UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO … · Por: Josiane de Freitas Souza Orientador...
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A CONTRIBUIÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL PARA MELHORA DO CLIMA ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS
Por: Josiane de Freitas Souza
Orientador
Prof. Esp. Carlos Alberto Cereja de Barros
RIO DE JANEIRO 2011
UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
A CONTRIBUIÇÃO DA GINÁSTICA LABORAL PARA A MELHORA DO CLIMA ORGANIZACIONAL DAS EMPRESAS
Monografia apresentada ao Curso de Pós Graduação em Gestão Empresarial da Universidade Cândido Mendes como requisito final à obtenção do título
AGRADECIMENTOS
A todos que me incentivaram a iniciação ao curso e principalmente a Deus por dar força para sempre continuar persistente mesmo nos momentos mais difíceis de toda minha vida.
DEDICATÓRIA
Dedico esse trabalho a minha mãe, minha irmão e aos meus amigos que estiveram sempre ao meu lado dando força para continuar lutando para me superar nos desafios apresentados na vida.
RESUMO
O objetivo desse estudo é verificar a contribuição da ginástica laboral para a melhora do clima organizacional das empresas. Neste sentido, os modelos de planejamento estratégico apontam como destaque um dos seus itens constitutivos o clima organizacional. Percebe-se que com a tendência contemporânea, a busca por alternativas para a melhora do ambiente dentro das empresas e cada vez maior. Os programas de exercícios orientados se apresentam como uma estratégia cada vez mais requisitada e com as diferentes finalidades. Nas empresas apresentam uma grande adesão aos programas de ginástica laboral. A grande dúvida é se os programas de ginástica laboral aplicados tradicionalmente pode verdadeiramente colaborar para o incremento do clima organizacional. Com o esforço de preencher lacunas de conhecimento Justifica-se a necessidade de identificar o potencial da ginástica laboral como elemento positivo para o clima organizacional. A pratica da ginástica laboral mostra objetivos de reparar danos a saúde, porém, é claramente entendido que o nível emocional, os exercícios e as atividades nelas praticados são de grande valor, pois proporcionam momentos onde os funcionários podem estar juntos interagindo de forma agradável. Portanto conclui-se que a ginástica laboral vai contribuir visivelmente para a melhora do clima organizacional, resgatando a confiança, a motivação, colaboração, espírito de equipe e melhora na produtividade.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada destina-se a revisão de literatura, bem com bibliografia, livros, monografias concluídas, revistas e internet onde abordam sobre o tema. Será feita uma intensa pesquisa em literaturas que dissertam fatos sobre a ginástica laboral, clima organizacional e seus benefícios, literaturas que já trataram sobre o assunto. E com o objetivo de mostrar os benefícios da ginástica laboral para o clima organizacional nas empresas.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................8 CAPÍTULO I
EVOLUÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL..... .............. ................ ......10
CAPÍTULO II
A GINÁSTICA LABORAL E O CLIMA ORGANIZACIONAL................... ......16
CAPÍTULO III
GINÁSTICA LABORAL PARA O CLIMA ORGANIZACIONAL.............. .......23
CAPÍTULO IV
FATORES IMPORTANTES DE UM PROGRAMA DE GINASTICA LABORAL
............................................................................................................. ...........28
CONCLUSÃO....................................................................................................37
ÍNDICE...............................................................................................................44
INTRODUÇÃO
O cenário empresarial brasileiro tem se transformado de forma marcante e
abrangente nas últimas décadas. Não apenas nos aspectos relacionados a
produtividade, mas principalmente no que se refere as relações interpessoais
na empresa.
Neste sentido, os modelos de planejamento estratégico apontam com
destaque para um de seus itens constitutivos: o clima organizacional.
Tal componente do planejamento se refere ao ambiente favorável para que
seus colaboradores se sintam integrados com valores, atitudes e padrões de
comportamento, formam informam existentes em uma instituição, possibilitando
a avaliação de suas expectativas.
Portanto, percebe-se como tendência contemporânea, a busca por
alternativas para melhorar estes ambientes nas empresas, através da melhoria
e da atenção diferenciada ao trabalhador, tanto sobre o aspecto de
produtividade, quanto de sua satisfação com o ambiente de trabalho.
Os programas de exercícios físicos orientados se apresentam como uma
estratégia cada vez mais requisitada para diferentes finalidades. Nas
empresas, percebe-se uma grande adesão a oferta de programas de ginástica
laboral.
Com a justificativa inicial e o enfoque prioritário sobre a prevenção de
acidentes de trabalho e de lesões por esforço repetitivo, os programas de
ginástica laboral ganharam força nas últimas décadas.
Mesmo diante de um cenário promissor no campo de aplicação de
programas de exercícios nos ambientes de trabalho, isto é, no campo de
ginástica laboral, emerge a dúvida se o modelo de ginástica proposto é
aplicado tradicionalmente nas empresas pode, verdadeiramente, colaborar
para o incremento do clima organizacional.
O esforço para preencher esta lacuna de conhecimento, justifica-se,
particularmente, pela necessidade de se indicar o potencial da ginástica laboral
como elemento positivo para o clima organizacional.
8
A pesquisa se mostra relevante a medida que propõe mais uma
possibilidade de enfoque no campo de estudos relacionados a ginástica laboral
e seus diversos benefícios, tanto para as empresas, quanto para os
colaboradores e aponta novas formas de trabalho para os profissionais de
Educação Física atuantes na área. Tal expectativa demonstra que o professor
de educação física está munido de competências que lhe permite escolher e
mudar os exercícios de acordo com o interesse e motivação dos funcionários.
Desta forma, o presente estudo apresenta como objetivo geral verificar a
contribuição da ginástica laboral para a melhoria do clima organizacional das
empresas. Evidenciando fatores relevantes para iniciação de um programa de
ginástica laboral como estratégia de melhora do clima organizacional.
Capitulo I vai relatar sobre a perspectiva evolutiva do ambiente empresarial.
O capitulo II vem tratar da ginástica laboral e o clima organizacional. O capitulo
III relata sobre A ginástica laboral para o clima organizacional.
9
CAPÍTULO I
EVOLUÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL
Para a melhor compreensão da situação-proplema, faz-se necessário uma
análise das características do ambiente empresarial contemporâneo, a partir de
uma perspectiva evolutiva.
1.1. Pespectiva evolutiva do ambiente empresarial
Através dos séculos as organizações empresariais vêm sofrendo influências
das mais diversas categorias e instituições, tais como: as militares, filosóficas,
religiosas. Cada uma delas com suas características e pensamentos próprios.
A revolução industrial provocou profundas modificações na estrutura
empresarial e econômica da época. Com o incremento da utilização de
maquinas foi identificado á necessidade de um trabalho cooperativo, um
sistema de caráter social entre os operários. Além da grande influência do
mercado internacional que vinha mostrando várias formas de evolução
empresarial, a revolução industrial foi o marco do desenvolvimento das
empresas brasileiras.
O século XX trouxe mudanças e transformações que influenciaram
poderosamente as organizações, a sua administração e o seu comportamento.
E, sem dúvida as marcantes mudanças no que se diz respeito as pessoas.
As organizações estão se preocupando em proporcionar para seus
colaboradores e parceiros um ambiente de trabalho saudável acolhedor e
agradável. De acordo com Chiavenato (1999, p.32) “a organização indica os
objetivos que pretende alcançar, focalizando a missão e visão, e oferece
oportunidades de crescimento profissional que fortaleçam seu negócio”.
O ambiente empresarial tem se tornado mais competitivo, aumentando seu
grau de complexidade, e gerando incertezas quanto ao futuro e exigindo
rápidas mudanças nas organizações e seus componentes.
Como já foi visto, as mudanças organizacionais ocorrem rapidamente
devido a pressões externas e necessidades de melhoria na qualidade de
10
produtos e serviço devido ao crescimento das exigências tanto do mercado
competitivo quanto dos clientes. Isto acarreta pressões as quais as empresas
sofrem tais como: governamentais, de inovação tecnológica e a forte
concorrência. Isso não quer dizer que as pressões internas não apresentam
responsabilidades sobre as mudanças, pois a insatisfação dos clientes
internos, a modificação nos processos de trabalho e variação no estilo
gerencial podem influenciar no clima organizacional e futuramente promover
mudanças na cultura da organização.
Atualmente as empresas não visualizam mais seus funcionários como
apenas prestadores de serviços, mas sim como parceiros da organização,
como fornecedores e conhecimento, habilidades, capacidade e, sobretudo, o
mais importante à inteligência, como também formadores de opinião sobre tudo
que se rege no ambiente da empresa, como sugestão para a melhoria tato do
ambiente de trabalho como da qualidade do produto ou serviço ofertado.
De acordo com Stoner (1999, p. 35), o novo movimento das relações
humanas constitui:
uma abordagem integrativa à teoria da administração, combinando uma visão positiva da natureza humana com o estudo cientifico das organizações, visando prescrever como os administradores eficazes devem agir na maioria das circunstancias.
Tendo em vista a complexidade das situações que envolvem as
organizações modernas, nenhum problema ou situação é totalmente simples. É
exatamente a complexidade das situações as quais tem inúmeras causas e
produzem inúmeros efeitos, é justamente o fato de permitir que os
administradores percebam a organização como um todo e como parte de um
sistema maior.
11
0
1.2. O planejamento estratégico e o clima organizacional
As organizações passaram a utilizar estratégias, significando o caminho
que deverá ser trilhado para atingir os objetivos traçados. Esta intenção está
intimamente ligada com planejamento, que representa um estudo sobre o que
a organização irá fazer no futuro. Nesse caso, estratégia representa o futuro
da organização.
Portanto, enfatizar o planejamento estratégico, o qual envolve planos,
ações, táticas, regras, padrões, posicionamentos e perspectivas, pode
identificar ações que irá proporcionar grandes melhorias para a empresa. Um
dos itens deste planejamento é o clima organizacional, sendo um referencial
para uma melhora das relações entre os colaboradores, empresas e padrões
de qualquer de qualidade em serviços.
Assim, o estudo de clima organizacional pode oportunizar rendimentos
excepcionais para a compreensão do funcionamento das organizações,
prestar importante auxilio para o manejo e administração das pessoas nas
organizações, servir de apoio para a tomada de decisão, identificar o grau de
satisfação dos funcionários com a empresa, estilos de liderança, clareza
organizacional etc. Segundo Laffollette (1975, apud MELLO, 2004, p. 13) “É
necessário conhecer o que faz que as pessoas se comportem de certa
maneira”.
O comportamento humano vai estar sempre se alterando de acordo com
o ambiente em que o cidadão se encontra, portanto é necessário certo
entendimento sobre o assunto para conseguir algumas alternativas para
atender as necessidades humanas.
Moscovici (1997, p.10) afirma que:
A maneira de lidar com as diferenças individuais cria um certo clima entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a vida em grupo, principalmente nos processos de comunicação, relacionamento interpessoal no comportamento organizacional e na produtividade.
12
Sendo assim, o relacionamento interpessoal e o clima organizacional dos
grupos podem trazer satisfações ou insatisfações pessoais ou grupais,
repercutindo na organização em sua totalidade.
Muitos dos autores pesquisados relacionaram clima organizacional com a
motivação humana (realização, afiliação e poder). Tendo em vista que o estudo
de clima representa as percepções individuais sobre determinadas variáveis e
ou processos organizacionais, não existe forma de se separar as necessidades
e interesses com as insatisfação dos seres humanos a avaliação do ambiente
de trabalho, pois de todas as formas as expectativas relacionadas ao trabalho
vão influenciar diretamente nos desejos de cada colaborador. Colocando assim
o clima organizacional intimamente ligado aos desejos de cada um.
As pesquisas sobre clima organizacional vêm sendo bem exploradas pelas
empresas, pois estão dando base como estratégia para minimizar os conflitos
de necessidades entre indivíduos e as organizações, com isso os
administradores pode conhecer e entender melhor o comportamento dos
indivíduos dentro das organizações.
Bem como não pode separar a influência do ambiente de trabalho sobre as
necessidades pessoais de cada colaborador, pois trata-se de ambições e
frustrações que podem ocasionar variações em seu comportamento. Até propor
medidas de modo que a organização possa alcançar seus objetivos
institucionais e atender às expectativas dos indivíduos no trabalho.
Clima organizacional pode ser definido como um conjunto de atributos
específicos que caracteriza uma organização e que refletem como seus
membros agem em seus respectivos ambientes.
Sobre isso entende-se que o clima organizacional é como um elo conceitual
de ligação entre o nível individual e o nível organizacional no sentido de
expressar a compatibilidade ou as congruências das expectativas. No sentido
de que os valores e os interesses individuais com as necessidades e diretrizes
formais dos colaboradores e das organizações.
A qualidade de um ambiente interno de uma organização, que resulta do
comportamento e conduta dos seus e membros, serve como base para
13
interpretar a situação, também, como uma fonte de pressão direcionando as
atividade.
O clima organizacional influencia, direta e indiretamente nos
comportamentos, na motivação, na produtividade do trabalho e também na
satisfação das pessoas envolvidas com a organização. Segundo Luz (2001,
apud LIMA & ALBANO, 2002, p. 35):
O clima retrata o grau de satisfação material e emocional das pessoas no trabalho. Observa-se que este clima influencia profundamente na produtividade do indivíduo e, consequentemente da empresa. Assim sendo, o mesmo deve ser favorável e proporcionar motivação e interesses nos colaboradores, além de uma boa relação entre os funcionários e a empresa.
Clima organizacional é a qualidade do ambiente dentro da organização, e
que é percebida pelos membros dessa organização como sendo boa ou não, e
que influenciam o seu comportamento. Neste sentido, um dos fatores que deve
ser repensado relaciona-se com a melhoria no ambiente de trabalho e a
satisfação dos seus múltiplos usuários em relação ao clima presente na
instituição, principalmente nas funções administrativas.
A análise detalhada das informações sobre o clima organizacional e
planejamento estratégico aponta para a valorização dos elementos qualitativos
no ambiente de trabalho. A referida qualidade não está somente apoiada nos
aspectos pessoais da produção da empresa, mas sim em elementos
multifatoriais. Tendo como base estratégica o clima organizacionais e a
qualidade no ambiente de trabalho, os autores Rodrigues (1991) e Julião (2001
apud STANO & LIMA, 2004, p. 2) afirmam que “o termo qualidade de vida no
trabalho vem para designar experiências calçadas na relação individuo trabalho
– organização, com base na reestruturação da tarefa, para deixar o trabalho
menos árduo”
A qualidade de vida está intimamente ligada ao bom ambiente de trabalho,
pois de acordo com um bom ambiente vai interferir nitidamente em todos os
aspectos da vida pessoal de cada indivíduo, interferindo nas relações pessoais
14
e profissionais dos colaboradores. Desta forma um bom ambiente de trabalho
pode ocasionar vários benéficos tanto para as organizações como para a
qualidade de vida de cada colaborador.
15
CAPÍTULO II
A GISNÁTICA LABORAL E O CLIMA
ORGANIZACIONAL.
2.1. Bases conceituais
A ginástica laboral é um programa de qualidade de vida e promoção de
lazer, mesmo sendo realizada pelos trabalhadores durante o expediente de
trabalho. A ginástica labora é planejada e aplicada no ambiente de trabalho
durante o expediente.
Essa ginástica busca criar um espaço no qual os trabalhadores, por livre
e espontânea vontade, exercem várias atividades e exercícios físicos.
Segundo Realce (2001, p. 28), uma definição para ginástica laboral é: “a
ginástica laboral é um conjunto de exercícios diários que visam normalizar
capacidades e funções corporais para o desenvolvimento do trabalho,
diminuindo a possibilidade de comprometimento da integridade do corpo.”
Embora o ser humano apresente diversos sistemas corporais interligados
que possibilita executar movimentos globais, as condições de trabalho atuais,
com alto grau de repetição e monotonia, limitam a natureza humana. De acordo
com, ginástica laboral é o exercício orientado e praticado durante o horário do
expediente visando benefícios pessoais no trabalho. A ginástica laboral
apresenta inúmeros objetivos como exemplo minimizar os impactos negativos
oriundos do sedentarismo na vida e na saúde do trabalhador, desgastes
emocionais devido ao estresse sofrido no dia a dia de trabalho e um dos
fatores mais marcantes as lesões causadas por esforço repetitivo.
2.2 Características da ginástica laboral
A saúde ocupacional é uma preocupação no mundo moderno, merecedora
de diversos estudos na busca de desvendar seus segredos, e relacionada a
melhoria na vida do trabalhador, em sua produtividade e nos resultados
oferecidos para a sociedade. Em todo um contexto de estudos voltado para a
melhoria da saúde todos se voltam para o desenvolvimento de técnicas para
16
melhorar a qualidade de vida nos ambientes onde se vive, buscando
alternativas para proporcionar um ambiente mais agradável.
A ginástica laboral tem aspectos muito positivos relacionados a seus
objetivos, pois ela prepara os indivíduos para reações rápidas a estímulos
externos. Além disso, a melhoria nas condições físicas e mentais
proporcionadas pelo exercício, pode-se verificar reações imediatas para alívios
de tensões e estresses do dia a dia, sensações de bem estar e trazendo
também boas expectativas sobre melhora saúde indivíduos.
O bem estar mental é principalmente físico são imprescindíveis para uma
boa qualidade de vida, tanto no ambiente de trabalho como no cotidiano, a qual
influência diretamente no rendimento das atividades realizadas pelos
trabalhadores.
Mendes & Leite (2004, p.2) afirmam que a:
ginástica laboral trabalha o cérebro, a mente, o corpo e estimula o auto-conhecimento, visto que amplia a consciência e a auto-estima e proporciona em melhor relacionamento consigo mesmo, com os outros e com o meio, levando a uma verdadeira mudança interna e externas das pessoas.
A ginástica laboral pode ser preparatória e compensatória, consistindo em
exercícios específicos realizados no próprio local de trabalho, atuando de forma
preventiva e terapêutica. Leve e de curta duração, a ginástica laboral visa:
diminuir o número de acidentes de trabalho, prevenir doenças originadas por
traumas cumulativos, prevenir a fadiga muscular, corrigir vícios posturais,
aumentar a disposição dos funcionários ao iniciar e retornar ao trabalho,
promover maior integração no ambiente de trabalho.
A atividade física pode ser um meio alternativo excelente para descarregar
ou liberar tensões, emoções e frustrações, acumuladas pelas pressões e
exigências da vida moderna”.
17
2.3 Motivos para a implantação da Ginástica Laboral nas empresas
A tendência mundial de busca da qualidade de vida fez surgir nas empresas
a necessidade da implantação de vários programas voltados para seus
funcionários. Então a implantação da ginástica laboral vem com o objetivo de
prover qualidade de vida e promoção de lazer.
Conforme a literatura um dos problemas que mais tem afetado as
empresas são os distúrbios na saúde dos trabalhadores. Na maioria das vezes,
ocasionadas devido a uma organização do trabalho que envolve tarefas
repetitivas, pressão constantes por produtividade, jornada prolongada além de
tarefas fragmentadas, monótonas que reprimem o funcionamento mental do
trabalhador.
Os principais motivos de implantar a ginástica laboral estão relacionados à
prevenção das principais doenças ocupacionais, à diminuição doas acidentes
de trabalho e do absenteísmo, e ao incentivo a pratica regular de atividades
físicas.
Esses objetivos são atingidos pela ginástica laboral por meio do aumento
do bem estar físico e mental, da disposição dos trabalhadores do maior
relacionamento e cooperação entre as equipes de trabalho.
Sobre os resultados positivos da implantação de um programa de ginástica
laboral, Polido (2005, p.21), destaca:
Aspectos físicos, redução das dores de cabeça e de dores de estômago e também no aspecto psicológico, redução da sensação de ansiedade e depressão, diminuição de dificuldade de concentração, redução das mudanças bruscas de humor, com isso foi verificando um aumento na preocupação com o corpo e também na disposição para o trabalho.
Estudos feitos sobre o impacto da implantação de um programa de
ginástica laboral, mostram resultados surpreendentes para os indivíduos e para
as organizações. Dentre muitos, a autora destaca que a pratica da ginástica
laboral melhora as condições e trabalho e saúde geral física, mental e
espiritual, aumentos da disposição e da motivação para o trabalhador com isso
o aumento da integração, o espírito de equipe, da união e da cooperação,
18
redução do estresse, alívio de tensão e relaxamento, melhora da qualidade de
vida, melhoria da imagem da empresa, humanização do ambiente de trabalho e
liberação da criatividade.
2.4 Benefícios da prática regular da ginástica laboral
A ginástica laboral promove muitos benefícios, tanto para o trabalhador
quanto para a empresa. De acordo com Bulsing (1998, apud POLITO, 2002,
p.31) a ginástica laboral:
acrescentar a liberação de movimentos bloqueados por tensões emocionais, obtendo a sensação de um corpo mais relaxado, melhora na coordenação motora dos funcionários, reduzindo, assim o gasto de energia para a execução de suas tarefas diárias, aumentando a flexibilidade, ativação do aparelho circulatório, preparação do corpo para a atividade muscular, desenvolvimento da consciência corporal, proporcionando o bem estar físico e mental.
Os mais diversos objetivos são alcançados através da implantação de um
programa de ginástica laboral, desde os de prevenção a danos causados pelo
trabalho à saúde, ao incentivos a pratica de atividades esportivas fora do
ambiente de trabalho. O que vai proporcionar um melhora à saúde e a
qualidade de vida.
Tanto os colaboradores, quanto as empresas se beneficiam com o
programa de ginástica laboral. Os vários benefícios á saúde, estão
relacionados á prática da ginástica laboral, tais como: diminuição da fadiga
muscular, melhoria da condição física em geral, social como melhoria dos
relacionamentos interpessoais no ambiente de trabalho.
Segundo Mendes e Leite (2004, p. 64) “esses objetivos são atingidos pela
ginástica laboral por meio do aumento do bem estar geral, da disposição dos
trabalhadores, do maior relacionamento e cooperação entre equipes”.
Entre os vários benefícios relacionados a prática da ginástica laboral para
as empresas podem se destacar a melhora considerável na produtividade, a
diminuição da incidência de doenças ocupacionais o que gera um menor gasto
com despesas médicas, marketing social, um menor índice de absenteísmo e
19
rotatividade dos funcionários, redução do número de erros e falhas, pois os
funcionários, ficam mais motivados, e a elevada melhora do relacionamento
entre os funcionários, pois a ginástica laboral ira proporcional uma
possibilidade de interação entre os funcionários dos mesmo setores e até de
setores diferentes o que vai também melhorar o desenvolvimentos das
atividades operacionais.
Relatar os benefícios relacionados a pratica da ginástica laboral para os
funcionários é como referenciar a melhora da qualidade de vida aos
colaboradores e entre outros benefícios como a melhoria da auto-estima,
redução das dores, melhoria do relacionamento interpessoal, aumento da
resistência da fadiga central e periférica, aumentos da disposição para o
trabalho, melhoria da saúde física, mental e espiritual.
2.5 Benefícios relacionados ao clima organizacional
As empresas estão adotando os programas de exercícios com um
instrumento para promover a sociabilização, ou seja, melhoria do
relacionamento interpessoal.
Exercícios físicos são integrantes da prática e preparação esportiva, e
podem ser utilizados em medicina com diversas finalidades. Os principais
objetivos da prescrição de exercícios são a profilaxia, promoção de aptidão par,
reduz a as atividades de vida diária, para o trabalho, para o lazer e para o
esporte, além do estímulo à estética corporal e ao bem estar mental
(SANTAREM, 2000).
Uma possível explicação sobre a influência do exercício sobre a área
emocional é que a prática de atividades física proporciona uma distração das
preocupações do dia-a-dia.
Sendo assim a prática regular de exercícios físico promove a prevenção
das doenças profissionais, do sedentarismo, estresse, depressão, ansiedade
entre outras. Favorece a sensação de disposição e bem estar para a jornada
de trabalho, reduz a sensação de fadiga ao final da mesma e contribui para a
promoção da saúde, da qualidade de vida e melhora do ambiente de trabalho.
20
Embora seja impossível viver sem o estresse, seu excesso é que pode
causar os danos físicos e emocionais, podendo intervir na vida diária
resultando na perda de produtividade e afetando o relacionamento inter-
pessoal.
A atividade física moderada e regular minimiza os efeitos do estresse, pois
é relaxante. Um estudo feito em 1972 por Vries e Adans, relata que a atividade
física moderada foi tão eficaz na redução da tensão quanto um tranqüilizante,
sendo que o efeito do exercício foi mais duradouro (SHARKEY, 1998).
Exercício está associado com as melhoras de humor das pessoas que
tinham sintomas depressivos antes de iniciarem exercícios.
Alguns pesquisadores acreditam que a atividade física aumenta os níveis de
substâncias de alteração do humor as chamadas endorfinas. Sharkey (1998,
p. 43), estudos mostram que “as endorfinas, compostos semelhantes a morfina
produzidos no cérebro, podem reduzir a dor e provocar uma sensação de
euforia”. Essas substancias são liberada quando se é executada alguma
atividade física provocando assim uma sensação de bem estar, felicidade o
que vai proporcionar aos participantes momentos agradáveis, melhorando
assim seu estado físico e mental.
A criação de um espaço onde as pessoas possam, por livre e espontânea
vontade, exercer varias atividades e exercícios que estimulam o
autoconhecimento, levam a ampliação da auto-estima e, conseqüentemente,
proporcionam um melhor relacionamento consigo, com os outros e com o meio.
Uma pesquisa com adultos concorda que a atividade física e aptidão
melhora o auto-conhecimento. À medida que a atividade e a aptidão física
alteram a imagem corporal, essa confiança renova no corpo pode ser um passo
importante em direção a relação pessoais melhores.
A saúde e o bem estar mental e principalmente físico são imprescindíveis
para uma boa qualidade de vida, tanto no ambiente de trabalho como no
cotidiano, a qual influencia diretamente no rendimento das atividades
realizadas.
21
Polito (2002, p.33) afirma que:
A partir do momento em que os funcionários passaram a participar das aulas, eles percebem que este é talvez o único momento do dia em que eles podem ser mesmos, abrindo mão do autoconhecimento, livre dos riscos de acidentes e erros. Podem conversar com seus colegas, saindo de suas posturas automatizadas. Estes programas preenchem também a carência do ambiente de trabalho.
Com isso a atividade física vem crescendo e ganhando espaço dentro das
empresas, uma vez que diminui os efeitos negativos do trabalho. Não só
problemas físicos, mas também psicológicos (conflitos interpessoais, estresse,
baixa concentração e confiança) e sociais (convívio, trabalho em equipe,
relacionamento social). Isto é, visa a promoção da saúde psicossomática do
trabalhador, a melhoria do relacionamento interpessoal no trabalho, além do
aumento da produtividade. Este benefício podem ser relatados pelos próprios
participantes, pois vai proporcionar uma interação entre os colaboradores que
permitirá um maior conhecimento entre os mesmo o que facilitará a execução
das tarefas diária.
22
CAPÍTULO III
A GISNÁTICA LABORAL PARA O CLIMA
ORGANIZACIONAL.
3.1 Ginástica laboral para o clima organizacional
De uma maneira geral, parece difícil delimitar os aspectos emocionais,
porque os indivíduos em situação estressantes geralmente adotam hábitos de
vida menos saudáveis como a inatividade física. As principais causas do
estresse no ambiente de trabalho são O excesso de trabalho, a execução de
tarefas sob pressão, a ausência de decisões no processo produtivo, as
condições ambientais insatisfatórias, a interferência da empresa na vida
particular, a falta de conhecimento no processo da avaliação de desempenho e
promoção e a falta de interesse na atividade profissional desempenhada.
Buscar uma forma de prevenção para os efeitos nocivos do estresse é fator
importante que deve ser relevante para as empresas, uma forma de prevenção
a esses efeitos pode ser visto em situações onde as pessoas estão com
sentimentos conflitantes que se desencadeiam como mecanismo de defesa.
Com isso identificado esses fatores, uma alternativa é de extravasar esse
estresse diário por meio de atividades criativas, que estimulem o movimento
corporal e promovam o relaxamento, uma diversão simples e a prática regular
de exercícios, onde vão promover a interação entre esses colaboradores.
De acordo com (MORAES & DELBIN, 2005) o movimento corporal é uma
alternativa que pode ser alcançada com a atividade física organizada durante o
trabalho que vai ajudar o funcionário a extravasar as tensões que o trabalho
gera.
A ginástica laboral auxilia os trabalhadores em grupo, realizando atividades
de relaxamento, participar de atividades recreativas, praticar exercícios físicos
regulares, ter estilo de vida saudável, procurar rir ou chorar quando tiver
vontade, liberar as tensões e preocupações do dia a dia e ter um momento
23
destinado para a interação com os colegas de trabalho gerando uma coesão
entre o grupo.
A empresa que deseja obter reter talentos humanos flexíveis às constantes
mudanças ambientais, transformando-os em parceiros e aliados na adoção de
novas ferramentas de trabalho e modelos de gestão, deverá proporcionar um
ambiente de trabalho que atenda à plena realização dos indivíduos nas
dimensões espirituais, sociais, físicas e mentais, tornando pró-ativos ás
mudanças, buscando assim o alcance dos objetivos organizacionais em
consonância com os individuais.
Com isso a ginástica laboral se apresenta como a ferramenta essencial
para desenvolver fatores motivadores, geradores de satisfação, realização,
reconhecimento do próprio trabalho, responsabilidade e desenvolvimento
pessoal, pois de acordo com Godoy, (2002, p.10) o exercício “além da redução
da depressão, confirmou que o exercício melhora o humor e a condição da
pessoa para reagir a estressores psicossociais, melhorando a auto-estima”.
Portanto, segundo Maciel et. al. (2005, p.7), a pratica de um programa de
ginástica laboral está associada aos efeitos sobre os seguintes aspectos:
Psicológicos: reduzir acidentes de trabalho e ou afastamento do trabalhador da empresa, reforça a auto-estima, aumento da capacidade de concentração no ambiente de trabalho, conquista de um momento destinado a ele, valorização do funcionário.
A prática de atividades recreativas e de relaxamento promove uma melhora
no que se diz respeito aos aspectos sociais. Melhora o relacionamento
interpessoal, a comunicação interna, a participação ativa nas palestras debates
e dinâmicas, proporcionando assim um ambiente mais agradável e favorável
para uma melhora nos processos e produção da empresa.
As evidências indicam que proporcionar ao trabalhador uma prática de
ginástica laboral segura e eficiente, com duração de dez a quinze minutos,
pode colaborar para a prevenção e a reabilitação e a reabilitação de doenças
ocupacionais.
24
3.2 Efeitos do exercício no clima organizacional
O estresse é quase sempre motivado por estímulos externos que provêm
do trabalho, do lar ou dos demais afazeres da vida. Estes estímulos agem no
psiquismo da pessoa, estimulando sentimentos tais como medo, raiva, ambição
exagerada e culpa, que irão, por sua vez, provocar uma reação do sistema
nervoso, das glândulas que irão provocar as conseqüências físicas do estresse
(SILVA NETO, 2000).
A idéia de que as atividades lúdicas devem compor o repertório de
estratégias e possibilidades dos programas de ginástica laboral por possibilitar
um momento de integração, sociabilização, lazer e humanização que, uma vez
realizados dentro dos limites e necessidades individuais, poderão ampliar as
possibilidades dos movimentos corporais, bem como, as capacidades físicas.
A Ginástica Laboral orientada adequadamente pode proporciona em
primeiro lugar a mudança de estilo de vida do colaborador. Àqueles que não
praticavam ou não tinham a oportunidade de praticar qualquer atividade física,
com a implantação do programa, podem vivenciar os exercícios dentro do seu
próprio posto de trabalho e aos que já praticam algum tipo de atividade, podem
acrescentar as práticas para o seu treinamento e compensação dos grupos
musculares trabalhados na sua rotina diária.
Os exercícios hoje vem sendo uma das grandes ferramentas na prevenção
das doenças oriundas do trabalho e da vida moderna. Na execução dos
exercícios, ocorre um aumento da irrigação sangüínea em nível dos tendões,
ligamentos, fáscias e músculos , dilatação dos vasos sangüíneos contolando a
pressão arterial, aumento da oxigenação muscular, menor concentração de
ácido lático e amônia nas estruturas musculares utilizadas nas tarefas
operacionais, estabilidade músculo-articular e ligamentar, melhora da
flexibilidade e elasticidade músculo-articular proporcionando maior resistência e
integridade estrutural, capacidade das fibras musculares recuperar-se da
deformação e adaptar-se a uma nova extensão, eliminação ou redução dos
encurtamentos do sistema muscular, melhora da absorção de energia,
dissolução dos nódulos (trigger points) contidos nas fáscias e músculos
ocasionados por tensão muscular, diminuição de cãibras, melhora dos
25
problemas posturais que alteram o centro de gravidade provocando
adaptações musculares, eliminação dos hormônios da adrenalina e
noradrenalina responsáveis pelo estresse físico e psíquico, redução da
ansiedade (PEREIRA, 2003).
A ginástica laboral através dos exercícios corporais proporciona o bem
estar mental favorecendo uma melhor concentração para o trabalho, o aumento
do horário nobre de produtividade, quebra da rotina de trabalho e aumento da
auto-estima.
O que vai proporcionar a melhora das relações humanas a ginástica laboral
direcionada de forma didática e sutil para um trabalho de integração, tem papel
fundamental na melhora das relações interpessoais, aumento da motivação
para o trabalho, melhora do espírito de equipe, maior cooperação entre os
colegas de trabalho, melhora do comprometimento com a empresa,
aparecimento de novas lideranças, quebra do bloqueio social e de tabus e
preconceitos.
A ginástica laboral atua na prevenção e no combate ao estresse, visto que
durante a atividade física é liberado um neurotransmissor chamado endorfina, o
que causa bem-estar e alívio das tensões. Além disso, Segundo Silva Neto
(2002), “os exercícios ajudam a reavaliar o modo de pensar, organizar seu
tempo, espaço e atuação, compreensão, alimentação saudável, descontração,
fatores preventivos dos sinais de estresse.” Os programas quebram a rotina e
relaxam o indivíduo, o ambiente de trabalho passa a ser menos formal, mais
feliz e agradável.
A ginástica laboral está suprindo, ao menos em partes, esta necessidade de
um "espaço de liberdade", de uma quebra de ritmo, na rigidez e na monotonia
do trabalho. Além disto, a organização do trabalho ataca primeiro e
maciçamente a vida mental os indivíduos. O desgaste neste aspecto é bem
maior devido a todo o esforço para manter-se sob controle.Assim ao
começarem a participar da ginástica, os trabalhadores descobrem que é um
momento, talvez o único do dia.Onde podem ser ele mesmos de forma
integrada, expandindo o corpo, a mente e o espírito.É possível, então, relaxar e
26
abrir mão do autocontrole, livres de risco de acidentes, erros e tensão
decorrentes.Podem sair das posturas automatizadas, conversar com seus
colegas e desligar das pressões aliviando o estresse. A ginástica laboral
preenche também uma carência de atenção e valorização das pessoas, sendo
percebida como uma diferença da empresa para com elas e um sinal de
humanização do ambiente de trabalho. (PAGLIARI, 2002).
A ginástica laboral, segundo Marchesini (2002), também é parte integrante
da motivação e qualidade dos trabalhos de equipes de uma organização.
Os resultados das empresas que implantam os programas são certos: há
uma melhora nas relações interpessoais no ambiente de trabalho; redução do
absenteísmo e do afastamento; redução dos custos com assistência médica;
aumento da produtividade e redução do número de acidentes. Todos os
benefícios que as empresas fornecem aos seus funcionários com programas,
são retorno para si próprias.
27
CAPÍTULO IV
FATORES IMPORTANTES DE UM PROGRAMA DE
GINASTICA LABORAL.
4.1 Fatores importantes de um programa de ginástica laboral
A ergonomia tem desempenhado um papel central na prevenção de danos
a saúdes física e metal oriundo do trabalho, pois permite a avaliação das
condições e ambientes de trabalho, propostas e implementação de soluções
técnicas (relacionadas a mudanças nos equipamentos e ambientes físicos) e
administrativas (relacionadas à programação de pausas e rodízios e mudanças
na organização e conteúdo das atividades), assim reduzindo a freqüência das
doenças, os custos financeiros com indenizações e o sofrimento dos
trabalhadores ABREU e FERRAZ, 2002).
Por outro lado, programas de ginástica laboral têm sido implementados
com grande freqüência nas empresas como um método de prevenção das
LER/DORT. E a atividade física vem sendo considerada como um fator
benéfico para a saúde física e mental em geral.
Segundo Zilli (2002) os benefícios da atividade física coordenada para as
empresas e os benefícios para o trabalhador são relacionados da seguinte
forma: maior proteção legal Prevenir a DORT/LER, aumento dos lucros,
prevenir lesões, diminuição dos acidentes de trabalho, com prevenção de
doenças profissionais, diminuir tensões generalizadas e relaxar, reflexão na
capacidade de produção / produtividade, amenizar fadiga muscular e
emocional, integração dos trabalhadores, prevenir o estresse, baixo custo de
implantação do programa Melhorar a postura Funcionamento da ação como
política de RH Melhorar a condição do estado de saúde geral
Acompanhamento do médico da empresa ou RH, Reduzir acidentes de
trabalho e/ou afastamento do trabalhador da empresa, reforçar a auto-estima,
aumento da capacidade de concentração no ambiente de trabalho, conquista
do momento destinado a ele, valorização do funcionário (homem / profissional),
28
melhorar o relacionamento interpessoal, melhorar a comunicação interna,
participação ativa nas palestras debates e dinâmica de grupo.
As instituições e profissionais que implantam os programas de ginástica
laboral, às vezes denominam esses programas de ergonomia ou prevenção
ergonômica das LER/DORT. Pelo que se descreveu acima, fica evidente que
os programas de GL não visam somente uma melhoria das condições, do
ambiente ou da organização do trabalho, os objetivos vem em primeiro das
intervenções ergonômicas, e em seu contexto abranger todas as áreas de
benefícios possíveis. Nesse sentido, os objetivos da ergonomia e da GL são
distintos e os meios utilizados completamente diferentes. Assim, fica claro que
os programas de ginástica laboral não podem e não devem ser confundidos
com intervenções ergonômicas, pois há uma diferença fundamental de
objetivos e meios aplicados nas suas respectivas intervenções. Deste modo, as
instituições que se referem aos seus serviços de ginástica laboral como sendo
uma intervenção ergonômica estão, de certa forma, faltando com a verdade,
mas quando se referem a melhora do ambiente e relações interpessoais estão
em inteira razão para sua implantação
Deve-se entender a prática de exercícios físicos como benéfica quando
realizada pela livre vontade dos indivíduos, em situações de sua escolha, sem
constrangimentos, por períodos de pelo menos três vezes por semana com
duração de aproximadamente uma hora cada sessão.
A Ginástica Laboral pode ser considerada uma alternativa para o problema,
pois é considerado um exercício físico eficaz para prevenir doenças
relacionadas ao trabalho e, assim, melhorar a qualidade de vida do trabalhador.
É interessante, entretanto, notar que a ginástica, por si só, não terá resultados
significativos, se não houver uma elaborada política de benefícios sociais, além
de estudos ergonômicos, da colaboração dos gerentes, dos técnicos de
segurança do trabalho, dos médicos ocupacionais e dos profissionais de
recursos humanos.
Com relação aos resultados positivos da Ginástica Laboral, apresentados
pelos diferentes autores, destacam-se o alívio das dores corporais, a
diminuição dos casos de LER/DORT, o aumento da produtividade e um maior
retorno financeiro para as empresas (Alves e Vale, 1999). Fica evidente,
portanto, que a Ginástica Laboral é eficiente na prevenção das doenças
29
ocupacionais, na melhoria da qualidade de vida do trabalhador e na diminuição
do absenteísmo.
4.2 O exercício como fator de melhora do ambiente de trabalho
Os fatores que podem influenciar essa busca a prática regular de exercícios
físicos têm sido valorizada por inúmeros motivos, tal como os desgastes físico
e mental decorrente do estresse das grandes cidades. Encontrando, assim, no
exercício físico regular uma válvula de escape para minimizar os efeitos
maléficos da vida moderna, conforme (TAHARA & SILVA, 2003).
Segundo Lima (2003), os exercícios físicos são formas de descarregar
tensões e de carregar alegria, sendo um forte aliado do organismo físico.
Contudo há uma melhora na auto-imagem, uma vez que esta está diretamente
ligada à auto-estima e ao reconhecimento pessoal.
Grandjean (1998) só vem a reforçar que o contato social e a proximidade
com os colegas são eficazes na prevenção contra a monotonia, agindo, desse
modo, contra o isolamento social, e incentivando a busca pelo o exercício
físico.
Muitas empresas direcionam a atenção dos trabalhadores ao processo de
produtividade e qualidade, oferecendo benefícios e recompensas pelo aumento
da produtividade, deixando de lado suas necessidades pessoais para alcançar
os objetivos propostos. Por isso, o trabalho ocupa espaço importante na vida
do funcionário, uma vez que, este passa a maior parte de seu tempo no local
ocupacional do que em suas casas ou em atividades destinadas ao lazer.
Observa-se, que a relação entre bem estar e saúde do funcionário e
aumento da produtividade no ambiente de trabalho entram em desequilíbrio,
uma vez que as empresas ignoram as necessidades citadas acima. Este
equilíbrio é alcançado quando a realização de atividades prazerosas e
saudáveis em ambientes onde se permaneça por longos períodos (local
ocupacional) e onde o nível de stress costuma ser elevado, implicam em
ansiedade, falta de concentração e queda na produtividade.
Foi constatado na prática, que pessoas que não se sentem satisfeitas e
tranqüilas em seu ambiente de trabalho, e cujos níveis de tensão e insegurança
são significativos, tornam-se mais propensas a sofrerem acidentes de trabalho
e cometerem erros. Mediante este fato, ocorrem mudanças no mundo do
30
trabalho, seja na produção ou na corporação, gerando aos trabalhadores
conseqüências para a sua saúde física e mental.
A alta exigência pela competitividade nas empresas tem elevado em
demasia o desgaste dos funcionários, o que acabou favorecendo a implantação
de programas de qualidade de vida nas empresas. Uma das estratégias
utilizadas tem sido a inserção da atividade física no ambiente de trabalho que
consiste desde a ginástica laboral até a construção de academias nas
empresas. Assim, as empresas devem proporcionar a qualidade de vida aos
seus funcionários, e incorporar na rotina diária a prática de atividade física,
objetivando uma redução nos índices de sedentarismo e criando uma
humanização e valorização no ambiente de trabalho. Assim, o trabalho torna-se
equilibrado quando permite ao indivíduo a recuperação de suas necessidades
biopsicossocias, contribuindo para a sua realização e reestruturação pessoal.
A busca pela qualidade de vida insere-se no contexto da responsabilidade
social, onde a prática deve ser incorporada tanto pelas empresas quanto pelos
próprios profissionais. Para que os programas de qualidade de vida gerem
benefícios efetivos, o comprometimento deve ser completo: a empresa deve
desenvolver políticas, ações e programas de estímulo a uma vida saudável, e o
funcionário, por sua vez, deve perceber que seu papel é fundamental para que
os objetivos sejam alcançados por ambas as partes.
A chave para manter uma empresa lucrativa ou uma economia saudável é
a produtividade da força de trabalho – o Capital Humano. Visto esta
necessidade, o equilíbrio organizacional reflete o êxito das organizações em
recompensarem seus integrantes.
Com a maior participação do capital humano no sucesso das empresas, a
valorização desse ativo torna-se imprescindível pessoas saudáveis trabalhando
em organizações saudáveis, o que representa negócios com melhores lucros e
maior retorno do investimento.
É importante ressaltar a distinção entre atividade física no local de trabalho
ou fora dele e ginástica laboral, pois essas duas práticas têm objetivos diversos
e diferem significativamente nos meios e instrumentos que utilizam. A ginástica
31
laboral tem por objetivo principal a prevenção de doenças ocupacionais, é
realizada nos locais de trabalho durante a jornada de trabalho, atuando de
forma preventiva e terapêutica. De acordo com Souza (2004), a ginástica no
ambiente de trabalho surge que com a terminologia de “ginástica de pausa” e
Couto (1995) enfatiza a importância da pausa pelo organismo devido à
diminuição das lesões por atividades repetitivas, onde as tais “pausas”
poderiam contribuir para a fluxo normal de sangue diminuindo o acúmulo de
ácido láctico no músculo; visco elasticidade normal e lubrificação dos tendões
evitando atrito interestrutural.
Já os programas de atividade física consistem em incentivos à prática de
esportes ou atividades que levem a um maior dispêndio energético e
movimentação da musculatura. Em geral, recomenda-se a prática de um
esporte ou atividade física pelo menos três vezes na semana, com uma
duração de aproximadamente uma hora por sessão. Para isso existem as
academias e outros centros esportivos, em geral, fora dos locais de trabalho, o
que poderia invibializar que o trabalhador se exercitasse regularmente (15).
No Brasil, são raros os programas de atividade física nas empresas no
sentido de promover uma conscientização e um aumento da prática de
exercícios, visando à melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e da
população em geral. Apesar das tentativas bem intencionadas de proporcionar
maiores oportunidades de os trabalhadores se exercitarem fisicamente,
oferecendo descontos em academias, ou até academias próximas dos locais
de trabalho e outros tipos de incentivo, a participação não é muito constante.
Os esforços de programas de incentivo para a prática de atividades físicas
boa parte de população brasileira encontra-se inativa. Na década de 1990,
houve aumento da prática de atividade física pela população, principalmente
nas nações industrializadas, porém tal situação permanece nos países
independente de sua taxa de desenvolvimento, onde parte da população
adulta apresentam níveis insuficientes de atividade física.
32
4.3 Qualidade de vida no trabalho
Qualidade de vida pode ser usada como uma estratégia gerencial visando
à integração do ser humano à organização, para elevar o máximo possível o
bem-estar do trabalhador com a organização e seu trabalho, pela satisfação de
suas necessidades de crescimento pessoal e profissional e, ao mesmo tempo,
diminuir seu esforço e aumentar seu desempenho.
O cenário atual no campo de atuação da Qualidade de Vida no Trabalho
privilegia o profissional de educação física no que se refere às possibilidades
de intervenção. Ao mesmo tempo, é também desafiador no que tange às
necessidades das organizações e de seus colaboradores, bem como à
capacitação dos profissionais que intervêm neste ambiente. Apesar de ocupar
um lugar de destaque, a Educação Física não é a única área do conhecimento
que contribui para o desenvolvimento de ações e Programas de Qualidade de
Vida no Trabalho, tampouco ocupa uma função central neste processo. Tanto
do ponto de vista teórico quanto do ponto de vista da intervenção prática, a
qualidade de vida no trabalho se apresenta como um agente demandante de
uma gama considerável de contribuições advindas de diversas áreas do
conhecimento e que consolida a intervenção de uma forma multidisciplinar.
Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – 2010, 9 (1 suplemento 1):
26-27 Esta necessidade característica associada à qualidade de vida no
trabalho aponta para a complexidade do tema e os inúmeros fatores envolvidos
relacionados às dimensões biológica, psicológica, social e organizacional
(BPSO), consolidando uma visão mais holística da questão (LIMONGI-
FRANÇA, 2008). Especificamente sobre as práticas corporais, é possível
agrupar ações por objetivo de intervenção conforme propõe Kallas (2006),
sendo elas: Promoção da Saúde, Treinamento & Desenvolvimento e Área
Social: Esporte e Lazer. Tal classificação se sobrepõe à visão BPSO
considerando que cada ação tem um objetivo específico envolvido. Estes
fatores devem ser considerados pelos Profissionais de Educação Física em
suas intervenções, seja em ações de práticas corporais ou na implantação e
gestão de programas de atividades físicas nas organizações.
33
Outra questão fundamental sobre as práticas corporais nas organizações
diz respeito à eficácia dos programas. São inquestionáveis os benefícios da
atividade física realizada dentro de parâmetros pré-estabelecidos. Assim, estes
parâmetros devem ser somados aos outros fatores já discutidos que estão
presentes no contexto organizacional. Para garantir essa eficácia, é necessário
um levantamento diagnóstico prévio visando identificar necessidades implícitas
e emergentes na organização e em relação aos anseios dos colaboradores. A
partir de um bom diagnóstico, é necessário planejar, implantar, controlar e
avaliar, consolidando um verdadeiro processo de gestão.
No tocante à questão de suma importância da Gestão de Qualidade de
Vida no Trabalho e, colocadas as fases essenciais desse processo, os
indicadores surgem como ferramenta de extrema importância para a garantia
da eficiência e eficácia de uma ação ou programa de qualidade de vida no
trabalho. Devem assim ocupar papel central em cada uma das ações do
processo de gestão para garantir a melhor escolha das ações, o controle e,
principalmente, para garantir o cumprimento da meta ou objetivo. O sucesso de
uma ação deve estar intimamente ligado, antes de tudo, às expectativas dos
principais atores envolvidos: colaborador e organização. Com vista em primeiro
plano para o objetivo fundamental da qualidade de vida no trabalho, ou seja,
valorização da pessoa e em segundo plano o aumento da produtividade.
Todo este cenário que é uma realidade presente no campo de atuação da
qualidade de vida no trabalho impõe uma necessidade de preparo por parte do
Profissional de Educação Física. Compreender este contexto e ser capaz de
intervir de forma precisa, exige capacidades peculiares cujo seu
desenvolvimento deve ser estimulado na formação profissional já nos cursos
de graduação e através da educação continuada.
Visando o desenvolvimento de atitudes do indivíduo para uma vida
saudável e que se expande para o contexto da vida adulta como um processo
continuado (MOURA, 2009), poderão ser superados na intervenção de um
Profissional de Educação Física preparado para garantir a sustentabilidade de
sua atuação e de suas consequências na organização e na vida dos seus
colaboradores.
34
A Qualidade de Vida no Trabalho pode se destacar por vários itens que
formam um conjunto de fatores que interferem no desempenho do funcionários.
Para Sucesso (1998, p.29) a Qualidade de Vida no Trabalho tem o seguinte
significado:
A escolha da profissão, as características da cultura organizacional configurada pelos valores e práticas predominantes na empresa, a infraestrutura familiar constituem fatores relevantes para a Qualidade de Vida no Trabalho. Além disso, as relações interpessoais, os conflitos e em especial a maneira como a pessoa se relaciona na equipe afetam a satisfação no trabalho, a auto-estima e a forma como se sente em relação a si mesma. A história de vida e os fatores relativos às variáveis organizacionais resultam em atitudes dificultadoras e facilitadoras nas relações de trabalho, intensificando a preocupação e a responsabilidade pela promoção da QVT.
Portanto verificamos que uma organização deve satisfazer as necessidades
físicas, psicológicas e financeiras dos funcionários que nela estão inseridos,
devendo preocupar-se com vários pontos tais como: ambiente de trabalho,
relações interpessoais, recursos e equipamentos disponíveis, alimentação,
saúde, segurança, remuneração, reconhecimento e nível de estresse. Enfim a
empresa deve estar atenta as necessidades acima descritas, e também deve
estar sempre buscando receber um feed back dos funcionários, para identificar
as falhas e desenvolver soluções e melhorias.
Logo, a organização não cria uma estrutura e não dá meios para que o
indivíduo tenha um bom nível de qualidade de Vida no Trabalho. Isso faz com
que os funcionários comportem-se no trabalho “com indolência, passividade,
má vontade em aceitar responsabilidades, resistência à mudança, tendência
em aderir aos demagogos e exigências exageradas de benefícios econômicos”
Rodrigues e Rodrigues (2003).
As empresas procuram estabelecer alguns métodos para divulgar, ensinar
os funcionários como se prevenir de problemas causados por falta de atenção,
descuido, falta de treinamento, enfim, na fábrica é comum ter funcionários que
cortem o dedo, machuquem o pé, tenham problemas nas costas pelo esforço
prolongado, problemas auditivos pelo barulho prolongado, porém as
organizações buscam prevenir estes tipos de acontecimentos.
35
A elaboração de projetos que visem demonstrar cuidados básicos de como
se sentar e como colocar o mouse e teclado sobre a mesa, se bem
implementados podem reduzir as doenças ocupacionais e aliviar a tensão que
o funcionário pode vir a ter durante a jornada de trabalho.
De modo geral pode-se observar que a empresa que possui funcionários
que consideram boa a Qualidade de Vida no Trabalho, mostram-se que estão
trabalhando motivados e dentro de uma condição boa de trabalho.
E, finalmente, as recomendações para um melhoria na qualidade de vida o
ambiente de trabalho: na área de lazer desenvolver atividades atraentes,
incentivar os superiores a estimularem seus funcionários para atividades de
lazer fora da empresa, objetivando criar um ambiente agradável entre todos os
funcionários. Rever o programa de ações educativas referente a riscos de
doenças e acidentes de trabalho, conscientizando os funcionários e evitando
assim problemas futuros. Após revisto o programa, elaborar uma cartilha com
as orientações básicas sobre cuidados para evitar acidentes de trabalho e
riscos de doenças. Levantar em cada setor quais equipamentos/recursos não
estão sendo adequados e propor melhorias. Implantar um programa de
ginástica laboral, objetivando diminuir o estresse causado por algumas
atividades. Desenvolver um programa de plano de carreira, para deixar claro
aos funcionários as oportunidades de crescimento profissional, pois 35% dos
entrevistados consideram-se insatisfeitos em relação às oportunidades de
crescimento profissional, o que pode ocasionar desanimo.
36
Conclusão
De acordo com o cenário empresarial brasileiro vem se destacando uma
grande evolução no que se diz respeito á produtividade e competitividade, isso
indica que as exigências com os profissionais é cada vez maior.
Vista que as mudanças ocorrem cada vez mais rápidas e as cobranças
pessoais são cada vez maiores, as empresas vem buscando alternativas para
proporcionar a seus colaboradores ou parceiros de trabalho, um ambiente mais
saudável.
Neste sentido, entende-se que um ambiente agradável que irá proporcionar
uma melhora na produtividade e uma considerável melhora na qualidade de
vida dos funcionários, sendo assim, o clima organizacional vem sendo indicado
como item fundamental do planejamento estratégico por contemplar estratégias
de ampliação e manutenção da qualidade do ambiente das empresas.
Com a busca de alternativas para a melhora do ambiente de trabalho, foi
evidenciando que a pratica da ginástica laboral poderá gerar significativa
melhora nas relações entre os colaboradores, na produtividade, no alivio das
tensões e frustrações sofridas no dia a dia.
A prática da ginástica laboral mostra objetivos de reparar danos à saúde,
porém, é claramente entendido que o nível emocional, os exercícios e as
atividades nela praticadas são de grande valor, pois proporcionam momentos
onde os funcionários podem estar juntos interagindo de forma agradável.
O exercício além de profilático pode proporcionar sensações agradáveis
que vão contribuir para melhora das relações entre os colaboradores.
Quanto á especificidade dos exercícios realizados durante a ginástica
laboral, os alongamentos, massagens, relaxamento (físico e psicológico) e
atividades recreativas, parecem ser suficientes para promover alterações
psicológicas suficientemente expressivas para a ocorrência dos efeitos
esperados.
37
Com a proposta de incrementar os programas de ginástica laboral, com o
objetivo de contribuir na melhora do clima organizacional, sugere-se que sejam
executados exercícios recreativos de cooperação, relaxamento e
principalmente atividades em grupo, com o intuito de proporcionar momentos
onde estes funcionários tenham a possibilidade de interagir com todos os
atuantes na empresa sem hierarquias, o que será visto como valorização
pessoal.
Portanto conclui-se que desenvolver um programa de ginástica laboral na
empresa é perceber que um todo é feito de partes as quais interagem para a
construção do sucesso. E a ginástica laboral vai contribuir visivelmente para a
melhora do clima organizacional, resgatando a confiança, a motivação,
colaboração, espírito de equipe e melhora da produtividade.
As limitações do método bibliográfico, típico desta pesquisa, reforçam a
necessidade da aplicação de estudos de campo para a identificação, de forma
mais direta e objetiva, dos efeitos da ginástica laboral sobre o clima
organizacional.
38
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REALCE GINASTICA NA EMPRESA. http://www.realceginastica.com.br
Acesso em 30/08/2010 às 22 horas e 30 minutos.
ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
SUMÁRIO 7
INTRODUÇÃO 8
CAPÍTULO I
EVOLUÇÃO DO AMBIENTE EMPRESARIAL 10
1.1 – Pespectiva evolutiva do ambiente empresarial 10
1.2 – O planejamento estratégico e o clima organizacional 12
CAPÍTULO II
A GINÁSTICA LABORAL E O CLIMA ORGANIZACIONAL 16
2.1 – Bases conceituais 15
2.2 – Característica da ginástica laboral 16
2.3 – Motivos para a implantação da Ginástica Laboral nas empresas 18
2.4 – Benefícios da prática regular da ginástica laboral 19
2.5 – Benefícios relacionados ao clima organizacional 20
CAPÍTULO III
A GINÁSTICA LABORAL PARA O CLIMA ORGANIZACIONAL 23
3.1 – Ginástica laboral para o clima organizacional 23
3.2 – Efeitos do exercício no clima organizacional 25
CAPÍTULO IV
FATORES IMPORTANTES DE UM PROGRAMA DE GINÁSTICA LABORAL 28
4.1 - Fatores importantes de um programa de ginástica laboral 28
4.2 – O exercício como fator de melhora do ambiente de trabalho 30
4.3 – Qualidade de vida no trabalho 33
CONCLUSÃO 37
BIBLIOGRAFIA CITADA 39
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA 42
WEBGRAFIA 43
ÍNDICE 44