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HERÓIS DAPECHINCHA

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Os consumidoresbrasileiros estãoexplorando modelosde compra alternativoscomo compartilhamento,

aluguel e troca, o quepermite que eles aindaaproveitem os pequenosprazeres da vida.

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O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM 2016?O aumento da inação certamenteafetou o comportamento de

compra dos consumidores, mas asalternativas às formas tradicionaisde pagamento como o aluguel, ocompartilhamento e a permuta,oferecem métodos mais exíveispara que as pessoas possammanter o estilo de vida a queestavam acostumadas. Em 2016,essas alternativas aos modelosde compra permitem que osconsumidores continuem usufruindode novos produtos e serviços sema necessidade de gastar muitodinheiro. Essa nova abordagemmudou o signicado de propriedade

e oferece o acesso a produtose experiências dentro de um

orçamento mais favorável.

Por todo o país, as empresas estãooperando com modelos de compraexíveis, como a varejista de modaonline Dress & Go, que permite queas mulheres aluguem vestidos degrifes de luxo. Enquanto isso, o barcooperativo Barcearia em São Paulosegue o estilo “traga o seu”, quenão possui serviço de garçom eincentiva os seus clientes a trazeremsua própria comida ou mesmo apedirem comida de restaurantes efood trucks próximos.

A DRESS & GO ALUGA VESTIDOS DE MARCAS DE LUXO

Formas alternativasde pagamentomudaram a deniçãode posse, dandoaos consumidoresacesso a produtose serviços semprecisar gastarmuito dinheiro.

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Nós também percebemos no paísa expansão de esquemas comoo “pague o que quiser”, adotadopor empresas como o Curto Caféno Rio de Janeiro e o Preto Caféem São Paulo. E no restauranteEcozinha em Curitiba, os clientespagam o quanto querem pelarefeição baseados no custo paraser produzida. Eles também têma opção de ajudar a lavar a louçapara cobrir os custos.

Do mesmo modo, nós vemosempresas promoverem sistemas

baseados na conança e empreços abertos, onde os custossão revelados aos clientes. Nessescasos, os clientes são estimuladosa se envolverem com a empresa,oferecendo o que puderem comoforma de pagamento, seja tempoou dinheiro. Essa abordagemexível de pagamento permiteque os brasileiros continuem aaproveitar experiências como

 jantares renados, oferecidasde tal forma, que se adaptem aoorçamento dos consumidores.

Seguindo os passosdo movimento “tragao seu”, o esquema“pague o que quiser”expande-se pelo país.

CURTO CAFÉ

PRETO CAFÉ

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PORQUE OS CONSUMIDORESVÃO COMPRAR ESSA IDEIAPesquisa Mintel destaca osdiversos benefícios físicos,mentais e emocionais do ato decomprar. Na verdade, 24% dos

consumidores brasileiros armamque cam felizes ao comprarnovos produtos, enquanto outros35% acreditam que comer foraé bom para fugir um pouco darotina. Modelos alternativos de

compra certamente exploram eenfatizam esses benefícios, já queeles estimulam os consumidores acontinuarem gastando. A pesquisa

da Mintel constata que 14%dos consumidores são maisinclinados a comprarem umproduto que eles experimentaram

gratuitamente do que um quetenham visto anunciado.

 Apelando para ideias maiseconômicas, os modelos depropriedade alternativa como ocompartilhamento, ajudam osconsumidores a controlaremseu consumo, com o potencialpara melhor gerenciar o quanto

desperdiçam. Isso deve atrairos 17% dos Millennials que se

arrependem quando compramalguma coisa de que realmente

não precisam.

 As marcas têm a oportunidadede informar que essas novasmaneiras de consumo podemproduzir a mesma emoçãoque uma transação tradicional,assim como o prazer de umbrinde especial, sem os altoscustos. Pesquisa da Mintel

indica que os alimentos estãocando mais caros, já que 42%dos consumidores armam quemudaram seus hábitos de compranos últimos 12 meses devido aalta nos preços dos alimentos.

 Além disso, os consumidoresestão jantando fora e aproveitandobem menos. Um em cada cincoconsumidores (20%) diz quegastou mais comendo foraem 2015 se comparado aoano anterior. Novas formas depagamento podem ganhar os

consumidores de volta, incluindoos cinco em um (19%) deconsumidores brasileiros quedisseram ter saído menos paracomer fora em 2015.

Outra característica atraentedo consumo colaborativo éa atmosfera social que elecria através de produtos eserviços. Empresas que operamcom esquemas de consumocolaborativo devem promover aideia de que também oferecemuma atmosfera social. A solidãoé uma situação comum entre osconsumidores brasileiros, com37% admitindo que ser solteiro àsvezes signica ser solitário. Além

disso, 15% dos consumidoresdizem participar de atividades paraconhecerem novas pessoas. Jáque vivemos num mundo cada vezmais anônimo, as marcas fariambem em promover não apenas aeciência de custos dos negóciosque oferecem, mas também emdestacar as oportunidades paracriar interações sociais.

Cada vez mais os consumidoresevitam as marcas comointermediárias e voltam-se

para os seus pares e paracomunidades online como fontede conhecimento, avaliaçãoe experiências. Como osconsumidores estão procurandooportunidades para compartilhar,seja conhecimento, espaço ouprodutos, eles serão atraídos pormarcas que possam demonstrarque não estão apenas gananciosaspor lucro. Por meio de iniciativas,as marcas podem demonstrar queestão procurando se conectar aosclientes e criar um espaço ondeelas possam interagir, apoiar eestabelecer parcerias para superaros desaos de suas indústrias e dasociedade como um todo.

 A pesquisa da Mintel indica que osbrasileiros estão se tornando maisdependentes da conectividade emobilidade. Na verdade, mais deum terço dos consumidores (37%)não podem imaginar suas vidassem a internet. Esse ambientecada vez mais conectado tornamais fácil o desenvolvimentodas ações peer-to-peer . Comoresultado, os consumidoresbuscam marcas que tenhamprojetos de consumo colaborativona indústria de tecnologia,

para ajudá-los a racionalizar oscustos de suas necessidadestecnológicas. A empresa onlinede TI Tech-Boy oferece tarifasexíveis que permitem que osconsumidores escolham o quantoquerem pagar ou se, sequer irãopagar. Uma vez que o serviçotenha sido realizado, os clientes daTech-Boy recebem um e-mail como preço sugerido pelo serviço eentão decidem o valor a ser pago.

Já que vivemos num mundo cada vezmais anônimo, as marcas fariam bem empromover não apenas a eciência de custosdos negócios que oferecem, mas tambémem destacar as oportunidades para criarinterações sociais.

19% dos consumidoresarmam ter saídomenos para comerfora em 2015.

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O QUE VIRÁ A SEGUIR?O modelo de compra alternativoainda crescente e o consumocolaborativo em geral possibilitamque os consumidores alcancemum melhor controle nanceiro,enquanto ainda permitem oacesso aos produtos, serviçose experiências a que estãoacostumados. Vimos como aCopa do Mundo, da FIFA de 2014,

ajudou a tornar plataformas dehospedagem como o Airbnb maispopulares no Brasil e, mesmo queo entusiasmo local com os Jogos

Olímpicos de 2016 esteja umpouco morno, vimos o surgimentode projetos de compartilhamentosemelhantes, os quais aproveitamo fato de o mundo estar sepreparando para viajar parao Brasil. Com a economiacolaborativa se tornando maisativa em mercados consumidoresglobais, durante as Olimpíadas os

visitantes estrangeiros irão esperaruma variedade de inovações decompartilhamento.

 As marcas terão que encontrarsoluções que atraiam nãosomente os estrangeirosvisitantes, mas os brasileirostambém, para que continuematraentes após os jogos. Projetosde compartilhamento irão ajudaras marcas a fomentarem laçosmais comunitários e signicativosentre os consumidores,

sentimentos que surgiramespontaneamente durante aCopa do Mundo de 2014.

APLICATIVO SKWAG PROMOVE A TROCA DE SAPATOS DE LUXO

É provável que em 2016 nósvejamos as marcas expandirema economia peer-to-peer  para os

planos de assinatura e ofertas

ilimitadas, como as do InstitutoChão, uma organização sem nslucrativos em São Paulo. Por umataxa mensal de mais ou menosR$ 60, os clientes têm acesso àsplantas, artesanatos e alimentos

orgânicos que desejarem, com umesquema de “pague o que quiser”para aqueles que estão comdiculdades nanceiras.

Nós também vimos os serviçosde aluguel se tornarem popularna indústria da moda. No futuro,veremos marcas de acessóriosse renderem à oportunidade eoferecerem esquemas de aluguele trocas de tudo, desde joias ebolsas até óculos e sapatos. Dessaforma, podem se tornar atraentespara os 40% dos brasileiros que

disseram ter comprado menosroupas e acessórios entre 2014e 2015.

Com a economia colaborativa se tornandomais ativa em mercados consumidoresglobais, durante as Olimpíadas os visitantesestrangeiros irão esperar uma variedade deinovações de compartilhamento.

A PLATAFORMA ONLINE EVES24OFERECE JOIAS PARA COMPRA E ALUGUEL

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Para competir com esquemastemporários de aluguel como o

 Airbnb, nós veremos a indústriada hospedagem oferecendo aopção de aluguel de roupas paraseus visitantes durante a estadia,na forma de “mini bares de moda”como no Hotel Banks, na Bélgica.Criando um modo totalmentenovo de fazer as malas, os JogosOlímpicos de 2016 seriam aoportunidade para promover essetipo de serviço aos viajantes.

Internacionalmente, observamos

empresas oferecerem serviços

por arrendamento, permitindo queos consumidores paguem pelositens progressivamente, como asempresas britânicas RentalDealse R&MRentals, que fornecem detudo, desde aparelhos domésticosa serviços prossionais. Os dadosda Mintel revelam que 33% dosbrasileiros mudaram seus hábitosde compra nos últimos 12 mesesdevido ao aumento nos preçosdas contas de casa, indicando anecessidade de corte de custossem ter que abrir de mão decertos luxos. Com quase metade

dos consumidores (47%) dizendo

que compraram menos aparelhostecnológicos em 2015, poderemostambém ver planos de assinaturaspara smartphones, console devídeo games e tecnologia vestível,algo parecido com a americanaByeBuy – um serviço de aluguelque oferece acesso ilimitado aaparelhos tecnológicos através deuma taxa de assinatura exível,que pode ser até 95% menor doque o preço de compra.

Com alguns brasileiros ansiosospor fontes de renda extra, outras

plataformas que irão surgir

Com alguns

brasileiros ansiosospor fontes derenda extra, outrasplataformas queirão surgir em2016 serão asque incentivemos consumidoresa gerarem lucroatravés de espaço eobjetos sem uso.

SANTA CECILIA SMART HOME

serão as que incentivem osconsumidores a gerarem lucroatravés de espaço e objetos semuso como depósitos, vagas emgaragem, janelas e vestuário.

 Anteriormente, nós vimosconceitos de hospedagemda indústria do turismo comocondomínios se tornaremaltamente popular nos paíseslatino americanos. Em 2016,nós veremos esse conceitoevoluir e entrar nas residênciascomo o conceito do primeiro

empreendimento “Home &

Share” do Brasil, o SantaCecilia Smart Home, em SãoPaulo. O edifício está previstopara 2017, e tem o objetivo deencorajar o compartilhamentoentre os moradores, já queirá oferecer carros e bicicletasem co-propriedade, bem comoespaço para trabalho em conjuntoe apartamentos totalmentemobiliados para convidados.

Os consumidores estão cadavez mais inclinados aos modelosde compra alternativos, que os

ofereça uma grande variedade

de opções de escolha, sem exigirum pagamento muito alto. Em2016, as marcas que facilitaremessa forma de consumo irão setornar marcas de alto valor paraos consumidores.

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SEDEPOR MAIS

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Enquanto o país luta

contra a recessão –após uma década deauge das commodities – juntamente comproblemas de clima,os consumidoresbrasileiros começam a

descobrir que adotarpráticas ecológicaspode ajudá-los aeconomizar dinheiro.

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O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM 2016?O Brasil passa pela sua piorseca dos últimos 50 anos.Essa situação está levandoos brasileiros a valorizaremmedidas de sustentabilidade. Arecessão acelerou a simpatia dosconsumidores pela ecologia, àmedida que eles descobrem quesustentabilidade muitas vezes setraduz em lucro. Os consumidores

começam a perceber que produtosenergeticamente ecientes podemnão apenas economizar água eenergia, mas também diminuir ovalor das contas.

Os consumidores começaram areciclar lixo em troca de descontosem suas contas de energia edesde o outono de 2015, eles

podem trocar garrafas e lataspor descontos nas máquinasde refrigerante operadas pela

Triciclo. A mudança a favor deiniciativas mais ecologicamentecorretas também é alimentadapelo governo. Desde abril de2015, uma nova lei em São Pauloexige que os supermercadosapenas ofereçam sacolas feitas

A OMO ESTIMULA OS BRASILEIROS A GASTAREM MENOS ÁGUA

Os consumidores começam a perceberque produtos energeticamenteecientes podem não apenaseconomizar água e energia, mastambém diminuir o valor das contas.

de plástico vegetal. Em resposta,os maiores varejistas de SãoPaulo – Carrefour e Grupo Pãode Açúcar – começaram a cobrarmais ou menos R$ 0,08 por sacolano início do verão de 2015. Emcontrapartida, os consumidorescomeçaram a levar sua própriasacola para evitar o pagamento dataxa extra.

Como a falta d’água impactatanto os indivíduos como ascorporações, nós vimos asempresas assumirem um papelde consultores, educando osconsumidores em medidasde gestão de resíduos. Porexemplo, a marca de sabão empó Omo estimula os brasileiros aenxaguarem as roupas apenasuma vez, reduzindo, portanto, o

desperdício de água. Além disso,o aplicativo brasileiro Agrosmartajuda os agricultores a economizarágua por saberem exatamentequal a quantidade que necessitampara irrigar suas plantações, e umaparelho inteligente chamado MyShower, da Exatron, permite queos usuários monitorarem os níveisde água durante o banho.

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A recessão acelerou a simpatia dos consumidorespela ecologia, à medida que eles descobrem quesustentabilidade muitas vezes se traduz em lucro.

Inovações ecológicas tambémsurgiram na indústria do transporte,como por meio da startup brasileiraPortoLeve, que oferece aosmoradores de Recife um serviçode compartilhamento de carroselétricos, por uma mensalidade dea partir de R$ 30,00 e tarifas entreR$ 10 a R$ 40 por hora. Emboraa carona verde estivesse ainda nainfância recentemente durante aCopa do Mundo de 2014, ela estáamadurecendo rapidamente e iráse tornar um fator inuenciador na

economia de transporte no Riode Janeiro em 2016. Por exemplo,a fabricante de automóveis chinesaBYD anunciou que irá forneceruma frota de 300 carros elétricospara o compartilhamentodos consumidores.

Desde dezembro de 2014, ascidades brasileiras têm queobedecer à Política Nacional deResíduos Sólidos (PNRS) queproíbe qualquer resíduo, quepossa ser reciclado ou reutilizado,

de ir para o aterro de lixo. Como agestão dos resíduos se torna cadavez mais um assunto relevantee polêmico, nós estamos vendoiniciativas criativas para atacá-la defrente, incluindo o projeto ResíduoGourmet que desaa os chefs 

brasileiros a usarem alimentos quesão normalmente descartados nascozinhas, como cascas de frutas,sementes e talos de verduras.

APLICATIVO AGROSMART AJUDA NAIRRIGAÇÃO DE PLANTAÇÕES

APLICATIVO ALLGREENUP MONITORA AS ATIVIDADES DAS PESSOAS

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Nós vimos as empresasassumirem um papel deconsultores, educando osconsumidores em medidasde gestão de resíduos. MYSHOWER, DA EXATRON

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25%dos brasileiros dizemser responsabilidadedeles, comocidadãos, utilizarmais produtos que

possam ajudar aproteger o meioambiente.

PORQUE OS CONSUMIDORESIRÃO COMPRAR ESSA IDEIAPesquisas da Global WaterPartnership (GWP) sugerem quequase um terço dos recursosrenováveis de água se encontrana América Latina, e o Brasilestá entre os países com a maiorquantidade de água. Ironicamente,o Brasil, agora, é mais associadoa estiagem do que à abundânciade água, já que o país passa pela

pior seca das últimas décadas e ainfraestrutura necessária para levarágua aos consumidores precisade uma atualização urgente.

 A escassez de água está levandoos brasileiros a procurarem pormarcas que apoiem um estilode vida mais sustentável e

acessível. Por sinal, a pesquisada Mintel indica que um quartodos consumidores (25%) dizser sua responsabilidade comocidadão utilizar mais produtosque possam ajudar a protegero meio ambiente (ex.: produtosbiodegradáveis e recicláveis).

 Além disso, outro um quartode consumidores diz preferir

refrigerantes em garrafas devidro reutilizáveis porque sãomais baratas do que as garrafasde plástico.

Com quase dois em cada cinco(39%) brasileiros inclinados acomprarem das marcas que não

agridem o ambiente, as empresastêm uma oportunidade signicantede se posicionarem comocondutoras de mudanças positivas,num esforço de estimular o apoiodos consumidores. Diversasuniversidades brasileiras estão seaproveitando do debate sobre aságuas poluídas do Rio de Janeiroe ganhando visibilidade ao se

comprometerem a limpar aságuas da cidade para asOlimpíadas de 2016.

 Além do mais, com até 21%dos consumidores achando serimportante ter internet móvel,veremos as inovações ecológicas

39% dos brasileiros são inclinados acomprarem de marcas que nãoagridem o meio ambiente.

carem ainda mais inteligentes,com aplicativos como o chilenoallGreenup, que monitora asatividades diárias das pessoas

e as recompensa por açõessustentáveis. Nós também vimosa norte-americana Ohmconnect,que permite que os consumidoresrecebam recompensas emdinheiro por reduzir seu uso de

energia e o aplicativo holandêsNFDWSTD (“NoFoodWaste” ou“Sem desperdício de comida”)que envia alertas indicando ondee quando os usuários podemencontrar preços reduzidos nossupermercados locais.

 À medida que os brasileiros cammais preocupados com questõesde sustentabilidade, o crescentenível de consumo e desperdíciode produtos apresenta cenáriosdesaadores que podem se tornaroportunidades para as marcas.Por exemplo, os alimentos seaproximando de sua data devalidade poderiam certamente atrair

àqueles que buscam economizardinheiro através de uma maneiraecológica e responsável. Nãovamos esquecer que em algunspaíses, como a França, agoraé ilegal que os supermercados

 joguem comida fora.

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O QUE VIRÁ A SEGUIR?Como o orçamento dos

consumidores ca cada vez maisapertado, eles precisarão delembretes e provas concretasde como a sustentabilidadenão apenas pode fazê-loseconomizar dinheiro, mas setornar efetivamente lucrativa.Como resultado, é provável quenós vejamos mais incentivos dogoverno, com países como aFrança liderando o caminho. Osconsumidores franceses que vãoao trabalho de bicicleta têm direitoa compensação nanceira numatentativa de reduzir a poluição,enquanto novos proprietários de

carros elétricos se qualicaram porreceber um bônus de € 10.000 apartir de abril de 2015.

Semelhante compra incentivadapoderia ser aplicada a itensdefeituosos – produtos que tenhamum pequeno defeito ou falha defuncionamento. A pesquisa da

Mintel revela que na primeirametade de 2015, apenas 4% dosconsumidores compraram umproduto levemente danicado ouque estiveram em exposição navitrine. Em 2016 as empresasirão explorar a oportunidade de

oferecer aos consumidores

sem dinheiro produtos comdefeito, mas que ainda funcionem,por preços mais baixos. Alémdisso, as empresas irão tirarproveito de iniciativas dereuniões sociais, para aumentar aconscientização sobre questõesde sustentabilidade, como o happy

hour  da loja de departamentosholandesa HEMA , onde os clientespodem comprar comida com 25%de desconto uma hora antes dofechamento, enquanto socializamcom amigos e vizinhos.

Quando se trata de lidar comum possível racionamento deágua, iremos encontrar maismarcas de comida e bebida –incluindo varejistas – aumentandoa conscientização sobre aquantidade de água necessáriaou desperdiçada. O café londrino pop up Wonderwater destacao quanto de água é necessário

para fazer cada prato e bebida docardápio, enquanto a empresa depães argentina Fargo incentivaos consumidores a usarem o pãopara limpar totalmente o prato,diminuindo a quantidade de águapara lavar a louça.

O Brasil está acostumado com

incentivos à reciclagem pelogoverno e organizações públicas,mas a partir de 2016 as empresasirão usar moedas de reciclagem,incluindo garrafas de vidro e latasde alumínio. A grife uruguaiaMutma permite que seus clientespaguem até 40% da coleção deverão com garrafas PET (garrafasrecicláveis feitas de tereftalatode polietileno). As marcas queutilizarem o processo de troca,oferecendo aos seus clientes umvalor real por seus itens reciclados,irão se destacar na multidão.

Em 2016 nós veremos tantoindivíduos como empresascontinuarem a explorar novasmaneiras de economizaratravés da sustentabilidade ede práticas ecológicas. Desdeque os benefícios pessoais dasalternativas ecológicas continuemclaros para os consumidores, eles

serão amplamente adotados.

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OCUPEBRASIL

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Os consumidoresdenunciam tudo, desdea escassez de água acorrupção, passandopelo abuso das contas

públicas e pelo aumentode preços. As marcasestão se ajustando àbusca por práticas justas.

RESERVA

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O QUE ESTÁ ACONTECENDO EM 2016?Enquanto os brasileiros vão àsruas para protestar contra a falta

d’água, corrupção, gastos públicose aumento de preços, as marcasaproveitam para se alinharem coma busca dos consumidores porpráticas justas. As marcas estãolevando muito a sério a resposta

dos clientes e alterando suasmensagem para melhor reetir e

apoiar os direitos do consumidor.

 As marcas, atualmente, nãoapenas apoiam causas cívicas,mas em alguns casos elas iniciamuma transformação pública.

Enquanto algumas empresasalinham sua comunicação com

aqueles grupos de consumidoresque clamam por uma sociedademais justa, outras se aproveitamdo sentimento comunitário quesurge quando as pessoas se

unem. Em comparação com os

protestos de 2013 que começaramcom o aumento das passagens de

ônibus e tiveram um espírito maisanticonformista, resultando ematos de violência, as manifestaçõesatuais apresentam uma atmosferafamiliar, transparecendo umespírito de união entre as pessoas.

Um exemplo dessa manifestaçãomoderna é o aplicativo iPanelaço,

que agiliza os hábitos dosmanifestantes e permite que osusuários reproduzam o som depanelas batendo.

APLICATIVO IPANELAÇO

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Em 2013 a fabricante italiana decarros Fiat decidiu suspender suapopular campanha de publicidadeVem pra Rua! que encorajavaos brasileiros a abraçaremsentimentos patrióticos durantea Copa das Confederações;

logo depois, ela foi usada paraexpressar o descontentamento dosmanifestantes contra a corrupçãoe falta de serviços públicos. Nóstambém vimos os consumidorestirarem proveito de campanhas

para fazerem declarações políticas.É caso do lançamento da linhade camisas de futebol da Nikena Copa do Mundo de 2014. Os

clientes podiam personalizar suascamisas e acabaram atacando oscandidatos presidenciais.

Em 2016, as marcas irão encorajarações positivas entre seusclientes. A marca de sucos Tang,por exemplo, incentiva criançasbrasileiras a se unirem para

conquistar mais e tornar omundo um lugar melhor. Ea operadora de telefonia Oi,por sua vez, apoia a iniciativagovernamental Cinema Sem Teto,que organiza sessões de cinemapara comunidades carentes.

Em 2016, nós também veremosgrandes empresas se juntarema pequenas organizações paradar voz a comunidades carentes.

 A marca de roupa masculina

Reserva, se uniu à plataformasocial Tá No Mapa para criaruma linha de camisetas queapresentam mapas do Rio deJaneiro, incluindo alguns dosbairros mais pobres dacidade. O objetivo

da linha de roupasé chamar a atençãopara as favelas do Rio.

 Algumas marcas estãodando um passo adiantee assumindo novos papéis,como é o caso da Gastromotiva,a primeira ‘organizaçãosócio-gastrônomica’ do país.Gastromotiva usa a comidapara empoderar comunidadesproblemáticas, como as favelase prisões do Brasil, ensinandodotes culinários e instruindo osparticipantes a treinarem outraspessoas. O objetivo do programa éincentivar o respeito próprio juntocom relevantes habilidades devida, além de criar oportunidadesde emprego.

 Além disso, uma série deiniciativas que ajudam osconsumidores a serem propulsores

de mudanças positivas sãoobservadas. A Red Bull estáapoiando um concurso paraencontrar projetos tecnológicosinovadores que possam melhorara cidade de São Paulo, enquanto aFiat pede ideias aos seus clientespara embelezar as ruas brasileiras.Os conceitos mais votados sãonanciados e implementados pelaempresa de automóveis.

CAMPANHA DA TANG INCENTIVA A UNIÃO DAS CRIANÇAS PARA FAZER DO MUNDO, UM MELHOR LUGARA RESERVA CRIOU UMA LINHA DE CAMISETAS

PARA AJUDAR COMUNIDADES CARENTES

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A RED BULL APOIA UMA COMPETIÇÃO PARA MELHORAR SÃO PAULO

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PORQUE OS CONSUMIDORESVÃO COMPRAR ESSA IDEIAOs brasileiros se unem paraexpressar sua desconançacontra os órgãos de governo,a mídia e as empresas. Umapesquisa da ConfederaçãoNacional do Transporte (CNT),divulgada em julho de 2015,revelou que 53% dos brasileirosacreditam que a corrupção éum dos principais problemasque afetam o país. As empresas

estão se aproveitando disso ao secolocarem no lugar dos brasileiroscomuns num esforço para melhorse conectarem com os clientes.Na verdade, 23% dos Millenials 

brasileiros são inclinados acomprar de marcas que patrocinamprogramas interessantes em suacidade ou bairro.

Credibilidade continua sendo muitoimportante para os consumidoresbrasileiros. A pesquisa da Mintelmostra que mais de um quarto(28%) dos Millenials conam

mais em marcas recomendadaspor amigos. Além disso, algoem torno de 50% dosconsumidores brasileiros, em geral,se preocupam em compartilharinformações pessoais online e11% armam que suas comprassão mais inuenciadas pelaavaliação dos produtos do quepelas propagandas.

Esses dados mostram que existeoportunidade para as marcas seposicionarem como parceirasem vez de autoridades. Osconsumidores estão buscando umdiálogo aberto com as marcas,permitindo que as empresasapresentem valores democráticosque atraiam mais os clientes.

 A internet certamente expandiua velocidade e o alcance dasdemandas dos consumidores, oque criou uma arena favorável auma ruptura criativa. Na verdade,

15% dos consumidores dizemque o acesso instantâneo faz comque seja fácil passar muito tempona internet , enquanto 18% sãodesestimulados a usarem sites 

que contenham muitos anúncios. As grandes corporações terãoque responder e se adaptar a

busca por ações corretas por partedos consumidores, antes queempresas menores entrem em

cena. Elas precisarão considerarcom muito cuidado como queremser reetidas na internet.

53%dos brasileirosacreditam que acorrupção é um dosprincipais problemasque afetam o país.

O QUE VIRÁ A SEGUIR? A transparência deve ser oprincipal foco das empresas quevisam conquistar a conança dosbrasileiros. Se os consumidores

irão se tornar parceirosverdadeiros, as marcas devemestar abertas e permitir que aspessoas vejam por dentro daempresa com quem estão seenvolvendo. Marcas progressistasirão se alinhar com as buscasdos consumidores por práticas

 justas, levando a responsabilidadesocial corporativa a outro nível,empoderando os consumidorese permitido que eles sejam oscondutores da mudança positivadentro da comunidade e maisativos no processo de criação edecisão de suas empresas.

Cada vez mais companhiasirão ajudar os seus clientes alevantarem sua voz e transmitiremsua mensagem. Nós veremos as

marcas assumirem papéis nãotradicionais, como a campanhada Nike que encoraja jovensatletas aspirantes na Coréiaa ignorar as instruções eexpectativas de seus pais.

 Além disso, as marcas vãoexplorar o fato de que o “respeitoàs regras” está em declínio. Nós jácomeçamos a ver evidência disso,como na propaganda argentina“The Steves”, que busca alinhara revista Rolling Stone com a

 juventude do país e estimular opensamento criativo. As marcas

que pretendem se alinharcom as crenças e ideaisde seus clientes terão que explorarformas mais signicativas de

promover esses valores. A mde parecerem genuínas aosolhos dos clientes, é imperativoque os prossionais de marketing  

escolham cuidadosamente quecausa ou princípios irão apoiare em contrapartida, aumentara consciência sobre suaprópria marca.

ANÚNCIO “THE STEVES” NA VERSÃO ARGENTINA DA REVISTA ROLLING STONES

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 Ao empoderar comunidadescarentes, dando visibilidadeàqueles que são invisíveis, asempresas ganharão notoriedadee aumentarão a delidade dessascomunidades, assim como dosclientes em geral. Nós vimosvárias empresas da América Latinaexplorarem esse fato, tais comoo banco colombiano Caja Socialque oferece às famílias lençóis decama (os quais vêm com o logo

do banco) e pedem a elas que osdependurem em seus terraçoscomo uma forma de propaganda,em troca de pagamentos vias suascontas poupanças. A empresa detelefonia Claro também permiteque as costa-riquenhas usemsuas antenas de televisão comopainéis publicitários para divulgarseus negócios domésticos,empoderando as mulheres rurais.

Em 2016 nós observaremosmais marcas darem voz àsdemandas dos consumidores aose posicionarem como alternativaao sistema, apresentando umaimagem de portas abertas epromovendo discussões honestasentre indivíduos semelhantes.

Marcas progressistas irão se alinhar comas buscas dos consumidores por práticas

 justas, levando a responsabilidade socialcorporativa a outro nível, empoderando osconsumidores e permitido que eles sejam oscondutores de mudanças positivas dentrode suas comunidades.

BANCO CAJA SOCIAL

ENTENDA O QUEINFLUENCIA OS SEUS

CONSUMIDORESNosssos analistas procuram pelas conexões chaves e pelos padrões entre as

tendências, assim como desenvolvimentos em comportamentos e valores

DESCUBRA MAIS

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FAMÍLIASALTERNATIVAS

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A forma como osbrasileiros vivem juntose criam laços evoluiu

signicativamente,resultando nosurgimento de novasformas de convivência.

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O QUE ESTA ACONTECENDO EM 2016?Os novos formatos dos laresdesaam ideias estereotipadas

 – com relação a gênero, idade eetnia – sobre o que forma umafamília e os papéis individuais seredenem. Animais de estimaçãoagora são considerados parte dafamília, já que eles ultrapassamo número de crianças noslares brasileiros. De acordocom um estudo lançado peloInstituto Brasileiro de Geograae Estatística (IBGE) em 2015,existem 52.2 milhões de cachorrosde estimação no Brasil, enquantoo número de crianças entre 0-14

anos chega a 44.9 milhões. Além

disso, como os consumidoresestão vivendo mais, os idosostrazem novas exigênciasàs famílias. Cada vez maismulheres entram no mercado detrabalho, levando os homens ase envolverem mais nas tarefasdo lar e na educação dos lhos,criando uma nova compreensãode gêneros no Brasil. Isso estáacontecendo de várias maneiras,como nas indústrias automotivase de higiene pessoal. A marcaBepantol Baby, por exemplo,incentiva os pais a se envolveremmais com a educação de seus

lhos na campanha Papai

Manda Bem. Como parte dessacampanha, a Bepantol estáoferecendo 1000 trocadores defraldas a serem instalados embanheiros públicos masculinospelo Brasil.

Do lado oposto dessa tendência,um grupo de mulheres em SãoPaulo criou o Mana Manutenção,uma empresa de serviços deconsertos para o lar, apostandoem oferecer às clientes serviçosprossionais conáveis, sobdemanda, efetuados e gerenciadospor mulheres. A companhia

aérea Gol comemorou o Dia das

Mães em 2015 com uma série decomerciais, apresentando um casalhomossexual fazendo o papel demãe e uma mãe solteira fazendo opapel de pai.

Nós também vimos as mudançasna estrutura familiar representadasem campanhas de publicidade,como no comercial da marca debeleza O Boticário, que apresentameias-irmãs passando seuprimeiro Natal juntas e a promoçãode um dia de inclusão de todos

os amantes através de umanúncio que se centraliza em doiscasais do mesmo sexo. Apesarda indignação de alguns grupos

conservadores no Brasil, em2015 a marca Natura reconrmouo seu patrocínio à novelaBabilônia, que apresentoucasais homossexuais. Visar àcomunidade LGBT não se tornourelevante apenas para empresasde beleza e higiene pessoal, masmarcas de outras indústrias estãodemonstrando apoio a essasdemograas. O Banco do Brasil

 – que há muitos anos ofereceprodutos de seguros para casaisdo mesmo sexo – comemorou

“toda forma de amor” atravésde sua conta no twitter no DiaInternacional Contra Homofobia,celebrado em 17 de maio.

Em abril de 2015, houve olançamento do GPSGay noBrasil, o primeiro site de mídiasocial para a comunidade LGBTem toda a América Latina, commais de 200,000 usuários atéo outono de 2015 e combinafuncionalidades de outrasplataformas de mídia social comoo Facebook, Foursquare, Amazon,Bookind, YouTube e Ebay.

MANA MANUTENÇÃO

BANCO DO BRASIL COMEMORA O 17 DE MAIO, DIA INTERNACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA

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Em 2016, a necessidade deretratar “pessoas reais” nas

campanhas de propaganda emarketing  estará em primeiroplano. Algumas marcas jácomeçaram a explorar isso,incluindo os laboratórios Pzercom sua campanha “VelhoQuem?”, que desaa as ideiasestereotipadas sobre os idosose promove interação entre asgerações. Além disso, a marcabrasileira de material artísticoKoralle se uniu com a Uniafro, um

programa do governo que almejacombater atitudes preconceituosase discriminatórias, para lançar um

 jogo de lápis representando 12tipos diferentes de cor de pele.Na mesma linha, um projeto defotograa de retratos da brasileira

 Angélica Dass tenta capturar todaa gama de tons da pele humana,usando a tabela de cores Pantonecomo guia. Em 2016 as marcasirão cada vez mais se voltar pararetratos autênticos de pessoas ede seu círculo social, rejeitando ascomunicações que pareçam irreaisou muito clichê.

SORVETE BEN & JERRY’S CRIA SABOR PARA APOIAR CASAMENTO ENTRE PESSOAS DO MESMO SEXO

BANCO DO BRASIL APOIA CAUSAS LGBT

CAMPANHA “VELHO QUEM?”, DOS LABORATÓRIOS PFIZER

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PORQUE OS CONSUMIDORES IRÃOCOMPRAR ESSA IDEIAOs consumidores se identicamcom marcas que aceitam e apoiamdiferentes questões demográcase culturais. Acrescentando, osconsumidores buscam por marcasque demonstrem apreciar o queé a vida real e que entendampessoas que existam. Pesquisada Mintel, por exemplo, revelaque 13% dos consumidores dizemque os anúncios hoje deveriamrepresentar a diversidade no

Brasil, como diferentes estruturasfamiliares e formações. Se isso

acontecer, os consumidores serãonaturalmente levados a gastaremdinheiro e tempo apoiando essasmarcas. Campanhas apresentandomensagens inclusivas podemfuncionar para fortalecer a relaçãocliente-marca.

 Animais de estimação ganharamum novo status e não estão maisconnados a um lugar particularno quintal da casa. Eles agoramudam a vida das pessoas comseus próprios gostos e atitudes.

Isso repercute na indústria deração para animais já que, de

acordo com a Mintel, em 2016esse mercado tem a expectativade crescimento de 6.5% noBrasil. Nós estamos vendo umnúmero crescente de shoppingcenters receber os donos e seusamigos peludos, assim comoorganizarem eventos especiaispara eles. O Shopping Quê!, porexemplo, organizou uma festade carnaval para os animais deestimação chamada CarnaPet, eo Shopping Boulevard celebroua primeira festa junina para

pequenos animais de estimação.

O que uma vez foi considerado“um mundo dos homens” temnovas implicações na sociedadede hoje. De acordo com oInstituto Brasileiro de Geograae Estatística (IBGE), as mulheresbrasileiras são provedoras em37.3% dos lares. Além do mais,as mulheres estão optando por termenos lhos. O IBGE relata queo número de lhos por mulheresadultas em 2000 era 2.39,diminuindo para apenas 1.77 em2013. Desse modo, é essencial

que as marcas acompanhemas dinâmicas da vida moderna,

 já que os papéis familiarestradicionais não podem mais sergarantidos. Em 2015 nós vimosuma reação dos consumidorescontra campanhas que foraminterpretadas como tendo um tomsexista. Por exemplo, a campanhade esmaltes “Homens queamamos” da Risqué foi criticadanas mídias sociais por encorajarestereótipos de gênero.

Embora a resistência aocasamento do mesmo sexo aindaprevaleça no Brasil, a aceitaçãoestá crescendo entre os gruposdemográcos mais jovens. Em2014 um estudo da Pew Researchrelatou que três quartos (74%) dosbrasileiros com menos de 30 anosdisse que a homossexualidadedeveria ser aceita, comparada a60% daqueles com idade entre 30e 49 anos e com 46% daquelescom idade acima de 50 anos.

 Além disso, seguindo uma fortedemanda online o dicionáriobrasileiro Michaelis ajustou a

denição do termo casamento em2015, reiterando que é uma uniãolegal entre duas pessoas, ao invésde um homem e uma mulher comona denição anterior.

 Algumas cidades do Brasil,como São Paulo e Rio de Janeiro,tornam-se cada vez mais liberais,após experimentarem os potenciaisbenefícios do turismo LGBT. SãoPaulo é conhecida por organizara maior parada do orgulho LGBTdo mundo, patrocinada pelogoverno e apoiada pelo Ministérioda Cultura, tendo atraído maisde 1 milhão de pessoas em

edições passadas.

Em 2015, legislaçõesinternacionais polêmicasenvolvendo os direitos LGBTreceberam muita atenção eapoio dos brasileiros, incluindo alegalização do casamento entrepessoas do mesmo sexo pelaSuprema Corte Americana. Emconsequência da histórica decisãoda Suprema Corte que fez docasamento entre pessoas domesmo sexo um direito nacionalem todo os EUA, em torno de 26

milhões de pessoas ao redor domundo colocaram a imagem deum arco íris sobre suas fotos deperl no Facebook, em apoio aocasamento gay. A presidente doBrasil, Dilma Rousseff, foi umadas apoiadoras. E, no m de2015, uma controversa legislaçãobrasileira, que dene a famíliacomo a união de um homem euma mulher, poderia receberresposta negativa de muitosconsumidores brasileiros.

Outra questão chave desaandoas noções de família tradicionalno Brasil é o envelhecimento

da população. Em São Paulo, onúmero de consumidores comidade superior a 60 anos irá dobraraté 2030, de acordo com dados doIBGE em 2014. Isso certamenteexige um novo nível de respeitocom a demograa dos idosos. Coma população idosa aumentandoe saindo da força de trabalho,muitos irão procurar maneiras dese manterem ocupados. As marcasdevem continuar a desenvolverprogramas e aparelhos que façamos idosos se sentirem confortáveise os incentive a manterem-se

ativos, tanto sicamente quantomentalmente. Nós já estamoscomeçando a ver alguns serviçosarrojados direcionados aos idosos,como a primeira ocina de gratepara maiores de 60 anos do país.

De acordo com a Mintel, algoem torno de 55% dos brasileiroscom mais de 55 anos se exercitam.Diversas empresas no Brasilestão começando a ver opotencial desse grupo demográcoe lançam iniciativas para apoiarum estilo de vida mais ativo.

 Aliás, diversos shoppings centersno Brasil organizam programas de

atividades físicas para os idosos,com as aulas ministradas bemcedo pela manhã e terminandoassim que as lojas abrem. Dessaforma, elas incentivam os idososa socializarem e a fazeremcompras após os exercícios.Brasileiros de todas as idadesirão cada vez mais procurar poriniciativas parecidas direcionadasa cidadãos mais velhos, que osajude a tirar um pouco da pressãosobre as famílias.

CAMPANHA LGBT DA KELLOGG’S

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O QUE VIRÁA SEGUIR?O não convencional se tornouo novo tradicional. Com osconsumidores cada vez maisconscientes das famílias nãotradicionais, os brasileiros irãobuscar marcas que apresentemcaracterísticas das váriasdinâmicas do ‘novo normal’.

Prossionais de marketing  que

busquem atender a esse crescentegrupo terão que olhar para tudo,desde a imagem à linguagem para

garantir que estão se comunicandoda maneira mais autênticapossível. Ainda que esses gruposnormalmente se sintam malrepresentados, eles não queremser muito mimados. A americanaHoney Maid foi capaz de, nãoapenas projetar uma imagem

bastante inclusiva, mas tambémde apresentar uma mensagemcentralizada na diversidade defamílias verdadeiras, quer sejamdois pais, irmãos adotados ou ‘paisde animais’. A marca deu totalsignicado ao seu slogan “Isto éSaudável”, apresentando “famíliasamericanas verdadeiras e asconexões saudáveis queelas dividem”.

Quando se trata de reetirpapéis modernos, nós vimosmovimentos arrojados como auruguaia Urufarma que virou oDia Internacional da Mulher (8de março) de cabeça pra baixo,

parabenizando os homens pelascoisas ‘não masculinas’ que elesfazem para quebrar as regrasde gênero, como chorar, assistirnovela, beber daiquiris e ser o quequiserem ser. Outro exemplo queas marcas fazem bem em seguiré o novo comercial do detergente

Magistral na Argentina,apresentando um homem seaproveitando dos benefícios

terapêuticos de lavar alouça. Os consumidoresvão abraçar essascampanhas audaciosasque mostram novosníveis de valores deuma mentalidade maisaberta. As marcas queressoarem mais comos consumidoresse destacarão namultidão.

 A evolução do

papel dos gênerosdireciona mudançassignicativas dentro

dos lares. À medida que cadavez mais os pais cam em casapara cuidar de seus lhos, eles setornam grandes inuenciadoresna seleção de produtos para o lar

 – do sabão em pó a alimentos. Aomesmo tempo, com as mulheresse afastando de seus papéis delíderes do lar, elas irão precisarde um tipo diferente de apoiodas marcas, tratando de questõescomo economia de tempoe multitarefas.

É provável que vejamos umaabordagem mais inclusivaao gênero neutro em lugarespúblicos, como os banheiros da

Casa Branca, que podem serutilizados por todos, independentede sua identidade de gênero.

 Além disso, poderemos observarmais varejistas de moda unissex  

como a coleção da brasileira UMAapresentada em 2015 durantea São Paulo Fashion Week. Em2016, as empresas expandirão oconceito de uma coleção para todaa marca e começarão a oferecerexperiências de compra em gêneroneutro, como já vimos na londrinaSelfrigdes e seu Agender Project.

Iniciativas que apoiem asnecessidades de uma populaçãocada vez mais diversicada irãoganhar notoriedade em 2016,incluindo moradias exíveis elocais de trabalho que acomodemas necessidades dos donosde animais de estimação. Eprogramas para apoiar a interaçãodo cruzamento de gerações irão

beneciar todas as faixas etárias.Exemplos incluem um asiloassistido em Seattle que também

Como os consumidoresestão mais conscientes dasfamílias não tradicionais,os brasileiros irão buscarmarcas que apresentemcaracterísticas das váriasdinâmicas do ‘novo normal’.

SELFRIDGES, EM LONDRES, LANÇOU O PROJETO AGENDER

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Devido às diculdades nanceirasdo Brasil e o potencial impactoque a população idosa podeter na força de trabalho, muitospodem não ser capazes dedarem-se ao luxo de parar detrabalhar e poderemos verempresas oferecendo esquemasde contratação para a faixa etáriaacima dos 60 anos. Nós já vimosesse comportamento na França,com o serviço de alimentaçãoLou Papé que possibilita que aspessoas contratem cozinheiros

aposentados para cozinharem emsuas casas.

Com as mães adotando seu novopapel como provedoras, os paiscuidando das tarefas domésticase até os idosos ajudando com aeducação das crianças, as marcas

terão que oferecer maisdo que apenas a aceitação eapoio social. Elas precisarãopromover a exibilidade, oferecerprodutos, serviços e planos paraintegrar lares tão diversicadosquanto variáveis.

CERVEJA BAMBERG APOIA A ADOÇÃO DE CACHORROS

abriga uma pré-escola, ondecrianças e idosos podem aprenderuns com os outros, ou estudantesmorando de graça em casas derepouso para fazer companhia aosmoradores idosos.

Em vários países, a sociedadese tornou mais centralizada nosanimais de estimação do que emanos anteriores. À medida que aposição dos animais no lar mudae os amigos peludos ganhamatributos humanizados, é provável

que nos próximos meses nósvejamos campanhas explorarem osdireitos dos animais, propriedaderesponsável e a adoção ao invésda compra. Também poderemosobservar mais serviços comuma abordagem parental aosproprietários de animais, como

aulas sobre relacionamento,aconselhamento e terapia. Comrelação a produtos, haverá umaonda de opções mais naturaiscomo comida orgânica, remédiosnaturais e uma grande variedadede escolhas de produtos para obem-estar dos animais.

 A partir de 2016, as empresasprecisarão acompanhar umanova ideia de velhice quequestiona as noções de idade,novo, ativo e inativo. Haverá

mais campanhas incorporandointerpretações modernas de o quesignica car velho, distanciandoas marcas de conceitos comodependência e vulnerabilidade.Por exemplo, nós vimosrecentemente que o governo doReino Unido anunciou planos

de permitir que avós que aindatrabalhem possam tirar folgae participar do pagamento delicença parental para ajudar atomar conta de seus netos. Existeuma oportunidade de quebrar oestereótipo e lançar campanhasprovocantes que promovamvalores mais modernos comrelação ao envelhecimento dapopulação. Poderemos tambémver mais campanhas abordandoassuntos menos discutidos, comoo relacionamento pessoal dos

idosos, discutido numa série deanúncios da Acua Mayor Argentina,o primeiro canal digital de TVpara idosos da América Latina,que apresenta histórias de casaisde idosos LGBT armando que“diversidade sexual não tem idade”.

À medida que muda o status dos animaisde estimaçcão no lar, e os amigos peludosganham atributos humanizados, é provávelque nos próximos meses nós vejamoscampanhas explorarem os direitos dosanimais, propriedade responsável e a adoçãoem vez da compra.

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    F   a   m    í    l    i   a   s    A    l    t   e   r   n   a    t    i   v   a   s

F  a mí   l   i    a  s A l    t   er n a  t  i   v  a  s 

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A AGÊNCIALÍDERMUNDIAL EM

INTELIGÊNCIADE MERCADONossas análises especializadas de dados, da mais altaqualidade, e pesquisa de mercado irão ajudar você a desenvolverseus negócios.

 A Mintel é a agência líder mundial em inteligência de

mercado, com escritórios em Chicago, Nova York,

Londres, Sydney, Xangai, Tóquio, São Paulo, Mumbai,

Munique, Kuala Lumpur, Toronto, Belfast e Singapura.

Inteligência de mercado é a nossa diferença e o que

nos dene como uma marca.

 

Então o que faz parte do mix de Inteligência

de Mercado?

 

Claro que há dados, e há pesquisa de mercado,

mas há também análise de mercado, inteligência

competitiva, inteligência de produto e, mais importante,

expertise para combinar esses elementos em uma

síntese especializada que gera visão e recomendação.

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