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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA CLEYDIANE BARBOSA DE SÁ DÉBORAH NÁGILA JOSÉ WILSON DE LIMA FILHO RAFAELA MOURA FERREIRA PLANEJAMENTO DE CAMPANHA PARA O MAGAZINE LUIZA: COMO POSICIONAR O MAGAZINE LUÍZA COMO UMA EMPRESA QUE REALIZA SONHOS NA CIDADE DE FORTALEZA/CE FORTALEZA 2013

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  • CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO CEARÁ FACULDADE CEARENSE

    CURSO DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

    CLEYDIANE BARBOSA DE SÁ DÉBORAH NÁGILA

    JOSÉ WILSON DE LIMA FILHO RAFAELA MOURA FERREIRA

    PLANEJAMENTO DE CAMPANHA PARA O MAGAZINE LUIZA: COMO POSICIONAR O MAGAZINE LUÍZA COMO UMA EMPRESA QUE REALIZA

    SONHOS NA CIDADE DE FORTALEZA/CE

    FORTALEZA 2013

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    CLEYDIANE BARBOSA DE SÁ DÉBORAH NÁGILA

    JOSÉ WILSON DE LIMA FILHO RAFAELA MOURA FERREIRA

    PLANEJAMENTO DE CAMPANHA PARA O MAGAZINE LUIZA: COMO

    POSICIONAR O MAGAZINE LUÍZA COMO UMA EMPRESA QUE REALIZA SONHOS NA CIDADE DE FORTALEZA/CE

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Cearense, como parte dos requisitos para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda. Orientadora: Prof.ª Ms. Maria Luíza de Aquino.

    FORTALEZA 2013

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    CLEYDIANE BARBOSA DE SÁ DÉBORAH NÁGILA

    JOSÉ WILSON DE LIMA FILHO RAFAELA MOURA FERREIRA

    PLANEJAMENTO DE CAMPANHA PARA O MAGAZINE LUIZA: COMO POSICIONAR O MAGAZINE LUÍZA COMO UMA EMPRESA QUE REALIZA

    SONHOS NA CIDADE DE FORTALEZA/CE

    Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como pré-requisito para obtenção do título de Bacharel em Comunicação Social, com habilitação em Publicidade e Propaganda, outorgado pela Faculdade Cearense – FAC, tendo sido aprovado pela banca examinadora composta pelos professores.

    Data de aprovação: ____ de junho de 2013.

    BANCA EXAMINADORA

    ______________________________________

    Prof.ª Ms. Maria Luíza de Aquino – Orientadora

    Faculdade Cearense

    ______________________________________

    Prof.ª Ms. Luciana Barroso de Oliveira – Examinadora

    Faculdade Cearense

    ______________________________________

    Prof. Esp. Francisco Sérgio Marques Aragão – Examinador

    Faculdade Cearense

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    Aos nossos pais, que com muita dedicação souberam nos dar tudo que foi necessário para essa conquista. Mais do que agradecê-los queremos dividir essa vitória.

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    AGRADECIMENTOS

    Primeiramente a Deus pela saúde e coragem que nos fazem vencer

    mais esse desafio.

    Aos nossos pais por terem incentivado o tempo todo nossos estudos.

    A nossa orientadora, professora Maria Luiza Aquino pela dedicação

    investida na construção desse trabalho.

    Aos professores que compõem a banca examinadora, Sérgio Aragão e

    Luciana Barroso pela sua colaboração em nosso projeto.

    Aos nossos amigos e familiares pelo apoio oferecido.

    Aos professores do Curso de Publicidade e Propaganda da Faculdade

    Cearense, que muito contribuíram para a elevação de nossa consciência

    crítica e formação acadêmica.

    A todos que direta ou indiretamente contribuíram para o bom

    desempenho deste trabalho, o nosso reconhecimento pela atenção,

    paciência e apoio.

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    “O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher!”

    (Cora Coralina)

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    RESUMO

    Esse trabalho tem como objetivo elaborar um planejamento de campanha de comunicação para posicionar a marca, como uma empresa que realiza os sonhos de seus clientes, buscando fortalecer seu relacionamento com os consumidores. A campanha de comunicação para posicionamento da marca é de suma importância para o desenvolvimento de uma empresa. Para a realização do objetivo mencionado, foi realizada uma pesquisa exploratória, também foram realizadas pesquisas quantitativas e entrevistas com funcionários da empresa Magazine Luiza, buscando a coleta de informações necessárias para o estudo de caso. Este trabalho poderá contribuir para pesquisas futuras, relacionadas ao tema, beneficiando os estudantes e profissionais da área de comunicação social.

    Palavras-chave: Planejamento de campanha. Posicionamento.

    Desenvolvimento.

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    ABSTRACT

    This work aims to develop a planning communication campaign to position the brand as a company that realizes the dreams of their clients, seeking to strengthen their relationship with consumers. The communication campaign for the brand positioning is of paramount importance for the development of a company. To achieve the mentioned goal, we conducted an exploratory survey was also carried out quantitative surveys and interviews with company officials Magazine Luiza, seeking to collect necessary information for the case study. This work will contribute to future research related to the topic, benefiting students and professionals in the media.

    Keywords: Campaign planning. Positioning. Development.

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    LISTA DE QUADROS

    Quadro 1 -

    Quadro 2 -

    Quadro 3 -

    Variação de preço de marcas e modelos……………………

    Equiparação de preço entre Magazine Luiza e

    concorrentes……………………………………………………

    Comparativo do mix entre o Magazine Luiza e seus

    concorentes………………………………………………………

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    LISTA DE GRÁFICOS

    Gráfico 1 -

    Gráfico 2 -

    Gráfico 3 -

    Gráfico 4 -

    Clientes Magazine Luiza em relação ao sexo…………………

    Faixa etária………………………………………………………….

    Estado civil…………………………………………………………..

    Faixa salarial………………………………………………………..

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 1 -

    Tabela 2 -

    Tabela 3 -

    Tabela 4 -

    Tabela 5 -

    Tabela 6 -

    Tabela 7 -

    Tabela 8 -

    Tabela 9 -

    Propaganda no Programa Mais Você………………………….

    Propaganda no Programa Ênio Carlos………………………..

    Programa Disque e Toque “O valor de produção do spot

    será cobrado somente no primeiro mês……………………….

    Programa Disco Show…………………………………………

    Publicação no encarte do Jornal Diário do Nordeste……….

    Anúncio em outdoor………………………………………………

    Propagandas em adesivos veiculados………………………...

    Propagandas através de panfleto………………………………

    Propagandas através de chaveiros…………………………….

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    LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

    BMI - Business Monitor Internacional

    CDC - Crédito Direto ao Consumidor

    CDC - Código de Defesa do Consumidor

    FM - Frequency Modulation

    IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

    ICMS - Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços

    IDCB - Instituto de Defesa do Cidadão no Brasil

    IPECE - Instituto de Pesquisa e Estratégica e Econômica do Ceará

    IPI - Imposto Sobre Produtos Industrializados

    PROCON - Instituto de Defesa do Consumidor

    RMF - Região Metropolitana de Fortaleza

    SAC - Serviço de Atendimento ao Consumidor

    SBT - Sistema Brasileiro de Televisão

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    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO…………………………………………………………………

    2 BRIEFING MAGAZINE LUIZA………………………………………………...

    2.1 Conceito de briefing…………………………………………………….

    2.2 Metodologia do briefing…………………………………………………...

    2.3 Histórico da empresa………………………………………………………

    2.4 Situação de mercado………………………………………………………

    2.5 Os 4 Ps de acordo com o cliente………………………………………..

    2.5.1 Produto……………………………………………………………………....

    2.5,2 Preço…………………………………………………………………………

    2.5.3 Promoção……………………………………………………………………

    2.5.4 Praça…………………………………………………………………………

    2.6 Uma breve comparação com a concorrência………………………….

    2.7 Posicionamento……………………………………………………………….

    2.8 Público-alvo e localização…………………………………………………..

    2.9 Objetivo do marketing………………………………………………………..

    2.10 Problema que a comunicação deve resolver…………………………

    2.11 Objetivo da comunicação………………………………………………….

    2.12 Obrigatoriedade da campanha……………………………………………

    2.13 Verba da campanha………………………………………………………

    3 PLANEJAMENTO……………………………………………………………….

    3.1 Análise SWOT…………………………………………………………………

    3.1.1 Macroambiente……………………………………………………………..

    3.1.1.1 Ambiente demográfico…………………………………………………..

    3.1.1.2 Ambiente econômico…………………………………………………….

    3.1.1.3 Ambiente natural…………………………………………………………

    3.1.1.4 Ambiente tecnológico……………………………………………………

    3.1.1.5 Ambiente político…………………………………………………………

    3.1.1.6 Ambiente cultural………………………………………………………...

    3.1.2 Microambiente………………………………………………………………

    3.1.2.1 A empresa…………………………………………………………………

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    3.1.2.2 Fornecedores……………………………………………………………..

    3.1.2.3 Intermediadores de marketing…………………………………………

    3.1.2.4 Clientes……………………………………………………………………

    3.1.2.5 Concorrência……………………………………………………………..

    3.1.2.6 Os públicos……………………………………………………………….

    3.2 Diagnóstico…………………………………………………………………….

    3.3 Posicionamento……………………………………………………………….

    3.4 Público-alvo e localização…………………………………………………..

    3.5 Estratégia de campanha…………………………………………………….

    3.6 Tipos de campanha…………………………………………………………

    4 MÍDIA……………………………………………………………………………..

    4.1 Objetivo da mídia……………………………………………………………..

    4.2 Estratégias de mídia…………………………………………………………

    4.2.1 Meios escolhidos……………………………………………………….

    4.2.2 Justificativa dos meios escolhidos………………………………………

    4.3 Táticas de mídia………………………………………………………………

    4.4 Mapa da programação.....................................................................

    5 CRIAÇÃO…………………………………………………………………………

    5.1 Tema……………………………………………………………………………

    5.2 Redação publicitária………………………………………………………….

    5.2.1 Slogan………………………………………………………………………..

    5.2.2 Título…………………………………………………………………………

    5.3 Direção de arte………………………………………………………………

    5.4 Peças..............................................................................................

    5.5 Defesa da criação…………………………………………………………….

    6 CONCLUSÃO……………………………………………………………………

    REFERÊNCIAS…………………………………………………………………….

    APÊNDICES............................................................................................

    ANEXOS.................................................................................................

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    1 INTRODUÇÃO

    O projeto tem como objetivo o desenvolvimento de uma campanha

    publicitária para o Magazine Luíza. Uma empresa que atua no mercado a

    mais de 50 anos, no segmento do varejo, está presente em quase todas as

    Regiões do Brasil como, Sul, Sudeste, Centro-Oeste, e Nordeste. Através de

    pesquisas primárias e secundárias constatou-se que o problema da empresa

    estudada, é não atingir o posicionamento desejado.

    Esta campanha tem como objetivo solucionar o problema mencionado

    anteriormente. Iniciada através de uma pesquisa exploratória, utilizando

    fontes primárias para obter informações relevantes, tais como: dados da

    empresa, produtos, concorrência, objetivo de marketing, objetivo de

    comunicação, entre outros.

    Foi realizada uma análise mercadológica com dados obtidos em fontes

    secundárias como: livros, sites e jornais. A partir dessa análise partiu-se para

    o planejamento da campanha, definindo o posicionamento, público-alvo e sua

    localização.

    Segundo Predebon (2004, p.42):

    Planejar é colocar organizadamente o que queremos atingir e como faremos para alcançá-lo, com quais recursos, etc, levando em consideração os recursos que se dispõem riscos previsíveis e imprevisíveis.

    O planejamento de campanha proposto nesse projeto visa agregar

    valor a empresa Magazine Luiza mostrando peças criativas onde busca

    apresentar o posicionamento da marca.

    Através dos dados obtidos no briefing iniciou-se o planejamento, logo

    em seguida o processo de criação das peças publicitárias e posteriormente o

    plano de mídia foi elaborado obedecendo o valor disponibilizado pela

    empresa estudado.

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    2 BRIEFING MAGAZINE LUIZA

    2.1 Conceito do Briefing

    Segundo S'antanna (1989, p.109), “chama-se briefing todas as

    informações preliminares que contém as instruções que o cliente fornece à

    agência para orientar os seus trabalhos.”

    Briefing é um conjunto de dados fornecidos pela empresa para o

    desenvolvimento de um trabalho, geralmente utilizado em áreas como

    Administração e por profissionais da comunicação, como Relações Públicas e

    Publicitários. Ele permite um mapeamento do problema, para que a partir

    dele, seja feito um roteiro de ação, com o objetivo de gerar soluções.

    Existem diversos tipos de briefing, mas não existe um modelo pronto,

    cada agência ou empresa possui o seu próprio, que melhor se adapta às

    suas necessidades. Existem alguns itens que são essenciais para sua

    composição, como o histórico da empresa, o problema de marketing que está

    ocorrendo, objetivo de comunicação, plano de ação, o público-alvo que a

    organização quer atingir, áreas geográficas de interesses e limitações, como

    prazos e custos.

    2.2 Metodologia do briefing

    A metodologia adotada para a obtenção das informações e a

    elaboração do Briefing se baseou nos conhecimentos de marketing de

    S'antanna (1989). O processo metodológico, tem o objetivo de coletar

    informações relevantes para o planejamento de campanha.

    A pesquisa serve para identificar, coletar, analisar e disseminar

    informações de forma objetiva e sistemática com o objetivo de fornecer

    informações para assessorar a gerência na tomada de decisões com relação

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    à identificação e solução de problemas na área estudada.

    (MALHOTRA,2001).

    A princípio foi realizada uma pesquisa exploratória, que dá ao

    pesquisador mais informações sobre seu tema ou problema. A pesquisa foi

    feita através de arquivos que a empresa disponibilizou, com informações

    sobre o ambiente das lojas, capacitação dos funcionários e do atendimento.

    O Magazine Luiza também forneceu para a agência uma pesquisa

    realizada pela empresa que apontava em números o seu público-alvo, e

    aspectos como, classe social e faixa etária.

    No período entre 20 de agosto a 15 de setembro de 2012 foram

    coletados dados secundários, que são os fornecidos pela empresa, sobre as

    ações comunicacionais, até então desenvolvidas pela agência Etco Ogilvy,

    que é responsável pelas campanhas do Magazine Luiza.

    2.3 Histórico da empresa

    O Magazine Luíza foi fundado em 16 de novembro de 1957, pelo casal

    Luiza Trajano e Pelegrino José Donato, na cidade de Franca no interior de

    São Paulo, onde já vendiam móveis e eletrodomésticos. A primeira loja

    possuía 500m². O nome foi escolhido através de um concurso cultural

    promovido em uma rádio local.

    A empresa possui hoje 611 filiais, estando presente em quase todas as

    regiões do Brasil. Iniciou sua trajetória no Sudeste, expandindo para o Sul.

    Com a aquisição das lojas Maia em 2010, que possuía 141 lojas, tornou-se

    presente na Região Nordeste. Em 2011 com mais uma aquisição de 121

    Lojas do Baú da Felicidade, que pertenciam ao Grupo Silvio Santos, o

    Magazine Luiza se expande também para a região Centro-Oeste.

    Possui cerca de 21 mil funcionários. O faturamento bruto da empresa

    foi de R$ 7,6 bilhões só em 2011, crescendo 33,5 % em relação a 2010. Ao

    longo de sua história nunca passou por crise financeira.

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    A empresa já recebeu diversos prêmios pela sua gestão como

    Reconhecimento da equipe guias das melhores empresas (EXAME – 2001),

    Reconhecimento da Equipe A melhor empresa para se trabalhar no Brasil

    (Revista EXAME – 2003), Reconhecimento do público – Prêmio Top 3 (iBest-

    2004).1

    Em 2005 o Magazine Luiza lançou a campanha “Vem ser Feliz”. Para

    se posicionar no mercado desta forma, ele aposta no relacionamento entre

    seus colaboradores e clientes, partindo do pressuposto de que se os

    colaboradores estiverem felizes, os clientes também estarão. Para isso, criou

    a TV Luiza, a Rádio Luiza e o Portal Luiza, veículos de comunicação interna

    exclusivos para informar os colaboradores da rede, buscando uma política de

    transparência e comunicação direta, criando canais de mão-dupla entre

    liderança e colaboradores.

    2.4 Situação de mercado

    O Magazine Luiza atua no varejo no competitivo mercado dos móveis,

    eletrodomésticos, celulares e informática. Considerado o maior empregador

    privado do país, o varejo tem crescido de forma generalizada, em todos os

    setores e regiões do Brasil, como consequência do momento econômico

    favorável do país, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e

    Estatística (IBGE).

    Dentre os diversos segmentos do varejo, o de móveis e

    eletrodomésticos é um dos mais importantes, com faturamento em torno de

    60 bilhões com mais de 23,5 mil lojas por todo o país. O setor cresce

    continuamente desde 2004, inclusive em 2009, quando conseguiu superar a

    crise estimulada por incentivos com a redução de Imposto sobre Produtos

    Industrializados (IPI).

    O mercado brasileiro de informática é por larga margem o maior da

    América Latina, com recentes projeções econômicas apontando para uma

    1 IBest: É instituição que premia as empresas que se destacam na internet. Suas publicações servem de referência para o mercado corporativo.

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    taxa de crescimento composto de 11% ao longo do período compreendido

    entre 2007 e 2012, de acordo com o Business Monitor International (BMI).

    De acordo com pesquisa do Instituto de Defesa do Cidadão no Brasil

    (IDCB) os celulares chamados tradicionais, que são aqueles que apenas

    cujas funções são apenas de ligação, vão conquistar 75,9% das vendas este

    ano de 2013. Apesar de ainda dominar o mercado, o setor está em queda

    livre. A previsão é que em 2013 a comercialização destes modelos caia

    20,5%, dando espaço aos smartphones, que são os aparelhos que, além de

    realizar e receber chamadas, têm acesso à internet e possuem funções como

    câmera, mp3, wi fi etc.

    O setor de varejo de móveis, eletrônicos e eletrodomésticos tem

    passado por um período de forte consolidação. Segundo o Jornal Valor

    Econômico e a Revista Exame (2009) o atual market share do Magazine

    Luiza é de 3%, mais próximo do segundo lugar no ranking (Máquina de

    Vendas, com 6%), embora o Grupo Pão de Açúcar permaneça como líder,

    com algo em torno dos 26% (INFOMONEY, 2013, on line).

    Mudanças de comportamento das mulheres no mercado de trabalho e

    aumento do poder aquisitivo da classe C, além do seu crescimento, são

    tendências de mercado a serem analisadas. 13 vezes maior do que a classe

    A brasileira, a classe C movimenta cerca de R$ 932,5 bilhões segundo

    prognósticos. Atualmente as mulheres estão conquistando cada vez mais o

    seu espaço no mercado de trabalho, consolidando sua presença em todas as

    áreas.

    2.5 Os 4 Ps de acordo com o cliente

    Segundo Kotler e Keller (2006), o mix de marketing, conhecido como

    composto de marketing ou 4 Ps são ferramentas utilizadas pelos

    administradores de marketing para satisfazer as necessidades e desejos dos

    clientes, bem como auxiliar a empresa alcançar os seus objetivos

    estabelecidos.

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    2.5.1 Produtos

    Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida e que satisfaça

    necessidades e desejos de um mercado. Produto inclui não só bens ou

    serviços, mas também marcas, embalagens, serviços aos clientes e outras

    características. Não necessariamente o produto precisa ser físico. Eles

    podem existir fisicamente, mas também podem ser serviços, pessoas, locais,

    organizações, ideias etc. O magazine Luiza disponibiliza em suas lojas de

    Fortaleza:

    - Linha marrom:

    Guarda-roupa, sofá, cama, armário, mesas e cadeiras de jantar,

    cômodas.

    Balcões e aparadores, mesas para computador, escrivaninhas,

    racks e estantes.

    - Eletrodomésticos – Linha branca:

    Refrigeradores, freezer, fogão,

    Ar condicionado, micro-ondas, forno, bebedouro de água

    Lava-louça, secadora de roupas, centrífuga de roupas

    - Eletrônicos:

    TV, Home Theaters, antenas, conversores digitais, blu-rays,

    áudio, acessórios.

    - Eletrinhos:

    Tradicionais e smartphones.

    - Informática:

    Notebook, ultrabooks, tablets, computadores, impressoras.

  • 20

    2.5.2 Preço

    Preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto e/ou serviço. É a

    quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir

    a propriedade ou uso de um produto.

    A política de preços do Magazine Luiza é descentralizada, de forma

    que definem os preços localmente, de acordo com os fatores regionais, tipo

    concorrência, hábito dos consumidores, nível de renda. Assim os preços não

    são iguais entre os diversos canais.

    Com relação aos impostos, não existe diferenciação de alíquotas entre

    os canais de vendas, mas o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

    Serviços (ICMS), por exemplo, é um imposto estadual, fazendo com que as

    alíquotas de certos produtos possam variar conforme o Estado.

    Para melhorar sua forma de pagamento o Magazine Luiza criou a

    financeira Luiza Cred, empresa formada por meio de uma associação entre o

    Magazine Luiza e o Itaú/Unibanco, para ampliar a oferta de crédito aos

    clientes, por meio do Cartão Luiza, Empréstimo Pessoal e Crédito Direto ao

    Consumidor (CDC).

    Nas lojas de Fortaleza os preços variam de acordo com a marca e o

    modelo dos produtos.

    Quadro 1 – Variação de preço de marcas e modelos.

    PRODUTO MENOR PREÇO MAIOR PREÇO

    Fogão 4 Bocas R$ 289,00 R$ 1.500,00

    SOFÁ 2 LUGARES R$ 350,00 R$ 2.900,00

    TV LED 32 Polegadas R$ 950,00 R$ 1.499,00

    Cafeteira Elétrica R$ 49,00 R$ 599,00

    Fonte: Elaborado pelos pesquisadores. *Variações de preços das lojas Magazine Luiza de Fortaleza- (04/2012)

    O Magazine Luiza também realiza a formação do calendário promocional

    juntamente com o departamento de vendas, para realizar campanhas

    promoções (ex: “Só Amanhã”).

  • 21

    2.5.3 Promoção

    Muitas vezes, propaganda é confundida com marketing. Isso ocorre

    principalmente pelo fato de que o composto promocional é a parte do

    marketing que mais aparece e é percebida pelas pessoas de uma forma

    geral.

    O Magazine Luiza realiza uma comunicação mercadológica, a fim de

    divulgar os produtos da sua empresa. Demonstra nas suas propagandas o

    quanto é uma loja desenvolvida na venda de eletro eletrônico, cama, mesa e

    banho. As mídias utilizadas são impressa, como catálogos dos produtos.

    Audiovisuais, como VT e merchandising feito pelo apresentador Faustão em

    seu programa. E auditivos como spot para rádio.

    2.5.4 Praça

    O “P” de “praça” também é conhecido como ponto-de-venda ou canal

    de distribuição e pode ser descrito como sendo uma rede organizada de

    órgãos e instituições que, em combinação, executam todas as funções

    necessárias para ligar os fabricantes aos usuários-finais a fim de realizar a

    tarefa de marketing.

    O Magazine Luiza atua no segmento de varejo. A sua distribuição é

    feita através do canal dos fornecedores, que fornecem os produtos que são

    vendidos nas lojas. O Magazine Luiza está hoje em 16 Estados do Brasil:

    Ceará, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Bahia, Alagoas,

    Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do

    Sul, Santa Catarina, Sergipe, São Paulo. No Ceará são 21 lojas, sendo

    quatro destas em Fortaleza, uma na Caucaia, uma em Itapipoca, uma no

    Crato, uma em Maracanaú, uma em Sobral, uma em Tianguá e quatro em

    Juazeiro do Norte.

    As lojas seguem uma configuração padrão estabelecida pelo

    departamento visual, que faz a formatação do layout e visual das lojas. São

    regras básicas do visual das lojas Magazine Luiza:

  • 22

    - Clareza no sortimento e na exposição das mercadorias;

    - Os produtos chaves (ou mais vendidos) devem possuir estoque

    suficiente para suprir a demanda;

    - Expor os produtos chaves nos pontos focais (ex: o cliente tende a

    circular para a direita após a entrada);

    - Rotatividade dos itens de destaque;

    - Estabelecer uma ligação visual entre a mercadoria da vitrine e pelo

    menos um ponto dentro da loja;

    - A circulação interna da loja deve ser livre e direcionada para a venda

    de produtos.

    - A sinalização interna da loja deve ser clara, consistente e de acordo

    com a imagem da empresa;

    - É feita uma programação das vitrines e displays internos de acordo

    com o calendário anual de promoções da loja e do comércio em

    geral.

    2.6 Uma breve comparação com a concorrência

    O Magazine Luiza possui hoje vasta abrangência na Região Nordeste.

    Limitando sua concorrência à cidade de Fortaleza,o grupo atua nos bairros:

    Edson Queiroz, Messejana, Benfica, Centro, Bela Vista, São Gerardo, Jardim

    América e José Bonifácio.

    Seus principais concorrentes em Fortaleza são as Casas Bahia,

    Insinuante e Rabelo, pois possuem o mesmo público-alvo e o mesmo mix de

    produtos oferecidos nas lojas físicas da cidade.

    As Casas Bahia têm 60 anos de atuação no mercado nacional, porém

    em Fortaleza ela atua há pouco mais de 1 ano e possui três filiais, nos

    bairros Centro e Aldeota. Dispõem de um quadro geral de aproximadamente

    93 funcionários dos quais 55 estão nas lojas do Centro e 38 no Shopping

    Center Um. O tamanho das lojas é respectivamente de 1.351 m² e 1.626 m² e

  • 23

    oferece grande vantagem ao consumidor quanto à forma de pagamento em

    diversas parcelas com juros relativamente baixos. Também possuem cartão

    próprio.

    A Insinuante iniciou sua trajetória em 1959 e hoje possui 14 lojas em

    Fortaleza localizadas nos bairros: Edson Queiroz, Messejana, Benfica,

    Centro, José de Alencar, São Gerardo e Jardim América. Utiliza a forma

    convencional de pagamento em cheque, carnê, cartão de crédito e à vista

    dependendo das ofertas vigentes e que se adéquam às condições de cada

    consumidor.

    A Rabelo teve como berço a capital cearense em 1993 e a partir dela

    se expandiu para outros Estados da região Nordeste. Conta hoje com 12

    lojas em Fortaleza localizadas nos bairros, Álvaro Weyne, Aldeota, Barra do

    Ceará, Centro, Cocó, Edson Queiroz, Floresta, Messejana, Montese, Parque

    Dois Irmãos, Sapiranga e São Gerardo. A Rabelo realiza também o Super

    Saldão Rabelo onde são vendidos produtos em liquidação. A estratégia que

    pesa na decisão de compra para o consumidor são as formas de pagamento

    em carnê, cheque ou cartão de crédito, além de planos e parcelas

    diferenciadas.

    A tabela de preços do Magazine Luiza equipara-se à das concorrentes

    e varia conforme cada departamento da loja. Nos setores de móveis,

    eletrodomésticos, eletrônicos e eletro portátil, há um pequeno desequilíbrio

    de valores em relação à concorrência. O grupo, assim como seus

    concorrentes possui um mix de produtos bem diversificado.

  • 24

    Quadro 2 – Equiparação de preço entre Magazine Luiza e concorrentes.

    Fonte: Elaborado pelos pesquisadores.

    2.7 Posicionamento

    O Magazine Luiza quer ser percebido como uma empresa que realiza

    sonhos, que torna real o desejo do consumidor em adquirir determinado

    produto. A empresa tenta passar para o consumidor todas as vantagens que

    oferece em suas formas de pagamento, a fim de convencer os consumidores

    a comprarem em suas lojas, facilitando a realização dos seus sonhos. A

    empresa acredita que suas vantagens em relação à concorrência é a forma

    com que ele se posiciona. Através do slogan “Vem ser feliz” a empresa tenta

    passar o seu diferencial. O slogan justifica-se através da criação de diversos

    canais de comunicação interna, que liga o vendedor ao cliente diretamente e

    dos quais podemos destacar:

    - TV Luíza: Canal de comunicação interna entre a empresa e os

    colaboradores, através de fitas de vídeo.

    - Linha 0800: Seu objetivo é captar denúncias ou qualquer ato que

    ferem os valores e Ética da Empresa.

    - Luíza News: Informativo interno bimestral criado com o objetivo de

    promover a comunicação transparente

    Produtos

    Magazine

    Luiza

    R$

    Rabelo

    R$

    Insinuante

    R$

    Casas

    Bahia

    R$

    Geladeira Cônsul Degelo

    seco,1 porta 26L

    899,00

    838,00

    949,00

    999,00

    Lavadora Eletrolux 15kg

    LT branca

    1.499,00

    1.450,00

    1.699,00

    1.699,00

    TV 42” LED Full HD

    Philips

    1.849,00 1.799,00 1.999,00 1.999,00

  • 25

    2.8 Público-alvo e localização

    O público-alvo do Magazine Luiza são pessoas pertencentes às classes

    B e C. Na maioria mulheres entre 20 e 45 anos.

    Segundo a empresa seus clientes tem um perfil de compra bem

    definido e gostão de pesquisar antes da compra e serem atendidos de forma

    receptiva e alegre por parte dos funcionários na loja.

    2.9 Objetivos de marketing

    - Pretende-se aumentar as vendas em 30%

    - Aumentar a participação no mercado de Fortaleza em 50%

    2.10 Problema que a comunicação deve resolver

    - Atualmente o Magazine Luiza é visto no mercado de Fortaleza, como

    uma empresa comum no qual o único fator decisivo para realizar a

    compra é o preço. Ou seja, os consumidores não conseguem

    perceber o seu posicionamento.

    2.11 Objetivos da Comunicação

    - Tornar a marca mais evidente na mente do consumidor

    - Reforçar seu posicionamento.

    2.12 Obrigatoriedades da comunicação

    - As peças da campanha devem obrigatoriamente ter:

    - Slogan: “Vem ser feliz”

    2.13 Verba da campanha

    - 200 mil reais para custos de produção e veiculação

  • 26

    3 PLANEJAMENTO

    3.1 AnáliseSWOT

    Segundo Porter (2005) a análise SWOT é uma ferramenta estrutural

    que é utilizada na análise do ambiente interno e externo de uma empresa,

    com o objetivo de criar estratégias para a mesma. Para que isso ocorra é

    preciso identificar, nesta análise, as forças e fraquezas da empresa

    apontando suas ameaças e oportunidades.

    Referente à Análise SWOT pode-se afirmar que ela é

    consideravelmente importante e útil pois possibilita ao empreendedor a

    análise dos ambientes externos de forma que seja possível definir quais tipos

    de investimentos podem ser melhores utilizados estrategicamente diante do

    que se deseja estabelecer, a fim de melhor posicionar a empresa no

    mercado. Através dessa análise é possível identificar as soluções diante de

    algum problema que possa surgir no futuro referente à imagem que a

    organização deseja construir.

    3.1.1 Macroambiente

    O macroambiente influencia de forma direta as atividades de uma

    organização. A sua análise é fundamental para o diagnóstico da situação da

    empresa, devido ao fato dele ser constituído por forças incontro láveis. Na

    prática o macroambiente é todo o meio externo à empresa.

    Segundo Anderson e Vincze (2000 apud GALÃO, 2012), o

    macroambiente é composto por todas as forças políticas, econômicas,

    sociais, naturais, demográficas e tecnológicas. Com base no estudo dessas

    vertentes se torna possível o aproveitamento das oportunidades e a

    minimização dos riscos.

  • 27

    3.1.1.1 Ambiente demográfico

    De acordo com Kotler e Keller (2006), ambiente demográfico é o estudo

    estatístico das populações humanas (tamanho, densidade, idade, sexo, raça,

    ocupação, localização).

    O interesse primordial para os administradores de marketing é o

    ambiente demográfico, pois ele envolve as pessoas, que são os elementos

    que constituem o mercado. Os profissionais de marketing têm de acompanhar

    as tendências de mudança de idade, mudanças geográficas da população,

    características educacionais, e diversidade populacional.

    Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

    (IPECE), observando especificamente a última década (2000/2010) percebe-

    se que o Ceará registrou um aumento absoluto em sua população de

    1.017.394 habitantes, o que equivale a um crescimento relativo de 13,69%.

    Em termos percentuais, a população estadual correspondeu a 15,92% da

    população da Região Nordeste e a 4,43% da população do Brasil, em 2010

    (CEARÁ/IPECE, 2011, on line).

    O Ceará tem ainda uma forte concentração populacional na Região

    Metropolitana de Fortaleza (RMF), a qual foi ampliada nos últimos dez anos.

    Em 2000, 41,14% da população do Estado se encontrava na RMF, ao passo

    que em 2010 este percentual aumentou para 42,74%. Especificamente para o

    município de Fortaleza, observa-se que o mesmo obteve 28,97% da

    população total no ano de 2010, percentual que era de 28,81% no ano 2000

    (CEARÁ/IPECE, 2011, on line).

    Analisando a distribuição da população do Estado do Ceará por

    gênero, observa-se uma pequena maioria de mulheres tanto para o ano 2000

    como para o ano 2010. Em 2010, o contingente feminino foi registrado em

    4.329.989 pessoas (51,25%) e o masculino 4.118.066 habitantes,

    representando 48,75% da população total (CEARÁ/IPECE, 2011, on line).

    A população cearense cresceu em consumo de bens duráveis, com

    destaque para a aquisição de eletrodomésticos (como máquina de lavar

    roupas e televisores). Essas informações são do Instituto de Pesquisa e

  • 28

    Estatística do Estado do Ceará (IPECE), com base nos dados do Censo

    Demográfico 2010.

    Na pesquisa realizada pelo IPECE foram estudadas informações

    relacionas à condição dos domicílios e a existência de bens duráveis, mais

    precisamente dados relacionados ao número de cômodos, presença de

    aparelhos de televisão, máquinas de lavar roupa, geladeiras, rádios,

    telefones, automóveis, motocicletas e microcomputadores em cada

    residência. Estes dados são importantes, pois mostram que os brasileiros

    estão gastando mais dinheiro no setor de bens duráveis, como por exemplo,

    eletrodomésticos, o que favorece as empresas do setor, por conta do

    aumento dessa demanda.

    3.1.1.2 Ambiente econômico

    Segundo Kotler e Keller (2006, p.84) “o poder de compra em uma

    economia depende da renda, dos preços, da poupança, do endividamento e

    da disponibilidade de crédito”. Para a sobrevivência do mercado é necessário

    que exista pessoas com poder de compra. Elas devem ter dinheiro e estarem

    dispostas a gastar.

    Segundo o Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará

    (IPECE), o crescimento econômico do Ceará nos últimos anos tem

    apresentado uma taxa superior a do Brasil, com isso o mesmo tem ganhado

    participação na economia nacional. O Estado apresenta condições favoráveis

    para crescer, com melhorias nos indicadores sociais de: desenvolvimento,

    renda, saúde, educação e cultura. Se esse crescimento se mantiver paralelo

    à redução da desigualdade, a população de baixa renda será beneficiada.

    No varejo, vem se registrando um crescimento, influenciado pela

    ampliação de crédito, salários com ganhos reais, e uma políti ca monetária

    flexível. O comércio varejista foi beneficiado com a redução de impostos, que

    direta ou indiretamente alavancaram as vendas. Além dessa redução o

    Governo ampliou a oferta de crédito, facilitou a compra com o corte na taxa

    básica de juros, sobretudo controlando a inflação propiciando ao setor

  • 29

    varejista uma parcela volumosa de vendas no ano de 2012 segundo dados do

    IBGE.

    Outro fator que contribui com esse crescimento é a política de

    estímulos ao consumo por meio das desonerações fiscais para aqu isição de

    bens duráveis. Diante disso o Ceará tem refletido grande impacto positivo no

    comércio, possibilitando ao consumidor facilidade de compra, ampliando o

    fluxo de vendas, ganhando destaque nacionalmente e assim despertando o

    interesse de novos empreendedores que atuam no setor.

    3.1.1.3 Ambiente natural

    As condições climáticas são fator de grande importância a ser estudado

    quando avalia-se o ambiente natural. O motivo disso está no impacto direto

    que elas causam na produção de matérias-primas que se encontra hoje

    ameaçada pelo aquecimento global.

    Segundo Kotler e Keller (2006) a deterioração do ambiente natural é

    uma importante preocupação global por conta da escassez de matérias-

    primas.

    O efeito estufa é um fator preocupante e deve levar os habitantes do

    planeta a pensar suas atitudes de preservação em troca da própria

    sobrevivência. O lançamento de poluentes na camada de ozônio e a queima

    de combustíveis fósseis são causadores do aquecimento global, o que

    atualmente é inevitável já que impulsiona a geração de energia e a própria

    fabricação de bens nos setores industriais e de grande parte das economias

    do mundo.

    O lixo eletrônico também é um grande problema ambiental, se trata de

    todo resíduo material produzido pelo descarte de equipamentos eletrônicos.

    Com o aumento do uso desses equipamentos no mundo moderno, este tipo

    de lixo tem se tornado um grande transtorno no meio ambiente quando não

    descartado em locais adequados. São exemplos de lixo eletrônico: telefones

    celulares e baterias, computadores, televisores, impressoras e câmeras

    fotográficas. O problema ocorre quando este tipo de material é descartado no

  • 30

    meio ambiente. Como eles possuem substâncias químicas em suas

    composições, podem provocar contaminação de solo e água. Além disso,

    podem causar doenças graves em pessoas que coletam produtos em lixões,

    terrenos baldios ou na rua.

    O uso de fontes de energia limpa também é um fator importante a ser

    estudado, já que as lojas necessitam do uso de energia para sua iluminação,

    climatização etc. Este tipo de energia não libera, durante o seu processo de

    consumo, resíduos ou gases poluentes geradores do efeito estufa e do

    aquecimento global. O consumo dessas fontes é de extrema importância para

    a proteção do meio ambiente e da manutenção da qualidade de vida das

    pessoas.

    3.1.1.4 Ambiente Tecnológico

    A tecnologia é, segundo Shumpeter (apud SILVA, 1995), o elemento

    essencial à dinâmica capitalista, pois é responsável por todas as mudanças

    no comportamento dos agentes econômicos. Ela é sem dúvidas uma base

    sólida que orienta o crescimento de todas as empresas, além de definir o

    comportamento de seu público, que tende a caminhar para uma condição de

    maior tempo para o lazer e deixar para a tecnologia todo o trabalho de rotina.

    As novas tecnologias proporcionam valor e dinamizam a economia de

    modo a construir uma boa imagem de quem delas faz uso. Portanto, aderir à

    inovação tecnológica deixa de ser opção por parte das grandes empresas e

    passa a ser prioridade. Do contrário, a falta desta desvaloriza um produto ou

    uma empresa a ponto de torná-los obsoletos.

    As empresas que visam se consolidar e almejam grandes fatias do

    mercado devem apostar na tecnologia da informação. Dias (2000), aponta o

    uso dessa tecnologia indispensável, visto como instrumento capaz de

    propiciar a competitividade necessária à sobrevivência das empresas.

    A tecnologia da informação é de vital importância no crescimento das

    organizações, sobretudo no varejo, onde temos uma parcela considerável de

    pessoas exercendo interações mútuas. Seu uso define o patamar tecnológico

  • 31

    em que uma empresa está inserida a partir do momento em que se interliga a

    seus consumidores e a todo o sistema interno facilitando a disseminação da

    informação e o uso dos serviços de forma automatizada.

    Esse tipo de sistema é caráter de diferenciação no mercado cap italista

    em que vivemos e assume diversas modalidades, entre eles a automação

    comercial, que engloba desde a alimentação do banco de dados ao sistema

    de pagamento em forma de débito ou crédito impulsionando o varejo,

    racionalizando custos, desempenhando melhoria de controles, maior

    eficiência e confiabilidade.

    No ramo varejista, percebe-se um grande avanço tecnológico na forma

    de venda de produtos por meio da internet, o e-commerce, onde a partir dele

    o consumidor interage diretamente com a marca quando deseja obtendo o

    máximo de informações possíveis para a conclusão da compra. Permite ainda

    a personalização do atendimento garantindo facilidade e comodidade na

    aquisição.

    A internet vista como oportunidade, propiciou um encadeamento de

    informações contínuas entre os próprios consumidores atuando como meio

    que promove o “feedback” por parte desses consumidores sobre a

    preferência ou falta de interesse em relação a alguns produtos servindo

    como orientadores no processo de qualificação do mercado.

    3.1.1.5 Ambiente político

    Segundo Gilbert Churchill Jr (2003), uma empresa ou organização não

    tem como funcionar só com suas regras. Ela deve servir a seus clientes e

    atender a demanda global.

    As leis podem influenciar e contribuir para o desenvolvimento de uma

    organização, o que afeta diretamente nas decisões de marketing. Existem

    leis que geram novas oportunidades. Um exemplo disso é a reciclagem

    obrigatória que consiste em separar o lixo produzido em resíduos recicláveis

    e não-recicláveis. Esta Lei 33/2008 é de autoria do deputado estadual Paulo

    Alexandre Barbosa do PSDB, e foi aprovada desde 2008. É onde grandes

  • 32

    empresas se multiplicam, gerando lucros, empregos, e contribuindo com o

    meio ambiente.

    O ambiente político vem passando por mudanças que requerem uma

    adaptação das empresas, logo, devem ser avaliados e estudados os impactos

    dessas mudanças para os negócios, a fim de que ao invés de ameaças,

    tornem-se grandes oportunidades.

    Existem propósitos centrais na legislação que é proteger o consumidor

    na hora da compra, como o Código de Defesa do Consumidor (CDC).

    Proteger as empresas das concorrências desleais e proteger os interesses da

    sociedade. Uma medida adotada pelas empresas para facili tar na

    reivindicação desses direitos, é a central de atendimento ao consumidor, que

    tem como objetivo resolver questionamentos utilizando somente a

    comunicação entre empresa e cliente. Além disso, é necessário que os

    profissionais de marketing, fiquem dentro das leis, respeitando-as conforme a

    legislação, mantendo a ética em cada um dos seus trabalhos.

    3.1.1.6 Ambiente cultural

    A sociedade molda nossas crenças, nossos valores e normas. As pessoas absorvem quase que inconscientemente a visão do mundo que define seu relacionamento, com outras pessoas, com organizações, com a sociedade, natureza e com o universo. À medida que as pessoas perdem sua orientação religiosa, passam a procurar autossatisfação e a gratificação imediata. Ao mesmo tempo, cada tendência parece dar origem a umacontra tendência, como mostra o crescimento mundial do fundamentalismo religioso. Outras características interessantes para o profissional de marketing são: persistência dos valores culturais centrais, a existência de subculturas e mudanças dos valores ao longo do tempo. (KOTLER, 2000, p.174).

    Os principais valores culturais de uma sociedade giram em torno da

    visão das pessoas em relação aquelas mesmas e diversos outros fatores que

    geram conflito interior, entre eles: a natureza, os outros, as organizações e o

    universo. Resultante disso, ao mesmo tempo em que a sociedade é

  • 33

    responsável por criar valores, ela também atua substituindo tais valores por

    novos que se apoiam na contradição favorecendo novas tendências.

    A análise do ambiente cultural tem como foco a classe C, tendo em

    vista que para o senso comum e para os principais institutos de pesquisa,

    classe média é a faixa da população que se situa entre a elite e a pobreza.

    Os indivíduos desse segmento social devem apresentar algumas

    semelhanças: ter dinheiro para prover a alimentação dos membros do lar,

    casa, vestuário, transporte, lazer.

    O comportamento da nova classe média parece está se restringindo até então a fatores ainda referentes à situação anterior.Ela tem mais renda mais continua espiritualmente a mesma. Pode fazer mais o que já fazia antes. Não houve ainda uma ruptura muito pron unciada. São pessoas que fizeram um esforço pessoal grande, e que valorizam as realidades mais próximas de si. (Ribeiro Júnior 2013)

    A classe C possui atualmente maior poder de compra e ampla

    disponibilidade de crédito. Porém, quando se trata em consumir ela ainda

    mantém conservado o hábito de pesquisa preferindo produtos de marcas

    conhecidas àqueles que não certificam total garantia de qualidade por serem

    mais baratos. Isso se deve ao fato de a classe ter lutado por muitos anos

    para chegar ao que é hoje evitando prejuízos ao efetuar uma boa escolha.

    Portanto, a nova classe média consome o que de fato lhe é necessária, mas

    preza antes de tudo pela qualidade.

    Segundo Meirelles (2013) a nova classe média não deseja o estilo de

    vida das elites. Ao contrário do que se imagina ela julga desnecessário os

    gastos cometidos pelas classes mais altas e adotam uma nova posição

    aspirando por exemplos mais próximos de sua realidade, como algum

    membro da mesma classe que antes não era privilegiado financeiramente e

    hoje conquistou sua liberdade financeira com seus próprios esforços.

  • 34

    3.1.2 Microambiente

    Segundo Kotler e Keller (2006), o microambiente é composto por forças

    próximas à empresa, que afetam sua habilidade para servir e interagir com

    seu público. Desse grupo fazem parte os fornecedores, clientes, seus

    concorrentes, os públicos, intermediários e a própria empresa quando nos

    referimos à cultura organizacional imposta aos colaboradores. Tais variáveis

    podem ser controladas pela própria empresa, diferentemente do macro

    ambiente, que não cogita essa possibilidade de controle.

    A organização também tem um ambiente interno, o qual inclui os elementos dentro das fronteiras da organização. O ambiente interno é composto pelos empregados atuais, gerentes e principalmente pela cultura corporativa que define o comportamento do empregado no meio-ambiente interno e como a organização irá adaptar -se ao ambiente externo. (Daft; 1999, p.44)

    O estudo do microambiente é necessário no processo de crescimento

    de uma empresa. Pode-se dizer ser a chave do sucesso dela já que, o

    conhecimento da complexidade desse ambiente antecipa a necessidade do

    seu público e prevê as possíveis alterações que podem ocorrer e que venham

    impactar em seu funcionamento futuro. Portanto sua maior contribuição está

    no auxílio às atividades estratégicas. Para isso existem os profissionais de

    marketing encarregados de analisar o ambiente interno e promover o

    endomarketing a fim de desenvolver boas estratégias visando retorno

    lucrativo para a empresa.

    3.1.2.1 Empresa

    O Magazine Luíza é uma empresa que atua no mercado há mais de 50

    anos, está presente em 16 Estados brasileiros, nas Regiões Sul, Sudeste,

    Centro-Oeste e Nordeste, com 613 lojas e 24 mil colaboradores. O Magazine

  • 35

    Luiza possui um Departamento De Marketing, Departamento Visual e

    Merchandising, Departamento de Marketing Promocional, Departamento de

    E-commerce, Departamento de Serviços, Serviços Gerais, Diretoria e

    Financeiro. Em Fortaleza o Magazine Luiza possui 11 lojas com 215

    vendedores.

    As lojas da empresa seguem uma configuração padrão estabelecidas

    pelo Departamento Visual, que faz a formatação do layout e visual das lojas.

    As regras básicas do visual das Lojas Magazine Luiza são: clareza no

    sortimento e na exposição das mercadorias, expor os produtos chaves nos

    pontos focais, a circulação interna da loja deve ser livre e direcionada para a

    venda de produtos, e a sinalização interna da loja deve ser clara, consistente

    e de acordo com a imagem da empresa. É feita uma programação das

    vitrines e displays internos de acordo com o calendário anual de promoções

    da loja e do comércio em geral.

    Segundo o site da empresa, a missão do Magazine Luiza é ser

    competitiva, inovadora e ousada visando sempre o bem-estar comum. Sua

    visão é ser o grupo mais inovador do varejo nacional, oferecendo diversas

    linhas de produtos e serviços para a família brasileira. Estar presente onde,

    quando e como o cliente desejar, seja em lojas físicas, virtuais ou online.

    Encantar sempre o cliente com o melhor time do varejo, um atendimento

    diferenciado e preços competitivos. Entre seus valores estão respeito,

    desenvolvimento e reconhecimento, ética, simplicidade, inovação e ousadia.

    Com base no exposto, foi identificado como ponto forte do Magazine

    Luíza sua longa trajetória no mercado, sua visão em buscar sempre o melhor

    atendimento ao cliente e sua missão em ser um grupo com uma gestão

    inovadora, ousada e empreendedora.

    3.1.2.2 Fornecedores

    Os fornecedores são organizações que oferecem os recursos

    necessários para que uma empresa possa produzir bens e serviços. Segundo

  • 36

    Kotler e Armstrong (2007) os fornecedores são componentes importantes

    para adicionar valor para a empresa.

    Dentre os fornecedores do Magazine Luiza, os principais são:

    - De eletrodomésticos:

    Apple

    LG

    Brastemp

    Continental

    Electrolux

    - De eletrônicos são:

    Samsung

    Sony

    Panasonic

    - De móveis:

    Demóbile

    Castor

    Ortobom

    Itatiaia

    - De eletroportáteis:

    Britânia

    Arno

    Black&Decker

    - De Produtos de informática:

    Sony VAIO

    Positivo

    Samsung

  • 37

    - De celulares e telefonia:

    Nokia

    Motorola

    Sony Ericson

    Os fornecedores do Magazine Luiza podem ser considerados como

    ponto forte da empresa. Como se percebe são marcas conhecidas que

    agregam valor a empresa, variedade em relação aos produtos e preços,

    conforme são classificados por suas inovações referente à qualidade dos

    produtos em oferta, mantendo uma relação de fidelidade entre a empresa e o

    consumidor. Os produtos oferecidos são em grande parte acessíveis ao

    consumidor onde alguns são populares e outros fazem parte do alto padrão

    de consumo, como, por exemplo, o Iphone, que é classificado como artigo

    que define status.

    3.1.2.3 Intermediadores de marketing

    A empresa deve ter um cuidado na hora da escolha de seus

    intermediadores de marketing, estando sempre atenta a vários fatores,

    principalmente ao preço, qualidade e outros aspectos, tentando manter a

    credibilidade, com o objetivo de conservar os clientes sempre satisfeitos.

    Segundo Kotler e Armstrong (2007), os intermediadores de marketing

    são fundamentais no crescimento de uma empresa, pois eles ajudam a

    promover, vender e distribuir os produtos para os consumidores finais,

    fazendo com que os produtos cheguem até aos clientes, ou seja, uma

    espécie de ponte ligando a empresa diretamente ao consumidor. Uma boa

    articulação destes intermediários garante à empresa o fortalecimento de sua

    atuação no mercado, enquanto que falhas nestas relações se convertem em

    pontos fracos. Entre os intermediários estão, os revendedores, empresas de

    distribuição física, agências de serviços de marketing e intermediários

    financeiros.

    Referente aos intermediários do Magazine Luiza, podemos identificar

  • 38

    os seguintes canais de distribuição: o site da empresa , o Serviço de

    Atendimento ao Consumidor (SAC) do Magazine Luiza, que possui uma

    equipe de profissionais para atender as necessidades de seus clientes,

    quiosques ligados on-line ao sistema de vendas, localizados em pontos

    estratégicos, como shopping centers, agências do Unibanco, feiras, eventos

    e lojas da rede Blockbuster. Esses canais de distribuição são ferramentas

    fundamentais para preservar o elo entre fornecedores e clientes, mantendo

    os consumidores sempre atualizados aos produtos em oferta, para que

    possam se sentir valorizados e satisfeitos com a empresa.

    Além disso, conta com a agência Etco Comunicação Integrada que lhe

    presta serviço. É uma agência que trabalha em sistema de parceria com a

    Etco, recentemente contratada pelo Magazine Luiza, chamada Ogilvy e

    localizada na cidade de São Paulo.

    Os intermediários de fato ajudam no fortalecimento da empresa

    garantindo que a mesma faça uma boa atuação no mercado. Este é um

    pondo forte do Magazine Luiza.

    3.1.2.4 Clientes

    A empresa deve estudar seus clientes de perto. Segundo Kotler e

    Armstrong (2007), clientes é o grupo constituído pelo mercado consumidor,

    que é formado por indivíduos que consomem para satisfazerem necessidades

    pessoais.

    Os clientes do Magazine Luiza são pessoas que procuram produtos de

    qualidade com preços baixos e facilidade de pagamento. Segundo Luiza

    Helena Trajano, a maior parte do seu público pertence à classe C, com grau

    de instrução Fundamental e Médio e são residentes no Brasil todo, pois

    apesar da empresa possuir lojas em 16 Estados brasileiros, ela também

    efetua venda pela internet. A faixa etária é variável, pois indivíduos de várias

    idades podem precisar dos produtos oferecidos pelo Magazine Luiza.

    Nesse componente podemos identificar como ponto fraco a diversidade

    etária dos consumidores, pois é difícil manter uma comunicação eficaz

    quando o seu público é diverso.

  • 39

    3.1.2.5 Concorrência

    A disputa pelo consumidor atual, mais exigente e informado, composto

    por diferentes perfis e variados hábitos de consumo, resulta hoje numa

    grande dinamização do varejo exigindo cada vez mais das empresas boas

    estratégias para atraí-los. Tomando essa ideia como base, os profissionais

    de marketing procuram sempre elaborar estratégias eficazes entregando

    valores superiores aos da concorrência objetivando conquistar o cliente.

    Segundo Corrêa (2004), para cada categoria de produtos existem

    concorrentes diretos e indiretos.

    Corrêa (2004) afirma que os concorrentes diretos de uma empresa são

    aqueles que têm maior possibilidade em atrair seus consumidores, podendo

    levá-los a optar pelos serviços oferecidos pela concorrente. De acordo com

    Rogério Bruxellas, diretor de marketing do grupo, os concorrentes diretos do

    Magazine Luiza em Fortaleza são: as Casas Bahia, Rabelo e Insinuante na

    linha de produtos eletrodomésticos, eletrônicos e móveis e por atingirem o

    mesmo perfil de clientes.

    O concorrente indireto, sob o olhar de Kotabe e Helsen (2000), “não se

    limita às empresas de mesmo setor”, pois usam diferentes estratégias de

    marketing que podem ser aplicadas a diversos públicos, pois não foca no

    produto e sim na mente do consumidor.

    Os concorrentes indiretos, segundo Rogério Bruxellas, coordenador de

    marketing do Magazine Luiza, são as lojas Americanas, Hipermercados Extra

    e Bom Preço, que oferecem maior variedade de produtos e mercadorias em

    geral atingindo diferentes camadas sociais que definem seu Target.

    A concorrência pode ser analisada através do Mix de Marketing que de

    acordo com Kotler e Armstrong (2007) são todas as ações e/ou estratégias

    que uma empresa realiza a fim de gerar demanda para seu produto. O Mix é

    avaliado conforme o produto, preço, praça e promoção. Ele torna mais

  • 40

    estratégico a comparação com o concorrente e possibilita maior resultado na

    elaboração de determinada campanha ou apenas para sobrepor o diferencial

    de uma empresa.

    Quadro 3 – Comparativo do mix entre o Magazine Luiza e seus concorrentes.

    EMPRESAS PROMOÇÃO Praça Preço Produto

    Magazine

    Luiza

    Ponto Forte:

    Bastante

    divulgação, uso

    da internet, uso

    dos meios

    de comunicação

    de massa.

    Ponto Forte:

    Localização

    das Lojas.

    Lojas

    Climatizadas.

    Ponto Forte:

    Preços

    Acessíveis,

    Ofertas e

    Descontos.

    Pontos Forte:

    Variedade de

    produtos,

    grandes Marcas.

    Magazine

    Luiza

    Ponto Fraco

    Falta de ações

    Voltadas para a

    classe C.

    Ponto fraco: X Ponto fraco: X Ponto fraco: X

    Insinuante

    Ponto forte:

    Presença nos

    meio de

    comunicação

    de massa.

    Ponto forte:

    Lojas

    padronizadas

    e

    Localização

    das lojas.

    Ponto forte:

    Preços

    Acessíveis

    Que se

    equiparam

    aos dos

    concorrentes.

    Ponto forte:

    Variedade de

    Produtos.

    Insinuante Ponto fraco: X Ponto fraco: X Ponto fraco: X Ponto fraco: X

    Casas Bahia

    Ponto forte:

    Uso de meios de

    Comunicação de

    Massa.

    Ponto forte:

    Localização

    Das Lojas

    Ponto forte:

    Formas de

    pagamento.

    Ponto forte:

    Variedade

    De produtos

    Casas Bahia Ponto fraco:

    Falta de ações

    Ponto fraco:

    Poucas lojas

    Ponto fraco:

    Preço mais Ponto fraco: X

  • 41

    Direcionadas a

    classe C

    alto

    Que os da

    concorrência.

    Fonte: Elaborado pelos pesquisadores.

    3.1.2.6 Público

    Para Andrade (1989, p.41) público é:

    O agrupamento espontâneo de pessoas adultas ou grupos sociais organizados, com ou sem contiguidade física, com abundância de informações, analisando uma controvérsia, com atitudes e opiniões múltiplas quanto à solução ou medidas a serem tomadas frente a ela; com ampla oportunidade de discussão e acompanhamento ou participando do debate geral, através da interação social ou dos veículos de comunicação, à procura de uma atitude comum, expressa em uma decisão ou opinião coletiva, que permitirá a ação conjugada.

    Segundo Kotler e Armstrong (2007) os públicos são grupos de

    consumidores potenciais que tem interesse real nos produtos, fazendo com

    que a empresa atinja seus objetivos. Definem ainda sete tipos de públicos,

    entre eles:

    Os públicos financeiros que são definidos por ele como influenciadores

    na capacidade da empresa em obter fundos, citando bancos, empresas de

    investimentos e acionistas como principais exemplos. O público financeiro do

    grupo é o Banco Itaú disponibilizando facilidades de investimentos.

    Os públicos ligados à mídia são caracterizados por publicar artigos,

    editoriais e notícias relacionadas à organização, especificamente os jornais,

    revistas, rádio etc. O Magazine Luiza conta com emissoras de TV, onde o

    atual foco é a Rede Globo e o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Têm

    anúncios publicados no Jornal O Povo, nas rádios locais mais abrangentes

    da cidade como exemplo a FM 93 além das existentes nas lojas.

    O público geral é definido como o consumidor que sente desejo ou

    necessidade de possuir tal produto. No caso do Magazine Luiza esse público

    se faz presente na cidade de Fortaleza e regiões vizinhas onde há lojas.

    O público interno inclui os membros da organização e que se

  • 42

    comunicam muitas vezes por boletins internos ou outro meio para manter -se

    interligados. O Magazine Luiza acumula entre empregos diretos e indiretos

    um total aproximado de dez mil colaboradores. A empresa pratica uma

    relação direta com seus funcionários desempenhando uma política de

    incentivo e motivação.

    O público local é o que reside nas cidades e municípios próximos a

    organização. No caso do Magazine Luiza esse público se encontra atrelado

    ao modelo de gestão que a empresa adota prestando-se a sociedade que a

    envolve realizando ações comunitárias. Podemos destacar: a campanha do

    agasalho, projetos voluntários em hospitais, realização de cursos

    profissionalizantes, doações, apoio a eventos culturais locais, realização de

    palestras, programa de estágio e capacitação de jovens de baixa renda entre

    outros.

    O público governamental é o que atua regulamentando as relações

    comerciais com base nas medidas impostas pelo Governo, questões

    relacionadas à segurança do produto e à propaganda enganosa. O Magazine

    Luiza tem como público governamental o Ministério da Fazenda que rege

    todo o processo relacionado à fiscalização monetária e acordos comerciais

    varejistas. Quanto à segurança dos produtos, temos os órgãos de defesa do

    consumidor, como o Instituto de Defesa do Consumidor (PROCON), que atua

    fiscalizando a qualidade dos produtos e a satisfação do cliente.

    Os grupos de interesse são definidos como associações de

    consumidores que auxiliam nas decisões de marketing de uma empresa

    contribuindo com opiniões que visam à melhoria na qualidade do produto ou

    serviço prestado. O Magazine Luiza conta com diversos seguidores do twitter,

    facebook e em diversas redes sociais populares. O cliente pode registrar sua

    satisfação ou insatisfação na ouvidoria, serviço que se encontra disponível no

    site da empresa.

  • 43

    3.2 Diagnóstico

    Posicionamento mais claro para maior mobilização e envolvimento das equipes para atingir os objetivos esperados, precisamos saber de onde os problemas vêm e por quê. Só assim poderemos intervir mais produtivamente para a melhoria dos resultados .(Rosa 2001, p.10)

    Com base na citação acima, pode-se entender o diagnóstico como um

    relatório que aponta os problemas evidenciados em uma corporação. A partir

    de então, haverá a necessidade de se elaborar propostas para sanar tais

    empecilhos.

    Com base no levantamento da pesquisa efetuada, após a análise do

    briefing e as informações coletadas na elaboração do macro e

    microambiente; foi constatado que o Magazine Luiza consegue ser

    identificado como empresa que oferece produtos de qualidade, porém o

    grupo não usufrui desse ponto positivo para fortalecer o real objetivo da

    marca. O fato é que o grupo não é percebido pelos cearenses como deseja,

    ou seja, como empresa que realiza sonhos, e sim como uma loja comum do

    varejo na qual o único fator decisivo na hora da compra é o preço. A

    dificuldade de posicionar-se de tal modo é notável e diante disso percebeu-se

    a necessidade de se desenvolver um melhor relacionamento com o público

    local.

    O objetivo central será o de elaborar uma campanha abrangente onde,

    no primeiro momento o foco gira em torno da marca e no segundo, a atenção

    será direcionada para campanha de vendas dos produtos. A estratégia de

    posicionamento adequa-se à campanha adotada a fim de propiciar ao grupo a

    conquista do consumidor fortalezense divulgando sua política de preços e

    qualidade de forma regional utilizando uma comunicação diferenciada, mais

    arrojada e descontraída, característicos desse público. Com essa tática, o

    Magazine Luíza ganhará mais força ao ser lembrado pelo consumidor de

    Fortaleza como empresa que se preocupa com o seu consumidor.

  • 44

    Essa campanha auxiliará também no poder de competição frente à

    concorrência. O acirramento alavanca o lançamento de ofertas e o dinamismo

    nas vendas gerando demanda para a marca anunciada.

    3.3 Posicionamento

    Públio (2008) afirma que o posicionamento não está relacionado ao

    produto, nem à marca. O que deve ser feito é ocupar um lugar em destaque

    na mente do consumidor., ou seja, encontrar formas de fazer com que público

    se identifique com a marca e sempre a associe a uma imagem positiva.

    Segundo Corrêa (2004) é preciso criar uma personalidade para a

    marca, dando-lhe um diferencial que o distinga da concorrência. O autor

    afirma que existem três modelos de esquemas para expressar o

    posicionamento, que são: discriminado, discriminado ampliado e o conceito.

    Ou seja, através desses modelos é possível explicar o posicionamento de

    uma empresa. Os modelos possuem critérios indispensáveis, como: a

    promessa básica, que é o benefício principal a ser comunicado, a

    justificativa, que é um argumento suposto para explicar o motivo da

    promessa, e os atributos complementares da imagem desejada, que é

    composto pelas características da empresa, respeitando as obrigatoriedades

    da comunicação.

    O modelo adotado neste projeto foi o elaborado por Corrêa (2004)

    denominado como discriminado, foi escolhido por atender aos objetivos do

    trabalho. Explicando de forma mais clara o posicionamento da empresa

    analisando aspectos como, benefício, justificativa, e atributos

    complementares.

    O posicionamento proposto para o Magazine Luiza é representado da

    seguinte forma:

  • 45

    - Promessa básica: oferecer o sentimento de felicidade, realizar

    sonhos, com preços acessíveis para a classe C e facilidade de

    pagamento.

    - Justificativa: os produtos vendidos pela empresa são de qualidade,

    pois são fornecidos por grandes marcas. A empresa possui preços

    baixos. As condições de pagamentos são à vista e parcelado.

    - Atributos complementares da imagem desejada: o posicionamento da

    empresa justifica-se através dos canais de comunicação que tem o

    objetivo de ligar o colaborador diretamente com o cliente, como o

    Luíza News, linha 0800, e a TV Luíza.

    3.4 Público alvo e localização

    O estudo do público-alvo é de estrema importância para o

    planejamento de uma campanha, pois é definindo esse público que a

    empresa pode direcionar suas estratégias e assim atraí-los.

    Segundo Kotler (2000), público-alvo é um grupo de possíveis

    compradores dos produtos da empresa, usuários atuais, pessoas que

    decidem ou influenciam, indivíduos, públicos específicos ou público em geral.

    No caso do Magazine Luiza, por estar atuando em diversos segmentos,

    o que é denominado Multicanal de vendas, o público tornou-se variável, pois

    se divide em lojas convencionais, site e televendas. De acordo com a

    localidade em que a campanha será realizada, o foco da pesquisa foi o

    público de lojas convencionais.

    Segundo uma pesquisa quantitativa realizada pela empresa em 2011,

    foi constatado que os consumidores do Magazine Luiza são em sua maioria

    do sexo feminino, de 41 a 50 anos de idade, pertencentes a classe C e com

    perfil de compra bem decidido.

    Segundo Luiza Trajano, presidente do grupo, essas mulheres passam,

    em sua maioria, por um amadurecimento no processo de consumo, embora

    as pesquisas mostrem que são pessoas seguras e autosuficientes, mesmo

    não conhecendo totalmente os seus deveres e direitos de consumidoras.

  • 46

    A cliente Magazine Luiza é uma pessoa que se dá o direito de sonhar,

    ou seja, tem esperança de prosperidade, elevação de padrão de vida e poder

    de compra, atingindo aspectos mais distantes de sua realidade atual.

    Gráfico 1 - Clientes Magazine Luiza em relação ao sexo.

    Fonte: Pesquisa direta.

    Gráfico 2 - Faixa etária.

  • 47

    Fonte: Pesquisa direta.

    Gráfico 3 - Estado civil.

    Fonte: Pesquisa direta.

    Gráfico 4 - Faixa salarial.

  • 48

    Fonte: Pesquisa direta.

    Os consumidores estudados procuram sempre por qualidade dos

    produtos, menor preço, descontos e formas de pagamento acessíveis,

    buscando sempre o bom atendimento.

    3.5 Estratégia de campanha

    Segundo Lupetti (2000) a estratégia escolhida será o que norteia a

    campanha inteira, fazendo com que ela atinja os objetivos. Ou seja, a

    estratégia é um ponto importante, pois é através dela que a empresa poderá

    realizar ações para então alcançar seu público e passar a mensagem

    desejada.

    As estratégias são:

    - Estratégia de Posicionamento ou Reposicionamento: Utilizada

    quando o objetivo é fazer com que o consumidor conheça a marca

    ou produto, sabendo o seu diferencial, o que ele proporciona.

    Destaca um lugar na mente do consumidor.

    - Estratégia Indiferenciada: É utilizada para fixar a imagem de uma

    marca, empresa ou produto. Ela não prioriza a venda.

  • 49

    - Estratégia de Defesa: É usada comumente pelos lideres de mercado.

    Feita para atingir a concorrência. Usada quando o objetivo é

    defender-se de um ataque sofrido ou que a marca venha a sofrer

    - Estratégia Ofensiva: Tenta atingir usando a fragilidade do

    concorrente. Normalmente é utilizada para ganhar participação de

    mercado de um concorrente maior. Na maioria das vezes é usada

    por empresas que não são lideres no mercado em que atuam.

    - Estratégia de Informação: Prioriza informar, divulgar o produto e/ou

    empresa. É utilizada em lançamentos ou reformulações do produto

    ou embalagem. É uma estratégia que informa algo.

    - Estratégia de Testemunho ou Testemunhal: Se utiliza do testemunho

    de alguém, muitas vezes de celebridades, tentando assim agregar a

    marca a uma pessoa famosa para atrair mais o publico.

    - Estratégia de Comparação: Pouco utilizada no Brasil, ela compara o

    seu produto com o do concorrente. Ela não ataca, apenas compara.

    Tenta passar para o consumidor que o seu produto é melhor,

    mostrando assim suas qualidades.

    - Estratégia de Humor: Deve ser usada com cuidado, utilização da

    piada ou sátira. Depende do público e do problema a ser resolvido.

    Com base no diagnóstico o problema da empresa em Fortaleza é que

    ela não é vista como uma empresa que realiza sonhos e sim apenas como

    uma rede varejista na qual o único diferencial é o preço. Por isso foi

    escolhida a estratégia de Posicionamento, fortalecendo a marca e fixando na

    mente do consumidor que o Magazine Luíza é uma empresa que se preocupa

    com a realização de sonhos.

    3.6 Tipos de campanha

    Segundo Lupetti (2000, p. 97), “Campanhas podem ser relacionadas

    em vários tipos pois elas variam em função do objetivo da comunicação do

    público a ser atingido”, ou seja, há uma infinidade de campanhas as quais se

    adéquam a um determinado objetivo e seu respectivo público-alvo.

  • 50

    Podem ser divididas em:

    - Campanha institucional: divulga a marca própria ou a imagem de

    uma organização conforme tem o objetivo de melhorar o

    relacionamento com todos os públicos que se envolvem com a

    empresa, ou seja, divulga a empresa como um todo.

    - Campanha de propaganda: é capaz de promover a divulgação de

    eventos e também utilizada para sustentar as vendas de um produto

    deixando em evidência a sua imagem, tendo como objetivo de trazer

    o consumidor a ação de compra somente pelo fato do conhecimento

    da marca.

    - Campanha de Guarda-Chuva: tem como objetivo o conhecimento da

    marca da empresa e seus produtos, ou seja , a empresa procura

    apresentar suas linhas de produtos estabelecendo a associação com

    a marca da empresa.

    - Campanha de Promoção: A principal característica é a interatividade

    com o consumidor e seu dinamismo, visando criar uma demanda

    para um produto ou linha de produto.

    - Campanha de promoção de Vendas: é direcionada a redução dos

    preços de várias formas do tipo: na compra de um produto o cliente

    possui desconto, um tipo de liquidação onde o consumidor compra e

    leva 2,ou brindes, entre outras variedades de campanhas( muito

    usada pelas empresas).

    - Campanha de incentivo: Direcionada ao publico interno a fim de

    estimula-los a vender com satisfação, esse tipo de campanha é

    utilizada pros funcionários de modo geral pois também ajuda no

    relacionamento do funcionário com a empresa.

    - Campanha cooperativa: Utilizada pelas empresas de varejo que

    anunciam os produtos dos seus fornecedores com o intuito de

    promover o giro do estoque, além de fato de estimular a presença no

    ponto de vendas. Os custos desse tipo de campanha são divididos

    entre os participantes do anúncio.

  • 51

    A campanha guarda-chuva foi à escolhida por se adequar aos objetivos

    da campanha que são a divulgação do grupo Magazine Luiza como empresa

    que tem o objetivo de realizar sonhos, e também de trazer o consumidor à

    ação de compra através da percepção da marca e apresentação de ofertas.

    4 MÍDIA

    O planejamento de mídia é indispensável para alcançar de modo

    eficiente os consumidores. Tem como função básica tornar a mensagem

    publicitária acessível ao seu público-alvo. As estratégias e táticas criadas

    devem se basear em fatores que justifiquem as vantagens de anuncias nos

    meios e veículos escolhidos.

    Segundo Lupetti (2000, p. 63), “o planejamento de mídia tem como

    proposta desenvolver estratégias envolvendo os diversos veículos de

    comunicação, justificando a programação de mídia para determinado produto

    ou marca.” Ou seja, é a parte onde se deve justificar a escolha dos meios

    escolhidos para a veiculação de uma campanha.

    4.1 Objetivos de mídia

    O objetivo de mídia deve estar ligado ao objetivo de comunicação da

    empresa, essa ligação é fundamental para que a campanha seja bem

    sucedida. A coerência entre a mensagem que se deseja passar com o meio

    que será utilizado para a veiculação é muito importante para que a meta da

    comunicação seja atingida.

    O objetivo de mídia é encontrar a melhor combinação de veículos, empregando de maneira eficiente a verba do cliente. Depois de definir as estratégias de mídia, definem-se as táticas, que aborda audiência, custo por mil, frequência, horários, e outros. (Luppetti 2000, p.126)

    Ou seja, objetivo de mídia consiste em escolher os veículos certos que

    mais se adéquam à campanha, e que consigam passar a mensagem

    desejada ao seu público-alvo.

  • 52

    Pretende-se, divulgar a campanha na cidade de Fortaleza, pelo período

    de seis meses, com o objetivo de atingir o público-alvo, através da

    combinação da mensagem com os meios de comunicação definidos.

    4.2 Estratégias de mídia

    Segundo Bethlem (2002), depois de definido o objetivo, verba e período

    da campanha, e entender os elementos da comunicação, como emissor,

    mensagem e receptor, se dá início o processo de montagem da estratégia de

    mídia de acordo com os meios de comunicação, que são as ferramentas

    necessárias para a realização das estratégias.

    A estratégia de mídia foi adotada de acordo com a interatividade do

    público-alvo. As mídias escolhidas são bastante qualificadas para anúncios

    direcionados ao target da campanha, pois se adequam ao perfil dos

    consumidores. A classe social predominante é a mesma do público-alvo da

    campanha, ou seja, a classe C.

    4.2.1 Meios escolhidos

    Segundo Menshhein (2007, on line), comunicar-se com os

    consumidores é essencial para manter o relacionamento ativo e constante,

    por isso as empresas buscam entrar em contato com o cliente em qualquer

    lugar, a qualquer hora e de qualquer forma.

    - Meios Visuais: lidos ou vistos:

    Imprensa: Jornais.

    Propaganda ao ar livre: busdoor, outdoor.

    Folhetos em geral: panfleto, encarte.

    - Meios auditivos: para serem ouvidos

    Emissoras de rádio

    - Meios audiovisuais: para serem vistos e ouvidos

  • 53

    Emissoras de TV

    - Meios funcionais: para desempenhar determinada função

    Brindes

    De acordo com a verba disponibilizada pelo Magazine Luiza para a

    campanha, os meios de comunicação que serão utilizados serão: TV, rádio,

    jornal, panfleto, busdoor, outdoor e brindes.

    4.2.2 Justificativa dos meios escolhidos

    - Meios Visuais:

    Jornal: Segundo Keller e Kotler (2006) o jornal é um meio de

    comunicação que possui flexibilidade, oferece boa cobertura do mercado

    local, além de uma ampla aceitação do público e alta credibilidade.

    É uma mídia impressa, composta por vários cadernos de diferentes

    conteúdos editoriais, classificados quanto ao formato emstandard, tablóide e

    classificados. O jornal foi escolhido por se tratar de um meio impresso de alta

    credibilidade. Indicado para anunciar produtos de consumo geral.

    Outdoor: Faz parte do grupo mídia externa ou publicidade ao ar livre.

    Segundo Sant’ana (1996) esse tipo de veiculação possui uma característica

    fundamental que o distingue dos demais tipos de mídia: o fato de ser

    percebida de maneira involuntária.

    Sua escolha foi feita por ser um meio que causa grande impacto na

    população se utilizada a mensagem de forma adequada, por ser bastante

    eficiente na divulgação de campanhas locais e por atingir quantidade

    significativa de pessoas.

    Busdoor: Também designado mídia exterior, de acordo com Laube e

    Silveira (2004), é um meio excelente para fixação da marca, pois a aproxima

    do consumidor no seu dia-a-dia. O busdoor foi utilizados por seu caráter não

    estático, que contribui na divulgação gerando impacto em diferentes pontos

    da cidade e em diversos públicos.

  • 54

    De forma mais estratégica foi sugerido seu uso por saber que este

    meio traz retornos rápidos de forma qualitativa. De acordo com pesquisas

    realizadas em 2005 pela MARPLAN constatou-se que o busdoor é o meio

    exterior de maior impacto em cinco cidades entre as quais está Fortaleza,

    local de atuação da campanha.

    Panfleto: Segundo Lupetti (2000) o panfleto tem a possibilidade de

    transmitir mensagens em momentos oportunos.

    O uso do panfleto é essencial na campanha por ser um meio de fácil

    circulação, manuseio e por atingir grandes públicos em pouco tempo.

    - Meios auditivos:

    Rádio: Segundo McLeish (2001) esse meio de comunicação tem poder

    de expansão quase universal, transmitindo uma comunicação comum e trivial

    para com o público. Sua adequação a campanha se faz necessária por ser

    um meio que atinge a toda a população brasileira sem diferenciação relativa

    entre as classes sociais, idealizando para a campanha a garantia do impacto

    exposto na mensagem.

    O Magazine Luíza direciona sua mensagem a diversas camadas da

    sociedade, encontrando no rádio uma forma democrática de divulgar a

    mensagem e obter resultados rápidos. Segundo relatório Mídia Dados (apud

    DOTTO, 1998), o rádio é atualmente um veículo muito utilizado com um total

    de 37, 8 milhões de lares brasileiros com aparelhos receptores.

    - Meios audiovisuais:

    TV: Segundo Kotler e Keller (2006), esse é um meio de comunicação

    que faz uma combinação de visão, som e movimento, possui um grande

    apelo aos sentidos, alta repetição e alta cobertura.

    Por se tratar de uma campanha que tem como estratégia o

    posicionamento da empresa vimos a necessidade de utilizar esse meio que

    possui um elevado nível de penetração em todos os segmentos da

    população, e resultados rápidos em termos de cobertura e impacto.

    - Meios funcionais:

  • 55

    Brindes: Segundo Lupetti (2000), brindes fazem parte do material

    promocional das organizações. Tem função de fixar a marca de uma

    empresa, produto ou serviço.

    O brinde foi escolhido, para que haja interação com o público-alvo,

    fixando a marca na mente do consumidor através do benefício. No caso da

    campanha do Magazine Luiza a interação será estabelecida pela oferta do

    brinde nas compras a partir de R$ 200,00.

    4.3 Táticas de mídia

    Segundo Corrêa (2004) esse é o momento de definir os