ANVISA Avaliacao Riscos Ambientais LACEN CE 2003
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEAR
Faculdade de Farmcia, Odontologia e Enfermagem
Departamento de Farmcia
Curso de Especializao em Alimentos e Sade Pblica
Avaliao dos Riscos Ambientais da Diviso de Produtos
do Laboratrio Central de Sade Pblica do Cear
LACEN/CE.
Ana Klvia Arajo
Fortaleza
2003
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Ana Klvia Arajo
Levantamento dos Riscos Ambientais da Diviso de
Produtos do Laboratrio Central de Sade Pblica do
Cear LACEN/CE.
Monografia apresentada ao curso de
Especializao em Alimentos e Sade
Pblica da Faculdade de Farmcia,
Odontologia e Enfermagem da Universidade
Federal do Cear UFC.
Orientadora:
Dra. Elisabeth Mary Cunha da Silva, PhD
Fortaleza
2003
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Ana Klvia Arajo
Levantamento dos Riscos Ambientais da Diviso de Produtos do
Laboratrio Central de Sade Pblica do Cear LACEN/CE
Monografia submetida ao Curso de Especializao em Alimentos e Sade Pblica, como parte dos requisitos necessrios obteno do Ttulo de Especialista, outorgado pela Universidade Federal do Cear UFC. A citao de qualquer trecho desta monografia ser permitida, desde que seja feita de conformidade com as normas tica cientfica.
Data da aprovao: ____/____/____ BANCA EXAMINADORA
............................................................................... Dra. Elisabeth Mary Cunha da Silva, PhD ( Orientadora)
.............................................................................. Prof. Dr. Carlos Couto de Castelo Branco ...............................................................................
Dr. Galdino Guttmann Bicho
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AGRADECIMENTOS
Deus, pela graa que me foi concedida de estar concluindo mais uma etapa da minha
vida;
Dra. Liana Perdigo Mello, por ter confiado na minha pessoa ao me dar a oportunidade
de realizar este curso;
Dra. Elisabeth Mary Cunha da Silva , pela ateno e compreenso na sua orientao;
Ao Dr. Carlos Couto de Castelo Branco, pelo trabalho e dedicao a nos coordenar neste
curso;
Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria, na pessoa de Dr. Galdino Guttmann Bicho,
pelo apoio na realizao deste trabalho;
s amigas Ftima Suely, Elza Gadelha e Viviane Cavalcante, pelo companheirismo e
carinho dedicados a mim, criando e fortalecendo os laos de amizade;
s colegas do LACEN/CE pelo apoio e colaborao;
E um agradecimento todo especial ao meu esposo, pais e irmos por toda compreenso e
carinho dedicados em toda essa jornada.
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Deus que me deu sade para conquistar este objetivo.
Ao meu esposo, Lus Carlos, que compreendeu a minha ausncia.
Aos meus Pais e irmos, pelo amor que me dedicaram.
Com amor,
DEDICO
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RESUMO
Pelo pragmatismo do conceito, PESSOA (2000) enfatiza que a Biossegurana deve ser
vista como um campo de realizao de prticas tcnicas e sociais destinadas a conhecer e
controlar os riscos que o trabalho em sade pode aportar ao ambiente e vida. E a palavra risco
indica, normalmente, a possibilidade de existncia de perigo. A exposio diria de diversos
agentes de risco (biolgico, qumico, fsico, de acidentes, ergonmico e etc.) exige que o
laboratrio, sob o ponto de vista das instalaes, da capacitao dos recursos humanos e da
dinmica de trabalho, esteja perfeitamente consonante e permita a eliminao ou minimizao
desses riscos para o trabalhador e para o ambiente (ROCHA; SANTOS, 2000). O
desenvolvimento das atividades da Diviso de Produtos do LACEN/CE envolve uma vasta gama
de agentes de risco, dispondo de elementos necessrios consecuo deste estudo. Este trabalho
visa identificar os agentes de risco, facilitar a visualizao destes atravs da realizao do mapa
de riscos, com a finalidade de minimizar a ocorrncia de acidentes de trabalho, melhorar a sade,
e elevar a qualidade de vida dos que trabalham junto a essa Diviso. O processo de avaliao
constou de trs etapas: na primeira, foi realizado o levantamento dos riscos de cada setor da
Diviso de Produtos; na segunda, as medidas de combate aos riscos e na terceira, a realizao do
mapa de riscos destes setores. Foram identificados agentes de cinco naturezas de riscos: qumico,
fsico, biolgico, ergonmico e de acidentes, e quanto as medidas de combate, a Direo do
LACEN/CE j atendeu em grande parte a estas medidas, principalmente quanto ao treinamento
em biossegurana e aquisio dos equipamentos de proteo individual e coletiva. As que ainda
no foram atendidas sero corrigidas de acordo com o levantamento feito diretamente com os
profissionais de cada setor. Este projeto deve atender s exigncias construtivas, observando-se a
sade do trabalhador e do meio ambiente, como tambm a qualidade dos trabalhos
desenvolvidos. importante que atravs deste estudo diminua-se e/ou controle-se os riscos da
Diviso de Produtos do LACEN/CE e se proporcione condies favorveis de trabalho.
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SUMRIO
INTRODUO....................................................................................................................8
CAPTULO 1 BIOSSEGURANA............................................................................ 10
1.1. Abordagens em Biossegurana....................................................................................... 10
1.2. Segurana no Laboratrio ............................................................................................... 12
1.3. Avaliao de Risco........................................................................................................14
1.4. Risco ............................................................................................................................15
1.4.1. Tipos de Riscos.. ........................................................................................................... 16
1.5. Equipamentos de Biossegurana no Laboratrio ......................................................... 21
1.4.1. Equipamentos de Proteo Individual ........................................................................ 21
1.4.2. Equipamentos de Proteo Coletiva ........................................................................... 24
CAPTULO 2 - MAPEAMENTO DE RISCOS ............................................................... 25
2.1 Histrico ............................................................................................................................ 25
2.2 Definio ........................................................................................................................... 26
2.3 Limitaes Quanto a Aplicao do Mapa de Risco....................................................... 26
2.4 Objetivos do Mapa de Risco............................................................................................ 27
2.5 Roteiro para Construo do Mapa de Risco................................................................... 27
2.5 Metodologia para a Elaborao do Mapa de Risco ....................................................... 28
2.6 Grupo de Riscos................................................................................................................ 29
CAPTULO 3 - LEVANTAMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS POR
SETORES DA DIVISO DE PRODUTOS DO LACEN/CE ........................................ 33
3.1 Medidas adotadas para Reduo dos Riscos Ambientais nos Setores da Diviso de
Produtos............. ...................................................................................................................... 35
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3.2 Levantamento dos Riscos Ambientais ........................................................................... 36
CONCLUSO ....................................................................................................................... 51
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................. 52
ANEXOS ................................................................................................................................. 55
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INTRODUO
As pessoas, em particular as adultas, costumam passar uma boa parcela de suas vidas
trabalhando. Para uma jornada de 44 horas semanais, so cerca de 2.200 horas por ano e 77.000
horas ao longo dos 35 anos necessrios para se aposentar. Tanto tempo, em ambiente e situaes
muitas vezes insalubres e perigosas, certamente ir influenciar na qualidade de vida dessas
pessoas (UCHA et al., 2000)
Quando o enfoque o da biossegurana, alm dos cuidados normais de boas prticas de
laboratrio, so necessrios procedimentos especficos para minimizar os riscos de acidentes
pessoais e de contaminao ambiental. A meta atingir o risco zero em acidentes.
Os equipamentos de Proteo Individual (EPIs), por exemplo, so freqentemente
apontados como solues mgicas para os problemas dos acidentes e doenas, e o no uso, como
demonstrao da irresponsabilidade e falta de conscincia dos trabalhadores de cuidarem de sua
sade. Na viso moderna de preveno, os EPIs so vistos como uma soluo limitada, que
deveria ser adotada somente quando no existam outras alternativas. Se no forem adequados,
podem gerar uma sobrecarga e dificultar o trabalho. Muitas empresas adotam os EPIs como uma
prtica do gerenciamento artificial de riscos, (MACHADO, 1996), onde medidas de preveno
tcnicas efetivas no so implementadas, e em seu lugar ocorre o que alguns estudiosos chamam
de preveno simblica (PORTO, 1994). Este tipo de preveno visa mais controlar os
trabalhadores, fazendo-os acreditar erradamente que os riscos esto sob controle, j que o
reconhecimento de que suas vidas esto em risco poderiam resultar em reaes dos trabalhadores
e suas organizaes, resultando em prejuzos polticos e econmicos para as empresas. Quando
um acidente ocorre, tambm faz parte desta estratgia responsabilizar os trabalhadores pelos
prprios acidentes, atravs do conceito de ato inseguro que transforma as vtimas dos acidentes
em culpados. Desta forma, o que deveria servir de exemplo e aprendizado sobre as falhas
gerenciais das empresas, gera um pouco ou nenhum impacto em termos de transformaes das
condies de trabalho.
A despeito do avano tecnolgico, os profissionais esto expostos vrios riscos, devido
as tcnicas onde so utilizados reagentes qumicos, ao material biolgico suspeito de
contaminao, aos equipamentos, aos materiais perfurocortantes, etc. A exposio minimizada
medida em que forem adotadas a conteno primria e secundria ou seja medida que forem
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adotadas as boas prticas laboratoriais, os equipamentos de proteo individual e coletiva e
implantadas instalaes adequadas a cada nvel de biossegurana envolvido e a capacitao dos
tcnicos. Desta forma, a avaliao dos riscos fundamental para a definio de critrios e de
aes que visem minimizar os mesmos, os quais comprometem a sade do trabalhador e a
qualidade dos trabalhos desenvolvidos.
Dentro deste contexto que nasceu a preocupao de abordar os riscos envolvidos pelos
trabalhadores da Diviso de Produtos do Laboratrio Central de Sade Pblica do Cear
LACEN/CE, considerados principalmente como riscos qumicos, fsicos, biolgicos,
ergonmicos e de acidentes.
Com o objetivo de oferecer uma maior segurana aos profissionais desta Diviso,
prope-se a elaborao do mapa de risco da Diviso de Produtos do LACEN/CE para facilitar aos
que trabalham nesta diviso uma maior percepo dos riscos, a fim de diminuir a sua ocorrncia.
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CAPTULO I
BIOSSEGURANA
1.1 Abordagens em Biossegurana
O conceito de Biossegurana vem sendo cada vez mais difundido e valorizado, na
medida que o entendimento da responsabilidade do profissional envolvido em atividades que
manipulam agentes biolgicos, qumicos, fsicos, radioativos, etc. no se limita s aes de
preveno de riscos derivados de sua atividade especfica , mas tambm, do colega que labuta ao
seu lado, do tcnico que o auxilia e de outras pessoas que participam direta ou indiretamente
desta atividade. Alm disso, todo meio ambiente que o circunda e a comunidade onde est
localizada a instituio, devem ser considerados como espaos importantes a serem preservados e
protegidos de ameaas e riscos, dos quais muitas vezes, nem mesmo estes ltimos atores tm
conhecimento (ODA et al., 1998).
Precaues sobre segurana, sade e trabalho compreendem o uso de procedimentos
rotineiros, atravs de normas de conduta que passam a assegurar a validade dos resultados e a
integridade das pessoas, instalaes e equipamentos (PARAN, 2000).
No Brasil, a legislao de Biossegurana foi criada em 1995 e, apesar da grande
incidncia de doenas ocupacionais em profissionais de sade, engloba apenas a tecnologia de
engenharia gentica, estabelecendo os requisitos para o manejo de organismos geneticamente
modificados (PARAN, 2000).
A histria da humanidade registra a crena dos homens voltada para a prtica de rituais
dirigidos aos deuses a fim de garantir a preveno de doenas individuais ou coletivas. A
civilizao elaborou vrias teorias para explicar o contgio e a disseminao de doenas. Os
egpicios, por exemplo, acreditavam que as doenas se propagavam pelo toque, enquanto os
hebreus entendiam que as doenas eram contradas pelo contato com roupas e outros objetos
usados pelos doentes. Essas teorias, que indicam o contgio exclusivamente direto para explicar
as doenas, continuaram vigentes por muitos sculos (ODA et al., 1998).
Hipcrates afirmava que as doenas eram disseminadas pelos vapores nocivos que
provocavam a m qualidade do ar. Essa idia permaneceu por muito tempo, at meados do sculo
XIX, atravs da teoria dos miasmas, chegando a ser uma referncia para apontar a razo das
doenas (ODA et al., 1998).
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Das prticas menos complexas s prticas mais sofisticadas, utilizadas para diagnstico
e o estudo da disseminao de doenas, especialmente no que concerne s noes de contgio, o
aspecto preveno do risco de exposio parecia no ser valorizado. No obstante a essa
realidade, a histria da medicina registrou algumas tentativas de preveno de riscos, utilizadas
isoladamente. Em 1656, por exemplo, durante o grande flagelo da peste, ocorrido na Europa,
alguns mdicos usavam um equipamento para sua proteo individual que constava de uma
tnica que cobria a maior parte do corpo, acompanhada de chapu, luvas, mscara com bico
longo e afunilada, onde eram colocados aromatizantes que atenuavam o odor (ODA et al., 1998).
Os procedimentos de proteo destinados segurana do pesquisador, do objeto
pesquisado e das condies ambientais onde a pesquisa se realiza so fatores relevantes para a
minimizao de riscos de exposio (ODA et al., 1998).
Laboratrios de pesquisas qumicas, microbiolgicas, biofsicas, biomdicas so os
locais onde se lidam com materiais e produtos que oferecem diversos tipos de riscos a sade e a
integridade fsica das pessoas que neles trabalham.
A no importncia dada aos riscos presentes nas atividades de pesquisa em laboratrios
ou mesmo em trabalhos de rotina, j prejudicou e tem prejudicado ao longo do tempo, vrios
profissionais dedicados. Um lamentvel exemplo histrico deste fato, registrado nos anais da
cincia, diz respeito a Marie Curie 1867 1934, tambm conhecida como Madame Curie, que
por duas vezes ganhou o Prmio Nobel dos elementos qumicos Rdio e Polnio. Seu trabalho
para isolar tais elementos, levou-a manipular materiais radioativos perigosos, e a exposio
inconsciente radiao desses materiais foi, provavelmente, a causa de sua morte por leucemia
(ODA et al., 1998).
Hoje, aps o duro aprendizado com os acidentes histricos, existem programas de
preveno para os vrios tipos de riscos (qumico, biolgico, fsico, de acidentes e ergonmicos),
que estabelecem regras bsicas de segurana nos laboratrios de diversos tipos (ODA et al.,
1998).
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1.2 Segurana no Laboratrio
A segurana em qualquer atividade profissional igual segurana em qualquer
atividade humana. Consegue-se segurana seguindo determinados procedimentos, como avaliar
sempre os riscos, reduzir ao mnimo o nvel de risco, planejar mtodos para evitar acidentes e
suas conseqncias no ambiente de trabalho e planejar mtodos de atuao em caso de uma
ocorrncia real (COSTA, 2000).
Esta questo precisa ser encarada de frente. Primeiro, quando se trata de laboratrios,
considera-se um ambiente que diretamente envolve vida, sade e condies de trabalho de
pessoas. Segundo, para que nveis satisfatrios de eficincia, produtividade e qualidade sejam
alcanados, preciso que se adotem de uma vez por todas polticas voltadas implementao de
ambientes de trabalho confiveis e seguros (CARVALHO, 1999).
Esses procedimentos nada mais so do que aes de qualidade. Quando se avalia,
controla, planeja e executa, no importa a ordem, estamos, na realidade aplicando a filosofia da
qualidade (COSTA, 2000).
O ambiente de laboratrio deve ser projetado, dimensionado ou adequado devidamente
de modo a oferecer condies confortveis e seguras de trabalho. As reas de trabalho devem ser
definidas com a finalidade de separar as de maior risco (manipulao de produtos qumicos e
biolgicos) daquelas que apresentam menor probabilidade de acidentes (reas administrativas)
(PIMENTA, 2003b).
As reas do ambiente de laboratrio devem ser adequadamente sinalizadas de forma a
facilitar a orientao dos usurios, advertir quanto aos riscos existentes e restringir o acesso de
pessoas no autorizadas (PIMENTA, 2003b). (Ver Sinais de Segurana no Anexo I).
O uso de equipamento de proteo individual e coletiva fundamental para a execuo
das atividades laboratoriais de forma a assegurar a sade do profissional e minimizar a
possibilidade de acidentes (PIMENTA, 2003b).
A segurana deve ser planejada, dimensionada e realizada por uma equipe
multiprofissional, de modo a atender vrios requisitos relacionados com:
- O cumprimento das normas de segurana vigentes (Leis).
- A disponibilidade e uso adequado de equipamentos de proteo.
- A organizao e realizao de programas de treinamento.
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- Manuteno preventiva de equipamentos e instrumentos.
- A disponibilidade de extintores e outros dispositivos de combate a incndios.
- Treinamento de combate a incndio e em situaes de emergncia.
- Mapa de risco obrigatrio e sinalizao adequada das reas de riscos e das rotas de fuga.
- A disponibilidade de sistema de gerao eltrica de emergncia.
- Planejamento e execuo do programa de preveno de riscos ambientais PPRA.
- Planos de conteno quando ocorrem situaes de emergncia (derramamentos, vazamentos,
contaminaes, exploses, etc).
- Planos de emergncia para enfrentar situaes crticas como falta de energia eltrica, gua,
incndio e inundaes.
- Sistema de registro dos testes de segurana e desempenho dos equipamentos de urgncia.
Antes de comear qualquer atividade, deve certificar-se de que todos os materiais
necessrios esto disponveis, em quantidade suficiente e em condies de uso. Uma atividade
no deve ser interrompida por falta de qualquer material, como uma soluo, ou por falta de um
equipamento que pode estar sendo utilizado em outra atividade por outro profissional
(CARVALHO, 1999).
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1.3 Avaliao de Risco
De acordo com LAJOLO & NUTTI, 2003 basicamente a anlise de risco uma
metodologia cientfica que auxilia na busca sistematizada de informaes sobre um determinado
perigo, de forma a permitir a avaliao do risco envolvido e a adoo de medidas para eliminar
ou controlar o perigo detectado. importante entender a distino entre perigo e risco. Um perigo
corresponde ao agente nocivo fsico, qumico ou biolgico, capaz de causar efeitos adversos, por
exemplo, um fragmento metlico num produto comestvel, em pesticida, um microorganismo. J
o risco uma frao da probabilidade de ocorrncia daquele perigo em certas circunstncias,
como risco de ser atropelado, morder um fragmento metlico, ser contaminado por um
microrganismo. A anlise de risco , portanto, um procedimento cientfico sistematizado que
compreende diversas etapas: Avaliao do risco, o gerenciamento do risco e a informao de
risco. A avaliao do risco , em ltima anlise, a caracterizao da natureza quantitativa e
qualitativa dos efeitos adversos (perigo) uma populao e pode incluir a obteno da dose-
resposta, ou seja, dos efeitos decorrentes de nveis crescentes de exposio ao agente. O
gerenciamento do risco, corresponde busca de polticas e medidas de regulamentao e controle
(deteco rastreabilidade e monitoramento). A comunicao de risco a parte relativa
informao da sociedade e a comunicao entre os segmentos envolvidos, como governo,
populao e institutos cientficos. Isto corresponde rotulagem, servios de informao ao
consumidor e uso da mdia.
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1.4 Risco
Para que a Vigilncia Sanitria possa cumprir suas finalidades, num universo
abrangente, dinmico e complexo, suas prticas devem articular-se, integrar-se, estrategicamente,
ao conjunto das prticas sanitrias, com o uso concomitante de vrios instrumentos, com
participao e controle social. Como decorrncia do carter interdisciplinar, as aes da
Vigilncia incorporam vrias acepes da noo de risco, tais como: perigo virtual ou ameaa de
agravos relacionados com determinados elementos que o homem aprendeu a identificar na
experincia cotidiana; e, na acepo epidemiolgica, no sentido de probabilidade,
estatisticamente verificvel, de correr um evento adverso sade, na presena de determinado
fator. Antes mesmo do surgimento da medicina cientfica e do desenvolvimento da
epidemiologia, e, conseqentemente da elaborao do conceito de risco, j haviam sido
estabelecidas normas de proteo sade da coletividade (COSTA; ROZENFELD, 2000).
Existem riscos sade em incontveis reas da produo. H riscos no uso de
medicamentos, hemoderivados, vacinas, alimentos, saneantes, cosmticos, agrotxicos etc. As
aes de controle sanitrio nos portos, aeroportos e fronteiras visam proteger no apenas a
populao dos riscos inerentes circulao de mercadorias e pessoas, como tambm proteger a
agricultura e os rebanhos contra a introduo de doenas exticas, que podem acarretar enormes
prejuzos econmicos. Na prestao de servios direta ou indiretamente relacionados com a
sade - tambm h riscos, multiplicados pelo uso concomitante de vrias tecnologias. Devemos
igualmente lembrar os potenciais efeitos nocivos dos resduos manejados inadequadamente. O
consumo de recursos naturais e outras intervenes sobre o meio ambiente podem trazer riscos
sade humana e sade animal. So inumerveis os riscos sade humana e sade animal. So
inumerveis os riscos sade em ambientes de trabalho, devido a substncias qumicas,
mquinas e equipamentos, poeiras, rudos, temperaturas extremas, entre outros. Muitas vezes a
deposio dos resduos industriais constitui srios riscos sade humana e ambiental, e
ultrapassa as fronteiras de um pas. Os resduos radioativos, por exemplo, constitui srio
problema de sade coletiva, em escala planetria. Esta situao ainda mais grave em pases
como o nosso, onde os problemas ligados ao saneamento bsico ainda no foram resolvidos.
Na atualidade o conceito de risco resulta do processo de transformaes sociais,
polticas, econmicas e culturais, cabendo ao prprio homem a atribuio de desenvolver, atravs
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de metodologias baseadas na cincia e na tecnologia, a capacidade de o interpretar e analisar para
melhor control-lo e remedi-lo (FREITAS, 2000).
Uma vez informado dos riscos e dos procedimentos seguros para exercer suas atividades
no laboratrio, cada trabalhador torna-se responsvel por sua prpria segurana. Neste contexto
ele divide a responsabilidade da segurana com as outras pessoas que trabalham no mesmo
ambiente. , tambm, de sua responsabilidade informar ao chefe do laboratrio sobre os
acidentes ocorridos e sobre as condies de trabalho que ele acredita serem perigosas para si e
para os outros (ODA et al., 1998).
do direito do trabalhador receber informao dos riscos (integridade fsica e/ou sade)
inerentes aos produtos qumicos com os quais vai trabalhar alm de treinamento adequado para
lidar com segurana com tais substncias (ODA et al., 1998).
1.4.1 Tipos de Riscos
O trabalho nas instituies de sade envolve riscos gerais e outros especficos a cada
rea de atividade, podendo ser classificados, segundo a Portaria do Ministrio do Trabalho, MTb
n 3.214, de 8/6/1978, em:
1) Riscos de Acidentes
Considera-se risco de acidente qualquer fator que coloque o trabalhador em
situao de perigo e possa afetar sua integridade, bem estar fsico e moral. So exemplos
de riscos de acidente: as mquinas e equipamentos sem proteo, probabilidade de
incndio e exploso, arranjo fsico inadequado, armazenamento inadequado, iluminao
inadequada, eletricidade, ou outras situaes que podem contribuir para o surgimento de
riscos (ODA et al., 1998).
2) Riscos Ergonmicos
Considera-se risco ergonmico qualquer fator que possa interferir nas
caractersticas psicofisiolgicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua
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sade. Exemplos: levantamento e transporte manual de peso, ritmo acelerado de
trabalho, trabalho excessivo em computadores, monotonia, repetitividade, exigncia de
maior responsabilidade, postura inadequada de trabalho (ODA et al., 1998).
3) Risco Fsico
Consideram-se agentes de risco fsico as diversas formas de energia a que
possam estar expostos os trabalhadores, tais como: rudo, vibraes, presses anormais,
temperaturas extremas, radiaes ionizantes e no ionizantes, etc. (ODA et al., 1998).
4) Riscos Biolgicos
Consideram-se agentes de risco biolgico as bactrias, fungos, parasitas, vrus,
entre outros. Os agentes biolgicos apresentam um risco real ou potencial para o homem
e para o meio ambiente. Estes se dividem em quatro grupos, onde so considerados
como critrios: a patogenicidade para o homem, a virulncia, o modo de transmisso, a
endemicidade e a existncia ou no de profilaxia e de teraputica eficazes (TEIXEIRA;
VALLE, 1996).
Segundo a resoluo n 1 de 1988 do Conselho Nacional de Sade, Cap. X art.
64, os microrganismos podem ento ser classificados em grupos de risco de 1 a 4 por
ordem crescente (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Grupo 1: Possui baixo risco individual e coletivo. Microrganismos que nunca
foram descritos como agente causal de doenas para o homem e que no constituem
risco para o meio ambiente. Exemplo: Bacillus cereus (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Grupo 2: Mostra risco individual moderado e risco coletivo limitado.
Microrganismos que podem provocar doenas ao homem, com pouca probabilidade de
alto risco para os profissionais do laboratrio. Exemplo: Schistosoma mansoni
(TEIXEIRA; VALLE, 1996).
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Grupo 3: Tem risco individual elevado e risco coletivo baixo, podendo causar
enfermidades graves aos profissionais do laboratrio. Exemplo: Mycobacterium
tuberculosis e HIV (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Grupo 4: Agrupa os agentes que causam doenas graves para o homem e
representam um srio risco para os profissionais do laboratrio e para a coletividade.
Possui agentes patognicos altamente infecciosos, que se propagam facilmente, podendo
causar a morte. Exemplo: Vrus Ebola, Lassa, Machup, Marburg (TEIXEIRA; VALLE,
1996).
5) Riscos Qumicos
Consideram-se agentes de risco qumico as substncias, compostos ou
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratria, nas formas de poeiras,
fumos, nvoas, neblinas, gases, ou vapores, ou que, pela natureza da atividade de
exposio, possam ter contato ou ser absorvido pelo organismo atravs da pele ou
ingesto (ODA et al., 1998). A seguir so descritas as principais classes de riscos
qumicos:
Explosivos
O explosivo uma substncia que submetida a uma transformao qumica
extremamente rpida, produzindo simultaneamente grandes quantidades de gases e calor. Devido
ao calor, os gases liberados, por exemplo nitrognio, oxignio, monxido de carbono, dixido de
carbono e vapor d'gua, expandem-se a altssimas velocidades provocando o deslocamento do ar
circunvizinho, gerando um aumento de presso acima da presso atmosfrica normal
(sobrepresso). Muitas das substncias pertencentes a esta classe so sensveis ao calor, choque e
frico, como por exemplo azida de chumbo e o fulminato de mercrio. J outros produtos desta
mesma classe, necessitam de um intensificador para explodirem (HADDAD, 2003).
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Gases
Gs um dos estados da matria. No estado gasoso a matria tem forma e volume
variveis. A fora de repulso entre as molculas maior que a de coeso. Os gases so
caracterizados por apresentarem baixa densidade e capacidade de se moverem livremente.
Diferentemente dos lquidos e slidos, os gases expandem-se e contraem-se facilmente quando
alteradas a presso e/ou temperatura (HADDAD, 2003).
Gases Criognicos
Esse tipo de gs para ser liquefeito deve ser refrigerado a temperatura inferior a -150oC.
Exemplos de gases criognicos e suas respectivas temperaturas de ebulio: Hidrognio (-253 oC), Oxignio (-183oC), Metano (-161,5oC). Os gases criognicos, devido a baixa temperatura,
podero provocar severas queimaduras ao tecido, conhecidas por enregelamento, quando do
contato com lquido ou mesmo com o vapor (HADDAD, 2003).
Produtos Inflamveis
Esta classe abrange todas as substncias que podem se inflamar na presena de uma fonte
de ignio, em contato com o ar ou com a gua, e que no esto classificadas como explosivos
(HADDAD, 2003).
Oxidantes e Perxidos Orgnicos
Um oxidante um material que libera oxignio rapidamente para sustentar a combusto
dos materiais orgnicos. Outra definio semelhante afirma que o oxidante um material que
gera oxignio temperatura ambiente, ou quando levemente aquecido. Assim, pode-se verificar
que ambas as definies afirmam que o oxignio sempre liberado por um agente oxidante.
Apesar da grande maioria das substncias oxidantes no serem inflamveis, o simples contato
delas com produtos combustveis pode gerar um incndio, mesmo sem a presena de fontes de
ignio (HADDAD, 2003).
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J os perxidos orgnicos so agentes de alto poder oxidante, sendo que destes, a maioria
irritante para os olhos, pele, mucosas e garganta. Os produtos dessa subclasse, apresentam a
estrutura - O - O - e podem ser considerados derivados do perxido de hidrognio (H2O2), onde
um ou ambos os tomos de hidrognio foram substitudos por radicais orgnicos. Assim como os
oxidantes, os perxidos orgnicos so termicamente instveis e podem sofrer decomposio
exotrmica e auto-acelervel, criando o risco de exploso. Esses produtos so tambm sensveis a
choque e atrito (HADDAD, 2003).
Substncias Txicas
So substncias capazes de provocar a morte ou danos sade humana se ingeridas,
inaladas ou por contato com a pele, mesmo em pequenas quantidades. As vias pelas quais os
produtos qumicos podem entrar em contato com o nosso organismo so trs: inalao; absoro
cutnea; ingesto (HADDAD, 2003).
Corrosivos
So substncias que apresentam uma severa taxa de corroso ao ao. Evidentemente, tais
materiais so capazes de provocar danos tambm aos tecidos humanos. Basicamente, existem
dois principais grupos de materiais que apresentam essas propriedades, e so conhecidos por
cidos e bases (HADDAD, 2003).
cidos so substncias que em contato com a gua liberam ons H+, provocando
alteraes de pH para a faixa de 0 (zero) a 7 (sete). As bases so substncias que em contato com
a gua, liberam ons OH-, provocando alteraes de pH para a faixa de 7 (sete) a 14 (quatorze).
Como exemplo de produtos desta classe pode-se citar o cido sulfrico, cido clordrico, cido
ntrico, hidrxido de sdio e hidrxido de potssio, entre outros (HADDAD, 2003).
-
21
1.5 Equipamentos de Biossegurana no Laboratrio
Alguns laboratrios tm sistema de ventilao deficiente e dependendo da substncia
qumica empregada, o ambiente de trabalho pode estar seriamente comprometido, interferindo na
sade daqueles que ali se fazem presentes.
Um alerta se faz necessrio no sentido da segurana do trabalhador, buscando sempre as
informaes pertinentes ao tipo de trabalho executado e ao uso correto dos equipamentos de
proteo individual e coletivos atravs dos grupos de biossegurana.
1.5.1 Equipamentos de Proteo Individual (EPIs)
Os equipamentos de proteo individual tm o seu uso regulamentado pelo Ministrio
do Trabalho e Emprego, em sua Norma Regulamentadora no6 (NR no6). Esta Norma define que
equipamento de proteo individual todo dispositivo de uso individual, destinado a proteger a
sade e a integridade fsica do trabalhador. Ela preconiza que a empresa est obrigada a fornecer
aos empregados, gratuitamente, equipamento de proteo individual adequado ao risco e em
perfeito estado de conservao e funcionamento, nas seguintes circunstncias: - Sempre que as
medidas de proteo coletiva forem tecnicamente inviveis ou no oferecerem completa proteo
contra os riscos de acidentes do trabalho e/ou doenas profissionais; enquanto as medidas de
proteo coletiva estiverem sendo implantadas e para atender a situaes de emergncia.
(BRASIL, 2003a).
Algumas situaes so previstas pela NR no6, quanto s obrigaes dos empregados,
frente aos equipamentos de proteo individual: - Us-los apenas para a finalidade a que se
destina; responsabilizar-se por sua guarda e conservao; no port-los para fora da rea tcnica e
comunicar ao empregador qualquer alterao que o torne imprprio para uso. (BRASIL, 2003a).
Como o prprio nome j diz, esses equipamentos conferem proteo a cada profissional
individualmente. Para melhor entendimento, a referida proteo dada cabea, ao tronco, aos
membros superiores, aos membros inferiores, pele e ao aparelho respiratrio do indivduo.
(BRASIL, 2003a).
Sero abordados alguns dos equipamentos de proteo individual (Anexo II) mais
usados em estabelecimentos de sade, como por exemplo:
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22
Proteo cabea :
- Protetores faciais destinados proteo dos olhos e da face contra leses ocasionadas por
partculas, respingos, vapores de produtos qumicos e radiaes luminosas intensas;
- culos de segurana para trabalhos que possam causar ferimentos nos olhos, provenientes de
impacto de partculas;
- culos de segurana, contra respingos, para trabalhos que possam causar irritao nos olhos e
outras leses decorrentes da ao de lquidos agressivos;
- culos de segurana para trabalhos que possam causar irritao nos olhos, provenientes de
poeiras e
- culos de segurana para trabalhos que possam causar irritao nos olhos e outras leses
decorrentes da ao de radiaes perigosas.
Proteo para os membros superiores:
- Luvas e/ou mangas de proteo e/ou cremes protetores devem ser usados em trabalhos em
que haja perigo de leso provocada por:
a) materiais ou objetos escoriantes, abrasivos, cortantes ou perfurantes;
b) produtos qumicos corrosivos, custicos, txicos, alergnicos, oleosos, graxos,
solventes orgnicos e derivados de petrleo;
c) materiais ou objetos aquecidos;
d) choque eltrico;
e) radiaes perigosas;
f) frio;
g) agentes biolgicos.
-
23
Proteo para os membros inferiores:
a) calados impermeveis para trabalhos realizados em lugares midos, lamacentos ou
encharcados;
b) calados impermeveis e resistentes a agentes qumicos agressivos;
c) calados de proteo contra agentes biolgicos agressivos e
d) calados de proteo contra riscos de origem eltrica.
Proteo do tronco:
Aventais, capas e outras vestimentas especiais de proteo para trabalhos em que haja
perigo de leses provocadas por:
a) riscos de origem radioativa;
b) riscos de origem biolgica e
c) riscos de origem qumica.
Proteo da pele:
Cremes protetores s podero ser postos venda ou utilizados como EPI,
mediante o Certificado de Aprovao (CA) do Ministrio do Trabalho e Emprego.
Proteo respiratria:
Para exposio a agentes ambientais em concentraes prejudiciais sade do
trabalhador, de acordo com os limites estabelecidos na NR n15:
a) respiradores contra poeiras, para trabalhos que impliquem produo de poeiras;
b) respiradores e mscaras de filtro qumico para exposio a agentes qumicos
prejudiciais sade;
c) aparelhos de isolamento (autnomo ou de aduo de ar), para locais de trabalho onde
o teor de oxignio seja inferior a 18% em volume.
-
24
1.5.2. Equipamentos de Proteo Coletiva (EPCs)
Os equipamentos de proteo coletiva so dispositivos utilizados no ambiente laboral com
o objetivo de proteger os trabalhadores dos riscos inerentes aos processos. Normalmente os EPCs
envolvem facilidades para os processos industriais colaborando no aumento de produtividade e
minimizando os efeitos de perdas em funo de melhorias nos ambientes de trabalho (BRASIL,
2003b).
A melhoria das condies de trabalho dependem muito do projeto do processo, portanto
necessrio que se realize uma anlise prvia desses sistemas, para que os riscos ocupacionais
sejam identificados e as medidas de proteo convenientes sejam adotados antes da liberao do
processo (BRASIL, 2003b).
Os dispositivos de segurana em mquinas tm a finalidade principal de proteger a
integridade fsica das pessoas. Essa uma das maiores vantagens que o EPC possui frente a
outros sistemas de proteo, pois alm de proteger a coletividade, no provoca desconforto aos
trabalhadores (BRASIL, 2003b).
Os EPCs devem:
- ser do tipo adequado em relao ao risco que iro neutralizar;
- depender o menos possvel da atuao do homem para atender suas finalidades;
- ser resistentes s agressividades de impactos, corroso, desgastes, etc., a que estiverem
sujeitos;
- permitir servios e acessrios como limpeza, lubrificao e manuteno;
- no criar outros tipos de riscos, principalmente mecnicos como obstruo de passagens,
cantos vivos, etc (BRASIL, 2003b).
-
25
CAPTULO 2
MAPEAMENTO DE RISCOS
2.1 Histrico:
O mapa de risco tem sua origem no Modelo Operrio Italiano (MOI), fruto do
Movimento Sindical Italiano no final da dcada de 60. O MOI foi desenvolvido por trabalhadores
de indstrias do ramo metal-mecnico, com o objetivo de auxili-los na investigao e controle
dos ambientes de trabalho (MATOS; SIMONI, 1993).
A elaborao do mapeamento de riscos tornou-se obrigatria no Brasil atravs da
Portaria no5 de 18/08/92 do DNSST (Departamento Nacional de Segurana e Sade do
Trabalhador) do Ministrio do Trabalho (MTb), que alterou a Norma Regulamentadora (NR-9),
estabelecendo a obrigatoriedade da confeco do Mapa de Riscos Ambientais para todas as
empresas do pas que tenham CIPA (Comisso Interna de Preveno de Acidentes) (TEIXEIRA;
VALLE, 1996).
As informaes para construo de Mapa de Risco foram posteriormente transferidas
para a NR-5, que trata da CIPA (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Segundo a legislao brasileira em Segurana e Medicina do Trabalho, em particular a
NR-5, a construo do Mapa de Risco responsabilidade da CIPA, que deve desenvolver
atividades que possibilitem a participao de todos os trabalhadores da empresa, inclusive os
funcionrios de empreiteiras, de tal forma que o diagnstico das condies de trabalho e as
recomendaes para as melhorias sejam resultados do conhecimento do conjunto dos
trabalhadores (MATOS; SIMONI, 1993).
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26
2.2 Definio
Mapa de Risco uma representao grfica de um conjunto de fatores presentes nos
locais de trabalho, capazes de acarretar prejuzos sade dos trabalhadores: acidentes e doenas
de trabalho. Tais fatores tm origem nos diversos elementos do processo de trabalho (materiais,
equipamentos, instalaes, suprimentos e espaos de trabalho) e da forma de organizao do
trabalho (arranjo fsico, ritmo de trabalho, mtodo de trabalho, postura de trabalho, jornada de
trabalho, turnos de trabalho, treinamento, etc) (MATTOS, 1993)
2.3 Limitaes Quanto Aplicao do Mapa de Risco
Existem diversas crticas feitas metodologia com relao sua aplicao no Brasil, a
partir da orientao dada pela legislao em Segurana e Medicina de Trabalho (Port. 3214 de
08/06/78, NR-9-Riscos Ambientais) (MATTOS, 1993).
A Portaria 3214 de 08/06/78 do Mtb tem sido objeto de muita discusso nas empresas e
nos sindicatos patronais, sendo alegadas dificuldades no seu cumprimento por parte dos tcnicos
e das direes das empresas no que diz respeito sua construo, ou seja, quanto simbologia
empregada (uso de diferentes cores e dimenses) e definio de riscos ambientais (TEIXEIRA;
VALLE, 1996).
Talvez a grande falha dessa portaria seja a de atribuir somente a CIPA a tarefa de sua
execuo, cabendo aos trabalhadores apenas o direito de opinarem sobre a sua construo,
quando, na realidade, estes deveriam ser os reais construtores, conforme a idia original
(TEIXEIRA; VALLE, 1996).
Uma outra questo que cabe aqui tratar diz respeito ao treinamento que, de uma forma
geral, oferecido nos cursos de construo de mapas de riscos para membros de CIPA e
Profissionais de Servios Especializados. Tais cursos, na sua maioria, somente repassam
informaes diretamente ligadas s tcnicas de elaborao dos mapas, no discutindo junto aos
alunos a origem e os propsitos dessa metodologia e a necessidade de seu repasse aos
trabalhadores como forma de um maior envolvimento destes no controle das condies de
trabalho (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
-
27
Como conseqncia, as dificuldades encontradas pelos membros da CIPA na hora de
fazer o mapa so imensas, indo desde o planejamento de ao at a sua representao grfica,
sem falar nos encaminhamentos posteriores que se fazem necessrios (TEIXEIRA; VALLE,
1996).
2.4 Objetivos do Mapa de Risco:
- Identificar os riscos existentes no local de trabalho;
- Reunir as informaes necessrias para estabelecer o diagnstico da situao de segurana e
sade no trabalho da empresa;
- Possibilitar, durante a sua elaborao, a troca e divulgao de informaes entre os
trabalhadores, bem como, estimular sua participao nas atividades de preveno.
2.5 Roteiro para a Construo do Mapa de Risco
O mapa de risco pode ser feito de maneira burocratizada ou exclusivamente tcnica. O
que interessa aos trabalhadores que sua construo seja um processo pedaggico onde se
ampliem os espaos de construo da identidade desses trabalhadores e que exeram realmente o
papel de sujeitos. Portanto a participao do maior nmero de trabalhadores na construo do
mapa de risco sem delegar a terceiros essa tarefa, proporcionar a socializao do saber coletivo e
buscar solues para melhorar as condies de trabalho (RIGHOTO, 2003).
O mapa de risco construdo tendo como base a planta baixa ou esboo do local de
trabalho, e os riscos sero definidos pelos dimetros dos crculos:
Gravidade pequena dimetro 1
Gravidade mdia dimetro 2
Gravidade grande dimetro 4
Quando houver em um mesmo local riscos diferentes com a mesma gravidade, a
representao poder ser feita utilizando-se um nico crculo, dividindo-o em setores com as
cores correspondentes (TEIXEIRA; VALLE, 1996).
-
28
2.6 Metodologia para a elaborao do Mapa de Risco da Diviso de Produtos do
LACEN/CE:
Para o desenvolvimento do mapa de risco foi necessrio em primeiro plano um estudo
preliminar das atividades e do ambiente de trabalho:
- Conhecimento do processo de trabalho no local analisado: sexo, nmero de profissionais,
idade, treinamentos profissionais em segurana e sade dos trabalhadores; instrumentos e
materiais de trabalho; atividades exercidas, ambiente.
- Identificao dos riscos existentes no local trabalho;
- Identificao das medidas preventivas existentes e sua eficcia:
a) Medidas de proteo coletiva;
b) Medidas de organizao do trabalho;
c) Medidas de proteo individual;
d) Medidas de higiene e conforto: banheiros, lavatrios, vestirios, armrios, cantina.
- Identificao dos indicadores de sade: acidentes ocorridos, doenas profissionais
identificadas, queixas mais freqentes e comuns entre os trabalhadores expostos aos mesmos
riscos (ver tabela 1);
- Conhecimento dos levantamentos ambientais j realizados no local;
Elaborao do mapa de risco sobre o layout do local de trabalho, indicando atravs
de crculos:
a) O grupo a que pertence o risco, de acordo com a cor padronizada;
b) O nmero de trabalhadores expostos aos riscos,
c) A especificao do agente de risco;
d) A intensidade do risco de acordo com a percepo dos trabalhadores, os quais foram
definidos pelos dimetros dos crculos, citados anteriormente.
OBSERVAES
- Quaisquer informaes dadas pelos trabalhadores, por mais simples ou absurdas que possam
parecer, devem ser registradas na planilha para registro de ocorrncia de acidentes (Anexo
III).
-
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- A simbologia pode ser definida pelos trabalhadores, estes podem optar pelo modelo mais
simples e de maior compreenso.
- O mapa de risco de cada setor dever ser afixado em local visvel para todos que ali
trabalham ou transitam. Aps a identificao dos riscos deve-se encaminhar direo da
empresa para sugestes das medidas de controle.
- O mapa de risco dever ser trabalhado de maneira dinmica, sendo atualizado sempre que
houver modificaes no ambiente de trabalho ou no processo produtivo, que reduza, elimine
ou que acrescente riscos aos j existentes, implicando na diminuio, retirada ou colocao de
mais crculos coloridos (PIMENTA, 2003a).
2.7 Grupo de Riscos
A NR-5 classifica os riscos ambientais em cinco grupos, de acordo com a Tabela 2:
Grupo 1 - Riscos Fsicos
So representados pelo ambiente de trabalho tais como, iluminao, vibrao, radiao,
rudo, frio, calor, que de acordo com as caractersticas do posto de trabalho podem causar danos
sade. representado pela cor Verde.
Grupo 2 - Riscos Qumicos
So inmeras substncias qumicas, presentes no ambiente de trabalho, sob a forma de
poeira, gs, vapor, fumos, nvoa e lquidos. representado pela cor Vermelha.
Grupo 3 - Riscos Biolgicos
So os microorganismos presentes no ambiente de trabalho que podem trazer doenas de
natureza moderada e, mesmo, grave. Estes seres vivos que, dependendo de suas caractersticas,
podem provocar infeces ou outras leses, so: vrus, bactrias, fungos, bacilos, parasitas,
-
30
helmintos, e outros. Eles se apresentam invisveis a olho nu , sendo visveis somente ao
microscpio. representado pela cor Marrom.
Grupo 4 - Riscos Ergonmicos
a forma em que se processa a relao do homem com o trabalho, segundo suas
qualidades fsicas, mentais e sociais. Estariam a relacionados o trabalho fsico pesado, os
movimentos repetitivos, jornada prolongada, postura incorreta, tenses emocionais, monotonia,
exigncia de uma maior ateno, responsabilidade e concentrao, jornadas longas de trabalho,
treinamento inadequado ou inexistente, conflitos, etc. representado pela cor Amarela.
Grupo 5 - Riscos de Acidentes
So aqueles presentes no ambiente de trabalho capazes de provocar danos pessoais e/ou
materiais por meio de operao inadequada, como: arranjo fsico inadequado, mquinas e
equipamentos sem proteo, iluminao inadequada, eletricidade, animais peonhentos,
probabilidade de incndio ou exploso, etc. representada pela cor Azul.
-
31
TABELA 1 - GRUPO DE RISCO X FONTES X SINTOMAS X DOENAS/
TRABALHO/ACIDENTES
Sintetiza o quadro das condies de trabalho do processo de produo estudado. O seu
preenchimento foi feito com o auxlio dos trabalhadores de cada setor.
GRUPO DE RISCO FONTES SINTOMAS DOENAS DE TRABALHO/ACIDENTES
RISCO QUMICO: Produtos qumicos, Gases e vapores, Amostras qumicas, como os saneantes
Reagentes qumicos Irritao nos olhos Queimaduras dores de cabea
Hepatite qumica
RISCO FSICO: Calor, Rudo, Vibrao e Radiao
Capela de exausto Estufas e Forno Mufla Cabine de Segurana Biolgica Ultrasom
Irritao na audio Queimaduras
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RISCO BIOLGICO: Bactrias, Fungos, Parasitas e Protozorios.
Cepas, placa de petri amostras que podem estar contaminadas microbiologicamente
Infeces dos olhos -
RISCO ERGONMICO: Postura inadequada, Excesso de ateno e responsabilidade, Tenses emocionais, stress.
Bancadas, Manuseio de equipamentos, posio de trabalho, necessidade de maior responsabilidade e ateno
Dores musculares e lombares
LER (Leso do Esforo Repetitivo); Tendinite; Bucite
RISCO DE ACIDENTE: Queda e/ou quebra de vidrarias e reagentes qumicos, Queimaduras, Probabilidade de incndio ou exploso, cortes com materiais prfurocortantes.
Bico de Bunsen, chapas aquecedoras, estufas forno mufla vidrarias materiais perfurocortantes
Queimaduras leves, Cortes leves
-
Baseada no modelo de TEIXEIRA; VALLE, 1996
-
32
TABELA 2 TIPOS DE RISCOS AMBIENTAIS
Grupo 1 Grupo 2 Grupo 3 Grupo 4 Grupo 5
Riscos Fsicos Riscos
Qumicos
Riscos
Biolgicos
Riscos
Ergonmicos
Riscos de
Acidentes
Rudo Poeiras Vrus Esforo Fsico Intenso Arranjo fsico
inadequado
Vibraes Fumos Bactrias Levantamento e transporte
manual de peso
Mquinas e
equipamentos sem
proteo.
Radiaes Ionizantes e
no Ionizantes
Nvoas Protozorios Exigncia de postura
inadequada
Ferramentas
inadequadas ou
defeituosas
Frio
Calor
Neblina Fungos Controle rgido de
produtividade
Iluminao
inadequada
Eletricidade
Presses Anormais Gases e Vapores Parasitas Imposio de Ritmos
excessivos . Trabalho em
turnos diurnos e noturnos
Probabilidade de
incndio ou
exploso.
Armazenamento
inadequado
Umidade Substncias,
compostos ou produtos
qumicos em geral
Bacilos Jornadas de trabalho
prolongadas. Monotonia e
repetitividade
Animais
peonhentos
Outras situaes
causadoras de stress fsico
e/ou psquico
Outras situaes de
risco que podero
contribuir para a
ocorrncia de
acidentes.
Fonte: NR-5 da Port. 3.214/78/MTb.
-
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CAPTULO 3
LEVANTAMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS POR SETORES DA DIVISO DE
PRODUTOS DO LACEN/CE
A Diviso de Produtos do LACEN/CE presta servios especializados e diferenciados de
importncia no controle de qualidade de alimentos, guas, medicamentos, saneantes, embalagens,
cosmticos, anlises toxicolgicas (micotoxina, pesticidas). Alm disso, desenvolve pesquisa
tcnico-cientfica nos segmentos onde atua. Trabalha com programas nacionais e estaduais, com
apoio da Vigilncia Sanitria e ANVISA/MS, onde so tomadas as decises referentes aos
produtos analisados. As amostras so recebidas, triadas e protocoladas no sistema de informtica
SGA e enviadas aos devidos laboratrios para anlise.
A seguir so apresentados os setores da Diviso de Produtos do LACEN/CE:
v Chefia - quem coordena, programa, supervisiona e avalia as atividades realizadas nos
setores. Assessora os ncleos de Vigilncia Sanitria e Epiedemiolgica e as Microrregies
de Sade na promoo das aes de Vigilncia em sade no que lhe compete. Identifica e
documenta problemas da qualidade para se tomar aes corretivas que previnam a ocorrncia
de no conformidades na realizao dos exames. Participa de Encontros e Reunies,
objetivando maior engajamento e participao das atividades de Sade nvel Nacional.
Promove reunies com os funcionrios objetivando a eficincia e a eficcia dos servios
realizados pela Unidade, e outras atividades pertinentes chefia.
v Sala de Amostras onde as amostras so recebidas com o termo de coleta contendo uma
clara descrio da causa da coleta e as aes de Vigilncia Sanitria que havero de ser
executadas como conseqncia do resultado analtico que ser obtido. Posteriormente as
amostras so triadas, protocoladas no sistema de informtica e enviadas aos devidos
laboratrios para anlise, e os resultados analticos encaminhados para os solicitantes
(Vigilncia Sanitria Federal, Estadual, Municipal, DECOM e Ordem Judicial).
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34
v Laboratrio de Anlises Fsico-Qumica Avalia os seguintes produtos:
Medicamentos
gua
Alimentos
Saneantes
Cosmticos
Embalagens
v Laboratrio de Microbiologia Analisa os seguintes produtos:
Medicamentos
Alimentos
Saneantes
Cosmticos
Embalagens
gua
v Laboratrio de Microscopia Analisa os seguintes produtos:
gua
Alimentos
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35
3.1 Medidas adotadas para Reduo dos Riscos Ambientais nos Setores da Diviso de
Produtos do LACEN/CE.
Medidas de aspecto global adotadas tanto pelos funcionrios como pelos
administradores do LACEN/CE com a finalidade de combater ao mximo os riscos presentes no
laboratrio.
- Uso dos EPIs e EPCs dentro do laboratrio; o uso dos jalecos restrito ao laboratrio de
anlise, uso de sapatos fechados;
- Em atividades com manuseio de computadores, realizada uma pausa de 10 minutos a cada
50 minutos trabalhados;
- Organizao adequada do almoxarifado, separando por categoria os reagentes qumicos que
sero manipulados para evitar reaes e acidentes;
- Instalao, junto porta, de pias para lavagem das mos e lava-olhos em todos os setores;
- Cuidado especial na limpeza do laboratrio;
- Manuteno dos extintores quanto ao seu prazo de validade e os locais onde esto
posicionados, bem como, a sinalizao dos mesmos;
- Acompanhamento mdico e a vacinao preventiva dos funcionrios;
- Cuidados especiais na manipulao com perfurocortantes;
- Cuidados com descarte de materiais (qumicos, biolgicos e perfurocortantes) e no manuseio
das vidrarias durante as lavagens e atividade exercidas com as mesmas.
- Utilizao de dispositivos de pipetagem mecnicos;
- Lavagem das mos antes de iniciar o trabalho e aps a manipulao de agentes qumicos e
material infeccioso, mesmo que tenha usado luvas de proteo, bem como antes de deixar o
laboratrio;
- Guarda dos objetos pessoais em armrios que o laboratrio disponibiliza para os funcionrios;
- Disponibilizao de carrinhos adequados para o transporte de amostras e/ou
produtos/materiais pesados.
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36
3.2 Levantamento dos Riscos Ambientais:
Ser apresentado a seguir o levantamento dos riscos ambientais dos setores da Diviso
de Produtos do LACEN/CE o qual foi essencial para a construo do seu Mapa de Risco, que se
encontra no Anexo IV deste trabalho. Os dados foram obtidos atravs de entrevistas realizadas
com os profissionais de cada setor do laboratrio e de observaes feitas no prprio local, onde
foram levantadas as rotinas de trabalho.
As operaes so realizadas no local, cujo arranjo fsico apresentado no Anexo IV.
Algumas operaes envolvem a manipulao de materiais que apresentam riscos
significativos de acidentes e de doenas para os trabalhadores destes setores. As atividades so
basicamente realizadas em bancadas, na postura em p, com o auxlio de equipamentos com
funes definidas.
Os resultados deste levantamento encontram-se sintetizados a seguir:
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SALA DE AMOSTRAS
rea: 49,68m2
Ocupao: 04 funcionrios
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 25C
Riscos observados:
Ergonmicos (grande) Monotonia, repetitividade e levantamento manual de peso, postura
inadequada de trabalho, excesso de concentrao e responsabilidade.
Descrio dos riscos: Por se tratar de um ambiente onde os funcionrios lidam muito
tempo com computadores, os trabalhos so repetitivos e a maioria das funes caracteriza
monotonia e grande concentrao nas tarefas realizadas, como enumerao das amostras,
arquivamento de laudos. Postura inadequada de trabalho ocorre durante o recebimento de
amostras consideradas pesadas, como tambm, durante a digitao dos laudos.
Biolgico (pequeno) Bactrias, vrus, parasita, fungos.
Descrio dos riscos: Manipulao de amostras que podem estar contaminadas.
Fsico (pequeno) Radiao
Descrio dos riscos: Cabine de segurana biolgica contendo luz de radiao
ultravioleta.
Qumico (pequeno) amostras de saneantes.
Descrio dos riscos: Recebimento e/ou manuseio de amostras qumicas, como:
pesticidas e saneantes.
Medidas de combate aos riscos:
Biolgico: Uso de EPIs e EPCs adequados e acompanhamento mdico dos funcionrios.
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Qumico: Uso de EPIs e EPCs adequados durante o recebimento e/ou manuseio de amostras de
saneantes.
Ergonmicos: Fazer alongamento para no comprometer a coluna. Realizar as anlises com
bastante ateno e evitar sempre aborrecimento e stress. Quando possvel descansar 10 minutos a
cada 50 minutos de trabalho no computador. Treinamento dos funcionrios quanto ao
levantamento correto de peso e utilizao dos carrinhos disponveis no transporte das amostras.
Fsicos: Acionar a luz ultravioleta da Cabine Biolgica 15 minutos antes e depois das atividades,
sem que haja a presena de funcionrios no ambiente enquanto este procedimento estiver sendo
realizado.
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LABORATRIO FSICO-QUMICO DE ALIMENTOS
rea: 37,92m2
Ocupao: 08 funcionrios
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 25C
Riscos observados:
Biolgico (mdio): Bactrias, fungos, parasitas e protozorios.
Descrio dos riscos: Manipulao de amostras que podem estar contaminadas.
Qumico (grande) Gases, vapores, produtos qumicos em geral
Descrio dos riscos: Manipulao direta de substncias qumicas, havendo assim risco
de contato com a pele ou inalao, mesmo que estas atividades sejam realizadas em capela de
exausto qumica.
Risco de acidente (grande) Probabilidade de incndio ou exploso, quebra de vidrarias e/ou
frascos contendo solues qumicas, derramamento de reagentes, materiais perfurocortantes,
queimaduras.
Descrio do risco: presena de tubulaes de gs, chapas aquecedoras, banho-maria e
Bico de Bunsen que podem ocasionar queimaduras. Lavagem de vidrarias de forma manual
havendo risco de quebras e conseqentes cortes. Quebra e derramamento de produtos qumicos.
Ergonmicos (mdio) Repetitividade, postura inadequada, tenses emocionais, excesso de
ateno e concentrao.
Descrio dos riscos: Por se tratar de um setor com atividades rotineiras, isto acarreta
risco de repetitividade. Algumas atividades ocasionam postura inadequada (trabalho na bancada
realizando titulaes, distribuio das amostras nas vidrarias, uso excessivo de computadores).
Algumas anlises exigem uma maior ateno e concentrao dos tcnicos.
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Fsicos (pequeno) Rudos e vibraes.
Descrio dos riscos: Os riscos so decorrentes do uso da capela de exausto, sendo esta
responsvel pela vibrao e rudo.
Acidentes j ocorridos no ambiente:
Quebra de vidrarias e frascos de reagentes, inalao de substncias qumicas,
queimaduras leves.
Medidas de combate aos riscos:
Biolgico: Uso de EPIs e EPCs adequados e acompanhamento mdico dos funcionrios.
Qumico: Uso de EPIs e EPCs adequados quando no ato de manipulao de reagentes qumicos.
Risco de acidentes: Cuidados especiais com a manipulao das vidrarias e perfurocortantes.
Presena de extintores de incndios. As instalaes de gs devem ser periodicamente vistoriadas
de forma a prevenir vazamentos. No ato do uso do gs deve haver no ambiente um funcionrio de
alerta de maneira que a sala no fique vazia. Cuidados ao trabalhar com anlises feitas em fogo
ou chapa aquecedora, usar sempre garras para manusear materiais quentes.
Ergonmicos: Em situaes como, anlises demoradas, titulaes, operaes com equipamentos,
digitao, a postura dos tcnicos um tanto comprometida. Procurar sempre fazer alongamento
para evitar a Leso do Esforo Repetitivo (LER). Realizar as anlises com bastante ateno e
evitar sempre aborrecimento. Quando possvel descansar 10 minutos a cada 50 minutos de
trabalho no computador.
Fsicos: Periodicamente realizar a verificao da performance da capela e a manuteno corretiva
das mesmas, como tambm, verificar a quantidade de rudo produzido.
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LABORATRIO DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS
rea: 53,10m2
Ocupao: 04 funcionrios
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 25C
Riscos observados:
Biolgico (grande): Bactrias, fungos, parasitas e protozorios.
Descrio dos riscos: So realizadas culturas de bactrias em Cabines de Segurana
consideradas adequadas quanto ao Nvel Biolgico. Manipulao de amostras que podem estar
potencialmente contaminadas por estes agentes.
Qumico (pequeno) Gases, vapores e produtos qumicos em geral.
Descrio dos riscos: Manipulao de substncias qumicas, havendo risco de contato
com a pele ou inalao.
Risco de acidente (mdio) Probabilidade de incndio ou exploso, cortes com materiais
perfurocortantes, quebra de vidrarias, queimaduras.
Descrio do risco: utilizao de gs em certas atividades do laboratrio (manuseio do
Bico de Bunsen). Utilizao de agulhas, bisturis que podem ocasionar cortes se no forem
manuseados com cuidado.
Ergonmicos (mdio) Postura inadequada, excesso de ateno e concentrao, tenses
emocionais.
Descrio dos riscos: Algumas anlises exigem dos tcnicos uma maior ateno e
concentrao. Trabalho na bancada com auxlio de equipamentos e vidrarias podem ocasionar
postura inadequada e LER.
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42
Fsicos (mdio) Radiao.
Descrio dos riscos: Cabine de segurana biolgica contendo luz de radiao
ultravioleta.
Acidentes j ocorridos no ambiente:
Quebra de vidrarias e frascos de reagentes, inalao de substncias qumicas,
queimaduras leves.
Medidas de combate aos riscos:
Biolgico: Uso de EPIs e EPCs adequados e acompanhamento mdico dos funcionrios.
Qumico: Uso de EPIs e EPCs adequados quando no ato de manipulao com reagentes
qumicos.
Risco de acidentes: Cuidados especiais com a manipulao das vidrarias, perfurocortantes, e
materiais quentes (uso de garras). Presena de extintores de incndios. As instalaes de gs
devem ser periodicamente vistoriadas de forma a prevenir vazamentos. No ato do uso do gs
deve haver no ambiente um funcionrio de alerta de maneira que a sala no fique vazia.
Ergonmicos: Procurar sempre fazer alongamento para no comprometer a coluna. Realizar as
anlises com bastante ateno e evitar sempre aborrecimentos.
Fsicos: Acionar a luz ultravioleta da Cabine Biolgica por 15 minutos, antes e depois das
atividades, sem que haja a presena de funcionrios no ambiente enquanto este procedimento
estiver sendo realizado.
-
43
LABORATRIO DE MICROSCOPIA DE ALIMENTOS
rea: 17,10m2
Ocupao: 04 funcionrios
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 23C
Riscos observados:
Biolgico (mdio): Bactrias, fungos, parasitas e protozorios.
Descrio dos riscos: So realizadas manipulaes de amostras de alimentos que podem
estar contaminados por larvas, insetos e/ou fungos.
Qumico (pequeno) Gases, vapores e produtos qumicos em geral
Descrio dos riscos: Manipulao de substncias qumicas, havendo risco de contato
com a pele ou inalao.
Risco de acidente (mdio) Probabilidade de incndio ou exploso, cortes com materiais
perfurocortantes, quebra de vidrarias e queimaduras.
Descrio do risco: utilizao de gs e/ou chapa aquecedora em algumas determinaes.
Utilizao de agulhas, bisturis, que podem ocasionar cortes caso no sejam manuseados com
cuidado.
Ergonmicos (mdio) Excesso de ateno e concentrao, tenses emocionais, postura
inadequada.
Descrio dos riscos: Por se tratar de anlise fiscal exigido dos tcnicos uma maior
ateno e concentrao. O trabalho na bancada com auxlio de equipamentos e vidrarias que
podem ocasionar postura inadequada.
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44
Fsicos (pequeno) Radiao.
Descrio dos riscos: Cabine de segurana biolgica contendo luz de radiao
ultravioleta.
Acidentes j ocorridos no ambiente:
Dores de cabea por conta de reagentes e/ou uso de microscpio, queimaduras leves na chapa
aquecedora.
Medidas de combate aos riscos:
Biolgico: Uso de EPIs e EPCs adequados, deve ser feito acompanhamento mdico dos
funcionrios, alm de exames peridicos de precauo.
Qumico: Uso de EPIs adequados quando no ato de manipulao de substncias qumicas.
Risco de acidentes: Cuidados especiais com a manipulao das vidrarias, perfurocortantes e
materiais quentes. As instalaes de gs devem ser periodicamente vistoriadas de forma a
prevenir vazamentos. No ato do uso do gs deve haver no ambiente um funcionrio de alerta de
maneira que a sala no fique vazia.
Ergonmicos: Fazer sempre alongamento para evitar a LER. Realizar as anlises com bastante
ateno e evitar sempre aborrecimento e stress.
Fsicos: Acionar a luz ultravioleta da Cabine Biolgica por 15 minutos, antes e depois das
atividades, sem que haja a presena de funcionrios no ambiente enquanto este procedimento
estiver sendo realizado.
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45
LABORATRIO QUMICO DE MEDICAMENTOS
rea: 28,20m2
Ocupao: 05 funcionrios
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 23C
Riscos observados:
Qumico (grande) Gases, vapores, produtos qumicos em geral
Descrio dos riscos: Manipulao de substncias qumicas, havendo risco de contato
com a pele ou inalao, mesmo estando protegido pela capela de exausto (seu bom
funcionamento evita o escapamento dos vapores/gases txicos para o ambiente de trabalho).
Risco de acidente (grande) Probabilidade de incndio ou exploso, quebra de vidrarias e/ou
frascos contendo solues qumicas, derramamento de reagentes qumicos, queimaduras.
Descrio do risco: presena de equipamentos que trabalham a altas presses, de Bico de
Bunsen e de tubulaes de gs no laboratrio que podem gerar acidentes com fogo ou mesmo
exploses. Lavagem de vidrarias de forma manual, havendo risco de quebras e conseqentes
cortes.
Ergonmicos (mdio) Postura inadequada, excesso de ateno e concentrao, tenses
emocionais, stress.
Descrio dos riscos: Algumas anlises exigem dos tcnicos uma maior ateno e
concentrao. As tarefas so realizadas em grande parte no computador acarretando tenses e
stress. Em situaes como, anlises demoradas, titulaes, operao de equipamentos, digitao,
a postura dos tcnicos um tanto comprometida.
Fsicos (pequeno) Rudos e vibraes.
Descrio dos riscos: Os riscos so decorrentes do uso da capela de exausto, do
aparelho de ultrasom e centrfuga.
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46
Acidentes j ocorridos no ambiente:
Quebra de vidrarias e frascos de reagentes, inalao de substncias qumicas,
queimaduras leves com cido e fogo.
Medidas de combate aos riscos:
Qumico: Uso de EPIs e EPCs adequados e cuidados durante a manipulao de reagentes
qumicos.
Risco de acidentes: Cuidados especiais com a manipulao das vidrarias, perfurocortantes e
materiais quentes (uso de garras). As instalaes de gs devem ser periodicamente vistoriadas de
forma a prevenir vazamentos. No ato do uso do gs deve haver no ambiente um funcionrio de
alerta de maneira que a sala no fique vazia.
Ergonmicos: Quando possvel descansar 10 minutos a cada 50 minutos de trabalho ao
computador. Procurar sempre fazer alongamento para evitar a LER. Realizar as anlises com
bastante ateno e evitar sempre aborrecimento e stress.
Fsicos: Periodicamente realizar a verificao da performance da capela e a manuteno corretiva
das mesmas, como tambm, verificar a quantidade de rudo produzido.
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47
LABORATRIO DE MICROBIOLOGIA DE MEDICAMENTOS
rea: 15,53m2
Ocupao: 05 funcionrios
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 23C
Riscos observados:
Biolgico (grande): Bactrias, fungos, protozorios e parasitas.
Descrio dos riscos: So realizadas culturas de bactrias existindo a manipulao
direta de agentes biolgicos.
Qumico (pequeno) produtos qumicos em geral
Descrio dos riscos: Manipulao de substncias qumicas, havendo risco de contato
com a pele ou inalao das mesmas.
Risco de acidente (mdio) Probabilidade de incndio ou exploso, cortes com materiais
perfurocortantes, queimaduras.
Descrio do risco: utilizao de tubulaes de gs e Bico de Bunsen que podem
ocasionar queimaduras. Lavagem de vidrarias, de forma manual, havendo risco de quebras.
Utilizao de agulhas, bisturi, que podem ocasionar cortes caso no sejam manuseados com
cuidado.
Ergonmicos (mdio) Postura inadequada, excesso de ateno e concentrao, tenses
emocionais.
Descrio dos riscos: Algumas anlises exigem dos tcnicos uma maior ateno e
concentrao. Trabalho na bancada com auxlio de equipamentos e vidrarias, uso de
computadores podendo ocasionar postura inadequada.
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Fsicos (mdio) Radiao.
Descrio dos riscos: Cabine de segurana biolgica contendo luz de radiao
ultravioleta.
Medidas de combate aos riscos:
Biolgico: Uso de EPIs e EPCs adequados e acompanhamento mdico dos funcionrios.
Qumico: Uso de EPIs e EPCs adequados durante a manipulao de reagentes qumicos.
Risco de acidentes: Cuidados especiais com a manipulao das vidrarias, perfurocortantes e
materiais quentes (uso de garras). Presena de extintores de incndio. As instalaes de gs
devem ser periodicamente vistoriadas de forma a prevenir vazamentos. No ato do uso do gs
deve haver no ambiente um funcionrio de alerta de maneira que a sala no fique vazia.
Ergonmicos: Procurar sempre fazer alongamento para evitar a LER. Realizar as anlises com
bastante ateno e evitar sempre aborrecimento e stress.
Fsicos: Acionar a luz ultravioleta da Cabine Biolgica por 15 minutos, antes e depois das
atividades, sem que haja a presena de funcionrios no ambiente enquanto este procedimento
estiver sendo realizado.
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49
ALMOXARIFADO
rea: 17,10m2
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 23C
Riscos observados:
Qumico (grande) Estoque de produtos qumicos em geral.
Descrio dos riscos: No ambiente estocado um grande nmero de produtos qumicos
usados nos laboratrios podendo haver volatilizao de solventes, incompatibilidade de reagentes
causando exploses, ver lista de incompatibilidade de alguns reagentes (Anexo V) e Lista de
produtos perigosos (Anexo VI).
Risco de acidente (grande) Probabilidade de incndio ou exploso, queda de objetos.
Descrio do risco: Grande nmero de inflamveis havendo risco de exploso.
Medidas de combate aos riscos:
Qumicos: Treinamento dos profissionais com relao s incompatibilidades entre os produtos
qumicos. Organizao dos reagentes do almoxarifado por categorias (cidos com cidos, bases
com bases,etc.) para evitar reaes entre os mesmos.
Risco de acidentes: Cuidados especiais ao retirar os reagentes da estante e no transporte dos
mesmos. Presena de extintores de incndio.
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50
SALA DAS ESTUFAS
rea: 19,20 m2
Ventilao: Artificial
Temperatura: 18 a 23C
Riscos observados:
Risco de acidente (grande) queda de objetos, queimaduras.
Descrio do risco: Manuseio de objetos quentes.
Biolgico (mdio) queda de material potencialmente contaminado.
Descrio do risco: Manuseio de material contaminado.
Fsicos (grande) Calor.
Descrio dos riscos: Os riscos so devido ao grande nmero de estufas e forno mufla
no ambiente emanando grande quantidade de calor.
Medidas de combate aos riscos:
Risco de acidentes e Fsico: Ao retirar ou colocar qualquer objeto na estufa ou forno mufla
deve-se usar luvas de amianto e/ou garras apropriadas devido ao calor.
Biolgico: Cuidado ao retirar/colocar qualquer amostra nas estufas.
Acidentes j ocorridos no ambiente:
Queimaduras leves, quebra de vidrarias, derramamento de amostras nas estufas e/ou
forno mufla devido ao calor.
-
51
CONCLUSO
Os profissionais de laboratrio esto expostos a vrios riscos, devido s tcnicas onde
so utilizados reagentes qumicos, ao material biolgico suspeito de contaminao, aos
equipamentos, aos materiais perfurocortantes, etc. A exposio minimizada medida em que
forem adotadas a conteno primria e secundria ou seja medida que forem adotadas as boas
prticas laboratoriais, os equipamentos de proteo individual e coletiva e implantadas
instalaes adequadas a cada nvel de biossegurana envolvido e a capacitao dos tcnicos.
Desta forma, a avaliao dos riscos foi fundamental para a definio de critrios e de aes que
visem minimizar os mesmos, os quais comprometem a sade do trabalhador e a qualidade dos
trabalhos desenvolvidos.
Aps estudo de campo nos setores da Diviso de Produtos do LACEN/CE conclumos
que esta diviso est avanando rapidamente no que se refere a adoo das normas de
Biossegurana, pois, todos os setores j dispem de equipamentos de proteo individual, tais
como: culos, mscaras, luvas; equipamentos de proteo coletiva como: capelas de exausto,
cabines de segurana biolgica, chuveiros de emergncia, pias e lava-olhos, extintores de
incndio. A direo do LACEN/CE est comprometida com todo o processo, e d todo o apoio
necessrio alm de ser realizada a capacitao de todos os seus funcionrios .
Observaes posteriores iro nos dizer mais tarde se as medidas aqui tomadas para
reduo dos riscos foram eficazes.
-
52
REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
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08/06/78. Disponvel em:
.
Acesso em: 1 jul. 2003a.
BRASIL. Ministrio do Trabalho. Norma Regulamentadora 06 da Portaria N 3214 de
08/06/78. Disponvel em:
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Acesso em: 1 jul. 2003b.
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1999.
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ROZENFELD,S. Fundamentos da Vigilncia Sanitria. Rio de Janeiro: Ed. FIOCRUZ, 2000, pg
15.
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FREITAS, C. M. Percepo de riscos. Manual de Biossegurana on line, Mdulo 1. Rio de
Janeiro: FIOCRUZ, 2001. p. 1-14.
HADDAD, E. Perigos associados s classes de risco qumico. Disponvel em:
. Acesso em: 1 maio 2003.
-
53
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SBAN, 2003, pg. 26-27.
MACHADO, J. H. M. Alternativa e processos de vigilncia em sade do trabalhador: a
heterogeneidade da interveno. Tese (Doutorado) Escola Nacional de Sade Pblica,
Ensp/Fiocruz, Rio de Janeiro, 1996.
MATTOS, U.A.O. Mapa de riscos: o controle da sade dos trabalhadores. Rio de Janeiro:
Cesteh/Fiocruz Coppe/UFRJ, 1993.
MATTOS, U. A O.; SIMONI, M. Roteiro para construo do mapa de risco. Rio de Janeiro:
Cesteh/Fiocruz Coppe/UFRJ, 1993. 17 p.
ODA, L. et al. Biossegurana em laboratrios de sade pblica. Braslia: Ministrio da Sade,
1998.
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laboratrio de sade pblica Lacen. Mais de um sculo de histria. Curitiba, 2000.
PESSOA, M. C. T. R. Inflamveis: projeto de depsito sob a tica da biossegurana. In:
SEMINRIO NACIONAL SADE E AMBIENTE NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO, 1., 2000, Rio de Janeiro. Anais... p. 182.
PIMENTA, P. R. Mapeamento de riscos Os trabalhadores em busca de melhores
condies de trabalho. Disponvel em: . Acesso em: 15
maio 2003a.
______. Segurana nos laboratrios. Disponvel em: .
Acesso em: 15 maio 2003b.
-
54
PORTO, M. F. S. Trabalho industrial, sade e ecologia: avaliao qualitativa de riscos
industriais, com dois estudos de caso na indstria qumica. Dissertao (Doutorado)
Universidade Federal do Rio de Janeiro, 1994.
RIGHOTO, R. M. Mapa de risco: instrumento de conscientizao dos trabalhadores para
transformao dos ambientes e condies de trabalho. Disponvel em: . Acesso em: 15 maio 2003.
ROCHA, S. S.; SANTOS, C. M. D. G. Avaliao de riscos das atividades do Laboratrio
Central de Sade Pblica. In: SEMINRIO NACIONAL SADE E AMBIENTE NO
PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO, 1., 2000, Rio de Janeiro. Anais... Documentos de
Referncia, p. 183.
TEIXEIRA, P.; VALLE, S. Biossegurana: uma abordagem multidissiplinar. Rio de Janeiro:
FIOCRUZ, 1996. p. 111-121.
UCHA, E. et al. A sade dos trabalhadores, os acidentes e os equipamentos de proteo
individual. In: SEMINRIO NACIONAL SADE E AMBIENTE NO PROCESSO DE
DESENVOLVIMENTO, 1., 2000, Rio de Janeiro. Anais... Documentos de Referncia, p. 21.
-
55
ANEXOS
-
56
ANEXO I
SINAIS DE SEGURANA SIMBLICOS
1. Aviso Geral de Perigo
2. Cuidado Risco de Incndio
3. Cuidado Risco de Exploso
4. Cuidado Corrosivo
5. Cuidado Substncia Venenosa
6. Cuidado Radiao Ionizante
7. Cuidado Risco de Choque Eltrico
8. Cuidado Metano
9. Cuidado Risco Biolgico
10. Cuidado Laser
ANEXO II
EQUIPAMENTOS DE PROTEO INDIVIDUAL
1 2 3 4 5 6
7 8
9 10
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57
1. Obrigatrio o Uso de culos de Segurana
2. Obrigatrio o Uso de Proteo Respiratria
3. Obrigatrio o Uso de Luvas
4. Obrigatrio o Uso de Calados de Proteo Contra Lquidos
5. Obrigatrio o Uso de exausto
6. Obrigatrio o Uso de Avental
7. Obrigatrio o Uso de Proteo Facial
8. Obrigatrio o Uso de Insulflamento de Ar
9. Obrigatrio o Uso de Mscara
6
1 2 3 4
5
7 8 9
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58
ANEXO III
PLANILHA PARA REGISTRO DE OCORRNCIA DE
ACIDENTES
LABORATRIO CENTRAL DE SADE PBLICA SECRETARIA DE SADE DO ESTADO DO CEAR
AV. BARO DE STUDART, 2405, ALDEOTA CEP 60.120.002 FONE: (085) 433 - 9133 FAX: (085) 433 - 9144
FORTALEZA CEAR DIVISO DE PRODUTOS DO LACEN/CE
SETOR:______________________________
MS:_______________ ANO:___________
DIA OCORRNCIA TIPO DE RISCO INTENSIDADE FUNCIONRIO
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59
ANEXO IV
MAPAS DE RISCOS
MAPA DE RISCO DO SETOR DE SALA DE AMOSTRAS DA DIVISO DE PRODUTOS
DO LACEN/CE
RISCOS BIOLGICOS (PEQUENO): AMOSTRAS QUE PODEM ESTAR POTENCIALMENTE CONTAMINADAS POR AGENTES BIOLGICOS.
RISCOS ERGONMICOS (GRANDE): POSTURA INADEQUADA, EXCESSO DE ATENO E CONCENTRAO, REPETITIVIDADE, TENSES EMOCIONAIS.
RISCOS FSICOS (PEQUENO): RADIAO.
RISCOS QUMICOS (PEQUENO): AMOSTRAS DE PESTICIDAS E SANEANTES.
-
60
MAPA DE RISCO DO SETOR FSICO-QUMICO DE ALIMENTOS DA DIVISO DE
PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCOS QUMICOS (GRANDE): GASES, VAPORES E PRODUTOS QUMICOS EM GERAL.
RISCOS BIOLGICOS (MDIO): VRUS, BACTRIAS, PARASITAS E PROTOZORIOS.
RISCOS DE ACIDENTES (GRANDE): INCNDIO OU EXPLOSO, QUEBRA DE VIDRARIAS E/OU REAGENTES QUMICOS, DERRAMAMENTO DE REAGENTES, QUEIMADURAS.
RISCOS ERGONMICOS (MDIO): POSTURA INADEQUADA, EXCESSO DE ATENO E CONCENTRAO, REPETITIVIDADE, TENSES EMOCIONAIS.
RISCOS FSICOS (PEQUENO): RUDOS E VIBRAES.
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61
MAPA DE RISCO DO SETOR DE MICROBIOLOGIA DE ALIMENTOS DA DIVISO DE
PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCO QUMICO (PEQUENO): GASES, VAPORES E PRODUTOS QUMICOS EM GERAL.
RISCOS BIOLGICOS (GRANDE): BACTRIAS, PARASITAS, PROTOZORIOS E
FUNGOS. ( AMOSTRAS QUE PODEM ESTAR CONTAMINADAS POR ESTES AGENTES).
RISCOS DE ACIDENTES (MDIO): INCNDIO OU EXPLOSO, QUEBRA DE VIDRARIAS, MATERIAIS PERFUROCORTANTES, QUEIMADURAS.
RISCOS ERGONMICOS (MDIO): POSTURA INADEQUADA, EXCESSO DE
ATENO E CONCENTRAO, REPETITIVIDADE, TENSES EMOCIONAIS. RISCOS FSICOS (MDIO): RADIAO.
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62
MAPA DE RISCO DO SETOR DE MICROSCOPIA DE ALIMENTOS DA DIVISO DE
PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCO QUMICO (PEQUENO): GASES, VAPORES E PRODUTOS QUMICOS EM GERAL.
RISCOS BIOLGICOS (MDIO): BACTRIAS, FUNGOS, PARASITAS E PROTOZORIOS.
RISCOS DE ACIDENTES (MDIO): INCNDIO OU EXPLOSO, QUEBRA DE VIDRARIAS, MATERIAIS PERFUROCORTANTES, QUEIMADURAS.
RISCOS ERGONMICOS (MDIO): POSTURA INADEQUADA, EXCESSO DE
ATENO E CONCENTRAO, TENSO EMOCIONAL.
RISCOS FSICOS (MDIO): RADIAO.
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63
MAPA DE RISCO DO SETOR QUMICO DE MEDICAMENTOS DA DIVISO DE
PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCO QUMICO (GRANDE): GASES, VAPORES E PRODUTOS QUMICOS EM GERAL.
RISCOS DE ACIDENTES (GRANDE): PROBABILIDADE DE INCNDIO OU EXPLOSO, QUEBRA DE VIDRARIAS E/OU REAGENTES QUMICOS, DERRAMAMENTO DE REAGENTES, MATERIAIS PERFUROCORTANTES, QUEIMADURAS.
RISCOS ERGONMICOS (MDIO): POSTURA INADEQUADA, EXCESSO DE ATENO E CONCENTRAO, REPETITIVIDADE, TENSES EMOCIONAIS.
RISCOS FSICOS (PEQUENO): RUIDOS E VIBRAES.
-
64
MAPA DE RISCO DO ALMOXARIFADO DA DIVISO DE PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCO QUMICO: ESTOQUE DE PRODUTOS QUMICOS EM GERAL.
RISCOS DE ACIDENTES: PROBABILIDADE DE INCNDIO OU EXPLOSO, QUEDA DE REAGENTES QUMICOS/OBJETOS.
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65
MAPA DE RISCO DA SALA DE ESTUFAS DA DIVISO DE PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCOS DE ACIDENTES: INCNDIO OU EXPLOSO, QUEBRA DE VIDRARIAS, QUEIMADURA.
RISCOS FSICOS: CALOR.
RISCOS BIOLGICOS (MDIO): QUEBRA DE MATERIAL POTENCIALMENTE CONTAMINADOS POR AGENTES BIOLGICOS.
-
66
MAPA DE RISCO DO SETOR DE MICROBIOLOGIA DE MEDICAMENTOS DA DIVISO
DE PRODUTOS DO LACEN/CE
RISCO QUMICO (PEQUENO): GASES, VAPORES E PRODUTOS QUMICOS EM GERAL.
RISCOS BIOLGICOS (GRANDE): BACTRIAS, PARASITAS, PROTOZORIOS E FUNGOS.
RISCOS DE ACIDENTES (MDIO): PROBABILIDADE DE INCNDIO OU EXPLOSO, QUEBRA DE VIDRARIAS, MATERIAIS PERFUROCORTANTES, QUEIMADURAS.
RISCOS ERGONMICOS (MDIO): POSTURA INADEQUADA, EXCESSO DE ATENO E CONCENTRAO, REPETITIVIDADE, TENSES EMOCIONAIS.
RISCOS FSICOS (MDIO): RADIAO.
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67
IDENTIFICAO GRFICA DOS MAPAS
SMBOLOS IDENTIFICAO
COMPUTADOR
PIA
BICO DE BUNSEN
LMPADA ULTRAVIOLETA
GELADEIRA
CAPELA DE EXAUSTO
FREEZER
SMBOLO PROPORO TIPOS DE RISCOS
1 PEQUENO
2 MDIO
4 GRANDE
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68
ANEXO V
INCOMPATIBILIDADE DE ALGUNS REAGENTES
A presente lista, contm uma relao de produtos qumicos que devido s suas
propriedades qumicas podem reagir entre si violentamente. Portanto, devem ser armazenados
separadamente. A finalidade desta lista proporcionar indicaes para se evitar acidentes de
laboratrio.
MANTER ESTES: FORA DO CONTATO DE:
CIDO ACTICO c. crmico, c. ntrico, compostos hidroxilados, etilenoglicol, c. perclrico e permanganatos.
ACETILENO Cloro, bromo, cobre, flor, prata e mercrio.
CIDO CRMICO c. actico, naftaleno, cnfora, glicerol, lcool e lquidos inflamveis em geral.
CIDO CIANDRICO cido ntrico e substncias alcalinas.
CIDO FLUORDRICO Amnia (gs ou soluo aquosa).
CIDO NTRICO c. actico, anilina, c. crmico, . Ciandrico, sulfeto de hidrognio, lquidos e gases inflamveis, acetona e lcool.
CIDO OXLICO Prata e mercrio.
MANTER ESTES: FORA DO CONTATO DE:
CIDO SULFRICO Clorato de potssio, perclorato de potssio e permanganato de potssio.
AMNIA ANIDRA Mercrio, cloro, iodo, c. fluordrico e hipoclorito de clcio.
ANILINA c. ntrico e perxido de hidrognio.
ALUMNIO, COMPOSTO D