Poster urbis fred

1
ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS PADRÕES DE URBANIZAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS DA AMAZÔNIA Frederico Roman Ramos CEPESP – Centro de Política e Economia do Setor Público / FGV – SP Fundação Getúlio Vargas Rua Itapeva, 286 - 10º andar CEP:01332-000 - São Paulo - SP / tel. 11-3799-3228/3244 e-mail: [email protected] Interessa-nos compreender de que forma a estrutura espacial de cidades em rápido processo de crescimento na Amazônia vem se desenvolvendo sob o enfoque de suas características de expansão urbana. Neste sentido, propomos a adoção de um referencial teórico baseado em uma perspectiva dinâmica na análise das estruturas urbanas. Diferentemente do modelo estático que fundamenta a abordagem convencional da economia urbana, considerar a perspectiva dinâmica abre possibilidades para a compreensão de características comuns em diversas estruturas urbanas, mas que, a princípio, são anomalias se consideradas apenas a partir do referencial estático. Estas situações englobam aspectos como padrões não decrescentes de densidades em função da distância ao centro e rendas da terra maiores em localizações mais distantes ao centro. Situações que podem ser explicadas por situações econômicas específicas quando no momento da conversão da terra para uso urbano Motivação Projeto URBISAmazônia 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95100 0 50 100 150 200 250 Marabá - Evolução Urbana e Potenciais de Conversão urbano 2010 urbano 2000 alto potencial 2000 médio potencial 2000 Área da Classe (hectares) 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95100 0 50 100 150 200 250 Santarém - Evolução Urbana e Potenciais de conversão urbano 2010 urbano 2000 alto potencial 2000 médio potencial 2000 Área da classe (hectares) 1988 - 1999 1999 - 2010 0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 Santarém - Classes de expansão urbana Área (hectares) 1988 - 2000 2000 - 2009 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 Marabá - Classes de expansão urbana Área (hectares) FLORESTA VEG_SEC+PASTO_REG MOSAICO_OCUPACOES PASTO_LIMPO PASTO_SUJO OUTROS 0.00% 10.00% 20.00% 30.00% Usos anteriores em área de expansão urbana - Santarém 2000 - 2010 PASTO_SUJO PASTO_LIMPO VEG_SEC+REG_PASTO FLORESTA MOSAICO_OCUPACOES OUTROS 0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% Usos anteriores em área de expansão urbana - Marabá 2000 - 2010 Potencial de conversão para uso urbano Uso e Cobertura (TerraClass) Baixo Pasto Limpo Agricultura Anual Médio Mosaico de Ocupações Pasto Sujo Alto Regeneração com Pasto Vegetação Secundária CAPOZZA, D., HELSLEY, R. The Fundamentals of Land Price and Urban Growth. Journal of urban economics. v. 26, p. 295-306, 1989. Na análise das cidades de Santarém e Marabá, utilizamos duas metodologias complementares para caracterizar os processos de transição de usos para usos urbanos nas franjas da cidade. • A primeira caracteriza as estruturas urbanas em relação à configuração da mancha urbana em diferentes momentos MÉTRICAS DE EXPANSÃO URBANA (Angel et al. 2011). • A segunda metodologia cálculo de MÉTRICAS DE PAISAGEM E CÁLCULO DE GRADIENTES (Saito et al., 2011) para diferentes potenciais de conversão para uso urbano, este potencial deriva da relação entre expectativas de ganhos e valor de produção dos usos corrente. Para isso, apoiou-se aos dados do TerraClass (Inpe, 2011). SANTARÉM MARABÁ Áreas Foco do Estudo Referencial Teórico: Quatro componentes aditivos na composição do preço da terra urbana em perspectiva dinâmica: o valor da renda da terra agrícola, o custo de conversão em terra urbanizada, o valor da acessibilidade, e o valor da expectativa de incremento de renda futura. Este último componente é definido como uma função determinada exponencialmente pela taxa de crescimento populacional e, inversamente, pela taxa de desconto vigente. Este modelo simples traz luz sobre uma situação recorrente em cidades em diferentes países e regiões: a diferença entre o valor da terra agrícola próxima a fronteira urbana e a terra recém-convertida em urbana. INTRODUÇÃO Duas abordagens complementares Processamento de imagens multitemporais e cálculo de métricas de expansão urbana MARABÁ 1988 2000 2009 SANTARÉM 1988 1999 2010 métricas de expansão urbana métricas de expansão urbana GRADIENTES DE POTENCIAIS DE CONVERSÃO ANÁLISE DE ADERÊNCIA DO CRESCIMENTO OBSERVADO COM POTENCIAIS DE CONVERSÃO METODOLOGIA ANGEL, S.; PARENT,J.; CIVCO, D.L.; BLEI, A.M. Making Room for a Planet of Cities. Lincoln Institute of Land Policy. Policy Focus Report, 2011. CAPOZZA, D., HELSLEY, R. The Fundamentals of Land Price and Urban Growth . Journal of urban economics. v. 26, p. 295-306, 1989 INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). TerraClass -. Levantamento de Informações sobre usos e cobertura da terra na Amazônia. Sumário Executivo, 2011 SAITO, E. A.; FONSECA, L.M.G.; ESCADA, M.I.S.; KORTING, T.S. Efeitos da mudança de escala em padrões de desmatamento na Amazônia . Revista Brasileira de Cartografia. v. 63, n.3, 2011. REFERÊNCIAS

Transcript of Poster urbis fred

Page 1: Poster urbis fred

ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DOS PADRÕES DE URBANIZAÇÃO EM CIDADES MÉDIAS DA AMAZÔNIA

Frederico Roman RamosCEPESP – Centro de Política e Economia do Setor Público / FGV – SP Fundação Getúlio Vargas

Rua Itapeva, 286 - 10º andar  CEP:01332-000 - São Paulo - SP  /  tel. 11-3799-3228/3244e-mail: [email protected]

Interessa-nos compreender de que forma a estrutura espacial de cidades em rápido processo de crescimento na Amazônia vem se desenvolvendo sob o enfoque de suas características de expansão urbana. Neste sentido, propomos a adoção de um referencial teórico baseado em uma perspectiva dinâmica na análise das estruturas urbanas. Diferentemente do modelo estático que fundamenta a abordagem convencional da economia urbana, considerar a perspectiva dinâmica abre possibilidades para a compreensão de características comuns em diversas estruturas urbanas, mas que, a princípio, são anomalias se consideradas apenas a partir do referencial estático. Estas situações englobam aspectos como padrões não decrescentes de densidades em função da distância ao centro e rendas da terra maiores em localizações mais distantes ao centro. Situações que podem ser explicadas por situações econômicas específicas quando no momento da conversão da terra para uso urbano

Motivação

Projeto URBISAmazônia

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 1000

50

100

150

200

250Marabá - Evolução Urbana e Potenciais de Conversão

urbano 2010

urbano 2000

alto potencial 2000

médio potencial 2000

baixo potencial 2000Ár

ea d

a Cl

asse

(hec

tare

s)

5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 1000

50

100

150

200

250Santarém - Evolução Urbana e Potenciais de conversão

urbano 2010

urbano 2000

alto potencial 2000

médio potencial 2000

baixo potencial 2000

Área

da

clas

se (h

ecta

res)

1988 - 1999 1999 - 2010 0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

Santarém - Classes de expansãourbana

Área

(hec

tare

s)

1988 - 2000 2000 - 2009 0

500

1000

1500

2000

2500

3000

3500

Marabá - Classes de expansão urbana

Área

(hec

tare

s) FLO

REST

A

VEG_

SEC+

PAST

O_R

EG

MO

SAIC

O_O

CUPA

COES

PAST

O_L

IMPO

PAST

O_S

UJO

OU

TRO

S0.00%5.00%

10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%

Usos anteriores em área de expansão urbana - Santarém 2000 - 2010

PAST

O_S

UJO

PAST

O_L

IMPO

VEG_

SEC+

REG_

PAST

O

FLO

REST

A

MO

SAIC

O_O

CUPA

COES

OU

TRO

S0.00%5.00%

10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%

Usos anteriores em área de expansão urbana - Marabá 2000 - 2010

Potencial de conversão para uso urbano Uso e Cobertura (TerraClass)

Baixo Pasto Limpo

Agricultura Anual

Médio Mosaico de Ocupações

Pasto Sujo

Alto Regeneração com Pasto

Vegetação Secundária

CAPOZZA, D., HELSLEY, R. The Fundamentals of Land Price and Urban Growth. Journal of urban economics. v. 26, p. 295-306, 1989.

Na análise das cidades de Santarém e Marabá, utilizamos duas metodologias complementares para caracterizar os processos de transição de usos para usos urbanos nas franjas da cidade.

• A primeira caracteriza as estruturas urbanas em relação à configuração da mancha urbana em diferentes momentos MÉTRICAS DE EXPANSÃO URBANA (Angel et al. 2011).

• A segunda metodologia cálculo de MÉTRICAS DE PAISAGEM E CÁLCULO DE GRADIENTES (Saito et al., 2011) para diferentes potenciais de conversão para uso urbano, este potencial deriva da relação entre expectativas de ganhos e valor de produção dos usos corrente. Para isso, apoiou-se aos dados do TerraClass (Inpe, 2011).

SANTARÉM

MARABÁ

Áreas Foco do Estudo

Referencial Teórico:Quatro componentes aditivos na composição do preço da terra urbana em perspectiva dinâmica: o valor da renda da terra agrícola, o custo de conversão em terra urbanizada, o valor da acessibilidade, e o valor da expectativa de incremento de renda futura. Este último componente é definido como uma função determinada exponencialmente pela taxa de crescimento populacional e, inversamente, pela taxa de desconto vigente. Este modelo simples traz luz sobre uma situação recorrente em cidades em diferentes países e regiões: a diferença entre o valor da terra agrícola próxima a fronteira urbana e a terra recém-convertida em urbana.

INTRODUÇÃO

Duas abordagens complementares

Processamento de imagens multitemporais e cálculo de métricas de expansão urbana

MAR

ABÁ

1988 2000 2009

SAN

TARÉ

M

1988 1999 2010

métricas de expansão urbana

métricas de expansão urbana

GRA

DIEN

TES

DE

POTE

NCI

AIS

DE

CON

VERS

ÃOAN

ÁLIS

E DE

ADE

RÊN

CIA

DO C

RESC

IMEN

TO

OBS

ERVA

DO C

OM

PO

TEN

CIAI

S DE

CO

NVE

RSÃO

METODOLOGIA

• ANGEL, S.; PARENT,J.; CIVCO, D.L.; BLEI, A.M. Making Room for a Planet of Cities. Lincoln Institute of Land Policy. Policy Focus Report, 2011.• CAPOZZA, D., HELSLEY, R. The Fundamentals of Land Price and Urban Growth. Journal of urban economics. v. 26, p. 295-306, 1989• INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS ESPACIAIS (INPE). TerraClass -. Levantamento de Informações sobre usos e cobertura da terra na Amazônia. Sumário Executivo, 2011• SAITO, E. A.; FONSECA, L.M.G.; ESCADA, M.I.S.; KORTING, T.S. Efeitos da mudança de escala em padrões de desmatamento na Amazônia . Revista Brasileira de Cartografia.

v. 63, n.3, 2011.

REFERÊNCIAS