Por Dentro do Arco Real (maçonaria) - Richard Sandbach

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    Richard S. E. Sandbach

    Por Dentro doArco Real

    Incluindo os discursos proferidosdurante as reunies anuais das

    Provncias de Northamptonshire eHuntingdonshire durante o perodode 1978 a 1990, quando o autor era

    o Mui Excelente SuperintendenteProvincial.

    2005

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    Madras Editora Ltda.Dedicado a Clifford Ellam Jones, M.B.E. PastDeputy G. Superintendent e Basil Reginald Dixon Past Second Pr. G. Principal Northamptonshire

    e Huntingdonshire com afeto e gratido por seuincentivo, apoio e companheirismo.

    Agradecimentos

    Meus sinceros agradecimentos e reconhecimentoqueles a seguir mencionados pela autorizao

    que me foi dada para reproduzir documentos etrechos neste livro. A Comisso de AssuntosGerais, pela autorizao para a reproduo detrechos do "Freemasonry and Christianity,Towards a Theology for Inter-Faith Dialogue" e do"We Believe in God". Ao Rt. Ver. William

    Westwood, Lorde Bispo de Peterborough, pelaautorizao para citar parte de uma carta demuita ajuda que me enviou.

    ndice

    Introduo e Explanao ...................................... 111. A Igreja e a Franco-Maonaria (1988) .............. 152. "Nossos Ditos Mui Excelentes Irmos e Companheiros"253. O Candidato (1978) ......................................... 374. A Suprema Ordem (1979) ................................ 395. A Histria dos Forasteiros (ou Sobrestantes)

    (1980)...436. Um Momento para ser Lembrado (1981)................. 497. "O Antigo Brinde" (1982) .................................. 53

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    8. "Companheiros" (1983) ....................... .......579. "Velado em Alegorias" (1984) .......................... 6110. "Se a Franco-Maonaria no uma Religio..."(1985)..65

    11. Construindo para o Futuro (1986) ................... 7112. Compatibilidade (1987) ................................... 9113. O Caso dos Crticos (1988) ............................. 9714. "Amor Fraternal, Ajuda..." (1989) .................... 10315. "... e Verdade" (1990) ..................................... 10916. "Da Babilnia, Mui Excelente" ....................... 115

    Palavras Finais .................................................... 131Apndice A "O que a Franco-Maonaria" folhetopublicado pela Grande Loja Unida da Inglaterra 133Apndice B Trecho de Franco-Maonaria eCristianismo (1987).... 136Apndice C "O Relacionamento entre a Franco-Maonaria e a Religio" Adotado pela Grande LojaUnida em 12 de setembro de 1962, e afirmada em 9 dedezembro de 1981..137Apndice D "A Franco-Maonaria e a Religio" folheto publicado pela Grande Loja Unida da Inglaterra............................................................................ 138ndice das Ilustraes

    Figura 1: Lorde Blaney, Primeiro Grande Principal ouGro-Mestre Zorobabe......... 175Figura 2: O Campo dos Israelitas ......................... 76Figura 3: Braso da Grande Loja (Antigos) e Braso daGrande Loja Unida da Inglaterra....... 77Figura 4: Estandartes: Reuben (homem), Jud (leo),Efraim (boi), Dan (guia)......... 77Figura 5: Estandartes das 12 Tribos dos Israelitas........................................................................... 78 e 79

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    Figura 6: Pgina de Abertura da Barker Bible .... 80Figura 7: Tbua de Delinear de Oxford ................. 81Figura 8: Captulo do Arco Real ............................ 82Figura 9: Avental de Companheiro........................ 83

    Figura 10: Antigo Avental com o "T" sobre o "H" ... 83Figura 11: Um Modelo de Arco Real ..................... 83Figura 12: Um Pedestal ........................................ 83Figura 13: Um Antigo Certificado .......................... 84Figura 14: Antigo Modelo de um Domo ................. 85Figura 15: Implementos ........................................ 85Figura 16: Rev. dr. George Oliver ......................... 86

    Figura 17: Grandes Estandartes Escoceses ......... 87Figura 18: Aventais Antigos .................................. 88Figura 19: Jia do Principal, do sculo XVIII ......... 88Figura 20: Jia do Arco Real Escocs, de 1868 .. 88Figura 21: Medalhas do Arco Real ....................... 89Figura 22: Sala Capitular em Bristol ...................... 90

    Introduo e Explanao

    Este um livro dedicado, principalmente, aos maonsque ingressaram em algum Captulo e, assim, tornaram-se Companheiros do Arco Real. Por incluir discursospronunciados anualmente durante o perodo de 1978 a

    1990, so abordados comentrios sobre as posturas dasIgrejas em relao Maonaria e da Maonaria emrelao religio. No minha inteno, nesse mbito,criar qualquer controvrsia ou mesmo tentar modificar asopinies de qualquer crtico da Maonaria, mas fazer omximo para ajudar os Companheiros do Arco Real a

    esclarecer os seus conceitos sobre a Ordem e entender oque os crticos dizem e, tanto quanto possvel, as razesdaquilo que dizem. O livro tem como alvo o povo

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    manico; caso algum leitor seja um opositor ou umcrtico da Maonaria, espero que veja essa obra comoclara, sbria e cuidadosa exposio de uma visocontrria sua, e das crticas levantadas contra a Arte

    nos ltimos anos; no entanto, no espero, nem estoutentando, alterar suas convices.Embora Laurence Dermott tenha chamado o Santo ArcoReal de "a raiz, o corao e a medula da Maonaria", noser antes de algum j ter se tornado Membro por algumtempo que a verdade inserida nessa declarao setornar aparente e, ainda, para alguns, isso jamais

    acontecer. No posso dizer ter pensado profundamentesobre a Ordem antes de me tornar dirigente de umaProvncia do Arco Real em 1978, em cujo mbito eudeveria dirigir-me aos Companheiros da Provncia deNorthamptonshire e Huntingdonshire durante aConveno Anual. Ao pensar sobre o que poderia dizer

    de construtivo, considerei abordar, seriamente, acredibilidade da Ordem.Naquela poca, a resposta tpica pergunta "Por que eudeveria ingressar em um Captulo?" era: "Porque ele um complemento do Terceiro Grau, e desvenda osSegredos Perdidos". Isso nunca soou muito convincente,e menos ainda ao pensarmos com seriedade sobre a

    Ordem. O ttulo da Ordem, "Suprema Ordem do SantoArco Real", parecia dar um bom ponto de partida e, aopensar sobre isso, era levado a crer que, de fato, existiamuito mais a ser ponderado; porm, ser que osCompanheiros sentiriam que valeria a pena ouvir taispalavras? Algumas experincias (e, para dizer a verdade,

    bastante nervosas) iniciadas em 1979 indicaram que aresposta era afirmativa, e os comentrios feitos porvisitantes de outras Provncias eram bastante

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    encorajadores. O elemento "especulativo" comeou atomar conta de todo o discurso e, assim, cada umdedicou mais tempo preparao, sendo o resultadomuito gratificante para mim, parecendo muito ajudar os

    demais. Foi, talvez, com o passar dos anos, que eu tenhacomeado a entender o que Dermott queria dizer.Um maom instado, desde o incio de sua carreiramanica, a pensar seriamente acerca do propsito davida, e os Captulos do Arco Real apenas prosperaro ecrescero se os Companheiros reconhecerem que h umpropsito e um significado na Ordem. Embora possa

    atrair o interesse, raramente o cerimonial pode convertera ateno em entendimento e, em decorrncia, ementusiasmo.Chegada a poca de aposentar-me como dirigente,pediram-me que eu reunisse meus discursos e palestras.Essa foi a origem deste livro, do qual tais discursos fazem

    parte. Como eles foram mantidos, em seu todo, namesma forma com que foram proferidos, os discursos epalestras so, em seu estilo, mais diretos do queimpessoais, e mostram mais um desenvolvimento depensamento do que uma filosofia fixa ou imutvel; no en-tanto, provavelmente um de seus mritos a suabrevidade, pois nenhum deles se estende por mais de

    dez minutos.Os dois primeiros captulos e o ltimo no se compemdos discursos ou palestras proferidos no CaptuloProvincial, mas tambm deram origem, como palestra,aos apresentados: um no Snodo Superior, ao qual fuiconvidado a falar sobre a Maonaria, seguido de um

    debate sobre o assunto no Snodo Geral da Igreja daInglaterra, em 1987; uma outra palestra sobre a Histriado Arco Real; e a terceira sobre o retrospecto histrico da

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    Lenda da Ordem e algumas lies que dela podem serextradas. Como cada um dos captulos deste livro isolado, inevitvel que algumas repeties venham aser observadas, mas achei prefervel mant-las a

    comprometer a coerncia de cada captulo, ou dificultar asua leitura caso algum Companheiro queira apresent-loem algum Captulo, em cujo caso espero que a suaateno seja voltada "Palavra Final", apresentada nofinal deste livro.Pesadas nuvens interferiram no progresso medida quea mdia e os elementos mais extremos das Igrejas

    comearam a atacar a Maonaria. Havia clrigos econgregados cujos motivos surgiram de legtimas (embo-ra, sob nossa viso, mal-direcionadas) inquietaes, quenormalmente se declarava estarem baseadas em basesteolgicas; alguns laicos justificaram sua atitude e posturacomo uma expresso da "preocupao pblica", mas,

    freqentemente, no parecendo avessos a se beneficiarexpondo suas opinies; alguns viam a Arte associada manuteno de uma sociedade estvel, a qual, por seusprprios motivos, queriam perturbar, e cuja caajuntaram-se com satisfao. Alguns eram simples"curiosos" e havia aqueles cujos motivos eram obscuros,por vezes pessoais, outras vezes, segundo alegavam

    com base em princpios, s vezes surgidos de algumasuposta conspirao manica, cuja natureza variavaconforme os preconceitos da pessoa. Eram temposdifceis e, certo ou errado, encarei como meu deverajudar aqueles pelos quais eu era responsvel a entendero que estava acontecendo e a reconhecer a verdadeira

    preocupao onde quer que ela existisse, a observar emanter um sentido de proporo e a trabalhar naquilo quedevamos dizer aos nossos crticos ao explicarmos a

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    nossa posio. Isso provou ser uma excelente disciplinapessoal, mas o fato de saber naquela poca que asminhas funes de ofcio terminariam em 1990 significavatrabalhar tendo em vista um termo; assim, as palestras e

    discursos proferidos em 1989 e 1990 tentam somar o queesse perodo de peregrino ensinou-me at aqui. A viagemainda no est concluda ou completa, e qui este livrovenha a inspirar outros a seguir mais adiante.Em uma questo, mais do que em qualquer outra, fomosassaz afortunados em Northamptonshire eHuntingdonshire; tivemos, ento, a ajuda e a

    compreenso de muitos membros do Clero, tanto daDiocese, quanto da Parquia, alm de outros diversosministros no-conformistas. A todos esses que tentaramentender e ouviram com simpatia, ofereo a minha pro-funda gratido. Foi esse elemento de compreenso quelevou ao convite de discursar ao Snodo Superior e,

    assim como aquele discurso tinha de se iniciar pelaapresentao da Maonaria na Provncia para umaaudincia em grande parte formada por no-maons,essa coletnea iniciou-se com uma verso atualizada,para que os leitores possam conhecer os acontecimentosem resposta aos quais cada um dos discursos foiproferido.

    Certamente, existem diversos mtodos de "trabalhar" oArco Real. Assim sendo, alguns Companheiros poderoachar que algumas prticas aqui referidas podem diferirdaquelas s quais esto acostumados; porm, asmensagens e os ensinamentos so, em seu todo, osmesmos, e espero contar com a sua indulgncia.

    1A Igreja e a Franco-Maonaria (1988)

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    Eu nunca tente i esconder o meu in teresse manico ou fug i r deperguntas sr ias a seu respei to . Isso era de to ta l conhec imento dasautor idades tanto d iocesanas como paroquianas, sendo que nenhuma

    cr t ica fo i fe i ta contra mim, se ja como Pres idente da ComissoDiocesana de Finanas (cargo ocupado por mim durante dez anos) ,se ja como Esmoler na Igre ja Paroquia l (um cargo que mui tos f ranco-maons ocupam em Loja) . Troquei mui tas cor respondncias comautor idades da Igre ja antes de fazer minha exposio sobre a Franco-Maonar ia no Snodo Gera l e , em 1988, logo aps a sua rea l izao, fu i convidado a d iscursar sobre a Ar te , no Snodo do Decanato de

    Peterborough. O que segue o resu l tado d isso; o contedo forneceuma base para os pensamentos desenvolv idos nos l t imos d iscursos.Os nmeros e os dados foram atua l izados e apresentados sob a formade notas.

    Durante muitos anos, crticas, censuras e comentrios,

    embora mal informados ou at (como, infelizmente,acontece s vezes) maliciosos, foram deixados semresposta, e isso freqentemente significava que osataques que eram desferidos por inteno de umadversrio deixavam destroos; e, a longo prazo, cadapedao dos destroos servia de cabea-de-ponte para osatacantes que se seguiam. A maioria dos filsofos e a

    maioria das religies tm sofrido situaes semelhantesde tempos em tempos. Os primrdios da Igreja Catlicano foram diferentes ela era, por exemplo, seriamenteacusada da prtica de canibalismo por seus oponentes,que interpretavam mal as suas cerimnias. Decidimos,pois, ser chegado o momento em que devemos limpar

    esses destroos e defender os nossos princpios. importante perceber que existem certos grupos,principalmente no exterior, que se denominam

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    manicos; porm, ns no os reconhecemos como tal eos consideramos irregulares. A razo para tanto queeles no seguem os padres de reconhecimento aceitospela Franco-Maonaria inglesa e convencionados por

    outras Grandes Lojas com as quais ns, para usar umtermo tcnico, "comunicamo-nos". E isso se deve,normalmente, a um dos trs motivos. O primeiro a faltada exigncia de que um aspirante admisso afirme asua crena em um Ser Supremo, como condio prviapara que seja aceito como candidato. O segundo a faltada exigncia de que o candidato deva prestar o seu

    Juramento sobre, ou tendo vista, o Livro ou Escrituraque ele considere ligado sua conscincia em confor-midade com sua religio ou credo, e que dever estaraberto. De acordo com a Jurisdio Inglesa ou seja,em todas as Lojas jurisdicionadas Grande Loja Unidada Inglaterra, seja no mbito domstico, seja no exterior,

    a Bblia Sagrada deve ser aberta na Loja, em frente aoMestre, enquanto a Loja estiver em sesso; caso ocandidato seja judeu ou no-cristo, ao prestar o seujuramento ele dever ter tambm sua vista aberto oLivro ou Escritura considerado em sua F como sagrado,em um lugar em que, se necessrio, se possa alcan-locom facilidade. O terceiro motivo para o no-

    reconhecimento a falta de frisar bem e insistir que aFranco-Maonaria de carter no-poltico.Limitarei-me a abordar apenas a Franco-Maonariainglesa, tal como ela praticada segundo a Grande LojaUnida da Inglaterra, que controla os trs Graus bsicos (aMaonaria Simblica, ou "Craft") e o Arco Real (ou

    Captulo), que uma extenso da Maonaria Simblica.Certamente, isso exclui certas Ordens, s quais so feitasalgumas referncias no relatrio do grupo executivo do

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    Snodo Geral, notadamente o "Rito Antigo e Aceito",Cavaleiros Templrios e a Ordem da Cruz Vermelha deConstantino todas sendo Ordens manicas crists;porm, por ser dirigente apenas da Maonaria Simblica

    e do Arco Real nessa rea, no tenho o direito de falar ouresponder pelos demais "ex cathedra".Dentro desses parmetros, a primeira pergunta a serformulada deve ser: "O que a Franco-Maonaria?"Vocs devem ter consigo, entre seus papis, um folhetosobre isso, publicado pela Grande Loja Unida. Essefolheto lhes dar uma boa e concisa idia, mas ainda

    assim, eu gostaria de dar um pouco mais de forma aocontedo; portanto, comecemos com uma reconhecidadefinio: "A Franco-Maonaria um sistema demoralidade" a palavra "moralidade" empregada, aqui,no sentido (tal como consta no Concise OxfordDictionary) de "conduta moral (especialmente boa)".

    Esse , provavelmente, o ponto mais importante queapresentarei a vocs, pois as mais srias crticas feitas Arte, vindas de origens religiosas, parecem basear-se nainfundada suposio de que ela , ou pretende ser, umareligio.

    Gostaria de dirigir-lhes algumas palavras sobre aorganizao. O Gro-Mestre eleito anualmente e tem

    grande poder, mas a Grande Loja Unida o real corpogovernante. As Lojas fora de Londres so agrupadas emProvncias, estando cada uma sob responsabilidade deum Gro-Mestre Provincial. Ns temos certa tendncia anos atermos aos antigos limites dos Condados; assim, aProvncia por mim governada a de "Norfhamptonshire e

    Huntingdonshire"; ela abrange os antigos Condados demesmo nome, alm do Distrito de Peterborough eStamford, de forma que vocs podero perceber ser essa

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    regio bastante co-extensiva Diocese de Peterborough(exceto Rutland), abrangendo partes das Dioceses de Elye de Lincoln. Existem 66 Lojas na Provncia, com maistrs em proviso, e mais de 3.500 homens quantidade

    que aumenta em 40 a cada ano. Em 1986, a Provnciaadmitiu mais 138 membros em suas Lojas de MaonariaSimblica. A cada ano, a Grande Loja Unida emite entre13 mil e 15 mil Certificados a novos Membros em todo omundo7 e autoriza a fundao de 30 a 40 novas Lojas emtoda a jurisdio inglesa.

    Quanto habilitao para ingresso, sempre temos o

    cuidado de saber e descobrir as razes e motivos quelevaram a pessoa a se apresentar, pois no queremosningum que pede admisso por (citando palavras do Ri-tual) "motivos mercenrios ou outros menos dignos"; e,quele que aceito, lhe ser solicitado em Loja Aberta,antes do incio da cerimnia propriamente dita, que

    confirme estar pedindo sua admisso levado por uma "fa-vorvel opinio preconcebida sobre a instituio, pelodesejo profundo de instruir-se, e por vontade sincera depoder prestar maiores servios aos seus semelhantes".Tudo isso no faria o menor sentido se no tivssemosideais bem definidos e se no os instrussemos aosIrmos. O trabalho de base j se inicia antes mesmo de a

    pessoa ser proposta como candidata, ao se apresentar Comisso da Loja. Nessa entrevista, ser pedido queconfirme a sua crena religiosa em um Ser Supremo, eele ser informado que se espera que, aps suaadmisso, continue a praticar a religio por eleprofessada.

    Tambm lhe ser mencionado o compromisso financeiroa ser assumido, incluindo o dever manico da caridade;nessa oportunidade, tambm lhe ser perguntado se,

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    caso seja casado, a sua esposa e sua famlia apiam asua candidatura. Ele ser informado que lhe ser exigidoprestar um Juramento, no qual se compromete a ter umcomportamento conforme os nossos preceitos e a jamais

    revelar seus segredos. Ele pode fazer as perguntas quedesejar sobre esses tpicos ou quaisquer outros, s quaissero respondidas ou ser explicado por que umaresposta ser dada oportunamente. Assim, eleja saberbastante sobre o que est por acontecer e o que esperado dele antes que adentre a Loja. Da, antes deprestar o seu Juramento lhe assegurado que nele nada

    h de incompatvel com os seus deveres civis, morais oureligiosos.Aqueles que nos criticam so muito bons em se agarrarcom escrnio, menosprezo e horror a certas partes queconsideram ser o nosso ritual e, freqentemente, tiram-nas do contexto e mudam o seu foco, assim como

    aconteceria se durante uma partida de futebol, ao chutarao gol, a trave fosse mudada de lugar se estivessemperdendo o jogo. Na verdade, ao ver o desenrolar de umacerimnia, ainda que j a tenha presenciado muitas vezesantes, ela continua exercendo um grande fascnio. Tenhaem mente que nenhuma de suas partes lida, e que osseus protagonistas mudam a cada ano. Tudo deve ser

    aprendido, e a dignidade e a ordem de uma cerimniabem executada impressionam e satisfazem, no apenasaquele que a acompanha, mas tambm quem delaparticipa, at mesmo, e principalmente, o candidato aoqual cada cerimnia tem o objetivo de transmitir umamensagem. Em determinada parte da cerimnia do

    Primeiro Grau, que, por algum motivo, jamais mencionada pelos que nos criticam, enfatizamos osprincpios do Amor Fraternal e a necessidade de que

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    reine a harmonia na Loja, alm de, em uma maneiramuito intensa, destacar o dever que o maom tem desocorrer o necessitado ou carente. Finalmente, um longodiscurso: a preleo aps a iniciao, a qual salienta ser

    esperado que um Maom cumpra*com os seus deveresperante seu Deus, o seu prximo e a si prprio. Tudo isso passado oralmente ao candidato, normalmente por umIrmo que ele conhece bem, e o fato de que seu amigotenha tido o trabalho de aprender tudo isso em seu favor algo que sempre causa forte impresso sobre o novoIrmo.

    Estendi-me mais sobre isso por trs motivos: primeiro,para enfatizar que um candidato j conhece, de fato,muito daquilo que lhe est sendo solicitado a prometer eassumir; segundo, para lhes mostrar que aqueles que noscriticam tm uma tendncia a serem seletivos e a tirar ascoisas de seu contexto; e terceiro, para salientar que as

    instrues sobre as obrigaes morais j se iniciam nosprimrdios da carreira manica da pessoa.A seguir, uma palavra sobre os Rituais. Nenhuma origemsobrenatural atribuda a eles. E bem sabido que elesevoluram durante longo perodo e que as versesatualmente em uso surgiram a partir de 1813, quandoduas Grandes Lojas rivais, em Londres, uniram-se

    formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, tendo comoGro-Mestre o HRH Duque de Sussex. Ele era um cristopraticante, um notvel estudioso do hebraico e umaplicado franco-maom que pensou profundamente sobreo carter e o esprito da Arte, e sustentava que, como umsistema de moralidade, ela deveria ser aberta,

    independentemente do credo, a todos aqueles queacreditam na criao sobrenatural do mundo. Ele crioucomisses, nas quais se incluam tambm padres

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    anglicanos, para reorganizar o Ritual segundo os seuspontos de vista. Os Rituais assim originados tm sidopraticados a partir dessa poca, de forma ininterrupta, atos dias de hoje, embora certas penalidades grotescas,

    que surgiram nos tempos mais duros, tenham sidoremovidas dos Juramentos. Gostaria de lembrar-lhes queno somos os nicos a ser, s vezes, atrapalhados porheranas: a Igreja da Inglaterra tem um bem conhecidogravame de 39 artigos que ainda , se bem que de formarelutante, seguido em suas liturgias. No entanto, voltandoaos Rituais legados pelas Comisses de Duke, entre

    aqueles que deles fazem uso, esto membros da FamliaReal, arcebispos (at mesmo, pelo menos, dois bispos dePeterborough, o arcebispo Magee e o bispo SpencerLeeson), padres da Igreja Institucional e Ministros demuitas outras vertentes crists que alegam no terobservado nenhuma incompatibilidade entre o

    Cristianismo e a Franco-Maonaria.Quanto aos princpios bsicos da Arte, vocs poderoobservar no folheto que eles so tradicionalmenteresumidos como "Amor Fraternal, Auxlio e Verdade". O"Amor Fraternal" implica amar o seu prximo, no sentidoem que Cristo ilustrou essa palavra na parbola do BomSamaritano; nas palavras adotadas pelo Ritual "fazendo

    por ele aquilo que, em circunstncias semelhantes, vocgostaria que ele fizesse por voc". Isso inclui a tolernciaem relao aos ideais e credos dos outros.Quanto ao "Auxlio", a caridade manica no se limitaapenas s causas manicas. Uma das nossas maioresorganizaes caritativas, a "Grand Charity", dedica

    grande parte de suas receitas em doaes a entidadesno-manicas. No ano fiscal encerrado em abril de1987, cerca de 500.000, de um total de 1.500.000, foi

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    assim canalizada; cerca de 680.000 foram destinadas amaons e seus dependentes necessitados, e 70.000doadas a caridades manicas. Outra instituio decaridade, a "Masonic Trust for Girls and Boys",

    cuida de cerca de 900 meninas, meninos e jovens; o seumais recente projeto proporcionar acomodao emcidades do interior para que as meninas, chegando a umanova cidade para treinamento vocacional, ou para oprimeiro emprego, possam contar com um lugar seguropara morar e ter por perto um guardio.Os idosos carentes so assistidos por anuidades,

    normalmente oriundas das caridades centrais,suplementadas em provncias, alm de terem disponveis15 residncias para idosos. Aos enfermos, h o "RoyalMasonic Hospital", onde os franco-maons e os seusdependentes so admitidos para os mais diversostratamentos, pelos quais pagam de acordo com suas

    possibilidades; um fundo (chamado "New SamaritanFund e sustentado pelas Lojas) prov o dficitresultante. Devemos frisar que pacientes no-maonsso igualmente ali atendidos.Longe do centro, cada provncia tambm se ocupa dacaridade, seja manica ou no-manica. A presentereceita anual do nosso Fundo Provincial de Benevolncia

    de aproximadamente 10.000, oriunda, principalmente,de doaes feitas pelas Lojas, sendo que, dessemontante, a Grande Loja Provincial autorizou a aplicaode at 1.600 anuais para fins no-manicos.Em cada uma das Lojas, o Mestre deve angariar dinheiropara o que chamamos de sua "lista" em seu ano de

    mandato. Esse valor destinado Instituio, ouinstituies, de caridade, sejam de fundo manico, ouno-manico, de sua escolha; mas espera-se que um

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    dcimo desse valor seja direcionado ao Fundo Provincialde Benevolncia (Provincial Benevolent Fund). orecolhimento do dzimo que, mais uma vez, como podemperceber, mostra os "endiabrados" maons imitando a

    Igreja.Certamente, a caridade no apenas uma questo dedinheiro. Cada Loja tem um Esmoler, cujo dever cuidarpara que os enfermos, os necessitados e os idosos sejamatendidos apropriadamente. Nesta provncia, eu tentofazer com que o Esmoler leve consigo um Aprendiziniciante, acompanhando-o, sempre que possvel, em

    suas visitas; dessa forma, o Aprendiz poder ver oprincpio sendo aplicado na prtica, e aqueles que sovisitados sentem que no foram esquecidos ounegligenciados; mesmo as vivas gostam de saber comovai indo a Loja. Alm disso, eu peo tambm s Lojasque se encarreguem da prestao de alguns servios em

    suas reas aos idosos.O terceiro grande princpio a "Verdade", sucinta, mas oque ela significa? Como haveremos de lembrar, Pilatosteve o mesmo problema e, talvez, se tivesse imaginadoque a sua pergunta teria tamanha repercusso mundial,principalmente com o acrscimo dos comentrios deFrancis Bacon, ele jamais a teria formulado. Eu no

    tentarei apresentar nenhuma resposta, mas posso fazer-lhes uma referncia Epstola de So Paulo aosFilipenses 4:8: "... tudo o que verdadeiro, tudo o que honesto, tudo o que justo, tudo o que puro, tudo o que amvel, tudo o que de boa fama, tudo o que virtuoso e louvvel...". Tenho certeza de que todo maom,

    seja cristo ou no, de boa vontade adotaria isso comoum padro de conduta e tentaria com todas as suasforas alcan-lo. Como vocs podero ver, o folheto da

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    Grande Loja estabelece forte ligao entre verdade e mo-ralidade.Muito mais poderia ser dito, mas hora de voltarmos scrticas apresentadas no relatrio do grupo de trabalho.

    Muitas delas se baseiam na errada premissa de que aFranco-Maonaria , de alguma forma, uma religio. Defato, difcil entender como possvel que ummovimento que pede pessoa que professe a suareligio antes de ser admitido, e que a continuepraticando aps a sua admisso, possa ser chamada, elaprpria, de religio. A linha limtrofe entre a religio e a

    moralidade pode ser por demais tnue, mas ela existe.Quanto s questes formuladas com referncia adorao ou venerao, certamente ela existe; comocristos, ela existe, ou deveria existir, em cada parte denossas vidas, e tudo o que fazemos deveria ser feito aservio de nosso Deus, em conformidade com os ensina-

    mentos de Cristo e com nossa crena na f crist. Porm,h um problema, o qual o relatrio reconhece que tanto aIgreja como a Maonaria devem encarar: a validade daprece em um contexto inter-religies. No Snodo, oarcebispo de York, em minha respeitosa opinio, comtoda propriedade, desaprovou a inspida maneira pelaqual o grupo de trabalho apresentou o dilema constante

    do pargrafo 112; porm, a pergunta continua. O pro-blema das relaes inter-religies foi resumido, talvezcom maior decncia, em um livreto chamado NsAcreditamos em Deus (We Believe in God),preparado pela Comisso de Doutrina da Igreja daInglaterra; no dito livreto, nas pginas 13 a 15 pode ser

    encontrada uma til discusso, da qual extramos oseguinte trecho:

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    "... tambm h muito no Cristianismo e em outrastradies que se sobrepe suficiente para indicarestarem todas, de certa forma, relacionadas a uma nicarealidade que, nesses diferentes idiomas, reconhecida

    e venerada como Deus. Elas podem tornar-se parte dosmeios de raciocnio e experincia que ajudam a explicitara doutrina de Deus contida em nossas prprias escriturase tradies, e isso deveria levar-nos a demonstrarsinceridade e reverncia em relao s crenas eprticas dos outros... Ns nos preocupamos... com umarealidade definitiva que acreditamos existir, e qual

    alegamos ter acesso privilegiado por meio das escriturase tradies que nos foram preservadas pela Igreja.Porm, ao tentarmos ir alm da mera afirmao de que'acreditamos em Deus', e para sermos mais exatos sobreque tipo de Deus estamos falando, entramos em umadiscusso que se tem arrastado desde os primrdios da

    religio crist, e que, de vrias maneiras, deve serconduzida dentro de qualquer 'religio revelada', se para que essa religio continue viva."Dentro do contexto dessa citao, eu mencionei a vocso captulo I do livreto, mas acredito que no estareicometendo nenhuma violncia ao seu significado ao lersomente um pequeno resumo, chamando a sua ateno

    em particular para as seguintes palavras: "sinceridade ereverncia em relao s crenas e prticas dos outros".Elas me parecem traduzir adequadamente a atitude epostura de um franco-maom cristo a um Irmo maomde uma f diferente da sua; atitude essa que tornoupossvel Franco-Maonaria irlandesa, de norte a sul,

    permanecer unida sob uma s Grande Loja; para que umrabe-cristo fosse eleito, h alguns anos, Gro-Mestreda Grande Loja de Israel; e para que eu, recentemente,

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    aps uma reunio do Supremo Grande Captulo oCorpo governante dos Captulos do Arco Real Ingls sentasse-me para almoar com o chefe do Arco Real doTransvaal, de um lado, e com o chefe de uma Ordem

    manica do Zimbabu, do outro, em absoluta e perfeitaharmonia.Voltando questo da prece, tenho certeza de que osfranco-maons resistiriam veementemente a qualquersugesto para que as preces deixassem de ser feitas nasLojas. Nem desejaramos impedir que pessoas de outroscredos, que acreditam na existncia de um Ser Supremo,

    juntem-se a ns. Permitam-me citar as palavras doarcebispo de York no debate ocorrido no Snodo: "Nsprecisamos muito ter bons contextos nos quais aspessoas dotadas de convices religiosas possamtrabalhar juntas, sem ter de abandonar as suasconvices ou sem ter de ignor-las. Segundo o meu

    entendimento, a Franco-Maonaria tem tentadoproporcionar tal contexto... Acredito que a Arte deve serelogiada por, ao menos, tentar resolver um difcil ecomplicadssimo problema". Esse o fim da citao, edeixo a vocs a mensagem e o raciocnio.Talvez vocs esperem que eu diga algo a respeito daspalavras existentes no pedestal do Arco Real. Muitas

    bobagens e algumas coisas certas tm sido ditasultimamente sobre isso. Esse assunto no teve nenhumaajuda positiva pelo fato de que, em alguns Rituais do ArcoReal, at mesmo aquele que o grupo de trabalho usoucomo referncia bsica, uma das palavras faz aluso aum nome, levando concluso de que est ali men-

    cionada como o nome de Deus. Isso est errado epreocupa-nos bastante. Revises no Ritual so cheias dedificuldades para os franco-maons, algo que pode

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    produzir um sorriso torto nos lbios dos anglicanos; maspodemos, de fato, considerar-nos gratos ao grupo detrabalho pela criao de um clima em que podemosesperar que se faa a reviso do Ritual, nesse e em

    outros aspectos, por meio do Supremo Grande Captulo,nos prximos 12 meses.

    E o que temos para o futuro? Os princpios da verdadeiraFranco-Maonaria so simples, mas a Arte tem sidomuito deturpada e mal interpretada. Como um sistema demoralidade, ela ensina um alto padro de conduta.Certamente, ela no ensina que tal conduta o caminho

    da salvao ou da redeno; isso equivaleria ultrapassaro limite entre a moralidade e a religio. O franco-maomcristo acredita que ele ser salvo por meio do sacrifciode Cristo, o Redentor e Salvador, e a Franco-Maonaria ofar permanecer firme nessa crena, por ser esse o credode sua f. Eu, pessoalmente, sempre considerei a minha

    Franco-Maonaria no como subordinada, mas comoapoio minha f como cristo e, como tantos outros, noconsigo enxergar nenhuma incompatibilidade entreambas. Confesso-me sensibilizado pela atitude positivado arcebispo de York e, respeitosamente, concordo comele no sentido de que h uma tendncia em adotar-seuma postura por demais solene em relao a esse

    assunto. No a sutileza do argumento que deve vencer,mas sim o exemplo daqueles franco-maons cristos queservem seu Divino Mestre sob todas as formas que Elelhes tenha mostrado; cristos em primeiro lugar e, depois,franco-maons.Essa discusso tem angustiado muitos franco-maons,

    no por ela estar em curso, mas pelo modo com queparece estar sendo conduzida. A mdia tem consideradoo relatrio condenatrio Franco-Maonaria, embora o

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    grupo de trabalho e o Snodo Geral digam o contrrio. Asimpresses so perigosas e ofensivas, e podem polarizara situao. Houve muita gritaria, e chegado o momentode falar e de ouvir no apenas ouvir, mas tambm

    escutar. A situao ainda no crtica, mas pode chegara ser tanto para os franco-maons como para a Igreja,sem benefcio nenhum para ambos. No podemospermitir que isso venha a acontecer. E chegado omomento de procurar o entendimento, e do entendimentoadvir a harmonia.Eu tentei ser construtivo e evitar a emoo, mas antes de

    encerrar minha participao, gostaria de fazer umcomentrio pessoal. Eu encontrei muita alegria, felicidadee companheirismo na Franco-Maonaria. Eu nuncaduvidei, e no duvido, que ela seja absolutamentecoerente com a minha f como cristo; caso assim nofosse, eu a teria abandonado de vez e a qualquer preo.

    2"Nossos Ditos Mui Excelentes Irmos e

    Companheiros"Como o S u p r e m o G r a n d e C a pt u l o f o i f u n d a d o e

    i n s t i t u d o

    Este l iv ro t ra ta da "Suprema Ordem do Santo Arco Real " , reconhecidacomo par te do Terce i ro Grau da Maonar ia S imbl ica, apesar de ser uma ordem em separado, com o seu prpr io governo e seu prpr ioexecut ivo. Para entendermos essa cur iosa condio, prec isamos saber por que a "ordem" surgiu e como surg iu essa estranha un idade deseparao. O ob je t ivo desse cap tu lo dar uma exp l icao para isso.

    Datas importantes:

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    1717 Fundao da primeira Grande Loja:("Modernos").1753 Fundao da Grande Loja da "AntigaInstituio": (Grande Loja dos "Antigos", ou Grande Loja

    "Atholl").1764-1766 Lorde Blayney, Gro-Mestre dos"Modernos".1764 Loja Caledonian recebe o seu certificado de"Modernos".1765 Fundao do "Excelente Grande e RealCaptulo" (The Excellent Grand and RoyalChapter). 1766 Exaltao de Lorde Blayney (junho). Exaltaode James Heseltine (julho). Execuo do "Certificado doPacto"Charter of Compact (22).1767 O Grande Secretrio Spencer ("Modernos")escreve uma carta para Frankfurt.

    1784 James Heseltine, j Grande Secretrio("Modernos"), escreve sobre o Arco Real.1813 As duas Grandes Lojas unem-se, formando aGrande Loja Unida da Inglaterra (The United GranelLodge of England). 1817 Criado o Supremo Grande Captulo.

    A declarao preliminar no Livro das Constituies (Bookof Constitutions) da Grande Loja Unida da Inglaterraestabelece que "pelo solene ato de unio entre as duasGrandes Lojas de franco-maons da Inglaterra, firmadoem dezembro de 1813, foi declarado e pronunciado que aMaonaria Antiga pura composta de trs graus, e

    apenas trs: Aprendiz, Companheiro e Mestre Maom,at mesmo a Suprema Ordem do Santo Arco Real'".Igualmente, dito a um candidato recm-exaltado ao

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    Arco Real que no lhe foi outorgado um "Quarto Grau",mas que acaba de complementar o seu "Terceiro Grau".Apesar de a Ordem ser um Corpo separado e ser go-vernada independentemente da Maonaria Simblica,

    existe apenas uma efetiva aliana em termosconstitucionais por meio de uma ata da Grande LojaUnida, qual farei referncia mais adiante, e por meio deprovises constantes dos regulamentos do SupremoGrande Captulo, determinando que cada Captulo deveestar ligado a uma Loja regular, e que certas nomeaes-chave no Grande Captulo devem ser mantidas ex-oficio

    pelos Oficiais de patente equivalente na MaonariaSimblica, se devidamente qualificados. A Loja Simblica qual o Captulo est ligado sob o Regulamento 45 dosRegulamentos do Arco Real responsvel pelo seu bem-estar e sucesso, embora isso no esteja declarado emnenhum lugar nas Constituies. Em teoria, uma vez que

    toda legislao baseia-se nos Regulamentos do SupremoGrande Captulo, isso poderia ser alterado por aqueleCorpo, o que poderia parecer que a nica represliapossvel Grande Loja Unida seria a desobedincia aoSupremo Grande Captulo. Felizmente, no h apossibilidade de que isso venha a acontecer, embora,como veremos, o Arco Real tenha sido, durante muitos

    anos, visto como irregular por uma das duas GrandesLojas que se uniram em 1913.No nvel provincial, podemos ver, claramente, essaestranha unio e desunio, uma vez que o Gro-MestreProvincial no comando da Maonaria Simblica nemsempre o Grande Superintendente da Provncia do Arco

    Real, embora, sempre que possvel, o mesmo Irmo sejanomeado para ambas; e, certamente, a nomeao naMaonaria Simblica feita pelo Mui Venervel Gro-

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Mestre, enquanto no Captulo ela feita pelo MuiExcelente Primeiro Grande Principal, a mesma pessoa se"devidamente qualificada". Quando as duas nomeaesem uma provncia so dadas a duas pessoas distintas,

    cada uma delas , teoricamente, independente da outra,exceto em determinados casos; por exemplo, um membrosuspenso pelo Dirigente de uma das duas Ordens fica,automaticamente, suspenso da outra. O bem da Franco-Maonaria requer que ambas trabalhem juntas, e, nosraros casos em que isso no acontece, tamanha anecessidade para a unio prtica que, raramente, para

    colocar isso de forma amena, a Provncia conseguealcanar o seu pleno potencial.Esse fenmeno de unio com separao temconseqncias que o maom do Arco Real deve entenderse quiser ou tiver de explicar a relevncia do Captulo aum Irmo que ainda no tenha sido exaltado ao Arco

    Real. As razes, como veremos, so histricas; osubttulo desse captulo "Nossos ditos Mui ExcelentesIrmos e Companheiros" uma citao do Charter ofCompact que criou o primeiro Grande Captulo do mun-do, o ancestral direto do nosso prprio Supremo GrandeCaptulo. Ele foi instalado pela autoridade do LordeBlayney, Gro-Mestre da Primeira Grande Loja da

    Inglaterra (uma das que se uniram em 1813), existindocomo tal apesar de que sua Grande Loja no o tenhaautorizado a faz-lo e, oficialmente, considerou o ArcoReal uma indesejvel inovao.

    Antes de ponderarmos sobre as razes histricas dessadiviso, pertinente questionar se isso teve alguma

    conseqncia prtica. Decididamente, a minha resposta sim, pois enquanto esse estranho relacionamento possater construdo uma ponte, ele tambm construiu uma

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    barreira; e essa barreira atrapalha o caminho do franco-maom em seu progresso ao pleno entendimento da"antiga Maonaria pura". Assim, ns, como Companhei-ros do Arco Real, devemos reconhecer que essa barreira

    existe, entender como ela surgiu, e ter a capacidade deguiar os nossos Irmos na Maonaria Simblica ao longoda ponte que os tornar nossos Companheiros.Todo franco-maom pensa que o seu progresso, indo deAprendiz a Companheiro e de Companheiro a Mestre, algo natural e inevitvel; porm, embora seja reconhecidocomo um complemento e parte integrante do Terceiro

    Grau, na prtica o Arco Real nem sempre tratado comotal, mesmo pelas Lojas que so responsveis por umCaptulo. Como uma ordem separada, com paramentosdiferentes, uma arrumao de Loja totalmente distinta, etendo como Oficiais Irmos diferentes daqueles per-tencentes ao quadro da Loja qual est ligado o

    Captulo, Irmos esses, geralmente, de relativaantigidade na Maonaria Simblica, alm de tantasoutras diferenas, o Arco Real de fato pode dar aosIrmos que ainda no so Membros da Ordem a forteimpresso de ser algo bastante diferente da MaonariaSimblica. Assim sendo, o Arco Real pode parecer topouco relacionado ao Simbolismo quanto a outras Ordens

    na tradio manica, tais como a Marca e os Crpticos(Real e Seleta), sendo cada uma considerada emalgumas Constituies como parte da Antiga Franco-Maonaria. Esse sentido de separao um fatorpsicolgico que ns, como maons do Arco Real,devemos ajudar, com afinco, a ser superado pelos

    nossos Irmos. Para tanto, temos a nosso favor o fato deque o grau de Mestre Maom to obviamenteincompleto em seu desfecho, e o ensinamento do

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    simbolismo, apesar de ser, em si, admirvel e prtico,est to obviamente preocupado com a nossa existnciaterrena, em especial, que qualquer um que pense comseriedade sobre a sua Franco-Maonaria deve sentir que

    ela pe em uma das mos uma histria incompleta, e naoutra uma filosofia que foi apenas parcialmentedesenvolvida. Todos ns sabemos que somos mortais, eque haveremos de morrer um dia e cito as conhecidaspalavras da Bblia que tambm so usadas no Ritual deoutra Ordem: "o mais sbio de ns no sabe quando".Todos ns professamos em Loja Aberta a nossa crena

    em um Ser Supremo e devemos acreditar que a nossavida deveria ter um significado e um propsito em umcontexto maior do que o puramente material; assimsendo, natural que sintamos, quando pensamos sobreos graus do simbolismo pelos quais passamos, queaqueles elementos de significado e propsito continuam

    sem resoluo, e que os elevados desgnios e intenesindicados em nossa iniciao na Maonaria e implcitosnas perguntas que ento respondemos foram, de algumaforma, perdidos em um labirinto de palavras emovimentos ritualsticos. Resta ao Arco Real guiar-nosem direo a considerar tudo isso sob o contexto daeternidade e do servio a Deus instrudo pela religio.

    Isso no significa que o Arco Real seja, em si, mais queum cdigo de moralidade. A Franco-Maonaria no , deforma alguma, uma religio e, portanto, a Ordem pode edeveria nos levar a pensar sobre a religio; ela no tem ainteno de substitu-la. Em 1962, a Grande Loja Unidaafirmou isso nas seguintes palavras, recentemente

    confirmadas como representativas de nossa postura emrelao a essa importante questo:

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    "No se pode afirmar categoricamente que a Maonariano nem uma religio nem uma substituta da religio. AMaonaria procura incutir em seus Membros um padrode conduta e de comportamento que ela acredita ser

    aceitvel a todos os credos, mas criteriosamente seabstm de interferir nas reas dos dogmas ou daTeologia. Portanto, a Maonaria no uma concorrenteda religio, embora no mbito do comportamento humano de se esperar que os seus ensinamentoscomplementem os da religio. Por outro lado, os seusrequisitos bsicos para que todos e cada um dos

    membros da ordem acreditem em um Ser Supremo, bemcomo a nfase colocada sobre o seu servio a Ele,deveriam ser uma prova suficiente a todos de que aMaonaria no intencionalmente discriminatria, massim um sustentculo e preservador da religio, pois elaexige, antes mesmo de o homem ser admitido como

    maom, que ele tenha alguma forma de crena religiosa eque, depois de admitido na Ordem, continue praticando asua religio."Voc poder estar pensando que a minha inteno darmais nfase aos aspectos filosficos do que a maioriados franco-maons estaria disposta a agentar. Porm,cada vez mais e mais tenho conscincia do quanto as

    pessoas srias e fervorosas, de todas as camadas, estoatualmente procurando dar significado e propsito ssuas vidas. O apoio que os britnicos conseguiam terantigamente, vindo da autoconfiana e da devida auto-importncia, parece ter desaparecido por completo nosdias de hoje, e, em sua passagem, deixou um vazio no

    qual muitos se debatem. Muitas pessoas ingressam naMaonaria por mera curiosidade; porm, muitos maischegam por estarem procura de algo que sustente e

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    apie os padres de conduta e de moralidade nesse toatribulado mundo de incertezas e problemas, e buscandoo companheirismo de outros que, destarte, so bonsamigos e inspirados pelo desejo de fazer de suas vidas

    algo construtivo; a recente campanha de difamao ecalnia contra a Arte em nada afetou isso, principalmenteporque, conforme entendimento, individualmente cadafranco-maom um embaixador, e as pessoas maisrazoveis nos julgaro conforme nos acham. Essa umaboa razo para ser aberta sobre a sua participao comoMembro da Arte.

    E por todas essas razes, bem como o insatisfatriodesfecho do Terceiro Grau, que eu acredito que um Irmodeveria ser incentivado a entrar em um Captulo to logofique claro estar ele pronto para se beneficiar doensinamento e companheirismo por ele oferecido; e,certamente, to logo ele entre em um Captulo, deve ser

    encorajado e ajudado, sendo convidado a ajudar nostrabalhos. Eu deploro as idias de que um Irmo nodeveria ser exaltado antes de ter ocupado algum cargoem sua Loja, e que o trabalho no Captulo deve ser feitoapenas pelos oficiais do prprio Captulo. Cada umadessas falcias assim que eu as considero podesignificar que o pleno potencial de um Irmo no se

    realize e, acima de tudo, que as suas no pronunciadasansiedades fiquem irresolutas, que as suas perguntasno formuladas fiquem sem respostas. Por essas razes,entre outras mais, eu decididamente apoio o uso docatequtico mtodo de dar as prelees; esse mtodoenvolve os Companheiros juniores e os Past Principais

    nos trabalhos do Captulo, incentiva e estimula o seuinteresse em conseguir dominar as lies que a Ordem

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    est tentando ensinar. Ser um Companheiro significa eexige muito mais que ser Irmo.Voltemos, agora, ao ponto inicial, de que no podemosentender a estranha posio da Maonaria do Arco Real

    em relao Maonaria Simblica sem termos umconhecimento dos antecedentes histricos, que o fatormais importante na grande discusso entre as duasGrandes Lojas rivais de Londres: aquela dos assimchamados "Modernos", que foram, certamente, osprimeiros ou Primeira Grande Loja, e aquela de seusrivais, autodenominada "Antigos".

    A Primeira Grande Loja foi fundada em 1717 pelas quatro"imemorveis" Lojas, das quais trs ainda existem. Ela foia primeira de todas as fundadas na Franco-MaonariaEspeculativa, tal como a conhecemos e, embora no inciode sua existncia no tenha almejado ir to alto, ela aca-bou evocando para si a jurisdio sobre todas as Lojas

    inglesas. Esse pleito no foi inicialmente aceito por todose, de fato, oito anos depois, uma antiga Loja em Yorkcriou a imponentemente chamada "Grande Loja de TODAa Inglaterra" que, mais tarde, compunha-se de metade daLoja da Antiguidade, uma das "imemorveis" fundadorasda "Primeira Grande Loja, na Grande Loja do Sul daInglaterra e do Rio Trent" mas a histria dessa briga

    uma outra questo. O srio desafio aos pleitos deprevalncia da Primeira Grande Loja surgiu da fundao,em Londres, da "Mais Antiga e Honorvel Sociedade deMaons Livres e Aceitos" (The Most Ancient andHonourable Society of Free and AcceptedMasons), cuja Grande Loja reconhecida, em geral,

    como surgida em 1751. Os seus Membros acusaram aPrimeira Grande Loja de violar os antigos Landmarks daOrdem. E bem possvel que tenha havido alguma

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    procedncia nessa queixa se, de fato, tal como foialegado, ela tenha alterado os meios de reconhecimento;mas isso incomodou tanto os franco-maons escocesesquanto os irlandeses, dos quais parece ter existido,

    naquela poca, uma considervel quantidade emLondres, e bem possvel que eles tenham tido certainfluncia no fomento insatisfao. Houve poca emque se acreditava que os fundadores dessa nova GrandeLoja, que adquiriram ou adotaram o apelido de "Antigos"e batizaram seus rivais de "Modernos", fossem rebeldesoriundos da Primeira Grande Loja; porm, o Irmo Henry

    Sadler, um antigo Grande Bibliotecrio da Grande LojaUnida, mostrou ser essa uma histria infundada.

    Como resultado, a Franco-Maonaria na Inglaterra ficoudividida em dois campos de batalha pelo resto do sculo.Conseqentemente, os franco-maons ingleses estavampor demais envolvidos em suas prprias discusses e,

    mais tarde, em tentar reconciliar as duas Grandes Lojas,para terem tempo de dar maior ateno s explosivasatividades referentes criao de novos Graus"Manicos" que estavam acontecendo em outroslugares, notadamente na Frana, Prssia, ndiasOcidentais e no continente norte americano. A Franco-Maonaria havia sido exportada para esses lugares e

    desenvolveu-se to vorazmente que chegou a contar commais de mil assim chamados "graus manicos".No entanto, o Arco Real ficou inteiramente envolvido nabriga. Ele estava tornando-se conhecido na poca emque a nova Grande Loja foi formada, embora em muitasLojas inglesas no tenha sido adotado como um Grau

    Manico regular. No h necessidade de discutir aqui osincmodos aspectos que o originaram, ou como elechegou ao formato que praticado atualmente aqui; mas,

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    em meados do sculo XVIII, ele era considerado poralguns, um grau de imemorvel tradio, enquanto outroso viam como uma inaceitvel inovao e antema.Quando, em 1751, os "Antigos" fundaram a sua Grande

    Loja que dizia estar dedicada a eliminar as inovaes aosistema, eles j mostravam a sua parcialidade e apoio aoArco Real, e no perderam tempo em alardear o seuproduto, alegando ser a "Grande Loja dos Quatro Graus"e, por conseguinte, ridicularizando a Primeira GrandeLoja, atribuindo-lhe autoridade somente sobre os trsGraus. Eles difundiram vigorosamente as pretenses do

    Grau, tanto assim que o seu segundo Grande Secretrio,o famoso Laurence Dermott, chamou-o de "a raiz, ocorao e a medula da Franco-Maonaria".A Primeira Grande Loja, os "Modernos", tendo sidonovamente preterida, passou a voltar-se contra o ArcoReal e, em 1759, em uma carta, o seu Grande Secretrio

    escreveu a um franco-maom irlands, as seguintespalavras: "A nossa sociedade no nem Arco, nem ArcoReal ou Antiga e, assim, voc no tem direito a participarde nossa caridade" palavras arrepiantes que Dermottimediatamente incorporou propaganda de sua prpriaGrande Loja. Essa foi, e por muito tempo continuousendo, a postura oficial dos "Modernos", embora, ao que

    parece, muitos de seus Grandes Oficiais tenham sidoexaltados Ordem, at mesmo, como veremos, o seuprprio Gro-Mestre em 1766; ainda em 1767, o GrandeSecretrio dos "Modernos" escreveu, oficialmente, a umIrmo em Frankfurt que "o Arco Real uma Sociedadeque no reconhecemos e que consideramos ser uma

    inveno que introduz uma inovao, criada para seduziros Irmos"; certamente, at o seu Gro-Mestre foiseduzido.

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Em um mundo to conturbado, quem melhor paraencontrar uma soluo que um irlands? Cadwallader, onono Lorde Blayney, tornou-se Gro-Mestre da primeiraGrande Loja, em 1764. Nesse mesmo ano, a Loja

    Caledonian, em Londres, separou-se dos "Antigos", sobcuja gide fora constituda pouco tempo antes, e juntou-se aos "Modernos", recebendo o nmero 325;atualmente, ela tem o nmero 134. Em 1765,aparentemente com a ajuda daquela Loja, 29 maons"Modernos" fundaram um novo Captulo do Arco Real; elerecebeu o nome de "Excelente Grande e Real Captulo"(The Excellent Grand and Royal Chapter), nomepomposo que sugere ter sido criado para desempenharum papel especial. Que esse papel pode bem ter sido afundao de um Grande Captulo apoiado no fato de,at os dias de hoje, nas Cartas Patentes e Certificadoschancelados pelo Supremo Grande Captulo, a clusula

    de Certificao ainda se referir ao "Nosso ExcelenteGrande e Real Captulo".Em 1766, Lorde Blayney foi exaltado nesse Captulo; eleainda era o Gro-Mestre da Primeira Grande Loja, queno fora consultada sobre esse assunto e, certamente,no reconheceria o direito daqueles 29 Irmos, mesmocom o apoio e a aprovao do Gro-Mestre, para criar um

    corpo governamental para um Grau que elesconsideravam, oficialmente, no pertencente ao seusistema de Franco-Maonaria e, em vista dessa posiooficial, esses Irmos no poderiam alegar que a suaconduta era, de alguma forma, regular. Ainda assim,Blayney alegou, como veremos, ter agido em confor-

    midade com seus poderes como Gro-Mestre.Parece que logo aps a sua exaltao, Blayney tornou-se, automaticamente, Primeiro Principal do Captulo e

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    assumiu o ttulo de "Chefe do Arco Real" de fato, umapromoo bastante rpida. Na Sesso seguinte doCaptulo, em julho, foi exaltado James Haseltine, GrandeMordomo da Grande Loja dos "Modernos".

    Considerando que a j mencionada carta de Frankfurt foiredigida no ano seguinte, aps a exaltao de LordeBlayney, fica claro que, ento, reinava uma grandeesquizofrenia entre os "Modernos" em relao ao ArcoReal; na verdade, isso continuou assim por mais algumtempo; depois de oito anos, James Heseltine, j seuGrande Secretrio, e no apenas um Membro do

    Excelente Grande e Real Captulo, mas tambm um dossignatrios da Carta Patente pela qual, como veremos, foicriado o Grande Captulo, teve de escrever oficialmente aum correspondente estrangeiro nos seguintes termos:" verdade que muitos Membros da Fraternidadepertencem a um Grau na Maonaria que dizem ser mais

    elevado que o outro, que se chama Arco Real. Eu tenho ahonra de pertencer a esse Grau... mas ele no reconhecido na Grande Loja, e todos os seus Smbolos,Emblemas e Jias so proibidos de ali serem usados...Voc ver que o Arco Real uma sociedade privada edistinta. Ele faz parte da Maonaria, mas no temnenhuma ligao com a Grande Loja."

    A partir dessa carta fica claro que, pelo menos alguns"Modernos", admitiam que o Arco Real era um Grau ouOrdem Manica, mostrando que, talvez, algumprogresso tenha sido alcanado; porm, a alegao deque "no possui nenhuma ligao com a Grande Loja"implica, claramente, que o ato de Lorde Blayney fora

    anticonstitucional e, como veremos, um indcio de comoele era considerado em alguns mbitos oficiais. Entre-tanto, a Grande Loja e o Grande e Real Captulo

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    continuavam coexistindo em um estado beligerante at apoca em que as negociaes para uma unio das duasGrandes Lojas resultaram em sucesso, em 1813.O Excelente Grande e Real Captulo, tendo testa Lorde

    Blayney e muitos influentes "Modernos" como Membros,era muito ativo em 1766. Blayney foi exaltado em junho, eem julho foram realizadas trs sesses, todas elaspresididas por ele. Na primeira, ficou acertado que umdocumento, que receberia o nome de "Certificado doPacto" (Charter of Compact), deveria ser preparadopara, com efeito, criar um Grande Captulo. O fato de ser

    chamado de "Certificado" muito interessante, pois osdocumentos de constituio emitidos por Grandes Lojaseram, geralmente, conhecidos como "autorizao" ou"carta patente"; assim, o nome teria um "aroma" deautoridade no mundo Manico e, certamente, sugeririaque Blayney agia por fora de sua posio e da

    autoridade nela implcita.Ela foi executada em 22 de julho. Nela, Blayneydescrevia-se como "Gro-Mestre dos Maons Livres eAceitos, e tambm Mui Excelente Gro-Mestre do ArcoReal de Jerusalm... devidamente passado ao ArcoReal", declarado "pela Honra, Dignidade, Preservao eBem-estar da Arte Real" (palavras bastante estranhas,

    quando sua Grande Loja no sancionara aquilo queestava sendo feito e no reconhecera oficialmente o grauque o novo corpo governava). "Pelas presentes, pelospoderes que temos" uma cautela atrasada? "institumos e erigimos os nossos Mui Excelentes Irmose Companheiros... e seus sucessores... conjuntamente

    conosco e nossos Mui Excelentes Gros MestresSucessores, agora, de tempos em tempos, e por todos ostempos, doravante formando e sendo o Grande e Real

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Captulo do Arco Real de Jerusalm...". Vale a pena notarque, mais tarde, a data do certificado foi alterada paraparecer ter sido executado em 1767, quando expirava omandato de Blayney como Gro-Mestre, e a letra "P" de

    "Past" foi habilmente inserida antes da palavra "Gro-Mestre". Talvez essa tenha sido uma tentativa de insinuarque a Primeira Grande Loja nada tinha a ver com isso (oque, a rigor, seria absolutamente correto), ou que a suaexecuo fora ultra vires; ou, talvez, para se protegerou desviar de um ataque ao novo Corpo como irregularou no autorizado. Mas, qualquer que fosse a posio

    legal, o Grande Captulo veio para ficar.Pelo menos uma vez, a iniciativa foi tomada pelos"Modernos" e os "Antigos" no foram capazes de reagireficazmente, pois j haviam feito grande alarde de suareivindicao de ser a "Grande Loja dos Quatro Graus".Eles reagiram cinco anos depois, reunindo-se em 1771

    para criar o seu prprio Grande Captulo que, no entanto,parece jamais ter passado de um comit ou, na melhordas hipteses, uma plida sombra de sua Grande Loja;certamente, ele nunca chegou a ser uma verdadeiraautoridade manica independente algo que haveriade causar problemas mais tarde.Avancemos no tempo da histria para o sculo XIX e o

    fim da diviso entre as duas Grandes Lojas. Em 1813,depois de muitos preparativos, o HRH Duque de Sussexcomo Gro-Mestre da Primeira Grande Loja, e o seuirmo HRH Duque de Kent como Gro-Mestre da rivalGrande Loja, presidiram a unio de ambas, formando aGrande Loja Unida de franco-maons antigos da

    Inglaterra. Mais de um ano antes disso, o Duque deSussex, como Primeiro Grande Principal, prestandoinformaes no Grande e Real Captulo sobre as

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    negociaes visando a unificao, declarou que quatroGraus deveriam ser reconhecidos; e pouco antes dacelebrao da unio, ele foi investido por aquele Corpo"com plenos poderes para negociar a unio das Grandes

    Lojas" que parecia ser "o mais proveitoso aos interessesgerais da Maonaria". Pode parecer estranho que oGrande Captulo deveria ser a autoridade a negociar aunio das Grandes Lojas (que j tinham concordado,substancialmente, com os termos de sua unificao), masdevemos lembrar que, embora para os "Antigos" o ArcoReal fosse parte da Maonaria Simblica, a Grande Loja

    dos "Modernos" no poderia falar por ela, por noreconhecerem, ao menos oficialmente, o Grande e RealCaptulo ou a Ordem a qual ele governava, como parte deseu sistema.No de surpreender que a responsabilidade pelogoverno do Arco Real, aps a unio, estivesse longe de

    ser clara, reinando uma evidente confuso. O "Ato deUnio" aceitava especificamente que a Ordem era umagenuna parte da Franco-Maonaria, mas o seuverdadeiro status no ficou claramente definido e, assim,o Excelente Grande e Real Captulo continuava existindona teoria (e, de fato, legalmente), e o assim chamadoGrande Captulo dos Antigos, sendo um mero comit de

    sua Grande Loja, presumivelmente deixou de existir coma Unio. Foi s em maro de 1817, mais de trs anosaps a unio, que uma cerimnia foi planejada para darao menos uma aparncia de ordem a uma situao dedesordem. Os membros do Excelente Grande e RealCaptulo e os antigos membros do "Grande Captulo" dos

    Antigos reuniram-se em salas separadas e abriramCaptulos antes de entrarem em uma terceira sala onde oDuque de Sussex recebeu-os e, formalmente, unificou-os.

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Seis meses depois, a Grande Loja Unida comunicou, pormeio do Boletim Trimestral, o que chamou de "fuso" dos"dois Grandes Captulos" e conforme consta da jmencionada ata "Resolveu, por unanimidade, que a

    Grande Loja estar sempre disposta a reconhecer osprocedimentos do Grande Captulo e, desde que as suasdisposies no interfiram ou conflitem com osregulamentos da Grande Loja, e estejam emconformidade com o Ato de Unio, estaro prontos parareconhecer, facilitar, sustentar e preservar o mesmo". Aspalavras cuidadosamente escolhidas do a entender que

    a Grande Loja Unida percebeu que o Arco Real adquirirauma condio diferenciada; que, ao menos em teoria, eratotalmente independente, e que, de fato, nem ele nem osseus predecessores fizeram parte do Ato de Unio,Porm, o corpo que atualmente chamamos de SupremoGrande Captulo foi formalmente criado e o controle sobre

    a Ordem que ele representa foi reconhecido. No entanto,somente em 1934 se iniciaram as medidas formais paraunificao e "universalizao" do ritual.O ltimo passo nessa questo aconteceu em 1853,quando o prembulo s constituies da MaonariaSimblica adquiriu a sua presente forma, a qualacompanha o teor do Ato de Unio.

    Dissemos anteriormente, nesse mesmo captulo, quedevemos entender ambas: a barreira e a ponte existentesentre a Maonaria Simblica e o Arco Real. J vimos queas razes e motivos para a separao das duas ordensso, basicamente, histricas, mas as razes para asimpatia entre elas so, de fato, fortes e os acidentes e

    casualidades histricas no nos deveriam impedir deenxergar e entender o modelo completo da "MaonariaAntiga pura" o modelo de um Terceiro Grau incompleto

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    que somente se completa pela exaltao. O Arco Realno apenas aperfeioa a educao do Mestre Maom emsua histria e segredos; em uma frase que tenho usadocom freqncia, a Franco-Maonaria colocada em um

    contexto de eternidade. Ele deve ser levado a srio, eno todo Mestre Maom que estar pronto para os seusensinamentos logo depois de ter sido elevado, mas se"apropriada e adequadamente apresentado" (e essaspalavras devem ser bem enfatizadas), ele tem muito aoferecer ao mundo em que vivemos, um mundo incertode seus valores, mas ardentemente procura da verdade

    em uma civilizao ameaada como nunca fora antes.Ns estaremos falhando em nossos deveres perantenossos Irmos se no percebermos a importncia dessaordem na atualidade e no a estudarmos para quepossamos, com sinceridade e convico, incentivarMestres Maons para que se juntem a ns. Ao

    perceberem que a instruo e a lenda da MaonariaSimblica proporciona a eles um sistema terreno demoralidade e, no final, com um conto de perda, morte edesespero, eles vero que deve existir mais, alm disso,e qualquer Companheiro dessa Ordem deve ter acapacidade de explicar-lhes que o Arco Real vai maisalm, que a sua lenda fala de descobertas e que a sua

    mensagem que vivamos na luz e glria da eternidade.O seu primeiro passo prtico nesse sentido lembrar devestir a sua Jia do Arco Real em todas as ocasies daMaonaria Simblica e incentivar as pessoas a perguntarsobre ela; prepare-se para responder a essas perguntasexternando-lhes o que a Maonaria do Arco Real significa

    para voc, no apenas na teoria, mas tambm na prtica.Lembre-se, acima de tudo, de que essa uma ordem decompanheirismo, devemos encarar e respeitar o seu lado

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    srio e tambm desfrutar de nossas reunies, tanto noCaptulo como no gape; tudo isso faz parte daverdadeira tradio do Arco Real, pois est registradoque nos primrdios do Grande Captulo o festival anual

    era seguido de um baile e de uma ceia, a que eramconvidados os Mestres Maons e as suas senhoras. AsAtas mostram que aps uma elegante ceia, a noite eraencerrada com aquela alegria harmnica e social quesempre foi o padro caracterstico dos maons e dosverdadeiros cidados do mundo. Os elementos queatrairo os Mestres Maons a se tornarem Companheiros

    no sero nem a obrigao, nem a curiosidade, mas aconscientizao de que o ensinamento da Ordem srioe significativo, associado certeza de estarmos felizespor pertencer a ela e desfrutar daquele verdadeiro esignificativo companheirismo que deve ser sempre acaracterstica da Ordem e que explica por que cada um

    de ns sente tanto orgulho e tanta satisfao em serchamado de "Companheiro".

    3O Candidato (1978)

    O fa to de se esperar que, a cada ano, durante a reun io anual do

    Grande Cap tu lo Prov inc ia l , um Grande Super in tendente pro f i ra umdiscurso aos Companhei ros proporc iona uma opor tun idade paraexpressar os agradecimentos por tudo aqui lo que fo i rea l izado aolongo dos 12 meses anter iores, apresentar os v otos de sucesso para oper odo seguin te e o ferece r comentr ios e recomendaes . E m 1978,quando fu i encarregado da Provnc ia de Nor thamptonsh i re e

    Hunt ingdonshi re como Grande Super in tendente, a Insta lao fo i rea l izada por ocasio da Reunio Anual , e houve pouca opor tun idadepara fazer mais que expressar os agradecimentos comit iva que ve io

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    de Londres para conduzi r a cer imnia e queles que tanto t raba lharampara o sucesso daquela ce lebrao , a lm de dar as boas -v indas aosmui tos v is i tantes. Mas, ass im mesmo, restou a lgum tempo para fa lar um pouco sobre o t ra tamento dado aos candidatos; uma verso

    atua l izada dessa par te da Pre leo est reproduzida a segui r .Desnecessrio dizer-lhes, Companheiros, que nsdependemos da Maonaria Simblica para o fluxo deCandidatos para a nossa Ordem, tal como, de fato,dependem as demais Ordens praticadas na Provncia. Eimportante que pensemos muito em como podemos atra-

    los e, depois de serem exaltados, como podemosconservar seu interesse e inspir-los a se dispor a aceitarcargos e comear a desempenhar o seu papel noCaptulo. Para tanto, a primeira coisa essencial quevocs mesmos pensem muito sobre a Ordem e sejamcapazes de explicar o que ela mais atrai em voc.

    Muitas vezes, os candidatos so recrutados em vez deserem atrados; e so recrutados pelo motivo errado, porexemplo, porque, de outra forma, no haveria cerimnia,ou porque um Irmo veterano diz algo como "J maisque hora de voc estar no Captulo". Porm, vocsomente poder atrair algum para o Captulo se puderexplicar por que voc se sentiu atrado pela Ordem. Para

    que voc seja capaz de fazer isso, poder ser necessrioalgum raciocnio de sua parte, mas ser algo que vocachar bastante vlido.O que, ento, voc deve explicar a um possvelcandidato? Para comear, pode dizer-lhe que o Arco Real reconhecido como o complemento do Terceiro Grau, tal

    como percebe ao ler o Prembulo s Constituies daMaonaria Simblica. oportuno ressaltar isso to logoele tenha sido elevado e, quando da entrega de seu

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    certificado da Grande Loja, ser urna perfeitaoportunidade para faz-lo. Se ele lhe pedir que explique oque significa "completar o Terceiro Grau", voc poderlembr-lo que a lenda desse Grau acaba em perda,

    desespero e morte, e dizer-lhe que o Arco Real preocupa-se em encontrar aquilo que foi perdido e que tem umamensagem de esperana. Porm, mesmo assim, elesomente desejar juntar-se a ns se constatar que voc,de fato, aprecia o Captulo, como voc realmente apreciase fizer a sua parte, cuidando para que as sesses sejamalegres e agradveis e a se inclui a importncia de

    voc entender o Ritual e no apenas o decorar como umpapagaio.A necessidade de cuidar de um candidato no se encerracom a sua exaltao. A menos que tenha sido absorvidopelo companheirismo do Captulo, improvvel que eleseja suficientemente apreciativo para que possa entender

    o seu valor, e poder perder o interesse, ficar aborrecidoe deixar de comparecer ao Captulo. Esse o piordesastre que pode acontecer a um Captulo, e uma fortecrtica a ser feita por seus membros. Mesmo que no hajanenhuma cerimnia em vista, existem muitos outrostrabalhos a serem feitos com um pequeno esforo prelees, explanaes sobre os estandartes, o

    simbolismo geral da Ordem; e o novo Companheiro podee deve ser convidado a participar; e se um Past Principalfor incumbido de ajud-lo, voc estar envolvendo doisCompanheiros em uma mesma atividade. Depois, aoconcluir a sua parte, voc dever agradecer por suaparticipao e prestar uma gentil orientao caso algo

    tenha sado errado. Tudo isso faz parte de tornar umafraternidade em companheirismo.

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    4A Suprema Ordem (1979)

    O t tu lo completo da Ordem, ta l como consta do Prembulo s

    Const i tu ies da Grande Lo ja Unida da Ing la ter ra (c i tando a Ato deUnio entre as duas Grandes Lo jas de Londres, em 1813) , "SupremaOrdem do Santo Arco Real " . Um bom ponto de par t ida para qua lquer tenta t iva de compreend- la ser ia a aver iguao das re iv ind icaesimpl c i tas nesse t tu lo . Metade do Discurso profer ido em 1979 fo i ded icada a esse assunto. Fo i a sua repercusso que, a f ina l ,convenceu-me a cont inuar nessa l inha, e os d iscursos seguin tesforam, ass im, in te i ramente ded icados a descobr i r qua is mensagens aOrdem reservou-nos para o mundo de ho je . Fo i uma tare fa t raba lhosa,mas fasc inante, e a recompensa fo i o in teresse que da fo i desper tado.

    A nossa reunio anual uma ocasio em que podemosfazer proveitoso retrospecto e til prospeco, e

    proporciona boa oportunidade para se fazer um balano.Assim, eu gostaria de pedir a vocs que, por algunsinstantes, pensassem sobre o nome dessa Ordem: a"Suprema Ordem do Santo Arco Real", e que seperguntassem como podemos justificar um ttulo topomposo. Se vocs pensarem nas implicaes queacompanham esse ttulo, bem provvel que fiquem um

    tanto impressionados com a sua importncia. Estamosto acostumados com as palavras que a familiaridadefaz-nos no dar a devida importncia e peso aos seussignificados. Voc no acha que ns, que nos chamamosno apenas de Membros da Ordem, mas deCompanheiros em uma Ordem que porta um ttulo to

    retumbante, no deveramos pensar com maisprofundidade sobre os motivos que justificam tal ttulo?

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Um argumento que, certamente, ser apresentado oque trata, simplesmente, de uma linguagem sofisticada ehiperblica, pois a alegao de ser superior uma dasbem conhecidas etapas no processo de convencer a si

    prprio e a outrem de sua prpria superioridade. Acreditoque a anlise histrica da Ordem, tal como aconhecemos, mostra que esse argumento falso. OsIrmos que, natural e corretamente, desejavam conhecere ser admitidos aos genunos segredos apontados peloTerceiro Grau, pediam para que lhes fosse ensinada aresposta pergunta formulada, mas no respondida,

    naquele Grau; na verdade, a pergunta formulada noprprio Ritual. Eles esperavam saber mais, quaisquer quefossem os seus motivos. bem possvel que eles no sesentissem superiores, mas, at que ponto foraminfluenciados pela humana necessidade de plenitude deconhecimento? Sem dvida, referncias a "inevitvel

    destino" e "paz e redeno" no lhes foramsuficientemente explcitos. Mas o que fica evidente naverdade, saltando aos olhos naqueles seus primrdios o fato de terem encontrado no apenas oconhecimento, mas a compreenso, pois eles tiveram deencarar o supremo enigma: o relacionamento entre ohomem e o seu Criador. As insinuaes de imortalidade

    substituram os emblemas da mortalidade. Precisamosdizer mais alguma coisa para justificar o ttulo de"Suprema Ordem"? claro que no!E o que dizer sobre o "Santo Arco Real"? Ora, sobre oArco todos ns sabemos, o mais forte vnculo naMaonaria, aquele que na Franco-Maonaria

    Especulativa transforma Irmos em Companheiros. Ele "Real" por contemplar os lendrios Gros-Mestres Reaisque construram o Primeiro Templo. Ele "Santo"

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    palavra que no deve ser usada com leviandade porque o Arco da Abbada ocultava o Altar sobre o qual o"Inefvel Nome" foi colocado, o Altar que celebramos emcada Captulo do Arco Real pelo Pedestal que colocado

    no meio em todas as reunies e que o seu certificado doGrande Captulo coloca sobre o pavimento mosaico dafelicidade e tristeza mortais, mas que, ainda assim, dirigeo olhar estrela brilhante da eternidade. disso que trata essa Ordem. Ela coloca a Franco-Maonaria Simblica na estrutura da eternidade. Elaexige um sentido de admirao e comprometimento e

    proporciona algo para construir uma das mais adorveisvises que um candidato a qualquer grau manicojamais ver. Vocs, como Membros do Grande CaptuloProvincial, tm o dever de cuidar para que o mpeto, aateno e a comoo daquele momento seja alimentadoe cresa. Isso significa esforar-se pela proficincia e

    competncia no trabalho, uma vez que so essas asqualificaes necessrias para que o ritual sejarapidamente entendido. Se voc um dos responsveispela distribuio de trabalho, isso tambm significa quevoc deve ajudar aqueles a quem encarregou dedesempenh-los; "suprir suas deficincias", tal como aPreleo aos Principais colocada de forma to

    encantadora; e voc deve cuidar para que participemtantos Companheiros quanto seja razoavelmentepossvel, pois isso no apenas mais interessante para oCaptulo, mas utilssimo como instruo aosCompanheiros envolvidos. Mais que tudo, voc devecuidar para que as cerimnias do Captulo sejam

    estimulantes. O importante no que o Companheirodeva ser um especializado conhecedor de uma parte doRitual; o importante que o mximo possvel de

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Companheiros estudem e entendam o Ritual e cuidempara que seja cumprido para o benefcio do Captulo eno para a satisfao daquele que desempenhou o seupapel. As lies somente sero aprendidas se o trabalho

    no Captulo for agradvel e agradar a todos; a Franco-Maonaria algo para ser agradvel.

    5A Histria dos Forasteiros (ou Sobrestantes)

    (1980)

    A h is tr ia dos foras te i ros (ou sobrestan tes) urna h is tor ia deverdadei ro drama, tanto ass im que nos concentramos mais nanarra t iva e esquecemos ser e la tambm cheia de a legor ias. Qualquer procura pe las l ies ensinadas pe la Ordem sempre a mos tra em umafase in ic ia l .

    Sempre ouvimos dizer que o Arco Real completao Terceiro Grau por se ocupar em encontraraquilo que foi perdido. Isso nunca soou comoplenamente satisfatrio, apesar de haver algo deincompleto naquele grau. Quando, alguns anosmais tarde, o Ritual do Arco Real foi revistoconsiderando a omisso da Palavra deReconhecimento, a questo da "perda" acabouficando ainda mais difcil de ser entendida. Com opassar dos anos, cheguei concluso de que,apesar de ser correto dizer que o Arco Realcomplementa ou completa o ensinamento daMaonaria Simblica, isso no significa apenas

    encontrar algo que foi fisicamente perdido,restituindo aquilo que estava faltando, mas sim nosentido da absoluta eternidade de nossas vidas.

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    Todavia, algo foi encontrado pelos forastei ros (ousobrestantes), e foi somente mais tarde que eupude enxergar algo que deveria estar claro ebvio desde o incio que a descoberta

    aconteceu porque o Deus de Israel falou a ummonarca persa um pago.Os judeus no cultuavam de forma regular efervorosa a sua adorao ao Deus que os tirou doEgito, e aps a construo do Templo de Salomohouve tempos em que at o Pergaminho Sagradoda Lei estava perdido: veja, por exemplo, o

    episdio registrado em Reis 2 22.8, em que contada a histria do ressurgimento religioso quese seguiu sua descoberta no Reino de Josias,menos de quarenta anos antes da destruio doTemplo por Nabucodonosor. Assim, houve umsimbolismo real na descoberta do Pergaminho e

    do Nome Inefvel; Deus manteve a f e pde atrevelar a Sua vontade por meio de outros que noda raa judaica. Porm, em 1980, essa percepoainda est no futuro.Essa foi a primeira vez em que todo o discursoversou sobre a abordagem do significadoesotrico da Ordem. Alguns dos pensamentos que

    fazem parte dessa Preleo esto maisdetalhados no captulo 16 deste livro.Com a investidura dos novos Oficiais, passamos aaguardar a sesso que est por se iniciar, quando, maisuma vez, passaremos queles que, ao seu devido tempo,suceder-nos-o a histria que nos foi passada uma

    histria cheia de maravilha e admirao, um conto queouvimos com tanta freqncia que pode fazer-nos correro risco de esquecer a sua magia e o seu mistrio. Para

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    mim, ela ainda repleta de insuspeito significado e sem-pre h algo de novo a ser aprendido com ela.Pense um pouco sobre a parte central da histria. Trshomens voltaram do cativeiro em uma terra estranha

    onde, pelo menos uma vez, estiveram sujeitos aomassacre geral, por serem judeus. Voltaram s runas dacidade de seu grandioso rei David, a cidade na qual o seufilho, Salomo, sob cujo reinado a sua naoexperimentou sua maior poca, erigiu uma Casadedicada a seu Deus, a Casa onde a Arca,* que foi otestemunho da aliana de Deus com o Seu povo,

    finalmente foi colocada. Para eles, a cidade era sagrada;fazia parte de sua histria, e era ainda mais preciosaporque, at ento, eles apenas a conheciam por suareputao; mas agora podiam v-la, o lugar destinado parDeus que foi quem, muito tempo antes, tirou o Seu povodo cativeiro no Egito, e quem agora tirou a sua gerao

    da Babilnia e decretou onde faria a morada de seuSagrado Nome. E eles chegaram cidade, um lugar ondeencontraram desolao e runas abandonadas. Ondeoutrora o Templo proclamava a majestade de Deus e opoder de Seu povo, tudo o que havia de mais sagradopara eles estava abandonado, devastado e em runas.Tudo aquilo deve ter sido um vvido lembrete da

    desobedincia que os levou ao cativeiro. No de seadmirar que eles estivessem felizes de aceitar umhumilde emprego, desde que esse trabalho estivesserelacionado reconstruo da Casa.Ali, ento, trabalharam arduamente, cuidadosamentelimpando os destroos, o lixo e as runas, at que um dia

    encontraram uma escultura de tamanha beleza quepararam e exploraram-na com grande cuidado, encon-trando primeiro uma, e depois uma segunda coluna "de

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    rara beleza e simetria", com uma passagem entre elas. Apartir da, eles comearam a organizar o seu trabalho deforma a seguir aquele caminho que encontraram. A trilhalevava por mais seis pares de colunas; teriam eles

    percebido que seguiam por sob o lugar onde seencontrava o Santo dos Santos? E ento... nada. Apenasrocha slida. Desapontado e frustrado, um deles bateucom a sua alavanca no solo, produzindo um som oco naterra. Eles olharam novamente e descobriram queestavam pisando sobre alvenaria. Abriram a abbada, eos tesouros, h tanto tempo perdidos, foram encontrados.

    Ser que voc consegue notar aqui, mais uma vez,aquele contraste de sempre entre a Maonaria Simblicae o Arco Real, o contraste do "efmero" e do "eterno"? Nalenda do Simbolismo, quando o solo foi aberto poraqueles fiis Companheiros, eles encontraram um corpomortal; quando os forasteiros (ou sobrestantes) abriram a

    abbada, eles encontraram um altar a Deus.A cmara, na qual os segredos permaneceram ocultospor cerca de 500 anos, era, aparentemente, simples, maso seu mobilirio, apesar de modesto, era magnfico: umaltar de mrmore virgem encimado por uma placa de ourocoberta por um vu, ali colocado por... bem, colocado porquem? Por um dos lendrios Gros-Mestres? Pelo

    prprio rei Salomo? Quem poderia dizer? Quem poderdizer isso agora? No importa. O que importa que, portodos aqueles anos, tudo aquilo ficou ali enterrado, semque ningum sequer suspeitasse de sua existncia,aguardando por aquele momento.Pensemos agora, em retrospecto, sobre aqueles 500

    anos nos dias em que, conforme nos contado, aabbada foi construda e aberta a passagem secreta.Eram pouqussimos os que a conheciam. O que o mundo

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    podia ver e que deveria ser visto era o esplendor doTemplo que o rei, seguindo as ordens de Deus, erigiupara acolher a Arca e o Trono da Misericrdia sob asprotetoras asas abertas dos querubins; o edifcio, cuja

    riqueza e esplendor havia sido motivo da admirao denaes vizinhas, e cuja fama espalhou-se por todo omundo conhecido de ento. O Templo estava ali, emJerusalm, para que todos o vissem e admirassem.Resplandecente em ouro, mobiliado com riqueza eesplendor, o sagrado santurio do povo judeu, no picede seu poder, projetado para impressionar e despertar

    uma invejvel admirao. Para os israelitas em geral, epara o mundo exterior, era isso que significava o Templo.Ele inspirava, e a sua finalidade era inspirar, a admiraoe o assombro que espelhavam, intensamente, o poder ea glria de Deus, e para convencer de sua inferioridadetodos os demais povos.

    Todavia, todo o tempo, de forma insuspeita e invisvel,sob a mais sagrada parte daquele Templo, a lenda doArco Real diz que repousava um segredo interior quesobrepujava o esplendor; em uma abbada subterrnea,sem luxo ou ostentao, os Gro-Mestres colocaram oNome Inefvel junto do sagrado rolo de pergaminho eafianaram a sua autenticidade fazendo com que os seus

    prprios nomes fossem ali inscritos.No vem ao caso como o tempo distorceu a lenda aolongo dos sculos. O que importa, ou melhor, uma dascoisas que mais importam, que ns devemos percebero contraste entre a aparncia exterior e o cerne oculto.No havia incoerncia ou contradio. O Templo

    proclamava a todos o poder e a majestade de Deus; ossegredos eram reservados queles escolhidos para

  • 7/21/2019 Por Dentro do Arco Real (maonaria) - Richard Sandbach

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    compartilh-los. Todos podiam ver o Templo, porm sos iniciados sabiam o que ele ocultava.O mesmo deveria acontecer em relao Maonaria.Nesse sentido, ns estamos encarregados de praticar

    fora da Loja aqueles deveres e obrigaes que nela nosforam ensinados; neste sentido, ns somos instrudos aprovar ao mundo que tipo de homens so os franco-maons para que mesmo aqueles que no fazem partede nossa Fraternidade possam entender que das nossasmos eles podem esperar compaixo, simpatia, justia ecaridade, e possam saber, assim, que ns, como franco-

    maons, no nos convertemos a nenhuma religio, quereverenciamos o Criador e cada um de ns praticaqualquer que seja a religio por ele professada.Gostaria de citar algumas palavras do ltimo pargrafo deum Discurso proferido em 1985 pelo RW Irmo E. L.Baillieu, ento investido no cargo de Gro-Mestre Adjunto

    da Grande Loja Unida da Inglaterra. Discursando duranteuma reunio manica na Austrlia, ele disse: "O mundoencara-nos como uma sociedade secreta,essencialmente preocupada com o bem-estar dosmaons e de seus dependentes, e dotados depouqussimos princpios. Os jovens deveriam estarclamando para se juntarem a ns, mas no esto, no

    por no terem recursos, mas por no terem informaessuficientes sobre aquilo que fazemos ou queremos: onosso sistema de moralidade e a nossa preocupaocom toda a espcie humana. Estou convencido de que aMaonaria requer de ns um papel positivo e no apenaspassivo. Para sermos dignos de nossos princpios,

    devemos fazer algo dentro do pequeno espao que nospermite melhorar a sociedade na qual vivemos; no

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    podemos, simplesmente, acomodarmo-nos em nossascadeiras e deixar a tarefa para os outros".Certamente, ns devemos ser, como de fato o IrmoBaillieu disse, orgulhosos e zelosos de nossos princpios

    e segredos, mas isso no significa que devemos manter anossa Franco-Maonaria assim to recolhida e toenvolta em mistrio, fazendo com que o mundo, em suaignorncia, seja levado a nos ver como egostas,egocntricos e indiferentes. Onde deve ficar a linhadivisria entre o sigilo ou segredo e a ocultao algoque cada um de ns deve decidir por si mesmo. Tudo o

    que eu peo que voc pense sobre isso e tome a suaprpria deciso, e que no critique, indevidamente,aqueles que podem, e que de fato conseguem, colocaressa linha divisria um pouco mais alm ou aqum dolimite em que voc colocou a sua.Acima de tudo, Companheiros, no se tornem to

    circunspetos ou limitados a ponto de inibir o seu prprioaproveitamento e gozo em companhia de seus Irmos. AMaonaria deve ser desfrutada prazerosamente; asnossas reunies deveriam ser ocasies de alegria,felicidade e companheirismo. Muito de nossa fora estna maneira com que a solenidade de procedimento e aalegria do companheirismo reinam em nossos encontros,

    seja dentro da Loja ou fora dela; nisto e na face queabertamente mostramos ao mundo, est o nosso futuro.Cada um de ns tem o seu papel a desempenhar paraassegurar que a nossa Fraternidade desenvolva-se, pro-grida e avance, em benefcio da Humanidade em geral, epara a Franco-Maonaria em particular. Portanto,

    Companheiros, cuidem da segurana da abbadasecreta, mas no receiem que o mundo vislumbre ouentreveja as glrias do Templo.

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    Um Momento para ser Lembrado (1981)

    Dizem que cada Ordem Manica tem o seu momento mgico. O ArcoReal no uma exceo, mas embora o candidato se ja de ixado com asensao de que a lgo especia l aconteceu, em nenhuma par te do Ri tua l e le a judado a descobr i r o que aquele momento s ign i f ica , ou por queele ass im to especia l . E le est embut ido no Ri tua l como um quadro,porm, mesmo aque les que part ic ipam raramente do suf ic ienteateno ou pensam sobre aqu i lo que esto a i lust rar ; por conseguin te ,e les sentem pouco incent ivo para tornar s ign i f ica t iva a par te qu e estodesempenhando. Nos Cap tu los em que cada Companhei ro envo lv idonessa par te , a cer imnia f ica mui to mais abr i lhantada por suapar t ic ipao ; porm, mesmo naque les Cap tu los nos qua is os n icos ase movimentar so os t rs Pr inc ipa is , o s ign i f icado est presente.Neste Discurso, o t raba lho adotado em minha Provnc ia , cer tamente,

    re f le t ido; aquele usado em mui tas outras e , embora possa parecer presunoso suger i r ser e le mais que uma mera manei ra de i lus trao,e le , para mui tos, o mais sat is fa tr io nesse sen t ido.

    ensinado a ns que a Franco-Maonaria um sistemade moralidade, velado em alegorias e ilustrado porsmbolos. A moralidade e o cdigo de conduta que ela

    implica ensinado pelo ritual, e o ritual deve ser aprendi-do. I