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5ª. AULA DISCIPLINA TEORIAS DA COMUNICAÇÃO

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5. AULADISCIPLINA TEORIAS DACOMUNICAO

A ESCOLA DE FRANKFURTColetivo de pensadores e cientistas sociais alemes formado, sobretudo, por Theodor Adorno, Max Horkheimer, Erich Fromm, Herbert Marcuse

Adoro e Horkheimer criadores do conceito de Indstria Cultural fundamental para os estudos culturais e as anlises de mdia

Walter Benjamin e Siegfried Kracauer periferia do grupo

Criadores da pesquisa crtica em comunicao

Jurgen Habermas segunda gerao: estudos sobre a esfera pblica; tentativa de criar uma teoria geral da ao comunicativa.

A ESCOLA DE FRANKFURTFrankfurtianos se opuseram prtica de pesquisa orientada para servir aos interesses do poder estatal e das empresas de comunicao.

Preocupao central no era melhorar o conhecimento dos processos dos meios, facilitando seu uso e explorao.

Desejavam problematizar a sua existncia e seu significado do ponto de vista crtico e utpico.

Reflexo sobre o carter regressivo da indstria cultural, levando em considerao seu potencial criativo e inovador.

A ESCOLA DE FRANKFURTPIONEIROS:

Nenhum pertenceu originariamente ao campo da comunicao

Pensadores independentes interesses por diversos campos do saber

Projeto filosfico e poltico de elaborar uma ampla teoria crtica da sociedade

Desde os processos civilizadores modernos e o destino do ser humano na era da tcnica at a poltica, a arte, a msica, a literatura e a vida cotidiana

A ESCOLA DE FRANKFURTPIONEIROS:

De forma original descobriram a crescente importncia dos fenmenos de mdia e da cultura de mercado na formao do modo de vida contemporneo.

Negaram o princpio de que os fenmenos de comunicao constituem objeto de cincia especializada ou podem ser estudados de maneira independente.

As comunicaes s adquirem sentido em relao ao todo social so mediaes e precisam ser estudadas luz do processo histrico global da sociedade

A ESCOLA DE FRANKFURTPartiram das teses de Marx, Freud e Nietzsche pensadores que provocaram uma profunda mudana em nossa maneira de ver o homem, a cultura e a sociedade Tarefa de recriar suas ideias para esclarecer as novas realidades surgidas com o desenvolvimento do capitalismo no sculo XX

A ESCOLA DE FRANKFURTDialtica do Iluminismo e Indstria CulturalHorkheimer e Adorno Conceito de Indstria Cultural Obra Principal: Dialtica do Iluminismo (Dialtica do Esclarecimento)

1944 2. Guerra Mundial

Fracasso da revoluo social - fim da figura do Estado Liberal

Barbrie Nazista

Socialismo marcado pelo despotismo burocrtico

Exlio nos Estados Unidos percepo de tendncias totalitrias nos regimes formalmente democrticos

A ESCOLA DE FRANKFURTDialtica do Iluminismo e Indstria Cultural

Constatao de que nas sociedades capitalistas avanadas a populao mobilizada a se engajar nas tarefas necessrias manuteno do sistema econmico e social atravs do consumo esttico massificado, articulado pela indstria cultural.

Explorao mercantil da cultura e dos processos de formao da conscincia.

Contedo libertador se v freado as comunicaes esto acorrentadas ordem social dominante.

A ESCOLA DE FRANKFURTDialtica do Iluminismo e Indstria Cultural

Modernidade - ideia de que no apenas somos seres livres e distintos como podemos construir uma sociedade capaz de permitir a todos uma vida justa e realizao individual projeto coletivo cujo sentido original era libertar o homem das autoridades mticas e das opresses sociais ao postular sua capacidade de autodeterminao.

Projeto era portador de contradies internas - vrios problemas que esto na base de muitos conflitos polticos, crises econmicas, angstias coletivas e sofrimentos existenciais .

A ESCOLA DE FRANKFURTDialtica do Iluminismo e Indstria Cultural

Progresso econmico, cientfico e tecnolgico no pode ser separado da criao de novas sujeies e sries de patologias culturais que vitimizam amplas camadas da sociedade.

A ESCOLA DE FRANKFURTO aumento da produtividade econmica, que por um lado produz as condies para um mundo mais justo, confere por outro lado ao aparelho tcnico e aos grupos sociais que o controlam uma superioridade imensa sobre o resto da populao. O individuo se v completamente anulado em fase dos poderes econmicos. Ao mesmo tempo, estes elevam o poder da sociedade sobre a natureza a um nvel jamais imaginado. Desaparecendo diante do aparelho a que serve o individuo se v, ao mesmo tempo, melhor do que nunca provido por ele...

A ESCOLA DE FRANKFURT... Numa situao injusta, a impotncia a dirigibilidade da massa aumentam com a quantidade de bens a ela destinados. A elevao do padro de vida das classes inferiores, materialmente considervel e socialmente lastimvel, reflete-se na difuso hipcrita do esprito.

... A enxurrada de informaes precisas e diverses asspticas desperta e idiotiza as pessoas ao mesmo tempo.

Adorno e Horkheimer (1947)

A ESCOLA DE FRANKFURTA obra de arte na era da tcnica

Autores: Kracauer e Benjamin

Progresso tcnico apresenta uma capacidade de revolucionar a arte.

Repdio pela ideia de cultura burguesa e simpatia pelas novas formas de arte tecnolgica.

As condies essenciais da mquina e do novo modo de vida urbano estavam criando uma esttica em que se revelam um novo tempo e um novo horizonte cultural para a humanidade.

A ESCOLA DE FRANKFURTA obra de arte na era da tcnica

Experincias soviticas feitas com o cinema, rdio e artes grficas tecnologias de comunicao em surgimento estavam promovendo uma transformao no modo de produo e consumo da arte.

A ESCOLA DE FRANKFURTA obra de arte na era da tcnica

Eisenstein revoluo na montagemEx.: O encouraado Potemkin:

https://www.youtube.com/watch?v=Ps-v-kZzfec

A ESCOLA DE FRANKFURTA obra de arte na era da tcnica

Tarkovsky cinema e poesiaSugesto: Livro Esculpir o Tempo

Ex.: O Espelho:

https://www.youtube.com/watch?v=TlRN1bvVd28

https://www.youtube.com/watch?v=dweiGyjxhHs

A ESCOLA DE FRANKFURTA obra de arte na era da tcnica

Os privilgios culturais usufrudos durante muito tempo pela burguesia estavam em vias de ser derrubados, bastando apenas que as massas tomassem o controle dos meios de produo.

O Capitalismo criara sem querer as condies para uma democratizao da cultura, ao tornar os bens culturais objeto de produo industrial.

A socializao dos meios de consumo estava virtualmente completada com a distribuio em massa de discos, filmes e impressos.

A ESCOLA DE FRANKFURTA obra de arte na era da tcnica

Experincias estticas em circulao eram pobres, devido explorao desses meios pelo capital.

Porm, as massas poderiam ir mais longe em seu processo de conscientizao e, ao fazer uma revoluo, poderiam passar a dirigir os meios de produo desses bens de acordo com sua vontade e seu projeto de sociedade.

A ESCOLA DE FRANKFURTWilliam Bonner corrigido ao vivo:

https://www.youtube.com/watch?v=Z63YMbCZnkU

A ESCOLA DE FRANKFURTWalter Benjamin: A obra de arte na era de suas tcnicas de reproduo

Reproduo vai ao encontro do espectador circulao/atualizao do objeto reproduzido.

Ponto de partida para outras produes (textos, imagens, etc)

Nova materialidade manipulvel - existncia serial

A ESCOLA DE FRANKFURTWalter Benjamin: A obra de arte na era de suas tcnicas de reproduo

Dissoluo da aura que cercava a velha obra de arte

Obras de arte possuam uma dimenso de culto em virtude de seu carter nico e artesanal

A representao teatral, o recital, a pintura ou a escultura geravam mitologias porque estavam fora do alcance das massas.

A ESCOLA DE FRANKFURTWalter Benjamin: A obra de arte na era de suas tcnicas de reproduo

As tecnologias modernas promovem uma desmistificao dessas noes, que apenas serviam para legitimar as reivindicaes de mando da burguesia.

Reproduzindo em srie a msica, a pintura e a palavra, para no falar das novas artes visuais, elas tornam essas expresses cotidianas.

Relacionamento entre a arte e o sistema industrial.

A ESCOLA DE FRANKFURT

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A ESCOLA DE FRANKFURTCrtica de Adorno a essa viso segundo o autor, a pretendida democratizao da cultura promovida pelos meios de comunicao motivo de embuste, porque esse processo tende a ser contido pela sua explorao com finalidades capitalsticas.

ATUALIZAO DA DISCUSSO COMO ISSO SE D HOJE?

A ESCOLA DE FRANKFURTA cultura como mercadoria

Indstria Cultural converso da cultura em mercadoria, processo de subordinao da conscincia racionalidade capitalista primeiras dcadas do sculo XX.

A televiso, a imprensa, os computadores em si mesmos no so a indstria cultural

Indstria Cultural sobretudo um certo uso dessas tecnologias prtica social atravs da qual a produo cultural e intelectual passa a ser orientada em funo de sua possibilidade de consumo no mercado.

A ESCOLA DE FRANKFURTA cultura como mercadoria

Colonizao pela publicidade padres de gosto mediao esttica filtro da mdia sistema

Raciocnio central: identidade construda atravs do consumo, ou seja, dos bens que podemos comprar e dos modelos de conduta veiculados pelos meios de comunicao.

Princpio de consumo esttico massificado

A ESCOLA DE FRANKFURTHabermas

Sim, a cultura de massa recebe o seu duvidoso nome exatamente por conformar-se s necessidades de distrao e diverso de grupos de consumidores com um nvel de formao relativamente baixo, ao invs de, inversamente, formar o pblico mais amplo numa cultura intacta em sua substncia.

A ESCOLA DE FRANKFURTA religio, a famlia e a escola, esto perdendo sua influncia socializadora para as empresas de comunicao.

Cultura de mercado modo de vida nivelado pelo valor de troca das pessoas e dos bens de consumo.

Conhecimento, literatura, arte e seres humanos se tornam produtos de consumo descartveis

Predomnio dos critrios econmicos

A ESCOLA DE FRANKFURTA colonizao da esfera pblica

Frankfurtianos da primeira gerao ocuparam-se sobretudo com os fatores econmicos de formao e o significado sociolgico da indstria cultural.

Percepo de que a cultura de mercado representa uma forma de controle social Habermas segunda gerao

Crise da vida politica crescente apatia ou desinteresse da populao na ao poltica associada destruio da cultura como processo de formao libertador.

A ESCOLA DE FRANKFURTA colonizao da esfera pblica

(Habermas) Mudana estrutural da esfera pblica uma parcela importante das conquistas e liberdades que desfrutamos hoje se deveu formao de uma esfera pblica, em que sujeitos em princpio livres se renem para discutir e deliberar sobre seus interesses comuns.

A economia de mercado criou em seus primrdios um espao pblico sustentado pela circulao de mdia impressa que permitiu burguesia desenvolver uma conscincia crtica em relao s autoridades tradicionais, encarnadas no Estado e na Igreja.

A ESCOLA DE FRANKFURTA colonizao da esfera pblica

Entretanto, a expanso do aparelho de estado e do poder econmico ocorrida no ltimo sculo rompeu com o frgil equilbrio em que se sustentava essa forma de sociabilidade, transformando o papel da mdia ao mesmo tempo que sua base tecnolgica.

Esfera pblica passou a ser colonizada pelo consumismo promovido pelos interesses mercantis e pela propaganda manipuladora dos partidos polticos e dos estados ps-liberais, como no caso do nazifacismo e dos regimes democrticos de massas (Estados Unidos).

A ESCOLA DE FRANKFURTA colonizao da esfera pblica

O Contedo crtico que essa esfera em princpio possua viu-se forado a ceder terreno e a assistir o surgimento de novas realidades.

A figura do cidado foi eclipsada pelas do consumidor e do contribuinte.

A procura do consenso poltico pelo lvire uso da razo individual teve de retroceder perante o emprego da mdia a servio da razo de estado e a converso da atividade poltica em objeto de espetculo.

A ESCOLA DE FRANKFURTComunicao e Sociedade

Adorno: Ao mesmo tempo as comunicaes fornecem as informaes para esclarecimentos ideolgicos e proporcionam o entretenimento que compensa o crescente desencantamento da existncia.

O principal no est no contedo dos meios, mas no fato deles se constiturem como bens de consumo.

A preocupao com o que a televiso, o cinema, o rdio e a internet veicula deveria ser muito menor do que a preocupao com o fato de que as pessoas se sentem obrigadas a passar seu tempo livre em sua companhia.

A ESCOLA DE FRANKFURTComunicao e Sociedade

A programao transmitida, muitas vezes avaliada criticamente, bem menos importante do que suas funes de preencher um ambiente, matar o tempo ou entreter o indivduo com o equipamento.

A prtica da indstria cultural segue a linha da menor resistncia, no deseja mudar as pessoas: desenvolve-se com base nos mecanismos de oferta e procura, explorando necessidades e predisposies individuais que no so criadas por ela, mas, sim, pelo processo histrico global da sociedade capitalista.

A ESCOLA DE FRANKFURTComunicao e Sociedade

Os pensadores frankfurtiano criticaram a cultura de massa no porque ela popular mas, sim, porque boa parte dessa cultura conserva as marcas das violncias e da explorao a que as massas tm sido submetidas desde as origens da histria.

Linguagens, contedos, estmulos nivelamento por baixo

Reforo de desigualdades

Primarismo artstico, moral e intelectual raiz na forma como se organiza a sociedade