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 © ABNT 2004 Madeira para carretéis para fios, cordoalhas e cabos Wood for reels of wires, ropes and cables Palavras-chave: Madeira. Acondicionamento. Cabo elétrico. Carretel. Descriptors: Wood. Packing. Electrical cable. Reel. ICS 79.020 Número de referência  ABNT NBR 6236 :2004 5 páginas NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 6236 Segunda edição 31.12.2004 Válida a partir de 31.01.2005 Cópia não autorizada

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  • ABNT 2004

    Madeira para carretis para fios, cordoalhase cabosWood for reels of wires, ropes and cables

    Palavras-chave: Madeira. Acondicionamento. Cabo eltrico. Carretel.Descriptors: Wood. Packing. Electrical cable. Reel.

    ICS 79.020

    Nmero de refernciaABNT NBR 6236:2004

    5 pginas

    NORMABRASILEIRA

    ABNT NBR6236

    Segunda edio31.12.2004

    Vlida a partir de31.01.2005

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    ii ABNT 2004 ? Todos os direitos reservados

    ABNT 2004Todos os direitos reservados. A menos que especificado de outro modo, nenhuma parte desta publicao pode serreproduzida ou utilizada em qualquer forma ou por qualquer meio, eletrnico ou mecnico, incluindo fotocpia emicrofilme, sem permisso por escrito pela ABNT.

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    Impresso no Brasil

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    Sumrio Pgina

    Prefcio ........................................................................................................................................................iv

    1 Objetivo.............................................................................................................................................1

    2 Referncias normativas ...................................................................................................................1

    3 Definies.........................................................................................................................................14 Requisitos.........................................................................................................................................34.1 Preparao........................................................................................................................................34.2 Secagem ...........................................................................................................................................34.3 Condies da madeira antes do tratamento ...................................................................................34.4 Sistema de emendas (finger joint) ...................................................................................................34.5 Preservativos....................................................................................................................................34.6 Acondicionamento da madeira aps o tratamento.........................................................................34.7 Tipos de madeira..............................................................................................................................34.8 Tratamento da madeira ....................................................................................................................44.9 Inspeo ...........................................................................................................................................44.10 Aceitao e rejeio .........................................................................................................................44.11 Garantia ............................................................................................................................................5

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    Prefcio

    A Associao Brasileira de Normas Tcnicas (ABNT) o Frum Nacional de Normalizao.As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB), dosOrganismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS) e das Comisses de Estudo Especiais Temporrias(ABNT/CEET), so elaboradas por Comisses de Estudo (CE), formadas por representantes dos setoresenvolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

    A ABNT NBR 6236 foi elaborada no Comit Brasileiro de Madeira (ABNT/CB-31), pela Comisso de Estudode Madeira para Carretis para Fios, Cordoalhas e Cabos (CE-31.000.10). O Projeto circulou em ConsultaNacional conforme Edital n 08, de 31.08.2004, com o nmero Projeto NBR 6236.

    Esta segunda edio cancela e substitui a edio anterior (ABNT NBR 6236:1998), a qual foi tecnicamenterevisada.

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    Madeira para carretis para fios, cordoalhas e cabos

    1 Objetivo

    Esta Norma especifica os requisitos exigveis para madeiras utilizadas na fabricao de carretis totalmentecontitudos em madeira, conforme estabelece a ABNT NBR 11137, para fios, cordoalhas e cabos.

    2 Referncias normativas

    As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituemprescries para esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao.Como toda norma est sujeita a reviso, recomenda-se queles que realizam acordos com base nesta queverifiquem a convenincia de se usarem as edies mais recentes das normas citadas a seguir.A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

    Decreto-Lei N 58.016 de 18/03/1966

    Lei N 4771 de 15/09/1965

    Lei N 4797 de 20/10/1965

    ABNT NBR 5426:1989 Planos de amostragem e procedimentos na inspeo por atributos Procedimento

    ABNT NBR 7310:1982 Transporte, armazenamento e utilizao de bobinas de condutores eltricos emmadeira

    ABNT NBR 8456:1984 Postes de eucalipto preservado para redes de distribuio de energia eltrica Especificao

    ABNT NBR 11137:2003 Carretel de madeira para o acondicionamento de fios e cabos eltricos Dimenses e estruturas

    3 Definies

    Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definies.

    3.1 apodrecimento: Deteriorao da madeira causada por fungos e bactrias.

    3.2 CCA: Preservativo de madeira hidrossolvel, base de cobre, cromo e arsnico.

    3.3 CCB: Preservativo de madeira hidrossolvel, base de cobre, cromo e boro.

    3.4 carretel: Sistema de suporte para fios, cordoalhas e cabos, constitudo basicamente de discos laterais,elementos de ncleo e fechamento.

    3.5 durabilidade natural: Propriedade da madeira de resistir, em maior ou menor grau, ao ataque deagentes destruidores, sob a condio natural de uso, ou seja, sem ter recebido qualquer proteo superficialou profunda.

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    3.6 madeira preservada: Madeira que contm preservativo em quantidade suficiente, de maneira aaumentar significativamente a sua resistncia deteriorizao, prolongando sua vida til, de acordo com aLei n 4797 e Decreto-Lei n 58.016.

    3.7 preservativo de madeira: Substncia ou formulao qumica de composio e caractersticasdefinidas, apresentando as seguintes propriedades:

    a) alta toxidez aos organismos xilfagos;

    b) alta penetrabilidade atravs dos tecidos lenhosos permeveis;

    c) alto grau de fixidez nos tecidos lenhosos;

    d) alta estabilidade qumica;

    e) incorrosividade aos metais;

    f) imprejudicabilidade s caractersticas fsicas da madeira;

    g) segurana para manipulao.

    3.8 reteno: Quantidade de preservativo contida de maneira uniforme em um determinado volume demadeira, expressa em quilograma de preservativo por metro cbico de madeira (kg/m3).

    3.9 secagem artificial: Processo no qual um material sofre reduo do teor de umidade devido atuaode condies ambientais foradas e controladas artificialmente.

    3.10 secagem natural (secagem ao ar): Processo no qual um material sofre reduo do teor de umidadedevido atuao de condies ambientais.

    3.11 sistemas de emendas (finger joint): Sistema utilizado para executar emendas de tbuas, constitudopor encaixes e colagem das partes.

    3.12 teor de umidade: Massa da gua contida na madeira, expressa como uma porcentagem de massa damadeira seca.

    3.13 tratamento tipo banho quente-frio: Processo de impregnar substncias na madeira, imergindo-aprimeiro na substncia aquecida e depois na substncia temperatura ambiente.

    3.14 tratamento preservativo: Processo de se impregnar na madeira substncias que retardam suadeteriorao.

    3.15 tratamento profiltico: Tipo de tratamento preservativo superficial fungicida e/ou inseticida, aplicado madeira recm-cortada, para assegurar seu bom estado de sanidade ao final do processo de produo.

    3.16 tratamento sob presso: Processo de se impregnar substncias na madeira, com emprego depresso acima da presso atmosfrica.

    3.17 tratamento superficial: Processo de se aplicar substncias apenas na superfcie da madeira,geralmente efetuado com pincel, pulverizador ou ainda por imerso da madeira em preservativo de madeira.

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    4 Requisitos

    4.1 Preparao

    A madeira utilizada deve satisfazer as condies especificadas na Lei n 4771 (Cdigo Florestal) e apsserrada no deve apresentar defeitos como sinais de apodrecimento, orifcios provocados por insetos,depresses, rachaduras, ns, frestas naturais e outros, que comprometam a resistncia e o desempenho docarretel em sua finalidade.

    4.2 Secagem

    A madeira, aps o desdobramento em tbuas, deve ser submetida ao processo de secagem natural ouartificial. Aps a secagem, o teor de umidade no deve ser superior a 30%. Quando for utilizado processo desecagem natural, as tbuas devem receber tratamento preservativo profiltico.

    4.3 Condies da madeira antes do tratamento

    Para receber tratamento preservativo, a madeira deve apresentar teor de umidade igual ou inferior a 30% eestar trabalhada em suas dimenses finais.

    4.4 Sistema de emendas (finger joint)

    Durante as etapas de fabricao, podem ser utilizadas madeiras com emendas realizadas pelo processodenominado finger joint, com sistema de colagem prova de umidade, desde que no comprometa aresistncia do carretel, em sua finalidade.

    4.5 Preservativos

    Os preservativos indicados para o tratamento de madeiras no escopo desta Norma so o CCA, CCB eoutros, com sua eficincia j comprovada em postes, cercas, dormentes e carretis. Novos produtos podemser utilizados, desde que sua eficincia seja comprovada por laboratrio reconhecido.

    Os preservativos que contenham cobre em suas composies no so recomendados em situaes nasquais exista a possibilidade de a madeira preservada entrar em contato direto com cabos nus de alumnio,uma vez que podem causar corroso nestes ltimos. Quando for tratada com preservativos que contenhamcobre, a madeira deve receber revestimento especial que evite o seu contato direto com o alumnio.

    4.6 Acondicionamento da madeira aps o tratamento

    Aps o tratamento, a madeira deve ser mantida por um perodo mnimo recomendado pelo fabricante dopreservativo sob condies que impeam a incidncia direta da chuva. No caso de carretis total ouparcialmente montados, devem ser tomados cuidados especiais para evitar distoro de seus componentes eafrouxamento dos pregos.

    4.7 Tipos de madeira

    Para os efeitos desta Norma, devem ser utilizados Pinus sp ou outros tipos de madeira renovvel queapresentem densidade igual ou superior a 0,4 g/m3, a 15% de umidade.

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    4.8 Tratamento da madeira

    4.8.1 Para carretis com durabilidade garantida mnima de 24 meses, as madeiras componentes devemser tratadas com os preservativos indicados em 4.5 e apresentar no mnimo reteno mdia de 4 kg/m (nocaso de CCA e CCB) e penetrao de preservativo nos primeiros 5 mm de profundidade nas partes dealburno. Quando tratadas sob presso, o procedimento deve ser aquele indicado na ABNT NBR 8456, excetoquanto reteno e penetrao de preservativo, que devem ser as especificadas nesta seo. No caso deutilizao de outros tipos de preservativos, os valores de reteno mnima devem ser especificados.

    4.8.2 Para as partes de cerne no so exigidas reteno e penetrao mnimas de preservativo.

    4.8.3 Quando for exigida durabilidade dos carretis de at 24 meses, no so especificadas reteno epenetrao mnimas de preservativo, porm deve-se obedecer legislao vigente e atender a 4.2 daABNT NBR 7310:1982.

    4.8.4 Para carretis com durabilidade garantida de 60 meses exigido o tratamento sob presso.

    4.9 Inspeo

    4.9.1 Quando for especificada durabilidade dos carretis superior a 24 meses, deve ser realizada inspeona madeira com o objetivo de se determinar a reteno mdia e a penetrao de preservativo.

    4.9.2 A inspeo pode ser realizada nas instalaes do fornecedor, do comprador ou ainda em laboratriode terceiros, reconhecido por ambas as partes. A condio de inspeo deve ser definida no documento decompra.

    4.9.3 Se realizada no fornecedor, este deve proporcionar ao comprador ou seu representante todos osmeios necessrios para que se verifique se o produto est em conformidade com esta Norma.

    4.9.4 O lote a ser inspecionado fica definido como a quantidade de componentes de carretel (discos,ncleos ou fechamentos) ou ainda a quantidade de carretis montados apresentados de uma nica vez.

    4.9.5 A quantidade de amostras deve seguir o plano de amostragem estatstico baseado naABNT NBR 5426, detalhado na tabela 1, caso no haja um critrio diferente acordado entre fornecedor ecomprador no documento de compra.

    4.9.6 De cada amostra (componente ou carretel montado) devem ser retirados os corpos-de-provacilndricos, com dimetro mnimo de 1,0 cm e comprimento mnimo de 1,0 cm. A seo da amostracorrespondente superfcie da madeira deve receber a marcao X, com tinta prova de gua. Os corpos-de-prova devem ser retirados do ponto mdio das peas.

    4.9.7 No caso de carretis montados, deve ser retirado um corpo-de-prova de uma das tbuas externas deum dos discos, um do ncleo e um do fechamento (se houver).

    4.9.8 Os corpos-de-prova devem ser seccionados no comprimento de 0,5 cm a partir da superfcie damadeira identificada com X, sendo ento analisados quanto reteno e penetrao de preservativo.

    4.9.9 No caso de carretis montados, deve ser efetuada uma anlise em conjunto para cada grupo decorpos-de-prova retirados do mesmo carretel, resultando na reteno mdia e penetrao de preservativonos primeiros 0,5 cm de profundidade, vlidas para cada carretel.

    4.10 Aceitao e rejeio

    4.10.1 De acordo com os resultados obtidos em 4.9.1 a 4.9.9, aplicveis aos carretis com durabilidadeigual ou superior a 24 meses, o lote inspecionado aceito ou rejeitado de acordo com os critrios definidosno plano de amostragem estatstico dado na tabela 1, ou ainda conforme acordado no documento de compra.

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    4.10.2 Caso um lote seja rejeitado, este pode ser reinspecionado em 100% de seus componentes oucarretis, aps a separao dos componentes ou carretis no conformes encontrados na primeira inspeo,rejeitando-se os que estiverem fora de especificao.

    Tabela 1 ? Plano de amostragem ? Simples normal, nvel S4, NQA 2,5

    Tamanho do lote Nmero de amostras AC1) RE2)

    2 a 15 2 0 1

    16 a 25 3 0 1

    26 a 90 5 0 1

    91 a 150 8 0 1

    151 a 500 13 1 2

    501 a 1 200 20 1 2

    1 201 a 10 000 32 2 3

    10 001 a 35 000 50 3 41) O lote ainda pode ser aceito com o nmero mximo indicado de amostras fora deespecificao.2) O lote rejeitado quando apresentar o nmero mnimo indicado de amostras fora deespecificao.

    4.11 Garantia

    O perodo de garantia dos componentes e carretis deve ser estabelecido no documento de compra.

    licenca: Cpia no autorizada