NR 10 CURSO SEP

281
Alcantaro Corrêa Presidente da FIESC Sérgio Roberto Arruda Diretor Regional do SENAI/SC Antônio José Carradore Diretor de Educação e Tecnologia do SENAI/SC Marco Antônio Dociatti Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC Hildegarde Schlupp Diretora do SENAI/SC - Unidade Joinville Equipe técnica que participou da elaboração da obra Conteúdo Organizado por Projeto gráfico / ilustração Ronaldo Scoz Duarte FabriCO Coordenação geral / EaD Bibliotecária Raphael da Silveira Geremias Simoni Casimiro de Oliveira Revisão Gramatical Simone Rejane Martins

description

Curso SEP

Transcript of NR 10 CURSO SEP

  • Alcantaro Corra Presidente da FIESC Srgio Roberto Arruda Diretor Regional do SENAI/SC Antnio Jos Carradore Diretor de Educao e Tecnologia do SENAI/SC Marco Antnio Dociatti Diretor de Desenvolvimento Organizacional do SENAI/SC Hildegarde Schlupp Diretora do SENAI/SC - Unidade Joinville Equipe tcnica que participou da elaborao da obra Contedo Organizado por Projeto grfico / ilustrao Ronaldo Scoz Duarte FabriCO Coordenao geral / EaD Bibliotecria Raphael da Silveira Geremias Simoni Casimiro de Oliveira

    Reviso Gramatical Simone Rejane Martins

  • Confederao Nacional das Indstrias - CNI Federao das Indstrias do Estado de Santa Catarina - FIESC Servio Nacional de

    Aprendizagem Industrial - SENAI Departamento Regional de Santa Catarina SENAI/DR Unidade SENAI/SC Joinville

    Curso de Aperfeioamento Profissional

    Curso Complementar da NR10: Segurana no Sistema Eltrico de Potncia

    (SEP) e em suas proximidades.

    Curso na Modalidade a Distncia

    Joinville 2007

  • 2007. SENAI1 Departamento Regional de Santa Catarina Qualquer parte desta obra

    poder ser reproduzida, desde que citada a fonte. SENAI/SC DR Direo Regional Ficha catalogrfica elaborada por: Ktia Regina Bento dos Santos CRB 14/693 - SENAI/SC - Florianpolis

    SENAI/SC Servio Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de Santa Catarina Rodovia Admar Gonzaga, 2765. Itacorubi CEP 88034-001 Florianpolis/SC Fone: (48) 3231-4100 Fax: (48) 3334-1578 http://www.sc.senai.br SENAI/SC - Unidade Joinville Rua Arno Waldemar Doehler, 957. Zona Industrial Norte - CEP 89219-510 - Joinville/SC Fone: (47) 3441-7778 Fax: (47) 3441-7776 1 Instituio credenciada conforme portaria MEC 4388, de 15/12/2005.

    D812c

    Duarte, Ronaldo Scoz Curso complementar da NR10 : segurana no sistema eltrico de

    potncia (SEP) e em suas proximidades : curso na modalidade distncia / [organizado por]Ronaldo Scoz Duarte. Joinville: SENAI/SC, 2007.

    286 p. : il. ; 28 cm.

    Inclui bibliografia. 1.Aparelhos e materiais eltricos Normas de segurana. 2. Eletricidade Medidas de segurana. I. SENAI. Departamento Regional de Santa Catarina. I. Ttulo.

    CDU 331.456

  • Agradecemos o empenho e a dedicao de toda a equipe de profissionais do SENAI/SC envolvidos na elaborao deste material. De modo especial, agradecemos a iniciativa da empresa CHESF (Companhia Hidro Eltrica do So Francisco) que, prontamente, disponibilizou a experincia dos integrantes da sua equipe tcnica para contribuies especficas no desenvolvimento do material.

  • APRESENTAO Estamos iniciando o Curso Complementar da NR10 - Segurana no Sistema Eltrico de Potncia (SEP) e em suas proximidades. Conforme estudado no curso bsico, os trabalhadores que interagem com nveis acima de 1.000V em corrente alternada e 1.500V em corrente contnua, devem receber treinamento especfico para intervenes em alta tenso. Sua finalidade o aprofundamento nas questes de segurana e de proteo especficos para os trabalhos com circuitos eltricos integrantes do SEP. Nota: Conforme a NR10, pr-requisito para freqentar o curso complementar ter participado com aproveitamento satisfatrio do curso bsico. Este curso foi desenvolvido e dirigido especificamente para as condies de trabalho caractersticas de cada ramo (gerao transmisso distribuio), padro de operao, de nvel de tenso e de outras peculiaridades especficas ao tipo ou condio especial de atividade. O curso focalizar a segurana dos trabalhos no SEP, enfatizando procedimentos para controle dos riscos eltricos promovida, principalmente, pelas medidas de proteo coletiva, como tambm a segurana nas atividades envolvendo a interveno em instalaes energizadas e desenergizadas, dando especial ateno importncia da organizao do trabalho na segurana e ao homem e seu desenvolvimento como gestor da segurana. Lembre-se: voc o protagonista do aprendizado, portanto, seja participativo e aproveite ao mximo. Bons estudos!

  • PLANO DE ESTUDO Carga horria de dedicao 40 horas de atividades: 32 horas distncia, distribudas no ciclo de 45 dias e 8 horas em encontro presencial. Ementa Organizao do sistema eltrico de potncia (SEP). Organizao do trabalho. Aspectos comportamentais. Condies impeditivas para servios. Riscos tpicos no SEP e sua preveno. Tcnicas de anlise de risco no SEP. Procedimentos de trabalho anlise e discusso. Tcnicas de trabalho sob tenso. Equipamentos e ferramentas de trabalho (escolha, uso, conservao, verificao, ensaios). Sistemas de proteo coletiva. Equipamentos de proteo individual. Posturas e vesturios de trabalho. Liberao de instalao para servio e para operao e uso. Treinamento em tcnicas de remoo, atendimento, transporte de acidentados. Acidentes tpicos Anlise, discusso, medidas de proteo. Responsabilidades. Nota: os contedos apresentados neste curso foram avaliados e desenvolvidos, respeitando-se as especificidades das condies de trabalho caractersticas de cada ramo (Gerao, Transmisso e Distribuio), bem como, outras especificaes pertinentes (padro de operao, nvel de tenso, entre outras).

  • Objetivos do curso Geral Compreender os riscos referentes aos trabalhos no SEP e a implementao de medidas de controle para garantia da segurana e qualidade de vida. Especficos Conhecer a estrutura do SEP, a identificao, anlise e antecipao dos riscos tpicos e desenvolvimento de metodologias seguras. Abordar as reas seguras e sua delimitao, obstculos, a desenergizaco, riscos adicionais e seus EPIs. Examinar o trabalho em instalaes energizadas, suas metodologias, equipamentos e vesturios adequados. Estudar a organizao do trabalho: modos de execuo, informaes prvias sobre a instalao, planejamento e permisses. Avaliar o homem e seu desenvolvimento como gestor da segurana. Abordar as questes de segurana com veculos e equipamentos de porte e o atendimento a acidentados. Analisar acidentes tpicos do SEP luz da sistematizao da NR-10. Estudar as responsabilidades de todos os envolvidos nos trabalhos no SEP conforme a legislao brasileira.

  • Mdulos de Estudo Apresentao do Curso Mdulo 1. O SEP e seus riscos. Mdulo 2. Sistemas de controle. Mdulo 3. Trabalho sob tenso. Mdulo 4. Organizao como fator de segurana. Mdulo 5.Voc e o trabalho em equipe. Mdulo 6. Treinamentos e prticas. Mdulo 7. Aplicando a NR 10. Mdulo 8. Responsabilidades. Orientaes para estudo Para motivar e facilitar seus estudos na fase a distncia, o contedo do Curso Complementar da NR10 possui estrutura didtica planejada e interativa. Os mdulos de estudo so subdivididos em lies. Cada lio compreende um conjunto de atividades que conduziro suas reflexes sobre conhecimentos, habilidades e atitudes que voc desenvolve durante o dia-a-dia de trabalho. Para contribuir com a eficcia destas reflexes, recomendamos os seguintes passos: 1 Passo Realize seus estudos seguindo a ordem crescente dos mdulos. No alterne as leituras entre os mdulos; 2 Passo Primeiramente, inicie a leitura da apostila, na lio 1, do mdulo 1. Faa suas reflexes sobre as atividades dirias, registrando suas concluses;

  • 3 Passo Aps terminar a leitura da lio 1 na apostila, inicie seus estudos (da mesma lio) no ambiente virtual. O Ambiente Virtual apresentar um overview (viso geral) do contedo estudado; 4 Passo Realize os exerccios e/ou atividades propostas no final da lio, para auto-avaliao e reforo do aprendizado. Efetue esses passos para todas as demais lies. No esquecendo de realizar os jogos ao final dos mdulos e de participar dos fruns de discusso, para interao com os colegas e tutor. IMPORTANTE: todas as atividades e fruns do Ambiente Virtual so obrigatrios para participao na aula presencial. Quadro-guia de estudo Observe o quadro guia de estudo, ele pode lhe auxiliar com sucesso durante o curso. Para planejar e preench-lo, primeiro conhea o tempo necessrio para sua dedicao aos estudos e as datas-chave do curso assinaladas no calendrio disponvel no Ambiente Virtual de Aprendizagem. Escreva nos espaos em branco a quantidade de horas que voc deve dedicar a cada mdulo, as datas-chave para o cumprimento das atividades e as da sua disponibilidade para o estudo. Pronto, agora seguir as datas propostas para manter controle dos estudos que voc acabou de programar.

  • SUMRIO Mdulo 1 O SEP e seus riscos............................................................................. 17 Lio 1 Organizao do Sistema Eltrico de Potncia (SEP)..................... 19 Lio 2 Riscos tpicos no SEP e a sua preveno......................................... 35 Lio 3 Tcnicas de anlise de risco no SEP.................................................. 51 Lio 4 Condies impeditivas para execuo de servios....................... 60 Lio 5 Procedimentos de trabalho; anlise e discusso............................ 66 Mdulo 2 Sistemas de controle........................................................................... 77 Lio 1 Equipamentos e ferramentas de trabalho....................................... 77 Lio 2 Sinalizao e isolamento de reas de trabalho............................... 93 Lio 3 Equipamentos de proteo coletiva............................................... 104 Lio 4 Equipamentos de proteo individual - EPI................................... 118 Mdulo 3 Trabalho sob tenso.......................................................................... 145 Lio 1 Tcnicas de trabalho sob tenso..................................................... 146 Lio 2 Procedimento de segurana para trabalho em painis e cubculos......151 Lio 3 Equipamentos e ferramentas de trabalho..................................... 153 Mdulo 4 Organizao como fator de segurana......................................... 161 Lio 1 Mtodos de trabalho.......................................................................... 161 Lio 2 Pronturio e cadastro das instalaes............................................ 163 Lio 3 Programao e planejamento dos servios................................. 168 Lio 4 Liberao de instalaes e equipamentos..................................... 171

  • Mdulo 5 Voc e o trabalho em equipe.......................................................... 179 Lio 1 Aspectos comportamentais.............................................................. 179 Lio 2 Comunicao....................................................................................... 188 Lio 3 Relacionamento interpessoal........................................................... 192 Lio 4 Posturas...................................................................................... 198 Mdulo 6 Treinamentos e prticas................................................................... 207 Lio 1 Treinamentos em tcnicas de remoo, atendimento e transporte de acidentados........................................................................... 207 Lio 2 Segurana com veculos e transporte de pessoas, materiais e equipamentos...212 Mdulo 7 Aplicando a NR-10............................................................................ 239 Lio 1 Acidentes tpicos: anlise, discusso e medidas de proteo......... 239 Mdulo 8 Responsabilidades.............................................................................. 263 Lio 1 Introduo a Responsabilidade........................................................ 264 Lio 2 O que Responsabilidade? ............................................................... 267 Lio 3 Responsabilidade Civil....................................................................... 270 Lio 4 Responsabilidade Civil da Administrao Pblica........................ 276 Lio 5 Responsabilidade Criminal.............................................................. 278

  • CAPTULO 1 O SEP E SEUS RISCOS

    Neste Mdulo voc estudar a estrutura do SEP, a identificao, a anlise e a antecipao de riscos tpicos e o desenvolvimento de metodologias seguras. Antes de iniciar o Mdulo 1, e em conformidade com o que voc estudou no Curso Bsico da NR10, que tal rever os itens 10.7 e 10.8 da Norma que tratam sobre o tra-balho envolvendo alta-tenso e habilitao, qualificao, capacitao e autorizao dos trabalhadores?

    Se voc tem dvida sobre algum item da NR-10, anote as suas dvidas a seguir e depois discuta com os seus colegas durante os fruns e com o tutor por meio do tira dvidas, no Ambiente Virtual de Aprendizagem. _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

  • O principal objetivo do curso complementar dar condies para o trabalhador identificar os riscos presentes no Sistema Eltrico de Potncia e implementar as medidas de controle por meio de procedimentos que devem constar no pronturio das instalaes. Durante o estudo deste mdulo, na Lio 1, voc conhecer os principais subsistemas que compem o SEP. Na Lio 2, voc verificar quais so os riscos tpicos e os principais mtodos de preveno que devem ser aplicados a estes subsistemas. Em seguida, Lio 3, voc aprender as tcnicas de anlise de risco e, na Lio 4, as condies impeditivas para servio. Finalmente, voc concluir o Mdulo 1 verificando, na Lio 5, como acontece o planejamento e a implementao dos procedimentos de trabalho.

    Antes de iniciar a Lio 1, reflita sobre os riscos que voc encontra nas estruturas e nos sistemas com os quais trabalha diariamente. Ser que voc e seus colegas implementam todas as medidas de controle necessrias para a segurana? Durante a leitura da lio, descreva algumas atividades em que voc percebe que todo trabalhador est seguro e outras nas quais possvel estabelecer procedimentos mais rigorosos. Anote as suas concluses a seguir: _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

    _________________________________________________________________________

  • LIO 1 Organizao do Sistema Eltrico de Potncia (SEP) 1.1 Aspectos organizacionais

    Voc sabia que no Brasil, por fora da Constituio Federal, o Poder Concedente, que regula e fiscaliza a gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica, federal?

    Sendo federal, as concesses so de responsabilidade do Ministrio de Minas e Energia (MME), enquanto a regulao e a fiscalizao so exercidas pela ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica. Saiba que, alm da agncia reguladora federal (ANEEL) e das estaduais, existem outros organismos tambm importantes e vitais para a adequada coordenao da expanso e operao do sistema. ONS Operador Nacional do Sistema, encarregado de planejar e coordenar a operao eltrica e energtica de todo o sistema brasileiro. EPE Empresa de Planejamento Energtico, encarregada de planejar a expanso dos sistemas eltrico e energtico. CCEE Cmara de Comercializao de Energia Eltrica, responsvel pelos contratos de compra e venda de energia e pela contabilidade da energia fornecida ou recebida pelos geradores, distribuidores, consumidores livres e comercializadores.

  • Para facilitar a descrio deste Mdulo e o entendimento das atividades, voc verificar que o contedo estar dividido em trs segmentos que compem o sistema eltrico de potncia, a seguir: gerao, transmisso e distribuio de energia eltrica. Voc tambm verificar que esta lio realizar uma pequena abordagem sobre os aspectos da operao de sistemas eltricos no Brasil. Ento, vamos l!

    O sistema eltrico brasileiro apresenta, como particularidade, grandes extenses de linhas de trans-misso e um parque produtor de gerao predominantemente hidrulica. O mercado consumidor (47,2 milhes de unidades) concentra-se nas

    regies Sul e Sudeste, mais industrializadas. A regio Norte atendida de forma intensiva por pequenas centrais geradoras, a maioria termeltricas a leo diesel. Os sistemas de energia eltrica organizam-se numa estrutura baseada em processos verticais e horizontais, como voc pode verificar no diagrama abaixo.

  • 1.2 Gerao ou produo de energia eltrica

    Voc, como trabalhador na rea de instalaes e servios de eletricidade, sabe como produzido a energia eltrica no Brasil? As principais fontes e os tipos de usinas? Verifique a seguir.

  • De acordo com os dados apresentados pela ANEEL Agncia Nacional de Energia Eltrica, o Brasil possui um total de 1.633 empreendimentos em operao, gerando 99.488.716 kW de potncia e a sua matriz atual de energia eltrica apresentada na tabela A.

    Est prevista para os prximos anos uma adio de 26.681.299 kW na capacidade de gerao do pas, proveniente dos 85 empreendimentos atualmente em construo e mais 518 outorgados.

    Tabela A

  • Normalmente, as fontes de energia eltrica, ditas convencionais so as usinas hidreltricas de grande porte (com potncia acima de 30 MW) e as usinas termeltricas. A gerao de energia por usinas hidreltricas representa mais de 70% de nossa produo, concentrandose nas regies Sul e Sudeste do Pas. Verifique a seguir a definio dos termos, de acordo com a NBR 5460 Sistemas Eltricos de Potncia.

    2.1 Usina (eltrica) a instalao eltrica destinada a gerar energia eltrica em escala industrial, por converso de outra forma de energia. 2.2 Usina hidreltrica a usina eltrica na qual a energia eltrica obtida por converso da energia potencial gravitacional da gua. Podemos encontrar usinas hidreltricas do tipo: 2.2.1 Usina (hidreltrica) a fio dgua usina hidreltrica que utiliza diretamente a vazo do rio, tal como se apresenta no local; 2.2.2 Usina (hidreltrica) com acumulao usina hidreltrica que dispe do seu prprio reservatrio de regularizao.

    Voc sabia que nas grandes usinas o nvel de tenso na sada dos geradores est normalmente na faixa de 6 a 25 kV?

    Com relao s usinas termeltricas, apresentam em geral, como caracterstica bsica, um menor custo de construo, maior custo de operao e de manuteno e a possibilidade de serem alocadas mais prximas do mercado consumidor.

  • Como profissional na rea de instalao e servios de eletricidade, voc acredita que as usinas termeltricas seriam a melhor soluo para a gerao de energia eltrica no Brasil? Existem outras solues?

    importante que voc saiba que os Sistemas Isolados Brasileiros, predominantemente trmicos e majoritariamente localizados e dispersos na regio Norte, encontramse fora do SIN Sistema Interligado Nacional. Esses sistemas atendem a uma rea de 45% do territrio e cerca de 3% da populao nacional, ou seja, aproximadamente 1,2 milho de consumidores. Representam 3,4% da capacidade de produo de eletricidade nacional. Baseando-se na NBR 5460, verifique alguns termos relacionados a essa forma de gerao.

    2.3 Usina termeltrica usina eltrica na qual a energia eltrica obtida por converso da energia trmica. Os tipos mais utilizados no Brasil so: 2.3.1 Unidade (termeltrica) a combusto interna unidade termeltrica cujo motor primrio um motor de combusto interna; 2.3.2 Unidade (termeltrica) a gs unidade termeltrica cujo motor primrio uma turbina a gs; 2.3.3 Unidade (termeltrica) a turbina unidade termeltrica cujo motor primrio uma turbina a vapor; 2.3.4 Usina nuclear usina termeltrica que utiliza a reao nuclear como fonte trmica.

    As usinas termeltricas movidas a carvo mineral, leo combustvel, gs natural ou nucleares so tambm classificadas como fontes de energia eltrica convencionais, assim como a hidreltrica, observando que, em ambos os casos, os geradores so do tipo sncrono operando na freqncia nominal de 60 Hz, que a freqncia dos sistemas eltricos brasileiros.

  • No caso de gerao nuclear, as usinas normalmente so situadas o mais prximo possvel dos locais de consumo com o objetivo de minimizar os custos de transmisso, dependendo tambm dos aspectos de segurana e conservao ambiental. Como fontes alternativas de energia eltrica, existem uma gama de possibilidades, incluindo energia solar fotovoltaica, usinas elicas, usinas utilizando-se da queima de biomassa (madeira e bagao de cana-de-acar, por exemplo) e outras fontes menos usuais como as que utilizam a fora das mars.

    Voc verificou que alm das usinas hidreltricas e termeltricas existem outras opes para a produo da energia eltrica. Por que, no Brasil, essas possibilidades de produo de energia ainda no se intensificaram?

    Devido aos longos prazos de maturao de projetos de gerao de grandes envergaduras, no Brasil, vm sendo desenvolvidos estudos para a verificao da viabilidade tcnica e dos custos associados transmisso de energia da Amaznia para as regies Nordeste, Sudes-te e Centro-Oeste do Pas, na qual esto envolvidas distncias superiores a 2000 km. 1.3 Transmisso Baseados na funo que exerce, pode-se definir transmisso como o transporte de energia eltrica caracterizado pelo valor nominal de tenso:

  • a. entre a subestao elevadora de uma usina eltrica e a subestao abaixadora em que se inicia a subtransmisso, alimentando um sistema de distribuio, e fornecendo energia eltrica a um grande consumidor; ou b. entre as subestaes que fazem a interligao dos sistemas eltricos de dois concessionrios, ou de reas diferentes do sistema de um mesmo concessionrio.

    As tenses usuais de transmisso adotadas no Brasil em corrente alternada podem variar de 138 kV at 765 kV, incluindo, neste intervalo, as tenses de 230 kV, 345 kV, 440 kV e 500 kV. As redes com tenses nominais iguais ou superiores a 230 kV formam a chamada rede bsica de transmisso. Os sistemas de subtransmisso contam com nveis mais baixos de tenso, tais como 34,5 kV, 69 kV ou 88 kV e 138 kV e alimentam subestaes de distribuio. Normalmente operam em tenses inferiores quelas dos sistemas de transmisso, no sendo, no entanto, incomum operarem com uma tenso tambm existente nesses sistemas. Nascem nos barramentos das subestaes regionais e terminam em subestaes abaixadoras locais. Das subestaes regionais, em geral, saem diversas linhas de subtransmisso tomando rumos diversos. Em um sistema possvel haver, tambm, dois ou mais nveis de tenses de subtransmisso como, ainda, um subnvel de subtransmisso.

    Voc sabia que no Brasil existe um sistema que opera em corrente contnua, o Sistema de Itaipu, com nvel de tenso de 600 kVCC?

    No caso de transmisso em corrente alternada, o sistema eltrico de potncia constitudo basicamente pelos geradores, estaes de elevao de tenso, linhas de transmisso, subestaes seccionadoras e pelas estaes transformadoras abaixadoras.

  • Na transmisso em corrente contnua, a estrutura essencialmente a mesma, diferindo apenas pela presena das estaes conversoras junto subestao elevadora (para retificao da corrente) e junto subestao abaixadora (para inverso da corrente) e, ainda, pela ausncia de subestaes intermedirias abaixadoras ou de seccionamento. Saiba que as linhas de transmisso em corrente contnua apresentam custo inferior ao de linhas em corrente alternada, enquanto que as estaes conversoras apresentam custo elevado. Portanto, a transmisso em corrente contnua apresenta-se vantajosa na interligao de sistemas com freqncias diferentes ou para a transmisso de energia a grandes distncias. Sob o ponto de vista fsico e eltrico, as linhas de transmisso e de subtransmisso se confundem e os mtodos de clculo so os mesmos. Em algumas empresas, as linhas de subtransmisso ficam sujeitas aos seus departamentos de distribuio, que as planejam, projetam, constroem e operam. Em outras empresas, elas esto a cargo dos departamentos encarregados das linhas e subestaes. uma opo de organizao administrativa. Para efeito didtico e para ajud-lo a compreender esta lio, extraiuse algumas definies da NBR 5460, as quais voc pode verificar a seguir.

    3.1 Subtransmisso transmisso de energia eltrica entre uma subestao abaixadora de um sistema de transmisso e uma ou mais subestaes de distribuio. 3.2 Subestao parte de um sistema de potncia concentrada em um dado local, compreendendo, primordialmente, as extremidades de linhas de transmisso e/ou de distribuio, com os respectivos dispositivos de manobra, controle e proteo, incluindo obras civis e estruturas de montagem, podendo incluir tambm transformadores, equipamentos conversores e outros equipamentos. Podemos citar dentre os tipos de subestao:

  • Cadeias de isoladores Durante o processo de manuteno da cadeia de isoladores, os cabos condutores esto provisoriamente sustentados por equipamentos tais como

    talhas

    3.2.1 - subestao elevadora subestao transformadora na qual a tenso de sada maior que a tenso de entrada; 3.2.2 subestao abaixadora subestao transformadora na qual a tenso de sada menor que a tenso de entrada; 3.2.3 subestao de manobra (chaveamento) subestao cuja finalidade principal modificar a configurao de um sistema eltrico, mediante modificao das interligaes de linhas de transmisso; 3.2.4 subestao telecontrolada (desassistida) subestao noatendida cuja operao controlada a distncia. 3.3 Linhas conjunto de condutores, isoladores e acessrios destinado a transportar energia eltrica entre dois pontos de um sistema eltrico. Compem-se basicamente de trs partes principais: a. estruturas (ou suportes) e acessrios;

    c. cabos condutores e acessrios. b. cadeias de isoladores e acessrios;

    Protegendo esse conjunto, encontramos a malha ou o dispositivo de aterramento, composto de cabos praraios, fios terra e contrapeso.

    Distribuio No prximo item voc estudar com mais profundidade o processo de distribuio de

    Em resumo, sob o ponto de vista funcional e operacional, pode-se dizer que a estrutura de um sistema eltrico pode ser dividida em vrias subestruturas baseadas nos seus diversos nveis de tenso: gerao, transmisso, subtransmisso e

    energia eltrica. distribuio

    (primria e secundria).

    medida que a demanda de energia aumenta, mais fontes necessitam ser exploradas e novas linhas de transmisso necessitam ser construdas para conectar essas novas estaes geradoras aos novos pontos de distribuio e, tambm, s estaes j existentes, surgindo assim a interligao de sistemas.

  • 1.4 Distribuio

  • Voc sabe quais so os principais componentes do sistema eltrico de distribuio? Como voc trabalha com esses componentes? Quais so os cuidados que voc toma para a sua segurana? Verifique, a seguir, os componentes mais importantes do sistema eltrico de distribuio.

    Os principais componentes do sistema eltrico de distribuio so: redes primrias; redes secundrias; ramais de servio; medidores; transformadores de distribuio; capacitores e reguladores de rede. As linhas de transmisso e de subtransmisso convergem para as estaes de distribuio, que uma subestao rebaixadora que alimenta um sistema de distribuio, na qual a tenso abaixada, usualmente, para o nvel de 13,8 kV. Dessas subestaes originamse alguns alimentadores que se inter ligam aos transformadores de distribuio da concessionria ou a de consumidores em tenso primria.

  • Consumidores que possuem uma carga instalada superior a 75 kW sero atendidos em tenso primria (mdia ou alta, dependendo de sua demanda). Dentre os outros nveis de tenso primria de distribuio ainda encontrados no Brasil, podemos citar: 2,3 kV; 3,8 kV; 6,6 kV; 11,9 kV; 13,8 kV; 23 kV; 34,5 kV. A energia, em tenso primria de distribuio, entregue a um grande nmero de consumidores, tais como indstrias, centros comerciais, grandes hospitais, etc. Os alimentadores primrios suprem um grande nmero de transformadores de distribuio que abaixam o nvel para a tenso secundria para o uso domstico e pequenos consu-midores comerciais. Quanto ao nvel de tenso de distribuio dos sistemas secundrios, observam-se os seguintes valores nominais mais freqentes: sistema de 220/127 volts (entre fases e entre fase e neutro) e o sistema de 380/220 volts, derivveis de sistemas trifsicos com neutro, e o sistema de 220/110 volts derivvel de sistemas monofsicos. Esses sistemas incluem os secundrios dos transformadores de distribuio pertinentes e os ramais de ligao dos consumidores. Operam com as tenses mais baixas do sistema e em geral seu comprimento no excede 200 a 300 m. O Centro de Operao da Distribuio COD o rgo destinado a supervisionar e coordenar as atividades operativas do sistema de distribuio, sua filosofia bsica a de centralizao do comando operativo da rede eltrica em um s rgo e local e visa proporcionar: adequado atendimento aos consumidores; controle e anlise das interrupes, visando minimiz-las; manuteno da configurao planejada; melhores condies operativas, diminuindo os riscos; dinamizao e controle das manutenes.

  • Fundao Comit de Gesto Empresarial (Fundao COGE), criada em 1998 por empresas do setor de energia eltrica brasileiro, conta atualmente com 58 instituidoras dos setores pblico e privado.

    Glossrio De acordo com a FUNCOGE

    , o mercado de distribuio de energia eltrica atende cerca de 47 milhes de unidades consumidoras, das quais 85% so consumidores residenciais, em mais de 99% dos municpios brasileiros. Ao longo dos ltimos 20 anos, o consumo de energia eltrica apresentou ndices de expanso elevados devido expressiva participao das classes de consumo residencial, comercial e rural, en quanto o segmento industrial teve uma participao menor.

    1.5 Aspectos sobre a operao de sistemas eltricos Tanto os grandes motores industriais quanto os equipamentos eletrodomsticos so projetados e construdos para trabalharem dentro de certas faixas de tenso e freqncia, fora das quais pode apresentar funcionamentos nosatisfatrios ou at mesmo se danificarem. Essas exigncias bsicas impem operao dos sistemas eltricos um adequado controle da tenso e da freqncia na rede, a qual est sujeita s mais variadas solicitaes de carga, as quais variam ano a ano, ms a ms e, o mais importante, podem variar muito durante um nico dia, devido, por exemplo, demanda nos horrios de pico quando comparada com a da madrugada. Como no possvel armazenar energia eltrica comercialmente, deve ser produzida, a cada instante, na medida da demanda requerida.

    Alm das variaes de carga previstas, h tambm as de natureza aleatria, tais como a conexo e desconexo de cargas por manuteno ou o defeito de instalaes da planta industrial ou comercial que ocasionam alteraes, em geral, pequenas na freqncia e tenso da rede. Defeitos na rede que provocam o desligamento de linhas, geradores, grandes blocos de carga ou de interligaes entre sistemas podem ocasionar oscilaes ou variaes mais significativas, as quais os equipamentos de controle procuram minimizar.

  • A freqncia controlada automaticamente nos prprios geradores por meio dos reguladores de velocidade, equipamentos que injetam mais ou menos gua, vapor ou gs nas turbinas que acionam os geradores, dependendo do aumento ou da diminuio da demanda. O controle da tenso pode ser feito remotamente nas usinas, por meio dos reguladores automticos de tenso, podendo tambm ser efetuado em nvel de transmisso, de subtransmisso e de distribuio. De um modo geral, o controle junto carga bem mais efetivo, uma vez que o controle remoto pode no ser suficiente. O controle feito automaticamente por meio de transformadores com controle de tap, por compensadores sncronos ou compensadores de reativos estticos e, manualmente, por meio de conexo ou desconexo de bancos de capacitores e/ou reatores em derivao.

    Derivao existente nas bobinas de transformadores utilizados para o controle da magnitude de tenso.

    Glossrio

    Alm dos aspectos ligados ao controle de tenso e da carga/freqncia, na operao das redes interligadas, existe o problema de como distribuir as cargas entre as diversas usinas do sistema, nas diversas situaes de demanda. alocao dessa gerao dse o nome de despacho da gerao, de cujo estabelecimento depende muito a operao racional e eficaz do sistema como um todo. interessante que voc saiba tambm que existem sistemas automticos de superviso e controle ou de despacho automtico. O controle feito por algoritmos de simulao/deciso em computador com dados monitorados continuamente sobre o carregamento das linhas de transmisso, as geraes das diversas usinas e o estado da rede de transmisso.

  • Voc se lembra da questo proposta no incio da lio, de identificar as atividades nas quais voc trabalha com segurana e aquelas em que os procedimentos podem ser melhorados? Agora pense em quais componentes do sistema eltrico de potncia, estudados na Lio 1, ocorrem mais acidentes e anote as suas concluses.

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    Voc acabou de estudar a primeira lio deste Mdulo, verificou os

    aspectos organizacionais, a gerao de energia eltrica, transmisso,

    distribuio e os aspectos sobre a operao de sistemas eltricos.

    Provavelmente muitos desses temas no so novidades para voc, porm

    importante que compreenda a importncia para a sua profisso. Na

    prxima lio voc estudar os riscos tpicos no Sistema Eltrico de

    Potncia e a sua preveno. Ento, bons estudos!

  • LIO 2 Riscos tpicos no SEP e a sua preveno Os riscos tpicos do SEP Sistema Eltrico de Potncia, so caracterizados por: 1. proximidade e contatos com partes energizadas; 2. induo; 3. descarga atmosfrica; 4. eletricidade esttica; 5. campo eltrico e magntico; 6. comunicao, identificao e sinalizao; 7. trabalho em altura, mquina e equipamentos especiais; 8. rudos, presso e animais peonhentos.

    Como profissional da rea de instalaes eltricas e servios, voc est exposto a todos os riscos citados anteriormente. Diante de tais riscos, como voc se previne para evitar um acidente? Estude a seguir cada um desses riscos e procure refletir sobre a sua prtica na rea eltrica.

    1. Proximidade e contato com partes energizadas

    Voc verificar que este item tambm abordar a zona de risco e a zona controlada, bem como o trabalho em proximidade.

  • Proteo contra o risco de contato Todas as partes das instalaes eltricas devem ser projetadas e executadas de modo que seja possvel prevenir, por meios seguros, os perigos de choque eltrico e todos os outros tipos de acidentes. Saiba que as partes de instalaes eltricas a serem operadas, ajustadas ou examinadas, devem ser dispostas de modo a permitir um espao suficiente para que voc tenha um trabalho seguro. As partes das instalaes eltricas, no cobertas por material isolante, na impossibilidade de se conservarem distncias que evitem contatos casuais, devem ser isoladas por barreiras que ofeream, de forma segura, resistncia a esforos mecnicos usuais. Toda instalao ou pea condutora que no faa parte dos circuitos eltricos, mas que, eventualmente, possa ficar sob tenso, deve ser aterrada, desde que esteja em local acessvel a contatos.

    O aterramento das instalaes eltricas deve ser executado adequadamente de acordo com o item 10.2.8.3 da NR-10.

    As instalaes eltricas, quando a natureza do risco exigir e sempre que tecnicamente possvel, devem ser providas de proteo complementar por meio de controle a distncia, manual e/ou automtico. As instalaes eltricas que estejam em contato direto ou indireto com a gua e que possam permitir fuga de corrente, devem ser projetadas e executadas, em especial, quanto blindagem, ao isolamento e ao aterramento.

  • Respeitar as distncias de segurana entre as tenses (fase-fase e fase-terra), utilizao correta dos EPIs e dos EPCs (ao contato, ao potencial e a distncia). As vestimentas de trabalho devem ser adequadas s atividades, devendo contemplar a condutibilidade, a inflamabilidade e as influncias eletromagnticas. vedado o uso de adornos (brincos, correntinhas, entre outros) pessoais nos trabalhos com instalaes eltricas ou em suas proximidades. Os trabalhos que exigem o acesso zona controlada devem ser realizados mediante procedimentos especficos respeitando as distncias previstas na tabela B.

    Voc se lembra qual a diferena entre zona de risco e zona controlada? Verifique a seguir.

  • Verifique na tabela a seguir a faixa de tenso nominal da instalao eltrica e a faixa de tenso para as zonas de risco e controlada.

    Faixa de tenso Nominal da instalao eltrica em KV

    Rr Raio de delimitao entre zonas de riscos e controlada, em metros

    Rc Raio de delimitao entre zonas controlada e livre, em metros

  • Figura 1 Distncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre

    Figura 2 Distncias no ar que delimitam radialmente as zonas de risco, controlada e livre, com interposio de superfcie de separao fsica adequada

    ZL = Zona livre. ZC = Zona controlada, restrita a trabalhadores autorizados. ZR = Zona de risco, restrita a trabalhadores autorizados e com a adoo de tcnicas, instrumentos e equipamentos apropriados ao trabalho. PE = Ponto da instalao energizado. SI = Superfcie isolante construda com material resistente e dotada de todos dispositivos de segurana.

    Caso voc esteja em perigo, os servios em instalaes energizadas, ou em suas proximidades, devem ser suspensos de imediato.

    Sempre que inovaes tecnolgicas forem implementadas, ou para a entrada em operaes de novas instalaes ou equipamentos eltricos, devem ser previamente elaboradas anlises de risco, desenvolvidas com circuitos desenergizados e seus respectivos procedimentos de trabalho. Alm disso, o responsvel pela execuo do servio deve suspender as atividades quando verificar a situao ou condio de risco no prevista, cuja eliminao ou neutralizao imediata no seja possvel.

  • Trabalho em proximidade Para concluir este item, o trabalho em proximidade com partes energizadas definido por:

    2. Induo eletromagntica

    Outro risco tpico que voc pode estar submetido o produzido por induo. Mas voc sabe como esse risco produzido?

    A passagem da corrente eltrica em condutores gera um campo eletromagntico que, por sua vez, induz uma corrente eltrica em condutores prximos. Assim, pode ocorrer a passagem de corrente eltrica em um circuito desenergizado se ele estiver prximo a outro circuito energizado. Por isso fundamental que voc, alm de desligar o circuito no qual vai trabalhar, confira, com equipamentos apropriados (voltmetros ou detectores de tenso), se o circuito est efetivamente sem tenso. Saiba que nos trabalhos com linhas transversais e/ou paralelas deve-se utilizar o sistema de aterramento temporrio, tantos quantos necessrios.

    O aterramento temporrio um equipamento de proteo coletiva, destinado a promover a equipotencializao para proteo pessoal, contra a energizao indevida do circuito em interveno.

  • 3. Descargas atmosfricas Ao longo dos anos, vrias teorias foram desenvolvidas para explicar o fenmeno dos raios. Atualmente, tem-se que a frico entre as partculas de gua e gelo, que formam as nuvens, provocada pelos ventos ascendentes, de forte intensidade, do origem a uma grande quantidade de cargas eltricas. As descargas atmosfricas so um dos maiores causadores de acidentes em sistemas eltricos causando prejuzos, tanto materiais quanto para a segurana pessoal. Com o crescente aumento dessas descargas, tornou-se necessrio a avaliao do risco de exposio a que esto submetidos os edifcios, sendo este um meio eficaz de verificar a necessidade de instalao de pra-raios. Os pra-raios captam os raios e direcionam os mesmo para o sistema de aterramento. Os sistemas de aterramento tm como primeiro objetivo a segurana pessoal. Devem ser projetados para atender os critrios de segurana tanto em alta freqncia, descargas atmosfricas e telefonia quanto em baixas freqncias, como curtos-circuitos em motores trifsicos. Para que o aterramento seja eficaz, necessrio que seja um sistema estvel, ou seja, que apresente uma invariabilidade nos valores da resistncia de terra. Deve-se levar em considerao, tambm, a viabilizao do projeto, objetivando o ponto timo no que se diz respeito configurao do sistema e ao resultado desejado. Costuma-se adotar o valor da resistncia de terra em torno de 10 , mas na prtica este valor pode ser bem varivel. Adotando-se o aterramento com equipotencializao, por exemplo, o objetivo final manter todo o sistema a um mesmo potencial. Deste trabalho, conclui-se a importncia do conhecimento de projetos para os sistemas de aterramento e pra-raios de maneira minuciosa ressaltando suas caractersticas peculiares.

  • Como sendo um fenmeno da natureza, podemos apenas amenizar os efeitos utilizando mtodos seguros de pra-raios e aterramento evitando trabalho com o tempo carregado (chuvoso).

    Voc j trabalhou num dia de chuva com descargas atmosfricas? Voc acha que possvel adotar procedimentos para realizar uma operao numa situao dessas? Reflita sobre isso.

    4. Eletricidade esttica Os processos ou equipamentos susceptveis de gerar ou acumular eletricidade esttica devem dispor de proteo especfica e dispositivos de descarga eltrica. A eletricidade esttica uma carga eltrica em repouso. Ela gerada principalmente por um desbalanceamento de eltrons localizados sob uma superfcie ou no ar do ambiente. O desbalanceamento de eltrons (em todos os casos, gerado pela falta ou pelo excesso de eltrons) gera um campo eltrico capaz de influenciar outros objetos que se encontram a uma determinada distncia. O nvel de carga afetado pelo tipo de material, pela velocidade de contato e pela separao dos corpos, da umidade e de diversos fatores.

    Voc j recebeu um choque ao se encostar em um objeto metlico quando este se encontra num ambiente acarpetado ou num dia seco? Saberia dizer o motivo desse choque? E o que um choque?

    5. Campos eltrico e magntico A seguir voc estudar por que os campos eltrico e magntico podem apresentar riscos para o trabalhador e como podemos adotar as medidas de preveno e controle mais adequadas.

  • Campo magntico Voc, como profissional da rea de servios de eletricidade, percebeu que a maioria dos equipamentos tm um certo grau de sensibilidade perturbao de origem eletromagntica. Um simples raio que caia perto de uma instalao que tenha muitos sensores, transdutores associados a sinal e comandos pode causar um mau funcionamento, ou seja, no significa que esse equipamento ser danificado, mas ser levado a ele uma informao que ser codificada, no como um raio que caiu, mas como uma informao que o equipamento tomar e que vai ser errada. Isso uma perturbao de origem eletromagntica, porque o raio cria um campo eletromagntico que vai provocar o mau funcionamento dos comandos do controle de operao. Os sistemas de controle destinados segurana devem estar protegidos contra esse fenmeno classificado como compatibilidade eletromagntica e os equipamentos devem estar imunes a esse tipo de interferncia. Deve haver uma preocupao em imunizar o equipamento para evitar o mau funcionamento contra o fenmeno de perturbao e, ao mesmo tempo, evitar que o equipamento produza rudos de natureza de campo eletromagntico que perturbe tanto o seu funcionamento quanto o de outros. Para isso que existe o estudo de um bom aterramento, da escolha adequada do tipo de aterramento para evitar correntes comuns, ou seja, assegurar, ao usurio da instalao, uma certa segurana para o equipamento instalado e evitar certos tipos de sobretenso que so provocados por falhas na rede eltrica, como um curtocircuito, por exemplo. Mais uma finalidade do aterramento a de promover uma referncia de potenciais para a boa operao dos sistemas eltricos, em especial quando h partes isoladas eletricamente, como um transformador.

  • No seu trabalho e nas atividades referidas devem ser adotadas medidas preventivas destinadas ao controle dos riscos adicionais, especialmente quanto altura, ao confinamento, aos campos eltricos e magnticos, explosividade, umidade, poeira, fauna e flora e a outros agravantes, adotando-se a sinalizao de segurana.

    Corrente eltrica gera campo magntico Existe grande controvrsia a respeito dos efeitos dos campos eletromagnticos no ser humano. No existe fundamentao cientfica em muitos trabalhos divulgados, porm algumas observaes so feitas a seguir: muitos trabalhos sobre o tema apresentam problemas metodolgicos e muitos se baseiam em exposio anterior, que de difcil mensurao ou comprovao; a legislao brasileira no determina os limites de tolerncia para exposio ocupacional aos campos eletromagnticos.

    Do ponto de vista mdico, no existe nenhum exame que possa ser formalmente realizado como indicador de efeito ou de exposio a campos eletromagnticos.

    na Europa prevalece, em relao aos campos eletromagnticos, o Princpio da Precauo, proposto na Conferncia RIO-92: O Princpio da Precauo a garantia contra os riscos potenciais que, de acordo com o estado atual do conhecimento, no podem ser ainda identificados. Este Princpio afirma que na ausncia da certeza cientfica formal, a existncia de um risco de um dano srio ou irreversvel requer a implementao de medidas que possam prever este dano.

  • Um alerta ressaltado pela ACGIH American Conference of Governamental Industrial Hygienists (Conferncia Americana de Higienistas Industriais Governamentais) cita que o limite de tolerncia pode no proteger trabalhadores com marca-passos cardacos contra as interferncias eletromagnticas no funcionamento do equipamento.

    6. Comunicao, identificao e sinalizao importante ressaltar que a comunicao e identificao so partes importantes do controle do risco, como padronizao dos procedimentos de transmisso e operao, criando uma linguagem simples, fazendo uma nomenclatura e utilizando mtodos seguros (cartes de segurana, painis de controle e padronizaes das cores) e utilizao de cones, cercas e fi tas. 7. Trabalho em alturas, em mquinas e em equipamentos especiais Todo funcionrio exposto a risco de queda dever trabalhar protegido por corrimes, guarda-corpos, cintos de segurana, trava-quedas ou quaisquer outros equipamentos de proteo contra quedas. Tambm importante que voc conhea todas as mquinas e os equipamentos nos locais onde so realizados servios com eletricidade, pois muitas vezes necessrio o controle de outras energias e dispositivos alm da energia eltrica. Para o trabalho em altura so requeridas padronizaes do cinturo tipo pra-quedista, com talabarte de segurana de acordo com a altura e estrutura a serem utilizadas (cintos abdominais, talabarte e trava-quedas) e padronizaes de suas mquinas e equipamentos com o seu manual de procedimentos para a utilizao adequada (como limite de abertura, carga instalada e condies de uso).

  • Voc sabe quais so os cuidados que devem ser tomados para evitar acidentes de trabalho com mquinas e equipamentos especiais?

    As mquinas e os equipamentos devero ser dotados de dispositivos de partida e parada e outros que se fizerem necessrios para a preveno de acidentes do trabalho, especialmente quanto ao risco de acionamento acidental, para isso estes devem ser localizados de modo que: a. seja acionado ou desligado pelo operador na sua posio de trabalho; b. no se localize na zona perigosa de mquina ou do equipamento; c. possa ser acionado ou desligado em caso de emergncia, por outra pessoa que no seja o operador; d. no possa ser acionado ou desligado, involuntariamente, pelo operador ou de qualquer outra forma acidental; e. no acarrete riscos adicionais. Os pisos dos locais de trabalho onde se instalam as mquinas e os equipamentos devem ser vistoriados e limpos sempre que apresentarem riscos provenientes de graxas, leos e outras substncias que os tornem escorregadios. As reas de circulao e os espaos em torno de mquinas e equipamentos devem ser dimensionados de forma que o material, os trabalhadores e os transportadores mecanizados possam se movimentar com segurana. As mquinas e os equipamentos de grandes dimenses devem ter escadas e passadios que permitam acesso fcil e seguro aos locais em que seja necessria a execuo de tarefas.

  • As mquinas e os equipamentos que utilizarem energia eltrica, fornecida por fonte externa, devem possuir chave geral, em local de fcil acesso e acondicionada em caixa que evite o seu acionamento acidental e que proteja as suas partes energizadas. Voc no pode esquecer que as mquinas e os equipamentos que utilizarem ou gerarem energia eltrica devem ser aterrados eletricamente. Regras gerais Verifique a seguir algumas regras essenciais para evitar acidentes de trabalho em sua empresa. 1. O local dever ser sinalizado por meio de placas indicativas e ser feito um isolamento para prevenir acidentes com transeuntes ou com pessoas que estejam trabalhando embaixo. Ex.: Cuidado - Homens trabalhando acima desta rea! 2. obrigatrio o uso do cinto de segurana para trabalhos em altura superior a 2 metros. 3. O transporte do material, para cima ou para baixo, dever ser feito preferencialmente com a utilizao de cordas em cestos especiais ou de forma mais adequada. 4. Materiais e ferramentas no podem ser deixados desordenadamente nos locais de trabalho sobre andaimes, plataformas ou qualquer estrutura elevada, dessa forma, evita-se acidentes com pessoas que estejam trabalhando ou transitando sob as mesmas. 5. As ferramentas no podem ser transportadas em bolsos, mas pode-se utilizar sacolas especiais ou cintos apropriados. 6. Recomenda-se que todo trabalho em altura seja previamente autorizado pelo SESMT da empresa contratante.

  • Recomendaes para trabalho em altura Caso voc esteja trabalhando em alturas, verifique a seguir os cuidados que voc dever ter para evitar acidentes.

    Analisar atentamente o local de trabalho, antes de iniciar o servio. Sob forte ameaa de chuva ou ventos fortes, suspender imediatamente o servio. Nunca andar diretamente sobre materiais frgeis (telhas, ripas estuques), instalar uma prancha mvel. Usar cinto de segurana ancorado em local adequado.

    No amontoar ou guardar coisa alguma sobre o telhado. proibido arremessar material para o solo, deve ser utilizado equipamento adequado (cordas ou cestas especiais). Caso no seja possvel, a rea destinada para jogar o material deve ser cercada, sinalizada e com a devida autorizao do SESMT da empresa contratante. Usar equipamento adequado (cordas ou cestas especiais) para erguer materiais e ferramentas. Instalaes eltricas provisrias devem ser realizadas exclusivamente por eletricistas autorizados. Imobilizar a escada ou providenciar para que algum se posicione na base para cal-la. Ao descer ou subir escadas, fazer com calma e devagar. No improvisar.

  • Medidas de controle de riscos eltricos Verifique a seguir as medidas de controle que voc dever adotar para evitar acidentes eltricos em sua empresa. Desenergizao. Aterramento funcional (TN/TT/IT) de proteo temporrio. Equipotencializao. Seccionamento automtico da alimentao. Dispositivo de corrente de fuga. Extra baixatenso. Barreiras e invlucros. Bloqueios e impedimentos. Obstculos e anteparos. Isolamento das partes vivas. Isolaes duplas ou reforadas. Colocao fora do alcance. Separao eltrica.

  • Voc se lembra da questo proposta no incio da lio, de identificar as atividades nas quais voc trabalha com segurana e aquelas em que os procedimentos podem ser melhorados? Agora pense em quais componentes do sistema eltrico de potncia, estudados na Lio 1, ocorrem mais acidentes e anote as suas concluses.

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    O que voc achou desta lio? Foi importante identificar os principais riscos do sistema eltrico de potncia? Voc teve alguma dificuldade para identificar os riscos e de como se proteger de possveis acidentes? A seguir voc estudar as tcnicas de anlise de riscos no SEP. Bons estudos!

  • LIO 3 Tcnicas de anlise de risco no SEP Os acidentes so provocados por uma seqncia concatenada de eventos, porm o potencial de acidentes industriais causados pelo homem tem crescido com o desenvolvimento tecnolgico. O manuseio de materiais perigosos em quantidades acima de valor limite, especfico para cada tipo de substncia, exige o estabelecimento de um programa de gerenciamento de riscos a fim de garantir padres mnimos de segurana, tanto para os empregados de uma empresa como para o pblico externo e o meio ambiente. Antes de prosseguirmos, importante lembrar que enquanto o perigo est associado com a fonte com potencial de causar acidentes, o risco est associado probabilidade e conseqncias.

    importante que voc saiba que todos os envolvidos nos servios em eletricidade so responsveis pela preveno de acidentes. Portanto fundamental que os profissionais que compem as equipes de trabalho, apliquem as tcnicas de anlise de riscos, com o objetivo de reduzir as probabilidades de acidentes, em todas as etapas das intervenes realizadas no sistema eltrico de potncia.

    3.1 Objetivo

    Voc sabe quais so os objetivos das tcnicas de anlise de riscos do SEP?

  • 3.2 Gerenciamento de riscos a formulao e a execuo de medidas e procedimentos tcnicos e administrativos que tm o objetivo de analisar os riscos existentes no SEP, e propor medidas de controle objetivando mant-lo operando dentro dos requerimentos de segurana considerados tolerveis.

    Para gerenciar riscos necessrio, em primeiro lugar, uma mudana no conceito de segurana industrial, tanto no aspecto da preveno como no aspecto da ao. A segurana, no seu conceito inicial, visa preveno como minimizao de acidentes com leso pessoal e perda de tempo. A nfase nas taxas de acidentes, que causam afastamento de trabalhadores, eram vistas como metas em diversas empresas. Com isto alguns acidentes, com alto potencial de perdas, deixaram de ser estudados, pois no che-garam a causar acidentes pessoais com afastamento. No caso da ao, a mudana est na forma de atuao gerencial. No conceito inicial, o responsvel pela segurana de uma indstria era centralizado em um rgo que tinha a funo de prevenir e de minimizar os acidentes na empresa. bvio que por mais competentes que fossem esses profissionais, no poderiam estar em todos os lugares o tempo todo fazendo preveno. Quem deve fazer a preveno dos acidentes o gerente e a sua equipe de profissionais que conhecem os procedimentos operacionais, de manuteno, de inspeo, etc., ou seja, a responsabilidade pela segurana deve ser de todos os envolvidos nas atividades desde o gerenciamento a operao, recebendo dos profissionais de segurana o apoio em termos de assessoria e de consultoria para assuntos especficos de segurana industrial.

  • Para gerenciar os riscos a que o trabalhador possa estar exposto necessrio conhec-los, analis-los, tomar as aes para reduzi-los e control-los.

    3.3 Anlise de riscos

    As principais metodologias tcnicas utilizadas no desenvolvimento de anlise de risco so: Anlise Preliminar de Risco - APR; Anlise de Modos de Falhas e Efeitos - FMEA; Hazard and Operability Studies - HAZOP; Anlise de Risco de Tarefa - ART; Anlise Preliminar de Perigo - APP; dentre outras. Voc sabe quais so os principais passos para a avaliao dos riscos? Verifique a seguir os trs passos principais: identificar e avaliar o perigo; estimar a probabilidade e gravidade do dano; analisar o risco; decidir se o risco tolervel; controlar o risco (com medidas de controle).

  • Em outras palavras, avaliar riscos responder a trs perguntas. Confira. 1. A quais perigos o trabalhador est exposto? 2. Qual a probabilidade de ocorrer um acidente? 3. Quais medidas devem ser adotadas para que os acidentes no ocorram?

    A seguir, veremos exemplos de identificao em usinas, subestaes, linhas de transmisso e distribuio, seus efeitos e as medidas de controle necessrias para garantir a segurana nas intervenes.

    GERAO (USINAS ELTRICAS) Perigos Efeitos Medidas preventivas

    Pisos escorregadios, irregulares ou com desnveis; descidas ou subidas de escadas.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves.

    - Observar a condio do piso. - Utilizar corrimo.

    gua nos equipamentos decorrente de lavagem ou de goteiras.

    Curtocircuito

    - Acompanhamento no processo de lavagem e correo imediata das go-teiras ou colocao de anteparos.

    Parte baixa dos equipamentos e cons-trues apresentando baixa altura.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves

    - Utilizar capacete. - Caminhar pelas trilhas definidas.

    Aberturas expostas devido retirada de tampas/grades.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves.

    - Observar a condio do piso.

    Desprendimento de materiais ou de objetos.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves.

    - Utilizar capacete. - Olhar para cima com o fim de observar se existem componentes suspensos ou em fase de montagem. - No permanecer e, mesmo, evitar passar debaixo de pontes rolantes com material em suspenso.

    Exploso ou incndio (reservatrios de ar e tanques com combustvel).

    Queimaduras, leses leves ou graves.

    -Caminhar pelas trilhas definidas. - No produzir chamas. -Alerta para alarmes.

    Proximidade das bordas do reservatrio na regio da tomada dgua ou do vertedor.

    Queda no reservatrio com possibilidade de afogamento

    - Manter distncia das bordas do lago.

  • GERAO (USINAS ELTRICAS)

    Pontos/partes energizadas.

    Choque eltrico com queimaduras, contrao muscular/fibrilao ventri-cular.

    - Usar EPIs (capacete e botina de segurana). - No se aproximar dos pontos energizados e no tocar em painis, cubculos, barramentos blindados e cabos. -Caminhar pelas trilhas definidas.

    Disjuntores de grupo.

    Desconforto, malestar, sobressalto, correria e queda devido ao grande estampido quando os disjuntores so manobrados.

    -Manter a calma

    Manobras indevidas de equipamentos, acionamento de dispositivos eltrico, mecnico e vlvulas.

    Desligamentos, problemas operacionais e disparo de CO2.

    - No acionar qualquer comando.

    Equipamentos girantes/correias de transmisso

    Leses leves ou graves - Evitar a aproximao do equipamento e obedecer sinalizao.

    SUBESTAO Perigos Efeitos Medidas preventivas

    Pontos/partes energizadas.

    Choque eltrico com queimaduras, contrao muscular/fibrilao ventri-cular.

    - No se aproximar de pontos/partes energizadas. - No tocar em equipamentos, cubculos e estruturas. -Usar botas. -Aguardar 10 minutos para descarga dos capacitores.

    Disjuntores e chaves seccionadoras.

    Desconforto, malestar, sobressalto, correria e queda devido ao grande estampido quando os disjuntores so manobra-dos, assim como na ocor-rncia de arco eltrico, quando da manobra de chaves seccionadoras.

    - Manter a calma.

  • SUBESTAO

    Parte baixa dos equipa-mentos e construes com baixa altura.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves.

    - Observar as caixas de arcondicionado das edificaes. - Evitar se abaixar para observar a parte inferior dos equipa-mentos de grande porte. -Olhar para cima com o fim de observar se existem compo-nentes suspensos ou em fase de montagem. - No permanecer e, mesmo, evitar passar debaixo de carga suspensa.

    Equipamentos girantes/ correias de transmisso. Leses leves ou graves.

    - No se aproximar de equipamentos rotativos, principalmente dos ventiladores, mesmo se estiverem parados, pois podem voltar a girar a qualquer momento.

    Animais peonhentos. Envenenamento, necrose e sintomas diversos.

    - Caminhar em lugares abertos. - Evitar os locais onde os animais podem se abrigar (pedras,matas, entulhos).

    Manobras indevidas de equipamentos, dispositi-vos eltricos e vlvulas.

    Desligamentos e proble-mas operacionais.

    - No acionar qualquer comando.

    Barramentos e conexes de equipamentos apresentando baixa altura.

    Indues elevadas e arco eltrico.

    - Manter distncia de segurana; no levantar os braos, escadas e nem qualquer outro objeto.

    Falha de equipamentos em manobra. Leses leves ou graves.

    -Manter distncia dos equipamentos em manobra.

    Queda de parafusos. Pancada na cabea com leses leves ou graves. - Utilizar capacete.

    Bases sem equipamentos. Leses leves ou graves. - No andar sobre as tampas das canaletas devido possibilidade de quebra.

    Tampas de canaletas quebradas ou enfraque-cidas.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves.

    - Evitar toque entre pessoas

  • SUBESTAO

    Indues e cargas ele-trostticas. Leses leves ou graves.

    - No devem ter acesso s instalaes, os portadores de aparelhos eletrnicos, a exemplo de marcapassos. - Observar a base, mantendo distncia dos chumbadores exis-tentes e eventual sobra de material.

    Vazamento de hidrognio nos CS. Leses leves ou graves.

    - Observar a distncia. - No produzir chamas.

    Raio ultravioleta (UV). Catarata, cncer de pele. - Utilizar culos com proteo UV. - Utilizar protetor solar.

    LINHAS

    Perigos Efeitos Medidas Preventivas

    Pontos/partes energizadas

    Choque eltrico com queimaduras, contrao muscular/fibrilao ventricular.

    No tocar nas estruturas e nem fazer o seu escalamento. No levantar peas metlicas de grande dimenso debaixo de linhas. Usar bota.

    Mais de trs isoladores quebrados numa cadeia.

    Leses leves ou graves quando da ocorrncia de descarga para a estrutura.

    No se aproximar das estruturas com a cadeia danificada, principalmente sob chuva, ou mesmo quando o tempo estiver nublado.

    Animais peonhentos. Envenenamento Usar botas de cano mdio. Permanecer alerta para o pe-rigo na existncia de vegetao.

    Desnvel acentuado da estrada de acesso.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves.

    Observar a existncia de grandes buracos no acesso.

    Entrada em propriedades privadas

    Ferimentos com leses leves ou graves

    Manter entendimento com o dono da propriedade.

    Descarga atmosfrica. Leses graves.

    No ficar debaixo de rvores e nem nas suas proximidades. - Permanecer debaixo da linha ou deitado no solo.

    Induo nas cercas. Choque eltrico. - No tocar nas cercas. - Verificar o aterramento. Poda de rvores com tombamento no sentido das linhas.

    Leses leves ou graves quando da ocorrncia de arcos eltricos

    - Solicitar instruo a profissional especializado.

  • LINHAS

    Escavao nas proximidades das estruturas com danos ao fio contrapeso.

    Leses leves ou graves em decorrncia da possibilidade de choque eltrico.

    - Solicitar instruo a profissional especializado.

    Parte inferior das estruturas.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves

    - Utilizar capacete nos trabalhos na regio das estruturas.

    Queimadas. Arcos eltricos com desligamento da linha

    - No fazer fogueira na faixa e nem fumar na presena de vegetao seca.

    Aproximao de cabos energizados.

    Choque eltrico podendo provocar leses leves ou graves

    - Manter uma distncia de segurana na utilizao de mquinas e de cami-nhes (caambas/munks) e na cons-truo de empancaduras.

    Raio ultravioleta (UV). Catarata, cncer de pele. - Utilizar culos com proteo UV. - Utilizar protetor solar.

    GERAO (USINA TERMOELTRICA)

    Perigos Efeitos Medidas preventivas Piso escorregadio, irregular ou com desnvel; descida ou subida de escada.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves.

    - Observar o piso. - Utilizar corrimo.

    Parte baixa dos equipamentos e construes apresentando baixa altura.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves.

    - Utilizar capacete. - Caminhar pelas trilhas definidas.

    Aberturas expostas devido retirada de tampas/grades.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves.

    - Observar a condio do piso.

    Desprendimento de materiais ou objetos.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves.

    - Utilizar capacete. - Olhar para cima com a fina-lidade de observar se existem componentes suspensos ou em fase de montagem. - No permanecer e mesmo evitar passar debaixo de pontes rolantes com material em suspenso.

    Exploso ou incndio no interior da casa de fora e planta de leo combustvel.

    Queimaduras, leses leves ou graves.

    -Caminhar pelas trilhas definidas. - No produzir chamas. - Confirmar aterramento do caminho tanque.

    Planta de leo Inalao do vapor de leo com possibilidade de intoxicao.

    -Afastamento do local quando o problema for detectado.

  • GERAO (USINA TERMOELTRICA)

    Rudo no interior da casa de fora. Perigos - Utilizar protetor auricular.

    Pontos/partes energizadas.

    Perda auditiva Choque eltrico com queimaduras, contrao muscular/ fibrilao ventricular.

    - Usar EPIs (capacete e botina de segurana) - No se aproximar dos pontos energizados e no tocar em painis, cubculos, barramentos blindados e cabos. -Caminhar pelas trilhas definidas.

    Disjuntores de grupo.

    Desconforto, mal-estar, sobressalto, correria e queda devido ao grande estampido quando os dis-juntores so manobrados.

    -Manter a calma.

    Manobras indevidas de equipamentos, acionamento de dispositivo eltrico/ mecnico e vlvulas.

    Desligamentos, problemas operacionais e disparo de CO2.

    - No acionar qualquer comando.

    Equipamentos girantes/correias de transmisso.

    Leses leves ou graves. - Evitar aproximao do equipamento e obedecer sinalizao.

    DISTRIBUIO

    Perigos Efeitos Medidas Preventivas

    Pontos / partes energizadas

    Choque eltrico com queimaduras, contrao muscular/fibrilao ventricular.

    - No tocar nas estruturas e nem fa-zer o seu escalamento - No levantar peas metlicas de grande dimenso debaixo de linhas. - Usar bota.

    Acidente de trnsito Leses leves ou graves

    - Direo defensiva; - Sinalizao da rea de localizao de muncks e outros veculos; - Sinalizao adequada da rea de trabalho.

    Animais peonhentos Envenenamento - Usar botas de cano mdio - Permanecer alerta para o perigo na existncia de vegetao.

    Desnvel acentuado da estrada de acesso.

    Queda com possibilidade de leses leves ou graves

    - Observar a existncia de grandes buracos no acesso

    Descarga atmosfrica Leses graves

    - No ficar debaixo de rvores e nem nas suas proximidades - Permanecer debaixo da linha ou deitado no solo.

  • Poda de rvores com tombamento no sentido das linhas de distribuio

    Leses leves ou graves quando da ocorrncia de arcos eltricos.

    - Solicitar instruo profissional especializado.

    Parte inferior das estruturas.

    Pancada na cabea com leses leves ou graves

    - Utilizar capacete nos trabalhos na regio das estruturas.

    Aproximao de cabos energizados.

    Choque eltrico podendo provocar leses leves ou graves

    - Manter a distncia de segurana na utilizao de mquinas, caminhes (caambas / munks) e const. de empancaduras.

    Agora com voc! Analise as tabelas anteriores e verifique quais so os perigos a que voc no est exposto durante a realizao de suas atividades. Pense se voc tem a capacidade de se prevenir naquelas situaes com as quais no se depara a todo o momento. Na sua opinio, quais so as tcnicas que voc deve aprender para gerenciar os riscos nos locais onde no tem familiaridade. Anote suas concluses a seguir.

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    Agora que voc j sabe a importncia das tcnicas para anlise de riscos, verifique na prxima lio as condies que impedem a execuo de servios eltricos. Ateno para os principais elementos e como voc pode solucion-los no seu trabalho. Ento, vamos l!

    LIO 4 Condies impeditivas para execuo de servios A nova NR-10, visando a garantir uma maior proteo aos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam em instalaes eltricas e servios com eletricidade, estabeleceu diversos procedimentos a serem seguidos durante a realizao dessas atividades.

  • Voc estudar, nesta lio, cinco aspectos principais que contribuem significativamente para garantir a segurana e a sade dos trabalhadores, esses aspectos so: as principais condies impeditivas; instalaes eltricas desenergizadas e energizadas; trabalhos envolvendo alta-tenso; proteo contra incndio e exploso; e sinalizao de segurana. Para iniciar este estudo, voc sabe quais so as principais condies impeditivas?

    4.1 As principais condies impeditivas A ausncia ou a deficincia de qualquer uma das condies a seguir impede o incio ou o prosseguimento de servios realizados em instalaes eltricas do SEP. Vale ressaltar que essas condies so as principais, pois na anlise de riscos do servio podemos constatar outras situaes que possam impedir a execuo da atividade. So elas: as intervenes em instalaes eltricas com tenso igual ou superior a 50 volts em corrente alternada ou superior a 120 volts em corrente contnua somente podem ser realizadas por trabalhadores que atendam o que estabelece o item 10.8 da NR-10 (habilitao, qualificao, capacitao e autorizao); os servios em instalaes eltricas energizadas em AT, bem como aqueles executados no Sistema Eltrico de Potncia SEP, no podem ser realizados individualmente; todo trabalho em instalaes eltricas energizadas em AT, bem como aquelas que interajam com o SEP, somente pode ser realizado mediante ordem de servio especfica para data e local, assinada por superior responsvel pela rea; todo trabalhador em instalaes eltricas energizadas em AT, bem como aqueles envolvidos em atividades no SEP, devem dispor de equipamento que permita a comunicao permanente com os demais membros da equipe ou com o centro de operao durante a realizao do servio; falta ou deficincia de EPCs e ou de EPIs.

  • importante que voc saiba que outros aspectos tambm devem ser considerados. Veja a seguir. Condies ambientais So elas: condies climticas - depende das caractersticas da atividade; servio em linha viva - s poder ser realizado durante o dia e em condio climtica favorvel. Nenhum servio deve ser iniciado se houver condies que comprometam a integridade fsica da equipe. Condies pessoais Antes do incio das atividades todos os trabalhadores devero fazer uma avaliao das condies fsicas e mentais da equipe. 4.2 Instalaes eltricas desenergizadas e energizadas Quando da realizao de servios em instalaes eltricas desenergizadas, a NR-10 ir lhe informar que somente ser considerada desenergizada a instalao eltrica se os procedimentos apropriados forem obedecidos, conforme a seqncia abaixo: a. seccionamento; b. impedimento de reenergizao; c. constatao da ausncia de tenso; d. instalao de aterramento temporrio com equipotencializao dos condutores dos circuitos; e. proteo dos elementos energizados existentes na zona controlada; f. instalao da sinalizao de impedimento de reenergizao.

  • S depois de constatar que a instalao est realmente desenergizada que deve-se efetuar a liberao dos trabalhos.

    Quando houver a necessidade de reenergizao, esta deve ser autorizada a partir dos seguintes passos: a. retirada das ferramentas, utenslios e equipamentos; b. retirada da zona controlada de todos os trabalhadores no envolvidos no processo de reenergizao; c. remoo do aterramento temporrio, da equipotencializao e das protees adicionais; d. remoo da sinalizao de impedimento de reenergizao; e e. destravamento, se houver, e religamento dos dispositivos de seccionamento. As medidas constantes, nesses passos, podem ser alteradas, substitudas, ampliadas ou eliminadas em funo das peculiaridades de cada situao, por profissional legalmente habilitado, autorizado e mediante justificativa tcnica previamente formalizada, desde que seja mantido o mesmo nvel de segurana originalmente preconizado. 4.3 Trabalhos envolvendo altatenso (AT) Realizao de servios em que os trabalhadores que intervenham em instalaes eltricas energizadas com altatenso (acima de 1000V) devero exercer as suas atividades dentro dos limites estabelecidos como

    zonas controladas e de risco.

    Zonas controladas Essas zonas esto descritas no Anexo II da NR 10. Em caso de dvida, entre na Biblioteca do Ambiente Virtual de Aprendizagem

    e verifique tal anexo.

    Antes de iniciar trabalhos em circuitos energizados em AT, o supervisor imediato e a equipe, responsveis pela execuo do servio, devem realizar uma avaliao prvia. Tambm devero fazer o estudo e o planejamento das atividades e aes a serem desenvolvidas de forma a atender os princpios tcnicos bsicos de execuo de trabalhos seguros envolvendo risco eltrico.

  • Os servios em instalaes eltricas energizadas em AT somente podem ser realizados quando houver procedimentos especficos, detalhados e assinados por profissional autorizado. A interveno em instalaes eltricas energizadas em AT, dentro dos limites estabelecidos como zona de risco, somente pode ser realizada mediante a desativao, tambm conhecida como bloqueio, dos conjuntos e dispositivos de religamento automtico do circuito, sistema ou equipamento. Os equipamentos e dispositivos desativados devem ser sinalizados com identificao da condio de desativao, conforme procedimento de trabalho especfico padronizado. Os equipamentos, as ferramentas e os dispositivos isolantes ou equipados com materiais isolantes, destinados ao trabalho em alta-tenso, devem ser submetidos a testes eltricos ou ensaios de laboratrio peridicos, obedecendo-se s especificaes do fabricante, aos procedimentos da empresa e na ausncia destes, anualmente. 4.4 Proteo contra incndio e exploso

    As reas onde houver instalaes ou equipamentos eltricos devem ser dotadas de proteo contra incndio e exploso. Os materiais, as peas, os dispositivos, os equipamentos e os sistemas destinados aplicao em instalaes eltricas de ambientes com atmosferas potencialmente explosivas devem ser avaliados quanto sua conformidade, no mbito do Sistema Brasileiro de Certificao.

    Os processos ou equipamentos susceptveis de gerar ou acumular eletricidade esttica devem dispor de proteo especfica e de dispositivos de descarga eltrica.

  • Nas instalaes eltricas de reas classificadas ou sujeitas a risco acentuado de incndio ou exploses, devem ser adotados dispositivos de proteo, como alarme e seccionamento automtico para prevenir sobretenses, sobrecorrentes, falhas de isolamento, aquecimentos ou outras condies anormais de operao.

    Local com potencialidade de ocorrncia de atmosfera explosiva.

    reas Classificadas

    O que voc achou desta lio? Foi importante perceber e verificar as condies impeditivas para a execuo de servios? Provavelmente voc j enfrentou situaes nas quais foi necessrio suspender os servios por falta de segurana. Descreva a seguir situaes em que voc ou os seus colegas precisaram parar uma atividade devido a uma condio impeditiva. Anote as suas concluses a seguir.

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    __________________________________________________________________

    Muitas dessas condies impeditivas no eram novidades para voc, porm importante aprofundar tais assuntos para que ningum corra riscos durante os trabalhos com eletricidade. Na lio seguinte procure verificar a importncia da implementao dos procedimentos de trabalho. Vamos l!

  • LIO 5 Procedimentos de trabalho; anlise e discusso

    Esta lio inicia com um exemplo de como efetuar uma anlise em um procedimento de trabalho da empresa. Verifique a seguir:

    5.1 Procedimento de trabalho As atividades de construo, operao e manuteno em instalaes eltricas devem ser exercidas de acordo com as normas, instrues e os procedimentos emitidos pelos respectivos rgos competentes de modo a ser executado corretamente e com segurana.

    Na execuo de todo e qualquer servio em instalaes eltricas, deve-se levar sempre em considerao as instrues e recomendaes pertinentes a cada caso especfico. Verifique a seguir algumas realidades em que os procedimentos de trabalho so evidenciados. Toda atividade operacional realizada por um trabalhador, que interaja no SEP, passvel de ser detalhada em uma seqncia lgica. A garantia da segurana em servios no SEP fundamental e obrigatria. Os trabalhos no SEP esto classificados nas reas de construo/montagem, ma-nuteno e operao de instalaes.

  • A tcnica de linha viva uma realidade de manuteno e construo na qual os trabalhadores atuam diretamente ou em proximidade dos equipamentos e condutores energizados.

    Os trabalhos podem ser executa-dos em instalaes industriais ou de concessionrias, de instalaes localizadas em subestaes e usinas ou linhas de transmisso e distribuio de energia, urbanas ou rurais.

    Voc verificou que os procedimentos de trabalho so adequados e diferentes a cada uma dessas realidades ilustradas anteriormente e produziro resultados diferentes por conta das anlises de riscos e medidas preventivas necessrias caso a caso. Devero ser tratados com uma abordagem especfica e atenta s caractersticas para a elaborao de procedimento de trabalho.

    5.2 Planejamento de servios

    O planejamento de servio, que voc estudar agora, a etapa que antecipa e no deve ser confundido com a aplicao de um procedimento de trabalho.

    Saiba que o planejamento recorre a situaes no-repetitivas, enquanto que o procedimento se aplica ao processo de trabalho rotineiro e repetitivo.

  • O planejamento est ligado experincia, iniciativa, ao conhecimento tcnico e anlise de situao, assim como o procedimento est ligado aplicao da disciplina, da ordem e da constante preocupao de melhora. Um grande problema encontrado no dia-a-dia de muitos profissionais a falta de tempo para preparar o servio a ser executado. Voc j deve ter vivenciado esse momento. Muitas vezes dito que no h tempo para planejar os servios de forma adequada, em particular, no tempo gasto para a anlise e a preveno de acidentes por conta dos riscos envolvidos nas atividades, porm sempre necessrio encontrar tempo para socorrer vtimas e reparar equipamentos em funo dessa negligncia. A fase de planejamento fundamental para o sucesso da proposta dos servios a serem realizados. A Anlise de Riscos deve ser elaborada para a garantia da avaliao do trabalho a ser realizado, incluindo o modo de execuo a ser adotado, os recursos humanos e materiais necessrios, assim como os critrios e limites de riscos admitidos para essa realizao. 5.3 Sistema de gesto de segurana No gerenciamento dos projetos Pode-se considerar qualquer interveno em sistemas eltricos, energizados ou no, como fase posterior de um projeto em execuo. Considerando que um projeto uma ao temporria para produzir um servio de propsito nico e sob condies nicas de recursos, meio ambiente (sistema eltrico) e condies de segurana (nveis de perigo), deve ser tratado pelas normas e prticas adequadas de gerenciamento de projetos, para aperfeioar tempo e procedimentos, dessa forma, definindo os procedimentos para um bom planejamento de trabalho. As avaliaes das condies de segurana passam, ento, necessariamente por essa etapa.

  • No gerenciamento de processos O trabalho a ser desenvolvido, em sistemas eltricos, energizados ou no, independente de sua forma ou classificao, ou seja: composto por processos distintos; a solicitao de um servio um procedimento que antecede a realizao de qualquer trabalho; os processos tm em comum uma definio clara de procedimentos. Ex.: servios de montagem em instalaes de alta-tenso; servios de manuteno em instalaes de alta-tenso; servios de operao em instalaes de alta tenso, etc.

    Agora voc verificar como proceder para elaborar um planejamento de trabalho e uma Anlise Preliminar de Riscos.

    1 Objetivo Um planejamento de trabalho tem como objetivo instruir os servios realizados nas instalaes do SEP, incluindo entre outros um programa de execuo e uma tcnica de anlise de risco. 2 Desenvolvimento do programa executivo Verifique a seguir os itens que devem constar em um programa executivo. 2.1 Descrio do trabalho Descrever detalhadamente a interveno que ser realizada para facilitar o entendimento em sua execuo.

  • 2.2 Recursos humanos Determinar os recursos humanos que sero necessrios para realizar a manuteno, discriminando nomes, funes e rgos de origem. imperativo que esses sejam habilitados para desenvolver os trabalhos programados. 2.3 Recursos materiais Relacionar todos os materiais, equipamentos, ferramentas e instrumentos que sero utilizados na manuteno, deixando claro suas quantidades e referncias, inclusive, para facilitar suas aquisies, de acordo com as seguintes aes: a. prever reserva estratgica dos itens vitais interveno; b. prever um checklist dos itens em tempo hbil de se adquirir/substituir algum componente; c. responsabilizar os rgos/pessoas que adquiriro os itens e prazos. 2.4 Transporte/comunicao a. Definir os veculos que sero utilizados para transportar as pessoas e os materiais para o local da interveno. b. Definir o sistema de comunicao que ser usado para receber/ entregar a instalao e para permitir comunicao confivel internamente equipe de execuo e, com a operao de instalao e/ou de sistema. c. Responsabilizar os rgos/pessoas que providenciaro transpor-te/comunicao. d. Exigir teste da comunicao antes e durante a interveno. e. Exigir que, pelo menos, um veculo esteja sempre pronto a prestar socorro a um eventual acidentado. f. Exigir que o motorista do veculo disponha do Plano de Atendimento ao Acidentado, contendo o roteiro das clnicas/hospitais mais prximos da instalao, e que o mesmo esteja familiarizado com o trnsito daquelas imediaes.

  • 3 Providncias preliminares So as aes que antecedem a interveno propriamente dita para se obter sucesso na sua execuo. Devese prever, caracterizando algumas responsabilidades. a. Estudo minucioso do local onde ser executado o trabalho, complementado com diagramas, para identificar: as dificuldades de acesso, ao lado da interveno; os pontos energizados nas proximidades; as distncias envolvidas; os pontos de acesso de trabalho. b. No caso de trabalhos com instalaes desenergizadas, a elaborao de um projeto de aterramento que identifique os pontos que sero aterrados, a tcnica a ser empregada e os materiais/ ferramentas que sero usados, conforme os procedimentos de aterramento temporrio para linhas e barramentos desligados. c. Estudo das normas e instrues tcnicas de manuteno passveis de serem aplicadas ao trabalho. d. Anlise dos fatores mecnicos e eltricos envolvidos, de modo a se garantir a segurana do pessoal e a condio de operacionalidade da instalao. e. Anlise da adequao do ferramental em relao aos fatores eletromecnicos envolvidos, suportabilidade e tcnica a ser empregada.

  • f. Inspeo e/ou testes de todos os materiais, equipamentos e ferramental inclusive os EPIs e os EPCs. g. Solicitao de acompanhamento, quando necessrio, de representante da Operao e da Segurana do Trabalho. Podese prever, quando se julgar adequado, o apoio, no local, de uma ambulncia com profissionais da rea mdica (mdicos e/ou enfermeiros). h. Providenciar a aquisio de kits de primeiros socorros. Exigir que todos os membros da equipe conheam a utilizao do kit e que estejam atualizados nas tcnicas de primeiros socorros. i. Discusso do trabalho com a equipe, de modo que no fi quem dvidas sobre o papel de cada um e dos participantes em cada etapa e tambm sobre os riscos envolvidos na interveno. j. O responsvel pela interveno dever inteirarse com o operador encarregado da instalao ou operador supervisor de turno com relao s partes da instalao que ficaro energizadas durante a interveno. k. Elaborao de diagramas coloridos que apresentem claramente as partes do sistema que ficaro energizadas durante a interveno. l. Realizar, em conjunto com a Operao, a delimitao/sinalizao da rea liberada para interveno. m. Realizar a delimitao da rea de trabalho. n. Programa de manobras: confirmar se as manobras constantes no Programa de Manobras atendem a configurao/condies necessrias para realizao da interveno, especialmente. o. Bloqueio dos equipamentos/religamento de linha de transmisso: confirmar a realizao do bloqueio dos equipamentos que, acidentalmente operados, possam energizar as reas liberadas para interveno, especialmente os equipamentos acionados remotamente. Confirmar a colocao de Cartes de Segurana nos acionamentos desses equipamentos. Para linhas de transmisses energizadas, confirmar o bloqueio do religamento automtico.

  • p. Controle e numerao: a cada emisso de um programa executivo, o servio de manuteno dever numer-lo a fim de possibilitar o seu arquivamento, controle e melhoria do processo. 4 Descrio da tcnica Esgotada a parte de anlise e definio da tcnica a ser empregada, devese partir para o seu detalhamento, conforme a seguir. a. Descrever cada etapa da interveno, fazendo referncia, quando for o caso, dos anexos e das ins