SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

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2012 Número 17 - novembro/dezembro Bimestral Distribuição gratuita TIAGO LOPES PRIMEIRO FOCO MODERN RUINS EMENTA SB PERDIDOS... C1RCA PORTUGAL ENTRE O ALENTEJO E O RIBATEJO E D I Ç Â O E S P E C I A L D O A N O P A S S A D O

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SURGE Skateboard Magazine, 17th issue: "!". 15 000 copies::free distribution:: Find it in a skate shop-championship-party-movement-spot-internet-smartphone near you! Perdidos, corridos e Achados, C1RCA Portugal entre o Alentejo e o Ribatejo, Tiago Lopes, 1º Foco, Modern Ruins, Ementa SB, Consultório do Dr. Manka-te...

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2012 Número 17 - novembro/dezembro Bimestral Distribuição gratuita

TIAGO LOPESPRIMEIRO FOCO

MODERN RUINSEMENTA SB

PERDIDOS...C1RCA PORTUGAL ENTRE O ALENTEJO E O RIBATEJO

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ESPECIAL DO A

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AURA S.A. - 212 138 500

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Distribuição www.marteleiradist.com212 972 054 - [email protected]

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2012

Caso estejam a ler esta revista, é bom sinal… afinal os Maias não

estavam tão alinhados com o Universo como nós pensávamos, algo

provavelmente derivado ao excesso de Tequilla, ou a outras substancias

psicotrópicas existentes na América Central. Por outro lado, caso

estas linhas não cheguem a ser publicadas, estamos todos no além

com aquela cara de caso a olhar uns para os outros e a pensar “afinal

todos gozávamos e, olha, cá estamos…” de qualquer maneira,

para todos nós este ano de 2012 ficará marcado, senão pelo fim do

mundo, pelo fim do skate… não que tenha muito a ver, mas para um

skater o fim do skate é o fim do seu mundo! Sim, é verdade: o skate

morreu… outra vez! Pelo menos é o que todos dizem. Mas “todos

quem?”, perguntam vocês. Pelo que temos ouvido aqui na Surge,

grande parte dos intervenientes no “mercado” do skate... ”o skate

já não está na moda”, dizem… ou seja, seguindo este raciocínio,

tudo o que não está moda está morto… curiosamente, da boca dos

skaters não temos ouvido grande coisa sobre esse assunto. Outro facto

engraçado é que, tal como a variedade de datas anteriores previstas

para o mundo acabar, também o skate já morreu pelo menos uma

dúzia de vezes. Na nossa memória ainda está a clássica capa de

uma revista americana em 1993, com uma campa a dizer “Aqui jaz

o Skate”… (não, não vos digo qual a revista, pesquisem).

Realmente 2012 não foi o nosso ano. Para além da morte do skate,

ainda temos que resignar-nos a um fator completamente dominador

de toda a nossa existência… não estamos na moda! Como é que

vamos conseguir sair desta? Como é que vamos viver!?

Não querendo fazer previsões como as dos nossos amigos Maias,

aqui na Surge achamos todos a mesma coisa, quem gosta de skate

vai continuar a andar, quem não gosta vai deixar, quem se está a

lixar para moda vai continuar nesse registo e todos os que andam

preocupados com fim do mundo vão arranjar uma nova data para

o juízo final…

Bom 2013, aproveitem enquanto podem!

Pedro Raimundo

“Roskof”

O Fim do Mundo… outra vez!

panorâmicailustração Luis Cruz

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“Trepar pelas paredes” é mais uma daquelas expressões que tem um significado diferente para os skaters.Pedro “Kimpas” Machado Hardflip Wallride

fotografia Renato Lainho

2012

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página 15

Prémière Pretty SweetUma noite de gala à la skate: tudo ao molho e fé em Deus

Perdidos, corridos e achados,Tour C1RCA Portugal por montados... coutadas...

22º Aniversário Radical como se costuma dizer… “são muitos anos a virar frangos”

DIYUma crónica visual por Richard Gilligan sobre o “faça você mesmo”, à nossa maneira

Dr. MankateNão há spa nenhum de 5 estrelas melhor que a banheira do doutor… hidromassagem a gás e ervas aromáticas

Primeiro Foco 14 anos e já muita vontade, Tiago Lopes na nova rubrica da Surge

Ementa SB – Modern Ruinsmais do que skaters, mais do que uma crew, mais do que amigos… Ementa SB… um estado de espírito

Ficha TécnicaPropriedade: Pedro RaimundoEditor: Pedro RaimundoMorada: Rua Fernão Magalhães, 11São João de Caparica2825-454 Costa de CaparicaTelefone: 212 912 127Número de Registo ERC: 125814Número de Depósito Legal: 307044/10ISSN 1647-6271Diretor: Pedro [email protected]: Sílvia [email protected] criativo: Luís [email protected]:[email protected]

Colaboradores: Rui Colaço, João Mascarenhas, Renato Laínho, Paulo Macedo, Gabriel Tavares, Luís Colaço, Sem Rubio, Brian Cassie, Owen Owytowich, Leo Sharp, Sílvia Ferreira, Nuno Cainço, João Sales, Rui “Dressen” Serrão, Rita Garizo, Vasco Neves, Yann Gross, Brian Lye, Bertrand Trichet, Luís Moreira, Jelle Keppens, DVL, Miguel Machado, Julien Dykmans, Joe Hammeke, Hendrik Herzmann, Dan Zavlasky, Sean Cronan, Roosevelt Alves, Hugo Silva, Percy Dean, Lars Greiwe, Joe Peck, Eric Antoine, Eric Mirbach, Marco Roque, Francisco Lopes, Jeff Landi, Dave Chami, Adrian Morris.

Tiragem Média: 10 000 exemplaresPeriodicidade: BimestralImpressão: DOM – Publishing Solutions, SAMorada: Av. Dr. Francisco Sá CarneiroNúcleo Empresarial de Mafra, Pav. 172640-486 Mafra • Portugal

Interdita a reprodução, mesmo que parcial, detextos, fotografias ou ilustrações sob quaisquermeios e para quaisquer fins, inclusivé comerciais.

www.surgeskateboard.com

Queres receber a Surge em casa, à burguês?É só pedir. Através de [email protected] anual em casinha: 15 euros

Capa: Nesta altura em que o skate não está na moda, nada como ter na capa alguém que sabemos que se está completamente a marimbar para isso. Quem o conhece sabe. Mouga Wallie Handplant

fotografia Renato Lainho

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2012

Dá a tua opinião sobre a revista. Envia-nos as tuas ideias ou sugestões. Manda fotos de spots novos na tua

zona e do rabo da tua melhor amiga… sei lá… escreve por tudo e por nada… se aqui o Dr. Mankate curtir,

publicamos a tua carta na revista e se tiveres sorte, pode ser que te toque alguma coisa…

Abraços e beijos na bunda.

Dr. Mankate

[email protected] www.mankatetainha.com

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Oi Doutor

O caso é grave.

Não tenho andado muito de skate.

A vida do trabalho tem-me deixado pouco tempo livre.

Trabalho em vendas. Ando sempre a correr de um lado para o

outro, na esperança de ganhar mais uns trocos. A profissão é

exigente e cansativa. Sei que umas voltinhas de skate ajudavam a

baixar os níveis de stress e limpavam a alma, mas quando chego

a casa só me apetece descansar. Sofá e zapping são os meus

melhores amigos...

Mas o problema não é esse. Sei bem que a vida é assim. Tenho que

trabalhar e o trabalho cansa! O problema é a minha mulher. Ela

trabalha por turnos e muitas vezes dispõe de tempo livre durante o

dia. Agora decidiu andar de skate. Acreditas nisto?

Tem vindo a andar regularmente. Muitas vezes quando regresso

do trabalho, ela não está em casa. Foi andar de skate...

Já tem um crew e tudo! Ela e umas amigas decidiram agora que

são do skate.

O caso é grave Doutor!

Ando a sentir-me a mulher da casa!

O que faço?

Abraço para a malta da surge,

Joaquim

Olá Joaquina!

Tens razão. Vai para aí um problema gravíssimo!

O trabalho cansa, é verdade amiga! O sacana que inventou o

trabalho só podia ser estúpido.

Se não tens tempo e gostas de coçar a micose nos tempos livres,

não há nada a fazer. Tens que te aguentar! Não sejas invejosa e

apoia e suporta o desporto do teu homem, ups, desculpa, mulher!

Compra um dildo para praticares atividades radicais no sofá,

enquanto a tua Maria dá uns backtails por aí...

Nem sei mais o que te dizer. Curte aquele canal, o 24kitchen... sei lá!

Beijo na bunda, Joaquina.

Dr. Manka-te

Boas pessoal,

Sou o Pedro Morais e sou de Idanha-a-Nova.

Como vocês sabem, recentemente abriu um skate parque em

Castelo Branco. É um sonho tornado realidade para toda a malta

daqui que gosta ripar de skate. Eu e o meu grupo de amigos

vamos lá todos os fins de semana.

Todos aqui da zona estão felizes com a construção do parque. Pais,

mães, filhos, velhos, novos, polícias... etc.!

Parece mentira!

É um skate parque brutal!

Escrevo para a Surge, para agradecer publicamente a todos os

que tornaram isto possível.

Muito obrigado.

Viva Castelo Branco! Viva o skate! Viva a Surge!

Como é que é malandro!

Ai os polícias estão contentes, não é? Calma, que isso depressa passa...

Aqui a malta da margem sul do Tejo sente uma pequena dor de

cotovelo... o vosso skate parque é uma maravilha. Seus leiteiros!

Ficava melhor em Almada, isso é certo!

Tiveram sorte, vocês! A nossa câmara municipal está se cagando.

Gostam mais de gastar milhares em luzes de Natal do que ajudar

o pessoal do skate.

Aproveitem, seus cagões albicastrenses! Hehehehehehe

Beijos na bunda!

Dr. Mankate

Olá

Sou um fã da Surge. Apesar de não andar de skate, gosto bastante

da revista. Pratico wakeboard há vários anos. A modalidade

tem evoluído de forma muito parecida ao skate, apesar de ser

praticada na água.

Não existe nenhuma revista de wake em Portugal, por isso vou

me entretendo com a Surge. As manobras são influenciadas pelo

skate, por isso vou ganhando pica com vocês!

Continuem, por favor!

Muito obrigado.

Pedro Dias,

Abraço

Boas companheiro

Wakeboard é muito louco!

Gostava de experimentar essa treta. Vê lá se convidas o pessoal, pá!

Tenho visto umas cenas desse desporto de betos da guita. Altas

manobras! Parece mesmo skate na água, é bacano.

Combina aí qualquer cena, que nós contribuímos com 2 euros

para a gota.

Fico contente por a Surge te ajudar a evoluir.

Beijo na bunda

Dr. Mankate

página 17 Dr. Manka-te

fotografia Luís Colaço

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[email protected]

www.facebook.com/pages/LRG-Portugal/

Page 19: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

[email protected]

www.myspace.com/lrgportugalwww.twitter.com/carsportif

T: 261 314 142

www.facebook.com/pages/LRG-Portugal/

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2012

Page 21: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 21

entrevista Mascarenhas

fotografia Mascarenhas, Paulo Macedo

PRIMEIROFOCO

Não são só os writters de graffiti que

podem deixar a sua marca nos spots.

Tiago a marcar este corrimão com um

frontboard

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2012

2012

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Acabadinho de chegar do Tampa, deves estar cansado, conta

como correu aquilo por lá e o que achaste da viagem?

Sim! Depois de tantas horas de viagem e escalas é impossível

não ficares cansado, mas para ir a Tampa e estar presente num

evento daqueles, vale muito a pena. Foi o segundo ano que

estive lá. Correu bem. Principalmente curti o momento e diverti-me

imenso; o nível é sempre muito alto, tem um ambiente em que

respiras sempre skate em todos os cantos.

Gostavas de ir viver para os EUA e viver do skate por lá ou

preferes aqui a tuga?

Sim. Um dos meus objetivos é poder ir viver para os EUA. É

outra realidade, mas também muito mais exigente e difícil.

Portugal é sempre o teu país, mas viveres o skate a sério é lá.

Tu ainda tens 15 anos, certo? Como é para ti, tão novinho, estar

num team juntamente com o Ruben Rodrigues e o Ruben Gamito?

Não, ainda tenho 14. Felizmente tive a oportunidade de entrar

muito novo para uma grande equipa, com grandes skaters.

Para isso devo agradecer ao Gui a aposta arriscada que

fez na altura, mas que foi igualmente uma aposta no meu

desenvolvimento. Estar na equipa com os Ruben, além de

ser uma grande responsabilidade, foi o sonho de andar com

skaters que admirava e admiro.

Quais são os teus objetivos no skate? E como concilias o skate

com a escola?

O grande objetivo é poder seguir aquilo que mais gosto, o

Skate, e tentar atingir o patamar de profissional, para isso

tenho que continuar a evoluir.

A escola é algo que tenho que seguir. Conciliar as duas coisas

torna-se mais difícil porque queria estar todo o tempo a skatar,

mas não sendo possível, é aproveitar ao máximo todo o tempo

disponível.

página 23 Primeiro foco

Flip

Page 24: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

Se o teu futuro não passar pelo skate, o que gostavas de fazer

quando cresceres, se bem que ainda és novinho para pensar

muito nisso, ou não?

Sinceramente não me vejo a fazer outra coisa e penso que se

tudo correr bem é isso que vou fazer durante os próximos anos.

O futuro logo se vê!

Eu fotografei contigo poucas vezes, mas já reparei que és um

miúdo com objetivos. Quando estás a skatar, o que é que te

leva a atirares-te para spots de “homem”?

Sim. Tenho os objetivos bem traçados como já disse, mas para

que isso aconteça tenho que evoluir e isso só acontece se estiver

sempre a tentar ultrapassar os limites a que me proponho.

Já vi a foto do teu ollie em Barcelona. Aquilo é grande até para

um pro. Conta lá como foi esse dia.

Sim, o spot é enorme! Fui lá com uns amigos brasileiros porque

tínhamos visto o vídeo da Nike... o Youness Amrani abre a vídeo

parte dele ali. Quando lá cheguei, disse para mim mesmo: “eu

dou isto!” Mas ao mesmo tempo fiquei a pensar… será que

consigo passar?

Respirei fundo e tive que ir o mais rápido possível. Depois de

bateres o ollie, não há como voltar atrás. Sentes a sensação de

estar a voar. Quando aterrei, foi a explosão de toda a gente

que lá estava. Foi muito bom! Uma sensação incrível.

O teu pai apoia-te bastante, pelo que vi. E dá-te umas boas

lições de humildade. Acreditas nos conselhos dele? Olha que

nem todos têm pais desses!!

Sim. O meu pai apoia-me muito e tenho a noção de que ele

tem sido muito importante. Às vezes não gostamos dos sermões,

mas depois paras e pensas e vês que até tem razão... e tentas

melhorar.

2012

Como o Tiago ainda é um rapaz novo vamos ter de

esperar uns anos para lhe chamar o “homem elástico”.

Quando virem o vídeo deste ollie vão perceber porquê

fotografia Paulo Macedo

Page 25: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 25 Primeiro foco

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página 26 Primeiro foco2012

A quem queres agradecer pelo apoio?

Antes de mais aos meus pais, por tudo o que fazem por mim, para que

eu possa viver os meus sonhos. Depois, aos meus patrocinadores que

têm sido impecáveis comigo: Element, Etnies, Ericeira Surf Shop. Por

fim, a todos os meus amigos que me dão força e me acompanham,

não é preciso dizer quem, eles sabem quem são!

Hardflip

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PRETTYSWEETSe são raras as ocasiões na vida em que vemos um homem

de barba rija a chorar em público, então na estreia de um

filme ainda menos devem ser. Ok, mas não era um filme

qualquer. Após 5 anos de filmagens, a última produção da

Girl films, realizada pelos lendários Spike Jonze e Ty Evans,

era ansiosamente aguardada há muito, ou não tivessem

também eles colocado online um famoso cronómetro em

contagem decrescente, que acredito, deve ter contribuído para

o aumento dos níveis de ansiedade de muito boa gente. Mas

eis que chegou o momento em que pudemos, finalmente,

libertar toda essa tensão acumulada nos ossos. Quando as

centenas de pessoas que compareceram no Teatro do Bairro,

numa das mais desagradáveis noites do ano em Lisboa, viram

e ouviram a fantástica introdução do filme, não conseguimos

distinguir entre uma estreia de um filme e um concerto rock.

Os próprios responsáveis da segurança vieram perguntar-nos

se era normal, pois não estavam habituados a que o público

estivesse aos gritos, aos pulos e de mãos no ar no princípio de

um filme! Respondemos que não, não era normal, mas que já

estávamos à espera… e, sim, também nós gritámos, pulámos

e arrepiamo-nos várias vezes durante a hora e meia de skate

e magia visual proporcionada pela malta da Girl e Chocolate,

o que, acreditem, não foi nada fácil, pois estávamos, também,

de vigia aos “piratas” que pudessem estar a filmar o ecrã com

smartphones, ou câmaras escondidas. Mas tudo correu bem.

Sinceramente, achamos que a malta levou com uma “bojarda”

visual e sonora de tal ordem, que nem se lembrou que podia

levar logo um bocado do filme para casa (o que, acreditem,

podia ser um grande problema). Enquanto os créditos rolavam

no ecrã, a expressão mais vista na cara das pessoas era igual à

que fazemos quando acabamos de correr uns bons quilómetros:

a maior parte suspirava, outros abanavam a cabeça como se

não acreditassem e, sim, houve “velhos” que se emocionaram e

vimos lágrimas a correr. Não era para menos, também a última

parte do filme pertenceu ao Guy Mariano, que continua a provar

que os 36 anos de idade não querem dizer nada, quando se

tem um talento único. A última manobra do Guy ficará para

a história do skate como uma das mais técnicas de sempre e,

por mais que a repitamos no nosso leitor de dvd, é algo do

outro mundo. Por falar em manobras técnicas, na afterparty

também houve muitos que, devido ao excesso de talento “com

os copos”, deram manobras de outra categoria no bar do

Teatro do Bairro e foram gentilmente convidados a ir arejar à

chuva… um clássico nos eventos de skate. Assim como houve

prémios que foram enviados pelo ar para serem apanhados

pelos skaters com mais de 1,80m. Desculpem, putos, para a

próxima prometemos que trazemos uns escadotes.

O dvd blue-ray Pretty Sweet, com mais de uma hora de

imagens extra, já se encontra disponível nas melhores skate

shops nacionais.

2012

texto e fotografia Roskof

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PRETTYSWEET

página 29 Pretty Sweet

deixem entrar que está a chover!!

Aquilo estava um bocado apertado…

O… Mauro Barros!

Aviso à malta…

Tomás Pinto na “boa” com o Paz

Aí uns 300 anos de skate nos pés destes meninos…

Dressen, Miguel Almeida e Marco Roque

Os melhores sorrisos do skate nacional… Rómulo e Telmo Galliano

Roseiro e Canina… Bana e DC represent

Page 30: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

Toniglota

João Neto “carago”

Ruben Pinto e Nery sénior… que lendas!

Não são só os estádios de futebol que têm vários anéis

Ui!

Marteleira e Tiago Pinto

Mais um aviso…

Brasil connection… Wagner Gallo e Bruno Javazz

Gamito e su sinorita

O Gonz português...página 30 Pretty Sweet2012

Page 31: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue
Page 32: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

Podemos resumir esta tour a quatro palavras: frio, corridos, perdidos e

achados. E pronto. Foi isto.

Esta foi a segunda tentativa de fazer a tour. A primeira, decidimos marcar

num fim de semana em que a meteorologia tinha emitido alerta amarelo

para todo o país – o que não é grande coisa para atividades que não se

coadunam com chuva, como é caso das tours de skate. Mas como gostamos

de situações adversas, teimámos e arrancámos com a nossa saída em tempo

de inverno. Safámo-nos com apenas um dia de chuva, mas “rapámos” um

frio de morte. Foi bom. Dizem que enrijece os ossos.

C1RCA PORTUGAL ENTRE O ALENTEJO E O RIBATEJO

PERDIDOS, CORRIDOS E ACHADOS

2012

texto Sílvia Ferreira

fotografia Mascarenhas

Page 33: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

PERDIDOS, CORRIDOS E ACHADOS

página 33

Adoramos quando as fotos coincidem

com a estação. Bernard Aragão num

belo crooked de outono

Page 34: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

Page 35: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

A partir daqui só precisamos de usar a segunda palavra da tour e fica explicado

o que aconteceu nos dias seguintes. Expulsos. Da Câmara Municipal Portalegre

(mas com delicadeza). Expulsos. Dos CTT de Portalegre (pela polícia). Expulsos. Do

supermercado de Portalegre (pelo segurança, que depois nos disse que ia dar uma

volta-que-demorava-30-minutos-mas-não-mais).

Já no Centro Comercial (de Portalegre) pensávamos que íamos ser expulsos, depois de

assistirmos a uma abordagem suicida do segurança, que ensaiou um arranque “dos

0 aos 20” em 5 segundos e se atirou para a frente do Bernard, que seguia a grande

velocidade em direção ao curb. “Depois disto”, pensei, “é arrumar as trouxas e deixar

Portalegre para trás”. Fui falar com o segurança para explicar o que estávamos a

fazer e foram duas surpresas “de uma cajadada”. Primeiro, “convidou-me” a ir falar

com o administrador do Centro, depois o administrador do Centro autorizou a nossa

sessão! Grandes e prósperas vendas ao Centro Comercial Fontedeira, são os votos de

todo o team! Claro que depois disto ainda tive que ouvir: “quanto não vale trazer uma

mulher em tour”... teoria que, verão mais à frente, virá a ser absolutamente refutada

em Santarém pelo nosso Toni...

Com a sorte a melhorar, fomos apanhados pela PSP (outra vez) em flagrante, no

monumento da rotunda, à entrada de Portalegre. E para nosso espanto... não fomos

corridos!

página 35 Perdidos, corridos e achados

Tomás Petreques depois de ter comido

metade do chão de Santarém ao

pequeno-almoço, acabou o dia a

jantar este fronside feeble

Page 36: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

Page 37: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 37 Perdidos, corridos e achados

Mais um bocado de velocidade e o Pedro Chalabardo

aterrava este backside ollie no rio Sôr

Page 38: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

Petreques, nosebone autorizado pela

segurança do supermercado… não se vê

isto todos os dias

Page 39: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

E perdidos? Começou à noite. O Mascarenhas tinha estado em Portalegre num jantar romântico com a esposa

e teimou que queria levar-nos ao mesmo restaurante, vejam bem! Com temperaturas negativas, demos voltas e

voltas (a pé, refira-se) em busca do dito, até que o homem diz: “se calhar foi noutra terra”! Como? Teve sorte,

batemos com o nariz na porta da casa de pasto alguns minutos depois. Os “segredos de porco” andavam

escondidos, mas lá os achámos... e estavam bonzinhos. Já na terra dos fenómenos, andámos horas à procura de

um spot... que era em Almeirim. No Cartaxo, também andámos horas à procura de um outro, que era mesmo...

no Cartaxo... menos mal. Mas como não andámos perdidos no Cartaxo, os nossos fotógrafo e filmer decidiram

perder peças importantes da sua artilharia. O primeiro perdeu um flash, mas houve quem perdesse um tripé, que

neste caso era um objeto bem maior!

página 39 Perdidos, corridos e achados

Page 40: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

Voltando atrás no tempo e na palavra de ordem, em Santarém também fomos expulsos. Pelo dono do rail do

restaurante. Mas com uma conversa do Toni, que não chegou a revelar em que se baseou, de repente éramos

bem-vindos! Lembram-se da história lá atrás?... quem não gostou nada da conclusão desta história foi o Luís

Moreira, cujos dedos ficaram sem mexer durante um bom bocado, graças ao skate do Petreques, que levou o truck

à frente no voo que fez em direção às mãos do câmara (mas como diz o outro, antes em direção às mãos, do que

em direção à máquina!). Antes disso, o Petreques também foi expulso do coreto, mas pelo corrimão. A imagem é

esta: corrimão dá choque no skate; skater projetado, qual bola de ténis atirada ao ar, seguido de pontapé no rabo;

queda de “fronha” e lateral esquerda de chapa na pedra, três metros mais à frente... erva na boca e não mexe...

ficou arrumado... o assunto do corrimão, pelo menos neste dia. Mas também... que é que mandou vir “ferros” ao

pequeno-almoço, quando os outros ainda estavam a alongar? Outra dúvida existencial extremamente perspicaz

foi levantada ao pequeno almoço pelo Luís Moreira. Pergunta ele, e muito bem: “porque é que uma garrafa é um

garrafa??” O que é que define esse objeto como tal? E perante o nosso olhar de espanto, ainda acrescenta: “A

sério. Eu, no outro dia, fartei-me de pensar o que é que faz de uma porta uma porta e não cheguei lá!”

Isto está bonito, está!

É tão bom darmos uma

manobra e vermos o nosso

belo reflexo na água...

Petreques ollie

Page 41: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 41 Perdidos, corridos e achados

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2012

Page 43: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 43 Perdidos, corridos e achados

Toni Nosepick pop out no spot do Entroncamento,

que afinal é no Cartaxo… ou era noutra terra?

Page 44: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 44 Perdidos, corridos e achados2012

O único sítio de onde não fomos expulsos, acho, foi do parque ribeirinho de Ponte de Sôr. Houve

apenas uma advertência de uma simpática senhora que nos disse que o Sr. Presidente tinha feito

um parque para nós brincarmos e que, por isso, não devíamos brincar ali. Com a brincadeira

toda que deu para fazer naquele local, – o Chalabardo, por exemplo, achou que ali devia desafiar

o gap mais alto –, o Moreira (quem mais?) ainda se ia esquecendo da bateria e carregador da

máquina, mas foi salvo “pelo gongo” e recuperou as peças... mas não por muito tempo... no dia

seguinte ficaram esquecidas num café em Santarém!

Conclusão desta tour: alguém mande vir um dicionário e uma check list para a próxima e, já

agora, que a próxima seja no verão!

O Bernard foi apanhado em flagrante pela

PSP num wallride. Multa: aulas de skate aos

senhores polícias...

Page 45: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 44 Perdidos, corridos e achados

Page 46: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

3ª ETAPA - DC SKATE CHALLENGEALBUFEIRA

2012

texto Laís Reis

fotografia Mascarenhas

Pedro Roseiro backlip em hora de ponta no skate parque de Albufeira…

e nós a pensar que essas coisas no Algarve só no verão

Page 47: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

ALBUFEIRA

página 47

A viagem começa cedo: Skate na mochila e siga… migração do skate português

para Albufeira e, em pleno outono, a cidade algarvia brindou-nos com sol!

Logo na sexta-feira deu para sentir como ia correr a 3ª Etapa do DC Skate

Challenge. Mal chegámos ao skate parque, já o Paulo, do Radical, andava a

limpar tudo com um mega-secador. Aos poucos a malta que estava a chegar

ia tirando os skates dos carros e começou a montar “as barracas”... quando de

repente: Bang! Switch bs lipslide do Roseiro a descer o rail. Pronto. Deu para ver

como ia ser o fim de semana.

O skate parque de Albufeira é enorme e é complicado conseguir ver tudo. Mas

o Ollie, que estava com o dono, Ricardo Fonseca, ajudou e motivou também

quem passava, ou a ladrar ou simplesmente mostrando o focinho simpático.

(Por outro lado, no final do campeonato, ninguém foi “discutir” a nota atribuída

pelo Fonseca, estava com o seu pequeno guarda-costas).

Para iniciar o campeonato, os pequenos (só de tamanho) começaram em

grande e a abusar dos rails e escadas grandes. Grandes toques que aos poucos

iam enchendo os olhos de quem ali estava. Tenho que fazer uma pequena

observação à evolução do Tiago Pinto, que está com um nível de skate muito

bom, bem como à dos gémeos, sem medo de se atirarem para grandes rails (só

sei quem é quem quando começam a skatar, pois um é goofy e outro regular).

Page 48: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

3ª ETAPA - DC SKATE CHALLENGEALBUFEIRA

2012

França a provar porque é que aos 36

ainda ganhou o “old man bowl contest”

em Tampa… smith a sair do bowl

Gustavo Ribeiro feeble

Ruben Gamito melon

Page 49: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

ALBUFEIRA

Categoria amador: mais uma vez o Afonso Nery, BP, Daniel Pinto e Aníbal Martins, mostraram toda a sua

técnica, daqui a pouco esta rapaziada vai estar a dar trabalho na categoria Open.

Nas finais, já com uma horinha de sol a menos e um pequeno susto (o Tiago Pinto partiu um dedo da

mão) Gustavo Ribeiro venceu nos Iniciados. Nos Amadores, Nery e o BP skataram muito e foi difícil saber

quem ganhava, também para os júris. Desta foi o Afonso, que ainda fez sucesso com as miúdas... nos

Profissionais, o nível é muito alto e a final baseou-se em quem errava menos: o Jorginho mostrou quem

manda. O grande França, que voou pelo skate parque, ficou em segundo lugar! E o Pombo-thrasher-

Madonna-style, fez juz à badana que usava e skatou muito, acho que inspirado numa tal Buffoni ….

Pombo “Buffoni” ficou em terceiro lugar.

página 49 Dc Skate Challenge

Miúdas giras em campeonatos de skate são mais raras que

cheques das finanças na nossa caixa de correio…

Como diria um antigo jornalista da nossa praça…”e esta,

hein?” Gamito em pose

Page 50: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

No best trick, Albuquerque deu um hurricane no

rail, e o rail era alto! Antes disso, o Tiago Lopes

deu um belo bs board flip out e o Roseiro acerta

um bs tail no rail. Ok, Hurricane wins, e “ainda

estou a espera da cerveja, ó Rodrigo”, afinal ele

faturou a guita do best trick.

página 51 Dc Skate Challenge2012

3ª ETAPA - DC SKATE CHALLENGEALBUFEIRA

Para o Rodrigo Albuquerque

a lua cheia não é só sinal de

mais miúdas atrás dele, mas

também de noseblunts

Page 51: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 51 Dc Skate Challenge

ALBUFEIRA

Distribuição www.marteleiradist.com212 972 054 - [email protected]

Page 52: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

fotografia Mascarenhas

texto Ementa sb

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página 53

Page 54: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

FOI NO VERÃO DE 2002, EM CONJUNTO COM UMA DÚZIA DE AMIGOS, QUE O RAPHAEL CASTILHO E O EMÍDIO SILVA COMEÇARAM A SKATAR O ASFALTO NA CIDADE DA AMADORA. QUATRO ANOS DEPOIS, QUANDO A DÚZIA DE AMIGOS JÁ TINHA SIDO REDUZIDA QUASE A METADE, COMEÇOU A DAR-SE UM NOME À “COISA”.

2012

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página 55 Modern ruins

Né, ollie transfer

Viola, pivot fakie

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OS NOMES MAIS ESTAPAFÚRDIOS FORAM ATIRADOS PARA O AR, ATÉ QUE UM DELES SE DESTACOU IMEDIATAMENTE. FOI A PARTIR DESSE MOMENTO QUE TODOS NÓS COMEÇÁMOS A CONHECER ESTE GRUPO DE AMIGOS COMO “O PESSOAL DA EMENTA”. DESDE ENTÃO, O GRUPO PASSOU A ESTAR MAIS UNIDO QUE NUNCA, SKATE TRIPS PARA LADO NENHUM E MUITO TEMPO OCUPADO A NÃO FAZER NADA. SKATE, AMIZADE E DIVERSÃO ERA TUDO AQUILO QUE LHES INTERESSAVA.

2012

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página 57 Modern ruins

Rafa front blunt

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AO LONGO DOS ANOS, O EMÍDIO REALIZOU ALGUNS FILMES (COMO O “TORRADA E GALÃO”, O “FAVAS COM CHOURIÇO” E O “EMENTA SB DO DIA”) QUE REFLETIAM PERFEITAMENTE A AMIZADE QUE UNIA ESTE GRUPO BASTANTE PECULIAR.

2012

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página 59 Modern ruins

Bp noseblunt

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EM JANEIRO DE 2010, O DAVID CABRITA VEIO COMPLETAR O GRUPO E COMEÇOU A DESENHAR UMA IMAGEM E A DESENVOLVER UM CONCEITO QUE REFLETISSE AQUILO QUE ERA A EMENTA SB ENQUANTO GRUPO DE AMIGOS, ATRAVÉS DE ILUSTRAÇÕES E CAMPANHAS, COMO A “EMENTA DO DIA”. POUCO TEMPO DEPOIS, A EMENTA SB REUNIU UM OUTRO GRUPO, DESTA VEZ UM GRUPO DE ARTISTAS, OS “THRASH ARTISTS”. COMEÇARAM A DESENVOLVER-SE CADA VEZ MAIS PROJETOS E CAMPANHAS, O “TRADITIONAL POSTER” OU OS “PAPERFORKS”.

página 61 Modern ruins2012

Page 61: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 61 Modern ruins

Aníbal Martins frontside flip

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FINALMENTE, NO TERMINAR DESTE ANO, A EMENTA SB LANÇOU A CAMPANHA “MODERN RUINS”, UMA CAMPANHA QUE TERÁ UMA DURAÇÃO DE 2 A 3 ANOS E QUE EXPLORA A CAPACIDADE QUE O SKATE POSSUI PARA DAR UM NOVO SENTIDO À ARQUITETURA MODERNA, ATRAVÉS DE SÉRIES DE INSTALAÇÕES URBANAS, EVENTOS E EXPOSIÇÕES.

2012

Bp wallride

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página 63 Modern ruins

Fernando Klewys Thaynan Costa, nosegrind

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NESTE ARTIGO, A EMENTA SB APRESENTA AS PRIMEIRAS DE QUATRO INSTALAÇÕES ASSINADAS POR DOIS DOS SEUS THRASH ARTISTS, DAVID CABRITA E ANDRÉ COSTA. AO LONGO DOS PRÓXIMOS DOIS ANOS, HAVERÁ NOVAS INSTALAÇÕES, EM CONJUNTO COM OUTROS MEMBROS DA SUA COLETIVIDADE DE ARTISTAS, ENTRE OS QUAIS, JOÃO CRUZ, GABRIEL GARCIA, GEMENIANO CRUZ, OU, INTERNACIONALMENTE, O SANTI ZUBIZARRETA E O DILLON FROELICH.

2012

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página 65 Modern ruins

andré “def” costa frontboard

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TAL COMO O GRUPO DE 10 AMIGOS QUE SE TORNOU CONHECIDO EM PORTUGAL POR EMENTA SB, OS THRASH ARTISTS ESTÃO TAMBÉM UNIDOS PELO SKATE E PELA MESMA RELAÇÃO DE AMIZADE QUE DEU INÍCIO A TODA ESTA HISTÓRIA. NOS DIAS DE HOJE A EMENTA SB É UMA MARCA DE VESTUÁRIO MAS, APESAR DE MARCA, CONTINUA A RESPIRAR E A VIVER TODA A CULTURA DE ONDE NASCEU, PROMOVENDO SEMPRE UM LIFESTYLE DE AMIZADE, DIVERSÃO E INFORMALIDADE. COMO DIZ O NIKITA GOREV, A EMENTA SB VAI SER SEMPRE NA “DÉSCONTS”.

2012

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página 67 Modern ruins

Emídio airwalk

Viola feeble fakie

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2012

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página 69 Modern ruins

Nikita Gorev hurricane

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2012

Page 73: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

DIYpágina 73

O DIY está na moda? Mas não são as modas algo passageiro? Este primeiro livro de fotografia de

Richard Gilligan, fotógrafo colaborador da Slap, Sidewalk, Kingpin e Transworld, recém-editado

pela 19/80 Editions e pela Carhartt, deixa antever que, longe de ser uma moda, o “Do ItYourself” é,

por todo o mundo, uma prática enraizada, sinal de que reivindicar só não basta, é preciso fazer. E o

sabor é diferente. Para melhor. É mudar de plano. É substituir a habitual queixa do [os outros] “não

fazem, não temos” por: “vamos contribuir e fazer nós”, fora de tudo o que nos ditam. Porque não?

UM LIVRO DE FOTOGRAFIAS, POR RICHARD GILLIGAN

texto Surge

Page 74: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 75 DIY2012

Este “DIY” reúne fotografias procuradas por Gilligan ao longo

dos últimos 4 anos, em diversos países: EUA, Áustria, Irlanda,

Suécia, França, Polónia, Finlândia, Dinamarca, Alemanha,

Inglaterra... e mostra-nos que basta uma simples vedação de

uma horta, um espaço cimentado debaixo de um viaduto, ou

uns metros de corredor junto à casa, para construir “o spot”.

Podem ser espaços temporários – grande parte é ilegal – mas o

gozo que dão justifica a sua efemeridade. Faz também parte do

processo de evolução e criatividade. Avançamos, sempre. Não

é assim que o skate deve ser?

Page 75: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 75 DIY

Page 76: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

Page 77: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 77 DIY

Logo na introdução de “DIY”, o prefácio começa por

demonstrar que por muito que se escreva, por mais

fotos que vejamos, o skate não é passível de apreender

de outro modo que não através de si mesmo. Se não

andarmos nunca conseguiremos senti-lo em pleno.

Será o mesmo com o DIY?

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página 78 DIY2012

O “DIY” está à venda nas skate shops. 160 p.

www.richgilligan.com

DIY

Page 79: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

[email protected]

T: 261 314 142página 78 DIY

Page 80: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

Se o Julian Furones não fosse espanhol diríamos

que este era um frontside ollie à “grande e à

francesa”

fotografia Fabien Ponsero

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ANTIESTÁTICO

página 81

Page 82: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

Não sabemos quantos quilómetros

teve o Pedro Dilon que fazer desde o

Brasil até à Baixa da Banheira para

este backside 50 50…

mas suspeitamos que valeram a pena

fotografia Mascarenhas

ANTIESTÁTICO

Page 83: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 83 Anti-estático

Page 84: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

… podem não acreditar, mas o Renato

Lainho alugou um helicóptero para poder

fotografar este nosebluntslide do Tiks…

a sério!

2012

ANTIESTÁTICO

Page 85: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

O Nuno Relógio passou uma noite

inteira numa “traineira” em alto mar,

supostamente a trabalhar. Segundo

a versão da tripulação, não parou de

falar deste backside tailslide a noite

toda…

fotografia Mascarenhas

página 85 Anti-estático

Page 86: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

2012

O Tommy Sandoval é um verdadeiro viajante, já

conhece três polos, o polo norte, o polo sul e o

polo 2 em Coimbra… switch flip

fotografia Roskof

Page 87: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

página 87 Anti-estático

ANTIESTÁTICO

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2012

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página 89 Anti-estático

Jorge Simões backside disaster

numa estrada abandonada,

algures no deserto californiano…

estávamos a brincar! É ali para

os lados de Rio Tinto…

fotografia Renato Lainho

ANTIESTÁTICO

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Page 91: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue
Page 92: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

Paulo e Dulce Pereira Nuno Afonso Ruben e Neuza

Zoão

Depois de vencer o ollie on fire, o Gamito ainda assou um leitão no espeto…

2012

Page 93: SURGE Skateboard Magazine, 17th issue

Temos que admitir, 22 anos a aturar skaters não é fácil para ninguém. Apesar disso e conhecendo eu o Paulo,

a Dulce e a Neuza há quase tantos anos, nunca os ouvi queixar uma única vez. O que, num país onde a

maior parte das pessoas adota como passatempo nacional estar sempre a queixar-se de algo ou de alguém,

é algo que continua a surpreender-me. E acreditem que eles tinham bem razões para isso. Nestes 22 anos

levaram com egos de skaters, pais, mães, amigos e conhecidos e lidaram sempre da melhor maneira com

o caos organizado em que por vezes se torna o ambiente de um campeonato de skate. A minha própria

história no skate devo-a ao RSC. Provavelmente nem o Paulo nem a Dulce se lembram, mas quando os

conheci, há mais de 20 anos numa demo de skate em Alcobaça, juntamente com o Diogo e Bernardo

Ósorio, o Estrelinha, o Miguel Almeida, o Paulo Alex, foi um ponto de viragem na minha vida. Já andava

de skate desde os 10 anos, mas nem sabia que era possível levantar o skate do chão. O filme “Loucos do

skate” só chegou ao videoclube lá da terra pouco depois da demo. Alguns anos mais tarde, foi também num

campeonato do Radical que conheci o Nuno “dos óculos”, de Almada, que me disse que ia fazer uma revista

e me perguntou se não queria tirar fotografias. Eu disse logo que sim, apesar de nem saber como pôr um

rolo na máquina… por isso também a Surge deve a sua existência, em parte, ao trabalho feito pelo RSC.

22 anos é muito tempo e sem dúvida que um aniversário assim merece ser festejado em grande. E foi

mesmo. Todos os que não quiseram faltar à festa, no Ski Skate Amadora Parque, desfrutaram de um dia

em cheio, com campeonato de melhor manobra, ollie on fire e uma retrospetiva em vídeo de alguns dos

melhores momentos destes anos, com imagens clássicas: melhores anos do Ricardo Fonseca, o Tut, Lipi, a

malta de Almada, o Marteleira vestido de Pai Natal, os anos do França, do Marco Antão, do Nuno Afonso,

a malta da Tribos Urbanas, o Hélder Lima e o Gamito com meio metro de altura, o Rodrigo Russo e muitos

mais… podíamos ter passado o dia inteiro a ver imagens assim que não me fartava.

Ao fim do dia a malta juntou-se para cantar os parabéns e ainda houve tempo para uma cerimónia, com

entrega de uma lembrança a algumas das pessoas que fizeram parte da história dos últimos 22 anos do RSC

e do skate nacional. Tal como o Paulo disse ao microfone, muito mais do que 22 pessoas deviam receber

uma lembrança… quanto a mim, fui um dos que recebi, mas sempre que olho para ela aqui na estante da

redacção, sinto que devíamos ser nós, os skaters, a dar-lhes um prémio. Obrigado pelos bons tempos, RSC.

22º ANIVERSÁRIORADICAL SKATE CLUBE

texto e fotografia Roskof

página 93

Lendas

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texto e fotografia Mascarenhas

2012

GOSTAR OU NÃO GOSTAR Ultimamente ouço falar muito no facebook como meio de divulgação. E ouço, ainda, que

é o principal meio de divulgação dos dias correntes. Talvez tenham razão, o facebook

pode ser uma ferramenta poderosa, seja qual for o seu propósito no tipo de mensagem

que queremos passar. Mas falando de skate, ainda não há muito tempo, todos os skaters

dependiam de revistas e de vídeos em DVD, (para não falar do tempo do VHS), para se

informarem do que estava a acontecer no mundo do skate. Hoje em dia vemos fotografias

e vídeos em websites e em redes sociais até perder de vista, ou até caírem no esquecimento

de tanta informação, que cada vez se torna mais difícil de filtrar. Existem campeonatos

em livestream e foto-reportagens nos websites no mesmo instante em que foi acertada a

manobra. E nem me vou dar ao trabalho de escrever sobre o instragram... a relevância

que muitos dão às revistas impressas pode ter diminuído, mas isso só quer dizer uma

coisa: que a fotografia existe, cada vez mais, simplesmente, para relatar o quê e onde,

ignorando toda a arte envolvida, esquecendo como essas imagens ajudaram a moldar e

influenciar a nossa subcultura. Este registo do Filipe Cordeiro seria uma fotografia perdida

no esquecimento para sempre, se fosse postada numa rede social, ou talvez atingisse 100

“gostos”. Mas impressa numa revista, a fotografia torna-se num objeto que, quer seja

para pôr na cesta dos jornais ao lado da sanita, ou para pôr na estante e colecionar junto

de muitas outras, passa a fazer parte da história do skate em Portugal. Ou seria melhor

conseguir 150 “gostos”? Decidam vocês...

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página 97

Filipe Cordeiro - Frontside Ollie

GOSTAR OU NÃO GOSTAR

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