Modelo IS_LM_BP

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Copyright © 2011 by The McGraw-Hill Companies, Inc. All Rights Reserved. McGraw-Hill/Irwin O MODELO IS-LM-BP CAPÍTULO #12

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Modelo IS-LM-BP

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O MODELO IS-LM-BP

CAPÍTULO #12

Page 2: Modelo IS_LM_BP

Introdução As transações internacionais permitem uma série de ganhos de eficiência, tais

como:

(i) especialização na produção de bens em que o pais possua vantagens comparativas, possibilitando a obtenção de uma massa de produtos maior com a mesma quantidade de fatores de produção (desloca-se a curva de possibilidade de produção para a direita, aumentando-se o bem-estar do país;

(ii) diversificação dos produtos que os cidadãos têm acesso;

(iii) diversificação das opções de portfólio dos agentes, reduzindo-se o risco;

(iv) possibilidade de antecipação do consumo futuro pelos residentes, recorrendo ao endividamento externo;

(v) ampliação da concorrência nos mercados domésticos, limitando o poder de oligopólios e monopólios.

Page 3: Modelo IS_LM_BP

Introdução

Qualquer economia está vinculada ao resto do mundo por

meio de dois grandes canais:

(i) o comércio de bens e serviços;

(ii) o de finanças.

O vínculo comercial significa que parte da produção de um

país é exportada para países estrangeiros, enquanto

alguns bens que são consumidos ou investidos

internamente são produzidos no exterior e importados.

Page 4: Modelo IS_LM_BP

Introdução

Os gastos com importações (M) escapam ao fluxo circular

da renda, uma vez que parte do que é consumido, por

nós brasileiros não é gasto em bens produzidos

internamente; em contrapartida, as exportações (X)

aumentam a demanda por bens produzidos internamente.

Assim, o modelo IS/LM básico de determinação da renda

para uma economia fechada deve ser alterado para incluir

os efeitos do comércio internacional de bens e serviços.

Page 5: Modelo IS_LM_BP

Introdução

Além disso, os preços dos bens no Brasil, em relação aos

dos concorrentes, têm impacto direto sobre a demanda,

emprego e produto.

Por exemplo, um declínio dos preços dos produtos

brasileiros em relação aos praticados por empresas nos

EUA, desloca a demanda para bens internos com relação

aos bens produzidos no exterior.

Page 6: Modelo IS_LM_BP

Introdução

Há também fortes ligações na área financeira, com a compra e venda

de ativos, empréstimos e financiamentos internacionais.

Como os investidores internacionais transferem seus ativos pelo

mundo, eles vinculam os mercados de ativos nacionais e estrangeiros

e, portanto, afetam a renda, as taxas de câmbio e a capacidade da

política monetária de impactar as taxa de juros.

Assim, mostraremos como a análise IS/LM tem que ser modificada

para levar em conta o comércio internacional de bens e serviços e as

relações financeiras com o resto do mundo.

Page 7: Modelo IS_LM_BP

Taxa de Câmbio

Page 8: Modelo IS_LM_BP

Taxa de Câmbio

A taxa de câmbio mostra qual é a relação de troca entre duas

unidades monetárias diferentes, ou seja, o preço relativo entre

diferentes moedas.

Chamamos a relação entre quantidades de moeda de taxa de

câmbio nominal. Dizemos que ocorreu uma valorização cambial

quando a moeda nacional ficou relativamente mais cara que a

moeda estrangeira em termos monetários, ou seja a moeda

nacional vale mais do que a moeda estrangeira.

Quando a moeda de um país passa a valer relativamente menos

em comparação com uma moeda estrangeira, dizemos que ocorreu

uma desvalorização nominal.

Page 9: Modelo IS_LM_BP

Regimes Cambiais

Page 10: Modelo IS_LM_BP

12-10

TAXAS DE CÂMBIO FIXAS

Neste regime, o Banco Central determina a taxa de

câmbio. Não se trata, no entanto, apenas de uma

determinação legal. Ao definir uma certa taxa de câmbio,

o Banco Central está assumindo o compromisso de

realizar todas as intervenções necessárias no mercado

cambial para garantiar a manutenção da taxa previamente

definida.

Isto significa que o Banco Central deverá intervir no

mercado câmbial com o objetivo de permitir a manutenção

da taxa estabelecida.

Page 11: Modelo IS_LM_BP

12-11

TAXAS DE CÂMBIO FIXAS

A manutenção de um regime de taxa de câmbio fixa é incompatível

com a persistência de déficits no BP. Em um certo momento, o nível

de reservas internacionais será tão baixo que o Banco Central não

poderá vender divisas para os agentes honrarem seus compromissos

e neste momento o Banco Central será obrigado a abandonar o

regime de taxas de câmbio fixo e substituí-lo por um regime de

flutuação cambial.

Para manter um regime de taxa de câmbio fixo, a economia dever ter

uma situação no BP que permita a acumulação e ou a manutenção

de um certo nível de reservas internacionais.

Page 12: Modelo IS_LM_BP

TAXAS DE CÂMBIO FIXAS

No regime de taxa de câmbio fixo, o Banco Central determina o valor

da taxa de câmbio, e se compromete a comprar e vender divisas à

taxa estipulada.

Para que um regime de taxa de câmbio fixo funcionar, o Banco

Central deve possuir reserva de moeda estrangeira em quantidade

suficiente para atender a uma situação de excesso de demanda por

esta moeda (como por exemplo num caso de déficit no BP) à taxa

estabelecida, bem com deve aceitar a perda de graus de liberdade na

condução da política monetária, adquirindo qualquer excesso de

oferta de moeda estrangeira (no caso de um superávit da BP). Assim,

no regime de taxa de câmbio fixo, a atuação do Banco Central se faz-

se no sentido de garantir esta taxa fixada.

Page 13: Modelo IS_LM_BP

TAXAS DE CÂMBIO FIXAS

Num regime de taxa de câmbio fixo, nem situações de déficits ou superávits persistentes no BP são sustentáveis a longo prazo.

No primeiro caso, o volume de reservas torna-se uma restrição, uma vez que, com sucessivos déficits, as reservas se esgotarão.

Já quando existem superávits sucessivos e acúmulos crescentes de reservas pelo pais, isto terá um custo de oportunidade representada por uma restrição ao aumento do bem estar da sociedade (pois se estaria sacrificando o consumo presente).

Page 14: Modelo IS_LM_BP

12-14

TAXAS DE CÂMBIO FLUTUANTE

Neste caso, assume-se que as forças de mercado (oferta

e demanda por divisas) determinarão a taxa de câmbio

nominal.

O Banco Central não realiza intervenções no mercado,

deixando o preço das moedas flutuarem livremente. Em

uma situação de excesso de demanda por moeda

estrangeira, esta terá seu preço elevado, ou seja, a

moeda nacional se desvalorizará com relação a moeda

estrageira. Quando ouver um excesso de oferta de

moeda estrangeira, seu preço cairá, isto é, a moeda

nacional se valorizará frente a moeda estrangeira.

Page 15: Modelo IS_LM_BP

12-15

TAXAS DE CÂMBIO FLUTUANTE

Dado que o Banco Central não têm que intervir no

mercado de divisas para garantir o valor da moeda

nacional, este pode perseguir, por meio da política

monetária, outros objetivos que não a simples

manutenção da taxa de câmbio fixa.

O mercado cambial é que determina a taxa de câmbio,

tornando-a menos sujeita às arbitrariedades das

autoridades governamentais, e a liberdade dada à política

monetária são as principais vantagens atribuídas ao

sistema de taxa de câmbio flutuante.

Page 16: Modelo IS_LM_BP

12-16

TAXAS DE CÂMBIO COM FLUTUAÇÃO SUJA

Neste sistema o banco Central intervem quando

considerar necessário alterar a taxa de câmbio

nominal.

Aqui o Banco Central intervêm no mercado

cambial comprando ou vendendo dividas, o que

acaba determinando por influenciar a taxa de

câmbio.

Page 17: Modelo IS_LM_BP

Bandas Cambiais

Num regime de “bandas cambiais”, fixa-se uma

taxa de câmbio central, e um intervalo aceito de

variação para cima e para baixo.

Page 18: Modelo IS_LM_BP

Taxa de Câmbio de Longo Prazo

Duas moedas estão em paridade de poder de compra quando uma unidade de moeda nacional pode comprar a mesma cesta de bens no país de origem ou no exterior.

O poder de compra relativo de duas moedas é medido pela taxa de câmbio real.

A taxa de câmbio real é a relação entre preços estrangeiros e domésticos na mesma moeda. Ela mede a competitividade de um país no comércio internacional.

Page 19: Modelo IS_LM_BP

Taxa de Câmbio de Longo Prazo

A taxa de câmbio real R, é definida como:

R = ePf/P

em que P e Pf são os níveis de preço no país e no

exterior, respectivamente, e (e) é o preço do câmbio em

dólares.

Page 20: Modelo IS_LM_BP

Balanço de Pagamentos

Page 21: Modelo IS_LM_BP

12-21

Balanço de Pagamentos

A balança de pagamentos (BP) é o registro das

transações econômicas com o resto do mundo.

Ela é composta de duas contas principais:

(i) a conta corrente e a

(ii) conta capital.

Page 22: Modelo IS_LM_BP

Balanço de Pagamentos

http://www.bcb.gov.br/?SERIEBALPAG

Page 23: Modelo IS_LM_BP

12-23

Page 24: Modelo IS_LM_BP

12-24

24

ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS

(ATUAL)

I - Balança Comercial

II - Balanço de Serviços

III – Balanço de Rendas

IV - Donativos ou Transferências Unilaterais Correntes

V - Saldo do B.P. em T.Correntes (= I + II + III + IV)

VI – Conta capital e financeira

VII - Erros e Omissões

VIII - Saldo total B.P. ( = V + VI + VII)

IX – Haveres da Autoridade monetária (são as variações das Reservas

Internacionais) (= - VIII)

Page 25: Modelo IS_LM_BP

12-25

TRANSAÇÕES CORRENTES – I, II, III e IV

I - Balança Comercial

§ Exportações (FOB) e Importações (FOB)

II – Balanço de Serviços

§ Viagens internacionais, transportes, seguros,

§ Serviços governamentais, serviços diversos (comunicações, construção, computação e informações, royalties, licenças, corretagens, aluguéis de equipamentos, pessoais, filmes, propaganda, serviços de recreação etc)

III – Balanço de Rendas

§ Salários

§ Lucros e dividendos (reinvestidos)

§ Juros

IV - Transferências Unilaterais Correntes

Page 26: Modelo IS_LM_BP

12-26

26

VI - Conta capital e financeira

Conta capital: transferências unilaterais relacionadas com patrimônio de

imigrantes e aquisição ou alienação de bens não financeiros não produzidos

(cessão patentes e marcas)

Conta financeira:

§ Investimentos diretos

§ Investimentos em carteira (ações, títulos de renda fixa)

§ Derivativos e

§ Outros investimentos

Page 27: Modelo IS_LM_BP

12-27

IX – Variações das Reservas Internacionais:

- Haveres a curto prazo no exterior

- Ouro monetário

- Direitos Especiais de Saque (DES)

- Posição de reservas no FMI

Haveres da Autoridade Monetária

Page 28: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação da

Renda com Economia Aberta

Page 29: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação

da Renda com Economia Aberta

Aqui nós incluímos o comércio exterior na estrutura

IS/LM.

Consideramos que o nível de preços é dado e que o

produto demandado será ofertado.

Em uma economia aberta, parte do produto interno é

vendida a estrangeiros (exportações) e parte dos gastos

dos residentes domésticos adquire bens de estrangeiros

(importações). Assim, precisamos modificar a curva IS.

Page 30: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação

da Renda com Economia Aberta

A mudança mais importante é que o gasto doméstico

não mais determina o produto interno. Em vez disto, o

gasto com bens domésticos determina o produto interno.

Gastos dos residentes nacionais = C + I + G

Gastos em bens nacionais = (C + I + G) + (X – M)

X = exportações; M = importações

Page 31: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação

da Renda com Economia Aberta

As exportações liquidas (NX), dependem da renda interna

(Y), que afeta os gastos com importações (M), da renda

externa (Yf), que afeta a demanda por nossa exportações

(X) e da taxa de câmbio real (R = ePf/P).

Um aumento em R ou uma depreciação real melhora a

nossa balança comercial, conforme a demanda muda de

bens produzidos no exterior para os produzidos no país

de origem:

NX = X (Yf, R) – M (Y, R) = NX (Y, Yf, R)

Page 32: Modelo IS_LM_BP

O Equilíbrio no Mercado de

Bens num Economia Aberta

O aumento da demanda por importações, causado por

um aumento na renda é chamado de propensão

marginal a importar. A propensão marginal a importar

mede a fração de um dólar extra de renda gasto em

importações.

O fato de que parte da renda será gasto em importações

(ao invés de bens domésticos) implica que a curva Is

será mais inclinada do que no caso de uma economia

fechada. Para uma dada redução na taxa de juros,

temos um aumento menor no produto e na renda para

restaurar o equilíbrio no mercado de bens.

Page 33: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação

da Renda com Economia Aberta

A curva Is no contexto de uma economia aberta inclui as exportações

líquidas (NX) como um componente da demanda agregada. Portanto,

o nível de competitividade, conforme medido pela taxa de câmbio real,

R, afeta a curva IS.

Uma depreciação real aumenta a demanda por bens domésticos,

deslocando a curva IS para fora e para a direita. Da mesma forma, um

aumento na renda externa e, com isso, um aumento nos gastos

estrangeiros em nossos produtos irá aumentar as exportações

líquidas ou a demanda por nossos bens. Portanto temos que:

IS Y = DS (Y, i) + NX (Y, Yf, R)

Page 34: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação

da Renda com Economia Aberta –

Efeito de um Aumento na Renda Externa

0

i

Y

IS2

LM1

IS1

1

2

Page 35: Modelo IS_LM_BP

Modelo de Determinação da Renda com

Economia Aberta Efeitos de uma perturbação

sobre a Renda e as Exportações Líquidas

Aumento do

Gasto Local

Aumento na

Renda

Estrangeira

Depreciação

Real

Renda (Y) + + +

Exportações

Líquidas (NX) - + +

Page 36: Modelo IS_LM_BP

A Curva BP e o

Equilíbrio Externo

Page 37: Modelo IS_LM_BP

12-37

O MODELO MUNDELL-FLEMING

O modelo Mundell-Fleming ou modelo IS-LM-BP,

desenvolvido por Robert Mundell e pelo falecido Marcus

Fleming, é uma extensão do modelo IS/LM aplicado a

uma economia aberta com governo, por meio da

introdução da curva BP (Balança de Pagamentos).

O modelo trata da relação de curto prazo entre a taxa de

câmbio real e e o produto Y da economia.

Page 38: Modelo IS_LM_BP

O Balanço de Pagamentos e

os Fluxos de Capitais

Introduzimos o papel dos fluxos de capital em uma estrutura que consideramos que o país enfrenta um determinado preço das importações e uma determinada demanda de exportação. Aqui assumimos que a taxa de juros mundial (if), é dada.

Além disso, com mobilidade perfeita de capitais, eles fluem ao país de origem a uma taxa ilimitada se a taxa de juros estiver acima da taxa de juros internacional (if).

Por outro lado, se a taxa de juros doméstica for inferior a taxa de juros internacional, os fluxos de saída de capitais serão ilimitados.

Page 39: Modelo IS_LM_BP

O Balanço de Pagamentos e

os Fluxos de Capitais

O superávit do BP é igual ao superávit comercial (NX),

mais o superávit da conta capital (CF):

BP = NX (Y, Yf, R) + CF (i – if)

A equação mostra a balança comercial como uma função

da renda interna e externa e da taxa de câmbio real; e

mostra a conta capital com dependente do diferencial de

juros (i-if).

Page 40: Modelo IS_LM_BP

12-40

A FUNÇÃO BP = 0

A curva BP = 0 mostra todas as combinações de

taxa de juros (i) e nível de renda (Y) de modo

que o balanço de pagamentos esteja em

equilíbrio.

Page 41: Modelo IS_LM_BP

12-41

A CURVA BP = 0

Y

Y

FC(i)

NX (Y)

i

i

NX

FC (i)

BP=0

0

0 0

0

Page 42: Modelo IS_LM_BP

12-42

OS DILEMAS DE POLÍTICA

ECONÔMICA: OS EQUILÍBRIOS

INTERNO E EXTERNO

Page 43: Modelo IS_LM_BP

12-43

Page 44: Modelo IS_LM_BP

MOBILIDADE DE CAPITAL E O

EQUILÍBRIO MACROECONÔMICO

Podemos definir três graus de liberdade de capital:

(i) Inexistência de mobilidade de capital: neste caso, não há

possibilidade de movimentos de capital no curto prazo;

(ii) Perfeita mobilidade de capital: nesta situação, não existe

nenhum tipo de barreira ou impedimento legal aos movimentos de

capital. Inexistindo também custos transacionais e administrativos;

(iii) Mobilidade Imperfeita de capital: trata-se de uma situação

intermediária entre os dois casos apresentados anteriormente, ou

seja, há mobilidade de capital, porém, parcial. Existem algumas

barreiras ou limitações aos movimentos do capital, assim como

podem existir custos transacionais e administrativos.

Page 45: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

0 Y

i

Y

- +

BP = 0

Page 46: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

A inexistência de mobilidade de capital implica que não

há possibilidade de movimentos de capital no curto prazo.

Isto poderia caracterizar, por exemplo, uma situação de

um país que não tenha acesso ao mercado internacionais

de capitais, isto é, uma situação em que não exista

movimentos internacionais de capitais.

Em uma situação como esta, a condição de equilíbrio do

BP reduz-se a um saldo zero em transações correntes, ou

seja, quando as importações e importações se igualam

(X = M).

Page 47: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Considerando que a taxa de câmbio (e) e o nível de renda

externa (Yf) como dados, temos que o volume de

exportações passa a ser uma variável exógena. As

importações, por outro lado, são uma função crescente do

nível de renda interno. Assim, temos que:

X = f(Yf,e)

M = f(Y)

TC = X – mY

TC = 0 X = mY

YBP=0 = X/m

Page 48: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Percebe-se que, neste caso, teremos apenas um único

nível de renda que irá equilibrar a conta corrente e,

portanto, o BP, independentemente da taxa de juros,

como vemos na figura acima.

Page 49: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Podemos notar também que, para níveis mais elevados

de renda, as importações crescerão sem serem

acompanhadas por aumento das exportações, o que irá

resultar no aparecimento de déficits em transações

correntes.

Para níveis inferiores de renda, as importações serão

menores que as exportações, resultando em um

superávit. Assim, pontos a direita da curva BP significam

a existência de déficits e pontos à esquerda representam

superávits, como pode ser visto nos gráficos abaixo.

Page 50: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Y

0

M, X

Y

0

i

X

M= mY

YBP=0

déficit

superávit

déficit

superávit

YBP=0

Page 51: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

PERFEITA DE CAPITAL

Para uma situação com perfeita mobilidade de capital, a variável

relevante para determinar o equilíbrio da BP passe a ser a taxa de

juros e não mais o nível de renda, uma vez que o saldo no BP

passa a ser infinitamente elástico em relação a taxa de juros.

Neste caso, estamos assumindo, implicitamente, que os ativos

internos e externos sejam substitutos perfeitos.

Aqui assumimos que o capital move-se livremente entre os países,

e que o diferencial de risco entre os ativos de diferentes países não

é importante, e que os custos de transação são negligenciáveis.

Neste tipo de cenário, os fluxos de capitais levarão as taxa de juros

internas e externas à igualdade, ou seja, i = if.

Page 52: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

PERFEITA DE CAPITAL

Uma taxa de juros ligeiramente superior a taxa de juros

internacional (if) induzirá uma entrada massiva de

capitais, que forçará a igualdade entre as taxa de juros

domésticas e internacionais.

Uma taxa de juros ligeiramente inferior levará, por outro

lado, a uma massiva saída de capitais, isto é, a

profundos déficits no BP. Isto implica, então, que haverá

um único nível de taxa de juros interna compatível com o

equilíbrio externo: i = if.

Page 53: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

PERFEITA DE CAPITAL

O capital apresenta perfeita mobilidade internacional de

capital quando os investidores podem adquirir ativos em

qualquer país que escolherem, de forma rápida, com

baixos custos de transação e em quantidades ilimitadas.

Quando o capital é perfeitamente móvel, os detentores

de ativos estão dispostos e são capazes de mover

grandes quantias de recursos entre as fronteiras, em

busca do maior retorno ou do menor custo de

empréstimos.

Page 54: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

PERFEITA DE CAPITAL

O alto grau de integração dos mercados de capitais

implica que as taxas de juros de qualquer país não

podem ficar muito fora do curso, sem acarretar em

ingressos de capitais que tendem a restaurar os

rendimentos ao nível mundial.

Page 55: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

PERFEITA DE CAPITAL

O reconhecimento de que as taxa de juros afetam os fluxos de

capitais e o balanço de pagamentos tem importantes implicações para

a política de estabilização:

(i) primeiro, porque as políticas monetárias e fiscais afetam a taxa de

juros e a conta capital e, portanto, o balanço de pagamentos. Os

efeitos das políticas monetárias e fiscais sobre o balanço de

pagamentos não estão limitados aos efeitos da balança comercial

acima discutidos, mas se estendem para a conta capital;

(ii) a segunda implicação é que a forma como as políticas monetárias

e fiscais operam para afetar a economia interna e o balanço de

pagamentos muda quando há fluxos de capitais internacionais.

Page 56: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE PERFEITA DE CAPITAL

0 Y

i

-

+ BP = 0 if

Page 57: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE PERFEITA DE CAPITAL

A suposição de perfeita mobilidade de capital torna a

curva BP = 0 horizontal.

Como grandes fluxos de capitais resultam de qualquer

diferencial de taxa de juros, o equilíbrio do BP só pode

ocorrer quando a taxa de juros interna é igual a taxa de

juros externa (mundial – if), esta última exogenamente

determinada.

Page 58: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

IMPERFEITA DE CAPITAL

Numa situação de imperfeita mobilidade de capitais, tanto a renda

como a taxa de juros passam a desempenhar um papel relevante

para se atingir o equilíbrio externo.

Uma elevação no nível de renda levará a uma deterioração do saldo

em transações correntes, aumentando a necessidade de recursos

externos para financiá-la.

No caso de imperfeita mobilidade de capital, a curva BP=0 é

positivamente inclinada, isto é, aumentos na renda devem ser

acompanhados por elevações na taxa de juros, de modo a manter o

BP em equilíbrio como por ser visto no gráfico abaixo.

Page 59: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

IMPERFEITA DE CAPITAL

0 Y

i

-

+ BP = 0

Page 60: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

IMPERFEITA DE CAPITAL

Os pontos sobre a curva BP=0 implicam que temos um equilíbrio no balanço de pagamentos.

Pontos acima da BP=0 implicam na existência de um superávit, ou seja, a taxa de juros está muito elevada para aquele nível de renda, fazendo com que a entrada de capitais supere as necessidades das transações correntes.

Ponto abaixo da BP=0 significam a existência de déficits, ou seja, a taxa de juros é muito baixa para induzir uma entrada de capital suficiente para cobrir as necessidades de transações correntes.

Page 61: Modelo IS_LM_BP

BP = 0 COM MOBILIDADE

IMPERFEITA DE CAPITAL

Assim, para pontos acima da BP=0, temos que ter que ou

a taxa de juros interna deve reduzir-se para diminuir a

entrada de capitais, ou deve-se induzir elevações na

renda interna para ampliar o déficit das transações

correntes.

Para pontos abaixo da BP = 0 devem ser corrigidos ou

por elevação na taxa de juros, para estimular a maior

entrada de capital, ou por reduções de renda, para

melhorar o saldo em transações correntes.

Page 62: Modelo IS_LM_BP

12-62

EQUILÍBRIO INTERNO E EXTERNO E OS

DILEMAS DE POLÍTICA ECONÔMICA

Page 63: Modelo IS_LM_BP

12-63

A BALANÇA COMERCIAL

COMO FUNÇÃO DA RENDA

0 Y

X, M

NX=0

YB YPE

YPE

Superemprego

Déficit

Desemprego

Déficit

Desemprego

Superavit

I III II

Page 64: Modelo IS_LM_BP

CURVA BP SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Supondo que o governo deseje atingir tanto o equilíbrio

interno quanto o externo e que a economia esteja

inicialmente no quadrante II, percebemos que, enquanto

o pleno emprego exige políticas econômicas

expansionistas.

O equilíbrio externo exige políticas contracionistas, ou

seja utilizando-se apenas de instrumentos fiscais e

monetários, os dois objetivos tornam-se incopmatíveis –

temos então um dilema (trade off) de política econômica.

Page 65: Modelo IS_LM_BP

CURVA BP SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

A única maneira de atingirmos as duas metas

simultaneamente é fazermos com que a renda que

equilibra o balanço de pagamentos seja exatamente a

renda de pleno emprego.

Para tal, dada a propensão marginal a importar (m),

devemos gerar um volume de exportações autônomas

compatível com o volume de importações na situação de

pleno emprego.

Page 66: Modelo IS_LM_BP

CURVA BP SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

O nível de exportações pode ser alterado quer por fatores fora do controle da economia, como a renda do resto do mundo, que ao crescer poderá induzir a maiores exportações, quer por políticas que visem alterar a composição da demanda, dentro da qual destaca-se a política cambial: uma desvalorização da taxa de câmbio tanto amplia o volume de exportações para qualquer nível de renda externa quanto diminui as importações para cada nível de renda interna, pois encarece o produto estrangeiro.

Desta forma, deslocamos a curva BP para a direita, ampliando o produto que seja compatível com o equilíbrio externo.

Page 67: Modelo IS_LM_BP

CURVA BP SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

A desvalorização cambial também deslocará a curva IS para fora e

para a direita. Assim, se o governo quiser atingir o pleno emprego

deverá, portanto, ajustar a taxa de câmbio para este fim, de modo a

preservar-se o equilíbrio externo.

A desvalorização cambial amplia a demanda por produtos nacionais

elevando o emprego externo, mas isto significa uma redução das

exportações do resto do mundo e, portanto, da demanda nos outros

países, reduzindo o emprego nestes.

Essa forma de combater o desemprego é conhecida como begger-

the-neighboor, ou seja, uma política de penalização dos vizinhos,

pois corrige-se o desemprego interno exportando este para os

demais países.

Page 68: Modelo IS_LM_BP

MODELO MUNDELL-FLEMING:

SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Page 69: Modelo IS_LM_BP

MODELO MUNDELL-FLEMING:

SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

A ausência de fluxos de capital de curto prazo faz com que, dadas

os pressupostos adotados, o equilíbrio no Balanço de Pagamentos

seja determinado exclusivamente pelo comportamento do saldo

comercial (BP = BC = 0).

A BC é determinada pela renda externa (Yf), pela taxa de câmbio

real (R) e pela renda doméstica (Y).

No plano do modelo IS/LM, a reta que ilustra o equilíbrio do BP na

ausência de flutuações de capital será uma vertical, indicando a

inexistência de relação entre o resultado do comércio e do BP com

o comportamento da taxa de juros.

Page 70: Modelo IS_LM_BP

MODELO MUNDELL-FLEMING:

SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Numa economia sem mobilidade e capitais, ou seja,

sem acesso ao mercado internacional de capitais, o

modelo IS/LM/BP pode ser descrito pelas seguintes

equações:

Y = C(C-T) + I(i) + G + X (E, Yf) – M(E, Y) – curva IS

Ms/P = Md (Y, i) – curva LM

YBP = Xo/m - curva BP

Page 71: Modelo IS_LM_BP

MODELO MUNDELL-FLEMING:

SEM MOBILIDADE DE CAPITAL

Y

i BP=0

IS

LM

Ype 0

Page 72: Modelo IS_LM_BP

12-72

Política Econômica com Câmbio

Fixo e Sem Mobilidade de Capital

Page 73: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

O aumento da oferta de moeda levará inicialmente a um

deslocamento da curva LM para a direita de LM1 para

LM2.

Com isso, o equilíbrio interno passará do ponto 1 para o

ponto 2, onde a nova curva LM intercepta a curva IS.

Neste ponto teremos uma taxa de juros mais baixa e

conseqüentemente, aumenta o investimento e o nível de

renda.

Com o aumento do nível de renda, as importações (M) se

ampliam, levando ao aparecimento de déficits no balanço

de pagamentos.

Page 74: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Como estamos analisando o caso de um regime

de câmbio fixo, o Bacen terá que atender a esta

maior demanda por moeda estrangeira,

vendendo-a aos agentes econômicos, o que, por

sua vez, gera uma redução no nível de reservas

internacionais e uma redução na oferta de moeda

(a curva LM se desloca para a esquerda, até

atingir o ponto 3 (= ponto 1)

Page 75: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Y

i Bp=0

IS

LMo

Ype 0

LM1 1 3

2

Page 76: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

O processo de contração monetária (ponto 2 para ponto

3) persistirá até que o déficit da BP seja eliminado, o

que só ocorrerá quando o nível de renda voltar ao nível

inicial (1=3). I

Isso ocorrerá porque a taxa de juros começa a se

elevar, dada contração da oferta de moeda e o aumento

da taxa de juros, fazendo com que o investimento

retorne ao nível inicial.

Page 77: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Vemos então que, o equilíbrio final (ponto 3) será

exatamente o mesmo que o inicial (ponto1), uma vez

que a curva LM volta à posição original (ponto 1).

A única alteração eu se verificará é no balanço de

pagamentos das autoridades monetárias (Bacen), em

que constará uma quantidade maior de crédito

doméstico e uma menor quantidade de reservas

internacionais.

Page 78: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Suponhamos agora um aumento no gasto público (ou uma redução dos impostos) para avaliarmos o efeito de uma política fiscal.

O impacto inicial seria um deslocamento da curva IS para a direita, fazendo com que o equilíbrio interno se desse com uma taxa de juros mais elevada (mas com uma redução do investimento privado) e um aumento no nível de renda.

Page 79: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

O nível de renda mais elevado gera um aparecimento de déficits no BP, forçando o Bacen a perder reservas internacionais, e assim, contraindo a oferta de moeda.

Nesse processo, a taxa de juros irá reduzir ainda mais o investimento. Esse processo persistirá até que o nível de renda volte ao original, eliminando o desequilíbrio externo, mas agora a taxa de juros será mais elevada.

Page 80: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Percebemos que nesse processo existe uma perda de reservas internacionais em virtude dos déficits temporários, enquanto o nível de renda situou-se acima daquele compatível com o equilíbrio externo, e uma substituição do investimento por gastos públicos, isto é, uma alteração na composição da demanda (o processo de crowding out).

Page 81: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Y

i BP=0

ISo

LM1

YBP 0

LMo

IS1 1

3

2

Page 82: Modelo IS_LM_BP

Política cambial: Efeitos de uma Desvalorização Cambial Modelo

IS/LM/BP - Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

No caso de uma desvalorização cambial, temos que o

produto nacional fica relativamente mais barato que o

produto estrangeiro, estimulando as exportações e

diminuindo as importações (a demanda passa a se

dirigir para a produção doméstica), levando a uma

melhora no saldo em Transações correntes.

Com isso, o país amplia seu produto, pois como ocorre

uma melhora no saldo em Transações Correntes para

cada nível de renda, o produto compatível com o

equilíbrio externo será maior, deslocando a curva BP

para a direita.

Page 83: Modelo IS_LM_BP

Política Cambial: Efeitos de uma Desvalorização Cambial Modelo

IS/LM/BP - Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

A melhor performance do setor externo significa

que um aumento na demanda agregada o que

provocará um deslocamento da curva IS para a

direita, ampliando a renda e a taxa de juros para

a nova posição de equilíbrio interno.

Page 84: Modelo IS_LM_BP

Política Cambial: Efeitos de uma Desvalorização Cambial Modelo

IS/LM/BP - Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Considerando aqui, que o deslocamento da IS seja

inferior ao da curva BP, temos que neste novo equilíbrio

interno um superávit do BP.

Como estamos considerando um sistema de taxa de

câmbio fixo, o Bacen, adquirirá essa oferta excedente de

divisas e emitira moeda, o que irá provocar um

deslocamento da curva LM para a direita, até que seja

eliminado o superávit do BP, o que irá provocar novas

elevações da renda, até que o novo nível compatível com

o equilíbrio externo.

Page 85: Modelo IS_LM_BP

Política Cambial: Efeitos de uma Desvalorização Cambial Modelo

IS/LM/BP Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixo

Y

i

BP1=0

ISo

LMo

Ype1 0

LM1 IS1

BP2=0

Ype2

Page 86: Modelo IS_LM_BP

Política cambial: efeitos de uma desvalorização cambial Modelo

IS/LM/BP sem mobilidade de capital e taxa de câmbio fixo

Em uma situação em que não exista mobilidade de

capital, a única forma de se afetar o nível de renda seria

a alteração na taxa de câmbio, o que provoca uma

realocação nos gastos ampliando o nível de produto

compatível com o equilíbrio externo.

Page 87: Modelo IS_LM_BP

12-87

Política Econômica com

Câmbio Flutuante e

Sem Mobilidade de Capital

Page 88: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

sem mobilidade de capital e taxa de câmbio flutuante

O primeiro impacto é o deslocamento da curva LM para a direita, o

que ocasionará uma queda da taxa de juros, o que por sua vez

aumentará o nível de investimento e a renda. O aumento na renda

por sua vez gera pressões sobre as importações, ampliando a

demanda por divisas, o que força a uma desvalorização da moeda

doméstica. Isto por sua vez melhora o saldo de transações

correntes para cada nível do produto.

Assim, temos que tanto a curva BP quanto a curva IS se deslocarão

para a direita. Isso provocará um novo aumento na renda. Nesse

processo, conforme a taxa de câmbio vai se desvalorizando, a taxa

de juros vai se elevando, reduzindo o investimento, mas cuja queda

é mais do que compensada pelo melhor desempenho do setor

externo. O processo de desvalorização cambial persiste até que a

curva IS e a curva BP se interceptam sobre a nova curva LM.

Page 89: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista – Modelo IS/LM/BP

Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flutuante

Y

i BP1=0

ISo

LMo

Ype1 0

LM1 IS1

BP2=0

Ype2

Page 90: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista – Modelo IS/LM/BP

Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flutuante

O primeiro impacto será o deslocamento da curva IS para

a direita ampliando a renda e aumentando a taxa de juros.

O aumento na renda gera uma pressão sobre o setor

externo, gerando déficits no BP, o que por sua vez

induzirá a uma desvalorização da moeda nacional. Esta

desvalorização cambial provoca um deslocamento da BP

para a direita e um novo deslocamento da curva IS.

A variação da renda será superior àquela induzida pela

política fiscal, pois a desvalorização cambial decorrente

levará a uma nova onda de crescimento da renda em

virtude da melhoria do setor externo.

Page 91: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista – Modelo IS/LM/BP

Sem Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flutuante

Y

i BP1=0

IS2

LMo

Ype1 0

IS3

BP2=0

Ype2

IS1

Page 92: Modelo IS_LM_BP

12-92

Política Econômica com

Taxa de Câmbio Fixa e com

Perfeita Mobilidade de Capital

Page 93: Modelo IS_LM_BP

12-93

Modelo IS/LM/BP com

Livre Mobilidade de Capital

0 Y

i

Y1

if BP=0 SUPERÁVIT

DÉFICIT

LM

IS

1

Page 94: Modelo IS_LM_BP

Modelo IS/LM/BP com Livre

Mobilidade de Capital e

Taxa de Câmbio Fixo

Page 95: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

Consideremos aqui o caso de uma política monetária expansionista. O impacto inicial será um deslocamento da curva LM para a direita, pressionando a taxa de juros para baixo. Com perfeita mobilidade de capital, isso induzirá a uma fuga massiva de capitais do país, gerando assim, um déficit no BP.

A maior procura por moeda estrangeira, devido a saída de capitais, terá que ser atendida pelo Bacen desfazendo-se das reservas internacionais. Para manter a taxa de câmbio fixa, termos que ter uma retração da oferta de moeda até que a curva LM volte à posição original, restabelecendo a condição de igualdade entre as taxas interna e externa de juros, cessando assim a fuga de capitais.

Assim, percebe-se que a política monetária é totalmente inoperante neste caso, uma vez que o Bacen não tem nenhum controle sobre o agregado monetário, que terá que se ajustar para garantir a igualdade entre as taxas de juros doméstica e internacional.

Page 96: Modelo IS_LM_BP

12-96

Política Monetária Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

0 Y

i

if BP=0 SUPERÁVIT

DÉFICIT

LMo

IS

LM1

1

2

3

Page 97: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

No ponto 2 há u déficit na BP e, portanto, uma grande pressão para

que a taxa de câmbio se deprecie. O banco central deve intervir,

vendendo moeda estrangeira e recebendo em troca moeda

doméstica. A oferta de moeda doméstica, portanto diminui. Assim,

temos que a curva LM desloca-se para cima e para a esquerda. O

processo continua até que o equilíbrio inicial, em 1, seja

restabelecido.

Com perfeita mobilidade de capitais, a economia, na realidade não

chega ao ponto 2. A resposta dos fluxos de capitais é tão grande e

rápida que o banco central é obrigado a reverter a expansão inicial

do estoque de moeda, tão rápido quanto ela ocorre.

Page 98: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

No caso de uma política fiscal expansionista , o impacto

inicial é visto por um deslocamento da curva IS para fora

e para a direita, o que gera uma elevação da renda e da

taxa de juros.

Com a pressão ascendente na taxa de juros interna

forçando-a para níveis superiores às taxa de juros

internacionais, haverá uma grande entrada de capitais

no país, que gerarão divisas que serão adquiridas pelo

Bacen emitindo moeda, o que deslocará a curva LM

para a direita, ampliando o efeito expansionista da

política fiscal.

Page 99: Modelo IS_LM_BP

12-99

Política Fiscal Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

0 Y

i

if BP=0 SUPERÁVIT

DÉFICIT

LMo

ISo

LM1

1

2

3

IS1

Page 100: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

Com a oferta de moeda inicialmente inalterada, uma expansão fiscal desloca a curva IS para cima e para a direita, tendendo a aumentar tanto a taxa de juros quanto o nível de produto.

A taxa de juros mais elevada gera um fluxo de entrada de capitais que faria a taxa de câmbio se apreciar. Para manter a taxa de câmbio fixa, o banco central têm que expandir a oferta de moeda, deslocando a curva LM para a direita e, assim, aumentando ainda mais o nível de renda.

O equilíbrio é restaurado quando a oferta de moeda aumentou o suficiente para conduzir a taxa de juros de volta ao seu nível original, i = if. Neste caso, com uma oferta de moeda endógena, a taxa de juros é, de fato, fixa, e o multiplicador keynesiano simples aplica-se a uma expansão fiscal.

Page 101: Modelo IS_LM_BP

Política Cambial com Livre Mobilidade

de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

No caso de uma desvalorização cambial devemos notar que, como

é o movimento de capitais é que determina o equilíbrio do balanço

de pagamentos, a desvalorização não provocará qualquer

deslocamento da curva BP.

O impacto dessa medida será o deslocamento da curva IS pela

ampliação das exportações. Esse deslocamento, semelhante ao

caso da política fiscal expansionista, pressionará a taxa de juros

para cima, induzindo a uma entrada de recursos no país.

Como o regime é de taxa de câmbio fixo, o Bacen comprará esse

excesso de divisas ampliando a oferta de moeda, o que deslocará a

curva LM até o ponto em que não existam mais pressões para a

elevação da taxa de juros interna.

Page 102: Modelo IS_LM_BP

12-102

Política Cambial (Desvalorização Cambial) com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Fixa

0 Y

i

if BP=0 SUPERÁVIT

DÉFICIT

LMo

ISo

LM1

1

2

3

IS1

Page 103: Modelo IS_LM_BP

12-103

Política Econômica com

Câmbio Flexível com Perfeita

Mobilidade de Capital

Page 104: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flexível

Uma expansão monetária nesse modelo terá os

seguintes impactos: inicialmente, a curva LM se desloca

para a direita, gerando pressões no sentido de redução

da taxa de juros, o que provocará um aumento na

demanda de moeda estrangeira para remeter capital ao

exterior.

Essa maior procura de moeda estrangeira (divisas)

provocará a desvalorização da moeda nacional

ampliando as exportações e deslocando a curva IS para

a direita.

Page 105: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flexível

A taxa de câmbio, quando cessa a pressão pela

desvalorização.

Nesse caso, a política monetária é plenamente

eficaz, pois ao induzir a desvalorizações da

moeda nacional, melhora o saldo em transações

correntes, ampliando a demanda por produto

doméstico e, portanto, ampliando a renda.

Page 106: Modelo IS_LM_BP

12-106

Política Monetária Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flexível

0 Y

i

if BP=0 SUPERÁVIT

DÉFICIT

LMo

ISo

LM1

1

2

3

IS1

Page 107: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flexível

O efeito imediato de uma política fiscal expansionista

será o deslocamento da curva IS para a direita, o que

pressionará a taxa de juros para cima e,

conseqüentemente, uma procura maior por moeda

nacional, devido ao ingresso de capitais.

Esse fato induzirá a uma valorização da moeda

nacional, encarecendo o produto nacional vis-á-vis ao

estrangeiro, reduzindo a demanda e fazendo a curva IS

deslocar-se para a esquerda. Isso se manterá até que a

curva IS volte à posição original, eliminando a pressão

de entrada de capitais no mercado de câmbio.

Page 108: Modelo IS_LM_BP

12-108

Política Fiscal Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flexível

0 Y

i

if BP=0 SUPERÁVIT

DÉFICIT

LMo

ISo

1

2

3

IS1

Page 109: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com

Livre Mobilidade de Capital e Taxa de Câmbio Flexível

Nesse processo, a taxa de câmbio se valorizou de forma

que a queda da demanda externa fosse exatamente

igual ao aumento do gasto público, o que torna nulo o

resultado final em termos de produto, ou seja, ocorre

uma espécie de crowding out, só que agora expulsando

a demanda externa através do movimento da taxa de

câmbio.

Page 110: Modelo IS_LM_BP

Mobilidade Imperfeita de Capital:

O Caso de uma Economia Grande

Page 111: Modelo IS_LM_BP

Mobilidade Imperfeita de Capital:

O Caso de uma Economia Grande

Neste caso, a inclinação da curva BP é positiva, uma vez

que para o país conseguir captar maior quantidade de

recursos no mercado internacional, terá que oferecer taxa

de juros mais elevadas.

Assim, as elevações no nível de renda que deteriorem o

saldo em transações correntes deverão ser

acompanhadas por aumentos na taxa de juros

domésticas para estimular a maior entrada de capitais

externos, ceteris paribus.

Page 112: Modelo IS_LM_BP

Mobilidade Imperfeita de Capital:

O Caso de uma Economia Grande

O principal fator a afetar a inclinação da curva BP é a elasticidade do

movimento de capitais em relação à taxa de juros, quanto maior essa

sensibilidade, menor será a inclinação dessa curva.

Uma segunda variável a afetar a inclinação da curva BP= 0 será a

propensão marginal a importar. Quanto maior for a propensão

marginal a importar, maior será a deterioração do saldo em transações

correntes de uma dada expansão da renda, o que irá requerer maiores

elevações da taxa de juros interna para induzir o financiamento da

economia.

Assim, quanto maior a propensão marginal a importar, maior a

inclinação da curva BP=0

Page 113: Modelo IS_LM_BP

Mobilidade Imperfeita de Capital:

O Caso de uma Economia Grande

Como a curva LM também é positivamente inclinada, nos

casos que iremos analisar, devemos considerar duas

situações:

(i) uma em que a curva BP seja mais inclinada que a

curva LM e

(ii) outra em a que curva LM seja mais inclinada que a

curva BP=0

Page 114: Modelo IS_LM_BP

Mobilidade Imperfeita de Capital:

O Caso de uma Economia Grande

com Taxa de Câmbio Fixo

Page 115: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – BP mais inclinada que LM

O aumento dos gastos públicos provocará tanto a elevação do nível de renda (Y) quanto da taxa de juros (i).

No novo equilíbrio interno haverá um déficit na BP pois a deterioração do saldo em transações correntes provocado pelo aumento da renda superou a melhora da conta capital propiciada pelo aumento da taxa de juros doméstica.

Page 116: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – BP mais inclinada que LM

Dados que estamos considerando aqui o caso de uma taxa de câmbio fixo, o Banco Central atende à maior demanda por moeda estrangeira desfazendo-se de reservas internacionais, o que gera uma contração da oferta de moeda. Isto por sua vez gera uma redução da renda melhorando o saldo de transações correntes, e elevará a taxa de juros, promovendo maior entrada de capitais.

Page 117: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – BP mais inclinada que LM

Esse processo persistirá até que se restabeleça o equilíbrio externo, o que irá ocorrer quando a curva LM passar para o novo ponto de interseção da curva BP com a nova curva IS.

A economia passará assim do ponto 1 para o ponto 2 e finalmente para o ponto 3.

Page 118: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – BP mais inclinada que LM

Y

i Bp=0

IS1

LM2

0

IS2

LM1

1

3

2

Page 119: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – LM mais inclinada que BP

No caso da curva LM ser mais inclinada do que a curva

BP, a expansão fiscal deslocará a curva IS para a

direita, fazendo com que a economia passe do ponto 1

para o ponto 2, com o nível de renda e taxa de juros

mais elevados.

Contudo, ao contrário do caso anterior, no ponto 2,

haverá aqui um superávit do BP, pois a entrada de

capitais induzida pela maior taxa de juros será maior do

que a deterioração do saldo em transações correntes

decorrente da expansão da renda.

Page 120: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – LM mais inclinada que BP

A aquisição desse superávit pelo Banco Central,

uma vez considerado o regime de taxa de

câmbio fixo, levará à expansão monetária e ao

deslocamento da curva LM para a direita, até

que esta intercepte a curva IS e a curva BP=0

no ponto 3, em que a taxa de juros seja inferior

ao ponto 2, e o nível de renda maior.

Page 121: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – LM mais inclinada que BP

Y

i

Bp=0

IS1

LM2

0

IS2

1

3

2

LM1

+

-

Page 122: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – BP mais inclinada que LM

Supondo agora uma política monetária expansionista,

independente de qual das curvas (BP ou LM) seja mais

inclinada, observaremos num primeiro momento uma

queda na taxa de juros, a elevação da renda e o

surgimento de um déficit na balança de pagamentos,

como visto no ponto 2.

Considerando o caso da taxa de câmbio fixo, o Banco

Central irá perder reservas internacionais, contraindo, ao

longo do tempo, a oferta de moeda, fazendo com que a

curva LM volte a sua posição original em 1.

Page 123: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – BP mais inclinada que LM

A única diferença existente em considerarmos a

BP mais ou menos inclinada em relação a curva

LM é a velocidade com que esta última volta a

posição inicial.

Quanto menor a inclinação da BP, isto é,

quanto maior a elasticidade da conta capital em

relação à taxa de juros, maior a velocidade de

volta da curva LM a sua posição original.

Page 124: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Fixa – LM mais inclinada que BP

Y

i

Bp=0

IS1

LM2

0

IS2

1

3

2

LM1

+

-

Page 125: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio fixa – BP mais inclinada que LM

Y

i Bp=0

IS1

LM2

0

LM1 1

3

2

+

-

Page 126: Modelo IS_LM_BP

Mobilidade Imperfeita de Capital:

O Caso de uma Economia Grande

com Taxa de Câmbio Flexível

Page 127: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Flexível – LM mais inclinada que BP

Vamos assumir o caso de um aumento dos gastos públicos em uma

situação em que a curva LM seja mais inclinada que a curva BP.

O aumento dos gastos provocará um deslocamento da curva IS

para a direita, levando a economia do ponto 1 para o ponto 2 no

gráfico abaixo. Neste último, vemos que a taxa de juros e a renda

são mais elevados que na situação inicial, e há o surgimento de um

superávit no Balanço de pagamentos.

O superávit no BP provocará uma valorização da taxa de câmbio,

gerando uma contração da curva IS e um deslocamento da curva

BP para cima, tal que a economia encontrará um novo ponto de

equilíbrio entre 1 e 2, no ponto 3.

Page 128: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Flexível – LM mais inclinada que BP

Y

i

BP1=0

IS1

0

IS2 1

2

LM1

BP2=0

IS3

3

Page 129: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de

Capital e Taxa de Câmbio Flexível – BP mais inclinada que LM

Agora considerando o caso no qual a curva BP possua uma

inclinação superior a curva LM, o aumento no gasto público deslocará

a curva IS para a direita levando a economia do ponto 1 para o ponto

2 na figura abaixo, com maior nível de renda e taxa de juros, mas

diferentemente do caso anterior, teremos agora um déficit no BP.

Este déficit provocará uma desvalorização da taxa de câmbio, o que

fará com que a curva BP=0 se desloque para baixo (direita) e a curva

IS sofra um novo deslocamento também para a direita.

O novo equilíbrio da economia ocorrerá sobre a curva LM (ponto 3),

onde teremos o equilíbrio interno e externo satisfeitos

simultaneamente.

Page 130: Modelo IS_LM_BP

Política Fiscal Expansionista com Mobilidade Imperfeita de Capital

e Taxa de Câmbio Flexível – BP mais inclinada que LM

Y

i BP1=0

IS1

LM1

0

1

3 2

IS2

IS3

BP1=0

Page 131: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de Capital

e Taxa de Câmbio Flexível – LM mais inclinada que BP

Quanto a política monetária, novamente torna-se indiferente às

inclinações da LM e da BP. O mecanismo será o mesmo para

qualquer dos dois casos.

Supondo-se uma expansão monetária, isto fará com que a curva LM

se desloque para fora (direita), levando a economia a uma nova

situação com taxa de juros menores, maior nível de renda e um déficit

no BP.

Esse déficit provocará, num regime da taxa de câmbio flexível, uma

desvalorização da taxa de câmbio, fazendo com que as curvas IS e

BP=0 se desloquem para a direita, potencializando o impacto

expansionista da política monetária.

Page 132: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de Capital com

Taxa de Câmbio Flexível – curva LM mais inclina que a curva BP

Y

i

BP1=0

IS1

LM2

0

IS2 1

2

LM1

BP2=0

3

Page 133: Modelo IS_LM_BP

Política Monetária Expansionista com Mobilidade Imperfeita de Capital com

Taxa de Câmbio Flexível – curva BP mais inclina que a curva LM

Y

i BP1=0

IS1

LM1

0

1 3

2

IS2

BP2=0

LM2

Page 134: Modelo IS_LM_BP

Modelo IS/LM/BP e os Efeitos das

Políticas Econômicas sobre a Renda e a Taxa de Juros

Política Monetária

Expansionista

Política Fiscal

Expansionista

Política Cambial:

Desvalorização

Cambial

Sem Mobilidade de

Capital

Regime de câmbio

fixo

Nível de renda e taxa

de juros constantes

Nível de renda

constante e elevação

da taxa de juros

Aumento do nível de

renda

Regime de câmbio

flexível

Aumento do nível de

renda

Aumento do nível de

renda e taxa de juros

-

Livre Mobilidade de

Capital

Regime de câmbio

fixo

Nível de renda e taxa

de juros constantes

Elevação do nível de

renda e taxa de juros

constante

Elevação do nível de

renda e taxa de juros

constante

Regime de câmbio

flexível

Elevação do nível de

renda e taxa de juros

constante

Nível de renda e taxa

de juros permanecem

as mesmas.

-

Mobilidade Imperfeita

de Capital

(Economia Grande)

Regime de câmbio

fixo

Nível de renda e taxa

de juros constantes

Elevação do nível de

renda e da taxa de

juros

Aumento do nível de

renda

Regime de câmbio

flexível

Aumento do nível de

renda

Elevação do nível de

renda e da taxa de

juros

-

Page 135: Modelo IS_LM_BP

12-135

MODELO COMPUTACIONAL

• http://www.eurmacro.eu/tutor/mundellfleming_index.html

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FIM

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