MÚSCULOS DO ABDOME...culo poligástrico (com 4-5 ventres sepa-rados por inserções tendíneas) e...
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MÚSCULOS DO ABDOME
ANATOMIA DO SISTEMA LOCOMOTOR
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MÚSCULOS DO ABDOME
CONTEÚDO: YASMIN FRAGA DA SILVA ALVES CURADORIA: MARCO PASSOS
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SUMÁRIO
MÚSCULOS DO ABDOME ............................................................................. 4
MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMINAL .......................................................... 4
Músculos lombares ................................................................................................ 4
Anteriores e laterais .............................................................................................. 5
PAREDE ABDOMINAL E HÉRNIAS DE PAREDE .............................................. 7
Região Inguinal ...................................................................................................... 8
Canal Inguinal ........................................................................................................ 8
Hérnias de parede ............................................................................................... 10
MAPA MENTAL ............................................................................................. 12
REFERÊNCIAS ............................................................................................... 13
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A parede do abdome é musculoapone-urótica e costuma ser subdividida para fins didáticos em paredes anteriores la-terais direita e esquerda e parede pos-terior.
MÚSCULOS DA PAREDE ABDOMI-NAL
Os músculos da parede abdominal for-mam uma cobertura flexível que oferece proteção contra danos aos órgãos inter-nos.
Músculos lombares
Imagem 1 – Músculos da parede posterior do abdome.
A parede posterior do abdome é for-mada pelas vértebras lombares e discos, músculos lombares, diafragma, fáscia, plexo lombar, gorduras, nervos, vasos e linfonodos.
A aponeurose toracolombar se encontra fixado medialmente à coluna vertebral e possui três lâminas (posterior, média e anterior) com músculos se fixando nela.
Compõe os músculos lombares os três seguintes músculos: quadrado do lombo, psoas maior e psoas menor.
O músculo quadrado do lombo está ad-jacente aos processos transversos das vértebras lombares e tem formato qua-drangular. O músculo psoas maior segue
Músculos Origem Inserção Ação
Qua-drado do
lombo
crista ilíaca
12ª cos-tela ne proces-
sos transver-sos de L1
a L4
abaixa-mento das
costelas, in-clinação ho-molateral do
tronco
Psoas maior
corpos verte-
brais de T12 a L4 e pro-cessos trans-versos de L1 a
L4
trocanter menor do
fêmur
flexão e ro-tação lateral da coxa, fle-xão lateral ou anterior do tronco
Psoas menor
Superfí-cie la-
teral de T12 e L1
Eminên-cia ilio-
púbica e na linha pectínea do púbis
Estabilização da pelve e
da articula-ção do qua-
dril
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no sentido inferior lateral, é um músculo longo e fusiforme estando situado late-ralmente às vértebras lombares. O mús-culo ilíaco e o músculo psoas maior se fundem inferiormente e passam a com-por o músculo iliopsoas. O músculo psoas menor é um músculo fino e longo que se localiza ventralmente ao músculo iliop-soas.
Imagem 2: Mm anteriores e laterais (Oblíquos in-terno e externo, transverso e reto do abdome e
piramidal)
Anteriores e laterais
Os músculos da parede anterior lateral do abdome garantem sustentação e proteção às vísceras abdominais. Além de garantir aumento da pressão intra-
abdominal, movimentar o tronco e ma-nutenção da postura.
Compõe os músculos anteriores laterais os cinco seguintes músculos a cada lado: reto do abdome, piramidal, oblíquo ex-terno, oblíquo interno e transverso do abdome.
Os músculo reto do abdome é um mús-culo poligástrico (com 4-5 ventres sepa-rados por inserções tendíneas) e segue em posição paramediana a partir do osso púbis até o tórax. Ele está inserido na bainha do músculo reto do abdome, um canal fibroso, tendíneo, aponeurótico e resistente formado pelas aponeuroses dos músculos oblíquos do abdome.
Na rafe mediana ou encontro das apo-neuroses na linha mediana se encontra a linha alba.
O músculo piramidal está ausente em cerca de 25% das pessoas, tem formato triangular e se localiza entre as aponeu-roses dos músculos oblíquos posterior-mente à bainha do músculo reto do ab-dome.
O músculo oblíquo externo e o músculo oblíquo interno tem fibras com disposi-ção diagonais e perpendiculares entre si, enquanto as fibras do músculo trans-verso do abdome formam a camada mais profunda e seguem trajetória per-pendicular.
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O músculo oblíquo externo do abdome é o mais superficial dos três músculos pla-nos da parede anterior lateral. Sua apo-neurose inferior segue como ligamento inguinal e forma, também, o anel inguinal superficial.
O músculo oblíquo interno do abdome é o músculo intermediário entre os três músculos planos do abdome, sendo uma lâmina fina.
Imagem 3 – Estratigrafia em relação à linha arqueada. Fonte: Atlas de Anatomia Humana. Tank, P.W. 2009
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O músculo transverso do abdome é o mais interno e tem suas fibras transver-sais auxiliando a compressão do conte-údo abdominal e para aumentar a pres-são intra-abdominal. Ele compõe o anel inguinal profundo e o limite posterior do canal inguinal.
A linha arqueada tem formato crescente e delimita a parede posterior aponeuró-tica da bainha que reveste o músculo reto do abdome e a fáscia transversal, também reveste este músculo.
A linha arqueada é, portanto, um impor-tante referencial anatômico:
• Acima da linha arqueada: o mús-culo oblíquo interno possui duas aponeuroses (anterior e posterior) que envolvem o músculo reto do abdome. A aponeurose posterior se une a fáscia transversal for-mando a lâmina posterior da bai-nha do músculo reto do abdome.
• Abaixo da linha arqueada: as aponeuroses do músculo oblíquo interno são unificadas se locali-zando anteriormente ao músculo reto do abdome; restando assim, apenas a fáscia transversal reco-brindo posteriormente o músculo reto do abdome.
A linha semilunar, marca a transição do músculo transverso do abdome para sua aponeurose.
PAREDE ABDOMINAL E HÉRNIAS DE PAREDE
Além de músculos e suas fáscias e apo-neuroses, a parede anterior lateral do abdome é formada por pele e tela sub-cutânea, gordura extraperitoneal e peri-tônio parietal.
Inferiormente ao umbigo, a tela subcutâ-nea possui duas camadas de fibras elás-ticas e colágenas: o panículo adiposo do abdome (fáscia de Camper), estrato membranáceo (fáscia de Scarpa).
Na face interna da parede anterior late-ral do abdome, que é recoberta por fás-cia transversal, situam-se os ligamentos umbilicais mediais ou pregas peritoneais umbilicais: uma prega umbilical mediana cobrindo o ligamento umbilical mediano, remanescente do úraco; duas pregas umbilicais mediais, laterais a primeira prega, formada pelas artérias umbilicais ocluídas e duas pregas umbilicais late-rais, que cobrem os vasos epigástricos inferiores.
Entre as pregas se encontram depres-sões, as fossas peritoneais: entre as pre-gas umbilicais mediana e mediais estão as fossas supravesicais, entre as pregas umbilicais mediais e laterais estão as fossas inguinais mediais e laterais as pregas umbilicais laterais estão as fos-sas inguinais laterais.
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Região Inguinal
A região inguinal está entre a EIAS e o tu-bérculo púbico. Por esse local estruturas entram e saem da pelve, como o funículo espermático nos homens e o ligamento redondo nas mulheres.
Canal Inguinal
O canal inguinal está localizado na re-gião inguinal e representa uma passa-gem oblíqua no sentido anterior, inferior e medial situada paralela e superior-mente à metade medial do ligamento in-guinal. O conteúdo
homens e o ligamento redondo nas mu-lheres, além de estruturas neurovascula-res (nervo ilioinguinal, vasos sanguíneos e vasos linfáticos).
Os limites do canal inguinal são:
• Teto: músculos oblíquo interno e transverso do abdome
• Assoalho: ligamento inguinal • Parede anterior: aponeurose do
músculo oblíquo externo • Parede posterior: fáscia transver-
sal
• Anel inguinal superficial: evagina-ção aponeurose músculo oblíquo externo
• Anel inguinal profundo: evagina-ção da fáscia transversal
Músculos Origem Inserção Ação
Reto do ab-dome
5ª a 7ª cartilagens costais e processo
xifoide
crista e sínfise púbicas
flexão anterior do tronco e elevação da pelve, aumento da pressão intra-abdomi-nal na expiração forçada (prensa abdomi-
nal)
Oblíquo ex-terno do ab-
dome
face externa da 5ª a 12ª costelas
crista ilíaca, li-gamento ingui-nal, bainha do
reto e linha alba
flexão anterior do tronco e elevação da pelve (bilateral), rotação contralateral do
tronco (unilateral), aumento da pressão in-tra-abdominal na expiração forçada
Oblíquo interno do abdome
aponeurose toraco-lombar, crista ilíaca,
veias e ligamento inguinal
10ª a 12ª coste-las e bainha do
reto
flexão anterior do tronco e elevação da pelve (bilateral), rotação homolateral do
tronco (unilateral), aumento da pressão in-tra-abdominal na expiração forçada
Transverso do abdome
face interna da 7ª a 12ª cartilagens cos-tais, aponeurose to-
racolombar, crista ilíaca, EIAS, e liga-
mento inguinal
bainha do reto, linha semilunar
aumento da pressão intra-abdominal na expiração forçada
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Imagem 4 – Parede abdominal posterior. Fonte: Atlas de Anatomia Humana. Tank, P.W. 2009
Imagem 5 – Região inguinal. Fonte: Atlas de Anatomia Humana. Tank, P.W. 2009
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Hérnias de parede
É frequente a ocorrência de hérnias na parede anterior lateral do abdome. Há na parede abdominal uma região de maior fragilidade, chamada fossa ingui-nal medial ou de Triângulo de Hessel-bach. O triângulo possui os seguintes li-mites: medial (borda do músculo reto do abdome), superior lateral (artéria
epigástrica inferior) e inferior lateral (li-gamento inguinal).
As hérnias inguinais representam cerca de ¾ das hérnias abdominais e ocorrem majoritariamente em homens. Podem ocorrer como protrusão do peritônio pa-rietal e das vísceras através de uma abertura da cavidade.
Hérnia inguinal indireta Hérnia inguinal direta
Congênita Adquirida
Passa pela fossa lateral Passa pela fossa medial
No anel profundo No triângulo de Hesselbach
Saco herniário dentro do canal inguinal Saco herniário perpendicular à parede
Mais comum, normalmente em homens jovens Menos comum, normalmente homens acima dos 40 anos
Mais aguda, sintomática e associada a compli-cações Mais branda, com poucas complicações e sintomas
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REFERÊNCIAS
Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Músculos – Músculos do abdome – Músculos da parede do abdome (Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.
Sistema Osteomuscular – Anatomia do Sistema Locomotor – Músculos – Músculos do abdome – Músculos do abdome e hernias de parede (Professor Marco Aurelio Passos). Jaleko Acadêmicos. Disponível em: < https://www.jaleko.com.br>.
MOORE, Keith L.. Anatomia Orientada para a Prática Clínica. 8ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 1128p.
TANK, Patrick W.. Atlas de Anatomia Humana. 1ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 447p.
DRAKE, Richard L.. Gray’s anatomia clínica para estudantes. 3ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. 1192p.
PAULSEN, Friedrich, WASCHKE, Jens. Sobotta: atlas de anatomia hu-mana. 23ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015.
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