O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO€¦ · Será o caso do GP de 70° aniversário da Fórmula 1, ......

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O e O e A Fórmula 1, como a grande maioria das entidades esportivas, tem sofrido com a crise do Covid-19, que tem forçado o cancelamento de diversos eventos e a realização de tantos outros em condições especiais. Poucas marcas do esporte, no entanto, souberam se reinventar como a principal competi- ção do automobilismo, com a criação de diversos atrativos novos. A partir desse fim de semana, por exemplo, a Fórmula 1 terá um contrato com a plataforma Zoom. Durante o GP da Hungria, os fãs do esporte terão acesso ao "Virtual Paddock Club", em mais um avanço no mundo digital por parte da cate- goria. Antes avessa às redes sociais, agora, sob o comando da Liberty Media, as provas contarão com a tecnologia para manter os torcedores mais próximos. O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO DO POR REDAÇÃO 1 NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1542 - SEXTA-FEIRA, 17 / JULHO / 2020 de dólares repartiu o COI a federações e comitês olímpicos como forma de ajuda durante a crise do novo coronavírus 100 mi F-1 cresce com volta às origens e foco no digital O FE R E C I M E N T O

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O eO e

A Fórmula 1, como a grande maioria das entidades esportivas, tem sofrido com a crise do Covid-19, que tem forçado o cancelamento de diversos eventos e a realização de tantos outros em condições especiais. Poucas

marcas do esporte, no entanto, souberam se reinventar como a principal competi-ção do automobilismo, com a criação de diversos atrativos novos.

A partir desse fim de semana, por exemplo, a Fórmula 1 terá um contrato com a plataforma Zoom. Durante o GP da Hungria, os fãs do esporte terão acesso ao "Virtual Paddock Club", em mais um avanço no mundo digital por parte da cate-goria. Antes avessa às redes sociais, agora, sob o comando da Liberty Media, as provas contarão com a tecnologia para manter os torcedores mais próximos.

O B O L E T I M D O M A R K E T I N G E S P O R T I V O

DO

POR REDAÇÃO

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N Ú M E R O D O D I A EDIÇÃO 1542 - SEXTA-FEIRA, 17 / JULHO / 2020

de dólares repartiu o COI a federações e comitês olímpicos como forma de ajuda durante a crise do novo coronavírus100mi

F-1 cresce com volta às origens e foco no digital

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F E R E C I M E NT

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À parte das novas possibilidades virtuais, a direção da Fórmula 1 resolveu con-tar novas histórias para fugir de um desânimo com a temporada que repete suas sedes para fugir do Covid-19. Mesmo toda focada na Europa, a categoria criou eventos que surgirão como atrativos extras ao longo do ano.

Será o caso do GP de 70° aniversário da Fórmula 1, uma maneira encontrada de celebrar a prova sem dizer que ela será apenas uma repetição de Silversto-ne, a ser realizada uma semana antes. Uma estratégia parecida foi usada para o GP da Toscana. Na dobradinha de corrida na Itália, foi desenvolvida uma grande homenagem à Ferrari. Com a disputa em Mugello, casa da montadora italiana, será celebrado a milésima corrida do time vermelho, um dos maiores símbolos da competição. Será a primeira vez que haverá um grande prêmio dentro do circuito criado pela equipe que, por acaso, vive um mau momento na temporada.

As medidas criam atrativos para uma temporada que deverá ser centrada na Eu-ropa. Circuitos no Japão, Cingapura e Austrália já foram cancelados. Outros estão em momento de definição, mas correm risco de ficar fora da competição. É o caso dos países americanos: Estados Unidos, Canadá, México e Brasil.

Além do incentivo às novas provas, este tem sido um ano de uma Fórmula 1 mais progressista e mais distante das velhas figuras que comandavam os eventos. No GP da Áustria, todos os carros correram com a marca do arco-íris, na campanha "We race as one". Por fim, o grande ídolo atual é Lewis Hamilton, o piloto negro que tem abraçado os protestos antirracistas espalhados pelo mundo e ajudado a mudar a imagem da categoria em plena crise do Covid-19.

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C I T Y L A N Ç A C A M I S A I N S P I R A D A E M M O S A I C O

A Puma lançou, na quinta-feira (16), a nova ca-misa titular do Manchester City para a temporada 2020/2021. O design é inspirado nos mosaicos locali-zados no centro criativo do Northern Quarter (bairro norte) de Manchester e serve como uma homena-gem à paixão da cidade pelo futebol.

O distrito de Northern Quarter foi uma região im-portante no crescimento da cidade de Manchester na Revolução Industrial instituída há três séculos atrás.

F L A M E N G O E S E S C S E U N E M P O R

S U P E R L I G A

O Flamengo se unirá ao Sesc RJ para a disputa da temporada 2020/2021 da Superliga Feminina de Vôlei. As nego-ciações, que tiveram início na tempo-rada passada, terminaram nesta semana com um desfecho positivo. Os valores envolvidos não foram revelados.

Os detalhes da parceria serão anun-ciados nesta sexta-feira (17), em uma live que será exibida nos canais oficiais dos dois clubes e que contará com a participação de Bernardinho (técnico do Sesc RJ que será o treinador do Sesc RJ Flamengo), Rodolfo Landim (presi-dente do Flamengo) e Antonio Floren-cio de Queiroz Junior (presidente do Conselho Regional do Sesc RJ).

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O P I N I Ã O

Pensar como fã dá resultado sempre

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Você provavelmente foi impactado, de alguma forma, por alguma informação sobre a Fórmula 1 neste ano. Mesmo sem ser um fã de automobilismo, algo te chamou a atenção sobre a categoria, que

muito provavelmente está adormecida em seu pensamento há alguns anos.Há alguns anos, quando a Liberty Media anunciou o investimento na cate-

goria, ele parecia mais a aventura de um fanático que via claramente que a F-1 caminhava para o buraco e tentava salvá-la do que realmente um negócio. A constante negação do "circo da F-1" de ser moderno também na comunicação da modalidade parecia levá-la para um caminho sem volta de esquecimento.

Bernie Ecclestone havia parado no tempo em que a categoria era um meio de ratificar um estilo de vida desejado. Carros potentes, mulheres esbeltas, alta

velocidade e viagens pelo mundo. O problema é que o galmour que

cercava a F-1 e a fez objeto de desejo nos anos 80 e 90 é "coisa de velho".

O que a Liberty Media vem fazen-do já há alguns anos é reduzir o abismo que existia do esporte que sempre foi sinônimo de tecnologia do que real-mente é vanguarda tecnológica. Como podia, em pleno 2015, a F-1 não usar as redes sociais para falar com o fã? Por que as transmissões da categoria ainda

eram restritas ao universo da televisão, sem qualquer produto extra on-line?Para tirar esse atraso, a F-1 investe, há alguns anos, no torcedor. A cabeça

de quem está no comando da categoria parou de pensar apenas no piloto e no resultado financeiro que precisa existir para focar em atrair e reter o torcedor.

Como fazer isso? O único jeito é pensar como fã. Não seria muito legal ter uma transmissão com mais ângulos de câmeras e poder ter acesso à tecnologia que pulsa entre as equipes? E se a gente valorizasse as manobras arriscadas? Como será que é o dia a dia do piloto? E de uma equipe?

Tudo isso era obscuro para o fã. Era desejo inatingível. Igual os bastidores de um vestiário do time de futebol. O que a F-1 fez foi começar a aproximar esse universo do fã. Rapidamente as redes sociais cresceram, a conversa sobre a categoria aumentou e, naturalmente, agora cresce o faturamento.

Qual foi a mudança? Em vez de só olhar como aumentar a receita, a F-1 passou a ver como se aproximar do fã. Isso garante crescimento. E mais receita.

Fórmula 1 soube sair do buraco que

cavava para si ao usar o conteúdo para

se aproximar do fã e daí faturar mais

POR ERICH BETING

diretor executivo da Máquina do Esporte

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Clubes fazem manifesto em favor

da MP 984

O BMG mudou a ação com o Corinthians e com o Atlético Min-eiro para ficar mais próximo de seus objetivos. No começo do mês, o banco lançou um desafio aos torce-dores dos dois times: caso a plata-forma do BMG com as equipes somasse mais 50 mil correntistas, em cada clube, a empresa iria mu-dar a cor do logotipo no uniforme para preto e branco, cores das duas agremiações patrocinadas pela companhia. Em ambos os casos, os números ainda estão distantes da meta estabelecida. Corinthians e Atlético não chegaram a juntar 20 mil correntistas em suas respectivas plataformas com o BMG durante a atual temporada do futebol.

B M G M U D A A Ç Ã O PA R A A L C A N Ç A R M E TAD E C O N TA S

O Real Madrid renovou o acordo de patrocínio com a desenvolvedora

de games EA Sports até o final da temporada 2024/2025. Assim, o rela-cionamento, que teve início em 2015, chegará a pelo menos uma década ao

final do novo contrato. Pelo acordo, a EA Sports continua com autorização

para reproduzir os jogadores e tam-bém o Estádio Santiago Bernabéu no

game Fifa, que é atualizado ano a ano. No final do mês passado, a EA Sports

já havia renovado com a LaLiga.

REAL MADRID SEGUE LALIGA E RENOVA COM

EA SPORTS ATÉ O ANO DE 2025

POR REDAÇÃO

Dezesseis dos principais clubes brasileiros lançaram, na quinta-feira (16), um manifesto a favor da Medida Provisória 984, que tem como principal item a transferência do direito de arena ao clube mandante da partida, sem a necessidade de acordo com a equipe adversária.

Segundo o documento, a nova medida evita que aconte-çam os "apagões" de transmissões, como ocorreu no último Campeonato Brasileiro. Em 2019, a divisão de direitos entre SporTV e Esporte Interativo deixou uma série de partidas do torneio sem exibição na rede fechada.

Além disso, os clubes reforçaram que, com o direito de arena concedido ao mandante, há um incentivo para que as equipes se unam, em alinhamento ao que acontece nas prin-cipais ligas do mundo. "Com a MP, quanto mais os clubes estiverem unidos, mais vão ganhar", afirma o documento.

O texto divulgado na última quinta-feira (16) foi assinado por Athletico Paranaense, Atlético Goianiense, Atlético Mi-neiro, Bahia, Ceará, Corinthians, Coritiba, Flamengo, Forta-leza, Goiás, Internacional, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos, Sport e Vasco. Dos 20 clubes que disputarão a Série A do Campeonato Brasileiro em 2020, apenas Botafogo, Flu-minense, Grêmio e São Paulo não assinaram.

Os clubes também ressaltam que, com a MP, deverá haver um aumento na concorrência pelos direitos de transmissão. Para eles, o antigo modelo estaria ultrapassado e, com a nova medida, o futebol abriria espaço para outros investidores.

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BeIN para de exibir Serie A italiana em pro-BeIN para de exibir Serie A italiana em pro-testo contra piratariatesto contra pirataria

O bom desempenho comercial e de audiência que o SBT conseguiu com a transmissão da final do Carioca com exclusividade na televisão não teve o mesmo significado para o clássico entre Flamengo e Fluminense.

Com uma média de 28 pontos na medição do Ibope para a praça da região metropolitana do Rio de Janeiro, a partida não tinha uma audiência tão baixa na TV aberta desde 20 de março de 2016, quando o clássico carioca foi realizado no Estádio do Pacaembu, em São Paulo, e transmitido ao vivo pela Globo.

Naquela ocasião, a emissora alcançou 23 pontos na medição do Ibope com a transmissão em um domingo à tarde. O jogo era válido pela segunda rodada do estadual do Rio de Janeiro. Desde então, sete edições de Fla-Flu foram televisio-nadas pela Globo. Nenhuma delas havia ficado abaixo de 28 pontos.

Mesmo assim, dada a situação peculiar do Campeonato Carioca de 2020 em relação aos direitos televisivos, o resultado alcançado pelo SBT precisa ser come-morado, ainda mais se for considerado o fato de que o anúncio de que o jogo seria televisionado saiu apenas na noite da sexta-feira (10), cinco dias antes da partida.

Durante a transmissão, o SBT chegou a liderar na TV aberta no Rio de Janeiro, algo que não havia sido sequer cogitado pela emissora paulista recentemente.

Nacionalmente, a Globo acabou tendo melhor desempenho. Segundo os núme-ros preliminares do Ibope, no Painel Nacional da Televisão (PNT), que compreende 15 mercados, a emissora teve 27 pontos de média, contra 15 do SBT. Isso engloba o período que vai desde o início até o término da transmissão do jogo. No horário em que a bola rolou, a Globo liderou por 28 a 16 pontos.

Fla-Flu tem pior audiência desde 2016

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POR ERICH BETING