IS-LM-BP PERFEITA MOBILIDADE -A3.pdf

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- - 1 BLOCO B.B1 (3) HIPÓTESE DE PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS (CONCLUSÃO) O MODELO DE MUNDELL-FLEMING . Mundell, R. (1963), Capital Mobility and Stabilization Policy Fixed and Flexible Exchange Rates, Canadian Journal of Economics. . Fleming, M. (1962), Domestic Finantial Policies under Fixed and under Floating Exchange Rates, IMF Staff Papers. OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS DO MODELO Os mercados financeiros estão integrados de modo que os títulos nacionais e estrangeiros são substitutos (perfeitos) na carteira de títulos dos agentes económicos residentes e não residentes. Os agentes têm acesso a informação rápida e de baixo custo sobre o diferencial i i f.

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    BLOCO B.B1 (3)

    HIPTESE DE PERFEITA MOBILIDADE DE CAPITAIS (CONCLUSO)

    O MODELO DE MUNDELL-FLEMING

    . Mundell, R. (1963), Capital Mobility and Stabilization Policy Fixed and Flexible Exchange Rates, Canadian Journal of Economics.

    . Fleming, M. (1962), Domestic Finantial Policies under Fixed and under Floating Exchange Rates, IMF Staff Papers.

    OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS DO

    MODELO

    Os mercados financeiros esto integrados de modo que os

    ttulos nacionais e estrangeiros so substitutos (perfeitos) na

    carteira de ttulos dos agentes econmicos residentes e no

    residentes.

    Os agentes tm acesso a informao rpida e de baixo custo

    sobre o diferencial i i f.

  • - - 2

    Se a taxa de juro interna i ocorre uma entrada

    massiva de capital estrangeiro que elimina o diferencial (i

    i f):

    Se a taxa de juro interna i os capitais saem

    massivamente do pas porque os agentes preferem ttulos

    estrangeiros que elimina o diferencial (i - i f).

    Trata-se de uma pequena economia aberta pelo que se

    admite que no tem capacidade para afectar o nvel de

    rendimento mundial Y* nem a taxa e juro internacional, i f .

    A Curva BP Horizontal ao nvel (i = i f)

    . Acima deste valor BP> 0 (BP Superavitria)

    verifica-se entradas (lquidas) de capital.

    . Abaixo deste valor BP < 0 (BP Deficitria)

    verifica-se sadas lquidas de capital (+) ou entradas

    lquidas de capital ( - )

  • - - 3

    Pressupostos fortes do modelo referem-se ao facto de

    serem considerados constantes no perodo em anlise:

    1. As expectativas dos agentes sobre a taxa de cmbio caso

    contrrio, e.g., expectativas de desvalorizao cambial

    (i = i* + d c).

    2. Os nveis de preos interno e internacional (P e P f).

    Anlise de curto prazo: modelo a preos constantes

    Curva AS (Oferta Agregada) Horizontal

    A taxa de cmbio real = taxa de cmbio nominal (/R) = E

    ( /R) = E* (P* / P) com P e P f constantes.

    EQUILBRIO GLOBAL EM REGIME DE CMBIOS FIXOS

    Em cmbios fixos A oferta de moeda (M)

    endgena.

  • - - 4

    O nvel de rendimento de equilbrio (Y e) determinado

    pela interaco da funo BP e da funo IS.

    A funo LM ajusta-se sempre que houver desequilbrio:

    O mecanismo de ajustamento a oferta nominal de

    moeda.

    Supondo-se perfeita mobilidade de capitais

    temos o seguinte modelo IS-LM-BP:

    Y = * [ A + a* ( R )] - * b* i

    ----------------

    FUNO IS

    (1)

    Y= 1/k* ( M / P ) + (h/k)* i

    ----------------

    FUNO LM

    (2)

    i = if

    ----------------

    FUNO BP = 0

    (3)

    Notas:

    . a = a1 + a2 Somatrio das elasticidades das exportaes e das

    importaes (face s variaes na taxa de cmbio real).

  • - - 5

    . NX = NX + a* m* Y

    Funo Exportaes Lquidas/Balana de bens e servios.

    . A = C + c* R c*T + G + I + X - M

    Procura agregada autnoma.

    . /R = E * ( P */ P )

    Taxa de Cmbio Real constante:

    Porque os preos so dados e a taxa de cmbio nominal fixa

    (exgena) constitui um instrumento de poltica cambial.

    . Variveis Endgenas do modelo Y; i; M sendo ( = ).

    . Sendo dados (= ) e A (procura agregada autnoma)

    A substituio de (3) em (1) permite calcular o

    rendimento de equilbrio (Y e):

    Ye = * [ A + v* ( R )] - * b* if

    (4)

  • - - 6

    Y e A (e.g. Poltica Oramental) (+)

    (Poltica Cambial)

    (+)

    if

    (-)

    . Substituindo (3) e (4) em (2) obtm-se o valor da oferta

    (endgena) de moeda (M):

    M / P = k* Y e h* i f

    ( L = 0)

    M / P = k* [* ( A + a* ) - *b*if]

    h*if

    (5)

    A expresso (5) permite verificar que (M) se ajusta em resposta a

    variaes exgenas em A; ; i f: dados os parmetros do modelo.

    EFICCIA DA POLTICA MONETRIA

    No espao (i, Y) Poltica Monetria Expansionista

    (M )

    Desloca a Curva LM para a direita.

  • - - 7

    Fazendo descer a taxa de juro interna i face taxa de juro

    internacional i f e fazendo subir o rendimento

    nacional Y.

    A subida no nvel de rendimento interno ( Y) e a queda na taxa

    de juro interna ( i) Dfice na BP.

    Em regime de cmbios fixos Dfice na BP:

    Obriga a uma interveno do Banco Central em defesa da

    taxa de cmbio da sua moeda.

    Evitando, assim, a depreciao da moeda nacional.

    O Banco Central vende moeda estrangeira em troca de

    moeda nacional:

    Diminuindo as disponibilidades lquidas sobre o exterior

    DLX/Reservas em ouro e divisas do Banco Central.

    Oferta de moeda diminui: Deslocamento para a

    esquerda da Curva LM.

  • - - 8

    O processo de ajustamento somente termina quando de novo a

    taxa de juro interna se situar ao nvel da taxa de juro

    internacional

    Eliminando totalmente o desequilbrio na BP.

    Note-se que no final do processo de ajustamento:

    Y=0 e i=0

    No decurso do processo de ajustamento medida que (M s

    )

    e ( i ):

    Os agentes substituem ttulos estrangeiros por ttulos

    nacionais substituio que termina quando i = i f.

    i

  • - - 9

    i PM BP

  • - - 10

    Venda de moeda estrangeira em troca de moeda nacional.

    M s i desincentivando a economia interna (via procura de bens

    de investimento) tendendo esta para a situao de

    equilbrio inicial.

    A Poltica Monetria em Regime de Cmbios Fixos:

    Eficcia Nula ( completamente ineficaz).

    EFICCIA DA POLTICA ORAMENTAL

    No espao (i, Y) Poltica Oramental

    Expansionista (e.g. G ):

    Desloca a curva IS para a direita .

    Fazendo subir a taxa de juro interna i face taxa de juro

    internacional i f e fazendo subir o nvel do

    rendimento Y.

  • - - 11

    A subida no nvel de rendimento interno ( Y) compensada pela

    subida na taxa de juro interna ( i) Supervite na BP.

    Em Regime de Cmbios Fixos Supervite na BP:

    Obriga a uma interveno do Banco Central em defesa da

    taxa de cmbio da sua moeda.

    Evitando uma apreciao da moeda nacional.

    O Banco Central compra moeda estrangeira em troca de

    moeda nacional:

    Aumentando as DLX/Reservas.

    A oferta de moeda aumentar: Deslocamento para a direita

    a curva LM.

    O processo de ajustamento somente termina quando de novo a

    taxa de juro interna i se situar ao nvel da taxa de juro internacional

    i f eliminando totalmente o desequilbrio na BP.

  • - - 12

    Note-se que no final do processo de ajustamento:

    Y (+) = * A (+)

    Eficcia mxima = e i=0

    No decurso do processo de ajustamento medida que

    (M s ) e (i ):

    Os agentes substituem ttulos nacionais por ttulos

    estrangeiros substituio que termina quando i = i f

    0

    IS1

    LM1

    i

    2

    i1 1

    i = if BP = 0 ( = )

    IS0

    Y Y0 0 Y1 Y2

    LM0

  • - - 13

    i

    PO BP> 0 Reservas , M s (LM) BP = 0

    Y (Y2-Y0) = * G (no fim do processo de ajuste).

    = 1 / 1- c* (1-t) + m

    Y = * G (IS)

    EM SUMA:

    Enquanto i > i f afluem capitais:

    Obrigando a uma interveno do Banco Central.

    Evitar a apreciao da moeda nacional venda de moeda

    nacional em troca de moeda estrangeira .

    (M s ) e (i ) estimulando a economia interna (via procura

    de bens de investimento) tendendo esta para um novo

    equilbrio (Y ).

    A Poltica Oramental em Regime de Cmbios Fixos:

    Eficcia Mxima.

  • - - 14

    EFICCIA DA POLTICA CAMBIAL

    Suponhamos que a autoridade monetria decide depreciar a

    moeda nacional ( E, ) dado que P e P* so constantes.

    i

    PC, E, , IS () (i, Y) BP>0 Res. M s (LM) BP = 0

    Y(Y2-Y0)= * NX (no fim do processo de ajuste)

    = 1/ 1- c*(1-t)+m

    . NX = a*

    . Y = *NX com: i = i f

    i

    2

    0

    i1 1

    i = if

    LM1

    BP = 0 ( = )

    IS0 (0)

    Y Y0 0 Y1 Y2

    IS1 (1)

    LM0

  • - - 15

    EM SUMA:

    Enquanto i > i f afluem capitais :

    Obrigando a uma interveno do Banco Central:

    Evitar apreciao da moeda nacional.

    Venda de moeda nacional em troca de moeda estrangeira.

    (M s ) e (i ) estimulando a economia interna (via procura de

    bens de investimento) tendendo esta para um

    novo equilbrio (Y ).

    A Poltica Cambial em Regime de Cmbios Fixos:

    Relativamente Eficaz.

  • - - 16

    VARIAO (EXGENA) NA TAXA DE JURO INTERNACIONAL (i

    f)

    Notas:

    . Hiptese if

    . Ponto A Agora Dfice BP O Banco Central deve

    intervir para evitar a depreciao da moeda nacional ( = ).

    M s (endgena) Compra de moeda nacional

    Venda de moeda estrangeira ( reservas).

    No fim do processo Y e (Y1

  • - - 17

    EQUILBRIO GLOBAL EM REGIME DE CMBIOS FLUTUANTES/FLEXVEIS

    Em cmbios flexveis a oferta de moeda exgena.

    O nvel de rendimento de equilbrio (Y e) determinado

    pela interaco da funo BP e da funo LM

    A funo IS ajusta-se sempre que houver desequilbrio:

    O mecanismo de ajustamento a taxa de cmbio real

    /R.

    Supondo perfeita mobilidade de capitais temos o seguinte

    Modelo IS-LM-BP:

    Y = * [A + a* ] - * b* i (a = a1 + a2) (1) FUNO IS

    Y = (1/k)* (M/P) + (h/k)* i (2) FUNO LM

    i = i f (3) FUNO BP = 0

    Variveis endgenas no modelo Y; i; /E

    sendo [ = E* ( P f / P )].

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    Sendo dada a oferta de moeda ( M ) a substituio de (3) em

    (2):

    Permite calcular o rendimento de equilbrio (Y e):

    Y e = (1/k)* ( M / P ) + (h/k)*i f (4)

    A partir da expresso (4) verifica-se:

    Choques reais (sobre IS) no afectam o (Y e).

    Choques nominais (sobre LM) afectam o (Y e):

    Em particular: M (Y e) no mesmo sentido.

    Choques em (i f) afectam no mesmo sentido o (Y e).

    Determinao da taxa de cmbio nominal (E): varivel

    endgena em regime de cmbios flexveis:

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    A partir da funo IS pode determinar-se a funo taxa

    de cmbio nominal (E).

    Resolvendo primeiramente em ordem a taxa de cmbio real

    = E* ( P f / P ) determinao da expresso de (E) em funo

    do Y e e da i.

    A partir da expresso da Funo IS (1):

    = (1/* a )* [Y * A + * b* i] = (b* i A ) / [ a + (1 / * a)* Y]

    = E* ( P f/ P ) = (b* i A ) / [a + (1 / * a)* Y]

    E = (b* i A ) / [ a* ( P f / P )] + Y/ [ * a* ( P f/ P )] (5)

    Substituindo em (5) o rendimento de equilbrio (Y e)

    determinado por (2) e (3):

    E considerando i determinada pela Funo BP (3),

    Podemos encontrar o valor da varivel endgena: E (e) = taxa

    de cmbio nominal (de equilbrio),

    E, logo, de () = taxa de cmbio real (de

  • - - 20

    equilbrio):

    E (e) =(b* i f )/ [ a* ( P f/ P )] + Y (e) / [ * a* ( P f/ P )]

    (e) = E (e)* ( P f / P )

    EFICCIA DA POLTICA MONETRIA

    No espao (i, Y) Poltica Monetria Expansionista

    ( M ):

    Desloca a curva LM para a direita.

    Fazendo baixar a taxa de juro interna i face taxa de juro

    internacional i f e fazendo subir o rendimento interno

    Y.

    A subida no nvel de rendimento interno Y e a descida na

    taxa de juro interna i Dfice na BP.

    Em regime de cmbio flexveis Dfice na BP

    Gera uma desvalorizao nominal da moeda nacional ( E).

  • - - 21

    Uma desvalorizao real ( ) preos interno e

    internacional constantes.

    ( ):

    Produtos nacionais relativamente mais baratos do que os produtos

    estrangeiros estimula as exportaes lquidas (NX ).

    Deslocamento para a direita a curva IS.

    O mecanismo de ajustamento (via E/):

    S termina quando de novo a taxa de juro interna i igualar

    a taxa de juro internacional i f.

    MAS: a um nvel mais elevado de rendimento Y

    Eficcia Mxima: = (1/k = v)

    No final do processo de ajustamento:

  • - - 22

    Y = (1/k)*(M P ); i = 0.

    No decurso do processo de ajustamento os agentes

    substituem ttulos estrangeiros por ttulos nacionais

    substituio que termina quando i = i f

    Notas: Y (+) = * NX (+)

    0 2

    i1

    i

    1

    i = if

    LM1

    BP = 0

    IS0

    Y Y0 0 Y1 Y2

    LM0

    IS1

  • - - 23

    i = i f; Y2>Y0

    PM BP

  • - - 24

    EFICCIA DA POLTICA ORAMENTAL

    No espao (i, Y) Poltica Oramental Expansionista

    ( G +)

    Deslocamento da curva IS para a direita.

    Fazendo subir a taxa de juro interna i face taxa de juro

    internacional i f e subir o nvel do rendimento interno Y.

    A subida na taxa de juro mais (entradas lquidas de capital)

    mais do que compensa a subida do rendimento interno (pioria

    de NX Supervite na BP.

    Em regime de cmbio flexveis: o excedente na BP:

    Uma apreciao nominal da moeda (E) uma apreciao

    cambial real (): preo interno e preo internacional

    constantes.

  • - - 25

    (/R):

    Produtos nacionais relativamente mais caros do que os

    produtos estrangeiros.

    Desincentiva as exportaes lquidas (NX ).

    Deslocamento para a esquerda a curva IS.

    O mecanismo de ajustamento (E/):

    S termina quando, de novo, a taxa de juro interna igualar a

    taxa de juro internacional.

    MAS: o nvel de Y retorna ao seu valor inicial.

    Eficcia Mnima (Nula).

    Assim: no final do processo de ajustamento Y=0 e

    i=0 .

  • - - 26

    No decurso do processo de ajustamento, os agentes

    substituem ttulos nacionais por ttulos estrangeiros

    substituio que termina quando i = i f

    A Poltica Oramental em Regime de Cmbios Flexveis

    tem Eficcia Nula ( completamente ineficaz).

    PO BP > 0 E/ [apreciao cambial] IS () BP = 0 i = i f; Y0 = Y2

    Y (+) = * G (+) Y (-) = *NX (-) = Y (+) = *G (+) NX (-) = a* (-) = G (+) inicial

    = 1 / 1-c* (1-t) + m

    NX = NX - m* Y + a* /R

    i

    0 2

    i1 1

    i = if BP = 0

    IS0 (0) = IS1 (1)

    Y Y0 0 Y1

    = Y2

    IS1 (0)

    LM0

  • - - 27

    EFEITO CROWDING-OUT TOTAL EXTERNO.

    . Enquanto i > i f E e, logo, .

    . O reequilbrio da economia ocorre na situao de equilbrio

    inicial (Y=Y0).

    VARIAO (EXGENA) NA TAXA DE JURO INTERNACIONAL (i f)

    Notas:

    . Hiptese (Y0, i f) i f

    . Ponto A Agora Dfice na BP:

    B

    IS1

    LM0

    BP = 0

    A

    IS0

    i = if

    if

    Y1 Y0

    Y

    i

    BP = 0

  • - - 28

    E IS () (IS0 IS1)

    Y (+) = a* NX

    Deslocamento paralelo e para fora da curva IS.

    . No fim do processo (i f;Y1) i = i f (i )

    de ajuste (equilbrio) (Y1>Y0) (Y e )