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GLORIA Global Resources in Allergy

Emergências em AlergiaMódulo 3

2008

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Emergências em Alergia

• WAO Painel de especialistas – Autores Richard F Lockey USA

Connie H Katelaris, Austrália

Michael Kaliner, USA

– Contribuidores F. Estelle R. Simons, Canadá

Daniel Vervloet, França

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Emergências em Alergia

Seção 1: Anafilaxia

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Anafilaxia – Objetivos

• Compreender os diferentes mecanismos que causam a anafilaxia e identificar as causas mais comuns

• Reconhecer sinais e sintomas de anafilaxia

• Compreender como tratar anafilaxia

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• Anafilaxia: Síndrome com variados mecanismos, apresentação clínica e níveis de gravidade

• Reação aguda potencialmente fatal• Usualmente, mas não sempre, mediada por

mecanismo imunológico (anafilaxia alérgica) • Inclui anafilaxia não alérgica (inicialmente

chamada reação anafilactóide)• Resulta da liberação de mediadores de

mastócitos/basófilos

Definição de Anafilaxia

WAO Nomenclature Review Committee; JACI 2004

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Mecanismos de Reações de Hipersensibilidade de Gell e Coombs

• Tipo I – Imediata• Tipo II – Citotóxica • Tipo III – Imunocomplexos • Tipo IV – Hipersensibilidade tardia

• Tipos I, II e III podem resultar em anafilaxia alérgica ou imunologicamente induzida

Kemp and Lockey; JACI 2002

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Mediadores bioquímicos e substâncias quimiotáticas

• Degranulação de mastócitos e basófilos

• Substâncias presentes nos grânulos pré-formados:– Histamina, triptase, quimase, heparina, fator liberador de

histamina, outras citocinas

• Mediadores neoformados derivados de lipídeos:– Prostaglandina D2, leucotrieno B4, PAF, LTC4, LTD4 e LTE4

• Eosinófilos podem exercer – Papel pró-inflamatório: liberação de proteínas citotóxicas

dos grânulos ou

– Antiinflamatório: metabolismo de mediadores vasoativos

Kemp and Lockey; JACI 2002

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Anafilaxia Órgãos de choque

• Cobaia– Contração de musculatura lisa brônquica

• Coelho– Vasoconstrição fatal de artéria pulmonar com falência ventricular direita

• Cão– Contração do sistema venoso hepático com congestão hepática

• Humanos– Órgãos de choque são sistema CV, TR, GI e pele. Edema de laringe,

falência respiratória e colapso circulatório são comuns

• Asma– É importante fator de risco para óbito em anafilaxia

Kemp and Lockey; JACI 2002Bock, Munoz-Furlong, Sampson; JACI 2001

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Anafilaxia

Incidência– Análise de estudos publicados da maioria das causas– 3,3 a 4 milhões de americanos em risco – 1.433 a 1.503 em risco de reação fatal

Neugut, Ghatak, Miller; Arch Int Med 2001

Incidência baseada em Adrenalina para uso fora de hospital – Canadá e País de Gales – 0,95% da população de Manitoba, Canadá– 0,2 por 1000 em Wales– Incidência aumentou em Wales entre 1994 & 1999

Simons, Peterson, Black; JACI 2002Rangaraj, Tuthill, Burr, Alfaham; JACI 2002

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Incidência de Anafilaxia a Agentes Específicos - 1

• Antibióticos – Causa mais comum de anafilaxia induzida por drogas

• Látex– Aumento da incidência na última década– População de risco

• Múltiplas exposições (mucosas) ao látex (cateterização e cirurgia)

• Profissionais da área de saúde

• Contraste radiológico – Uso de agentes de baixa osmolaridade reduziram as taxas de

reação

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice. Mosby, 2003

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Incidência de Anafilaxia a Agentes Específicos - 2

• Veneno de Himenópteros – Incidência varia de 0,4% a 5%– Estimativa de fatalidade: 100 por ano (EUA)

• Alimentos – Estima-se que 2% da população norte americana tenha alergia

alimentar, com até 100 óbitos por ano – Causas mais comuns:

• Adultos: moluscos• Crianças: amendoim

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice. Mosby, 2003

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Incidência de Anafilaxia a Agentes Específicos - 3

• Per-operatório – Incidência varia de 1 em 4500 a 1 em 2500 casos de anestesia

geral

– Taxa de mortalidade pode ser tão alta quanto 3,4%

– Causas mais comuns• Relaxantes musculares: responsáveis por 50 a 75% das reações

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice. Mosby, 2003

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Incidência de Anafilaxia a Agentes Específicos - 4

• Drogas antiinflamatórias não hormonais (AINES)

– Incidência varia na dependência da inclusão de indivíduos asmáticos

– AINES• Provavelmente é a segunda droga mais comum de anafilaxia após os

antibióticos

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice. Mosby, 2003

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Incidência de Anafilaxia a Agentes Específicos - 5

• Antisoro – Soro heterólogo para tratamento de picada de cobras (4,6 a 10%)– Imunossupressão, incidência para globulina anti-linfocítica tão alta

quanto 2%

• Idiopática – Estimada entre 20.592 e 47.024 casos nos EUA – raros óbitos

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice. Mosby, 2003

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Anafilaxia

• Imunoterapia com alérgenos

– Incidência de reação sistêmica varia de 0,8% a 46,7% na dependência da dose do alérgeno e do esquema usado

– Taxa de óbitos • 1 por 2.000.000 injeções

Stewart and Lockey; JACI 1992Kemp et al In: Allergens and Allergen Immunotherapy Marcel Dekker; 2004

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Sinais e Sintomas de Anafilaxia

• Eritema difuso• Prurido difuso• Urticária difusa• Angioedema• Broncoespasmo• Edema laríngeo Peristaltismo• Hipotensão

• Arritmia cardíaca• Náuseas• Vômitos• Delírios• Cefaléia• Sensação de morte

iminente• Perda de consciência • Rubor

Kemp and Lockey; JACI 2002

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AnafilaxiaDiagnóstico Diferencial

• Reações vasovagais• Rubor idiopático• Mastocitose• Síndrome carcinóide• Hiperventilação induzida por ansiedade• Globo histérico• Doença do soro • Deficiência do inibidor de C1-esterase • Choque:

– Infarto do miocárdio, perda sanguínea, sepsis

• Envenenamento escombróide

Montanaro e Bardana; JACI 2002

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AnafilaxiaComentários sobre sinais e sintomas

• Urticária ou angioedema e rubor são manifestações mais comuns (>90%)

• Manifestações cutâneas podem ser tardias ou ausentes• Manifestações respiratórias também são comuns (40 – 60%)• Tonturas e perda de consciência (30 – 35%)• Sintomas GI (20 – 30%)• Quanto mais rápido o início, tanto maior é a gravidade• Sinais e sintomas dentro de 5 a 30 minutos, mas podem não

se desenvolver por horas

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice. Mosby, 2003

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Causas de Anafilaxia 1Anafilática IgE – dependente

• Alimentos – Amendoim, nozes e crustáceos

• Leite, ovo e peixe também são importantes, especialmente em crianças

• Medicações (antibióticos)

• Venenos

• Látex

• Vacinas (extratos alergênicos)

• Hormônios

• Proteínas animais ou humanas

• Extratos alergênicos (diagnóstico)

• Relaxantes musculares

• Corantes (derivados de insetos como carmim)

• Enzimas

• Polissacarídeos

• Aspirina e outros AINE (provavelmente)

• Exercício (possivelmente em associação a alimentos e medicamentos)

Kemp; Immunol Allergy Clin N Am 2001

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Causas de Anafilaxia 2Alérgicas não mediadas por IgE

• Citotóxicas (Tipo II)– Reações transfusionais a elementos

celulares (IgG, IgM)

• Imunocomplexos (Tipo III)– Imunoglobulina intravenosa– Dextran (possivelmente)

Kemp; Immunol Allergy Clin N Am 2001

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Causas de Anafilaxia 3IgE independentes ou não Alérgicas

• Ativação do complemento/ativação do sistema de contato– Contrastes radiológicos – Óxido de etileno em tubos de diálise – Protamina (possivelmente)– Inibidores da ECA administrados durante diálise

renal com poliacrilonitrila sulfonatada, “cuprophane”, membrana de diálise polimetilmetacrilato

Kemp; Immunol Allergy Clin N Am 2001

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Causas de Anafilaxia 4IgE independentes ou não Alérgicas

– Degranulação inespecífica de mastócitos e basófilos

• Opiáceos• Idiopática• Fatores físicos

– Exercício

– Temperatura (frio, calor)

Kemp; Immunol Allergy Clin N Am 2001

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Anafilaxia

– Bloqueador -Adrenérgico • Oral ou tópico• Bradicardia paradoxal, hipotensão profunda e

broncoespasmo grave • Pode exacerbar doença e interferir com a

resposta ao tratamento -Bloqueadores seletivos não produzem efeitos

adversos clinicamente significativos em asma de leve a moderada intensidade (inclusive DPOC). Não estudados em anafilaxia.

Toogood CMAJ 1987Kivity and Yarchovsky JACI 1990Salpeter, Ormiston, Salpeter Annals Int Med 2002

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Anafilaxia Recorrente ou Persistente

Lee and Greenes; Pediatrics 2000Kemp and deShazo In: Allergens and Allergen Immunotherapy to Treat Allergic Diseases. Marcel Dekker, 2004

• Anafilaxia recorrente ou bifásica ocorre 8 a 12h em até 20%

• Indivíduos com anafilaxia bifásica não diferem clinicamente, porém mais adrenalina pode ser necessária para o manejo dos sintomas iniciais

• Anafilaxia persistente pode perdurar 5 a 32h

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 1

Kemp and Lockey; JACI 2002Simons et al; JACI 1998Simons, Gu, Simons; JACI 2001

• I. Intervenção imediata– Avaliação da permeabilidade da via aérea,

respiração, circulação e nível de consciência – Administrar Adrenalina (1:1000):

• 0,3 – 0,5 mL IM• Crianças: 0,01 mg/kg; máximo: 0,3mg• Controle de sintomas e PA• Repetir se necessário

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 2

Kemp and Lockey; JACI 2002Simons et al; JACI 1998Simons, Gu, Simons; JACI 2001

• I. Intervenção imediata continuação – IM na face anterolateral da coxa (vasto lateral) produz

pico plasmático maior e mais rápido do que SC ou IM no braço

– Portanto: Anafilaxia moderada a grave ou progressiva• Adrenalina IM na face anterolateral da coxa

– Alternativa: Seringa autoinjetora de adrenalina aplicada da mesma maneira mesmo sobre a roupa

– Repetir se necessário

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 3

Kemp and Lockey; JACI 2002

• I. Intervenção imediata continuação – Adrenalina aquosa (1:1000)

• 0,1 - 0,3mL em 10mL de solução salina (1:100.000 a 1:33.000), IV em alguns minutos, sob demanda

– Pacientes em risco de vida• Seringa (1mL) : Adrenalina 1:1000: 0,1mL, inserir IV e aspirar

0,9mL de sangue (diluição 1:10.000)• Administrar conforme a necessidade e resposta

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 4

Kemp and Lockey; JACI 2002

• II. Medidas Gerais – Posição deitada com extremidades elevadas– Manutenção da permeabilidade da via aérea

• Tubo endotraqueal ou cricotireoidotomia

– O2: 6 – 8 litros/minuto

– Solução salina IV• Se hipotensão grave: Administrar expansor de volume (solução

coloidal)

– Torniquete venoso acima do sítio de reação. Questionável se diminui absorção do alérgeno

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 5

Kemp and Lockey; JACI 2002

• III Medidas Específicas que dependem do contexto clínico– Adrenalina aquosa 1:1000, ½ dose (0,1 – 0,2 mg) no sítio da reação

– Difenidramina: 50mg ou mais, dose dividida VO ou IV, dose máxima diária 200mg (5mg/kg) para crianças e 400mg para adultos

– Ranitidina: 50mg em adultos e 12,5 – 50mg (1mg/kg) em crianças, diluída em SG5%, total 20mL, injeção IV em mais do que 5 minutos. Cimetidina: 4mg/kg para adultos, não estabelecida para crianças

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 6

Kemp and Lockey; JACI 2002

• III Medidas Específicas que dependem do contexto clínico

– Broncoespasmo: salbutamol inalatório 2,5 – 5mg em 3mL de SF0,9% ou 0,63 – 1,25mg sob demanda

– Aminofilina: 5mg/kg em mais de 30’ EV. Ajuste de dose baseado na idade, medicações, doença, uso corrente

– Hipotensão refratária: • Dopamina 400mg em 500mL de SG EV 2 – 20g/kg/min

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Manejo da Anafilaxia sob supervisão médica - 7

Kemp and Lockey; JACI 2002

• III Medidas Específicas que dependem do contexto clínico

– Glucagon: 1 – 5mg (20 – 30g/kg [máx. 1mg] em crianças), administração EV em mais de 5’, seguida por infusão EV 5-15g/min

– Metilprednisolona: 1 – 2 g/kg/24h; previne reações prolongadas ou recidivas

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Vasodepressor (Vaso-vagal)

Kemp and Lockey; JACI 2002

• Definição

– Reação não alérgica caracterizada por bradicardia, náusea, palidez, sudorese e/ou hipotensão

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Vasodepressor (Vaso-vagal)

Kemp and Lockey; JACI 2002

• Manejo– Manter o paciente na posição supina com elevação das

extremidades inferiores

– Somente para reação vasodepressora grave (bradicardia, náusea, palidez, sudorese, hipotensão):

• Atropina 0,3 0,5mg (0,02mg/kg) “SQ” cada 10’ (máx. 2mg/adulto e 1mg/criança)

– Se persiste a hipotensão: reposição EV de fluidos

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Medidas para reduzir a incidência de anafilaxia induzida por drogas e óbitos

por anafilaxia - 1 • Medidas gerais

– Obter histórico completo de alergia a drogas– Evitar drogas com reatividade cruzada imunológica

ou bioquímica, às quais o paciente seja sensível – Administrar drogas preferentemente pela via oral,

mais que parenteral – Checar todas drogas pela exata rotulagem – Manter o paciente em observação por 20 a 30’ após

medicação injetável

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice Mosby, 2003

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Medidas para reduzir a incidência de anafilaxia induzida por drogas e óbitos

por anafilaxia - 2

• Medidas para pacientes de risco

– Evitar fatores causais– Portar cartão ou placa de identificação com lista de

substâncias às quais o paciente seja alérgico– Orientar portar e como usar o auto-injetor de adrenalina– Quando possível descontinuar bloqueador -

adrenérgico, inibidores da ECA (controverso) e antidepressivo tricíclico

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice Mosby, 2003

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Medidas para reduzir a incidência de anafilaxia induzida por drogas e óbitos

por anafilaxia - 3

• Medidas para pacientes de risco

– Empregar técnicas preventivas quando paciente necessitar se submeter a procedimento que represente risco, são elas:

• Pré-tratamento • Provocação• Dessensibilização

Lieberman In: Allergy: Principles and Practice Mosby, 2003

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Sumário

Fator Desfavorável Favorável

Dose do antígeno (alérgeno) Grande Pequena

Início dos sintomas Precoce Tardio

Início do tratamento Tardio Precoce

Via de exposição Parenteral Oral *

Uso de bloqueador -adrenérgico Sim Não

Presença de doença de base Sim Não

* Verdadeiro para drogas, não para alimentos

Prognóstico

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GLORIA Global Resources in Allergy

Emergências em Alergia

Seção 2: Edema de Vias Aéreas Superiores

2008

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Edema de Vias Aéreas Superiores

• Objetivos – Compreender as causa de angioedema

– Revisar o espectro e manejo do Angioedema Hereditário (HAE)

– Revisar o angioedema relacionado à Enzima Conversora de Angiotensina (ECA)

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Sumário

• Descrição clínica• Classificação• Exemplos de edema com risco de vida:

– Angioedema Hereditário (HAE)

– Angioedema Adquirido (AAE)

– Edema induzido pela enzima ECA

• Apresentação clínica

• Fisiopatologia

• Manejo

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Angioedema

• 1882: Descrição inicial por Quincke

• Edema bem demarcado, sem cacifo

• Mesmos fatores causais que urticária

• Reação compromete derme profunda e

tecido subcutâneo

• Compromete principalmente:

– Face, língua, lábios, pálpebras

• Comprometimento de laringe:

– Pode causar dificuldade respiratória

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Classificação do Angioedema 1

• Hereditário – Tipo 1

• Deficiência do Inibidor de C1 esterase

– Tipo 2• Alteração funcional do Inibidor de C1 esterase

• Adquirido – Idiopático– Mediado por IgE– Não mediado por IgE– Doença sistêmica – Causas físicas– Outras

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Classificação do Angioedema 2

• IgE Mediado – Drogas– Alimentos– Veneno de insetos– Infecções (ex.: virais, helmínticas)

• Não mediado por IgE – Inibição da Cicloxigenase

• AAS• Outros AINE

– Inibição da ECA

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Classificação do Angioedema 3

• Doenças Sistêmicas

– Lupus Eritematoso Sistêmico

– Hipereosinofilia

– Linfoma:• Anticorpos anormais ativam o sistema de complemento

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Classificação do Angioedema 4

• Causas Físicas – Frio – Colinérgica– Solar– Vibratória

• Outras– Algumas reações por contato

– Auto-anticorpos contra o Inibidor de C1 Esterase

– Ativação descontrolada do complemento

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Incidência

• Urticária/Angioedema Crônicos – 0,1% da população

• Remissão– 65% em 3 anos– 85% em 5 anos– 95% em 10 anos

• Angioedema – Comumente ocorre associado à urticária

• 40% dos casos

– Pode ocorrer isoladamente • 10% dos casos

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Angioedema Hereditário (HAE)

• 1888 – Descrição de família afetada por William Osler

• 1963 – Donaldson e Evans descrevem o defeito bioquímico responsável– Ausência do Inibidor de C1 Esterase

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Angioedema Hereditário (HAE)

• Subtipos – Tipo 1 *

• Autossômico dominante• Marcante supressão dos níveis do

inibidor de C1 esterase

* Corresponde a 85% dos casos

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Angioedema Hereditário (HAE)

• Subtipos – Tipo 2 *

• Autossômico dominante, com mutação de ponto levando à síntese de proteína não funcionante (disfuncional)

• É necessário ensaio funcional para o diagnóstico pois nível sérico pode ser normal

* Corresponde a 15% dos casos

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Angioedema Hereditário (HAE)

• Epidemiologia – 1:10.000 – 1:150.000– Sem predileção por raça ou sexo

• Manifestações clínicas – Usualmente manifesta-se na 2ª década de vida– Pode ocorrer em crianças menores– Edema pode comprometer um ou vários órgãos– Apresentação depende do local do edema– Ataques perduram 2 - dias antes da resolução espontânea

Nzeako Arch Intern Med; 2001

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Manifestações Clínicas - 1

• Angioedema

– Pode se desenvolver no tecido subcutâneo:

• Extremidades• Genitália• Face• Tronco

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Manifestações Clínicas - 2

• Angioedema

– Edema da parede intestinal pode se apresentar como abdômen agudo

– Edema de submucosa de laringe ou faringe pode causar asfixia

• Pode ocorrer na primeira apresentação clínica

Bork Mayo Clin Proc; 2000

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Manifestações Clínicas - 3

• Edema de laringe – Causa mais comum de óbito no HAE

– Tempo entre início do edema e o óbito• 1 – 14h (média de 7h)

– Pode ser a 1ª manifestação clínica

– Óbito pode ocorrer mesmo naqueles sem história de episódio anterior de edema de laringe

– Risco aumentado em certas famílias

– Sintomas iniciais• Inchaço na garganta, obstrução OF

– Rouquidão, disfagia, dispnéia progressiva

Bork Mayo Clin Proc; 2000

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Angioedema Hereditário (HAE)

• Diagnóstico– Apresentação clínica– Triagem

• Ensaio quantitativo e funcional do inibidor de C1

– Níveis reduzidos de C4 e C2 no ataque agudo

– C4 persistentemente baixo na maioria dos pacientes

Nzeako Arch Intern Med; 2001

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Angioedema Hereditário (HAE)

Nielson Immunopharmacology; 1996

• Fisiopatologia - 1 – Inibidor de C1

• Cadeia única de glicoproteína; peso molecular de 104.000; família das proteases de serina

• Importante proteína reguladora da cascata do complemento

• Inativa o complexo C1 esterase

• Regula sistema da coagulação, fibrinolítico, quininas e do complemento

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Angioedema Hereditário (HAE)

Kaplan JACI; 2002

• Fisiopatologia - 2– Ausência do inibidor de C1 leva à ativação anormal da via do

complemento, redução dos níveis de C2 e C4

– Fragmentos de C2 geram mediadores vasoativos como quininas

– Fator de Hageman induz a formação de calicreína a partir da pré-calicreína

– Bradicinina é liberada do quininogênio de alto peso molecular – Todos estes mediadores aumentam a permeabilidade capilar

e são responsáveis pelos ataques de angioedema

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Angioedema Hereditário (HAE)

Agostini Medicine (Baltimore); 1992

• Genética– Autossômica dominante; todos pacientes são

heterozigotos– 25% sem história familiar prévia

• Mutação espontânea

– Há relatos de mais de 100 diferentes mutações – Padrão clínico variável: pode ser explicado por

variações dos efeitos das mutações na síntese do inibidor de C1

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo

• Princípios – Plano de ação para episódios agudos – Estratégia para profilaxia de longo prazo– Profilaxia de curto prazo para procedimentos

de alto risco– Seguimento regular para educação e

monitoração de efeitos colaterais do tratamento

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo - 1

• Ataques agudos – Tratamento de escolha é o concentrado do inibidor

de C1

• 500 – 1000U Infusão EV

– Seguro e efetivo • Sem relatos de efeitos colaterais ao longo prazo

– Excelente e pronta resposta na maioria dos pacientes

– Não disponível nos EUA, mas em ensaios clínicos

Bork Arch Inter Med; 2001

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo - 2

Bork Arch Inter Med; 2001

• Ataques agudos quando Inibidor de C1 não está disponível

– Intubação e suporte respiratório podem ser necessários na presença de edema de laringe

– Plasma fresco congelado tem sido usado para ataques agudos, mas há relatos de exacerbação paradoxal

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo - 3

Nzeako Arch Intern Med; 2001

• Longo prazo – Adultos

– Andrógenos atenuados (estanazolol, danazol, oxandrin) podem prevenir ataques

– Aumento dos níveis de Inibidor de C1, de C4 e C2

– Tatear a menor dose efetiva para o controle dos ataques

• Danazol pode ser reduzido e mantido na dose de 200mg/d a cada 2 dias

– Necessário monitoração regular

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo - 4

Nzeako Arch Intern Med; 2001

• Longo prazo – Crianças

– Agentes antifibrinolíticos têm sido usados como

primeira linha de profilaxia

– Dose baixa de danazol

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo - 5

• Profilaxia de curto prazo– Necessária para intervenções de risco

• Ex.: procedimento dentário, tonsilectomia

– Quando disponível o concentrado de inibidor de C1 deve ser aplicado antes do procedimento

– Aumentar a dose dos andrógenos atenuados com alguns dias de antecedência

– Plasma fresco congelado

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Angioedema Hereditário (HAE) Manejo - 6

• Outros – Evitar: contraceptivos orais, inibidores da ECA– Pré-medicação antes de procedimentos que requeiram:

• Meio de contraste, estreptoquinase, pois podem diminuir os níveis de inibidor de C1

– Certificar-se de evitar situações de estresse– Tratamento de infecções – Aconselhamento genético e testes de triagem

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Angioedema Adquirido (AAE) 1

• Tipo 1– Associado a doenças:

• Reumatológicas, linfoproliferativas (células B)

– Ativação do complemento por complexos de anticorpos anti-idiotípicos e imunoglobulinas de superfície

• Declínio dos níveis de inibidor de C1 por consumo

• Tipo 2 – Desenvolvimento de auto-anticorpos contra o inibidor de C1

– Auto-anticorpos se ligam ao sítio ativo na molécula induzindo inativação

Markovic Ann Int Med; 2000

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Angioedema Adquirido (AAE) 2

Laurent Clin Ver Allergy Immunol; 1999

• Decréscimo dos níveis de C1q distinguem AAE do HAE, neste o C1q usualmente é normal

• Tratamento da doença de base pode levar à resolução

• Para ataques agudos o concentrado do inibidor de C1, deve ser usado quando disponível

• Andrógenos atenuados podem ser úteis no tipo 1• Terapia imunossupressora para o tipo 2

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Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Angioedema 1

• Angioedema desenvolve em 0,1% a 0,5% daqueles que recebem a droga

• Início: desde a 1ª semana de uso até 2 – 3 anos de uso • Resolução dos sintomas em 24 – 48 horas após interrupção do

uso • Comumente descrito com o uso de captopril e enalapril, mas

descrito com todas as classes• Fatores genéticos podem ser importantes • Indivíduos com história de angioedema de outras causas são

mais susceptíveis ao angioedema induzido por inibidores da ECA

Slater JAMA; 1988

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Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Angioedema 2

Jain Chest; 1992

• Comumente afeta face e lábios, mas há relatos de edema de laringe

• Fatores de risco incluem:– Obesidade, intubação endotraqueal prévia e cirurgia de

cabeça e pescoço

• Inibidores da ECA podem precipitar ataques naqueles com HAE, portanto devem ser evitados nestes pacientes

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Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Angioedema 3

• Fisiopatologia – Inibidores da ECA podem causar acúmulo de

bradicinina resultando em vasodilatação, aumento da permeabilidade vascular e angioedema

– Pacientes podem ter um dano congênito ou adquirido de quininase 1 que degrada bradicinina levando ao seu acúmulo devido ao bloqueio da ECA

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Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina (ECA) e Angioedema 4

• Manejo – Interromper o uso da droga e substituir por outra classe

de anti-hipertensivo – Todos os inibidores da ECA devem ser evitados – Manejo do angioedema depende do sítio envolvido

• Pode ser necessário intubação para assegurar a permeabilidade da via aérea

– Antagonistas do receptor da ECA são geralmente considerados seguros

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Angioedema

• Conclusões– Na maioria das vezes está associado à urticária – Angioedema isolado

• Considerar a possibilidade de HAE, AAE

– HAE é uma doença rara, mas deve ser investigada por ser potencialmente fatal

– Encaminhar para manejo com especialista – Inibidor da ECA é uma causa importante de

angioedema em idosos

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Emergências Alérgicas

Seção 3:

Exacerbações da asma grave

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Objetivos da Palestra

Ao final desta apresentação os participantes estarão aptos a:

• Compreender os fatores de risco para a exacerbação da asma

• Identificar os sinais e sintomas da asma aguda

• Planejar as estratégias apropriadas para o tratamento

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Características da Exacerbação da Asma Grave

Uma ou mais presentes:

• Uso da musculatura acessória da respiração

• Pulso paradoxal >25 mmHg

• Pulso > 110 bpm

• Inabilidade de falar sentenças

• Freqüência respiratória >25 – 30 irpm

• PEFR ou VEF1 < 50% do previsto

• Sat O2 < 91-92%

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Fatores de risco para ataques de asma fatais ou quase fatais

• Episódio prévio de asma quase fatal• Várias idas a emergência ou hospitalizações• Baixa adesão aos tratamentos médicos• Adolescentes ou asmáticos de áreas urbanas• (EUA) Afro-Americanos > Hispânicos > Caucasianos• Alergia a Alternaria• Uso recente de corticosteróide oral• Terapia inadequada: - uso excessivo de β agonistas - não uso de CCS inalados - bloqueadores concomitantes

Ramirez and Lockey In: Asthma, American College of Physicians, 2002

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Achados físicos nas exacerbações da asma grave

• Taquipnéia• Taquicardia• Sibilância• Hiperinsuflação• Uso da musculatura acessória• Pulso paradoxal• Sudorese • Cianose• Transpiração• Obnubilação

Ramirez and Lockey In: Asthma, American College of Physicians, 2002

Page 81: GLORIA Global Resources in Allergy Emergências em Alergia Módulo 3 2008.

Causas das Exacerbações por Asma

• Infecções respiratórias baixas ou altas

• Suspensão ou redução da medicação

• Medicação concomitante, ex: Betabloqueador

• Exposição alergênica ou poluente

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Diagnóstico diferencial

• DPOC• Bronquite• Bronquiectasia• Doenças endobronquiais• Corpos estranhos• Obstrução extra ou intra

traqueo-torácica• Edema pulmonar

cardiogênico

Edema pulmonar não

cardiogênico Pneumonia Embolia pulmonar Pneumonite química Síndrome de hiperventilação Embolia pulmonar Síndrome carcinóide

Brenner, Tyndall, Crain In: Emergency Asthma. Marcel Dekker, 1999

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Medidor de Pico de Fluxo Expiratório

Uso do medidor de PFE para monitorar a asma e prevenir exacerbações

• Barato• Fácil de usar• Preciso• Fornece dados reais da variação das medidas

durante o dia• Fornece medida objetiva da função pulmonar• Detecta mudanças iniciais da piora da asma

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Auto manejo

Se a sua melhor medida do pico de fluxo:

• Diminuir em 10% ou mais, dobrar a dose do CCS inalado• Diminuir em 20% ou mais, usar o broncodilatador de curta

duração a cada 4/6 horas, adicionar o CCS inalado 2x• Ligar para o médico, tentar determinar se existe infecção• Diminuir 40 – 50%, adicionar CCS oral• Diminuir acima de 50%, visita urgente - serviço de pronto atendimento - emergência

Kaliner In: Current Review of Asthma. Current Medicine, 2003

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Estágios de Exacerbação da Asma

• Estágio 1

Sintomas- Apresenta falta de ar- Não apresenta despertar noturno- Não consegue praticar atividades físicas completas sem sentir falta

de arSinais- Poucos sibilos no exame- Freqüência respiratória, 15 (normal <12)- Pulso 100 - PFE e espirometria reduzida em 10%

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• Estágio 2

Sintomas- Menor capacidade de praticar atividade física devido a falta de ar- Dispnéia ao subir escadas- Despertar noturno devido a falta de ar- Desconforto ao deitar- Uso da musculatura acessória da respiraçãoSinais- Sibilância- Freqüência respiratória 18- Pulso 111- PFE e espirometria reduzida em mais de 20%

Estágios de Exacerbação da Asma

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• Estágio 3

Sintomas- Incapacidade de praticar atividade física sem sentir falta de ar- Dispnéia ao deitar- Fala utilizando sentenças curtas- Uso da musculatura acessóriaSinais- Sibilância- Freqüência respiratória 19-20- Pulso 120- PFE e espirometria reduzida em mais de 30%

Estágios de Exacerbação da Asma

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• Estágio 4

Sintomas- Posição curvada para frente- Incapacidade para andar- Fala monossilábica- Orientado e alerta- Uso da musculatura acessóriaSinais- Diminuição da sibilância- Freqüência respiratória 20 – 25- Pulso maior que 125- PFE e espirometria reduzida em mais de 40%- Sat O2 91 – 92%

Estágios de Exacerbação da Asma

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• Estágio 5

Sintomas- Redução da consciência- Dispnéia- Sem sibilânciaSinais- Respiração superficial rápida- Freqüência respiratória > 25 - Incapaz de fazer a medida de PFE ou espirometria- Pulso 130 – 150 ou mais- Sat O2 <90

Estágios de Exacerbação da Asma

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Gravidade do percentual da asma estabelecido pelo VEF1 previsto

%VEF Previsto • 70 – 100• 60 – 69• 50 – 59• 35 – 49• <35

Gravidade

Leve

Moderada

Moderadamente grave

Grave

Muito grave

(risco de vida)

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Tratamento das Exacerbações da Asma 1

Escolha do tratamento preferido β2 agonistas

Inalados por MDI ou nebulização

Injetável Anticolinérgicos

Inalados por MDI ou nebulização Corticosteróides

Parenteral, oral ou inalado

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Escolha de tratamentos secundários Aminofilina ou Teofilina

(oral, parenteral) Antagonistas dos receptores de

leucotrienos (oral) Oxigêmio Sulfato de magnésio

Tratamento das Exacerbações da Asma 2

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• β agonistas- Preferência pela via inalatória- MDI com espaçador,4-8 jatos a cada 20 min x3- Nebulização, 2.5 – 5 mg salbutamol a cada 20

min 3x- Adrenalina SC, 0,3 – 0,5 ml (0,01 ml/Kg criança)- Levalbuterol, 0,63 – 1,25 mg a cada 4-8 horas

(se disponível)

Tratamento das Exacerbações da Asma 3

Page 94: GLORIA Global Resources in Allergy Emergências em Alergia Módulo 3 2008.

• Anticolinérgicos

Ipratropium

- Usar preferencialmente: combinado

com beta agonista

- MDI com espaçador, 2-4 jatos a cada 20 min x3

- Nebulização, 500μg a cada 20 min 3x

Tratamento das Exacerbações da Asma 4

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• Corticosteróides- Sem efeito imediato- Efeitos iniciais 6 horas após dose elevada- Uso oral tão efetivo quanto o parenteral- Prednisona (equivalente), 45-60 mg- Altas doses aumentam os efeitos colaterais sem

aumentar os benefícios terapêuticos- Metilprednisolona, 1-2 mg/Kg/24hs- Não há dados até o momento na utilização nas crises

agudas

Tratamento das Exacerbações da Asma 5

Page 96: GLORIA Global Resources in Allergy Emergências em Alergia Módulo 3 2008.

Aminofilina e Teofilina

• Controvérsias Sem benefício adicional em relação aos β agonistas Aumento das compicaçõesDose de ataque para aminofilina:5-6mg/Kg durante 20-30minDose de manutenção (ajustar de acordo com doenças cardíacas e

hepáticas)Tentar alcançar 5 a 15 μg/ml, monitorar níveis plasmáticos para ajustar

a doseDoses de teofilina semelhantes mas um pouco menores

Tratamento das Exacerbações da Asma 6

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• Modificadores de leucotrienos

- Poucos estudos

- Sua utilização reduz hospitalizações

- Montelukast, 10mg oral

- Zafirlukast, 20 mg oral

Tratamento das Exacerbações da Asma 7

Page 98: GLORIA Global Resources in Allergy Emergências em Alergia Módulo 3 2008.

• Sulfato de Magnésio- Controvérsias Dados inconsistentes- Usado em asma muito grave na emergência se:

-VEF1<25% - Outros sinais de doença grave- 1,2- 2 gm IV durante 10-20 min em 50 ml de

solução salina- Poucos efeitos colaterais

Tratamento das Exacerbações da Asma 8

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Prevenção das Exacerbações 1

• Corticosteróides orais - Os corticosteróides são as medicações mais

potentes disponíveis para reduzir a inflamação aérea

- Usar até o controle completo da crise - PFR e PFE em níveis basais - Desaparecimento dos sintomas- Reduzir a dose diária e determinar se o paciente

pode ficar bem com a retirada completa dos corticosteróides

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• Corticosteróides inalados - Submeter o paciente a altas doses de corticosteróides

inalados . Fluticasona,880 - 1760μg . Budesonida, 800 - 1600μg - Com a retirada dos corticosteróides, reduzir a dose

inalada administrada observando-se o melhor nível da PFR

- Considerar a combinação do β2 longa duração e corticosteróide inalado de modo a alcançar a mais baixa dosagem possível dos corticosteróides

Prevenção das Exacerbações 2

Page 101: GLORIA Global Resources in Allergy Emergências em Alergia Módulo 3 2008.

• Desencadeantes e Educação do Paciente - Avaliar o paciente quanto: Alergia Infecção Adesão Medicações inapropriadas concomitantes Fatores sociais Cigarro, drogas, irritantes, fumaças Doenças psiquiátricas

- Educação do Paciente

Prevenção das Exacerbações 3

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World Allergy Organization (WAO)

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