Codeagro Manual Tecnico

78

Transcript of Codeagro Manual Tecnico

Page 1: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 1/78

 

PROlETO ESTADUAL

orra II

1_

1--(<-<-

:

I = : :

;- =-

Page 2: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 2/78

 

CLAuDIO LEMBO

GOVERNADOR DO ESTADO DE sAo PAULO

ALBERTO JOSE MACEDO FILHO

SECRETARIO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

CARLOS NABIL GHOBRIL

SECRETARIO ADJUNTO DE AGRICULTURA E ABASTECIMENTO

ANTONIO VAGNER PEREIRA

CHEFE DE GABINETE

SILVIO MANGINELLI

COORDENADOR DE DESENVOLVIMENTO DOS AGRONEGOCIOS

LUIS FERNANDO CERIBELLI MAD I

COORDENADOR DAAGENCIA PAULISTA DE TECNOLOGIA DOS AGRONEGOCIOS

JOSE CARLOS ROSSETTI

COORDENADOR DE ASSISTENCIA TECNICA INTEGRAL

Page 3: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 3/78

 

PRODUCAo DE MUDAS DE ALTA QUALIDADE EM HORTALICAS 03

1. Escolha do local 06

2. Tamanho do recipiente 07

3. Substrato 08

4.Man~0 10

5. Bibliografia 11

MANEJO DO AMBIENTE EM CULTIVO PROTEGIDO 131. lntroducao 15

2. Por que utilizar 0 cultivo em ambiente protegido? 16

3. Manejo do ambiente protegido 19

3.1. Luminosidade 20

3.2. Temperatura 22

3.3. Umidade relativa do ar 26

4. Referencias 28

CALAGEM EADUBACAo PARA HORTALICAS SOB CULTIVO PROTEGIDO 31

1. lntroducao 33

2. lnterpretacao da analise de solo 333. lnterpretacao da analise foliar 35

4. Calagem 36

5. Adubacao orqanica em pre-plantio 37

6. Caracterfsticas dos fertilizantes utilizados para adubacao de hortal icas sob 38

cultivo protegido

7. Qualidade da aqua para irriqacao e fertirriqacao de hortalicas 42

8. Recomendac;6es de adubacao para hortalicas sob cultivo protegido conforme 43

analise do solo

9. Calculo de fertirriqacao com a mistura de fertilizantes simples 45

10. Sistemas de fertirriqacao em cultivo protegido 47

11. Recomendac;6es de f6rmulas e forrnulacoes de fertilizantes para 0 plantio de 48hortalicas em pequenas areas, nos sistemas convencional e orqanico

12. Referencias biblioqraficas 50

ASPECTOS BAslCOS DO MANEJO DA SOLuCAo NUTRITIVA EM CULTIVO 51

HIDROPONICO

1. lntroducao 53

2. Manejo da solucao nutritiva 56

3. Cultivo de hortalicas de frutos no sistema hidroponico como 0 uso de substratos 59

4. Consideracoes finais 60

Quadro 1 61

Quadro 2 62Quadro 3 63

Quadro 4 65

Quadro 5 66

5. Literatura citada 67

CULTIVO DE PLANTAS AROMATICAS E MEDICINAlS 69

1. lntroducao 71

2. Clima e solo 73

3. Calagem e adubacao 74

4. Plantio 77

5. Tratos culturais 796. Controle fitossanitario 79

7. Col heita 80

8. Literatura consultada 82

Page 4: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 4/78

 

r~

'-I

p Q D I I ~ I O D E IPJlISD E A l T A Q U A l lD A D E

E M H O R T A l I ~ A S ~IE:=~:~

Page 5: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 5/78

 

PRODUCAO DE MUDAS DE ALTA QUALIDADE EM HORTALICAS

Dra. Valeria A. Modolo 1

Para que um cultivo de qualquer especie de hortalica tenha sucesso e sejadesenvolvido com eficiencia e eficacia torna-se imprescindfvel que se inicie com uma muda

de alta qualidade.

Do ponto de vista pratico, essa muda de alta qualidade, segundo Minami (1995),

deve: ter a constituicao qenetica exigida pelo produtor; ser sadia, sem vestfgios de doencas,

pragas, danos rnecanicos ou ffsicos; nao ser portadora de pat6genos e sementes ou

estruturas de propaqacao de plantas daninhas; ser bem formada, de modo a garantir a

continuidade do desenvolvimento quando colocada em local definitive: ser de facil

transporte e, deve ainda, apresentar custo compatfvel com a necessidade do produtor.

As mudas de hortalicas podem serformadas em canteiros, sendo que, neste caso, as

sementes sao lancadas diretamente no solo e, por ocasiao do transplante, a muda formada eretirada e transplantada para local definitivo. Nesse caso, na retirada parte do sistema

radicular e arrebentado e ap6s 0 transplante e comum notar 0murchamento da muda. Outra

forma de se produzir a muda impedindo que ela sofra esse estresse, e a utilizacao de

recipientes. Nesse caso ha a formacao de um terrae envolvendo 0 sistema radicular

diminuindo 0 choque por ocasiao do transplante.

Alguns fatores tern intensificado a utilizacao de recipientes na producao de mudas de

hortalicas, pois 0 sistema proporciona menor interferencia no sistema radicular, devido ao

nao rompimento das rafzes, evitando ou diminuindo a incidencia de varias doencas, Isto

proporciona maior protecao a muda, maior porcentagem de pegamento e maior

uniformidade. Alern disso, ha uma maior facilidade de manuseio das mudas com torrao e

possibilidade do uso intensivo da area disponfvel.

Varies tipos de recipientes podem ser utilizados para a producao de mudas das

diferentes especies de hortalicas, Dentre eles podemos destacar os copos de papel de

jornal, copos de plastico e sacos plasticos, Estes tipos sao para condicionamento individual

e, de maneira geral, sao confeccionados ou comprados pelo pr6prio agricultor. Outro

sistema de producao de mudas, que possibilitou a abertura de um outro tipo de profissional

na area, 0 produtor de mudas especializado, e aquele que utiliza bandejas ou em

embalagens para condicionamento coletivo. Este sistema nao e recente, pois vem sendo

utilizado ha mais de vinte anos tanto na Europa como nos Estados Unidos e atualmente, ele

viabilizou a producao e a cornercializacao de mudas em larga escala, sendo empregado com

sucesso em varias especies de hortalicas, tais como alface, tomate, pirnentao, pepino,

berinjela, entre outras. Neste sistema, devido aos cuidados oferecidos na fase inicial da

planta, na maioria das vezes tem-se uma semente originando uma planta, otimizando assimo uso das sementes.

1 Pesquisadora do Instituto Agronomico - Centro de Horticultura, CP 28, 13001-970, Campinas, SP.

Email: [email protected]

Page 6: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 6/78

 

Para que se obtenha uma muda de alta qualidade, a producao nesse sistema envolve

alguns passos importantes: escolha de local adequado para instalacao da estrutura de

ambiente protegido, tamanho do recipiente a ser utilizado, substrato e manejo (irriqacao,

rnanutencao da temperatura adequada ao desenvolvimento da especie, controle de pragas

e doencas, adubacao, entre outros).

1.Escolha do local

o local deve ser bem arejado, como pouca declividade, boa luminosidade e

disponibilidade de aqua de boa qualidade. Areas com formacao constante de neblina, com

presenca de ventos fortes ou areas pr6ximas a transite excessive, como rodovias, devem

ser evitadas.

Uma vez definido 0 local deve se escolher 0 tipo de estrutura de ambiente protegido a

ser utilizado.

De acordo com 0 formato, as estruturas de protecao podem ser classificadas em:

capela, teto em arco (Figura 1), teto convective, tunel alto, tunel baixo ou de cultivo forcado,

Londrina e dente-de-serra. Os modelos podem ser conjugados ou individuais (Figura 1) e no

seu interior devem ser construfdas bancadas de madeira tratada ou de arame estendido

(Figura 2), para que as bandejas fiquem amparadas e n80 em contato direto com 0 solo. A

simplicidade ou complexidade da estrutura depende do conjunto de fatores clirnaticos tais

como direcao e intensidade dos ventos; fndice pluviornetrico; temperaturas mfnimas e

rnaxirnas durante 0 ana; riscos de geadas ou granizo; radiacao solar; entre outros fatores

como topografia do solo; localizacao, principalmente quanto a altitude e latitude;

disponibilidade de aqua e acesso ao local. Sendo assim, para se definir 0 tipo de estrutura

seria importante dispor de uma serie hist6rica dos dados clirnaticos alern de conhecer as

opcoes tecnol6gicas disponfveis no mercado, para que se consiga uma estrutura eficiente,

segura e econornica.

Figura 1. Modelos de estruturas tipo arco simples e conjugada.

06

Page 7: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 7/78

 

Figura 2. Modelos de bancadas para suporte de bandejas. (acima de madeira e abaixo de

arame estendido).

2.Tamanho do recipiente

No mercado ha diversos modelos de bandejas de poliestireno expandido (Figura 3),

de 34 x 68 ern, e tarnbern de plastico, com 144 e 234 celulas (Figura 4), com formas e

volumes de celulas diferentes, podendo ser redondas, piramidais ou cilfndricas. A

profundidade tarnbern pode ser variavel, sendo encontradas bandejas de 47, 60 e 120 mm

de altura. As mais utilizadas para producao de mudas de hortalicas sao as piramidais de

poliestireno expandido, com 128,200 e 288 celulas e 47 mm de altura.

Figura 3. Modelos de bandejas de poliestireno expandido.

07

Page 8: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 8/78

 

'B AN D 'E JA (:OM 144 DIVI50'ES

Figura 4. A esquerda bandeja de plastico de 67 cm x 23 cm de largura x 6 cm de altura, com

volume de celula de 16 cm'Adireita badeja de plastico de 53 cm x 27 cm de largura x 6 cm de

altura, com volume de celula de 17 ern"

3. Substrato

Substrato agrfcola ou mistura para cultivo sao dois nomes pelos quais e conhecida a

materia-prima ou mistura de materias-prirnas que, usadas para qerrninacao de sementes ou

enraizamento ou cultivo de plantas, irao exercer a funcao do solo. Sua principal funcao e a

fixacao do sistema radicular para sustentacao da planta. Deve ser um meio saudavel para 0

crescimento das rafzes, bem arejado, estar livre de pragas e doencas, fornecer todos os

nutrientes ou permitir que eles estejam disponfveis as plantas, possuir boa disponibilidade

de aqua e ter estabilidade ffsica. Deve tarnbern apresentar algumas propriedades ffsicas e

qufmicas intrfnsecas importantes para sua utilizacao, tais como: boa capacidade de

retencao de aquas, alta disponibilizacao de oxiqenio para as rafzes, capacidade de

rnanutencao da proporcao correta entre a fase solida e liquida, alta capacidade de troca

cationica (CTC), baixa relacao C /N entre outras. Alern destas propriedades tecnicas, dois

criterios essenciais devem ser considerados na escolha de um substrato agrfcola: custo e

disponibilidade. 0custo de aquisicao deve ser baixo, porern 0 baixo custo de aquisicao nao e

suficiente se nao estiver disponfvel qualquer momento. Quanto a sua origem os substratos

podem ser agrupados em minerais e orqanicos. Dentre os de origem mineral, os mais

utilizados na producao de mudas sao: Areia - material encontrado naturalmente em grande

abundancia sendo quimicamente inerte e constitufdo basicamente por oxide de silicio;

vermiculita: material produzido artificialmente mediante a expansao da mica sob

temperatura de 1.100°C, formando flocos levfssimos, possui em elevado valor de CTC,

pequena inercia qu fmica e e capaz de absorver de 4 a 5 vezes 0 seu proprio peso em aqua; la

de rocha: e fabricada pela fusao a 1600°C de tres materiais diferentes (basalto, calcario e

coke), do ponto de vista qufmico e um material inerte e do ffsico, e um material poroso com

baixa energia de retencao de aqua, 0 que proporciona uma elevada disponibilidade hfdrica

as plantas, e um material extremamente leve e facil de manusear; perlita: material de sflica

branco-cinzento, de origem vulcanica e explorada nas minas de lava, 0 rninerio bruto e

triturado, peneirado e aquecido no forno a 760 "C no qual uma pequena quantidade de

umidade presente nas partfculas transforma-se em vapor, expand indo-as em pequenosqraos esponjosos, muito leves.

08

Page 9: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 9/78

 

Os substratos de origem orqanica sao detritos vegetais como casca de arvores,

casca de arroz, palha, serragens. A cornposicao qufmica e variavel dependo da origem do

material. Os maiores inconvenientes sao a alta relacao C /N ou a presenca de substancias

t6xicas. A compostagem previa ajuda a diminuir esses problemas. Do ponto de vista ffsico

esses materiais sao muito porosos e tern uma baixa capacidade de retencao de aqua. No

entanto, sua grande disponibilidade e seu baixo custo tornam sua utilizacao promissora,principalmente em misturas com substratos minerais ou orqanicos de custo elevado.

Podemos destacar: fibra de coco: eo mesocarpo do fruto do coqueiro, suas fibras podem ser

compostadas, secas e comprimidas em blocos para facilitar 0 transporte, para utilizacao os

blocos sao reidratados; turfas: sao constitufdas basicamente por materiais de origem

vegetal, contendo menos de 10% de contaminantes minerais; bagago de cana: fibras de

baqaco de cana de acucar que podem ser encontradas mais facilmente em reqioes

produtoras de acucar e alcool, pois e resfduo do processamento nas usinas; casca de arroz

carbonizada: e 0 resfduo do beneficiamento do arroz e da mesma forma que 0 bagago de

cana, pode ser encontrado mais facilmente em determinadas reqioes; casca de arvores: no

Brasil e abundante a casca de pinheiro como subproduto da exploracao silvicultural de Pinus

spp. e Eucalyptus spp., e um componente bastante utilizado nas misturas de substratos

comerciais.

Para a utilizacao na producao de mudas geralmente e feita a mistura de dois ou mais

substratos. Torna-se importante ressaltar que as caracterfsticas ffsicas e qufmicas da

mistura podem ser diferentes daquelas encontradas em cada componente isolado.

Tarnbern existem no mercado misturas prontas. Geralmente estas misturas sao

compostas de um material de origem mineral (vermiculita, perlita, etc) e outros de origem

orqanica (casca de arvores, casca de arroz carbonizada, humus, etc) a depender da

empresa produtora. Nesse caso, qualquer variacao nao prevista nesta mistura pode resultar

num fracasso total no cultivo. Alern dos efeitos diretos na producao da muda, um substrato

mal formulado pode comprometer tarnbern a producao no campo ap6s 0 transplante. Ao

utilizar, por exemplo, um substrato contaminado por algum fungo 0 horticultor pode estar

introduzindo uma nova doenca no campo. 0mesmo acontece com as plantas dan inhas. Um

substrato pode carregar consigo sementes ou outras estruturas de propaqacao de essas

plantas para area de cultivo e isso podera ser percebido, dependendo do grau de infestacao,

somente ao longo dos ciclos de cultivo quando 0 controle torna-se mais diffcil.

09

Page 10: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 10/78

 

4. Manejo

A aqua e fator limitante para a producao da muda. Seu fornecimento deve ser de

maneira adequada, pois tanto a falta quanto 0 excesso podem comprometer 0

desenvolvimento da planta.

A irriqacao e uma pratica agrfcola necessaria na producao de mudas, que visaprincipalmente atender as necessidades no momenta adequado. Para se atingir bons

resultados com 0 uso da irriqacao, varies fatores S80 importantes e devem ser levados em

conta, tais como a selecao de metod os de irriqacao e 0 manejo da aqua (distribuicao,

frequencia, lamina de irriqacao, estimativa do consumo de aqua, caracterfsticas do

desenvolvimento das plantas e sensibilidade ao estresse hfdrico). 0sistema de irriqacao

mais utilizado para producao de mudas em hortalicas no Brasil e a aspersao.

Quanto a nutricao, talvez seja uma parte que rnereca bastante atencao do produtor de

mudas. 0 substrato e totalmente diferente do solo e nem sempre uma adubacao

recomendada para um tipo de substrato pode ser utilizada em outro. A quantidade de

nutrientes no substrato, 0 tipo de adubo, a concentracao de nutrientes na SOlug80 para

aplicacao foliar eo momenta da aplicacao S80pontos que devem ser considerados.

Finalizando, 0 controle fitossanitario tarnbern deve ser realizado quando necessario,

Mas, tratando-se de um ambiente protegido, deve-se ficar atento as causas desses tipos de

problemas. Na maioria das vezes, 0 melhor controle dos fatores envolvidos na producao, tais

como luz, temperatura, umidade e nutricao, podem diminuir ou ate mesmo inibir a ocorrencia

de pragas e doencas,

10

Page 11: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 11/78

 

5. Bibliografia

Andriolo, J.A. Fisiologia dasculturasprotegidas. Santa Maria: Ed. da UFSM, 1999. 142p.

Borne, H.R. ProdUC;80de mudas de hottetices. Guafba: Livraria e Editora Aqropecuaria

Uda, 1999. 189p.

Minami, K. ProdUC;80de mudas de alta qualidade em horticultura. Sao Paulo: T. A. Queiroz

Editor Uda, 1995. 128p.

Sade, A. Cultivos Bajo Condiciones Forzadas. Almeria, 139p.

11

Page 12: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 12/78

 

r~

'-I

~,M INEJO~D ~

~ A M B I E N T E E MC U lT I I O P R O T E G I D O ~IE:=~:

~

Page 13: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 13/78

 

MANEJO DO AMBIENTE EM CULTIVO PROTEGIDO

Luis Felipe Villani Purquerio" e

Sebastiao Wilson Tivelli'

f.Introducao

Oesde 0 aparecimento da industria petroqufmica na decada de 30 e com 0

crescimento da utilizacao do plastico em diversos setores, ja a partir da segunda grande

guerra, n80 ficaria 0 setor agrfcola indiferente ao novo e promissor material que surgia em

diferentes campos de aplicacao, 0 plastico tem sido empregado nas atividades

aqropecuarias com maior participacao na producao de alimentos, substituindo materiais

tradicionais como madeira, vidro, ferro e cimento, com a finalidade de minimizar os custos de

producao e inovar tecnicas tradicionais, para se obter aumento de produtividade. Oessa

forma, a plasticultura pode ser definida como a tecnica da aplicacao dos materiais plasticos

naAgricultura.

No Brasil, a decada de 1980 foi marcante para a area de plasticos na horticultura,

quando se iniciou uma forte atuacao das petroqufmicas. Estas ampliavam seu enfoque na

producao agrfcola, investindo em tubos gotejadores, vasos, silos, imperrneabilizacao de

acudes, tanques e canais, "mulching" e filmes para a cobertura de tuneis e estruturas de

madeira ou rnetalicas, cuja finalidade era a utilizacao como "abrigo", possibilitando a

realizacao do cultivo protegido de plantas.Originalmente 0 cultivo protegido de plantas era feito em ambiente construfdo com

vidro, devido as suas excelentes propriedades ffsicas. Atualmente, 0 polietileno de baixa

densidade (PEBO) e 0 material mais utilizado para a cobertura de "estufas agrfcolas", porque

alern de possuir propriedades que permitem seu uso para essa finalidade como a

transparencia, S80 flexfveis facilitando seu manuseio e possuem menor custo quando

comparados ao vidro.

Com a facilidade de uso desse material, houve grande aumento em seu consumo.

Della Vecchia & Koch (1999), citam que estimativas de crescimento feitas em 1994,apontavam para a virada do rnilenio uma area potencial de producao de hortalicas em

ambiente protegido de 10 mil hectares. Contudo, esta projecao n80 se concretizou, sendo

que em 1999 foi estimado 1390 ha de area coberta com filmes PEBO para 0 cultivo de

hortalicas, Estimativas do mercado na virada do rnilenio indicavam a existencia de cerca de 7

mil hectares cobertos com plastico,

1 Pesquisadores do Instituto Agronomico - Centro de Horticultura, CP 28, 13001-970, Campinas, SP.

Email: [email protected]@iac.sp.gov.br 15

Page 14: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 14/78

 

o erro na projecao do consumo de filmes pode ter ocorrido devido a dois motivos:

(a) os tipos de estruturas utilizadas, trazidas originalmente do Japao e Espanha. As de

modelo japones constitufam-se de rnouroes de eucalipto com pe direito baixo (no maximo

com 1,5 m), ou entao tuneis (baixo e alto). Ja 0 modelo espanhol, era confeccionado em

"uma aqua", tipo Londrina. Todos esses modelos eram baseados de pafses do hernisferionorte (latitude superior a 35°N), que possuem condicoes clirnaticas distintas das nossas. Em

funcao dessas peculiaridades, esses modelos nao se adaptaram ao nosso clima (Goto,

2005);

(b) 0 fator manejo do ambiente, das culturas e do solo dentro do mesmo (fertilizacoes), que

teria de ser diferenciado dos pafses do hernisferio norte.

Ainda hoje 0 manejo das culturas em ambiente protegido e um gargalo para 0 sucesso da

atividade. A falta de conhecimento tecnico limita os beneffcios gerados por essa atividade e 0

sucesso do empreendimento.

2. Porque utilizaro cultivo em ambiente protegido?

o clima e um fator que influencia a producao de hortalicas, No verao, as chuvas

demasiadas danificam as hortalicas e criam condicoes favoraveis para 0 aparecimento de

doencas. Por outro lado, 0 frio e os ventos do inverno acabam prolongando 0 ciclo dessas

culturas.

Para auxiliar na resolucao desse entrave podemos lancar mao do cultivo protegido,

que se caracteriza pela construcao de uma estrutura, para a protecao das plantas contra os

agentes meteorol6gicos que permita a passagem da luz, ja que essa e essencial a

realizacao da fotossfntese. Este e um sistema de producao agrfcola especializado, que

possibilita certo controle das condicoes edafoclirnaticas como: temperatura, umidade do ar,

radiacao, solo, vento e cornposicao atrnosferica.

o ambiente protegido pode compreender ser um tunel baixo ou alto, uma estufa

agrfcola com ou sem pe direito ou ate mesmo uma casa-de-veqetacao, onde 0 controle do

ambiente e intensificado. Oentro de alguns tipos de estrutura ou ambiente protegido, pode

ser realizado 0cultivo sem solo, mais conhecido como hidroponico (Figura 1).

16

Page 15: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 15/78

 

A

D

Fotos: Purquerio, L. F . V.

Figura 1. Tunel alto (A), tunel baixo (B), estrutura sem pe-direito (C) estrutura com pe-direito (0),

casa-de-veqetacao (E) e estrutura hidroponica tipo NFT dentro de ambiente protegido (F).

17

Page 16: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 16/78

 

o uso correto do ambiente protegido possibilita produtividades superiores as

observadas em campo. Segundo Cermefio (1990) a produtividade dentro do ambiente

protegido pode ser 2 - 3 vezes maior que as observadas no campo e com qualidade superior.

Alern do controle parcial das condicoes edafoclirnaticas, 0 ambiente protegido permite a

realizacao de cultivos em epocas que normalmente n80 seriam escolhidas para a producao

ao ar livre. Esse sistema tarnbern auxilia na reducao das necessidades hfdricas (irriqacao),atraves de uso mais eficiente da aqua pelas plantas. Um outro bom motivo para produzir em

ambiente protegido e 0 melhor aproveitamento dos recursos de producao (nutrientes, luz

solar e CO2), resultando em precocidade de producao (reducao do ciclo da cultura) e

reducao do uso de insumos, como fertilizantes (fertirriqacao) e defensivos.

Um exemplo de diferenca de produtividade atingida com e sem 0 uso de ambiente

protegido em diferentes estacoes do ana pode ser acompanhado para a cultura da rucula

atraves da Figura 2 (Purquerio & Goto 2005 e Purquerio et al. 2005).

3,5 3,5

3,0

B •3,0

••

" E 2, 5

~' ( j j " 2, 0

1 il~ 1,5

~

e1. 1,0

0, 5

• A mbien le pro legido

- y = 2 ,2 0 0 5 + 0 , 01286x- 0 , 000036 ,( '

R'=0,95• Campo

- y = 1 ,6 2 00 4 + 0 , 01092 x - o ,oooomR'=0,95

" E 2,5

~' ( j j " 2,0

1 il~ 1,5

~""0

e 1011. '

• A mbienle P ro leg ido

y = 1 ,4946 + 0 , 0161x - 0 , 0000387 ,( '

R'=0,90

Campo• y = 0 , 5889 + 0 , 00516x - 0 , 00000882 , ('

R ' = 0 ,9 80,5

o 1 2 0 1 8 0 o 1 2 0 1 8 0 24 0

Dose de nitrogenio (k g ha'') Dose de nitrogenio (kg.ha·l)

Figura 2. Produtividade de rucula, cv. Folha Larga, cultivada em campo e ambiente

protegido no inverno (A) e no verao (B), em funcao de doses de nitroqenio, na colheita.

No inverno, devido as condicoes clirnaticas favoraveis ao cultivo da rucula, seriadispensavel 0 uso do ambiente protegido. Porern, devido ao melhor aproveitamento dos

fatores de producao pelas plantas, que ocorre dentro do mesmo, houve melhor rendimento

das plantas cultivadas no ambiente protegido em relacao as cultivadas em campo. A maior

produtividade verificada no campo com 240 kg ha' de nitroqenio, foi alcancada com 110 kg

ha' de N no ambiente protegido, ou seja, teve-se uma economia de 130 kg ha' de nitroqenio

no cultivo protegido.

Ja no verao, a alta precipitacao pluviornetrica durante 0 ciclo da cultura e sua

concentracao em curtos perfodos de tempo foi prejudicial as plantas cultivadas no campo,

que n80 conseguiram acompanhar a produtividade verificada no ambiente protegido.

18

Page 17: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 17/78

 

No campo, alern da menor produtividade tarnbern se observou menor qualidade das

plantas. 0 impacto das gotas de chuva nas folhas, bem como a movirnentacao de partfculas

de solo, danificaram fisicamente as folhas, atrasando 0 desenvolvimento da planta e

diminuindo a qualidade final do produto, a ponto de, na colheita, as folhas nao apresentarem

bom aspecto para a cornercializacao, pois estavam coriaceas, amareladas, danificadas e

sujas (Figura 3).

Fotos: Purquerio, L. F . V .

Figura 3. Danos ffsicos (A) e acurnulo de solo (8) em folhas de rucula, causados pela chuva

em cultivo de campo

Por outro lado, 0 cultivo em ambiente protegido tarnbern apresenta desvantagens,

como 0 alto custo para sua irnplantacao, que pode variar de R$ 30,00 a R$ 60,00 0 rn",dependendo do grau de tecnologia empregada no ambiente. Alern disso, este sistema de

cultivo envolve areas de conhecimento amplas para que 0 manejo das plantas dentro dele

seja bem feito, necessitando de mais conhecimento tecnico para ser realizada com sucesso.

3. Manejo do ambiente protegido

Para se cultivar hortalicas em ambiente protegido e necessario antes de tudo,

conhecer muito bem as especies que serao cultivadas, principalmente quanto as exiqencias

ambientais e nutricionais, ou seja, conhecer as necessidades fisiol6gicas das hortalicas,

Tarnbern, 0 ambiente em que serao plantadas, nao s6 em termos de reqiao, mas de

localizacao, coletando inforrnacoes sobre temperaturas reinantes (maxima e mfnima),

perfodo de maior chuva, predorninancia de ventos, culturas adjacentes e perrnanencia de

uma mesma cultura.

19

Page 18: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 18/78

 

3.1. Luminosidade

A radiacao solar e 0 principal fator que limita 0 rendimento das especies tanto no

campo, como em ambientes protegidos, especialmente nos meses de inverno e em altas

latitudes. As distintas reqioes do Brasil, em geral, mostram uma reducao da radiacao solar

incidente no interior do ambiente protegido com relacao ao meio externo de 5 a 35%. Estesvalores variam com 0 tipo de plastico (cornposicao qufmica e espessura), com 0 anqulo de

elevacao do sol (estacao do ana e hora do dia) e tarnbern depend em da reflexao e absorcao

pelo material.

No ambiente protegido a fracao difusa da radiacao solar e maior que no meio externoevidenciando 0 efeito dispersante do plastico, que possibilita que essa radiacao chegue com

maior eficiencia as folhas das hortalicas no seu interior, principalmente as conduzidas na

vertical, ou cultivadas em densidade elevada onde uma folha tende a sombrear a outra

(Figura 4).

Qualquer que seja a reqiao de producao, n80 se pode ter estruturas construfdas ao

lado de arvores ou construcoes que projetam sua sombra sobre 0 ambiente protegido,

mesmo que seja apenas por algumas horas durante 0 dia. Estruturas geminadas, tarnbern

geram faixas de sombreamento sobre as culturas em seu interior (Figura 5).

R_Refletida

lBols~oTermico

Figura 4. Esquema ilustrativo da radiacao dentro do ambiente protegido e projecao

aproximada de "bolsao terrnico'' formado no interior da estrutura.

20

Page 19: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 19/78

 

Foto: Purquerio, L. F . V . Fonte: Castilla (2005)

Figura 5. Sombreamento gerado por arvores (A) e calhas em estruturas geminadas (8).

Fonte: Castilla (2005)

Outro ponto a ser observado e a deposicao de poeira sobre 0 filme plastico, que reduz

a luminosidade no interior da estrutura, causando 0 estiolamento das plantas. Quando 0

filme plastico se encontra em boas condicoes e recornendavel sua lavagem (com uma

vassoura de cerdas macias ou com uma espuma que pode ser envolvida num rodo) - Figura

6. Pode-se fazer a lavagem antes do perfodo de inverno.

Foto: Goto, R.

Figura 6. Lavagem do filme plastico usado para cobertura de uma estrutura tipo arco (A) e

detalhe de um rodo revestido com espuma (8).

21

Page 20: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 20/78

 

Para os cultivos sensfveis ao excesso de luminosidade, 0 uso de malhas sinteticas de

sombreamento, com 30 a 50% de sombra, colocadas no interior da estrutura a altura do pe

direito, soluciona satisfatoriamente 0 problema.

o uso de ilurninacao artificial em ambiente protegido e uma pratica cultural onerosa,

sendo somente justificada para culturas de alto valor agregado e sensfveis ao fotoperfodo,

como algumas flores e plantas ornamentais.Salienta-se que sempre que se altera a intensidade luminosa no interior do ambiente

protegido, modificam-se, tarnbern outros parametres agrometeorol6gicos, como

temperatura e umidade relativa do ar.

3.2. Temperatura

A temperatura e um fator agrometeorol6gico que exerce influencia sobre as seguintes

fungoes vita is das plantas: qerrninacao, transpiracao, respiracao, fotossfntese, crescimento,

floracao e frutificacao Nos pafses do hernisferio norte, caracterizados por clima temperado

com invernos muito rigorosos 0 ambiente protegido possui a finalidade de aquecimento,

tornando-se uma verdadeira "estufa" para que a producao seja possfvel. Porern, nas

condicoes clirnaticas brasileiras, consideradas tropicais e subtropicais, onde 0 cultivo de

hortalicas e possfvel durante 0 ana todo, 0 aquecimento natural demasiado do ambiente

pode causar problemas no cultivo das plantas.

Para 0 manejo da temperatura do ar e indispensavel a instalacao de um terrnornetro

de maxima e mfnima a 1,5 m de altura, no centro do ambiente protegido, abrigado da

luminosidade direta do sol. As leituras devem ser realizadas diariamente e sempre no

mesmo horatio. Atualmente, tarnbern se dispoe de equipamentos eletronicos conhecidos

como "microllogers", que possuem sensores de temperatura e umidade do ar, que realizam

automaticamente a leitura destas variaveis no momenta desejado.

o manejo da temperatura do ambiente protegido comega pela escolha do tipo de

ambiente a ser utilizado, que esta muito relacionado ao tipo de hortalica que vai se cultivar.

Cada hortalica possui uma necessidade fisiol6gica diferente de temperatura, a qual pode

nao ser atingida em funcao do tipo de ambiente utilizado. Oeve-se entao, prestar atencao em

relacao a altura do pe direito do ambiente quando se pensa em cultivar plantas com

arquitetura mais alta como 0 tomateiro. Para estas culturas, recomenda-se um ambiente

com no mfnimo 3,0 a 3,5 m de altura, de pe direito. Esta deve ser de 0,50 a 1,00 m maior do

que a maxima altura da cultura que sera conduzida (Sade, 1997). A Figura 3 ilustra

aproximadamente 0 "bolsao terrnico'' que se forma numa estrutura do tipo arco onde as

temperaturas sao mais elevadas.

Hortalicas de porte herbaceo podem ser cultivadas em ambientes com pe direito

menor, ou mesmo com a ausencia desse, como e 0 caso dos tuneis de cultivo forcado, porern

sempre se respeitando as necessidades terrnicas da cultura. Quando a temperatura e muitoalta, e posslvel lancar-se mao de recursos para a reducao da mesma.

22

Page 21: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 21/78

 

o posicionamento da estrutura pode favorecer a ventilacao natural dentro do

ambiente. Na instalacao do ambiente, deve-se observar a inclinacao do terreno,

principal mente para "estufas" do tipo londrina, pois esta facilita a passagem do ar quente

pela estrutura, com sua safda pela lateral que estiver na parte mais alta do terreno. A

estrutura deve sempre ser instalada com a menor dirnensao (frente), no sentido da corrente

do vento predominante.Outro ponto a ser observado e as cortinas laterais que devem ser sempre m6veis,

para serem fechadas no caso da necessidade de retencao da temperatura atraves do

aquecimento do ar, ou abertas para a safda do ar quente, quando se deseja 0 resfriamento.

Safdas para 0 ar quente, na parte superior das estruturas, conhecidas como lanternim e

janelas zenitais (Figura 7) tarnbern possibilitam 0 resfriamento do interior do ambiente

protegido. Estas podem ser fixas ou m6veis, para serem abertas ou fechadas conforme a

necessidade. Ressalta-se, que essas aberturas no ambiente devem sempre estar a favor do

vento conforme a Figura 8 para que a safda do ar quente seja facilitada; e que tarnbern existe

a necessidade de uma abertura na parte inferior, para provocar 0 fluxo de ar, igualando a

temperatura interna a externa, Figura 9 (Andriolo, 1999) .

. - - - . , .B

Foto: Purquerio, L. F . V .

Figura 7. Tipos de lanternim: fixe ao longo da cumeeira (A) e na forma dejanelas (8).

DIREOCION

rl€l V!ENro

~

------- ~ []E BAI ...

P 1 '1 E500 "T'Fi;A,.

c;(E L .l !t lR E I N Il E FI !-O O

AIRE' S IJE iE ! "OROON' I iECOON IfP Ofl EL -rmo-

Figura 8. Esquema da succao criada pelo vento do ar quente existente dentro do ambienteprotegido pela abertura superior (Ianternim). Fonte: Castilla, 2005.

23

Page 22: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 22/78

 

/I

Figura 9. Esquema de ventilacao de um ambiente protegido onde existe entrada de ar pelas

laterais e safda pelas aberturas superiores (Ianternim). Fonte: Castilla, 2005.

ouso de telas sinteticas de sombreamento (30 a 50%) e de pincelamento com tinta

ou cal, embora sejam relativamente eficientes na dirninuicao da temperatura, tarnbern

diminuem a luminosidade, 0 que nem sempre e desejado. No mercado tarnbern existe a

disposicao dos produtores uma tela aluminizada (40 ou 50%) que, instalada na altura do pe-

direito de estruturas com 3,0 a 4,0 m de altura, proporciona reducao da temperatura sem

influirdemasiadamente na luminosidade (Figura 10).

Foto: Purquerio, L. F . V .

Figura 10. Telas aluminizadas colocadas no interior do ambiente protegido.

24

Page 23: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 23/78

 

Porern, se 0 objetivo for a reducao da temperatura com telas sinteticas de

sombreamento, estas devem ser colocadas de 0,5 a 0,8 m por cima da cumeeira da

estrutura, nunca dentro do ambiente protegido.

A nebulizacao e um outro recurso disponfvel para a reducao da temperatura no

interior dos ambientes protegidos. Para a aqua passar de seu estado Ifquido para 0 gasoso

ela necessita de calor. Oessa forma, atraves da pulverizacao de gotfculas de aqua dentro doambiente protegido, com auxflio de um sistema de nebulizacao ou ''fogger'' consegue-se a

reducao da temperatura do ar, pela rnudanca no estado ffsico da aqua (Figura 11). A

utilizacao de nebulizadores como instrumento de controle de temperatura, tarnbern esta

relacionada com a umidade relativa do ar dentro do ambiente. Como exemplo, Andriolo,

(1999) cita que um ambiente que se encontrava com temperatura do ar em torno de 35DCe

umidade relativa do ar de 40%, quando teve sua umidade elevada para 100% apresentou

uma queda na temperatura, chegando ate 21DC.

Figura 11. Nebulizacao dentro de ambiente protegido.

Ressalta-se, que a nebulizacao n80 tem a funcao de irrigar. 0manejo incorreto dos

nebulizadores pode causar efeitos negativos na cultura, em funcao do molhamento da parte

aerea da planta e aumento da umidade relativa dentro do ambiente protegido, que

acarretara outros problemas como 0 aparecimento doencas fUngicas e bacterianas.

Para algumas reqioes do Brasil, a elevacao da temperatura do ar dentro do ambiente

protegido em alguns meses ou em alguns dias dos meses de inverno e necessaria. 0modo

mais econornico para 0 aquecimento do ambiente e atraves do manejo das cortinas laterais

que S80 abertas no perfodo da martha, ap6s a temperatura interna do ar atingir seu maximo

valor, sendo posteriormente fechada a tarde, quando a temperatura decresce. Assimprocura-se acumular 0 ar quente dentro do ambiente para que a noite a planta tenha

25

Page 24: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 24/78

 

temperaturas maiores que a externa. Caso esse manejo nao seja suficiente para elevacao

da temperatura no interior do ambiente protegido, 0 produtor pode lancar mao de caldeiras (a

gas, eletrica, a lenha), que permitem 0 aquecimento do ambiente com ar ou aqua quente,

que sao distribufdos por meio de canos ou tubulacoes de plastico pelo ambiente. Em geral

essa operacao acaba aumentando 0 custo de producao,

Todas essas praticas sao efetuadas para manter a temperatura ideal para 0

crescimento e desenvolvimento das culturas. Por exemplo, 0 tomateiro necessita de

temperaturas diurnas medias em torno de 22 a 28°C. Temperaturas acima de 30 a 32°C

prejudicam 0 pegamento de frutos.

A planta de pepino e considerada uma cultura subtropical que nao tolera

temperaturas baixas. A faixa ideal de temperatura e de 27 a 30°C de dia e 18 a 19°C de noite,

durante 0 crescimento vegetativo e 27 a 28°C diurnos durante 0 florescirnento/frutiflcacao.

Quando a temperatura dentro do ambiente protegido alcanca valores mais elevados, podem

ocorrer disturbios fisiol6gicos como 0entortamento de frutos e aborto de flores e frutos.

Com relacao a temperatura do solo, pode-se mante-ls dentro da faixa mais adequada

para a cultura com um manejo muito simples, a irriqacao. No verao, a irriqacao e 0manejo da

temperatura do ar contribuem para a rnanutencao dentro da faixa ideal para a cultura. 0

produtor deve estar atento a temperatura do solo, principal mente no infcio do

desenvolvimento da cultura e quando utilizar "mulching" plastico, No inverno, as irriqacoes

devem ser feitas preferencialmente no perfodo da martha para que haja tempo do solo

aquecer durante 0 dia. Em outras palavras, nao devemos irrigar as plantas de tardezinha,

pois as rafzes irao passartoda a noite em um solo frio.

3.3. Umidade relativa do ar

A umidade relativa do ar no interior de um ambiente protegido e determinada

diretamente pela temperatura, numa relacao inversa entre ambas. Ela pode variar num

perfodo de 24 horas de 30 a 100%, sendo que diminui durante 0 dia e aumenta durante a

noite.

Ela esta vinculada ao equillbrio hfdrico das plantas, onde um deficit pode alterar a

evapotranspiracao, alterando a capacidade do sistema radicular de absorver a aqua e 0

nutriente. Oessa forma, 0 manejo da umidade do ar, tarnbern vai depender da cultura

visando-se atender sua fisiologia de crescimento e desenvolvimento.

Para 0manejo da umidade dentro do ambiente protegido e necessaria a instalacao de

um hiqrornetro ou um termo-hiqrornetro, cujas leituras deverao ser registradas diariamente

ao meio dia (12h). A localizacao desse instrumento deve ser a mesma citada para 0

terrnornetro de maxima e mfnima. Com 0 monitoramento, 0 produtor podera previamente

estabelecer as estrateqias a serem adotadas no transcorrer da cultura para manter a

umidade relativa dentro dos limites da faixa ideal de cada cultura.Um efeito do excesso deumidade do ar no interior dos ambientes protegidos e a sua condensacao na face interna do

26

Page 25: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 25/78

 

filme plastico de cobertura e conseqi..iente reducao na transrnitancia da radiacao solar. Para

algumas culturas mais sensfveis, a queda dessas gotas promove 0 aparecimento de

manchas nas plantas. Atualmente existem no mercado filmes plasticos "anti-gotejo", que

auxiliam as gotas formadas a escorrer pelo lado interno do plastico para as laterais da

estrutura. Oeve-se ressaltarque 0 desenho da estrutura (formato) auxilia esse processo.

Para a ocorrencia da maioria das doencas a umidade e um fator essencial, sendo quepara elas terem um 6timo desenvolvimento, a umidade do ar deve estar acima de 80%.

Portanto, atraves do manejo correto da umidade tarnbern se pode diminuir a incidencia de

doencas e conseqi..ientemente gerar reducao no uso de defensivos agrfcolas, diminuindo 0

custo de producao,

Salienta-se que 0 correto manejo da umidade tarnbern se faz necessario para a

aplicacao de defensivos agrfcolas e fitorreguladores, sendo que esses produtos n80 devem

ser aplicados com menos de 55% de umidade relativa, pois sua eficiencia pode ser reduzida.

Aalta umidade do ar tarnbern pode influir no aparecimento de desordens fisiol6gicas, como a

deficiencia de calcic em folhas jovens em expansao, devido ao deficiente transporte desse

elemento em funcao da restricao evapotranspirativa (Lorenzo Mfnguez, 1998, citado por

Martins et al. 1999).

Em algumas situacoes, 0 excesso de umidade dentro do ambiente protegido eproveniente da localizacao da estrutura. Isso ocorre quando ela e instalada em baixadas

sujeitas ao acurnulo de neblina ou pr6ximas aos lagos e represas. Nesses casos pouco se

pode fazer; se possfvel, deve-se mudar a estrutura de local, pois 0 excesso de umidade

durante 0 dia, ao reduzir a transpiracao, pode reduzir a producao,

Um dos tratos culturais que influencia diretamente a umidade relativa do ar no cultivo

protegido e a irriqacao, sendo que esta deve ser realizada corretamente, atraves de

monitoramento portensiometria ou pela evapotranspiracao da cultura.

No manejo da umidade do ar, a ventilacao do ambiente pode auxiliar tanto para aumentar

como para diminuir a mesma.

Outras medidas de manejo podem ser adotadas para se elevar a umidade, como a

pulverizacao das plantas com aqua. Nesse caso a aqua pulverizada ao evaporardas plantas

ira elevar a umidade e diminuir a temperatura.

Tarnbern se pode molhar os carreadores para aumentar a umidade, controlando

sempre a quantidade de aqua colocada para que no final da tarde 0 Ch80 dos carreadores

estejam secos. E finalmente n80 se deve utilizar "mulching" plastico nos cultivos, em reqioes

ou epocas sujeitas a baixas umidades do ar.

27

Page 26: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 26/78

 

4. Referenclas

ANDRIOLO, J.L. Fisiologia das culturas protegidas. Santa Maria, Editora UFSM, 1999.

141p.

CASTILLA, N. Invernaderos de plastico Tecnologia y manejo. Madrid: Mundi Prensa.

2005. 462p.

CERMENO, Z. S. Estufas lnstalacao e maneio. Lisboa: Litexa. 1990. 355p.

DELLA VECCHIA, P. T.; KOCH, P. S. Hist6ria da producao de hortalicas em ambiente

protegido no Brasil.lnformeAgropecuario, Belo Horizonte, v.20, n.200/201, p. 5-10,1999.

GOTO, R. Ambiente Protegido no Brasil: Hlstorlco e Perspectivas. In: AGUIAR, R. L.,

DAREZZO, R. J., FOZANE, D. E., AGUILERA, G. A. H., SILVA, D. J. H. Cultivo em Ambiente

Protegido: Hist6rico, Tecnologia e Perspectivas.Vicosa: UFV, 2004, p. 9-19. 2004.

GOTO, R.; HORA, R. C. da.; DEMANT, L. A. R. Cultivo protegido no Brasil: hlstorlco,

perspectivas e problemas enfrentados com sua utlllzacao, In: BELLO FILHO, F.;

SANTOS, H. P. dos; OLIVEIRA, P. R. D. de. Serninario de Pesquisa sobre Fruteiras

Temperadas. Bento Goncalves, RS. Programas e Palestras. Embrapa Uva e Vinho, junho,

p.27-29.2005.

MARTINS, S.R. Desafios da plasticultura brasileira limites s6cio-economicos e tecnol6gicos

frente as novas e crescentes demandas. Horticultura brasileira, Brasflia, v.14, n.2, p.133-

138, nov. 1996.

MARTINS, S.R.; FERNANDES, H.S.; ASSIS, F.N. ; MENDEZ, M.E.G. Caracterizacao

clirnatica e manejo de ambientes protegidos: a experiencia brasileira. Informe

Agropecuario, Belo Horizonte, v.20, n.200/201, p. 15-23, 1999.

PURQUERIO, L.F.V.; GOTO, R.; DEMANT, L.A.R. Producao de rucula cultivada com

diferentes doses de nitroqenio em cobertura via fertirriqacao e espacarnento entre plantas

em campo e ambiente protegido no inverno. In: Anais do Congresso Brasileiro de

Olericultura, 45. Horticultura Brasileira, v.23, agosto, 2005. Suplemento CD-ROM.

PURQUERIO, L.FV.; GOTO, R. Doses de nitroqenio em cobertura via fertirriqacao e

espacarnento entre plantas sobre a cultura da rucula, em campo e ambiente protegido. In:

Anais do Congresso lberico de Ciencias Hortfcolas, 5. Congresso Iberoamericano deCiencias Hortfcolas, 4. Porto: Actas Portuguesas de Horticultura, n.5, v.1, maio, 2005.

28

Page 27: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 27/78

 

SADE, A. Curso de plasticultura e fertlrrlqacao, Piracicaba: Departamento de

Horticultura, ESALQ/USP, 1994. 351p. (Mimeogr.).

SIQUEIRA, C. E. M. A lrnportancla dos materiais plastlcos na agricultura do Brasil e do

mundo. In: Programa de plasticultura para 0 Estado de Sao Paulo. Sao Paulo: Associacao

dos EngenheirosAgronomos do Estado de Sao Paulo, 1995, p.108-1 09.Apostila.

TIVELLI, S.W. Manejo do ambiente em cultivo protegido. In: GOTO, R.; TIVELLI, S.W.

Producao de hortallcas em ambiente protegido: condlcoes subtropicais. Sao Paulo,

Fundacao Editora da UNESP, 1998. p. 15-30.

29

Page 28: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 28/78

 

r~

I'-

-i?"'S5

C IW lG I M E A D U B l e i O-

P A R A _ H O R T A l I C A S S O B

C U lT I I O P R O T E G I D O

Page 29: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 29/78

 

CALAGEM E ADUBACAO PARA HORTALlCA5 SOB CULTIVO PROTEGIDO

Paulo Espfndola Trani 1

1. lntroducao

Vem crescendo a demanda por informacoes sobre a aplicacao de calcario e fertilizantes

em hortalicas cultivadas sob estufa plastics.

De uma maneira geral as produtividades de hortalicas sob cultivo protegido, tais como

pirnentao, tomate e pepino, S80 duas ate quatro vezes superiores as produtividades obtidas

no campo, a ceu aberto. Isso tem estimulado a realizacao de novas pesquisas cientfficas

voltadas a definicao sobre novas quantidades e maneiras de aplicacao de fertilizantes neste

moderno sistema de producao,

o presente trabalho tem como finalidade apresentar inforrnacoes e recornendacoes

sobre 0 manejo de corretivos e fertilizantes para 0 sistema de producao de hortalicas sob

cultivo protegido.

2.lnterpretac;ao da analise de solo

Pesquisas realizadas no lnstituto Aqronornico de Campinas, com relacao a adubacao

de hortalicas baseiam-se no conceito da producao relativa, ou seja, levam em conta a

resposta das culturas aos nutrientes aplicados atraves da adubacao, Esse conceito e

aplicado principalmente para a interpretacao dos teores de f6sforo e potassic dos solos. 0

qrafico a seguir (Figura 1) mostra, como exemplo, a relacao entre as producoes relativas das

culturas (incluindo hortalicas) e os teores de potassic no solo.

100

90

I

I

I

I

I

I

MUlTO I I

BAIXO : BAIXO I

I

I

MEDIO ALTOMUlTOALTO

~ 70

~

~...JW0: :

o.«o-~oo0: :0..

K+o 0,7 1,5 3,0 ,0

mrnof/dm"

Figura 1. lnterpretacao para os teores de potassic no solo e producao relativa de hortalicas,

Producao relativa para 0 potassic = Producao com adubacao NP X 100

Producao com adubacao NPK

1Engenheiro Aqronorno, do Insti tuto Aqronornico de Campinas, e-mail: [email protected]

33

Page 30: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 30/78

 

Com base neste conceito as adubacoes indicadas conforme os teo res de nutrientes

do solo sao as seguintes:

Teor muito baixo: Adubacoes rnaxirnas, inclusive visando elevar 0 teor do nutriente no solo.

Teor baixo: Adubacoes elevadas, ainda visando elevar 0 teor do nutriente do solo.

Teor rnedlo: Adubacoes moderadas, para garantir a producao e manter ou elevar 0 teor donutriente do solo.

Teor alto: Adubacoes leves de rnanutencao ou de arranque e para manter 0 nutriente na

faixa de teores altos.

Teor muito alto: Podem ser dispensadas adubacoes para culturas menos exigentes e que

retirem poucos nutrientes com as colheitas.

A tabela 1 apresenta a interpretacao da analise do solo visando a calagem e a

adubacao de hortalicas em geral (campo e cultivo protegido).

Tabela 1. Limites de lnterpretacao de P,K, Ca, Mg, 5 e V% em solos.

Teor K (trocavel) P(resina) Ca (trocavel) Mg (trocavel)8- 80

4-- V

mmol.zdm" rnq/drn" rnrnot/drn" rnrnot/drn" rnq/drn" %

muito baixo 0,0 - 0,7 0-10 0-4 0-2 0-2 0-25

baixo 0,8 - 1,5 11- 25 5 -10 3-5 3-5 26 - 50

medic 1,6 - 3,0 26 -60 11- 20 6 -10 6 -10 51 -70

alto 3,1-6,0 61 - 120 21 - 35 11- 15 11- 15 71 - 90

muito alto > 6,0 > 120 > 35 >15 >15 > 90

Os nutrientes calcic e rnaqnesio sao fornecidos principalmente atraves da calagem

que consiste na aplicacao de corretivos de acidez, sendo 0 principal deles 0 calcario

dolomftico. As quantidades de calcario a serem aplicadas sao calculadas conforme a

porcentagem de saturacao por bases (V%) do solo. Outros fertilizantes que contem calcic e

rnaqnesio, tais como 0 nitrato de calcic, sulfato de calcic, termofosfatos, sulfato de potassic e

rnaqnesio, nitrato de rnaqnesio e sulfato de rnaqnesio, tarnbern podem ser utilizados por

ocasiao do plantio das hortalicas, ou em cobertura, depend endo da caracterfstica de cada

fertilizante, quanto a sua maior ou menor solubilidade em aqua.

A interpretacao para os nfveis de calcic deve ser adotada com cautela devendo se

levar em conta a textura do solo. Assim e que 15 rnrnol, de Ca'Ydrn" de solo pode ser

considerado como teor medic a alto em solo arenoso e teor medic a baixo em solo argiloso.

A interpretacao para os nfveis de enxofre (8) na forma de sulfato (804) que e a maisdisponfvel as plantas, tarnbern e apresentada na tabela 1.

Com relacao aos micronutrientes presentes no solo, a interpretacao visando a

adubacao de hortalicas, e apresentada na tabela 2.

34

Page 31: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 31/78

 

Tabela 2. Limites de lnterpretacao dos teores de micronutrientes em solos 1.

Teor B Cu Fe Mn Zn

rnq/drn" rnq/drn" rnq/drn" rnq/drn" rnq/drn"

Baixo 0-0,30 0-0,2 0-4 0-1,2 0-0,5

Medic 0,31 - 0,60 0,3 - 0,8 5 -12 1,3 - 5,0 0,6 -1,2

Alto > 0,60 > 0,8 > 12 > 5,0 > 1,2

1 Boro extrafdo por aqua quente; Cu, Fe, Mn e Zn extrafdos pelo DTPA.

Com relacao ao nitroqenio (N) este e fornecido com base na sua extracao pelas

plantas e exportacao pelas colheitas.Um indicativo do teor de nitroqenio no solo e a

quantidade de materia orqanica do mesmo. Cerca de 5% da materia orqanica do solo e

constitufda por nitroqenio total. No entanto, este nem sempre esta em forma disponfvel as

plantas. As formas de N no solo, disponfveis as plantas, como a nftrica (N03) e a amoniacal

(NH4+)ou mesmo as nao disponfveis, sao instaveis ou seja, sao sujeitas a rapidas rnudancas,

devido as acoes dos microorganismos na mineralizacao da materia orqanica, as lixiviacoes

provocadas pelas aquas da chuva ou irriqacao, etc.

Os teo res de materia orqanica do solo indicam tarnbern, a textura (granulometria) do

solo. Considera-se solo arenoso aquele que contern materia orqanica ate 15 g/dm3, solo de

textura media aquele com materia orqanica entre 16 e 30 g/dm3 e solo argiloso aqueles com

materia orqanica entre 31 a 60 g/dm3. Sempre que possfvel, e interessante realizar a analise

qranulcmetrica (textura) do solo para se conhecer as reais quantidades de areia, silte e argila

domesmo.

3.lnterpretac;ao da analise foliar

A analise foliar e uma ferramenta fundamental na afericao mais precisa para as

recornendacoes de doses de macro e micronutrientes em hortalicas,

As partes das plantas a serem amostradas, a epoca de amostragem, 0 nurnero de

plantas a serem coletadas e a interpretacao das analises foliares para algumas hortalicas

conduzidas sob cultivo protegido sao apresentadas respectivamente nas tabelas 3; 4 e 5.

Ressalte-se que e importante a adocao desses criterios de amostragem para permitir a

correta interpretacao dos resultados das analises, Caso nao seja possfvel amostrar as

hortalicas nas epocas indicadas deve-se fazer duas amostragens, coletando as plantas

"com anomalias" separadamente das plantas aparentemente "normais", possibilitando

comparar os resultados. Isso perrnitira obter boas conclusoes quanto a possfveis problemas

de deficiencia ou toxidez de nutrientes.

35

Page 32: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 32/78

 

Tabela 3. Amostragem de hortallcas para analise foliar

Hortalica Descricao da amostragem

Alface Folhas recern desenvolvidas, da metade a 2/3 do cicio: 15 plantas

Berinjela Pecfolo de folha recern desenvolvidas: 25 plantas.

Pepino 5a folha a partir da ponta, excluindo 0 tufo apical, no infcio do florescimento: 20 plantas.

Pirnentao Folha recern desenvolvida, do florescimento a metade do cicio: 25 plantas

Tomate Folha com pecfolo, por ocasiao do 1° fruto maduro: 25 plantas

Tabela 4. Faixas de teores adequados de macronutrientes nas folhas de hortallcas,

N P K Ca Mg S

Hortalica g/kg g/kg g/kg g/kg g/kg g/kg

Alface 30- 50 4-7 50 -80 15 -25 4-6 1,5-2,5

Berinjela 40- 60 3 -12 35-60 10 -25 3 -10 -

Pepino 45- 60 3 -12 35-50 15 - 35 3 -10 4-7

Pimentao 30 - 60 3-7 40 -60 10 - 35 3 -12 -

Tomate 40- 60 4-8 30 -50 14 -40 4-8 3 -10

Tabela 5. Faixas de teores adequados de micronutrientes nas folhas de hortallcas,

Cultura B Cu Fe Mn Mo Zn

mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg mg/kg

Alface 30 - 60 7 -20 50 -150 30 -150 0,8 - 1,4 30 -100

Berinjela 25-75 7 -60 50 - 300 40 - 250 - 20 - 250

Pepino 25- 60 7 -20 50 - 300 50 - 300 0,8 - 1,3 25 -100

Pimentao 30 - 100 8-20 50 - 300 30 - 250 - 30 -100

Tomate 30 - 100 5 -15 100 - 300 50 - 250 0,4 - 0,8 30 - 100

4. Calagem

A necessidade da calagem e determinada pela porcentagem de saturacao por

bases do solo e a tolerancia da especie de hortalica ao menor ou maior grau de acidez

do solo. A equacao para calculo da calagem e dada por:

NC = CTC (V 2 - V 1}

10 PRNT

na qual NC e a necessidade de calagem, em t /ha; a CTC ( ou t ) e a capacidade de troca de

cations do solo expressa em mmol.rdm' de solo; V 1 = saturacao por bases dada pela analise

do solo; V 2 = saturacao por bases que se pretende atingir (de uma maneira geral entre 70 e

80%). a dose de calcario obtida com essa equacao e adequada para corrigir 0 solo em 20 cm

de profundidade. se 0 calcario for incorporado em outra profundidade que n80 20 cm, a NCprecisa ser corrigida proporcionalmente.

36

Page 33: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 33/78

 

A incorporacao do calcario deve ser feita ate 20 a 30 cm de profundidade, pois

diversas hortalicas tem 0 sistema radicular tao profundo como culturas extensivas. Oentre as

hortalicas de sistema radicular profundo cultivadas em estufa agrfcola pode-se citar 0

tomate. Com 0 sistema radicular moderadamente profundo destacam-se pirnentao, pepino,

berinjela, me180, salsa e cebolinha. Entre aquelas de sistema radicular pouco profundo

citam-se a alface, chic6ria e alrneirao,Aaplicacao do calcario deve serfeita pelo menos 30 a 40 dias de antecedencia ao

plantio utilizando-se de preferencia 0 calcario finamente mofdo ("filler") com PRNT de 80 a

90% ou parcialmente calcinado (PRNT 90 a 100%). Caso seja encontrado apenas 0 calcario

comum (PRNT de 60 a 70%) este deve ser incorporado ao menos 60 dias antes do plantio

das hortalicas, Oeve-se preferir os calcarios que contenham boa quantidade de rnaqnesio

em sua cornposicao, como os dolomfticos (acima de 12% de MgO).

5.Adubacao orqanlca em pre-plantlo,

A adubacao orqanica para hortalicas sob cultivo protegido apresenta as seguintes

vantagens:

a) Melhora as condicoes ffsicas do solo, diminuindo, por exemplo, os problemas de

cornpactacao de solos, freqi.iente no sistema de cultivo protegido.

b) Oiminui a incidencia de nemat6ides visto que os adubos orqanicos em geral possibilitam 0

desenvolvimento nos solos de microorganismos uteis que tem acao antaqonica aos

nemat6ides.

c) Fornece, ainda que parcialmente, nutrientes as plantas de maneira gradual e continua.

Oentre os fertilizantes orqanicos indicados para utilizacao em culturas sob cultivo

protegido, destacam-se 0 humus de minhoca, 0 composto orqanico e a torta de mamona pre-

fermentada. Oeve-se evitar a utilizacao de adubos orqanicos crus ou mal curados, pois

podem trazer prejufzos as mudas de hortalicas ap6s transplante, isso porque n80 ha tempo

suficiente entre a aplicacao de tais adubos e seu processo completo de cura ("humificag80")

no solo.

Recomenda-se um perfodo de 15 a 30 dias entre a aplicacao do fertilizante orqanico

eo plantio das mudas de hortalicas.

As quantidades dos fertilizantes orqanicos a serem aplicadas dependem tarnbern de

sua disponibilidade local e do custo do transporte e aplicacao, A incorporacao dos adubos

orqanicos, sempre que possfvel, deve ser feita desde a superffcie ate uns 30 cm de

profundidade. A tabela 6 mostra as recornendacoes de adubacao orqanica para diferentesgrupos de hortalicas, valido tanto para 0 cultivo protegido, como no campo, a ceu aberto.

37

Page 34: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 34/78

 

Tabela 6. Recomendacoes de adubacao orqanlca para hortallcas no campo

(A ceu aberto) e sob cultivo protegido.

Esterco bovino bem Esterco de Torta de mamona

Grupo de curtido ou Composto galinha/frango sulnos (pre-ferrnentada)

hortalicas e ovinos

kq/rn" de canteiro

Folhosas

(alface, rucula, etc.) 2-4 0,5 - 1 0,1 - 0,2

Frutos

(tomate, pirnentao, etc.) 2-4 0,5 - 1 0,1 - 0,2

Bulbos e Rafzes

(cebola, cenoura, etc.) 1 - 2 0,25 - 0,50 0,02 - 0,05

Obs: Maiores doses de fertilizantes orqanicos para solos de fertilidade baixa.

Aplicar 15 a 30 dias antes do plantio. Incorporar a 20 a 30 cm de profundidade em area

total de canteiro.

6. Caracteristicas dos fertilizantes utilizados para adubacao de hortallcas sob cultivo

protegido.

Os fertilizantes aplicados em pre-plantio para hortalicas sob cultivo protegido devem

preferencialmente ser aplicados de 10 a 15 dias antes do plantio e incorporados em areatotal dos canteiros ou nos sulcos de plantio. Devido ao menor custo e boa eficiencia

aqronornica, recomenda-se para 0 pre-plantio a utilizacao dos fertilizantes de solubilidade

parcial em aqua e em acidos fracos, como 0 superfosfato simples, superfosfato triplo, 0

termofosfato, farinha de ossos, no caso dos fosfatados e 0 cloreto e potassic e sulfato de

potassic no caso dos potassicos, Ainda em pre-plantio, onde sao aplicadas moderadas

quantidades de nitroqenio e tarnbern possfvel a utilizacao de fertilizantes como a ureia,

sulfato de amenia e nitrato de arnonio, entre outros de menor custo em relacao aos

nitrogenados altamente soluveis, Tais fertilizantes, porern, nao devem ser aplicados demaneira indistinta e por perfodos continuos, pois poderao causar problemas de salinizacao e

acidificacao do solo.

Com relacao aos adubos de cobertura, aplicados em p6s-plantio ate a colheita das

hortalicas, e fundamental a utilizacao de fertilizantes de alta solubilidade em aqua ja que

estes sao aplicados via irriqacao, em geral por gotejamento e, portanto, devem ter alto poder

de dissolucao na aqua evitando-se assim 0 entupimento dos equipamentos. Entre as

principais fontes destacam-se 0 rnonoarnonio fosfato(MAP purificado), nitrato de calcic,

nitrato de potassic e 0 fosfato rnonopotassico (MKP) como eficientes fontes de nutrientes

via fertirriqacao para as hortalicas sob cultivo protegido.

38

Page 35: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 35/78

 

As tabelas 7 e 8 mostram as cornposicoes e caracterfsticas qufmicas de fertilizantes

comerciais utilizados para adubacao de hortalicas em geral.

Tabela 7. Cornposlcao, teores de nutrientes e solubilidade de fertilizantes comerciais.

Fertilizante Formula Teor do elemento(%) Solubilidade (gIL)

20 DC 25 DC

Nitrogenados

Nitrato de Am6nio NH4N03 33 1.950 -

Nitrato de Calci o Ca(N03l2 15(N)20(Ca) 1.220 3410

Nitrato de S6dio NaN03 16 730 920

Sulfato de Am6nio (NH4)S04 20(N)24(S) 710 -

Urei a CO(NH2l2 45 1.030 1190

Uran NH4N03+CO(NH2l2 32 Alta Alta

Fosfatados

Superfosfato Ca(H2P04l2 2H2O+CaS04 18(P20S) 20(Ca) 12(S) 20 -

Simples

Superfosfato Triplo Ca(H2P04l2 2H2O 43(P20S) 12(Ca)1 (S) 40 -

Acido Fosf6rico H3P04 55(P2OS) 460 5480

Potas stcos

Cloreto de Pot ass io KCI 60 347 -

Sulfato de Pot as si o K2S04 50(K20) 18(S) 110 -

Sulfato duplo de K2S04 .2MgS04 22(K20) 10(Mg) 22(S) 250 -

Potas sio e Maqne sic

Nitrogenados-F osfatados

Fosfato Monoam6nico NH4H2P04 1O(N) 52(P2OS) 230 -

(MAP)

MAP purificado (MAP) NH4H2P04 11(N) 60(P2OS) 370 -

Fosfato Diam6nico (NH4l2HP0

417(N) 44(P2OS) 430 -

(DAP)

Fosfato de Urei a CO(NH2l2H3P04 18(N) 44(P2OS) 625 Alta

Nitrogenados-Potassicos

Nitrato de Pota ssi o KN03 13(N) 44(K2O) 320 -

Salitre Pota ssic o NaN03 KN03 15(N) 14(K2O) 623 -

39

Page 36: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 36/78

 

Tabela 7. Cornposlcao, teores de nutrientes e solubilidade de fertilizantes comerciais

(contlnuacao),

Fertilizante Formula Teor do elemento (% ) Solubilidade (gIL)

20 DC 25 DC

Fosfo-Potassicos

Fosfato Mon opotassic o KH2P04 51(P20S) 33(K2O) 230 330

(MKP)

Fosfato Bip ota ssic o K2HP04 40(P20S) 53(K2O) 1.670 -

Calcicos

Cloreto de Calci o CaCI25H2O 20 670 -

pentahidratado

Cloreto de Calci o CaCI2 .2H2O 27 980 -

Bihidratado

Sulfato de Calci o CaS04 . 2H2O 18(Ca) 16(S) 2,4 -

(gesso)

Magnesianos

Nitrato de maqn esi o Mg(N03l2 6H2O 9(Mg) 11(N) 720 -

Sulfato de rnaqn esio Mg(S04l2 . 7H2O 9,5(Mg)12(S) 710 -

Micronutrientes

Borax Na2B40y. 10H2O 11 21(1) -

Solubor Na2Ba013 4H2O 20 220(1) -

Aeido B6rieo H3B03 17 63(2) -

Molibdato de s6dio Na2Mo04 2H2O 39 580 -

Molibdato de (NH4)6Moy024 4H2O 54(Mo) 7(N) 430(1) -

am6nio

Sulfato de eobre CUS04 . 5H2O 25(Cu) 12(S) 240 -

Sulfato ferroso FeS04 7H2O 19(Fe) 10(S) 330 -

Sulfato de ferro Fe(S04h 4H2O 23(Fe)18(S) 240 -

Cloreto Ierrico FeCI3 6H2O 20(Fe)30(CI) 92 -

Sulfato de manq anes MnS04 4H2O 25(Mn)14(S) 1.050(1 ) -

Sulfato de zineo ZnS04 7H2O 21(Zn)11(S) 960 -

heptaidratado

(1) Solubilidade a 0 -c . (2) Solubilidade a 30 -c .

40

Page 37: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 37/78

 

Tabela 8. lndlce salino, condutividade eletrlca, indice de acidez e alcalinidade e pH de

fertilizantes comerciais.

Fertilizantes indice salino(1) Condutividade indice de acidez pH em

eIIHrica(2)(dS/m) e alcalinidade(3) agua (1:10)

Nitrato de Arnon!o 105 1,5 + 62 5,6

Ureia 75 - + 71 7,3

Sulfato de Arnon!o 69 2,1 + 110 4,2

Nitrato de Ca!c!o 52 1,2 - 20 6,5

Nitrato de S6dio 100 - - 29 9,6

Uran - 1, 1 + 57 -

Fosfato Mono amonico 30 0,8 + 58 4,5

(MAP)

Fosfato Diarnonico 34 - + 75 7,5

(DAP)

Fosfato de Ure !a - 1,2 - 2,7

Acido Fosf6rico - 1,7 + 110 2,6

(54% P2OS)

Cloreto de Pot as s io 116 1,7 0 5,8

Sulfato de Pot as s io 46 1,4 0 5,7

Nitrato de Pot as s io 74 1,3 - 6,5

Sulfato de Pot as s io 43 - 0 5,3

e Magnesio

Salitre Pot as sico 92 - - 29 -

Fosfato Monop otas s ico 8 0,7 0 4,5

(MKP)

(1) indice relativo ao nitrato de s6dio (valor 100).

(2) Determinada na concentracao de 1 g de fertilizante por litro de agua.

(3) Sinal+(acidez): kg de CaCO, necessario para neutralizar 100 kg de fertilizante

Sinal - (alcalinidade): kg de CaCO,"adicionados" pela aplicacao de 100kg de fertilizante

41

Page 38: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 38/78

 

7. Qualidade da agua para irrigac;ao e fertlrrlqacao de hortallcas

E fundamental ter 0 conhecimento da qualidade da aqua que sera utilizada tanto

para irriqacao como para fertirriqacao das hortalicas cultivadas sob estufa agrfcola ou a

campo (a ceu aberto). A tabela 9 apresenta as faixas de nfveis crfticos ou valores rnaxirnos

de diversos parametres, acima dos quais poderao ocorrer problemas.

Tabela 9. Faixas de valores maxlmos ou niveis criticos de diferentes para metros na

agua de irrigac;ao e fertlrrlqacao para hortallcas,

Parametros * Valores maximos Parametres Valores maximos

pH 7,0 - 7,5 Si 5 -10

C.E .. (dS / m) 0,5 - 1,2 Pb 0,1

RAS 3-6 Co 0,05 - 0,10

Bicarbonatos 60 - 120 Ni 0,2 - 0,5

S61idos soluveis480 - 832 AI 5

totais (TDS)

Na 50-70 F 0,2 -1,0

Ca 80 - 110 Mo 0,01 - 0,1

Mg 50 - 110 Se 0,01 - 0,02

N total 5-20 V 0,1

NOT 5 -10 Li 0,07 - 2,50

N H 4+ 0,5- 5 Cr 0,05 - 0,10

NOr 1,0 Be 0,1 - 0,5

SO 4- 100 - 250 As 0,05 - 0,10

H2S 0,2 - 2,0 Ba 1,0

K 5 -100 Hg 0,002

P 30 Cd 0,01

CI 70 - 100 CW 0,2

Fe 0,2-1,5 Sn 2,0

Mn 0,2 - 2,0 Fen6is 0,001

Cu 0,2-1,0 Col. fecal ** 1.000

Zn 1,0 - 5,0 Col. total ** 5.000

B 0,5-1,0

* valores em mg/L com excecao do pH, C.E. eRAS ( Relacao de Adsorcao de S6dio)

** coliformes em nmp (nurnero mais provavel) em 100 ml de aqua

42

Page 39: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 39/78

 

8. Recomendacoes de adubacao para hortalicas sob cultivo protegido conforme

analise do solo.

A seguir sao descritas as recornendacoes de adubacao de hortalicas conforme os

teo res de nutrientes no solo, com base inclusive na extracao e exportacao de nutrientes

pelas hortalicas, Foram feitas algumas rnodificacoes nas quantidades e epocas de aplicacaorecomendadas originariamente para cultivo no campo, adequando-se para 0 sistema de

cultivo protegido.

Aadubacao no solo em pre-plantio deve ser realizada em toda area do canteiro ou

no sulco de plantio. Recomenda-se a aplicacao do calcario e fertilizantes desde a superffcie

ate uns 20 a 30 cm de profundidade para proporcionar melhor crescimento e distribuicao do

sistema radicular das plantas.

o parcelamento dos fertilizantes a serem aplicados em cobertura deve levar em

conta, a marcha de absorcao de nutrientes da cultura. Para as hortalicas de maneira geral

considera-se que 10 % dos nutrientes sao aplicados no primeiro quarto do ciclo da cultura

(infcio de crescimento); 20 % dos nutrientes sao aplicados na segunda fase de

desenvolvimento; 40 % dos nutrientes sao aplicados na terceira fase do ciclo (perfodo de

maier formacao de massa verde de folhas e frutos) e 30 % na quarta fase do ciclo da cultura.

Oependendo da especie e do grupo de hortalicas (folhas, rafzes e frutos), nutrientes como 0

potassic tem a sua aplicacao concentrada na etapa da maxima producao de frutos.

As tabelas 10; 11; 12 e 13 mostram as quantidades de nutrientes necessaries

para diversas hortalicas produzidas sob cultivo protegido.

Tabela 10. Recomendacoes de adubacao para plantio de alface, alrnelrao, chlcorla,

rucula, couve de folhas', salsa' e cebolinha', sob cultivo protegido, conforme teores

de nutrientes no solo.

P (resina), rnq/drn" K trocavel, mmol.zdrn"Nitroqenio

0-25 I 26-60 I >60 0-1,5 I 1,6-3,0 I >3,0

N, kg/ha P205, kg/ha K20, kg/ha

40 400

I300

I200 120

I80

I40

1 Aplicar para salsa, cebolinha e couve de folhas, 2/3 dos nutrientes acima indicados.

Misturar os adubos minerais ao solo, pelo menos 10 dias antes da semeadura

ou transplante das mudas. Acrescentar, a adubacao mineral de plantio a ser aplicada, 1 kg

de B/ha e 3 kg de Zn Iha para todas as hortalicas acima citadas.

43

Page 40: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 40/78

 

Adubacao mineral de cobertura:

Alface: 60 a 120 kg/ha de N; 20 a 40 kg/ha de P205 e 30 a 60 kg/ha de K20, parcelando as

aplicacoes em doses diarias ou em dias alternados, atraves da fertirriqacao.

Alrnelrao e Chic6ria: 60 a 120 kg/ha de N, parcelando as doses atraves da fertirriqacao,

Couve de folhas: 60 a 120 kg/ha de N e 20 a 40 kg/ha de K20, parcelando as doses atraves

da fertirriqacao. Acada 30 dias pulverizar as plantas com 0,5 9 de molibdato de amenia e 1 9

de acido b6rico por litro de aqua.

Cebolinha: 60 a 90 kg/ha de Ne 20 a 40 kg/ha de K20, parcelando atraves da fertirriqacao.

Rucula: 120 a 150 kg/ha de N, parcelando as doses atraves da fertirriqacao,

Salsa: 30 a 60 kg/ha de Ne 20 a 40 kg/ha de K20, parcelando as doses na fertirriqacao.

As quantidades maiores ou menores de nutrientes dependerao da analise do solo, analise

foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada.

Tabela 11. Recomendacoes de adubacao para plantio de abobrinha e pepino sob

cultivo protegido, conforme teores de nutrientes no solo.

P (resina), rnq/drn" K trocavel, mrnol.rdrn"Nitroqenio

0-25 26-60 I >60 0-1,5 1,6-3,0 I >3,0

N, kg/ha P205, kg/ha K20, kg/ha

40 400 300 I 200 160 90 I 60

B, rnq/drn" Cu, rnq/drn" Zn, rnq/drn"

0-0,30 >0,30 0-0,2 I 0,3-1,0 >1,0 0-0,5 I >0,5

B, kg/ha Cu, kg/ha Zn, kg/ha

1 0 4 I 2 0 3 I 0

Adubacao mineral de cobertura:

Aplicar 60 a 120 kg/ha de N; 40 a 80 kg/ha de P205 e 80 a 120 kg/ha de K20,

parcelando atraves da fertirriqacao,

As quantidades maiores ou menores de nutrientes dependerao da analise do

solo, analise foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada

44

Page 41: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 41/78

 

Tabela 12. Recomendacoes de adubacao para plantio de plmentao, pimenta-horticola,

berinjela e jilo, sob cultivo protegido, conforme teores de nutrientes no solo.

P (resina), mg/dm" K trocavel, rnrnot/orn" Zn, mg/dm"Nitroqenio

0-25 I 26-60 I >60 0-1,5 I 1,6-3,0 I >3,0 0-0,5 I >0,5

N, kg/ha P205, kg/ha K20, kg/ha Zn, kg/ha

40 520 I 240 I 120 150 I 90 I 60 3 I 0

Acrescentar a adubacao de plantio 1 kg/ha de Be de 20 a 30 kg/ha de S.

Aplicar 2/3 destas doses de nutrientes no plantio para a cultura do jil6.

Adubacao mineral de cobertura:

Aplicar de 80 a 160 kg/ha de N; 60 a 100 kg/ha de P205 e 80 a 160 kg/ha de K20,

parcelando atraves da fertirriqacao,

As quantidades maiores ou menores de nutrientes dependerao da analise de

solo, analise foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada.

Tabela 13. Recomendacao de adubacao para plantio de tomate sob cultivo protegido,

conforme teores de nutrientes no solo.

P (resina), mg/dm" K trocavel, mmol.zdrn"Nitroqenio

0-25 I 26-60 >60 0-1,5 I 1,6-3,0 I >3,0

N, kg/ha P205, kg/ha K20, kg/ha

60 800 I 500 300 240 I 160 I 90

B, rnq/drn" Zn, rnq/drn"

0-0,30 0,31-0,60 I >0,60 0-0,5 I 0,6-1,2 I >1,2

B, kg/ha Zn, kg/ha

2,5 1 I 0 5 I 3 I 0

Acrescentar a adubacao de plantio 20 a 40 kg/ha de S.

Adubacao mineral de cobertura:

Aplicar de 200 a 300 kg/ha de N; 60 a 120 kg/ha de P 205 e 120 a 240 kg/ha de K20,

parcelando as doses atraves da fertirriqacao.

As quantidades menores ou maiores de nutrientes a serem aplicados dependerao

da analise de solo, analise foliar, cultivar utilizado e produtividade esperada.

9. Calculo de fertlrrlqacao com a mistura de fertilizantes simples.

A seguir sera apresentado 0 calculo de fertirriqacao, considerando-se a

necessidade do nutriente por area plantada (kg/ha) independentemente do volume de aquaaplicado.

45

Page 42: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 42/78

 

Exemplo: considerando a recornendacao para 0 pirnentao, sob cultivo protegido, no perfodo

de 40 a 50 dias ap6s plantio, as seguintes quantidades de nutrientes: 1,70 kg/ha de N; 0,58

kg/ha de P205 e 3,00 kg/ha de K20 pordia.

Dispomos dos seguintes fertilizantes:

MKP: fosfato rnonopotassico (52% de P205 e 34% de K20)

KN03: nitrato de potassic (13% de N e 46% de K20)

NH4N03: nitrato de amenia (33% N)

a) Adubacao fosfatada (fonte: MKP)

Sao necessaries 0,58 kg/ha de P205/dia

100 kg de MKP . 52 kg P205

x . 0,58 kg P205 necessaries

x = 100 x 0,58 = 1,11 kg/ha de MKP / dia

52

b) Adubacao potassica (fontes: MKP e KN03)

100 kg MKP 34 kg K20

1,11 kg MKP x kg K20

x = 1,11 x 34 = 0,38 kg/ha de K20 / dia

100

Sao necessaries 3,00 kg/ha de K20 /dia

K20 contido no MKP = 0,38 kg

quantidade de K20 que falta = 3,00 - 0,38 = 2,62 kg/ha de K20 / dia

100 kg KN03

Y

. 46 kg K20

. 2,62 kg K20

y = 100 x 2,62 = 5,69 kg/ha de KN03 / dia

46

46

Page 43: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 43/78

 

c) Adubacao nitrogenada (fontes: KN03 e NH4N03)

Sao necessaries 1,70 kg/ha de N / dia

N do KN03:

100 kg KN03

5,69 kg KN03

13 kg N

x

x = 0,74 kg de N

Quantidade de N que falta = 1,70 kg - 0,74 = 0,96 kg/ha de N / dia

100 kg NH4N03 _ 33 kg N

Z _ 0,96 kg N

z = 100 x 0,96 = 2,91 kg/ha de NH4N03 / dia

33

Conclusao: Sao necessaries para atender as recornendacoes de 1,70 kg/ha de N; 0,58

kg/ha de P205e 3,00 kg/ha de K20 por dia, os seguintes fertilizantes: 1,11 kg/ha de MKP;

5,69 kg/ha de KN03 e 2,91 kg/ha de NH4N03 por dia.

Observacao: No caso de se utilizar Ca(N03)2 (nitrato de calcic), aplica-lo separadamente do

MKP ou MAP, para evitar a formacao de fosfatos de calcic insoluveis, que em quantidades

elevadas podem causar problemas de entupimentos dos "bicos" de safda dos qctejadores.

Uma solucao pratica e aplicar os produtos separadamente de rnanha e a tarde. Ex: MKP +KN03 de rnanha e Ca(N03)2 a tarde.

Outra opcao e a utilizacao de acido fosf6rico (HP04) (55 a 70% P205)com fonte de

f6sforo, por ser um produto de baixo custo unitario quanto ao kg de P205-Oeve-se tomar

cuidado na rnanipulacao do acido fosf6rico devido ao perigo potencial a saude humana e a

corrosao de alguns equipamentos rnetalicos.

10. Sistemas de fertlrrlqacao em cultivo protegido.

Pode-se citar tres sistemas de fertirriqacao utilizados para hortalicas cultivadas sob

estufa aqrlcola. °primeiro e aquele que utiliza mangueiras achatadas em forma de fitas ou

tripas, na superffcie ou sub-superffcie do solo_ Essas mangueiras contern micro-oriffcios, as

vezes na forma de poros, As mangueiras de irriqacao podem ou nao ser cobertas com

plasticos colocados ao longo das linhas plantadas com hortalicas, Outro sistema de

fertirriqacao e atraves de tubo - gotejadores que sao dispostos ao longo das linhas de

irriqacao e gotejam aqua com fertilizantes dissolvidos sobre vasos de plastico com

substratos diversos,

47

Page 44: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 44/78

 

No caso da producao de mudas de hortalicas a fertirriqacao pode ser realizada no

sistema de rnicro-aspersao e nebulizacao, onde e importante irrigar-se com aqua limpa ap6s

a aplicacao dos fertilizantes altamente soluveis para que nao ocorra "queima" das folhas por

possfveis resfduos. Ainda um quarto sistema, menos utilizado e 0 de aplicacao dos

fertilizantes na aqua de inundacao onde as mudas dentro de copinhos perfurados, sao

colocadas sobre "piscinas", onde ocorre a absorcao de aqua e nutrientes pelas plantas.

11. Recomendacoes de formulas e forrnulacoes de fertilizantes para 0 plantio de

hortallcas em pequenas areas, nos sistemas convencional eorqanlco,

Sao apresentadas a seguir duas cornposicoes para a f6rmula de fertilizantes 4-14-8

com os micronutrientes boro e zinco.

A f6rmula 4-14-8 e de uso freqi.iente como fertilizante aplicado em pre-plantio de

hortalicas em pequenas areas. Mesmo assim devera ser realizada a analise de solo para se

poder calcular as quantidades mais precisas a serem aplicadas por area. Recomenda-se

em solos de baixa fertilidade a aplicacao de 250 a 300 9 de 4-14-8 por rn " de canteiro,

naqueles solos de media fertilidade devem ser aplicados 150 a 200 9 de 4-14-8 por rn " de

canteiro e nos solos de alta fertilidade sao suficientes 50 a 100 9 de 4-14-8 por m2 de canteiro.

Tabela 14. Composlcao de dois fertilizantes recomendados para adubacao em pre-

plantio de hortas nos sistemas orqanico e convencional.

4-14-8 (+8 +Zn) orqanico (100 kg da formula)

Torta de mamona pre-ferrnentada 10 kg

Termofostato (17% P205) com Be Zn 25 kg

Farinha de ossos autoclavada (27% P205) 17 kg

Fosfato Natural Ativado (28% P205) 18 kg

Sulfato de Potassic e Maqnesio 30 kg

4-14-8 (+8 +Zn) convencional (100 kg da formula)

Sulfato de amenia 20 kg

Superfosfato simples (18% P205) 54 kg

Superfosfato triplo (43% P205) 10 kg

Cloreto de potassic 14 kg

Sulfato de zinco 1,5 kg

B6rax 0,5 kg

Tais forrnulacoes sao de simples prepare e podem ser produzidas na pr6pria

propriedade ou ate encomendadas as misturas de Empresas de Fertilizantes no sistema de

aquisicao cornunitaria, pelos horticultores.

Com relacao aos fertilizantes para aplicacao em cobertura no sistema orqanico,

pode-se citar como fontes de nitroqenio a torta de mamona pre-ferrnentada (4 a 5% de N),

48

Page 45: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 45/78

 

a farinha de casco e chifres bovinos (14% de N), a farinha desangue (10 % de N), a farinha

de pescado (5 a 7% de N). Como fonte de potassic pode-se citar 0 sulfato de potassic e

rnaqnesio (Sulpomag ou K-MAG, com 18% de K20); a casca de cafe compostada ou

fermentada (3 a 4 % de K20) e 0mosto de rnelaco de cana (5 %). Os produtos poderao ser

aplicados separadamente ou misturados. Porern em qualquer maneira de aplicacao todos

os fertilizantes orqanicos devem sofrer processo previo de cura (hurnificacao) para naocausarem danos as plantas. Tais produtos devem ser incorporados ao solo ao lado das

hortalicas, nos canteiros e nao devem ser misturados com a aqua de irriqacao, pois sao de

baixa solubilidade. Tais fertilizantes liberam gradativamente os nutrientes ao solo.

Oeve-se sempre proceder a uma avaliacao econornica, determinando-se a

relacao custo / beneffcio dos sistemas de cultivo de hortalicas no campo, a ceu aberto e sob

cultivo protegido. Oentre os fatores a serem considerados citam-se a especie de hortalica a

ser cultivada, a epoca do ano, os equipamentos a serem utilizados e a qualificacao da mao

de obra empregada.

49

Page 46: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 46/78

 

12. Referenclas bibliograticas

OLIVEIRA, C.R.; BARRETO, E.A; FIGUEIREDO,G.J.B.; NEVES, J.P.S.; ANDRADE,

L.A;MAKIMOTO, P.;DIAS, W.T. Cultivo emAmbiente Protegido. Campinas, Coordenadoria

deAssistencia Tecnica Integral, 1997.31 p. (Boletim Tecnico, 232).

RAIJ, B. van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A; FURLANI, A M. C. Recornendacoes de

Adubacao e Calagem para 0 Estado de Sao Paulo, 2.ed. rev. ampl. Campinas, Instituto

Aqronornico & Fundacao lAC, 1997.285 p. (Boletim Tecnico, 100)

RIBEIRO, AC.; GUIMARAES, P.T.G.; ALVAREZ V,VH.(eds.)Recomendagoes para 0 usa

de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais 5a aproximacao.Vicosa - Comissao de

Fertilidade do Solo do Estado de Minas Gerais, 1999.359 p.

TRANI, P.E. & CARRIJO, 0. A Fertirriqacao em Hortalicas, Campinas, Instituto

Aqronornico, 2004. 58 p.

Agradecimentos

°autor agradece ao Sr. Andre Luis Trani do Instituto de Qufmica de Sao Carlos

(USP) pela revisao e cornposicao final deste trabalho e ao Dr. Sebastiao Wilson Tivelli (IAC-

Centro de Horticultura) pelo convite e incentivo a elaboracao do trabalho.

50

Page 47: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 47/78

 

A S P E C OS R A S I C O S M A N E IO

D A s O l u c l o N U T R I T I I A E M

C U l T I I O H ID -O P O N I C O

r~

Page 48: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 48/78

 

ASPECTOS BAslCOS DO MANEJO DA SOLUCAO NUTRITIVA

EM CULTIVO HIDROPCNICO

Fernando Cesar Bachiega Zambrosi 1

Pedro Roberto Furlani 2

1. lntroducao

o crescimento da populacao e a sua concentracao nos grandes centres urbanos

estao gerando a crescente necessidade de producao de alimentos, porern, n80 apenas em

quantidade, mas tarnbern com qualidade. Neste contexto, 0 cultivo hidroponico surge como

importante alternativa para auxiliar a suprir esta demanda. Atraves desse sistema e possfvelatingir produtividades elevadas mantendo a qualidade do produto, requerendo para tal,

pouco espaco ffsico. Alern disso, esse tipo de cultivo pode ser realizado durante 0 ana todo.

A hidroponia e uma tecnica de cultivo em ambiente protegido, na qual 0 solo e substitufdopela SOlug80 nutritiva, onde estao contidos todos os elementos essen cia is ao

desenvolvimento das plantas. Esta tecnica e tarnbern conhecida como cultivo sem solo. A

palavra hidroponia e originada da juncao de dois radicais gregos hidro, que significa aqua e

ponos, que significa trabalho. E um sistema de producao relativamente antigo, mas que

somente a partir da decada passada apresentou crescimento expressivo da area cultivada

no Brasil.

Em cornparacao ao sistema convencional (cultivo no solo), 0 sistema hidroponico

apresenta algumas vantagens, que merecem destaque: (I) maior produtividade, (II)producao durante 0 ana todo; (III) produtos mais limpos e de melhor qualidade, (IV) obtencao

de melhores precos pelo produto colhido; (V) menor necessidade de m80 de obra e melhor

ergonomia no trabalho, (VI) maior eficiencia no uso da aqua e nutrientes.

No entanto, tem maior custo inicial de irnplantacao e necessita maior conhecimento tecnico

para sua realizacao, sobretudo, em relacao ao manejo nutricional das plantas e do ambiente

de producao,

Para iniciar a atividade, e importante que os interessados procurem maior interacao

com a referida tecnica, por meio da realizacao de cursos, leituras de manuais e boletins

tecnicos, ou consulta a centro de pesquisas e universidades. Esta etapa de farniliarizacao do

produtor com 0 cultivo hidroponico e fundamental para 0 futuro de seu empreendimento.Para 0 sucesso do cultivo no sistema de hidroponia, podemos mencionar alguns

procedimentos basicos, que de certo modo S80 aplicados em outros tipos de atividade

agrfcola. 0 agricultor deve verificar qual sera 0 destine de sua producao, ou seja, se a

mesma tera colocacao no mercado. Em relacao ao produto a ser plantado, escolher aquele

com boa aceitacao pelos consumidores, e que n80 tenha maiores dificuldades para a

cornercializacao.

1 Centro de Solos e Recurso Ambientais (Instituto Aqronornico - lAC).

2 Centro de Solos e Recurso Ambientais (Inst ituto Aqronornico - lAC); Conplant.53

Page 49: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 49/78

 

Quanto aos aspectos tecnicos do sistema produtivo, e essencial: (I) escolher 0 localadequado para a construcao da estufa agrfcola ou ambiente protegido, (II) analisar a aqua

antes de utiliza-la para 0 prepare da SOlug80nutritiva, (III) montar corretamente as estruturas

necessarias, (IV) escolher 0 cultivar mais indicado para a reqiao, (V) produzir mudas sadias

e vigorosas, (VI) monitorar a ocorrencia de pragas e doencas, (VII) atender as exiqencias

nutricionais das plantas com 0 correto prepare e manejo da SOlug80nutritiva.Atualmente existem varies sistemas de cultivo hidroponico, que S80 escolhidos em

funcao dos objetivos do produtor, do produto a ser cultivado e das estruturas ja disponfveis

na propriedade.Aseguirsera descrito um sistema bem difundido e de ampla adocao entre os

produtores de hortalicas,

Sistema NFl (Nutrient film technique) ou tecnlca do fluxo laminar de nutrientes: ecomposto basicamente de um tanque de SOlug80nutritiva, sistema de bombeamento, canais

de cultivo e um sistema de retorno ao tanque. A SOlug80 nutritiva

ebombeada aos canais e

escoa por gravidade formando uma fina lamina de SOlug80,que irriga as rafzes das plantas.

o reservat6rio deve ficar abaixo do nfvel do solo, para facilitar 0 retorno da SOlug80 por

gravidade e minimizar 0 aquecimento da SOlug80.0reservat6rio pode ser feito de fibra de

vidro ou PVC, sem a necessidade de revestimento interno, mas, se for de fibrocimento ou

alvenaria, existe a necessidade de fazer a imperrneabilizacao com resinas n80 t6xicas para

evitar que a SOlug80 nutritiva com pH de 5,0 a 6,5 reaja com 0 cimento, que e alcalino,

produzindo uma SOlug80com aspecto leitoso (Rodrigues, 2002). 0tamanho do reservat6rio

deve ser dimensionado em funcao do nurnero de plantas que se pretende cultivar e alimentar

com 0 volume da SOlug80 armazenada. Para alface, recomenda-se uma relacao de

volume/planta n80 inferior a 0,5. Porern, n80 se recomenda 0 usa de reservat6rios com

volumes superiores a 5.000 litros, pois 0 manejo qufmico (correcao de pH e condutividade

eletrica) e morose e de diffcil execucao na pratica (Furlani, 1998).

o canal de cultivo e 0 local responsavel pelo crescimento e sustentacao das plantas e

por onde escorre a SOlug80 nutritiva que banha as rafzes, fornecendo aqua e os nutrientes

para as planta em crescimento, por isso a conformacao do canal, profundidade e largura,

influem na qualidade final do produto colhido. Existem varies tipos de canais que S80

utilizados: telhas de amianto, tubos de PVC e tubos de polipropileno. Esses canais ficam

apoiados em estruturas denominadas de bases de sustentacao, que devem ficar espacados

no maximo 1,2 m para conferir maior estabilidade os perfis. Ao Iongo da mesa de cultivo

(perfis + base de sustentacao) deve haver um desnfvel para que a SOlug80 percorra os

canais por gravidade e assim retorne ao reservat6rio, de onde sera bombeada novamente

para a parte mais alta da mesa. Este declive deve estar ao redor de 5% (desnfvel de 0,5 m

entre a parte mais alta e a mais baixa da mesa para um comprimento total de 10m).

54

Page 50: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 50/78

 

o comprimento maximo da mesa deve estar ao redor de 30 m, para que a mesma n80

fique muito alta ou muito baixa em funcao de atender 0 desnfvel necessario e assim dificultar

o trabalho. Mesas muito longas tarnbern dificultam a aeracao da SOlug80 e acentua as

diferencas na concentracao de nutrientes ao longo da mesa (Furlani et aI., 1999), alern de

dificultar a desinfeccao dos canais (Rodrigues, 2002). A largura da mesa deve ser de no

maximo 2,0 m para facilitar a acao dos trabalhadores no local.A frequencia de circulacao da SOlug80 na mesa de cultivo pode ser comandada por

um timerou temporizador, que regula 0 tempo de funcionamento da bomba, a qual deve ficar

deve ficar instalada abaixo do nfvel superior do deposito para que trabalhe "afogada" e n80

tenha problemas de entrada de ar na succao, 0 que pode interromper seu funcionamento, e

assim causar danos irreparaveis nas plantas devido a falta de irriqacao (Furlani, 1998).

Segundo este mesmo autor, a capacidade da bomba deve contemplar a necessidade da

vaZ80 requerida nas mesas de cultivo, acrescida de 50%, para compensar as perdas de

cargas nas tubulacoes e propiciar a instalacao de um retorno ao deposito para oxiqenacao e

hornoqeneizacao da SOlug80.Alern disso, 0 tempo de funcionamento da bomba (irriqacao) e

repouso (drenagem) e variavel em funcao da especie vegetal, da epoca do ano, da idade da

planta e das condicoes ambientais de umidade e temperatura. Durante 0 dia, pode ser

adotado tempo de funcionamento de 15 minutos, enquanto a noite, a irriqacao pode ser

suspensa, exceto em noites muito quentes e secas, que deve ser realizada uma a duas

vezes em intervalos bem espacados,

Um dos grandes problemas enfrentados no cultivo hidroponico, principalmente em

reqioes muito quente e na epoca do verao e 0 aquecimento exagerado da SOlug80nutritiva,

que pode reduzir 0 O2 na SOlug80nutritiva e provocar 0 escurecimento e a morte das rafzes.

Desta maneira, na instalacao das estruturas e importante que sejam tomadas

medidas no intuito de amenizar esta situacao, como por exemplo: utilizar canais de cultivos,

encanamentos e reservatorio com cores claras; enterrar 0 encanamento e 0 reservatorio no

solo (Furlani et aI., 1999).

No cultivo hidroponico, as mais variadas especies de plantas podem ser cultivadas, as quais,

segundo Rodrigues (2002), podem serdivididas em:

1) Flores: crisanterno, cravo, gerbera, orqufdea, anturio, qeranio, copo-de-Ieite, hortensia,

rosa e outras.

2) Forrageiras: aveia, alfafa, centeio, milho, cevada, sorgo, triguilho, azevern, outras.

3) Frutos: me180,morango, rnarnao, outras.

4) Hortallcas: alface, aqriao, alrneirao, aspargo, cebolinha, chicoria, espinafre, rucula,

tomate, berinjela, pirnentao, pimenta, outros.

55

Page 51: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 51/78

 

2.Manejo da Solucao nutritiva

A SOlug80nutritiva e 0 meio pelo qual os nutrientes previamente dissolvidos na aqua

S80 colocados a disposicao das plantas e, e tida como uma das partes mais importantes de

todo 0 sistema hidroponico, sendo que 0 mau uso desta pode acarretar series preju fzos para

as plantas. Furlani et a/. (1999) salientam que muitos cultivos hidroponicos n80 obternsucesso, principalmente devido ao desconhecimento dos aspectos nutricionais desse

sistema de producao, 0 qual requer forrnulacao e manejo adequados das solucoes

nutritivas.

Diversas solucoes tern sido usadas com sucesso pela pesquisa, mas nenhuma

SOlug80 nutritiva e superior a outras no que diz respeito a sua cornposicao, pois as plantas

tern acentuada capacidade de se adaptarem em diferentes condicoes nutritivas. 0

adequado fornecimento de nutrientes esta diretamente relacionado com 0 volume de

SOlug80, estadio de desenvolvimento das plantas, taxa de absorcao de nutrientes e

frequencia de renovacao e reposicao de nutrientes na SOlug80 nutritiva. 0meio n80 e 0

principal no cultivo de plantas. Ela serve meramente como um sistema inerte para levar a

SOlug80 nutritiva ate as rafzes. Muitos esforcos tern sido investidos na forrnulacao de

solucoes nutritivas. Muitas cornposicoes tern sido bem sucedidas e ha pouca probabilidade

de que qualquer cornbinacao particular de concentracoes e proporcoes de sais se prove

decididamente superior a qualquer outra, embora a busca por estas seja constante (Epstein

& Bloom, 2006).

o incorreto manejo da SOlug80nutritiva esta entre os principais fatores de insucesso

no cultivo de plantas no sistema hidroponico. Portanto, e um aspecto que deve receber uma

atencao especial por parte do produtor, sobretudo pelo impacto que detern sobre a

produtividade e qualidade da producao.Asolucao nutritiva deve ser monitorada diariamente,

completando-se 0 volume do reservat6rio com aqua e promovendo-se ap6s uma boa

homoqeneizacao, as medidas de pH e condutividade eletrica (CE). ACE e monitorada com

auxflio de um condutivfmetro e fornece inforrnacao indireta sobre a concentracao de

nutrientes e a necessidade de reposicao destes a SOlug80 nutritiva. Entretanto, a CE n80

informa a concentracao individual de cada elemento, sendo para tal, necessario a realizacao

de analises qufmicas.

o pH e medido com auxflio de peaqarnetros e, em geral, valores compreendidos na

faixa de 5,0-7,0 S80 os mais indicados, por ser a faixa de pH em que as plantas apresentam

um melhor cresci mento, isto, porque 0 pH influi no equillbrio de oxido-reducao, na

solubilidade de varies constituintes e na forma ionica dos elementos, e conseqi..ientemente

na disponibilidade dos mesmos (Epstein & Bloom, 2006). Valores abaixo de 4,0 afetam a

integridade das membranas celulares, enquanto os valores superem os 6,5 deve ter atencao

redobrada com possfveis sintomas de deficiencia de micronutrientes, principalmente ferro,

que pode formar precipitados e ficar indisponfvel a absorcao pelas rafzes das plantas. Nestecontexto, e fundamental que 0 elemento seja fornecido na forma de quelatos,

56

Page 52: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 52/78

 

por exemplo, Fe-EDDHA e Fe-EDDHMA, que perrnitirao maior disponibilidade do

micronutriente, mesmo em condicoes de pH alcalino, comum em aquas que contern

carbonatos e bicarbonatos.

A cornposicao ideal da solucao nutritiva depende nao somente das concentracoes

dos nutrientes, mas tarnbern de outros fatores ligados ao cultivo, incluindo 0 tipo ou sistema

hidroponico, os fatores do ambiente, a epoca do ana (curacao do perfodo de luz), estadiofenol6gico, a especie vegetal e 0 cultivar em producao, Por exemplo, para as culturas que

possuem fase reprodutiva com interesse comercial na producao de flores, a relacao entre N

eKe P considerada deve ser diferente da usada para 0 desenvolvimento vegetativo. No

perfodo de floracao e frutificacao, deve-se reduzir a relacao N/K e aumentar P/K (Furlani et

aI., 1999).

No prepare da solucao nutritiva, e importante que sejam tomados alguns cuidados,

tais como: (I) conhecer a qualidade da aqua, ou seja, suas caracterfsticas qufmicas e

microbiol6gicas; (II) observar a relacao custo/beneffcio e solubilidade na escolha dos

fertilizantes; (III) 0 nitroqenio na forma amoniacal (NH4+)nao ultra passe 20% da quantidade

total de N na forrnulacao; (IV) evitar a mistura da solucao concentrada de nitrato de calcic

com sulfatos e fosfatos; (V) usar preferencialmente molibdato de amenia ou acido molfbdico

do que molibdato de s6dio, pois este e muito alcalino e, quando adicionados ao coquetel dos

demais sais de micronutrientes, podem ocasionar precipitacoes de alguns deles (Furlani et

aI., 1999).

Na literatura existem disponfveis inurneras propostas de solucoes nutritivas para 0

cultivo de plantas no sistema hidroponico, Qualquer sal soluvel pode ser utilizado para 0

prepare da solucao nutritiva, desde que forneca 0 nutriente requerido e nao contenha

elemento qufmico que prejudique 0 desenvolvimento das plantas (Quadro 1). Os sais

utilizados para 0 cultivo comercial nao exigem elevada pureza qufmica, 0 que inviabilizaria 0

cultivo hidroponico, devido ao custo elevado. Sa is com grau tecnico e mesmo fertilizantes

qufmicos soluveis podem ser usados sem maiores problemas (Furlani, 1998). No quadro 2

esta apresentada a forrnulacao da solucao proposta por Furlani (1998) para diversas

especies de plantas, com os sais/fertilizantes necessaries e suas respectivas quantidades.

Esses produtos sao dissolvidos separadamente e acrescentados no dep6sito ja contendo

aproximadamente 90% de sua capacidade com aqua. Como alternativa ao uso dos sais,

pode se usar solucoes concentradas que ja possuem os nutrientes previamente dissolvidos

(Quadro 3).

Os sais simples usados para fornecer micronutrientes podem ser substitufdos por

misturas prontas que contenham todos os micronutrientes numa s6 forrnulacao. No quadro

3, encontram-se as cornposicoes e as recornendacoes de uso das forrnulacoes encontradas

no cornercio.

Os valores de CE da solucao nutritiva apresentam variacoes, dependendo tanto da

planta a sercultivada, como do estaqio que a mesma se encontra. Nos quadros 5 e 6 estao

57

Page 53: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 53/78

 

apresentadas algumas recornendacoes para a producao de hortalicas de folhas e frutos no

sistema NFT.

A rnanutencao e renovacao da SOlug80 nutritiva S80 aspectos importantes a serem

considerados em hidroponia. As plantas absorvem mais aqua que nutrientes, de modo que,

se 0 volume consumido diariamente for reposto com a adicao de mais SOlug80,

haveracrescente salinizacao do meio de cultivo, 0 que prejudicara 0 desenvolvimentoradicular e a absorcao de aqua. Oessa forma, 0 volume de SOlug80 consumido deve ser

reposto com aqua. Ainda, com a absorcao, ocorre dirninuicao dos nutrientes na SOlug80

nutritiva, ate chegar a uma situacao em que a capacidade de nutricao da SOlug80se esgota

e, nesse ponto, a mesma deve ser renovada.

A vida util de uma SOlug80 nutritiva depende principalmente da porcentagem de

acurnulacao de fons n80 utilizados pelas plantas de forma imediata, que resulta em elevacao

da concentracao osm6tica da SOlug80 nutritiva, gerando a necessidade de renovacao

completa da SOlug80 a cada tres meses (Resh, 1997). Ja Castellane & Araujo (1995)

consideram que, em um sistema fechado, 0 perfodo util da SOlug80nutritiva e de tres a quatro

semanas, enquanto que, para Santos (2000), 0 perfodo de utilizacao da SOlug80 esta

compreendido entre 60 e 90 dias. A renovacao da SOlug80nutritiva tarnbern e recomendada

para evitar 0 aumento nas concentracoes do material orqanico (restos de plantas,

crescimento de algas) que podem servir como substrato para 0 desenvolvimento de

microrganismos rnaleficos. Alern disso, quando a aqua usada para 0 cultivo hidroponico

apresentar CE entre 0,2-0,4 mS, ha uma indicacao que possui sais dissolvidos (carbonatos,

bicarbonatos, SO/, Na, Ca, K, Mg), e com 0 tempo de cultivo, com constantes reposicoes

dos volumes de aqua evapotranspirado, ocorrera uma dirninuicao gradativa da CE efetiva

dos nutrientes em funcao do acurnulo de outros elementos n80 nutrientes (Furlani et aI.,

1999).

Varies rnetodos de reposicao de nutrientes S80 usados em hidroponia e, a adocao de

uma forma de reposicao de nutrientes na SOlug80 nutritiva. Um sistema autornatico de

controle de nutrientes na SOlug80 nutritiva foi proposto por Nielsen (1984), com base no

ajuste do nfvel de aqua, da concentracao de nutrientes e do pH. Em um nfvel de aqua

constante, a queda na concentracao de nutrientes e altamente correlacionada com a

dirninuicao da condutividade eletrica, a qual pode ser usada como monitor do nfvel de

nutrientes na SOlug80. Em cultivos comerciais Martinez & Silva Filho (1997) sugerem 0 uso

da relacao entre a concentracao de nutrientes e a condutividade eletrica para a reposicao

dos sais na SOlug80 nutritiva, quando houver reducao da condutividade eletrica a 35% do

valor inicial. Furlani (1998) desenvolveu um sistema de ajuste qufmico de SOlug80 nutritiva

por meio do monitoramento da CE, onde se procede a adicao de nutrientes na SOlug80

nutritiva com solucoes estoques sempre que houver queda de 0,25 mS ern" na

condutividade eletrica inicial.

Tal procedimento pode ser realizado mediante 0 criterio de rnanutencao dacondutividade eletrica, com a adicao de solucoes de ajuste de cornposicao qufmica

58

Page 54: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 54/78

 

semelhante a extrafda pela planta cultivada, sendo empregado no cultivo de alface e de

outras hortalicas (Rodrigues, 2002), ou entao pode ser usada a mesma SOlug80 inicial para

ajustes durante 0 crescimento das plantas. Para a correcao da condutividade eletrica da

SOlug80 nutritiva, segundo Furlani et al. (1999), os seguintes passos devem ser

considerados: (a) diariamente, logo pela martha, fechar 0 registro da irriqacao, esperar toda

a SOlug80voltar ao dep6sito e completar 0 volume do reservat6rio com aqua e homogeneizara SOlug80nutritiva; (b) proceder a leitura da condutividade eletrica, retirando uma amostra do

reservat6rio; (c) para cada diferenca na condutividade inicial de 0,20 mS ern" adicionar 10%

das quantidades usadas para 0 prepare inicial da SOlug80nutritiva.

No mercado de insumos para hidroponia, existem solucoes comerciais

comercializadas na forma de "kit" para 0 prepare de um determinado volume de SOlug80

nutritiva. As empresas Gioplanta e Oualifertil preparam e comercializam a SOlug80 lAC

enquanto que aAliplant prepara e comercializa as solucoes Conmicros Super Ae Conmicros

Super B, ambas na forma Ifquida concentrada. No quadro 4 encontram-se as cornposicoes

dessas solucoes,

3.Cultivo de hortalicas de frutos nosistema hidroponico com 0usa de substratos

Para hortalicas de frutos (morango, pepino, pirnentao e tomate), 0 sistema

hidroponico aberto (a SOlug80 com os nutrientes n80 e reaproveitada ap6s passar pelas

rafzes das plantas) em substratos tem maior preferencia do produtor, devido aos menores

custos de irnplantacao e de riscos de contarninacao da cultura com doencas radiculares

(Furlani et aI., 2005).

o modo de prepare e os sais utilizados para a SOlug80 nutritiva S80 os mesmos

indicados para 0 cultivo no sistema NFT. Uma cornposicao de SOlug80nutritiva que pode ser

usada e aquela proposta por Furlani e Pires (2004), conforma recornendacoes abaixo.

SOlug80 estoque A, eA2 (g/100l): nitrato de calcic (6.000), SOlug80de micronutrientes 10 X

(0,8Iitros), quelato de ferro 6% Fe (0,24);

SOlug80 estoque B1 (g/100l): nitrato de potassic (3.600), fosfato rnonoarnonio (1.600) e

sulfato de rnaqnesio (3.200);

SOlug80 estoque B2(g/100l): nitrato de potassic (3.600), fosfato rnonoarnonio (800), fosfato

rnonopotassico (1.200), sulfato de potassic (1.200) e sulfato de rnaqnesio (3.200);

SOlug80 de micronutrientes 10 X (g/10l): acido b6rico (300), sulfato de rnanqanes (200),

sulfato de cobre (50), sulfato de zinco (75), molibdato de s6dio (15).

As solucoes estoques com fndices 1 e 2 referem-se, respectivamente, aos estadios

de crescimento 1- do transplante de mudas ate 0 pegamento dos primeiros frutos e, 2- desta

fase em diante ate 0 final do ciclo,

59

Page 55: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 55/78

 

Para preparar 1.000 L de SOlug80 nutritiva para uso nas duas distintas fases de

desenvolvimento do tomateiro, acrescentar 12,5litros de cada uma das solucoes estoquesA

e B ao reservat6rio e completar 0 volume com aqua. As solucoes nutritivas para as fases 1 e

2 apresentam CE ao redorde 2,0 mS/cm e 2,2 mS/cm, respectivamente.

Para 0 manejo da SOlug80 nutritiva, pode ser utilizado 0 mesmo procedimento para

ajustes da CE apresentado para 0 sistema NFT.0monitoramento da fertirriqacao pode ser

utilizado com auxflio da tecnica do lixiviado ou "pourthru", adotando os seguintes

procedimentos (Furlani et aI., 2004):

Amostragem: coletar ou escolher um mfnimo de 5 amostras individuais. Os resultados de

cada uma das 5 amostras podem ser usados para a estimativa de um valor rnedio ap6s as

leituras. Entretanto n80 se devem combinar os 5 extratos e fazer uma s6 leitura. Se os

valores individuais estiverem muito variaveis e necessario aumentar 0 tamanho da amostra.

o procedimento para a aplicacao da tecnica do lixiviado ou "pourthru" e 0 seguinte:

• Passo 1. Fazer uma irriqacao nas amostras individuais. Garantir completa hidratacao do

meio minimizando a drenagem. Esperar cerca de uma hora antes de prosseguir para

permitirtotal equillbrio na umidade.

• Passo 2. Colocar uma bandeja sob cada vasa a ser avaliado.

• Passo 3. Acrescentar aqua destilada bem distribufda no topo do vasa e suficiente para

obter 50 mLde SOlug80lixiviada.• Passo 4. Medir 0 pH e a Condutividade eletrica (CE). Registrar os valores num qrafico e

com para-los com as solucoes da fertirriqacao.

o valor da CE deve ser sempre ligeiramente menor que 0 da SOlug80de irriqacao e

indica consumo de nutrientes pelas plantas. Valores maiores indicam que esta ocorrendo

salinizacao do substrato e valores muito baixos (50% da CE da SOlug80 de fertirriqacao)

indicam que 0 consumo de nutrientes e maior que 0 fornecido pela SOlug80nutritiva. Neste

caso pode-se aumentar a CE da SOlug80 de fertirriqacao ou aumentar a frequencia das

regas.

4. Conslderacoes Finais

A hidroponia atualmente e uma importante alternativa para a producao de alimentos

em ambiente protegido. Mas, e um sistema de cultivo que apresenta certas peculiaridades,

que demanda do produtor um constante monitoramento de todo 0 processo produtivo. Neste

contexto, 0 manejo da SOlug80 nutritiva e de grande irnportancia, porque sera fator

preponderante da produtividade, merecendo atencao especial e uma busca constante por

ajustes mais refinados.

60

Page 56: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 56/78

 

Quadro 1. Fertilizantes utilizados para 0 prepare de SOlug80 nutritiva e as respectivas

concentracoes de cada nutriente (adaptado de Furlani et aI., 1999).

Fonte Nutrientes Concentracao (%)

Nitrato de Potassic K 36,5N 13,0

Nitrato de Calcic Hydro Ca 19,0

N-N03- 14,5

N-NH/ 1,0

Fosfato Monoamonio (MAP) N-NH/ 11,0

P 26,0

Nitrato de Arnonio N-N03- 16,5

N-NH/ 16,5

Fosfato Monopotassico (MKP) K 2,0

P 23,0

Cloreto de Potassic K 52,0

CI 47,0

Sulfato de Potassic K 41,0

S 17,0

Sulfato de Maqnesio Mg 10,0

S 13,0

FeEDTA (Dissolvine p6) Fe 13,0

FeEDTA(Arbore Fe llquido) Fe 4,0

FeEDDHA (Ferrilene p6) Fe 6,0

FeEDDHMA (Tenso-Fe p6) Fe 6,0

Acido B6rico B 17,0

B6rax B 11,0

Sulfato de Cobre Cu 13,0

CuEDTA Cu 5,0

Sulfato de rnanqanes Mn 26,0

Cloreto de rnanqanes Mn 27,0

MnEDTA Mn 5,0

Sulfato de Zinco Zn 22,0

Cloreto de Zinco Zn 45,0

ZnEDTA Zn 7,0

Molibdato de S6dio Mo 39,0

Molbdato de Amonio Mo 54,0

61

Page 57: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 57/78

 

Quadro 2. Quantidade de sais para 0 prepare de 1000 L de SOlug80 nutritiva proposta do

lnstituto Aqronornico (lAC) (Furlani, 1998).

Sal 0 Fertilizante gramas por 1000 L de agua

Nitrato de calcic Hydro Especial 750,0

2 Nitrato de potassic 500,0

3 Fosfato monoarnonio 150,0

4 Sulfato de rnaqnesio 400,0

5 Sulfato de cobre 0,15

6 Sulfato de zinco 0,15

7 Sulfato de rnanqanes 1,5

8 Acido b6rico ou 1,5

B6rax 2,3

9 Molibdato de S6dio ou 0,15

Molibdato de amenia 0,15

10 Tenso-Fe (FeEDDHMA-6% Fe) ou 30,0

Dissolvine (FeEDTA-13% Fe) ou 13,8

Ferrilene (FeEDDHA-6% Fe) ou 30,0

62

Page 58: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 58/78

 

Quadro 3. Cornposicoes das solucoes nutritivas comerciais Conmicros Super A e

Conmicros Super B.

NUTRIENTE SUPERA SUPER B

g i L g i L

NITROGENIO - NITRATO 28,55 7,80

NITROGENIO - AMONIO 1,40 3,30

N-TOTAL 29,95 11,10

FOSFORO 0,00 7,80

POTAsSIO 0,00 42,40

CALCIO 26,60 0,00

MAGNESIO 6,75 0,00

ENXOFRE 0,00 8,50

BORO 0,06 0,06

COBRE-EDTA 0,06 0,06

FERRO - EDTA 0,00 0,22

FERRO - EDDHA 0,22 0,00

FERRO TOTAL 0,22 0,22

MANGANES-EDTA 0,06 0,06

MOLlBDENIO 0,01 0,01

ZINCO - EDTA 0,02 0,02

NiaUEL 0,01 0,01

% DE NH4 EM RELA<;Ao A N TOTAL 4,7 29,7

RELA<;Ao KIN 0,00 3,82

CONDUTIVIDADE ELETRICA, mS/cm (Sol 0,1%) 0,22 0,17

RECOMENDACOES DE USO: acrescentar em dep6sito contendo aqua, 5 litros de cada uma das solucoes

concentradas conmicros super a e conmicros super b. completar 0volume a 1000 litros. condutividade eletrica

esperada = 2,Oms/cm.

Distribuidor: ALLPLANT INDUSTRIA E COMERC/O DE FERTILIZANTES LTDA. Avenida Mario de Oliveira,

n" 800. Bairro: Distrito Industrial II. Barretos/SP CEP: 14.781-160. E-mail: [email protected]

63

Page 59: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 59/78

 

Quadro 3. Exemplos de algumas misturas comerciais contendo micronutrientes: Conmicros

Premium, Conmicros Standard, Hydro Cocktail, Micros Q, Nitrex e MicroMix.

Nutriente ConMicros ConMicros Hydro Cock Micros Q Nitrex MicroMix

Premium Standard Yara Nutriplant Fertibras Plant Prod

%

Boro 1,2 2,0 2,0 0,5 1,3 1,3

Cobre 1,2 2,0 0,8 0,1 0,2 0,1

Ferro 4,6 7,9 5,6 5,0 10,0 7,0

Manqanes 1,2 2,0 3,2 1,0 2,4 2,0

Molibdenio 0,2 0,4 0,3 0,1 0,3 0,06

Zinco 0,5 0,8 2,0 0,4 0,8 0,4

Nfquel 0,2 0,4

Recornendacao de uso, g/1000L

42,5 25 35 40 20 30

Concentracao Resultante na SOlUy80final, mg/L

Boro 0,49 0,50 0,70 0,20 0,26 0,39

Cobre 0,49 0,50 0,28 0,03 0,04 0,03

Ferro 1,96 1,98 1,96 2,00 2,00 2,10

Manqanes 0,49 0,50 1,12 0,40 0,48 0,6

Molibdenio 0,10 0,10 0,11 0,03 0,06 0,018

Zinco 0,20 0,20 0,70 0,16 0,16 0,12

Nfquel 0,10 0,10 0,00 0,00 0,00 0,00

64

Page 60: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 60/78

 

Quadro 4. Algumas instrucoes para a producao em hidroponia de algumas hortalicas de

folhas (Furlani et aI., 1999).

Fase Tamanho do Canal Espac;amento Vol. CE

Culturas Solucao Solucao

Linhas Plantas por canal Nutritiva

------------- cm ------------ L rnlnuto ms cm'

Agriao Muda Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Producao Medic 12,5-20,0 12,5-20,0 1,5-2,0 1,4-1,6

Alface Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Muda II Medic 10,0-15,0 10,0-15,0 1,0-1,5 1,4-1,6

Producao Medic 25,0-35,0 25,0-35,0 1,52,0 1,4-1,6

Alrneirao Muda Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 05-1,0 1,0-1,2

Producao Medic 10,0-20,0 10,0-20,0 1,0-1,5 1,4-1,6

Chic6ria Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Muda II Medic 10,0-15,0 10,0-15,0 1,0-1,5 1,4-1,6

Producao Medic 30,0-35,0 20,0-30,0 0,5-1,0 1,0-1,2

Couve Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Muda II Medic 10,0-15,0 10,0-15,0 1,0-1,5 1,4-1,6

Producao Grande 50,0- 30,0-35,0 2,0-4,0 2,0-2,5

100,0

Rucula Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Producao Medic 10,0-20,0 10,0-20,0 1,5-2,0 1,4-1,6

Salsa Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Muda II Medic 10,0-15,0 10,0-15,0 1,0-1,5 1,4-1,6

Producao Medic 10,0-15,0 20,0-30,0 1,5-2,0 1,4-1,6

65

Page 61: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 61/78

 

Quadro 5. Algumas instrucoes para a producao em hidroponia de algumas hortalicas de

frutos (Furlani et., 1999).

Fase Tamanho do Espac;amento Vol. CE

Culturas Canal Solucao Solucao

Linhas Plantas por canal Nutritiva

------------- cm ----------- L rnlnuto ms cm'

-

Melao Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,-1,0 1,0-1,2

"Net"

Producao Grande 75,0- 30,0 2,0-4,0 2,0-3,5

100,0

Morango Muda II Medic 10,0-15,0 10,0-15,0 1,5-2,0 1,0-1,2

Producao Grande 25,0-35,0 25,0-35,0 2,0-4,0 1,4-1,6

Pepino Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Producao Grande 50,0-75,0 50,0-75,0 2,0-4,0 2,0-3,0

Pimenta Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Producao Grande 75,0- 75,0- 2,0-4,0 2,0-3,0

100,0 100,0

Pimentao Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Producao Grande 75,0- 75,0- 2,0-4,0 2,0-3,0

100,0 100,0

Tomate Muda I Pequeno 5,0-7,5 5,0-7,5 0,5-1,0 1,0-1,2

Producao Grande 75,0- 50,0-75,0 2,0-4,0 2,0-4,0

100,0

66

Page 62: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 62/78

 

5. Literatura Citada

CASTELLANE, P.O.;ARAUJO, J.A.C. Cultivo sem solo-hidroponia. Jaboticabal: FUNEP,

1995,43 p.

EPSTEIN, E.; BLOOM, A. J. Nutric;ao mineral de plantas: Principios e perspectivas.Trad. Maria Edna Ten6rio Nunes Londrina: Editora Planta. 2006, 403p.

FURLANI, P.R. lnstrucoes para 0 cultivo de hortallcas de folhas pela tecnlca de

hidroponia NFT. Campinas, lnstituto Aqronornico, 1998. 30p. (Boletim tecnico 168).

FURLANI, P.R.; SILVEIRA. L.C.P.; BOLONHEZI, D.; FAQUIN, V . Cultivo hidroponico de

plantas. Campinas, lnstituto Aqronornico, 1999. 52p. (Boletim tecnico 180).

MARTINEZ, H.E.P.; SILVA FILHO, J.B. lntroducao ao cultivo hidroponico de plantas.

Vicosa: UFV, 1997.52 p.

NIELSEN, N.E. Crop production in recirculating nutrient solution according to the principle of

regeneration. In: International Congress on Soilless Culture, 6th, Lunteren, The Netherlands.

Proceedings ... Lunteren: International Society for Soilless Culture, 1984. p. 421-446.

RESH, H.M. Cultivos hidroponicos: nuevas tecnlcas de producclon. 4 ed. Madrid:

Ediciones Mundi-Prensa, 1997.509 p.

RODRIGURES, L.R.F. Tecnica de cultivo hidroponico e de controle ambiental no

manejo de pragas, doencas e nutrlcao vegetal em ambiente protegido. Jaboticabal:

Funepe, 2002, 762 p.

SANTOS, O.S. Solucoes nutritivas para alface. In: SANTOS, O. Hidroponia da Alface.

Santa Maria: UFSM, 2000, p. 90-101.

67

Page 63: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 63/78

 

r~

'-I

~r . l l lT IVO~DE~

P lA N T A S A R O M A T I C A S

E M E D I C I N A l S ~IE:=~:~

Page 64: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 64/78

 

CULTIVO DE PLANTAS AROMATICAS E MEDICINAlS

Eng. Agr. Dr. Maria Claudia Silva G. Blanco 1

Eng. Agr. Maria Marcia Santos Souza 2

Eng. Agr. Dr. Odair Bovi 3

Eng. Agr. Dr. Nilson Bolina Maia 3

t.Introducao

As especies arornaticas e medicinais pertencem ao grupo de plantas utilizadas,

desde tempos remotos, para temperar, conservar alimentos, preparar perfumes e

medicamentos, sendo amplamente produzidas em hortas e jardins desde a antiguidade.

A caracterfstica comum entre estas ervas arornaticas, a quallhes confere as propriedades:

medicinais, de aromatizar e temperar e a producao de 61eoessencial tfpico do metabolismo

secundario destas especies, 0 61eo essen ciaI e uma mistura de substancias volateis,

acumuladas na planta geralmente em estruturas especializadas como os pelos glandulares

e as bolsas secretoras.

Estas ervas ou temperos sao utilizados em pequenas quantidades para realgar 0

sabor ou ainda dar um toque especial aos pratos elaborados. Entretanto, alern deste sabor

especial proporcionam tarnbern um efeito diqestivo, preparando 0 organismo para a

diqestao, pois 0 aroma que exalam, devido a alta volatibilidade dos 61eosessenciais, envia

um sinal para 0 cerebro que responde com 0 aumento da salivacao e da producao de suco

qastrico.

Nosso organismo pode aproveitar tarnbern efeitos medicinais destas ervas atraves do

seu consumo diario nas refeicoes, Pode-se dizer que elas ajudam a manter a saude pelos

beneffcios que promovem para 0 bom funcionamento do organismo.

1 CAT! DEXTRU - Campinas, [email protected] / 2 CAT! EDR Pindamonhangaba

3 APTA lAC, Centro de Horticultura - Campinas 71

Page 65: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 65/78

 

Quadro 1: Utilizacao culinaria e valor medicinal de algumas culturas arornaticas e

medicinais

Cultura Parte utilizada Uso cullnarlo Valor medicinal

Tempero de carnes deContra problemas

AlecrimFolhas frescas ou secas porco, peixe eaves;

respirat6rios, de

Rosmarinus officinalis circulacao e digestivos;molhos; vinagres e pates

estimulante e antioxidante

Capim cidreiraCalmante,

Cymbopogon citratusFolhas frescas e secas Cha arornatico e suco descongestionante e

digestivo

CebolinhaTempero de uso geral em

Allium fistulosumFolhas frescas ou secas saladas, carnes, molhos, Rica em vitaminas A e C

sopas, etc.

Coentro Frutos secos e folhas Tempero especial para Digestivo, antioxidante e

Coriandrum sativum frescas peixes depurativo do sangue

Erva cidreiraEnfeitando pratos doces,

Calmante, contra herpes

Melissa officinalisFolhas frescas e secas sorvetes. Tempero de

labialaves e frutos do mar

EstragaoTempero de carnes,

Folhas frescas ou secas especial mente aves; Contra c61icasArtemisia dracunculus

vinaqres

Tempero de carnes, aves

FunchoSementes

e linquica: para Antiespasm6dica,

Foeniculum vulgare aromatizar chas, bolos e contra gases intestinais

broas de fuba

Hortela comumTempero para quibe, Antiespasm6dica,

Mentha crispaFolhas frescas ou secas saladas; para aromatizar antisseptica

doces, sucos e chas e vermifuga

Hortela japonesaPara aromatizar doces,

Mentha arvensis Folhas frescas ou secassucos e chas

Calmante, antisseptica

Manjericao

Tempero de carnes, Contra inflarnacoes na

Folhas frescas ou secas saladas, omeletes, boca e garganta, feridas eOcimum basilicum

vinagres e molhos (pesto) ulceras,

ManjeronaTempero de carnes, em

Contra resfr iados e

Origanum majoranaFolhas frescas ou secas especial frango e peixe,

c6licas; calmantefeijao, sopas e salad as.

OreganoTempero de pizza, molho

Digestivo, antioxidante,Folhas frescas ou secas de tom ate, saladas e

Origanum vulgarequeijo

anti bacteriano, anti bi6tico

SalsaTempero de uso geral em Contra febre, diuretics,

Petroselinum crispumFolhas frescas ou secas saladas, maioneses, antiinflamat6ria, equilibrio

cozidos, etc. hormonal

SalviaTempero para saladas, Tonica, digestiva,

Salvia officinalisFolhas frescas ou secas molhos, picles, carnes, antioxidante, diuretics e

sopas e embutidos contra gases intestinais

Tempero de sopas, feijao,Segurelha

Folhas frescas ou secaslegumes, carnes,

Digestiva e tonicaSatureja hortensis omeletes e suco de

tomate

Tomilho Tempero de sopas,Digestivo,

Thymus vulgarisFolhas frescas ou secas

carnes e vinagresantiespasm6dico,

cicatrizante, verm ifugo

72

Page 66: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 66/78

 

2. Climaesolo

As exiqencias clirnaticas variam entre as especies, conforme seu local de origem ou

melhoramento qenetico. 0 cultivo protegido pode controlar fatores clirnaticos atendendo

estas exiqencias das culturas. A melhor estrutura e fertilidade do solo para cada cultura pode

ser conseguida atraves de tecnicas aqronornicas.Na Tabela 1 apresentamos inforrnacoes sobre as preferencias de clima e solo para

algumas destas plantas arornaticas e medicinais.

Tabela 1. Exigencias de clima e solo de algumas culturas arornatlcas e medicinais.

CULTURA CLiMA SOLO

ALECRIM

Temperado e

subtropical

Arenoso, profundo e

bem-drenado

CAPIM CIDREIRATropical e subtropical

Bem-drenado e ferti l

V=40%

CEBOLINHASubtropical

Fertil, com bom teor de materia orqanica,V= 70%

COENTROTropical Fertil, bem-drenado, V = 70%

ERVA CIDREIRA

Temperado e

subtropical

Fertil, com bom teor de materia orqanica e boa

umidade

ESTRAGAoSubtropical Fertil, perrneavel, V = 70%

FUNCHOTemperado e

subtropical

Areno-argi loso, ferti l e

bem-drenado, V = 50

HORTELA COMUM SubtropicalFertil, com bom teor de materia orqanica,

V= 70%

HORTELA JAPONESA SubtropicalFertil, com bom teor de materia orqanica,

V= 70%

MANJERICAoTemperado e

subtro icalFertil, com bom teor de materia orqanica

MANJERONA Tropical e subtropicalFertil, com bom teor de materia orqanica

, V = 70%

OREGANOTemperado e

subtropicalFertil, areno-argiloso e bem-drenado.

SALSASubtropical Com bom teor de materia orqanica, V = 70%

SALVIATemperado e

subtropical

Fertil, com bom teor de materia orqanica, bem-

drenado

SEGURELHA Subtropical Fertil, profundo e bem-drenado

TOMILHOTemperado, subtropical Arenoso, profundo e bem-drenado

73

Page 67: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 67/78

 

3. Calagem e adubacao

A calagem consiste na correcao da acidez do solo atraves da aplicacao de calcario.

Algumas destas especies S80 tolerantes a acidez, porern muitas preferem um solo com pH

neutro, para estas recomenda-se a sua correcao, elevando sua saturacao por bases (V) a

70%, quando a analise de solo indicar saturacao inferior a 60%.As reacoes qufmicas que 0 calcario promove no solo e resultam numa elevacao do

pH, ou dirninuicao da acidez, demora algum tempo para sersignificativa ao desenvolvimento

das plantas, por isso a calagem deve ser feita, sempre que possfvel, alguns meses antes do

plantio para que 0 solo tenha tempo para ser corrigido. a tratamento com calcario,

principalmente quando aplicado em grandes quantidades, chega a ter efeito por varies anos

e n80 precisa ser repetido anualmente. A analise de solo, interpretada por um aqronorno,

indicara a necessidade e dosagem da calagem inicial e subseqi..iente.

Aadubacao orqanica deve ser realizada com antecedencia de 20 a 30 dias do plantio,

variavel conforme 0 grau de "amadurecimento" do adubo orqanico utilizado, na proporcao de

30 a 50 t /ha ou 3 a 5 Kg/m2 de canteiro, dependendo da % de materia orqanica (M.a.)

existente no solo. as adubos orqanicos tern uma cornposicao muito variavel dependendo da

sua origem e das condicoes a que foram submetidos. Oeve-se sempre utilizar adubos com

uma relacao de Carbono e Nitroqenio adequada, 0 que e conseguido ap6s 0

"amadurecimento" ou curticao do material orqanico a ser usado como adubo.

as adubos orqanicos mais utilizados S80 0 composto, 0 humus de minhoca e os

estercos de gada e de galinha. No caso da utilizacao de esterco de galinha deve-se utilizar %

da dosagem recomendada.

as adubos orqanicos, normalmente, possuem todos os nutrientes essenciais ao

desenvolvimento dos vegetais e em dosagens adequadas melhoram varies atributos ffsicos

do solo, tais como cornpactacao, capacidade de retencao de aqua, etc. Por esse motive,

mesmo quando se decide por um cultivo utilizando adubacao mineral, a adubacao orqanica

ainda e importante, principalmente como fonte de micronutrientes.

a uso de composto orqanico produzido a partir de lixo urbano ou bioss61idos de

esgoto n80 e recomendado devido a presenca de grande populacao microbiana e a

possibilidade de conter metais pesados, fatores que podem comprometer a boa qualidade

do produto.

Quanto a adubacao de plantio, a cebolinha, coentro, salsa, capim cidreira, funcho e

hortel8japonesa possuem recornendacoes tecnicas, apresentadas a seguir. Para as demais

especies recomenda-se que pelo menos os teores de P e K sejam corrigidos caso a analise

de solo da area de plantio indique nfveis insatisfat6rios dos mesmos (Quadro 2).

A incorporacao dos adubos deve ser realizada com 10 dias de antecedencia do

plantio ou do transplante das mudas.

74

Page 68: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 68/78

 

Quadro 2. Limites de lnterpretacao de teores de potasslo e f6sforo em solos para

cultivo de hortallcas,

Teor Producao relativa K+ trocavel P resina

% Mmolc/dm3 mg/dm

Muito baixo 0-70 0,0-0,7 0-10

Baixo 71-90 0,8-1,5 11-25Medio 91-100 1,6-3,0 26-60

Alto > 100 3,1-6,0 61-120

Muito alto > 100 > 6,0 > 120

Fonte: Boletim Tecnico 100, lAC, 1996.

Adubacao de plantio para capim-cidreira:

Nitroqenio P resina, mg/dm;;. K+ trocavel, mmolc/dm3.

0-15 >150-1,5 >3,0

N, Kg/ha ---------P205, Kg/ha---------- ----------k20, Kg/ha----------

10 60 30 60 30

Fonte: MAIAe FURLANI, 1996.

Adubacao de plantio para cebolinha:

Nitroqenio P resina, mg/dm". K+ trocavel, mmolc/dm3

.

0-25 26-60 >60 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, Kg/ha ---------P205, Kg/ha---------- ----------k20, Kg/ha----------

40 360 240 120 160 120 80

Acrescentar 1 Kg/ha de Boro

Fonte: TRANI et. al., 1996.

Adubacao de plantio para coentro:

A adubacao deve ser feita em funcao da analise do solo, mas, em geral,

recomenda-se aplicar: 30 Kg/ha de sulfato de amenia ou nitrocalcio, 700 Kg/ha de

superfosfato simples e 100 Kg/ha de cloreto de potassic (Fonte: PEDROSA et. a/., 1984).

75

Page 69: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 69/78

 

Adubacao de plantio para erva-doce ou funcho:

Nitroqenio P resina, mg/dm". K+ trocavellmmolc/dm~·

0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, Kg/ha ---------P2o5, Kg/ha---------- -----~O,Kgfua-----

10 100 60 30 60 40 30

Fonte: MAIAe FURLANI, 1996.

Adubacao de plantio para hortelas:

Nitroqenio P resina, mg/dm". K+ trocavellmmolc/dm~·

0-15 16-40 >40 0-1,5 1,6-3,0 >3,0

N, Kg/ha ---------P205, Kg/ha---------- ----------k20, Kg/ha----------

20 120 80 40 90 60 30

Fonte: MAIAe FURLANI, 1996.

Adubacao de plantio para salsa:

Para a adubacao de plantio, e recomendado em solos com fertilidade mediana

indicada pela analise de solo: 800 kg/ha de superfosfato simples e 100 Kg/ha de cloreto de

potassic. (Fonte: AGROCERES, 1994).

A aplicacao da adubacao de cobertura vai depender do estado geral da planta e desuas necessidades nutricionais. Algumas especies possuem recornendacao tecnica (Tabela

3), e outras n80 a possuem e para estas e recomendado que a adubacao orqanica de plantio

seja repetida ap6s cada corte. Podem ser utilizados adubos orqanicos s61idos ou Ifquidos

(biofertilizantes ).

Tabela 3. Adubacao de cobertura para algumas culturas arornatlcas e medicinais.

Cultura Adubacao de cobertura

Capim-cidreira

Aplicar 60 Kg/ha de N ap6s 30 dias do plantio e, a cada corte,

60 Kg/ha de N e 30 a 60 Kg/ha de K20, dependendo daanalise

do solo. Fonte: MAlA e FURLANI, 1996.

Cebolinha

Aplicar 120 kg/ha de N e 60 Kg/ha de K20, parcelando em tres

vezes, aos 15, 30 e 45 dias ap6s 0 transplante. Fonte: TRANI

et. a/., 1996.

Coentro

Aplicar 300 kg/ha de sulfato de arnonio, 20 a 30 dias ap6s 0

plantio e ap6s cada corte. Fonte: PEDROSA et. a/., 1984.

Erva-doce ou

funcho

Aplicar 50 Kg/ha de N, parcelando em 2 vezes, aos 20 e 60

dias ap6s 0 plantio. Repetir a adubacao nitrogenada nos anos

seguintes. Fonte: MAlA e FURLANI, 1996.

Hortelas

Aplicar 30 Kg/ha de N 30 dias ap6s 0 plantio e, a cada corte,

30 Kg/ha de N e 30 Kg/ha de K20. Fonte: MAlA e FURLANI,

1996.

SalsaAplicar 300 kg/ha de sulfato de arnonio, 40 a 50 dias ap6s 0

plantio e ap6s cada corte. Fonte: AGROCERES, 1994.

76

Page 70: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 70/78

 

De um modo geral deve-se tomar cuidado para n80 se adubar em excesso as plantas

arornaticas. Altas disponibilidades de nutrientes, principalmente do Nitroqenio, promovem

uma grande producao de massa de folhas, que n80 e acompanhada pela producao de

substancias importantes na cornposicao do 61eoessencial, resultando em plantas bonitas,

mas com pouco aroma.

Para 0 cultivo protegido e hidroponico destas especies, poucos estudos sobreadubacao S80 encontrados, com excecao para salsa e cebolinha, cuja recornendacao edescrita em Calagem e adubacao para hortalicas sob cultivo protegido por Paulo Espfndola

Trani.

4. Plantio

A propaqacao pode ser feita por sementes, estacas, rizomas ou divisao de touceira,

dependendo da especie, Quando e por sementes, pode ser realizada em local definitive ou

em sementeira para producao de mudas que posteriormente serao transplantadas nocampo. As estacas devem passar por viveiro, formando as mudas em recipientes,

geralmente tubetes ou sacos de polietileno perfurados, que ap6s 0 tempo ideal de

enviveiramento, estarao mais aptas para se desenvolverem no local definitive.

A sementeira pode ser feita em canteiros adequados, porern 0 sistema de producao

de mudas em recipientes e mais recomendado, pois, apesar desse sistema elevar 0 custo de

producao, proporciona vantagens que justificam 0 investimento como, por exemplo,

obtencao de mudas mais uniformes e com integridade do sistema radicular, maior facilidade

no controle fitossanitario, melhor controle ambiental (mantidas sob ambiente protegido), e,

portanto, menores perdas e maior qualidade de mudas.

Os recipientes utilizados podem ser individuais como sacos de polietileno perfurados

e tubetes ou coletivos como bandejas de polietileno expandido pr6prias para hortalicas,

o substrato utilizado pode ser adquirido no cornercio ou elaborado pelo pr6prio

produtor com misturas de materiais minerais e orqanicos mais disponfveis na propriedade

ou reqiao como: areia, vermiculita, casca de pinus, bagacilho de cana de acucar, casca de

arroz carbonizada, humus de minhoca, etc.

E importante que 0 substrato seja desinfetado atraves de vapor ou solarizacao

tornando-se isento de pat6genos e que possua algumas propriedades ffsicas como: baixa

densidade, alta porosidade e elevada capacidade de retencao de aqua.

o transplante e realizado quando as mudas produzidas a partir de sementes

apresentarem 4 a 5 folhas definitivas, e no caso de estacas, quando as partes aerea e

radicular estiverem igualmente desenvolvidas.

As epocas ideais de plantio ou de irnplantacao da cultura no campo definitive: os

espacarnentos adequados e, as formas de propaqacao de cada especie S80 apresentadas

na Tabela 4. Cabe ressaltar que 0 espacarnento esta diretamente relacionado com as

condicoes do solo da area de cultivo, quanto melhor 0 solo, maior e 0 espacarnento

recomendado.

77

Page 71: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 71/78

 

Tabela 4. Formas de propaqacao, epocas de plantio e espac;amentos recomendados

para algumas culturas arornatlcas e medicinais

CULTURA PROPAGACAOEPOCA DE ESPACAMENTO

PLANTIO (metros)

ALECRIM 8ementes (8), 8etembro a

1,0 x 0,6-0,9Estacas (8) novembroCAPIM

Divisao de touceira (LD)8etembro a

1,0 x 0,5CIDREIRA janeiro

CEBOLINHA 8ementes (8)Todo ana 0,2-0,5 x 0,1-0,25

Gasto/ha = 1,0 a 2,5 Kg

COENTRO8ementes (LD)

8etembro aGasto/ha = 15 a 20 Kg

fevereiro0,2-0,3 x 0,05 -0,1

Fevereiro a

ERVA CIDREIRA8ementes (8), estacas (8) margo e

0,4-0,6 x 0,3-0,4

e divisao de touceira setembro adezembro

ESTRAGAO8ementes (8),

Primavera eDivisao de touceira 0,3-0,6 x 0,1-0,3

(8 ou LD)outono

FUNCHO 8ementes (8 ou LD)8etembro a

1,0-1,2 x 0,6-0,8novembro

HORTELA 8ementes (8), Rizomas 8etembro a0,6-1,0 x 0,3

(8 ou LD) novembro

HORTELA 8ementes (8), Rizomas 8etembro a0,6-1,0 x 0,3

JAPONESA (8 ou LD) novembro

MANJERICAO 8ementes (8 ou LD) 8etembro a 0,6 x 0,25novembro

MANJERONA 8ementes (8), estacas (8) 8etembro a0,6 x 0,3

e divisao de touceira (LD) novembro

OREGANO8ementes (8), estacas (8) 8etembro a

0,5 x 0,20-0,30e divisao de touceira(LD) novembro

SALSA 8ementes (LD)Todo ana 0,2-0,3 x 0,1-0,15

Gasto/ha = 10 a 20 Kg

8ementes (8), estacas (8

SALVIA ou LD) e divisao de 8etembro a0,6-0,8 x 0,4

touceira (LD) outubro

SEGURELHA8ementes (8) Margo a

0,2-0,4 x 0,15-0,25Estacas (8) dezembro

TOMILHO 8ementes (8), 8etembro a0,3-0,5 x 0,2-0,3

Estacas (8) outubro

S =Sementeira ou viveiro; LD =Local definitivo.

78

Page 72: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 72/78

 

5. Tratos Culturais

o controle de plantas infestantes e um dos pontos crfticos no manejo destas culturas,

n80 havendo registro de herbicidas para estas especies, Por isso praticas culturais devem

ser rigorosamente observadas como 0 plantio em areas de pouca infestacao, utilizacao de

adubo orqanico livre de sementes de ervas infestantes, usa de cobertura do solo, adubacao

verde, entre outras, que dirninuirao a necessidade de capinas manuais.

Como estas especies permitem varies cortes durante seu ciclo, a adubacao de

cobertura e uma pratica cultural importante para rnanutencao da cultura e de sua

produtividade.

Em relacao a irriqacao, com excecao do alecrim, do capim cidreira e do tomilho que

preferem regas mais espacadas, pois n80 toleram solos muito urnidos, as demais culturas

necessitam de irriqacao constante para manter seu vigor.

A renovacao das culturas e realizada quando ha dirninuicao no rendimento e ou na

qualidade do produto colhido.

6. Controle Htossanltario:

o controle das pragas e doencas das hortalicas, incluindo as plantas arornaticas e

medicinais, deve ser realizado adotando-se um manejo complexo constitufdo de varias

praticas, entre elas:

Pratlcas culturais: selecao da area, usa de sementes e mudas sadias, rotacao de culturas,

conservacao de solo, adubacao equilibrada, usa de biofertilizante, plantas companheiras e

plantas armadilhas ou repelentes.

Pratlcas mecanlcas: catacao manual de pragas, elirninacao de plantas doentes, usa de

placas atrativas coloridas, usa de armadilhas luminosas e outras armadilhas atrativas;

Pratlcas bloloqlcas: emprego de inimigos naturais (predadores, parasitas);

Pratlcas quimicas: utilizacao de substancias qufmicas naturais com baixo nfveltoxicol6gico. N80 ha agrot6xicos registrados para as culturas arornaticas e medicinais

apresentadas, com excecao da cebolinha que possui um unico produto registrado. Para um

efetivo controle atraves de substancias qufmicas naturais e necessario que 0 mesmo seja

parte de ummanejo integrado com as demais praticas mencionadas.

Algumas plantas arornaticas abordadas S80 indicadas na Agroecologia como

inseticidas naturais, quando usadas em aplicacoes ou atuando como plantas companheiras

quando plantadas junto a outras culturas, acentuando 0 seu sabor ou agindo como repelente

de pragas e protegendo de doencas, Isso devido ao aroma pronunciado e ao grande poder

antisseptico dos 61eosessenciais.

79

Page 73: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 73/78

 

Citamos alguns exemplos:

Alecrim - repele a borboleta da couve e a mosca da cenoura

Capim cidreira - contra carrapatos

Cebolinha - repele vaquinha, pulqoes e lagartas

Coentro - combate acaros e pulqoesFuncho - repelente de tracas

Hortela - repele tracas de roupas, formigas, ratos e lepid6pteros

Manjericao - repele pulqao, vaquinha, mosca e mosquitos. Inseticida em geral.

Manjerona - melhora 0aroma de outras plantas

Salsa - repele varies insetos

Salvia - realca 0sabor da cenoura e protege a couve

Tomilho - repele tracas de livros, pulqoes e percevejos

Para a obtencao de outras receitas de produtos naturais indicados para controle

fitossanitario, recomendam-se as seguintes literaturas:

ABREU Jr., H. (coord.). Pretices alternativas de controle de pragas e doem;as na agricultura:

coleienee dereceitas. Campinas: EMOPI, 1998. 112 p.

GELMINI,G. A. Receiiuerio caseiro para controle de pragas. Cam pinas: CAT I,

1998.29 p. (impresso especial)

7. Colheita

As caracterfsticas arornaticas e medicinais destas ervas dependem do teor de 61eo

essen ciaI produzido sendo assim, a realizacao da colheita em estaqio de maior producao de

61eo essencial e fundamental para a obtencao de um produto de alta qualidade. Todo um

trabalho de cultivo e manejo pode ser perdido quando nao se da a devida atencao a colheita

e as etapas subseqi.ientes, isto e, beneficiamento e armazenamento.

Varies sao os fatores que influenciam esta producao, desde condicoes clirnaticas e de

solo ate fatores pr6prios da planta como sua fase de desenvolvimento. Devemos colher no

momenta de maior producao dos 61eosessenciais, como exemplo, em se tratando de folhas,

antes da floracao, visto que ap6s essa fase, ocorre uma grande queda nos teores.

A hora da colheita tarnbern deve ser considerada, sendo que a producao de 61eosessen cia is

normalmente alcanca maior concentracao pela martha.

Considerando-se todos estes fatores, sao determinadas as melhores epocas de

colheita para cada especie (Tabela 5).

80

Page 74: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 74/78

 

Tabela 5. Epocas de colheita recomendadas para algumas hortallcas arornatlcas e

medicinais.

CUlTURA EPOCA DE COlHEITA OBSERVACOES

Infcio no 20ou 30 ano. Duas

Outono: corte da metade da planta.

AlECRIMcolheitas anuais: no outono e na

Primavera: corte a 50 cm do solo.

primaveraRendimento: 1,6 a 2,4Uha de folhas

secas.

2 a 3 cortes anuais, conforme houver

CAPIM CIDREIRA 60. mas, dezembro-abril/maio irriqacao, Rendimento: 2 a 3 Uha de

folhas secas.

Pode-se arrancar a planta ou fazer cortes

CEBOLINHAInfcio: 80 a 90 dias do plantio

sucessivos, conforme a comercializacao,

Rendimento: 18.000-24.000 rnc/ha de

folhas frescas

Infcio: Folhas: 50 a 80 dias ap6sOs frutos sao colhidos com os ramos das

COENTROplantio. Frutos: 60% de frutos

intrutescsncias que sao pendurados a

amarelossombra para secagem. Rendimento de

folhas: 8.000-10.000 rnc/ha.

ERVA CIDREIRA Ap6s 6 meses do plantio Corte a cerca de 10 cm do solo

ESTRAGAO Ap6s 2 meses do plantio, quando Cortes a cerca de 20-30 cm do solo. Noa planta atinge 50 a 80 cm.

inverno: cortar rente ao solo para rebrota.

No 50. mas, com aquenios bem Os aquenios sao colhidos com os ramos

FUNCHO desenvolvidos e de coloracao das intrutescsncias que sao pendurados

esverdeada a parda a sombra ou secador para secagem

HORTElAAp6s 3 a 4 meses de plantio

2 a 3 cortes anuais, rentes ao solo.

Rendimento: 2 a 4 t/ha de ramos secos.

HORTElA JAPONESA Ap6s 3 a 4 meses de plantio2 a 3 cortes anuais, rentes ao solo.

Rendimento: 2 a 4 t/ha de ramos secos.

Duas colheitas anuais: dezembro-Cortes a cerca de 15 cm acima do solo

MANJERICAOjaneiro

para rebrota. Colher preferencialmente de

e abril-maiomartha. Rendimento: 2 a 3 t/ha de ramos

secos.MANJERONA Infcio no 6

0mas ap6s plantio, na

Cortes a cerca de 10-15 cm do solo para

rebrota. Rendimento: 1,2 a 1,5 t/ha depre-floracao (botoes florais)

folhas secas

OREGANOInfcio: fim do verao ou comec;:o do

Cortes acima do 20conjunto de folhas

outono

SALSAPode aceitar varies cortes.

Infcio: 45 a 60 dias do plantio Rendimento: 7.000-8.000 rnc/ha de folhas

frescas

SALVIADuas colheitas anuais: dezembro- Cortes a cerca de 15 cm acima do solo

janeiro para rebrota. Rendimento: 1 a 2 t/ha de

e abril-maio folhas secas

SEGURElHA Na formacao dos botoes floraisCortes a cerca de 10-15 cm do solo para

rebrota.

TOMllHO A partir do 20ano de plantio: abril-

Corte a cerca de 10 cm acima do solo

para rebrota. Rendimento: 0,8-1,2 t/ha demaio

folhas secas

81

Page 75: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 75/78

 

8. Literatura consultada

BLANCO, M. C. S. G. Menta ou hortela (Mentha spp). In: Coordenadoria de assistencia

tecnica integral: Manual tecnico das culturas - Tomo II. 2 ed. rev. atual. Campinas: CATI,

1997. p. 183-6.

BLANCO, M. C. S. G. Plantas erometices e condimentares intormecoes pretices.

Campinas: CAT I,s.d. Folder tecnico.

CARIBE, J.; CAMPOS, J. M. Plantas que ajudam 0homem - guia pretico para a epoce atua/.

11ed. Sao Paulo: Cultrix/Pensamento. 1999.321 p.

CORREA Jr., C.; MING, L. C.; SCHEFFER, M. C. Cultivo de plantas medicinais, erometices

e condimentares. 1ed. Curitiba: EMATER-Parana. 1991. 162 p.

CZEPAK, M. P. Producao de 61eoessencial de Cymbopogon citratus (DC) Staff e Elionurus

latif/orus Nees. Em diferentes arranjos espaciais. Botucatu: F. C. A UNESP, 2000, 97 p.

Tese (Doutorado em Agronomia) na area de Agricultura, Faculdade de Ciencias

Aqronornicas UNESP.

GIACOMETTI, D.C. Ervas condimentares e especiarias. Sao Paulo: Nobel, 1989. 158 p.

HERTWIG, I. F. Von. Plantas erometices e medicinais plantio, colheita, secagem,comercielizeceo. 2 ed. Sao Paulo; [cone, 1991.414 p.

MAlA, N. B., 1994, Nutricao mineral, crescimento e qualidade do 61eo essencial da menta

(Mentha arvensis L.) cultivada em solucao nutritiva. Piracicaba: ESALQ - USP, 1994,69 p.

Dissertacao (Mestrado emAgronomia). Area de solos e nutricao de plantas, escola Superior

deAgricultura "Luiz de Queiroz", da Universidade de Sao Paulo.

Maia, N.B.; Bovi, O.A; Marques, M.O.M.; Granja, N.P., Carmello, Q.AC. Essential oilproduction and quality of Mentha arvensis L. grown in nutrient solutions. In: international

SYMPOSIUM ON GROWING MEDIA AND HYDROPONICS. Acta Horticulturae, 2001,

v.548.

MAlA N. B., FURLANI, A M. C. Capirn-limao ou erva-cidreira, citronela-de-java e palma-

rosa. In: RAIJ, B. Van; CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A; FURLANI, A M. C. (eds.).

Recomendecoes de edubeciio e ca/agem para 0 Estado de Sao Paulo, 2 ed. Campinas:

lnstituto Aqronornico e Fundacao lAC, 1996. p. 77. (Boletim Tecnico 100).

82

Page 76: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 76/78

 

MAlA N. B., FURLANI, A M. C. Erva-doce ou funcho. In: RAIJ, B. Van; CANTARELLA,H.; QUAGGIO, J. A; FURLANI, A M. C. (eds.). Recomendecoes de edubeceo e ca/agempara 0 Estado de Sao Paulo, 2 ed. Campinas: Instituto Aqronomico e Fundacao lAC,1996. p. 82. (Boletim Tecnico 100).

MAlA N. B., FURLANI, A M. C. Menta ou hortela. In: RAIJ, B. Van; CANTARELLA, H.;

QUAGGIO, J. A; FURLANI, AM. C. (eds.). Recomendecoes de edubeciio e ca/agem para0

Estado de Sao Paulo, 2 ed. Campinas: Instituto Aqronomico e Fundacao lAC, 1996. p. 85.

(Boletim Tecnico 100).

PEDROSA, J. F .; NEGREIROS, M. Z.; NOGUEIRA, I. C. C. Aspectos da cultura do coentro.

lntorme Aqropecuerio, v. 10, p. 75-8,1984.

PINTO, J. E. B. P., LAMEIRA, 0. A, SANTIAGO, J. A, SILVA, F . G. Lavras: UFLNFAEPE,

Curso de pos-qraduacao "Lato Sensu" a distancia: Plantas medicinais: manejo, usa e

rnanipulacao, 2000. 222 p.: il.

REVISTAMINAS FAZ CIENCIA Planta medicinais 0 potencial de nossa flora.

FAPEMIG, n. 11,2002.

TRANI, P. E.; TAVARES, M.; SIQUEIRA, W. J. Alho porro e cebolinha. In: RAIJ, B. Van;

CANTARELLA, H.; QUAGGIO, J. A; FURLANI, A M. C. (eds.). Recomendecoes de

edubeceo e ca/agem para 0 Estado de Sao Paulo, 2 ed. Campinas: Instituto Aqronomico e

Fundacao lAC, 1996. p. 171. (Boletim Tecnico 100).

83

Page 77: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 77/78

 

EQUIPE TECNICA:

PRODUCAO DE MUDAs DE ALTA QUALIDADE EM HORTALICAs

DRA. VALERIA A. MODOLO - lAC

EQUIPE TECNICA:

MANEJO DO AMBIENTE EM CULTIVO PROTEGIDO

LUIS FELIPE VILLANI PURQUERIO - lAC

SEBASTIAo WILSON TIVELLI- lAC

EQUIPE TECNICA:

CALAGEM EADUBACAO PARA HORTALICAs SOB CULTIVO PROTEGIDO

PAULO EspiNDOLA TRANI - lAC

EQUIPE TECNICA:

ASPECTOS BAslCOs DO MANEJO DA sOLUCAO NUTRITIVA EM CULTIVO HIDROPCNICO

FERNANDO CESAR BACHIEGA ZAMBROSI - lAC

PEDRO ROBERTO FURLANI - lAC

EQUIPE TECNICA:

CULTIVO DE PLANTAS AROMATICAs E MEDICINAlS

DR. MARIA CLAuDIA SILVA G. BLANCO - CATI

MARIA MARCIA SANTOS SOUZA - CATI

DR. NILSON BOLINA MAlA - lAC

DR. ODAIR BOVI - lAC

EQUIPE TECNICA DE DIAGRAMACAO E REVlsAO:

CLEITON GENTILIJOSE ALEX PINHEIRO

MARCIO EBERT

MAXIMILIANO MIURA

MICHEL MARTINS DA SILVA

RENATO SILVEIRA

SILVIO MANGINELLI

Page 78: Codeagro Manual Tecnico

5/8/2018 Codeagro Manual Tecnico - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/codeagro-manual-tecnico 78/78

 

INFORMACOES I AREA TECNICA

(11) 5067-0317 / (11) 5067-0318

E-MAIL

[email protected]

VISITE NOSSO SITE

www.codeagro.sp.gov.br

CENTRAL DE ATENDIMENTO

0800 0554566

CODEAGROCOORDENADORIA DE

DESENVOLVIMENTO

DOS AGRONEG6CIOS

COORDENADORIA DEASSIST~NCIATECNICA INTEGRAL

SECRETARIA DE

AGRICULTURA EABASTECIMENTO

GOVERNO DO ESTADO DE

sAo PAULO