Fluxograma para manejo de acidente por escorpião

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FLUXOGRAMA PARA MANEJO DE ACIDENTE POR ESCORPIÃO – Professor Francisco Robson Costa Lima (1) Bloqueio troncular com lidocaína a 2% sem vasoconstrictor – 1 a 2 ml para crianças e 3 a 4 ml para adultos (fazer metade da dose de cada lado da raiz do quirodáctilo ou pododáctilo); (2) Prometazina (anti-histamínico) – fazer metade da dose calculada para o peso do paciente; (3) Verificar situação vacinal do paciente para tétano – atualizar se necessário. ACIDENTE POR ESCORPIÃO Local da picada? Tempo do acidente? Quadro local? Quadro sistêmico? INOCULAÇÃO DO VENENO ATRAVÉS DO FERRÃO QUADRO LOCAL Por estímulo das terminações nervosas sensitivas QUADRO SISTÊMICO Por estímulo do sistema nervoso autônomo Dor local Parestesia Edema discreto Hiperemia discreta Dor intensa + Sudorese discreta Náuseas Vômitos ocasionais Taquicardia Taquipnéia Hipertensão leve LOCAL DA PICADA Extremidade de quirodáctilo ou pododáctilo? SIM ▪ Infiltração local com lidocaína sem vasoconstrictor¹ ▪ Observação da criança ou idoso até 3 horas após acidente (risco de quadro sistêmico) ▪ Liberar com Dipirona gotas e compressa de gelo no local se dor ▪ Orientar retorno se necessário LOCAL DA PICADA: Extremidade de quirodáctilo ou pododáctilo? NÃO ▪ Anti-inflamatório não hormonal e analgésico (diclofenaco de sódio) IM em região glútea ▪ Anti-histamínico (prometazina) IM² ▪ Aplicar pomada de lidocaína no local ▪ Observação da criança ou idoso até 3 horas após acidente (risco de quadro sistêmico) ▪ Liberar com Dipirona gotas e compressa de gelo no local se dor ▪ Orientar retorno se necessário CASO LEVE CASO MODERADO LOCAL DA PICADA Extremidade de quirodáctilo ou pododáctilo? SIM ▪ 3 ampolas de soro antiescorpiônico IV ▪ Infiltração local com lidocaína sem vasoconstrictor¹ ▪ Dipirona IV e compressa de gelo no local ▪ Observação do paciente até 24h após acidente ▪ Monitorar sinais vitais (TA, FC, FR e Temperatura) LOCAL DA PICADA: Extremidade de quirodáctilo ou pododáctilo? NÃO ▪ 3 ampolas de soro antiescorpiônico IV ▪ Anti-inflamatório não hormonal e analgésico (diclofenaco de sódio) IM em região glútea ▪ Anti-histamínico (prometazina) IM² ▪ Aplicar pomada de lidocaína ▪ Dipirona IV e compressa de gelo no local ▪ Observação do paciente até 24h após acidente ▪ Monitorar sinais vitais (TA, FC, FR e Temperatura)

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Fluxograma para manejo de acidente por escorpião elaborado pelo infectologista pediatra Dr. Francisco Robson da Costa Lima.

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Page 1: Fluxograma para manejo de acidente por escorpião

FLUXOGRAMA PARA MANEJO DE ACIDENTE POR ESCORPIÃO – Professor Francisco Robson Costa Lima

(1) Bloqueio troncular com lidocaína a 2% sem vasoconstrictor – 1 a 2 ml para crianças e 3 a 4 ml para adultos (fazer

metade da dose de cada lado da raiz do quirodáctilo ou pododáctilo);

(2) Prometazina (anti-histamínico) – fazer metade da dose calculada para o peso do paciente;

(3) Verificar situação vacinal do paciente para tétano – atualizar se necessário.

ACIDENTE POR ESCORPIÃO

Local da picada?

Tempo do acidente?

Quadro local?

Quadro sistêmico?

INOCULAÇÃO DO VENENO ATRAVÉS DO FERRÃO

QUADRO LOCAL

Por estímulo das

terminações nervosas

sensitivas

QUADRO SISTÊMICO

Por estímulo do

sistema nervoso

autônomo

Dor local

Parestesia

Edema discreto

Hiperemia discreta

Dor intensa +

Sudorese discreta Náuseas

Vômitos ocasionais Taquicardia Taquipnéia

Hipertensão leve

LOCAL DA PICADA

Extremidade de

quirodáctilo ou

pododáctilo?

SIM

▪ Infiltração local com lidocaína sem vasoconstrictor¹

▪ Observação da criança ou idoso até 3 horas após

acidente (risco de quadro sistêmico)

▪ Liberar com Dipirona gotas e compressa de gelo no

local se dor

▪ Orientar retorno se necessário

LOCAL DA PICADA:

Extremidade de

quirodáctilo ou

pododáctilo?

NÃO

▪ Anti-inflamatório não hormonal e analgésico

(diclofenaco de sódio) IM em região glútea

▪ Anti-histamínico (prometazina) IM²

▪ Aplicar pomada de lidocaína no local

▪ Observação da criança ou idoso até 3 horas após

acidente (risco de quadro sistêmico)

▪ Liberar com Dipirona gotas e compressa de gelo no

local se dor

▪ Orientar retorno se necessário

CASO LEVE

CASO MODERADO

LOCAL DA PICADA

Extremidade de

quirodáctilo ou

pododáctilo?

SIM

▪ 3 ampolas de soro antiescorpiônico IV

▪ Infiltração local com lidocaína sem vasoconstrictor¹

▪ Dipirona IV e compressa de gelo no local

▪ Observação do paciente até 24h após acidente

▪ Monitorar sinais vitais (TA, FC, FR e Temperatura)

LOCAL DA PICADA:

Extremidade de

quirodáctilo ou

pododáctilo?

NÃO

▪ 3 ampolas de soro antiescorpiônico IV

▪ Anti-inflamatório não hormonal e analgésico

(diclofenaco de sódio) IM em região glútea

▪ Anti-histamínico (prometazina) IM²

▪ Aplicar pomada de lidocaína

▪ Dipirona IV e compressa de gelo no local

▪ Observação do paciente até 24h após acidente

▪ Monitorar sinais vitais (TA, FC, FR e Temperatura)

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(1) Bloqueio troncular com lidocaína a 2% sem vasoconstrictor – 1 a 2 ml para crianças e 3 a 4 ml para adultos (fazer

metade da dose de cada lado da raiz do quirodáctilo ou pododáctilo);

(2) Prometazina (anti-histamínico) – fazer metade da dose calculada para o peso do paciente;

(3) Verificar situação vacinal do paciente para tétano – atualizar se necessário.

Além dos sinais e

sintomas citados,

apresenta uma ou

mais manifestações

como:

Sudorese profusa

Vômitos incoercíveis

Sialorréia

Agitação psicomotora

Bradicardia

Insuficiência cardíaca

Edema agudo pulmão

Choque

Convulsões

Coma

CASO GRAVE

LOCAL DA PICADA

Extremidade de

quirodáctilo ou

pododáctilo?

SIM

LOCAL DA PICADA

Extremidade de

quirodáctilo ou

pododáctilo?

NÃO

▪ 6 ampolas de soro antiescorpiônico IV

▪ Infiltração local com lidocaína sem vasoconstrictor¹

▪ Dipirona IV e compressa de gelo no local

▪ Internação do paciente para tratamento de

complicações

▪ Monitorar sinais vitais (TA, FC, FR e Temperatura)

▪ 6 ampolas de soro antiescorpiônico IV

▪ Anti-inflamatório não hormonal e analgésico

(diclofenaco de sódio) IM em região glútea

▪ Anti-histamínico (prometazina) IM²

▪ Aplicar pomada de lidocaína

▪ Dipirona IV e compressa de gelo no local

▪ Internação do paciente para tratamento de

complicações

▪ Monitorar sinais vitais (TA, FC, FR e Temperatura)

EXAMES COMPLEMENTARES NAS FORMAS MODERADAS E GRAVES:

Hemograma = leucocitose com neutrofilia

Glicemia = hiperglicemia

Na = hiponatremia

K = hipopotassemia

ECG = arritmias

RX tórax = aumento de área cardíaca e edema agudo pulmão

COMO PRESCREVER DIPIRONA Para adultos: 500 mg/dose Casos leves Dipirona gotas 500 mg/ml Nº Gotas = 20 gotas a cada 6h se dor Lembrar que 1 ml = 20 gotas = 500 mg Preferir gotas pois efeito analgésico mais rápido que o comprimido Casos moderados ou graves Dipirona injetável 500 mg/ml (máx. 1 ml) Fazer 1 ml + 18 ml de ABD a cada 6 horas se dor Para crianças: 10 a 15 mg/kg/dose Casos leves Dipirona gotas 500 mg/ml Nº Gotas = 0,6 x Peso (máx. 20 gotas) a cada 6h se dor Dipirona solução oral 50 mg/ml Solução oral = 0,3 x Peso (máx. 10 ml) a cada 6h se dor Casos moderados ou graves Dipirona injetável 500 mg/ml Volume em ml = 0,03 x Peso (máx. 1 ml) Fazer o volume calculado diluído em 18 ml de ABD a cada 6h se dor Em casos de alergia a Dipirona optar por Paracetamol ou Ibuprofeno