Artigo defesa tic patricia fernandes agudo

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Polo: Agudo – RSDisciplina: Elaboração de Artigo Científico

Professor Orientador: Prof. Mário Gerson MagnoData da defesa: 08 de dezembro de 2012

O USO DE OBJETOS DE APRENDIZAGEM COMO ESTRATÉGIAS DE APRENDIZAGEM NO ENSINO DE CIÊNCIAS E BIOLOGIA.

USE OF LEARNING OBJECTS AS LEARNING STRATEGIES IN TEACHING SCIENCE AND BIOLOGY. USE OF LEARNING OBJECTS AS LEARNING STRATEGIES IN

TEACHING SCIENCE AND BIOLOGY.

FERNANDES, Patrícia Ferreira.

Resumo

O presente artigo apresenta uma pesquisa do tipo exploratória, obtida através da introdução de um questionário, respondido pelos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental de escola particular de Santa Maria, RS, na disciplina de ciências, onde se verificou o aprendizado dos alunos em relação ao tema proposto A Estação de Tratamento da Água e Esgoto, após fazerem uso de um Objeto de Aprendizagem como estratégia de aprendizagem no ensino de ciências. Ministrar aulas de ciências e biologia e obter um bom nível de aprendizagem nem sempre é fácil, mas com o uso da informática na educação, pôde se inferir através da pesquisa, que os objetos de aprendizagem potencializaram a compreensão do aluno para com o conteúdo e demostraram que o uso da informática na educação foi significativo para o aprendizado.

Palavras-chave: Biologia, Ciências, Educação, Mídias, Objetos de Aprendizagem.

THE USE OF LEARNING OBJECTS AS LEARNING STRATEGIES IN SCIENCE

EDUCATION AND BIOLOGY.

Abstract

This article presents a survey of the exploratory type, obtained through the introduction of a questionnaire answered by the students of the 5th year of elementary school private school of Santa Maria, in the discipline of science, where there was student learning in relation the proposed topic Station Water Treatment and Wastewater, after making use of a Learning Object as learning strategy in science education. Teaching biology and science classes and get a good level of

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learning is not always easy, but with the use of computers in education, could be inferred through research, learning objects that potentiated student understanding towards content and demonstrated that the use of computers in education was significant for learning.

Keywords: Biology, Science, Education, Media, Learning Objects.

1. INTRODUÇÃO

O uso de recursos digitais didáticos no ensino de ciências e biologia se torna mais

importante a cada dia e traz inúmeras contribuições para educação.

A tecnologia de mídias aliada ao ensino convencional realizado em sala de aula

auxilia no aprendizado e na permanência do aluno na escola. O uso das mídias é muito

interessante, particularmente no ensino de ciências e biologia, pois permite que seja

trabalhado um tipo de informação que muitas vezes é difícil de ser abordada somente

através de livros didáticos.

A ciência de uma maneira geral, é baseada na observação, e nem sempre

conseguimos alcançar os objetivos de aprendizagem, pois há dificuldade de levar os

alunos a campo. Nos dias atuais, em virtude de Era Tecnológica, estas situações podem

ser minimizadas com o uso das tecnologias. Através de vídeos, computadores e a

Internet, é possível criar modelos convencionais e em 3D, para facilitar a visualização de

conteúdos através de imagens, de fenômenos abstratos, diferenciando o processo de

aprendizagem. Assim, ao invés de descrever um determinado fenômeno, é possível

explaná-lo através de uma simulação, uso de um objeto de aprendizagem, uma

modelagem normal ou até mesmo em 3D.

Alguns educadores buscam incessantemente fazer com que o discente conquiste o

aprendizado, demonstrando conteúdos, através da utilização das novas tecnologias.

Outros docentes ainda são resistentes às mudanças, mas não se dão conta de quanto o

uso destes recursos é importante para melhorar e qualificar sua prática pedagógica.

A Tecnologia da Informação é responsável pela mediação de grande parte das

ações realizadas no nosso cotidiano, o que impulsiona a produção e a disseminação da

informação. Com o avanço das Tecnologias da Informação (TIC), em especial a Internet,

surgem novos recursos educacionais como os objetos de aprendizagem, disponíveis em

repositórios na Internet.

Os Objetos de Aprendizagem ou Learning Objetcs são recursos didáticos e estão

disponíveis nos repositórios como arquivos digitais, vídeos, imagens convencionais ou

3D e possuem acesso livre para apoio ao ensino.

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2. METODOLOGIA

O presente artigo evidencia o uso de Objetos de Aprendizagem (OA) como

estratégia de aprendizado no ensino de ciências, abordando o tema sobre o

funcionamento de uma Estação de Tratamento de Água Potável e Esgoto. A pesquisa foi

aplicada nas aulas de ciências, pelo professor titular da turma e por este pesquisador,

aos alunos do 5º ano do Ensino Fundamental de escola Particular de Santa Maria, RS,

com a utilização da ferramenta tecnológica educacional, como atividade complementar,

utilizando as mídias eletrônicas como recurso para o aperfeiçoamento do aprendizado,

aproveitando a Era Digital, onde as pessoas passam maior parte do tempo no mundo

virtual, utilizando as mídias, e por que não utilizá-las em favor da educação. Com base a

essas informações a pesquisa foi executada usando a metodologia a seguir:

• O público-alvo foi uma turma do 5º ano, de Escola Particular, composta por

30 alunos, na disciplina de Ciências.

• Foram ministradas três períodos de aulas em sala de aula, com o uso de

livros didáticos e lousa, pelo professor titular da disciplina e acompanhada por

mim, com a abordagem do conteúdo, A Estação de Tratamento da Água e

Esgoto;

• Após as aulas ministradas em sala de aula, os discentes foram

encaminhados e acompanhados pelo professor da turma ao Laboratório de

Informática, para fazer uso do Objeto de Aprendizagem proposto, localizado no

site da SABESP; os alunos ligaram os computadores do laboratório e acessaram

a Internet, entraram no site e iniciaram a utilização do objeto, que era composto

por balões explicativos, que a cada clique, demonstravam todas as etapas de

desinfecção da água, registrando assim, seu aprendizado em sala de aula;

• Após o conteúdo proposto, os alunos foram convidados a responder um

questionário com a abordagem do tipo exploratória, para avaliar o uso das

tecnologias e se realmente o uso do objeto de aprendizagem foi satisfatório para

um melhor aprendizado.

O questionário aplicado aos alunos da turma foi composto por dez questões de

múltipla escolha, das quais o aluno deveria marcar uma única alternativa. A análise dos

resultados foi realizada por questão, com a utilização de porcentagem, sendo

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desconsideradas as que continham rasuras, múltiplas marcações ou em branco. Como

critério de identificação, somente foi solicitado aos alunos sua idade e série.

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

O crescente uso das tecnologias da informação e comunicação (TIC), bem como

do crescimento do uso da Internet para fins educativos, surge um novo conceito de

recursos didáticos: os objetos de aprendizagem.

Os Objetos de Aprendizagem (OA) são considerados recursos didáticos,

apresentados como: imagens, vídeos, digitais ou não digitais.

Tarouco, Fabre e Tamusiunas (2003) definem Learning Objetcs como quaisquer recursos, que suplementam o processo de ensino aprendizagem e que podem ser reusados em novos processos. Os OA são projetados e construídos em pequenos conjuntos com vista a ampliar as situações de aprendizagem nas quais eles possam ser utilizados. Sintetizando as abordagens encontradas na literatura, pode-se concluir que os Learning Objetcs devem ser criados com as seguintes características:

• Acessibilidade: devem possuir uma identificação padronizada que garanta a sua recuperação;

• Reusabilidade: devem ser desenvolvidos de forma a compor diversas unidades de aprendizagem;

• Interoperabilidade: devem ser criados para serem operados em diferentes plataformas e sistemas;

• Portabilidade: devem ser criados com a possibilidade de se mover e se abrigar em diferentes plataformas;

• Durabilidade: devem permanecer intactos perante as atualizações de software ou hardware.

Polsani (2003) define um OA como “unidade didática, auto-contida e

independente, criada para ser reutilizada em múltiplos contextos instrucionais”.

Para Wiley (2002), “Objetos de Aprendizagem, são compreendidos como

entidades digitais disponibilizadas na Internet, significando que todas as pessoas podem

alcançá-las e usá-las simultaneamente”.

Segundo Gazzoni (2006, p. 2), deve-se levar em conta: todos os procedimentos pedagógicos que vão desde a escolha do conteúdo a ser apresentado e das estratégias mais adequadas para fazê-lo, até a compreensão do processo de ensino e aprendizagem e das interações entre o aluno envolvido nesse processo e o conteúdo, através de um meio informatizado.

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Silva (2006) esclarece que Objeto de Aprendizagem é:

• Unidade de auto conteúdo de aprendizagem – cada OA pode ser

usado de forma independente;

• Reutilizável – cada OA pode ser utilizado em múltiplos contextos para

múltiplos propósitos;

• Alterável – cada OA por ser passível de modificações e versões

revisadas ─ pode ser disponibilizada para outros usuários;

• Agregável – cada unidade pode ser agrupada em coleções maiores de conteúdos, incluindo estruturas tradicionais de cursos;

Wiley (2000, p. 1) considera que: “parece haver quase tantas definições do termo quanto existem pessoas que o empregam”.

OBJETOS DE APRENDIZAGEM

Segundo enciclopédia Wikipédia, “Objetos de Aprendizagem (OA) Learning

Objects, são definidos pelo Institute of Electrical and Electonics Engineers (IEEE) como

“uma entidade, digital ou não-digital, que pode ser usada, reusada ou referenciada

durante o ensino com suporte tecnológico”.

Os objetos de aprendizagem trazem para os educandos possibilidades de

desenvolver habilidades na sua formação, estimulando a interatividade e a criação de

inteligências coletivas conforme considera Lévy (1999, p. 28) que têm como objetivo o

“reconhecimento e o enriquecimento mútuo das pessoas, e não o culto de comunidades

fetichizadas ou hipostasiadas”. Sendo assim, reafirma que o mais importante na

estimulação do surgimento de inteligências coletivas é o desenvolvimento das pessoas,

onde uma auxilia a outra com troca de conhecimentos, criando conhecimentos comuns.

PROJETOS BRASILEIROS

No Brasil, alguns projetos em desenvolvimento produzem objetos com enfoques

diferentes. O projeto CESTA³ (Coletânea de Entidades de Suporte ao uso de Tecnologia

na Aprendizagem) da UFRGS considera os objetos educacionais que são definidos

como qualquer recurso para apoiar a aprendizagem e que a idéia básica é a de que se

deve poder acessar tanto os objetos de aprendizagem que servem como blocos básicos,

com os quais serão construídos objetos mais complexos, como estes objetos compostos

(TAROUCO el al, 2006). O projeto já possui um repositório que cataloga e armazena os

objetos. A catalogação está sendo feita de acordo com as normas de padronização do

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Learning Object Management (LOM, 2006) proposto pelo IEEE Learning Technology

Standards Committee (LTSC do Instituto de Engenheiros Eletro-eletrônicos).

O projeto do LabVirt4 da Escola do Futuro da USP considera, que o projeto

envolve alguns dos conceitos que se tornaram paradigmáticos no mundo atual

(MICROSOFT, 2004, p. 3):

O aluno participa ativamente da construção do seu próprio conhecimento e do conhecimento coletivo; envolve processos colaborativos numa comunidade de aprendizagem; permite que os alunos trabalhem com problemas abertos onde escolhem os assuntos e definem o nível em que são capazes de desenvolver; fazendo uso das novas mídias têm motivação e se preparam para a vida digital.

O projeto RIVED (Rede Interativa Virtual de Educação)5 é um projeto de

cooperação internacional entre alguns países da América Latina. No Brasil ele é

desenvolvido pela SEED para a produção de conteúdos educacionais digitais, com o

objetivo de favorecer o ensino das ciências da natureza e da matemática, abordando

unidades curriculares dessas áreas, em todos os níveis, com a possibilidade de

promover inclusão digital, pois estimula o uso das TIC no processo de aprendizagem.

Os conteúdos do RIVED estão armazenados em um repositório disponível na

Internet com um guia do professor e sugestões de uso, sendo que o professor tem

liberdade de usar os conteúdos, total ou parcialmente, sem depender de estruturas mais

rígidas. Como uma política pública brasileira, o RIVED já capacitou cerca de 180

estudantes e professores de instituições de ensino superior, através de cursos

específicos para construção de objetos. Também são patrocinados concursos para

produção de conteúdos pedagógicos digitais, pelo Programa de Apoio à Pesquisa em

Educação a Distância (PAPED), o que mostra o compromisso do estado com a

necessidade de contribuir com a apropriação e domínio dos conhecimentos facilitados

pelo projeto. Os conteúdos educacionais produzidos pelo RIVED serão compartilhados

na Rede Latinoamericana de Portais Educativos (RELPE), que está sendo construída

(http://www.relpe.org/) e se propõe a atuar como interface de acesso para os objetos

criados no âmbito do RIVED. Mas a utilização plena desses objetos educacionais ainda

depende da capacitação dos professores das escolas de educação básica, bem como

da criação de uma rede para troca de experiências entre eles.

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REPOSITÓRIOS DIGITAIS

Segundo a Rede de Bibliotecas Escolares, repositórios digitais são coleções de

informações digitais, que podem ser constituídas de diferentes formas e com diferentes

propósitos. Um interesse crescente vem ocorrendo em torno dos repositórios em

contextos de ensino e aprendizagem e um número cada vez maior de recursos de

aprendizagem ou de repositórios de OA está a sendo desenvolvido e disponibilizado.

Uma das razões para o aumento do número dos repositórios é a disponibilidade

crescente de plataformas para alojar e desenvolver repositórios.

Um Learning Objetcs ou Objeto de Aprendizagem pode ser usado em diferentes

contextos e em diferentes ambientes virtuais de aprendizagem. Para atender a esta

característica, cada objeto educacional tem sua parte visual, que interage com o

aprendiz separado dos dados sobre o conteúdo e os dados instrucionais do mesmo. A

principal característica dos OA é sua reusabilidade, que é colocada em prática através

dos repositórios, permitindo que sejam localizados a partir da busca por temas, por nível

de dificuldade, por autor ou por relação com outros objetos.

A implantação dos repositórios educacionais está respaldada na crença de que a

entrada nesse novo estágio de desenvolvimento da civilização, a sociedade da

informação, requer "mudanças na formalização do ensino, ou seja, nas formas sociais

de condução e controle do processo de ensino e aprendizagem", conforme indica Bisol

(2010, p.23). Tais mudanças se evidenciam nas novas modalidades de aprendizagem à

distância e nos ambientes virtuais de aprendizagem que tem requerido uso intensivo de

tecnologias, em especial da Internet. O ciberespaço passa a constituir, segundo Bisol

(2010, p 30), "um terceiro elemento na relação ensinante-aprendente" e passa a ser

pensado "não como um instrumento neutro, mas como um elemento capaz de operar

modificações nas posições subjetivas que cada um pode ocupar nessa relação". (BISOL,

2010, p 30).

4. ANALISE DOS DADOS

Conforme os 30 (trinta) alunos do Ensino Fundamental de Escola Particular de

Santa Maria, RS, que participaram da pesquisa, onde avaliou o uso de um objeto de

aprendizagem como estratégia para o aprendizado nas aulas de ciências, afirmaram

que:

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Questão Nº 1: (Noventa por cento) 90% dos alunos avaliaram as aulas do

professor como boas.

Questão Nº 2: (Noventa por cento) 90% dos alunos afirmaram gostar das aulas de

ciências e na grande maioria solicitaram aulas mais interessantes, como as realizadas

no laboratório de informática, pois aprendem mais utilizando as mídias.

Questão Nºs 3, 4, 5 e 6: (cem por cento) 100% dos alunos responderam que o

professor titular da turma já ministrou aulas com o auxilio de mídias, utilizando o

laboratório de informática uma vez por semana, significando um aprendizado maior.

Questão Nºs 7 e 8: (Noventa por cento) 90% dos alunos avaliaram como ótima a

aula em que o objeto foi utilizado; e (cem por cento) 100% afirmaram que gostariam que

o professor da turma continuasse utilizando as mídias.

Questão Nºs 9 e 10: (oitenta e cinco por cento) 85% responderam que utilizam a

informática há mais de dois (2) anos e (noventa e sete por cento) disseram não obter

dificuldades em acessar a Internet e o objeto de aprendizagem.

O uso do objeto de aprendizagem pode ser resumido da seguinte forma:

I. Propiciaram o interesse e motivam os alunos a participarem da atividade;

II. Aproximaram a realidade ao aluno, no sentido que oportunizam aos

alunos o uso do computador, objeto quase unânime na preferência dos discentes;

III. Proporcionaram o controle no processo de aprendizagem, pois é o

aluno quem detém o controle do ritmo que esse processo ocorre;

IV. As animações propiciaram um diferencial às aulas de ciências, pois

através do lúdico e do movimento mostraram processos complexos da área;

V. Os recursos foram encontrados na rede, o que confere a propriedade de

reutilização do mesmo.

Praticamente nenhuma dificuldade foi encontrada na aplicação da atividade já que

o laboratório de informática possui pessoal especializado para a manutenção e

atualização dos softwares, assim como os recursos de banda larga do colégio. Somente

um dos computadores não abriu a animação ao mesmo tempo, pois o mesmo estava

com os softwares Java e Flash não atualizados, mas o problema logo foi solucionado. Já

o enquadramento dos alunos em serem usuários de redes sociais foi relevante na

execução da atividade, pois quase todos os alunos conseguiram entender como usar os

comandos e desempenharam as atividades com autonomia.

Através das observações do professor da turma e pela interação dos alunos com

o objeto de aprendizagem, se percebeu claramente que estes dão preferência pelo uso

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destes recursos nas aulas de ciências. Quanto à opinião dos alunos, sujeitos da referida

pesquisa, sobre o objeto de aprendizagem, no que se refere aos aspectos visuais,

apresentação de conteúdo e facilidade de manuseio, os resultados foram positivos e

conclusivos com os dados obtidos. A partir dos resultados da pesquisa pode se dizer

que o uso de OA no ensino da disciplina de ciências obteve ascensão, pois auxiliaram

na compreensão dos conteúdos propostos.

5. CONCLUSÃO

Em algumas situações do ensino, as dificuldades encontradas por alunos na

aprendizagem de ciências e biologia, são decorrentes de estratégias equivocadas. A

utilização de objetos de aprendizagem surge como uma alternativa para sanar algumas

dessas dificuldades.

O objeto de aprendizagem apresentado aos alunos e ao professor titular de

ciências da escola particular de Santa Maria, RS, teve, de acordo com as respostas

analisadas no questionário aplicado, excelente aceitação no sentido de propor novas

maneiras de trabalhar com conteúdos de ciências.

O objetivo da pesquisa foi alcançado através da aplicação do objeto de

aprendizagem aos alunos, quando os mesmos, em maior número, relatado pela

pesquisa cientifica, obtiveram aprendizado significativo em relação ao tema proposto.

Pode se afirmar que os objetos de aprendizagem digitais são excelentes ferramentas

pedagógicas, usadas como estratégia, para o melhor entendimento de conteúdos

ministrados nas aulas de ciências e biologia.

6. REFERÊNCIAS

BANCO INTERNACIONAL DE OBJETOS EDUCACIONAIS - Disponível em: http://objetoseducacionais2.mec.gov.br. Acesso em: 19 de set. 2012.

BISOL, Claudia Alquati. Ciberespaço: terceiro elemento na relação ensinante/ aprendente. In: VALENTINI, Carla Beatris; SOARES, Eliana Maria do Sacramento (Org.) Aprendizagem em ambientes virtuais: compartilhando ideias e construindo cenários. Caxias do Sul: EDUCS, 2010. p. 21-32.

CESTA – Coletânea de Entidades de Suporte ao Uso da Tecnologia na Aprendizagem. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA/cestadescr.html e ³http://www.cinted.ufrgs.br/CESTA. Acesso em: 18 de set. 2012.

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DOMÍNIO PÚBLICO – Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 19 de set. 2012.

GAZZONI, Alcibíades et al. Proporcionalidade e Semelhança: Aprendizagem Via Objetos de Aprendizagem. RENOTE: Revista Novas Tecnologias da Educação, Porto Alegre v.4, n. 2, p. 1-9, dez, 2006. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/renote/dez2006/artigosrenote/5179.pdf. Acesso em: 10 de set. 2012.

LABORATÓRIO DIDÁTICO VIRTUAL – ESCOLA DO FUTURO – USP – Disponível em: 4http://www.labvirt.futuro.usp.br/indice.asp. Acesso em: 10 de nov. 2012.

LÉVY, Pierre - A inteligência Coletiva - por uma antropologia do ciberespaço - Edições Loyola, São Paulo , 1999.

MICROSOFT, Objetos de aprendizagem a serviço do professor. 2004. Disponível em: http://www.microsoft.com/brasil/parceiro/objeto_texto.mspx. Acesso em: 30 de out. 2012.

PORTAL DO PROFESSOR - Disponível em:http :// portaldoprofessor . mec . gov . br / fichaTecnica . html ? id =19811 . Acesso em: 20 de set. 2012.

PROINFO - PROGRAMA NACIONAL DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/index.php?Itemid=462&id=244&option=com_content&view=article. Acesso em: 20 de set. 2012.

POLSANI, Pithamber R. Use and abuse of reusable learning objects. Journal of Digital Information, v.3, n.164, 2003.

REDE DE BIBLIOTECAS ESCOLARES DA UNIVERSIDADE DO MINHO - Disponível em: http://repositorio.uportu.pt/dspace/bitstream/123456789/586/1/Repositorios%20Digitais.pdf. Acesso em: 20 de out. 2012.

RIVED – REDE INTERNACIONAL VIRTUAL DE EDUCAÇÃO. Disponível em:http://rived.mec.gov.br/site_objeto_lis.php e 5 http://rived.proinfo.mec.gov.br/. Acesso em: 25 de set. 2012.

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SABESP - COMPANHIA DE SANEAMENTO BÁSICO DO ESTADO DE SÃO PAULO. Disponível em: http://site.sabesp.com.br/site/default.aspx. Acesso em: 18 de set. 2012.

SILVA, Eli Lopes. Uma Experiência de Uso de Objetos de Aprendizagem na Educação Presencial: Ação-pesquisa num Curso de Sistemas de Informação, 2006. Dissertação (Mestrado em Educação)– Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Programa de Pós-Graduação em Educação, Belo Horizonte, 2006.

TAROUCO, Liane Margarida Rocenbach; FABRE, Marie-Christine Julie Mascarenhas;

TAMUSIUNAS, Fabrício Raupp. Reusabilidade de Objetos Educacionais. RENOTE: Revista Novas Tecnologias da Educação, Porto Alegre, v. 1 n. 1, p. 1-11, fev. 2003. Disponível em: http://www.nuted.ufrgs.br/oficinas/criacao/marie_reusabilidade.pdf. Acesso em: 17 de nov. 2012.

TORTOSA, Salvador Otón. Propuesta de una arquitectura software basada en servicios para la implementación de repositorios de objetos de aprendizaje distribuidos. 2006. Tesis (Doctoral) - Escuela Técnica Superior de Ingeniería Informática, Alcalá de Henares. Disponível em: http://www.dspace.uah.es/dspace/handle/10017/472. Acesso em: 12 de out. 2012.

TAROUCO, Liane M. R. et al. Alfabetização visual para a produção de objetos educacionais. Disponível em: http://www.cinted.ufrgs.br/renote/set2003/artigos/artigo_anita.pdf. Acesso em: 15 de out. 2012.

WILEY, David A. Connecting Learning Objects to Instructional Design Theory: A Definition, a Metaphor, and a Taxonomy. In: _____. (Ed.). The Instructional use of Learning Objects. Bloomington: AECT, 2002. Disponível em: http://reusability.org/read. Acesso em: 12 de nov. 2012.

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7. APÊNDICE

7.1. OBJETO DE APRENDIZAGEM UTILIZADO NA PESQUISA

• Objeto de Aprendizagem

Figura 1: Objeto de Aprendizagem utilizado na pesquisa.

APLICAÇÃO:

O Objeto de Aprendizagem indicado foi encontrado no site da SABESP

(Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo).

O endereço de acesso ao site está em:

http://site.sabesp.com.br/site/default.aspx.

A aplicação do objeto se deu após a terceira aula de ciências, com o tema A Estação de

Tratamento da Água e Esgoto, em sala de aula com o professor titular da turma. Após as

aulas convencionais em sala, onde foram utilizados livros didáticos e a lousa para o

aprendizado, os alunos foram encaminhados e acompanhados pelo professor titular da

turma e por mim ao laboratório de informática da escola, onde iniciaram a utilização do

objeto.

Os discentes ligaram os computadores, acessaram a Internet e logo iniciaram a busca

ao site. O objeto realizou o percurso da água, através das etapas conforme site da

SABESP, como mostra a figura 1:

Captação do rio ou barragem e bombeamento da água para a Estação de Tratamento;

Pré-cloração – Primeiro, o cloro é adicionado assim que a água chega à estação. Isso facilita a retirada de matéria orgânica e metais;

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Pré-alcalinização – Depois do cloro, a água recebe cal ou soda, que servem para ajustar o pH* aos valores exigidos nas fases seguintes do tratamento;

Fator pH –O índice pH refere-se à água ser um ácido, uma base, ou nenhum deles (neutra). Um pH de 7 é neutro; um pH abaixo de 7 é ácido e um pH acima de 7 é básico ou alcalino. Para o consumo humano, recomenda-se um pH entre 6,0 e 9,5;

Coagulação – Nesta fase, é adicionado sulfato de alumínio, cloreto férrico ou outro coagulante, seguido de uma agitação violenta da água. Assim, as partículas de sujeira ficam eletricamente desestabilizadas e mais fáceis de agregar;

Floculação – Após a coagulação, há uma mistura lenta da água, que serve para provocar a formação de flocos com as partículas;

Decantação – Neste processo, a água passa por grandes tanques para separar os flocos de sujeira formados na etapa anterior;

Filtração – Logo depois, a água atravessa tanques formados por pedras, areia e carvão antracito. Eles são responsáveis por reter a sujeira que restou da fase de decantação;

Pós-alcalinização – Em seguida, é feita a correção final do pH da água, para evitar a corrosão ou incrustação das tubulações;

Desinfecção – É feita uma última adição de cloro no líquido antes de sua saída da Estação de Tratamento. Ela garante que a água fornecida chegue isenta de bactérias e vírus até a casa do consumidor;

Fluoretação – O flúor também é adicionado à agua. A substância ajuda a prevenir cáries;

Distribuição – Após todo esse processo a água é distribuída para toda a população.

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7.2. QUESTIONÁRIO DE PESQUISA CIENTÍFICA

Figura 2: Questionário aplicado aos alunos de um colégio da rede particular na cidade de Santa Maria, RS, para avaliar a utilização de um objeto de aprendizagem digital, como estratégia para o aprendizado nas aulas de ciências (novembro 2012).

QUESTIONÁRIO DE PESQUISA CIENTÍFICA

Série: ____________ Idade: _______ Data: ___/___/2012

1. Como você avalia as aulas de seu professor de Biologia ou Ciências? ( ) Ótimas ( ) Boas ( ) Ruins 2. Em sua opinião, o que falta para melhorar as aulas de Biologia ou Ciências? ( ) Aumentar a quantidade de aulas semanais ( ) Aulas mais interessantes utilizando recursos didáticos como objetos de aprendizagem, filmes, experimentos, etc ( ) Professores capacitados e motivados para ensinar 3. Seu professor já ministrou alguma aula de Biologia ou Ciências com auxílio da Internet? ( ) Sim ( ) Não 4. Em caso de resposta "sim", como ele utiliza? ( ) Com imagens ( ) Com roteiros escritos ( ) Com filmes ( ) Todas as alternativas anteriores 5. Aproximadamente com que frequência no mês seu professor utiliza o laboratório de informática da escola nas aulas de Ciências ou Biologia? ( ) 1 vez por mês ( ) A cada 15 dias ( ) 1 ou mais vezes por semana 6. Quando seu professor utiliza as tecnologias nas aulas de Biologia Ou Ciências você: ( ) Aprende mais ( ) Não gosta da aula ( ) Não há diferença7. Como você avalia a aula a qual foi usado o Objeto de Aprendizagem?( ) Boa ( ) Regular ( ) Ruim ( ) Ótima ( ) Superou o Esperado 8. Você deseja que seu professor continue usando as novas mídias em sala de aula? ( ) Sim ( ) Não9. Você utiliza a informática há mais de dois anos? ( ) Sim ( ) Não10. Você teve dificuldades em usar o computador e acessar a Internet e o Objeto de Aprendizagem? ( ) Sim ( ) Não