Nicolau de Almeida – Quinta do Monte Xisto · Durante décadas, olho u para a vinha e para os...
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PRICE$80, Buy Now
VARIETYPortuguese Red
APPELLATIONDouro, Portugal
WINERYQuinta do Monte Xisto
ALCOHOLN/A
BOTTLE SIZE750 ml
CATEGORYRed
Print a Shelf Talker Label
This wine is produced from a quinta owned by João Nicolau d'Almeida, a major�gure in the development of Douro grape varieties and Douro wines. The wineis still young and �rm, with concentrated tannins as well as rich blackberryfruits. It is a dense wine, with layered tannins and acidity supporting the ripefruits. Drink from 2019.
Quinta do Monte Xisto 2014 Red (Douro)
91POINTS
Cellar Selection
IMPORTERMundoVino–The Winebow Group
DATE PUBLISHED2/1/2017
USER AVG RATINGNot rated yet [Add Your Review]
J. Portugal Ramos 2014 Marquês de Borba Reserva Red (Alentejo)
ROGER VOSS
@vossroger
European Editor, Reviews wines from Portugal and France
Roger Voss covers Bordeaux, Burgundy, Champagne, the Loire and South-WestFrance as well as Portugal. His passion is matching food with wine, bringingthe pleasures of the table to wine lovers. He has written six books on wine andfood, and was previously national correspondent on wine for the London DailyTelegraph. He is based in the Bordeaux region.
Email: [email protected]
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RELATED WINES
92QUINTA DO MONTE
XISTODouro 2014
This full-bodied red has concentrationand finesse, with crushed blackberry,
blueberry and plum notes woventogether by mineral, mocha and spicebox details. Supple tannins frame theslate-infused finish. Touriga Nacional,
Touriga Franca and Sousão. Drink nowthrough 2022. 500 cases made. (Apr 30,
2017)
Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Viagens e Turismo
Pág: 10
Cores: Preto e Branco
Área: 17,70 x 24,00 cm²
Corte: 1 de 11ID: 71824683 20-10-2017
Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Viagens e Turismo
Pág: 11
Cores: Cor
Área: 17,70 x 24,00 cm²
Corte: 2 de 11ID: 71824683 20-10-2017
É assunto sagrado, o legado parti-lhado entre duas gerações, vertido ou não em vinhos de orientação diferente,inovaçãoeprofundidade. Fazer vinho é assunto cultural, familiar e técnico, e a transmissão é quase sempre espiritual, sem palavras nem testamentos. Os próprios não sabem explicar, mas não dispensam o que receberam e recebem, e nós adoramos vê-los trabalhar em conjunto. Reunimos um conjunto notável de casos que falam por si. Afinal, nós também não queremos meter a colher!
TEXTO DE FERNANDE MELO FOTOGRAFIA DE JORGE SIMÃO
Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Viagens e Turismo
Pág: 12
Cores: Cor
Área: 17,70 x 24,00 cm²
Corte: 3 de 11ID: 71824683 20-10-2017
JOÃO NICOLAU DE ALMEIDA E MATEUS NICOLAU DALMEIDA FILHO DE PEIXE QUER NADAR
Não é fácil ser filho de João Nicolau de Almeida, fundador do Douro moderno, para quem, por sua vez, não é fácil ser filho de Fernando Nicolau de Almeida, criador do Barca Velha. No entanto, encontrou uma fórmula de equilíbrio estável, que é_ estar sempre em projetos novos.
Mateus Nicolau de Al-meida vive em Foz Coa, ao lado do Mon-te Xisto - proprieda-de do pai e dos irmãos desde 1993 -, como au-
têntico vigneron. já que se ocupa da vi-nha e do vinho em exclusivo e em todas as etapas. O Monte Xisto é o projeto no qual estão envolvidos o pai de Mateus, a sua irmã e o seu irmão. É preciso aqui dizer que soão Nicolau de Almeida -pai de Mateus - encabeçou o famoso estu-do que conduziu à definição das cas-tas principais do Douro, tal como as co-nhecemos hoje. Perguntamos a Mateus o que está agora a fazer, e bingo!, crioua sua própria empresa, empenhou-se no projeto Trans Douro Express, que pas-sa por mostrar os vinhos do Baixo Cor-go, Cima Corgo e Douro Superior de for-ma excelsa - de novo apreocupação pa-trimonial e cultural - e está a trabalhar
o rabigato em micro-terroirs, para lhes perceber melhor as nuances - o bichi-nho de inovar . e conhecer melhor. Filho de peixe quer mesmo é nadar.
Retém as memórias mais doces de um dosprimeiros vinhos provados.«Os vinhos que o meu avó fazia. havia um clarete, um outro de marca conhecida, S. Marcos, e o Constantino.» Continua a ser cultor do trabalho dos antigos. «Ain-da no outro dia comprei um reserva de S. Marcos 1977 que estava uma maravi-lha.» Representa um pouco a transição da geração com que o pai aprendeu e a sua própria. Há que ver que, no tempo do pai «vinha o químico com a missão de evitar que o vinho tivesse defeitos». nem existia o termo «enólogo». isto nu-ma altura em que os defeitos no vinho eram abundantes. Coube ao pai, como enólogo - não já como «o químico» -transportar os vinhos para a zona das virtudes. «E foi isso que sinto ter rece-
bido diretamente do meu pai, o que é muito bom.» Foi também ele para Fran-ça, onde andou cinco anos «nem sem-pre só concentrado no vinho», diz com um sorriso. «O meu percurso académi-co não foi brilhante, mas absorvi uma parte cientifica importante e convivi em Bordéus corri os melhores técnicos do mundo.» Não criou complexos por isso, antes decidiu andar para a frente, e aí a Influência familiar - lado pater-no e materno, este com Afonso Cabral, grande estudioso, na árvore genealógi-ca - falou com voz própria.
«Gosto muito de falar e provar com o meu pai, e ele gosta e aprova do que faço, sempre que renuncio a repetir.» E é aqui que a porca torce o rabo, por-que Mateus vive um pouco inconforma-do com a rigidez das regras do vinho do porto e com a dificuldade do pequeno produtor em entrar no circuito. «Era fantástico se o vinho do porto pudesse ser mais vivo e moderno.» Deixamo-lo imerso nas suas questões da cinética da fermentação e do que gosta de chamar a «onda paleolitica». pelas cubas gigan-tes escavadas em granito.
Meio: Imprensa
País: Portugal
Period.: Semanal
Âmbito: Viagens e Turismo
Pág: 28
Cores: Cor
Área: 25,70 x 31,00 cm²
Corte: 1 de 1ID: 71843630 21-10-2017 | Fugas
João Nicolau de Almeida está a mudar e o vinho também
a João Nicolau de Almeida, ex-direc-
tor geral da Ramos Pinto, agora a go-
zar a reforma, anda perplexo com a
sua própria reconversão vitivinícola.
Durante décadas, olhou para a vinha
e para os vinhos de acordo com o
que aprendeu em Bordéus, actuan-
do com base na técnica e no conheci-
mento académico adquiridos. Hoje,
no projecto Quinta do Monte Xisto,
um vinho que produz com a famí-
lia, está nos antípodas dessa visão
mais “industrialista”, agindo como
um agricultor de antigamente, de
forma empírica e baseado na expe-
riência e no respeito pela natureza.
Quinta do Monte Xisto Tinto 2015Vila Nova de Foz CôaCastas: Touriga Nacional, Touriga Francesa e SousãoGraduação: 13,5% volRegião: DouroPreço: 65€
O criador de vinhos como o Duas
Quintas não teve nenhuma epifania.
Foi mudando quase por inércia, ar-
rastado pelas ideias “loucas” dos fi -
lhos, em especial de Mateus Nicolau
de Almeida, o ex-Muxagat que vive
já há alguns anos no Douro Supe-
rior. Mateus também estudou em
Bordéus e diz ter fi cado horroriza-
do com a obsessão dos viticultores
locais pelos tratamentos químicos
das vinhas. A sua adesão a práticas
agrícolas mais amigas do ambiente
começou aí e, quando, em 2005, o
pai iniciou a plantação da Quinta do
Monte Xisto, no alto de uma encos-
ta situada na margem esquerda do
Douro, perto da foz do rio Côa, já
era um entusiasta da biodinâmica
e da agricultura biológica. Os pri-
meiros anos não foram fáceis. Parte
da vinha demorou um pouco mais a
enraizar e Mateus também foi perce-
bendo que os mandamentos da bio-
dinâmica não podem ser aplicados
de forma igual em todos os lugares
base de cactos e de outros produtos
naturais, poda de forma tradicional
e usa mais mão-de-obra do que má-
quinas. Os resultados começam ago-
ra a aparecer e notam-se no vigor e
saúde da vinha e também na pureza
e profundidade dos vinhos.
Não é uma agricultura barata,
mas, hoje, João Nicolau de Almei-
da não a trocava por nada. “É uma
coisa bestial”, diz. Há algo de natu-
ral e humano nesta sua nova forma
de encarar a terra. Ninguém quer
morrer num chão impuro e todos
nós, a dada altura da nossa vida,
sentimos a necessidade de voltar a
desfrutar da essência da natureza
e a comungar com ela. Pode pare-
cer poesia, mas é isso mesmo, poe-
sia e emoção telúrica, que se sente
em João Nicolau de Almeida e nos
três fi lhos: Mateus, João (enólogo
da Quinta do Pessegueiro) e Mafal-
da (é a responsável pelo marketing
no projecto da família). A mesma
poesia que usam para descrever o
DR
O novo Quinta do Monte Xisto Tinto 2015 está diferente. E para melhor. É um vinho mais contido, fino e elegante
Pedro Garciasnovo Quinta do Monte Xisto Tinto
2015, apresentado na semana passa-
da: “Imaginemos que as diferentes
notas de um piano correspondem
aos diferentes sabores do vinho. A
Quinta do Monte Xisto é um piano.
Na encosta virada a norte extraímos
os sons mais agudos: a acidez, a fres-
cura, a fi nesse, a alegria, a juventu-
de. Na outra encosta, virada a sul,
são extraídos os sons mais graves: o
volume, o corpo, a estrutura, potên-
cia, intensidade de fruto. Aos tons
agudos da mão esquerda e aos gra-
ves da mão direita são adicionadas
as notas intermédias, os sustenidos,
os bemóis, equivalentes às diferen-
tes altitudes a norte e a sul e que em
pequenas quantidades vão imprimir
ao vinho complexidade, sensualida-
de e uma multiplicidade de agradá-
veis surpresas. O fi nal é forte, solto e
expressivamente agradável.”
O vinho é um lote de Touriga
Nacional (60%), Touriga Francesa
(35%) e Sousão (5%). As uvas foram
vinifi cadas em lagar com pisa a pé,
fermentando de forma espontâ-
nea, e o vinho estagiou depois 18
meses em pipas de 600 litros. Esta
é a quinta colheita de Monte Xisto e,
em comparação com a inaugural, de
2011, percebe-se um ajustamento no
volume alcoólico, bem mais contido
no 2015. É um registo mais fi no e
fresco. O primeiro Monte Xisto era
um Douro clássico, mais concentra-
do, extraído e maduro. Este mos-
tra outro refi namento e elegância.
Não impressiona pela exuberância
da fruta, nem pelo volume e vigor
tânico, mas está lá tudo, de uma
forma sóbria e agradabilíssima. É
um vinho cheio de pureza, vivaci-
dade e profundidade que já começa
a refl ectir a forma orgânica como
a vinha é trabalhada. Sendo ainda
demasiado jovem, já mostra um
acabamento primoroso, mas me-
recia ter fi cado mais algum tempo
na penumbra da adega. Esse tempo
iria acrescentar-lhe ainda mais com-
plexidade e tornar mais evidente a
sua riqueza e qualidade. O problema
é que só os grandes produtores se
podem dar ao luxo de dar anos de
cave aos vinhos. O Quinta do Monte
Xisto é quase um vinho de garagem.
A quinta tem 40 hectares, mas ape-
nas dez são vinha. E as produções
são baixas, o que explica que só te-
nham sido cheias seis mil garrafas
e que o preço recomendado seja de
65 euros.
e, pior, que esta corrente tinha “vira-
do um negócio”. Hoje, pratica uma
viticultura que é um misto de bio-
lógica e biodinâmica. Tem galinhas
e ovelhas, faz estrume de giestas e
protectores da vinha e fungicidas à
94
QUINTA DO MONTE D’OIRO, RESERVA
QUINTA DO VALE MEÃO
QUINTA DO CRASTO, VINHA DA PONTE
CASA DE SAIMA, PINOT NOIR
ENCONTRO 1
HERDADE DA CALADA, BARON DE B., RESERVA
QM, NATURE, ALVARINHO
QUINTA DA TOURIGA-CHÃ
QUINTA DA GAIVOSA, VINHA DO LORDELO
1836 COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, GRANDE RESERVA
MARQUESA DE ALORNA, GRANDE RESERVA
PAI HORÁCIO, GRANDE RESERVA
QUINTA DO MONTE XISTO
CORTES DE CIMA, RESERVA
QUINTA VALE D. MARIA, VINHA DA FRANCISCA
QUINTA VALE D. MARIA, VINHA DO RIO
QUINTA DE ARCOSSÓ, BASTARDO
QUINTA DA PELLADA, 49
CASA DA PASSARELLA, O FUGITIVO, VINHAS CENTENÁRIAS
QUINTA DO PESSEGUEIRO
QUINTA DO VALLADO, VINHA DA COROA
HERDADE DOS GROUS, MOON HARVESTED
GURU
ABANDONADO
QUINTA DE SOALHEIRO, ALVARINHO, RESERVA
QUINTA DA INVEJOSA, VINHAS VELHAS, RESERVA
PALÁCIO DA BACALHÔA
PASSADOURO, RESERVA
PINTAS
PRETA, GRANDE RESERVA
CHRYSEIA
QUINTA DA LEDA
QM, VINHAS VELHAS, ALVARINHO
HERDADE DOS GROUS, RESERVA
CLAVIS AUREA, RESERVA
CASAL STA MARIA, SAUVIGNON BLANC
H.O., TOURIGA NACIONAL
OPÇÃO, ALVARINHO
HERDADE DO SOBROSO, CELLAR SELECTION, ANTÃO VAZ & ALVARINHO
VALLE PRADINHOS
QUINTA DE ARCOSSÓ, GRANDE RESERVA
JOÃO PORTUGAL RAMOS, ALVARINHO
QUINTA DO PILOTO, RESERVA
QUINTA DE PANCAS, GRANDE RESERVA
DUORUM, OLD VINES, RESERVA
CASA DE SAIMA, GARRAFEIRA
MR, PREMIUM
PORRAIS, RABIGATO, RESERVA
MORGADO DE STA CATHERINA, ARINTO, RESERVA
DIALOG SECRETUM
CONDE DE VIMIOSO, RESERVA
QUINTA DO GRADIL, RESERVA
QUINTA DA GAIVOSA
QUINTA DO TAMARIZ, ARINTO, RESERVA
ESSÊNCIA DO PESO
R DE ROMANEIRA
DONA MATILDE, RESERVA
JOÃO PORTUGAL RAMOS, LOUREIRO
QUINTA DO PILOTO, RESERVA
QUINTA DO SOBREIRÓ DE CIMA, RESERVA
1836 COMPANHIA DAS LEZÍRIAS, GRANDE RESEVA
QUINTA DOS ABIBES, SUBLIME
SCALA COELI, RESERVA
DUAS QUINTAS, RESERVA
QUINTA DA PELLADA, PRIMUS
QUINTA DO VALLADO, FIELD BLEND, RESERVA
J
HORÁCIO SIMÕES, CASTELÃO, GRANDE RESERVA
CASAL DA COELHEIRA, PRIVATE COLLECTION
TITULAR, RESERVA
QUINTA VALLE DE PASSOS, GRANDE RESERVA
TAPADA DE COELHEIROS
VILLA OLIVEIRA, VINHA DAS PEDRAS ALTAS
MURGANHEIRA, RESERVA
MARQUÊS DOS VALES, GRACE VINEYARD
JOSÉ DE SOUSA MAYOR
MENINO ANTÓNIO, ALICANTE BOUSCHET
DOMINGOS SOARES FRANCO, COLECÇÃO PRIVADA, MOSCATEL ROXO
FAGOTE, VINHAS VELHAS, GRANDE RESERVA
OPÇÃO, AVESSO, ESTÁGIO EM BARRICAS
CASA DE SANTAR, VINHA DOS AMORES, ENCRUZADO
QUINTA DO CRASTO, TINTA RORIZ
MALHADINHA
HERDADE DA CALADA, BARON DE B., RESERVA
HERDADE GRANDE, RESERVA
CASAL DA COELHEIRA, PRIVATE COLLECTION
PALÁCIO DOS TÁVORAS
HOWARD’S FOLLY, RESERVA
VILLA OLIVEIRA, ENCRUZADO
QUINTA DO PERDIGÃO, ENCRUZADO
SOALHEIRO, PRIMEIRAS VINHAS, ALVARINHO
SCALA COELI
MARIAS DA MALHADINHA
BREJINHO DA COSTA, EXCLUSIVE, CABERNET SAUVIGON
QUINTA DO VESÚVIO
OPÇÃO, AVESSO
PASSADOURO
PAULO LAUREANO, VINHAS VELHAS, PRIVATE SELECTION
QUINTA DA MIMOSA
HERDADE MONTE DA CAL, SATURNINO, GRANDE RESERVA
QUINTA DO CARDO, SÍRIA, RESERVA
HERDADE GRANDE, 70 AML, SPECIAL EDITION
HERDADE DE GÂMBIA, RESERVA
QUINTA DA PELLADA
HERDADE GRANDE, GERAÇÕES, COLHEITA SELECCIONADA
BERARDO, RESERVA FAMILIAR
DONA JOANA, GRANDE ESCOLHA
MARQUESA DE ALORNA, GRANDE RESERVA
HERDADE DE SÃO MIGUEL, RESERVA
HERDADE DA FARIZOA, GRANDE RESERVA
CASA DA PASSARELA, O FUGITIVO
CARTUXA, RESERVA
DOMINGOS SOARES FRANCO, COLECÇÃO PRIVADA, SAUVIGNON BLANC
DONA MARIA, GRANDE RESERVA
COUDEL MOR, RESERVA
HOWARD’S FOLLY, SONHADOR
CONDE D’ERVIDEIRA, PRIVATE SELECTION
FONTE DO OURO, TOURIGA NACIONAL, RESERVA ESPECIAL
COELHEIROS, CHARDONNAY
COMENDADOR COSTA, ENCRUZADO, RESERVA
CONVENTO DO PARAÍSO, CABERNET SAUVIGNON
CONDE DE VIMIOSO, RESERVA
INEVITÁVEL
CARDEIRA, RESERVA
REGIONAL LISBOA
DOC DOURO
DOC DOURO
DOC BAIRRADA
DOC BAIRRADA
DOC ALENTEJO
DOC VINHO VERDE
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DOC DOURO
DOC TEJO
DOC TEJO
DOC DOURO
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REG. PEN. DE SETÚBAL
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REGIONAL LISBOA
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REGIONAL MINHO
DOC ALENTEJO
REG. TRANSMONTANO
DOC TRÁS-OS-MONTES
DOC VINHO VERDE
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REGIONAL LISBOA
DOC DOURO
DOC BAIRRADA
REGIONAL ALENTEJANO
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DOC BUCELAS
REGIONAL ALGARVE
REGIONAL TEJO
REGIONAL LISBOA
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DOC ALENTEJO
DOURO DOC
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DOC DÃO
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REG. PEN. DE SETÚBAL
REGIONAL TEJO
DOC DÃO
DOC TRÁS-OS-MONTES
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DOC DÃO
DOC TÁVORA VAROSA
REGIONAL ALGARVE
REGIONAL ALENTEJANO
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REG. PEN. DE SETÚBAL
DOC DOURO
DOC VINHO VERDE
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DOC DOURO
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DOC ALENTEJO
REGIONAL ALENTEJANO
REGIONAL TEJO
DOC TRÁS-OS-MONTES
REGIONAL ALENTEJANO
DOC DÃO
DOC DÃO
DOC VINHO VERDE
REGIONAL ALENTEJANO
REGIONAL ALENTEJANO
REG. PEN. DE SETÚBAL
DOC DOURO
DOC VINHO VERDE
DOC DOURO
DOC ALENTEJO
DOC PALMELA
REGIONAL ALENTEJANO
DOC BEIRA INTERIOR
REGIONAL ALENTEJANO
REG. PEN. DE SETÚBAL
DOC DÃO
REGIONAL ALENTEJANO
REG. PEN. DE SETÚBAL
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DOC TEJO
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DOTEJO DOC
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REGIONAL TEJO
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DOC ALENTEJO
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PTS VINHO REGIÃO TIPO ANO
ACERCA DA LISTAUma selecção de vinhos pode obedecer a critérios tão diversos como a focalização nas marcas mais prestigiadas, a representação proporcional dos produtores de um país ou de uma região, a relação qualidade-preço ou a melhor roupagem das garrafas. A minha selecção seguiu a metodologia usada em todos os concursos internacionais homologados pela OIV - Organização Internacional da Vinha e do Vinho: a prova cega. Usei a classificação centesimal da OIV, com máximos de 15 pontos para a avaliação da Visão, 30 pontos para a bondade do Aroma, 44 pontos para as sensações do Gosto e uma apreciação global do vinho com baliza de 11 pontos.
As sessões de prova dos mais de 750 vinhos representativos da gama alta da produção nacional realizaram-se em Outubro e Novembro passados, na sala de provas da CVRPS, em Palmela. O TOP 124 é uma primeira janela que abro sobre os vinhos que obtiveram mais de 90 pontos. A nota precisa será divulgada com a publicação do GUIA COPO & ALMA MELHORES VINHOS 2018, na noite de Natal, em w-anibal.com. No Guia irão figurar mais de 350 vinhos de qualidade superior.
Esta lista é o reflexo de uma única apreciação de todos os vinhos que se candidataram a esta prova, num determinado momento, de um único provador, que agradece todo o apoio empenhado do Presidente, da Direcção e da equipa técnica da CVRPS que organizou, serviu, monitorizou e descodificou todas as sessões de prova.
Aqui à Beira – Consultoria & Design
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40 • PAIXÃO PELO VINHO • EDIÇÃO 70
GRANDE ENTREVISTA
JOÃO NICOLAU DE ALMEIDAQUINTA DO MONTE XISTO
É com muita piada que João Nicolau de Almeida
diz que nas veias da família já não corre sangue, mas
vinho. E com 12 ou 13 graus. “E nas dos meus
filhos, com uns 16 graus.”
Veja o vídeo no canal Youtube Paixão Pelo Vinho
EDIÇÃO 70 • PAIXÃO PELO VINHO • 41
Quando chegamos para a entrevista com João Nicolau de Almeida, no reno-vado espaço Cais Novo, no Porto, já es-tava praticamente tudo preparado. Dois cadeirões vermelhos virados para a ja-nela com uma soberba vista sobre o rio Douro, três caixas de vinho a estrategi-camente servirem de mesa de apoio, e ele. Não o entrevistado, mas o vinho. O Quinta de Monte Xisto 2015 que, afi-nal, era o grande protagonista do dia, já que ia ser oficialmente apresentado a um lote de convidados. Não havia, por isso, melhor altura para entrevistar um dos responsáveis pela sua conceção. João Nicolau de Almeida não precisa de apresentações, basta dizer que foi diretor-geral da Ramos Pinto e criou o vinho Duas Quintas. Acho que já chega. Hoje, está reformado. Mas é uma estra-nha forma... de reforma, já que o mer-cado o vê mais do que ativo, agora no projeto Quinta do Monte Xisto. “É uma
espécie de reforma. Reformei a minha vida. Continuo no vinho, mas de outra forma”, disse à Paixão Pelo Vinho.Desta nova aventura do enólogo é no-tória a envolvência de toda a família. A mulher Graça, os filhos Mateus e João e a filha Mafalda, fazem todos parte do projeto, uma espécie de “vontade da continuação da família Nicolau de Al-meida no vinho, onde estamos desde 1832”. Uma caminhada reforçada pelo pai de João Nicolau de Almeida que ca-sou com uma Ramos Pinto, o que criou um “blend” de duas casas e de onde saíram sete filhos. “Como era eu a estar mais chegado aos vinhos, achei que te-ria esta missão de continuar”. E é isso precisamente que João Nico-lau de Almeida diz sentir. Um espírito de missão, nunca de obrigação. “É mais uma força interior que me dizia que não podíamos parar por aqui. Há toda uma parte humana que tinha de conti-
nuar. Após a venda da Ramos Pinto aos franceses do grupo Roederer, em 1990, poderia ter cessado a ligação da família ao vinho”. Mas não. Hoje, dois dos filhos são enólogos, o João e o Mateus. A ter-ceira descendente, Mafalda, também dá os seus conselhos e opiniões. “A minha mulher, Graça Eça de Queiroz Nicolau de Almeida também descende uma fa-mília de vinhos. Portanto...”.... Portanto o complicado seria fugir a tudo isto. Ao vinho, à vinha e à tradição. Aliás, é com muita piada que João Ni-colau de Almeida diz que nas veias da família já não corre sangue, mas vinho. E com 12 ou 13 graus. “E nas dos meus filhos, com uns 16 graus. É uma coisa natural, desde pequeno que ouço falar de vinho, das vindimas... isto não foi um acaso, foi uma normalidade”.Assim, o Quinta do Monte Xisto é um projeto em que os cinco participam dire-tamente. “Cada um tem os seus afazeres, as
João Nicolau de AlmeidaUm regresso às origens
> texto Susana Marvão > fotografia Carlos Figueiredo
João Nicolau de Almeida é um nome incontornável na história do vinho e da vinha no nosso país. Dizem que está reformado. Sim, da casa Ramos Pinto. Mas, de resto, está bem no ativo. Juntamente com a mulher Graça, os filhos Mateus e João e a filha Mafalda, deu corpo e alma ao projeto Quinta do Monte Xisto. Que já deu o seu
fruto, em forma de garrafa. De vinho. O Quinta de Monte Xisto 2015 foi distinguido na prova “Grandes tintos de Portugal”, obtendo o Prémio Paixão Pelo Vinho Excelência.
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suas empresas, mas o núcleo da famí-lia passou para aqui”. Todo este envol-vimento foi, do ponto de vista familiar e humano “muito interessante”, disse o entrevistado. “Conhecemo-nos mais agora do que antes. Temos uma filoso-fia parecida”.
O ANTES E O DEPOISHoje, os métodos são garantidamen-te diferentes dos praticados quando João Nicolau de Almeida começou a sua aventura por esta indústria. Mas são precisamente estas diferenças que dão ao enólogo uma vontade de con-tinuar. “Em 1970 fui para a Universidade de Bordéus estudar e aprendi uma for-ma de fazer vinho. Aprendi, digamos, a ciência do vinho, que em Portugal não existia. Terei sido senão o primeiro, dos primeiros enólogos a vir para cá com este curso. E quando cheguei, vi o es-tado em que estávamos: muito atra-sados relativamente aos franceses de Bordéus”. Mas hoje, pelo contrário, a nova gera-
ção tem acesso a tudo e de forma mais facilitada. “Na minha altura, era a ciência a entrar no vinho. Eram a mecanização, os pesticidas, os herbicidas, as fermen-tações automáticas, as leveduras, todo esse processo científico que introduzi na vinha e no vinho. Na geração dos meus filhos, já foi diferente. Na verdade, no início, comecei a impor os meus co-nhecimentos, eu tinha experiência, as castas que tinha estudado, a mecaniza-ção... mas de repente apercebi-me que a coisa não era bem assim”. No fundo, João Nicolau de Almeida ad-mite que não estava a entender o ob-jetivo dos descendentes, isto apesar de também eles terem ido estudar para Bordéus. “Quando vieram, em 2003, começamos a pensar como haveríamos de fazer a vinha na Quinta do Monte Xisto”.
A PAIXÃO PELO QUINTADO MONTE XISTO Pode muito bem ter sido amor à pri-meira vista. João Nicolau de Almeida
foi ao terreno, tirou uma fotografia e ficou preso com os dois pés ao Xisto. Ao monte. “Porque está situado numa zona do rio que não corre de nascente a poente, mas de sul para norte. Portanto, neste monte tinha o norte e sul na mes-ma quinta. Além de que tinha diferentes altitudes. Ou seja, as condições perfei-tas. Estava tudo ali”.Depois de comprar o espaço e de o deixar no tal banho Maria, em 2003, já em família, dos 40 hectares, 10 foram transformados em vinha. Ao início, o progenitor não entendia porque apenas 10 hectares seriam de vinha, mas os fi-lhos insistiram que queriam “fazer uma vinha de alta costura. Uma vinha à mão, cepa por cepa, parcela por parcela. In-troduziram infusões de plantas naturais para pulverizar a vinha. Ou seja, a nossa vinha iria ser totalmente biológica, bio-dinâmica”. Ou seja, radicalmente diferente das téc-nicas aprendidas e implementação por João Nicolau de Almeida. Aliás, gerou--se um conflito de gerações, admite.
A Quinta do Monte Xisto é um projeto em
que os cinco familiares participam diretamente.
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“Mas a certa altura comecei a perceber a tal nova mensagem que eles traziam. E comecei a achar muito interessante e envolvi-me nesta nova maneira de ver as coisas. E isto foi um incentivo mui-to grande para eu continuar, já que me aproximei muito mais da natureza. E es-tou todo orgulhoso em ter uma vinha que nunca viu um pesticida, livre de produtos sintéticos”.
MATEUS, O RESPEITADOR DA VINHAPodia ter escolhido ser outra coisa. Mas não o fez. É enólogo e abraçou o pro-jeto Quinta do Monte Xisto juntamente com os pais e os irmãos. No entanto, Mateus – de resto como os restantes elementos da família – mantêm as suas atividades paralelas. “Acho importante mantermos os nossos projetos indivi-duais”. Hoje, enólogo tem projeto que ostenta o seu próprio nome, em Foz Côa, onde produz vários vinhos, no-meadamente os Trans Douro Express. São três vinhos, um de cada sub-região do Douro “para mostrar o quanto o cli-
ma influencia o vinho. O consumidor precisa saber isso. Que há três Douros muito distintos”.Na Quinta do Monte Xisto, Mateus ad-mite que o futuro vai ser composto “de pequenos passos, sustentados”. Sobre-tudo, garantiu-nos, só vai ser feito o que a vinha pedir. “Não vamos exigir à vinha o que nós queremos. Vamos so-bretudo respeitar a vinha. É ela que vai ditar as regras, evoluindo obviamente para outros vinhos e para o aumento de produção”. Num horizonte de dois anos parece estar um Vinho do Porto branco seco.
JOÃO, O POTENCIALGUARDA FLORESTALJoão, tal como Mateus, mantém a sua atividade na Quinta do Pessegueiro, para além de abraçar o projeto Quinta do Monte Xisto. “Penso que é importan-te podermo-nos exprimir também fora da família. É complementar e acredito que muito saudável”. João não quis ser astronauta, nem
polícia ou bombeiro, mas admite que quando mais novo a profissão de guar-da florestal o fascinava. “A principal ra-zão pela segui a enologia foi o Douro. Não há como lhe fugir. Íamos para lá desde miúdos e apegamo-nos à terra. Eu queria voltar ao Douro, trabalhar, ver crescer”.Tal como o irmão, reforça a mensagem de que os vinhos são para serem ex-plorados aos poucos e a terra para se respeitada. “Temos vários vinhos pen-sados, mas vamos fazê-lo de forma sustentada”.Quanto à nova geração que cada vez mais quer voltar à terra, e sobre o facto de ser, ou não, “moda”, João responde com humor: “Se estivermos a falar de Foz Côa, de moda não em muito! Mas precisamos de sentir a terra, senão não faz sentido nenhum. E nós sentimos a terra”.
MAFALDA, A COMUNICADORANão seguiu a área de ciências. Aliás, “estava completamente fora de ques-tão” esta opção. Sempre foi letra, artes e comunicação pelo que a enologia es-tava fora de questão. Mas Mafalda sabia. Sabia que ia lidar com isto toda a sua vida. “Fui influenciada pelos dois lados da família, era inevitável estar ligada ao vinho”. Também Mafalda não tem qual-quer dúvida que a infância abraçada ao Douro é algo que, independentemente da área de estudo, fica impregnado nas gentes. “Foi fundamental na criação da nossa personalidade”. Acabou por se-guir teatro e produção de espetáculos, mas... o Douro voltou. E do Douro não se escapa. “Eu sabia que tinha de voltar para lá”.Mafalda mora há dez anos em Foz Côa, o que considera uma forma “de retribuir o que aquela região me deu”. Para além da Quinta do Monte Xisto, fundou a Miles Away, dinamizando projetos de desen-volvimento regional e de promoção do património dos Vales do Douro e Côa.
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EDIÇÃO 70 • PAIXÃO PELO VINHO • 69
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