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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA O PAPEL DAS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE NO DESENVOLVIMENTO WEB CAXIAS DO SUL 2014

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

BRUNO MIORANZA

O PAPEL DAS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE NO DESENVOLVIMENTO WEB

CAXIAS DO SUL 2014

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BRUNO MIORANZA

O PAPEL DAS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE NO DESENVOLVIMENTO WEB

Monografia de conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação em Publicidade e Propaganda, da Universidade de Caxias do Sul, apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel. Orientadora: Profa. Ma. Ana Laura Paraginski.

CAXIAS DO SUL 2014

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BRUNO MIORANZA

O PAPEL DAS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE NO DESENVOLVIMENTO WEB

Monografia de conclusão do curso de Comunicação Social, habilitação em Publicidade e Propaganda, da Universidade de Caxias do Sul, apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel. Aprovado em: _________________________

Banca Examinadora

___________________________________

Profa. Ma. Ana Laura Paraginski

Universidade de Caxias do Sul - UCS

___________________________________

Prof. Me. Marcell Bocchese

Universidade de Caxias do Sul - UCS

___________________________________

Prof. Me. Misael Paulo Montaña

Universidade de Caxias do Sul - UCS

CAXIAS DO SUL 2014

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RESUMO

O presente estudo tem como objetivo descobrir, através de uma pesquisa experimental, se as ferramentas gratuitas do Google podem ser utilizadas para analisar o comportamento dos consumidores, auxiliando na personalização e adaptação de um site que, por sua vez, aumente significativamente sua eficácia e quantidade de visitantes. Assim, o estudo parte da compreensão da Internet, do consumidor Web e a sociedade pós-moderna, dos aspectos envolvidos na criação de websites e, mais exaustivamente, do aprofundamento dos conhecimentos sobre as ferramentas gratuitas do Google, em especial o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools. Os conhecimentos adquiridos, na pesquisa exploratória bibliográfica, são aplicados na pesquisa experimental e, assim, os dados das ferramentas gratuitas do Google são analisados e utilizados para a criação de um novo website para a empresa Transmioranza. Posteriormente, os resultados da personalização do site são testados através de uma pesquisa qualitativa e quantitativa, baseada nos dados de acesso fornecidos pelo Google Analytics. Observou-se que as ferramentas gratuitas do Google podem auxiliar ativamente no aperfeiçoamento de websites, mas, para isto, devem ser observados diversos parâmetros e guias gerais do desenvolvimento Web. Palavras-chave: Internet. Google. Web Analytics. Site. Transmioranza.

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ABSTRACT

This study aims to discover, through an experimental research, if the free Google tools can be used to analyze the behavior of consumers to help in customization and adaptation of a website which, in turn, significantly increase their effectiveness and quantity of visitors. Thus, the study starts with the understanding of the Internet, the Web consumer and post-modern society, the aspects involved in creating websites and, more extensively, the deepening of knowledge about the free tools from Google, especially Google Analytics, Google Trends, Google AdWords Keyword Planner, Google AdWords Display Planner and Google Webmaster Tools. The knowledge gained in literature exploratory research are applied in experimental studies and thus the data of free Google tools are analyzed and used to create a new website for Transmioranza company. Later, the results of the website personalization are tested through a qualitative and quantitative research, based on access data provided by Google Analytics. It was observed that the free Google tools can actively assist in developing websites, but for this, should be evaluated different parameters and general guidelines of Web development. Keywords: Internet. Google. Web Analytics. Website. Transmioranza.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Página inicial do Google Analytics do site da Transmioranza ................................ 43  

Figura 2 – Página inicial do Google Trends ............................................................................. 46  

Figura 3 – Pesquisa realizada no Google Trends ..................................................................... 47  

Figura 4 – Página inicial do Google AdWords Keyword Planner ............................................ 49  

Figura 5 – Página inicial do Google AdWords Display Planner .............................................. 51  

Figura 6 – Página inicial do Google Webmaster Tools ............................................................ 52  

Figura 7 – Logotipo da Transmioranza .................................................................................... 60  

Figura 8 – Website da empresa Jaloto ...................................................................................... 64  

Figura 9 – Website da empresa Alfa Transportes ..................................................................... 65  

Figura 10 – Website da empresa TNT ...................................................................................... 66  

Figura 11 – Página inicial do website antigo da Transmioranza .............................................. 68  

Figura 12 – “Home” do website antigo da Transmioranza ....................................................... 69  

Figura 13 – Visão geral do público-alvo no período I .............................................................. 71  

Figura 14 – Visão geral do público-alvo no período II ............................................................ 72  

Figura 15 – Todo o tráfego no período I .................................................................................. 74  

Figura 16 – Canais no período II .............................................................................................. 75  

Figura 17 – Tráfego de pesquisa orgânica no período I ........................................................... 76  

Figura 18 – Visão geral do comportamento no período I ......................................................... 78  

Figura 19 – Fluxo do comportamento no período I .................................................................. 80  

Figura 20 – Pesquisa de Tópicos no Google Trends ................................................................ 83  

Figura 21 – Pesquisa realizada no Google AdWords Keyword Planner .................................. 85  

Figura 22 – Pesquisa realizada no Google AdWords Display Planner .................................... 87  

Figura 23 – Página inicial do novo website da Transmioranza ................................................ 91  

Figura 24 – Página Consciência Socioambiental do novo website da Transmioranza ............. 93  

Figura 25 – Comparação da visão geral do público-alvo ......................................................... 95  

Figura 26 – Comparação dos visitantes novos x recorrentes .................................................... 96  

Figura 27 – Comparação da visão geral dos dispositivos ......................................................... 97  

Figura 28 – Comparação da origem do tráfego ........................................................................ 99  

Figura 29 – Relatório de páginas acessadas no website novo ................................................ 101  

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 9   2 A INTERNET ...................................................................................................................... 14  2.1 DEFINIÇÃO ....................................................................................................................... 14  2.2 HISTÓRIA .......................................................................................................................... 15  2.3 IMPORTÂNCIA NA ATUALIDADE ............................................................................... 19   3 O CONSUMIDOR WEB E A SOCIEDADE PÓS-MODERNA ..................................... 21  3.1 CULTURA ......................................................................................................................... 21  3.2 A GLOBALIZAÇÃO E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO ....................................... 22  3.3 SOCIEDADE MODERNA E PÓS-MODERNA ............................................................... 25   4 WEBSITES ........................................................................................................................... 28  4.1 ASPECTOS BÁSICOS ...................................................................................................... 28  4.1.1 Regulamentação e Domínios ......................................................................................... 29  4.2 DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................... 30  4.2.1 Necessidades dos Usuários ............................................................................................ 31  4.2.2 Web Design ..................................................................................................................... 32  4.2.3 Usabilidade, Compatibilidade e Design Responsivo ................................................... 34  4.2.4 Linguagens e Padrões de Desenvolvimento ................................................................. 35  4.2.5 Search Engine Optimization (SEO) ............................................................................... 36   5 AS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE ........................................................ 40  5.1 WEB ANALYTICS ............................................................................................................... 41  5.2 GOOGLE ANALYTICS ....................................................................................................... 42  5.3 GOOGLE TRENDS ............................................................................................................ 45  5.4 GOOGLE ADWORDS KEYWORD PLANNER .................................................................. 48  5.5 GOOGLE ADWORDS DISPLAY PLANNER ..................................................................... 50  5.6 GOOGLE WEBMASTER TOOLS ....................................................................................... 51   6 PESQUISA EXPERIMENTAL – REFORMULAÇÃO DO SITE DA TRANSMIORANZA .............................................................................................................. 55  6.1 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA .................................................................................. 56  6.2 DADOS DA ORGANIZAÇÃO ......................................................................................... 59  6.2.1 História da Empresa ...................................................................................................... 60  6.2.2 Atuação ........................................................................................................................... 60  6.2.3 Identidade Organizacional ............................................................................................ 62  6.2.4 Concorrência .................................................................................................................. 63  6.2.5 Perfil do Consumidor .................................................................................................... 67  6.3 O SITE ANTIGO ................................................................................................................ 67  6.3.1 Análise do Site Antigo .................................................................................................... 67  6.3.2 Google Analytics ............................................................................................................. 69  6.3.3 Google Trends ................................................................................................................. 81  6.3.4 Google AdWords Keyword Planner ............................................................................... 84  6.3.5 Google AdWord Display Planner ................................................................................... 86  6.3.6 Google Webmaster Tools ................................................................................................ 88  6.4 O NOVO SITE .................................................................................................................... 88  6.4.1 Objetivos ......................................................................................................................... 88  

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6.4.2 Linguagens e Padrões de Desenvolvimento ................................................................. 89  6.4.3 Conteúdo ......................................................................................................................... 90  6.4.4 Web Design ..................................................................................................................... 90  6.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................................................................... 93   7 CONCLUSÃO .................................................................................................................... 103   8 REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 107   ANEXO - PROJETO ............................................................................................................ 113  

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1 INTRODUÇÃO

O surgimento e a popularização da Internet marcaram o início de um processo onde a

mudança no comportamento dos consumidores é evidente, rápida e eterna. Neste ciclo

infindável de transformações, não há mais como prever com exatidão as mudanças nas

atitudes do consumidor Web. Assim, para uma atuação competente na Internet, faz-se

necessário entender o processo que originou esta sociedade mutante e como as pessoas

inseridas nos meios digitais consomem e criam conteúdo.

André Telles (2009) explica que, “ao mesmo tempo em que não há certeza de nada,

abre-se um leque de oportunidades para entender, desbravar e participar das mudanças, tanto

como profissional, quanto como consumidor” (TELLES, 2009, p. 10).

Segundo Machado (2008), a Internet é o meio que possibilita maior liberdade aos

usuários, comparada aos meios tradicionais (rádio, televisão, revista e jornal). Visto que eles

podem manipular o conteúdo, escolher e criar a programação. Machado (2008), descreve o

comportamento da audiência, e determina que, na Web, o controle da programação é feito

pelo usuário. Spyer (2007) partilha desta ideia, acrescentando que a mídia Internet é diferente

pois possibilita a comunicação simultânea e intercambiável entre várias pessoas (é um meio

de muitos para muitos).

Haviam, em 2013, mais de 109 milhões de internautas, somente no Brasil. Isto

representa mais da metade da população brasileira (INTERNET WORLD STATS, 2014). O

Brasil ocupa a terceira posição mundial na quantidade de usuários ativos e a primeira posição

em tempo gasto online – cada internauta fica mais de 43 horas por mês navegando em páginas

na Web. Assim como o crescimento de internautas ativamente conectados na rede, os

investimentos em mídia online vem crescendo exponencialmente, chegando, em 2014, a mais

de 7 bilhões de reais investidos (IAB BRASIL, 2014b).

Além da massificação do meio no país, os brasileiros consideram a Internet a mídia

mais importante. Mais de 40% dos brasileiros passam, no mínimo, 2 horas por dia navegando

na Internet, enquanto apenas 27% passam este tempo assistindo televisão. Não bastasse a

preferência pelo meio, perante as mídias tradicionais, a Internet, também, exerce grande

influência nas decisões de compra. Ela é o recurso principal utilizado para conseguir

informações sobre um produto ou serviço que se deseja adquirir (IAB BRASIL, 2014b).

O elevado número de usuários, a amplitude do perfil e as diferentes formas de acesso, a frequência de utilização são sinais de uso da internet como um hábito

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estável do usuário. A variedade do tipo de conteúdo acessado, buscas realizadas, consumo de vídeo, sustentados por melhor qualidade de conexão mostram que a internet torna-se cada vez mais um facilitador, um forma de viver o dia-a-dia e não mais um fim em si mesma. (IAB BRASIL, 2014a, p. 9).

Todos estes dados comprovam que, estar conectado na rede é um acontecimento

comum e essencial na rotina da maioria dos brasileiros. As facilidades trazidas pela Web

fazem com que a geração digital adapte-se rapidamente às velozes mudanças do meio,

interagindo, cada vez mais, no mundo virtual e acessando informações de maneira rápida e

simples.

Fica evidente que, uma empresa que não está na Internet deixa de atingir uma grande

e qualificada parcela da população. Mas, ter um website disponível no meio não é suficiente

para garantir que o público-alvo da empresa acesse o website. Deve haver algo que

impulsione a vontade, ou induza, um usuário à acessá-lo. Perceptivelmente, não apenas as

mídias mudaram, mas os comportamentos sociais também. Os consumidores querem

mobilidade e interatividade, a qualquer tempo e em qualquer lugar. Eles decidem o conteúdo

que desejam acessar, filtrando informações conforme suas vontades – uma verdadeira

programação sob demanda.

Apesar da flexibilidade e adaptabilidade oferecida na Internet, muitas empresas não

aprimoraram sua comunicação digital voltada para o usuário final. Ou seja, muitas marcas

oferecem o que os usuários não buscam ou não se interessam em descobrir (CASTELLS,

2001). Ao indagar diversas questões que dizem respeito à busca dos internautas por

informação, verifica-se que existem ferramentas direcionadas aos desenvolvedores Web, ou

gestores das organizações, que possibilitam descobrir conhecimentos úteis a respeito dos

usuários e acessos a um website. Estes conhecimentos podem ser levados em conta na

construção das páginas ou, mesmo, na formulação do conteúdo destas.

Para fazer a criação ou personalizar um site, a fim de torná-lo o mais eficiente e

eficaz possível, é necessário descobrir como age um usuário em sua busca de um certo

conhecimento ou resposta. É necessário fazer com que o site seja atrativo no processo de

comunicação usuário-sistema.

Indo ao encontro deste pensamento, constata-se que o Google disponibiliza

ferramentas gratuitas que registram e geram dados concretos a respeito das preferências dos

internautas ao navegar e buscar conteúdo na Internet, na visita de websites ou em consultas

específicas. As ferramentas do Google que proporcionam introspecções importantes neste

âmbito, e estão disponíveis gratuitamente para qualquer usuário com uma conta do Google,

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são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google

AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools. Estas ferramentas, além de servirem

como a principal base deste estudo, foram as ferramentas utilizadas para avaliação dos

resultados da pesquisa realizada.

Hoje, há uma sobrecarga de informações na Internet. Há mais de um bilhão de sites

online no mundo (INTERNET LIVE STATS, 2014). Estar com um site bem colocado nos

resultados de buscas do Google é um desafio e depende de diversos fatores. Mas,

principalmente, das palavras-chave e conteúdo disponibilizados.

Saber quais conteúdos e informações disponibilizar, quais as palavras-chave que

devem estar associadas às páginas e o que os consumidores de um produto ou serviço em

específico desejam no contato com uma marca, são conhecimentos essenciais e impactam

diretamente no sucesso ou fracasso de uma empresa na Internet. No entanto, percebe-se que,

apesar do aprimoramento e disponibilidade de ferramentas Web, há muitas empresas com

estratégias mal formuladas e sites supérfluos sem objetivos.

Muitas empresas desenvolvem e oferecem sites inadequados, não correspondentes ao

que os consumidores procuram e a capacidade que o meio proporciona. Diante deste contexto,

o presente estudo propõe explorar: como as ferramentas gratuitas do Google podem auxiliar

no aumento de visitas de um website?

Assim, tem-se, como objetivo geral do estudo: descobrir, através de uma pesquisa

experimental, se as ferramentas gratuitas do Google podem ser utilizadas para analisar o

comportamento dos consumidores, auxiliando na personalização e adaptação de um site que,

por sua vez, aumente significativamente sua eficácia e quantidade de visitantes.

Complementando o objetivo central, os objetivos específicos do estudo são: a)

descrever o que é a Internet, sua história e importância social; b) identificar o perfil do

consumidor Web e a sociedade na qual ele está inserido; c) descrever o funcionamento e a

função de websites; d) explicar como funciona a aquisição de domínios no Brasil; e) explorar

as funcionalidades das ferramentas gratuitas do Google (Google Analytics, Google Trends,

Google AdWords Keyword Planner, Google AdWords Display Planner e Google Webmaster

Tools); f) levantar os dados básicos da organização analisada (Comércio e Transportes

Mioranza Ltda. – Transmioranza); g) analisar o comportamento dos consumidores Web da

empresa Transmioranza; h) criar um website novo (www.mioranza.com.br) para a empresa

Transmioranza, com base nos dados disponíveis nas ferramentas gratuitas do Google; i)

identificar os resultados obtidos com a criação do novo site.

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Sobre as justificativas deste estudo, pode-se citar que ele representa um importante

instrumento de análise, dentro de um meio em crescente expansão, que proverá um

diagnóstico fátuo sobre a importância e possibilidades de utilização, no desenvolvimento

Web, das ferramentas gratuitas do Google.

No campo acadêmico, estuda os temas de tecnologia, design, sociologia, publicidade

e propaganda, relacionando e contextualizando a história do surgimento da Internet com as

necessidades dos públicos e das marcas neste ambiente. O trabalho servirá como material de

apoio aos profissionais da comunicação que desejam abranger conhecimentos sobre as

ferramentas do Google e o desenvolvimento de sites de qualidade, adequados ao público-alvo

de uma marca. Trata-se de um assunto com importância teórica relevante para a comunidade

acadêmica e publicitários, sendo um recurso crucial para o desenvolvimento de estratégias

digitais focadas, utilizando ferramentas gratuitas, disponíveis para qualquer pessoa na Web,

oferecendo base para a diminuição de investimentos e melhor utilização dos recursos no meio.

No âmbito pessoal, a escolha do tema e assuntos abordados, foi reforçada pelo curso

do autor – Comunicação Social – Publicidade e Propaganda. O estudo abrange a principal

mídia do país e, a partir do levantamento de referências expoentes e da pesquisa experimental

realizada, foram contemplados conhecimentos imprescindíveis para a compreensão do meio e

aumento da qualificação profissional do autor.

Esta monografia está dividida em duas partes. A primeira parte, composta pelos 5

primeiros capítulos, apresenta uma pesquisa exploratória, primordialmente bibliográfica, a

qual forneceu os alicerces essenciais para aproximar o tema da pesquisa e aprofundar os

conhecimentos sobre os assuntos envolvidos. A segunda parte, representada pelo capítulo 6,

traz a tona a pesquisa experimental realizada, detalhando o processo realizado e apontando os

resultados alcançados com a reformulação do website da empresa Transmioranza.

O segundo capítulo, “A Internet”, traz os autores Kurose e Ross (2013), Wu (2012),

Ceruzzi (2012), Abbate (1999), Banks (2008), Vieira (2003) e Hafner e Lyon (1996) para

abranger os conhecimentos necessários sobre a Internet, sua definição e história. Além disto,

o segundo capítulo aproxima as ideias dos autores Bahareth (2012), Banks (2008), Machado

(2008), Deresky (2002), Barbosa (2005), Wu (2012) e Brown (2006), para contextualizar a

importância da Web na atualidade.

O terceiro capítulo, “O Consumidor Web e a Sociedade Pós-moderna”, abrange o

conhecimento e teses dos autores Wu (2012), Hall (2006), Santaella (2003), Castells (1999),

Telefonica (2002), Vaz (2011), Gouveia e Gaio (2004), Castells (2001), Ritzer (2010), Ianni

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(1992), Held e McGrew (2001), Marx e Engels (1973), Giddens (1991), Santi (2003),

Maffesoli (2004), Bauman (2001), Lipovetsky e Roux (2005) e Esperandio (2007), para

resgatar saberes imprescindíveis para o entendimento da cultura e da sociedade da informação

moderna e pós-moderna.

O quarto capítulo, “Websites”, abrange as ideias dos autores Kurose e Ross (2013),

Papa (2011), Benyon (2011), Chak (2004), Butler (2014), Schneider (2010), Valese et al.

(2003), Robbins (2012), Beaird (2007), Memória (2005), Brinck, Gergle e Wood (2002),

Zeldman e Marcotte (2010), Elmansy (2013), Enge et al. (2010) e Moz (2014), sobre os

diversos parâmetros envolvidos na composição de um website de qualidade. O capítulo traz os

aspectos básicos sobre websites, como funciona a regulamentação e aquisição de domínios e

quais os parâmetros envolvidos no desenvolvimento de um site (desde o design às linguagens

computacionais necessárias).

O quinto capítulo, “As Ferramentas Gratuitas do Google”, apresenta, através do

embasamento teórico empírico trazido pelos autores Clifton (2010), Kaushik (2010), Cutroni

(2010), Enge et al. (2010), Teixeira (2010) e Elmansy (2013), as funcionalidades, funções e

utilização adequada das ferramentas gratuitas do Google, envolvidas na reformulação do

website da Transmioranza.

O sexto capítulo, composto pela pesquisa experimental, irá expor a metodologia

utilizada no estudo, os dados da organização em foco, a análise do site antigo e dos dados das

ferramentas gratuitas do Google, o processo de criação do novo site e a análise dos resultados

alcançados com a pesquisa experimental, através de uma pesquisa quantitativa baseada nos

dados de acesso dos sites antigo e novo, disponíveis no Google Analytics.

Por meio de uma técnica de análise de conteúdo e dos resultados obtidos com a

pesquisa experimental, é realizado o fechamento do estudo, fazendo sentido dos dados

apresentados. Assim, por meio das informações adquiridas, tanto na pesquisa bibliográfica,

que contextualiza e aprofunda o tema, quanto na pesquisa experimental, que testa os

resultados alcançados, faz-se o fechamento do trabalho, sendo formuladas as conclusões

obtidas com o desenvolvimento do estudo. Por fim, este trabalho traz introspecções

importantes sobre o desenvolvimento Web, utilizando os dados das modernas e eficazes

ferramentas gratuitas do Google e das bases apresentadas pelos autores conceituados no meio.

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2 A INTERNET

A Internet vem ampliando gradativamente e exponencialmente sua quantidade de

usuários. E, estes passam cada vez mais tempo divagando e consumindo conteúdo no

ambiente virtual.

O maior sistema de engenharia já criado pela humanidade, a Internet, tem bilhões de

usuários conectados por meio de diversos dispositivos, como laptops, TVs, smartphones,

tablets, desktops, sensores, webcams, consoles de jogos e até máquinas de lavar (KUROSE e

ROSS, 2013).

Apesar de ser utilizada rotineiramente pela maioria dos brasileiros, é comum

encontrarmos pessoas que não sabem o que é a Internet, com qual finalidade ela foi criada e

quais são as possibilidades e a importância desta tecnologia no mundo. Assim, para

desmistificar e compreender o papel deste meio na atualidade, faz-se necessário expor

conhecimentos sobre a definição da Internet, sua história e importância social.

2.1 DEFINIÇÃO

Existem diversas teorias sobre a correta definição do que é Internet. Para os autores

Kurose e Ross (2013), é possível entender a Internet se compreendermos detalhadamente os

aspectos principais dela, como os componentes de hardware e software e como estes estão

interligados. Ou, é possível descrever a Internet como sendo uma infraestrutura de redes que

fornece serviços para aplicações distribuídas.

Se adotarmos a ótica sugerida da análise dos componentes da rede, podemos

identificar que a Internet é uma rede de computadores que interconecta incontáveis

dispositivos de computação ao redor do globo. Há pouquíssimo tempo essa rede era composta

apenas por PCs de mesa e os servidores que armazenam e transmitem informações, como, por

exemplo, sites e e-mails. Atualmente, inúmeros dispositivos conectam-se à ela. Assim, o

termo rede de computadores, passa a ser um tanto obsoleto para definir a Internet (KUROSE e

ROSS, 2013).

Explicando, resumidamente, a tecnicidade do funcionamento da rede, temos os

sistemas finais conectados entre si por enlaces (links) de comunicação e comutadores

(switches) de pacotes. A sequência percorrida pelos enlaces de comunicação e comutadores de

pacotes é a “rota” ou “caminho” através da rede. No tráfego de um arquivo, o mesmo é

separado em pequenos pacotes que são juntados ao chegar no destino final. A velocidade com

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que estes pacotes viajam na rede é a taxa de transmissão. Para um sistema final acessar a rede

mundial, ele necessita de um Provedor de Serviços de Internet (em inglês ISP – Internet

Service Provider). Além de serem responsáveis por fornecer acesso a provedores de conteúdo,

conectam sites diretamente à Internet. Assim, os ISPs que fornecem acesso, seja à residências

ou a grandes provedores de conteúdo, devem se interconectar. Toda a comunicação na rede é

executada através de protocolos. Estes protocolos e Padrões da Internet são definidos pela

IETF (Internet Engineering Task Force – Força de Trabalho de Engenharia da Internet)

(KUROSE e ROSS, 2013).

Já, se adotarmos a ótica da análise do serviço, vemos a rede como uma infraestrutura

que provê serviços e aplicações (como e-mail, navegação na Web, redes sociais, mensagem

instantânea, Voz sobre IP (VoIP), compartilhamento de arquivos, televisão pela Internet e

etecetera). Para desenvolver uma aplicação para a Web, é necessário criar programas que

sejam executados em sistemas finais (computadores e outros dispositivos conectados à

Internet) – como PHP, Java ou HTML. Assim, sob esta ótica, a Internet é uma plataforma

para aplicações (KUROSE e ROSS, 2013).

2.2 HISTÓRIA

Partindo do preceito de que não é possível compreender completamente uma mídia

ou meio de comunicação sem ter um domínio básico sobre o surgimento e aplicação do meio,

surge a necessidade de acompanhar o desenvolvimento da tecnologia que levou à sua

maturidade, massificação e importância social na atualidade. Concordando com esta ideia,

Wu (2012) acrescenta que é necessário iluminar o passado para antecipar o futuro.

Diversos autores abordam a história da evolução científica que levou à criação da

Internet de maneira diferente. Alguns focam-se na evolução dos aparatos tecnológicos que

levaram à uma expansão do conhecimento digital, a criação de computadores até a criação da

rede (CERUZZI, 2012; WU, 2012). Outros são mais diretos, não apresentando as criações

anteriores, apontando diretamente o período em que as primeiras redes foram criadas e qual

era o propósito e a necessidade a ser suprida (ABBATE, 1999; BANKS, 2008; VIEIRA,

2003; HAFNER e LYON, 1996).

Tendo em vista que a computação representa a convergência de diversas operações

que uma vez foram mecanizadas, o foco deste capítulo será um resumo das inovações

científicas que possibilitaram a criação da rede mundial de computadores. Já, a criação da

Internet será retratada mais profundamente, devido à sua importância neste estudo.

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Diversas inovações marcaram a história dos adventos que levaram à criação da

Internet, tornando impossível determinar qual invenção, especificamente, começou a sua

história.

As telecomunicações, como a computação, começaram com os primeiros telégrafos

elétricos na metade do século 19. Seguidos pela invenção do telefone, por Alexander Graham

Bell, Elisha Gray, Thomas Edison e outros mais tarde no mesmo século. Estas primeiras

formas de comunicação digital são importantes, pois quase todo fenômeno social que

associamos com a Internet foi antecipado por usos semelhantes ao do telégrafo, um século

antes (CERUZZI, 2012). No sistema Bell, Theodore Vail fundou a primeira rede de

informações e, através desta, criou suposições funcionais e de ideologia que influenciaram

toda a indústria da informação que se seguiu (WU, 2012).

É claro que outras invenções foram significativas, tiveram um ligeiro impacto e

auxiliaram na modelagem da computação e da Internet. As principais são os impérios

culturais e de comunicação da telefonia, rádio, televisão e cinema. Podemos verificar, com

facilidade, a convergência de todas essas ferramentas de informação em um único aparelho, o

smartphone.

A computação é a convergência de diversas operações mecanizadas do passado,

como a contagem com seixos, as tábuas de contagem e o ábaco. Mas, a real mecanização dos

cálculos começou com a máquina de somar de Pascal, em 1642. Com o avanço das

calculadoras e a necessidade da crescente indústria e comércio, a demanda pelas máquinas

começou a crescer, assim como a sequência de inovações, como a invenção da máquina de

somar, por Felt em 1880 (CERUZZI, 2012).

Para diversos historiadores, a história da computação começou com a primeira

máquina capaz de armazenar informações em furos feitos em cartões. Criada por Herman

Hollerith para o Censo dos Estados Unidos em 1890, esta máquina era capaz de usar cartões

para classificar, recuperar, contar e fazer cálculos simples em dados perfurados em cartões.

Com a posterior utilização do sistema de Hollerith em diversas outras aplicações além do

Censo, ele fundou a empresa Tabulating Machine Company, que posteriormente se juntou a

outras corporações, criando a International Business Machines Corporation, a IBM

(CERUZZI, 2012).

O sistema de furos em cartões começou a ser utilizado, eventualmente, pela IBM

para controle e não apenas armazenamento de informações. Ou seja, para processar

informações – o “antepassado” do software (CERUZZI, 2012).

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Um inventor rival, James Powers, produziu um sistema semelhante ao de Hollerith

que utilizava eletricidade – uma grande vantagem, já que era possível realizar operações ainda

mais complexas com o equipamento (CERUZZI, 2012).

Controle, armazenamento, cálculo, utilização de circuitos elétricos ou eletrônicos: esses atributos, quando combinados, fazem um computador. Adicionamos mais um: comunicação – a transferência de informações codificadas por meios elétricos ou eletrônicos através de distâncias geográficas. Este quinto atributo estava faltando nos primeiros computadores eletrônicos construídos em 1930 e 1940. (CERUZZI, 2012, p. 9, tradução nossa).

Apenas no início da década de 1960, durante a Guerra Fria, com o Departamento de

Defesa dos Estados Unidos sendo autopressionado por uma possível catástrofe militar, que

poderia destruir os meios de comunicação existentes na época, começou a corrida pela

inovação técnica necessária para tornar a Internet possível (VIEIRA, 2003).

O Departamento de Defesa teve de reorientar o computador digital para que ele

fosse, além de uma importante ferramenta de calculo, armazenagem e controle, um meio de

comunicação interconectado (CERUZZI, 2012).

A Agência de Pesquisas e Projetos Avançados (ARPA - Advanced Research and

Projects Agency), órgão responsável pelo desenvolvimento de pesquisas científicas e

tecnológicas para fins militares do governo norte-americano financiou o projeto, formando a

ARPANET (VIEIRA, 2003).

Com o avanço das pesquisas da melhor maneira de realizar a comunicação entre

computadores em regiões geograficamente distantes, a ARPANET investiu na ideia de

comutação de pacotes (packet switching) – uma maneira mais eficiente, confiável e rápida de

transmitir dados por uma rede (ABBATE, 1999).

Os primeiros computadores da ARPANET foram conectados em 1969. Já, em 1971

haviam quinze computadores interconectados (CERUZZI, 2012). Provando que era possível

se comunicar à distância, utilizando computadores, através de cabos subterrâneos que

formavam toda a infraestrutura de telecomunicações norte-americana (VIEIRA, 2003).

Apesar da exponencial e rápida ampliação da rede ARPA, ela não foi, sozinha, a

ancestral da Internet que conhecemos hoje. Era uma rede patrocinada por militares que não

tinha os componentes sociais, políticos e econômicos que, juntos, compõem o moderno

mundo conectado (CERUZZI, 2012).

Em 1973, o governo americano assumiu a administração dos pontos da ARPANET

espalhados no país, fazendo com que as conexões saíssem do ambiente acadêmico e

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impressionassem o mundo. Essa nova administração da rede possibilitou uma nova evolução

da conversação entre computadores – a criação do protocolo TCP/IP (sigla para Transfer

Control Protocol/Internet Protocol). Este novo protocolo tornou possível a comunicação entre

diversas redes de computadores, interligando as diversas redes da ARPANET em uma rede

internacional de redes de computadores, chamada pela primeira vez de Internet (VIEIRA,

2003).

De 1975 à 1982 surgiram as primeiras aplicações baseadas no funcionamento da rede

– como o FTP (sigla para File Transfer Protocol), para a transferência de arquivos e o correio

eletrônico (e-mail). Todo o conteúdo disponível se espalhava rapidamente, unindo a

comunidade acadêmica internacional (VIEIRA, 2003).

Finalmente, em 1990, o maior passo para a popularização da Internet foi dado. Tim

Berners-Lee criou a World Wide Web (popularmente chamada de WWW, ou teia de alcance

mundial). Com a tecnologia do hipertexto, a Web (como ficou conhecida), disponibilizou um

espaço em que as informações armazenadas nos milhões de computadores que formavam a

Internet podiam ser compartilhadas e acessadas com muita facilidade, através de um simples

clique. Qualquer computador conectado à Internet conseguia acessar os diversos textos e

arquivos disponíveis na Web (VIEIRA, 2003).

Para facilitar o acesso aos documentos disponíveis na rede, cada um deles recebeu

um endereço, denominado URL (sigla de Uniform Resource Locator), composto por um

identificador de hipertextos, o HTTP (sigla de HyperText Transfer Protocol) e um sinal de

que estava disponível na Web, o WWW (VIEIRA, 2003). Todos estes são ainda utilizados

para acessar qualquer site disponível na rede.

Seguindo as tecnologias de padronização da Web, em 1993, os primeiros programas

de navegação (navegadores ou browsers, como ficaram conhecidos) foram criados. Eles

deram uma interface gráfica para a rede, possibilitaram o compartilhamento de recursos

multimídia e a criação de sites dinâmicos. Os navegadores alavancam o interesse do público

geral, auxiliando exponencialmente na popularização da rede (VIEIRA, 2003).

Estava nascida a Internet que conhecemos hoje. E, em pouco tempo, ela expandiria,

ganharia mais importância, invadindo as corporações e os lares e tornando-se uma

necessidade sem precedentes.

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2.3 IMPORTÂNCIA NA ATUALIDADE

Para muitos, a invenção da Internet foi uma resposta ao problema de concentração de

mídia e dominação corporativa. Não é mais necessário contar com a televisão ou o jornal para

receber informações vitais e encontrar empresas – até porque muitas delas estão disponíveis

apenas no meio digital.

A Internet tornou-se uma parte de nossa rotina diária e uma necessidade, que

ultrapassa a procura por entretenimento. Ela proporciona o mundo virtual inteiro na ponta de

nossos dedos. É a fonte de conhecimento mais poderosa e versátil utilizada pelo homem e

tange cada aspecto de sua vida (BAHARETH, 2012).

A Web está em toda parte, chegando aos lares de todo mundo com um computador e uma linha telefônica. Mais e mais de nós temos nossos computadores o tempo todo, continuamente recebendo e enviando mensagens e e-mail, frequentemente à procura de informações, fotos e música. (BANKS, 2008, p. XI, tradução nossa).

Segundo pesquisa realizada pelo Datanexus1, uma grande parcela de um público

qualificado está sendo perdida pelos meios tradicionais. Diversos usuários estão deixando de

assistir televisão e passando cada vez mais tempo na Internet. De acordo com a pesquisa, no

horário nobre, entre as 20 e 22h30, quando as novelas monopolizam a audiência, 22% das

residências sem acesso à Web estão vendo televisão, contra apenas 15% das que estão

plugadas na rede (MACHADO, 2008). Este crescimento de internautas se deve, também, à

crescente utilização de dispositivos móveis com acesso à Internet, como smartphones e

tablets. Estes dispositivos dispõem de aplicações muito semelhantes aos robustos

computadores de mesa, podendo realizar diversas tarefas a partir de qualquer lugar,

favorecendo o aumento da frequência dos acessos à rede.

Segundo a Internet World Stats (2014), no final do ano de 2013 existiam mais de 109

milhões de internautas no Brasil. Isto representa 52,2% da população brasileira, que chegou,

em 2014, a 202.656.788 de pessoas. Tais números comprovam a expansão e importância do

meio e o tornam, perceptivelmente, essencial no processo de comunicação do consumidor

com as marcas.

1 O Datanexus era um instituto de medição de audiência na TV brasileira, concorrente do Ibope (http://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrad/fq1407200415.htm).

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Para Deresky (2002), a Internet está se popularizando como um meio global de

comunicação e, este fato, vem fazendo com que as empresas, de qualquer porte, consigam

desenvolver com mais rapidez e eficiência uma presença em muitos mercados mundiais.

[...] a web vai se tornar, silenciosamente, o eixo em que se realizará a maior parte das transações comerciais, será o principal meio de comunicação para um número crescente de pessoas, tornando-se a principal fonte de informação e expressão individual e coletiva. Empresas, organizações governamentais e indivíduos estarão intrinsecamente ligados aos canais digitais na execução das mais variadas tarefas. [...] A internet também será o canal preferencial para a troca de todo tipo de mídia [...] (BARBOSA, 2005, p. 10).

A realidade presente indica uma dependência cada vez maior de informação em

todas as questões relativas à vida e ao trabalho – e, toda essa informação, viaja por uma só

rede (WU, 2012). Notavelmente, as empresas que não estão inseridas nesta rede – a Internet –

ficam para trás, deixando de atingir uma quantidade imensa de consumidores em potencial.

Brown (2006) complementa esta ideia:

Expandir o seu negócio para a internet expõe seus produtos ou serviços à uma quantidade dramaticamente maior de consumidores potenciais; no entanto, sem a perícia e as técnicas adequadas de publicidade e marketing, poucos vão algum dia encontrar o seu website. (BROWN, 2006, p. 51, tradução nossa).

Para Machado (2008), as empresas estão diante de uma oportunidade de se

aproximar de uma importante parcela da população, que representa grande parte do poder de

consumo. Mas, esta aproximação não deve ser realizada de maneira intrusiva, através de

propagandas indesejáveis.

Levando em consideração a massificação do meio – mais da metade da população

brasileira possui acesso à Internet –, a importância social na atualidade – é o eixo onde se

realiza a maior parte das trocas de informação e procura por conteúdo – e a quantidade de

horas que os usuários passam no meio, torna-se evidente a importância da inserção das marcas

neste ambiente. Como foi visto, o fato de uma empresa estar disponível na rede, não significa

que ela será visitada. A passividade dos meios tradicionais foi substituída na Web, onde os

usuários programam quando e o que querem acessar. Assim, para chamar a atenção e atrair

este novo consumidor de conteúdo, faz-se necessário entendê-lo, a partir do estudo da

sociedade e cultura na qual ele está inserido.

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3 O CONSUMIDOR WEB E A SOCIEDADE PÓS-MODERNA

Ficou evidente, a partir da criação e massificação da Web, a mudança nas atitudes

dos consumidores e a crescente perda de força das mídias tradicionais. Todos estão à procura

de informação, e a informação está ao alcance de todos que quiserem encontrá-la. A

sociedade da informação surgiu e veio para ficar e mudar a maneira dos relacionamentos e da

busca de conteúdo. Ao contrário da proposta monopolística dos meios tradicionais, na Internet

os usuários ganharam poder e, o seu comportamento, vem moldando a sociedade na era pós-

moderna.

Para Tim Wu (2012, p. 11, tradução nossa), “[...] nossa época não tem precedentes

em toda a história, em termos de cultura e comunicação. Hoje a informação circula pelo país e

ao redor do globo à velocidade da luz, mais ou menos ao sabor do desejo de quem quiser

enviá-la.”.

O desenvolvimento dos conceitos básicos de cultura e sociedade são essenciais para

compreender o novo consumidor e gerador de conteúdo, e para entender os novos moldes de

vida que as pessoas estão levando neste mundo cada vez mais segmentado.

3.1 CULTURA

Visando uma melhor compreensão das atitudes presentes na sociedade, surge a

necessidade de entender a relação entre os processos culturais e suas reações no

comportamento do ser humano.

Cultura é um conjunto de valores, símbolos e sentidos, que se relacionam com o

núcleo interior do sujeito (HALL, 2006). Existem diversas definições de cultura. Para

Santaella (2003), nas visões sociais, intelectuais ou artísticas, é uma metáfora que provém da

palavra em latim cultura, que significa o ato de cultivar o solo. Apesar de haverem diversas

ideias sobre a sua correta definição, “há consenso sobre o fato de que cultura é aprendida, que

ela permite a adaptação humana ao seu ambiente natural, que ela é grandemente variável e

que se manifesta em instituições, padrões de pensamento e objetos materiais” (SANTAELLA,

2003, p. 30).

Segundo Santaella (2003), o homem cria a cultura – é a parte do ambiente feita pelo

homem –, mas esta deve ser aprovada pelo grupo participante. Assim, se os indivíduos

ajustam seu comportamento através do tempo de acordo com o modelo aprovado, a cultura

permanecerá estável.

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Para Hall (2006), a cultura é essencial para estabilizar tanto os sujeitos quanto os

mundos culturais que eles habitam, tornando ambos mais unificados e previsíveis. Na

concepção sociológica, a identidade preenche o espaço entre o mundo pessoal e o mundo

público. Assim, as pessoas se projetam nessas identidades culturais e idealizam seus valores e

significados, tornando-os intrínsecos, o que contribui para um alinhamento dos sentimentos

subjetivos com os lugares objetivos ocupados no mundo social e cultural. A identidade

costura o sujeito à estrutura.

Mas, de acordo com Santaella (2003, p. 45), “as condições de diversidade e

dinamicidade tornam qualquer cultura um fenômeno sempre complexo. É por isso que nunca

podemos identificar uma cultura no sentido de continuidade de uma mesma tradição

amplamente comum”. Concordando com esta ideia, Hall (2006, p. 12) acrescenta que “o

sujeito, previamente vivido como tendo uma identidade unificada e estável, está se tornando

fragmentado; composto não de uma única, mas de várias identidades, algumas vezes

contraditórias ou não-resolvidas”.

Nota-se que a adaptação da cultura varia constantemente, já que está essencialmente

ligada às possibilidades de crescimento e desenvolvimento. A sociedade vai sofrer, quando

não estagnada pela falta de mudanças, transformações resultantes de fatores externos, sejam

políticos, econômicos ou tecnológicos. Assim, segundo Castells (1999), para enfrentar os

novos fenômenos de mudança, fica evidente a crescente necessidade da compreensão da

dinâmica sociocultural – sem classificações preconcebidas e valorativas, e livre de um

determinismo limitado.

As constantes inovações tecnológicas dificultam a percepção das transformações,

assim o processo passa, geralmente, despercebido (CASTELLS, 1999). A globalização, em

especial o advento das inovações tecnológicas, principalmente da Internet, influencia

diretamente o comportamento das pessoas. Assim, para um entendimento integral da cultura e

das mudanças comportamentais da sociedade contemporânea, a globalização e a Sociedade da

Informação devem ser analisados.

3.2 A GLOBALIZAÇÃO E A SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO

A expressão Sociedade da Informação teve seu surgimento no fim do século XX para

denotar a sociedade formada com o advento da globalização. A expressão significa “todo o

suporte que a sociedade contemporânea dispõe para acessar, a qualquer momento e em

qualquer parte do mundo, informações, conteúdos diversos e conhecimento” (TELEFONICA,

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2002, p. 7). Este conceito surgiu, segundo Gouveia e Gaio (2004), nos trabalhos de Alain

Touraine e Daniel Bell sobre as influências dos avanços das tecnologias nas relações de

poder.

A verdadeira evolução da humanidade, como a conhecemos, começou com a

invenção da escrita. A partir de sua invenção foi possível estocar saberes e aumentar a

possiblidade de aprendizado em uma existência. A armazenagem de conhecimento em

computadores, além de facilitar e baratear o processo, aumentou exponencialmente a

quantidade de informação que pode ser armazenada e cambiada pela sociedade (VAZ, 2011).

A característica central da Sociedade do Conhecimento, ou Informação, é que a

forma predominante de interação entre indivíduos é realizada de forma digital. Apoiada nas

tecnologias da informação e comunicação, a Sociedade da Informação, envolve a aquisição, o

armazenamento, o processamento e a distribuição da informação por meios eletrônicos (rádio,

televisão, telefone, computador, celular e outros) (GOUVEIA e GAIO, 2004).

Toda essa informação estocada em computadores de todo o mundo só começou a realmente mudar o cenário mundial quando passou a ser compartilhada, alterada e reenviada por centenas de milhões de indivíduos em todo o planeta por meio da web. Mais do que a “era do conhecimento”, hoje vivemos na “era do conhecimento compartilhado”. (VAZ, 2011, p. 57).

Para Castells (2001), o que caracteriza a sociedade atual é o fato de ser uma

sociedade em rede, na qual o ambiente é constantemente mutante, devido ao intenso e

entrelaçado fluxo de informações, onde as pessoas e organizações devem se readaptar com

frequência. As identidades culturais, constantemente mutantes, sofrem rupturas frequentes

devido a criação de um novo estilo de vida, a partir das experiências que a sociedade

interconectada proporciona ao indivíduo.

As tecnologias não transformam, de maneira autônoma, a sociedade. Elas são as

ferramentas facilitadoras através das quais as pessoas, em seus contextos sociais e político-

econômicos, criam uma comunidade local e global. Na sociedade informatizada – que está em

frequente expansão – a informação segue um fluxo veloz, em grande quantidade, assumindo

valores políticos, sociológicos, religiosos, antropológicos e econômicos – tangendo e

moldando cada aspecto da vida dos indivíduos da aldeia global.

A globalização pode ser entendida como um acontecimento social que envolve todo

o globo. Partindo deste pretexto, é um fenômeno que abarca o encurtamento das relações e

integração de caráter econômico, social, político e cultural entre diversas nações. Ela se refere

aos processos que atuam em escala global, atravessam fronteiras, interagem e conectam

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comunidades e organizações em novas combinações de espaço-tempo (HALL, 2006).

Seguindo esta ideia, Ritzer (2010) define:

A globalização é um processo transplanetário ou conjunto de processos que envolvem o aumento da liquidez e os crescentes fluxos multidirecionais de pessoas, objetos, lugares e informações, bem como as estruturas que encontram e criam que são barreiras, ou dificultam a aceleração, desses fluxos. (RITZER, 2010, p. 28, tradução nossa).

Para Hall (2006), com esta aceleração, em termos de quantidade e velocidade, na

troca de informações, e o encurtamento das distâncias entre as nações proveniente do

processo da globalização, as culturas envolvidas são afetadas. Através deste intricado

processo de forças de mudança as identidades culturais das nações são deslocadas.

Castells (1999, p. 93) pauta que "a globalização e a informacionalização,

determinadas pelas redes de riqueza, tecnologia e poder, estão transformando nosso mundo,

possibilitando a melhoria de nossa capacidade produtiva, criatividade cultural e potencial de

comunicação”. Os sujeitos, neste contexto, se moldam constantemente aos acontecimentos do

mundo interconectado e ganham poderes de identidade e individualidade. Hall (2006)

completa, o sujeito não tem uma identidade fixa, essencial ou permanente.

Por outro lado, apesar da integração da sociedade e a possível queda de barreiras

entre fronteiras, a globalização abala as economias locais e enfraquece o sentimento de

cidadania dos indivíduos, aumentando o abismo entre os países ricos e pobres (IANNI, 1992).

Concordando com esta ideia, Held e McGrew (2001) acrescentam:

Embora cada um tenha uma vida local, as maneiras como as pessoas entendem o mundo vêm sendo cada vez mais interpretadas por acontecimentos e processos provenientes de contextos variados. As culturas híbridas e as empresas de comunicação transnacionais penetram significativamente nas culturas nacionais e nas identidades nacionais. Como resultado, a situação cultural do Estado moderno se transforma. (HELD e MCGREW, 2001, p. 46).

Fica evidente que o surgimento de novas tecnologias, em especial as

telecomunicações e informática, impulsionaram e aceleraram o processo de globalização (o

qual não está estagnado). Essa difusão de conteúdos, informação, matérias e culturas ligou os

mercados globais. A utilização das novas tecnologias potencializou a forma da

comercialização e comunicação das empresas. A alocação de um espaço virtual se torna

essencial, assim como o desenvolvimento de técnicas de comunicação e vendas específicas

para o meio. Seguindo este raciocínio, e para dar continuidade ao entendimento deste

complexo processo, a sociedade atual deve ser compreendida com mais afinco.

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3.3 SOCIEDADE MODERNA E PÓS-MODERNA

Para Marx e Engels (1973), modernidade é:

[...] o permanente revolucionar da produção, o abalar ininterrupto de todas as condições sociais, a incerteza e o movimento eternos... Todas as relações fixas e congeladas, com seu cortejo de vetustas representações e concepções, são dissolvidas, todas as relações recém-formadas envelhecem antes de poderem ossificar-se. Tudo que é sólido se desmancha no ar... (MARX e ENGELS, 1973, p. 70, tradução nossa).

Existem diversas teorias sobre o momento em que a modernidade começou, mas há

um consenso sobre o surgimento da mesma entre os séculos XVII e XVIII. Para Giddens

(1991), a modernidade foi marcada pelo desencadeamento da revolução industrial e de uma

nova forma de pensar – “‘modernidade’ refere-se a estilo, costume de vida ou organização

social que emergiram na Europa a partir do século XVII e que ulteriormente se tornaram mais

ou menos mundiais em sua influência” (GIDDENS, 1991, p. 11).

De acordo com Santi (2003), modernidade pode ser definida como campo da

interiorização do Homem. Essa interiorização leva à criação de um sujeito tido como livre e

autônomo diante do mundo. Neste mesmo movimento, ocorre o aumento de controle e

submissão à ordem social e a crescente valorização das disposições pessoais, assim como a

criação dos valores públicos e privados.

Já, para Giddens (1991), a consequência da modernidade é a “descontinuidade”, a

qual afasta instituições modernas e tradicionais. O indivíduo fica descentralizado. O acelerado

ritmo de mudança, como a utilização de novas tecnologias e mudanças nos sistemas

educacionais, influencia as mentes e comportamentos dos indivíduos. A modernidade é

multidimensional, já que não há apenas um impulsionador para o movimento. Estes

deslocamentos da sociedade ocorreram, de acordo com Hall (2006), devido aos novos

conhecimentos adquiridos pelas pessoas através de diversas evoluções nas teorias sociais e

sociedades humanas, como a corrente marxista, a descoberta do inconsciente por Sigmund

Freud, o estruturalismo linguístico de Saussure, a teorização do poder disciplinar

desenvolvida pelo filósofo Michel Foucault e o nascimento dos movimentos revolucionários e

do feminismo. A época moderna fez, então, surgir uma nova forma de individualismo,

libertando o indivíduo de suas sustentações estáveis nas tradições e estruturas, pluralizando

ainda mais a identidade cultural.

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Percebe-se o consenso de que as sociedades modernas estão em constate, rápida e

permanente mudança. O indivíduo, nascido na modernidade, é atribuído de liberdade e

reflexão, já que os avanços nas sociedades e nas teorias sociais ativaram pensamentos

individualistas, o que levou à uma descentralização social. Estas transformações na sociedade

desencadearam a economia capitalista e a globalização, levando ao surgimento da era atual, a

pós-modernidade.

Assim como na modernidade, não há como identificar o momento exato de início da

pós-modernidade. Para Maffesoli (2004), o termo pós-modernidade surgiu devido a

desfragmentação, por desgaste, incompatibilidade, fadiga ou outros fatores, das entidades

modernas e isto levou à criação uma nova composição, o nascimento de uma nova entidade (a

entidade pós-moderna).

Diversas nomenclaturas são empregadas para definir a pós-modernidade, como

modernidade líquida e pós-modernidade para Bauman (2001), hipermodernidade para

Lipovetsky e Roux (2005), modernidades tardia para Hall (2006), ou contemporaneidade para

Esperandio (2007). Neste contexto, o emprego de qualquer uma destas é correto. Bauman

explica, resumidamente, a sociedade contemporânea:

“Líquido-moderna” é uma sociedade em que as condições sob as quais agem seus membros mudam num tempo mais curto do que aquele necessário para a consolidação, em hábitos e rotinas, das formas de agir. A liquidez da vida e a sociedade se alimentam e se revigoram mutuamente. A vida líquida, assim como a sociedade líquido-moderna, não pode manter a forma ou permanecer em seu curso por muito tempo. (BAUMAN, 2007, p. 7).

Para Esperandio (2007), a recomposição de diversos valores e elementos políticos,

econômicos, culturais, religiosos, sociais e outros levam à chamada hipermodernidade. Assim,

são “elementos característicos da pós-modernidade: produção de uma estética globalizada,

consumo, harmonização entre ética e estética, novos processos de subjetivação, ausência de

um referencial único para análise crítica da arte, fruição do presente etc.” (ESPERANDIO,

2007, p. 94).

Hall (2006) explica que a sociedade contemporânea, pós-moderna, é marcada por

uma crise de identidade dos indivíduos. A identidade cultural é amplamente pulverizada e

inconstante. A globalização exerce grande influência neste contexto, tornando ideias e

culturas rapidamente disseminadas, promovendo o internacionalismo entre nações através da

compreensão de espaço-tempo. Este processo fragiliza as identidades nacionais e locais,

formando identidades híbridas.

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O surgimento do hiperindividualismo, segundo Lipovetsky e Roux (2005), é um

fenômeno marcante na hipermodernidade. O conceito de viver por si mesmo marca este fato.

O prazer de vivenciar e desfrutar um determinado momento é particular, diferente para cada

indivíduo. Com o advento das novas tecnologias, as pessoas personalizam o seu mundo, a

partir do celular personalizado, o iPod com músicas selecionadas, a televisão com os canais

preferidos e a Web com sites favoritos. A sociedade do consumo aspira por luxo, através da

felicidade e do bem-estar que os bens materiais e a riqueza fornecem. Existe desejo por coisas

e prazeres mais duráveis. Os consumidores são mais bem informados, exigentes e sensíveis

aos preços. Em contrapartida, são menos apegados às marcas.

Levando em consideração os autores apresentados, nota-se que a intensa infiltração

cultural leva à ruptura de qualquer identidade cultural forte, homogeneizando as identidades

nacionais. Mas, essa homogeneização não é tão homogênea. As identidades não são tão

consistentes, são fragmentadas. Diversas ideias disseminadas promovem resultados

divergentes em locais diferentes. Estas ideias podem prover tanto a unificação e o

fortalecimento de identidades locais ou a produção de novas identidades – o que acontece na

maioria dos casos. A cultura é moldada por uma mídia abstrata que interconecta um grande

número de pessoas. Assim, não há mais uma identidade única, um sujeito unificado, há, sim,

um sujeito plural e heterogêneo – perdido nas inseguranças, dúvidas, carências e urgências

trazidas pela globalização.

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4 WEBSITES

Com o surgimento e a popularização da World Wide Web na década de 1990, a

Internet começou a sua massificação como um dos principais meios de comunicação

disponíveis na atualidade. Diversas novas aplicações foram desenvolvidas e disponibilizadas

para os usuários da rede, como os mecanismos de busca (como o Yahoo!), as redes sociais

(como o Orkut) e o comércio digital (como a Amazon.com). Estas aplicações alavancaram o

crescimento e auxiliaram na popularização da utilização da Internet.

A Web é a aplicação que chamou a atenção do público em geral. Ela transformou drasticamente a maneira como pessoas interagem dentro e fora de seus ambientes de trabalho. [...] Talvez o que mais atraia a maioria dos usuários da Web é que ela funciona por demanda. Usuários recebem o que querem, quando querem [...]. Hiperenlaces e buscadores nos ajudam a navegar pelo oceano dos sites. Dispositivos gráficos estimulam nossos sentidos. Formulários, applets Java e muitos outros recursos nos habilitam a interagir com páginas e sites. (KUROSE e ROSS, 2013, p. 72).

Websites representam a porção mais importante e significativa da Internet. Usuários

passam cada vez mais tempo navegando em busca de conteúdo, como informações, empresas

e entretenimento nessa mídia. Neste contexto, empresas e profissionais utilizam o meio para

prospecção de negócios e busca de clientes ou fornecedores em potencial. As empresas que

não estão disponíveis no meio estão em grande desvantagem competitiva diante das

constantes modificações do mercado globalizado. Estas empresas, indisponíveis na Web,

deixam de atingir uma importante e qualificada fatia de mercado, que vem crescendo e se

adaptando com as ferramentas facilitadoras de pesquisa disponíveis. Raramente uma empresa

de um setor singular, por mais especializado que seja, vai buscar um fornecedor em catálogos

especializados sem, sequer, realizar uma breve pesquisa na Internet, entrar nos sites das

corporações encontradas para melhor conhecê-las e, possivelmente, contatá-las. Empresas

com um site adequado e bem elaborado, facilitam, aumentam a exposição, agilizam e

complementam o contato com os clientes em potencial.

4.1 ASPECTOS BÁSICOS

Website é resultado da combinação das palavras, em inglês, Web (rede) e site (lugar

ou sítio). Ou seja, é um lugar disponível na rede através de um endereço específico (por

exemplo, a URL: http://www.mioranza.com.br). Um site, website ou página Web é constituído

de objetos (documentos). É um arquivo (por exemplo, um arquivo HTML, PHP ou uma

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imagem JPEG) disponível em um servidor, que pode ser acessado através de um endereço

padronizado pelos protocolos da rede (tal como o HTTP). Grande parte das páginas Web são

constituídas de um arquivo-base HTML, com outros objetos referenciados nesta ou a partir

desta. Assim, uma página com um texto HTML e duas imagens, tem, então, três objetos. O

arquivo-base HTML referencia os outros objetos da página através da URL específica de cada

arquivo. Cada URL compreende o nome do hospedeiro (hostname, servidor que abriga o

objeto) e o caminho do arquivo. Exemplo de URL que aponta para uma imagem:

http://www.mioranza.com.br/departamento/imagem.gif. Sendo “www.mioranza.com.br” o

hospedeiro e “/departamento/imagem.gif” o caminho (KUROSE e ROSS, 2013).

Assim, para uma empresa ter um site na Internet, esta precisa de um servidor Web

sempre funcionando (já que, se o servidor estiver off-line, os usuários não conseguem acessar

o site) e de um domínio público (um nome na Internet que aponta para o servidor – por

exemplo, http://www.mioranza.com.br).

4.1.1 Regulamentação e Domínios

As estruturas de gestão e organização da infraestrutura da rede mundial de

computadores são replicadas a partir de um organismo central. A regulamentação mundial

deste meio é realizada pela Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN)

– entidade privada e sem fins lucrativos, vinculada ao governo dos Estados Unidos da

América (PAPA, 2011).

No Brasil, os domínios “.br” são regulamentados, através da devida designação pela

ICANN, pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). É responsabilidade do CGI.br o

estabelecimento de diretrizes para a organização das relações entre o governo e a sociedade na

execução do registro de nomes de domínio, na alocação de endereços IP, na administração

dos níveis hierárquicos dos nomes de domínio e no interesse do desenvolvimento da Internet

no país. Assim, o Comitê exerce a função de entidade reguladora, na gestão de registro de

nomes de domínios no Brasil – regulando, inclusive, as tarifas cobradas (PAPA, 2011). O

CGI.br (2014) complementa, sobre serviços executados:

O modelo multissetorial do CGI.br congrega diversos setores ao reunir sociedade e governo para estabelecer diretrizes estratégicas relacionadas ao uso e desenvolvimento da Internet no Brasil. A atuação do CGI.br e do NIC.br abrange desde aspectos técnicos, recomendações de procedimentos para a segurança, pesquisas, formulação e avaliação de políticas, permitindo a manutenção do nível de qualidade técnica e inovação no uso da Internet no Brasil. (CGI.BR, 2014).

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Para adquirir um domínio no Brasil (por exemplo, um domínio “.com.br”), é

necessário ter uma conta e fazer o registro através do Registro.br (disponível no site

https://registro.br/). Existem, no Brasil, três categorias principais de domínios (domínios de

pessoa física e profissionais liberais, domínios de pessoa jurídica e domínios genéricos). Os

domínios de pessoa física e profissionais liberais (por exemplo, domínios “.blog.br” e

“.adm.br”) podem ser registrados apenas por titulares com CPF. Os domínios de pessoa

jurídica (por exemplo, domínios “.agr.br” e “.esp.br”) devem ser associados à uma empresa

com CNPJ. Já, os domínios genéricos (por exemplo, domínios “.com.br” e “.eco.br”) podem

ser registrados tanto com CPF ou CNPJ (REGISTRO.BR, 2014).

4.2 DESENVOLVIMENTO

Para projetar um website de qualidade, que atenda premissas básicas de estética,

interatividade, utilidade, acessibilidade, compatibilidade, conteúdo e usabilidade, diversos

conceitos importantes devem ser observados e levados em conta. Este processo, do

desenvolvimento de um website, engloba diversas questões, desde o conteúdo que será

disponibilizado à tecnologia que será utilizada. A atenção dada aos detalhes de cada uma das

premissas pode significar o sucesso ou o fracasso de uma página.

Segundo Benyon (2011), para projetar um sistema interativo de sucesso, ele deve ser

agradável de usar, fazer coisas úteis, ser acessível, usável e envolvente. Para atingir tal

objetivo, o design da página deve ser centrado no ser humano. Outra questão crítica é a

usabilidade, a qual é avaliada ativamente pelos usuários. Assim, é evidente que o site deve

servir como um sistema moldado para atender às necessidades e especificidade de seus

usuários.

Chak (2004) complementa, informando que, para atingir os resultados esperados e

atender às necessidades dos usuários Web, o site deve estar disponível, ser fácil de usar,

inspirar confiança e criar o desejo de transação nos usuários.

A fim de entender e elencar a importância e o significado de cada etapa relevante na

composição de um site, é necessário abranger conhecimentos sobre os conceitos básicos para

a elaboração de um site eficiente e eficaz. Suprir as necessidades dos usuários que acessam o

site deve ser o principal objetivo levado em consideração na composição de uma página Web.

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4.2.1 Necessidades dos Usuários

A sociedade da informação alterou a forma de demanda dos produtos e serviços

disponíveis. Os usuários desejam consumir o que querem, quando querem. Assim, as marcas

devem adequar-se à esta nova forma de demanda, característica dos indivíduos pós-modernos.

Mas, na Web, os usuários exprimem certas necessidades peculiares que devem ser supridas

para um contato usuário-marca ideal. Sobre as expectativas dos usuários perante os sites, Jane

Butler (2014), diretora de viagem do Google, afirma:

A facilidade é cada vez mais importante porque os usuários têm expectativas mais altas para obter respostas que sejam contextualmente relevantes, quando querem, de qualquer lugar, em qualquer dispositivo. E eles querem que esse processo seja rápido, fácil e não demande muito esforço. (BUTLER, 2014).

Andrew Chak (2004) hierarquiza as necessidades fundamentais dos usuários em

quatro níveis: disponibilidade, usabilidade, confiança e desejo. A disponibilidade diz respeito

à possibilidade do consumidor confiar no site e os requisitos necessários para o mesmo

funcionar. Se um website utiliza muitos recursos, é lento ou não é acessível em plataformas

móveis, ele não está disponível. A usabilidade permite que os usuários utilizem o site, assim,

compreende a facilidade dos usuários em navegar, encontrar os itens e utilizar as ferramentas

disponíveis (como formulários, por exemplo). A confiança aborda duas áreas: a garantia da

seleção do serviço adequado, que atenda às necessidades específicas e a confiança de que a

proprietária do site é a empresa certa para fornecer tal serviço. Por fim, após transmitir a

confiança adequada, o desejo é a necessidade final que deve motivar ainda mais o consumidor

Web em agir da maneira esperada, seja realizando uma transação, cotação ou contato com a

organização.

Assim, percebe-se que não adianta ter um domínio na Web, se os usuários não

conseguirem utilizar o site com o navegador favorito, encontrar o conteúdo que estão

procurando, achar argumentos convincentes sobre a legitimidade da marca e serem

impulsionados a realizar uma transação com a empresa. Estas necessidades devem ser

supridas a fim de tornar a experiência dos consumidores Web, perante o site, relevante e

satisfatória.

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4.2.2 Web Design

Muito se fala da importância do Web design para a composição de websites. Mas,

raramente é apresentada uma definição concreta sobre o termo. Destarte, para entender o que

é design, faz-se necessário a indicação de uma definição apropriada e concisa. Schneider

(2010) traz uma explicação adequada:

Design é a visualização criativa e sistemática dos processos de interação e das mensagens de diferentes atores sociais; é a visualização criativa e sistemática das diferentes funções de objetos de uso e sua adequação às necessidades dos usuários ou aos efeitos sobre os receptores (SCHNEIDER, 2010, p. 197).

A fim de ampliar o entendimento do conceito de design, a definição de Valese et al.

(2003) é fundamental:

Design significa ter e desenvolver um plano, um projeto, significa designar. É trabalhar com a intenção, com o cenário futuro, executando a concepção e o planejamento daquilo que virá a existir. Criar, desenvolver, implantar um projeto – o design – significa pesquisar e trabalhar com referências culturais e estéticas, com o conceito da proposta. É lidar com a forma, com o feitio, com a configuração, a elaboração, o desenvolvimento e o acompanhamento do projeto (VALESE et al., 2003, p. 118).

Assim, entende-se que design não é, apenas, a parte estética de um projeto. Ele

engloba diferentes matérias para a composição de uma proposta adequada. Um dos pontos

mais salientados pela maioria dos autores que versam sobre a interatividade humano-

computador é o design. Ou seja, a estética planejada da interface apresentada ao usuário final

– abrangendo o que o usuário irá visualizar e a maneira que ele irá interagir com o sistema.

Web design, como uma extensão prática do design, é o design voltado para a Web.

Logo, refere-se à projeção de objetos que estarão disponíveis na Internet, como websites.

Aborda todos os aspectos de um projeto, incluindo design gráfico-visual, design de interface e

experiência, produção de documentos Web, estilos, scripts, programação, estratégia de

conteúdo e multimídia. Todas estas disciplinas combinadas, o planejamento, criação e

atualização de websites, formam o que é chamado de Web design. Evolvendo arquitetura da

informação, estrutura do site, interface, navegação, layout, cores, contrastes, gráficos,

logotipos, fontes, imagens e ícones (ROBBINS, 2012).

Design para a Web é “a arte e a ciência da criação de sites que ajudem os usuários a

tomar decisões que resultem em transações desejadas” (CHAK, 2004, p. 3). Para Andrew

Chak (2004), um site com um design bem orientado é aquele que direciona o usuário com

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uma boa usabilidade de navegação, educa, informando sobre a escolha da opção apropriada,

motiva os usuários, elimina dúvidas para estabelecer confiança e segurança e pode, até, levar

o usuário a um objetivo que ele não tinha antes – tudo com em prol da transação desejada.

Para realizar um bom projeto de design para a Web, é necessário levar em conta a

funcionalidade, na apresentação efetiva da informação e na eficácia, sem esquecer a

perspectiva estética, que trata da apresentação, animações e gráficos. Outros fatores devem ser

observados, quando do desenvolvimento do Web design para um website. Deve-se ter em

vista que: os usuários se agradam com uma estética bem composta, mas são atraídos por

conteúdo; os usuários necessitam de uma navegação clara e intuitiva; os usuários devem

reconhecer sistematicamente as páginas pertencentes ao site (BEAIRD, 2007).

Assim, percebe-se que diversas regras devem ser seguidas para a composição de um

site adequado, que atenda às necessidades da marca e de seus visitantes. Diante disto, há a

repetição de diversos padrões comumente disseminados pelos especialistas no ramo de

desenvolvimento para a Web. Os padrões mais proeminentes merecem observação especial.

Chak (2004) aponta diversas regras essenciais para um Web design coeso e eficaz. A

página inicial do site, ou homepage, como é popularmente conhecida, deve identificar qual é a

empresa, o que faz ou o que o usuário deve fazer ali. Diversos elementos são essenciais nesta

primeira página, como: um logotipo claro e limpo, estabelecendo a identidade do site; uma

apresentação rápida ou descrição explicativa concisa do que a empresa faz; imagens

detalhadas, que complementem o sentido do site, aliadas ao conteúdo e não concorrentes dele;

uma navegação adequada, com as seções principais evidentes e em local de destaque.

Os sites corporativos devem ser autoexplicativos, orientando os internautas para os

passos a serem seguidos até a realização da transação. Além disso, é uma boa opção fornecer

diversos caminhos para acessar a mesma informação ou página. Tendo em vista que cada

usuário pensa de forma diferente, oferecer diversas maneiras de chegar no mesmo lugar é uma

ótima forma de facilitar que os usuários encontrem o que desejam. Fornecer conteúdos

relevantes favorece o alcance do objetivo final. Ferramentas de busca são extremamente

importantes, já que auxiliam os usuários a encontrarem o que procuram de maneira fácil e

rápida. Em páginas específicas, o fornecimento de um resumo do artigo no início ajuda os

usuários a determinar se devem continuar na página ou seguir em frente. O layout deve estar

condizente com o objetivo do site, transmitindo a informação desejada com eficiência. Os

usuários devem poder optar pela melhor forma de contatar a empresa, ou seja, é importante

oferecer diversas alternativas para o contato – seja via formulário, e-mail, telefone, fax ou

endereço (CHAK, 2004).

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Pondera-se que Design e Web design não englobam apenas a funcionalidade ou

estética do produto desenvolvido. Eles devem ir além, e estar voltados, principalmente, para a

experiência do usuário no contato com o layout final. Ou seja, o apelo criado deve ter uma

estética agradável, condizente com a função esperada e o contexto no qual a empresa

desenvolvedora está inserida. O conteúdo do website deve ser apresentado de maneira que

ajude as pessoas a entendê-lo e absorvê-lo. Todos os aspectos envolvidos nas criações devem

ser voltados para proporcionar a experiência mais agradável, coesa, intuitiva e facilitadora

possível ao usuário, orientando-o, de maneira implícita, ao resultado esperado – a transação

ou contato.

4.2.3 Usabilidade, Compatibilidade e Design Responsivo

Sites com boa usabilidade são sites intuitivos e transparentes, que auxiliam os

usuários a alcançar seus objetivos com eficiência, rapidez e facilidade. A usabilidade aborda

todos estes aspectos do produto final. E, um dos fatores mais importantes do layout

desenvolvido é a usabilidade do mesmo. Além da necessidade básica de transmitir o conteúdo

com eficiência e clareza, sites devem ser adaptáveis à tecnologia e plataforma utilizada para

seu acesso – este aspecto tange a compatibilidade e responsividade. Deste modo, pode-se

entender compatibilidade e design responsivo como partes intrínsecas da usabilidade.

Felipe Memória (2005) define usabilidade como a capacidade, em termos práticos

humanos, de um sistema ser utilizado com facilidade e eficiência pelo usuário. É a aptidão do

sistema de conceder ao usuário a capacidade de alcançar seus objetivos na interação com o

aplicativo. Um sistema com boa usabilidade comtempla certas características essenciais,

como a facilidade do usuário aprender a utilizá-lo, a eficiência produtiva quando utilizado, a

facilidade da utilização ser lembrada quando utilizado novamente, a apresentação de poucos

erros e a capacidade subjetiva de fornecer uma experiência agradável e satisfatória.

Web design responsivo é a estratégia de fornecer layouts customizados para

dispositivos diferentes, baseando-se no tamanho da janela do navegador que está sendo

utilizado. Significa desenhar para a flexibilidade (ROBBINS, 2012).

Com o aumento da utilização de dispositivos móveis, como celulares, smartphones e

tablets, para acesso à Internet, ocorreu o surgimento de uma quantidade enorme de sistemas

operacionais, plataformas, navegadores, tamanhos de tela e resoluções diferentes navegando

pela rede. Assim, é evidente a necessidade dos websites estarem aptos a receber este visitante

diferenciado. Mas, para isto, os sites devem estar construídos de forma responsiva – isto

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significa que eles devem se adaptar, automaticamente, ao tamanho da tela do dispositivo

utilizado. O acesso em uma tela extremamente pequena deve ser tão agradável, fácil e

intuitivo quanto o acesso através de um computador ligado à uma tela de alta resolução. Dar

suporte à dispositivos operados por toque também se tornou essencial, já que uma variedade

de aparelhos possuem esta funcionalidade.

As funcionalidades e conteúdo de um site devem estar diretamente voltados ao tipo

de audiência esperado. O layout produzido deve ser orientado de forma a dar suporte aos mais

variados usuários, configurações, plataformas, navegadores e velocidades de conexão. A

premissa da compatibilidade é fazer com que o design funcione de maneira eficiente para a

maioria das pessoas – especialmente para o público alvo da empresa (BRINCK, GERGLE e

WOOD, 2002).

4.2.4 Linguagens e Padrões de Desenvolvimento

Uma linguagem, em termos computacionais, é um padrão de desenvolvimento que

serve para comunicar instruções à um computador ou programa compilador. Deste modo, elas

facilitam a criação de aplicativos e websites. O desenvolvimento de um website pode englobar

diversas linguagens de marcação, programação e scripting.

Para suprir a necessidade de universalização dos padrões de produção para a Web, o

consórcio World Wide Web Consortium (W3C) foi criado. Com a definição, desenvolvimento

e recomendação da maioria dos padrões, a W3C supervisiona o desenvolvimento das

tecnologias Web, criando e fornecendo protocolos e guias para o crescimento à longo prazo da

Internet. Para reforçar a necessidade do desenvolvimento de websites compatíveis, que sigam

os padrões e recomendações da W3C, outras entidades são importantes, como a Web

Standards Project e a European Computer Manufactures Association (ECMA) (ZELDMAN e

MARCOTTE, 2010).

A utilização apropriada de linguagens de marcação traz diversos benefícios: torna o

conteúdo fácil para pessoas e mecanismos de busca encontrá-lo, baixa os custos de

desenvolvimento e teste, torna o site mais leve, aumenta a performance, aumenta a

acessibilidade através de diferentes navegadores e dispositivos e abrange suporte dos

navegadores mais atuais por tempo indeterminado (ZELDMAN e MARCOTTE, 2010).

Uma grande variedade de linguagens são suportadas pela World Wide Web. Estas

podem ser dividas em diversos tipos, desde linguagens marcação, como o XHTML

(Extensible HyperText Markup Language), até linguagens de programação, como Java.

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Conteúdo dinâmico em páginas com linguagem simples, como o XHTML, é normalmente

incorporado através de linguagens scripting, como PHP (Hypertext Preprocessor) ou

JavaScript (SEBESTA, 2010). As linguagens que são utilizadas mais comumente no

desenvolvimento Web são: XHTML, CSS (Cascading Style Sheets), JavaScript, PHP,

ASP.NET (Active Server Pages), Python, Ruby e Java. A escolha da tecnologia apropriada

para o desenvolvimento de um website se dá pela funcionalidade esperada do resultado final e

pela capacidade de produção do desenvolvedor (ROBBINS, 2012).

Diversas linguagens podem ser utilizadas para a criação de um website. Cada uma

delas possui facilidades e limitações específicas. A escolha da linguagem apropriada é de

extrema importância, já que é uma estrutura de suporte e impacta o funcionamento e

funcionalidades de uma aplicação. Mas, embora a escolha da linguagem seja importante, a

garantia da compatibilidade, por tempo indeterminado, de um website se dá a partir da adoção

dos padrões definidos pela W3C ou do desenvolvedor específico.

4.2.5 Search Engine Optimization (SEO)

Search Engine Optimization (SEO), ou otimização para os mecanismos de busca, se

refere à métodos e técnicas que podem ser aplicados a um website para aumentar seu trafego,

ranking e visibilidade nos resultados em sistemas de busca, como o Google, Yahoo! e Bing.

Um site otimizado tem mais chances de aparecer no topo dos resultados gratuitos (orgânicos),

o que leva, consequentemente, ao aumento nas visitas do mesmo (ELMANSY, 2013).

Sistemas de busca já estão integrados na sociedade da informação. Centenas de

milhões de buscas são realizadas todos os dias a partir de sites de pesquisa na Web, como o

Google (líder do mercado). Internautas recorrem a estes sistemas de busca para encontrar os

mais variados conteúdos, empresas, pessoas e, até, realizar pesquisa de preços. Os buscadores

alteraram a dinâmica de vida e interação das pessoas em escala global. Sistemas de busca

ranqueiam páginas através de um complexo sistema de algoritmos. Assim, página

consideradas mais relevantes aparecem primeiro no resultado de uma busca (ENGE et al.,

2010).

Um website com um Web design impecável é inútil se ninguém consegue encontrá-

lo. Assim, é essencial otimizá-lo para que ele se torne visível aos sistemas de busca. Estar

visível nos resultados de busca é uma das mais importantes e melhores maneiras de alcançar

consumidores e alavancar um negócio, independentemente do tamanho, foco e alcance

pretendido da empresa (ENGE et al., 2010).

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Para melhorar a indexação e relevância de um website perante os sistemas de busca,

técnicas de SEO se fazem necessárias. Para aperfeiçoar o website e fazer com que ele apareça

em rankings mais relevantes nos resultados da busca, é necessário entender como os sistemas

de busca funcionam, definir a audiência pretendida e conhecer os métodos e ferramentas

disponíveis para otimização dos resultados (ENGE et al., 2010).

Os robôs dos sistemas de busca exercem duas funções principais – o rastreamento de

páginas (em inglês, crawling) e a construção de um índice, e o fornecimento de respostas às

buscas através de cálculos de relevância e resultados úteis. Os robôs de busca (crawlers ou

spiders) rastreiam todos os documentos (desde páginas de sites à imagens) disponíveis na

rede. Eles realizam consultas a cada objeto disponível na Web (URL única) através dos links

(vínculos) entre as páginas da rede. Através do processo de indexação, todos os arquivos

visitados são organizados em um índice, o qual analisa o conteúdo de cada página, identifica

as palavras e expressões que distinguem a página, atribuindo, à mesma, um mapa semântico

único. O fornecimento de respostas às pesquisas ocorre através da correspondência semântica

entre o conteúdo da página e a consulta (ENGE et al., 2010).

O Google e o Bing fornecem guias para webmasters (proprietários de websites) que

desejam otimizar os seus sites, de maneira a conseguir resultados melhores e aumento no

tráfego orgânico. O Google explica que: as páginas devem ser feitas para os usuários e não

para os sistemas de busca (significando que o website deve possuir conteúdo relevante e

diferenciado); o site deve ter hierarquia clara e links de texto; todas as páginas devem ser

acessíveis através de, pelo menos, um link de texto; os elementos HTML devem ser

descritivos e precisos; a utilização de palavras-chave concisas para a composição das URLs é

importante. Já o Bing orienta a: estruturar um site limpo e rico em palavras-chave e URLs;

certificar-se de que o conteúdo não está dentro de um recurso multimídia, inacessíveis pelo

rastreador de páginas; não colocar texto, que deve ser indexado, em imagens (MOZ, 2014).

O aspecto mais importante de uma página deve estar dentro do código HTML.

Outros documentos que não estão em formato de texto, como imagens e animações em Flash,

costumam ser ignorados ou desvalorizados pelos crawlers. A hierarquia dos links deve ser

estruturada de forma que seja possível rastrear todas as páginas a partir da homepage, ou seja,

todas as páginas devem ter um elo ou vínculo com a página inicial. Palavras-chave são

cruciais no processo de busca, assim, as palavras mais importantes devem estar presentes na

parte indexável dos documentos e, de preferência, utilizadas em títulos, texto ou metadata

(atributos HTML que contém informações sobre outros dados). Os tags HTML de título

devem ser uma descrição precisa e concisa do conteúdo da página. A utilização de meta tags

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(atributos HTML que descrevem o conteúdo da página para os robôs de busca) pode controlar

a atividade dos robôs no rastreamento de uma página (MOZ, 2014).

Para saber quais palavras-chave devem estar presentes e enfatizadas no website,

deve-se definir qual é o mercado-alvo pretendido. Neste âmbito, há diversas maneiras de

estudar quais palavras-chave são mais relevantes e se enquadram ao conteúdo das páginas.

Este processo envolve o mapeamento das consultas dos usuários-alvo. Através da correta

utilização deste recurso, é possível prever mudanças de demanda, responder às condições

mutantes do mercado e produzir conteúdos relevantes que estão sendo procurados ativamente

pelos usuários-alvo (ENGE et al., 2010). Mas, vale ressaltar que, a maioria das pesquisas

realizadas (em torno de 70%) não é feita a procura de termos populares, de alta demanda. A

maior parte das buscas é realizada pela demanda de “cauda longa” – a qual engloba milhões

de pesquisas únicas que são realizadas pouquíssimas vezes ao dia. Assim, palavras-chave

pertencentes à cauda longa têm uma taxa maior de conversão, já que se tratam de pesquisas

mais específicas, onde a maioria dos usuários está a procura de conteúdos peculiares (MOZ,

2014).

A pesquisa de palavras-chave adequadas pode ser realizada utilizando ferramentas

como o Google Trends (analisado com mais afinco no próximo capítulo), Google AdWords

Keyword Planner, Microsoft Advertising Intelligence e outras. Estas ferramentas possuem

diversas funções úteis, que auxiliam na definição de palavras-chave, como a sugestão de

palavras e a previsão de volume estimado de pesquisas. Neste âmbito, a escolha dos termos ou

frases mais apropriados devem levar em consideração tanto a demanda, quanto o trabalho

necessário para atingir uma boa relevância nos resultados de busca com os termos analisados

(MOZ, 2014).

Outros fatores impactam profundamente o ranking de um website nos resultados da

busca. Sites de fácil utilização e navegação simples, que fornecem informação direta, legítima

e de qualidade à consulta, com design profissional, usabilidade e acessibilidade através de

navegadores modernos, têm muito mais chance de serem marcados como mais relevantes.

Além disto, os mecanismos de busca valorizam páginas que recebem uma grande quantidade

de links confiáveis (MOZ, 2014).

Os sistemas de busca fornecem diversos protocolos de operação que podem ser

seguidos pelos sites para uma melhoria nas indexações. Os principais deles são os Sitemaps

(lista de arquivos que fornece, aos mecanismos de busca, sugestões sobre como rastrear o

website de maneira adequada), o arquivo robots.txt (fornece instruções aos crawlers que estão

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visitando o site) e os tags HTML meta robots (dá instruções aos spiders sobre a página

específica) (MOZ, 2014).

Nota-se que, para o desenvolvimento de um website com um alto índice de

relevância nos resultados de busca, diversas guias de boas práticas devem ser observadas.

Devido à imensa concorrência na Web, onde, segundo a Internet Live Stats (2014), há a

presença de mais de um bilhão de websites, a implantação de estratégias SEO que tragam um

bom resultado à página depende do esforço disponibilizado para a prática e, mais ainda, do

próprio design e conteúdo do website. Recentemente os mecanismos de busca começaram a

fornecer diversas ferramentas e protocolos para auxiliar webmasters na melhoria dos

resultados de seus sites nas buscas. Factualmente, o seguimento das recomendações dos

mecanismos de busca é de suma importância. Conclui-se que SEO é um dos fatores mais

importantes quando da elaboração de um website, já que está diretamente ligado à quantidade

de visitas e visitantes que um site pode receber.

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5 AS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE

Apesar da Web ter sido criada por volta de 1991, seu vínculo comercial começou

apenas em 1995. Com a crescente presença de websites, nos anos 2000, a Web passou a ser

vista como um importante meio de informação e comunicação, ganhando rapidamente uma

quantidade imensa de usuários. A partir deste momento, empresas perceberam o potencial da

presença online. Mas, quantificar o investimento necessário no ambiente Web era difícil, já

que não haviam dados concretos sobre o meio e os usuários, e nem como mensurar isso. Com

o avanço do investimentos das grandes corporações, começaram a surgir ferramentas e

sistemas para medir os acessos no meio. Mas, estes sistemas eram de difícil obtenção, sendo

restritos apenas à grandes corporações (CLIFTON, 2010). Hoje, não são mais necessários

grandes investimentos, em infraestrutura e desenvolvimento de sistemas, para conseguir

dados sobre o acesso à um website. Diversas ferramentas foram desenvolvidas especialmente

para a coleta destes dados e, muitas delas, como o Google Analytics, são disponibilizadas

gratuitamente à qualquer pessoa. Segundo Kaushik (2010), a Internet é a plataforma mais rica

em dados do planeta. É um ambiente onde números, dados, matemática e análise devem ser a

base das decisões.

O Google desenvolveu e disponibiliza, gratuitamente, diversas ferramentas

(produtos) e serviços que registram e geram dados concretos a respeito da interação dos

internautas ao navegar e buscar conteúdo na Internet, na visita de websites ou de páginas

específicas. Estes dados podem ser analisados e utilizados como guias para a modificação de

websites, com o intuito de melhorar a experiência dos usuários e aumentar a quantidade de

visitantes e visitas (diversas visitas podem ser realizadas por um único visitante).

As ferramentas gratuitas do Google mais relevantes para mensuração de acessos,

fornecimento de dados de buscas e monitoramento dos aspectos que impactam a presença em

resultados de busca são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword

Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

Os dados fornecidos por estas ferramentas são, geralmente, utilizados no contínuo

processo de melhoria de negócios online – Web ou Digital analytics (CUTRONI, 2010).

Kaushik define Web analytics como: “a análise de dados qualitativos e quantitativos do seu

site e da competição, para conduzir uma melhoria contínua da experiência online de seus

clientes e clientes em potencial, que se traduz nos seus resultados desejados (online e offline)”

(KAUSHIK, 2010, p. 5, tradução nossa).

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Sendo assim, Web analytics é um processo contínuo – que deve estar alinhado às

estratégias do negócio – de medição (de dados quantitativos e qualitativos), análise, mudança

e mensuração de resultados. Web analytics tange a maneira que os dados fornecidos pelas

ferramentas podem ser utilizados. É uma importante ciência de análise e deve ser explorada

para uma melhor compreensão da correta utilização da imensa quantidade de dados que

podem ser obtidos pelas ferramentas gratuitas do Google.

5.1 WEB ANALYTICS

Web analytics envolve, basicamente, três tarefas: a medição qualitativa e quantitativa

de dados, a melhoria continua de um website e o alinhamento da estratégia de medição com a

estratégia de negócio (CUTRONI, 2010). Clifton (2010) acrescenta que, para um negócio

eficiente na Web, a estratégia de marketing online deve ser continuamente renovada,

juntamente com a navegação e o conteúdo do website.

As ferramentas do Google geram apenas dados quantitativos. Estes identificam a

quantidade de pesquisas realizadas para um termo específico, de onde o trafego de um website

se originou e o que é realizado no site. Apesar destes dados serem imprescindíveis, para a

realização de Web analytics, são necessários, também, dados qualitativos. Enquanto os dados

quantitativos descrevem o que acontece em um website, dados qualitativos apontam o porque

eles acontecem (CUTRONI, 2010).

Dados qualitativos podem ser gerados através de diferentes métodos. As fontes mais

comuns para este tipo de dado são as entrevistas, os testes de usabilidade e os questionários

(pesquisas, geralmente integradas ao website) (CUTRONI, 2010).

Relatórios, apesar de importantes, são apenas a metade da história. O verdadeiro poder do web analytics está no que você pode fazer com os dados. Ter uma compreensão clara do comportamento dos visitantes permite identificar gargalos em processos de conversão e campanhas de marketing para que você possa melhorá-las. Ou seja, você pode transformar dados inertes em informações acionáveis. (CLIFTON, 2010, p. 297, tradução nossa).

A segunda, e mais crítica, tarefa do processo de Web analytics é conduzir a melhoria

contínua da experiência online dos clientes e possíveis clientes. Toda a informação coletada

deve servir de suporte à ações de melhoria do website. Para otimizar um site baseado nos

dados é necessário criar soluções para os problemas e testá-las. A melhor maneira de testar

soluções é através da exposição dos visitantes e verificação da solução mais otimizada

(KAUSHIK, 2010).

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Todo o processo de Web analytics visa, como objetivo principal, aumentar os

resultados de um negócio. Isto leva em consideração métricas alinhadas aos objetivos

empresariais. Isto significa que, o motivo de ter um website deve ser atendido. E, com a

definição deste objetivo, é mais fácil saber em quais métricas a atenção deve ser concentrada

(CUTRONI, 2010).

5.2 GOOGLE ANALYTICS

O Google Analytics (http://www.google.com/analytics/) é uma ferramenta que mede,

quantitativamente, o que acontece em um site – todos os encaminhamentos e comportamentos

dos visitantes (CLIFTON, 2010). Ele acompanha muitas métricas padrão, como visitas,

visitantes únicos, visualizações de página (pageviews), tempo das visitas, taxa de rejeição

(bounce rate – quando um usuário visita apenas uma página do site e depois sai), taxa de

abandono (abandonment rate) e outras (KAUSHIK, 2010). Mas, a tarefa mais importante que

o Google Analytics pode desempenhar, segundo Cutroni (2010), é a rastreabilidade dos

resultados do negócio – a possibilidade de identificar os objetivos alcançados.

Abaixo, a Figura 1 exibe a página inicial (Visão geral do público-alvo), do site da

Transmioranza no Google Analytics. Esta página apresenta um gráfico com os as Sessões

(número de sessões individuais iniciadas por um usuário com o site) do mês de outubro de

2014. Abaixo do gráfico, são apresentadas métricas para o período, como quantidade de

Usuários, Visualizações de página, Páginas / sessão (páginas visitadas por sessão), Duração

média da sessão, Taxa de rejeição (porcentagem de visitantes que acessam apenas uma página

antes de sair do site) e Porcentagem de novas sessões. No lado direito das métricas há um

gráfico de setores comparando a porcentagem de visitantes novos e visitantes que retornaram

ao site. Abaixo pode-se filtrar as Informações demográficas, Sistema utilizado para acessar o

website, e informações Celular. Na parte superior e lado esquerdo da página há os menus

principais.

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Figura 1 – Página inicial do Google Analytics do site da Transmioranza

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/web/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

O Google Analytics Help (2014) elucida que, para começar a utilizar o Google

Analytics, é necessário inscrever-se em uma conta, configurar as propriedades da conta e

configurar o código de acompanhamento (rastreamento) em cada página do website. Este

código de acompanhamento é composto por um código JavaScript e a ID (identidade) da

conta do Analytics. Através deste código, o Google recebe informações sobre cada visita ao

site. E, os dados coletados ficam disponíveis ao proprietário da conta. É possível, também,

incorporar a conta do Google Analytics à conta do Google AdWords (serviço de publicidade

do Google).

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O processo de coleta dos dados inicia quando um visitante solicita uma página ao

servidor Web que hospeda o site. O servidor responde enviado a página solicitada ao visitante.

O navegador do visitante recebe esta página e processa as informações presentes na mesma,

contatando os servidores que possuem outras partes da página (como imagens, vídeos e

scripts). Como o código de rastreamento do Google Analytics está presente na página, ele será

executado. O código de acompanhamento identifica atributos do visitante, como o navegador,

o sistema operacional, de onde o tráfego foi originado, quantas vezes o site foi visitado por

aquele computador, entre outras. Após coletar estes dados valiosos e salvá-los em um cookie

(pequeno pedaço de informação enviado por um website, o qual é armazenado no navegador

do usuário enquanto ele está utilizando o site), o código envia as informações ao servidor do

Analytics, que irá armazená-las. Após coletar as informações pertinentes, o Google Analytics

as processa (dividindo-as em campos e dimensões) e armazena (em seu banco de dados). As

informações de uma visita estão disponíveis, geralmente, um dia após a coleta (CUTRONI,

2010).

Os relatórios do Google Analytics são criados em tempo real. Eles são gerados

através da comparação de uma dimensão, como, por exemplo, a cidade do visitante, à uma

informação numérica (chamada de métrica). As métricas mais comuns incluem dados como

visitas, pageviews (visualizações de página), taxa de rejeição, entre outras. Geralmente são

apresentadas diversas métricas para uma única dimensão (CUTRONI, 2010).

Segundo Cutroni (2010), uma das configurações mais importantes do Google

Analytics é rastrear conversões através da especificação de metas ou objetivos – alinhados aos

resultados pretendidos. Uma conversão ocorre quando um visitante completa uma tarefa

específica no website. Um objetivo pode ser, por exemplo, a visita de uma página específica, a

definição do tempo da visita ou a abertura de um número mínimo de páginas durante uma

visita (CUTRONI, 2010). Indo ao encontro desta ideia, Clifton (2010) acrescenta que o

Google Analytics permite descobrir porque os visitantes do website se comportam de certa

maneira ou que melhorias devem ser realizadas. Mas, para isto, os dados fornecidos pela

ferramenta devem ser analisados criteriosamente. Neste âmbito, é importante a criação de Key

Performance Indicators (KPIs), ou indicadores-chave de desempenho, em português. KPIs

representam fatores chave de medição de sucesso, sendo uma separação da infinidade de

informações disponíveis, de forma clara e acionável. Por exemplo, dizer que a quantidade de

visitantes está aumentando em torno de 10% ao mês, é um KPI (CLIFTON, 2010).

Cutroni (2010) explica que uma das principais atividades, ao analisar dados do

Google Analytics, é a realização de segmentação – parte do princípio de entender como

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pequenos segmentos de trafego influenciam o desempenho geral do site. Um exemplo de

segmentação simples é a verificação do trafego do website, baseando-se na localização física

do visitante ou na versão de seu navegador. Este processo é, geralmente, realizado a partir da

criação de filtros e perfis. Clifton (2010), acrescenta que, através da segmentação dos dados, é

possível obter uma compreensão mais profunda do comportamento do visitante. Crutroni

(2010) ressalva que filtros são uma parte importante dos dados fornecidos pelo Analytics. Eles

podem ser utilizados para modificar dados de um perfil. Diversos filtros podem ser

implementados à um perfil para criar dados que atendam às necessidades da organização.

O Google Analytics fornece um conjunto de ferramentas internas que permitem a

configuração de diversos parâmetros, customização de painéis, criação de relatórios

personalizados, relatórios de cobertura em mapa e de links, segmentação e comparação de

dados, exportação e agendamento de dados, relatórios de buscas no site (rastreamento das

buscas realizadas internamente), gráficos exclusivos, rastreamento de eventos e campanhas de

marketing, entre outros. Assim, ele permite diversas comparações, visualizações,

segmentações e filtros que podem ser utilizados para analisar o desempenho real do website.

Através desta ferramenta de mensuração, é possível aliar objetivos online e off-line de uma

empresa e avaliar os resultados através de testes e análises.

5.3 GOOGLE TRENDS

O Google Trends (http://www.google.com.br/trends/) é uma ferramenta gratuita do

Google que permite a comparação de dois ou mais termos de busca (palavras ou frases) para

saber a popularidade, sazonalidade e tendência ao longo do tempo. Os dados fornecidos por

esta ferramenta são obtidos através das buscas realizadas no Google. Assim, o Google pode

determinar quantas buscas foram feitas por um termo específico em comparação ao total de

buscas realizadas durante o período e local estabelecidos (ENGE et al., 2010).

Kaushik (2010) pauta que é fundamental utilizar os dados das ferramentas que

avaliam os comportamentos de busca, já que estes dados são essenciais para inteligência

competitiva, busca de novas oportunidades e compreensão da performance de um website nos

resultados de busca. Faz-se necessário entender completamente o ecossistema do espaço e

concentrar-se nos interesses em expansão.

Abaixo, as Figuras 2 e 3 mostram, respectivamente, a página inicial e uma pesquisa

realizada no Google Trends.

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Figura 2 – Página inicial do Google Trends

Fonte: Google Trends. Disponível em: <http://www.google.com.br/trends/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

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Figura 3 – Pesquisa realizada no Google Trends

Fonte: Google Trends. Disponível em: <http://www.google.com/trends/explore#q=transporte>. Acesso em: 01

nov. 2014.

O Google Trends permite a verificação da estimativa sobre quais cidades, regiões e

idiomas executam o maior número de pesquisas por uma palavra-chave específica. É possível

modificar os resultados obtidos, alterando o período ou região escolhida. Assim, esta

ferramenta é perfeita para realizar a comparação de palavras-chave e identificação da

popularidade relativa das mesmas (ENGE et al., 2010).m

Ao realizar uma pesquisa por um tópico, o Google Trends fornece diversos dados

como o interesse ao longo do tempo, interesse regional, pesquisas relacionadas, tópicos e

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consultas mais visitados e em ascensão. Para uma melhor utilização do Google Trends,

Kaushik (2010) informa que a melhor pratica é fazer uma análise comparativa (ou seja,

comparar dois ou mais termos), já que a ferramenta traz relatórios de performance indexada.

Através da comparação de termos é possível ver o contexto necessário para julgar se uma

tendência de baixa é necessariamente ruim. Outra importante forma de utilização da

ferramenta é comparar marcas com a devida categoria de mercado.

Outra prática importante ao analisar Trends (tendências), é a análise geográfica de

interesse e oportunidade. Isto é, direcionar as forças de marketing geograficamente. Este

processo permite a identificação de locais (países, Estados ou cidades), onde certas empresas

são mais fortes e explorar as áreas de oportunidade, através de uma análise completa da

categoria e concorrência. Assim, não apenas se combate a concorrência, mas também se busca

mercados globais fortes e outros concorrentes (KAUSHIK, 2010).

Verifica-se que o Google Trends pode facilitar o processo de escolha de palavras-

chave, analisando tendências regionais e globais para um determinado termo ou grupo de

palavras. A possibilidade de explorar as palavras-chave mais populares e adequá-las ao

conteúdo do website de uma empresa é extremamente útil, já que pode aumentar a qualidade e

relevância de seu conteúdo, possivelmente melhorando seu ranking nos resultados de busca

orgânicos. Além disso, é possível verificar buscas relacionadas e os termos que mais crescem,

facilitando a visão de mercado e dos interesses volúveis dos usuários. Mas, em contrapartida,

esta ferramenta permite somente a pesquisa de termos relativamente populares – não

compreendendo os nichos de pesquisa menores (de cauda longa).

5.4 GOOGLE ADWORDS KEYWORD PLANNER

O Google AdWords (http://www.google.com/adwords/) é uma solução de

publicidade online do Google. Ele permite a criação de anúncios que podem ser exibidos nos

resultados de busca do Google ou em websites relacionados com o conteúdo anunciado. Já, o

Google AdWords Keyword Planner (planejador de palavras-chave do Google AdWords) é

uma ferramenta gratuita embutida no Google AdWords, a qual permite analisar palavras-

chave (termos), custo médio por clique, volume de buscas, competição, tendências, entre

outras métricas. É possível pesquisar ideias para palavras-chave, verificar volume de

pesquisas em listas de palavras-chave, receber previsões de tráfego para uma lista de palavras-

chave e multiplicar ideias para novas palavras-chave (GOOGLE ADWORDS HELP, 2014).

Assim, é uma ferramenta que pode complementar, em certos aspectos, o Google Trends.

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A Figura 4 apresenta a página inicial do Google AdWords Keyword Planner para a

conta da Transmioranza:

Figura 4 – Página inicial do Google AdWords Keyword Planner

Fonte: Google AdWords. Disponível em: <https://adwords.google.com/ko/KeywordPlanner/>. Acesso em: 01

nov. 2014.

De acordo com Kaushik (2010), com esta ferramenta do Google é possível realizar

análises de expansão de palavras-chave. Este tipo de análise é um dos tipos mais comuns de

inteligência competitiva, se tratando de sistemas de busca.

Aqui também, assim como nas pesquisas realizadas no Google Trends, é importante

realizar a análise através da segmentação demográfica. O Google permite a segmentação por

localização, idioma, período, média de pesquisas mensais, lance sugerido, parcela de

impressão de anúncios, concorrência, palavras-chave negativas (palavras que não podem

aparecer durante a pesquisa do termo principal), dentre outros. Nota-se que boa parte dos

filtros oferecidos são específicos para a realização de campanhas de marketing de busca.

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Assim, é possível identificar o conjunto ideal de palavras-chave que devem estar associada à

um site (KAUSHIK, 2010).

Fica evidente que o Google AdWords Keyword Planner, assim como o Google

Trends, são ferramentas que auxiliam na otimização em sistema de busca, já que existe a

possibilidade de verificar o crescimento de uma categoria específica. Assim, é possível

entender as vantagens dos principais concorrentes e quais palavras-chave representam forças

para os concorrentes e para o próprio negócio. Com o conhecimento das palavras-chave mais

relevantes para um website e seus concorrentes, é possível desenvolver uma estratégia de SEO

hiper focada.

5.5 GOOGLE ADWORDS DISPLAY PLANNER

O Google AdWords Display Planner é uma ferramenta do Google AdWords que

permite a pesquisa de palavras-chave para campanhas da Rede de Display (campanhas que

aparecem em websites que hospedam anúncios do Google AdWords). O diferencial desta

ferramenta, em relação ao Keyword Planner, é a possibilidade de escolher palavras-chave

com segmentações mais diferenciadas e criteriosas. Assim, além das segmentações de local e

idioma, é possível filtrar dispositivos, canais (sites, aplicativos de celular e vídeos), tópicos,

interesses (por exemplo, pessoas aficionadas por política), sexo, idade e categoria (GOOGLE

ADWORDS HELP, 2014). Segundo Kaushik (2010), isto permite, a partir do estabelecimento

do público alvo, a identificação das palavras-chave adequadas ao perfil de consumidor

selecionado. Com a identificação das palavras-chave corretas, é factível a criação de

conteúdos adequados à personalidade dos visitantes do site.

A Figura 5 mostra a página inicial do Google AdWords Display Planner para a conta

da Transmioranza:

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Figura 5 – Página inicial do Google AdWords Display Planner

Fonte: Google AdWords. Disponível em: <https://adwords.google.com/da/DisplayPlanner/>. Acesso em: 01 nov.

2014.

A identificação de audiências baseadas em comportamentos, facilitada por esta

ferramenta, deve ser levada em consideração na definição de palavras-chave mais adequadas

ao nicho de mercado-alvo. Assim como as análises, que podem ser realizadas, devem ser

utilizadas para identificar as oportunidades presentes nos sistemas de busca.

5.6 GOOGLE WEBMASTER TOOLS

O Google Webmaster Tools (https://www.google.com/webmasters/tools/) é uma

ferramenta gratuita desenvolvida para melhorar websites e, possivelmente, auxiliar na

otimização para sistemas de busca (SEO). Ela é capaz de fornecer, de um posto de vista

técnico, introspecções importantes sobre o que os robôs de busca estão realizando no website

e como ele está funcionando. Além disto, esta ferramenta fornece instruções detalhadas sobre

a correta configuração de diversos parâmetros (TEIXEIRA, 2010).

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A Figura 6 apresenta a página inicial do Google Webmaster Tools para a conta da

Transmioranza:

Figura 6 – Página inicial do Google Webmaster Tools

Fonte: Google Webmaster Tools. Disponível em: <https://www.google.com/webmasters/tools/>. Acesso em: 01

nov. 2014.

Segundo o Google Webmaster Tools Help (2014), o Google Webmaster Tools auxilia

a monitorar e manter o site presente nos resultados de busca do Google. É possível monitorar

o desempenho de um website através de estatística de acesso do conteúdo, envio de conteúdos

para rastreamento, remoção de conteúdos que não devem ser exibidos em resultados de

pesquisas e monitoramento de problemas de segurança e malware (programa que pode

danificar ou desabilitar um computador ou sistema). Também é possível verificar as consultas

de pesquisa – quais os termos buscados que exibem o site nos resultados de pesquisa do

Google e quais os resultados mais acessados (GOOGLE WEBMASTER TOOLS HELP,

2014).

As consultas de pesquisa exibem quais pesquisas realizadas no Google retornam

URLs do site analisado. É possível ver, também, as principais páginas acessadas e os termos

que foram utilizados para encontrá-las. Diversas métricas são trazidas nas consultas de

pesquisa, como o número de consultas de pesquisa que retornam páginas do site, a quantidade

de vezes que as páginas foram exibidas em resultados da pesquisa (impressões), número de

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cliques que o site sofreu, taxa de cliques (CTR – porcentagem de impressões que resultam em

cliques para o site) e a posição média de cada página nos resultados das pesquisas (GOOGLE

WEBMASTER TOOLS HELP, 2014).

O Google Webmaster Tools permite rastrear a performance do website, o status do

arquivo sitemaps, problemas de crawling (rastreamento das páginas) e links (vínculos

quebrados ou mal configurados). Ele rastreia e identifica erros de crawling, uma vez que, se

os robôs de busca encontrarem um erro que impeça ou dificulte a indexação do website, ele

aparecerá nos relatórios do sistema (ELMANSY, 2013). Alguns erros comuns que são

apontados pelo Webmaster Tools e impactam profundamente um site que está sendo rastreado

são: páginas inexistentes (links apontando para páginas que não existem), erros no arquivo

sitemaps, URLs não seguidas (que os spiders não conseguem acessar), URLs que esgotam o

tempo limite (os crawlers não conseguem carregá-las em tempo hábil e desistem), URLs

inacessíveis, erros no servidor e páginas com conteúdo duplicado (ARLITSCH e OBRIEN,

2013). Segundo Arlitsch e OBrien (2013), estes erros podem levar à uma diminuição da

quantidade de páginas indexadas e, consequentemente, à diminuição nas visitas. Assim, é

essencial o monitoramento constante dos erros de crawling, já que alguns erros podem

impactar profundamente o ranking de uma página, diminuindo a confiabilidade do site e o

sucesso das estratégias de SEO.

A verificação do desempenho (velocidade) do website é realizada através das

estatísticas de rastreamento, que apresentam o número de páginas rastreadas em um dia, o

peso do conteúdo baixado e o tempo para download das páginas. Quanto mais rápido os robôs

de busca rastreiam o site, mais conteúdo eles conseguem indexar em períodos menores de

tempo (ELMANSY, 2013).

Através do Webmaster Tools é possível enviar e testar um ou mais sitemaps. Os

sitemaps auxiliam os robôs de busca a realizar um indexação mais eficiente das páginas do

site, além de ajudar na atualização de informação sobre as palavras-chave, imagens,

categorias e outros (ELMANSY, 2013).

Segundo Elmansy (2013), é importante configurar, através da ferramenta, as opções

de crawling, como determinar o país de abrangência do website, a inclusão, ou não, do prefixo

não obrigatório “www” antes do nome do domínio e a determinação da frequência que o

website deve ser revisitado pelos robôs de busca do Google.

Com a opção “buscar como o Google”, é possível visualizar qualquer página do

website como um robô de busca (o Googlebot, no caso). Muitas vezes uma página tem uma

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visualização perfeita no navegador, mas, os robôs de busca “enxergam” a página de maneira

diferente – não formando uma visualização correta (ELMANSY, 2013).

Assim, esta ferramenta é essencial, já que pode ser utilizada para minimizar os erros

do site e maximizar seu desempenho, através da identificação das possíveis falhas. Além

disto, ela fornece introspecções importantes, por meio dos dados de busca do Google, para a

manutenção e definição de palavras-chave adequadas. O Google Webmaster Tools é

fundamental para a tomada decisões técnicas informadas sobre um website e no auxílio das

análises de marketing e SEO.

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6 PESQUISA EXPERIMENTAL – REFORMULAÇÃO DO SITE DA TRANSMIORANZA

A presente pesquisa experimental surgiu com a proposta de reformulação do antigo

site da empresa Comércio e Transportes Mioranza Ltda. (Transmioranza), levando em

consideração os dados obtidos através das ferramentas gratuitas do Google, abordadas no

capítulo anterior. É claro que não foram utilizadas apenas as premissas apresentadas pelos

autores que versam sobre as ferramentas do Google, mas sim todo o estudo realizado sobre a

Internet, o consumidor Web e a correta composição de websites, apresentados nos outros

capítulos deste trabalho.

Segundo Gressler (2004), o intuito de uma pesquisa experimental é investigar as

relações de causa e efeito em uma situação específica, através da exposição de grupos em uma

condição de tratamento e depois comparar com os dados sem tratamento. No caso, o website

está recebendo um tratamento experimental (sendo reestruturado, tendo como base os dados

obtidos através das ferramentas do Google) e depois tendo seu desempenho testado (através

de uma pesquisa quantitativa, a qual compara o site com tratamento e sem tratamento). A

pesquisa experimental foi escolhida por ser um processo que permite austero controle e

modificação das variáveis do experimento (GRESSLER, 2004).

Toda a pesquisa exploratória, primordialmente bibliográfica, realizada e apresentada

até este ponto serviu de base para aproximar o tema da pesquisa, aprofundando os conceitos

sobre a temática e assuntos envolvidos, a fim de identificar o verdadeiro papel e relevância

das ferramentas gratuitas do Google na formulação ou reformulação de um website.

O estudo foi iniciado em 2012, quando foi criado o projeto de trabalho de conclusão

de curso. Os estudos das ferramentas do Google e das diretrizes gerais para criação de

websites iniciaram-se no mesmo ano. Assim, foi possível a análise dos dados das ferramentas

do Google e, a partir das análises, a criação de um novo website para a empresa. O novo

website foi lançado – colocado online – em abril de 2014, permitindo as análises dos

resultados apresentadas no decorrer deste capítulo.

O site está disponível no domínio www.mioranza.com.br, podendo ser acessado a

partir qualquer computador, ou dispositivo portátil compatível, com conexão à Internet e um

navegador Web.

Este capítulo aborda o processo de pesquisa utilizado para a realização do estudo.

Explica a estratégia metodológica de verificação dos resultados. Apresenta a empresa

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estudada, trazendo as informações importantes sobre a mesma. Explora o processo de criação

do novo website e evidencia os resultados alcançados com a reformulação do site.

6.1 ESTRATÉGIA METODOLÓGICA

A presente pesquisa experimental foi sustentada pela pesquisa bibliográfica realizada

ativamente nos capítulos anteriores. Para a sua validade, seguiu dois caminhos de verificação

dos resultados. Foram realizadas pesquisas qualitativas e quantitativas para possibilitar o

obtenção dos resultados buscados, lembrando que esta pesquisa busca descobrir o papel das

ferramentas gratuitas do Google no desenvolvimento Web. Este item aborda os passos da

pesquisa bibliográfica (realizada para embasar a pesquisa experimental, neste capítulo

desenvolvida), da pesquisa qualitativa e da pesquisa quantitativa.

A vertente de pesquisa utilizada, na realização da pesquisa bibliográfica, é a pesquisa

exploratória, a qual permite aumentar a familiaridade do tema, proporcionando uma visão

mais ampla do assunto e uma melhor compreensão da conjuntura do problema. Neste âmbito,

a pesquisa exploratória, primordialmente documental, realizada, se baseia em pequenas

amostras de dados coletadas em diversos meios (livros, documentos, ferramentas e sites). Ela

foi escolhida, não somente pela capacidade de aprofundar o assunto pesquisado e aumentar a

quantidade de informações sobre o tema, mas, também, por possibilitar a busca de novas

abordagens (REIS, 2008). Segundo Reis (2008, p. 64-65), a pesquisa exploratória permite:

- aproximar o pesquisador do tema e do objeto de estudo;

- construir questões importantes para a pesquisa;

- proporcionar uma visão geral acerca de determinado fato ou problema;

- aprofundar conceitos preliminares sobre determinada temática;

- identificar um novo aspecto sobre o tema a ser pesquisado;

- possibilitar a primeira aproximação que o pesquisador tem com o tema de estudo,

quanto à análise de exemplos que estimulem a compreensão do assunto pesquisado.

Segundo Mattar (2000), “uma das formas mais rápidas e econômicas de amadurecer

ou aprofundar um problema de pesquisa é através do conhecimento dos trabalhos já feitos por

outros, via levantamentos bibliográficos” (MATTAR, 2000, p. 20). Neste âmbito, a pesquisa

bibliográfica é o planejamento inicial de qualquer trabalho de pesquisa. Abrange toda a coleta

de materiais e identificação de informações sobre o assunto e apresentação dos mesmos em

um texto sistematizado, onde são evidenciados o pensamentos dos autores e ideias próprias

pertinentes (DUARTE e BARROS, 2006).

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O processo de desenvolvimento Web é um assunto de grande carga teórica, aplicação

prática e, além disto, esta extremamente ligado às ciências humanas, sociologia, história,

psicologia e outras matérias. Desta maneira, não há um procedimento único para a realização

de uma pesquisa sobre o assunto. Com o avanço das teorias humanas, tecnologias e

ferramentas Web, foi possível identificar muito material pertinente a pesquisa bibliográfica

desenvolvida. No entanto, a quantidade de autores que abordam as ferramentas do Google é,

ainda, um tanto limitada. Neste ponto, não foi encontrado nenhum autor brasileiro que trata

das ferramentas gratuitas do Google, estudas neste trabalho. Assim, percebe-se que a pesquisa

bibliográfica foi, não somente importante para o desenvolvimento do trabalho, mas essencial,

já que embasou o projeto, possibilitando a realização da pesquisa experimental. O estudo

desenvolvido foi teórico-empírico, já que partiu da análise de teorias científicas sobre o

assunto – através da pesquisa bibliográfica – para que, em um segundo momento, fosse

possível a aplicação dos conhecimentos na pesquisa de experimental.

Assim, por meio da pesquisa bibliográfica foi possível cobrir uma gama de

fenômenos muito maior do que poderia ter sido pesquisado diretamente (DUARTE e

BARROS, 2006). Neste âmbito, a pesquisa bibliográfica realizada permitiu uma nova

abordagem do tema.

De acordo com Mattar (2000), é possível adquirir informações valiosas dentro das

próprias empresas. Estas informações podem ser de suma importância, assim, no próximo

item são coletadas a maior quantidade de informações relevantes para o estudo, sobre a

organização em foco.

Em um segundo momento, é realizada a pesquisa experimental, onde os sites antigo e

novo são analisados seguindo abordagens quantitativas e qualitativas de tratamento de

informações. Sobre a pesquisa experimental, Ciribelli (2003, apud CHIZZOTTI, 2000, p. 24-

25) afirma:

Parte da análise de um fenômeno pelo qual formula hipóteses prévias de verdades e métodos explícitos de verificação, submete-se à experimentação em condições de controle, cuidando ciosamente da validade interna das hipóteses a fim de extrair leis, fazer generalizações, elaborar teorias explicativas do fenômenos. (CIRIBELLI, 2003, p. 55).

Assim, pretende-se, a partir da manipulação das variáveis (tratamento realizado no

novo site), determinar a relação estímulo-resposta (causa-efeito) e, portanto, medir de maneira

qualitativa e quantitativa os resultados alcançados. Ainda sobre a pesquisa experimental,

Pádua (2007) destaca:

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No geral, a pesquisa experimental exige um momento prévio de busca bibliográfica, para se contextualizar o problema, verificar a existência de outras pesquisas na área, e estabelecer as bases teóricas de referência para identificação das variáveis e técnicas de controle que permitam provar ou testar as hipóteses levantadas. Cabe destacar que a variável é um valor ou uma propriedade (característica) que pode ser medida através de diferentes mecanismos operacionais, que verificarão a relação/conexão entre as características ou fatores. (PÁDUA, 2007, p. 62).

A aplicação dos conceitos trazidos no levantamento bibliográfico realizado forneceu

os parâmetros essenciais, necessários para a realização das análises qualitativas e

quantitativas. Nesta esfera, os dados foram utilizados para realizar as análises pré-teste dos

dados de todas as ferramentas do Google – análises que orientaram o tratamento do novo site.

Além disto, os dados do Google Analytics (ferramenta que fornece métricas importantes sobre

os acessos ao site), foram utilizados para comparar os acessos dos sites antigo e novo.

Para analisar os dados fornecidos pelas ferramentas gratuitas do Google, foram

utilizadas técnicas qualitativas e quantitativas de verificação das variáveis. A abordagem

qualitativa foi essencial para a análise dos dados das ferramentas gratuitas do Google, dos

sites dos concorrentes e da comparação dos sites novo e antigo. Ela foi escolhida por ser

descritiva e permitir a utilização de todo o material obtido durante a pesquisa.

Na pesquisa qualitativa toma-se como base a análise indutiva dos dados, a

interpretação dos fenômenos e a atribuição de significados. A pesquisa qualitativa não se

atenta tanto a representatividade numérica. Se preocupa mais com o aprofundamento da

compreensão do grupo de dados sob análise. Tendo em vista que todas as ciências sociais

possuem sua própria especificidade, a metodologia utilizada neste trabalho é própria. Nas

pesquisas qualitativas, ocorre a busca da explicação do “porquê das coisas” (GERHARDT e

SILVEIRA, 2009). Ainda segundo Gerhardt e Silveira (2009), a pesquisa qualitativa

caracteriza-se pela:

Objetivação do fenômeno; hierarquização das ações de descrever, compreender, explicar, precisar das relações entre o global e o local em determinado fenômeno; observância das diferenças entre o mundo social e o mundo natural; respeito ao caráter interativo entre os objetivos buscados pelos investigadores, suas orientações teóricas e seus dados empíricos; busca de resultados os mais fidedignos possíveis; oposição ao pressuposto que defende um modelo único de pesquisa para todas as ciências. (GERHARDT e SILVEIRA, 2009, p. 32).

Neste âmbito, o intuito da análise qualitativa é dar sentido aos dados obtidos através

ferramentas do Google, com base em técnicas interpretativas, apoiadas na pesquisa

bibliográfica desenvolvida. Desta maneira, busca-se decodificar e traduzir os fenômenos

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59

encontrados, descrevendo os seus significados, tornando possível o entendimento dos dados

coletados.

Já, a pesquisa quantitativa é caracterizada por possuir resultados que podem ser

quantificados. As informações coletadas são tratadas por meio de técnicas estatísticas,

traduzindo as informações em números, a fim de garantir a correta análise e interpretação dos

dados (REIS, 2008). Neste âmbito, os resultados fornecidos por este tipo de pesquisa são tidos

como um retrato real da população alvo da pesquisa. É uma espécie de pesquisa que visa a

objetividade, tomando por base dados coletados por instrumentos padronizados e neutros

(FONSECA, 2002). Na pesquisa em questão, a análise quantitativa se dará a partir dos dados

de acesso ao site da Transmioranza, disponíveis no Google Analytics. Vale ressaltar que o

Google Analytics gera, automaticamente, dados quantitativos de diversas métricas sobre os

acessos ao site. Assim, munido dos dados de acesso de antes e depois da criação do novo

website, é possível verificar como a interação do tratamento do website afetou sua dinâmica

frente ao grupo alvo sob análise.

Os grupos da pesquisa experimental em questão não foram previamente

selecionados, já que são uma das principais variáveis do estudo e forneceram os dados que

possibilitaram a análise pós-experimento. A análise do grupo pré-teste forneceu dados

importantes para conduzir o tratamento do website. O grupo pós-teste apresentou os dados

essenciais para a análise dos resultados.

6.2 DADOS DA ORGANIZAÇÃO

A empresa proprietária do website reformulado (www.mioranza.com.br) é a

Comércio e Transportes Mioranza Ltda., pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ

sob o número 88.657.820/0001-00, situada à rua Adolfo Randazzo, 351, Sala A, bairro Santa

Fé, loteamento Barragem Maestra, CEP 95046-800, na cidade de Caxias do Sul / RS. A

empresa tem por nome fantasia Transmioranza. Ela foi fundada em 1966, completando, em

2014, 48 anos de existência. A Figura 7, abaixo, representa o logotipo atual da empresa.

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Figura 7 – Logotipo da Transmioranza

Fonte: Transmioranza (2014).

6.2.1 História da Empresa

Em 1961, Valdecir José Mioranza iniciou, o que é hoje, uma das maiores empresas

especializadas no transporte de bebidas e alimentos líquidos do Brasil. Começou atividades

ligadas à indústria vinícola em 1966 e, com o aumento no volume de cargas, foi fundada a

empresa Comércio e Transportes Mioranza Ltda.

Sediada desde 1969 em Caxias do Sul, a empresa começou suas atividades

produzindo e comercializando vinho. Nos primórdios, Valdecir José Mioranza era quem

comercializava e entregava a bebida, que era, em parte, produção própria.

Atualmente, a transportadora possui filiais em Itupeva (SP), São Gonçalo do

Amarante (RN), Dias D’Ávila (BA) e Cabo de Santo Agostinho (PE). A empresa é dedicada

ao transporte a granel de álcool, bebidas, alimentos e gás carbônico em caminhões-tanque

pelo Brasil e alguns países do MERCOSUL (Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai).

O crescimento da atuação em transportes fez com que a empresa investisse em

infraestrutura e frota (caminhões e carretas-tanque). Em 2008, a empresa melhorou a

qualidade dos processos, certificando-se na ABNT ISO 9001:2008 e SASSMAQ (Sistema de

Avaliação de Segurança, Saúde, Meio Ambiente e Qualidade).

A Transmioranza teve um crescimento significativo, devido à definição do foco no

transporte de líquidos a granel, que representa um nicho pequeno de mercado, tratando-se do

transporte de cargas no Brasil.

6.2.2 Atuação

Kotler e Armstrong (2008) definem produto como algo, ofertado a um mercado, que

atenda a uma necessidade ou a um desejo. Neste âmbito, um serviço pode ser caracterizado

como um produto. Já, um serviço é uma atividade que uma parte presta para outra e que é, em

essência, intangível (KOTLER e ARMSTRONG, 2008). Neste âmbito, a Transmioranza

especializou-se na prestação do serviço de transporte rodoviário de cargas de produtos

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61

alimentícios de natureza líquida. A especialização diminui os riscos de contaminação dos

produtos transportados, já que os equipamentos utilizados são específicos para esse tipo de

carga. Neste âmbito, as cargas recebem tratamento especial, sendo seguidas rigorosas normas

internacionais de capacitação.

A Transmioranza atua em todo território nacional, além de fazer o transporte de

mercadorias para outros países da América do Sul, dentre eles, Argentina, Chile, Uruguai e

Paraguai. Os gestores consideram o transporte internacional imprescindível para a evolução e

desenvolvimento de novos negócios. A empresa possui frota própria de caminhões equipados

com tanques cilíndricos e isotérmicos de aço inoxidável, específicos para realização do

transporte de bebidas e alimentos, garantindo que as cargas não sofram grandes variações de

temperatura. Além disto, há pouco tempo, a empresa começou a realizar o transporte de gás

carbônico em tanques especiais.

A empresa segue rigorosamente a legislação vigente e as normas aplicáveis à

operações com materiais diversos e produtos perigosos. No processo de transporte são

empregados motoristas qualificados, obedecendo as exigências legais e requisitos dos

clientes. A Transmioranza e seus veículos possuem todos os documentos, autorizações e

certificados necessários para realizar o transporte de todos os produtos transportados.

Neste contexto, nota-se que a Transmioranza optou pela atuação em um mercado

significativamente segmentado. Assim, ela atua em um nicho específico e, consequentemente,

reduzido. Por outro lado, Anderson (2006), destaca que a possibilidade de rivalizar com as

principais empresas do mercado é uma possibilidade para marcas que segmentam seu serviço.

Para Cobra (2008), a segmentação extrema do mercado de atuação – operação em

um nicho específico – pode permitir a alocação de recursos estratégicos de marketing

específicos, trazendo facilidade na hora de racionalizar os custos e facilitando o

acompanhamento dos resultados obtidos.

Pode-se definir que a empresa buscou, em sua atuação, a diferenciação, no momento

que passou a não ser só mais uma transportadora de cargas, passando a prestar serviços de

transportes específicos e especializados (transporte de granéis líquidos alimentícios). Deste

modo, as empresas que utilizam este tipo específico de transporte apresentam necessidades

relativamente homogêneas e, a partir do momento que são atendidas por uma empresa

especializada, tendem a ter seus esforços e retorno financeiro maximizados.

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62

6.2.3 Identidade Organizacional

Para Marchiori (2008), identidade ou cultura organizacional representa a essência da

organização. É o que distingue uma empresa das outras e faz com que ela seja percebida como

estável ao longo do tempo. É um conjunto de valores e conjeturas básicas que conseguem

ordenar e atribuir significações, agindo como elementos de consenso e informação. Assim,

temos, como aspecto principal da identidade organizacional, o estabelecimento da missão,

visão e valores da empresa. Segundo Reginaldo Dalbó (2014):

Um dos aspectos mais importantes, senão o mais diretivo e o que mais orienta, para o pleno exercício da liderança compartilhada é o estabelecimento de missão, visão e valores da sua empresa. O Conjunto formado pela missão, visão e valores representam a identidade organizacional. (DALBÓ, 2014).

Segundo Oliveira (2007), a definição da uma identidade organizacional compõe a

diagramação do pensamento estratégico da direção da empresa. Kotler, concorda com esta

ideia, expondo que “o objetivo do planejamento estratégico é dar forma aos negócios e

produtos de uma empresa, de modo que eles possibilitem os lucros e o crescimento

almejados” (KOTLER, 2000, p. 86).

A missão da empresa descreve, segundo Oliveira (2007) e Lupetti (2003), a razão de

ser da empresa. Neste aspecto, busca-se determinar o negócio da empresa, o porque de sua

existência e em quais atividades ela deverá forcar-se. A missão da Transmioranza é:

Atender as necessidades e exigências do mercado, antecipando as tendências do setor, oferecendo soluções em logística de forma competitiva, segura e de custos otimizados através da melhoria contínua da gestão da qualidade, proporcionando a satisfação dos clientes, colaboradores, sócios e comunidade local. (TRANSMIORANZA, 2014).

Para Oliveira (2007), a visão da empresa proporciona o delineamento do

planejamento estratégico e da identidade organizacional. Representa o que a empresa quer ser,

que rumo ela quer tomar, descrevendo, assim, a conjuntura das aspirações a respeito do seu

futuro. A visão da Transmioranza é:

Ser a empresa líder do mercado no segmento de transportes líquidos a graneis alimentícios perigosos e não perigosos, servindo de referência através do atendimento com excelência, qualidade e segurança, contribuindo com o desenvolvimento social do país, da pessoa humana e proteção ao meio ambiente. (TRANSMIORANZA, 2014).

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Oliveira (2007) propõe que os valores representam um conjunto de convicções e

princípios fundamentais da empresa que dão sustentação à tomada de decisão. A definição de

valores fortes é de elevada importância para a maior qualidade dos resultados e processos de

uma empresa. Além disso, os valores, quando bem definidos, somam vantagens competitivas

à organização. Os valores da Transmioranza são (TRANSMIORANZA, 2014):

- Respeito a vida;

- Ética profissional;

- Responsabilidade social;

- Proteção ao meio ambiente;

- Desenvolvimento com responsabilidade;

- Lucro aos sócios;

- Gestão da qualidade;

- Satisfação do cliente;

- Cumprimento das leis.

O conjunto de princípios e crenças da Transmioranza estão adequadamente definidos

e, neste ponto, auxiliam a definição dos objetivos do negócio e, consequentemente, dos

objetivos do website.

6.2.4 Concorrência

Conforme colocado no capítulo anterior, o estudo da concorrência em relação à

empresa sob análise é extremamente importante para realização da análise de inteligência

competitiva. Isto significa que é essencial comparar as empresas concorrentes, a fim de se

obter dados úteis, seja para a definição de palavras-chave como para a alocação de recursos de

marketing em regiões específicas.

Concorrência é a disputa de uma parcela maior de mercado por produtores de um

mesmo bem ou serviço. Neste contexto, empresas devem prestar atenção nas ações da

concorrência e comparar, constantemente, a qualidade de seus produtos, preços, canais de

distribuição e esforços de promoção (neste caso, um website) (KOTLER e ARMSTRONG,

2008).

Hoje, há poucas empresas que atuam, com exclusividade, no mesmo nicho de

mercado da Transmioranza, ou seja, no transporte de granéis líquidos alimentícios. A maior

parte das transportadoras brasileiras de líquidos a granel atua no segmento de combustíveis e

químicos. Além de que, a maioria das transportadoras não tem idoneidade para realizar

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transportes para o MERCOSUL. No Brasil há quatro concorrentes diretos da Transmioranza,

sendo dois destes de pequeno porte.

Segundo Kaushik (2010), além da análise dos concorrentes diretos, é essencial a

análise global de mercado. Assim, é importante a consulta aos sites de outras transportadoras,

mesmo que não sejam concorrentes diretas da empresa em questão.

A Jaloto é uma das principais concorrentes da Transmioranza. Apesar de atuar em

diversos nichos de mercado, o seu foco é, também, no transporte de produtos alimentícios. O

website deles (www.jaloto.com.br) possui uma navegabilidade simples, moderna e eficiente.

A página inicial do site é atrativa e introduz aos principais aspectos da empresa. Ao contrário

das recomendações de SEO, diversos textos estão presentes em imagens, dificultando o

acesso por robôs de busca. O website não é otimizado para acesso em dispositivos portáteis

como smartphones e tablets. A linguagem utilizada é simples e fácil. O conteúdo está bem

elaborado e dividido, facilitando a navegação. A Figura 8 mostra a página inicial do website.

Figura 8 – Website da empresa Jaloto

Fonte: Jaloto. Disponível em: <http://www.jaloto.com.br/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

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65

A empresa Alfa Transportes não é concorrente da Transmioranza. O seu website

(www.alfatransportes.com.br) foi selecionado por possuir uma quantidade de pesquisas

relevantes, segundo o Google Trends (2014). O site da Alfa transportes não é tão bem

elaborado. Na página inicial não é possível saber o que, exatamente, a empresa faz. São

apresentados apenas algumas imagens de veículos. O logotipo está em cima de uma imagem

de cor semelhante, dificultando a sua visualização. Alguns elementos se sobressaem sobre o

conteúdo principal. Diversos textos estão presentes em imagens. A navegação é simples, mas

há dificuldade na procura de conteúdos – não sendo oferecida opção de busca. Os textos são

curtos e dispostos de forma aleatória e confusa. Apresenta diversos redirecionamentos em sua

navegação, as vezes parecendo que não é o mesmo website. Possui uma grande quantidade de

opções de contato, o que pode confundir os visitantes. A Figura 9 mostra a página inicial do

website.

Figura 9 – Website da empresa Alfa Transportes

Fonte: Alfa Transportes. Disponível em: <http://www.alfatransportes.com.br/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Escolhido pelo mesmo motivo do anterior, o site da TNT Express/Mercúrio

(www.tnt.com) também possui grande relevância em pesquisas no Google, segundo o Google

Trends (2014), tratando-se de transportes. O site da TNT é bem diagramado. Possui uma

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identidade visual forte, com uma excelente utilização de cores. Na página inicial é possível

identificar com facilidade a atuação da empresa, assim como ter um parâmetro geral dos

conteúdos. O logotipo está claro e visível no topo da página. Além de possuir uma navegação

simples e fácil, o site oferece diversos caminhos para um mesmo conteúdo e opção para

buscar palavras-chave. Os textos estão bem diagramados e são de fácil compreensão. Possui

um sistema de pesquisa que recebe as opiniões dos usuários sobre o site. Somente a página

inicial está otimizada para dispositivos com resoluções de tela menores. A Figura 10 mostra a

página inicial do website da TNT.

Figura 10 – Website da empresa TNT

Fonte: TNT. Disponível em: <http://www.tnt.com/express/pt_br/site/home.html>. Acesso em: 01 nov. 2014.

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Neste âmbito, para a criação do novo site da Transmioranza foram realizadas

diversas análises dos websites das empresas concorrentes diretas e indiretas. Apenas algumas

das análises realizadas foram transcritas, neste capítulo, para exemplificar o processo – que

foi realizado de forma dinâmica e não documentada, por causa do grande volume de sites

estudados. Nestas análises, foram observados parâmetros de navegabilidade, conteúdo,

linguagem e estética, a fim de se obter uma média de informações adequadas ao público-alvo

do website da Transmioranza.

6.2.5 Perfil do Consumidor

Segundo Kaushik (2010), a segmentação demográfica, por idade e sexo, é muito

importante em análises de dados, principalmente na pesquisa de palavras-chave. Mas, a

definição destes parâmetros para o presente estudo não é possível, uma vez que os clientes da

Transmioranza são empresas. Assim, o perfil exato do público-alvo do website é

desconhecido. Mas, por outro lado, é possível segmentar o consumidor por interesse, por

exemplo “frete e transporte por caminhão”, disponível no Google AdWords Display Planner.

O mercado da Transmioranza é composto por empresas de médio e grande porte de

diversos setores alimentícios. O segmento geográfico abrangido pela transportadora é

composto pelo Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Paraguai. Nestes locais, o atendimento é

realizado a todas as regiões e distritos sem restrição.

6.3 O SITE ANTIGO

Neste item é abordada a análise do website antigo da empresa Transmioranza. Os

conhecimentos adquiridos sobre as ferramentas gratuitas do Google e parâmetros gerais para a

composição de websites foram colocados em prática. Assim, foi possível realizar uma correta

análise do website antigo e dos dados das ferramentas gratuitas do Google, o que contribuiu

com introspecções importantes para a criação do novo site da empresa Transmioranza.

6.3.1 Análise do Site Antigo

Por ser um site relativamente antigo, criado em 2006, ele apresentava diversos

problemas em sua construção (como ser codificado utilizando tabelas ao invés de CSS – uma

técnica mais moderna, correta e amigável com os robôs de busca). O website não se ajustava

automaticamente à resoluções menores (como de smartphones e tablets), dificultando o

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acesso com certos dispositivos portáteis. A página inicial apresentava uma introdução em

flash – prática inadequada e não muito utilizada atualmente. A Figura 11 apresenta a interface

inicial do website antigo da Transmioranza:

Figura 11 – Página inicial do website antigo da Transmioranza

Fonte: Transmioranza. Disponível em: <http://mioranza.org/antigo/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Dentro do site, o usuário era apresentado à um menu básico com sete opções (home,

empresa, serviços, mercado, certificados, frota e contato). O logotipo tinha baixa legibilidade

e estava incompleto, faltando o nome “Transmioranza”. O conteúdo das páginas era

claramente superficial e ligeiramente incompleto, apresentando, diversas vezes, textos

desconexos com o intuito da página. Muitas informações não estavam atualizadas. A página

de contato apresentava um botão para “limpar” o formulário – prática extremamente não

recomendável, segundo Chak (2004). A Figura 12 apresenta a página “home” do website

antigo da Transmioranza:

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Figura 12 – “Home” do website antigo da Transmioranza

Fonte: Transmioranza. Disponível em: <http://mioranza.org/antigo/portugues/home.html>. Acesso em: 01 nov.

2014.

6.3.2 Google Analytics

O site antigo da Transmioranza estava online desde 2006 e tinha o Google Analytics

incorporado e coletando informações desde setembro de 2007. Assim, há uma quantidade

significativa de dados sobre as visitas ao site desde a data. Estes dados foram analisados,

servindo como uma das bases para a criação do novo website e o desenvolvimento deste

capítulo.

O processo de análise dos dados do Google Analytics foi desenvolvido em duas

dimensões, a partir da seleção de dois períodos diferentes. Um dos períodos selecionados foi

de setembro de 2007 à abril de 2014 (32 meses) – a partir deste momento, denominado

período I. O outro período foi de agosto de 2013 à abril de 2014 (9 meses) – a partir deste

momento, denominado período II. Esta divisão foi necessária pois não há dados de canais

(origem do tráfego) antes do final de julho de 2013. Assim, o segundo período selecionado,

além de fornecer parâmetros mais atuais sobre o website antigo e o comportamento dos

visitantes, é mais rico em informações.

Neste item, são analisadas diversas métricas e informações dos dois períodos, a fim

de identificar as falhas do site antigo e oportunidades para o site novo, tendo em vista as

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informações principais trazidas pelos autores que abordam a utilização adequada desta

ferramenta do Google.

As Figuras 13 e 14 apresentam a “Visão geral do público-alvo” (página inicial do

Google Analytics) nos períodos I e II, respectivamente. Nestas figuras é possível ter uma

visão geral do website nos períodos selecionados. Os gráficos estão divididos em semanas

(assim, cada ponto de pico, representa os acessos de uma semana).

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71

Figura 13 – Visão geral do público-alvo no período I

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

01/09/2007 -­ 30/04/2014Visão  geral  do  público-­alvo

Idioma Sessões Porcentagem  deSessões

1. pt-­br 20.262 91,56%

2. en-­us 1.106 5,00%

3. es 210 0,95%

4. en 199 0,90%

5. it 70 0,32%

6. es-­es 40 0,18%

7. pt-­pt 40 0,18%

8. pt 33 0,15%

9. fr 23 0,10%

10. pt_br 16 0,07%

Visão  geral

+  Adicionar  segmento

 Sessões  Duração  média  da  sessão

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

100100

200200 00:0500:05

Sessões

22.130Usuários

14.874Visualizações  de  página

49.139

Páginas  /  sessão

2,22Duração  média  da  sessão

00:01:43Taxa  de  rejeição

48,97%

Porcentagem  de  novassessões

67,06%

New  Visitor Returning  Visitor

32.9%

67.1%

©  2014  Google

Todas  as  sessões100,00%

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72

Figura 14 – Visão geral do público-alvo no período II

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

A partir da análise das figuras, percebe-se que, embora o site não tenha recebido

atualizações relevantes desde o seu lançamento em 2006, o número de sessões e duração

média da sessão, ao longo do tempo, variam significativamente. Este fato pode significar

alguma sazonalidade no setor ou na procura pelos serviços – já que os conteúdos e palavras-

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

01/08/2013 -­ 30/04/2014Visão  geral  do  público-­alvo

Idioma Sessões Porcentagem  deSessões

1. pt-­br 2.118 91,77%

2. en-­us 102 4,42%

3. en 43 1,86%

4. es 19 0,82%

5. es-­es 6 0,26%

6. pt-­pt 6 0,26%

7. en-­gb 2 0,09%

8. fr 2 0,09%

9. it-­it 2 0,09%

10. pt 2 0,09%

Visão  geral

+  Adicionar  segmento

 Sessões  Duração  média  da  sessão

setembro  de  2013 outubro  de  2013 novembro  de  2013 dezembro  de  2013 janeiro  de  2014 fevereiro  de  2014 março  de  2014 abril  de  2014

5050

100100 00:0500:05

Sessões

2.308Usuários

1.893Visualizações  de  página

9.797

Páginas  /  sessão

4,24Duração  média  da  sessão

00:02:30Taxa  de  rejeição

41,12%

Porcentagem  de  novassessões

81,11%

New  Visitor Returning  Visitor

18.9%

81.1%

©  2014  Google

Todas  as  sessões100,00%

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73

chaves não foram alterados. Como estas figuras não estão muito segmentadas ou com filtros,

há uma relativa falta de conteúdo que pode ser interpretado a partir delas.

A duração média da sessão, no período I, é menor do que 2 (dois) minutos. Já, no

período II é de 00:02:30 (dois minutos e trinta segundos). Mostrando uma melhoria

significativa da permanência dos visitantes no site. Nota-se que diversas métricas melhoraram

com o passar do tempo, apesar do site não ter sofrido grandes alterações. As métricas

visualizações de página, páginas / sessão, duração média da sessão e porcentagem de novas

sessões aumentaram exponencialmente a partir do final de 2013. A porcentagem da taxa de

rejeição também melhorou (sendo reduzida) no mesmo período. Nota-se que a duração média

da sessão e as visualizações de página são inversamente proporcionais à taxa de rejeição.

Verifica-se que, até 2010, havia uma grande quantidade de sessões, e

consequentemente de visitas. Mas, estas visitas eram extremamente ineficientes, uma vez que

os usuários abriam uma pequena quantidade de páginas, evadindo do site rapidamente. Este

período provavelmente tinha uma alta taxa de rejeição por serem os visitantes “incorretos”

acessando o website. Provavelmente este tráfego havia sido originado por sites de busca e, já

que os visitantes não encontravam o conteúdo desejado, não navegavam ativamente no site.

O idioma de mais de 90% dos visitantes do website, nos períodos I e II, é o português

brasileiro. O segundo é o inglês com, em torno de, 5%. O espanhol vem atrás, representando

menos de 1% das visitas – significando que a empresa não recebe visitas significativas dos

países do MERCOSUL, onde atua ativamente. Este fato se deve, provavelmente, a má

indexação do website em espanhol nos sites de busca. Assim, por ser um site brasileiro, com

domínio brasileiro, ele raramente aparece em resultados de busca na Argentina, por exemplo.

Para uma melhor compreensão do comportamento dos visitantes, é necessário

segmentar o público-alvo do website. Assim, as próximas análises dizem respeito a métricas

específicas. A Figura 15 mostra o a origem do tráfego do site para o período I:

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74

Figura 15 – Todo o tráfego no período I

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Percebe-se que o tráfego está praticamente dividido entre origem direta (pessoas que

acessaram o site colocando o endereço do domínio no navegador) e resultados de busca

orgânica (principalmente do Google). Pode-se perceber, também, que os acessos realizados

através das buscas do Google foram bem mais eficazes do que os acessos diretos, tendo mais

engajamento por parte dos visitantes (maior número de páginas por sessão, maior duração

média da sessão, maior porcentagem de novas sessões e menor taxa de rejeição).

A Figura 16 mostra os canais utilizados para acessar o website no período II:

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

01/09/2007 -­ 30/04/2014Todo  o  tráfego

Origem/mídia

Linhas  1  -­  10  de  199

Explorador

Uso  do  site

Sessões Páginas  /  sessãoDuração  média  da  sessão Porcentagem  de  novas

sessões Taxa  de  rejeição

 22.130

Porcentagem  do  total:  100,00%(22.130)

2,22Média  do  site:  2,22

(0,00%)

00:01:43Média  do  site:  00:01:43

(0,00%)

67,05%Média  do  site:  67,06%  (-­0,01%)

48,97%Média  do  site:  48,97%

(0,00%)

1. (direct)  /  (none) 9.993 (45,16%) 1,50 00:00:52 59,46% 70,45%

2. google  /  organic 9.658 (43,64%) 2,98 00:02:36 76,69% 27,32%

3. runonce.msn.com  /referral 455 (2,06%) 1,36 00:00:14 0,22% 70,77%

4. google.com.br  /referral 410 (1,85%) 2,57 00:02:05 70,00% 20,98%

5. bing  /  organic 272 (1,23%) 2,94 00:02:38 71,69% 26,84%

6. search  /  organic 197 (0,89%) 3,10 00:04:18 74,62% 15,74%

7. vinagrepns.com.br  /referral 130 (0,59%) 1,58 00:00:40 92,31% 62,31%

8. orkut.com.br  /  referral 95 (0,43%) 1,24 00:00:17 92,63% 82,11%

9. yahoo  /  organic 92 (0,42%) 3,27 00:02:35 83,70% 33,70%

10. orkut.com  /  referral 59 (0,27%) 1,08 00:00:06 86,44% 93,22%

+  Adicionar  segmento

 Sessões

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

100100

200200

©  2014  Google

Todas  as  sessões100,00%

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75

Figura 16 – Canais no período II

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

O gráfico de sessões está segmentado por dias. Quase 60% do tráfego neste período

se originou por buscas orgânicas. Referências e redes sociais somaram uma quantidade muito

pequena (menor que 4%), já que não há muitos links da empresa em outros sites e nenhuma

ação em redes sociais. Mais uma vez percebe-se que o tráfego direto é muito menos engajado

do que os de busca orgânica.

A Figura 17 mostra o tráfego de pesquisa orgânica no período I:

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

01/08/2013 -­ 30/04/2014Canais

Default  ChannelGrouping

Linhas  1  -­  4  de  4

Explorador

Uso  do  site

Sessões Páginas  /  sessãoDuração  média  da  sessão Porcentagem  de  novas  sessões

Taxa  de  rejeição

 2.308

Porcentagem  do  total:  100,00%(2.308)

4,24Média  do  site:  4,24

(0,00%)

00:02:30Média  do  site:  00:02:30

(0,00%)

81,11%Média  do  site:  81,11%  (0,00%)

41,12%Média  do  site:  41,12%

(0,00%)

1. Organic  Search 1.381 (59,84%) 5,58 00:03:08 80,23% 31,21%

2. Direct 853 (36,96%) 2,12 00:01:29 82,53% 56,51%

3. Referral 72 (3,12%) 3,94 00:02:12 80,56% 47,22%

4. Social 2 (0,09%) 1,00 00:00:00 100,00% 100,00%

+  Adicionar  segmento

 Sessões

setembro  de  2013 outubro  de  2013 novembro  de  2013 dezembro  de  2013 janeiro  de  2014 fevereiro  de  2014 março  de  2014 abril  de  2014

2020

4040

©  2014  Google

Todas  as  sessões100,00%

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76

Figura 17 – Tráfego de pesquisa orgânica no período I

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

01/09/2007 -­ 30/04/2014Tráfego  de  pesquisa  orgânica

Palavra-­chave

Explorador

Uso  do  site

SessõesPáginas  /  sessão Duração  média  da

sessãoPorcentagem  de  novassessões Taxa  de  rejeição

 10.311

Porcentagem  do  total:46,59%  (22.130)

2,98Média  do  site:  2,22

(34,06%)

00:02:38Média  do  site:  00:01:43

(54,09%)

76,46%Média  do  site:  67,06%

(14,02%)

27,30%Média  do  site:  48,97%

(-­44,25%)

1. mioranza 2.791 (27,07%) 2,40 00:02:10 76,03% 30,56%

2. mioranza  transportes 1.908 (18,50%) 2,74 00:02:47 76,83% 21,12%

3. (not  provided) 1.242 (12,05%) 5,64 00:03:08 80,76% 30,92%

4. transportes  mioranza 844 (8,19%) 2,34 00:02:02 74,76% 27,84%

5. transportadora  mioranza 578 (5,61%) 2,64 00:02:47 77,16% 24,39%

6. (not  set) 428 (4,15%) 2,92 00:02:37 75,00% 9,81%

7. transporte  mioranza 241 (2,34%) 2,61 00:02:30 75,93% 28,63%

8. www.mioranza.com.br 206 (2,00%) 2,62 00:03:15 72,33% 38,83%

9. trans  mioranza 99 (0,96%) 2,01 00:02:08 78,79% 50,51%

10. transmioranza 90 (0,87%) 2,47 00:01:43 60,00% 55,56%

11. mioranza.com.br 52 (0,50%) 2,65 00:02:02 71,15% 30,77%

12. www.mioranza.com 46 (0,45%) 2,76 00:02:34 82,61% 54,35%

13. comercio  e  transportes  mioranzaltda 43 (0,42%) 2,49 00:01:28 69,77% 34,88%

14. mioranza  transporte 43 (0,42%) 3,09 00:03:12 88,37% 13,95%

15. mioranza  caxias  do  sul 42 (0,41%) 2,62 00:01:48 73,81% 21,43%

16. [email protected] 39 (0,38%) 4,10 00:06:29 56,41% 15,38%

17. transportes  mioranza  caxias  dosul 33 (0,32%) 3,70 00:01:38 63,64% 9,09%

18. transportes  mioranzza 31 (0,30%) 2,03 00:01:19 70,97% 29,03%

19. www.mioranza 30 (0,29%) 2,77 00:03:04 73,33% 23,33%

20. mioranza  transportadora 27 (0,26%) 2,19 00:02:21 70,37% 29,63%

21. tranportes  mioranza 27 (0,26%) 2,67 00:02:30 77,78% 25,93%

+  Adicionar  segmento

 Sessões

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

5050

100100

Todas  as  sessões46,59%

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77

O gráfico apresenta as sessões originadas por pesquisas orgânicas no período I.

Abaixo do gráfico, há uma lista com as palavras-chave utilizadas para encontrar e acessar o

website. Ao explorar a mesma, é possível observar que a maioria do tráfego originado pelos

sites de busca é de usuários que estavam a procura, especificamente, do site da

Transmioranza. Uma quantidade grande das buscas são erros de digitação e a tentativa do

acesso de pessoas que já possuíam o endereço do site (buscando, por exemplo, pelo domínio

do site). Através da análise criteriosa das palavras-chave que mais se repetem e possuem

maior relevância nos acessos ao site, são destacadas as palavras: Mioranza, Transmioranza,

transporte, transportes, transportadora, Caxias do Sul, Itupeva, Natal, Bahia, empresa,

comércio, frota, caminhões, caminhão. Estas palavras-chave foram utilizadas na elaboração

do novo website da transportadora e na pesquisa por ideias para novas palavras-chave.

Embora haja uma grande quantidade de dados (mais de 10.000 sessões), a maior

parte das pesquisas pertence ao nicho de cauda longa – sendo pesquisas muito específicas

repetidas pouquíssimas vezes no curso do tempo. Assim sendo, a quantidade de palavras-

chave úteis verificadas na pesquisa dos dados do Google Analytics ficou relativamente

limitada.

A Figura 18 apresenta a visão geral do comportamento dos visitantes do website, no

período I:

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78

Figura 18 – Visão geral do comportamento no período I

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

No gráfico, há a comparação de duas métricas, a quantidade de visualizações de

página e a taxa de rejeição. Nota-se que elas são inversamente proporcionais, ou seja, quanto

maior a taxa de rejeição, menor o número de visualizações de página na semana. Percebe-se

que o website não estava prendendo a atenção dos visitantes com eficiência, tendo uma média

de 00:01:24 (um minuto e vinte e quatro) de permanência na página.

Percebe-se, na lista abaixo do gráfico, que as páginas mais visitadas são a página

inicial (“/”), a página home em português (“/portugues/home.html”) e a página de contato

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

01/09/2007 -­ 30/04/2014Visão  geral

Página Visualizaçõesde  página

Porcentagem  deVisualizações  de  página

1. 23.757 48,35%

2. 17.273 35,15%

3. 2.115 4,30%

4. 1.358 2,76%

5. 989 2,01%

6. 932 1,90%

7. 925 1,88%

8. 625 1,27%

9. 440 0,90%

10. 372 0,76%

Visão  geral

+  Adicionar  segmento

 Visualizações  de  página  Taxa  de  rejeição

2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

500500

1.0001.000

50,00%50,00%

100,00%100,00%

Visualizações  de  página

49.139

Visualizações  de  páginasúnicas

33.991Tempo  médio  na  página

00:01:24Taxa  de  rejeição

48,97%Porcentagem  de  saída

45,04%

/

/portugues/home.html

/portugues/contato.html

/espanhol/home.html

/portugues/frota.html

/portugues/empresa.html

/portugues/servicos.html

/portugues/mercado.html

/portugues/certificados.html

/portugues/frota2.html

©  2014  Google

Todas  as  sessões100,00%

Page 79: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

79

(“/portugues/contato.html”). A quantidade de acessos à página contato é menor do que 5%,

uma quantidade incrivelmente baixa para o período.

Em consulta ao relatório de páginas, percebeu-se que a rejeição das páginas home,

mercado e certificados é muito alta (maior que 60%). Isto indica, claramente, certa

irrelevância no conteúdo destas páginas.

A Figura 19 mostra o fluxo de comportamentos dos visitantes no período I:

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80

Figura 19 – Fluxo do comportamento no período I

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Page 81: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

81

A Figura 19 facilita a visualização da eficiência das páginas do website. Mostrando

através de que página os visitantes entram no site e quais as interações posteriores (para que

páginas os visitantes foram). As setas vermelhas apontando para baixo (ao lado do campo

verde com o nome das páginas) representam as desistências. Percebe-se que a quantidade de

desistências de todas as páginas é bastante expressiva – o que, provavelmente, representa

conteúdo ineficiente. A página home apresenta uma quantidade muito grande de desistências

– fato que se deve, provavelmente, pelo conteúdo superficial e a falta de explicação da

atuação exata da empresa.

A página de contato, de extrema importância para a empresa, está recebendo

pouquíssimas visitas. Esta página é importante pois é o único local onde há os dados de

contato da empresa e, assim, é o único local onde ocorre a realização de conversões no

website (seja o contato via formulário ou a realização de uma ligação telefônica).

Na análise dos dados do site antigo da Transmioranza, percebe-se uma baixa

relevância em termos de conteúdo, perceptível e caracterizado de diversas formas como, curta

duração da sessão, baixa profundidade de navegação (quantidade de páginas visitadas por um

usuário em uma sessão), alta taxa de rejeição e baixo número de conversões e visitas à

páginas chave (como a página de contato).

Além disto, apesar do site ser oferecido numa versão em espanhol, ela parece ser

muito ineficiente – sendo quase todas as visitas à apenas uma página. Além disto, o site não

parece estar devidamente indexado em sites de busca, para resultados em outros países.

Assim, residentes dos países do MERCOSUL devem estar com dificuldades de encontrar a

empresa na Web, já que ela dificilmente vai aparecer nos resultados de pesquisa orgânica.

As palavras-chave utilizadas para encontrar o website são, em sua maioria, buscas

muito específicas – buscas focadas diretamente em encontrar o site da Transmioranza. Assim,

há muito poucas buscas genéricas utilizadas para encontrar o website, como buscas pelo termo

“transportes”. Há uma baixa eficiência geral nas palavras-chave do website antigo, levando a

um baixo número de visitantes que não conhecem a empresa – mesmo que estes estejam

buscando por um serviço que ela oferece.

6.3.3 Google Trends

O Google Trends foi utilizado para auxiliar na seleção de palavras-chave e escolha

de conteúdos relevantes para o novo website. Para isto, foram realizadas pesquisas e

Page 82: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

82

comparações de diversos termos alinhados às possibilidades de implementação no website.

Aqui não são trazidas todas as figuras para explicar o processo realizado na análise de cada

termo, mas sim um exemplo explicativo.

A Figura 20 mostra uma pesquisa realizada no Google Trends para três termos

(transporte, transportes e transportadora):

Page 83: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

83

Figura 20 – Pesquisa de Tópicos no Google Trends

Fonte: Google Trends. Disponível em: <http://www.google.com/trends/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Page 84: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

84

A Figura 20 mostra que o interesse, com o passar do tempo, para os três termos

pesquisados (transporte, transportes e transportadora) vem diminuindo gradativamente. Isto

não indica, necessariamente, uma diminuição na relevância dos mesmos, mas sim uma

diminuição proporcional em relação à totalidade de pesquisas realizadas no Google.

Percebe-se que o termo mais relevante, dentre os tópicos, é transporte, seguido por

transportes e, com bem menos relevância, transportadora. O interesse regional para os termos

pesquisados não será levado em consideração, já que a transportadora atua em todo o

território nacional e, assim, não há porque segmentar mais a região de pesquisa dos termos

procurados. E, além disto, sem uma campanha concentrada de marketing, não é possível focar

os esforços em regiões específicas.

Nas pesquisas relacionadas, foram encontradas outros termos, principais e crescentes

(em ascensão) que podem ser úteis para a composição do novo website. Dentre eles,

destacam-se, além dos termos pesquisados: empresa, rodoviário, cargas e logística.

Aprofundando a pesquisa para outros termos e derivando das palavras-chave acima,

foram selecionados outras palavras-chave importantes, com significativa relevância: gestão,

logística integrada, frete, fretes, cargas, cargas perigosas, calcular, calculo, valor,

sustentabilidade, meio ambiente, socioambiental, responsabilidade, desenvolvimento, social,

estrutura, frota, caminhão, motorista, organizacional, tecnologia, rastreamento, serviços,

contrato, qualidade, controle, sistema, certificados, atuação, área de atuação, mercado e

profissional.

6.3.4 Google AdWords Keyword Planner

O Google AdWords Keyword Planner foi utilizado para identificação de novas ideias

de palavras-chave. Esta tarefa foi facilitada por já haverem diversas ideias trazidas com o item

anterior. A Figura 21 apresenta uma pesquisa realizada para o termo “transportes”:

Page 85: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

85

Figura 21 – Pesquisa realizada no Google AdWords Keyword Planner

Fonte: Google AdWords. Disponível em: <https://adwords.google.com/ko/KeywordPlanner>. Acesso em: 01

nov. 2014.

Nas pesquisas por ideias de palavras-chave realizadas, foram seguidos os passos

sugeridos por Kaushik (2010) e, assim, foi possível descobrir as palavras-chave que mais

adequam-se ao conteúdo compatível com o novo website. São elas: rodoviários, internacional,

planejamento, sustentável, contratos, terrestre, expresso, transporte verde, empregos,

consultoria, área, soluções, projetos, preservação, ética, ecologia, ambiental, cuidados,

preocupação, atividades, segurança, produtividade, garantia, carga, granel, carga pesada,

rodovia, interestaduais, moderno, carreta, carretas, tanque, inox, pipa, benefícios e estrada.

Page 86: UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL BRUNO MIORANZA · são o Google Analytics, o Google Trends, o Google AdWords Keyword Planner, o Google AdWords Display Planner e o Google Webmaster Tools.

86

Ressalta-se que diversas palavras-chave repetidas surgiram na pesquisa por novos

termos, estas não foram trazidas, já que elas foram encontradas utilizando o Google Trends,

no item anterior.

6.3.5 Google AdWord Display Planner

Assim como no item anterior, as premissas trazidas por Kaushik (2010) e manuais do

Google foram utilizadas para a pesquisa e obtenção de novas ideias, utilizando o Google

AdWords Display Planner. A Figura 22 apresenta uma pesquisa realizada para o tópico de

interesse “Transporte e logística”:

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87

Figura 22 – Pesquisa realizada no Google AdWords Display Planner

Fonte: Google AdWords. Disponível em: <https://adwords.google.com/da/DisplayPlanner/>. Acesso em: 01 nov.

2014.

Nas pesquisas, foram avaliadas diversas palavras-chave e, mais uma vez, filtradas –

tendo em vista que diversos termos já foram definidos nos itens anteriores e estavam

repetidos. Neste item, foram utilizados sites de concorrentes diretos e indiretos para

complementação da pesquisa e maior focalização em um grupo segmentado.

Os tópicos de interesse pesquisados na segmentação realizada foram: Transporte e

logística, Frete e transporte por caminhão, Distribuição e logística, e Alimentos e

distribuidores de alimentos. A partir destes tópicos, foram originadas diversas ideias de

palavras-chave relevantes para a organização.

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88

Com o Google AdWords Display Planner foi possível descobrir as palavras-chave:

veículos, orçamento, encomendas, distribuição, materiais, logísticos, estoque, mercadorias,

nacional, movimentação, investimentos, conhecimento, internacionais, seguro, economia,

gerenciamento, processos, líquidos, alimentícios, cargas pesadas, interestadual,

monitoramento, fretamento, equipamentos, indústrias, importação, exportação, importados,

distribuidor, fábricas, comércio, alimentos e entrega.

6.3.6 Google Webmaster Tools

O Google Webmaster Tools não apresentou muita utilidade para a definição de novas

palavras-chave, mas sim forneceu introspecções importantes para a otimização para sistemas

de busca. Através desta ferramenta, foram configurados diversos parâmetros que auxiliam o

website a ser navegado pelos robôs de busca, em especial o Googlebot. Foram configurados a

versão preferida do website (versão sem o prefixo “www” antes do domínio), selecionado o

país-alvo do site, configurado e testado o arquivo robots.txt.

Não foram encontrados erros significativos no website, rastreamento, HTML,

servidor e segurança, mas ficou pendente a disponibilização do arquivo sitemaps do novo site.

6.4 O NOVO SITE

Neste item, é abordada a elaboração do novo website da empresa Transmioranza.

Aqui, todo o levantamento bibliográfico e documental trazido nos capítulos anteriores foi

colocado em prática. Assim, todo o conhecimento adquirido proporcionou um

aprofundamento sobre o tema e parâmetros envolvidos na criação de um website de

qualidade.

Como o website antigo já estava devidamente regulamentado e registrado no

registro.br, possuindo um domínio (www.mioranza.com.br) e servidor de hospedagem ativos,

estes aspectos básicos não serão aprofundados neste item.

6.4.1 Objetivos

Conforme pautam diversos autores, um site deve ter um propósito definido e

mensurável. Assim, traçar os objetivos para o novo website é imprescindível para medir sua

eficiência, em comparação ao site antigo. Pinho (2000) ressalta que:

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89

O site nunca deve ser desenvolvido sob a justificativa muito comum de que todas as demais empresas estão marcando presença na Internet. É preciso estabelecer um foco mais preciso e fugir do risco de criar um site desprovido de conteúdo improvisado e, naturalmente, pouco eficiente. (PINHO, 2000, p. 137).

Levando em consideração a identidade organizacional, políticas da empresa e dados

do site antigo, foram moldados os objetivos primários para o novo website. A análise dos

dados do Google Analytics mostrou que o conteúdo da site antigo era extremamente

ineficiente e superficial – apresentando grande taxa de rejeição em diversas páginas e

pouquíssimas conversões.

O objetivo geral do novo website foi definido como: oferecer informações detalhadas

sobre a empresa e os serviços prestados, facilitando o contato do público-alvo, levando a um

aumento nas conversões e fortalecimento da marca.

Os objetivos secundários do website foram definidos como metas no Google

Analytics. Estes são mensuráveis e fornecem um parâmetro de comparação da eficiência do

site novo e antigo. As metas são:

- Tempo no site (duração de uma sessão): maior que dois minutos;

- Páginas por visita (quantas páginas ou telas um usuário abre em uma sessão): maior

que duas;

- Destinos de URL (toda vez que um usuário abre uma determinada página): página

de contato.

Toda vez que um usuário atingir uma das metas acima, ela é contabilizada pelo

Google Analytics, fornecendo introspecções importantes sobre a eficácia e qualidade do

conteúdo do novo website.

Assim, não apenas pretende-se aumentar a quantidade de usuários e sessões no novo

website, mas sim medir os indicadores-chave de desempenho. Aumentando as visualizações

de página, número de páginas por sessão, duração media das visitas e porcentagem de novas

sessões, e diminuindo as taxas de rejeição e saída.

6.4.2 Linguagens e Padrões de Desenvolvimento

Para alcançar os objetivos com qualidade, optou-se pela utilização de linguagens

modernas e seguimento dos protocolos padrões para desenvolvimento Web – fornecidos,

principalmente, pela W3C.

O novo website foi elaborado a partir de um tema (layout) profissional de Wordpress.

Wordpress é uma plataforma/software de código aberto que opera, basicamente, utilizando

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90

PHP. Em sua composição foram utilizadas as linguagens: HTML, PHP, CSS, Ajax,

JavaScript e jQuery. A utilização destas linguagens garantiu a compatibilidade com os

navegadores mais modernos e, até, versões relativamente antigas do Internet Explorer.

6.4.3 Conteúdo

As pesquisas por termos e interesses realizadas através das ferramentas gratuitas do

Google forneceram um conjunto ideal de palavras-chave associadas ao website. Estas palavras

auxiliaram na modelagem e escolha dos conteúdos disponibilizados no novo site.

O conteúdo do site antigo, apesar de extremamente superficial e confuso, serviu de

base para o desenvolvimento e aperfeiçoamento dos conteúdos no novo website. As

informações disponibilizadas no novo website, assim como a hierarquia dos dados, foram

estruturadas de maneira a suprir as necessidades dos usuários que procuram o serviço da

empresa.

Além dos conteúdos aperfeiçoados do website antigo, buscou-se uma ampliação das

informações disponíveis. As palavras-chave selecionadas forneceram um amplo prospecto

para a criação dos textos e títulos para as páginas criadas.

O conteúdo ficou bem mais amplo, concreto, relevante, conciso e com linguagem

acessível ao público-alvo (tendo em vista as comparações realizadas com os concorrentes

diretos e indiretos da empresa). No novo website há quase quatro vezes mais conteúdo que no

antigo. Neste âmbito, foram adicionadas mais informações sobre a empresa e uma nova

estrutura de menus, compreendendo: A Transmioranza, História, Identidade Organizacional,

Qualidade e Certificações, Consciência Socioambiental, Serviços, Estrutura e Contato.

6.4.4 Web Design

O novo website foi elaborado com o intuito de obter a melhor interatividade e

relevância para o público-alvo. Além do conteúdo totalmente aperfeiçoado, o site recebeu

uma interface muito mais moderna e limpa, a fim de facilitar o alcance das metas e objetivos

já definidos.

A Figura 23 mostra a página inicial do novo website da Transmioranza:

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91

Figura 23 – Página inicial do novo website da Transmioranza

Fonte: Transmioranza. Disponível em: <http://mioranza.com.br/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Todos os elementos que compõem o site foram analisados criteriosamente a fim de

criar a melhor experiência possível para os usuários. A tipografia utilizada é moderna, clara e

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92

legível. Foram inseridos diversos ícones modernos que facilitam a procura e o entendimento

do conteúdo. As cores utilizadas favorecem a legibilidade e estão diretamente associadas à

marca e identidade visual da empresa.

A interface é estruturada de forma a garantir a usabilidade do website. Com uma

navegação clara e diversos links entre as páginas, os usuários tendem a alcançar seus objetivos

com muita facilidade e rapidez. O site é ligeiramente autoexplicativo, orientando os usuários a

acessarem as informações ou páginas desejadas. Os links entre as páginas fornecem diversos

caminhos para acessar a mesma informação. É fornecida uma ferramenta de busca instantânea

de conteúdos, que auxilia os usuários a encontrarem o que desejam de forma rápida e simples.

O layout é responsivo, isto é, se adapta ao tamanho de tela do visitante (seja o acesso

realizado através de um dispositivo pequeno, como um smartphone, ou de um computador de

mesa com uma grande tela). Além disto, os slideshows (apresentações de slides dinâmicas),

são acionáveis por toque e, assim, funcionam bem em dispositivos móveis como smartphones

e tablets com touchscreen. Ainda, o site é otimizado para sistemas de busca.

Na página inicial, pode-se identificar o logotipo da Transmioranza com clareza. Há

uma gama extensa de informações sobre a empresa, de forma resumida – facilitando o

entendimento do que a empresa faz e quais os conteúdos presentes no site. Há, também, uma

apresentação de slides dinâmica com diversas imagens que complementam o sentido do

website. Diversas informações importantes estão destacadas ao longo da página, facilitando o

contato e entendimento do conteúdo.

O layout de cada página é único, apresentando sua própria estrutura de colunas,

botões, ícones e abas. Quase todas páginas fornecem um pequeno resumo do contexto abaixo

do título, assim os usuários podem decidir se continuam lendo a página ou acessam outra

página.

A Figura 24 mostra a página Consciência Socioambiental (sub-menu disponível a

partir do menu A Transmioranza):

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93

Figura 24 – Página Consciência Socioambiental do novo website da Transmioranza

Fonte: Transmioranza. Disponível em: <http://mioranza.com.br/a-transmioranza/consciencia-socioambiental/>.

Acesso em: 01 nov. 2014.

Na página de contato são fornecidas diversas opções de contato com a empresa.

Dentre elas, telefones, fax, e-mails, endereços e formulários de contato. Estão disponíveis três

formulários de contato – um para falar com a empresa, um para solicitar cotação e outro para

enviar currículos e trabalhar na empresa.

6.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

A análise dos resultados do estudo realizado se deu através da presente pesquisa

quantitativa. Os dados de acesso dos websites antigo e novo, disponíveis no Google Analytics,

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94

forneceram números importantes que possibilitaram uma análise concisa da utilização dos

sites.

A partir do estudo dos acessos dos visitantes em períodos distintos, é possível

mensurar corretamente a eficácia do novo website em comparação com o antigo. Foram

comparados 5 meses de dados de acesso do site novo e antigo. Os períodos selecionados

foram de 01/06/2014 à 31/10/2014 (para o site novo) e de 01/06/2013 à 31/10/2013 (para o

site antigo). Ou seja, a comparação dos sites se deu com o mesmo período do ano anterior. O

mês de maio de 2014 foi descartado das análises pois foi o período de transição entre os dois

websites. Ressalta-se que não há como medir e considerar as sazonalidades nos acessos

(variável dependente) e, desta forma, os resultados podem estar relacionados aos períodos

selecionados.

A Figura 25 mostra a comparação da visão geral do público-alvo para o website, nos

períodos selecionados:

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95

Figura 25 – Comparação da visão geral do público-alvo

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

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1  de  jun  de  2014 -­ 31  de  out  de  2014Comparar  com:  1  de  jun  de  2013 -­ 31  de  out  de  2013

Visão  geral  do  público-­alvo

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

Idioma Sessões Porcentagem  deSessões

1. pt-­br

  1.739 89,59%

  832 89,46%

  109,01% 0,15%

2. en-­us

  98 5,05%

  65 6,99%

  50,77% -­27,76%

3. es-­es

  18 0,93%

  3 0,32%

  500,00% 187,48%

Visão  geral

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

+  Adicionar  segmento

01/06/2014  -­  31/10/2014:  Sessões

01/06/2013  -­  31/10/2013:  Sessões

julho  de  2014 agosto  de  2014 setembro  de  2014 outubro  de  2014

2020

4040

Sessões

108,71%1.941  vs  930

Usuários

86,69%1.417  vs  759

Visualizações  de  página

197,09%4.801  vs  1.616

Páginas  /  sessão

42,35%2,47  vs  1,74

Duração  média  da  sessão

80,20%00:02:46  vs  00:01:32

Taxa  de  rejeição

-­13,06%47,86%  vs  55,05%

Porcentagem  de  novassessões

-­9,89%71,41%  vs  79,25%

New  Visitor Returning  Visitor

28.5%

71.5%

20.8%

79.2%

Todas  as  sessões+0,00%

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96

O gráfico da figura está representado em dias. É perceptível a alteração entre os dois

períodos selecionados. As sessões aumentaram mais de 108%, a quantidade de usuários e

duração média da sessão quase dobraram, as visualizações de página tiveram um aumento

exponencial de quase 200% e a taxa de rejeição caiu 13,06%. Uma métrica que diminuiu foi a

porcentagem de novas sessões, o que pode significar que o público-alvo do novo website está

mais engajado do que no antigo, ou seja, a porcentagem de usuários que revisitam o site é

maior, conforme mostra a Figura 26:

Figura 26 – Comparação dos visitantes novos x recorrentes

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

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1  de  jun  de  2014 -­ 31  de  out  de  2014Comparar  com:  1  de  jun  de  2013 -­ 31  de  out  de  2013

Novos  x  recorrentes

Tipo  de  usuário

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

Linhas  1  -­  2  de  2

Explorador

Uso  do  site

Sessões Páginas  /  sessão Duração  média  da  sessão Taxa  de  rejeição

  108,71%1.941  vs  930

42,35%2,47  vs  1,74

80,20%00:02:46  vs  00:01:32

13,06%47,86%  vs  55,05%

1. New  Visitor

    1.387  (71,46%) 2,61 00:02:34 44,27%

    737  (79,25%) 1,82 00:01:41 50,61%

    88,20% 43,88% 53,53% -­12,53%

2. Returning  Visitor

    554  (28,54%) 2,13 00:03:15 56,86%

    193  (20,75%) 1,44 00:01:00 72,02%

    187,05% 47,62% 225,92% -­21,05%

+  Adicionar  segmento

01/06/2014  -­  31/10/2014:  Sessões

01/06/2013  -­  31/10/2013:  Sessões

julho  de  2014 agosto  de  2014 setembro  de  2014 outubro  de  2014

2020

4040

©  2014  Google

Todas  as  sessões+0,00%

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97

Nota-se que todas as métricas disponíveis na tabela melhoraram. Há mais sessões e,

tanto os visitantes novos como os recorrentes, são mais engajados que no site antigo. Ou seja,

os visitantes acessam mais páginas por sessão, ficam mais tempo no site e rejeitam menos as

páginas que no período anterior.

A Figura 27 mostra a comparação da visão geral dos dispositivos utilizados para

acesso ao website, nos períodos selecionados:

Figura 27 – Comparação da visão geral dos dispositivos

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

1  de  jun  de  2014 -­ 31  de  out  de  2014Comparar  com:  1  de  jun  de  2013 -­ 31  de  out  de  2013

Visão  geral

Categoria  do  dispositivo

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

Linhas  1  -­  3  de  3

Explorador

Uso  do  site

Sessões Páginas  /  sessão Duração  média  da  sessão Porcentagem  de  novas  sessões Taxa  de  rejeição

  108,71%1.941  vs  930

42,35%2,47  vs  1,74

80,20%00:02:46  vs  00:01:32

9,83%71,46%  vs  79,25%

13,06%47,86%  vs  55,05%

1. desktop

    1.705  (87,84%) 2,52 00:02:49 72,20% 46,28%

    864  (92,90%) 1,74 00:01:31 79,75% 54,28%

    97,34% 44,81% 85,69% -­9,46% -­14,75%

2. mobile

    192  (9,89%) 2,07 00:02:23 69,27% 61,46%

    40  (4,30%) 1,78 00:01:10 72,50% 60,00%

    380,00% 16,78% 105,10% -­4,45% 2,43%

3. tablet

    44  (2,27%) 2,39 00:02:38 52,27% 50,00%

    26  (2,80%) 1,58 00:02:47 73,08% 73,08%

    69,23% 51,33% -­5,06% -­28,47% -­31,58%

+  Adicionar  segmento

01/06/2014  -­  31/10/2014:  Sessões

01/06/2013  -­  31/10/2013:  Sessões

julho  de  2014 agosto  de  2014 setembro  de  2014 outubro  de  2014

2020

4040

©  2014  Google

Todas  as  sessões+0,00%

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98

Tanto os acessos via desktop (representando computadores, no caso), como o acesso

via mobile (celular) e tablet aumentaram. Ressalta-se a alteração sofrida nos acessos via

celular, que tiveram um aumento de 380% no novo site. Além do aumento, a duração média

da sessão mais que duplicou – isto provavelmente é devido à compatibilidade com estes

dispositivos fornecida pela nova versão do site. Mais uma vez percebe-se um decréscimo da

porcentagem de novas sessões, mas este pode não significar algo ruim e está em um nível

baixo (menor que 10%).

A Figura 28 mostra a comparação da origem/mídia de todo o tráfego do website, nos

períodos selecionados:

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99

Figura 28 – Comparação da origem do tráfego

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

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1  de  jun  de  2014 -­ 31  de  out  de  2014Comparar  com:  1  de  jun  de  2013 -­ 31  de  out  de  2013

Todo  o  tráfego

Origem/mídia

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

01/06/2014  -­  31/10/2014

01/06/2013  -­  31/10/2013

Porcentagem  de  alterações

Explorador

Uso  do  site

SessõesPáginas  /  sessão Duração  média  da  sessão Porcentagem  de  novas  sessões Taxa  de  rejeição

  108,71%1.941  vs  930

42,35%2,47  vs  1,74

80,20%00:02:46  vs  00:01:32

9,83%71,46%  vs  79,25%

13,06%47,86%  vs  55,05%

1. google  /  organic

    1.208  (62,24%) 2,85 00:03:00 78,73% 35,51%

    139  (14,95%) 2,29 00:01:52 74,10% 24,46%

    769,06% 24,30% 60,93% 6,24% 45,19%

2. (direct)  /  (none)

    488  (25,14%) 1,94 00:03:06 44,26% 63,11%

    690  (74,19%) 1,61 00:01:32 81,30% 62,32%

    -­29,28% 20,59% 102,01% -­45,56% 1,28%

3. semalt.semalt.com  /  referral

    92  (4,74%) 1,00 00:00:00 100,00% 100,00%

    0  (0,00%) 0,00 00:00:00 0,00% 0,00%

    ∞% ∞% 0,00% ∞% ∞%

4. bing  /  organic

    17  (0,88%) 3,00 00:01:39 94,12% 35,29%

    14  (1,51%) 1,57 00:00:43 78,57% 71,43%

    21,43% 90,91% 132,02% 19,79% -­50,59%

5. yahoo  /  organic

    10  (0,52%) 4,10 00:02:53 50,00% 10,00%

    0  (0,00%) 0,00 00:00:00 0,00% 0,00%

    ∞% ∞% ∞% ∞% ∞%

6. dnserros.oi.com.br  /  referral

+  Adicionar  segmento

01/06/2014  -­  31/10/2014:  Sessões

01/06/2013  -­  31/10/2013:  Sessões

julho  de  2014 agosto  de  2014 setembro  de  2014 outubro  de  2014

2020

4040

Todas  as  sessões+0,00%

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100

Este pode ser considerado um dos relatórios mais promissores do novo website. A

alteração mais importante identificada na tabela, é o aumento de 769,06% nos acessos via

pesquisa orgânica do Google. Isto significa que muitos usuários encontraram o site via

resultados de pesquisa no Google – expressando um sucesso relativo dos esforços de SEO.

Mais uma vez, verifica-se que o número de duração média da sessão e páginas visitadas por

sessão aumentou no novo site, independe da origem acesso. O acesso ao novo site, através das

pesquisas orgânicas, é mais eficaz do que os acessos diretos – apresentando uma baixa taxa de

rejeição e um bom volume de páginas visitadas por sessão.

A Figura 29 mostra as páginas acessadas no website novo:

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101

Figura 29 – Relatório de páginas acessadas no website novo

Fonte: Google Analytics. Disponível em: <https://www.google.com/analytics/>. Acesso em: 01 nov. 2014.

O comportamento dos visitantes será analisado apenas no site novo, já que o site

antigo foi analisado anteriormente neste trabalho. O relatório de páginas acessadas no novo

website traz informações importantes sobre a dinâmica de acesso dos visitantes. Percebe-se, a

partir de sua análise, que a maioria dos visitantes entrou no site pela página inicial (“/”). A

segunda página mais acessada foi a página Contato e a terceira foi a página Estrutura, seguida

pelas páginas Serviços e A Transmioranza.

Ir  para  este  relatóriohttp:///// www.mioranza.com.br -­ http:///// w…www.mioranza.com.br

1  de  jun  de  2014 -­ 31  de  out  de  2014Páginas

Página

Linhas  1  -­  10  de  42

Explorador

Visualizações  depágina

Visualizações  depáginas  únicas Tempo  médio

na  página EntradasTaxa  derejeição

Porcentagemde  saída

Valor  da  página

 4.801

Porcentagem  dototal:  100,00%

(4.801)

3.643Porcentagem  dototal:  100,00%

(3.643)

00:01:53Média  do  site:

00:01:53(0,00%)

1.941Porcentagem  dototal:  100,00%

(1.941)

47,86%Média  do  site:

47,86%  (0,00%)

40,43%Média  do  site:

40,43%  (0,00%)

US$0,00Porcentagem  do

total:  0,00%(US$0,00)

1. 2.252 (46,91%) 1.717 (47,13%) 00:01:55 1.685 (86,81%) 46,17% 47,02% US$0,00 (0,00%)

2. 1.028 (21,41%) 772 (21,19%) 00:03:30 153 (7,88%) 67,32% 51,65% US$0,00 (0,00%)

3. 489 (10,19%) 366 (10,05%) 00:01:36 38 (1,96%) 47,37% 28,83% US$0,00 (0,00%)

4. 394 (8,21%) 289 (7,93%) 00:01:03 13 (0,67%) 46,15% 21,07% US$0,00 (0,00%)

5. 194 (4,04%) 145 (3,98%) 00:00:42 15 (0,77%) 26,67% 20,62% US$0,00 (0,00%)

6. 184 (3,83%) 144 (3,95%) 00:01:19 16 (0,82%) 43,75% 20,65% US$0,00 (0,00%)

7. 108 (2,25%) 82 (2,25%) 00:00:40 11 (0,57%) 63,64% 14,81% US$0,00 (0,00%)

8. 59 (1,23%) 48 (1,32%) 00:00:16 0 (0,00%) 0,00% 16,95% US$0,00 (0,00%)

9. 53 (1,10%) 45 (1,24%) 00:00:51 4 (0,21%) 50,00% 20,75% US$0,00 (0,00%)

10. 3 (0,06%) 1 (0,03%) 00:04:14 0 (0,00%) 0,00% 0,00% US$0,00 (0,00%)

+  Adicionar  segmento

 Visualizações  de  página

julho  de  2014 agosto  de  2014 setembro  de  2014 outubro  de  2014

6060

120120

/

/contato/

/estrutura/

/servicos/

/a-­transmioranza/

/a-­transmioranza/historia/

/a-­transmioranza/identidade-­organizacional/

/a-­transmioranza/qualidade-­e-­certificacoes/

/a-­transmioranza/consciencia-­socioambiental/

/?s=

©  2014  Google

Todas  as  sessões100,00%

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102

Observa-se que a página com o maior tempo médio na página e taxa de rejeição é a

página Contato. Este fato não representa informações conflitantes, mas sim um dos principais

objetivos do website sendo alcançado – a realização do contato pelo visitante. A alta taxa de

rejeição desta página não é algo necessariamente ruim, pois significa que os usuários entraram

no site por esta página e, como realizaram o objetivo deles no website, saíram do mesmo sem

visitar outras páginas.

O volume de acesso das páginas sub-menus do menu A Transmioranza receberam

relativamente poucos acessos no período. Isto pode significar que os visitantes estão com

relativa dificuldade para acessar as mesmas pelo sub-menu, ou o conteúdo das mesmas não é

muito relevante para os mesmos. Mas, outros links estão presentes no site, o que deveria

facilitar o acesso às páginas.

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103

7 CONCLUSÃO

O tema central desenvolvido nesta pesquisa abrangeu diversas áreas de

conhecimento ligadas à Publicidade e Propaganda. Desta maneira, o assunto principal, que

eram as ferramentas gratuitas do Google e suas aplicações no desenvolvimento de websites

mais eficazes, abrangeu uma quantidade muito maior de matérias para atingir o sucesso em

sua conclusão. Percebe-se que todos os assuntos abordados e trazidos no trabalho

participaram ativamente no sucesso da pesquisa experimental.

O embasamento teórico sobre a Internet, sua história e importância técnico-social na

atualidade, ressaltaram a relevância e importância do trabalho para a comunidade acadêmica e

profissionais que atuam no meio. O aprofundamento dos conhecimentos sobre as teorias

sociais e culturais, em especial os estudos sobre as sociedades moderna e pós-moderna e a

aldeia global, auxiliaram no entendimento do neoconsumidor, característico da sociedade da

informação. O comportamento da sociedade sob demanda, trouxe uma nova perspectiva do

tema, proporcionando uma visão mais ampla do mercado e da conduta, hábitos e anseios dos

usuários da rede.

As teorias e recomendações dos renomados autores que versam sobre websites,

possibilitaram um entendimento amplo de todos os fatores envolvidos na criação de sites,

fatores essenciais para complementar os conhecimentos necessários para a correta

implementação dos dados fornecidos pelas ferramentas gratuitas do Google. O entendimento

sobre quais as necessidades dos usuários quando navegam em um site, como compor um web

design coeso e eficiente, os parâmetros atuais sobre usabilidade, compatibilidade e

responsividade, as linguagens, protocolos e padrões de desenvolvimento e a otimização para

sistemas de busca (SEO), foram conhecimentos essenciais para a realização do tratamento ao

novo website após o pré-teste realizado com o Google Analytics.

Por fim, os estudos das teorias e procedimentos de utilização das ferramentas

gratuitas do Google aprofundaram os conhecimentos sobre o tema, possibilitando as análises

realizadas e a adequada coleta e utilização dos dados.

Para uma conclusão concisa do presente estudo, vale lembrar a questão que norteou o

mesmo: Como as ferramentas gratuitas do Google podem auxiliar no aumento de visitas de

um website? Tendo em vista a pesquisa teórico-exploratória realizada, aliada à pesquisa

experimental trazida no capítulo anterior, é possível responder à questão positivamente.

A verificação empírica da pesquisa experimental, mais especificamente, do resultado

da pesquisa quantitativa, comprovou que é possível criar um website mais adequado, eficiente

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104

e eficaz, utilizando os dados disponíveis nas ferramentas gratuitas do Google. Mas, para isto,

devem ser seguidas as recomendações e premissas propostas pelos autores de renome que

versam sobre Web Analytics e suas ferramentas específicas.

Não bastando abranger entendimento sobre Web Analytics e a correta utilização das

ferramentas gratuitas do Google, todo o entendimento sobre a Internet, o consumidor Web, a

sociedade na modernidade e pós-modernidade e as premissas sobre o desenvolvimento de

websites foram igualmente necessárias para o cumprimento da proposta inicial deste estudo,

comprovando, assim, a necessidade de qualificação e profissionalismo quando do

desenvolvimento de conteúdos para a Internet.

O objetivo geral do estudo (Descobrir, através de uma pesquisa experimental, se as

ferramentas gratuitas do Google podem ser utilizadas para analisar o comportamento dos

consumidores, auxiliando na personalização e adaptação de um site que, por sua vez, aumente

significativamente sua eficácia e quantidade de visitantes), foi validado com êxito através do

desenvolvimento da pesquisa experimental e das provas numéricas trazidas pela pesquisa

quantitativa.

Conforme proposto pelo objetivo geral, os dados das ferramentas gratuitas do Google

foram utilizados para realizar o tratamento no novo site. A análise dos dados do Google

Analytics do site antigo, revelaram introspecções importantes sobre a qualidade do conteúdo

das páginas, os interesses dos visitantes ao entrar no site, as palavras-chave utilizadas para

buscar o site, a língua dos visitantes, os dispositivos utilizados no acesso, o engajamento geral

das sessões e a performance global das páginas, provendo, assim, um quadro geral sobre o

comportamento dos visitantes na busca por conteúdos no site. Com estas informações foi

possível verificar diversas falhas de conteúdo no site antigo e corrigi-las no novo.

A pesquisa por palavras-chave, realizada com o Google Trends, possibilitou a

identificação de diversos termos novos associados a termos já existentes no site antigo. Além

disto, esta ferramenta do Google possibilitou a análise de tendências para todas as palavras-

chave identificadas em todas as ferramentas gratuitas do Google. Assim, foi possível verificar

as palavras-chave em ascensão e comparar diversos termos para descobrir qual o mais

relevante dentre vários termos de uma mesma categoria. Desta forma, foram filtrados os

termos encontrados em todas as ferramentas gratuitas do Google e do site antigo.

As pesquisas realizadas através do Google AdWords Keyword Planner e do Google

AdWords Display Planner foram úteis para multiplicar as ideias de palavras-chave, a partir de

palavras-chave já existentes, dos interesses dos internautas e dos sites dos concorrentes. Estas

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105

ferramentas auxiliaram ativamente na ampliação do quadro semântico dos termos associados

ao novo site.

O Google Webmaster Tools forneceu dados importantes sobre o funcionamento,

desempenho e falhas no site antigo e novo. Com esta ferramenta, verificou-se as

possibilidades de otimização e foram configurados diversos parâmetros que auxiliam o

Googlebot, e outros robôs de busca, a navegarem melhor pelo website, realizando, assim, uma

melhor indexação do mesmo. Neste âmbito, o Google Webmaster Tools foi uma ferramenta

que auxiliou satisfatoriamente na otimização para sistemas de busca (SEO).

A partir das análises dos dados coletados em todas as ferramentas do Google

estudadas (Google Analytics, Google Trends, Google AdWords Keyword Planner, Google

AdWords Display Planner e Google Webmaster Tools), foi possível ter uma visão geral dos

conteúdos relevantes para o novo site. Assim, as ferramentas do Google auxiliaram,

ligeiramente, na definição de novas palavras-chave e na modelagem das informações, títulos e

conteúdos do novo site. E, como mostrado pelo resultado da pesquisa experimental, a eficácia

do novo site, moldado pelos dados das ferramentas do Google, foi excelente.

A pesquisa quantitativa mostrou que a quantidade de visitantes e sessões, nos

períodos analisados, aumentou significativamente. Além disto, a eficácia do site também

melhorou muito, fato mostrado pela melhoria de diversas métricas, em especial, o aumento da

duração média das sessões, média de visualizações de página por sessão e acessos via celular,

tablet e desktop. O aumento dos acessos através das pesquisas orgânicas comprovaram uma

melhor eficácia do conteúdo, palavras-chave e, possivelmente, da otimização do site para os

sistemas de busca.

Além do site novo receber muito mais usuários que o antigo, nos períodos

analisados, o engajamento dos visitantes foi muito maior e a taxa de rejeição caiu. As metas

indicadores-chave de desempenho objetivadas possuíram um grande número de conversões.

Ou seja, grande parte dos visitantes visitou mais que duas páginas no site, ficou mais que dois

minutos navegando pelas páginas e, principalmente, acessou a página de contato. Em

comparação com o site antigo, a página de contato recebeu muito mais acessos –

comprovando a eficácia geral do principal objetivo do site, a realização de conversões e,

principalmente, o contato realizado pelos usuários.

Além do cumprimento do objetivo geral do estudo, os objetivos específicos tiveram

igual êxito em seu desenvolvimento e aplicação.

Este estudo tornou evidente, não somente a importância das ferramentas gratuitas do

Google para o desenvolvimento de websites, mas sim, a importância de todas as matérias que

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106

cercam este processo. Para o desenvolvimento de um site coeso e adequado, não basta ter o

Google Analytics instalado e coletando dados. Algo precisa atrair e motivar os usuários a

acessar e navegar pelo site. Diretrizes básicas devem ser seguidas para garantir um site de

qualidade, que seja atrativo tanto para os usuários como para os sites de busca. Conforme

pautam diversos autores, a diretriz principal é desenvolver a interface e conteúdos do site

voltados à experiência do usuário. É claro que a possibilidade de analisar os dados das

ferramentas do Google e transformá-los em informações acionáveis é de suma importância,

devendo ser levado em consideração por todos os profissionais, publicitários ou não, que

atuam na área.

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107

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ANEXO – PROJETO

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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL

BRUNO MIORANZA

A ATRAÇÃO DE USUÁRIOS NA REVOLUÇÃO DIGITAL

Caxias do Sul 2012

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2

UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SULCENTRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA

BRUNO MIORANZA

A ATRAÇÃO DE USUÁRIOS NA REVOLUÇÃO DIGITAL Projeto de trabalho de conclusão de curso, apresentado como requisito para aprovação na disciplina de Monografia I. Orientadora: Prof. Me. Lirian M. Meneghel

Caxias do Sul 2012

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3

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4

2 TEMA ............................................................................................................................. 6 2.1 Delimitação do Tema ............................................................................................. 6

3 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 7

4 QUESTÃO NORTEADORA ........................................................................................... 9

5 HIPÓTESES ................................................................................................................. 10

6 OBJETIVOS ................................................................................................................. 11 6.1 Objetivo Geral ...................................................................................................... 11 6.2 Objetivos Específicos ......................................................................................... 11

7 METODOLOGIA .......................................................................................................... 12

8 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 14 8.1� Preceitos Básicos da Internet e da Revolução Digital ..................................... 14 8.2 Websites ............................................................................................................... 15 8.3 As Ferramentas Gratuitas do Google ................................................................ 15

9 ROTEIRO DOS CAPÍTULOS ...................................................................................... 16

10 CRONOGRAMA ........................................................................................................ 18

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................... 19

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4

1 INTRODUÇÃO

A quantidade de usuários e empresas na rede mundial de computadores –

World Wide Web (WWW) – vêm crescendo vertiginosamente nos últimos anos.

Cada vez mais, percebe-se a importância do meio como mobilizador da sociedade e,

até, como principal contato dos consumidores com as marcas.

Para a maioria dos pesquisadores e filósofos da comunicação, a internet tem

um futuro brilhante:

[...] a web vai se tornar, silenciosamente, o eixo em que se realizará a maior parte das transações comerciais, será o principal meio de comunicação para um número crescente de pessoas, tornado-se a principal fonte de informação e expressão individual e coletiva. Empresas, organizações governamentais e indivíduos estarão intrinsecamente ligados aos canais digitais na execução das mais variadas tarefas. [...] A internet também será o canal preferencial para a troca de todo tipo de mídia [...] (BARBOSA, 2005, p. 10)

Já, Spyer (2007), define a rede como um instrumento de trabalho e

entretenimento para uma quantidade imensurável de internautas dos mais variados

gêneros e classes.

Mas, apesar do fácil acesso, o mundo interconectado traz muitas

responsabilidades. Isto serve tanto para as empresas que lá estão disponíveis,

quanto aos usuários, que divagam a procura de conteúdo e o produzem.

Para atrair estes usuários “viajantes”, as marcas precisam descobrir o que

eles anseiam saber, que conteúdo eles querem consumir. Assim sendo, faz-se

necessária uma análise da internet na atualidade, do consumidor moderno e pós-

moderno e das ferramentas que auxiliam na descoberta deste conteúdo.

Telles, em sua obra Geração Digital, fala sobre o intricado novo processo

comportamental, que estamos vivenciando com a era digital:

Com certeza, um cenário assustador para muitos, mas também desafiador e estimulante para outros. Ao mesmo tempo em que não há certeza de nada, abre-se um leque de oportunidades para entender, desbravar e participar das mudanças, tanto como profissional, quanto como consumidor [...] (2009, p.10)

O presente trabalho foi pensado com o intuito de descobrir e desmistificar as

necessidades do consumidor-web pós-moderno. No decorrer da pesquisa inicial

sobre o assunto e no levantamento bibliográfico, foram encontradas ferramentas e

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aplicativos úteis e, de certa maneira, essenciais, para o aperfeiçoamento das

páginas na rede.

Afim de obter resultados mais concretos sobre a eficácia das ferramentas

analisadas, uma pesquisa experimental, composta pela reformulação de um website

e uma pesquisa quantitativa, foi elaborado. O objetivo deste é identificar e integrar, a

partir da geração de um mapa descritivo dos dados obtidos, uma visão clara dos

resultados, variáveis e ocorrências.

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2 TEMA

Comunicação na internet.

2.1 Delimitação do tema

Ferramentas gratuitas do Google e sua utilização pelas empresas.

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3 JUSTIFICATIVA

A internet vem ampliando gradativamente e exponencialmente sua

quantidade de usuários. E, estes, passam cada vez mais tempo divagando e

consumindo conteúdo no ambiente virtual. Assim, torna-se essencial a inserção das

marcas neste ambiente. Com a era digital, a ilimitada, veloz e facilitadora rede

mundial de computadores – World Wide Web (WWW) –, faz com que os internautas

exijam muito mais no contato com as marcas, fazendo com que estas tenham de

personalizar seus produtos e serviços em prol da nova geração, para poder garantir

seu espaço neste concorrido ambiente.

A internet tornou-se uma parte de nossa rotina diária e uma necessidade,

que ultrapassa a procura por entretenimento (BAHARETH, 2012). Ela proporciona o

mundo virtual inteiro na ponta de nossos dedos. É a fonte de conhecimento mais

poderosa e versátil utilizada pelo homem e tange cada aspecto de sua vida.

Segundo a Internet World Stats (2012), no final do ano de 2011 existiam

mais de 80 milhões de internautas no Brasil. Isto representa 42.2% da população

brasileira. Tais números comprovam a expansão e importância do meio e o tornam,

perceptivelmente, essencial no processo de comunicação do consumidor com as

marcas.

Segundo Deresky (2002), a internet está se popularizando como um meio

global de comunicação e, este fato, vem fazendo com que as empresas, de qualquer

porte, consigam desenvolver com mais rapidez e eficiência uma presença em muitos

mercados mundiais.

Apesar de mais de um terço da população brasileira possuir acesso a

internet, isto não implica que eles visitem o site de uma marca só pelo simples fato

dele existir. Deve haver algo que impulsione a vontade do usuário ao acessá-lo.

Neste contexto, percebe-se que, apesar da internet oferecer flexibilidade e

adaptabilidade às redes (CASTELLS, 2003), muitas empresas não aprimoraram sua

comunicação digital voltada para o usuário final. Ou seja, muitas marcas oferecem o

que os usuários não buscam ou não se interessam em descobrir. Ao indagar

diversas questões que dizem respeito à busca dos internautas por informação,

verifica-se que possivelmente existem ferramentas direcionadas aos gestores ou

desenvolvedores web das organizações, que possibilitam descobrir conhecimentos

úteis, a respeito dos usuários. Estes conhecimentos podem ser levados em conta na

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construção das páginas ou, mesmo, da formulação – ou reformulação – do conteúdo

destas.

Para fazer a criação ou personalizar um site, afim de torná-lo o mais

eficiente e eficaz possível, é necessário descobrir como pensa o usuário em sua

busca de um certo conhecimento ou resposta. É necessário fazer com que seu site

seja atrativo no processo de comunicação usuário-sistema.

Indo ao encontro deste pensamento, constata-se que o Google criou

ferramentas gratuitas que registram e geram dados concretos a respeito das

preferências dos internautas ao navegar e buscar conteúdo na internet, na visita de

websites ou de páginas específicas.

A busca do saber de como o usuário pensa e age na web foi o principal

motivador para realizar este estudo. No entanto, a possibilidade de descobrir se a

análise da utilização dos serviços de busca do Google e os cliques no próprio

website são suficientes para traçar um perfil de consumidor-web, foram elementos

instigantes e provocaram um pensar ainda mais avançado. Por outro lado, por meio

desta análise, a possibilidade de verificar se é possível realizar uma personalização

que aumente com eficácia a quantidade de visitantes e visitas – diversas visitas

podem ser realizadas por um único visitante – do website fez com que o interesse

pelo tema aumentasse.

Percebe-se, ao longo da determinação da problemática que é abordada

neste estudo, que esta está extremamente ligada a escolha do curso (Comunicação

Social – Publicidade e Propaganda). Sendo assim, o interesse pela internet e as

ferramentas que a compõe foram os maiores impulsionadores para a escolha do

assunto.

Aprofundando a vontade de entender melhor o web design e o conteúdo na

internet, percebe-se que o primeiro é, de certa maneira, um assunto subjetivo, mais

artístico que científico. Mas, apesar disso, ambos são essenciais para o sucesso dos

sites na internet (CHAK, 2004). Na internet deve-se persuadir o usuário a clicar no

que desejamos. Mas, primeiramente, temos que descobrir o que ele procura.

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4 QUESTÃO NORTEADORA

Como as ferramentas gratuitas do Google podem auxiliar no aumento de

visitas de um website?

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5 HIPÓTESES

As ferramentas gratuitas do Google possibilitam conhecer o perfil do

consumidor e assim usar essas informações para mudar o conteúdo ou estrutura do

site e projetá-lo de acordo com o que o consumidor deseja.

Por meio das ferramentas gratuitas do Google é possível acompanhar as

tendências do mercado para produtos e serviços específicos e, assim, embasar um

projeto atrativo para o site.

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6 OBJETIVOS 6.1 Objetivo geral

Descobrir, através de uma pesquisa experimental, se as ferramentas

gratuitas do Google podem ser utilizadas para analisar o comportamento dos

consumidores, auxiliando na personalização e adaptação de um site que, por sua

vez, aumente significativamente sua eficácia e quantidade de visitantes.

6.2 Objetivos específicos

• Descrever o que é a internet, sua história e importância social;

• Identificar o perfil do consumidor Web e a sociedade na qual ele está inserido;

• Descrever o funcionamento e a função de websites;

• Explicar como funciona a aquisição de domínios no Brasil;

• Explorar as funcionalidades das ferramentas gratuitas do Google (Google

Analytics, Google Trends, Google AdWords Keyword Planner, Google AdWords

Display Planner e Google Webmaster Tools);

• Levantar os dados básicos da organização analisada (Comércio e Transportes

Mioranza Ltda. – Transmioranza);

• Analisar o comportamento dos consumidores Web da empresa Transmioranza;

• Criar um website novo (www.mioranza.com.br) para a empresa Transmioranza,

com base nos dados disponíveis nas ferramentas gratuitas do Google;

• Identificar os resultados obtidos com a criação do novo site.

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7 METODOLOGIA

Para entender melhor o âmbito e abrangência do assunto, faz-se necessário

o levantamento da quantidade de usuários existentes na internet, no Brasil e no

mundo, e qual o tempo gasto neste meio de comunicação. Para tanto, serão

utilizados dados obtidos em diversas organizações, como: Centro de Estudos sobre

as Tecnologias da Informação e da Comunicação (CETIC) – disponível no site

http://cetic.br/; Internet Systems Consortium (ISC) – disponível no site

http://www.isc.org/; Internet World Stats – disponível no site

http://www.internetworldstats.com/; Internacional Telecomunication Union –

disponível no site http://www.itu.int/; Interactive Advertisement Bureau, disponível no

site http://www.iabbrasil.org.br/.

É cabível, afim de se obter um conhecimento mais aprofundado sobre o

tema, a realização de consulta aos autores Straubhaar (2004), Castells (2003),

Forouzan (2004), Pinho (2000), Telles (2009), Cappo (2003), Machado (2008),

Lipovetsky (2005), Santaella (2003), Bauman (2001), Hall (2001), Castells (1999) e

Harvey (1999). Conhecimento, este, que compreende a análise da história da

internet, os parâmetros da atual utilização, sua convergência como um meio de

comunicação de massa e o comportamento da sociedade moderna e pós-moderna.

Com o intuito de entender e desenvolver conteúdo sobre websites,

domínios, seus diversos formatos, aplicações e web design, a leitura e anotação de

conceitos aplicáveis ao tema, divagados pelos autores Chak (2004) e Seget (2011)

será utilizada.

Realização de levantamento dos dados da organização sob análise –

Comércio e Transportes Mioranza Ltda. – e caracterização da mesma, afim de

conhecer melhor o seu âmbito de atuação e as necessidades de divulgação no meio

estudado. Os dados da empresa serão extraídos do banco de dados e do arquivo da

organização.

Análise, com auxílio da teorização desenvolvida por Sanders (2012),

Campbell e Swigart (2010), Cutroni (2010), Tonkin, Whitmore e Cutroni (2010) e

informações contidas nos próprios sites e subdomínios do Google, sobre a utilização

dos dados obtidos através das ferramentas gratuitas do Google. Mais

especificamente, o Google Analytics e o Google Trends.

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Reestruturação do site da empresa Transmioranza, com base nos dados

obtidos pelas ferramentas do Google. Os dados serão retirados do site do Google

Analytics – disponível em http://www.google.com/analytics/ – e do Google Trends –

disponível em http://www.google.com/trends/. Estes dados serão analisados tendo

em vista a teorização previamente consultada.

Realização de pesquisa qualitativa, a partir da exposição de um grupo de

pessoas, previamente selecionadas, com diferentes perfis (faixa etária, sexo,

escolaridade e renda) ao site atual e ao reestruturado com base nos dados do

Google. A exposição aos sites será realizada de maneira aleatória (algumas

pessoas do grupo serão expostas primeiro ao site atual e, depois, ao reestruturado,

outras serão expostas primeiramente ao reformulado e, posteriormente, ao atual). O

grupo não terá ciência de qual é o site atual e qual é o reformulado.

As pessoas expostas preencherão um questionário, com perguntas

qualitativas, sobre a usabilidade, a facilidade de navegação, a interatividade, o

conteúdo e a interface (estética/design) do site atual e do reestruturado.

A ferramenta Google Analytics dispõe de informações importantes sobre o

site onde está instalada (quantidade de visitantes, visitas, proveniência do acesso,

etecetera). Sendo assim, esta ferramenta será utilizada para realizar uma análise

quantitativa de ambos sites. Para tanto, o site atual será substituído,

temporariamente (pelo período de um mês), com o reestruturado. Os dados obtidos,

no período em que o site reformulado ficou online, serão comparados aos três

meses anteriores do site atual. Assim, os dados possibilitarão uma análise concreta

sobre a eficácia da sugestão de reestruturação do site.

Desenvolvimento das considerações finais, que levarão em conta todo o

levantamento bibliográfico realizado, assim como as pesquisas qualitativas e

quantitativas, aplicadas após a reestruturação do site.

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8 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

8.1 Preceitos Básicos da Internet e da Revolução Digital

A internet veio a tona como uma rede de computadores, concebida para uso

militar. Inicialmente utilizada para possibilitar uma conexão segura e rápida para a

troca e transferência de dados. Não muito tempo após seu lançamento, seu

potencial passou a ser explorado por diversas instituições, principalmente

faculdades, até tornar-se acessível pela população mundial (ABBATE, 1999).

O conceito evolui rapidamente e, hoje, segundo Machado (2008), a internet

é o meio que possibilita maior liberdade aos usuários, comparada aos meios

tradicionais (rádio, televisão, revista e jornal). Visto que eles podem manipular o

conteúdo, escolher e criar a programação. Machado (2008), descreve o

comportamento da audiência, quanto ao controle da programação determinada pelo

usuário. Spyer (2007), partilha desta ideia e acrescenta que a mídia internet é

diferente pois possibilita a comunicação simultânea e intercambiável entre várias

pessoas (é um meio de muitos para muitos).

Telles (2009) enfatiza a eterna mutação do meio e a exigência dos

indivíduos ao receber informação. Diz que os usuários controlam tanto o conteúdo

acessado, quanto o horário. Cappo (2003) concorda com Telles (2009) e evidencia

que, o momento vivenciado, merece muita atenção para que seja possível entender

o comportamento das pessoas e o modo como consomem informação. Ambos

autores dão ênfase ao impacto causado pela internet na sociedade.

Forouzan (2004) aborda a internet sobre seu aspecto técnico, onde compete

a definição de redes locais (LANs) e redes geograficamente distribuídas (WANs) e

os protocolos e padrões aplicáveis ao meio, e seu aspecto comercial e pessoal. O

autor, em sua obra, concorda com define a comunicação de dados da internet, de

maneira técnica e aponta os benefícios da utilização do meio.

Lipovetsky e Roux (2003) salientam que, atualmente, os indivíduos almejam

criar um mundo ideal para cada um. Fazem isto a partir do telefone celular

personalizado, da TV a cabo com canais específicos, do iPod com músicas

preferidas, da internet com notícias selecionadas. Além disto, Lipovetsky, em sua

obra O luxo eterno, conceitua a hipermodernidade e o hiperindividualismo.

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Para Castells (1999), a rede criou uma nova sociedade, pautada e moldada

em cima da tecnologia e da reestruturação do capitalismo, que ocorrera pela

globalização. Segundo Adler e Firestone (2002), autores que debatem sobre a

função da mídia no capitalismo moderno, a publicidade está sendo desafiada no

novo milênio. Está tendo que se adaptar à uma parcela de mercado e audiência que

está migrando o seu foco de atenção.

8.2 Websites

Andrew Chak (2004) apresenta ideias, de maneira prática, sobre design na

web. O autor aponta preceitos básicas de como criar conteúdo e dispô-lo, de forma

eficaz, nos sites. Além disto, ele define e explica as necessidades dos usuários

(disponibilidade, usabilidade, confiança e desejo).

Na obra Comunicação, Mídia e Tecnologia, Straubhaar e Larose (2004),

tratam da convergência das tecnologias e da criação de novos ambientes de

comunicação. Mais especificamente, da tecnologia que é utilizada como mídia, a

internet.

8.3 As Ferramentas Gratuitas do Google

Tonkin, Whitmore e Cutroni (2010), introduzem o Google Analytics –

ferramenta utilizada para rastrear a interação dos usuários com um website – e

apresentam conselhos sobre sua utilização, para atingir os objetivos do negócio.

Cutroni (2010), assim como Sanders (2012), informa os leitores sobre como

examinar corretamente os dados disponibilizados pelo Analytics e como otimizar e

melhorar a performance do site.

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9 ROTEIRO DOS CAPÍTULOS 1 INTRODUÇÃO

2 A INTERNET

2.1 HISTÓRIA

2.2 IMPORTÂNCIA NA ATUALIDADE

3 O CONSUMIDOR WEB E A SOCIEDADE PÓS-MODERNA

3.1 CULTURA E COMPORTAMENTO

3.2 SOCIEDADE MODERNA E PÓS-MODERNA

4 WEBSITES

4.1 ASPECTOS BÁSICOS

4.1.1 SURGIMENTO

4.1.2 FUNÇÃO

4.1.3 LÍNGUAGENS DE DESENVOLVIMENTO

4.2 WEB DESIGN

5 AS FERRAMENTAS GRATUITAS DO GOOGLE

5.1 GOOGLE ANALYTICS

5.1.1 FUNCIONALIDADE

5.1.2 FUNÇÕES

5.2 GOOGLE TRENDS

5.2.1 FUNCIONALIDADE

5.2.2 FUNÇÕES

6 PESQUISA EXPERIMENTAL – REFORMULAÇÃO DO SITE DA

TRANSMIORANZA

6.1 DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA (OS CAMINHOS DA PESQUISA)

6.2 DADOS BÁSICOS DA ORGANIZAÇÃO

6.3 FORMAÇÃO DE UM PERFIL DE CONSUMIDOR

6.4 REFORMULAÇÃO DO SITE

6.4.1 LINGUAGENS E FERRAMENTAS UTILIZADAS

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6.5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

CONSIDERAÇÕES FINAIS

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10 CRONOGRAMA

2011:

• Dezembro: Desenvolvimento do segundo capítulo (Internet) e subitens.

2012:

• Janeiro: Desenvolvimento do terceiro capítulo (O consumidor web e a

sociedade pós-moderna) e seus respectivos subitens.

• Fevereiro: Desenvolvimento do quarto capítulo (Websites) e seus respectivos

subitens.

• Março: Desenvolvimento do quinto capítulo (As ferramentas gratuitas do

Google) e seus respectivos subitens.

• Abril: Desenvolvimento do sexto capítulo (Pesquisa experimental –

reformulação do site da Transmioranza) e seus respectivos subitens, que

compreendem a reformulação do website, as pesquisas qualitativa e

quantitativa e a análise dos resultados do estudo de caso.

• Maio: Desenvolvimento do primeiro capítulo (Introdução).

• Junho: Elaboração das considerações finais, adequação às normas da ABNT

e revisão final.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABBATE, Janet. Inventing the Internet. Massachusetts: Massachusetts Institute of Technology, 1999.

ADLER, Richard P.; FIRESTONE, Charles M. A conquista da atenção: a publicidade e as novas formas de comunicação. São Paulo: Nobel, 2002.

BAHARETH, Mohammad. Kings of the Internet. Trafford Publishing, 2012.

BARBOSA, Alexandre. Cuidado, a internet está viva!: os incríveis cenários para o futuro desse fenômeno. São Paulo: Terceiro Nome, 2005.

BAUMAN, Zygmunt. Modernidade líquida. Tradução Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Zahar, 2001.

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CAPPO, Joe. O futuro da propaganda: nova mídia, novos clientes, novos consumidores na era pós-televisão. Tradução Henrique A. R. Monteiro. São Paulo: Editora Cultrix, 2003.

CASTELLS, Manuel. A Galáxia da Internet: Reflexões Sobre a Internet, os Negócios e a Sociedade. Tradução Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Zahar, 2003.

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CHAK, Andrew. Como Criar Sites Persuasivos: Clique Aqui. São Paulo: Person, 2004.

CUTRONI, Justin. Google Analytics. Sebastopol, CA: O’Reilly, 2010.

DERESKY, Helen. Administração Global: Estratégica e Interpessoal. Tradução Pearson Education. São Paulo: Artmed, 2002.

FOROUZAN, Behrouz A. Comunicação de Dados e Redes de Computadores. Tradução Arysinha Jacques Affonso e Denise Weber Nowaczyk. São Paulo: Artmed, 2004. 3 Ed.

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HARVEY, David. Condição pós-moderna. 8. Tradução Adail Ubirajara Sobral e Maria Stela Gonçalves. São Paulo: Loyola, 1999.

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LIPOVETSKY, Gilles; ROUX, Elyette. O luxo eterno: da idade do sagrado ao tempo das marcas. Tradução Maria Lúcia Machado. São Paulo: Companhia das letras, 2005.

MACHADO, Gilber. Programação on demand: nova tendência. Agost. 12, 2008. Disponível em: <http://www.administradores.com.br/informe-se/informativo/programacao-on-demand-nova-tendencia/16378/>. Acesso em: 3 nov. 2012.

PINHO, José Benedito. Publicidade e vendas na Internet: técnicas e estratégias. São Paulo: Summus Editorial, 2000.

SANDERS, Rob. 42 Rules for Applying Google Analytics: A Practical Guide for Understanding Web Traffic, Visitors and Analytics So You Can Improve the Performance Of Your Website. Cupertino, CA: Super Star Press, 2012.

SANTAELLA, Lucia. Culturas e artes do pós humano: da cultura das mídias à cibercultura. 2. Coordenação Valdir José de Castro. São Paulo: Paulus, 2003.

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SPYER, Juliano. Conectado: O que a internet fez com você e o que você pode fazer com ela. Rio de Janeiro: Zahar, 2007.

STRAUBHAAR, Joseph D., LAROSE, Robert. Comunicação, Mídia e Tecnologia. Tradução José Antonio Lacerda Duarte. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

TELLES, André. Geração digital: como planejar o seu marketing para uma geração que pesquisa no Google, se relaciona no Orkut, manda mensagens pelo celular, opina em blogs, se comunica pelo msn e assiste a vídeos no Youtube. São Paulo: Landscape, 2009.

TONKIN, Sebastian; WHITMORE, Caleb; CUTRONI, Justin. Performance Marketing with Google Analytics: Strategies and Techniques for Maximizing Online ROI. Hoboken, NJ: Wiley, 2010.