Manual do pata tenra

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Corpo Nacional de Escutas

Agrupamento 1292 – Mexilhoeira da Carregação

Áquelá – Patricia Guerreiro

Baguera – Suzie Correia

Balu – Paula Boto

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Agora que aqui chegaste, vais ter algum tempo para veres se gostas de brincar

connosco. Nós dizemos que tu és um Lobito pequenino que está a aprender muitas

coisas novas: és um Pata-Tenra!

O que é a 1º Secção:

Os elementos são denominados Lobitos;

Os Lobitos estão divididos em Bandos de 4 a 7 elementos;

Denomina-se Alcateia a Unidade formada pelos Bandos de Lobitos;

Cada Alcateia tem de dois a cinco Bandos;

Cada um dos Bandos designa-se e distingue-se por uma das seguintes

cores, escolhida pelos respectivos Lobitos e que figura no distintivo

de cada Lobito e na bandeirola de Bando: branco, cinzento, preto,

castanho e ruivo;

O patrono da I Secção é São Francisco de Assis;

A cor representativa desta secção é o Amarelo;

Etapa do Pata-Tenra (adesão)

É o lobito que mal sabe andar e que nem caça, por não ter ainda forças nas suas

patas. É aquele que precisa de ajuda para descobrir e compreender as primeiras leis

e os primeiros segredos da selva, porque tem tudo para aprender. Precisa, assim, dos

Velhos Lobos e dos lobitos mais velhos para crescer em alcateia e se tornar um bom

lobito.

Quando já souberes algumas coisas, vais fazer a tua Promessa.

Sabes o que isso quer dizer?

Quer dizer que gostaste tanto daquilo que fazemos que, agora, queres MESMO

fazer parte da Alcateia e vais dizer aos teus chefes que decidiste continuar

connosco!

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Vais ter de ;

Conhecer a história e a linguagem da Selva.

E o nosso Imaginário é...

...o ambiente que envolve a Secção e que se traduz por um espírito e uma

linguagem próprios, uma história com heróis e símbolos, induzindo a um

sentimento de pertença em relação ao Grupo e permitindo a transmissão de

determinados valores.

O imaginário dos LOBITOS, é baseado na história de Máugli, personagem

principal, do “O Livro da Selva”, de Rudyard Kipling.

Os Irmãos de Máugli

Máugli, um pequeno rapaz é criado por lobos na selva Indiana com à ajuda do urso

Balú e da pantera Bàguirá.

A Caçada de Cá

É antes do combate de Máugli e Xer Cane. Quando Máugli é apanhado pelos macacos,

Balú e Bàguirá vão em seu auxílio com a ajuda de Chil e Cá.

Tigre! Tigre!

Máugli volta à aldeia dos homens e é adoptado por Messua e seu marido, que vêem em

Máugli o seu filho Nadú desaparecido há longos anos. Mas Máugli não consegue

habituar-se à vida dos homens.

A Foca Branca

Conta a história de Cótique, uma foca de pele branca, que procura um local onde se

possa instalar juntamente com o seu povo de modo a que não sejam incomodados

pelos caçadores de focas.

Ríqui-Tíqui-Távi

É a história de Ríqui-Tíqui-Távi, um manguço que defende uma família que vive na

Índia contra um casal cobras.

Tumai dos Elefantes

Um jovem rapaz de 10 anos encarregado de supervisionar elefantes, sabe que poderá

ser um verdadeiro domador de elefantes.

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Ao Serviço de Sua Majestade

Conta a história de um soldado Britânico na véspera de um desfile militar.

O Mapa da Selva;

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O Cenário da Selva

As histórias da selva situam-se nos montes de Seiôuni, na Índia Central. É uma área

coberta por densas florestas e colinas rochosas, atravessada por muitos rios e

correntes.

Os nomes que Kipling deu a alguns animais da selva, tinham a sua origem em

dialectos locais que ele conhecia.

Báguirà (Bug-eer-a) vem da palavra que designa gato selvagem, em muitas

línguas indianas.

A palavra “Sher”, do nome Xer Cane, significa tigre.

Balú (Bah-loo) é a palavra indiana que designa urso.

Chil (Cheel) deriva do som produzido pelo milhafre.

Àquelá (Uk-kay-la) significa sozinho. Na história, o Àquelá é o Lobo Solitário.

Bândarlougue (Bunder-log) deriva da palavra indiana que designa macaco de

Bengala.

O Povo da Selva

O Povo da Selva é constituído por animais que falam, pensam, experimentam, vivem

em sociedade submetidos à Lei da Selva. Cada animal representa uma qualidade, um

aspecto, uma tendência, uma disposição de espírito humano. Mas mais ainda

encontramos na Selva de Seiôuni, uma sociedade organizada, com as suas leis, a que

todos estão submetidos. Assim vamos conhecer de uma forma breve as personagens

da Selva e as características que representam.

Àquêlà é o velho Lobo sábio, a figura paternal,

representa aquele que é capaz de dar e de se dar, acumula

a maior experiência, pode estar à frente, é aquele que

guia, que põe tudo o que é (a sua sabedoria, força e valor

de serviço) ao dispor da sua Alcateia.

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Balú é o Urso. Com um bom humor quase

infantil, preocupa-se com as outras coisas,

inquieta-se, interessa-se com o que é

verdadeiramente importante.

Apesar de não estar sempre, aparece

sempre que necessário. Representa a

maturidade e o bom senso adquirido com a

experiência.

Desengonçado e de andar pesado…

Cá é a Serpente centenária, não é agressiva, uma pitão…

É lenta , mobilizá-la exige trabalho. Impõe um certo

respeito e salva Máugli em algumas situações, com os

Banderlougues. Representa uma parte mais profunda da

personalidade humana, com um ritmo diferente e que

procura caminhos diferentes.

Bàguirà a Pantera, é um felino ágil. Representa a astúcia e a rapidez, ao contrário

de Balú desajeitado e pesado ela vence decido a sua a acção sagaz. Apesar de meio

contrariada ajuda o menino lobo. É com

ela que Máugli aprende a caçar…

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Hati é o Elefante que sabe tudo e nada se esquece! Tem

ar de autoritário, mas no fundo o seu coração faz de Hati

uma boa pessoa, disposto a ajudar a quem precisa..

Racxa

a mãe Loba, que acolhe e cria Máugli juntamente com os

seus filhotes e defende-o na Rocha do Conselho...

Xer Cane

Um Tigre velho, que faz muito barulho mas é cobarde.

Representa a vaidade, a imbecilidade e falta de

verdade e autenticidade, é uma fachada. É o principal

inimigo de Máugli.

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Bânderlougues

São os Macacos, um Povo desorganizado, sem

disciplina nem lei, de indivíduos pouco asseados,

barulhentos, indisciplinados e descuidados com as

crias. A maior parte do tempo, copiam os outros

animais. São desprezados na Selva. Opõem-se ao Povo

organizado da Alcateia.

Máugli

A Criança com a qual cada Lobito se pode identificar. Que cresce, aprende e quando

é tempo integra-se no Mundo dos Homens…

Ainda existem muitos outros animais como: o Tchil, Mangue, Fao, etc…

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A historia da Selva

O livro da Selva (1894) é um recolhimento de notícias escritas por Rudyard Kipling e

inspiradas nas suas numerosas viagens à Índia.

As três primeiras histórias do livro contam as aventuras de Máugli, um filho de

homem, criado por lobos na selva Indiana.

O Livro da Selva é utilizado como livro de referência aos lobitos, tendo isto sido

aprovado por Kipling (autor) após o pedido expresso de Robert Baden-Powell,

fundador do nosso movimento.

Era uma vez... numa tarde, na selva, soa o

grito selvagem do cruel tigre, Xercane.

Pai Lobo preparava-se para caçar quando a

Mãe Loba o deteve:

- Escuta! Não é boi nem cabra que ele caça,

mas um homem!

- A Lei da Selva proíbe a caça ao homem

porque é o mais fraco e desprotegido de

todos os animais... mas é verdade que

Xercane não respeita a Lei.

Ressoava novo grito. Pai e Mãe lobos

compreenderam que o tigre tinha falhado a tentativa: com efeito Xercane, que se

imaginava com um bom jantar, falhou o salto e caiu no meio da fogueira. Queimado e

envergonhado foi esconder-se enquanto os lenhadores fugiam amedrontados.

Na fuga esqueceram o filho mais novo que,

também assustado, se dirigiu sem saber

para o Covil dos Lobos. Parou diante do Pai

Lobo, olhou-o e pôs-se a rir. Com cuidado

(até porque um lobo pode transportar um

ovo entre os dentes sem o partir), Pai

Lobo transportou a criança para o Covil

para o meio dos seus filhos.

O menino acomodou-se entre eles e

adormeceu, sob o olhar enternecido da

Mãe Loba que decidiu protegê-lo e chamar-lhe "Maugli" que significa Rã porque a

criança não tinha pêlos no corpo, tal como a rã.

Xercane tentou várias vezes entrar no Covil para se apoderar da "sua" presa sem o

conseguir.

Pai e Mãe lobos queriam que Maugli fizesse parte da família, nas para isso era

necessário a autorização da Alcateia dos Lobos de Seiouni que se reuniam todos os

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meses com Áquela - o seu chefe -

quando havia Lua Cheia, na Rocha do

Conselho.

Aqui eram apresentados os últimos

lobitos que tinham nascido e eram

relembradas as palavras de ordem da

Alcateia... os novos lobitos foram

apresentados e com eles Maugli.

Para que fosse aceite foi necessário o

apoio de dois animais importantes, que

não os pais, tomassem a sua defesa.

Foram Balú, o Urso que ensina a Lei da Selva aos novos e Baguirá, a ágil Pantera

negra, que ofereceu um touro gordo à Alcateia para que esta autorizasse a

permanência de Maugli entre o Povo Livre.

Assim, Maugli cresceu na companhia dos lobos, aprendeu a subir às árvores, a nadar

tão bem como a correr, a mergulhar nos lagos sem incomodar as rãs, a tirar os

espinhos das patas dos seus irmãos lobos, a conhecer as bagas e os outros frutos

bons para comer.

Balú, o Urso sábio, ensinou-lhe a linguagem das abelhas, das cobras como dos outros

animais. Maugli fez ainda outros amigos;

os mais conhecidos eram Cá, a cobra;

Tchill, o abutre; Haiti, o elefante; mas

também tinha outros inimigos além do

Xercane, o tigre cobarde e cruel,

Tabaqui, o chacal lisonjeador e

preguiçoso; e os Banderlogues - os

macacos - animais sem lei e pouco

asseados. Um dia, enquanto Balú dormia,

Maugli foi raptado pelos Banderlogues,

que o levaram pensando que ele conhecia

o segredo do fogo, um segredo dos Homens. Balú e Baguirá, pediram a Cá, a enorme

serpente que os ajudasse a libertar Maguli... e conseguiram!

Maugli viveu muitos anos na Alcateia onde participou na vida dos animais da selva e

onde aconteceram muitas Caçadas e Aventuras. Quando mais crescido, Maugli voltou

para à aldeia dos homens."

Esta pequena história de Maguli, é apenas um pequeno resumo do Livro da Selva, pelo

que a história não é só isto. Na Alcateia, o Áquelá e todos os seus amigos irão contar-

te muitas mais coisas sobre o "Livro da Selva". Temos a certeza que tu irás gostar

mesmo muito de todas elas!

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A Linguagem da Selva

Os símbolos são imagens que nos transportam para outro mundo, quando olhamos

para elas podemos ver outras coisas que nelas estão escondidas. Os símbolos da

alcateia são imagens que representam para nós o mundo da selva e do lobitismo e,

por isso, são imagens que nos identificam e com as quais nos identificamos.

Lobo

O Lobo é para nós Lobitos o símbolo da responsabilidade e da liberdade, ele

representa todo o Povo Livre e a forma como ele se comporta na Selva. É um Lobo

astuto e atento, dócil e amigo, corajoso e caçador que todos queremos ser.

Grande Uivo

O Grande Uivo é o grito de reunião da Alcateia. Ele é a representação de tudo o que

é importante na Alcateia, desde os lobos e as suas características passando pelas

personagens de O Livro da Selva, até à promessa do Lobito. Faz-se sempre que há

acontecimentos importantes e se quer agradecer a presença de alguém.

Vara Totem

A Vara Totem é uma vara que tem na ponta uma cabeça de lobo que pode ser

esculpida em madeira ou em qualquer outro material. A Vara Totem de uma Alcateia

deve contar a história da Alcateia, ou seja, ela deve ter marcas que identifiquem os

Lobitos e os seus Chefes bem como as actividades da Alcateia.

Sol

O Sol é o símbolo da luz, do calor, de Deus e da alegria.

Rocha do Conselho

É o local de reunião da Alcateia, nele se tomam todas as decisões importantes e

todas elas são partilhadas com toda a Alcateia. É um local de decisão, de

responsabilidade e de partilha.

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A Selva

A Selva, a vida ao ar livre é o símbolo da aventura e do mistério. Quando vivemos na

natureza, ao ar livre, somos mais uma peça neste grande puzzle que é o Planeta

Terra.

Lenço Amarelo e Branco

O lenço é o símbolo que identifica todos os escuteiros do mundo, quando olhamos

para uma criança que tem um lenço ao peito sabemos logo que é um escuteiro.

Quando olhamos para a cor do lenço sabemos a que secção pertence a criança. Os

Lobitos têm lenços amarelos e brancos, amarelos cor do sol e de Jesus que nos

iluminam e ajudam a crescer.

Saber a Lei, as Máximas e a Divisa do Lobito.

A Lei

O Lobito escuta «Aquelá»

Aquelá, o velho Lobo solitário tinha sempre bons conselhos para dar ao Maugli e ao

Povo Livre. Como eles devemos ouvir os conselhos dos nossos chefes porque têm mais

experiência.

O Lobito não se escuta a si próprio

Na Selva, Maugli achou graça aos Banderlogues, o povo sem lei. Em vez de ouvir os

conselhos de Balú seguiu-os e acabou por ser raptado por eles e meter-se a ele e aos

amigos em sarilhos. Devemos sempre teimar com a voz que ouvimos e que nos chama a

fazer coisas sem pensar.Lei do Lobito

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As Máximas

1 - O Lobito pensa primeiro no seu semelhante

Devemos pensar primeiro nos outros e só depois em nós, porque os outros são nossos

amigos e nossos irmãos. Podem precisar de nós e da nossa ajuda e se não estivermos

atentos não percebemos. Antes de fazermos alguma coisa que nos dá muito gosto

devemos pensar se essa mesma coisa não vai magoar os outros.

2- O Lobito sabe ver e ouvir

A Baguera e o Balu ensinaram o Maugli a estar sempre atento para seguir pistas e se

tornar num verdadeiro lobo. Ver e ouvir é muito importante para estarmos atentos a

tudo, nos jogos, nas actividades, nas celebrações, na nossa vida e a todos os que nos

rodeiam.

3 - O Lobito é asseado

Devemos sempre proteger o nosso corpo, e para o proteger devemos ser asseados,

devemos lavar os dentes, tomar banho e ter sempre a nossa roupa limpa e bem

tratada.

4 - O Lobito é alegre

A alegria é a maior qualidade de uma criança, como S. Francisco somos alegres e

sempre bem dispostos. A nossa alegria vai contagiar todos aqueles que convivem

connosco ajudando-os a ultrapassar as tristezas e os momentos mais dificeis.

5 - O Lobito é verdadeiro

Dizer a verdade é muito importante, porque quando mentimos não nos senrimos bem

connosco e no final acabamos sempre por sentir vontade de contar a verdade.

A Divisa

Da Melhor Vontade

Fazer a saudação e saber o que significa.

A saudação dos Lobitos representa as orelhas de um lobo quando está com atenção,

aos dois artigos da Lei do Lobito. A posição do polegar sobre o anelar e o mindinho

tem o mesmo significado que na saudação do resto dos escuteiros, o mais forte

protege sempre o mais fraco.

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Fazer parte de um Bando.

Fazer parte de bando é pertenceres a uma equipa para os jogos que vais jogar na

Alcateia e provavelmente quando acamparem, vão ficar todos na mesma tenda. Os

Velhos Lobos vão escolher entre vós um Guia e um Sub-Guia que vão ter a

responsabilidade de “capitanear” o Bando nos jogos e de ajudar a organizar as coisas

quando acamparem.

Saber o que é uma boa-acção.

É o acto de praticar o bem, são actos cívicos e são exemplos: apanhar um objecto que

um desconhecido, ou não, deixou cair acidentalmente no chão; Dar algumas moedas

para alguém que estiver a pedir e esteja a precisar; Avisar quando uma pessoa está

sendo prejudicada sem saber; apanhar lixo do chão sem ser do próprio, oferecer o

lugar no autocarro para os mais velhos e grávidas se sentarem (a ponto de ficar em

pé mesmo se eles não aceitarem). Também são boas as mais variadas situações de

ajuda aos amigos e familiares.

"Só te alegres, quando tiveres praticado uma boa ação." (Tomás de Kempis)

"As boas ações elevam o espírito e predispõem-no a praticar outras."

(Jean-Jacques Rousseau)

Saber a fórmula da Promessa.

Prometo, da melhor vontade:

- Ser amigo de Jesus, amando os outros;

- Respeitar a Lei da Alcateia;

- Praticar diariamente uma boa acção.

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Conhecer S.Francisco de Assis e querer ser amigo de Jesus (andar na

catequese e rezar)

São Francisco de Assis - Patrono dos Lobitos

Em 1182, na cidade de Assis, em Itália, uma senhora chamada Pica deu à luz um

rapaz e decidiu chamar-lhe João. O marido, quando voltou de uma viagem de

negócios não gostou muito daquele nome e decidiu chamar-lhe Francisco como

homenagem a França.

Os pais de Francisco viviam muito bem, não eram nobres mas eram importantes

comerciantes de tecidos. Assim, Francisco teve uma infância boa e muito alegre.

Quando era jovem era o Rei da Juventude, cantava e tocava em todas as festas

da cidade e tinha muitos amigos. Era muito bom e quando alguém lhe pedia esmola

ele não negava nunca ajuda, mas tinha o sonho de ser um grande Cavaleiro.

Quando Francisco tinha 20 anos, rebentou a guerra entre Assis e Perusa, uma

outra cidade italiana, ele foi combater ao lado das tropas da sua cidade e foi

feito preso, voltou a casa doente e nunca mais teve a mesma alegria.

Um dia, na estrada de Espoleto, ouviu uma voz misteriosa que lhe perguntou:

“Francisco o que é melhor? Servir a Deus ou ao Criado?”

Francisco respondeu: “Servir o Senhor!”

E a voz tornou a perguntar:

Então, porque serves o Criado?”

Percebendo que era Deus quem lhe falava, ajoelhou-se e perguntou:

“Senhor, que queres que eu faça?”

Deus disse-lhe:

“Volta a Assis, lá te direi o que quero de ti”

Em Assis havia uma linda capela em ruínas, a Capela de S. Damião, Francisco ia lá

muitas vezes rezar ao pé do crucifixo e um dia Deus tornou a falar-lhe:

“Vai Francisco e reconstrói a minha Igreja que está em perigo de ruína.”

Pensando que Deus queria que reconstruísse aquele templo, Francisco decidiu

reconstruir a Capela de S. Damião.

Um dia passou por um homem doente, um leproso. A lepra era uma terrível doença

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sem cura e muito contagiosa, ninguém se aproximava dos leprosos. O leproso

olhou para Francisco e pediu-lhe esmola, cheio de pena do homem, ele desceu do

cavalo e abraçou-o e em vez de ter medo, sentiu uma enorme alegria no seu

coração.

Um dia, na missa, ouviu as palavras do Evangelho, “Ide pelo mundo e anunciai o

reino de Deus. Não leveis nada para o caminho, nem bolsa, nem cajado...” e julgou

que eram para si.

Quando voltou a casa, repartiu todos os tecidos da loja e dinheiro pelos pobres.

O seu pai ficou muito zangado e disse-lhe que tinha que lhe devolver tudo.

Francisco despiu a roupa que tinha e disse ao pai que a partir daquele momento

não mais lhe chamaria pai. A partir dali seria somente filho do Pai que está no

Céu, de Deus.

Ao verem Francisco nu, os servos do Bispo deram-lhe um manto para se cobrir.

Durante muito tempo, andou por toda a Itália a espalhar a palavra de Deus e

juntou muitos amigos que deixavam tudo o que tinham para seguirem com ele.

Francisco e os seus amigos viviam do que lhes davam e passavam a sua vida a falar

sobre Deus e Jesus e a cantar cânticos de louvor, dormindo ao ar livre ou em

cabanas.

Francisco queria que ele e os seus companheiros fossem pobres e simples, que se

parecessem com Jesus e passaram a chamar-se Frades Menores e saudavam-se

com as palavras “Paz e Bem”.

Quando já eram muitos, Francisco decidiu ir a Roma pedir autorização ao Papa

para criar uma nova ordem, mas o Papa Inocêncio III julgou que a ordem tinha

regras muito duras. Nessa noite o Papa sonhou que a Basílica de S. Pedro estava a

ruir e que era Francisco quem a sustentava aos ombros, de manhã mandou chamá-

lo, ajoelhou-se aos pés dele e permitiu que se fizesse a nova ordem, a Ordem dos

Frades Menores.

Numa noite de Natal, Francisco representou o Presépio na cidade de Greccio,

enquanto cantavam apareceu um bebé na manjedoura e, a partir desse Natal,

todos começaram a representar-se presépios em todo o mundo e em todas as

casas.

Perto de Assis, em Gúbio, havia um lobo que atacava a população e quando

Francisco chegou à cidade todos se queixaram do Lobo e disseram-lhe que o

queriam matar. Francisco foi até à montanha e falou com o lobo e a partir desse

dia a população dava de comer ao animal e o animal tornou-se meigo e carinhoso e

nunca mais atacou ninguém.

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Ao fim de alguns anos, Clara de Assis foi ter com Francisco e disse-lhe que se

queria juntar a ele e à sua causa de adoração a Deus. Francisco cortou-lhe o cabelo

e Clara tornou-se Mãe Espiritual de todas as jovens que quiseram juntar-se a eles

nascendo, assim, a Ordem das Clarissas.

Francisco adorava todas as criaturas porque considerava todos de irmãos, para

Francisco todos os animais eram filhos de Deus e, por isso, seus irmãos. Um dia

Francisco estava a rezar e apareceu-lhe um anjo envolvido numa luz muito intensa,

depois de desaparecer Francisco reparou que tinha feridas nas mãos e nos pés,

eram as Chagas de Cristo (as feridas de Jesus).

Aos 45 anos de idade, no dia 3 de Outubro de 1225, Francisco doente e quase

cego pediu aos seus amigos para o deitarem sobre a terra nua e, ao som do cântico

das criaturas, morreu e de todo o lado vieram pássaros e pousaram junto dele.

Saber a oração do Lobito

Divino Menino Jesus,

nós Vos oferecemos inteiramente o nosso coração.

Enchei-o das Vossas virtudes

e ensinai-nos a imitar-vos.

Nós queremos seguir o Vosso exemplo,

com toda a nossa boa vontade,

para assim, com a ajuda de Maria,

nossa doce Mãe,

crescermos em graça e em idade.

Ámen.

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Conhecer os distintivos dos Lobitos e dos Chefes de Alcateia.

Manga Esquerda:

Dist. Bando

Dist. Etapas progresso

Dist. Promessa

Distintivo Chefe Unidade e ou Instrutor

Bolso Esquerdo:

1 Fita – Sub Guia

2 Fitas – Guia

3 Fitas - Guia Alcateia

2Cm

2Cm

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Bolso Esquerdo:

1 Fita – Sub Guia

2 Fitas – Guia

3 Fitas - Guia Alcateia

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Promessa de Lobito (estudar muito bem em casa)

Aqui fica o documento que os Lobitos e os Pata-Tenra têm de saber no dia das Promessas:

Àquelà: Reparei, reparei bem, ó Lobitos, este encontro de Concelho é, para nós, muito

importante. Sabeis porquê?

Lobitos: Vamos ser mais...

Àquelà: Isso mesmo. Vamos admitir novos Lobitos na nossa Alcateia. E vós estais

dispostos a recebê-los?

Lobitos: Sim, estamos.

(O guia de cada bando fará a chamada dos seus novos elementos. À medida que o seu

nome é pronunciado, os novos Lobitos respondem "A-LA-iii".)

Balú: Que desejas desta Alcateia?

Aspirantes todos: Queremos ser Lobitos.

Balú: Para quê?

Aspirantes todos: Para melhor vivermos a Lei da Alcateia e, assim, sermos irmãos uns

dos outros e mais amigos de Jesus.

Àquelà: Conheceis a Lei da Alcateia: O Lobito escuta Àquelà; o Lobito não se escuta a si

próprio.

Aspirantes todos: Sim, nós ouvimos a Lei, ouvimos a Lei e queremos aprender a Lei.

Àquelà: (pergunta ao/à _______________) Sabes qual é o primeiro artigo da Lei?

Aspirantes todos: O Lobito escuta Àquelà.

Àquelà: Muito bem! (E virando-se para _______________, pergunta) Diz-me tu,

qual é o segundo artigo da Lei?

Aspirantes todos: O Lobito não se escuta a si próprio.

Àquelà: Assim mesmo! E tu (virando-se para __________________), sabes o que

isto quer dizer?

Aspirantes todos: Para pensarmos primeiro nos outros.

Àquelà: E que mais? (virando-se para ______________) Diz tu.

Aspirantes todos: Para fazermos outra vez até nos habituarmos.

Àquelà: Está muito bem! Dizei-me todos. Que significa o primeiro artigo da Lei?

Aspirantes todos: Obedecer... Obedecer... Obedecer.

Àquelà: E vós estais dispostos a obedecer?

Aspirantes todos: Sim. Nós queremos cumprir a Lei.

Àquelà: Muito bem! Qual é então a vossa divisa?

Aspirantes todos: Da melhor vontade!

Àquelà: Fazei então, a vossa Promessa:

Aspirantes todos:

Prometo, da melhor vontade:

- Ser amigo de Jesus, amando os outros;

- Respeitar a Lei da Alcateia;

- Praticar diariamente uma Boa Acção.

Assistente: ... Lembra-te d'Ele e daquilo que prometes-te, sendo fiel à boa acção de cada

dia.

Lobitos: Ámen.