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1 MAPLima FI001 Aula 10 Vamos considerar |i = |a 0 i um autoestado de um operador A que comuta com H (t)= H. Como j´ a vimos, nestas condi¸c˜ oes, a equa¸ ao de Schr¨ odinger: i~ @ @ t |a 0 ,t 0 ; ti = H |a 0 ,t 0 ; ti temsolu¸c˜ ao simples e igual a: |a 0 ,t 0 = 0; ti = exp ( -iE a 0 t ~ ) |a 0 i. Substituindo estasolu¸c˜ ao na equa¸ ao de Schr¨ odinger na representa¸c˜ ao das coordenadas i~ @ @ t hx 0 |a 0 ,t 0 = 0; ti = - ~ 2 2m r 02 hx 0 |a 0 ,t 0 = 0; ti + V (x 0 )hx 0 |a 0 ,t 0 = 0; ti, temos: E a 0 hx 0 |a 0 i = - ~ 2 2m r 02 hx 0 |a 0 i + V (x 0 )hx 0 |a 0 i, umaequa¸c˜ ao diferencial que define autoestados simultˆ aneos de A e H. Poder´ ıamos ter feito isso sem o aux´ ılio da observ´ avel A. Bastaria ter tomado A = H. Com isso, obter´ ıamos aequa¸c˜ ao de Schr¨ odinger independente do tempo: - ~ 2 2m r 02 u E (x 0 )+ V (x 0 )u E (x 0 )= Eu E (x 0 ), com u E (x 0 )= hx 0 |E i, ou seja, H |E i = E |E i na representa¸ ao das coordenadas. Equação de onda de Schrödinger independente do tempo para facilitar sem dependência explícita no tempo

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FI001 Aula 10

Vamos considerar |↵i = |a0i um autoestado de um operador A que comuta

com H(t) = H. Como ja vimos, nestas condicoes, a equacao de Schrodinger:

i~ @

@t|a0, t0; ti = H|a0, t0; ti

tem solucao simples e igual a: |a0, t0 = 0; ti = exp��iEa0t

~�|a0i. Substituindo

esta solucao na equacao de Schrodinger na representacao das coordenadas

i~ @

@thx0|a0, t0 = 0; ti = � ~2

2mr02hx0|a0, t0 = 0; ti+ V (x0)hx0|a0, t0 = 0; ti,

temos: Ea0hx0|a0i = � ~22m

r02hx0|a0i+ V (x0)hx0|a0i, uma equacao diferencial

que define autoestados simultaneos de A e H. Poderıamos ter feito isso sem

o auxılio da observavel A. Bastaria ter tomado A = H. Com isso, obterıamos

a equacao de Schrodinger independente do tempo:

� ~22m

r02uE(x

0) + V (x0)uE(x0) = EuE(x

0), com uE(x0) = hx0|Ei,

ou seja, H|Ei = E|Ei na representacao das coordenadas.

Equação de onda de Schrödinger independente do tempo

para facilitar sem dependência explícita no tempo

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Para resolver a equacao � ~22m

r02uE(x0) + V (x0

)uE(x0) = EuE(x

0) e necessario

estabelecer condicoes de contorno. Se E < lim|x0|!1

V (x0), 8 direcao de x0, entao

uE(x0) ! 0, quando |x0| ! 1. Fisicamente, isto significa que a partıcula esta

confinada (ligada) em uma regiao finita do espaco.

8>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>><

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>:

1) E conhecido da teoria de equacoes diferenciais que so existem

solucoes da equacao acima para certos valores de E �! nasce

aqui a quantizacao dos nıveis de energia.

2) O problema se reduz a resolver equacoes diferenciais com

condicao de contorno: problema similar ao existente em

mecanica de molas e membranas.

3) Neste curso consideramos que o aluno tem experiencia em

resolver a equacao acima, especificamente: a) tenha resolvido

problemas unidimensionais, caixa e barreira ! discreto e

contınuo, com reflexao e transmissao; b) familiar com solucoes

do oscilador harmonico simples; e c) atomo de hidrogenio; e

d) familiar com o conceito de espectro discreto e contınuo.

Equação de onda de Schrödinger independente do tempo

Impo

rtan

te

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Interpretações da função de onda

Ja vimos que |↵, t0; ti =Z

d3x0|x0ihx0|↵, t0; ti define uma densidade

de probabilidade igual a ⇢(x0, t) =�� (x0, t)

��2 =��hx0|↵, t0; ti

��2.

Especificamente, se queremos encontrar a partıcula dentro de um

elemento de volume d3x0 ao redor de x0, a probabilidade de um

resultado positivo no instante t e ⇢(x0, t)d3x0.

Se a probabilidade muda em um determinado volume - cresce ou

decresce - ela deve mudar de forma inversa fora dele - decresce

ou cresce, pois a probabilidade de encontrar a partıcula no espaco

todo deve se manter igual a 1. Isto sugere que deva existir uma

equacao de continuidade similar a de diversos problemas de fısica

classica:

@⇢

@t(x0, t) +r.j(x0, t) = 0.

daqui para frente, é com respeito à x’

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dS

vdt

Fluıdo com

velocidade v e

densidade ⇢

Interpretações da função de onda

A da equacao de continuidade@⇢

@t(x0, t) +r.j(x0, t) = 0, quando integrada em

um dado volume nos leva a:Z

Volumed3x0 @⇢

@t(x0, t) +

Z

Volumed3x0r.j(x0, t) = 0

que, por meio do teorema do divergente, permite escrever a expressao:

@

@t

Z

Volumed3x0⇢(x0, t) = �

Z

Superfıciej(x0, t).dS

e que e interpretada como: a taxa de probabilidade (ou carga, ou fluıdo, etc.)

que entra ou sai do volume, e igual a taxa que passa pela superfıcie que envolve

este volume.

Note as unidades:

8><

>:

⇢(x0, t) ! probabilidadevolume

j(x0, t) ! probabilidadearea⇥tempo

Em mecanica de fluıdos, voces ja viram:

j =⇢dSvdt

dSdt= ⇢v

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Interpretações da função de onda Quanto vale a densidade de corrente de probabilidade j(x0, t) na mecanica

quantica? Para isso, calcule primeiro

@⇢

@t(x0, t) =

@

@t

� ⇤

(x0, t) (x0, t)�=

� @@t ⇤

(x0, t)� (x0, t) + ⇤

(x0, t)� @@t (x0, t)

e depois

8>>>>>><

>>>>>>:

use i~ @@t (x

0, t) = � ~2

2mr2 (x0, t) + V (x0) (x0, t),

lembrando que V (x0)⇤= V (x0

)

e compare com@⇢@t (x

0, t) +r.j(x0, t) = 0,

para finalmente obter j(x0, t) = � i~2m

[ ⇤r � (r ⇤) ] =

~mIm( ⇤r )

O j(x0, t) deve estar relacionado com o momento p. Para ver isso, calculeZ

d3x0j(x0, t) =1

2m

Zd3x0

[ ⇤ ~ir + (

~ir )⇤ ] = 1

2m[hpi+ hpi] = hpi

m

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FI001 Aula 10 No inıcio, Schrodinger foi levado a interpretar | (x0, t)|2 como uma densidade

real da materia, ou ainda e| (x0, t)|2 como densidade da carga eletrica. A ideia

era que a materia (ou carga) ficava espalhada e quando se fazia uma medida,

ela colapsava para um ponto. A interpretacao estatıstica de | (x0, t)|2 como uma

densidade de probabilidade foi dada por M. Born. Para melhor compreender o

significado da funcao de onda, vamos escreve-la da seguinte forma:

(x0, t) =p⇢(x0, t) exp

� iS(x0, t)

~�, onde S(x0, t) e real e ⇢(x0, t) > 0

Isso vale, pois qualquer numero complexo pode ser escrito desta forma. Sabemos

o significado de ⇢. E o de S(x0, t)? Para ver isso, substitua a expressao acima em

j(x0, t) =~mIm( ⇤r ) e obtenha

j(x0, t) =~mIm

�p⇢(x0, t) exp

�� iS(x0, t)

~�r⇥p

⇢(x0, t) exp� iS(x0, t)

~�⇤

| {z },

este termo e {rp⇢(x0, t)} exp

� iS(x0, t)

~�+p⇢(x0, t) exp

� iS(x0, t)

~� i~rS(x0, t)

Com sua substituicao, temos: j(x0, t) = ⇢(x0, t)rS(x0, t)

m

Interpretações da função de onda

lousa

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Interpretações da função de onda S(x0, t)

~ e uma fase em (x0, t) =p⇢(x0, t) exp

� iS(x0, t)

~�. Fase que tem

informacao essencial para j(x0, t) = ⇢(x0, t)rS(x0, t)

m, pois, se constante

com respeito a x0, j(x0, t) = 0. Comparacao direta com o resultado para

fluıdo classico, induz a ideia de querS(x0, t)

me uma especie de velocidade.

E tentador escrever a equacao da continuidade exatamente como a de

fluıdo classico, isto e:

@⇢

@t(x0, t) +r.(⇢“v”) = 0, com “v” =

rS(x0, t)

mConsidere um exemplo simples: uma partıcula livre. Neste caso a funcao

de onda e dada por:

(x0, t) / exp� ip.x0

~ � iEt

~�,

onde p e o autovalor do operador momento. Note que, neste caso,

S(x0, t) = p.x0 � Et e rS(x0, t) = p.

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FI001 Aula 10 Comece substituindo a expressao (x0, t) =

p⇢(x0, t) exp

� iS(x0, t)

~�na

equacao de Schrodinger

i~ @@t (x0, t) = � ~2

2mr2 (x0, t) + V (x0) (x0, t)

e obtenha a seguinte expressao:

i~⇥@p⇢@t

+i

~p⇢@S

@t

⇤=

= � ~22m

⇥r2p⇢+ (

2i

~ )(rp⇢).(rS)� 1

~2p⇢|rS|2 + (

i

~ )p⇢r2S

⇤+

p⇢V

No limite classico, ~ e considerado muito pequeno. Observe que temos

termos em ~0, ~1, e ~2. O limite classico e obtido mantendo os termos

em ~0 e desprezando todos os termos que dependem de ~ e ~2. Isso da

1

2m|rS(x0, t)|2 + V (x0) +

@S(x0, t)

@t= 0

Esta e a equacao de Hamilton-Jacobi da mecanica classica, onde S(x0, t)

e a funcao principal de Hamilton. Veja “Classical Mechanics”, H. Goldstein,

2a edicao, pag. 445.

O limite clássico

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FI001 Aula 10

O limite clássico

Soluções elementares da equação de onda de Schrödinger

No caso de um estado estacionario, H nao depende do tempo e classicamente

a funcao principal de Hamilton e separavel e pode ser escrita por:

S(x0, t) = W (x0)� Et, onde W (x0) e a funcao caracterıstica de Hamilton.

O momento na teoria de Hamilton-Jacobi e dado por: Pclassico = rS = rW.

Como pode ser visto em “Classical Mechanics”, H. Goldstein, 2a ed., pag. 448.

E instrutivo e util olhar para algumas das solucoes mais simples da equacao

de Schrodinger independente do tempo.

� ~22m

r2uE(x0) + V (x0)uE(x

0) = EuE(x0)

Passaremos rapidamente por :

3 casos:

8>>>>>><

>>>>>>:

1) Partıcula livre em 3 dimensoes

2) Oscilador Harmonico simples

3) Potencial Linear

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Partícula livre em 3 dimensões Neste caso V (x) = 0. Consideraremos solucoes no espaco tridimensional e em

coordenadas cartesianas. O problema em coordenadas esfericas sera tratado no

capıtulo 3. A equacao de Schrodinger independente do tempo, fica

� ~22m

r2uE(x) = EuE(x) �! r2uE(x) = �2mE

~2 uE(x)

onde definimos k =p

~ , tal que2mE

~2 =p2

~2 = k2= k2x + k2y + k2z

Usando a estrategia de separacao de variaveis com uE(x) = ux(x)uy(y)uz(z),

chegamos em⇥ 1

ux

d2ux

dx2+ k2x

⇤+

⇥ 1

uy

d2uy

dy2+ k2y

⇤+

⇥ 1

uz

d2uz

dz2+ k2z

⇤= 0

Como sao coordenadas independentes, separamos em 3 equacoes com solucoes

do tipo uw(w) = cw exp (ikww), para w = x, y, z. A solucao geral fica

uE(x) = cxcycz exp (ikxx+ ikyy + ikzz) = C exp (ik.x)

a constante de normalizacao apresenta as dificuldades usuais resolvidas com as

funcoes deltas de Dirac. Usaremos aqui a normalizacao da caixa grande, onde o

espaco e considerando um grande cubo de aresta L.

sem perda de generalidade, considere C real

tirei a linha do x para facilitar

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Partícula livre em 3 dimensões Impondo condicoes periodicas de contorno em uw(w) = cw exp (ikww)

uw(w + L) = cw exp (ikw(w + L)) = uw(w) = cw exp (ikww),

para w = x, y, e z, temos kx =2⇡

Lnx, ky =

2⇡

Lny, kz =

2⇡

Lnz,

com nx, ny, e nz inteiros. A constante de normalizacao C pode ser

obtida pela condicao

1 =

Z +L/2

�L/2dx

Z +L/2

�L/2dy

Z +L/2

�L/2dzu⇤

E(x)uE(x) = L3C2 �! C = 1/L3/2

que permite escrever uE(x) =1

L3/2exp (ik.x) com

E =p2

2m=

~2k2

2m=

~22m

�2⇡L

�2(n2

x + n2y + n2

z)

Degenerescencia? Multipla. A obvia seria ± nx,±ny,±nz. E

interessante calcular o numero de estados N entre E e E + dE.

Melhor ainda, e calcular a chamada densidade de estados ⇢(E) =dN

dE,

usada para somar um contınuo de estados, quando fizemos a trocaX

a0

!Z

dN !Z

dE⇢(E) (ver slide 11 da aula 7)

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Partícula livre em 3 dimensões

Casca esferica com

8><

>:

1) raio |k| = 2⇡|n|L e largura d|k| = 2⇡d|n|

L

2) todos os estados nesta casca tem E = ~2k2

2m

Assim, d|N | = 4⇡n2d|n| e dE =~2|k|d|k|

mnos leva a

⇢(E) =d|N |dE

=4⇡n2d|n|~2|k|d|k|

m

=4⇡mn2

~2|k|d|n|d|k| =

4⇡m

~2|k|� L

2⇡

�2|k|2 d|n|d|k|

=4⇡m

~2� L

2⇡

�2|k|d|n|d|k| =

4⇡m

~2� L

2⇡

�2p2mE

~d|n|d|k|

=4⇡m

~2� L

2⇡

�2p2mE

~L

2⇡=

m3/2E1/2L3

p2⇡2~3

Em um calculo real tıpico, a densidade de estados sera multiplicada

pela probabilidade, que envolve u⇤E(x)uE(x). Como, ja vimos

uE(x) =1

L3/2exp (ik.x) e a dependencia com L desaparece.

Para a partıcula livre, temos: (x, t) =1

L3/2exp (ik.x� iEt

~ )

e j(x, t) =~mIm( ⇤r ) = ~k

m

1

L3com “v” =

~km

e ⇢ =1

L3

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Oscilador Harmônico Simples

a solução com sinal negativo é fisicamente aceitável.

Considere o problema de um oscilador harmonico simples em uma dimensao.

A equacao de onda a ser resolvida e:

� ~22m

d2

dx2uE(x) +

1

2m!2x2uE(x) = EuE(x)

A estrategia para resolver o problema e usar o conceito de funcoes geradoras.

Para isso, reescreva a equacao, usando

(1) y ⌘ x

x0, com x0 ⌘

q~

m!

2) " ⌘ 2E~!

e obtenha a nova equacaod2

dy2u(y) + ("� y2)u(y) = 0

Para y ! ±1 a solucao u(y) precisa tender a zero, caso contrario nao sera

normalizavel e perdera o sentido fısico. E possıvel definir o comportamento

assimptotico, desprezando o termo em " e mantendo o em y2. Isso feito, temos:

u se comporta como w ! d2

dy2w(y)� y2w(y) = 0 �! w(y) / exp (±y2/2) e u(y)

pode ser redefinido por u(y) = h(y) exp (�y2/2)| {z } �!d2h

dy2� 2y

dh

dy+ ("� 1)h = 0

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Oscilador Harmônico Simples Tradicionalmente, neste ponto escolhemos uma expansao polinomial para h(y)

que deve satisfazer a equacao:d2h

dy2� 2y

dh

dy+ ("� 1)h = 0

Igualando coeficientes de monomios de mesma ordem, encontra-se uma formula

de recorrencia entre os coeficientes de monomios de diferentes ordens e ao notar

que o polinomio de ordem infinita explodiria mais rapidamente que w(y), exige-

se que a serie seja terminada. Isso define solucoes com polinomios de ordem

finita (polinomios de Hermite) e quantiza a energia.

O texto usa uma funcao geradora g(x, t), definida por:

g(x, t) ⌘ exp (�t2 + 2tx) ⌘

1X

n=0

Hn(x)tn

n!

e mostra que os polinomios Hn satisfazem a desejada equacao de Schrodinger.

um resumo:

8><

>:

1)✏� 1 = 2n com n, inteiro nao negativo

2)un(x) = cnHn

�xp

m!~�exp (�m!x2

2~ )

3)R +1�1 Hn(x)Hm(x) exp (�x

2) = ⇡1/22nn!�nm

As lacunas ficam para voces preencherem.

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Lousa

slide 6

(x0, t) =p⇢(x0, t) exp

� iS(x0, t)

~�, onde S(x0, t) e real e ⇢(x0, t) > 0

Um numero complexo c pode ser escrito por c=a+ ib, onde a e sua a parte real

e b sua parte imaginaria. Nessa expressao a e b sao numeros reais. A norma ao

quadrado de um numero complexo e definida por ⇢ = |c|2 = c.c⇤ = a2 + b2, uma

vez que c.c⇤=(a+ ib)(a� ib)=a2 + i(ba� ab) + b2=a2 + b2(numeros comutam).

Isso faz ⇢ um numero real positivo, assim comop⇢. Dividindo e multiplicando c

porp⇢, temos: c=

p⇢(

ap⇢+ i

bp⇢), onde (

ap⇢)2 + (

bp⇢)2=1. Essa propriedade

permite escreverap⇢= cos' e

bp⇢= sin' e c =

p⇢(cos'+ i sin') =

p⇢ei',

No caso, tomamos ' =S

~ . As quantidades ⇢ e S dependem de x0 e t para a

expressao valer para todos os valores de (x0, t).

<latexit sha1_base64="u4R3WE1RXbjGQrbjwTrR2uC3M8M=">AAAMSHiclVZLbxRHEC4MBNiFxMCRyxAryS52ll0LBIrkCBQiJRdE5BiQbIN6envtFvNiuseKWebn5ZJjbhwRJ5RLDokQnKiu7tnX9GC80uzUVld9XY+vazvMIql0v//qxNLJU6e/OHP2XKt9/sKXXy1fvPRQpUXOxRZPozR/HDIlIpmILS11JB5nuWBxGIlH4bOfzPqjA5ErmSa/68NM7MZsL5EjyZlGVXrx9HX4FlqwA4HnyUCBhA6MUQ5hhLo/4DsoYQ00dPHXBlkpeA45aoxVDvuQorbJp0StQE3m1iXsoa1BGaEvA456CZuf8Df6fVxhaF9OMLpkYXA04ZtoAowkgSH+DnC1GXPR6y0+Of5mEJHn4rrBq/RH5RvAj/j0cW3H1XmKtAUxriXwAd8CkQwOx+8YqxORVUr78IX9M9TbrBT5mYgUWuVYCU0+xiKf+F7FPplvBqtoEWJkzVUK0MpXDwUFrTBCZ9RvMVOn0puhxQxriBXaLJLEvBl2UmI0rykXBj3U36fsFNlb5uRO88bVxxdzlY1vb+s3W3c1yUSibHa9SxamirHLO23I8TnlMiT2DgnZ1rL4rO6+dfYjyluizOb6Nz1TJXbxJSK8hCewjjLHODnK11BmpFvFbM27fg4KysIf/wFKL9DG5FExe4o9ZU9nwp8uyd87eZZfNgozMUKyYGRRxVW3tPr5aDu1ztiqFbjK8N3F2PyZ/EqsMFUdoeULyqSqXr0ei72ZnviM9jVnSWJ1UqonI2xJfjae1OHXp19JDJrf8R5hmf5KOm2p46jJK6KdDCskYrPJuj299Tyn7PDvXu+/kWPK6gd3Lmbngh+lMzeTmeOiz7Kkns9ah5+07h4xqY+zc9cxqXOs/efZOPD06+fJzMmIHxlNJEHn08TpZ2BGbIqJO2JmLgs6ZVXPPjc3Ex2nrhn9Ac3KDFdlw39SeYwabNCK4WId2z9JufPxM6UpTsuMpp26jZgCezQm33mPNW/d77vpyuj8rxHjU5p5sZsh5QLSxlytNmv3ijoj7hKOnfYJndiKCxV+dRfw1W+zpjeehi+W9/Hkf6Os3ST8iLp2K2CUT9A46X3/ngc08yw3pwiabhi2cvbb2qXOexrrUXfE3tPllX6vT5+gLgycsALu8+Dp8t87w5QXsUg0j5hS24N+pnfHLNeSR6Js7RRKZIw/Y3tiG8WExULtjukiXAbfoGYYjNIcn0QHpJ31GLNYqcM4RMuY6X21uGaUvrXtQo9u745lkhVaJNxuNCqiQKeBuVUHQ5kLrqNDFBjPJcYa8H2WM67x7t3CIgwWU64LD9d7gxu9m7/dWLmz7spxFq7A11jcAdyCO/ALPMBLI2/92fqn9V/r//Zf7X/b79rvrenSCedzGeY+55c+AqfFee8=</latexit>