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  • Folha do Norte—22 de Abril de 1896

    Nossos telegrammasNoticias do paiz

    ltio, 30 «le abril (recebidod meia-noite). .

    Regressou hoje do norte o dr. Ser-zedello Corrêa.

    ltio, SO {ás '4

    da tarde; rece-bido lj2hora depois da meia-noite).

    Segundo noticias vindas do Recife,o resultado conhecido até agora da ul-tinia eleição senatorial dá 12011 vo-tos a Rosae Silva e 423G ao barão deContendas.

    ^ O estado sanitário desta capital vaemelhorando. Consoante boletins doInstituto Sanitário e da Hygiene Mu-nicipal, as febres que se desenvolviam,declinam sensivelmente.

    Ealleceu o dr. Laffayette das Cha-'

    gas Justiniano, da policia do Distri-cto Federal.

    formações. A. votação do dr. Rosa eSil-va, segundo as estatísticas officiaes,as-cende a 14587, a do barão deCònten-das a 465C.

    Não se confirma a noticia da trocados telegrammas enérgicos entre osdrs. Prudente de Moraes e Júlio de'Castilhos'

    A temperatura máxima de hojen'esta capital foi de 25.° ?

    O cambio1'.cOvnUO »-• »»' 9 3[16.

    Noticias do extrangeiro

    Xo Rio Grande do Sul, a proposi-to de conflicto de legislação que dizemexistir, o dr. Alcides Lima, juiz da ca-

    pitai, negou-se a cumprir a lei estadualsobre o voto descoberto no jury, alie-

    gantlo ser a mesma attentatoria daConstituição Federal.

    O presidente do Estado levou o oc-corrido ao conhecimento do dr. Pru-dente de Moraes, que, segundo affir-ranm alguns, individualmente dd ra-zão ao juiz.

    Falla-se mais, ainda que vagamen-te, em troca de telegrammas enérgicosa propósito. Ha quem affirme, apesartle considerar-se tudo boato, que o cuvCastilhos respondera que ou a lei doEstado seria cumprida, ou elle deixariao governo do Rio Grande.

    Carece de confirmação essa noticia.

    Falleceo o dr. Marianno Ramos>deputado federal por Matto-Grosso.

    Em commemoração ao martyrio deTiradentes, os republicanos organisa-ram hoje um prestito civico que per-corre as principaes ruas entre aGuar-da-Velha, a .1.° de Março e o Campoda Acclamaçâo.

    Não elo estylo vrlho.

    (V. KohrUachcr, Ilist. Egl. catli. V. XII, 639—40).Contando pelo estylo velho, ou Juliano, oí russos

    conseivaram o erro do 10 dias, e como desde 1582aceresceram mais 2 dias de differènça, por não faze-rem a suppressao dos annos bissextos em 17000 1800,conforme o estylo novo ou gregoriano, suecede que aadatas russas differem no século XIX de 12 dias dasdos povos oceidentaes.

    Assim, e para obviar a este inconveniente, os russosusam das duas datas vig. /6-jS do março, sendo 16a data juliana e 28 a gregoriana.:|.(V. J. I*. Ribeiro, Diss. Cliron. II, diss. VI),

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  • - *&

    Folha do Norte-22 de Abril de 1896

    A' minha 'carteiraEstou a almoçar. Olho paia o Qiutsirriodõ

    que me anda a servir e apctecc-uic excla-mar, pela primeira vez na vida,—que assum-pto no hay, á moda dòs.chrònistas rãlaços.

    Mas nao. Intimamente convenço-me danecessidade imperiosa de escrever quatrolerias, para nao.dar prova de esgotamentocerebral. Lembrei-me.de produsir considera-ções encravadas sobre a democracia doscreados de hotel, arrimando-me ao bordãocritico do Ramalho Ortigao, protótipo emvestuário, em suiças e em sanidade mental.

    Reconstitui, in mente, um quadro"c\\\c; ellebosquejou na Revtita de Portugal, replecto depilhéria e de rudesas. Contà-nos o bon viva/Uque, fasendo uma excursão a Matto Grosso,teve a infeliz lembrança de ir na companhiade um serviçal.

    Este sem-cerimonioso assoldadado come-çou a trata-lo por cidadão, coisa com que oaristocrático Ramalho encafifou, todo anchodos seus pergaminhos. Depois, sem o ouvir,impingia-lhe iguarias que o Vatel, se fossevivo, deitaria na garde robe. Depois nao lhearranjava o banho a horas e permittia que aâua gommosa pessoa andasse de camisa sua-da. Depois, para cumulo de desditas, rouba-va-o na conta, no peso e na medida.

    O thema nao quadrava, porque nao meperpassa pelo toutiço o mau sestro de insul-tar o garço//. Sao indivíduos a quem muitoestimo—este, por me cuidar do estômago, eo barbeiro, por ter sempre as guelas e os quei-xos em perigo.

    Que ha de ser então o objecto da pales-tra?. . -

    De cartas anônimas, jurando enforcar-me*provisoriamente, empalhar-me e remetter-mepara um Museu Anatômico, afim de me ob-servarem, restituindo-me em seguida aos go-sos da yida, intacto e mais gordo,-—disso naome oecupo, apesar de ser enormissima a es-cacez de matéria.

    Da Rosa, para llíe contar que a mascarab.-pepino é tirada, com a devida venia, dumseu irmão em lides jornaleiras,—também naovale a pena diser_duas tretas.

    Doutros patetas mordiscantes—muito me-nos falarei. A cera está carajo dinheiro naoabunda e os ruins defuntos atiram-se para omonturo, sem dó nem piedade, tendo a cau-tellã de nos prevenirmos com dois saccos dedesinfectantes. .-'•;. • •

    Do Carro do Jacintho, que já tem biogra-fia laudatoria, expositiva das virtudes e maispartes que concorrem' na interprete do so-bredito,—seria comprometter o meu refinadogosto pela" alta tragédia e pelos dramas sa-cros, se me desse para anàlisa-lo.

    Do espartilho, da liga, do. elevador—re-solvi- ha muito,.desde a primeira noite queos vi, oceultar os meus maganos pensamen-tos, a bem das commodidade? higiênicas eda pudicicia.

    Da policia, que se riu noutro dia, quandoreclamei contra a má lingua dum conduetor—fecha-te bocea!

    Dos rótulos que p'r'a ahi envergonham osprofessores de instrucçao primaria ? Da quês-tao de Cuba, que ainda nao se sabe em quealturas vae? Do cambio, que nao passa dacepa torta, transtornando-me a remessa dunscobres ? Dos reincidentes espectadores dotheatro da Paz, que nem á mao de DeusPadre assistem á descida do panno, nao obs-tante os carros sobejarem e o final ser sem-pre o melhor ?!...

    Seriamente atarantado me vejo ao faseresta. Escolham o que mais lhes agradar emandem a resposta na volta do correio.

    Oiça-se a sensata opinião publica !

    B.-PEHXO.

    « 0 ATLÂNTICO» E O CAFÉ •

    BEIRÃO« Chamamos a attenção dos nossos leitores, principal,

    monte os das terras africanas, para£este preparado dointelligõnto pharmaceutico dü Pará, sr. Marciano Bcirão-e para os documentos que a elle se referem e que adi'ante se lêm. Quando o preparador de um produeto vem-reclamar, contra os imitadores e falsificadores, ó que es-se produeto tem credito c extracçao.

    «Com effeito, dizem-nos amigos nonos, vindos doPará, quo interrogamos, queatmelle Cafó e universal-mente apreciado e o seu conáumo enorme, (to—N

    r __ JLoteria Pedecal. 25:000$000

    Corre hoje a 33a loteria da Capital Fede-ral do importante plano de 25,0005 por 5$.Também será extrahida a. 7a serie da 10aloteria de Queluz do plano da sorte grandede 50:000.5 por 5S.

    Quinta-feira 23, .corre a 12a serie da 36aloteria da Bahia, do premio de 6o:ooo§ por 6S.

    . NOTAS SPQRTIVAS•Bockey-ülub Parae11.scParece-me que só os inglezas gostam de

    máos princípios. A nova épqcha sportiva co-meçóu mal, e parece-me, com bom funda-mento, que está morta a instituição cujonome encima estas notas.

    A annullaçao do quarto parco da i.1 cor-rida d'esta epocha era uma' necessidade quenao trazia prejuízo a quem quer que fosse, edava á administração do Jockey-Club muitamoralidade e importância, -levando á socie-dade o lucro da casa das apostas que n3omais poderia ser annullado. Veja bem o sr.dr. Baena: o sr. Jayme Abreu, representantedo proprietário do cavallo «Mikado», corri acertesa que apregoa teria medo de nova por-fia ? E' provável que nao.

    A coudelaria «Triumpho» liquidaria coma transferencia do pareô ? Nao, e nunca.•No emtanto,. a-coudelaria «Triumpho» vaedispor dos oito parelheiros que possue c semos quaes é totalmente, impossível organisarcorridas, a nao ser que o sr. Jaynje Abreu,por finesa, se comprometia a substituir essafalta considerável para o nosso pequeno meiosportivo.

    Nao se diga que os proprietários da cou-delaria «Triumpho» nao teem razão.

    Para aquelles que -nao acompanham deperto o nosso movimento sportivo nós vamosexplicar o caso. O Jockey-Club Paraense an-nunciou um pareô para ucophylosáa. Àmazo-nia com o primeiro premio de tres contos deréis. Nao satisfazendo a insçripção ás exi-gencias da sociedade, foi baixado o premiopara um conto e quinhentos mil réis.

    Por circumstancia que nao nos lembraagora, foi nulla a insçripção e elevado o pre-mio para dois contos de réis..

    Nova annullaçao e rebaixamento do pre-mio para seiscentos mil réis (quinta parte dopromettido, que servio de base ao único pro-prietario que sempre concorreu ao pareô taomalfadado—a coudelaria «Triumpho»).

    Encerrada, pois, a insçripção do parcg comos animaes «Esperança», «Sylvio» e «Mikado»,e marcado o premio de seiscentos mil réisao i.° e sessenta ao 2.0, claro estava que oanimal que chegasse em segundo (nao falan-do no 3.0) faria o importante lucro de salvar a

    insçripção, perdendo o.direito de ncophytò, econseguintemente o direito de igualdade nas-porfias.

    Este facto, que deveria ter sido consi-derado pelo illustre secretario do Jockey-Club quef ainda mais, empunhava.na ocea-siap a bandeira de starlèr, foi esquecido, pa-recendo até proposital e accintosa a sahidadada por s..s.

    A idéa do propósito e do accinte desap-pareceria, se s. s. estivesse cançado por sahi-das falsas ou estivesse sob o incommodo deuma chuvada ou dos raios solares. Nadad'isso. Houve apenas uma disparada provo-cada pelo jockey de «Mikado», e a partida foidada quando o animal «Esperança» se pre-parava-de novo para a collocaçao. O sr. dr.Baena lembrar-se-á das suas palavras de en-tao: e'verdade, Joi uma má sahida, péssimamesmo, e eu ainda esperei que meu ajudante anão confirmasse. .

    Nestas condições expostas, nao ficava s. s.desprestigiado, nem os s/ar/ers futuros, se aannullaçao do pareô alludido se fizesse. S. s.-para ella deveria trabalhar, elucidando acommissao julgadora, composta de pessoasque nao conhecem o sacrifício monetário quefazem todos os proprietários de animaes decorridas, com • exeepçao feita do sr. JaymeAbreu, que ganha, mesmo quando perde.

    Esta é que é a verdude dura e nua, e se osr. dr. Baena acha que mentimos e os pro,-prietarios da coudelaria «Triumpho» nao têmrazão paia estarem desgostosos e desilhuli-dos, ordene que o nosso collega Lad o de-fenda e nos aceuse.

    JOCKEY.

    PEITORAL DE CAMBARA

    . . . «tenho-o empregado sempre com muito bomresultado nas moléstias dos- crgâos respiratórios o tema propriedade de slt

    "um medicam en to de, sabor agra-davel, sendo bom. tolerado pelas creanças, em cujasmoléstias tf -do grando eflicaeia—Dr. José JoaquimPereira de Souza.» {Cidade dc Bananal, cm S. Paulo).

    «x '.„ tonlio-o» empregado em todas as manifestaçõesbroncho-pulmonares sempre coin magníficos resultados,—Dr. Brazilio Raymundo Seixas ( Manáos)

    ECHOS E NOTICIASNosso companheiro de trabalho, sr. Fran-

    cisco Pacheco, tendo ante-hontem neecssi-dade de compulsar a Historia da LitlcràluraBrasileira, de Sylvio Romero, por nao a haverencontrado em outra parte, procurou-a naBibliotheca Publica, onde a pedio ao respe-ctivo director.

    Este, ouvida a requisição, dirigia-se a to-mar na estante a obra e poz-lhe mesmo anulo quando, talvez arrependido, houve porbem dizer, em tom muito éxtranhavel cmfunecionarioquelem obrigação de tratar comurbanidade todo mundo, «nao tem», isto é.quea Bibliotheca Publica do Estado do Paránao possue o importante trabalho daquelle il-lustre brasileiro.

    Custa crer que assim seja, quando obrasde menos valor, assim nacionaes como ex-trangeiras, ali se encontram; o sr. director da.Bibliotheca c muito capaz c habilitado parao cargo, e com certeza n3o priva os leitoresestudiosos dc consultar o livro que se encon-tra á venda nas livrarias da^terra.

    Assim, a hypothese a,admittir é outra :—ou o livro anda por fora, o que nao é muitodas boas normas,—ou o sr. director da Bi-bliotheca propositalmente o recusou.

    Nesta hypothese, que deve ser a plausível,dado o modo por que, a respeito, em seguidase exprimio com terceiro aquelle funeciona-rio, nao sabemos como qualificar o procedi-mento do sr. director, que, todos o sabem,teve ha tempos uma polemica jornalísticacom o sr. Francisco Pacheco.

    Ha, de Luiz XII ao subir ao throno, umaphrase que o sr. director devera ter semprepresentejá que se mostra assim desconhece-dor em absoluto dos deveres que lhe corremno cargo que oecupa :—ce n'est pas an roi deFrancc á venger les iujurcs du duc d' Orlcans.

    Mutalis mulandis vem ella a calhar ao casovertente, a propósito do qual faz-se precisoque, si também a Bibliotheca nao é outroEstado no Estado, o sr. dr. Lauro Sõdré façasentir ao funecionario a que nos estamos re-ferindo que—ao director da Bibliotheca Pu-bíica nâo cabe, nesse &5|abe|ejdjnento_çjue ésustentado por todos e para uso de todos,vingar aggravos porventura sentidos pelochronista Mephisto.

    Seguia ante-hontem, ás 5 i|2 da tarde pelaestrada do GeneralissimoDeodoro, montadoa cavallo e cm virtiginosa carreira FernandoAugusto Telles, acontecendo cahir sobre aspedras, ficando ferido em diversas partes docorpo.

    Na travessa do Tupynambás, em unia ta-verna, reunem-se todas as.noites diversosindivíduos, que se entretêm a beber c jogar.

    Ante-hontem, ás S horas da noite, um d'el-les, Jeronymo Palheta, depois de ter perdi-do muito, entendeu quo devia exigir doscompanheiros a importância que havia em-pregado no jogo.

    Recuzando-sc os outros, cujo nome igno-ramos, á satisfazer a exigência de Palheta,travou-se um conílicto do qual resultou sa-hirein dous d'áquelles indivíduos feridos.

    Era conveniente que a policia por lá desseum passeio.

    Chocaram-se ante-hontem, ás 7 l[2 danoite, no arrayal de Nazareth dous bonds,um da i.a linha e outro da 3.?, nao se tendodado, porem, facto algum lamentável, alémdo pânico de que foram presos.os passagei-ros.

    Com destino ao Pará e Amazonas saiuante-hontem á tarde do porto do Ceará ovapor Brasil, do Lloyd Brasileiro.

    Os srs. Hughes & Cabral, teem um bemmontado escriptorio dc eomniissõesá traves-sa do Passinho n. i_|, 110 qual expõem esco-lhido sortimento de amostras de varias ma-nufacturas, para o qual convidam, em publi-cação que vae n'outro local, o commercio de"Belém.

    Por falta de sellos postaes ficou retido na4-a secçao dos Correios um pacote de jor-naes endereçados aos srs. Mello & C.a. cmManáos.

    Cândido Freitas, conhecido gatuno, na oc-casiao em que procurava apoderar-se de umtroco que se achava sobre n balcão d'umatabacaria no Reducto, foi agarrado e entre-gue á patrulha d'aquelle local.

    O facto deu-se ás 8 horas" da noite.

    Realisou-se h mtem, na sede da sociedadeOrdem e Progresso, a sessão civica promovidaem homenagem á memória de Tiradcntes.

    Corroo muito animada, proferindo-se dozediscursos commemorativos.

    Regular, a concorrência.—Com idêntico intuito realisou á noite a

    Mina Lideraria uutra sessio.

    Na oceasiao em que procurava desembar-car de um bond, á rua de Santo Antônio, es-quina da travessa 15 de Agosto, Juliao Fer-reira, perdeu o equilíbrio e caio sobre o la-gedo, ferindo-se na cabeça.

    Ante-hontem, ás 7 112 da noite na praça Pe-dro II, Alfredo Rozendo e Mario Silva, dc-pois de breve altercaçao espancaram-se mu-tuamente sahindo feridos alem dos dous dc-sordeiros, José Evaristo de Souza, que inter-veio na lueta para obstar o rolo.

    Alexandre Magno, em estado de embria-guez e armado de um canivete ferio vis 8 i|2da noite na estrada dc S. José, esquina datravessa de Santo Amaro, a Lourenço Paes,indo depois cm paz o aggressor.

    Os gatunos penetraram ante-hontem n'u-ma casa atravessa D. Romualdo de Seixas,conduzindo d'ali diversas gallinlvns e algu-mas peças de roapa, evadindo-se depois aoserem presenlidos pelos moradores.

    N'outra secçao vae hoje inserto um escri-pto da Companhia Urbana sobre pretençõesque cila julga dc todo o ponto dignas deapoio.

    Os srs. drs. Martins Pinheiro o Arthur Por-to còmmunicam-nos que transferiram suaresidência, da estrada de S. Jeronymo, 131,para a deNazarelh, 67.

    Houve quem notasse hontem, e com mui-ta razão, que a Câmara dos Deputados naofizesse hastear o pavilhão nacional nem illu-minar, á noite, a sua fachada, ficando emchocante contraste com a Intendencia c Pa-lacio.

    Se se levar em conta que aos domingosaquelle pavilhão é hasteado, íicaa gente semsaber que pensar dc preferencia—se o sr. 1."secretario da Câmara nao está de accordocom a tabeliã dos feriados nacionaes ou senao sabe que historia deTtradentes éessa...

    Porque, dizom-nos, houve quem lembrasseo que era preciso afazer.

    E, depois, ainda ha quem se queixe da—nossa falta de educação civica...

    O Correio d'este Estado expedirá hoje ns seguintesmalas *

    Pelo vapor costeiro Colombo, paia Vigia, Cintra.•Salinas, Bragança, Vízou, Tuiy-assú, Guimarães e Ata-ranhào, ás ií horas da manhã.

    NOTAS ARTÍSTICAS

    Representou-se hontem, .com grande en-cliente, a magnífica revista Sal c Pimenta. Oespectaculo foi em homenagem a Tiraden-tes, o precursor do republicanismo brasi-loiro.

    —Hoje repete-se a vicloriada peça- deSousa Bastos. Ocioso se torna reco'mmen-dar ao publico esta recita, que mantém oespectador em contínua gargalhada.

    Somente lhe diremos que está em ensaiosA madrinha dc Cl/a/ley, uma excellente CO-media, que nao tardará em subir á scena.

    Acautelem-se, portanto, os que ainda miotiveram oceasiao dc ver e aplaudir o Sal ePimenta.

    NECROLOGIA

    A familia do sr. dr. Bricio Abreu recebeohontem communicaçao de haver fallecidoem Lisboa um dos filhos d'aquelle cavalhei-ro, o de nome Arnaldo.

    ¦ Noticia telegraphica, hontem por nós re-cebida, annunciou-nos haver fallecido emCametá, onde se achava o conhecido com-merciante d'aquelle municipio. sr. tenente-coronel Antônio Emygdio Pereira.

    Bemquisto por seu trato ameno c por suasdistinetas qualidades, trabalhador infatiga-vcl e probo o sr. tenente-coronel EmygdioPereira tem a morte bastante sentida, eratoda a região tocantina, onde era chefe po-htico de incontestável prestigio e grandevalor.

    Registramos com pezara morte des;e hon-rado cidadão, com cuja familia partilhamosda dor enorme que a punge pela sua perda.

    PUBLICAÇÕES A PEDIDO

    a© pübmcòA Companhia Urbana está lutando com

    serias difliculdudes, e nao pôde mais rotri-buir os capitães a ella confiados.

    A queda cio cambio até 8 314 desvalorisouinteiramente a moeda do paiz, que represen-ta hoje 3,3 "|o de seo valor nominal.

    Consequentemente a quantia de réis 120com que é paga uma meia passagem emseos bonds, nao excede a róis 39, menos dedois vinténs!!

    Succede isso, quando em conseqüência dofacto assignalado, a baixa do cambio, subi-ram todos os artigos dc seo consummo. E'assim que a alfaia que lhe custava de So a90 réis cada kilo, custa-lhe de J40 a 300 réis;o milho que ella tinha ao preço de 4.500réis a sacca, custa-lhe 10.000, 12.000 e até16:000 réis1 O capim que se vendia por 20réis o kilo. custa-lhe 50 réis! Os trilhos, ro--das, etc. quo custavam cerca dc 50S000 réiscada tonelada, custam-lhe 200S000 réis. Osencerados subiram 200 °|„, os bonds com-muns que lho sabiam por i:8ooSooo réis,custam-lhe hoje mais de 6:oooSooo réis I Osmuares que eram dc 1508000 a 180S000 réis,custam hoje 4508000!

    As madeiras subiram 200 "|,„ e o saláriode seo pessoal dobrou o triplicou!

    Este facto é sensível em todas as indus-trias, o por isso o governo federal, com fun-damento nos conselhos do club de engenha-ria, elevou as tarifas de todas as estrada-.' dc'ferro federaes, c o mesmo fizeram os go_yerljnadores de todos os Estados que as possuem,'chegando em algumas a estabelecer-se lari-fas moveis, que accompanham as occillaçõesdo-cambio! A estrada de ferro de Bragança,também augmentou a sua tarifa !

    A Municipalidade de S. Paulo, tomandoem consideração as reclamações das com-panhias de bonds d'aquella capital, nem sólhe consentio dobrar o preço de suas passa-sagens, como lhe protrahio o praso de suaduração.—

    Facto idêntico so deo com a empresa dccaminhões 110 Rio de Janeiro, com os carrosdc praça até c em todas as nossas cidades,com as barcas de Nichteroy, com toda anossa navegação de cabotagem o até com osnavios estrangeiros. O mesmo suecedeo áCompanhia de bonds do Jardim botânico,que, a despeito de sua grande prosperidadechegou ás condições da Urbana, ella mesmaconseguiu desobrigar-se de uma forte con-tribuiçao Municipal e elevar o preço dosseos transportes, em ordem a poder equili-brar-se no meio cm que se desenvolve, só-mente esta companhia (a Urbana) percebeainda preços estabelecidos em 1SÓ9 !

    E' manifesta falta dc justiça I

    Ninguém pôde viver isolado no inundo:se entre nós o carpina,' ò alfaiate, o pedreiro,o servente, o serviço de recados, a creada-gem, todos elevaram o preço descos salários;se a farinha, .todos os gêneros tle consummo,mesmo as fructàs, subiram do .preço, em ra-zao de achar-se o dinheiro desvalorizado,porque a mesma causa não succedeiá á Ur-bana ?

    Esta companhia luta actualmente comdifficuldades insuperáveis e fará em poucotempo a ruina dos capitães n'ella emprega-dos, se nao tiver porsi o apoio de todos: équestão de justiça, e todos somos obrigadosa reconhccel-a.

    Pedindo portando á Intendencia a facul-dado de augmenfãr o preço dos seos.trans-portes; pede á imprensa o seo concurso.—

    A imprensa foi sempre em todo o tempo eem todos os paizes, a defensora naluraj detodos que teem fome o sede dejustiça.-Am-pare-a portanto ella, certa de que amparauma causa santa, a qual tem as suas raizesno equilíbrio que rege em toda a parte asrelações entre o trabalhador e consummi-dor.

    Pará, Ji de abril de 1896.Os directores:

    F. Pusinclli./.mio /¦'. de Amaral.

    .João B. Beckina/m.LÜSTTi ;>

    DA CAPITAL FEDERAL oxtrahrda cm iu do Abrildc 1896.NÚMEROS PRÊMIOS2193 jo:ouo?üoo229OJ '...... .i;oüoSooo11350 3:ooo£ocoI7I-I ; . . . mooojooo139^3 i:ooo£üOo25695 1 • i:uoü$oüo

    PRB1U0S DE 5oe$ooo2202, .|872, 8.|87, 2U10J, 257S-', 35.|S5.

    PRÊMIOS DE 2oofuoo

    959, 2357, ICI26, 10199, 12379, I3'38, 155-t-l-n;.)68, 2017.1, 20179. 23387, 25075, 26830, 28832,3I'79. 36.I9.I, S-^ro.

    1'HKMJO.S DI! IOOÍ00022.(6, ,1963, 4986, 5|2|, 7379, 7526,-ri 137,

    11381, 13013, 13503, M257, 15H18, r7r.rO, 19.107,19760, 22109, 25181, 25426, 30475, 31247, 339"3.345-15. 39077.

    AMROXTMAÇÕES2192 e 2194 300^000

    22061 e 22963 zonáooo113.J9 o 11351 zooSooo

    1713 o 1715 . . . . . . 200S000IJliZENAS

    Dc 2191 a 2200 _too$oooDe 22961 a 221)70 ioo^uooDc 1134*1 a 11350 ibô$ouoDo 1711 a 1720 looSooo

    TERMINAÇÕES¦íkToiIus os ns. terminados cm 3 ou 5?póo

    lista, importante agencia recebo directamciitc os io.-logram mas com o resumo das cxtracçOos e são francosao publico.

    A venda do bilhetes otn nossa agencia ó franca.Os Agentes:

    Moura Peno e-' C?

    .-~.j-i_i_t-.5e; 4E> áASSEMBLEA GERAL EXTRAORDINARlrV

    2" convocaçãoNão se tendo reunido hoje numero legal de accio-

    nistíis para constituir assemblea, novamente os convidopara a sessão extraordinária que devera realisar-se nodia 30 do corrente mez, á uma hora da taide, noedifício do Danço, para o fim de discutir-se e votar-sea proposta da direçtoria para augmento do capital oreforma dos estatutos.

    Paru que validamentò possa constituir-se a assem-bica, é precisa a presença de dois terços, pelo menos,do capital do Banco.

    Pará, 15 de abril do 1896,' (Assignado) Clementina José Lisboa, presidente daassemblea geral.

    FABRICI DE PAPEL PARAENSEASSEMBLEA GERAL EXRTRORDINARIA

    _-v convocaçãoNão se tendo reunido numero sufficicnto dc accio-

    nistas para constituir-se a assemblea geral extraordi-naria convocada para hoje, de novo convido os srs,accionistas a reunirem-se no edifício do Banco doPará, A uma iiora da tardo do dia 24 do coi rentemez, a fim de ser votada a necessária auetorisaçãopara assignatura do contracto com o Governo do £s>tado na execução da lei 11. 344 de 30 dc março ul-limo.

    Pará, 16 dê abril de 1896.Manoel Augusto-. Marques, presidente da Junta Con-sulitav. (3

    Aos srs. fiinccionarios públicosAvisa-se que a Sòcledada de Credito Popular, cos-

    sioríftria do Banco dos Puncciouarios Públicos, continuaa adiantar os respectivos ordenados sem fiador, comaccordo reciproco aos .srs. magistrados «píer federaes,quer estadoaes, professores oíliciacs e mais emprega-dos effectivos, aposentados tanto da capital, como dointerior do Estado, Expediente c informações todosos dias úteis das 9 horas da manhã ás 3 da tarde,

    (72

    Companhia Cerâmica (era liquidação)São convidados os cr da Fi Cer.-

    para, desta data ató 30 do corrente mez d'abril, apifl'sen tarem as suas coutas A commissao liquidndora, p

    Tnn do serem conferidas.Pará, 11 de abril do 1896. (1-O secretario, Albino José Cordeiro,

    . &a cosTRcnercioOs abaixo assignados fazem scienlé ao commercio

    que desde i" de janeiro do corrente anno, acha-sodesligado da sua firma o sr. Antônio Marques,

    Pará, 20 dc abril do 1896.Castro, Marques oV C\ (3

    AVISOS ESPECÍAESd_

    HlIGH ES & CABRAL«fc-s

    14—Travessa Campos Salles—14

    Achrt-se cm exposição cm nosso cseripto-rio e mais rica c completa collecçao que temvindo ao Pará, tle artigos e novidades deVienna, Paris, Bòhemja e outros centros ma-riufactiucirps da Europa.

    Temos secçao dc bijouteria, vidros, arma-rinlio, modas, chapellaria, cauiisaria, pape-laria, tecidos, estufadores, ferragens, confec-çfies, roupa branca, brinquedos, relojóaria,sapalaria, tabacaria, periumarias, chape- sdc chuva c uma infinidade de objectos c!ephantasia do mais apurado gosto.

    Agora, que ó epocha-própria de se fazerencommendas para a tradicional festa deNazareth, convidamos ao commercio e aosnossos, amigos para nos honrarem com suasvisilas c ordens, que acecitaremos agradeci-dos.

    Expediente das 7 horas da manha, ás 6da tarde.

    Pará, 20 de abril de 1896.Ifuglies &" Cabral. (5

    O BACHAREL YIRGINIO AMÉRICO SANTAROSA prop5e-sè :i lecciomn- em suacasa, em collegios ou em casas parti-eularea as seguintes matérias:—por-luyucz, arilhmclim c alycbran

    T*-*

    ^Í!«Í!;9I*P'

  • A-J>! 7"

    4;-i> Folha do Norte-22 de Abril de 1896

    HOJEPE UM TERRKNO

    O leiloeiro Costa Bemfica. com escriptorio á tra-vessa Campos Salles, n.- 20, telephone 11. 228, comautorisoçfio, faz venda em leilão, em frente ao mesmo,ilo soltei o terreno todo cercado do estacas do acapú earborisado do arvores fruetíferas,, com bom poço d'a*„ua potável, sito A rua Oliveira Bella, em frente aoj^ovo Hospital da Santa Casa de Mescricordia, medin*

    o 14 braças de frente e 25 ditas de fundo, a vendadera feita em um sO lote ou a retalho.s NOTA : o terreno tem um portão com o n. 17 c«utro sem numero.'-—A's 4 horas.

    DE LIQUIDAÇÃON'agencia Costa Remfinn, a travessa Campos Salles,

    n. zo, será vendido em leilão, por conta e risco dequem pçttèrícçr, os seguintes : 20 harmônicas, 200 es-tojos com talheres, 1 mobília do cedro, consollos avul*sos com pedra, cestas para compras, chapeos de pa-lha, cabides, álbuns para retratos e outros objectosque estarão presentes no acto do leilão.

    Vendas ao correr do martello.—À 1 hora,

    DE UMA MERCEARIA '

    O agente Antônio Sousa fará leilão, do uma mer-cearia, á rua dos Mattyres, próxima á docka do Re-dueto, a qual está bem sortidá e afreguezada.

    Da informações o mesmo agente, em seu escriptorio,á travessa de S. Matheus, n. 8.—A's 5 horas.

    DE 50 MEIOS DE SOLLA AVARIADAO agento Adolpho venderá em leilão, no trápiche

    Auxiliar, 50 meios do solla avariada, para dar contade venda.—A's g horas de a manha.

    DE 2.000 KILOS DE PIRARUCUO agente Antônio Sousa, por ordem dos srs. Mello•& Ca, venderá em leilão, no trapicho do Commercio,

    2.090 kilos dc especial piraruci'1, do Baixo Amazonas.—As 5 horas.

    DA MERCEARIA REDEMPTORAO agento Antônio Sousa transferio para hoje o lei*

    lão da «Mercearia Rodcmptora », por ter sido hontemdia feriado, e dá informações sobre aluguel, chave esortimento, cm seu escriptorio á travossa dc S. Ma*theüs, n. 8.

    Venda positiva.—As 5 horas.

    Importante leilãoDE

    Prédios e terrenosPARA LIQUIDAÇÃO DE PAGAMENTO

    LEILÃO AO ALCANCE DE TODOSQUARTA-FEIRA, 22

    0 AGENTE SOUSA,amplamente auetorisado, fará vonda em lei-lão, para positiva liquidação, do divorsas ca-sas o terrenos situados nos principaes pontos d'csta cidade, a saber:

    Tres quartos dc casas na frente, situadas na tra*vessa Dom Romualdo dc Sofras, canto da rua Olivei*ra Bello, com linhas de bonds, contendo corredor, sala.varanda o saguão, dc porta o janclla, todas assoalha-das do acapú e pau amarello macheado, ares compeniíis-mancax de acapú e forrados o corredor e salacom tabôás do inarupahuba. tendo agua encanada,banheiro o sentína,

    >'.m- .asas do porta e janella, situadas a rua OU-voira Mello, entre as travessas Dom Romualdo de Sei-• •;