Elite do Cinema

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A REVISTA DO NET MAIO 2011 | TROPA DE ELITE 2 | LADY GAGA | BRASILEIRÃO | GAME OF THRONES | www.revistamonet.com.br Elite 2 Tropa de Os segredos do filme brasileiro de maior bilheteria de todos os tempos e como o Capitão Nascimento popularizou a imagem do BOPE para além das fronteiras do Rio de Janeiro e do Brasil EXCLUSIVO: Conheça o NOW , o serviço de Vídeo On-Demand da NET MARVEL A editora de gibis que virou um superpoderoso estúdio de cinema SÉRIES Game of Thrones e por que os épicos caros e grandiosos encontraram lugar na televisão 9 771678 499007 00098 MAIO 2011 I Nº 98 I R$ 10,90 LADY GAGA A estrela que abalou o pop fala de planos de dominação global e da sua má sorte no amor OS MELHORES DEZ DO FUTEBOL BRASILEIRO ZICO, FELIPÃO, KAKÁ, ENTRE DEZENAS DE BOLEIROS E JORNALISTAS ELEGEM OS CRAQUES QUE HONRARAM A MÍSTICA DA CAMISA DE PELÉ >>> E MAIS: COBERTURA COMPLETA DO BRASILEIRÃO 2011

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Os segredos do filme brasileiro de maior bilheteria de todos os tempos e como o Capitão Nascimento popularizou a imagem do BOPE além das fronteiras das favelas e do Brasil

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    A REVISTA DO NET

    Os segredos do filme brasileiro de maior bilheteria de todos os

    tempos e como o Capito Nascimento popularizou a imagem do

    BOPE para alm das fronteiras do Rio de Janeiro e do Brasil

    EXCLUSIVO: Conhea o NOW, o servio de Vdeo On-Demand da NET

    MARVEL

    A editora de gibis

    que virou um

    superpoderoso

    estdio de cinema

    SRIES

    Game of Thrones

    e por que os

    picos caros e

    grandiosos

    encontraram lugar

    na televiso

    9 771678 499007

    0 0 0 9 8

    MAIO 2011 I N 98 I R$ 10,90

    LADY GAGA

    A estrela que abalou

    o pop fala de planos

    de dominao

    global e da sua m

    sorte no amor

    OS MELHORES DEZ DO FUTEBOL BRASILEIRO

    ZICO, FELIPO, KAK, ENTRE DEZENAS DE BOLEIROS E JORNALISTAS

    ELEGEM OS CRAQUES QUE HONRARAM A MSTICA DA CAMISA DE PEL

    >>> E MAIS: COBERTURA COMPLETA DO BRASILEIRO 2011

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    PoucosfilmesentramnoseletogruPo

    dasobrasquetranscendemoentrete-

    nimentoesetornamfenmenoscultu-

    raisquereverberamnasociedade.alm

    de criar uma srie de exPresses que

    literalmente caramnabocadoPovo,

    os filmes com o Capito NasCimeNto

    chamaramaatenoParaoqueexiste

    elite

    doCiNema

    por dafne sampaio ilustrao sattuentrevistas de sarah mund e itaici brunetti perez

    PortrsdocaosdaseguranaPbli-

    ca no brasil, questesmuito alm do

    confronto entre mocinho e bandido.

    confira os bastidores de tropa de

    elite 2 o iNimigo agora outro, a

    maiorbilheteriadahistriadocinema

    nacional. vocnovai Pedir Parasair

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    Padilha, por exemplo. Em menos de dez anos transformou-se no di-retor mais quente do cinema brasileiro, ultrapassando os colegas Wal-ter Salles e Fernando meirelles. Ganhou o Urso de ouro no Festivalde Berlim pelo primeiro Tropa. Com a sequncia, quebrou um tabu demais de trs dcadas transformando-o no lme brasileiro mais visto detodos os tempos nos cinemas (mais de 11 milhes), e agora se preparapara dirigir um episdio da produo internacional Rio, Eu Te Amo, en-quanto no assina o contrato para a relmagem de RoboCop. mas o quefez um cineasta e produtor de documentrios de prestgio e de pblicorestrito conseguir tocar to fundo no imaginrio popular brasileiro?

    acho que em Tropa de Elite 1 e 2 aconteceu um fenmeno de sobre-posio, uma soma de dois efeitos: a emoo da dramaturgia dos lmesse somou s emoes que o pblico j sentia a respeito dos tracantes,dos policiais e dos polticos nele representados. Na minha opinio, foiisso que fez com que os lmes se tornassem populares, explica o dire-tor. Se o primeiro Tropa pegou a todos de surpresa com um relato crudo cotidiano de guerra urbana no Rio de Janeiro, e sob indito ponto devista do policial, Tropa 2 deixou claro que o conito nas favelas e o narco-

    UmDoS PaRTiCiPaNTES DaLTima EDioDoBig Brother Brasilmal colocou os ps na casa e j saiu batendo nopeito e gritando que era faca na caveira. No bar, um amigo falapara o outro: Voc um fanfarro!, repetidas vezes. De repen-te, passando por um ponto de txi, possvel ouvir um pede prasair ou ento se quer me f****, me beija. Coisas assim tmacontecido, em qualquer lugar do Brasil, desde 2007, ano da es-treia nos cinemas de Tropa de Elite, de Jos Padilha. Com a chega-da de Tropa de Elite 2 O Inimigo Agora Outro TV, pelo sistemaNoW (mais informaes na pgina 51), um ciclo se fecha. mas oBrasil nuncamais ser omesmo aps conhecer a face atormenta-da de RobertoNascimento, o CapitoNascimento.muitomenosas pessoas envolvidas na produo de ambos os lmes.

    PaRTiCiPaNTES DaLTima EDioDoPaRTiCiPaNTESUmDoS PaRTiCiPaNTESBrother Brasil na casa e j saiu bpcou ocoma

    gritando que era faca na caveira. No bar, umVoc um fanfarro!, repetidas

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    Ossosdurosderoer Cenas de Tropa de Elite 2, que vo desde a violentainvaso do BOPE a uma favela, passando pela relao difcil entre Nascimento eseu lho adolescente Rafael (Pedro Van-Held) e a luta deMatias (Andr Ramiro)contra as milcias. Acima, no momento recordar viver, cena do primeiro Tropade Elite, com o Capito Nascimento e seus amigos caveiras durante o treinamentode novatos. Na outra pgina, embaixo, o diretor Jos Padilha d orientaes a SeuJorge, que interpreta o bandido Beirada, e aparece no incio do lme

    trco so apenas plidos reexos de uma guerramuito maior por poder e dinheiro, envolvendo ocrime organizado, polticos e policiais corruptos(reunidos em milcias). E isso acontece conformeo espectador acompanha Nascimento saindo dasruas para ganhar os gabinetes na funo de Subse-cretrio de inteligncia da Secretaria Estadual deSegurana Pblica do Rio de Janeiro.Essa percepo mais aguada sobre a realidade

    brasileira tambm pegou o ator andr Ramiro, ou-tro membro da equipe, que teve sua vida mudadaemmuito pouco tempo. Rapper e ex-porteiro de ci-nema, Ramiro teve sua primeira experincia comoator ao interpretar matias, que volta no segundolme, cada vez mais parecido com o Capito Nas-cimento do primeiro Tropa, mas sem a mesma ex-perincia. minha vida mudou no sentido de queagora realmente tiro o meu sustento daquilo queeu sempre quis viver: da arte. Poder respirar, fazer,estudar arte e ter a oportunidade de conhecer coi-sas que eu no conhecia, diz Ramiro, cujo discode estreia, Crnicas de um Rimador, sai este ano etraz participaes de medalhes da msica brasi-leira, como Gabriel o Pensador e Dudu Nobre.mas houve outras reviravoltas na vida do artista.

    o que mudou na verdade foi a minha viso do serhumano por debaixo da farda. No exatamente ainstituio. Temuma frase em ingls que achomui-to bacana, acho pertinente para esse momento, que Dont hate the players. Hate the game. Eu no odeioos jogadores, s no concordo com o jogo. E aindareetindo a experincia dos dois lmes, completaque na maneira em que me envolvi com esse pro-jeto ca difcil no perceber que na verdade irmoest matando irmo. o policial que no bemremunerado, o tracante que nem sempre est navida que escolheu.ou seja, quem a vtima?opoli-cial to vtima quanto o tracante e vice-versa.

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    aulo storani outro persona-gem importante nessa saga erepresenta o lado fardado da his-tria. Ex-integrante do BoPE, ocarioca foi responsvel pelos trei-namentos dos atores e chegou ater o nariz quebrado por Wagnermoura durante os ensaios do pri-

    meiro Tropa. Tambm vieram dele algumas dasgrias mais conhecidas dos lmes. Daqui a dezanos, pesquisadores iro mostrar o que o lme re-presentou para o esclarecimento emobilizao daspessoas em torno da segurana pblica. a cortinacaiu. Nenhum carioca poder dizer que no sabiado que ocorreu e que ocorre no Rio, e que no diferente de qualquer lugar do Brasil.

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    orgulhoso de sua participao e do resultadocinematogrco, Storani fez questo de frisardurante a entrevista os princpios que nortearamo treinamento de seus pupilos: mudana cons-tante de cenrio, adaptao e superao. Sabiaque Tropa suscitaria discusses profundas, prin-cipalmente por concorrerem contra um histricode lmes nacionais que, quando tratam de temasrelacionados com a segurana pblica, contam averso de bandidos que passam a heris, despos-sudos que no tmoutra opo seno roubar, tra-car e matar. os dois Tropa de Elite foram is realidade e imparciais, mostrando de uma formaindita os dramas que envolvem as pessoas quetrabalham na segurana pblica, pessoas hon-radas e desonradas, mas acima de tudo o BoPEsaiu fortalecido. os heris saram do anonimatoe passaram a ter seu trabalho reconhecido, almde o batalho ter sido humanizado.

    tudomaisoumenos

    verdade Ao lado, otreinamento real feitopelo BOPE para uma

    invaso de um barco comrefns. Abaixo, um registro

    da histrica invaso doComplexo do Alemo emdezembro de 2010, comos caveiras liderando a

    ao (e o temvel Caveiroao fundo). Mais abaixo,

    Paulo Storani, ex-BOPE eo homem responsvel portreinar realisticamente o

    atorWagnerMoura e todoo resto do elenco dos dois

    Tropa de Elite

    S que existe uma armadilha a nessa atual re-lao de boa vizinhana entre policiais e civis,e quem aponta Luiz Eduardo Soares, escritor,cientista social e ex-Secretrio de Segurana P-blica do Rio de Janeiro. Se o BoPE persistir poruma unidade violenta, tentando surfar na ondado primeiro lme, vai pagar um preo altssimotambm pela sua prpria imagem, porque coumuito claro no segundo lme que a violnciapolicial no uma soluo, e sim parte de umproblema. Coautor de Elite da Tropa (objeti-va) e Elite da Tropa 2 (Nova Fronteira), os livrosque serviram de pontap inicial para os roteiros,Soares aproveita para uma descrio muito aa-da do Capito Nascimento, personagem ccio-nal prximo de tantas pessoas de carne e osso.

    daQuiadeZaNos,

    pesQuisadores iro

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    pBliCa

    Paulo Storani

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    e para mostrar a relao direta que existe entre acorrupo na poltica e os problemas da seguranapblica que abordei nos lmes anteriores, contaPadilha, que, entre um Tropa e outro, dirigiu doisdocumentrios, Garapa (sobre a fome no Nordes-te) e Segredos da Tribo (que trata da relao coni-tuosa entre antroplogos e os ndios ianommi).

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    as ser que todo esse fuzuao redor dos lmes foi almdas piadinhas de bar? Serque o Capito Nascimentoinspirou uma nova geraode guardies da lei? Rodri-go, 29 anos, soldado da Pol-cia militar do Estado de So

    Paulo h cinco anos, acha que no: amaioria daspessoas ainda entra na polcia pela diculdade deencontrar emprego, o que, fez questo de frisar,no foi seu caso, pois sempre desejou ser policial.J Thiago marques Guilherme, 23 anos, est estu-dando para o concurso da polcia civil e disse queassistir aos lmes lhe deu mais vontade de entrarpara tentar fazer alguma coisa, mas no que eu vser um Capito Nascimento, n?os lmes retrataram a corporao elmente?

    ambos acreditam que sim. Tenho um amigopolicial que me contou que na polcia tem muitacoisa mostrada no lme que realmente acontece. uma questo de se mostrar e no omitir, dizThiago, enquanto Rodrigo vai um pouco maisfundo ao armar que os lmes so um tapa nacara de muito ocial, de muito poltico e muito

    os iNimigosdeHollYWood

    Assim como Tropa de Elite 2, eles colocaram as superprodues norte-americanas para correr nas bilheterias de seus pases de origem

    osegredodosseusolHos

    O filme de Juan Jos Campanella

    encantou no s os 2,5 milhes de

    argentinos que foram ao cinema. E

    o filme nacional de maior sucesso de

    bilheteria no pas nos ltimos 35 anos

    ainda ganhou o Oscar na categoria de

    melhor filme estrangeiro em 2010 e

    elogios por onde foi exibido.

    ariVieraNoaQui

    Com cerca de 20 milhes de espec-

    tadores apenas na Frana, a comdia

    que mostra um carteiro que acaba

    em uma cidadezinha do interior do

    pas ao tentar ser transferido para a

    Riviera j tem planos de adaptao

    em lngua inglesa pelas mos da

    produtora de Will Smith.

    trs idiotas

    Essa produo, tpica de Bollywood

    (com direito aos inevitveis nmeros

    musicais), quebrou recordes dentro

    e fora da ndia. Depois de arrecadar

    25 milhes de dlares em seu pas,

    ainda levou para casa 16 prmios do

    International Indian Film Academy

    Awards 2010, o Oscar indiano.

    rudoYCursi

    Uma boa explicao para o sucesso

    do longa que levou 3 milhes de me-

    xicanos aos cinemas a reunio de

    duas das maiores estrelas nacionais:

    Diego Luna e Gael Garcia Bernal. Na

    comdia eles vivem dois irmos que

    saem do interior do pas para se tor-

    nar astros do futebol.

    a inteno era apresentar ali um anti-heri, uma pessoa atormentada,capaz de tortura, assassinato, desesperada e sem rumo, que acabavacontribuindo para a reproduo do ciclo da violncia, mesmo sendoum homem com muitos valores positivos, muitas virtudes tambm, asimplicidade, a vontade de acertar, o compromisso de cumprir um pa-pel positivo na sua rea de atuao. Portanto, quem o viu como moci-nho, uma resposta armada para as mazelas sociais brasileiras, precisaurgentemente rever seu conceito de herosmo.Emmeio a esse fogo cruzado, Padilha tambm foi muitas vezes vtima,

    mas as acusaes de gloricar um personagem violento e controversoj foram superadas. No z o lme para responder crtica, z o lmepara completar a exposio que iniciei em nibus 174 e Tropa de Elite,

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    governante aqui do Brasil. Sei que o lme se passa no Rio de Janeiro,mas serve para a realidade de qualquer polcia do Brasil. infelizmente,no teve a repercusso que deveria ter tido para poder acontecer al-guma mudana. Tem muita coisa envolvida nisso, at dinheiro. achoque, por exemplo, parte da polcia de So Paulo vive muito sombra daditadura, assim como alguns governantes e polticos.

    o

    utro personagem real e importantssimo paraTropa de Elite 2 justamente um poltico. Em seusegundo mandato, o deputado estadual marceloFreixo serviu como base para o roteirista Bruliomantovani criar Diogo Fraga (irandhir Santos),um professor de Histria que abraa a carreira par-lamentar aps trabalhar em uma oNG cujo temaprincipal a defesa dos direitos humanos. Na vida

    real, Freixo foi presidente da crucial CPi das milcias, que, em 2008,jogou no colo dos cariocas/brasileiros o envolvimento de alguns de seuscolegas de assembleia Legislativa em assassinatos, extorses e outrastantas infraes do Cdigo Penal.F dos lmes, e sem nenhum envolvimento com as produes, Frei-

    xo viu sua luta (e a de muitos outros e outras) ganhar altas injees deadrenalina na segunda parte da jornada de Roberto Nascimento. E gostou,confessa. o Tropa 2 d mais complexidade ao assunto de segurana, elemostra com mais clareza esse problema de que o crime organizado noest nos lugares pobres, nem no Rio e nem em nenhum lugar do mundo.

    Ele consegue demonstrar que essa criminalidade movida por meio de interesses polticos, ou seja,existe umapolcia corrupta porque a gente temumapoltica corrupta, uma elite poltica corrupta que sealimenta dessa relao violenta com a periferia doslugares pobres porque tem uma relao direta comesses criminosos.Claro que no seria um lme (ou dois) que muda-

    ria esse amontoado de desigualdades, impunidadese desmandos. E nem adianta pensar em um terceirolonga comNascimento partindo para Braslia de Ca-veiro. Luiz Eduardo Soares pode explicar melhor:assunto [para um terceiro lme] no falta. mas atonde sei, como amigo e colega de trabalho, o JosPadilha no considera essa hiptese. o mesmo queouo doWagner [Moura], que diz que o trabalho quetinha que ser feito j foi feito.Daminha parte j estoucompletamente convencido de que no faz sentidoproduzirumaterceiraunidadedessa srie,poishumriscomuito grande da repetio e, tanto na literaturaquanto no cinema, temosmuitomedo do clich.Sobre Wagner moura assinamos embaixo. Na

    tentativa de entrevist-lo, recebemos a seguinteresposta de seu assessor: o Wagner est numoutro momento agora! Quem caveira, sabe.

    InspiraesNo alto, Luiz EduardoSoares, escritor, ex-Secretrio deSegurana Pblica do Rio de Janeiro,coautor dos livros Elite da Tropa 1 e2, e uma das pessoas que inspirarama criao do Capito Nascimento;ao lado, Marcelo Freixo, deputadoestadual que serviu de base para acriao, em Tropa de Elite 2, dopersonagemDiogo Fraga. Ambos jforam ameaados de morte inmerasvezes pelas temidas milcias

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