Relatorio Planeta Vivo 2012 (WWF - Global Footprint Network)

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    RELATRIOPLANETAVIVO2012

    ACAMINHODA

    RIO+20

    RelatrioPlaneta Vivo 2012A CAMINHO DA

    RIO+20

    BR

    2012

    SUMRIO

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    SimondeTrey-Whit

    e/WWF-UK

    x

    Mulher cortando capim, Khata, Nepal.

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    DESTAQUES DO RELATRIO PLANETA VIVO 2012:TODOS PRECISAMOS

    DE ALIMENTOS, GUA E ENERGIA. NOSSAS VIDAS DEPENDEMDISSO. A NATUREZA A BASE DE NOSSO BEM-ESTAR E DE NOSSAPROSPERIDADE.A DEMANDA POR RECURSOS NATURAIS DOBROU

    DESDE 1966, E HOJE ESTAMOS CONSUMINDO O EQUIVALENTE A 1,5PLANETA PARA REALIZAR NOSSAS ATIVIDADES. A PEGADA ECOLGICA

    DOS PASES DE RENDA ELEVADA CINCO VEZES MAIOR QUE A PEGADADOS PASES DE BAIXA RENDA.SEGUNDO AS PROJEES TENDENCIAIS,

    VAMOS PRECISAR DO EQUIVALENTE A DOIS PLANETAS TERRA AT 2030PARA ATENDER S NOSSAS DEMANDAS ANUAIS.A BIODIVERSIDADEENCOLHEU 30% EM TODO O MUNDO ENTRE 1970 E 2008; NOS

    TRPICOS, A REDUO FOI DE 60%.

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    H vinte anos, a Cpula da Terrarealizada no Rio reuniu mais decem chefes de Estado e governos mesma mesa. Em duas sema-nas, eles procuraram remodelaro desenvolvimento econmico domundo em bases ecolgicas, justase sustentveis.

    Mas, em ltima anlise, oque foi alcanado? De que modo aagenda de desenvolvimento susten-tvel da Cpula se desdobrou nesses

    20 anos? E ser que a Rio+20 aconferncia que ser realizada namesma cidade no ms de junho irconsolidar seus sucessos? Ser queos lderes se colocaro altura dodesafio na Rio+20, atualizando o

    ideal de desenvolvimento sustent-vel com base nas lies aprendidasdesde a Rio 92? Ou ser que repas-saro o problema para as geraesfuturas, deixando que paguem pelosnossos fracassos do presente?

    O WWF acredita que aRio+20 uma oportunidade sin-gular para os lderes mundiais re-afirmarem seu compromisso coma criao de um futuro sustentvelpara todos. Este sumrio apresentaas principais descobertas do Rela-tr io Planeta Vivo 2012, analisa osacontecimentos ambientais desdea Cpula de 1992 e explica a neces-sidade de uma mudana expressivanos hbitos de consumo globais.

    O CAMINHO PARA A RIO+20

    A Rio 92 gerou a Declarao do Rio: 27 princpios que definem a aborda-gem para as questes de meio ambiente e desenvolvimento. Os Objetivosde Desenvolvimento Sustentvel (ODSs) propostos na Rio+20 oferecemuma oportunidade nica para o alinhamento dessas agendas. Os objetivossugerem um marco de desenvolvimento global para enfrentar alguns dos

    desafios mais prementes de nosso tempo. O WWF apoia compromissosambiciosos que acelerem a mudana e equacionem desigualdades estru-turais, permitindo a participao aberta e inclusiva dos intervenientes ecriando indicadores que permitam acompanhar os avanos. Uma mensa-gem marcante que as discusses sobre os ODSs no devem atrapalhar aconcretizao dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio (ODMs), da

    qual tantas vidas e meios de subsistncia dependem.

    Ocaminho

    paraa

    RIO+20

    RIO+20 UMA OPORTUNIDADESINGULAR PARA OS LDERESMUNDIAIS REAFIRMAREM

    SEU COMPROMISSO COMA CRIAO DE UM FUTUROSUSTENTVEL PARA TODOS

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    Habitam na Terra milhes de varia-das espcies, formando os ecossis-temas e habitats de que dependemos seres humanos e toda a vida denosso planeta.

    Contudo, a demanda crescen-te da humanidade por recursos estimpondo presses extraordinriassobre a biodiversidade do mundo.Em nosso atual ritmo de consumo, aTerra precisa de 1,5 ano para produ-zir e repor os recursos naturais que

    consumimos em um nico ano.O Relatrio Planeta Vivo

    2012, produzido pelo WWF em par-ceria com o ZSL e a Global FootprintNetwork, chama a ateno para umndice alarmante de perda da bio-

    diversidade: 28% de reduo globaltotal entre 1970 e 2008.

    Esta publicao um sumrioespecial para a Rio+20 da nona edi-o do Relatrio Planeta Vivo(RPV)do WWF, uma publicao bianual que

    documenta a situao do planeta.

    O sumrio destaca as transformaesda biodiversidade, dos ecossistemas eda demanda de recursos naturais pelahumanidade, e explora as implicaesdessas mudanas para a biodiversida-de e a humanidade.

    RELATRIO PLANETA VIVO 2012 As concluses do Relatrio Planeta Vivo se baseiamem dois indi cadores fundamentais: O ndi ce Plan eta Vivo(I PV), que acompanhaa evoluo de mais de 9 mi l populaes de 2.688espcies de vertebrados no per odo poster ior a 1970,com o intuito de registr ar alteraes na sade dosecossistemas do planeta. A Pegada Ecolgi ca, ferramenta de contabilidadeambiental que acompanha as demandas concorrentes dahumanidade sobre a biosfera por meio da comparaoda demanda humana com a capacidade regenerativa doplaneta. A demanda humana traduzida em hectaresglobais (gha): hectares que representam a mdia mun-dial da produo e do sequestro de CO2.

    A ligao entre Pegada Ecolgica total e biocapacidade a capacidade regenerativa da Terra indica clar amenteem que medida estamos ultrapassando os limitesnaturais do nosso planeta. O mais recente RPV mostraque leva 1,5 ano para a Terra regenerar os recursosrenovveis consumidos pelos seres humanos e absorver

    os resduos de CO2 que eles produzem a cada ano.O relatrio tambm enfatiza que ainda possvelreverter as tendncias atuais, por meio de escolhasmelhores que coloquem a natur eza no centro daseconomias, modelos de negcios e estilos de vida.

    Voc pode fazer o download do r elatr io completoem: wwf.panda.org/ lpr e da verso em por tugusem: ww w.ww f.org.br

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    A Cpula da Terra de 1992 foi umponto alto da cooperao global.O termo desenvolvimento sustent-vel um conceito relativamente novona poca pegou e a Declaraodo Rio sobre Meio Ambiente e De-senvolvimento prometeu, conformesintetizado pela ONU, nada menos

    que uma transformao de nossasatitudes e comportamentos.

    Os lderes mundiaispresentes na cpula assinarama Agenda 21, de 600 pginas,para nortear essa transformao,e criaram uma Comisso sobreDesenvolvimento Sustentvel

    para assegurar seu progresso(Johnson, 1993).

    A Rio 92 tambm testemu-nhou a formulao de trs tratadosambientais revolucionrios, con-templando as questes da mudanado clima, perda da biodiversidade edesertificao.

    RIO 1992: O PONTAP INICIAL DA SUSTENTABILIDADE

    1992 1993 1994 1997 2000 2009 2012

    Conferncia Rio+20

    Consenso acerca do Acordo de Copenhague

    Consenso acerca dos Objetivos de Desenvolvimento do Milnio

    Consenso acerca do Protocolo de Quioto UNFCCC

    UNFCCC entra em vigor

    CDB entra em vigor

    Cpula da Terra no Rio

    Cronologia: Principais marcos dos ltimos 20 anos

    Ocaminhoparaa

    RIO+20

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    StaffanWidstrand/WWF

    Ursos polares no gelo marinho, Canad.

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    O NDICE PLANETA VIVO

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    1.0

    2.0

    Valor

    dondice(1970

    =

    1)

    1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2008

    Ano

    -28%

    Key

    Global Living Planet Index

    0.0

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    2.0

    1980 1985 1990 1995 2000 2005 2008

    Ano

    1970 1975

    Valordondice(1970

    =

    1)

    Legenda

    ndice Planeta Vivo tropical

    ndice Planeta Vivotemperado

    O ndice Planeta Vivoindica alteraesno estado da biodiversidade do plane-ta por meio do acompanhamento daevoluo do tamanho de 9.014 popula-es de 2.688 mamferos, aves, peixes,rpteis, anfbios e peixes de diferentes

    biomas e regies. Assim como um ndi-ce do mercado acionrio, o IPV calculavariaes mdias ao longo do tempo.As variaes na abundncia de umaseleo de espcies podem ser usadascomo um importante indicador da si-

    tuao ecolgica do planeta.Trazendo dados acerca das popu-

    laes de muito mais espcies do que emedies anteriores, o ndice Planeta Vivocontinua mostrando uma queda globalde 28% na sade da biodiversidade

    desde 1970 (Figura 1). O ndice PlanetaVivo tropical diminuiu mais de 60%entre 1970 e 2008, ao passo que o ndicePlaneta Vivo temperado aumentou 30%no mesmo perodo (Figura 2). Isso nosignifica necessariamente que os ecossis-

    temas de climas temperados estejam emmelhor estado que os de climas tropicais.

    Figur a 2: ndices Planeta Vivotr opical e temper adoO ndice tr opical global i ndica umaqueda super ior a 60% entre 1970 e2008. O ndice temperado global apontapara um aumento de 30% durante omesmo per odo (WWF/ ZSL, 2012).

    Legenda

    ndice Planeta Vivo Global

    +31%

    -61%

    Figur a 1: n dice Planeta Vivo Global.O ndice demonstra uma queda de cercade 30% de 1970 a 2008, com base em9.014 populaes de 2.688 espcies deaves, mamferos, anfbios, rpteis e peixes.O sombr eamento e todos os nmerosdo ndice Planeta Vivo r epresentam oslimites de confiana de 95% em torno

    da tr ajetr ia; quanto mais espesso osombreamento, maior a var iabil idade datr ajetr ia em questo (WWF/ ZSL, 2012).

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    O segundo tratado emanado doRio, a Conveno sobre DiversidadeBiolgica, tinha como objetivo con-ter a perda crescente de espcies eecossistemas e, ao mesmo tempo,

    assegurar uma repartio mais justados benefcios gerados pela extraodos recursos biolgicos da Terra.

    O Protocolo de Nagoia de 2010estabelece um marco legal transpa-rente para a implementao efetiva

    de um dos trs objetivos da CDB:ajusta e equitativa distribuio dosbenefcios derivados da utilizao derecursos genticos. Porm, a conten-o da perda de espcies e ecossiste-mas revelou-se mais difcil, mesmo

    depois de se acordar, no mbito dosObjetivos de Desenvolvimento doMilnio de 2000, que o primeiroobjetivo especfico seria alcanaruma reduo significativa da taxa deperdas de biodiversidade at 2010

    (PNUMA, 2011). A incapacidade de

    se evitar extines mostrada nondice Planeta Vivo, que sofreu que-da de 12% desde 1992, e de 30% nostrpicos (PNUMA, 2011).

    A Conveno de Com bate

    Desertificao

    A Conveno da ONU de Combate Desertificao a terceira conven-o originria da Cpula da Terrarealizada no Rio de Janeiro. Junta-

    mente com a mudana do clima ea perda de biodiversidade, a deser-tificao foi identificada como umdos maiores desafios para o desen-volvimento sustentvel. Assinadaem 1994, a UNCCD vincula o meio

    ambiente e o desenvolvimento aomanejo sustentvel da terra. A Con-veno trata de reas ridas, semi-ridas e submidas secas, conhecidascomo zonas desrticas, onde se en-contram alguns dos ecossistemas e

    populaes mais vulnerveis.

    A CONVENO SOBRE DIVERSIDADE BIOLGICA

    O NDICE TROPICAL GLOBALREGISTROU QUEDA DE 30%DESDE 1992

    Ocaminhoparaa

    RIO+20

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    RogerLeguen/WWF-Canon

    Floresta Matcho, Guiana Francesa.

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    PROTEO OU NEGLIGNCIA COM NOSSAS FLORESTAS?

    Na ausncia de um tratado globalpara a proteo das florestas domundo, e apesar dos esforos or-questrados por determinados pases,nos 20 anos decorridos desde a Rio92, a cobertura florestal mundial en-

    colheu trs milhes de quilmetrosquadrados, uma rea do tamanho dandia (PNUMA, 2011). A boa notcia que a perda na segunda dcadadepois da Rio 92 foi menor que aregistrada na primeira, indicao de

    que as taxas de desmatamento po-dem estar perdendo flego.

    Vrios pases comearam acultivar florestas, inclusive os EUA,partes da Europa, Costa Rica, Chinae ndia (WWF, 2012). Aps uma d-

    cada de perdas macias, as taxas dedesmatamento na Amaznia brasilei-ra j caram 70% desde 2004. Os es-foros para deter a perda de florestaspor meio da certificao de sistemasde manejo sustentveis beneficiam

    hoje em torno de 10% das florestas,embora algumas florestas tropicais

    produtivas ainda estejam por seradequadamente contempladas poresses sistemas (PNUMA, 2011).

    Cerca de um tero das reasflorestais naturais perdidas nas duasltimas duas dcadas foi substitudo

    por plantaes florestais, que tiveramcrescimento de 54% (PNUMA, 2011).Nesse nterim, um acordo global paraas florestas pode finalmente surgir daatual rodada de negociaes sobre oclima. O desmatamento uma fonte

    importante de emisses de CO2, demodo que a ideia de remunerar pa-ses e comunidades pela proteo desuas florestas de acordo com o siste-ma conhecido como REDD+ (Redu-o de Emisses por Desmatamento

    e Degradao Florestal) pode forne-cer um claro fluxo de renda capaz defazer uma grande contribuio parareduzir as emisses globais e tam-bm proteger as florestas do mundo(PNUMA, 2011).

    A agenda ambiental firmadapela Cpula da Terra de 1992 ajudou

    a estimular outras medidas de prote-o do planeta. Por exemplo, a reada superfcie terrestre situada no in-terior de parques nacionais e outrossistemas de proteo saltou de 9 para13% desde a Rio 92 (PNUMA, 2011).

    DESDE A RIO 1992, A COBERTURAFLORESTAL MUNDIAL ENCOLHEUTRS MILHES DE QUILMETROSQUADRADOS

    Ocaminhoparaa

    RIO+20

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    DETERMINANTESINDIRETOS

    Agricultura

    Perda, alterao efragmentao de habitats

    Espciesinvasoras

    Poluio

    Caa e pesca reas urbanas eindstria

    Energia e transporte

    PRESSES DIRETASSOBRE BIODIVERSIDADEE ECOSSISTEMAS

    SERVIOS

    ECOSSISTMICOS

    SITUAO DABIODIVERSIDADE

    MUNDIAL

    Superexplorao

    Terrestre De gua doce Marinha

    Benefcios proporcionados pelos ecossistemas aos seres humanos

    FATORES CAUSAISPopulao Consumo Eficincia de recursos

    Servios deproviso Servios de

    suporte

    Serviosreguladores Servios

    culturais alimentos

    medicamentos madeira fibras bioenergia

    ciclagem de nutrientes fotossntese formao do solo

    filtragem de gua decomposio de resduos

    regulao do clima polinizao de culturas regulao de algumas

    doenas humanas

    Experincias

    enriquecedoras recreativas estticas espirituais

    Uso da gua

    Mudanado clima

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    A Pegada Ecolgica acompanha asdemandas da humanidade sobre abiosfera por meio da comparaodos recursos naturais renovveisque as pessoas esto consumindoconsiderando a capacidade regene-

    rativa da Terra, ou sua biocapaci-dade: a rea de terra efetivamentedisponvel para a produo dosrecursos naturais renovveis e aabsoro das emisses de CO

    2.

    A Pegada Ecolgica mostra

    uma tendncia constante de consu-mo excessivo (Figura 3). Em 2008,a biocapacidade total da Terra foide 12,0 bilhes de gha (1,8 gha percapita), ao passo que a Pegada Eco-lgica da humanidade ficou em 18,2

    bilhes de gha (2,7 gha per capita).A extenso de reas florestais neces-sria para o sequestro das emissesde carbono o maior componenteda Pegada Ecolgica (55%).

    Essa discrepncia significa

    que estamos vivendo uma situao

    de sobrecarga ecolgica:est levan-do 1,5 ano para a Terra regenerarpor completo os recursos renovveisque esto sendo consumidos pelosseres humanos em um ano. Em vezde extrair nosso sustento dos rendi-

    mentos, estamos devorando nossocapital natural.

    0

    1

    2

    1961 1970 1980 1990 2000 2008

    PegadaEcolgica(nmerodeplanetasTer

    ra)

    Ano

    A PEGADA ECOLGICA

    Figur a 3:Pegada Ecolgica glob al por com pon ente, 1961-200 8O maior componente da Pegada Ecolgica a pegada do carbono(55%) (Global Footpr int Netw ork, 2011).

    Tanto a Pegada Ecolgicacomo a biocapacidade so

    expressas em uma unidadecomum chamada de hectareglobal (gha), em que 1 gharepresenta um hectare deproduo biolgica com pro-dutividade mdia mundial.

    1,5 ANO PARA REGENERAROS RECURSOS RENOVVEISCONSUMIDOS EM UM ANO

    Legenda

    reas construdas Pesqueiros Florestas

    Pastagens reas de cultivo Carbono

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    O IMPACTO HUMANO SOBRE O PLANETA ESTSUPERANDO A OFERTA

    O Programa da ONU para o Meio Am-biente, um dos organismos respons-veis por vrios dos acordos realizadosna Rio 92, conclui que a fixao de

    metas ambientais rende os melhoresresultados quando trata de questesbem definidas para as quais soluestecnolgicas existem ou podem serdesenvolvidas, e quando o progresso mensurvel (PNUMA, 2011).

    Para que isso acontea na es-cala global necessria para garantirque o mundo siga uma via inequ-voca para um futuro sustentvel, preciso haver uma transformaosignificativa em nossas atitudes em

    relao ao meio ambiente e na nossacompreenso de nossa dependnciado capital natural. Nas ltimas duasdcadas, apesar de alguns avanos,predominaram as prticas habituaise o impacto humano sobre o planeta

    continuou a crescer, destruindo anatureza e os recursos naturais dos

    quais dependemos fundamental-mente para a nossa sobrevivncia.

    O impacto humano sobre oplaneta possui trs componentes:os

    nmeros da populao, a parcelade consumo de cada um de ns e atecnologia que usamos para produ-zir nossos bens e servios. Ao longodo sculo XX, a expanso da pegadahumana sobre o planeta explicada

    principalmente pelo crescimento dapopulao mundial, que quadrupli-cou durante o sculo.

    Mas isso est mudando. Desde1992, a populao mundial cresceu26%, e atingiu a marca de 7 bilhes

    no final de 2011 (PNUMA, 2011). Po-rm, o tamanho das famlias est emqueda a mdia agora de 2,5 filhospor mulher e a taxa de crescimentodiminuiu de 1,65% ao ano para 1,2%(PNUMA, 2011). Alguns acreditam

    que testemunharemos o pico demo-grfico ainda neste sculo.

    AO LONGO DO SCULO XX,A EXPANSO DA PEGADAHUMANA SOBRE O PLANETA

    SE DEVE PRINCIPALMENTE AOCRESCIMENTO DA POPULAOMUNDIAL

    Ocaminhoparaa

    RIO+2

    0DESDE 1992, A POPULAO

    MUNDIAL CRESCEU 26%, EATINGIU A MARCA DE 7 BILHESNO FINAL DE 2011

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    PegadaEcolgica:

    nmerodehectaresglobaisne

    cessriospercapita

    Mada

    scar

    Zimbbue

    Tanznia,

    Re

    pblicaUnidada

    Camboja

    SriLanka

    Libria

    Quirguisto

    Laos,

    RepblicaPopula

    rDemocrticado

    Coreia,

    RepblicaPopula

    rDemocrticada

    Marrocos

    Benin

    Repblica

    da

    fricaCentral

    Vietn

    Gmbia

    Iraque

    RepblicaDominicana

    Gergia

    Nigria

    Somlia

    Suazilndia

    Repblic

    arabedaSria

    BurkinaFaso

    Senegal

    Nicargua

    Uganda

    Sudo

    Arglia

    Guin

    Jamaica

    Honduras

    Armnia

    Gana

    Tunsia

    Guatemala

    Colmbia

    Albnia

    Gabo

    Uzbequisto

    Mali

    Cuba

    Cuba

    Mianm

    Azerbaijo

    ElSalvador

    Peru

    Nambia

    Egito

    Moldvia

    China

    Jordnia

    Equador

    Tailndia

    CostaRica

    Turquia

    Srvia

    fricadoSul

    Bolvia

    Ir,

    Rep

    blicaIslmicado

    P

    pua-NovaGuin

    Argentina

    BsniaeHerzegovina

    Romnia

    Botsuana

    Lbano

    Mauritnia

    Brasil

    Panam

    Paraguai

    Venezuela,

    RepblicaBolivarianada

    Lbia

    Ucrnia

    Chile

    Mxico

    Bulgria

    Hungria

    Malsia

    Polnia

    Letnia

    Israel

    Turcomenisto

    Bielorrssia

    ArbiaSaudita

    Portugal

    Cazaquisto

    Japo

    Crocia

    NovaZelndia

    Litunia

    F

    ederaoRussa

    Itlia

    Maurcio

    Alemanha

    Rep

    blicadaCoreia

    Eslovquia

    ReinoUnido

    Estnia

    Espanha

    Noruega

    Frana

    Grcia

    Sua

    Uruguai

    Eslovnia

    R

    epblicaTcheca

    ustria

    AntigaRepblicaIugosla

    vadaMacednia

    Monglia

    Om

    Sucia

    Cingapura

    Finlndia

    Irlanda

    PasesBaixos

    Canad

    Austrlia

    Blgica

    EstadosUnidosdaAmrica

    Dinamarca

    Emirado

    srabesUnidos

    Kuwait

    Qatar

    Figur a 4: Pegada Ecolgica percapit a por pasEssa compar ao engloba todos ospases com populao superior a ummilho de habitantes para os quais

    esto disponveis dados completos(Global Footprint Network, 2011).

    SE TODOS VIVESSEM COMO UM MORADOR TPICO DOS EUA,SERIAM NECESSRIOS 4 PLANETAS TERRA PARA REGENERAR

    A DEMANDA ANUAL DA HUMANIDADE IMPOSTA NATUREZA

    DIFERENTES PASES APRESENTAM DIFERENTES PEGADAS

    SE A HUMANIDADE VIVESSE COMO UM HABITANTECOMUM DA INDONSIA, APENAS 2/3 DA

    BIOCAPACIDADE DO PLANETA SERIAM CONSUMIDOS

    16

    A Pegada Ecolgica per capita mundial mdia foi de 2,7 gha em 2008.

    O Brasil tem uma pegada ecolgica de 2,9 hectares globais por habitante, bem prxima mdia mundial.

    Brasil

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    17TerritrioOcup

    adodaPalestina

    Timor-Leste

    Afeganisto

    Hait

    Eritreia

    Bangladesh

    Ruanda

    Paquisto

    Congo,

    Repblica

    Democrticado

    Nepal

    Malui

    Moambique

    Zmbia

    Burundi

    ndia

    Imen

    Angola

    Tajiquisto

    Qunia

    Filipinas

    Togo

    Lesoto

    Congo

    Camares

    Guin-Bissau

    Indonsia

    SerraLeoa

    Etipia

    reas de cultivoRepresenta a extenso dereas de cultivo usadas

    para a produo dealimentos e fibras paraconsumo humano, bemcomo para a produo derao para o gado,oleaginosas e borracha.

    reas de cultivoRepresenta a extenso dereas de cultivo usadas

    para a produo dealimentos e fibras paraconsumo humano, bemcomo para a produo derao para o gado,oleaginosas e borracha.

    CarbonoRepresenta a extenso de reas florestaiscapaz de sequestrar emisses de CO2

    derivadas da queima de combustveisfsseis, excluindo-se a parcela absorvidapelos oceanos que provoca a acidificao.

    PastagensRepresenta aextenso de reas depastagem utilizadas

    para a criao degado de corte eleiteiro e para aproduo de couro eprodutos de l.

    Estoques pesqueirosCalculada a partir da estimativa de produoprimria necessria para sustentar os peixese mariscos capturados, com base em dados

    de captura relativos a espcies marinhas e degua doce.

    FlorestasRepresenta a extenso dereas florestais necessriaspara o fornecimento de

    produtos madeireiros,celulose e lenha.

    reas construdasRepresenta a extenso de reascobertas por infraestrutura humana,inclusive transportes, habitao,

    estruturas industriais e reservatriospara a gerao de energia hidreltrica.

    OS COMPONENTESDA PEGADAECOLGICA

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    18

    0

    7

    6

    5

    4

    3

    2

    1

    1961 1970 1980 1990 2000 2008

    Pegada

    Ecolgica

    (gha

    percapita

    )

    Ano

    A Pegada Ecolgica per capita depases de renda elevada supera a

    pegada de pases de renda baixa emdia (Figura 5). Por outro lado, ospases de renda mdia e baixa haviamdemandado menos do que a biocapa-cidade per capita mdia disponvel nomundo at 2006, quando os pases de

    renda mdia extrapolaram esse valor.O ndice Planeta Vivo dos

    pases de renda elevada indica umaumento de 7% entre 1970 e 2008(Figura 6). provvel que isso sejadevido a uma combinao de fato-

    res, principalmente o fato de essespases serem capazes de adquirir eimportar recursos de pases de ren-da mais baixa, degradando assim abiodiversidade desses pases e, aomesmo tempo, mantendo a biodi-

    versidade e ecossistemas remanes-centes de seu prprio quintal.

    Figur a 5: Var iaes na Pegada Ecolgica per capit a em p a-ses de r enda elevada, m dia e bai xa ent r e 1961 e 20 08A linha escuratracejada representa a biocapacidade mundial mdiaem 2008 (Global Footpr int Network, 2011).

    Figur a 6: ndi ce Planeta Vivo por fa i xa de r enda por pasO ndice mostr a um aumento de 7% nos pases de renda elevada, umareduo de 31% nos pases de renda mdia e um r ecuo de 60% nos pa-ses de renda bai xa entre 1970 e 2008 (Global Footpr int Networ k, 2011).

    0

    1

    2

    1980 1985 1990 1995 2000 2005 2008

    Ano

    1970 1975

    Valordo

    ndice(1970

    =

    1)

    Em fortssimo contraste, ondice dos pases de baixa renda so-

    freu queda de 60%. Essa tendnciapode ser catastrfica, no s para abiodiversidade, mas tambm para aspessoas que vivem nesses pases. Em-bora todas as pessoas dependam, emltima anlise, dos servios ecossist-

    micos e dos bens naturais, as popula-es mais carentes do mundo so asque sentem mais diretamente o im-pacto da degradao ambiental. Semacesso a terra, gua limpa, alimentos,combustveis e matrias-primas ade-

    quadas, as populaes vulnerveisno so capazes de se libertar do ciclode pobreza e prosperar.

    Renda alta

    Renda mdiaRenda baixa

    Legenda

    OS PASES DE RENDA ELEVADA IMPEMDEMANDAS DESPROPORCIONAIS SOBRE OSRECURSOS NATURAIS

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    NationalGeographic

    Stock/JimRichardson/WWF

    Luzes da cidade de Chicago, Illinois, EUA.

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    20

    Em escala global, tanto a populaocomo a pegada per capita mdiaaumentaram desde 1961. No entan-to, a contribuio relativa de cadauma para o aumento geral da Pega-da Ecolgica varia de acordo com a

    regio. A biocapacidade per capitaexistente caiu quase pela metade nomesmo perodo (Figura 7).

    Desde a dcada de 1970, a de-manda anual da humanidade impostasobre a natureza excede a capacidade

    de renovao anual da Terra. Assimcomo o saque acima do saldo de umaconta bancria, cedo ou tarde os re-cursos se esgotam. No ritmo atual deconsumo, alguns ecossistemas entra-ro em colapso antes mesmo do esgo-

    tamento completo do recurso.J so visveis as consequn-

    cias do excesso de gases de efeito es-tufa que no pode ser absorvido pelossumidouros naturais, com a esca-lada dos nveis do CO2 atmosfrico

    causando a elevao das temperaturasglobais, mudana do clima e acidifica-

    o dos oceanos. Esses impactos, porsua vez, ampliam as presses sobrea biodiversidade e os ecossistemas, esobre os mesmssimos recursos dosquais os seres humanos dependem.

    MAIS PESSOAS E MENOS RECURSOS

    Figur a 7: Pegada Ecol gica poragr upam ento geogr fico, 1961-200 8Variao da pegada per capita mdia ea populao de cada regio do mundo. Area no inter ior de cada barra r epresen-ta a pegada total de cada regio (GlobalFootprint Network, 2011).

    0

    4

    2000 3000 4000 5000 6000

    Populao (milhes)

    0 1000

    Pegada

    Eco

    lgica

    (gha

    percapita)

    Biocapacidade disponvel per capita em 1961 (3,2 gha)

    0

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    2000 3000 4000 5000 6000

    Populao (milhes)

    0 1000

    Pegada

    Ecolgica

    (gha

    percapita)

    Biocapacidade disponvel per capita em 2008 (1,8 gha)

    Legenda

    frica

    Oriente Mdio/sia Central

    Amrica do Norte

    UERestante da Europa

    Amrica Latina

    sia-Pacfico

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    CONSUMO MAIS PRUDENTE

    Um fator cada vez mais importantede nossa pegada humana crescente o aumento de nosso consumopessoal. Estamos todos consumindomais, sobretudo nos pases de rendaelevada, que j esto impondo uma

    demanda desproporcional sobre osrecursos oferecidos pelo planeta.

    Em geral, a extrao de mat-rias primas registrou alta de 41% aolongo das ltimas duas dcadas, aopasso que a produo de alimentos

    aumentou 45% (PNUMA, 2011). Osdois nmeros esto bem acima docrescimento demogrfico. A produ-o mundial de plsticos mais doque dobrou desde 1992, e mais oumenos metade dela tem a ver com

    produtos descartveis, como em-balagens (PNUMA, 2011). Tambmestamos construindo novas infraes-truturas em um ritmo extraordin-rio. A produo de cimento a fonteindustrial de emisses de CO2 de

    maior peso e que mais cresce. O seg-

    mento registrou alta de 230% nosltimos 20 anos (PNUMA, 2011).

    Urbanizao

    Mais de 50% da populao mundialvive em reas urbanas atualmente.

    O nmero de pessoas que moramnas cidades registrou aumento de45% desde 1992, e os cidados ur-banos geralmente consomem mais;por exemplo, a pegada ecolgica deum cidado tpico de Pequim equi-

    vale a trs vezes a mdia chinesa(WWF, 2012). No nvel mundial,as cidades so responsveis por75% do consumo de energia (PNU-MA, 2011). Em termos globais, osmoradores de reas urbanas j so

    responsveis por mais de 70% dasemisses de CO2 do mundo relativasa combustveis fsseis. Entretanto,cidades bem planejadas tambmpodem reduzir as emisses diretasde carbono por meio da boa gesto

    do transporte coletivo (WWF, 2012).Ocaminhoparaa

    RIO+2

    0 JUNTAS, AS CIDADES DO MUNDORESPONDEM POR 75% DOCONSUMO DE ENERGIA

    DESDE 1992, O NMERO DEHABITANTES DAS CIDADESAUMENTOU 45%

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    Muitos pases dotados de biocapaci-dade elevada no apresentam umagrande pegada nacional. A Bolvia,por exemplo, registra pegada percapita de 2,6 gha, e biocapacidadeper capita de 18 gha. Entretanto,

    vale observar que essa biocapaci-dade pode muito bem estar sendoexportada e aproveitada por outrospases. Por exemplo, a Pegada Eco-lgica de um cidado dos Emiradosrabes Unidos (EAU) de 8,4 gha,

    mas dentro do pas a disponibili-

    dade de biocapacidade per capita de apenas 0,6 gha. Portanto, os re-sidentes dos EAU tm dependnciados recursos de outros pases parasatisfazer as suas necessidades. Coma intensificao das restries de re-

    cursos, a concorrncia est aumen-tando; a disparidade entre pasesricos em recursos e pases carentesde recursos muito provavelmenteter fortes implicaes geopolticasno futuro. O Brasil tem uma pegada

    mdia de 2,9 gha.

    DIFERENTES PASES, DIFERENTES BIOCAPACIDADES

    A cor r ida pela ter r a: a l i m ent os e combu stvel Nos pases em desenvolvimento, investidores externos esto seacotovelando para garanti r o acesso ter ra agr cola para a produofutur a de alimentos. Desde meados da dcada de 2000, estima-se

    que uma rea quase do tamanho da Europa Ocidental tenha sidotr ansfer ida em tr ansaes de distr ibuio de terr as. A ltima cor r idapor ter ras agrcolas foi desencadeada pela cr ise de alimentos de2007-2008, mas entre os fatores determinantes de longo pr azoesto o crescimento demogr fico, o aumento do consumo por par tede uma minor ia global e demandas do mercado por alimentos,

    biocombustveis, matr ias-pr imas e madeira (Anseeuw et al., 2012).

    Figur a 8: Dez pr inc ipais biocapacidades nacionai s

    em 2008Dez pases responderam pormais de 60% da biocapacida-de total da Ter ra em 2008,que inclui cinco dos seis pasesdo BRI ICs:Brasil , Rssia, n-dia, Indonsia e China (GlobalFootprint Network, 2011).

    Restante do mundo

    Brasil 15.4%

    China 9.9%

    Estados Unidos da Amrica 9.8%

    Federao Russa 7.9%

    ndia 4.8%

    Canad 4.2%

    38.8%

    Repblica Democrtica do Congo 1.6%

    Austrlia 2.6%

    Indonsia 2.6%Argentina 2.4%

    DEZ PASESCORRESPONDERAMA MAIS DE 60% DABIOCAPACIDADE

    TOTAL DA TERRA

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    A

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    AdrianoGambarini/W

    WF-Brazil

    Monocultura de soja, Roda Velha (BA), Brasil.

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    O USO MAIS EFICIENTE DE NOSSAS TERRAS

    A preocupao com a mudana doclima colocou a poltica energticano centro das atenes em muitosdebates ambientais. Mas h outrasquestes primordiais em torno da

    sustentabilidade a se considerar.Um dos impactos humanos

    mais generalizados sobre os ecossis-temas do planeta a agricultura. Atcerto ponto, a produo de alimentosreflete o sucesso humano: aumentou

    45% nos ltimos 20 anos, em con-traste com o crescimento demogr-fico de 26% (PNUMA, 2011). Isso foiconseguido em grande medida pelaintensificao da produo agrcola,e no pela tomada de mais terras da

    natureza, e um dos resultados foi asobrevivncia de muitos ecossiste-mas ameaados (PNUMA, 2011). Noentanto, foi considervel o impactoecolgico dessa intensificao.

    Um dos motivos da intensi-

    ficao da presso sobre o sistema

    de abastecimento de alimentos oconsumo insustentvel de carne,principalmente nos pases maisricos. O consumo mdio de carneno mundo passou de 34 quilos por

    ano em 1992 para 43 quilos hoje(PNUMA, 2011). A produo decarne requer muito mais recur-sos do que gros ou leguminosas(PNUMA, 2011). A pecuria responsvel por 18% das emisses

    mundiais de gases de efeito estufa(FAO, 2006).

    Grande parte dessa produti-vidade agrcola foi alcanada como uso de enormes quantidades deagrotxicos, como o fertilizante

    base de nitrognio artificial. A pro-duo desses produtos qumicosdemanda uma boa dose de energiae, como consequncia disso, hojeso necessrias entre 7 e 10 caloriasde energia para produzir uma calo-

    ria de alimento (PNUMA, 2011).

    O CONSUMO MDIO DE CARNE NOMUNDO PASSOU DE 34 QUILOSPOR ANO EM 1992 PARA 43QUILOS HOJE

    Ocaminhoparaa

    RIO+2

    0 A PRODUO DE ALIMENTOS

    AUMENTOU 45% NOS LTIMOS20 ANOS

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    Pelo menos 2,7 bilhes de pessoasvivem em bacias hidrogrficas quesofrem de escassez aguda de guadurante pelo menos um ms no ano.Para chegar a um entendimentoda oferta e demanda hdrica mais

    refinado do que geralmente se consi-dera, um estudo recente (Hoekstraetal., 2012) analisou a Pegada da guaAzul1 mensal de 405 grandes baciashidrogrficas, onde residem 65%da populao mundial. Foi adotada

    uma abordagem cautelosa com basenas vazes naturais (a estimativa devazo da bacia hidrogrfica antes daretirada de qualquer volume dgua)e a vazo ambiental necessria pre-sumida (a quantidade de gua neces-

    sria para manter a integridade dosecossistemas de gua doce), admitidacomo 80% do escoamento superficialnatural mensal (Richter et al., 2011).

    Se mais de 20% da vazonatural est sendo usada pelos

    seres humanos, ento a Pegada dagua Azul maior do que ofertade gua azul, ocorrendo assim odficit hdrico. A Figura 9 mostra onmero de meses do ano em que aescassez de gua azul excedeu 100%

    nas principais bacias hidrogrficasdo mundo entre 1996 e 2005. Emoutras palavras: durante esses me-ses, mais de 20% da vazo natural usada pelas pessoas.

    GUA: FONTE DE VIDA

    N de meses em que aescassez de gua > 100%

    0

    1

    2 - 34 - 5

    8 - 9

    10 - 11

    12

    6 - 7

    Meses em quea escassez

    hdr ica > 100%

    Figur a 9: Escassezde gua azulem 405 baciashidrogrficas noperodo 1996 -200 5A r ea comsombreamentoazul mais escuroindica as bacias

    hidr ogrf icas emque mais de 20%da gua existenteest sendo usadaao longo do ano.Algumas dessasr eas se situamnas zonas maisr idas do mundo

    (como o int er ior daAustr lia). Contudo,outr as r eas(como a por oocidental dosEUA) apr esentamvr ios meses deescassez hdr icaporque volumesconsiderveisde gua dessasbacias esto sendocanalizados par aa agricultur a(Hoekstr a et al .,2012).

    1 Blue Water, ou gua azul, a gua doce oriunda de fontes superficiais ou subterrneas. Green Water, ou gua verde, refere-se precipitao direta no soloque no sofre escoamento superficial, ou no recarrega os lenis freticos. Grey Water, ou gua cinza, refere-se ao volume de gua doce necessrio para assimilar acarga de poluentes de processos antrpicos, baseado em padres de qualidade.

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    MANEJO SUSTENTVEL DA GUA

    O uso mundial de gua para a agri-cultura tambm deu um salto. Area de terra submetida a irrigaoconvencional aumentou 21% em 20anos (PNUMA, 2011). A irrigaohoje responsvel por 70% da gua

    captada de rios e reservas subterr-neas, e se as chuvas forem levadasem considerao, as culturas soresponsveis por 92% da pegadahdrica humana (WWF, 2012).

    Com muitos rios secando por

    causa da captao excessiva, 2,7bilhes de pessoas hoje vivem embacias hidrogrficas que sofrem deescassez aguda de gua durante pelomenos um ms no ano (WWF, 2012).

    Alm disso, o ndice Planeta

    Vivo para gua doce tropical est sedeteriorando em ritmo mais acelera-do do que qualquer outro, com 70%

    de perda de biodiversidade entre1970 e 2008.

    A gua est rapidamente des-pontando como uma crise global quemal foi discutida na Rio 92 h 20 anos.

    Em todo o mundo, causamos

    muito desperdcio em nosso uso degua e usamos fertilizantes excessi-vamente. Em vez de penetrar nasculturas, a maioria dos fertilizantescontamina rios e guas marinhas ou liberada do solo para a atmosfera

    como xido nitroso, um potente gsde efeito estufa. Enquanto isso, porexemplo, o manejo inadequado dagua faz com que cerca de 52% dagua captada dos rios Tigre e Eufra-tes na ressequida regio do Oriente

    Mdio da Turquia, Sria e Iraqueseja perdida para a evaporao emcanais e campos (WWF, 2012).

    2,7 BILHES DE PESSOASENFRENTAM ESCASSEZ DE GUAAGUDA AO MENOS UM MS NO ANO

    OcaminhoparaaRIO+2

    0

    A AGRICULTURA RESPONSVELPOR 92% DA PEGADA HDRICAHUMANA

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    UM FUTURO PARA OS ESTOQUES PESQUEIROS

    Os estoques pesqueiros ocenicos soas ltimas fontes de grande escalade alimento selvagem do mundo,e sofreram com a superexploraodesenfreada (PNUMA, 2011). Apesar

    da entrada de um nmero crescentede navios de pesca de porte cada vezmaior nos mares, com redes cadavez maiores, as capturas vm caindodesde meados da dcada de 1990(PNUMA, 2011; WWF, 2012).

    Assim como asflorestas na-turais esto sendo substitudas pormonoculturas, a pesca natural estsendo substituda pela aquicultura. Aproduo da aquicultura cresceu maisde 260% em 20 anos, o que equivale

    a mais de metade do volume de pescanatural total (PNUMA, 2011).A produo sustentvel de

    alimentos to importante para ofuturo do mundo quanto a produosustentvel de energia. Exige insumos

    mais bem manejados para os campos,melhor manejo de solos e gua, dis-

    tribuio mais equitativa de gnerosalimentcios, determinao para redu-zir o consumo excessivo e um grandeesforo para eliminar o desperdcioem toda parte: dos campos e arma-

    zns at a mesa do consumidor. Ondeos alimentos naturais ainda existem mais notavelmente em rios, reasmidas e oceanos seus estoquesdevem ser protegidos com rigor.

    Northern bluefin tuna

    (Thunnus thynnus).

    O

    caminhoparaaRIO+2

    0

    A PRODUO SUSTENTVEL DEALIMENTOS TO IMPORTANTEQUANTO A PRODUO

    SUSTENTVEL DE ENERGIA

    Pesqueir os: impacto sobre os ecossistemas mar inhosA quase quintupl icao da pesca global , de 19 mi lhes de toneladasem 1950 par a 87 mi lhes em 2005 (Swar tz et al., 2010), levou exausto de estoques pesqueiros (FAO, 2010b). Os ndices de capturade algumas espcies de peixes pr edadores de grande porte comomar lim, atum e peixe agulha sofreram uma queda impressionante

    nos ltimos 50 anos, sobretudo nas r eas costeiras do Atlnt ico Nor tee Pacfico Nor te (Tr emblay-Boyer et al., 2011). A pesca di r igida aospr incipais pr edadores alter ou comunidades ecolgicas inteiras, comuma abundncia crescente de animais mar inhos menores em nveistrficos mais baixos em decor rncia da eliminao das espciesmaiores. Por sua vez, isso causa um impacto sobre o crescimento de

    algas e sobre a sade dos corais (WWF, 2012).

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    Kate

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    31Estudante na escola, Mugunga, RDC.

    eHolt/WWF-UK

    ESCOLHAS MELHORES

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    SEGURANA ALIMENTAR,HDRICA E ENERGTICA

    Governanaequitativade recursos

    Consumir com mais prudncia

    Preservar o capital natural

    Produzir melhor

    CONSERVAO DABIODIVERSIDADE

    INTEGRIDADE DOSECOSSISTEMAS

    RedirecionarFluxos

    Financeiros

    ESCOLHAS MELHORESNA PERSPECTIVA

    DO PLANETA NICO

    A PERSPECTIVA DO PLANETANICO DO WWF PROPE

    O MANEJO, GESTO ECOMPARTILHAMENTO DOCAPITAL NATURAL DENTRO DOSLIMITES ECOLGICOS DA TERRA

    RIO 20 O CAMINHO PARA A RECUPERAO

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    RIO+20:O CAMINHO PARA A RECUPERAO

    Nos 20 anos desde a Cpula da TerraRio 1992, podemos ver sinais hesi-tantes de separao entre desenvolvi-mento humano e usos insustentveisde matrias primas e ecossistemas.Mas esse frgil avano geralmente

    atropelado por nossas crescentesdemandas sobre o planeta. Agoraest evidente que fazer as coisascomo sempre fizemos no maisuma opo. Com base nas tendnciasatuais, face ampliao das pegadas

    humanas e reduo dos recursosnaturais, a humanidade ir necessi-tar de 2,9 planetas at 2050 (WWF,2012). As prticas habituais iro des-truir nosso capital natural em ritmocada vez mais acelerado, provocando

    confl

    itos por recursos hoje e, muitoprovavelmente, tornando a vida cadavez mais difcil para as geraes futu-ras (WWF, 2012).

    Hoje precisamos repensar aforma como o mundo desenvolvesuas atividades de forma bem mais

    aprofundada do que qualquer tenta-tiva feita aps a Rio 92. Precisamoscontabilizar melhor o verdadeirovalor do capital natural e dos ecos-sistemas. As palavras precisamse reverter em aes, e a Rio+20

    constitui uma oportunidade decisivapara os lderes mundiais fazeremisso acontecer.

    Alimentar o mundo e garantiracesso universal a recursos bsicos,como gua, alimentos e energia so

    elementos essenciais para todos ns.Porm, ser impossvel alcanar issosem proteger o capital natural queextramos das florestas, solos, ecos-sistemas ocenicos e de gua doce,e sem um clima estvel como pano

    de fundo. Dispomos da tecnologiae do conhecimento acerca do que necessrio para corrigir os proble-mas ambientais que enfrentamoshoje. O que precisamos agora deuma vontade global unificada paraconcretizar isso.

    O

    caminh

    oparaaRIO+2

    0 NO RITMO ATUAL, A

    HUMANIDADE PRECISAR DE 2,9PLANETAS AT 2050

    PRECISAMOS CONTABILIZARMELHOR O VERDADEIRO VALORDO CAPITAL NATURAL E DOSECOSSISTEMAS

    ALIMENTOS GUA E ENERGIA PARA TODOS

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    ALIMENTOS, GUA E ENERGIA PARA TODOS

    O Relatrio Planeta Vivo do WWFmostra que as regies de renda ele-vada consomem cinco vezes a quan-tidade de recursos naturais que ospases de renda mais baixa. Estamosvivendo alm dos meios da Terra e

    estamos distribuindo esses recursosinsustentveis de forma desigual:ospases e comunidades mais pobresarcam com uma parcela despropor-cional dos efeitos negativos da cres-cente demanda global por recursos,

    enquanto os pases industrializadosdesfrutam da maior parte dos be-nefcios. As geraes futuras en-frentaro a escassez de recursos e adegradao ambiental algo de queno tm culpa , que cada vez mais

    provocaro confl

    itos e insegurana.O contingente crescente de pessoascarentes que vivero nas cidades deamanh aumenta a urgncia para seencontrar caminhos para o desen-volvimento sustentvel e equitativo.

    A Conferncia das NaesUnidas sobre DesenvolvimentoSustentvel (Rio+20) em 2012apresenta aos lderes mundiais umaescolha difcil:eles podem fazer m-nimas alteraes quanto aos padres

    desenvolvimento global que temoshoje, ou podem elevar as nossas am-bies apresentando um ideal globalde desenvolvimento que considerefatores ambientais, sociais e eco-nmicos na mesma medida. Desse

    modo os seres humanos poderoviver em harmonia com a naturezadurante as prximas geraes.

    Esse ideal ir exigir escolhasfirmes e investimentos pblicos eprivados especficos no apenas

    para dissociar o desenvolvimentodo aumento do uso de recursosnaturais, mas para ativamente pre-servar, aprimorar e manejar comeficincia a base mundial de re-cursos naturais e os servios ecos-

    sistmicos dos quais o bem-estarhumano depende. Tambm exigirfortes investimentos que aumentema capacidade das populaes caren-tes de sair da pobreza e concretizarseus direitos e necessidades de

    acesso a recursos, bens financeiros,energia, gua, alimentos, habitao,sade e educao.

    AS REGIES DE RENDA ELEVADACONSOMEM 5 VEZES MAISRECURSOS NATURAIS DO QUE OSPASES DE MENOR RENDA

    AS ECONOMIAS VERDES E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

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    AS ECONOMIAS VERDES E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL

    As econom ias ver des procurammanejar e administrar os recursosnaturais com eficincia; dissociaro crescimento do esgotamentode recursos; e aprimorar o bem-estar humano equitativo dentroda capacidade de sustento dosecossistemas do planeta.

    Os gover nos tm a obrigaode fazer uso de seus poderesfiscais, legais e regulamentarespara incorporar plenamente ocapital humano e ambiental nacontabilidade e avaliao do setorprivado. O manejo e uso justos esustentveis dos recursos naturaistambm so imprescindveis paragarantir que as economias verdesatendam s populaes carentes.

    A cooper ao in ter nacion alpara proporcionar economiasverdes deve ser fortalecida paraalm da Assistncia Oficial para oDesenvolvimento (AOD) existente,de modo a englobar a cooperao

    tecnolgica, apoio ao investimento,capacitao e troca de experinciasentre pases desenvolvidos e emdesenvolvimento.

    O setor em pr esar ial tem umpapel crucial a desempenhar. O

    fortalecimento dos padres deprestao de informaes acerca desustentabilidade so uma ferramentafundamental para garantir isso.

    Os Objet i vos deDesenvolvi m en to Sustent vel

    (ODSs ) precisam contemplartodas as dimenses dodesenvolvimento sustentvel(consideraes de ordemeconmica, social e ambiental)de forma integrada, alm de teraplicao universal.

    Na Rio+ 20 , os lderes mundiaisdevem instaurar um processoimediato e evidente para comear adesenvolver esses ODSs no mbitodos Objetivos de Desenvolvimentodo Milnio ps-2015.

    O WWF faz um chamado liderana poltica mundial nosentido de reconhecer e enfrentaros desafios do entrelaamentoentre as crises ambientais,

    sociais e econmicas.

    O WWF apoia medidas deprogresso humano que vo almdo PIB e levem em consideraoo verdadeir o valor do capital

    natur al e social.

    O WWF apoia a pr oposta deObjetivos de DesenvolvimentoSustentvel como base domar co de desenvolvimento ps

    2015. A Rio+20 deve acordar ospr incpios e o pr ocesso de seudesenvolvimento.

    wwf.panda.org/ lprwww.wwf.org.br

    O

    caminh

    oparaaRIO+2

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    REFERNCIAS

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    UNEP.2011a. Bridging the Emissions Gap:A UNEP Synthesis Report. United NationsEnvironment Programme, Nairobi, Kenya.

    WWF. 2011. The Ener gy Report: 100%Renewable Ener gy by 2050. WWF, Gland,Switzerland.

    WWF/ZSL. 2012. The Living Planet I ndexdatabase. WWF and the Zoological Society ofLondon. Downloaded on:22nd February 2012.

    WWF. 2012. Living Planet Report 2012.WWF, Gland, Switzerland.

    Millennium Ecosystem Assessment.2005b.Ecosystems and human well-being:Synthesis.World Resources Institute, Press, I.,Washington, DC, USA.

    Richter, B.D., Davis, M.M., Apse, C. andKonrad, C. 2011. A presumpt ive standar dfor envir onmentalflow protection. RiverResearch and Applications.

    Swartz, W., Sala, E., Tracey, S., Watson, R.and Pauly, D. 2010. The spat ial expansionand ecological footpr int offisheries(1950 topresent). Plos ONE. 5 (12): e15143 (://WOS:000284868000026)

    UNDP. 2009. The Human Development

    Report: Human Development Index 2007and it s components - human mobil it y anddevelopment. UNDP, New York, USA.

    UNDP 2011. The Human DevelopmentReport: Sustainability and Equity: ABetter Future for All. The United NationsDevelopment Programme, New York, USA.

    UNEP. 2011. Keeping Tr ack of our ChangingEnvir onment: From Rio to Rio+20 (1992-2012). United Nations EnvironmentalProgramme, Nairobi, Kenya.

    Anseeuw, W., Alden Wily, L., Cotula, L. andTaylor, M. 2012. Land Rights and the Rushfor Land:Findings of the Global CommercialPressur es on Land Resear ch Project.International Land Coalition (ILC), Rome, Italy.

    Global Footprint Network. 2011. The Nati onalFootprint Accounts. Global FootprintNetwork, Oakland, USA downloaded on:20thFebruary 2012.

    Hoekstra, A.Y., Mekonnen, M.M., Chapagain,A.K., Mathews, R.E. and Richter, B.D. 2012.Global Monthly Wat er Scar city :Blue WaterFootprints versus Blue Water Availability.Plos One. 7 (2): e32688 (http://dx.plos.org/10.1371/journal. pone.0032688)

    Johnson, S. (ed.) 1993. The Eart h Summi t:The Unit ed Nati ons Conference onEnvir onment and Development (UNCED).London, United Kingdom.

    FAO. 2006. Livestocks Long Shadow:Environmental Issues and Options.FAO, Rome.

    Millennium Ecosystem Assessment.2005a.Ecosystems and human well -being:Biodiversity synthesis:MillenniumEcosystem Assessment.World ResourcesInstitute, Washington, DC., USA.

    REFERNCIAS

    Publicado em maio de 2012 pelo WWF Fundo Mundial

    para a Natureza Gland Sua

    ESA

    USGS

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    para a Natureza, Gland, Sua.

    Texto sobre a Rio+20: Fred Pearce

    Texto do Relatrio Planeta Vivo: WWF em cooperao

    com a ZSL e a Global Footprint Network

    Editores: Monique Grooten, Richard McLellan, NatasjaOerlemans, Johannah Sargent

    Foto da capa: Reserva florestal do Rio Negro,

    Amazonas, Brasil.

    Michel Roggo / WWF-Canon

    Design: Coen Mulder

    Verso brasileira

    Traduo: Marsel N. G. de Souza

    Edio e reviso: Geralda Magela (WWF-Brasil) e

    Denise Oliveira (WWF Iniciativa Amaznia Viva)

    Reviso tcnica: Michael Becker (WWF-Brasil)

    Montagem: Supernova Design

    Impresso por: Gravo Papers

    Texto e arte visual: WWF 2012

    Todos os direitos reservados.

    Est autorizada a reproduo desta publicao parafins educacionais e outrosfins no comerciais sema permisso prvia por escrito do titular dos direitosautorais.Contudo, o WWF solicita, sim, o aviso prviopor escrito e o devido reconhecimento. vedada areproduo desta publicao parafins de revenda eoutrosfins comerciais sem a permisso prvia porescrito do titular dos direitos autorais.

    A designao de entidades geogrficas neste livro e aapresentao do material no sugerem a manifestaode qualquer opinio da parte do WWF em relao situao jurdica de qualquer pas, territrio ou rea,ou, ainda, das respectivas autoridades, nem no que serefere delimitao de suas fronteiras ou limites.

    Para fazer o download do Relatrio Planeta Vivo 2012completo, acesse:

    wwf.panda.org/lpr

    www.wwf.org.br Vista espacial do lago Aral.

    BIOCAPACIDADE

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    WW

    F.

    BIODIVERSIDADEA biodiversidade, osecossistemas e os serviosecossistmicos que formam ocapital natural precisam serpreservados como o fundamentodo bem-estar para todos.

    Leva 1,5 ano para a Terraregenerar os recursosrenovveis consumidos pelos

    seres humanos, e absorveros resduos de CO2 que elesproduzem, nesse mesmo ano.

    ESCOLHAS MELHORESA vida dentro dos limitesecolgicos requer um padro

    de consumo e produoglobal em harmonia com abiocapacidade da Terra.

    WWF.O

    RG.BR

    RELATRIOPLAN

    ETAVIVO2012

    ACAMINHODARIO+20

    NASA

    100%RECICLADO

    DISTRIBUIO EQUITATIVAA administrao equitativa dosrecursos naturais essencial paradiminuir e compartilhar o uso quefazemos desses recursos.

    1986 Smbolo do Panda WWF Fundo Mundial para a Natureza

    (antes chamado de Fundo Mundial para a Vida Selvagem).

    WWF Marca Regist rada do W WF. WWF, Avenue du Mont-Blanc, 1196 Gland, Sua

    Tel. +41 22 364 9111; Fax. +41 22 364 0332. WWF Bras il, SHIS EQ. QL 6/8 Conjunto E

    71620-430, Braslia-DF Tel. +55 61 3364-7400 www.wwf,org.br

    Porque estamos aqui

    panda.org/lpr

    Para deter a degradao do meio ambiente natural

    do planeta e construir um futuro em que os seres

    humanos vivam em harmonia com a natureza.