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REDESIGN 01# EDIÇÃO SET 2011 R$ 9,90 ANDROID O ETEZINHO DO FUTURO pag. 18 ILUSTRAÇÃO Jose Manuel Oli pag. 06 TECNOLOGIA Sony 3D HMZ-T1 pag. 14 IMPRESSÃO Offset pag. 20

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Redesign pro povo olhar. Somente academico

Transcript of Redesign

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REDESIGN01

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011

R$

9,90 ANDROID

O ETEZINHO DO FUTURO pag. 18

ILUSTRAÇÃO Jose Manuel Oli pag. 06

TECNOLOGIA Sony 3D HMZ-T1 pag. 14

IMPRESSÃO Offset pag. 20

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2 REDESIGN REVISTA

REV

ISTA

sumário

expediente

04_TIPOGRAFIA O que é tipografia?

16_PORTFÓLIO Erik Johansson

08_ARTE URBANA O grafite moderno

20_PROCESSOS DE IMPRESSÃO Offset

12_FOTOGRAFIA Mikko Lagerstedt

06_ILUSTRAÇÃO Jose Manuel Oli

18_PUBLICIDADE Android

10_DESIGN Residência Salvade-S. e Puma House

14_TECNOLOGIA Oculos 3D Sony HMZ-T1

DIRETOR-PRESIDENTE: Alexandre A. BrumCORDENAÇÃO: Rangel SalesEDITOR: Alexandre TandyCOLABORADORES: Rangel Sales, Matheus Mari, Hayeza Ohanna, Philippe Natan, Heitor Oliveira, Daniel Queiroz e Daniella Cristina

DISTRIBUIÇÃO

TIRAGEM 500 exemplares | PERIORIDADE [email protected] - (31) 99849646

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54 REDESIGN tipografia

TIP

OG

RA

FIA

Tipografia é a impressão dos tipos. Está morrendo com o computador. Tipologia é o estudo da formação dos tipos. Cresce a cada dia. Mas no final, a nomenclatura usada é tipografia. Como fonte (família do tipo) é atualmente chamada de tipo. O termo tipo é o desenho de uma de-terminada família de letras como, por exemplo: Verdana, Futura, Arial, etc. As variações dessas letras (light, itálico e ne-

O arranjo de tipos é a seleção de fonte, altura da letra (point size), largura da linha, espaçamento entrelinha (lead-ing) e espaçamento entre letras (kerning). Isto tudo visa melhorar a legibilidade do texto a ser escrito, facilitando o entendimento dele além de providenciar um conforto aos olhos de quem lê.

Não confunda leiturabilidade com legibilidade: leiturabili-dade é relacionada à língua em que o texto é escrito ou en-tendido – diz respeito à dificuldade da língua em si, e não sua aparência. A ergonomia é uma das disciplinas que es-tuda o efeito da tipografia nos seres humanos, examinando o conforto visual, o entendimento da mensagem, entre outras coisas.

Na tipografia, as fontes tipográficas (ou apenas fontes) são classificadas em 4 grupos básicos: as com serifas, as sem serifas, as cursivas e as fontes dingbats:

Toda e qualquer fonte tipográfica é composta por elementos distintos, tais como:

Dicas importantes Alinhamento: Evite alinhamento centralizado em tex-tos longos. O excesso de espaço branco nas laterais tende a fazer a pessoa se perder. Opte por textos alin-hados a esquerda, sem justificativa (caso as palavras fiquem com espaçamento grande demais entre elas)

Contraste: Nunca utilize tipo claro em fundo claro, ou tipo escuro em fundo escuro. Opte sempre pelo contraste. Afinal de contas, texto é para ser lido! Para impressos, o melhor é sempre letra preta no papel branco. Já para os computadores, há muita divergência de opiniões: para muitos, letra branca em fundo preto é menor, pois na tela o branco é uma luz emitida, enquanto o preto é aus-ente (o que supostamente deveria facilitar a leitura além de não consumir tanta energia elétrica). Mas isto ainda é disputado. De qualquer maneira, contraste sempre.

Use apenas uma categoria de fonte: Se você fizer um texto todo com uma fonte serifada, utilize apenas fontes seri-fadas no resto do texto. Não mude no meio do caminho, pois isso pode trazer uma confusão visual ao leitor. Cla-ro que se você quiser usar uma fonte como título de um texto e prosseguir com uma fonte diferente, manda bala. Se for mudar de fonte, deixe óbvia a mudança; Dá pra cri-ar um texto com título em Georgia e corpo do texto em Helvetica (serifada e sem-serifa, respectivamente). Mas deixe óbvia a mudança – use uma cor diferente, um fun-do diferente, ou um tamanho de letra diferente. Além de criar um impacto visual melhor, a pessoa não fica achan-do que o designer errou na hora de utilizar suas fontes.

grito, por exemplo) de uma determinada família são as fontes desenhadas para a elaboração de um conjunto completo de caracteres que consta do alfabeto em caixa alta e caixa baixa, números, símbo-los e pontuação.

Os tipos constituem a principal ferra-menta de comunicação. As faces alterna-tivas de tipos permitem que você dê ex-

pressão ao documento, para transmitir instantaneamente, e não verbalmente.No uso da tipografia o interesse visual é realizado através da escolha adequada de fontes tipográficas, composição (ou layout) de texto, a sensibilidade para o tom do texto e a relação entre texto e os elementos gráficos na página.

Todos esses fatores são combinados para que o layout final tenha uma “atmosfera” ou “ressonância” apropriada ao conteú-do abordado. No caso da mídia impres-sa, designers gráficos costumam se preo-cupar com a escolha do papel adequado, da tinta e dos métodos de impressão.

O conhecimento da tipografia é es-sencial aos designers. O conhecimento adequado do uso da tipografia é essen-cial aos designers que trabalham com diagramação, ou seja, na relação de texto e imagem. Logo a tipografia é um dos pilares do design gráfico e uma matéria necessária aos cursos de design. Para o designer que se especializa nessa área, a tipografia costuma se revelar um dos as-pectos mais complexos e sofisticados do design gráfico.

Por muito tempo o trabalho com a tipografia, como atividade de proje-tos e industria gráfica, era limitado aos tipógrafos (técnicos ou designers es-pecializados), mas com o advento da computação gráfica a tipografia ficou disponível para designers gráficos em geral e leigos.

Em dEsign só sE fala sobrE tipografia E tipologia. afinal, o quE é isso? qual a importância da tipografia na vida do dEsignEr gráfico? no quE consistE a tipografia? Está na hora dE rEspondEr suas pErguntas.

O que é tipografia?

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76 REDESIGN i lustração

ILU

STR

ÃO

Jose Manuel Fernandez Oli é um tal-entoso artista digital espanhol. Ele fez muitas pinturas foscas para animações e também personagens inspiradores, de-senhos em steampunk digital e esboços.Ele nasceu em Cadiz, Espanha e desde pequeno é fascinado por imagem e de-senhos. Estudou desenho e pintura na Escola de Belas Artes em Zaragoza (Espanha), especializando-se em ilus-tração. Também estudou Animação Tradicional em Madrid e como sem-pre interessado em imagens em movi-mento, sua experiência profissional começou no setor de videogames em que trabalhou com 12 anos de forma di-reta (pela própria empresa Xpiral e em várias empresas diferentes, como a Pyro Studios) como designer de conceito.

Atualmente mora em White Plains, nos EUA e ele está concentrado no setor audiovisual, trabalhando como diretor de arte em um projeto de ani-mação: “Também faço trabalhos para publicidade em cinema e televisão, co-laborando com uma empresa chamada “Furia Digital” (Barcelona) e é um campo muito interessante e de mu-dança que me permite fazer trabalhos de conceitos, pinturas foscas e etc.”

Jose Manuel oli

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98 REDESIGN arte urbana

ART

E U

RBA

NA

Em 1971, o jornal The New York Times percebeu que um nome começava a dominar as ruas de Man-hattan. Um adolescente de 17 anos chamado Demetrius vinha “etiquetan-do” vários prédios da cidade com seu apelido: Taki 183 (porque ele morava na 183rd Street). Um verão antes, ele havia tido a ideia de pichar seu ape-lido em caminhões de sorvete que circulavam pela cidade. Mas, naquele ano havia começado uma “guerra” silenciosa entre alguns jovens que re-solveram marcar os lugares mais altos ou com maior visibilidade com seus nomes.

Apesar da dimensão que o fenômeno tomou em Nova Iorque, segundo Jus-tin Longo, em um estudo para o New Century College, a moda da pichação de forma sistemática havia começado alguns anos antes nas ruas da Filadél-fia, que teve vários de seus prédios eti-quetados por nomes como Cornbread e Cool Earl.

Logo, a disputa por mais e melhores locais para deixar uma marca levou a uma competição também pelas ilus-trações mais criativas. As assinaturas pichadas começaram a dar lugar a im-agens coloridas. O desafio começou a deixar de ser etiquetar os locais mais inacessíveis e sim transformar a pais-agem urbana em um espaço para in-tervenções com os mais inspirados desenhos e letras artísticas.

Estêncil

O fenômeno chegou aos trens do metrô. Os vagões e às vezes o trem inteiro virar-am suporte para as ideias dos grafiteiros. Assim, as criações passaram a circular por toda a cidade, consolidando o grafite como uma arte nômade e ampliando a visibilidade das obras dos grafiteiros.

Várias medidas de segurança e repressão começaram a ser adotado pelas autori-dades que consideravam o grafite como vandalismo, o que tornou cada vez mais perigosa e difícil a ação dos grafiteiros. Antes de virar uma expressão artística, o grafite foi principalmente uma ex-pressão política. Ele sempre esteve pre-sente como marca de protesto seja no cotidiano dos cidadãos desde a Anti-guidade ou em manifestações de trabal-hadores e jovens, como as que tomaram as ruas de Paris em maio de 1968. Mas, a partir da virada dos anos 60 para os 70, o grafite contemporâneo se desenvolveu como uma manifestação artística radical e de protesto dos jovens que moram nos grandes centros urbanos.

Ele emergiu movido pela impossibili-dade de muitos adolescentes se expres-sarem nos suportes e estilos artísticos reconhecidos “oficialmente”, pela insat-isfação dos jovens com as suas precárias condições de vida e pela necessidade de-les de afirmação social.

O uso de estêncil é uma das técnicas mais utilizadas pelos grafiteiros em São Paulo e outros centros urbanos. A partir de uma matriz, desenhada e recortada em um papel suficientemente duro ou outro material, cria-se uma espécie de fôrma ou máscara. Ela é então colocada na superfície a ser grafitada e sobre ela aplica-se a tinta com rolo ou em spray. Muitas vezes, os detalhes são comple-mentados à mão livre.

O uso do estêncil tornou-se bastante popular uma vez que é uma técnica rápida e que facilita a disseminação de uma marca pessoal do grafiteiro ou de um grupo. O estêncil ganhou sofisti-cação com o passar dos tempos, com a inclusão de recursos fotográficos para ampliação e montagem de obras mais complexas. Além disso, a arte de grafitar a partir de uma máscara evoluiu para os adesivos ou stickers, que são normal-mente aplicados em telefones públicos e postes.

após virar uma fEbrE nas ruas nova-iorquinas nos anos 70, o grafitE Espalhou-sE por outros cEntros urbanos do planEta.

O grafite moderno

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1110 REDESIGN design

DES

IGN

Den Architecture é uma empresa inde-pendente dedicada à arquitetura ambiental-mente consciente. Ela usa um processo de design baseado em pesquisa e produz edifí-cios que se adaptam ao clima local, cultura e recursos. A Den Arquitetura concluiu a reno-vação de uma residência chamada Salvade-Serenelli em Pinecrest, Flórida. Este resul-tado está presente na cozinha e nos banheiros.

Cozinha: ganhou uma ruptura radical com o atual formato da casa. Anteriormente fechado por altura completa armários e paredes, o pro-jeto proposto expande a relação espacial entre os espaços interiores. Todas as paredes que separa a cozinha do resto da casa foram demoli-das, criando uma circulação contínua do fluxo através da área recém-concebida, conectan-do salas de jantar e da família no processo.

As duas caixas de alto brilho branco e sua correspondência interior de trabalhos com os tons mais escuros ricos nos armários de madeira ao redor, com enquadramento e apresentando as principais áreas de atividade dentro da cozinha (limpeza, lavar, cozin-har e comer). Ao lado do quarto da família, uma mesa de café branca e luz correspond-ente âncora com capa de fixação no espaço.

Os armários foram especificados com ma-deira certificada pelo FSC, contendo ma-deira doméstica. As áreas brancas da coz-inha, projetadas exclusivamente para tarefas que requeiram concentração, fazer uso de sua cor clara e alta refletividade para de-volver a luz natural das janelas. Luminária particularmente nas áreas de tarefa acima mencionada, foram adicionadas luzes LED que utilizam uma fração da energia elétrica quando comparado com as lâmpadas padrão.As bancadas tem apenas ½ de espessura, o que economiza metade da quantidade de material que de outra forma seriam usados em tops padrão. As luminárias e aparelhos selecio-nados estão entre os mais eficientes no setor, ao comparar energia elétrica e uso da água.

O banheiro principal: como ponto de par-tida, foi selecionada uma ardósia em mo-saico que recorda as formações rochosas e variações de cor das montanhas dos Andes na América do Sul. O movimento horizontal e camadas de cores que aqui se encontram desde a inspiração para o projeto proposto para o banheiro. Uma série de elementos

horizontais da combinação de sólidos e vazios incorporados nos espelhos, armários e prate-leiras. Cores, como ACCORN-marrom e off-white, a partir da ardósia selecionada, fornece o apelo rústico solicitado; compensado com o detalhes cromados refinados nas luminárias, acessórios e iluminação. A fim de criar a per-cepção espacial de um quarto maior, o chu-veiro foi integralmente concebido com o resto do espaço, utilizando o material do mesmo andar e um chuveiro transparente sem moldura.

O banheiro de hospedes: o projeto proposto concentra-se em uma solução envolvendo uma combinação de formas e acabamentos cuida-dosamente selecionados que todos derivam de um ambiente de piscina. Volumes em branco retilíneos e objetos flutuantes nas paredes bem como pranchas de mergulho. O nicho do chu-veiro localizado na entrada da piscina, também branco, recebe os hóspedes retornando de um longo dia de banhos de sol. O mosaico de vidro foca a atenção na parede principal com a cor da água, enquanto o total branco para as necessi-dades de higiene de um ambiente aquático.

O Puma House Tokyo, locali-zada na cidade japonesa de Aoyama, é uma área de exposição para sua linha de tênis Puma. O projeto com-bina uma sala de imprensa e espaço para eventos em uma área aberta.

O design de interior foi executado pelo estúdio de design japonês Nendo, com um tema estrutural de escadas por todo showroom. Dentro, esses elementos ar-quitetônicos são instalados, que é usado para eventos, exposições, eventos de mídia, lançamentos de produtos e etc.

O efeito global de ver um labirinto de escadarias nos lembra de que pre-cisamos exercitar nossos corpos dia-riamente. Visualmente as escadas fornecem uma sensação de movi-mento em todo o interior, permitin-do uma visualização tridimensional.

“Para nosso projeto, nós colocamos “escadas” que subirão em todos os re-cursos existentes em torno do espaço. Mas estas escadas não são para pes-soas subirem. Em vez disso, elas fun-cionam como stands para tênis Puma e como elemento de composição que dá ao espaço um carácter especial.O efeito resultante é uma lembran-

ça forte que nós exercitamos nosso corpo diariamente subir e descer escadas, e tem uma conexão visual com escadas de es-tádio e de pódios também, para trazer a relação importante da Puma com esportes.

As escadas trazem uma sensação de movimen-to para o interior, permitindo uma visualização do produto tridimensional que utiliza total-mente seu espaço e permite que os visitantes experimentem uma visão do mundo da Puma.

Residência salvade

Puma house

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1312 REDESIGN fotografia

FOTO

GR

AFI

A

Designer gráfico e fotografo da Fin-lândia, autodidata Mikko Lagerstedt mostra excelentes trabalhos desde 2008. Cores vidas e ângulos visuais diferentes, num jogo de iluminação e contrastes diferentes, inspiradores e quentes. Na maioria das fotos podemos ver uma ex-pressão de solidão que mescla com lin-das paisagens e estações do ano.

Mikko tem um talento imenso, que ul-trapassa a fotografia. Todo seu trabalho é uma composição, da imagem á interpre-tação do momento captado, que acaba no título original dado a cada foto. Ele diz ser um total amador em aprender a ver o mundo. Começou a fotografar em dezembro de 2008, mas suas fotografias mostram o contrario. Desde então ele caiu de amor com a fotografia. Ele diz estar constantemente tentando desco-brir novas maneiras de ver o mundo.

Ficamos atraídos por um universo onde cada aspecto é perfeito. Ele também tem muitas regras em tirar fotos, e o resul-tado é quase sempre surpreendente. Ele é um Michaelangelo dos dias modernos, cuja valentia é inigualável quando se trata de luz, cor e drama. Ele é um show-man, um diretor, um artesão da própria escala, e seu portfólio é uma bobina de um interminável filme épico e têm in-spirado uma nova geração de fotógrafos.

Nasceu em Londres em 1958, ele desde cedo se interessa por arte, imagens e cores, deixando entrever predisposição para a fotografia. Ele fez seus estudos na Bournemouth and Poole Col-lege of Art and Design e publica em 1982, no fi-nal de seu curso, uma obra intitulada Skinheads na qual representa o seu mal estar adolescente.

Sensível e discreto, ele vaga pelas ruas inglesas fotografando os rostos dos passantes e as cenas da vida quotidiana. Seu encontro com Terry Jones, editor da célebre revista I-D, no final dos anos 80 é determinante para sua carreira. Para celebrar seu aniversário de cinquenta anos, a re-vista encomenda do fotógrafo uma série de re-tratos em preto e branco. É o começo do sucesso de que começa a fotografar as modelos para o catálogo de Yohji Yamamoto: uma colaboração que será coroada com sucesso.

Próximo de Alexander McQueen, ele cria di-versas obras, uma delas colocando em cheque a beleza de mulheres fortes e deficientes físicas. Ele põe as minorias em evidência fotografando-as para a Levi’s, como quando fotografou cow-boys septuagenários. Em 2001, ele torna sua obra acessível através do site www.showstudio.com faz a edição do calendário Pirelli 2004.

Hoje, ele assina regularmente várias campan-has publicitárias: suas últimas foram Dior e Lancôme. Nick Knight colabora com artistas fazendo capas de disco e vídeo clipes.

Mikko lagerstedt

Nick knight

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1514 REDESIGN tecnologia

TEC

NO

LOG

IA

a cada dia quE passa, concEitos prEsEntEs apEnas Em hollywood tomam forma na vida rEal, como por ExEmplo o óculos hmZ-t1 da sony projEta-do com tEcnologia 3d para alta dEfinição.

Várias empresas têm se preocupado em fazer televisões superpoderosas com HD e tecnologia 3D. Mas a Sony resolveu pensar diferente e anunciou o HMZ-T1: um óculos 3D com telas OLED que pode substituir uma televisão.

De acordo com a Sony, hoje em dia exis-tem pessoas que gostam de assistir filmes ou jogar vídeo games sozinhos, diferente de antigamente, que assistir televisão era um passatempo feito em família. A Sony acredita que existe uma demanda cres-cente de pessoas que querem curtir seus vídeos sozinhos sem serem incomoda-das por outras pessoas.

Com apenas 0,7 polegadas, as telas OLED possuem 1280 × 720 de resolução cada, uma resolução impressionante se

for levado em conta o seu tamanho. A Sony afirma que o óculos é capaz de simular uma tela de 750 polegadas de cinema a uma distân-cia de 20 metros.

Esses óculos faz com que cada olho receba sua própria imagem, mas nada disso é barato. Se você pensou que um óculos 3D convencional é caro, você provavelmente não vai gostar de saber que o HMZ-T1 vai custar cerca de US$ 799. Mas esse preço é compreensível, pois a Sony praticamente fez duas telas minúsculas de 0,7 polegadas serem inseridas dentro de um óculos e o preço ainda é mais barato do que muitas televisões Bravia.“A parte mais difícil para nós era produzir o menor aparelho possível mantendo a alta definição, e tivemos sucesso”, disse Shigeru Kato, vice-presidente da Sony.A vantagem da tecnologia OLED é que ela

possui um tempo de resposta muito rápido de apenas 0,01 milissegundos, por causa disso a imagem fica mais brilhante e col-orida.

O HMZ-T1 oferece suporte a filmes 3D e jogos, por isso o headset pode ser conec-tado ao Playstation 3 e aparelhos Blu-ray. A experiência de áudio também poderá ser alterada em quatro modos diferentes, sendo eles surround 5.1, jogo, cinema e música. Até agora, a Sony só anunciou o seu lan-çamento no Japão, no qual acontecerá em novembro.

Óculos Sony 3D hmz-t1

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1716 REDESIGN portfólio

PORT

FÓLI

O

RED. Primeiro de tudo, gostaríamos de lhe agra-decer por ter tomado seu tempo para nos receber para a entrevista. Diga mais sobre sua arte e de-sign, e de fundo, o que fez você virar um artista e designer?

Erik. Estou estudando engenharia da computação e agora e estou estudando mestrado em Design de Interação. É sobre como interagir com o usuário e tornar os computadores mais amigáveis. Não tem muito a ver com fotografar, que é algo que eu

descobri mais tarde. Eu tenho a minha primeira câmera digital quando eu tinha 15 e fiz algumas mudanças para as fotos e pensei que era diversão. Mas eu realmente comecei em 2007 quando eu comprei minha câmera SLR. Que é quando eu comecei a fazer algumas ma-nipulações de fotografia.

RED. Suas manipulações são bastante originais e cheias de criatividade. De onde vem sua inspiração? Como é que você tem suas ideias?

Erik. Essa é uma pergunta difícil porque eu realmente não posso dizer. A inspiração está em todo lugar na vida cotidiana, mas também olhar muito as fotos e desenhos na web. Acho que a coi-sa mais importante é fazer uma nota de cada ideia, caso contrário ele irá podem sumir em poucos segundos.

RED. Você poderia descrever para nós o que você faz quando se trabalha em um projeto?

Erik. Eu sempre tenho um esboço da ideia final. Mas acabam sempre difer-entes, em um bom caminho na sua maioria. Quando eu chego com uma id-eia que eu tento encontrar bons lugares para usar para as fotos e então é hora para usar o Photoshop. O tempo que leva são diferentes, mas algo entre 10 - 20 horas para cada foto.RED. Quais são as ferramentas que

você usa, tanto de hardware e software?

Erik. Minha câmera é uma Canon EOS 40D e uso principalmente com uma 17-40/4L Canon. O computador tem um processador Intel i7, 6 GB de RAM e um Asus Radion 4850, o monitor que eu uso é um Eizo de 22”. Para a parte de soft-ware eu uso Vista 64 bits e Photoshop CS4, mas nenhum software 3D.

RED. O que é para você os prós e con-tras de ser um designer?

Erik. É difícil ser sempre criativo, mas é um trabalho criativo.

RED. Como o seu trabalho como artis-ta e designer influencia sua vida? Você sente que você vê as coisas ao seu redor de forma diferente?

Erik. Sim, às vezes eu fico preso em pensar sobre que tipo de ideias que eu poderia fazer com as coisas que vejo ao meu redor. Mas eu aprendi a relaxar mais agora.

RED. Quais serão seus próximos pro-jetos?

Erik. O futuro dirá, mas eu poderia precisar de um peixe em um dos proje-tos. Eu também tenho uma ideia sobre postes que eu provavelmente vai acon-tecer em breve.

RED. Quais são os seus cinco sites fa-voritos, e por quê?

Fotosidan.se - uma comunidade sobre fotografia, em suecoModerskeppet.se - sobre Photoshop, em suecoDeviantart.com - ótimo para inspiraçãoWorth1000.com - também ótimo para inspiração

RED. Mais uma vez, muito obrigado pela entrevista. Terminando, você tem alguma dica para artistas e designers?

Erik. Tentar é uma boa maneira de aprender, é assim que eu aprendi a maio-ria das coisas que eu sei.

manipulaçõEs dE fotos são sEmprE muito intErEssantEs dE sE vEr, porquE dão uma visão rEalista dE uma imagEm surrEal. Erik johansson, dE 23 anos, EstudantE dE EngEn-haria da computação, da suécia, tEm um sEntido para as idEias boas para manipulaçõEs.

Erik Johansson

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1918 REDESIGN publicidade

PUB

LIC

IDA

DE

o nomE podE soar como um ExtratErrEstrE complExo, da mais cabulosa ficção ciEntÍfica, E o dEsafio do android, o sistEma opEracional móvEl do googlE, é justamEntE EssE: ficar mais simplEs, para atingir, além dE sEu fiEl pÚblico gEEk, aquElas pEssoas quE quErEm tEr simplEsmEntE um cE-lular lEgal, quE funcionE bEm.

Com foco em widgets de mídias sociais como twitter, o facebook e o linkedin, os mais novos smartphones que ro-dam Android prometem justamente entregar tudo isso de maneira fácil e, mais importante, aberta. enquanto as lojas de aplicativos de outros telefones são cheias de regras para aprovar os programinhas que integram seus acervos, com o Android a coisa é mais direta, a variedade de Apps ainda não é lá grande coisa, mas entre analistas de mercado não há duvidas: o sistema operacional de tablets e celulares do futuro deve ser aquele simbolizado pelo etezinho verde.

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Android, o E.T do futuro

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2120 REDESIGN processos de impressão

PRO

CES

SOS

DE

IMPR

ESSÃ

O

o offsEt é um dos procEssos dE imprEssão mais utiliZados dEsdE a sEgunda mEtadE do século xx. ElE garantE boa qualidadE para médias E grandEs tiragEns.

A expressão “offset” vêm de “offset litog-raphy” (literalmente, litografia fora-do-lu-gar), fazendo menção à impressão indireta (na litografia, a impressão era direta, com o papel tendo contato direto com a matriz).

O offset é um dos processos de impressão mais utilizados. É ideal para grandes quanti-dades de impressos, pois o papel corre pela máquina, e precisa de nenhuma interven-ção humana enquanto o processo é feito. Mas não pense que o humano não tem utilidade nessa hora. Pelo contrário, a máquina precisa de vários ajustes durante a impressão, seja na quantidade de tinta e água, ou seja, na hora

em que um impresso for ter mais de uma cor.

“E como um impresso por offset pode ter mais de uma cor, se no cilindro apenas vai uma?”. Oras, caro leitor, isso é simples: como os im-pressos são geralmente feitos com o sistema CMYK (ou “Europa”) de cores, cada cor é impresso separadamente. Utilizando-se das retículas (como eu expliquei no artigo so-bre o que significava CMYK), todas as cores são impressas separadamente e mais tarde nossos olhos é que vão ver a cor planejada.

O que é litografia? Desenvolvido em fins do século XVII, foi muito utilizada no século seguinte na Europa, especialmente para impressão de partituras mu-sicais, gravuras e até mesmo livros e revistas. Quando criada, a litografia se utilizava de uma matriz de pedra polida pressionada contra o papel, com os elementos para reprodução reg-istrados na pedra por substâncias gordurosas.

Quando umedecida com tinta, a gordura que tinha na figura absorvia a tinta. Em seguida, a pedra era “lavada” com água para tirar a tinta desnecessária. O que sobrava era a tinta grudada na gordura que tinha a forma desejada. Em se-guida, era só pressionar o papel contra a pedra que a tinta imprimia no papel. Anos mais tarde, a litografia passou a ser em metal, podendo ter uma forma cilíndrica e tornando o processo rotativo, dando origem à litografia industrial.

Quando a blanqueta foi introduzida entre a matriz e o suporte (a mídia no qual a informação era impressa, o papel, por exemplo), surgiu o off-set. A litografia é utilizada hoje para fins artísticos.“Mas Canha, por que a litografia não é tão us-ada quanto a offset? Não sairia mais barato?”. Tecnicamente, não. A inclusão da blanqueta

no processo offset evita os borrões e excesso de tinta que um sistema de impressão di-reto cilíndrico (como a litografia cilíndrica) pode dar. A blanquenta ao encostar-se à chapa absorve a tinta melhor, e permite que nem toda a tinta seja transferida ao papel.

Se o papel for muito fino, por exemplo, a tinta em excesso pode enrugar a folha ou até mesmo atravessar a folha. Além do mais, o atrito entre a borracha e o papel é melhor do que entre o metal e o papel. Tente passar um objeto metálico por cima do papel; viu como ele desliza facilmente? Já a borracha, não. Ou seja, o papel está mais propenso a borrar quando impresso direto da chapa do que quando impresso pela blanqueta

Como o offset funciona?O offset faz uma impressão indireta: ou seja, a imagem não é impressa direta no material (neste artigo, vou usar o papel como exemplo). Isto acontece pois a superfície da chapa onde está a imagem é lisa e teria pouca fricção com o material – o que iria deixar tudo borrado.

Primeiro: se pega uma chapa metálica que é preparada para se tornar fotossensível. A área que é protegida da luz acaba atraindo gordu-ra – neste caso, a tinta – enquanto o restante atrai apenas água – que não chega ao papel.

Segundo: a chapa é presa em um cilindro. Esse cilindro vai rolar por outro menor que contem a tinta – que pode ser da cor ciana, ma-genta, amarela ou preta. A tinta vai “colar” na imagem, enquanto o restante fica em “branco”.

Terceiro: um cilindro com uma bl-anqueta de borracha rola em cima do primeiro cilindro (com a chapa já pintada). A blanqueta vai absorver melhor a tinta além de proporcionar uma melhor fricção ao papel. Agora, a imagem está impressa na blanqueta.

Quarto: o papel passa entre o cilin-dro com a blanqueta e outro cilindro que vai fazer pressão. Assim a imagem é transferida da blanqueta para o papel.Ou seja, a chapa imprime na bl-anqueta que imprime no papel.

Como a chapa é produzida?As chapas podem ser produzidas por fotogravura com a utilização de fotolitos ou por gravação digital. Na produção por fotogravura, a chapa de alumínio virgem é colocado na gravadora, ou prensa de contato sob o fotolito. O fotolito é como se fosse uma transparência posi-tiva de uma das quatro cores (CMYK).O fotolito, aderido a chapa por vácuo, é exposto a luz por algum tempo. A luz possibilita que as imagens do fotolito sejam impressas na chapa – essa etapa chama-se gravação ou sensibilização.

Impressão offset

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2322 REDESIGN processos de impressão

PRO

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Nesta etapa, a luz “amolece” a emulsão na chapa. Tudo que foi exposto a luz, irá pas-sar a atrair a umidade, enquanto a área que não foi exposta “endurece” e passa a atrair gordura (neste caso, a tinta). Em seguida, a chapa é lavada com químicos específi-cos que irão reagir com as áreas expostas à luz tanto quanto com as áreas não expos-tas, etapa que leva o nome de revelação.

Quais são os tipos de impressoras?Na impressão offset, as impressoras po-dem ser planas ou rotativas. Isso quer dizer que pode utilizar folhas soltas (pla-nas) ou bobinas de papel (rotativas).

O sistema de bobinas, por exemplo, é uti-lizado na indústria da produção de jornais por ser muito mais rápido – em média 30.000 cópias por hora – porém a qualidade é menor que nas impressoras offset planas que por sua vez são mais usados para im-primir cartazes, livros, folhetos, folders, etc.

Existem também impressoras rotativas de alta qualidade, disponíveis apenas em gráfi-cas muito grandes e usadas principalmente para impressão de revistas de alta tiragem.Na imagem ao lado se nota que exis-tem as quatro cores básicas, que jun-tas podem formar qualquer cor.

Quando uma gráfica não precisa utilizar todas as cores (em impressões mono-cromáticas, bicromáticas ou tricromáticas) a “torre” onde cada cor fica é removida.

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24 REDESIGN REVISTA

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