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Fourth International Conference on Integration of Design, Engineering and Management for innovation.
Florianópolis, SC, Brazil, October 07-10, 2015.
RADIOPROTEÇÃO NA PERSPECTIVA DO RESIDENTE EM
RADIOLOGIA
Aline Garcia Pereira
PPGEP - UFSC
Florianópolis, SC, Brasil
Vânia Maria Batalha Cardoso
PPGEP - UFSC
Florianópolis, SC, Brasil
Lizandra Garcia Lupi Vergara
PPGEP - UFSC
Florianópolis, SC, Brasil
RESUMO
Com o advento das novas tecnologias, o uso
da radiação tem sido uma prática no auxílio do
diagnóstico médico. Os raios X trazem
benefícios ao diagnóstico, porém seu uso pode
trazer malefícios, como catarata, câncer,
leucemia, dermatite, os quais são derivados dos
efeitos biológicos. Para minimizar os efeitos
adversos da radiação, deve-se fazer uso da
proteção radiológica. A proteção radiológica
possui princípios básicos de justificação,
otimização e limitação de dose, para proteção
do ambiente, do trabalhador e dos pacientes,
entretanto existem lacunas quanto aos riscos
profissionais. O presente estudo tem por
objetivo fazer uma reflexão sobre a percepção
dos residentes em radiologia acerca dos
princípios de proteção radiológica. O estudo é
descritivo-transversal, e foi realizado com 15
residentes em Radiologia de Florianópolis e
Curitiba. Os dados foram analisados através da
Análise de Conteúdo. Como resultados, pode-se
observar que o princípio de limitação de dose é
o mais conhecido entre os residentes, e com
relação a minimização de dose, as Vestimentas
de Proteção Radiológica são as mais associadas
a limitação. No que tange a legislação brasileira
de proteção radiológica, grande parte dos
profissionais (86,7%) relatou desconhecê-la.
PALAVRAS CHAVES: Proteção Radiológica,
Análise de Conteúdo, Residente em Radiologia.
ABSTRACT
With the advent of new technologies, the
use of radiation has been a practice in aid of
medical diagnosis. X-rays are beneficial to the
diagnosis, but their use can bring harms like
cataracts, cancer, leukemia, dermatitis, which
are derived of biological effects. To minimize
the adverse effects of radiation, it should make
use of radiological protection. The radiological
protection has basic principles of justification,
optimization and dosis limitation, for
environmental protection, worker and patient.
This study aims to do a reflection of the
radiology residents perception about the
radiation protection principles. The study is
cross-descriptive, and was conducted with 15
residents of Radiology in Florianopolis and
Curitiba. The data were analyzed using content
analysis. As a result, it was observed that the
principle of dose limitation is the most known
among residents, and with regard to minimizing
dose, the most associated topic with limitation
are the garments on Radiological Protection.
Regarding the Brazilian legislation of radiation
protection, most professionals (86.7%)
reported not knowing.
KEYWORDS: Radiation Protection, Content
Analysis, Radiology Resident.
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INTRODUÇÃO
Na prática médica a formulação de muitos
diagnósticos é feita com exames
complementares, dentre os quais estão os
exames de raios-X. Sabe-se que a radiologia
diagnóstica é um dos meios de maior exposição
dos profissionais [1-2-3-4-5] a riscos à saúde.
De acordo com o nível de exposição, pode
ocorrer algum efeito biológico, o qual pode ser
categorizado em função da dose e forma de
resposta em determinístico e estocástico [3-4].
O efeito determinístico decorre da alta dose
de radiação, a qual leva a célula à perda parcial
ou total da função biológica, podendo levar em
alguns casos a morte celular. Dentre os
problemas ocasionados pelo efeito
determinístico estão: esterilidade, radiodermite,
náusea, catarata, entre outros. O efeito
estocástico, não possui limiar de dose, porém
sabe-se que pequenas doses de radiação no
decorrer do tempo podem levar a mutações
genéticas. Tais mutações podem ocorrer em
células germinativas ou somáticas; no primeiro
caso o dano ocasiona mudança hereditária, já
no segundo o dano possibilita o aparecimento
de câncer [3–6-7-8].
Sabe-se que a radiossensibilidade é
inversamente proporcional ao grau de
diferenciação da célula e diretamente
proporcional ao número de divisões celulares
necessários para que a célula alcance a sua
forma adulta. Nesta perspectiva, as células da
epiderme, bem como os eritroblastos e as
espermatogônias são células pouco
diferenciadas e muito radiossensíveis. Já as
células nervosas e musculares, são bem
diferenciadas e não se dividem, por isso são
radiorresistentes. Entretanto, há células que
fogem à regra, como os linfócitos e oócitos [3-
7-8-9].
Para minimizar os possíveis efeitos das
radiações ionizantes é importante considerar na
prática médica a Proteção Radiológica e seus
princípios.
Entende-se Proteção Radiológica pelo
“conjunto de medidas que visam proteger o ser
humano e seus descendentes contra possíveis
efeitos indesejados causados pela radiação
ionizante” [10].
A proteção radiológica tem como princípios
básicos: justificação, otimização e limitação das
doses para o indivíduo ocupacionalmente
exposto (IOE), e também estabelece os valores
de referência da dose para a prática médica.
Tais princípios podem ser observados nos
documentos: Normas de Seguridad del OIEA Nº
GSR Part 3 [11], e as publicações 60 [12], 103
[13] e 105 [14], da International Commission
on Radiological Protection (ICRP), bem como
Portaria 453/98 [15].
Apesar de ser debatido no meio científico,
os princípios de radioproteção ainda
apresentam peculiaridades que impõem
limitações e riscos ergonômicos, físicos,
biológicos e de acidentes. Tal fato é agravado
pela inobservância da legislação,
desconhecimento sobre proteção radiológica
por profissionais da radiologia [4,16], bem
como alta exposição dos mesmos a radiação.
É importante salientar que o uso
indiscriminado da radiação aumenta a dose de
radiação dada aos pacientes, e também aos
profissionais [3, 17]. Além da exposição
ocupacional, há grande preocupação com a
exposição infantil [3-17-18-19]. Para tanto, a
participação dos radiologistas nas escolhas dos
protocolos para os pacientes pode minimizar o
número de exames feitos e consequentemente
diminuir a exposição dos pacientes e
profissionais [17,20].
Conforme a NR 9 [21], a exposição à
radiação é inserida em um dos cinco principais
riscos ocupacionais, sendo importante a
avaliação e controle dos seus riscos para
preservação da saúde e da integridade dos
trabalhadores.
A residência médica em Radiologia é uma
modalidade de pós-graduação, com duração de
três anos [22], e dentre as disciplinas
abordadas está à proteção radiológica. Tal
disciplina tem por meta garantir a segurança
dos profissionais e pacientes expostos.
Entretanto observa-se que a teoria conhecida
nem sempre é praticada [1, 23].
Os avanços tecnológicos de equipamentos e
procedimentos são iminentes, e requerem
constante aquisição de novas competências e
habilidades para melhor qualificação
profissional [24].
As novas tecnologias de digitalização da
imagem permitiram a manipulação destas
através do pré-processamento do sinal digital,
trazendo assim novos significados e
interpretação da imagem. No entanto, tais
tecnologias podem mascarar falhas técnicas,
além de implicar em maior dose no paciente.
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Em virtude disto, ressalta-se a necessidade dos
profissionais envolvidos adquirirem novos
conhecimentos, conceitos e fazerem reflexão
sobre os procedimentos existentes para
posterior alteração de protocolos [25].
O presente estudo tem por objetivo fazer
uma reflexão sobre a percepção dos residentes
em radiologia acerca dos princípios de proteção
radiológica.
METODOLOGIA
A caracterização da presente pesquisa
considera a classificação conforme sua
natureza, método de abordagem e tipo.
Sob o ponto de vista da natureza, é
classificada como uma pesquisa aplicada, visto
que objetiva gerar conhecimentos para
aplicação prática e dirigida à solução de
problemas específicos [26].
O método de abordagem para esta pesquisa
é qualitativo, o qual pode ser caracterizado
como “a tentativa de uma compreensão
detalhada dos significados e características
situacionais apresentados pelos entrevistados
[...]” [27].
Em relação ao tipo de pesquisa, esta
caracteriza-se por ser um estudo exploratório-
descritivo. As pesquisas exploratórias têm por
objetivo explicitar e proporcionar maior
entendimento de um problema [28]. Já a
pesquisa descritiva expõe características de
determinada população ou determinado
fenômeno [29].
Quanto aos procedimentos técnicos para
coletas de dados fez-se uma pesquisa
bibliográfica-documental e levantamento de
dados (referentes ao conhecimento a respeito
da exposição radiológica, normas e legislação;
conhecimentos acadêmicos adquiridos e sua
prática). Este levantamento foi realizado por
meio de inquirição - no contexto da pesquisa
científica, implica a busca metódica de
informações e a quantificação, sempre que
possível, dos resultados [26].
Para o levantamento foi realizada uma
entrevista com 15 residentes em radiologia
(figura 1) com aplicação de um questionário
aberto. Os participantes tinham idade entre 24
e 33 anos e cursavam a residência em clínicas e
hospitais das cidades de Florianópolis e
Curitiba. Entre os quinze residentes, sete
estavam no primeiro ano de residência, cinco
no segundo e três no terceiro.
A entrevista pode ser definida como a
técnica em que o investigador se apresenta
frente ao investigado e lhe formula perguntas,
com o objetivo de obter dados que interessem
à investigação. A aplicação de questionários é
uma técnica de investigação composta por um
número mais ou menos elevado de questões
apresentadas por escrito às pessoas, tendo por
objetivo o conhecimento de opiniões, crenças,
sentimentos, expectativas e situações
vivenciadas [28].
Cada entrevista durou aproximadamente
dez minutos. Para tanto, utilizou-se o gravador
de voz do celular Moto G e aplicativo Easy Voice
Recorder. Depois de realizada gravação, as
entrevistas foram transcritas e após a leitura
delas, as respostas foram agrupadas em
categorias, as quais tiveram como foco os
princípios de Proteção Radiológica.
Posteriormente os dados foram analisados
pela ferramenta Análise de Conteúdo, com o
auxílio do Software lexical SPHINX Brasil [30],
bem como sites de contabilização de palavras
[31] e construção de painel de palavras [32].
Figura 1 – Infográfico da variável sexo.
Segundo Guerra [33] a Análise Análise
de Conteúdo “[...] tem uma dimensão
descritiva que visa dar conta do que nos foi
narrado e uma dimensão interpretativa que
decorre das interrogações do analista face a um
objeto de estudo, com recurso a um sistema de
conceitos teórico-analíticos cuja articulação
permite formular as regras de inferências”.
Bardin [34] complementa: “A Análise de
Conteúdo tem como propósito a descrição
objetiva, sistemática, e quantitativa do
conteúdo transmitido na comunicação”.
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A análise é composta pelas seguintes etapas
(figura 2):
- pré-análise: organização das ideias,
identificação da problemática, hipóteses,
objetivos e pesquisa das possíveis fontes
bibliográficas;
- exploração do material: entrevista,
transcrição, análise, categorização e
quantificação da informação;
- tratamento e interpretação: tratamento
quantitativo da informação qualitativa,
inferência e interpretação.
Figura 2 – Etapas da Análise de Conteúdo.
Tal metodologia permitiu a quantificação de
termos recorrentes, e posterior categorização
das respostas, o que facilitou a extração da
experiência prática dos entrevistados, bem
como o conhecimento de lacunas existentes na
realidade do residente em radiologia.
A pesquisa contemplou, em todas as suas
etapas, a Resolução nº 196 de 10 de outubro
de 1996 [35], bem como a Norma ERG-BR
1002 do Código de Deontologia do Ergonomista
Certificado [36], sendo submetida e aprovada à
análise do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Federal de Santa Catarina via
Plataforma Brasil, com registro na Plataforma
Brasil. Foram respeitados os direitos dos
participantes do estudo, e garantido o
anonimato quanto à identificação dos
participantes da pesquisa. Estes foram
identificados no decorrer do texto pela letra “C”
com numeração de 1 a 15.
RESULTADOS
Os dados foram categorizados de acordo
com os princípios de proteção radiológica –
Justificação, Otimização e Limitação de Dose
(figura 3).
Figura 3 – Categorias
Na aplicação do questionário observou-se
que todos os participantes relacionaram a
limitação da dose com proteção radiológica,
porém os itens justificação e otimização só
foram abordados por 33.33% dos residentes
participantes.
Justificação
Conforme relato de C3 “os exames
radiológicos são justificáveis mediante a uma
indicação plausível”. Neste sentido, um aspecto
relevante para C3 é a necessidade de ser
abordada com mais ênfase e importância
durante a graduação a disciplina de indicação
clínica.
Tal fato pode ser observado nas falas de
outros residentes:
- C1 “Fiz um estágio optativo em radiologia
para ver se era isso que eu queria. Na
graduação a radiologia deixou a desejar. [...]
Deveria ser melhor abordado a correlação
clínica, pois foram poucas reuniões
multidisciplinares entre as especialidades. E a
radiologia era uma das disciplinas mais
distantes dos alunos, dos internos e dos
residentes de clínica e cirurgia e das diferentes
especialidades”;
Categorias
Justificação
Otimização
Limitação
de
Dose
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- C2 “É necessidade abordar melhor na
graduação a disciplina de radiografia
convencional (indicação clínica e como
visualizar a imagem), afim de se saber se o
exame é justificável”;
- C4 “Na minha graduação não tive
radiologia. Algo que poderia ser abordado
durante a graduação é indicação de exames”;
- C5 “Eu tive Radiologia na graduação como
matéria optativa, então não foi todo mundo que
teve. Eu é que fui atrás para conhecer. [...]
deveria ser melhor abordado indicação de
exames”;
- C6 “Acho que devia saber não tanto a
parte de física, mas tem que saber que
tomografia tem dose de radiação muito alta,
porque acho que o pessoal não tem ideia disto;
daí ficam pedindo `tomo` atrás de `tomo`
para controlar por exemplo: derrame pulmonar.
Só que eles pedem umas três tomografias num
mês. Outro problema é exame com criança,
pois pedem um monte de tomografia para
criança, e o nível de radiação é extremamente
alta. É importante saber a indicação clínica e a
dose no procedimento”;
- C7 “O pessoal precisa saber sobre as
indicações clínicas e como analisar as imagens
[..]”;
- C13 “A parte de física deveria ser melhor
abordada, bem como técnica de ultrassom e
imaginologia”;
- C14 “[...] deve-se abordar melhor as
indicações clínicas e as técnicas de realização
de exames”.
Otimização
Pode-se observar a preocupação quanto ao
princípio da otimização, ligada a filosofia ALARA
(As Low As Reasonably Achievable), que quer
dizer “Tão baixo quanto razoavelmente
executável”. Na fala de C7 tal fato é ressaltado:
“Pode-se limitar a dose no profissional através
do uso de EPI e biombo, e quanto ao paciente,
através do princípio ALARA”.
Além disso, há preocupação de C6 quanto a
necessidade de otimizar o exame: “Se for
contrastado a gente tem que [...] cuidar com o
kV, mAs, e otimizar sempre no melhor nível
possível, não fazendo mais raios X que o
necessário. Quando der usar a grade, a gente
usa [...]”.
Limitação de Dose
No que tange aos fatores de minimização de
dose (tempo, distância e barreira), a principal
associação foi com as Vestimentas de Proteção
Radiológica (VPR). As palavras mais
recorrentes: chumbo, protetor de tireóide,
óculos, avental, colete e luva. Tal recorrência é
representada por diferentes tamanhos de
palavras, conforme visualizado no painel de
palavras da figura 4.
Figura 4 – Associação com Proteção Radiológica
Em alguns relatos, pode-se observar a
relação com os fatores de minimização da dose:
- C3 “Ajustar o aparelho para emitir mínima
dose necessária para realização do exame, e
utilizar os EPIs”;
- C4 “Deve-se usar o EPI, respeitar a
distância e reduzir a dose”;
- C6 “A gente deve ficar atrás da parede de
chumbo, e quando fazer contrastado usar o
protetor de tireoide e avental de chumbo”;
- C8 “É bom afastar do equipamento para
minimizar a dose e utilizar a luva, os aventais”;
- C13 “O profissional deve usar o jaleco de
chumbo, e o paciente deve usar o chumbo em
partes que não serão expostas, e quando
possível deve-se aumentar a distância entre o
tubo e o paciente”.
- C15 “Deve-se usar os coletes protetores
afim de se evitar a exposição dos raios X”.
Com relação às VPRs constatou-se que 94%
dos profissionais tinham conhecimento quanto
aos modelos de vestimentas, bem como sua
função e importância.
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Embora os residentes soubessem sobre as
VPR, e a importância da proteção Radiológica,
86,7% deles, reportou desconhecimento quanto
à legislação brasileira Portaria 453/98.
DISCUSSÃO
A proteção radiológica é um assunto
fundamental do conteúdo programático
abordado em disciplina na radiologia,
principalmente por se tratar da segurança do
profissional e do paciente. Sua negligência pode
acarretar na reincidência de exames, o que
contribui para doses desnecessárias tanto para
o profissional quanto para o paciente [5], além
de gastos financeiros.
O princípio da Justificação diz que toda
atividade que envolve a radiação deve ser
justificada e deve produzir um benefício que
seja suficiente para compensar o possível dano
que pode ser causado pela radiação. Poucos
profissionais citaram este princípio, que é muito
relevante, pois se um exame não é justificado,
ele não deveria ser realizado. Os residentes
(C1, C2, C3, C4, C5, C6, C7, C13 e C14)
falaram sobre a necessidade de maior ênfase
na graduação em medicina das disciplina que
envolvem indicação clínica e análise das
imagens. Tais disciplinas devem ser abordadas
em outras especializações, afim de que os
médicos solicitantes de exames ponderem o
risco em relação ao benefício [5]. Tal fato tem
sido discutido na área médica, bem como em
congressos de Proteção Radiológica [37], o que
pode demostrar a relevância deste assunto.
Scatigno [38] descreve a necessidade do médico radiologista em tem participação
ativa em eventos, reuniões científicas, estudos de casos e também na atenção básica à saúde, a fim de participar de
reuniões multidisciplinares com as demais especialidades médicas, para discutir e divulgar os novos métodos de diagnóstico, e
assim permitir a outros especialistas o conhecimento e a indicação do melhor exame para cada situação.
Um ambiente que frequentemente recebe pacientes é o pronto-socorro. Cavalcanti [39] salienta que os serviços de radiologia
emergencial devem ter médicos radiologistas, a fim de tirar do médico emergencista a sobrecarga da realização e interpretação dos
exames de imagem. Tal fato permitiria que o
tempo consumido em interpretar o exame fosse
gasto diretamente para assistência e
tratamento de pacientes. A otimização estabelece que ” as instalações
e as práticas devem ser planejadas,
implantadas e executadas de modo que a
magnitude das doses individuais, o número de
pessoas expostas e a probabilidade de
exposições acidentais sejam tão baixos quanto
razoavelmente exeqüíveis, levando-se em conta
fatores sociais e econômicos, além das
restrições de dose aplicáveis” [15]. Tal princípio
foi citado pelos residentes, e é uma
preocupação na área médica, tanto na área de
tratamento [40] quanto no diagnóstico [41-42-
43].
No caso do diagnóstico a filosofia ALARA é
amplamente divulgada, principalmente nos
exames pediátricos de tomografia. A sociedade
de radiologia pediátrica americana enfatiza a
necessidade de que os métodos de imagens
sejam otimizados para reduzir a radiação nas
crianças [44].
Um dos grandes problemas é que em
muitos casos, os médicos desconhecem a dose
recebida pelo paciente [45]. Para tanto, o
trabalho multidisciplinar pode ser um aliado na
otimização de exames. Pesquisadores [46-47-
48] demonstram que é possível a otimização da
dose na tomografia. Dentre as recomendações
para que isto se torne efetivo estão [47]:
- Sensibilidade dos detectores;
- Manutenção e controle de qualidade do
equipamento;
- Estudar o Risco-Benefício e se o exame
pode ser substituído por outro que não
utilize radiação ionizante;
- Níveis de referência de diagnóstico;
- Limitar a área de aquisição à região de
interesse;
- Diminuir os parâmetros de exposição;
- Ajustar os parâmetros de exposição às
dimensões do paciente;
- Ajustar os parâmetros de aquisição ao
tipo de exame;
- Formação e investigação dos protocolos
e recomendações.
Numa visão holística pode-se dizer que em
suma a otimização da dose depende de três
fatores: equipamento, protocolos e profissionais
(figura 5).
A limitação de dose é um dos principais
itens em evidência, e dentre as maneiras de se
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limitar a dose estão: reduzir tempo, aumentar
distância e usar alguma barreira. Na pesquisa
todos os profissionais falaram da importância
de se limitar a dose, ficando em evidência a
necessidade de usar algum tipo de barreira,
seja biombo ou um EPI, como avental e
protetor de tireoide. A associação de limitação
de dose com o uso de barreiras também é
observada em outras pesquisas [3-49-50].
Figura 5 – Fatores no processo de Otimização.
O EPI também conhecido como Vestimenta
de Proteção Radiológica (VPR) possibilita a
redução da dose em até 95% [3], e é
altamente necessário nos procedimentos
diagnósticos e intervencionistas [3-50-51-52].
Embora todos os profissionais reconheçam a
importância do uso do EPI, nem sempre eles
possuem conhecimento de como utilizá-lo [53].
Ademais, nem todos os estabelecimentos
fornecem EPI, como observado na pesquisa de
Navarro, no qual de 38 estabelecimentos,
33,3% não forneciam os protetores
radiológicos.
Outro problema enfrentado quanto aos
aventais são os problemas ergonômicos como
peso, conforto e temperatura [50-54] que
afetam a usabilidade do mesmo. Tais atributos
característicos aos aventais comprometem a
satisfação (conforto) do profissional e podem
ser determinantes quanto ao uso ou não
destes. O termo usabilidade [55] pode ser
definido por três itens: eficiência, eficácia e
satisfação (figura 6).
Embora poucos participantes (20%) tenham
citado a utilização de óculos plumbífero, é
necessário ressaltar sua importância. Estudos
recentes [56-57-58] da Organização
Internacional de Energia Atômica (OIEA),
referentes a exposição do cristalino
demonstraram que este é uma região
altamente radiossensível. Mesmo com
exposição em baixa dose, foi verificado
opacidade do cristalino; tal fato foi considerado
para modificar o limite de dose. É importante
que os profissionais não só conheçam os tipos
de limitação de dose, bem como a importância
do uso das Vestimentas, mas também é
necessário que usufruam do mesmo, exercendo
a teoria na prática.
Figura 6 – Tópicos da Usabilidade.
Para Maggi [59] a formação do profissional
está atrelada a três fatores (figura 7): saber,
saber-fazer e saber-ser. Diante disto, quando
se trata de proteção radiológica, não adianta o
profissional ter somente o conhecimento da
formação acadêmica (saber); ele tem que
praticar seu conhecimento (saber-fazer), de
modo que suas condutas, motivações e tomada
da consciência (saber-ser) estejam presentes
no seu dia-a-dia.
Neste contexto a educação “constitui-se em
um processo de construção coletiva do saber
entre os trabalhadores a partir da realidade de
trabalho”[52].
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Para tanto, a formação de trabalhadores da
saúde é importante a integração entre ensino,
pesquisa e serviço [60].
Figura 7 – Fatores da Formação.
Na visão francófona, o “adulto em formação
não é uma tábua rasa mas um sujeito
aprendente ativo e reflexivo” [61].
O percentual de desconhecimento (86,7%)
dos residentes em radiologia quanto à
legislação brasileira é alto e requer atenção,
pois ela estabelece as diretrizes básicas de
proteção radiológica, além de dispor sobre o
uso de raios-X no âmbito nacional. Tal
desconhecimento de legislação é evidenciado
em outras pesquisas com profissionais técnicos
e tecnólogos em radiologia [49-62], técnicos
em enfermagem e enfermeiros [16], dentistas
[63], médicos [64].
Souza e Koch [65] ressaltam a necessidade
de se oferecer curso de física e proteção
radiológica para os residentes em radiologia. De
fato, é importante treinar os profissionais que
estão entrando no mercado, bem como aqueles
que já trabalham, para se ter melhores práxis.
Desta forma novos conhecimentos poderão ser
inseridos à prática do trabalho, ocasião em que
legislação e normas podem ser enfatizadas bem
como riscos ocupacionais - neste caso os riscos
de acidentes (mecânico) e os de natureza física
(fatores ambientais).
A apropriação do conhecimento é algo
dinâmico, onde o desenvolvimento dos saberes,
do saber-fazer e saber-se se faz na prática do
dia a dia. O profissional deve saber que a
atividade que ele executa, está construindo
também a identidade do trabalhador, ou seja,
parafraseando o poeta Vinícius de Morais
“enquanto o operário faz a coisa, a coisa faz o
operário”.
CONCLUSÃO
A proteção radiológica é um tema muito
importante, tanto na área médica, quanto
industrial. Várias pesquisas tem sido
desenvolvidas, observando os valores de dose,
bem como efeitos biológicos derivados dos
efeitos da exposição a radiação.
No último congresso de Proteção
Radiológica da América Latina em 2015 [20],
observou-se a importância de se desenvolver
mais pesquisas relacionadas a proteção do
profissional e do paciente; e também sobre os
efeitos biológicos. Além da área médica, houve
destaque para a utilização da radiação na área
industrial, com a gamagrafia, bem como, na
área petrolífera, onde há a ocorrência de
elementos radioativos naturais, área de
pesquisa relacionada ao NORM - Naturally
Occurring Radioactive Material.
Considerando a interface homem-sistema,
observa-se que os médicos possuem
conhecimento sobre a importância da
radioproteção, porém, conforme averiguado
nesta pesquisa, é necessário aprimorar seus
conhecimentos, afim de melhor entender e
contemplar a legislação sobre proteção
radiológica, considerando aspectos humanos e
assegurando benefícios para as operações,
segurança e conforto.
Entende-se que uma forma para aprimorar
tais conhecimentos é inserir modificações na
grade curricular das instituições de ensino, para
melhorar questões relacionadas ao ensino-
aprendizagem e prática, bem como, incentivar
e realizar pesquisas mais aprofundadas entre
profissionais de radiologia, para avaliar o seu
nível de conhecimento relacionados a proteção
radiológica e outras disciplinas, e assim
promover o desenvolvimento de uma política de
educação permanente no setor.
Para Fernandes [66], as relações entre o
trabalho e a saúde, demonstram problemas que
podem resultar em interrupção das atividades,
conduzir ao adoecimento, absenteísmo e
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incapacitação ao trabalho. Muitas circunstâncias
de trabalho e do cotidiano apresentam
dificuldades que podem afetar a saúde humana,
o sistema músculo esquelético (dores nas
costas) e o sistema nervoso (estresse) entre
outros.
Para estudos futuros sugere-se: desenvolver
pesquisas no âmbito da implantação de
Programa de Controle de Qualidade e
Radioproteção, bem como de Gestão em
Radiologia e Políticas de Educação Permanente.
REFERÊNCIAS
[1] Navarro, M. V. T., Leite, H. J. D.,
Alexandrino, J. da C., Costa, E. A., 2008,
“Control of health risks in radiodiagnosis: a
historic approach”, História, Ciências, Saúde -
Manguinhos, 15 (4), pp. 1039-1047.
[2] Navarro, M. V. T., Costa, E. A., Drexler,
G. G., 2010, “Controle de riscos em
radiodiagnóstico: uma abordagem de vigilância
sanitária”, Ciência & Saúde Coletiva, 15 (Suppl
3), pp. 3477-3486.
[3] Soares, F. A. P., Pereira, A. G., Flôr, R.
de C., 2011, “Utilization of radiation protection
gear for absorbed dose reduction: an
integrative literature review”, Radiologia
Brasileira, 44 (2), pp. 97-103.
[4] Leyton, F., Canevaro, L., Dourado, A.,
Castello, H., Bacelar, A., Navarro, M. T. et al.,
2014, “Riscos da Radiação X e a Importância da
Proteção Radiológica na Cardiologia
Intervencionista: Uma Revisão Sistemática.”
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