Apocalipse e Escatologia

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Digitalizado

Esdras Digital e Pastor Digital

AEADEPAR - Associação Educacional das

Assembleias de Deus no Estado do Paraná

IBADEP

IBADEP - Instituto Bíblico da Assembleia deDeus - Ensino e Pesquisa

Rua IBADEP, S/N° - E letrosul - Cx. Postal 248

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Apocalipse e Escatologia

Pesquisado e adaptado pela Equipe Redatorialpara Curso exclusivo do IBADEP: Instituto Bíblico daAssembleia de Deus - Ensino e Pesquisa.

Com auxílio de adaptação e esboço de váriosensinadores.

5a Edição - Dezembro/2006

Impressão e acabamento: Gráfica Lex Ltda

Todos os direitos reservados ao IBADEP

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Diretorias

CIEADEP

Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de HonraPr. Ival Teodoro da Silva - PresidentePr. Moisés Lacour- 1o Vice-PresidentePr. Aparecido Estorbem - 2o Vice-PresidentePr. Edilson dos Santos Siqueira - 1 o SecretárioPr. Samuel Azevedo dos Santos - 2o SecretárioPr. Hercílio Tenório de Barros - 1o TesoureiroPr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro

IBADEP

Pr. M. Douglas Scheffel Jr.

Coordenador

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Cremos

1)   Em um só Deus, eternamente subsistente em trêspessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt 6.4; Mt

28.19; Mc 12.29).

2)   Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regrainfalível de fé normativa para a vida e o carátercristão (2Tm 3.14-17).

3)   Na concepção virginal de Jesus, em sua mortevicária e expiatória, em sua ressurreição corporaldentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus

(Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).4)   Na pecaminosidade do homem que o destituiu da

glória de Deus, e que somente o arrependimento e afé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo éque pode restaurá-lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).

5)   Na necessidade absoluta do novo nascimento pela féem Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e

da Palavra de Deus, para tornar o homem digno doReino dos Céus (Jo 3.3-8).

6)   No perdão dos pecados, na salvação presente eperfeita e na eterna justificação da alma recebidosgratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuadopor Jesus Cristo em nosso favor (At 10.43; Rm10.13; 3.24-26 e Hb 7.25;5.9).

7)   No batismo bíblico efetuado por imersão do corpointeiro uma só vez em águas, em nome do Pai, doFilho e do Espírito Santo, conforme determinou oSenhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm6.1-  6 e Cl 2.12).

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8)   Na necessidade e na possibilidade que temos deviver vida santa mediante a obra expiatória eredentora de Jesus no Calvário, através do poderregenerador, inspirador e santificador do Espírito

Santo, que nos capacita a viver como fiéistestemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e lPe1.15).

9)   No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dadopor Deus mediante a intercessão de Cristo, com aevidência inicial de falar em outras línguas,conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 10.44-46;19.1-7).

10)  Na atualidade dos dons espirituais distribuídos peloEspírito Santo à Igreja para sua edificação,conforme a sua soberana vontade (ICo 12.1- 12 ) .  

11)  Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em duasfases distintas. Primeira - invisível ao mundo, paraarrebatar a sua Igreja fiel da terra, antes da GrandeTribulação; segunda - visível e corporal, com sua

Igreja glorificada, para reinar sobre o mundodurante mil anos (lTs 4.16. 17; ICo 15.51-54; Ap20.4; Zc 14.5; Jd 14).

12)  Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunalde Cristo, para receber recompensa dos seus feitosem favor da causa de Cristo na terra (2Co 5.10).

13)  No juízo vindouro que recompensará os fiéis e

condenará os infiéis (Ap 20.11-15).14)  E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e

de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 25.46).

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Metodologia de Estudo

Para obter um bom aproveitamento, o aluno

deve estar consciente do porquê da sua dedicação detempo e esforço no afã de galgar um degrau a mais em

sua formação.Lembre-se que você é o autor de sua história e

que é necessário atualizar-se. Desenvolva sua capacidade

de raciocínio e de solução de problemas, bem como se

integre na problemática atual, para que possa vir a ser

um elemento útil a si mesmo e à Igreja em que está

inserido.Consciente desta realidade, não apenas

acumule conteúdos visando preparar-se para provas ou

trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro sugerido

abaixo e comprove os resultados:

1.   Devocional:a)   Faça uma oração de agradecimento a Deus pela

sua salvação e por proporcionar-lhe aoportunidade de estudar a sua Palavra, para assim

ganhar almas para o Reino de Deus;

b)  Com a sua humildade e oração, Deus irá iluminar e

direcionar suas faculdades mentais através do

Espírito Santo, desvendando mistérios contidos em

sua Palavra;

c)   Para melhor aproveitamento do estudo, temos que

ser organizados, ler com precisão as lições,

meditar com atenção os conteúdos.

2.   Local de estudo:

Você precisa dispor de um lugar próprio para

estudar em casa. Ele deve ser:

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a)   Bem arejado e com boa iluminação (de

preferência, que a luz venha da esquerda);

b)  Isolado da circulação de pessoas;

c)   Longe de sons de rádio, televisão e conversas.

3.   Disposição:

Tudo o que fazemos por opção alcança bons

resultados. Por isso adquira o hábito de estudarvoluntariamente, sem imposições. Conscientize-se da

importância dos itens abaixo:

a)   Estabelecer um horário de estudo extraclasse,

dividindo-se entre as disciplinas do currículo(dispense mais tempo às matérias em que tiver

maior dificuldade);

b)  Reservar, diariamente, algum tempo para descanso

e lazer. Assim, quando estudar, estará desligado

de outras atividades;

c)   Concentrar-se no que está fazendo;

d)  Adotar uma correta postura (sentar-se à mesa,tronco ereto), para evitar o cansaço físico;

e)   Não passar para outra lição antes de dominar bem

o que estiver estudando;

f)  Não abusar das capacidades físicas  e mentais.

Quando perceber que está cansado e o estudo não

alcança mais um bom rendimento, faça uma pausa

para descansar.

4.   Aproveitamento das aulas:Cada disciplina apresenta características próprias,envolvendo diferentes comportamentos, a saber:raciocínio, analogia, interpretação, aplicação ou

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simplesmente habilidades motoras. Todas, no entanto,exigem sua participação ativa. Para alcançar melhoraproveitamento, procure:

a)   Colaborar para a manutenção da disciplina na sala-

de-aula;b)  Participar ativamente das aulas, dando

colaborações espontâneas e perguntando quando

algo não lhe ficar bem claro;

c)   Anotar as observações complementares domonitor em caderno apropriado.

d)  Anotar datas de provas ou entrega de trabalhos.

5.   Estudo extraclasse:

Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:

a)   Fazer diariamente as tarefas propostas;

b)  Rever os conteúdos do dia;

c)   Preparar as aulas da semana seguinte. Se

constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta ao

monitor na aula seguinte. Procure não deixar suasdúvidas se acumulem.

d)  Materiais que poderão ajudá-lo:

  Mais que uma versão ou tradução da BíbliaSagrada;

  Atlas Bíblico;

  Dicionário Bíblico;

  Enciclopédia Bíblica;

  Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;

  Um bom dicionário de Português;  Livros e apostilas que tratem do mesmo

assunto.

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e)   Se o estudo for em grupo, tenha sempre emmente:

  A necessidade de dar a sua colaboraçãopessoal;

  O direito de todos os integrantes opinarem.

6.   Aproveitamento nas avaliações:

a)   Revise toda a matéria antes da avaliação;

b)   Permaneça calmo e seguro (você estudou!);

c)   Concentre-se no que está fazendo;

d)   Não tenha pressa;e)   Leia atentamente todas as questões;

f)   Resolva primeiro as questões mais acessíveis;

9)  Havendo tempo, revise tudo antes de entregar a

prova.

Bom Desempenho!

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Abreviaturas

a.C. antes de Cristo.

ARA Almeida Revista e AtualizadaARC Almeida Revista e Corrida

AT Antigo Testamento

BV Bíblia Viva

BLH Bíblia na Linguagem de Hoje

c.  Cerca de, aproximadamente,

cap. capítulo; caps. - capítulos,

cf. confere, compare.

d.C.  depois de Cristo.e.g.  por exemplo.

Fig. Figurado.

fig. figurado; figuradamente.gr. grego

hb. hebraico

i.e. isto é.

IBB Imprensa Bíblica BrasileiraKm Símbolo de quilometro

lit. literal, literalmente.

LXX Septuaginta (versão grega do AT)

m Símbolo de metro.

MSS manuscritos

NT Novo Testamento

NVI Nova Versão Internacional

p. página.ref. referência; refs. - referências

ss. e os seguintes (isto é, os versículos

consecutivos de um capítulo até o seu final. Por

exemplo: lPe 2.1ss, significa lPe 2.1-25).

séc. século (s).

v. versículo;

vv. versículos,ver veja

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ndice

Lição 1 -Apocalipse 1a Parte 13Lição 2 -Apocalipse 2a Parte 37Lição 3 -Escatologia 1a Parte 61Lição 4 -Escatologia 2a Parte 91

Lição 5 -Escatologia 3ª Parte 115

Referências Bibliográficas 139

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Lição 1Apocalipse:  1ª Parte 

Apocalipse Autor; Jo o, Ap sto o.Data: Entre 90 e 96 d.C.

Tema: A Consumação do Conflito dosSéculos.

Palavras-Chave: Trono, Sete, Vencer,Cordeiro, Eu vi.

Versículos-chave: Ap 1.1a,5b,6 e 19

O Senhor Jesus Cristo é e sempre será aRevelação por excelência do Deus invisível. Ele é Deusmanifesto às suas criaturas.

Deus se manifestou várias vezes, de diferentesmaneiras e nestes últimos tempos por meio de JesusCristo Seu Filho. Estas manifestações foram feitas pelamesma Pessoa que mais tarde veio em carne. Portanto, oúltimo livro do Novo Testamento nos diz que no futuro, o

mesmo Senhor, a Segunda Pessoa da SantíssimaTrindade, revelará Deus no clímax do plano divino,estabelecendo o reino eterno do bem. Estasmanifestações serão de diferentes maneiras, reveladorase significativas.

O Legislador nas chamas e nuvens do Sinai é oJuiz Supremo no Grande Trono Branco. O Príncipe dosExércitos de Israel, que apareceu a Josué e destruiu

Jericó, é Aquele que dirigirá a

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última batalha e os acontecimentos que causarão adestruição final das forças malignas.

Ele providenciou o carneiro como sacrifíciosubstitutivo em lugar de Isaque, é "O Cordeiro de Deus

que tira o pecado do mundo",   cordeiro que vencerá eabrirá os selos que colocará em ação os eventos finais dahistória humana.

Aquele que em companhia de dois anjosvisitou Abraão em Manre e ordenou a destruição dascidades de Sodoma e Gomorra, salvando Ló e suas filhas,é o mesmo, em meio a inumeráveis hostes de anjos,ordenará as pragas e castigos que destruirão os rebeldes

ao acontecerem os castigos dos selos, das trombetas edas taças da ira.

Deus estava no topo da escada que ia da terraao céu e anjos subiam e desciam por ela, é o mesmo quedisse a Natanael que no futuro ele veria o céu aberto e osanjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho doHomem (Jo 1.51).

Aos judeus do Concilio afirmou em ser o Filho

do Deus Bendito e disse que haveriam de ver o Filho doHomem assentado à direita do Todo- Poderoso, vindosobre as nuvens do céu (Mc 14.62).

Ele que um dia veremos sobre o tronoexcelso1, com milhões e milhões de anjos e de remidos aoSeu redor, adorando-o, e Ele mesmo ordenará odesenvolvimento dos acontecimentos finais.

O Apocalipse é o último livro do Novo

Testamento, singular entre os demais. Ele é, ao mesmotempo: s Uma revelação do futuro (Ap 1.1,19);

S Uma profecia (1.3; 22.7,10,18,19); e S Um conjunto

de sete cartas (1.4,11; 2.1-3.22).

Alto, elevado; subl ime. Excelente, admirável.

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Apocalipse deriva da palavra grega'apocalupsis', traduzida por revelação em Apocalipse1.  1. É uma revelação divina quanto à natureza do seuconteúdo, uma profecia quanto à sua mensagem e uma

epístola quanto aos seus destinatários.Cinco fatos importantes no tocante ao contextodeste livro são revelados no capítulo 1.

1. a "revelação de Jesus Cristo"  (Ap 1.1).

2.  Essa revelação foi dada ao autor sobrenaturalmente,por Cristo glorificado através do seu anjo (Ap 1.1,10-18).

3.  A Revelação, desvendamento, foi entregue a João,servo de Deus (Ap 1.1,4,9; cf. 22.8).

4.  João teve as visões e recebeu a mensagemapocalíptica quando esteve exilado na Ilha de Patmos(80 km a sudoeste de Éfeso), por causa da Palavra deDeus e do testemunho do próprio João (Ap 1.9).

5.  Os destinatários iniciais foram às sete igrejas da Ásia(Ap 1.4,11).

O Prop sito

O Apocalipse tem por finalidade dar aomundo uma última declaração divina de que Jesus é o

Filho de Deus e há de triunfar sobre todo inimigo e será oGovernador do Universo durante a eternidade.O Apocalipse anunciao últimoconvite escrito por

inspiração divina, chamando aos pecadores areconciliarem-se com Deus pormeio da fé em Jesus Cristo.

A admoestação é feita às nações e seus reis:"Beijai o Filho"   (SI 2.10-12). Neste convite de graça (Ap22.17), há também o aviso da mais triste

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e irrevogável sentença: "Quanto,porém, aos covardes,incrédulos, abomináveis1, assassinos, impuros, feiticeiros,idólatras e todos os mentirosos, a parte que lhes cabeserá no lago que arde com fogo e enxofre, a saber, a

segunda morte" (Ap 21.8). A escolha será: "Venha... receba de graça" (Ap22.17) ou "será lançado para dentro do lago de fogo"  (Ap20.15). 

Na presença de Cristo não entra nenhumacousa imunda, ou seja, é preciso lavar nossas vestes nosangue do Cordeiro (Ap 22.14; 12.11; 7.9-17). Ficarão defora os que têm prazer nos deleites carnais.

Aos crentes, esta profecia tem um propósitoduplo de admoestação e de alento. Repreende e anima,esquadrinha e exorta. Incentivando e estimulando aserem santos e ativos diante de Deus, gratos pelasalvação e a bem-aventurada esperança. Não apóia aidéia errônea de que a sa lvação eternadas almas é determpelas obras feitas pelo indivíduo. A sua relação com oCordeiro de Deus é indispensável.

A maneira de ensinar os cristãos é pormeio dejuízos diretosrelacionados com as sete igrejas daÁsia; o Senhor Jesus Cristo elogiando ou censurando, osensinamentos proféticos do futuro, findando com adescrição do Juízo Final e visão da Cidade Eterna, a NovaJerusalém, com seu divino Rei.

Todas as divisões do livro têm suas lições parao salvo hodierno2. Observando o que o Senhor Jesus

Cristo elogia ou censura nas igrejas, notamos o que lheagrada ou não.

1  Que deve ser abominado; detestável, execrável, execrando,abominando, abominoso.2 Relativo aos dias de hoje; atual.

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Reconhecendo a parte que teremos noseventos celestiais como remidos, veremos que convémaprender agora a louvar ao Senhor Jesus e dar -lhe glória.

Aqui mesmo nos entregamos à tarefa deaprender como viver devidamente na presença de Deus,sabendo que os Seus olhos vêem a todos os nossos atos.Desta forma saberemos viver naquela cidade onde não hánecessidade de sol, lua ou lâmpada, pois a g lória de Deusa ilumina (Ap 21.23). O Cristo, Juiz do capítulo 1, é oCordeiro iluminador do capítulo 21!

Quando habitarmos a Nova Jerusalém, te remosdeixado para trás tudo o que é mau e indigno. O EspíritoSanto nos revela o futuro neste livro, ao mesmo tempoEle opera em nossas mentes produzindo os resultadosque deseja. O cristão deve pensar que nessa ocasião eleé um santo preparado para habitar as mansões celestiais.Esta é outra prova da graça divina e que o Espírito Santomora no crente.

Outra maneira que este último livro da Bíbliaajuda o cristão é revelando minúcias acerca do futuro.Apresenta um panorama ou perspectiva dos eventos do

fim da História que, de outro modo, o estudante daPalavra não teria.

Embora ele faça uso de uma linguagemfigurada e de símbolos, em sua maioria são explicadosaqui mesmo e nas Escrituras Sagradas.

Uma verdade de importância sem igual sedestaca entre as coisas simbólicas e figuradas,impressionando a pessoa cada vez que lê o Apocalipse, é

esta: Jesus Cristo é o Vencedor! Vencerá todos osinimigos! Levará o plano divino à sua apoteose 1 triunfante!

1  Conjunto de honras ou homenagens tributadas a alguém. Glorificação;esplendor.

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A presença deste livro no cânon do NovoTestamento é justificada pela mensagem que anuncia. OEvangelho de João 14.1-3 diz que o Salvador prometeuaos Seus voltar para levá-los, a estarem com Ele no lugar

que Ele mesmo prepararia.Exortou-lhes ter nEle a mesma fé que tinhamem Deus, evitando a perturbação que estava sujeita. Nosúltimos capítulos do Apocalipse, lemos sobre o lugar queo Redentor está preparando para os Seus. Que gloriosacidade! Ler sobre a Nova Jerusalém é desejar al cançá-la.

O mesmo autor diz que ainda não semanifestou o que nós, filhos de Deus, havemos de ser,

mas sabemos que quando Ele Se manifestar, seremossemelhantes a Ele, porque O veremos tal como Ele é (lJo3.2).

No Apocalipse, João descreve a maneira comoCristo há de manifestar em forma visível e gloriosa. Quesatisfação deve ter sentido o apóstolo do Senhor aoreceber esta revelação mais plena e ser comissionado aescrevê-la para torná-la conhecida das igrejas da Ásia

Menor. Há outras declarações no Evangelho de Joãoacerca do futuro e este livro propõe a ampliar. Exemplo:João 3.16 fala da maneira de receber a vida eterna, e nãoperecer. Que quer dizer essas frases? No Apocalipse hámais detalhes acerca desta vida perene ou perdição.

João 11.25-26 ensina o mesmo acerca daressurreição ou do arrebatamento, Paulo em I

Tessalonicenses 4 e 5 confirma, e está de acordo comeste último livro profético, isto é, que só os crentes terãoparte na felicidade eterna. Também Cristo mencionou aSua volta em João 14.28. Veja-se João 6.40,44,54.

O aspecto mais amplo do futuro que émencionado no Quarto Evangelho que ocupa a maior

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parte deste livro final é o juízo em relação a Jesus Cristo.É verdade que o Senhor não veio para condenar (ou

 julgar, que é a palavra orig ina l), mas para salvar omundo (Jo 3.17). Ele disse em João 8.15: "Eu a ninguém

ulgo".  Mas, diz em João 5.21- 22 e 26-29 que o Paientregou ao Filho toda autoridade divina para julgar.Virá o tempo em que Ele chamará a juízo todos

os seres humanos e separará os salvos dos condenados.Em João 8.26 o Senhor diz: "Muitas coisas tenho paradizer a vosso respeito e vos julgar".  

A maior parte do Apocalipse mostra JesusCristo entronizado e julgando os habitantes deste mundo.

No primeiro sermão que fez na sinagoga de Nazaré, Jesusdisse que havia vindo para "apregoar o ano aceitável doSenhor"   citando Isaías 61.2 (Lc 4.19). E no Apocalipsevemos que chegou o tempo a que se refere o resto deIsaías 61.2 "o dia da vingança do nosso Deus".  

Em Amós 5.18-20 diz "Ai de vós que desejais odia do Senhor! Para que quereis vós este dia do Senhor?Trevas será e não luz".  Veja Sofonias 

1.  14; 2.2.Nos capítulos 2 e 3 do Apocalipse o juízocomeça com a casa de Deus (lPe 4.17-18). Mas, deApocalipse 6.1 até 19.21 lemos sobre um juízo apósoutro, um castigo, uma praga, uma dor, uma pestilência,etc, cada vez mais severos, até que os homens busquema morte, mas esta se distancia deles. Além disto, viráapós o reino milenar, o tempo do juízo final, Cristo

assentado sobre o Grande Trono Branco, todo o mundodiante dEle, para o juízo definitivo.

Por esta razão o Apocalipse é chamado de livrode juízo, de vingança, de terror. Muitos não enxergamnele mais que castigos, pragas e têm idéia

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que Deus dará um fim à história humana, fazendo quetodo o mundo sofra grandes penas.

O evento descrito no capítulo 19 mostra ossantos e os seres celestiais alegres ao ver o julgamento

da grande prostituta dizendo: Aleluia... Verdadeiros e justos são os seus juízos, pois julgou...O objetivo deste livro é dar ao mundo a

mensagem divina de que o fim de todas as coisas seaproxima. As condições atuais não continuarão sempreassim. A paciência de Deus não durará eternamente. Odia do ju ízo é inevitável.

O diabo e os seus perderão a batalha e

sofrerão eterna perdição. Jesus Cristo gozará a vitóriaque obteve na cruz e com os Seus reinará eternamente.

Está decidido, que é o Cordeiro e não a bestaou dragão que será coroado Vitorioso e Vencedor. Asantidade dominará o Reino perene1, enquanto a maldadedeixará de existir. Que propósito digno para esteimportante livro final!

Autor

O autor refere a si quatro vezes como "João"(Ap 1.1,4,9; 22.8). Era conhecido e sua autoridadeespiritual era reconhecida que não precisou impor suascredenciais.

A antiga tradição eclesiástica atribui unânime

este livro ao apóstolo João. Evidências históricas einternas do livro indicam o apóstolo João como o autor.Irineu vê que Policarpo (Irineu conheceu a

Policarpo e este ao Apóstolo João) referiu-se a João,

Que não acaba; perpétuo, imperecível, i mperecedouro, eterno.

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escrevendo o Apocalipse perto do fim do reinado deDomiciano, Imperador romano (81-96 d.C.).

O livro retrata as circunstâncias históricas doreinado de Domiciano, que exigiu aos seus súditos 1  que

lhe chamassem de "Senhor e Deus". Sem dúvida, odecreto do Imperador estabeleceu um confronto entre os

que dispunham a adorá-lo e os crentes fiéis queconfessavam que somente Jesus era "Senhor e Deus". 

Destarte2, o livro foi escrito num período emque os crentes enfrentavam intensa perseguição porcausa de seu testemunho. A tribulação é demonstrada nocontexto do livro de Apocalipse 1.19; 2.10,13; 7.14-

17;11.7; 12.11,17; 17.6; 18.24; 19.2; 20.4.

Como o estudante já deve ter percebido,cremos que o escritor do Apocalipse é o mesmo João queescreveu o Quarto Evangelho e as Epístolas que levam oseu nome. Não vemos razão para duvidar disto.

Confessamos que não há aqui tantos indícios que é  aobra deum pobre pescador sem muita preparaçãoacadêmica.

Embora João não tenha estudado emJerusalém com Gamaliel, como Paulo, contudo nãodevemos deduzir que João era iletrado como oscomponentes do Sinédrio diziam.

Não se vestia como os estudantes oudiscípulos de um reconhecido mestre da capital, de modo

que, julgaram que ele só tinha a cultura ministrada pelaescola rural da Galiléia. Para os orgulhosos cônsules, istoera ser "iletrado".

João era "o discípulo que Jesus amava". O Evangelho e as suas Epístolas falam do amor como

Que está submetido à vontade de outrem; sujeito.

Por esta orma; este mo o; ass im. Assim sen o; iante i s to .

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tema predileto. Um homem ideal para transmitir arevelação que o Senhor deu a ele em Patmos.

A idéia que havia outro ancião chamado Joãoque escreveu o Apocalipse parece-nos fantasiosa. Dizer

que algum anônimo o fez e atribuiu ao apóstolo a fim deassegurar a sua aceitação é uma conjectura.Por que não crer na declaração do próprio

livro? A lógica é aceitar que o autor é o mesmo apóstoloe, por conseguinte, crer também que ele foi inspirado,como afirmou.

João não pretende que a obra seja produto dasua própria sabedoria. Afirma ter recebido a revelação de

Jesus Cristo. Escreveu o que lhe foi ordenado. Temosaqui, portanto, a "Revelação de Jesus Cristo, que Deuslhe deu... notificou ao seu servo João"   (Ap 1.1). "E eu,

 João"  (Ap 22.8).A referência histórica mais recente ao

Apocalipse encontra-se nas obras de Justino Mártir (135d.C.), por volta da metade do século II. Ele citou que foiescrito por João, apóstolo de Jesus Cristo (Diálogo com

Trifon,  pág. 81 - Citado por Tenny InterpretingRevelation, pág. 16).Irineu cita cinco passagens e declara que João

foi o autor. Também, Pápias, Clemente de Alexandria,Teófilo de Antioquia, Pastor de Hermas, O CânonMuratório, provando que nos fins do século II, oApocalipse de João era aceito como livro apostólico, comoparte legítima do cânon do NT.

Os outros livros apocalípticos foram rejeitados.As igrejas orientais não aceitaram o Apocalipse no cânonaté o quarto século, isto é, não todas as igrejas desde oprincípio. Mas, a decisão final foi favorável ao Apocalipsee contra os escritos em estilo similar.

Um mesmo autor pode usar estilos diferentesquando escreve. E é certo que a

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linguagem é a da época da Igreja Primitiva, pois nãodurou muito a influência do aramaico sobre ela. E hácríticos que alegam que o grego do Apocalipse prova queele foi escrito antes da queda de Jerusalém no ano 70.

Questionário

Assinale com alternativas corretas1.  Sobre o Apocalipse é incorreto afirmar que:

a)  Seu tema é: "A Consumação do Conflito dos

Séculos"b)  É ao mesmo tempo, uma revelação do futuro,

uma profecia e um conjunto de sete cartasc)  Transmite ao mundo uma última declaração

divina de que Jesus é o Filho de Deusí d)^ Seu nome deriva-se da palavra hebraica

'apocalupsis',  traduzida por revelação (Ap 1.1)

2.  Evidências históricas e internas do livro de Apocalipse

indicam como autor:a) O apóstolo Joãob)  O apóstolo Pedroc)  O apóstolo Paulod)  Um escritor anônimo

3. A referência histórica mais recente ao Apocalipseencontra-se nas obras de:a)  Pápiasb)  Justino Mártirc)  Teófilo de Antioquiad)  Clemente de Alexandria

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Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.  O Apocalipse tem como objetivo: dar ao mundo amensagem divina de que o fim de todas as coisas seaproxima

5. Apocalipse foi bem aceito nos primeiros quatroséculos, principalmente pelas igrejas orientais

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Data

0 livro em si não oferece muita evidênciaacerca da data exata em que foi escrito. (A idéia que

Apocalipse 13.18 se refere a Nero, porque o seu nomeNeron Kesar  em hebraico pode ser escrito de tal maneiraque o valor numérico das letras seja 666, não érazoável).

Tampouco é certo que  as referências aotemplo como se ainda estivesse de pé sejam prova deque o livro foi terminado antes da destruição deJerusalém. Pode referir-se a outro templo futuro.

A favor da data comumente aceita pelosevangélicos de teologia conservadora, ao redor do ano 90ou um pouco mais tarde, há várias considerações. Opróprio texto oferece um testemunho que merece sériaatenção, ao procurarmos descobrir a data da sua origem.

Os dois capítulos em que constam as cartas àsigrejas, o segundo e o terceiro, descrevem uma condiçãode decadência que viria após um período dedesenvolvimento e maturidade.

Este estado de cousas não podia terprevalecido durante o Império de Nero. Não haviatranscorrido tempo suficiente depois do estabelecimentodaquelas igrejas, pelo apóstolo Paulo. Além disto, aevidência externa é a favor de uma data posterior, naúltima década do primeiro século.

Irineu diz especificamente que o Apocalipse foiescrito durante o reinado do Imperador Domiciano (81 a96 depois de Cristo). Este último dos Césares podia muitobem ter sido o que desterrou1 o velho apóstolo João paraa ilha de

Fazer sair da terra, do país; exi lar, banir.

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Patmos. Vitoriano, Eusébio e Jerônimo estão de acordocom Irineu.

Não há dúvidas de que o autor do Apocalipseestava familiarizado com o Antigo Testamento, as

Escrituras Sagradas do judaísmo. Considerando aexistência de muitos escritos neste estilo, como ochamado Apocalipse de Pedro, outro de Paulo, de Esdras,de Elias, de Zacarias, etc, destaca-se que o livro doApocalipse foi realmente escrito pelo apóstolo João, odiscípulo amado.

É lógico deduzir que o Apocalipse foi escritoquando começaram as perseguições em todo o Império

Romano. Havendo em circulação várias obras de cunhoapocalíptico, não é estranho que em tempos deperseguição, esta mensagem às igrejas tomasse esteestilo de comunicação, embora seja uma literaturadiferente e empregue um vocabulário distinto, especia l.

O apóstolo João conhecia bem as igrejas daÁsia Menor. Sabia da preocupação dos irmãos,

especialmente dos pastores, ao ver o princípio daperseguição imperial.Onde está Cristo? Que prometeu: As portas do

inferno não prevaleceriam contra a Sua Igreja? Ele haviavencido o mundo, e que o Pai lhes daria o Reino? E avinda do Senhor em glória? Qual era a responsabilidade emaneira de proceder da igreja, naquelas circunstâncias?

Estas perguntas reclamavam uma mensagem

divina para aquela época, alguma resposta autorizada,antes de encerrar-se o cânon do Novo Testamento.

Domiciano, o último dos doze Césares, quereinou até o ano 96, começou, no fim do seu reinado, aperseguir os cristãos. O governo percebia

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que o cristianismo não era simplesmente uma seita do judaísmo, sem importância, mas um poder que rivalizavacom o próprio Império na demanda da lealdade doshomens.

Roma decretou a adoração do imperador comodeus visível, que supria as necessidades e outorgavabenefícios ao povo nas festas, corridas e lutas no estádio.

Os cidadãos e escravos estavam acostumadosa adorar deuses de madeira, gesso, pedra e metais. Nãolhes era difícil acrescentar outro deus à lista dedivindades, especialmente um que era visível, dereconhecido poder e autoridade, capaz de fazer bem ou

mal. Mas, o Evangelho fazia discípulos e estesrecusavam a dobrar os joelhos diante do Imperador e aadorar a sua imagem. Não sacrificariam animais nosaltares pagãos. Reconheciam somente a Jesus Cristo noscéus como seu Senhor e Salvador de suas almas.

Roma não podia permitir tal atitude dedesobediência a suas leis e costumes. Percebeu a

incompatibilidade entre o cristianismo e as outrasreligiões. Embora os cristãos não usassem armas carnaispara propagar a sua fé, o Imperador temeu umarevolução civil como resultado de tais ideologias.

Verifica-se, que no tempo de Domiciano, asigrejas no Império estavam em perigo, e urgia 1  anecessidade de uma nova luz e uma visão renovada dasua gloriosa esperança e destino. Por esta razão também

cremos que o Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João naúltima década do primeiro século da nossa dispensação.

Ser necessário sem demora; ser urgente.

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  0 apóstolo João escreve que " para isto Semanifestou o Filho de Deus: para destruir as obrasdo diabo"  (lJo 3.8). 

 

0 apóstolo Pedro ensina que "Cristo morreu, uma

única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus"  (lPe 3.18). 

  Paulo diz: "Deus, que nos reconciliou consigomesmo por meio de Cristo"  (2Co 5.18). 

Cremos que a profecia em Gênesis 3.15, noplano soberano de Deus incluía em si, a promessa divinada anulação dos efeitos da queda do homem, juntamente

com a completa reconciliação de Deus com osdescendentes de Adão (toda raça humana) que aceitariareconciliação oferecida (2Co 5.20).

Portanto, no Apocalipse, devemos esperarencontrar o pleno cumprimento de tudo o que sesubentende em Gênesis 3.15.

A esperança que tem fortalecido os santosdurante os milênios, tem sido a confiança que Deus

cumprirá o que prometeu ao primeiro homem pecador. Noúltimo livro da Bíblia deve haver o desenvolvimento dahistória humana, ver o homem cumprindo, por fim, opropósito divino para o qual foi criado.

Veremos a solução justa e eterna do problemado mal, veremos o bem triunfante para sempre sempossibilidade de mais luta.

Os salvos deverão estar gozando de todos osbenefícios da redenção, porquanto o Redentor venceu efoi glorificado como Rei do universo, devido à eficácia 1 daSua obra salvadora.

Cristo ocupa essa posição suprema e sublime;não só agora, por ser o criador de tudo,

Qual idade ou propriedade de eficaz; eficiência.

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mas também por tê-lo merecido e pelo que fez; nãounicamente como Filho de Deus, mas por ser o Filho dohomem; não só como a Segunda Pessoa da Trindade, masporque é o que veio em carne, foi morto, sepultado,

corporalmente ressuscitado, e em corpo glorificadoascendeu ao Pai.Por toda eternidade Ele será o Deus revelado,

o Deus visível, o Cordeiro de Deus que foi morto, masnão pode morrer mais, porém antes, venceu a morte.Vive Eternamente. É o Cristo porque é Jesus e é Deus.

A exaltação de Jesus Cristo que esvaziou a Simesmo é a mensagem principal deste precioso livro que

encerra o cânon da Palavra de Deus.

A Revelação(Ap 1.1-8)

Escrita às "sete igrejas" que estão na Ásia (Ap1.4a). A obra de João é uma "revelação" das "coisas queem breve devem acontecer".

Notificada ao apóstolo João, por Jesus Cristo, éuma mensagem entregue por Deus ao Senhor para que amostre aos seus "servos".

João escreveu sua profecia em forma deepístola, começando com uma saudação de graça e pazde cada pessoa da Trindade (Ap 1.4-5).

O tema do livro é claro: O Senhor Deus, Todo-poderoso, garante a vitória definitiva do Jesus cruc ificado

perante toda a terra (Ap 1.7,8).Sua vitória será inquestionável. Seu povo se

alegrará em sua libertação definitiva, mas os que orejeitaram lamentarão sua vinda, porque significarácondenação para eles.

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João em Patmos - Mensagens às Igrejas(Ap 1.9-20)

Exilado na ilha de Patmos João viu o Senhor

ressurreto (Ap 1.9-20). Foi arrebatado em espírito, no d iado Senhor. Ouviu atrás de si uma grande voz, alta comode trombeta. A voz declarou que João deveria escrever oque iria ver e enviá-lo às sete igrejas:

eso Esmirna P rgamo Tiatira

Sar es Fi a ia Lao ic ia

É interessante que, antes de mencionar Cristo,ele afirma ter visto "sete candeeiros1  de ouro"   (Ap1.12,20) que "são as sete igrejas". 

Por isso o significado das visões de João, amensagem às sete igrejas, não deve ser menosprezada.Na verdade, não encontramos as sete cartas dirigidas às

igrejas apenas nos capítulos 2 -3, mas em todo Apocalipse(1.3; 22.10,16-19).Certamente não há evidências textuais de que

as cartas, individualmente ou como coletânea, circularamseparadas do restante da obra literária de João.

Constitui um erro sério pensar que certostrechos de Apocalipse não eram importantes para seusprimeiros leitores. Apocalipse como um todo é pertinente

para as igrejas daqueles dias e ao longo da história. Eramparticipantes com João "na tribulação, no reino e naperseverança, em Jesus" (Ap 1.9).

Cada igreja precisa prestar atenção nãoapenas em sua própria carta, na verdade, em todo

Vaso destinado a dar luz, alimentada por óleo.

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Apocalipse (Ap 22.18-19), que adverte sobre o julgamento futuro e pronunc ia uma bênção sobre todosos que perseveram nos momentos de tribulação e morremfiéis ao Senhor (Ap 14.13).

O Apocalipse cheio de autoridade não é ummistério literário para quem está lutando para sobreviverem uma época difícil de perseguição e sofrimento. É umaexortação às igrejas para permanecerem fiéis a JesusCristo, perseverarem firmes nos momentos de tribulação,sabendo que Cristo é o Senhor das igrejas, aquele queanda entre os sete candeeiros de ouro (Ap 1.13; 2.1).

Entre os sete candeeiros de ouro, João viu no

meio deles um "semelhante ao Filho do Homem" vestidoaté aos pés, usando um cinto de ouro em torno do peito(diferente do trabalhador que usava o cinto maisembaixo, em torno da cintura, para poder prender a eleas pontas da capa enquanto trabalhava).

Como o ancião de dias em Daniel 7.9-10, essepersonagem glorioso tinha cabelos "brancos como alvalã, como neve"   (Ap 1.14). Seus olhos, com poder

penetrante para julgar e discernir, eram como umachama de fogo. Seus pés, provavelmente aludindo aDaniel 10.6, eram como bronze polido. Sua voz, que João

 já comparara ao som de uma trombeta, como o som demuitas águas, semelhante à descrição da voz de Deus emEzequiel 43.2.

Na mão direita ele tinha sete estrelas, queeram os anjos das sete igrejas (Ap 1.20). De sua boca

viu saindo uma espada de dois gumes para ferir asnações (Ap 19.15), servindo de advertência às igrejasque ele é o Senhor do julgamento (Ap 2.12).

João, vencido por essa visão do Filho doHomem caiu aos seus pés, como morto. O Glorioso,porém, pôs a mão direita sobre ele e d isse: "Não 

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temas; eu sou o primeiro e o último   e aquele que vive"  (Ap 1.17-18). 

Essa definição é sinônima do título Alfa eÔmega dado ao Senhor Deus em Apocalipse 1.8. 0 "Eu

Sou" de Êxodo 3.14 com a descrição do Senhor,o rei de Israel, Deus. Igual a Ele não existe outro (Is44.6). Que foi morto, mas agora está vivo para sempre(Ap 1.18).

Ele é o Senhor Jesus Cristo ressurreto. Apesarde "nascido de mulher, nascido sob a lei"   (Gl 4.4) porisso, suscetível1  e vulnerável2  à morte, Jesus, depois depassar pelo sofrimento da morte, ressuscitou para a vida

absoluta e nunca mais pode morrer (Rm 6.9; Hb 7.16-25).Cada característica na descrição que João faz

do Cristo ressuscitado indica a presença de poder emajestade. Aquele que vive instruiu João escrever erelatar as coisas que vira e haveria de ver, "das que hãode acontecer depois destas”  (Ap 1.19).

As Cartas às Sete Igrejas

(Ap 2.1-3.22)

As cartas às igrejas de Éfeso, Esmirna,Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéiatêm uma estrutura padronizada.

Após definir os destinatários, o Senhorressurreto, apresenta e descreve a si mesmo usando

parte da descrição do Filho do Homem conformeApocalipse 1.9-20. Inicia com a palavra "conheço", deelogio ou de crítica.

Em seguida há um tipo de exortação. Aosrepreendidos (criticados), a exortação é arrepender-

1  Passível de receber impressões, modificações ou adquirir qualidades;capaz.2

  Diz-se do lado fraco de um assunto ou de uma questão, ou do pontopelo qual alguém pode ser atacado ou ferido.

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se. As igrejas de Esmirna e de Filadélfia, porém, para asquais o Senhor elogiou, a exortação era quepermanecessem firmes (Ap 2.10; 3.10-11).

Cada carta conclui, nem sempre na mesma

ordem, com uma exortação para ouvir o que o Espírito dizàs igrejas e com uma promessa de recompensa para o"vencedor", isto é, aquele que prevalece por perseverarna causa de Cristo.

À igreja de Éfeso  (Ap 2.1-7) é dito que retorne aoprimeiro amor, ou o seu candeeiro seria retirado doseu lugar, punição que implica a morte da igreja,mesmo que não indique perda individual da salvação

eterna.A igreja de Esmirna   (Ap 2.8-11) foi amavelmenteincentivada a ser fiel até a morte.

As igrejas de Pérgamo  (Ap 2.12-17) e Tiatira  (Ap2.18-29) foram advertidas com ternura a tomarcuidado com os falsos ensinos e as ações imorais.

A igreja de Sardes   (Ap 3.1-6) é chamada a despertar

e a completar seus atos de obediência.A igreja de Filadélfia,  perseguida pela sinagoga local(Ap 3.7-13) recebe a promessa, que a fé em Jesus lhedaria acesso ao reino eterno. Somente Cristo tem achave de Davi e a porta que Ele abre ninguém podefechar.

E a igreja de Laodicéia   (Ap 3.14-22) recebe a ordemde não se enganar e de arrepender-se da suamornidão.

Essas advertências e exortações foramenviadas a sete igrejas da Ásia. Não há duvida de que onúmero "sete" tem significado simbólico e pode muitobem significar que as sete igrejas representavam muitasoutras comunidades da Ásia

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Menor. Todavia, por m ais representativas que possamter sido, as sete igrejas eram igrejas que conheciamJoão, e este, instruído pelo Senhor ressurreto escreveuessas palavras de advertêhcia e de esperança.

Alguns comentaristas referem-se às seteigrejas como sete épocas da história do mundo, mas nãohá o mínimo indício no texto que as sete igrejas devemser entendidas dessa forma. Trata-se, na verdade, umamaneira errada de ver a história da Igreja; o propósito éfazer as cartas às sete igrejas parecerem profecias desete épocas da história do mundo.

Não há nenhum indício no texto de que João

queria que entendêssemos as sete cartas dessa maneira.É notório que as cartas foram escritas e enviadas àsigrejas locais, estabelecidas e envolvidas em lutas,tribulações, demonstrando a fé e perseverança em meio àperseguição.

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Question rio

Assina e com X as a ternativas corretas

6.  Não faz parte das escolas principais de interpretaçãodo Apocalipsea)  Os futuristasb)  Os idealistasc   Os arianistasc)  Os preteristas

7.  Na ilha de Patmos, João escreve mensagens às igrejasde:a)  Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, -

Filadélfia e Laodicéiab)  Colossos, Esmirna, Filipos, Tiatira, Corinto,Filadélfia e Tessalônicac)

 

Laodicéia, Éfeso, Colossos, Corinto, Esmirna,Filadélfia e Filiposd)  Pérgamo, Corinto, Éfeso, Filipos, Laodicéia,Tessalônica e Sardes

8.  Foram advertidas com ternura a tomar cuidado comos falsos ensinos e as ações imoraisa)

 

As igrejas de F iladélfia e Laodicéiab)  As igrejas de Pérgamo e Tiatira

c)  As igrejas de Filipos e Corintod)  As igrejas de Sardes e Éfeso

4?  Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9. Os futuristas entendem que o Apocalipse é uma

previsão profética do quadro total da história daigreja, partindo de João até o fim da presente era

10. A igreja de Esmirna foi amavelmente incentivada aser fiel até a morte

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Apocalipse: 2a Parte

A Soberania do Deus Criador

(Ap 4.1-5.14)

O elo central do livro se encontra entre oscapítulos 4 e 5. Pois, unem as exortações iniciais doSenhor ressurreto às igrejas (capítulos 2 -3) com o triunfoe as punições finais aplicadas pelo Cordeiro (capítulos 6-22).

Vistas desta forma as exortações às igrejas,são advertências da vinda de aflições e do triunfo final deDeus, que serviriam e serve de estímulo de esperançapara ajudar os destinatários da profecia a suportar asaflições.

Estes capítulos também são a bases histórica eteológica da autoridade do Senhor ressurreto sobre a Igrejae para o mundo, mostrando sua entronização e capacitação

para executar os propósitos de condenação e de salvação deDeus.O capítulo 4 assevera a autoridade soberana

do Deus Criador. Sendo exaltado por quatro criaturaspoderosas e os vinte e quatro anciãos que o adoram, oSenhor Deus Todo-poderoso é Santo, Soberano e Dignode todo louvor. Ele criou todas as coisas, e elas existempor causa da sua vontade graciosa e soberana (Ap 4.11).

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A visão que João tem de Deus em seu trono(Ap 4.2) lembra Daniel 7 (note os vv. 9-10) e Ezequiel 1,ambos impressionam o leitor com seu poder e glória.

O capítulo 5 retrata a transferência daautoridade divina para o Senhor ressurreto, apresentandouma seqüência de acontecimentos que igualmentelembram Daniel 7. O povo de Deus estava sendo oprimidopor quatro animais terríveis, que simbolizavam impériose reis malignos.

Similarmente, o Apocalipse foi escrito parapessoas que estavam passando ou logo passariam por

perseguições e lutas infligidas pelos poderes do mal. EmDaniel 7 são erguidos os tronos celestes de julgamento,livros do julgamento são abertos e a autoridade paraexercer o julgamento de Deus e resgatar o seu povo dasnações ímpias é entregue a uma figura humana. Essafigura humana, um "Filho do Homem" glorioso, aparecemisteriosamente perante o trono de Deus nas nuvens.

De modo semelhante, em Apocalipse 5, vemos

um livro de julgamento (neste caso com sete selos, namão direita de Deus) e um agente glorioso e redentor deDeus. Entretanto, o notável agente de Deus não é umafigura humana sem identificação, é Jesus crucificado, oCordeiro e Leão de Deus. Esse Jesus, por causa da suaobediência vitoriosa à vontade de Deus, está agoraentronizado, razão pela qual é digno de abrir o livro e osseus selos.

Os acontecimentos descritos aqui sãosimbólicos, mas nem por isso devem ser considerados umsimples mito. O evento sugere um momento histórico eteológico do ensino bíblico bem conhecido em outraspassagens: a ascensão eentronização de Jesus.

Além de explicar a ausência visível de Jesus eo fim das aparições da ressurreição, a

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ascensão de Jesus é sua entronização como Senhorceleste (At 2.33-36; Ef 1.20-2.31; Cl 1.18). Ele agorarecebeu poder para executar as decisões judiciais de

Deus.Ele é digno de tomar o livro, porque foi morto

(Ap 5.9,12). Sua morte redentora, isto é, sua obediênciaà vontade de Deus, revelou-o como qualificado para opapel de Senhor celeste.

Ele "venceu" (Ap 5.5), palavra usada por Joãopara descrever o sofrimento triunfal de Jesus e suasubseqüente1  entronização (veja Ap 3.21), que lhe

permite agora como Senhor celeste, assumir o papel deagente e executor divino.

Todo o poder no céu e na terra lhe foi dado(Mt 28.18). Ele pode abrir o livro e os sete selos de juízo,executando assim os propósitos do Soberano DeusCriador. Com sua entronização, os céus se alegram (Ap5.8-14; 12.5-12), porque Ele é digno, e o povo de Deusagora tem seu Salvador reinando.

Os Sete Selos( A p 6 . 1 - 8 . 5 )  

A abertura dos primeiros quatro selos mostraquatro cavaleiros de diferentes cores (Ap6.1-  8). Esses cavaleiros, no mesmo espírito do caospredito em Marcos 13, representam os juízos de Deus por

meio de guerras (Ap 6.2) e conseqüências sociaisdevastadoras, a saber: violência (Ap 6.3-4), fome (Ap6.5-6), epidemias e morte (Ap 6.7-8).

O quinto selo (Ap 6.9-11) fala do clamor por justiça dos santos martirizados em re lação aosopressores. Recebem a resposta de que, por enquanto,precisam esperar, pois o número de mártires do povo deDeus ainda não está completo.

Que subsegue no tempo ou no l ugar; imediato, seguinte:

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e na responsabilidade que tinha de dar testemunho sobreele na terra (Ap 10.1-11.13), no propósito redentor do

 julgamento (Ap 8.6-9.21), na perseguição futura (Ap

11.7; 12.1-13.18)e no caráter definitivo do juízo de Deus(Ap 15.1-18.24).

João tinha muito a explicar a respeito dosofrimento dos santos e do triunfo aparente do mal, queparecem negar a confissão do cristão de que Cristo foiressuscitado e entronizado como Senhor.

Será que ele protege mesmo o seu povo? Seráque voltará realmente? Por que temos de sofrer, e "até

quando, ó Soberano Senhor"   (Ap6.10), temos deesperar?

Os caminhos misericordiosos e misteriosos deDeus para a raça humana exigem que se conte a históriahumana sob vários pontos de vista. Para certeza que acondenação ou salvação vem e é por meio de JesusCristo.

A descrição dos juízos iniciados com a aberturados primeiros seis selos certamente deixou atônitos 1  osleitores de João, mas a ira final não é o destino do povode Deus (veja Rm 8.35,39; lTs 5.9). João interrompendoa seqüência de juízos que levavam ao sétimo selo noslembra de que o povo de Deus não precisa entrar emdesespero, pois "os servos do nosso Deus''   (Ap 7.3) têmpor promessa: o Céu.

Cento e Quarenta e Quatro Mil (Ap.7.4-8)

João observa 144.000 judeus em sua visão,12.000 de cada tribo, e que fazem parte dos "servos donosso Deus"  (Ap 7.3).

Muito espantado e quase sem ação; pasmado, estupefato.

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No Apocalipse, o grupo de 144.000 pessoas éformado pela etnia judaica. O apóstolo João enfatiza essaetnia identificando-os como membros das doze tribos de

Israel (Ap 7.5-8). Sua presença testemunha a fidelidadede Deus e a certeza do cumprimento de suas promessas.

No Antigo Testamento, Deus prometeupreservar da destruição um "remanescente" (umapequena fração) de Israel (Is 28.5; 37.31; Jr 23.3;50.20; cf. Rm 11.1-5), a despeito dos pecados que anação praticou.

Ele só não os salvará da destruição como

também prometeu uma nova aliança (Jr 31.31-33) e umnovo relacionamento com Ele (Os 2.14-23; cf. Ap 21.3).Sua promessa incluía as dez tribos do Norte que é Israel(Is 11.16; Jr 3.11,12, 18; 23.8) e também as duas tribosdo Sul - Judá (O mito popular das dez tribos perdidas deIsrael é apenas isso - um mito; Deus nunca as perdeu).

Esses judeus não estão aqui por causa de suaqualificação étnica, mas pelo seu caráter. O livro diz que

foram assinalados com "o nome dele e o de seu Pai"   (Ap14.1; cf. 7.3), para que pudessem ser reconhecidos porDeus, o Pai e Jesus, o Messias; foram "comprados" ou"remidos" (Ap 14.3).

Também haviam evitado os pecados de muitosde seus companheiros judeus, pois não mentiram arespeito dos cristãos (Ap 14.5; cf. 3.9) e nem sedeixaram envolver pela imoralidade sexual (Ap 14.4; cf.

2.14,20; 9.21; 17.2; 21.8; 22.15).Sua recompensa será tornarem-se a

companhia constante do Cordeiro (Ap 14.4) e conheceremuma canção de adoração que somente eles poderãocantar (Ap 14.3).

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Salvar-se-á Alguém no Período da GrandeTribulação?

O número de gentios entre o povo dé Deusclaramente eclipsa1  o número de judeus. Usando suadescrição favorita do céu (ver Ap 21.3-4,23; 22.1-5)  , João disse que eles são "os que vêm da grandetribulação", para agora experimentar as alegrias do céu eo alívio das tribulações que suportaram.

As interrogações sobre Salvação durante operíodo da Grande Tribulação são constantemente feitaspor varias classes de pessoas, e por estranho que pareça,há sempre os que negam a resposta positiva; entretanto,examinando cuidadosamente as Escrituras, acharemos aresposta satisfatória.

Não há dúvida de que um restante foi visto porJoão, que vinha da "Grande Tribulação" e como jádissemos, serão os que crerão através da pregação das

testemunhas aludidas, os quais estavam previstos noespírito dos profetas do AT (SI 64; 79; 80; Is 63.15-19;64).

Compreendemos que aquele restante suportouprovidencialmente, todo o tempo daquela aflição horrível,durante os sete anos do governo do anticristo, os quaisconstituirão os "cento e quarenta e quatro milassinalados", que sofrerão, mas vencerão e serão fiéis

até o fim.Certamente eles tomarão parte ativa naquele

duro ministério, como evangelistas voluntários,convidando seus contemporâneos a aceitarem ao Messias,apelando para a sua grande misericórdia. Será ocumprimento total de Mateus 24.31-40.

1  Esconde, encobre; obscurece, ofusca; vence; excede; sobrepõe.

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Não há dúvida que haverá salvação no períododa Grande Tribulação, porque ouvirão a Palavra de Deus,e é por meio dela que o homem recebe o conhecimento

de Cristo e é salvo (Rm 10.17).João vê e descreve a abertura do sétimo selo e

novamente vemos a repetição dos sinais do fim, como"trovões, vozes, relâmpagos e terremoto" (Ap 8.5).

Esses sinais indicam o próprio fim da históriahumana e a vinda do Senhor, mas o profeta ainda nãoestava pronto para descrever a volta de Cristo. Ele aindatinha muito a dizer (baseado no que vira) sobre a

natureza do julgamento e sobre a perseguição pela besta,para encerrar sua profecia.

Antes de descrever o fim, João teve decomeçar de novo. Usando o instrumento simbólico dassete trombetas, ele declarou que os juízos de Deustambém têm um propósito redentor porque são sinais,expressões parciais, do julgamento final do futuro.

As Sete Trombetas

(Ap 8.6-11.19)

Os sete selos foram divididos entre os quatrocavaleiros e os três selos restantes, com uma interrupçãonarrativa entre o sexto e sétimo selos, para lembrar aopovo de Deus da promessa do Senhor sobre proteção

final e sobre sua esperança de glória eterna. Um padrãosemelhante se vê com as sete trombetas (Ap 8.7 -11.19).

As quatro trombetas iniciais relatam juízosparciais, "a terça parte",  (Ap 8.7) que caem sobre avegetação da terra, os oceanos, a água fresca e as luzescelestes.

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As últimas três trombetas são tratadas emconjunto como três "desgraças"   que atingem a terra,destacando o juízo de Deus para a raça humana.

A quinta trombeta (primeira desgraça) liberagafanhotos infernais que ferroam os que não têm o selode Deus (Ap 9.1-12).

A sexta trombeta (segunda desgraça) traz umpoderoso exército de cavaleiros do inferno, que matamum terço da raça humana (Ap 9.13-19).

Todos os juízos não têm efeito redentor,pois orestante da raça humana que não

foi morto pelas epidemias recusa-se a se arrepender dassuas Imoralidades (Ap 9.20-21). As advertências caíamem ouvidos surdos.

Assim como o interlúdio1  entre o sexto e osétimo selo garantiu aos destinatários de Apocalipse queos que são de Deus estão protegidos dos efeitoseternamente destrutivos da ira divina, também entre asexta e sétima trombetas somos lembrados da mão

protetora de Deus sobre o seu povo (Ap 10.1-11.14).No interlúdio das trombetas, porém,

também ficamos sabendo que a proteção de Deusdurante os dias de tribulação não significa Isolamento,pois o povo de Deus (os judeus) precisa dar testemunhoprofético ao mundo.

Em Apocalipse 10.1-11 o chamado de João(pelo padrão de Ez 2.1-3.11) é reafirmado. Ele recebe a

ordem de comer um livro agridoce 2  e "profetizar arespeito de muitos povos, nações, línguas e reis"   (Ap10.11).

A nota de proteção e testemunho é tocadanovamente em Apocalipse 11.1-13, onde a medição dotemplo de Deus alude à mão protetora de Deus sobre seupovo na hora do caos.

Intermédio.

Agro (azedo) e doce ao mesmo tempo; agro-doce, acre-doce.

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As perseguições durarão quarenta e doismeses, mas seu povo, a "cidade santa"   (Ap 11.2), nãoserá nem destruído nem silenciado.

As "duas testemunhas"   (Ap 11.3) darãotestemunho nesse período, também chamado de 1260dias, da misericórdia e do julgamento de Deus.

Veja bem: os 42 meses e os 1260 diasreferem-se ao mesmo período de tempo de perspectivasdiferentes, porque os dias de testemunho também sãodias de oposição (Ap 11.2- 7; 12.6, 13-17). Referênciasnegativas à perseguição e à atividade de Satanás e das

bestas são sempre feitas em termos de "42 meses" (Ap11.2; 13.5), enquanto asreferênciaspositivas à mãosustentadora de Deus ou ao testemunho profético dassuas duas testemunhas são feitascomo "um tempo,tempose metade de um tempo"  (Ap12.14)  ou "1260 dias"(Ap 11.3; 12.6).

A sétima trombeta (terceira desgraça)novamente traz terremoto, relâmpagos e trovões

(Ap11.15-19. O fim da história chegou, é a hora dosmortos serem julgados e dos santos sererecompensados (Ap 11.18).

Sem dúvida o fim chegou de fato, porque ocoro celeste agora fala da vinda do Reino de Deus (e deCristo), assim como do dia do julgamento, como fatos dopassado (Ap 11.17-18). O coro canta: "O reino do mundose tornou do nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará

 pelos séculos dos séculos"  (Ap11.15).

As Duas Testemunhas

As duas testemunhas evidentemente sãohomens. Alguns crêem que sejam Enoque (Gn 5.24) eElias (2Reis 2.11), porque estes nunca morreram,

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i

Outros têm sugerido Moisés e Elias, representando alei e os profetas. Porém, não o sabemos o certo.

O objetivo deles é chamar a atenção do

mundo, e especialmente dos líderes do mundo,, paraas reivindicações do Deus do céu, em meio a umperíodo em que o mundo está seguindo loucamenteas maquinações diabolicamente falsas do homem dopecado. Nenhuma arma prosperará contra elas atéque a sua obra esteja realizada.

A nota trágica é a louca alegria do mundopor causa da morte violenta das testemunhas (Ap

11.9,10)  . Aqui se manifesta a impiedade do coraçãohumano, no que ele tem de pior. Mas a sua alegriafrenética1 tem curta duração. Depois de três dias, oscorpos ultrajados recebem nova vida, e sãoarrebatados visivelmente para o céu.

Questionário

4?  Assinale com "X" as alternativas corretas

A abertura dos primeiros quatro selos mostramquatro cavaleiros de diferentes cores quea)  Falam do clamor por justiça dos santos

martirizados em relação aos opressoresb)  Representam os juízos de Deus por meio de

guerras e conseqüências sociais devastadorasc)  Chamam a atenção do mundo e de seuslíderes, para as reivindicações do Deus do céu

d) Fazem surgir sinais do fim:grande terremoto, escure

Que tem frenesi; del i rante, desvairado, furioso.

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2. 

No Apocalipse, o grupo de 144.000 pessoasa)  É formado pela etnia cristã  b)  É formado pela etnia judaica 

É formado pela etnia gentílicac)

 

É formado pela etnia gentílica e judaica

3.  Quanto às Sete Trombetas, é errado dizer quea)  As quatro primeiras relatam juízos parciais quecaem sobre a terra, a água e a iluminaçãob)  A sexta trombeta libera gafanhotos infernaisque ferroam os que não têm o selo de Deus

c)  A sétima trombeta traz terremoto,relâmpagos e trovõesd)  As últimas três são tratadas como"desgraças", que atingem a terra e a raça humana

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4. 

O elo central do livro de Apocalipse encontra-

se entre os capítulos 4 e 55.  Salvação não haverá no período da GrandeTribulação

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A Perseguição dos Justos pelo Dragão(Ap 12.1-13,18)

O capítulo 12 é crucial1  para compreender aperspectiva de João da seqüência histórica. O númerotrês e meio era visto por cristãos e judeus como temposde dor e de juízo (veja Lc 4.25). João referiu-se aos trêsanos e meio às vezes como "42 meses" (Ap 11.2; 13.5),outras como "1260 dias" (Ap 11.3; 12.6) e ainda outrascomo "um tempo, tempos e metade de um tempo"   (Ap12.14).

Para João, este é o período de tempo em queos poderes do mal farão suas obras de opressão. Duranteo mesmo tempo, porém, Deus protegerá seu povo (Ap12.6,14) enquanto ambos testemunham da sua fé (Ap11.3) ao mesmo tempo em que sofrem nas mãos destespoderes maus (Ap 11.2,7; 12.13- 17; 13.5-7).

Todos os comentaristas concordam que esteterrível período de tribulação terá fim com a vinda do

Senhor. A questão crítica, porém, é saber quando operíodo de três anos e meio de perseguição e detestemunho começa.

Apesar de alguns estudiosos terem relegado2 os três anos e meio a algum momento ainda futuro, ocapítulo 12 inquestionavelmente liga seu início àascensão e entronização de Cristo (Ap12.5).

Quando o descendente da mulher (de Israel) é"arrebatado para Deus até ao seu trono" (Ap 12.5), háguerra no céu e o dragão é lançado na terra. O céu sealegra porque o adversário (Satanás) foi vencido (Ap12.10-12), mas para a terra é hora de lamentar (Ap12.12) porque o mal foi lançado a

Terminante, categ r ico, ecis ivo. Muito importante; c api ta .

Pôr em segundo plano; desprezar.

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terra, e sua ira é muito grande. Satanás sabe que foiderrotado pela entronização de Cristo e que lhe restapouco tempo (Ap 12.12).

A mulher (Israel) que gerou Cristo (Ap12.1-  2) e também outros descendentes (aqueles quemantêm o testemunho de Jesus) agora recebem todoo ímpeto da ira frustrada do dragão. Mas quando ofurioso dragão for para descarregar seu furor contra amulher, ela será alimentada e protegida por "1260 dias"  (Ap 12.6), ou seja, por "um tempo, tempos e metade deum tempo"  (Ap 12.14).

A descrição muito breve que João faz da vidade Cristo (apenas seu nascimento e entronização sãoespecificamente mencionados) não deve induzir ao leitora pensar que o menino é "arrebatado para Deus até aoseu trono"  (Ap 12.5).

Essa passagem não tem como propósitoprincipal narrar a vida de Cristo, pois João sabia queseus leitores estavam familiarizados com os fatos

decisivos da história de Cristo. Antes, a passagem quermostrar a continuidade da perseguição iniciada porSatanás contra a mulher (Israel) e seu filho (Cristo) econtinuada contra a mulher e o restante dos seusdescendentes (os cristãos).

Naturalmente, é o Senhor crucificado eressurreto que é entronizado e cuja ascensão ao tronotraz consigo a derrota das trevas (Ef 1.19-23; lPe 3.22;

compare Rm 1.4; lTm 3.16).O relato da derrota do dragão no céu e sua

expulsão dali começam claramente com a entronizaçãodo descendente da mulher e é causada por ela. Domesmo modo, veja bem que a história de Apocalipse12.6, em que a mulher foge para o deserto e é protegidapor Deus por "1260 dias”   tem dois "ganchos"inconfundíveis que a inserem na história do capítulo 12.

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Em primeiro lugar, a fuga da mulher e os"1260 dias" de proteção em Apocalipse 12.6 começamclaramente com a entronização de Apocalipse 12.5. Mas

em Apocalipse 12.14-17 é a perseguição do dragão, queagora foi lançado do céu para a terra, que motiva amulher a fugir para o deserto. Por isso, o que temos emApocalipse 12.14- 17 é a retomada e ampliação dahistória da mulher começada em Apocalipse 12.6.

Observe as referências paralelas emApocalipse 12.6 e 12.14 a "deserto",  alimentação e "umtempo, tempos e metade de um tempo"  (Ap

12.14)  ou a seu equivalente "1260 dias" (Ap 12.6).Esse elo na história em que dois

acontecimentos são vistos com a fuga da mulherentre a entronização do descendente da mulher (Cristo) ea perseguição da mulher pelo dragão não é, nemestranha nem surpreendente. É a entronização que(praticamente ao mesmo tempo) causa a guerra no céu,que resulta na expulsão do dragão e depois

imediatamente leva o dragão agora furioso a perseguir amulher e "os restantes da sua descendência"  (Ap 12.17).

Não apenas fica claro que os "1260 dias" deApocalipse 12.6 eqüivalem a "um tempo, tempos emetade de um tempo"  de Apocalipse 12.14.

Depois o dragão levanta dois carrascos 1  (Ap13) para ajudá-lo a perseguir aqueles que crêem em  Jesus. Um deles é apersonificação de Satanás

em um líder político, a besta do mar (Ap 13.1),chamado "o homem do pecado"   ou "anticristo"   (2Ts2.3,4; lJo 2.18), que falará blasfêmias durante "quarentae dois meses"  (Ap 13.5) e "pelejará contra os santos"  (Ap13.7), enquanto a segunda besta (ou "falso profeta",  Ap19.20), que procede da terra (Ap

Indivíduo cruel, desumano.

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13.11)  , procura enganar a terra de modo que seushabitantes adorem a primeira besta, o anticristo.

Portanto, os capítulos 12-13, é mais uma

forma de se referir aos três anos e meio, indicando omesmo período de tempo.

Triunfo, Advertência e Condenação

(Ap 14.1-20)

Após entregar mensagens de constantes

perseguições ao povo de Deus pela trindade do mal, osleitores de João carecem de outra palavra de ânimo eadvertência. Por isso o capítulo 14 usa sete "vozes" pararelacionar mais uma vez as advertências e promessas docéu.

Há mais uma visão dos 144 mil, que "foramredimidos dentre os homens, primícias para Deus e parao Cordeiro"   (Ap 14.4). Isentos da imoralidade sexual

como figura da idolatria, João disse que esses seguidoresdo Cordeiro eram "sem mácula"  (Ap 14.5).Em outras palavras, não tinham se

"prostituído" com a besta. São os homens e mulheresque foram fiéis na adoração ao único Deus verdadeiropor meio de Jesus Cristo, e não foram seduzidos pelosenganos satânicos da primeira besta e do seu aliado, ofalso profeta.

Eles serão resgatados e levados ao trono nocéu, onde em uma só voz cantarão um novo cântico desalvação (Ap 14.1-5).

Ouve-se outra voz (Ap 14.6-7), de um anjoanunciando o evangelho eterno e avisando a terra do

 juízo iminente1. As "vozes"   (ou declarações) restantesseguem em rápida sucessão.

1  Que ameaça acontecer breve; que está sobranceiro; que está em viade efet ivação imediata; impendente.

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A queda da "grande Babilônia"   (Ap 14.8),símbolo veterotestamentário de uma nação inimiga dopovo de Deus é anunciado. Depois o povo de Deus éadvertido para não seguir a besta, e aqueles que aseguem são advertidos dos futuros tormentos daseparação de Deus (Ap 14.9-12).

Em seguida uma bênção é pronunciada aosque permanecem fiéis (Ap 14.13). Por fim, duas vozesconvocam para a colheita. Uma chama o Filho do Homempara colher a terra como se fosse uma gigantescaplantação de trigo (Ap 14.14-16), enquanto a última vozcompara a colheita da terra a uma vindima, pois a vindado Senhor equivalerá a pisar o lagar1  da terrível ira doDeus Todo-poderoso (Ap 14.17-20).

As Sete Taças(Ap 15.1-16.21)

Assim como os sete selos e as sete trombetasmostram aspectos diferentes do julgamento de Deusefetuado por Cristo, agora mais uma dimensão do seu

 juízo é revelada.As sete taças da ira são semelhantes às sete

trombetas e aos sete selos, mas também são diferentes;pois vem o tempo em que à ira de Deus não será maisparcial ou temporária, mas completa e permanente.

Essas taças derramadas significam que acondenação divina também é definitiva e irrevogável 2. O

 juízo parcial ("a terça parte") das trombetas mostra que

Deus usa os sofrimentos e males da vida comoadvertências para levar a raça humana aoarrependimento e à fé.

1  Espécie de tanque onde se espremem e se reduzem a l íquidos certosfrutos, especialmente as uvas.2 Que não se pode revogar; não revogável; incontrastável.

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As taças da ira representam os juízos doCordeiro que atingem a terra, e especialmente àspessoas que receberam a marca da besta.

Entre o sexto e o sétimo selo e a sexta e asétima trombeta somos avisados da proteção do povo deDeus e da missão de Deus para ele.

Nas sete taças não há interrupção entre osexto e o sétimo derramamento de punição. Só resta aira; a grande Babilônia, símbolo de todos os que selevantaram contra o Deus Altíssimo, cairá. Ao serderramada a sétima taça da ira há novamente o grande

terremoto acompanhado de "relâmpagos, vozes etrovões"  (Ap 16.18), pois o fim chegou.

A noção da ira de Deus nem sempre é umtema bem vindo pelo leitor da Bíblia, mas é um ensinoevidente do Antigo e do Novo Testamento. A realidade domal, da liberdade humana, a justiça e o anseio de Deusde ter criaturas que, apesar de distintas dEle comocriaturas, mesmo assim se relacionam com Ele emconfiança e em amor, tornam inevitáveis as noções da irade Deus.

Um Deus justo reage aos que persistem emsua recusa maligna de reconhecê-lo como Senhor. Deusdeseja ver o homem rebelde depor as armas e voltar-separa Ele.

Deus agiu em misericórdia, por todos os meios

possíveis a ponto de assumir pessoalmente, por meio doseu Filho unigênito, a pena que Ele mesmo prescrevera 1 para o pecado.

A ira causa tristeza até mesmo no coração deDeus, mas Ele não nos obriga a amá-lo. Ele deuliberdade aos seus filhos e não destruirá a humanidadedeles tirando-lhes essa liberdade, mesmo se seus filhosinsistem com teimosia em usar

Indicar com precisão; determinar, f ixar, preceituar.

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da liberdade para rebelar-se contra Ele. É incrível que,apesar da imensa misericórdia de Deus revelada [em JesusCristo, existem pessoas que rejeitam sua misericórdia.

Nesses casos, o Deus fiel da criação e da redençãoresponderá fielmente de acordo com sua própria natureza epalavra, dando aos seus filhos e: filhas rebeldes aquilo emque insistiram com te imosia, isto é, a separação eternadEle.

Certamente, enquanto a ira de Deus, este é oponto alto do tormento e da desgraça: estar separadodaquele que é a verdadeira fonte de vida, ser separado

do seu Criador compassivo e, assim, experimentar parasempre a morte eterna que resulta da rejeição daqueleque é a fonte da vida eterna. Todavia, não devemosnegar nem lamentar a sabedoria de Deus em suasmanifestações passadas ou futuras de ira.

Nosso Deus evidentemente ama a retidão, a justiça e a misericórd ia a tal ponto que não to lera nossatolerância covarde do mal. Não podemos descartar como

insignificante o fato que o céu não está em silêncio nemembaraçado quando o mal é punido. O céu festeja com a

 justiça e com o juízo de Deus (Ap 19.1-6).

Queda e Ruína da Cidade Imoral e da Besta

(Ap 17.1-18.24)

O cap. 17 menciona a sexta taça anunciando aqueda da grande Babilônia, e o cap. 18 traz um lamentocomovente sobre a grande cidade, que não cumpriu ospropósitos de Deus para ela.

Todas as suas produções e obras grandiosassão reduzidas a nada, porque ela se fez prostituta eadorou a besta em vez de dedicar sua capacidade eenergia a Deus e ao Cordeiro.

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Júbilo no Céu e a Revelação do Cordeiro(Ap 19.1-22.5)

O céu festeja porque a grande Babilônia ca iu eestá na hora de aparecer a noiva do Cordeiro. O grandebanquete da salvação está pronto para começar. Depoisde ter evitado a descrição da vinda do Senhor em pelomenos três ocasiões anteriores, João agora estápreparado para descrever as glórias da manifestação doSenhor.

Todo o céu festeja com a gloriosa punição domal por Deus (Ap 19.1-6). A noiva do Cordeiro, o povode Deus, preparou-se com sua fidelidade para seuSenhor por meio do sofrimento. Por isso "lhe foi dado"  (asalvação é sempre uma dádiva de Deus) vestir-se delinho fino, " porque são chegadas as bodas do Cordeiro"  (Ap 19.7-8).

O céu está aberto, e aquele cuja vinda foi

fielmente pedida desde os tempos antigos, o Verbo deDeus, Rei dos reis e Senhor dos senhores, surge paracombater os inimigos de Deus em um conflito sobre cujosresultados não restam dúvidas (Ap19.11-16).

Quando o Cordeiro vir com seus exércitoscelestes, as duas bestas serão lançadas no lago de fogo(Ap 19.20). O dragão, a antiga serpente, Diabo e

Satanás são lançados em um abismo, que é fechado elacrado por mil anos (Ap 20.1-3).

Os poderes do mal reinarão por " três anos emeio",   mas, Cristo reinará por "mil anos".   Os quemorreram em Cristo serão ressuscitados para governarcom Ele (Ap 20.4-6), e o governo do direito de Deussobre a terra é vindicado.

O reino de mil anos é chamado milênio. O

termo vem do latim (mille, mil, e annum, ano) e significaperíodo de mil anos.

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A palavra "mil" na Bíblia é eleph  em hebraico echilioi   em grego. Em muitas passagens do AT o termo éusado em contagens, assim como no NT (veja Gn 24.60; Lc

14.31). Às vezes é usado para referir-se a um grandenúmero, sem a pretensão de ser exato (veja Mq 5.2; 6.7;Ap 5.11). A referência específica usada para criar adoutrina do reinado de mil anos ligado à última vinda deCristo que se encontra em Apocalipse 20.2 -7.

O material bíblico não apresenta umaescatologia sistemática em que todas essas diferentesreferências ao tempo do fim são organizadas em um só

ensino. Por isso, na história cristã, surgiram diferentestipos de interpretação.

Os estudiosos cristãos que querem elaborar umadoutrina sistemática coerente dos últimos acontecimentosrelacionam:

  Os trechos apocalípticos das profecias do AT (Vide o

livro de Daniel);

 

Os trechos apocalípticos do NT (Ver Mt 24-25;Mc 13; 2Pe; Jd; Ap);

  Os escritos de Paulo sobre a última vinda (lTs 4.13-

18; 2Ts 2.1-11 - o homem da iniqu idade);

  As opiniões de Paulo sobre o relacionamento

entre judeus e gentios (Rm 9-11); e

  As referências ao anticristo (ou anticristos) em 1

João.

Nosso interesse nas questões do milênio, ou  seja, se a volta de Cristo ocorrerá antes domilênio (pré-milenismo) ou depois do milênio (como nopós-milenismo e no amilenismo) é uma preocupação cujovalor é muito exagerado quanto à interpretação deApocalipse.

O que realmente importava para João é que os

seguidores de Cristo, aqueles que sofreram

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as aflições e perseguições desta época má, um dia serãoresgatados pela vinda de Cristo, quando Ele destruirá ospoderes do mal.

Está claro no NT que a forma e a promessa daesperança futura devem exercer influência sobre nossaconduta presente e sobre nossa dedicação moral a Cristo(compare com Rm 8.18-25).

Na verdade, o objetivo do Apocalipse éincentivar os cristãos a perseverar no presente à luz dotriunfo de Deus no futuro por meio de Jesus Cristo.

A interpretação sobre o reino de mil anos com

a volta de Cristo dada no comentário acima poderá sermais bem entendida na lição 3.

Logo após o término dos "mil anos" (Ap 20.7,o dragão deverá ser solto. Permite-se a ele mais umtempo para enganar as pessoas, mas de curta duração.

Depois desse episódio de engano, no fim dosmil anos, o dragão é recapturado e dessa vez lançado nolago de fogo e enxofre, "onde já se encontram não só a

besta como também o falso profeta"  (Ap 20.10).O destino reservado para a besta e para o

falso profeta na volta de Cristo é estendido também aodragão, no fim do reinado de Cristo. Então ocorre o

 julgamento final, e os que não estiverem incluídos nolivro da vida serão lançados no lago de fogo (Ap 20.11-15).

Com frequência pensa-se que o capítulo 21

refere-se ao período que segue o reinado de mil anos,mas ele está mais provavelmente recontando a volta deCristo do ponto de vista da noiva.

Aqui temos indicações claras de uma"repetição" literária. Assim como o capítulo 17 é umarecapitulação da sétima taça e da queda da meretriz, agrande Babilônia (compare a linguagem de

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Apocalipse 17.1-3, que apresenta claramente uma"narrativa repetida", com a linguagem de Apocalipse21.9-10), o capítulo 21 recapitula a glorificação da noiva

do Cordeiro (Ap 22.1-22.5).Aqui a revelação é contada da perspectiva da

noiva. Ser a noiva significa ser a cidade santa, a novaJerusalém, viver na presença de Deus e do Cordeiro, eter proteção, alegria, luz eterna e vivificadora de Deus(Ap 21.9-27).

A árvore da vida cresce ali, onde também fluio rio da água da vida. Ali não haverá mais noite; não

haverá mais nenhuma maldição, pois o trono de Deus edo Cordeiro está presente. Ali seus servos o servirão ereinarão com ele para todo o sempre (Ap 21.1-5).

Conclusão

(Ap 22.6-21)

João conclui sua narrativa declarando afidelidade de suas palavras. Os que ouvirem a suaprofecia se beneficiarão das bênçãos de Deus. Os quedesprezarem suas advertências serão deixados do ladode fora das portas que dão acesso à presença de Deus(Ap 22.6-15).

João encerra seu livro orando pela volta do

Senhor (Ap 22.17,20). As igrejas devem dar ouvidos aoque o Espírito diz (Ap 22.16-17).Sob a ameaça de maldição eterna, os leitores

são advertidos a proteger o texto sagrado de João: nãodevem acrescentar nem tirar nada das palavras de suaprofecia (Ap 22.18-19).

O povo de Deus precisa, pela graça divina,perseverar na hora da tribulação, sabendo que seu

Senhor entronizado logo voltará em triunfo.

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Question rio

Assina e com X as a ternativas corretas

6.  A expressão: "um tempo, tempos e metade de umtempo" de Apocalipse 12.14 não se refere aa)  Dois anos e meiob)  Três anos e meioc)  Quarenta e dois mesesd)  Mil duzentos e sessenta dias

7.  Quanto a primeira besta, é incerto dizer que:a)  É a besta que sai do marb)

 

É o"anticristo" ou "o homem do pecado"c)  É considerada como "o falso profeta" d)  É a personificação satânica em um líder político

8.  Logo após o término do "milênio"a)  Deus extirpará o dragão e seus seguidores para

todo o sempreb)  Deus lançará o dragão juntamente com asbestas na lago de fogo e enxofrec)  Deus prenderá o dragão por um período longode tempod)  Deus permitirá que o dragão seja solto porum período curto de tempo

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.  As sete taças da ira representam os juízos doCordeiro que atingem a terra, e especialmente àspessoas que receberam a marca da besta

10.  Quando o Cordeiro vir com seus exércitos, a duasbestas serão lançadas no lago de fogo

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Lição 3

Escatologia: 1a Parte

Escatologia bíblica (Is 5.1-4; Mt 24.3-24;27,44) é o estudo dos eventos que estão para acontecer,segundo as Escrituras. O termo escatologia deriva dogrego "eschatos"   (último), e "logia"   (trato ou estudo),logo, escatologia é o tratado das últimas coisas.

Nas primeiras palavras do texto de Apocalipse

1.1 podemos entender o sentido da escatologia para aIgreja. Significa para os cristãos "o estudo ou a doutrinadas últimas coisas". 

A escatologia é o ponto alto do estudoteológico. A teologia só pode ser completa quandoapresenta uma escatologia fidedigna, harmônica e cominterpretação fiel.

Pela palavra profética, Deus informa aos

homens algo sobre os tempos e estações que estabeleceupelo seu próprio poder (At 1.7). Para os salvos,maravilhosas e surpreendentes coisas estão reservadasdentro de um futuro breve, de riquezas ímpares eregozijantes.

Para os ímpios, que não se arrependerem, oquadro futurístico é dramático e lamentável; osofrimento eterno os colocam num inferno real de dor e

desespero (Mt 25.46; Lc 16.19-31).

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Os acontecimentos do futurotêm sido assuntodo interesse da humanidade, principalmente neste século.A Igreja de Cristo aguarda um futuro glorioso como

consequência de sua comunhão com Deus, Apesar deestarmos tratando de um tema que, se nãohouver cuidadoentra no terreno da especulação.

Deus tem um plano eterno de ação emandamento (Ef 3.11):

  Em relação ao homem;

  Em relação à c riação;

  Ao universo material.

Este plano eterno e divino aproxima-se do seu  fim, quanto ao ciclo da históriahumana, inclusive ahistória de redenção (lPe 4.7). Abrange:1.  Israel. Seu renascimento nacional e seu atual

desenvolvimento;2.  Os gentios. Sua expansão, seus movimentos, suas

convulsões 1 sociais; seu humanismo e sua salvação;3.  A Igreja. O derramamento do Espírito Santo na Igreja

em geral; a renovação da Igreja;4.  Satanás e suas hostes2. Proliferação do satanismo

sob os mais diversos nomes e formas.

A Importância da Escatologia Bíblica

A escatologia bíblica não é apenas abrangente;é amorosamente conclusiva. Percorre a História e

descortina a eternidade. Revela-se, e é sempre ummistério. Deus a engendrou3 nos

1 Grande agitação ou transformação.2 Tropa; exército. Bandos, chusma; mult idão.3 Dar origem a; ge rar, produzir. Inventar, imaginar, engenhar.

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profetas, fecundou-a nos Evangelhos e Epístolas, e deu-a a pleníssima luz no Apocalipse.

Ela desvenda-nos o Estado Intermediário e o

que há de suceder-se no Arrebatamento da Igreja, naGrande Tribulação, no Milênio, na instauração do JuízoFinal e no estabelecimento do Eterno Estado.

Se alguma coisa esconde, isto fica por contada economia divina (Dt 29.29). É revelação; não admitehipóteses. Onde ela se cala, não precisamos ter voz.

No essencial e básico: unidade; nos adiáforos1 e pontos secundários: liberdade; mas nunca sem o amor.

A Igreja sempre se preocupou com a Doutrinadas Últimas Coisas. A História mostra que o cristianismo,desde a sua fundação, vem sendo caracterizado por umdecisivo enfoque escatológico. E, hoje, segundo o Dr.Orr, a Escatologia Bíblica vive o seu ápice 2. Nunca oscristãos estudaram tanto as Últimas Coisas quantonestes dias que se abreviam.

O Campo da Escatologia Bíblica

A escatologia é baseada na revelação divina.A Bíblia é a revelação da vontade de Deus à

humanidade. Inicialmente, Deus escolheu a semente deAbraão, ou seja, o povo de Israel, para revelar a suavontade. Mais tarde, Deus ampliou o campo da suarevelação e formou um novo povo, a Igreja, constituído

de judeus e gentios (Ef 2.11-19).A partir de então, a Igreja é o alvo da

revelação divina. Toda a revelação aponta para o futuroe a Igreja caminha com esta esperança, pois éidentificada como "peregrina e forasteira"  (lPe

Não essencial; acessório, secundário, dispensável.

O mais alto grau; apogeu.

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de somenos1  importância; corremos o sério risco deanular a revelação de Deus.

2) Método literal e textualÉ o método gramático-histórico, isto é,

preocupa-se em dar um sentido literal às palavras daprofecia, interpretando-as conforme o significadoordinário, de uso normal.

Contudo, os dois métodos abordados aqui sãoválidos, mas devem ser utilizados com cuidado eprecisão. Há uma perfeita relação entre as verdades

literais e a linguagem figurada.

O Plano de Deus para Israel

Descendentes de Abraão (Gn 12.1,3).Os filhos de Israel foram privilegiados como

nenhuma outra nação o foi, Deus escolheu a naçãoisraelita para o estabelecimento de seu plano salvífico,beneficiando toda a humanidade. Abaixo vemos asbênçãos de Deus para com Israel:A.  Israel é a nação eleita por Deus (Dt 7.6; Lv

20.24; Êx 19.6);B.  Deus prometeu abençoar o mundo através de

Israel (Gn 22.18);C.  Deus outorgou a Israel sete privilégios (Rm

9.4,5):1.  Adoção de filhos;2.  A glória (manifesta no Monte, Tabernáculo e no

Templo);3.  Os concertos (com Abraão, Moisés e Davi);4.  A Lei;5.  O Culto (consistia no serviço espiritual,

sacrifícios, ofertas e festas);

De menor valor que outro; inferior.

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6.  As promessas; e por fim7.  Israel rejeitou o próprio Cristo que nós

consideramos o "privilégio dos privilégios" (Rm

9.5).

A st r a e Israe a range 10 per o os:

1. Patriarcal  ...... Abraão a Jos ;

2. Opressão ...... no Egito por 430 anos;

3. Peregrinação.  Mois s no deserto;

4. Conquista ..... com Josu ;

5. Indecisão ...... poca dos Juizes;

6. Conso i aç o.  poca o re ino uni o;

7. Divisão.........  poca do reino dividido;

8. Ma iç o ....... no cativeiro;

9. Dispers o ..... inter ico at a vin a e Jesus;

10. Puri icaç o .... Danie 9.24.

Desobedi ncia e Rejeição de Israel

Deus demonstrou sua presença, seu poder eseu nome (Rm 9.17), Israel falhou e a tudo rejeitou. Asconseqüências destas rejeições foram:

=>Perderam o reino (Mt 21.43; Lc 20.16);=>A casa ficou deserta (Mt 23.38);

=>Foram dispersos (Os 9.17);=>Seus ramos foram quebrados (Rm 11.17).

Israel no Plano Divino para a Salvação

Em Romanos 9-11, Paulo trata da eleição deIsrael no passado, da sua rejeição do evangelho nopresente, e da sua salvação futura. Três capítulos foramescritos para responder à pergunta que os crentes

 judaicos faziam: Como as promessas de

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Deus a Abraão e à nação de Israel poderiam permanecerválidas, quando a ação de Israel, como um todo, nãoparece ter parte no Evangelho?

O presente estudo resume o argumento dePaulo. Há três elementos distintos no exame que Paulofaz de Israel no plano divino da salvação.

O primeiro elemento (Rm 9.6-29).É um exame da eleição de Israel no passado.

Em Romanos 9.6-13, Paulo fala que a promessa de Deusa Israel não falhou, pois a promessa era só para os fiéis

da nação.Visava somente o verdadeiro Israel, que eram

fiéis à promessa (Gn 12.1-3; 17.19). Sempre há umIsrael dentro de Israel, que tem recebido a promessa.

Em Romanos 9.14-29, Paulo chama a nossaatenção para o fato que Deus tem o direito de fazer oque Ele quer com os indivíduos e as nações. Tem odireito de rejeitar a Israel, se desobedecerem a Ele e o

direito de usar de misericórdia para com os gentios,oferecendo-lhes a salvação.

O segundo elemento (Rm 9.30-10.21).Analisa a rejeição presente do Evangelho por

Israel. Seu erro de não se voltar para Cristo, não sedeve a um decreto incondicional de Deus, mas à suaprópria incredulidade e desobediência (Rm 10.3).

O terceiro elemento (Rm 11.1-36).Paulo explica neste texto que a rejeição de

Israel é apenas parcial e temporária. Israel por fimaceitará a salvação divina em Cristo.

O argumento do apóstolo Paulo contém váriospassos, a saber:

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1.  Deus não rejeitou o Israel verdadeiro, pois Elepermaneceu fiel ao "remanescente"   que permanecefiel a Ele, aceitando a Cristo (Rm11.1-6).

2.  No presente, Deus endureceu a maior parte deIsrael, porque os israelitas não quiseram aceitar aCristo (Rm 11.7-10; cf. 9.31-10.21).

3.  Deus transformou a transgressão de Israel (i.e., acrucificação de Cristo) numa oportunidade deproclamar a salvação a todo o mundo(Rm11.11,12,15).

4.  Durante esse tempo presente da incredulidade

nacional de Israel, a salvação de indivíduos, tantoos judeus como os gentios (Rm 10.12,13)dependem da fé em Jesus Cristo (Rm 11.13-24).

5.  A fé em Jesus Cristo, por uma parte do Israelnacional, acontecerá no futuro (Rm 11.25-29).

6.  O propósito sincero de Deus é misericórdia, tantodos judeus como dos gentios, e incluí-los em seureino todas as pessoas que crêem em Cristo (Rm

1.30-36; 10.12,13; 11.20-24).

Aspectos interessantes em Romanos 3 a 11.

1.  Esse exame da condição de Israel não se re fere à vidaou morte eterna de indivíduos após a morte.

Pelo contrário, Paulo está tratando do modocomo Deus lida com nações e povos do ponto de vista

histórico, i.e., do seu direito de usar povos e naçõesconforme Ele quer.

Um exemplo disso foi a escolha de Jacó emlugar de Esaú (Rm 9.11) que teve como propósito fundare usar as nações de Israel e de Edom, oriundas 1 destes.

Originário, proveniente, procedente; natural.

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Nada tinham que ver com seu destino eterno,ou seja, quanto a sua salvação ou condenação comoindivíduos.

2.  Paulo expressa sua constante solicitude1 e intensatristeza pela nação judaica (Rm 9.1-3).

O próprio fato que Paulo ora para que seuscompatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia oensino teológico da predestinação, afirmando que todasas pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, oupara o inferno.

Pelo contrário, o sincero desejo e oração dePaulo refletem a vontade de Deus para o povo judaico(cf. Rm 10.21).

3.  O mais relevante neste assunto é o tema da fé.O estado espiritual de perdido, da maioria dos

israelitas, não fora determinado por um decretoarbitrário de Deus, mas, resultado da recusa de se

submeterem ao plano divino da salvação mediante a féem Cristo (Rm 9.33; 10.3; 11.20).

Inúmeros gentios, porém, aceitaram ocaminho de Deus, que é o da fé. Obedeceram a Deuspela fé e se tornaram "filhos do Deus vivo"  (Rm9.25,26)  . Esse fato ressalta a importância daobediência mediante a fé (Rm 1.5; 16.26) refere àchamada e eleição da parte de Deus.

4.  A oportunidade de salvação está perante a Israel, sedeixar sua incredulidade (Rm 11.23).

Os gentios (convertidos) que fazem parte daIgreja de Deus são advertidos que corre o mesmo riscode serem cortados da salvação (Rm 11.13-22). Elesdevem perseverar na fé com temor. A

1  Zelo em prestar qualquer espécie de assistência; dedicação. Atençãoinquieta; cuidado constante; boa vontade.

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advertência aos gentios em Romanos 11.20-23, pelo fatoda falha de Israel, é tão válida hoje quanto o foi no diaem que Paulo a escreveu.

5.  A Bíblia fa la sobre promessas de restauração aIsrael quando aceitarem o Messias.

Ao findar-se a Grande Tribulação, na iminênciada volta pessoal de Cristo (Is 11.10-12; 24.17-23;49.22,23; Jr 31.31-34; Ez 37.12-14; Rm11.26).

Questionário

Assinale com "X" as alternativas corretas

1.  Quanto à escatologia bíblica, é certo dizer quea)  É pouco importante somente para o estudoteológicob)  Seu termo, "escatologia", deriva do hebraico"eschatos" (último), e "logia" (trato ou estudo)

c)  Seu sentido para a Igreja pode ser entendidonas primeiras palavras da Bíbliad) É o estudo dos eventos que estão paraacontecer, segundo as Escrituras

2. É incorreto dizer que:a) 

Deus prometeu abençoar o mundo através deIsrael, pois, é a nação eleita por Ele

b) 

A escatologia tem sua base na revelação divinae pertence ao campo da profecia

c) 

Inicialmente, Deus escolheu a Igreja pararevelar a sua vontade

d)  A escatologia percorre a História e descortina

a eternidade; revela-se, e é sempre um mistério

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3. É a preocupação principal e atenção da escatologiaa)  Interpretar os textos de leis da Bíblia v,

bjKI Interpretar os textos proféticos da Bíblia

c)  Interpretar os textos de adoração da Bíbliad)  Interpretar os textos de exortação da Bíblia

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4.  Interpretar uma profecia bíblica, não observandoo sentido real, figurado ou literal, não corremos o riscode anular a revelação de Deus

5. 

Deus transformou a transgressão de Israel numaoportunidade de proclamar a salvação a todo o mundo

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As Setenta Semanas de Daniel(Dn 9.24-27)

As semanas de anos equivalem a 490 anos. Otermo hebraico para semanas é "Shábua”,  (Lv 25.8, Nm14.34).

Os judeus violaram a Lei divina do anosabático, isto é, deveriam trabalhar na terra por 6 anos,e no sétimo ano a terra descansaria. Da monarquia ao

cativeiro, período de 500 anos, os judeus não cumprirama determinação divina, como não obedeceram, Deus osmanteve fora da terra, cativos em Babilônia por umperíodo de 70 anos, o correspondente a 490 anossabáticos (Jr 25.11;29.10).

Divisão e análise das semanas de anos:

Grupos deSemanas

Semanas Refer nciasBíblicas

Primeiro 7 semanas ou 49 anos Dn 9.25

Segun o 62 semanas ou 434 anos Dn 9.25,26

Terceiro 1 semana ou 7 anos Dn 9.27

7 + 62 + 1 = 70 semanas  / 49 + 434 + 7 = 490 anos 

O In cio da Contagem

Afirma o Dr. A. J. McCIain, que início dacontagem das semanas tem como base em Neemias 2.1:"Sucedeu no mês de Nisã, no ano vigésimo do rei Artaxerxes”.  

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Ascens o e Artaxerxes

Vig simo ano de seu reinado 445 a.C.

Calend r io hebraico M s de Nisã, 1° dia

Nosso calend rio Dia 14 de março

Conc us o 465 - 20 = 445 a.C.

Portanto a data determinada para o início dacontagem é 14 de março de 445 a.C.

As duas primeiras divisões: 7 + 62 = 69. Paraum cálculo real, devemos reduzir as semanas em dias.Temos 69 semanas de 7 anos cada uma, e cada ano têm3601 dias, façamos então a equação:

69 * 7 * 360 = 173.880 dias

Iniciando a contagem em 14 de março de 445a.C., contando 173.880 dias, chegaremos exatamente em6 de abril do ano 32 d.C., quando Jesus entrou em

Jerusalém montado em um jumentinho (Zc 9.9; Lc 19.28-44).

Os 173.880 dias são correspondentes aoperíodo desde 14 de março de 445 a.C. até 6 de abril de

32 d.C.

1  Conforme o calendário egípcio na sua versão mais primitiva, que

serviu de base para o calendário gregoriano, o ano tinha 12 meses de30 dias, totalizando 360 dias divididos em três quadrimestrescorrespondentes às três estações regidas pelo Nilo: Cheia, Plantio eColheita.

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1

C lculo

445 a.C. até 32 d.C. = 476 anos

(a.C. 1 até d.C. 1 = 1 ano) = 476 dias = 173.740 diasAumento de anos bissextos1 = 116 dias (3 a menos em 4

séculos).14 de março a 6 de abril = 24 dias

Total = 173.880 dias1 ª Divisão: compreende 7 semanas = 49 anos, (445a.C. a 396 a.C.) Jerusalém é reconstruída.2a Divisão: compreende 62 semanas 434 anos (396a.  C. até a morte do Messias). Neste período, acidade de Jerusalém é destruída, e há guerras até ofim.

Dedução: 7 semanas + 62 semanas = 69 semanas...49 anos + 434 anos = 483 anos

Profecias que encerram as primeirasdivisões (Dn 9.26):

  Será tirado o Messias: Refere-se à morte de Cristo.  0 Povo do príncipe (são os romanos). No ano 70 d.C.

destruíram Jerusalém sob as ordens de Tito.

 

O príncipe que há de vir: o anticristo.

O Intervalo Entre a 69a e a 70a Semana

A Igreja. O cumprimento da 70a semana será no

futuro. A contagem das semanas proféticas parou na69a  com a mortedo Messias e a destruição deJerusalém. Pelo contexto dos versículos 26 e 27 docapítulo 9 do livro de Daniel podemos afirmar que

1  O que tem 366 dias, sendo que a introdução de um dia extra no mêsde fevereiro compensa a incomensurabil idade entre os períodos detranslação e rotação da Terra.

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Fatos marcantes no decorrer das semanas (Dn9.24).

  Extinguir a transgressão de Israel.  Daniel confessou

a transgressão do seu povo em oração (Dn 9.11);  Dar fim aos pecados. Por fim aos pecados de Israe l.

Acontecerá antes do reinado milenial de Cristo naterra (Ez 37.22-28);

  Expiar a iniqüidade.   Expiação em favor de Israelque rejeitou o sacrifício vicário de Jesus no Calvário(Jo 1.11; Rm 11.25-27);

  Trazer a justiça eterna.   Trata-se da justiça de

Cristo, adquirida na cruz do Calvário (Is9.6,7);  Selar a visão e a profecia.   É óbvio que se trata da

profecia das setenta semanas. A profecia seráselada quando o povo andar em retidão, deixandosuas práticas abomináveis1;

  Ungir o Santo dos Santos.   Refere-se à purificação

do Templo de Jerusalém que foi profanado2  pelaabominação desoladora, mencionada por Daniel11.31 e por Jesus (Mt

24.15).

A Morte e o Estado Intermediário

A morte. É um inimigo (ICo 15.26, Ap 21.4), que entrou

no mundo através do pecado (Rm 5.12). A Bíblia nosrevela três tipos de morte:

1  Que deve ser abominado; detestável, execrável, execrando,abominando, abominoso:2 Tratar com i rreverência (coisas sagradas); desconsagrar.

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  Morte física.  Separação entre o corpo, a

alma e o espírito (Gn 3.19; Jo 11-14; Lc

16.19-31);

  Morte espiritual.   Separação entre Deus, a

alma e o espírito (Gn 2.17; 3.6,7; Ef 2.1);  Morte eterna.   Também chamada segunda

morte, sofrimento final do corpo novamenteunido à alma e ao espírito, no caso dopecador não regenerado, ficandocompletamente separado de Deus e dosredimidos por toda a eternidade (Ap 20.11-15; 21.8).

O Estado Intermediário.Os primeiros cristãos não tinham uma

concepção clara sobre esse assunto. Como aguardavam avinda de Cristo para aqueles dias, acreditavam que os

 justos, tão logo morriam, eram recolhidos por Deus aoparaíso, enquanto que os ímpios, de imediato, eram

lançados ao inferno.Frustrados em sua espera puseram-se a

estudar com mais serenidade as profecias. Daí Justino, oMártir, (100 a 165 d.C.) haver concluído: "As almas dos

 piedosos estão num lugar melhor, e as dos injustos numlugar pior, aguardando o tempo do juízo". 

Se o dogma1  do Estado Intermediário   aindanão estava esboçado, a concepção já era clara. A

doutrina seria desenvolvida por Irineu, Hilário, Ambrósioe Agostinho. Acreditavam que Deus conduzia os mortosao Hades,  onde, nas várias seções desse cárcereextradimensional, permaneceriam até ao Dia do Juízo.Mas os mártires, segundo Tertuliano (155-222 d.C.), nãotinham necessidade de passar por tal processo; seusofrimento garantia-lhes acesso direto aos céus. 

Ponto fundamental e indiscutível duma doutrina religiosa.

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A mente de Agostinho avançou no EstadoIntermediário,  extra biblicamente, avançou e concluiuque, no Hades, as almas eram submetidas a um processo

de amorosa purificação para, em seguida, seremrecolhidas pelo Senhor ao paraíso. Concebia-se, assim, oembrião do Purgatório  que tantos malefícios trouxeramao cristianismo.

Se o purgatório foi concebido por Agostinho,viria à luz através de Gregório, o Grande: "Deve sercrido que existe, por causa das pequenas falhas, um fogo

 purgatoria l antes do juízo".  Em conseqüência de

semelhante alocução1, esse papa entrou para a históriacomo o pai do purgatório, cuja doutrina seria redefinidae dogmatizada pelo Concilio de Trento em 1563.

O Que Seria Purgatório?

De acordo com essa concepção, é um estado a

que se submetem as almas que, embora amigas de Deus,necessitam purificar-se dos pecados veniais 2.Pode-se definir Purgatório  como um estado

transitório de purificação, é o estágio em que as almasdos justos completam a purificação de suas penas,devidas pelos pecados já cometidos, antes de entrar nocéu. Somente assim estarão aptas a unir- se ao Cristo,pois no Purgatório,   um fogo purificador vai, pouco a

pouco, limpando todas as imperfeições e resquícios dooriginal pecado.

O fogo, em imagem, segundo alguns teólogos,aumenta-lhes a esperança e o regozijo eternos.

Discu rso reve, p ro eri o em ocasião so ene .

Digno de vênia ou desculpa; perdoável, desculpável.

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Ensinavam ainda que o Purgatório localizava-se na fronteira do Hades  com o inferno. Foi em conexãocom esta extravagância doutrinária que a venda de

indulgências 1  foi popularizada, somente estas,proclamavam a Igreja Católica, haveriam de abreviar oestágio das almas que se encontravam no Purgatório. 

A idéia do Purgatório  foi energicamentecombatida pelos reformadores protestantes. Os Artigosde Smacald   decretaram que Purgatório pertence "ágeração pestilenta da idolatria, gerada pela cauda dodragão".

As Escrituras ensinam tanto a existência dos judeus como a existência dos ímpios após a morte eantes da ressurreição.

Geena, Sheol, Hades, Seio de Abraão e

Tártaro

Temos através de John Davids as seguintescolocações a respeito destes termos:

1.  Lugar dos mortos.Uma das traduções da palavra hebraica, Sheol  

e da grega hades (At 2.27).A versão revista da Bíblia inglesa do AT, tanto

no texto como à margem, usa a palavra Sheol, nos livros

proféticos, emprega-se a palavra Sheol nas margens e apalavra Inferno no texto, e em Deuteronômio 32.22;Salmos 55.15; 86.13, emprega Sheol   nas margens eabismo no texto. O NT usa a palavra Hades, no texto.

Ambos os vocábulos também se traduzem porsepultura (Gn 37.35; Is 38.10,18; Os 13.14). A

1  Clemência, misericórdia. Tolerância, benevolência. Remição daspenas; perdão.

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versão revista inglesa traduz Sheol   por morte emICoríntios 15.55.

Não há certeza quanto à etimologia da

palavra. Sheol  tem o sentido de insaciável em Provérbios27.20 e 30.15,16. Hades  pronunciado sem aspiração,significa invisível. Tanto um como outro termo denotamo lugar dos mortos.

Não existe evidência quanto ao verdadeirosentido, pode afirmar-se, porém, que durante algunsséculos, os hebreus partilharam a idéia semítica arespeito de Sheol. 

Era uma concepção vaga e indefinida, e,portanto, abria caminho para a imaginação, queinventava pormenores fantásticos para descrever oSheol.  É preciso muito cuidado para não confundir osfrutos da imaginação com a fé.

Os antigos hebreus, semelhantes a outrasraças semíticas, imaginavam o Sheol  embaixo daterra (Nm 16.30,33; Ez 31.17; Am 9.2). Pintavam-nocomo tendo portas (Is 38.10), região tenebrosa emelancólica, onde se passa uma existência consciente,porém triste e inativa (2Sm 22.6; SI 6.6; Ec 9.10).

Imaginavam o Sheol   como sendo o lugar paraonde vão as almas de todos os homens, sem distinçãoalguma (Gn 37.35;SI 31.17; Is 38.10),onde os ímpios sofriam e os justos gozavam.

Pensavam também que havia possibilidade de virem àterra (ISm 28.8-19; Hb 11.19).É importante notar que a doutrina autorizada

dos hebreus sobre Sheol,  dizia que só Deus eraconhecido, e que estava na sua presença (Pv 15.11; Jó26.6); que Deus estava presente a ele (SI 139.8); e queos espíritos de seu povo e as suas condições naquelahabitação, estavam sob a vigilância de seu olhar.

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Esta doutrina inclui a grande bênção de Deuspara com o seu povo depois da morte, gozando da suapresença e de seu constante amor, e, ao mesmo tempo,

a miséria dos ímpios.Dois lugares de habitação para os mortos: um

para os justos com Deus, e outro para os ímpios, banidospara sempre da sua presença. Esta doutrina subjaz àdoutrina da ressurreição eventual do corpo para a vidaeterna.

A doutrina a respeito da glória futura e daressurreição do corpo, já era confortadora aos crentes do

AT (Jó 19.25-27; SI 16.8-10; 17.15; 49.14,15; 73.24;Dn 12.2,3). Uma base para esta doutrina encontra-se noexemplo de Enoque e de Elias que foram arrebatados, etambém na crença dos egípcios com que se relacionaram,durante séculos, os hebreus.

Havia entre ambos os povos, idéias paralelasa respeito da vida futura e da relação de mortalidade da

vida presente com o bem estar futuro, além dasepultura. Porém, só Jesus Cristo poderia derramar luzplena sobre a imortalidade, revelando as bênçãos para asalmas salvas, habitando na presença de Deus, depois damorte, livres de todos os males da presente vida (Lc23.43; Jo 14.1-3; 2Co 5-6-8; Fp 1.23).

2. Lugar de tormentos e miséria.Neste sentido é que se traduz a palavra grega

Gehenna,   em Mateus 5.22,29,30; 10.28; 18.9; 23.15,33;Marcos 9.47; Lucas 12.5; Tiago 3.6. É a forma grega dohebraico Gehinnom, vale de Hinom, onde queimavamcrianças vivas em honra de Moloque.

Por causa destes horríveis pecados que se

cometiam ali, por causa das suas imundícias, e

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talvez por servir de depósito ao lixo da cidade, veio aservir de emblema do pecado e da miséria, e o nomepassou a designar o lugar do castigo eterno (Mt 18.8,9;

Mc 9.43).Das cenas que se observam ali, a imaginação

tirou as cores para pintar a Geena  dos perdidos (Mt5.22; cf. 13.42; Mc 9.48).

Na Segunda Epístola de Pedro capítulo 2 eversículo 4, onde se lê: ".. .precipitando-os no inferno",  é a tradução do verbo tartaroô,  significando -lançar no Tártaro.

O Tartarus  dos romanos, o Tartaros   dosgregos, era o lugar por eles imaginado para onde iam asalmas, situado abaixo do Hades,  quando o Hades  estavaabaixo do céu.

Ainda que a etimologia seja diferente,Geena e Tártaro   incluem essencialmente a mesma idéia -lugar de punição para os perdidos.

3. Seio de Abraão.Conforme o teólogo Claudinor C. de Andrade, o

termo vem do gr. kólpon Abraám,  e é a designação queos judeus do tempo de Cristo davam ao lugar,provavelmente no centro da terra, para onde eramenviadas as almas dos justos (Lc 16.22,23).

Nesse local de delícias, separado do Hades por um grande abismo, ficariam até a ressurreiçãode Cristo. Nessa ocasião, o paraíso foi esvaziado, sendoseus habitantes transferidos, pelo Senhor, à destra deDeus, onde permanecerão até o arrebatamento (Ef 4.8-10), quando voltarão gloriosa e incorruptivelmente aosseus corpos para unir-se à Igreja numa santa e eternaassembléia.

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Estado dos Mortos

*" Antes da ressurreição de Cristo.

No AT todos os mortos justos e ímpios iampara o Hades  (palavra grega equivalente a Sheol   nohebraico).

Havia, porém uma separação entre os justos e os maus. Os justos ficavam no "Seio d    Abraão"   (chamado também de paraíso), os ímpios iampara o sofrimento, um lugar medonho, de dores (Lc16.19-31).

Vale-se dizer, que todos os mortos, justos eímpios, ficavam conscientes no Estado Intermediário. 

Depois da ressurreição de Cristo.Com a morte de Cristo por nós pecadores,

houve uma realmudança quantoao Estado  Intermediário dos justos, naverdade a mudança ocorreu entre a mortee a ressurreição do Senhor (Lc 23.43; Ef 4.8,9).

Ao ressuscitar, Jesus levou para o céu oscrentes do AT que estavam no "Seio de Abraão"   (ver Mt27.52,53). Portanto, hoje o estado dos justos é muitomais glorioso, todos os mortos em Cristo, estão noParaíso, também chamado de terceiro céu (2Co 12.1-4).

O Estado dos Justos Falecidos

O apóstolo Paulo foi ao Paraíso, o qual está noterceiro céu (2Co 12.1-4), portanto, o Paraíso está emcima, na imediata presença de Deus, e não em baixo,como dantes.

As almas dos mártires da Grande Tribulaçãopermanecerão no Céu, "debaixo do altar”, aguardando omomento da ressurreição e ingresso

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do reino milenial de Cristo (Ap 6.9,10; 20.4).Portanto, os crentes que agora dormem no Senhor, estãono Céu, pois o Paraíso está agora ali, como um dos

resultados da obra redentora do Senhor Jesus Cristo (2Co5.8).

"Num momento, num abrir e fechar de olhos,ante a última trombeta; porque a trombeta soará, e osmortos ressuscitarão primeiro, e nós seremostransformados".

"Porque convém que isto que é corruptível serevista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se

revista da imortalidade".Depois que Cristo ascendeu ao Céu, a Bíblia nuncamais se refere ao Paraíso como estando "em baixo".Desse ponto em diante todas as referências noNT sobre o assunto, falam da localização do Paraísocomo estando "em cima" ou "no alto".

  Estão com Deus (Ec 12.7; Hb 12.22,23);  Por ocasião da morte os crentes entram

  no

  Paraíso (2Co 124; Lc 23.42,43);

  Os justos estão vivos e conscientes (Mt

22.32);

  Estão em descanso (Ap 14.13).

O Estado dos ímpios Falecidos

Para os ímpios mortos não houve qualqueralteração quanto ao seu estado. Continuam descendo aoHades, o  "império da Morte",   onde ficarão em sofrimentoconsciente até o Juízo Final, após o Milênio, onde serão

 julgados e condenados ao inferno eterno (Ap 20.13-15).Assim sendo, qualquer fantasma ou "alma do

outro mundo"   que porventura aparecer por aqui, é coisadiabólica, porque do Hades  não sai ninguém. É uma

prisão, cuja chave está nas mãos de Jesus

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(Ap 1.18). Alma de outro mundo não vem a terra, pois ossalvos estão em Jesus e os perdidos que morreram estãoencerrados para o grande dia do juízo do Grande Trono

Branco.  Estão vivos e conscientes (Lc 16.23);

  Estão separados de Deus (Lc 16.23);

  Encontram-se em prisão (lPe 3.19);

 

Estão debaixo da punição (2Pe 2.4,9).

O Céu

A Bíblia e a doutrina cristã define o "Céu"como o destino final e eterno da Igreja, e sua habitaçãona eterna presença de Deus. Em João 14.2,3 vemos quepor duas vezes Jesus chama o "Céu" de lugar.

Realmente o "Céu" é um lugar real, literal efísico. É um lugar na presença de Deus, um lugar queCristo está nos preparando.

  Fica em cima (At 1.9; Ap 21.3,4; 22.3-5; Pv15.24).

 

É um lugar espaçoso (Ap 7.9).

  É um lugar que não se pode descrever.

Como quer que ele seja, deve serfundamentalmente diverso. Sua definição deve estaralém do entendimento e imaginação do homem. Oimportante que podemos dizer neste caso é que o "Céu"

é onde Deus está. Diz o Apocalipse: "Deus habitará comos homens"  (Ap 21.3).O ponto alto da história bíblica da redenção

levada a efeito por Deus é "a Cidade Santa", Deus com oseu povo. "Deus limpará de seus olhos toda lágrima enão haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nemdor, porque já as primeiras coisas são passadas"   (Ap21.4). 

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0 "Céu" é um lugar de maior conhecimento.Os santos na terra, quando comparados com ospecadores, são incomparavelmente sábios; porém

comparados com os santos que estão no "Céu", sabemmui pouco.

Há textos nas Escrituras que falam daimperfeição do conhecimento dos crentes no estadopresente, o que agora sabemos "sabemos em parte",agora não detemos a totalidade do conhecimento que háno "Céu".

Na verdade, ainda não é manifestado o queadquiriremos no "Céu" e nem o que havemos de ser (ICo13.12; Jo 13.7; lJo 3.2). Sem dúvida, o "Céu" é um lugarde "Santidade Perfeita", lá não há pecado. A santidadeque há no "Céu" seconstitu i num dos seus maispoderosos atrativos.

É um local onde os salvos viverão parasempre nos domínios da pureza perfeita. Um lugar de

"Amor Santo”.  Todos os santos daquele mundo amam aDeus no sentido mais elevado. É um reino repleto desanto amor.

O Inferno

A existência do homem não termina com amorte, mas continua para sempre; na presença de Deus,ou em lugar de tormento. A respeito do estado dosperdidos, devemos notar o seguinte.

Jesus ensinou.  Que há um lugar de castigo eterno para aqueles

que são condenados por rejeitarem a salvação (Mt5.22,29,30; 10.28; 18.9;

23.15,33; Mc 9.43,45,47; Lc 10.16; 12.5).

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  Trata-se da realidade do inferno, como o lugaronde o fogo nunca se apaga (Mc 9.43);

  Um local com fogo eterno, preparado para o diabo

e seus anjos (Mt 25.41);  Lugar de pranto e ranger de dentes (Mt 13.42,50);

 

Onde os perdidos ficarão aprisionados nas trevas(Mt 22.13);

  Lugar de tormento e angústia e de separação docéu (Lc 16.23).

As Epístolas ensinam.  Fala de um julgamento vindouro da parte de

Deus;  Da sua vingança sobre os que desobedecem

ao Evangelho (2Ts 1.5-9);  De uma separação da presença e da glória

do Senhor (2Ts 1.9);  Da destruição dos inimigos de Deus (Fp

3.18,19; ver Rm 9.22; ICo 16.22; Gl 1.9; Hb10.27; Jd 7; 2Pe 2.4; Ap 14.10; 19.20;20.10,14).

É inevitável o castigo dos malfeitores.O fato predominante é a condenação,

sofrimento e a separação de Deus eternamente.O ensino desta doutrina não é agradável, nem

de fácil entendimento. Mesmo assim, ele deve submeter-se à autoridade da Palavra de Deus e confiar na decisãoe na justiça divina.

Um alerta.Devemos sempre ter em mente que Deus

enviou seu Filho para morrer por nós, para que ninguémpereça (Jo 3.16).

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É intenção e desejo de Deus que ninguém vápara o inferno! Quem for para o inferno é porque re jeitoua salvação provida por Deus (Rm 1.16;2.10). O fato e a

realidade do inferno devem levar todo o povo de Deus aaborrecer e repelir o pecado com toda veemência 1; abuscar continuamente a salvação dos perdidos, e aadvertir todos os homens a respeito do futuro e justo

 juízo de Deus.

1  Grande energia; vigor. Intensidade, at ividade, vivacidade. Eloquênciacomovente.

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Question rio

4?  Assinale com "X" as alternativas corretas

6.  As semanas de anos equivalem aa)  490 anosb)  590 diasc)  490 diasd)  590 anos

7.  É errado dizer que:

a) O período entre a 69a

 e a 70a

 semana denomina-secomo "dispensação da graça" - o surgimento daIgrejab) O cumprimento da 70a semana será no futuroc)  O intervalo entre a 69a  e a 70a  semana jáalcança mais de 1.900 anosd)

 

A contagem das semanas proféticas parou na69a com o nascimento do Messias

8. Agostinho foi quem concebeu o Purgatório, porém, oconsiderado pai do Purgatório é:a)  O papa Tertuliano, o Grandeb)  O papa Gregório, o Grandec)  O papa Ambrósio, o Grande

d) 

O papa Hilário, o Grande

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.  A morte espiritual é a separação entre o corpo, a

alma e o espírito

10.Segundo Tertuliano, os mártires não tinhamnecessidade de passar pelo Hades,  seu sofrimento

garantia-lhes acesso direto aos céus

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Lição 4

Escatologia: 2

a

 Parte

A vinda de Jesus se dar em duas fasesdistintas:

1)  Primeira fase: 

Jesus virá para a Igreja (lTs 4.16,17);  Será uma surpresa, pois Jesus virá secretamente

(Mt 24.39-41; ICo 15.52, lTs 5.2);  Como um acontecimento profético-histórico o

arrebatamento tem como centro de atenção aIgreja triunfante que velando aguarda o Salvador.

2)  Segunda fase:  Jesus virá para livrar Israel (Zc 1.17; Rm

11.25-29);

  Virá publicamente, todo olho o verá (Ap 1.7).

Tomará vingança contra os rebeldes (Ap

19.11-21);

  Estabelecerá o Trono de Davi (Is 9.6,7);

  Estabelecerá um governo teocrático1 (SI 2.1-9; Dn2.44,45).

1

  Forma de governo em que a autoridade, emanada de Deus, é exercidapor seus representantes na Terra.

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0 Arrebatamento da Igreja

Vivendo ainda a atmosfera da ascensão doCristo, pensavam os crentes primitivos que a  parous ia1 

dar-se-ia naquela geração. E eles não estavam de todoerrados.Se o fim haveria de vir somente depois da

proclamação universal da mensagem do Reino, entãochegara o momento. Pois o Evangelho não necessitaramais que três décadas para alcançar os rincões 2  maisdistantes do Império Romano.

A Segunda Vinda de Jesus é um fato real: Mencionada 1.845 vezes; só no AT 1.527 e NT

318 vezes;  A promessa da Sua vinda, a bendita esperança

(Tt 2.13);  Jesus afirmou que voltaria (Jo 14.3; Mt 25.31;

Ap 22.7,12, 20);

  Anjos afirmaram que Jesus voltará (At 1.10,11);

Os escritores sacros afirmaram (Hb 9.27,28).

O termo "arrebatamento" deriva da palavraraptus  em latim, que significa "arrebatado rapidamente ecom força".

O termo latino raptus  equivale a harpazo emgrego, traduzido por "arrebatado" em I Tessalonicenses4.17. Esse evento, descrito aqui e em I Coríntios 15,refere-se à ocasião em que a Igreja do Senhor seráarrebatada da terra para encontrar-se com Ele nos ares.

O arrebatamento abrange apenas os salvos em Cristo.No arrebatamento, ao descer Cristo do céupara buscar Sua Igreja, ocorrerá a ressurreição dos "quemorreram em Cristo"  (l Ts 4.16). Não se trata

Ver página 121.

Lugar ret irado ou oculto, i ndeterminado, distante; recanto.

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Após o arrebatamento, virá o Dia do Senhor,um tempo de sofrimento e ira sobre os ímpios (lTs 5.2-10). Seguir-se-á  a segunda fase da vinda de Cristo,quando, Ele virá para julgar os ímpios e reinar sobre a

terra (Mt 24.42,44).

Assim Virá Jesus

A vinda de Jesus está relacionada com os trêsgrupos de povos em que Deus mesmo divide a raçahumana: judeus - Israel; gentios e a Igreja de Deus (ICo10.32).

Primeiro: para a Igreja. Jesus virá como seu noivo

a fim de levá-la para si, para a glória celestial (Mt25.1-13; Jo 14.3).Segundo: para Israel. Jesus virá como seu Messias e Libertador após prová-lo e expurgá-lo,mediante a Grande Tribulação (Rm 11.26; Mt 23.39;26.64).Terceiro: para os gentios. São as nações em geral.Jesus virá como Rei dos Reis, e Senhor dos Senhores

e juiz, para julgá-las e após, reinar sobre elas comvara de ferro, isto é, com justiça e paz (Mt 25.31-36;SI 96.13; Ap 19.11-15; 20.1-4).

Sinais da Vinda de Jesus

A humanidade atual, em todas as camadassociais, em todos os países, torna-se cada vez maisindiferente a Deus, à sua Palavra, e tudo o mais que lhe

diz respeito, isto precede a vinda de Jesus, conforme elefez ciente em Lucas 18.8b; 17.26-30.

A vinda de Jesus será procedida de sinais jápreditos na Bíblia como:

  Falsos Cristos (Mt 24.5);

  Guerras e rumores de guerras (Mt 24.6);

  Nação contra nação (Mt 24.7);

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  Fome (Mt 24.7). Exemplos: índia, Etiópia, Angola eoutros.

 

Pestes (Mt 24.7). Atualmente podemos destacar: ocâncer, enfermidades psicossomáticas1, praga

bubônica2

, AIDS, dengue, e algumas mais;  Terremotos (Mt 24.7). Um bom exemplo é o grande

e terrível maremoto que provocou a morte de quase300.000 (trezentas mil) pessoas em vários países dosudeste asiático em dezembro de 2004;

  Ódio, traição e morte (Mt 24.9,10);

  O aumento da c iência (Dn 12.4); automóvel (Na2.4)

 

; avião (SI 55.6; Is 60.8); o homem na lua (Jr

51.53; Ob 4);  Propagação do ocultismo e satanismo (2Co 4.4; lTm

4.1);  Indiferentismo, tempos trabalhosos (2Tm 3.1,6; Jd

18);  O derramamento do Espírito Santo (Jl 2.28,29; At

2.1-18);  A Igreja morna (Ap 3.15,16);

  Restauração de Israel como nação (Is 66.8; Ez36.33,35; Mt 24.32,33);

  Apostasia (Mt 24.11; 2Ts 2.3; 2Tm 4.3,4; Jd 4).

Propósitos do Arrebatamento

Ele virá com finalidade definida: 

Levar sua Igreja para si (Jo 14.3; lTs 4.17)livrando-a assim da Grande Tribulação (lTs 1.10;Ap 3.10; Jr 30.7,8; Jl 2.11,21,32; Ap 7.14;12.1);

1  Diz-se das perturbaçõ es ou lesões orgânicas produzidas por

influências psíquicas (emoções, desejos, medo, etc.).2 Pertencente ou relativo a bubão (íngua; Adenite).

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  Consumar a salvação do crente (lPe 1.5; Rm13.11; 8.7,8,23);

 

Glorificar os seus (Cl 3.4; Rm 8.16-18);

  Julgar e recompensar a  todos (Mt 13.30,40,43;

16.27; 2Co 5.10; Ap 22.12). A recompensa docrente terá por base sua fidelidade ao Senhor(Mt 25.14,35);

  Promover o casamento entre o Cordeiro e suaNoiva (Ap 19.7).

A Ressurreição dos Mortos em Cristo

A ressurreição dos mortos, será seguida pelatransformação dos vivos, sendo estes, todos santos doSenhor. Tudo será secreto, e num instante (ICo 15.52),pelo seu poder (ICo 6.14).

O arrebatamento da Igreja será precedido pelosoar, no céu, do brado de Jesus, a voz do arcanjo deDeus. Será o suave soar dessa orquestra celeste quepropiciará a ressurreição dos mortos em Cristo.

Quanto a isto, escreveu o apóstolo Paulo:"Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornaráa trazer com ele...".  "Porque o mesmo Senhor descerá docéu com alarido, e com a voz do arcanjo,   e com atrombeta de Deus; e os que morreram em Cristoressuscitarão primeiro"  (lTs 4.14,16).

Há duas ressurreições.A dos justos e a dos injustos, havendo umintervalo de mil anos entre elas (Jo 5.28,29; Ap 20.5; Dn12.2).

A expressão "ressurreição dentre os mortos"  em Lucas 20.35 e Filipenses 3.11, implica

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Quanto a segunda ressurreição, ela abrangetodos os ímpios mortos, e ocorrerá ao findar o Milênio(Ap 20.5,6; Jo 5.28,29; Dn 12.2).

A palavra ressurreição implica em ressurreição

num corpo glorioso em vários sentidos (ICo 15), e osímpios, num corpo ignominioso1, em que sofrerão pelaeternidade (Mt 10.28).

O Encontro nos Ares

"...  A encontrar o Senhor nos ares , e assimestaremos para sempre com o Senhor"  (lTs 4.17c). 

Os santos que se encontram no Paraíso

ressuscitarão primeiro, e nós que estivermos vivosseremos transformados, num abrir e fechar de olhos (ICo15.52).

O Tribunal de Cristo

"Porque todos devem comparecer ante otribunal de Cristo, para que cada um receba segundo oque tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2Co5.10). 

O Tribunal de Cristo  nada tem a ver com oGrande  Trono Branco,  que ocorrerá  após a segundaressurreição, mas sim com todos os fiéis de todas asépocas, em que receberão as recompensas pelostrabalhos prestados ao Senhor da seara (Is 40.10; Ap22.12).

O crente foi julgado como pecador através da

pessoa de Cristo, como o Cordeiro de Deus sacrificado emseu lugar. Foi julgado como filho de Deus durante a suavida. Agora no Tribunal de Cristo,   será julgado comoservo, isto é, quanto ao serviço prestado a Deus, e seutestemunho.

Que merece repulsão; oprobrioso, infame.

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Considerações sobre o Tribunal.  Será um julgamento dos crentes em Jesus Cristo (Ap

22.12; ICo 3.13-15); 

Ocorrerá logo após o arrebatamento da Igreja (2Tm

4.8; lPe 5.4);  O juiz será o Senhor Jesus Cristo (2Tm 4.7,8; Jo

5.22; 2Co 5.10);  O instrumento de juízo será o fogo (Ap 1.14). O

 juízo pelo fogo mostra a grande seriedade dotribunal de Cristo, e nos revela a ação disciplinadorade Deus sobre nossos atos;

  A base do julgamento será a fidelidade dos crentes

(ICo 4.2; Ef 1.1; Mt 24.45);  O Tribunal de Cristo terá lugar nas regiões celestiais

(lTs 4.17). Paulo ao escrever, usou a expressãogrega, "Bema"   que originalmente quer dizer "umaplataforma elevada, ao ar livre, com acesso pormeio de degraus". O termo técnico conhecido pelosleitores a quem o apóstolo falava era empregadocom relação aos jogos olímpicos, quando o juiz

recebia na plataforma o vencedor da justiça atléticae lhe entrega como recompensa uma coroa delouros1 (ICo 9.24; 2Tm 4.8);

  O seu propósito é galardoar os servos que foramachados fiéis (Ap 22.12; Mt 25.21).

Somos submetidos à prova no Tribunal.  Nossa conduta cristã (2Co 5.10), nossos passos são

acompanhados pelo olhar onisciente do Senhor (SI139.1-3);

  Nossas obras (Rm 14.10);  O tratamento dispensado aos irmãos (Tg 5.4; Mt

18.23-25, Rm 14.10);

Glórias, tr iunfos, lauréis.

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  A coroa da alegria  (lTs 2.19,20; Fp 4.1), para osganhadores de almas;

  A coroa incorruptível   (ICo 9.25-27), para aquelesque venceram a própria carne, sujeitando-se a

Deus.

As Bodas do Cordeiro

"Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-lhe glória porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já asua esposa se aprontou"  (Ap 19.7). 

A Bíblia tem início com o casamento de Adão eEva (Gn 2.18) e termina com o casamento de Cristo (o

segundo Adão) e a noiva (Igreja).Após termos recebidos a salvação pela fé, no

sangue do Cordeiro, e os galardões pela fidelidade etrabalhos prestados a Deus, entraremos nas Bodas doCordeiro para a grande festa.

Considerações sobre as Bodas do Cordeiro.Será após o Tribunal de Cristo;

A noiva é a Igreja neotestamentária, composta poraqueles que foram salvos pela fé em Cristo. Os

santos do AT se encontrarão ali, na qualidade de

amigos do Noivo (Jo 3.29);O salmo 45 tipifica as bodas do Cordeiro;

Haverá grande alegria durante a cerimônia (Ap19.7);O ornamento da noiva será de linho finíssimo,

resplandecente e puro. Que são os atos de justiçados santos (Ap 19.8);

Ali a Igreja será vista no seu aspecto universal.Cumprir-se-á a oração sacerdotal de Jesus descrita

em Jo 17.24 e também em Mt 8.18; Haverá acelebração da Ceia do Senhor (Lc 22.16, compare22.27-30);

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Miríades1  celestiais comparecerão às bodas doCordeiro como convidados.

Questionário

Assinale com "X" as alternativas corretas

1.  A vinda de Jesus se dará em duas fases distintas,porém, na primeira fasea)  Jesus virá para livrar Israelb)  Jesus virá publicamente, todo olho o verác)  Jesus virá para a Igrejad) Jesus tomará vingança contra os rebeldes

2.  O ganhador de almas receberá de recompensa a:a)  Coroa da vidab)  Coroa da alegriaC) Coroa da glória

d) Coroa da justiça

3.  Quanto às Bodas do Cordeiro é certo dizer que:a)

 

Haverá a celebração da Ceia do Senhorb)  A noiva será a Igreja, composta pelos que foram

salvos desde o início da humanidadec)  Será antes do Tribunal de Cristod)  Os santos do AT se encontrarão ali, formando uma

só Igreja

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

4. O Tribunal de Cristo tem o propósito de galardoar os

servos que foram achados fiéis

5. 

No arrebatamento os crentes ressurretos e os vivos

transformados serão "arrebatados separadamente".

Quantidade i ndeterminada, porém grandíssima.

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A Grande Tribulação

"Porque nesse tempo haverá grande tribulação,como desde o princípio do mundo até agora não tem

havido"  (Mt 24.21). A Grande Tribulação   também e chamada naBíblia de outros nomes, como se vê abaixo:

O dia do Senhor (Jl 3.14);

O tempo da angústia de Jacó (Jr 30.7);

O dia de t revas (Am 5.18,20; Jl 2.2);

O dia da vingança de nosso Deus (Is 34.8);

Dia da ira (Sf 2.3);

O grande dia (Jr 30.7);

Ira (Rm 5.9; lTs 5.9);

Ira vindoura ou futura (lTs 1.10; Lc 3.7).

Aspectos da Grande Tribulação.

  Ocorrerá logo após o arrebatamento (2Ts 2.1- 4);

  Passará por sete anos (Dn 9.27);

  Será um período de grande aflição (Mt 24.21);

Será o período do derramamento da ira divina (Ap

6.16-17; Is 26.20);

  Será um período de vingança do Senhor (Lc4.19);  Será um período de angústia de Israel (Dn 12.1;

Jr 30.7);  Será marcado pelo surgimento do anticristo (2Ts

2.3; lJo 2.18).

O Anticristo

O anticristo será o maior líder de toda ahistória. Personificando o diabo, será portador defaculdades sobrenaturais como: oratória, sabedoria,

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intelectualidade, estratégia, liderança, carisma,popularidade, e uma personalidade irresistível.

A Bíblia o chama ainda de:

Homem do pecado (2Ts 2.3);

Filho da perdição (2Ts 2.3);O iníquo (2Ts 2.3);

A besta (Dn 7.11; Ap 13);

O ímpio (Is 11.4);

O príncipe que há de vir (Dn 9.26,27);

O chifre pequeno (Dn 7);

O assírio (Mq 5.5).

A Grande Tribulação está intimamenterelacionada com o anticristo. A terra estará sob seu totalcontrole; os homens sujeitos às suas normas esubordinações.

Seu poderio será total, controlará o mundo emseus aspectos variados:

  Área política (Ap 13.4; 17.12-17);  Área econômica (Dn 11.38-43; Ap 13.17;

18.1-24);

  Área religiosa (Ap 13.1-18; Dn 11.35);

  Área do Império Romano Restaurado (Ap 13.1;17.8-17).

A Trindade Satânica

O diabo procura imitar a Deus, é o que a Bíblianos revela. Também dentro do aspecto glorioso daTrindade ele faz sua imitação.

O dragão.É o próprio diabo (Ap 13.1-3). Imitará a

Deus.

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O anticristo.É a besta que subiu do mar (significa as

nações - Is 17.12,13; Ap 17.15).A palavra "besta" no original "therion",  que

significa uma fera, revela a verdadeira identidade doanticristo. Imitará a Cristo.

O falso profeta.A segunda besta que subiu da terra. Imitará o

Espírito Santo. As atividades do falso profeta serão:Será o secretário particular do anticristo;Na figura da segunda besta terá dois

chifres: poder político e religioso (Ap13.11);Terá a figura de um cordeiro (Ap 13.11).

Terá um aspecto de docilidade e mansidão,

logo revelará a personalidade do dragão, o

diabo;

Operará sinais e milagres (Ap 13.13) - fará

fogo descer do céu, imitação dos

verdadeiros profetas do Senhor do VelhoTestamento;

Edificará uma imagem da primeira besta

(anticristo), para ser adorada;Dará espírito à imagem da besta para quefale; vale dizer que a imagem terá somentemovimento e não vida (Ap 13.14-16).

Visão Panorâmica da Grande Tribulação

Logo após o arrebatamento, no início daseptuagésima semana de Daniel, teremos os seguinteseventos na terra:

1.  O Império Romano reconstruído - A confederação denações (Dn 7.20; 2.41-44; Ap 17.12-17);

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2.  Retorno numeroso dos judeus, desejosos peloestabelecimento do reino do Messias (At 1.6 -7);

3.  A reconstrução do Templo (Mt 24.15; 2Ts2.3,4)  . Ainda durante a Grande Tribulação o

Templo será destruído, possivelmente porterremotos que assolarão a terra (Ap11.13;16.18,19);

4.  A derrota de Gogue (Ez 38.1-6; 19-22; 39.4-6). Osmortos serão tantos, que o enterro durará setemeses (Ez 39.12).

Os Primeiros Sete Selos Abertos

Primeiro selo.Aparece o cavalo branco (Ap 6.1,2). Período de

falsa paz, o anticristo arranca para a conquista sobre asnações.

O branco fala da falsa paz (lTs 5.3). O arcofala do alcance (extensão do domínio do anticristo). Acoroa é para o vencedor.

Nesse período o mundo terá grandeprosperidade (Dn 11.36), porém, todo esse progressoserá falso, posteriormente a besta revelará seu caráterdiabólico.

Segundo selo.Guerra e carnificina (Ap 6.3,4). O cavalo

vermelho figura o horror da Grande Tribulação.Nesse período o acordo com os judeus será

quebrado (Dn 9.27), e tanto a igreja apóstata como os judeus serão perseguidos (Ap 17.16; Jr 30.7).

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Terceiro selo.Fome e carestia1  (Ap 6.5-6). Fome causada

pela guerra, a balança fala de racionamento. O cavalopreto.

Quarto selo.Morte (Ap 6.7,8). O cavalo amarelo. A morte

será em decorrência de quatro fatores:1.  Espada: O anticristo estará dominado

amplamente a terra. A igreja apóstata sofrerá nessetempo, tendo seu sangue derramado.

2.  Fome: É o que está incluso no terceiro selo.

3.  Peste: Possivelmente pelo aparecimento debactérias e vírus que promoverão a morte demuitos.

4.  Feras: Certamente animais bravios2. Surgirão nesseperíodo as "duas testemunhas"  (Ap 11.3-13).

Quinto selo.O clamor dos mártires (Ap 6.9-11). Judeus e

gentios que morreram pela fé, mesmo tendo seu própriosangue derramado estarão debaixo do altar de Deus (Ap6.9; 7.14). Cremos assim, que haverá salvação durante aGrande Tribulação.

Sexto selo.

Sinais no céu e angústia na terra (Ap 6.12,17).

Houve um grande tremor de terra (Ap 6.12);O sol tornou-se negro (Ap 6.12);

A lua tornou-se como sangue (Ap 6.12);

1  Qualidade do que é caro. Preço alto, superior ao valor real. Alta de

preço; encarecimento. Escassez, falta; carência.2 Bruto, selvagem; bravo. Feroz.

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=>As estre as ca ram o c u Ap 6.13 ;=>O céu retirou-se como um livro (Ap 6.14);=>Todos os montes e ilhas foram removidos (Ap

6.14,15);

=>Conforme Apocalipse 6.17, Deus respondeu aoclamor dos mártires, sua ira manifestou-se.

Sétimo selo.Surpresas evidentes (Ap 8.1-21). Primeiro

houve silêncio no céu por quase meia hora, em atitude derespeito ao que sucederia (Ap 8.1).

Sete anjos aparecem com sete trombetas (Ap

8.2). O sétimo selo engloba as quatro primeirastrombetas.

1ª Trombeta: Saraiva, fogo e sangue (Ap 8.7). Aterceira parte da terra morre.

2a Trombeta: Algo como um incandescente1!caindo no mar e contaminando-o (Ap 8.8,9). Um terço davida marítima e um terço dos navios serão destruídos.3a Trombeta: O absinto2  (Ap 8.10,11). A terça parte da

água fica contaminada.4a Trombeta: Trevas na terra (Ap8.12), um terço do sol,

da lua, e das estrelas deixará de brilhar.5a  Trombeta: A praga dos gafanhotos (Ap 9.1- 12). Uma

grande estrela que caiu do céu (Satanás), e foi-lhedado a chave do poço do abismo (Hades),   e osgafanhotos saíram (demônios) para atormentar osmoradores da terra que não tiveram 0  sinal de Deus(Ap 9.4). A 5a trombeta equivale ao primeiro Ai.

Que está em brasa; ardente, candente.Amarguíssimo.

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6a  Trombeta: (Ap 9.13-21). Anjos infernais emnúmero de quatro, liberarão esta cavalaria infernal(demônios), que são em número de 200 milhões. Aterça parte dos homens morrerá. A 6 a  trombeta

equivale ao segundo Ai.7a  Trombeta: (Ap 11.15; 12.1-12). A mulher e odragão. A 7a trombeta equivale ao terceiro Ai.

As Sete Visões

Primeira Visão: o Cordeiro triunfante com osremidos no Monte Sião (Ap 14.1-5);Segunda Visão: o anjo proclama o Evangelho eterno(Ap 14.6,7);Terceira Visão: o anjo anuncia a queda de Babilônia(Ap 14.8);Quarta Visão: o julgamento dos adoradores da besta(Ap 14.9-12);Quinta Visão: a Bem-aventurança dos mortos (Ap14.13);

Sexta Visão: a ceifa da terra (Ap 14.14-16);

Sétima Visão: a Vindima da terra (Ap 14.17-20).

Os Sete Anjos Com Sete Taças

1ª Taça: chagas malignas (Ap 16.3);

2a Taça: o mar torna-se sangue (Ap 16.3);

3a Taça: os rios tornam-se sangue (Ap 16.4-7);

4a Taça: o grande calor (Ap 16.8-9);

5a Taça: horror, trevas e dor (Ap 16.10,11);

6a Taça: a seca do rio Eufrates (Ap 16.12);

7a  Taça: terremoto e chuvas de pedras (Ap 16.17-21).

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  Jesus virá em glória para livrar Israel (Ap19.11-16). Todo olho o verá (Ap 1.7);pisará o monte das Oliveiras, e este sefenderá ao meio (Zc 14.3,4);

  Haverá a conversão dos judeus (Zc 12.10-

14; Os 3.5; Is 4.3; 60.21; Rm 9.27; 11.25-27);

  O Senhor sairá contra o anticristo como umfogo, e os seus carros como umatempestade (Is 66.15,16). Segurará a suaespada e brandirá1  sua foice (Jl 3.13; Ap14.17,18);

  As forças do anticristo se desorganizarão

ante a glória do Senhor, e voltarão suasespadas uns contra os outros (Zc 14.13);

  O morticínio será incalculável (Ap 19.21);  O sangue chegará até aos freios dos

cavalos (Ap 14.20);  Formar-se-á um rio de sangue, cuja

torrente chegará até 30km

aproximadamente;  Gases mortíferos apodrecerão os olhos dos

homens (Zc 14.12);  O anticristo e o falso profeta serão lançados

no lago de fogo e enxofre (Ap 19.20);  Os abutres2  se ajuntarão para comer a

carne dos mortos (Ap 19.17,18).

O Julgamento das Nações

O julgamento das nações está escrito emMateus 25.31-46. Com este julgamento o Senhordeterminará mais nações que participarão do Milênio.

1  Erguer (a arma) antes da arremetida ou disparo. Agitar-se, vibrar,osci lar.

2  Designação comum às aves falconiformes vulturídeas do Velho Mundo,na maioria sarcófaga (urubus brasi l eiros).

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Ovelhas: são as nações que protegerão edefenderão Israel durante a Grande Tribulação.

Bodes: nações aliadas ao anticristo que

perseguirão Israel.O julgamento girará em torno do tratamento

dispensado a Israel, conforme o texto de Mateus 25.40-43. Os judeus são identificados como os "irmãos" de

 Jesus (compare Gn 12.3; Zc 13.6).As nações que estiverem contra Israel, os

bodes, serão lançadas no inferno (Mt 25.41,46). Asnações protetoras de Israel, as ovelhas, participarão do

Milênio (Mt 25.34).

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Question rio

Assina e com X as a ternativas corretas

6.  Não é um aspecto da Grande Tribulação:a)  Passará por sete anosb)  Ocorrerá logo após o arrebatamentoc)  Será um período de angústia para Igrejad)  Será marcado pelo surgimento do anticristo

7.  Quanto às características do falso profeta, é incertodizer que:a)  Terá uma aparência dócil e mansab)

 

Imitará o Deus Pai Todo Poderosoc) Operará sinais e milagres - fará fogo descer do céu,

imitando os verdadeiros profetasd) Edificará uma imagem do anticristo, para ser

adorada

8. O cavalo preto do terceiro selo aberto representa:a)  Fome causada pela guerrab)

 

Perseguição contra os judeusc)  Um período de falsa pazd) Morte através de espada, fome, peste e feras

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9  Logo após o arrebatamento, no início daseptuagésima semana de Daniel haverá areconstrução do Templo em Israel

1O. Na Batalha do Armagedom Jesus virá em glória paralivrar a Igreja. Pisará no monte das Oliveiras, e estese fenderá em três partes

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Lição 5

Escatologia: 3 Parte

O Mi nio

O Milênio  significa uma era de justiça e paz,de retidão e abundância (Ver Is 2.1,4; 65.20,22; Mq4.1,5).

Em Apocalipse 20.1,7 é dito que esse períodode tempo será de mil anos. O vocábulo milênio dostermos latinos mille  (mil) e annus  (ano) podendo serentendidos simplesmente, como "mil anos".

Propósitos do MilênioPrimeiro: no princípio, Deus estabeleceu uma ordemmoral sujeita às tentações de Satanás e a terra caiusob a servidão. Quando os efeitos da maldição tiveremsido anulados e Satanás tiver sido amarrado, então oshomens serão livres para observar o amor, a justiça ea sabedoria do Senhor, pois Ele mesmo estará

governando o mundo com equidade

1

 e verdade.Segundo: a era do reino é necessária paracumprimento das profecias bíblicas sobre o futuro.Deus prometeu a Davi que seus

Disposição de reconhecer o di reito de cada um. Retidão.

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descendentes haveriam de governar para sempre (ver2Sm 7.8,17; SI 89.3,4,19,37; Jr 33.14,26). Conforme

 já vimos, tem havido uma interrupção nesse governoe essas predições continuam esperando cumprimento

(Dn 2.34,35,44,45; Rm 8.18,25).

Características do Milênio

Mil anos de paz e prosperidade (Is 2.4);

O governo pessoal de Cristo na terra (Jr23.5);A regeneração final da terra (Mt 19.28);

A expressão final e mundial da g lória e grandezade Israel (Is 60.22; Am 9.1);A prisão pessoal do Diabo (Ap 20.1,2);

Israel se converterá a Cristo e o reconhecerá comoseu Messias (Zc 12.10,12);Jerusalém será a capital do mundo (Sf 3.20; Is2.3);

Será um reino literal neste mundo (Zc 14.9);

Incluirá os povos que permanecerem vivos nomundo (SI 72.8,1; Dn 7.14 e Ml 25.31,32);Uma vez removidos os efeitos da maldição, o soloproduzirá alimentos em grande abundância. Nãohaverá mais escassez de alimentos e nem fome (Is35.1; Mq 4.1,4);A Lei do Senhor será obedecida por todos ospovos. Essa legislação, apesar de ser bondosa e

gentil, também será firme. O resultado disso serão julgamentos perfeitos e perfe ita just iça. Todoaquele que se recusar obedecer será punido (SI2.9; Is 11.4; 65.20; Zc 14.16,19);

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Os súditos1  do Rei nesse reino terrestre, ao queparece serão os sobreviventes da GrandeTribulação;A paz será uma das características fundamentais

desse reino milenar, porquanto, o governante seráo Príncipe da Paz. Sem a maligna influência deSatanás, não haverá mais guerras (Is 11.6,7);Aparentemente, os crentes remidos 2  ajudarão aadministrar os negócios do reino. Os apóstolosgovernarão a nação de Israel (ICo 6.2,3; Ap 5.10;Mt 19.28; 25.31);O reino animal experimentará uma maravilhosa

transformação. Os animais ferozes tornar-se-ãomansos e os animais mansos não viverãoatemorizados. Antes, todos viverão juntos,pacificamente (Is 11.6,9);As pessoas desejarão conhecer a Deus e asrealidades espirituais. Eles estudarão a Palavra deDeus, de tal maneira que o conhecimento de Deustornar-se-á evidente por toda à parte (Is 2.3;

11.9; Zc 8.20,23).

O Milênio e Jesus

Jesus governará todo o mundo (Fp 2.9-11; Zc14.9; Jr 30.9);

Ele reinará de Jerusalém (SI 72.8,9; Is 2.1-5);

Jesus cumprirá seu ministério de Rei (Mt 3.1- 3; Is

11.1-10);A glória do Senhor encherá toda a terra (SI72.19).

Que está submetido à vontade de outrem; sujeito.

Resgata os, i erta os; sa vos.

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0 Mil nio e a Igreja

A Igreja terá sido glorificada (Ap 20.4-6;5.9,10);

A Igreja estará na Jerusalém celeste (Cl 3.4; Rm8.17-18). A Jerusalém celeste pairará1  sobre aterrestre (Is 2.2; Mq 4.1) e quando os santosquiserem descer à Jerusalém terrestre isto serápossível - compare com Gênesis 28.12.

O Milênio e Israel

Israel se alegrará (Is 25.9);Israel terá sido totalmente ajuntado e purificado(Zc 8.1-3; 13.1);Israel terá possuído toda terra prometida (Gn15.18; 17.8; Êx 23.31);O Templo estará reconstruído (Ez 48-8-12; Ap11.1.2)  . Os sacrifícios oferecidos em harmoniacom os gentios não terão o mesmo caráter do AT,

serão sem "Memórias". Algumas festas como a dosTabernáculos, Páscoa, serão reeditadas também;Jerusalém será a sede do governo milenial emundial de Cristo (Is 2.3; 60-3; 66.20; Zc 8.3,22,23; 14.16; Jr 3.17);Todas as leis sairão de Jerusalém (Is 2.2; Mq 4.2);

Um rio fluirá do Templo milenial (Jl 3.18; Zc14.8);As águas do mar Morto serão transformadas e

darão muitos peixes (Ez 47.8-12).

Estar ou ficar no alto, sobranceiro.

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A Salvação no Mil nio

Haver abund ncia de salvação (Is 33.6);Deus mesmo salvará o seu povo (Zc 8.6-13;

9.16).

Os Pregadores no Milênio

Os judeus serão os mensageiros do Rei (Is 14.1,2;66.6; Zc 8.17; Mq 4.1-3);Os judeus realizarão um grande movimentomissionário (Is 52.7).

O Espírito Santo no MilênioHaverá grande derramamento do Espírito Santodurante o Milênio (Ez 39.29; 36.27; Zc 12.10);  A profecia de Joel 2.28 se cumprirá em suatotalidade.

O Final do Reino Milenial de Cristo

Todas as nações terão que celebrar a festa dascabanas, enviando seus representantes de ano em ano àPalestina, e os países que não o fizeram começarão asofrer os danos da falta de chuva (Zc 14.16-20). Aícomeçará a rebeldia e mortandade, e haverá um planopara derrubar o governo de Cristo (Is 66.23,24).

A última revolta de Satanás

Ao terminarem os mil anos de paz, Satanásserá solto e enganará a muitos para lutarem cont ra Cristo(Ap 20.7-10). Deus permitirá que Satanás seja soltopelas seguintes razões:

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1.  Como os nascidos durante o Milênio não foramprovados por não haver maldade na época, serãoagora provados com a soltura de Satanás.

2.  Deus quer revelar a dureza do coração do homem e

sua natureza pecaminosa. Pois mesmo com osbenefícios físicos, morais e espirituais do Milênio ohomem ainda terá a audácia de se juntar a Satanáspara lutar contra Cristo e os santos.

3.  Satanás é incorrigível. Isto é o que Deus tambémprovará ao soltá-lo da prisão.

4.  Satanás sairá a enganar as nações para lutaremcontra Deus; a ação será dupla: cercarão o

arraial dos santos (os judeus) e assolarão acidade amada (Jerusalém). Cristo só intervémdepois de se completar o cerco à nação deIsrael; de Deus desce fogo dos céus e os devora (Ap20.9). E o diabo será lançado no lago de fogo eenxofre, preparado para ele e seus anjos (Mt 25.41).A besta e o falso profeta estarão ali desde o início doMilênio, entregues ao seu eterno destino.

5.  Com o ato de lançar Satanás no lago de fogo, findarátoda rebelião do povo da terra - findará todo pecadoe toda morte no planeta.

Os Pais da Igreja e a Parousia1 

Os Pais da Igreja não tinham uma claraconcepção quanto às Últimas Coisas. Pouco havia

assimilado da ciência de Paulo. Na elaboração de suaescatologia, sugeriam declarações como que

1  Em grego, presença, vinda ou chegada. Termo usado para descrever a

volta gloriosa de Cristo para buscar a sua Igreja e aqui implantar oReino de Deus (Mt 13.39; 16.27,28; 24.3).

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proferidas pelo Cristo. Haja vista este pequeno discursoque, segundo Papias, teria emanado dos lábios doSenhor:

"D/as virão quando as vinhas terão cada uma,

mil varas, e cada vara dez mil ramos, cada ramo dez milhastes, cada haste dez mil cachos, e cada cacho dez milbagos, e cada bago, quando espremido, dará quatrobarris de vinho".

Teria os fragmentos das explicações sobre assentenças de Jesus sofrido alguma interpolação? Dequalquer forma, Jesus jamais se perderia em algo tãosimplório.

Para justificar tal declaração, Papias, que forabispo de Hierápolis e reclamado discípulo de João,ajuntou esta explicação bizarra: "Isto é crível 1  aoscristãos, pois se o leão vai se alimentar da palha, qualnão será a qualidade do próprio trigo, se a palha ser ve dealimento a leões?".

As perseguições romanas redimensionaram aescatologia da Igreja. No tempo de Severo, apareceu um

peregrino chamado Judas dando a entender que o Cristoviria no final do reinado desse Imperador. Como teria omístico chegado a semelhante conclusão? Através de umestudo arbitrário das Setenta Semanas de Daniel. Jáforçando os algarismos e já tratando aleatoriamente asprofecias, o falso profeta infere2: a  parousia  dar-se-ia noúltimo ano de Severo - 203 d.C.

O presbítero Hipólito de Roma, martirizado em

235 d.C., informa em sua Tradição Apostólica que certavez um bispo sírio retirou-se para o deserto com toda asua igreja para recepcionar o Cristo. Mas retornaramtristemente aos seus lares. E não foram poucos os quenaufragaram na fé.

Que se pode crer; acreditável.

Tirar por conclusão; deduzir pelo raciocínio.

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Eusébio de Cesaré ia (263-340), cognominado opai da História da Igreja, acreditava que o anticristosurgiria ainda naquela geração. Foi graças a Eusébio quetivemos acesso a muitos documentos valiosíssimos dos

primeiros séculos do cristianismo. Suas predições,contudo, não tinham a mesma precisão de suas crônicas.Dos relatos acima, denota-se: os primeiros

cristãos tinham uma idéia quase que distorcida da vindado Cristo. Todavia, acreditavam que viria o Senhorarrebatar a sua Igreja. Em momento algum, elesdeixaram de crer no glorioso retorno do Filho de Deus.

O Milênio e a História da IgrejaO montanismo foi um dos primeiros

movimentos a preocupar-se com o Milênio. Estaconcepção doutrinária, que teve em Montano a sua maisrepresentativa figura, realçava ainda a atualidade dobatismo no Espírito Santo e a dos dons espirituais. Osmontanistas aguardavam a manifestação literal do Reino

de Deus. Tertuliano, o grande doutrinador da IgrejaOcidental, foi um dos mais insignes 1  representantes destemovimento.

Desaprovando o montanismo, Jerônimo (350-410) apregoava que os crentes terão de fato um reino,mas, neste mundo e antes do retorno do Cristo. Segundoele, este império tinha nada a ver com o Milênio; seria

factível2

 somente através da Igreja.Esforçando-se por viver de acordo com a suadoutrina, o intransigente tradutor de  A Vulgata  

Muito distinto; notável, célebre, assinalado.

Que po e se r ei to; az ve , exeqü ve .

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mudou de idéia com o passar dos tempos. LendoApocalipse 20.5, aplicou de imediato o texto à Igreja. NaCidade de Deus, mostra que o Milênio referia-se à IgrejaCristã.

Tal interpretação condicionou os fiéis apensarem que o mundo acabaria no ano mil. Ao chegar oano mil, nada aconteceu.

Forçando um casuísmo1  e tratando aEscatologia Bíblica de maneira artificiosa, as autoridadeseclesiásticas resolveram alterar os cálculos. Tomando porbase, agora, não o nascimento, mas a crucificação doCristo, concluíram que o mundo acabaria em 1030. Como

nada acontecesse novamente, acharam por bem dar umainterpretação mais alegórica aos versículos que tratam doreinado do Messias.

Por causa desse falso anúncio, muita gentedeixou-se prostrar. Não foram poucos os que doaram suaspropriedades à Igreja de Roma, tornando-a ainda maisrica e poderosa. Enquanto isso, o povo mantinha-se namiséria e já em densas t revas espirituais.

A Visão Escatológica dos Reformadores

Alguém já disse que a Reforma Protestante foimarcada por duas importantes descobertas: a de Cristo ea do anticristo. Este foi identificado como o Papa que,divorciando-se das Sagradas Escrituras, apostatara da fé.Não eram poucos os teólogos que identificavam a Igreja

Católica como a Babilônia do Apocalipse.Apesar de sua firme posição a respeito da justificação pela fé, Martinho Lutero deixa-se influenc iarpor Agostinho. Ele chegou, inclusive, a

Aceitação passiva de idéias, doutrinas ou princípios.

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acreditar que o mundo teria uma duração de seis milanos. Logo, já estavam vivendo o início do fim. Foi porcausa dessa interpretação de Lutero que a igrejaevangélica pouco avançou nas missões.

O reformador sugeria que, como Cristo estavaàs portas, não havia porquê dedicar-se à salvação dasalmas. Iam os católicos, enquanto isto, conquistando osmais distantes lugares: dominaram o Novo Mundo,chegaram ao Oriente Longínquo 1, e ainda barraram aReforma no Sul da Europa.

Os reformadores, de um modo geral,acreditavam ser a Igreja Católica a Babilônia do

Apocalipse, e o Papa, o homem do pecado referido porPaulo. Todos pareciam estar de acordo: Tyndale,Bulinger, Knox, Melanchton, Zwínglio, Calvino etc.

Eles achavam ainda que as agitaçõesdecorrentes da Reforma fossem os feitos da soltura deSatanás de que falara o Apocalipse. Ou seja: o Milênio daIgreja terminara, e todos deveriam suportar o diabo atéque fosse definitivamente lançado às trevas exteriores.

Remoto; afastado, distante.

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Questionário

Assinale com "X" as alternativas corretas

1.  Não é uma característica do Milênio:a)  Será a regeneração final da terra

b)  Jerusalém será a capital do mundoc) Será um reino simbólico, neste mundo

d) Cristo governará pessoalmente na terra

2.  Quanto a Israel no Milênio, é incorreto dizer que:a)  Todas as leis sairão de Jerusalémb)  Israel não precisará mais do Temploc)  Israel terá possuído toda terra prometidad)  As águas do mar Morto serão transformadas edarão muitos peixes

3.  Quanto a Terra no Milênio, é incerto afirmar que:

a)  Os desertos desaparecerãob)  Animais voltarão a ser dóceisc)

 

As armas se converterão em objetos de lavourad)  Até mesmo a serpente não comerá mais o pó daterra

Marque "C" para Certo e "E" para Errado

,4. Os anjos que serão os missionários e mensageiros doRei no período do Milênio

5.Parousia  é um termo grego usado para descrever avolta gloriosa de Cristo para buscar a sua Igreja eaqui implantar o Reino de Deus

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0 Ju zo Final

"E vi um grande trono branco, e o que estavaassentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o

céu; e não se achou lugar para eles. E vi os mortos,grandes e pequenos, que estavam diante do trono, eabriram-se os livros; e abriu-se outro livro, que é davida: e os mortos foram julgados pelas coisas queestavam escritas nos livros, segundo as suas obras"   (Ap20.11,12). 

O Grande Trono Branco foi visto por João. Otrono é grande, porque representa o poder infinito de

Deus. É branco,  porque representa a justiça perfeita ecompleta de Deus.

Considerações Sobre o Juízo

Os ímpios falecidos haverão de ressuscitarnessa ocasião para serem julgados. A ressurreição seráliteral (Ap 20.11-15; Mt 10.28; Dn 12.2).

"£ deu o mar os mortos que nele havia" (Ap20.13). Os mortos do dilúvio (Gn 7.23). Todos aquelesque morreram no mar e seus corpos não foramencontrados (Ex: Faraó e seu exército (Êx 14) - osgrandes naufrágios).

"E vi os mortos, grandes e pequenos". O textono sentido do seu original refere-se a ricos e pobres,famosos e infames1. Portanto não se refere o tamanho

físico e sim a prestígio e influência (Mt 10.42; Ap 11.18;13.16).O Juiz será o Senhor Jesus Cristo (Jo 5.22,27-

29). Está predito (At 17.31). Deus determinou e deucerteza a todos, que há de julgar o mundo.

1

 Que tem má fama. Que pratica atos vis, abjetos; torpe, baixo. Própriode indivíduo infame; odioso, indigno.

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"Fugiu a terra e o céu"   (Ap 20.11). A glória deJesus em seu aspecto mais maravilhoso fará recuar aterra e o céu (2Pe 3.10,12).

Os Livros Presentes no JulgamentoA Bíblia (Jo 12.47,48; Dt 18.19);

O Livro das Obras dos Homens (Dn 7.10; Ap 20.12);  O Livro da V ida (Ap 20.12; SI 69.28; Dn 12.1; Fp 4.3).

A Renovação dos Céus e da Terra

Satanás poluiu o espaço sideral tendo ali,estabelecido sua sede de atividade e a terra como campode ação (Ef 2.2).

Deus operará a renovação dos céus e da terrapara extinguir por completo o pecado do mundo (Jo1.29).

O apóstolo Pedro falou profeticamente a esserespeito (2Pe 3.7,10-13). Nesse tempo haverá perfeita

harmonia entre o céu e a terra (Cl 1.20).

Sete Coisas Novas

1.  O novo céu (Ap 21.1; 2Pe 3.13; Is 14.14);

2. A nova terra (Mt 24.35; lJo 2.17);

3. A nova c idade (Ef 2.18-20; Jo 14.2);

4.  O novo povo (Ap 21.3-4; 21.9; 22.5);

5.  O novo nome (Ap 3.12; 62.2);

6.  A nova luz (Ap 21.22-26);

7.  O novo paraíso (Ap 22.1-5).

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0 Eterno e Perfeito Estado

Todos os crentes aguardam, com ansiedade,os benefícios espirituais de nosso Senhor na eternidadede glória.

A história se findará para o início do "diaeterno" ou "dia da eternidade" conforme falou o apóstoloPedro profeticamente (2Pe 3.18).

O Apocalipse nos capítulos 21 e 22 nos dão avisão real do estado eterno. Todas as coisas serãorestauradas (At 3.21), e a Igreja, em estado de glóriagovernará a terra sob o Senhorio de Cristo (Dn 7.18,28).

As Sete Glórias dos Remidos(Ap 22.3-5)

1.  Não haverá mais maldição (Ap 22.3). Todas as coisasque vieram com o pecado, como as tristezas, ossofrimentos e doenças serão removidos. Os salvosterão uma santidade perfeita;

2.  O trono de Deus e o Cordeiro estarão ali (Ap

22.3)  . Será um governo perfeito, sem desordem eanarquia;

3.  Os seus servos o servirão com perfeição (Ap22.3)  ;

4.  Será dada uma visão eterna e perfeita (Ap 22.4);5.  Haverá possessão eterna (Ap 22.5). Haverá uma

profunda identificação entre Deus e os seus remidos;6.  O dia será eterno (Ap 22.5). Não haverá noite, Cristo

os iluminará, ele será a nossa luz, nada nosatemorizará;7.  O reino será eterno (Ap 22.5). Juntos,

inseparavelmente com nosso Senhor.

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O Grande Trono Branco

O juiz será nosso Senhor Jesus Cristo (At17.31)  . A Igreja estará presente com Cristo e com Ele

cooperará no governo.Cremos que no Milênio os crentes farão o papel

hoje reservado aos anjos (ICo 6.2,3) e no Grande TronoBranco a Igreja marcará presença, principalmente nosetor de julgamentos dos anjos.

Para efeito de realização do Grande TronoBranco, haverá a segunda e última ressurreição, quandoos últimos habitantes da terra, de qualquer época da

história, que haviam morrido, ressuscitarão a fim decomparecerem perante a face do Senhor (Ap 20.13; Jo5.29).

Os Anjos Caídos Serão Julgados (Jd 6)

O Grande Trono Branco realizar-se-á em lugarque está fora da área atualmente ocupada pelo céu epela terra (Ap 20.11).

Abrir-se-ão os livros da Eternidade:Livro dos pensamentos (Rm 2.15);

Livro da consciência (Rm 2.1s);

Livro das obras (2Co 5.10);

Livro das lágrimas (SI 56.8);

Livro da maldição (Zc 5.1,4);

Livro das palavras (Ml 3.16);

Livro do corpo (SI 139.15,16);

O Julgamento do Grande Trono Branco

Depois que Satanás é lançado no lago de fogo,um imenso trono branco aparece - é branco porqueirradia a santidade, majestade e glória de

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Deus (Ap 20.11). É o trono do julgamento final de Deus.Todavia, aquele que se assenta no trono deve ser oglorificado Rei dos reis e Senhor dos senhores, o nossoSenhor Jesus Cristo.

Idéias judaicas populares em vigor nos dias doNT não concebiam que o Messias fosse o derradeiro Juiz domundo, embora realmente esperassem que Ele tivesse umaparticipação ativa na destruição do mundo pagão (SI2.8,9).

Não obstante, Jesus disse:"O Pai a ninguém julga, mas deu ao Filho todo o juízo, para que todoshonrem o Filho, como honram o Pai"  (Jo 5.22,23; cf. 5.27). 

Jesus, o Juiz

Lucas escreve em Atos 17.31, as palavras dePaulo declarando que Deus "tem determinado um dia emque com justiça há de julgar o mundo, por meio do varãoque destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando odos mortos".

Em Romanos 2.16, também lemos que "Deus háde julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo".

Jesus, entretanto, será o Mediador entreDeus e a humanidade neste julgamento final, assim

como hoje é o Mediador em nossa redenção (lTm2.5)  e também foi o Mediador na criação (Jo 1.3).

O fato de Jesus ser o derradeiro Juiz, tambémprova que Ele compartilha da majestade de Deus e que Eleé mais que um Mestre entre outros mestres, mais que umGuia entre outros guias.

O Julgamento dos Mortos

Em pé diante do trono estarão todos os mortos,"grandes e pequenos" , isto é, sem considerar seu status navida terrena (neste grupo,

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não estão incluídos os mencionados em Apocalipse 20.4,pois já foram ressuscitados com novos corpos que nãopodem mais morrer ou definhar1).

Grandes e pequenos serão ressuscitados para

serem julgados. Visto que a ressurreição é corpórea,essas pessoas terão algum tipo de corpo, mas não serácomcrentes, pois os descrentes, por causa de sua naturezapecaminosa, só podem ceifar destruição (gr. Phthoran, "ruína", "corrupção").

Eles sairão dos túmulos (Dn 12.2; Jo5.28,29) e serão julgados pelas obras (anotadas emregistros divinamente mantidos, nos quais sem dúvida

estará inclusa a sua rejeição a Jesus esubmissão a Satanás, além de seus pecados públicos eparticulares).

Nessa ocasião, o Livro da Vida também seráaberto, provavelmente como prova de que seus nomesnão estão ali. Quer dizer, Jesus fará mais do quesentenciar os ímpios. Ele dará respostas a questões noque respeita à qualidade da graça, retidão, justiça,

cuidado, paciência e amor de Deus, tudo em contrastecom a base da ira de Deus contra o pecado e o mal.Como ressalta Charles Ryrie: "Este  ju lgamento

não é para verificar se deverá ser o céu ou o inferno odestino final daqueles que são julgados; é um julgamentopara provar que o inferno é o destino merecido".

Então, com o lançamento da morte e do infernono lago de fogo, a justiça de Deus finalmente triunfará e a

 justiça e a paz serão estabelecidas para sempre no novocéu e na nova terra.Alguns consideram o julgamento pelas obras

contraditórias aos ensinamentos b íblicos sobre

Consumir-se aos poucos; enfraquecer-se, abater-se.

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a justif icação pela fé. Mas, visto que somos salvos pelagrapelo qualDeus olha para nós como se nunca tivéssemospecado. Entretanto, os dons de Deus somente sãoverdadeiramente nossos quando os tomamos e os

colocamos em prática.A fé deve agir ou se expressar através do amor(Gl 5.6), visto que não é real, a menos que sejademonstrada pela ação. Se realmente crermos, estaremosnos importando com as outras pessoas, comsuasnecessidasofrimentos. Não atenuaremos1  o que a Bíblia ensina "nointuito de torná-la menos exigente". As nossas obras,então, tornam-se evidências da realidade de nossa fé.

Também é verdade que os motivos sãoimportantes nesse processo de julgamento das obras.Alguns que nunca foram condenados por qualquer crimepelos tribunais humanos podem estar cheios de ódio,amargura, inveja ou orgulho  presunçoso e egocêntrico. Etudo será revelado "no dia em que Deus há de julgar ossegredos dos homens, por Jesus Cristo"  (Rm 2.16). 

"Nada há encoberto que não haja de ser

descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido" (Lc12.2). "Mas eu vos digo que de toda palavra ociosa 2 queos homens disserem hão de dar conta no Dia do Juízo"  (Mt 12.36). 

Naquele dia "todo joelho se dobrará diante demim  (do Senhor), e toda língua confessará a Deus"   e"cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”   (Rm14.11,12). 

Alguns especulam que aqueles que foremsalvos durante o Milênio (quer dizer, depois do

Reduzir a menos; diminuir, abater.

Supérfluo, desnecessário, i núti l .

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anjos, ou seja, é o estado final, e não o Milênio, que estáem apreço nesta descrição.

James Oliver Buswell faz uma interessantesugestão. Visto que a cena é "de uma vasta e cósmica

perspectiva", pode ser que Jesus tenha colocado tanto o julgamento do Tribunal de Cristo quanto o do GrandeTrono Branco em um só quadro, em prol da lição de que"julgamento" significa separação uns dos outros bemcomo separação de Deus. Então, assim como os profetasdo AT não mostraram a diferença de tempo entre aprimeira e a segunda vinda de Jesus, este, da mesmaforma, não indica a diferença de tempo entre os dois

grandes julgamentos.Os cristãos devem levar esses julgamentos asério: "Se o justo apenas se salva, onde aparecerá oímpio e o pecador?"  (lPe 4.18). 

"Porque, se pecarmos voluntariamente, depoisde termos recebido o conhecimento da verdade, já nãoresta mais sacrifício pelos pecados, mas certaexpectação1  horrível de juízo e ardor de fogo, que há de

devorar os adversários. Quebrando alguém a lei deMoisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duasou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vósserá julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus,e tiver por profano o sangue do testamento, com que foisantificado, e fizer agravo ao Espírito da graça? Porquebem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança,eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O

Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nasmãos de Deus vivo"  (Hb 10.26-31). Existe a possibilidade de que aqueles que uma

vez foram salvos se retirem para a perdição (Hb

1

  Esperança fundada em supostos direitos, probabil idades oupromessas.

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10.39), embora o escritor de Hebreus nos encoraje a nãorejeitarmos a nossa confiança, a perseverarmos econtinuarmos firmes, sendo um daqueles que crêem e sãosalvos (Hb 10.35,36,38,39).

Questionário 4?  Assinale

com "X" as a lternativas corretas

6.  Quanto ao Grande Trono Branco:a)  É branco, porque representa a justiça perfeita e

completa de Deusb)  O Juiz será o Espírito Santo

c)  Foi visualizado por Paulo em suas visõesd)  Os justos falecidos haverão de ressuscitar nessa

ocasião para serem julgados

7.  Livros presentes no Juízo Final:a)  A Bíblia, a Torá, o Livro da Vidab)  A Bíblia, o Livro das Obras das Religiões, o

Livro da Vida

c)  A Bíblia, o Livro das Obras das Nações, o Livroda Vida

d) 

A Bíblia, o Livro das Obras dos Homens, o Livroda Vida

8. O Grande Trono Branco realizar-se-á:

a)  Em lugares divididos, ou seja, uma parcela nocéu e outra na terrab)  Em lugar que está fora da área da terra, porém,

será no céuc)  Em lugar que está fora da área atualmente

ocupada pelo céu e pela terrad)  Em lugar que está fora da área do céu, porém,

será na terra

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Marque "C" para Certo e "E" para Errado

9.  Exemplos de ímpios falecidos que haverão deressuscitar: os mortos do dilúvio e Faraó com seuexército

10. Os livros dos pensamentos; da consciência; dasobras; das lágrimas; da maldição; das palavras e docorpo são os livros da Eternidade

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