Curso Emergencia Clinicas - Disturbio Na e k 2015 Med Cel

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  • 8/16/2019 Curso Emergencia Clinicas - Disturbio Na e k 2015 Med Cel

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    Graduação em Medicina pela Faculdade de

    Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo

    Residência de Clínica e Medicina Intensiva no

    Hospital das Clínicas da FMUSP

    Especialis ta em Clínica Médica / Medicina

    Intensiva / Medicina de Urgência

    Dr. José Paulo Ladeira

    Distúrbios

    Hidroeletrolíticos

    Dr. José Paulo Ladeira

    Sódio

    Água Corporal Total (ACT) 

     –  0,6 x Peso (homens) 

     –  0,5 x Peso (mulheres)

    Volume Líquido Intracelular (VLIC) : 2/3 ACT

    Volume Líquido Extracelular (VLEC): 1/3 ACT

     

     –  VLE Intersticial: 3 / 4 

     –  VLE circ ulante (volemia): 1 / 4

    Osmolalid ade calculada (normal 280-295 mEq/L) 

     –  Osm = (2 x Na) + (Glic /18) + (Uréia/ 2,8)

    Gap Osmolar = Osmol. medida – Osmol. calculada 

    Mulher, 60 Kg ACT = 30 L

    VLEC = 20 LVLIC = 15 LVolemia = 5 L

     

    Sódio

    É o princ ipal determinante do VLEC (osmolali dade) 

     –  Edema: sobrecargade volume no VLEC

     

     –  Interstícioseco: depleçãodo VLEC

    Extra-cel ular (1/3 ACT) Int ra-celul ar (2/3 ACT)

    Na 135-145 mEq /L

    K 3,5-5,0 mEq/L

    Cl 95 – 105 mEq/L

    HCO 22 – 26 mEq/L

    Glicose 90 - 120 mg/dl

    Ca 8,5 – 10,0m g/dl

    Mg 1,4 – 2,1 mEq/L

    Uréia 10- 20 mg/d l

    Na 10-20 mEq/L

    K 130 – 140 mEq/L

    Mg 20 – 30 mEq/L

    Uréia 10 – 20 mg/dl

    Sódio

    Distúrbios de Sódio

    Na? / Água ? / Misto?

    Mecanismos Renais de Regulação do VLEC

    ↑ VLEC → ↑ Excreção de Na

    ↓ VLEC → ↓ Excreção de Na

    Renina-angiotensina-aldosterona (mácula densa) 

     –  Absorção de sódio na alça distal (aldosterona)

    Fatores natriuréticos atriais / ventricul ares 

     –  Excreção de sódio

    Baroceptores carotídeos/aórticos 

     –  Tônus simpático renal → absorção de Na

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    Distúrbios de Sódio

    Concentração de Na ≠ Quantidade de Na corporal t otal

     

     –  Implicaem anormalidades narelação entreNae água

    Osmolalidade: quantidade de osmóis na solução

    Tonici dade: força geradora de movimento de água livre

    Principal determinante de tonicidade plasmática: Na 

     –  ↑ tonicidade= ↑ Nano LEC

    Hipertonicidade 

     –  ↑ HAD/ sede

    Distúrbios de Sódio

    Mecanismos de Regulação da Água (tonicidade)

    Sede / disponibilidade de água (ingesta)

      –

      Hipertonic idade do VLEC → sede

     

     –  Angiotensina II / ↓ VLEC → sede

    Controle renal da água (perdas) 

     –  TFG adequada

     

     –  Mecanismos de concentração/dil uição tubulares renais  

     –  Chegada de água ao nefron distal  

     –  Controle adequado da produção de ADH 

     –  Resposta renal adequada ao ADH

    Distúrbios de Sódio

    Mecanismos de Regulação da Água (tonicidade)

    TFG 

     – TFG < 20% → difíc il manipular água

    Chegada de água ao néfron distal  

     – Reabsorção exagerada de água nas alças de Henle

    Depleção de volume (vômitos / desid ratação)

    Estados edematosos (ICC / Cirrose / Sd. Nefrótica)

    Distúrbios de Sódio

    Regulação da Água (tonicidade)

    Controle adequado da produção de ADH / resposta renal  

     –  Osmorreceptores em hipotálamo

     

     –  ADH ↑ permeabilid ade tubular r enal → rebsorç ão de água pela medula

     

     –  Osmolalidade uri nária – 50 – 1200 mOsm/L

     

     –  Outros mecanismos não osmóticos de liberação de ADH

    Hipovolemia (mesmo com Na normal ou baixo)

    Vômitos

    Opióides

    Doenças / dr ogas: aumento da li beração / aumento da ação renal

    Sínd. de Secreção Inapropriada de ADH: hiponatremia / retenção de água

    Diabetes Insipidus (central / nefrogênico): hipernatremia / perda de água

    Distúrbios de Sódio

    Mecanismos de Regulação da Água (tonicidade)

    Diuréticos tiazídicos / de alça

     

     –  ↓ reabsorção de Na → ↓ VLEC

     

     – Diurético de alça (alça ascendente)

    bloqueio de30%nareabsorçãodo Na

    Perdaproporci onal deNa / água 

     –  Tiazídico (túbulo distal)

    bloqueio de10% na reabsorção do Na

    Perdadesproporcional deNa/água (Na> água)

    Maior risco de hiponatremia

    Contra-indicadona hiponatremia

    Distúrbios de Sódio

    Resumo

    Distúrbios do VLEC 

     –  Problemasna regulaçãodo sódio

     

     –  ↑ VLEC: Nacorporal totalaumentado

     

     –  ↓ VLEC: Nacorporal total diminuído

    Distúrbios na concentração do Na 

     –  Problemasna regulaçãoda água

     

     –  Hipernatremia: ↓ água 

     –  Hiponatremia:↑ água

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    Distúrbios Mistos de Sódio

    Distúrbio Processo implicado Problema Exemplo

    Na ↓/ VLEC nl Excesso de água

    Controle

    inadequado da água

    SSIHAD

    Na ↑ / VLEC nl Falta de água

    Controle

    inadequado da água

    Diabetes insípidus

    Perdas insensíveis

    Na nl / VLEC ↑ Na corporal total ↑

    Controle

    inadequado do Na

    ICC / Cirrose

    Sd nefrótica / IRC

    Na nl / VLEC ↓ Na corporal total ↓

    Controle

    inadequado do Na

    Vômito / diarréia

    Diurético de alça

    Na ↓/ VLEC ↑

    Na corporal total ↑

    Excesso de água

    Controle

    inadequado da água

    / Na

    ICC / Cirrose

    Sd. nefrótica / IRC

    Na ↓/ VLEC↓

    Na corporal total ↓

    Falta de água

    Controle

    inadequado da água

    / Na

    Vômitos

    Tiazídicos

    Na ↑ / VLEC ↑

    Na corporal total ↑

    Falta relativa de água

    Controle

    inadequado da água

    / Na

    Iatrogênico

    Sol. hipertônica

    Na ↑ / VLEC ↓

    Na corporal total ↓

    Controle

    inadequado da água

    Diurese osmótica

    Casos Clínicos

    ♂, 50 anos, Na=120mEq/L

      –

      Qual o mecanismo de homeostaseprejudicado?

     

     –  Qualo estado do Na corporal total? 

     –  Qual o mecanismo de hom eostase prejudicado? 

     – REGULAÇÃO DA ÁGUA (EXCREÇÃO) 

     –  Qual o estado do Na corporal total? 

     – Não sei

     –  A concentração do Na NÃO DIZ NADA sobre o Na total 

     –  Qual a condição do VLEC do paciente (Na corporal total)?

    Qual a condição do VLEC do

    paciente? 

    • ↑ VLEC (sobrecarga de volume)

    - Distensão jugular /cong estãop ulmonar / B3

    - Ascite / derrame pleural / edema 

    • 

    ↓ VLEC (depleção de volume)

     

     – Turgor cutâneo reduzido / mucosas secas

     

     – Hipotensão ortostática

     

     – Taquicardia orto stática

    Casos Clínicos

    Mulher, 60 anos, Na=140mEq/L, edema MMII e asci te 

     –  Qual o mecanismo de hom eostase prejudicado? 

     –  Qual o estado do Na corporal total?  

     –  Qual o mecanismo de hom eostase prejudicado?

     

     – REGULAÇÃO DO SÓDIO (EXCREÇÃO) 

     –  Qual o estado do Na corporal total? 

     –  Aumentado (VLEC ↑) 

    Mulher de 70 anos, deu entrada no PS com estado confusionalagudo.

    Familiares negam quaisquer doenças ou uso de medicamentos. Referem

    que a doente estava bem até ontem, comendo, bebendo, conversando e

    brincando ativamente com os bisnetos. Peso 86Kg.

    PA=70x40 mmHg P=128 bpm. Desidratada 4+/4+, afebril.

    Glasgow: MRM = 5, MRV= 2, AO = 2 Dextro= 108 mg/dL

    Feito volume, colhido exames e colocada uma SVD (mínima quantidade

    de urina)

    Na+ = 177 mEq/L K+ = 5,3 mEq/L

    Uréia = 226 mg/dL Cr = 1,5 mg/dL. 

    Casos Clínicos

    Hipernatremia - Causas

    Aumento do aporte: sal, solução hipertônica.

    Normovolêmica (Défici t de água) 

     –  Osm.Urinária< 700 => diabetesinsipidus.

     

     –  Osm. Urinária > 700 => diminuição do aporte, perda insensível por

    hipertermia/ hiperventilação.

    Hipovolêmica (Perda de flúi do hipotôni co) 

     –  Perdarenal: diurético,diureseosmótica,Addisson.

     

     –  outras: diarréia,SNG,sudo rese,queimaduras, vômitos.

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    Hipernatremia - QC

    Depende do grau e da velocidade de instalação do

    quadro

    Geralmente Na > 150 mEq/L.

    Sempre confi rmar exame laboratorial.

    Mortalidadede até 60% (depende da causa).

     

     –  Pior nade rápidainstalação=>lesão deSNC.

    Geral: náuseas, vômitos, fraqueza muscular e

    miofasciculações.

    Neuro: agitação -> confusão -> letargia -> estupor ->

    convulsões -> coma.

    Causa: aumento de solutos intr a-celulares.

    Hipernatremia - QC

    Hipernatremia - Tratamento

    Tratar a causa e a hipertonicidade. 

     – Instalação rápida ( corrigir 1 mEq/L/h 

     – Instalação lenta (>48h)=> corrigi r até 10 mEq/24 h 

     – Usar água VO ou líquidos h ipotônicos EV. 

     – Usar SF somente se hipotensão ou choque.

    Fórmula:

    Variação do Na = [Na

    nf

    - Na ] / [ACT+1]

    ACT = água corpórea total.

      – Criança e adulto H: peso x 0,6. 

     – Adulto M e idoso H: peso x 0,5. 

     – Idoso M: peso x 0,45.

    Hipernatremia - Tratamento

    ♂, 70 anos, 86Kg, Na=177mEq/L:

     

    Na = [Na

    nf

    - Na ] / [ACT+1]

    ACT= 86 x 0,45 = 39

    Sol. Reposição NaCl 0,45%= 77 mEq/L

    Redução segur a do Na = 0,5mEq/h = 12mEq/24h

     

    Na com 1L de NaCl 0,45% = [77 – 177]/ 39 + 1 

    Na com 1L de NaCl 0,45% = -100/40 = - 2,5 mEq

    12mEq/L / 2,5 = 4 L de NaCl 0,45% 

     ACT = água corpórea total

    Criança e adulto H: peso x 0,6.

     Adulto M e idoso H: p eso x 0,5.

    Idoso M: peso x 0,45 

    Hipernatremia - Tratamento

    Diabetes Insipidus Central

    Deficiência de vasopressina por lesão de

    hipotálamo acima da cela túrcica

    Traumaou Neurocirurgia

    Transitório => resolução em dias.

    Permanente: 

     – Trif ásico: i nício com défi cit de ADH (2-4 dias) -> fase de

    secreção do ADH residual (5-7 dias) -> déficit

    permanente.

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    Diabetes Insipidus Central

    QC: hipernatremia / poliúria com osmolalidade

    urinária < 250 mOsm/kg.

    Tratamento: 

     – Desmopressina 5-20 mcg intr a-nasal.

    DI Nefrogênico: 

     – Causas: lítio, anfotericina B, mieloma, anemia

    falciforme,pós NTA ou pós obstrução urinária. 

     – Diagnóstico: ausência de resposta à desmopressina ->

    dar tiazídicos.

     

    Hipernatremia

    hipovolêmica

    Hipernatremia

    euvolêmica

    Hipernatremia

    hipervolêmica

    Correção da volemia

    SF isotônico

    Tratar causa das perdas

    • Insulina

    • Diurese osmótica• Obstrução urinária

    Correção do déficit de água

    • SF 0,45% ou água VO

    Cálculo do déficit

    D.Insípidus: desmopressina

    Monitorar Na (intoxicação hídrica)

    Restrição de Na

    Furosemida

    Diálise s/n

    Correção do déficit de água

    • SF 0,45% ou água VO

    Cálculo do déficit

    Tratamento a longo prazo

    DI central – DDAVP

    DI Nefrogênico

    Corrigir K / Ca

    Suspender drogas associadasRestrição de Na

    Tiazídicos

     Amiloride (DIN por Lítio) 

    Hipernatremia - Tratamento

    Homem de 72 anos, tabagist a há 50 anos, previ amente hígi do,

    é levado ao hospi tal devido a 3 episódios convul sivos (CTCG).

    Família referiu que há 10 dias o “ vozinho” estava sonolento.

    Glicemia capilar: 95m g/dL

    Peso: 78 kg; PA: 140 x 100 mm Hg; P: 78 bpm .

    Glasgow: MRM: 5; AO: 2 MRV: 3, sem déficit localizatório

    .

    Sódio sérico: 113 mEq/L 

    Casos Clínicos

    Hiponatremia - Causas

    Hipertônica: 

     – Osm > 295 mOsm/L. 

     –  Glic erol,manitol, hiperglicemia.

    Normotônica: 

     – Osm entre 275-295 mOsm/L.

     

     – Hiperlipidemiae paraproteinemias. 

     – Pseudohiponatremia.

    Hiponatremia - Causas

    Hipotônica (Osm < 275 mOsm/L) 

     – Hipovolemia (desidratação):

    Perdas renais

     

     – Naurinário > 20 mEq/L.

     

     –  Diurético, Nefropatia perdedora de sal, deficiência

    dem ineralocorticóide,Acidose tubularrenal.

    Perdas não renais 

     – Naurinário < 10 mEq/L. 

     –  Diarréia,vômitos,sudorese,perdaspara3 espaço.

    Hiponatremia - Causas

    Hipotônica (Osm < 275 mOsm/L): 

     – Euvolemia

    Excesso de água moderado.

    Na Urinári o > 20 mEq/L.

     

     – SSIADH, hipo tireoidism o, deficiência d e glicocor ticóid e,

    dor, doençacrônicae ICCtratadacom diurético.

    Na urinári o < 10 mEq/L. 

     – Polidipsia,iatrogenia.

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    Hiponatremia - Causas

    Hipotônica (Osm < 275 mOsm/L):

     

     – Hipervolemia

    Estado edematoso.

    Na urinári o < 10 mEq/L 

     – ICC,cir rose,s índromen efrótica,hi poalbuminemia.

    Na urinári o > 20 mEq/L 

     – IRA e IRC.

    Hiponatremia - QC

    Geralmente com Na < 120 mEq/L, com instalação em menos

    de 48 h. Sempre repetir o exame.

    Geral: anorexia, náuseas, vômitos, cãimbras.

    Neuro: apatia, letargia, desorientação, agitação, delírio,

    convulsões, torpor e coma com herniação e PCR.

    Crônico: assintomático, diagnóstico por exame laboratorial.

    Hiponatremia - QC

    Mielinólise Pontina

    Desmielini zação da porção centro-basal da ponte.

    Hiponatremia (< 120 mEq/L) -> correção maior que 12

    mEq/L/d -> melhora ini cial -> nova piora 48-72 h depois.

    Confusão, quadriplegia espástica / plegia horizontal do

    olhar.

    Hiponatremia - Tratamento

    Hiponatremia hipotôn ica sintomática: 

     – Osmol > 200 mOsm/kg c om euvolemia ou hipervolemia

    Solução hipertônicae furosemides/n.

     

     –  Variação do Na = [Na inf - Na / [ACT+1]

    Repor hormôniotireoideanoe corticóides/n.

    Aumentode 5%no sódiom elhoracoma. Máxde 8 mEq/L/d.

    Correções acimade 12 mEq/L/d=> mielinólise pontina.

     

     – Urina diluída (< 200 mOsm/kg) e oligossi ntomático

    Restriçãoh ídrica.

    SSIADH

    Causas:

     

     – SNC: trauma, HSA, TU, infecções e dor. 

     – Pulmão: pneumonia, TBC, abcesso e VM. 

     – Neoplasia: Ca broncogênico, pancreático ,

    prostático / linfoma. 

     – Drogas: Opióide, DDAVP, ocitocina, barbitúricos,

    AD tricícl icos , carbamazepina, tiazídicos, AINH. 

     – HIV

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    Diagnóstico e tratamento: 

     – Hiponatremia hipotônica com osmolalidade

    urinária > 100 mOsm/kg. 

     – Nível de ADH não é diagnóstico. 

     – Não tratar com solução salina isotônica. 

     – Sintomático: hipertônica e diurético s/n. 

     – Assintomático: r estrição hídrica, demeclocic lina

    (inibe ação do ADH no ducto coletor).

    SSIADH

    Hiponatremia - Tratamento

    ♂, 72 anos, 78Kg, Na=113mEq/L:

    (para 1L da solução)

     

    Na = [Na

    nf

    - Na ] / [ACT+1]

    ACT= 78 x 0,5 = 39

    Sol. Reposição NaCl 3%= 513 mEq/L

    Redução segura do Na = 0,5-1 mEq/h = 12-24mEq/24h

     

    Na com 1L de NaCl 3% = [513 – 113]/ 39 + 1

     

    Na com 1L de NaCl 3% = 400/40 = + 10mEq

    12-24mEq/L / 10 = 1,2 – 2,4L de NaCl 3% 

     ACT = água corpórea total

    Criança e adulto H: peso x 0,6.

     Adulto M e idoso H: p eso x 0,5.

    Idoso M: peso x 0,45 

    Hiponatremia - Abordagem prática

    Pode ser pseudo-hiponatremia?

    Drogas?

    Há aumento do VLEC?

    Há hiperglicemia?

    Polidpsia (psiquiátrico)?

    Hipotireoidismo / Addison?

    HIV ? / Diurético?

    Nenhuma das anteriores: provável SSIHAD

    Potássio

    Excreção renal do K  

     –  Até 10mEq/Kg/24h 

     –  DependedaTFG

    < 20% - dificuldade em excretar a ingesta da dieta

     

     –  Livrementefiltradono glomérulo

     

     –  Apenas10%presenteno túbulo coletor

     

     –  Excreçãoativa no túbulo coletor(bombade Na/K)

    Depende de 

     –  Aldosterona

     

     –  Ofertade Na no túbulo renal

     

     –  Alcalose / acidose

     

    •  Perdas extra-renais de K 

    •  Suor (9m Eq/L) 

    •  exercício / clima quente 

    •  Diarréia

    Potássio

    Aldosterona (troca de Na/K)

     

     –  abreos canais de K / Na naluz tubular 

     –  ↑ Na/K ATPase

     

     –  Reguladapelo eixoRAA / hipercalemia

    ↑ aldosterona : ↓ K

    ↓ aldosterona : ↑ K

    Potássio

    Oferta de Na no túbulo renal (troca de Na/K)

     

     –  Diuréticos dealça / tiazídicos:↓ K

     

     –  Hidratação com SF: ↓ K 

     –  Diureseosmótica:↓ K 

     –  Alcalosemetabólica(excessode HCO no túbulo renal)

    ↑ oferta de Na tubular: ↓ K 

     –  Acidoseinibe secreçãode K

     

     –  Alcalose estimulasecreçãode K

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    Homem de 66 anos deu entrada no PS, referindo

    vômitos , tontura, mal-estar e cefaléia há 7 dias. Há 5

    meses vem com anorexia e náusea pela manhã.

    PA= 190 x 120 mmHg , P= 112,

    T= 36,2

    o

    C, FR = 28 ipm

    Descor ado (3+/4+).

    ACP = normal. Edema de MMII (2+/4+).

    SNC= sonolento.

    Rx tórax= área cardíaca aumentada

    Potássio = 6,7 mEq/ L

    Após 2 g de Gluc. Cálcio

    Hipercalemia - Causas

    Aumento de aporte:  –  Sobrecarga VO ou EV. 

     –  Transfusão de sangue, cardiopl egia ou banho de transplante.

    Hipoaldosteronismo: 

     –  Addisson ou secundário.

    Excreção inadequada 

     –  Insuficiência renal aguda

     

     –  Diminuição da volemia efetiva:

    Hipovolemia, ICC e cirrose 

     –  Obstrução de vias urinárias

    Pseudo-hipercalemia

    Hipercalemia - Causas

    Shift intra para extra-celular: 

     – Hipertonicidade (hipernatremia, hiperglicemia) 

     – Deficiência de insulina 

     – Hipertermia maligna 

     – Acidose metabólica 

     – Drogas

    Intoxicação digitálica, b eta-bloqueadores e

    succinilcolina  

     – Hemólise 

     – Necrose celular

    Rabdomiólise, lise tumoral e isquemia

    Hipercalemia

    -

    QC

    Distúrbios de condução cardíaca

    Fraqueza neuro-muscular

    Fatores de piora do QC:

     

     – Hipocalcemia 

     – Hipomagnesemia 

     – Acidemia 

     – Hiponatremia.

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    Hipercalemia - ECG

    1.

    Ondas T apiculadas

    2. Alargamento do P-R

    3.

    Achatamento do QT

    4. Alargamento do QRS

    5.

    Perda das ondas P

    6.

    Ondas senoidais

    7. Assistolia

    Hipercalemia - Tratamento

    Estabilização de membrana do miocárdio  

     – Se QRS alargado => 1 ampola de Gluc. Ca 10% (90

    mg de cálcio elementar) em 5 minutos. 

     – Duração curta (cerca de 5 minutos) => repetir. 

     – Não eficaz se PCR. Não abaixa nível sérico. 

     – Cloreto de cálcio tem 360 mg de cálcio elementar =>

    pode levar à esclerose da veia.

    Hipercalemia - Tratamento

    Shift extra para intra-celular: 

     – Solução polarizante com insulina regular 

     – Estimu la Na-K ATPase. 

     – No Brasil: 10 UI com 5 gr de glicose para cada

    unidade de insulina (100 ml de G 50%)

     

     – Abaixa potássio em 0,5 à 1,0 mEq/L. 

     – Início em 15-30 minutos com duração de horas.

    Hipercalemia - Tratamento

    Shift extra para intra-celular: 

     – Inalação com Beta-2 agoni sta. 

     – Início imediato e mais efetivo que bicarbonato. 

     – Salbutamol 10-20 mg em SF 4 ml.

      – Inalar em cerca de 20 minutos . 

     – Diminu i K em 0,5-1,0 mEq/L.

    Hipercalemia - Tratamento

    Shift extra para intra-celular: 

     – Bicarbonato de Na 8,4% (50 ml com 50 Meq)

    correr em 15-30 minutos. 

     – Causa saída do H+ intracelular com entrada de

    K. 

     – Mais efetivo em acidose metabólica. 

     – Queda do nível sérico em 30-60 minutos. 

     – Droga de primeira linha na PCR por

    hipercalemia.

    Hipercalemia - Tratamento

    Redução do nível sérico do K  

     – SF com diurético 

     – Resina de troca

    Sorcal 30 gr em SF ou sorbi tol.

    VO ou enema de retenção.

    Não usar se obstrução intestinal ou íleo => pode

    levar à necrose de alça.

     

     – Diálise

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    Hipocalemia - Causas

    Shift do extra para o intra-celular

      – Drogas: Insulina ou Beta estimulante. 

     – Hipotermia (até fase de necrose celular).

    Perda de K 

     – GI: vômitos, SNG, fístulas e diarréia. 

     – Renal: Diuréticos , NTA, hipomagnesemia,

    hipertensão maligna, glicosúria e acidose

    tubu lar renal I ou II.

    Hipocalemia - QC e ECG

    Obstipação, íleo, fraqueza neuro-muscular.

    Se hipocalemia severa => paralisia e

    rabdomiólise.

    QC acentuado se uso de dig ital, IAM, cirrose.

    ECG:

    1. Ondas T achatadas e ondas U.

    2. Depressão de ST.

    3. Diminui ção da ampli tude do QRS.

    4. Diminui ção da condução AV.

    5. Taquiarritmiasatriais e ventriculares.

    Hipocalemia - ECG

    Hipocalemia - Diferencial

    Shift produz hipocalemia transitória

    exceto no desnutrido e no alcoólatra.

    Se hipocalemia e perda GI 

     – K urinário < 10 mEq/L e 

     – K urinário de 24 hs < 20 mEq.

    Se níveis urinários acima destes valores

    então temos perda renal.

    Hipocalemia - Tratamento

    Para cada 1 mEq/L de potássio reduzido no

    soro temos um déficit de 200-400 mEq no IC. 

     – Se K < 2,0 => défic it de cerca de 1000 mEqs. 

     – Reposi ção l enta para permitir entrada no i ntra-

    celular.

    VO: 40-80 mEq de 4/4 hs.

    EV: KCl em SF 10-20 mEq/h em soluções de

    até 40-60 mEq/L.

    Urgência: 40 mEq/h EV se K < 3,0; 

     – Usar monitori zação em UTI.

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