NA PRAÇA DE LONDRES -...

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Antros da gaíunagem. Ninho das aves de rapina. 0 Secretario da Justiça nua*

rá a salutar, campanha na próxima semana. Para a felicidade do povo,

basta que os juizes se compenetrem dasisuas responsabilidades. Ou temos ]ust.ça

ou os iuizesW advogados de malandros! O «jussuum cu.que tnbuere ,

precisa ser cumprido,

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S. Paulo, 30 de Maio de 1914.Numero lio/^"^"^

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-111 V,>: 3&ífflaMoemanario lllusfrado^SJPIde importância:

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Redaccão : Rua 15 Ae= 50-B

Caixa do Correio, 1026 /^^X^3QQ[^^==Í^

I iooali I \. PiloA policia vai iniciar na próxima se-

mana a campanha contra o jogo dobicho. E já não é sem tempo que ellasane do seu lethargo para oppor umdique aos desenfreiados abusos dosmalandros, que vivem, numa eternavagabundagem, extorquindo as eco-íiomias dos incautos. Contra as incon-veniencias resultantes dessa intole-rancia policial todos os que aindapossuem um resquicio de moral bra-dam indignados; contra o permanenteespectaculo que o jogo offerece emtodos os recantos desta laboriosa Pau-licca, a parte sensata da nossa popu-lação é infensa.

Uma acção decisiva das auctorida-des competentes, portanto, era misterque se fizesse sentir; uma medida re-pressiva contra o vicio que degradaaté à medulla se impunha. Diantedesse estado anormal e lastimoso, eforçado pela denuncia clara, perem-ptoria e comprovada do « Pirralho »o dr. Secretario da Justiça resolveudar franco combate aos que vivem daespeculação diarià do bicho.

A boa vontade do dr. Eloy Chavesprecisa ser, no emtanto, secundadapela energia dos juizes das varas cri-minaes.

Presos, autoados e responsabilisa-dos pela policia os bicheiros e osbanqueiros de bicho tèm que ser pro-cessados no Fórum Crimina!; mas paraque os intuitos repressivos das aucto-ridades policiaes não sejam burlados,urge e se impõe uma obrigação aospromotores públicos e aos juizes quevão denunciar e pronunciar os culpa-dos. Não archivarem os processoscrimes de que são réus os explorado-res do bicho, como até agora témfeito. E' de lastimar semelhante con-ducta dos distribuidores de justiça.

Juizes protectores dc bicheiros e aba-fadores de processos crimes contra«chantagistas» vulgares, dão um tris-te exemplo de avaccalhamento e fa-zem suppor que interesses subalternostomam parte nas suas decisões. Anossa condicção de povo civilísadonão permitte que admitíamos em nossoseio juizes deshonestos ou capciòsosque se façam patronos de litigantespor amor a conveniências políticas oupor inconfesaveis interesses materiaes.A justiça deve pairar ma:s alto e omagistrado não pode e não a devesubordinar as injuncções de momento.

O seu escopo è mais elevado, ásua funcção mais nobre. Na actualemergência as auctoridades policiaese os juizes Crirtí.naes devem agir decommum accordo para que desse com-iniiiii ^esforço surta o ambicionadoresultado pratico da campanha contraa jogatina.

A roleta desappareceu como quepor encantamento ; o «baccarat» ape-nas é jogado no Internacional, nosBandeirantes e no «celebre» café Pa-ris; resta unicamente o bicho para seralvejado pela policia. Apezar de estarno periodo áureo do seu desenvolvi-mento e de ter deitado fundas raizeso bicho com relativa facilidade seráextincto no nosso meio. Basta paraisso que se tomem medidas enérgicascontra os' banqueiros e se use de ma-ximo rigor para com reincidentes.D'aqui, semanalmente, apontaremos àpolicia as casas em que se jogue obicho, hoje; para comprovar o queaffirmamos, reproduzimos a reporta-gem photographica do numero pas-sado e enriquecemos a nossa collecçãocom algumas photographias de outrosantros existentes no triângulo. Será para nósmotivo de grande desvanecimento otermos de registarão desapparecimeníodo jogo, instituição damninha queavilta, corrompe, degrada e inutilisa

o homem para o trabalho, para a fa-milia e para a sociedade. Ao dr. Eloypois os nossos incitamentns para queprosiga com a firmeza de um crentee com a tenacidade de um batalhadorinfatlgavel na campanha que em boahora iniciou contra a jogatina...

i. íhi fetrlioOex-positivista ortlwdoxo e rigorisia noterreno dá moral, passou um formido-loso logro nos assignantes do seu «Re-pertorio Léxicographico da Lingua, Por-tugiieza». Segundo a opinião dos tom-petentes o «Diccionario dos Dicçiona-rios» vinha preencher uma lacuna econstituiu uni einprehcndimcnto dignode ser acoroçoado, com o maior en-thusiasmo, neste paiz em quc as ini-ciativas dessa natureza são raras; poisbem, apezar da geral acceitação qucteve a obra e dos lucros quc certamen-te, conferiu o seu auetor, a sua publi-cação foi interrompida no segundo vo-lume com a letra A incompleta. Osassignantes do afamado e decantado«Repertório» ficaram a ver navios e osnr. feronymo continua com a mesmaPOSE DE PHILOLOGO EMINENTE.

Depois do BLUFF que passou nopublico, o sympathico Director da Bi-bliotheca Publica do Estado, rapou obigode, ficou mais rosado e até pas-sou para o rói... da elite. Não ha queduvidarr em S. Paulo só fará carreuaquem, a semelhança do ülustre paredrodos conciliabulos comtistas, tiver des-embaraço e SALERO para agir comdesassombro...

Consta que o dr. Paulo MoraesBarros vae prehencher a vaga na re-partição do serviço meteorológico, coma nomeação de um seu sobrinho...

B.ella escolha.Pêsames ao dr. Belfort de Mattos.

H!.

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Pirralho Acadêmico0 Pirralho, toda a gente o sabe,

é o eterno abelhudo, acostumado des-de tenra edade, a metter a colher na-quillo que não é chamado. Pois bem.

O endiabrado pequeno quiz umdia conhecer a sociedade chie, e pe-netrou com facilidade nos illuminadossalões da gente smart. Foi então aoRink, aos cinemas chies, (menos o talColyseu) freqüentou e freqüenta recep-ções da moda, jantares de gala, em-fim uma infinidade de festas onde pre-pondera o elemento electro-positivo:

Agora metteu-se-lhe na cabeçatranspor os humbraes dos templos dasciencia, e essa ídeía, que lhe vemroendo o cérebro ha algum tempo, vaeser posta pratica no próximo numero.

Nesta secção o «Pirralho» trata-rá de tudo quanto se relacione comcousas acadêmicas, e acceita collabo-ração dos amiguinhos e amiguinhasdas Faculdades de Direito e Medicina,Escolas Polytechnica, de Pharmacia,Odontologia, Normal e Universidade.

Alerta pois, mocidade!Abaixo, pedantismo! Namoricos,

adeus!

Amores á antiga —Trago flores; Exma., e as flores são o que mais sublime e poético

a divina mão de Christo creou...Perdão, meu caro; mas as mãos dos.homens já lhes levam vantagem.

Temos hoje as jóias...to^çt**3«*s«3tf»éft** * * «f fi **À*4v$v,*y>y <>'

Esperamos com anciedade o diade um desastre na Avenida Paulista,oceasionada pela prepotente Light, pa-ra irmos depor contra o desgraçadoPolvo, que só cuida de usufruir lucros,deixando os passageiros sujeitos a pe-rigos irremediáveis.

Agora, por exemplo, fizeram uns

desvios provisórios, que constitue acada passo o pânico de passageirosque viajam n'aquella Avenida:

Em tudo fica patenteado a ganan-cia, a economia, o relaxamento e opouco caso que os prepotentes ligama vida do publico.

Minha cara collega «Cigarra»Reclamo contra a tua irregularidade.

Ou bem a minha amiguinha è quin-zenal ou "vintenal,,.

Depois lembra-te que o teu triumpho,pode sahit um trunfo as avessas.

Li e reli as novidades palpitantes,que carinhosamente colhesie durante osúltimos vinte dias.

Fiquei petrificado deante da estu-penda reportagem photographica.

De uma coisa, confesso, que nãogostei.

Sabes do que foi ?Do record que bateste pela secção-

livre do Estado. Molestou-me, porqueesses record de algarismos sempre fo-ram previlegios da tua adversaria, queatravessa uma agonia lenta e irreme-diaveimente fatal.

Vá, qüe tenho alguma razão.Estou certo que não ficarás maguada

commigo, e de braços abertos esperaráso meu triumpho, o meu suecesso, naprimeira quinzena de julho,

Abraça-tesempre teu

CHARUTO

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Pis cousas andam pretasmm

MnimnsítrdD BkdiMái**-+-**-

Da pulga acho que Ovidio tem escripto ;Lucano do mosquito;Das rans Homero ; e estes não desprezo,Que escreveram matéria de mais pezoDo que eu, que canto coisa mais delgada,Mais chata, mais subtil, mais esmagaua...

(Gregorio de Mattos)

Fazei lhe uma saúde que lhe sirvaAo menos de epitaphio.

(Garção-0 de IX)& &

Era no outumno... quando a ima-gem delle... perto dum duplo... seudoutor eu vi...

Si é verdade que p'ra bom enten-deder pingo é letra, já os meus lei-tores, finos e intelligentes, descobriramque estou fallando do herculanissimoUladisláu, ministrissimo do interior dopresidente desta grande republica deestudantes vadios.

Mas, indaga todo o mundo, comoo Herculano poude subir tanto, elleque nunca passou do 3.o andar doedifício da sua proverbial insignifi-cancia?

Meus amigos, si é certo aue quemnasceu quadrado não pôde morrer re-dondo, também è verdade conhecidaque nunca falta um chinelo velho p'raum pé inchado...

Calculo eu que S. Ex. subio tãoalto por ser leviano, e gazoso, ca-vando uma pasta quando devera ter ca-vado um pasto, dada a sua conhecidapropensão bodarral.

Dizem os sabides que o marechalchamou o Herculano para o S3tt mi-nistério porque as cousas, naquellaoceasião, estavam pretas, pretissimas.

O Uladisláu, que è louco, louquer-rimo por tudo quanto seja preto, poudeno governo, vèr no escwo, e encher-gar o perigo que o marechal estavacorrendo.

Tambcm o Herculado já andavamuito ttenado em negócios de cousaspretas; S. Exa. ha annos que emSanto Amaro possue, sustenta e gozaum catingúdo sitio, um verdadeiroquilombo, onde a côr local è a preta,panelacea, jaboticabosa, mais negraque as azas de um corvo, mais cs:uraque as unhas luetuosas do PadreGazineu, ou mais pixenta que a almado marechal que posta em cima d*ummonturo, faria nodoa...

Depois que o Herculano unhou-se,

amancebou-se com o bruto, todas asobras do governo tem vindo mistura-das co«i a gosma da bandalheira.

Emquanto o marechal de papelão èum irresponsável, em face do nossoCódigo Penal, porisso que S. Exa.obra sem discernimento, o ministro doseu interior serve-lhe de bispote ouvazo para todas as bellezas intestinasque a purgativa e cheirosa creaturaderrama nas paginas da nossa hys-toria.

Aqui em S. Paulo ha duvidas sobrequal o pai da mansagem que o Her-mes deu à luz, a poder do forcepsda mentira e das massagens de resinade pinheiro lia respeitável barriga dasua presidencial consciência.

Teria sido sò o Herculano o paido feto, ou muitos pais trabalharamna gigantesca obra que ha de enchera urna dos serviços prestados pelogoverno do ji.os.so Napoleão-mirim?!

Jàalguem disse que a maternidadeé. um facto, e a paternidade um pro-blema; também nas Odes do Chi-Kingencontra-se um versinho que acabaassim: entre os corvos quem poderádistinguir o macho da fêmea ?

Tudo è possivel neste mundo, quantomais neste paiz.

Estou notando que jà fallei bastantee ainda não photographei o' UladisláuVou fazel-o.

Os meus leitores conhecem aquellas.garrafas cie gazoza doStupakoff, aqnel-Ias que tèm uma bolinha no gargalo,que a gente aperta p'ra baixo, dà umestouro, e depois a gente bebe, arrotae gosta ? ?

Pois o nosso Herculano è tal qualessa gazoza que a gente, antes debeber, logo depois que abre, jà estano fundo da garrafa.

Sò gazes, gazes e nada mais.Si quizerem verificar procurem ou-

vir um discurso, um bestia do monu-mental Uladisláu. E' esplendido.

Primeiramente bota elle o seu mo-noculo.... depois franze a testa..., põea mão no bolso e mede o Zè-povocom arrogância... estúf o peito..., fixao olhar agudo num certo ponto...,cospe, espirra e... jà se sabe... è aquellasaraivada do bobages, períodos ocos,phrases gazozas e conceitos vaporosos.

Num seu discurso de uma légua decumorido, espremendo-se bem não se

aproveita um milligramma de utili-dade.

De quando em quando um conceitocheio de nada, ou uma phrase empan-turrada de vasio.

Aquelles moços que tiveram a su-prema ventura de ouvir as licções doUladisláu, na Faculdade dt Direito,tém certeza que S. Ex nunca tevedireito as sua faculdades; comparam-n'o a um desengraxado engenho quetodos os annos, invariavelmente, pau-sadamente, móe e remóe um cannavialde bagaceiros, produzindo, para seulucro, muito espirito ja engarrafado, emuita rapadura apachecada e pafun-ciai.

Assim è que nos seus memoráveiscavacos, S. Ex, fingindo-se um Cham-berlain-guassú, e mais circumspectoque uma fachada de Santa Caca, saltatodos os annos esta estupenda phrase,conhecida e admirada por todos os-bedéis da Academia : «A humanidapevive sobre a t°rra!»

Mas, perguntarão os leitores, curió-sos e espantados, si o Herculano étão águia, tão cabra, tão marreco, tãomacaco velho como o sr. nos pintou,como é que elle desligou-se esponta-neamente agora da Politica de SãoPaulo, donde sahio para o ministérioe onde pontificava ao lado do seucabritai sogro, como um trunfo, umquatro-paus?!

Eu explico o porque desse gestoherculanal.

O Uladisláu não è coio nem lerdo;pretende cavar uma cadeira no Su-premo, ou uma embaixada no VelhoMundo e, porisso, pouco se incommo-da desgostar ou escoicear os seuscompanheiros de hontem.

Elle sabe o que faz; macaco velhonão bota a mão na combuca nem pulaem galho sècco.

Na minha terra costuma-se dizerque passarinho quando engole pedraè porque sabe o... que tem.

Além do mais o Herculano é muitoamável, gentil, cavslheiroso e demo-crata por excellencia.

Coufunde atè democracia com por-caria.

LUCIFER DE SOUZA

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9 de RendasEscândalo na RecebedoriFuncGionarios que ganham

ordenados íabulososiReforma sempre adiada em benefici >

de afilhados políticos!

A nossa justíssima campanha con-ira os escândalos verificados na Re-cebedoria de Rendas calou no espiri-to publico e vivamente impressionouas rodas burocráticas de S. Paulo.Commentarios favoráveis ao procedi-mento do «Pirralho» não faltaram;francos elogios á sua conducta nãoforam regateados. Das provas de so-lidariedade que nos foram prestadasdestacaremos uma carta em que UmFunccionario nos hypotheca o seu a-poio e narra factos edificantes de //-lhotismo na Repartição do dr. Pereirade Queiroz. Pela simples leitura dacarta, que estampamos, os nossos lei •tores verão a quanto attinge o pro-teccionismo naquelle departamento daSecretaria da Fazenda. E' mais umavergonha que nodôa o nosso nome.E' mais um attestado da falta de e-quidade e de justiça na distribuiçãode cargos públicos. S. Paulo adquiriuperante os outros Estados da Uniãoum sólido prestigio e um vasto reno-me, portanto não pode disputar a pri-mazia que lhes cabe no que diz res-peito a immoralidade.s administrativase' chantages governamentaes. Ao go-verno compete zelar pela manutençãodo nosso credito, pela integridade dorespeito que se nos vota e pela esta-bilidade dos nossos foros de respei-tabilidade. A elle, pois, ou antes aodr. Sampaio Vidal, levamos as accu-sações comprovadas que temos levan-tado contra os vicios de organisaçãoda mais importante secção de suapasta, afim de que s. exa. tome pro-videncias enérgicas no sentido de sa-nar os males apontados. Abaixo trans-creverttos a carta a que alludimos.

S. Paulo, 23 de Maio de 1914.Prezado redactor do "PIRRALHO",

Com um forte aperto de mão e comos applausos de um sincero admirador di-gne-se receber uma contribuição para acunpanhB que vem movendo contra as im-moralidades que florescem na Recebedoriade Rendas. São tantas as falhas que existemnessa repartição, que vive repleta de pro-tegidos, que não sei por onde comece a e-numeral-as. Em todo caso vou abordar, no

inicio desta minha xoropada, uma questão queprovará á sociedade o espirito pequeninoque rege os actos dos que, por lei, são in-cumbidos de distribuir justiça. Quero mereferir ao trabalho de fiscalisação do café,expedido pela Central do Brazil, que é in-significante e que custa ao Estado os ohosda cara. Até o anno\de 1913, isto é quandohavia grande movimento de exportação decafé para o Rio, existia um só 'uncciona.ioencarregado desse serviço na Estação doNorte; esse funccionario que era zelozo ecompetentissimo, prestava alem desse outrosserviços valiosos á Recebedoria e não eragratificado pelo excessivo trabalho de queera incumbido. Pois bem, com a promoçãodo funccionario em questão foram nome?.-dos para exercer o cargo de que elle só sedesempenhava a contento nada menos detrês empregados que nada fazem — pr.nci-palmente o chefe — porque cessou a expor-tação de café pela Central. Esses relizard<>scustam ao Estado um conto e quinhentos,approximadamente, por mez ; dois delles—um filho do senador Flacquer e outro prote-gido dos Aranhas — ganham 300$000 e oterceiro que é escripturario ganha os gros-sos vencimentos que lhe cabem e mais1501000 de grat.ficação por ser filho do Oo-voiirí Sezefredo Fagundes chefe politico deSanfAnna e Juquery. O snr. Adolpho Ra-bello que era o antigo encarregado da fis-calisação não tinha direito nem ao bondee uma vez chegou a ser reprehendido pelodr. Queiroz- porque pediu-lhe verba paratransporte diário. Assim é que procedempara com os que trabalham e fazem jus. aelogios! Isso porém não é nada se nos dis-

piizèrmos á esmiuçar outros escândalos quegerminam no eito do dr. Queiroz. Ha ou-tras faltas na vida interna da Repartiçãoque precisam de ser sanadas a bem do de-coro administrativo. Os ajilluuhspoiicó tra-balham ou porque es.udam ou porque sãopreguiçosos — e os collaboradores que nãotêm protecção matam-se num esforço con-tinuo pira ganhar uma insignificancia. Osescripturarios percebem nos mez es bon?,som-mas tentadoras; um 3.o escripturario faz umum como de reis nos mezes regulares. Emjunho quanto não fará ? E qual serão osvencimentos de um chefe de secção dosfieis de thesoureiro, do thesoureiro e doadministrador, perguntará o amigo curioso^Eu responderei: ganham tanto cn mais doque os deputados estadoaes! E' uma torpe-za mas é uma verdade. E dizer-se que a re-forma dessa Repartição só se fará daqui adez annos! E' triste e desconsoladora, évergonhosa essa situação! Continue, por-tanto, snr. redactor, a sua campanha mora-lisadora contra mais essa falcatrua adminis-irativa e vá se preparando para receber dosopprimidos, dos justiceiros e dos que têmbrio as homenagens que de direito lhe de-vem ser tributadas. Aqui estará promptopara lhe applaudir sinceramente,

UM FUNCCIONARIO

Até agora o dr. Paulo MoraesBarros, não tomou uma providencia,com relação ao serviço meteorológico.

Pudera! S. exa. mal tem tempopara inspeccionar patronatos Agrícolas..

///

'^T^S^èÉ^-y

Fechei meu coração numa rija couraça.Jurei guardar commigo a dor — sempre velada.Fiz um aceiro largo em torno à derrubada:Jamais ninguém verá minha intima desgraça.

Foi-se a alegria, o sonho. A mocidade passa...Junca o chão da existência a floresta, queimada;Floresta que pompeou orgulhosa, enlevadaJunto á Loira Illusão plena de encanto e graça.Fantástico esbroou-se o alto Castello Ideal.Jazem quietos no pó, terreões, fustes, muralhas,Flamejantes troféus e estandarte real.

Ja me afiz a habitar este paiz lethal,Fechado o coração nas férreas, frias malhas,Junto ao meu grande Bem, junto ao meu grande Mal.

Theo ^J^

CíP-iry^éo Aá\ lW.nH.-f»i~i<? Diário ilustrado de maior circulação no Rio de Janeiro.fJdZtHd Qt5 nUlIfjlaS^ -Gravuras, paginas coloridas, completo serviço tele-

graphico reportagem de primeira ordem. — Annexa ao suplemento illustrado dos Domingos é publicada a «Sec-

ção Paulista», edicção finamente illustrada e dedicada a S. Paulo. Magnífica reportagem photograplnca. - Paraassignatura e annuncio, e publicações dirijam-se à sua succurssal, nesta capital, a

;iE3-uLa, Q-u.in.tin.© _3oca37"0.-va 1T. -4:2. andar Salas nos. 11 e 12 ' Telephone n. 2434, PALACF.TE LARA

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CONCURSO DE BELLEZÀPenúltima apuração

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18II

Amalia Ferraz Sampaio.Alda de Almeida PradoAmélia Neves . .. . .Adalgisa Salles . . .Branca Pereira de SouzaBaby Pereira de SouzaBeatriz Machia . . .Branca de Toledo PizaCleonice Lacerda RibeiroConceição Gutierris . .Cybelle de Barros . '..'

Carmen Supplicy , . .Cecilia Ayrosa ....Gelia Hofíman ....Dilecta Simões. ....Elly RochaElvira Marques PonzineEdmea Vieira de MelloEucarina Simões . . ,Eloiza Fernandes . . .Edina Ferraz Sampaio .Filinha Ferraz . . . .Gilda Conceição . . .Honorina Sampaio Vidal.Helena P. Browne . .Iracema Sá . '; .) . .

Julia de Carvalho. . .

Joanninha Penna . . .

Jacintha Ronchi . . .

Josy Kulmann ....

Julieta Roos ....Lucilia da Fonseca Ferraz 624Lila Cardoso . . <-. . . 105Laurentina Heitor. . . .830

Lischen Schorcht ... 351

55214119318105

1625286

501851310151313

852102561318795

19385

45611562

1214916

52251243410

83194

Lisetta Guimarães Boanova 291Leonor Sadocco .... 103Lili Mattos 68Lolota Rohe ..... 59Melica Jaboty 100Margarida Magalhães Castro 395Maria de Moraes Barros 72Marta Patureau de Oliveira 1143Maria Valladão . . .Margarida Leite . ."¦". .Marina Vieira deXarvalhoMarina de Camargo .Marion Piedade . ., .Mercedes Veiga . Y .Mariana Soulie . ¦¦'. .Nene Alves Lima. . .Oscarlina Guimarães .Odila Fonseca ... .Ruth Penteado . . " v

19875

3161358979

615103

1435455

1744

Renata Crespi .215Sylvia Valladão .Sarah P. da CunhaTanga Bourroul .Theatrazine NobreSarah P. da RochaVilma Padua SallesVera Paranaguá .

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812132416261

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â p@§§a vlafleoi á Miinlbá-*~«»-»—<-

«O PirralKo » ouve o dr. Wenceslao Zè Pereira Machado da Fonseca Gomes

Oito e cincoenta e nove minutosda noite. A estação da Luz estavarepleta de correligionários do capitão-maior Rodolpho, que foram ao bota-fora dó dèpútafo syphilitico MarcolinoBarretto. ¦ \

O nosso camorote era o de n. 13.Pindoba ante o numero fatídico, ex-

clamou" indignado: Ora Bolas.O automóvel era 113; o carregador

213; o-bilhete é 4513 e agora ornai-dicto camarote.

Não seja supersticioso, meu caroPindoba. O conde nos conduzirá atéCruzeiro, livres, de qualquer inciden-tes...

Que o Diabo te ouça. Eu con-fesso que- jà estou habituado a viajarcom essas, esperanças, e em meio docaminho e aquella « encrenca » dosdemônios: machina de um lado, vagonde outro, gritos, algazarras e impro-perios. ':

Hoje; nias dó que nunca estou con-vencido de que a machina — Deusqueira, que também o numero nãoseja 13 —irá de encontro ao luxo em.Cachoeira.

Depois, o nosso visinho é um pa-dre...

Armazene esse seu pessemismo.Vamos palestrar ou jogar um sete emeio, para sepultarmos esse «spleen»que de ti se apoderou.

Quanto ao padre, talvez nos valhajunto ao Wenceslau que é carola; apropósito; sabes que o Wenceslaupesca, com um Santo Antônio amar-rado no anzol?'

-- Sabia. Jà fomos companheirosdè pescarias. Repara, que o trem di-minuiu a marcha.

E' alguma estação que se ave-sinha.

:Aqui tem a Época. Le, emquantoeu devoro o Correio da Manhã.

* *

E as horas passaram, a baldeaçãóem Cruzeiro foi demorada, e nós en'-tretidos numa deliciosa palestra sónos apercebemos do termo da nossaviagem, quando o chefe do trem, emvóz rouquenha, nos annunciou: «Ma-ria da Fé».

Levantamo-nos, substituímos os nos-

Peripécias interessantes

sos «guardas terraà» e da estação dePedrão, telegrapíiamos ao Wenceslau,communicando-lhe a nossa próximachegada. fff-

Bruta surpreza.Longe estava-mos de esperar a es-

frondosa manifestação que nos aguar-dava.

A gare repleta, o povo em altosbrados nos aclamando e o pittorescopescador risonho e affavelnosatiran-do num gesto cheio de sympathia assuas-Bôas-Vindas.

Para nòsse encaminhou o doutorWenceslau e ao nos estreitar em seusbraços, rompeu o Hymno Nacional.

Sentamo-nos a sua direita na car-ruagem Dumont.

Por onde passávamos as manifes-tações redobravam de enthuziasmo.

Finalmente chegamos ao Palacetede s ex.

O -estylo é gothieo, misturado comum pouco de architetura moderna.

Duas horas depois, annunciava-se oalmoço.

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A mesa em forma Marechal (qua-drada) estava ricamente adornada.

Veiu o menu.Entrée: Potage au Pinhero Machado

Mayonnaise au Jangote.Bifes achevalé au Barão TefféCoutellets au Serra PulcherioPain avec salame au SurucucuPâté de foie-gras au Nicanor

Hors d'oeuvre:Bacalhau à PortuguezaMendoin à Marechal

Vins:Chiante Jacob Zucchi

Cigarres e cigarretes:34 112 e 69.

Findo o explendido almoço, teve apalavra o dr. Wenceslau.

«Meus senhores« Sinto-me feliz, ante a inequívoca

prova de leal e desinteressada ami-zade que acabaes de dar aos meusamigo do «Pirralho».

Merecem bem os vossos applauscse as vossas ovações esses moços quenão trepidaram em apodar-me, vezes

Ventania na Vida Moderna

¦¦M|pMM«lÉMMt««te

Collaboração empasíelada

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OBRAS..... E OBRAS

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A Livraria Alves contractott com o Dr. Ruy Barbosa a publicação detodas as suas obras. (Dos jornaes)

varias, só pelo facto de ter sido com--panheiro de chapa do ignóbil Maré-chal Hermes Pinheiro da Fonseca.

(Vozes: Muito bem. Muito bem —Palmas).

Ignóbil, digo bem e di/em mais to-dos vós que me applaudis.

Não encontrareis, adjectivação maiscabível para aquelle que reduziu abriosa nação brasileira à condiçãomais negregada que se possa conce-ber...

(Vozes: Abaixo o Marechal. Abai-xo o Pinheiro)...quetransformou o pendãoauri-verdesymbolo glorioso desta Pátria, altivo,e nobre, num miserável farrapo, sal-picando-ocom o sangue innocente dosseus irmãos... |

(Vozes: apoiado. Com o sangue daIlha das Cobras).

... sangue que jorrou do peito de bra-vos soldados na Ilha das Cobras...

(Voz: e do Satellite, também)....sangue que manchou o pavilhão

arvorado na proa do Satellite e quecontinuará a jorrar emquanto poupar-des a cabeça do miserável que acin-tosamente occupa a curul do Catíete.

(Vozes. Viva o Coronel Wencesl.au'.Viva o Pirralho. Fala o dr. Pindoba,fala o dr. Pafuncio).

— Pindoba pede a palavra, enca-rando o auditório).

Dr. Wenceslau, Dr. Xico, Dr. Jun-queira, Dr. Theodomiro, Cel. Pisca-Pisca, Cel. Engole Espadas, MajorEstômago de Avestruz, minhas senho-ras, senhoritas e meus senhores.

(Pindoba toma uma taça de cham-pagne em attitude Demosthenicaj

A força imperiosa das circumstan-cias e unicamente ella, faz com quelevante a minha voz neste recinto pa-ra tecer uma rasgada, porque mal a-linhavada saudação a todos vós napessoa do dr. Wenceslau. Sinto queo champagne está produzindo os seuseffeitos. Desastrosos effeitos, são essesque me põe a cabeça num estontea-mento pavoroso, egual aquelle que oMarechal teve por oceasião da pri-meira revolta.

Serei breve, porque nada melhorque a synthese das ideas nos discur-sos em banquetes, onde o estômagodeve predominar. Saúdo a todos vósem nome dos princ:pios da gastrono-mia, em nome do povo brasileiro queagradecido se curva reverente ante ofuturo primeiro magistrado da nação.

Peço-vos em nome de São Paulo,que me acompanheis num morra aocaudilhismo e num viva a nós mes-mos.

(Vozes: Bravo o seu Pindoba. Vivaa liberdade, morra o Marechal e maiso sogro).

Findo o banquete,re tiraiuo-nos emcompanhia do Coronel Wenceslau, don-de partimos para a sua fazenda.

(Continua no próximo numero)

N.B. Os discursos não foram revistos pelosoradores.

*** -aff-a *I*"*'".. - ...-

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OLAVO BILACAcabo de ler a palestra que o se-

nhor Baptista Júnior, chronista da Ga-zeta de Noticias do Rio de Janeiro,manteve com o íllusjre poeta e bri-lhante jornalista Olavo Bilac recém-vindo do Velho Continente.

Bilac trouxe da Europa, a todosquantos se interessam pelas BellasLetras, a alviçaceira noticia de quedará em Dezembro um novo livro deversos Tarde, promettendo ainda umlivro de contos e talvez um romance.

Quem quer que conheça o poetaprimoroso da Via Láctea e das Pa-noplias, que conjunetaménte formam aparte mais bella de sua obra poética,não poderá soffrear a grande ancie-dade de ler agora as suas novas o-bras.

Entretanto, alguns trechos da referi-da palestra, constituem para mim,uma verdadeira surpreza.

Interrogado si continuaria a dedi-carrse á chronica, ao jornal o poetaexcelso da Lenda do Reino respondeucom palavras amargas e acrimoniosas,que « o jornal continuava a $er nasua opinião, o peior e o mais peri-goso exercício da mocidade, de todoo mundo », e, mais adeante, depoisde assegurar ter recusado todas aspropostas que os jornats do Rio lhehaviam feito, confessou não mais terintenção de voltar à actividade jor-nalistica, onde levou dez annos a es-crever bobagens, (sic).

Do fundo da minha obscuridade,porque nada sou e nada valho, per-mitto-me, entretanto, a independênciade traçar alguns commentarios ás pa-lavras do grande artista, cuja verda-deira significação provavelmente es-capou à minha fraca subtileza.

E' um facto publico que Bilac, alemde ser um dos mais altos cultores daPoesia, foi sempre um grande jorna-lista. Taxar, como elle próprio o fez,de « bobagens» as suas deliciosaschronicas dominicais, que, em épocanão mui remota, fizeram o deleite in-tellectual de quantos leram a Gazetade hoticias, "as paginas admriaveisque escreveu e oecuparam então ascolumnas de honra de Kosmos •— amais bella revista que já tivemos;os Re-gistros, conhecida secção que o poetamanteve na Noticia, de feitio ligeiro,mas que trahia sempre, pelo estyloescorreito, pelo polimento da phrase,a mão segura que os traçava; classi-ficar toda essa obra esparsa mas fui-gurante, de « bobagens » eis ò quenão nosso comprehender o tão poucolevar â conta a modéstia do magno

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artista; qué, neste caso, seria de umaflagrante insinceridadc.'

Olava Bilac, na phase mais despre-occupada de sua vida, redigiu três jor-nais O Combate. A Cigarra, A Bruxa,onde começou, ao que supponho, arevelar as suas raras aptidões artisti-cas, a sua forte espacidade de emoti-va e creadora.

Na Imprensa o grande mestre tevesempre os logares de maior relevo.

A Inveja e a Calumnja que ordina-riamente não poupam nem mesmo a-quelles cujo talento pela força un.ipada própria evidencia não pode soffreresntestações, depuzVram-lhe aos pésas armas trahiçoeiras

Sob o ponto de vista literário, salvo•erro meu, nunca soffreu da Imprensaum juizo injusto. Ao contrario, essamesma Imprensa que elle julga, hoje«o peior e o mais perigoso exercícioda mocidade» foi em todos os temposa honesta pregoeira dos.seus méritosincontestáveis, o traço, de união eníreo mestre e a selecção do'publico. V

Gomo interpretar-se semelhante após-tasia? A que attribuir tão incompre-hensiveí abjuração?• Que o esciiptor scintillante, quetraçou com penna d'ouro «Critica e«Phantazia», que burilou com tão re-quintada perfeição o «Caçador de Es-

meraldas», fuja a actividade impro-dutiva das lides jornalistas, para me-lhor abandonar-se á sua arte, na con-centração fecunda do seu espirito,comprhende-se e admitte-se; mas quemenosprese o templo em que pontifi-cou e de que foi—permittam~me a cha-pa — magno sacerdote, é precisamen-te o que foje rrhtnha comprehensão.

Olavo Bilac é hoje austero membroda Academia Brasileira de Letras, deque infeiizmente fazem parte os ge-neraes Lauro Muller e Dantas Barre-tos, cujos títulos não lhes legitimama entrada para aquelle cenaculo, por-que o illustre Ministro do Exteriornão pode, em bôa.analyse, ser con-sideiado um escriptor, e o bellicosogevernador de Pernambuco provousobejamente que d/e, mas de péssimaqualidade.

Bilac è, porem «blagueur» incorri-givel. A intrévlsfà i que concedeu aochronista da «Gazeta» não pode dei-xar de ser um desabafo irônico do

rpoeta em face da polemica de insu.ltos em que se degladivam dois nomesacatados — Sylvio Romero e Laude-lino Freire.

As palavras do eminente escriptorforam talvez, ingenuamente adultera-das pelo chronista que o intervistou.RION

Cortando • • •

^. Beiia d.© Tietê¦r--iin-i»n< m—UB—y:—r^— "'' ""':~~i"ii

. J. ——^——

Assalto a "minhoca-pensão,,

Não endossamos a opinião de mlle. X,quando affirma que Mr Paulo Affonso Ca-cholira é um caçador de dotes.

Não è medo de pancada; mas sim por-que não lhe conhecemos as particularida-des.

33Dizem que Mr P. A. O. está apaixonado

por Mlle. Será mesmo por «ella» ou pelosseus milhões?

3©Fique tranquilla mlle C. L. R., com as

notinhas do ultimo numero.Não se trata da sua gentil «pessoinha», e

quando fosse não teríamos coragem de abrira bocca para censurar quem é tão queridanesta casa.

Mr. Wladimiro de Carvalho foi eleitopresidente da Agencia Electrica de Casa-mentos.

]â que se acha investido desse cargo, éde bom aviso convidar para secretarial-o oreverendo Manfredo Leite.

Mlle da rua Barão de Tatuhy esta de ca-samento contractado. Acredite-se nas mu-lheres!

33Mme decididamente tem cabellinhos na

venta.Prohibiu que o seu marido fosse ao São

José, só porque alguém lhe dissera que osolhos do esposo se focalisavam na artistaE. Parada.

Agora exigiu do marido que não ponhaos pès no Casino.

Entretanto o bom do homem — um san-tinho — jurou não entrar no Casino e re-

gressar á casa antes da meia-noite. Madameteria acreditado • <:

Mme está casadinha de novo.Passeia o casal todas as noites pelo bairro

da Villa-Buarque, e como o tempo natural-mente è pouco, dentro de casa, cada vinte

passos que dão, são beijos de um lado,.ta,pinhas de outro...

Que felizardos!

Aquelle noivado sempre nos pareceu umafarça.

Mlle não se cansava de dizer que elle eradetestável, que casaria contra sua vontade.Mas madame,por outro lado, não perdia ocea-sião de elogiar o futuro genro, e... ao

que sabemos... não, nada diremos por hoje.c m •

Quiz a curiosidade que fossemos ao tal. Colyseu dos Campos Elyseos.

Si perdemos a nossa caminha-da por umlado ganhamol-a por outro.

Tivemos oceasião de vêr gentis mlles queostentam fidalguia de linhagem nos centro

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íirralte a»?LOO, oo

chie, a divertir-se com as sandices pornô-graphicas do Brugnoletto.

Confessamos termos sentido uma sensaçãoexquisita, de revolta mesmo, porque minu-tos depois a hypocrisia, que havia ficado desentinella á porta do baracão immundo, as-sumiu de novo o seu posto á sah"dá, reen-carnando-se nos olhares, nos sorrisos, noscumprimentos disfarçados.

E dizer-se que ha quem considere estasecção uma affronta a sociedade...

£ £Saiba mlle J. P. que por occasião da nos-

sa Buena-Dicha, quando nos referimos aoseu noivado, só não dissemos a verdade poruma delicadeza para com mlle.

Tínhamos certeza que mlle daria o suitecomo ja deu.

£ £Foi muito commentada a presença, do

Ruy Blas no infecto pavilhão dos CamposElyseos, quando o ex chronista elegante éum moço de bom gosto.

£ £Mais um numero da «Domingueira» veiu-

nos parar ao mãos»Nesse andar, qualquer dia estaremos de

posse dacollecção inteira e saberemos entãotrasladar para as nossas columnas muitosegredinhos das gentis patrícias.

€ £. Do numero que temos em mãos, o quemais nps chamou attenção foi a critica do«match de foot-ball» do Paulistano contrao America.

Aquelles elogios aos Rubens, deram-nosa impressão de que a chronista sportivo émlle M. A. P.

Aquelle artigo sobre modas referindo-seaos modelos de Mme Paval de Paris, nãoestá'cor recto.

Os chapeos de que fala a querida ama-dora e redactora-chefe da «Domingueira»,não concorda com o últimos números de«Elegâncias» e «Chiffons».

A «Berlinda» foi a secção que mais apre-ciamos. Basta dizer que mlle. Lisette foimuito cruel.

Aquelles tombos que Mlles. R. S., E. V,M. e D. N. levaram na penúltima matinèedo Rink, muito embora presenceassemos,não tivemos coragem de relatar.

Si mils. soubesse... naturalmente ficariamagoada com o informante.

Imagine mlle. que nos vieram dizer queo seu casamento com Mr O. C. era um factodecidido.

£ £Mmé. tem cada uma...Onde se viu, depois dos 60 annos pensar

a gente em patinar ?Não seria melhor Mme. ensinar gymnas-

stica sueca aos seus alumnos ? Si continuara patinar ficará sendo o «vovó» do Rink.

O «Kimono» de melle, está creando mofonesta redacção.

Gatinhando no mutualismo. «jaMh ' I !

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^T-mmmmmmtmmmmwmmmmmmmmmmmMMmmmmmmmmmmmmmmmmÊ^mmmmmBmmmmmmmmMmmmmmmmmmmmmmmmmmm

Um coitado que nunca fará carreira ,;,,;''.;¦

Diga para onde o devemos remetter, ounos dê autorização para envial-oao serviçosanitário. QAVROCHE

Mo UNa próxima semana será encerrado o

nosso «Concurso de Belleza». A* senhoritaque obtiver maior numero de votos seráofferecido artístico mimo, por uma dasnossas mais conceituadas casas commer-ciaes.

Despertou grande interesse o nossoconcurso; e a prova é que o numero de

-votos attingiu a grande cifra, como podemas gentis leitoras verificar da lista» Querdizer que S. Paulo conta em seu seio comuma elevada parcella de «moças bonitas»,facto que muito nos recommenda sobre opmto de vista do cultivo dessa qualidaderara, que é o dote mais caro concedido porDeus á mulher: a Belleza. A' senhorita maisvotada no final do concurso, antecipada-mente os nossos mais sinceros parabéns esaudações efòisivas.

Não tinha mesmo razão um chronistade um jornal carioca, quando disse que oClub Concórdia daria baile este mez O

Concórdia, ao que estamos informados, sórealisará a sua partida dansante em fins deSetembro, primeiro porquê grande numerode seus associados não poderá comparecerna época presente, e depois por ser essauma praxe que tem sido observada ha longotempo no Concórdia.

Cattaneo voou ainda uma vez domingoultimo, tendo realisado também o seu ar-riscado looping-the-loop. Muita gente an-dou de nariz para o ar, admirando os bel-lissimos feitos do arrojado dominador dos

'espaços. Cattaneo, realisando o looping-the-loop- synthetlsou bem a época que vimosatravessando, época em que toda a genteanda de cabeça para baixo, principalmentesobre o ponto de vis ia das finanças.

Não é pois Cattaneo o único que rea-lisou o looping-the-loop nesta terra. De hamuito que praticamos este sport, aliás bempouco agradável.

'"-""' :•- J»»-:"»; ¦' '..vi*.'

Desta vez as «meninas» e os «mar-manjos» , que foram ao Velodromo assistirao match entre cariocas e paulistanos, «tor-ceram» com proveito.Os nossos conterrane-os puderam desforrar a tãnda que soffreramem outro eneontro, e o fizeram, diga-se averdade, da melhor forma possivel. Todosquanto assistiram á pugna, tiveram optimaimpressão acerca da maneira valente porque se portaram os paulistas no desenvol-

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vimento de todo o seu bem combinado jogo.Bem dizíamos qus a derrota no primeiroencontro, fora apena uma ligeira nuvemque por momentos abumbrára a fnlguranteestrella do Paulistano.

Agora ella brilha de novo, e ahi está,nesse engaste glorioso constituído pelasvictorias do valoroso Club, e desafiar qual-quer nuvem que lhe tente empanar o fulgor...

Dois interessante concursos apresen-tamos hoje aos nossos leitores: um de den-laduras e outro de callos. A' primeira vista,

parecem despropósitos. Tem razão quempensar assim. Entretanto são concursos in-teressantissimos. Que dote melhor pode íeruma senhorita, do que uma bella carreirade alvos c pequenino dentes, enfeitando umarosea e bem feita boquinha ? Quantas vezesuma gentil «demoiseile», toda graça e can-dura, toda encantos e faceirice, perde deum para outro momento todos esses dotesesplendidos, com um sorriso ou uma risada,ao mostrar, em vez de um collar de pe-rolas, uma. fileira sinuosa de dentes quasidesfeitos ? Hão de convir que não é nadaagradável uma dentadura assim.

E' pois coisa rara e apreciável porisso, uma senhorita com bonitos dentes. Jus-tifica-se assim, o primeiro concurso.

Quanto ao segundo — co curso decallos — tem também razão de ser. Sa-bemos tcdos que um.pt.sm/io bem feito, éum encanto em qualquer creaturinha. No

Japão, a mulher que não tenha pé pequeno,é considerada feia. ETsta dizer que é consi-derado monstro, o dono ou a dona de um pés,cujo numero correspondente para o cal-çado, seja maior de 28. No Brazil, quemcalça 35 jà tem pé pequeno. Pois bem :tudo issi; prova qué um pé pequeno e bemfeito, é realmente gracioso. Que dizer-seentão de um pesinho, que, do lado esque.doou na extrema direita, tenha sempre a im-portunal-o uma bola, dessas que se conven-cionou chamar callo ?

Um callo ! Oh! que desventura paraum morta' ! Uma senhorita que tem umcallo ! Que tragédia ! Olhe que é quasi umescândalo.

Eis porque abrimos este concurso. Ve-

jamos quem tem callos para extirpar. Quemtiver que os tire emquanto è tempo. OPir-

talho, que não os tem porque anda dès-

calço, contraciará um pedicúro para extirparos callos dessa Humanidade todk^.'

As soirèes chies do High-Lfe conti-

nuam a ser concorridissimas. E' extraor-

dinario o numero de meninas que lá com-

parecem ás soirèes ate terças, quintas e do-

mingos. Ainda es a semana tomaram frizas

e camarotes as seguinte familias :Coronel José Piedade, Dr. Clovis Gly-

cerio, Dr. Alcides de Campos, Ernesto Du-

prat/ür. Hell, Dr. Carlos Niemeyer, Dr

Duprat Bueno, Dr. Garcia Redondo. Dr.

M. P. Villaboim, Henrique Bastos, Drs. Mo-

O c-u._a_-_.,u.lo d.©, crise

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raes Barros, Rogério Dauntre, Theodoro deCarvalho, Antenor Penteado, família Oo'dinho, senhoritas Jarbas de Camargo Pen-teado e outras pessoas.

Por ahi pode-se avaliar o que são assoirèes do apreciado High-Life.

Appareceram ultimamente cinco mo-delos de chapéos de senhoras, modelos queestão em moia cm Paris.

O primeiro è o chapèo de palha lheréasul marinho com veludo branco e um «pi-quet» asul.

O segundo é um chapéo de palha scblecom fitas dé taffetá pretas e uma coroa derosas. Ha ainda chapèos de palha negros,

guarnecidos de veluto «bleu de roy» e plu-mas da mesma cor; chapéo dc palha daItália, gu?.rnecidos de fita «rayé» cereja ebranca e rosas de egual cor. Finalmente ochapéo de tagal .«noir», com taffetá da

mesma cor e uma soberba rosa á direita.

Que miséria. Hoje nem um palpite

A' bordo do «Tubantia» chegou a es'.acapital a distineta astrologa, de quem jáfalíamos em outro numero. Mme. SüzanneCarnot, como os leitores já têm sciencia,virá trabalhar no «Pirralho», e nesse sen-tido ja nos fez promessa formal. Preparem-se,leitores e leitoras, a astrologa ahi está paralhes adivinhar o futuro.

Mlle. foi contractada para advogar acausa da sua inseparável amiguinha.

Empregou então, ness_* sentido, todosas esforços possíveis, quebrou lanças paravencer a magna questão, que tanto tem agi-tado nestes últimos tempos, o espirito gentijda sua gentilissima companheira de todosos tempos. Mas a advocacia amorosa emnada se parece com a outra. A prova é queMlle. nada conseguiu e nem conseguirá,não obstante a sua extraordinária dialectica.Esabe que Monsieur não voltara jamais ao«ninho antigo?» Sabe mlle. que, mesmo

que elle quizesse não poderia «voltar», dadosos acontecimentos qne ultimamente se de-senrolaram ? Sabe que o mal não es:á norompimento e sim no inicio ? Sabe maismie. que ainda que monsieur queira muitobem á sua dilecta amiguinha e lhe dediquemesmo um grande affecto, ja desistiu po-sitivamente de todas as intenções que ali-,mentava antes ? Sabe que monsieur, na-

quelles bellos tempos, fazia preces fervo-rosas aos encantados olhos de .nlle.J., olhos

que são "como dois soes no poente»causados de luzir, cansados de senhar ;olhos de quem passou a vida alegremente,

para soffrer depois; para depois chorar ?>E sabe ainda que ho;e elle não se recorda maisdesse tempos ?

Esteja certa, mlle.de que a causa está

perdida, irremediavelmente perdida.

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Agora, oiça uma historieta que se contasobre a outra advocacia, aquella que nãoé amorosa. Um advogado fora contractado

para defender uma causa. Acontece poremque, ao falar com o adversário, este, conhe-cendo as suas bellas qualidades, effereceu-lhemaior vantagem ; e eis que o advogadoao envez de o contrariar nos seus propo-sitos, passou-se com mallas e bagagens parao campo daquelle que quizera combater.

Não sei si o caso se applicaa mlle. Mas,o facto é que monsieur parece não ter maisinclinazioné pela sua gentil cliente.

Cuidado mlle. : não enverede maispelo caminho da advocacia amorosae nem accsite causas sem... payement d'avance...A advocacia amorosa tem, como a «rosa,espinhos e perfumes».

Dizem que a linda moreninha que re-side quasi em Hygienopolis, está noiva...

Noiva ? Pois hontem ainda dançava,brincava como uma criança; e, hoje se nosapresenta com a carregada p'uysianomiade quem penetrou na sombria estrada queeva ao casamento. Sombria digo bem : o,noivado para mlle. será um martyr;o.

Quem, como mlle., foi sempre cor-tejada por todos, admirada com justiça pelasua graça estonteante, não pode sentirsem desalento, a fuga de todos esses ad-miradores..- Parecerá que foi desprezada :e isto, naturalmente a contrlstará. Mas quefazer mlle. ? Nem sempre a gente è moça,nem toda a vida se pode brincar. A tran-sição è irremediável. Causole-se, pois, mlle;nem sei si lhe deva dar pêsames sinceros,parabéns effusivos...

Mlle. tem sempre «segredinhosv, paracontar. Ainda no ultimo baile ao ar livre— dizem -- mlle. dansou e apreciou muitoo par. Entretanto, momentos depois, ja se-gredava qualquer cousa com as suas ami-guinhas. A nossa activa reportagem soube,porque viu, que houve risadas bem signi-ficativas. Que será ? Que o digam os sábiosda Escriptura...

Pois sò quem ama pode ter ouvido.Capaz de ouvir e de entender estreites.^Talvez por isso mesmo é que mlle. es-

ava á janella numa destas noites de luar,conversando com os estrellas, emquanto avia láctea scintillava «comoumpallio aberto»

E mlle. dizia, baixinho os versos de-liciosos de Vicente, e por vezes uma tris-teza immensa lhe invadia a alma :

cMal me quer... Bem me quer... Querbem, mlle: socegue. Não entristeça: antes»entoe hymnos de gloria á felicidade quesurge. Cante sempre; quem canta, maguasespanta... "M

yoj-TAlRE

IbTa,s Buas

O Gasparone moderno

U FITI-BO'U Fiti-bó è una roba qui a genti

faiz eus pé o qui tinha dá fazè c'oasmò. Nu fiti-bó tè una porçó de coisast rangera.

Tè u «fiçaide», u gór, u «pernati-quico», u cornequico etc.

Io agunheço bè o fiti-bó pru causoqui io ajuguè na vargea inzima du«sporti crubo méa-lua».

Io fazia u «capito». U Casturignofazia u «gorkipa».

Una veise u juize feis una.inscu-gnambaçò inzima du campu, pru causaqui u Casturigno dixò intrà una bolann «gór». Inveis u Casturigno feiz unbruto fiçaide.

Fiçaide è quano u gorkipa siguraa bola có a mó. Quano u juize batico'a bola nu pè, intó tè u pinartokico.

Inda a vargea té un crubo indisgra-ziato di forti. Tè doise «furbeco», quivali amaise du MinguHo, amaise tambédu Orlandu. U Orlandu inveiz é moltogordo. Tambe u «furbeco» da vargeaè uno bruto pidaçò di orne. Aquelloalli quano vè una bola, illo pega uno«chuto» qui, porca miséria! ninguè véa bola! Tambè quano arguno faise a«scapada» cò a boia, ello dà tantasbufatada na gara du fòuvardí, qui illocàe mortu. Assi qui è jorgá o fiti-bò.

O Paulistanu faisc a prosa pur causoqui é genti da «irlite». Inveis a «ir-lite« nu joga mai migliore da várzea.U Parmera, u sò Bento, tambè tè a«irlite».

No mi quizero ceità p'ra mim ajugà,pru causo qui io.faço u barbero. Porcamiséria! Pra dizé a verdadu io no te-gno medo d'ajugà cos carioca.

Quello alli tambè sô prosa. Inveiz iodò un tapo nuni elle no guenta. Ioguento, tahi.

O Rubiò qui faise o deputadosetambé ajugò cumigo. Inveiz oji ellofaise o fiçaide inda a Gamera. U Fre-tas Vali tambè gosta du fiti-bò. Mainveiz nu presta. Prontu.

Fá era tempo da guarda do Pa-lacio, levar a serio, mais de uma re-clamação nestas eolumnas registadas,contra o pessoal vadio, que fãz dosbancos d'aquelle acanhado' jardim, ai-bergue. nocturno. ^>" . .

E para. envergonharmos a vigi-lancia dos .encarregados, de zelar peladecência do jardim, começaremos dopróximo numero a publicar photogra-phias de aspectos interessantes quebem attestam o descuido dos poderescompetentes.

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Publicamos hoje a titulo de curiosidade a presente carta publicada pela nossa

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Theatro NacionalI lia - Agora, com a próxima entrada do inverno, os chás Municipal

tomarão com certeza um brilho e um luxo inteiramente pari-7tPfl CA

|]||<- - Sim, mas seria mais genuíno, ou mesmo mats patriótica, seem vez de chà se bebesse aguardente... ou mel de canna...

gados, no entretanto, são de uma sensaboria

que causa dó.A sua palesira, provocou-nos náuseas.Com que então lamenta a retirada do

Ruy Bias ?Bem mostra, que o sr., de estylo, nao

comprehende patavina.Admira-nos como o sr. tem á petulância

de estabelecer um parallelo entre Ruy Bias

e Voltaire.

((Pirralho» carteiroJayme Pujos, Rua Oriente 98 - Bem me-

Ihor seria, v. ex, dar outra orientação aoseu cérebro de tolo, que só tem a infelici-dade de p,oduzir sandices.

Recolha-se ao kiosgue da sua insignifi-cancia.

Benedicto Salgado «Poeta d'agua doce» -

Os seus versos, deveriam ser um pouco sal-

E* melhor que o sr. nao ponha a mão emcombuca.

Carlos Redondo - Concluímos pela sua car-tinha, que de redondo o sr. não tem nada.Sabe o que pensamos ? Qne o sr. è um bo.nquadrado.

Mlie. Angélica — Os seus versos, vieramtresandado justamente o perfume que muitoapreciamos. jj

Mas de tanto cheiramos, perdeu o perfumee atiramos a cesta.

Mile Cecy — Levaremos em consideraçãoa sua intervenção... no coração dos outros.

Mlle Rydan. Paulo está em convalescença.Está prohibido de fazer versos.

Willi Kurth — Requeira um exame medico.O Dr. Franco da Rocha é um especialistanas moléstias mentaes.

A sua carta é de um louco em ultimograu.

Violinista do Colyseu Campos Elyseos —A loucura do sr. Willi, è produzida pelostigomya faciata, que por ironia da sorteexiste em abundância nos Campos Elyseos

Antunio Monteiro Filho — O sr. é um scrocmatriculado.

Vê, quando resolve, entrar com as assi-gnaturas que recebeu.

Barão Teffe — Mandamos fazer um clichêda sua carta.

Lamentamos não poder, arrematar a suabarba de velho semvergonha.

Casa Ideal - Satisfazemos a sua vontadehoje.

Vide clichê.Casa Caraboo - Não vamos na cantiga.«¦Dura lex, sed lex».Cacete - Desejamos conhecel-o.

fInacreditávelInacreditável é bem *o termo, que

a senhora Companhia Cinematographi-ca, filha querida do sympathico Ser-rador, tenha na sua lista de cinema-tographos chies e confortáveis, umbarracão immundo, infecto, indecente,como seja o tal Campos Elyseos.

Inacreditável que aquellas lindassenhoritas que ostentam uma «pose»estudada no Velodromo, no Rink, noConcórdia, affluam pressurosas ao nor-ripilante barracão da rua Barão RioBranco, esquina da Alameda Nothman.

Inacreditável que até agora o Ser-viço Sanitário, não obrigasse a bemda hygiene, a demolição do asquerosobarracão, ninho de pulgas e viveirode moscas.

Inacreditevel, finalmente, dizer-seque as sextas-feiras é o dia chie donauseabundo barracão, que ostentaum gallinheiro, onde se reúne uma ca-fagestada portadora de uma linguagemde mercado, ja não se falando no Bru-gnoletto que para gáudio da molecada,põe-se a cantar asneiras e dizer san-dices, dignas somente do Casino An-taretica.

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ANARCHIA, SOCIALISMO,

LITTERATURA, VERVIA

FUTURISMO, CAVACO'

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Orgaiío Independento do Abaix'o i do Bô RetiroPRORPIETÁ DA SUCIETA ANÔNIMA DOMENICO CAGUIRA

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IImEEKABÍI ' 11 1914-1lüúin o Direttorre: H4 i Ficina: Largo do Abaiz'o Pipos çigdo co migatoria

O Rigalegio

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A l»ri$a da Hermes© eo Ru-;no Barbosiiiia. O Rugnotenha maise IWea «Io Her-mese - AiiiterveiMÓchi \< i-ri O Piedadó imbaxo dojabá quariiiia —Lustrissimo redattot e ¦: ¦

Vô aguntá du signore uno frege queio fiz testemonha quano o RugnoBarbosima a fazia u ganditatu pr' ase o presidentimo.

O Rugno una veis mando adize duHermesi qui illo si dexava se unotroxa, qui a vacca era maise miglioredelle é una porçõ di coisa qui abu-taro u Hermese co a gabeça comeuno incêndio. Entò o Hermese pigóo tomovi i ja apartiva p' ra fallá coRugno. Inveiz o Rugno stava ispe-rando elle inda a squina, pru causadà parti a gara do brutto.

Porca miséria! quano u Hermisevigna vindo u Rugno si dexo pigáuna brutta bingalada inzima da garadu Hermise.

Entó egli dé un gritto qui fizachamá astençõ da genti que passa-vano. O Ferri, aquello qui tudo osintaiano digono qui é un uomo maisgrandi di tudo, chigou pertinho, per-unho da briga i assicurò o Hermisedo piscoço e deva tantas purrada quio Hermise abutò sangue du narize. UHermise nu foie presimo pru ó causoqui fazia o marecialo.

Inveiz u Ferri foie. Fambé o Rugno.

Domenico apassado u Piadado devauna festa indisgraziada imbaxo du Ja-baquarima, pru causo di agumemoráas bataglia du Tuguti. Io també médexe i, qui io gunheço bè u purtero.Entó entre inzima da festa. U porcamiséria! Quanto surdato! Stava oFrancesco, u marido da Garmella, uMinicucho, quello qui faiz o ana-murado da juquina, tanta gente agun-heçida de mia moglere.

Entó tudo mi abraçaro. O Piadadomi aperguntó p' ra mim si io no qui-riva a dança. Inveiz io nu quiz. Iodanço molto bé, maise nu gosto. UDtmetrio Sifecha adancó p' ra burro.A mia ingomadera fico apaxunadapru elle. Elle inveiz nu deva a cun-fiança. Guitadigne ! quano tudo stavaadançàno, u Piadudo agumeço unodiscursimo, p' ra expricà o mutivo dafesta . A musica aparo. Entó o Pia-dado pigó nu brutto gaderno di pa-pelo e agumeçô:

Mio signoreses.Mios camarados !Signoreses ufficiales du insercito.Oji tudos stamo areunidu in questo

giardino per fare Ia piu bella come-morazione da bataglia du Tuguti. Iotambe stive abataiano e mi dexe pigáos gorpe nu braçimo. (Ento o Piadado.tiro o palito p' ra mustrá a firidaQui firidó ! Tinha deise metro di cum-prido e 45 di fundo !)

«Olhi, vuceis si penso qui io tegnomedo! Io amaté deise milo aparapuayo!(Invei io sé qui é mintira, purque omigno paio na Itália mato só treise).

P ru, isse, vuceis deve abibé tudosa saúde du Brazi i di tudos qui fi-zero a bataglia!»

(Multo bè, multo bé).Depois s' acabo a festa, i tudos pi-

garo u bondi i veniro agumé, cadauno in sua casa prít que ninguè agumeva. Sò o Piadado gumeva qua-rentu e deise sandivichi e duas dúziadi champagne.

Disgraziatu p' ra cume !Cronaea apulieiale

U matide que amató a muglere.Onti u Francesconi aficó tanto ma-

luco co a muglere qui amatò ella. UFrancescani fui presimo. A muglereamorreva. N. da Redacçõ: Que brutocrimo !

O tomovri appaçõ inzima dunagriança.

U tomovri qui vigna na disparata

apigò u dedo dum piqueno e amatóegli. U piqueno choro tanto qui u sur-dadu apigò presino u chufero.

N. da Redacçó: U chofero nu técurpa.

Saicidimo.Um ingreiz si amató onti p'ru qui

nu tinha dignero. S' atiro imbaxo duviadutimo, é caiva trasçaliado.

N. da Redacçõ : Qui troxa !.

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TelegramasesRio, 26 — U signore Funzega Her-

nese, oji, na Vinida Rio Branco, pigónu tapa na gara du Muricie di Lacer-dima.

O Funzega Hermise nô" fui presimo.O Lácerdima fu.N. da Redacçõ: Io ja sabia...

Roma, 23 — 0 Regno da Itália stáameaçado di morti.

N. da Redacçõ : Qui sabe ?

Portugallo, 5 — Us garbonario stóafazeno agorinhe, agorinhe u frege in-zima du Bombardino Arrachado.

, N. da Redacçõ : Bé feto !

Portugallo, 22 — D. Manuelo sidismachô o ingazamento co a mugleredelle.

N. da Redacçõ: No pode adisman-chare pru causo qui ja ugazaro unaveiz. Entó ello pensa qui va abu-sando dus piqueno ! Va saino di bar-riga !

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Antros da gatunagem. Ninho das ayes de rapina. O secretario da Justiça inicia-rá a salutar campanha na próxima semana. Para a felicidade do povo,

basta que os juizes se compenetrem das suas responsabilidades. Ou temos justiçaou os juizes são advogados de malandros! O «jus suum cuique tribuere»

precisa ser cumprido.

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Nesíe versinho jocundo,Digo aqui, por minha fé:São os melhores do mundoOs automóveis Berheí.

Perfeitos! Obra perfeita!Perfeitos em todos os cantos !Procurem-nos, rua DireitaNa casa Antunes dos Santos.

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