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    ESTÁGIO SUPERVISIONADO I

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    ESTÁGIOSUPERVISIONADOI

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    EstágioSupervisionado I

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    Revisão Final ♦ Carlos Magno

    Equipe ♦ Alexandre Ribeiro, Ana Carolina Alves, CefasGomes, Delmara Brito, Diego Maia, Fabio Gonçalves,Francisco França Júnior, Hermínio Vieira, Israel Dantas,Lucas do Vale, Mariucha Ponte e Tatiana Coutinho.Editoração ♦ Francisco França Junior Ilustração ♦ Francisco França Júnior Imagens ♦ Corbis/Image100/Imagemsource

    EQUIPE DE ELABORAÇÃO/PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO:

    Presidente ♦Vice-Presidente ♦

    Superintendente Administrativo e Financeiro♦Superintendente de Ensino, Pesquisa e Extensão ♦

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    Diretor Geral ♦Diretor Acadêmico ♦

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    Gerente de Supor te Tecnológico ♦Coord. de Softwares e Sist emas ♦

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    Reinaldo de Oliveira BorbaRoberto Frederico MerhyJean Carlo Nerone André PortnoiRonaldo CostaJane FreireLuís Carlos Nogueira AbbehusenRomulo Augusto MerhyOsmane ChavesJoão Jacomel

    Gervásio Meneses de OliveiraWilliam OliveiraSamuel SoaresGermano Tabacof

    Pedro Daltro Gusmão da Silva

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    SUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIOSUMÁRIO

    EDUCAÇÃO E PRAXISPEDAGÓGICA 07 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    ESTÁGIOSUPERVISIONADO E PRÁXISPEDAGÓGICA 07 ○ ○ ○ ○

    Estágio Supervisionado: O Que é, Papel e Importância

    Etapas do Sstágio Supervisionado

    O Trabalho Docente e a Construção da Práxis Pedagógica

    A Ética Profissional do Educador

    07

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    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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    ESTÁGIOSUPERVISIONADO NASSÉRIES INICIAISDOENSINOFUNDAMENTAL 26 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Desenvolvimento Cognitivo dos Alunos

    Inteligências Múltiplas e Diversidade em Sala de Aula

    Princípios Orientadores da Ação Pedagógica na Salade Aula: Interdisciplinaridade e Contextualização

    Princípios Orientadores da Ação Pedagógica em Sala

    de Aula: Transposição Didática

    26

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    32

    ○ ○ ○ ○ ○

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    35 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    DO PLANEJAMENTO ÀAÇÃODOCENTE 41 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    PLANEJAMENTO E AÇÃODOCENTE NO ESTÁGIO

    SUPERVISIONADO 41 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Projeto de Intervenção: a Importância 41 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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    EstágioSupervisionado I

    OS RECURSOS DIDÁTICOS NO ESTÁGIOSUPERVISIONADO: SELEÇÃO E USO 58 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Inteligências Múltiplas como Princípio de Seleçãoe uso de Recursos Didáticos

    O Papel da Ludicidade na Construção dos Recursose sua Aplicação no Estágio SupervisionadoOficina de Recursos Didáticos

    Atividade Orientada

    Glossário

    Referências Bibliográficas

    58

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    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    71 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    Do Projeto de Intervenção ao Plano de Ação

    Elaborando o Plano de Ação

    Cronograma de Execução

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    50

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    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    ○ ○ ○ ○

    74 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

    75 ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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    Apresentação da Disciplina

    Caro(a) estudante:

    Você agora vai iniciar uma aventura educativa com a disciplina EstágioSupervisionado I. Trata-se de uma disciplina da maior relevância para a práticadocente, pois possibilita o contato do estudante com o campo profissional e osdilemas e desafios inerente a profissão docente.

    Esta disciplina tem como objetivo propiciar a reflexão sobre os processosque envolvem o ensino/aprendizagem e a ação docente, ampliando esta discussãopara as temáticas que envolvem educação e cultura.

    Abordaremos nesta disciplina pressupostos teóricos e práticos que sustentamuma prática educacional interacionista e dialógica, buscando promover um exercício

    de reflexão a respeito do ensino nas séries iniciais do Ensino Fundamentalressaltando aspectos ideológicos, filosóficos, psicológicos que lhe servem comoreferências e principalmente vislumbra o exercício para construção de uma práticapedagógica autônoma e cônscia.

    A disciplina Estágio Supervisionado I encontra-se dividida por questõesmetodológicas em dois grandes blocos temáticos, que na verdade secomplementam, perfazendo uma carga horária total de 72 horas.

    O primeiro bloco temático intitula-se “Educação e Práxis Pedagógica” e serádesenvolvido a partir de dois temas: Estágio Supervisionado e práxis pedagógica eEstágio supervisionado nas séries iniciais do Ensino Fundamental.

    O segundo bloco temático denomina-se “Do planejamento à Ação Docente”e será desenvolvido em temas como: Planejamento e Ação Docente no EstágioSupervisionado e os Recursos Didáticos no Estágio Supervisionado: Seleção eUso.

    Temos o desafio de pôr mãos à obra, defender a prática pedagógica crítica,garantindo assim, o acesso a uma educação de qualidade, fazendo cidadania emcada momento da ação educativa.

    Sendo assim, o nosso material didático foi pensado para potencializar suaaprendizagem e reflexão, por este motivo sugerimos que você leia, analise, discuta,questione, busque e realize todas as atividades propostas. Vá além... Acreditamosno seu potencial para aproveitar bastante este módulo e as atividades inerentes aesta disciplina.

    Desejamos sucesso na sua prática educativa!

    Profa. Aldaci Lopes

    Profa. Tatiane Lucena

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    EstágioSupervisionado I

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    EDUCAÇÃO E PRÁXISPEDAGÓGICA

    ESTÁGIOSUPERVISIONADO E PRÁXISPEDAGÓGICA

    Estágio Supervisionado: o Que é, Papel e Importância

    Estágio: O Que é?

    Compreender o que é e como se conceitua o Estagio Supervisionadoé de extrema importância para o aluno da graduação que irá iniciar sua açãodocente. Segundo Bianchi (2002) recorrer ao dicionário auxiliará no

    entendimento. Acompanhe os termos envolvidos neste tema:Estágio s.m. Período de estudos práticos, exigido dos candidatos

    ao exercício de certas profissões liberais: estágio de engenharia; estágiopedagógico./Período probatório, durante o qual uma pessoa exerce umaatividade temporária numa empresa. / Aprendizagem, experiência.

    Supervisionar v.t. Brás. Supervisar, inspecionar.

    Supervisar v.t. Dirigir e inspecionar um trabalho; supervisionar, revisar.

    Revisar v.t. Visar novamente; fazer a inspeção ou revisão de; revisar um processo.Rever, corrigir, emendar.

    Rever v.t. Tornar a ver, ver pela segunda vez, ver com atenção, examinar cuidadosamente com o intuito de melhorar, fazer revisão de, emendar, corrigir. (KooganHouaiss. Enciclopédia digital)

    Ao analisarmos os significados acima, podemos considerar que o EstágioSupervisionado é um momento de estudos práticos para o ensino/aprendizagem eexperiência docente, pois envolve supervisão, revisão, correção e planos cuidadosos.

    O estágio, quando compreendido como uma atividade que pode trazer imensosbenefícios para o ser humano, para a melhoria do processo educativo e para o estagiário,no que diz a sua formação profissional, provavelmente trará respostas positivas. Estes setornam ainda mais indispensáveis quando se tem consciência de que as maioresbeneficiadas serão a sociedade, a comunidade escolar, os egressos da universidade e,em especial, a qualidade da educação.

    Estagiar é tarefa do aluno; supervisionar é incumbênciada universidade, que está representada pelo professor. Acompanhar, fisicamente se possível, tornando essa atividadeincomum, produtiva é tarefa do professor, que visualiza com oaluno situações de trabalho passíveis de orientação (BIANCHI,2002).

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    EstágioSupervisionado I

    A ESCOLA DOS BICHOS

    Era uma vez um grupo de animais que quis fazer alguma coisa para

    resolver os problemas do mundo.Para isto, eles organizaram uma escola. Aescola dos bichos estabeleceu um currículo de matérias que incluía correr,subir em árvores, em montanhas, nadar e voar. Para facilitar as coisas, ficou

    decidido que todos os animais fariam todas as matérias. O pato se deu muito bem emnatação; até melhor que o professor! Mas quase não passou de ano na aula de vôo, eestava indo muito mal na corrida. Por causa de suas deficiências, ele precisou deixar umpouco de lado a natação e ter aulas extras de corrida. Isto fez com que seus pés de patoficassem muito doloridos, e o pato já não era mais tão bom nadador como antes. Masestava passando de ano, e este aspecto de sua formação não estava preocupando a ninguém- exceto, claro, ao pato. O coelho era de longe o melhor corredor, no princípio, mas começoua ter tremores nas pernas de tanto tentar aprender natação. O esquilo era excelente emsubida de árvore, mas enfrentava problemas constantes na aula de vôo, porque o professor insistia que ele precisava decolar do solo, e não de cima de um galho alto. Com tantoesforço, ele tinha câimbras constantes, e foi apenas “regular” em alpinismo, e fraco emcorrida. A águia insistia em causar problemas, por mais que a punissem por desrespeito àautoridade. Nas provas de subida de árvore era invencível, mas insistia sempre em chegar lá da sua maneira... Na natação deixou muito a desejar...Cada criatura tem capacidades ehabilidades próprias, coisas que faz naturalmente bem. Mas quando alguém o força a ocupar uma posição que não lhe serve, o sentimento de frustração e até culpa, provoca mediocridadee derrota total. Um esquilo é um esquilo; nada mais do que um esquilo. Se insistirmos emafastá-lo daquilo que ele faz bem, ou seja, subir em árvores, para que ele seja um bomnadador ou um bom corredor, o esquilo vai se sentir um incapaz. A águia faz uma bela figurano céu, mas é ridícula numa corrida a pé. No chão, o coelho ganha sempre. A não ser, éclaro, que a águia esteja com fome! O que dizemos das criaturas da floresta vale paraqualquer pessoa. Deus não nos fez iguais. Ele nunca quis que fôssemos iguais. Foi Elequem planejou e projetou as nossas diferenças, nossas capacidades especiais!Descubraseus dons naturais...

    E aE aE aE aE agggggororororora? Como va? Como va? Como va? Como va? Como v ocê se sente?ocê se sente?ocê se sente?ocê se sente?ocê se sente?

    Fique de Olho...

    Um momento de reflexão...

    A prioridade dada à formação teórica em detrimento da formaçãoprática e a concepção da prática como mero espaço de aplicação de

    conhecimentos teóricos, sem um estatuto epistemológico próprio é umequívoco dos modelos educacionais e consiste em acreditar que para ser bom professor basta o domínio da área do conhecimento específico quese vai ensinar. Desta forma, apenas conhecer os conteúdos referentes às

    séries iniciais do ensino fundamental, não faz do profissional umeducador, mas sim sua capacidade de interligar, estimular e refletir junto

    com seus alunos na busca e construção dos conhecimentos.

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    Ampliando Horizontes

    Dúvidas, obstáculos, entrosamento da organizaçãoe da universidade

    Por certo e como visto, há dúvidas e obstáculosque sempre ocorrem e estes se situam principalmenteno acesso e início do processo de uma organização.

    No entanto, quando o estágio está confirmado ese inicia , o aluno deverá preocupar-se com suas atitudes,prever situações e, principalmente, fazer um balanço diário das atividades realizadas. Aorientação constante dos professores supervisores dá suporte ao estágio, à execução doprojeto e da redação do relatório.

    A postura do aluno é fator de suma importância: credenciado pela instituição, irárepresentá-la durante sua permanência na organização. A linguagem, a polidez, isto é, agentileza para com as pessoas, o horário respeitado rigorosamente e tudo mais que for exigido no estágio são fundamentais para ser seguido. O estagiário tem de ter em menteque é um aprendiz e que qualquer atitude de prepotência pode determinar resultadosdesfavoráveis ao que foi projetado.

    Do modo de proceder do estagiário, os professores supervisores na universidadetirarão conclusões sobre o resultado de seus esforços na difícil tarefa de ensinar e aprender (BIANCHI, 2002).

    Etapas do Estágio Supervisionado

    A integração da teoria à prática, vivenciada em situações e problemas relativos àprofissão escolhida, estimula o pensamento crítico do estudante e possibilita a formaçãode um profissional apto a enfrentar desafios.

    O objetivo principal do estágio é o de proporcionar ao estudante oportunidades dedesenvolver suas habilidades, analisar situações e propor mudanças no ambiente em quevive. Além disso, têm-se como objetivos específicos:

    · Incentivar o desenvolvimento das potencialidades individuais, propiciando osurgimento de novas gerações de profissionais capazes de refletir e construir processosinovadores e metodologias alternativas;

    · Complementar o processo ensino teórico, através da vivência educacional cominvestigações e pesquisas, buscando incentivar o aprimoramento pessoal e profissional;

    · Refletir, sistematizar e testar conhecimentos teóricos históricos e instrumentosdiscutidos em sala de aula, através de experiências concretas, de observação, reflexãosobre a realidade e as influências dos acontecimentos históricos nas relações humanas;

    · Propiciar ao aluno-estagiário vivência da realidade profissional e familiarização

    com o futuro ambiente de trabalho;· Estabelecer integração efetiva entre a faculdade e o ambiente educativo, contribuindopara a atualização e o aprimoramento constante do currículo escolar, possibilitando aexpansão dos serviços comunitários propostos pela academia;

    Texto Complementar...

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    EstágioSupervisionado I

    · Favorecer o conhecimento e a aplicação de novas tecnologias,metodologias e organização do trabalho.

    Fazendo Estágio, Construindo Habilidades...

    O estágio compreende atividades de avaliação e diagnóstico de estudo de caso, deobservação, nas quais contextualiza e transversaliza as áreas e os eixos de formaçãocurricular, associando teoria e prática. Dessa maneira, incorpora três diferentes modalidades:

    1. Conhecimento e integração do aluno às realidades sociais, econômicas e dotrabalho na sua área de atuação profissional;

    2. Iniciação à pesquisa e ao ensino na qual a realidade escolar é seu objeto de ação-reflexão-ação;

    3. Iniciação profissional no campo específico de sua formação.

    Ressalta-se que as modalidades de estágio mencionadas podem ser desenvolvidasconcomitantemente, em níveis diversos de complexidade e de aprofundamento. Nessesentido, a relação entre teoria e prática deve ser entendida como eixo articulador da

    construção e produção do conhecimento na dinâmica do professor do ensino fundamental. A primeira etapa do estágio é entendida como um instrumento de integração doaluno às realidades sociais vigentes e possibilita a interlocução com os referenciais teóricos.Permite ao estagiário construir seu plano de estudos — Projeto— e optar pelos temas deaprofundamento que irão fundamentar sua prática durante o estágio e que estarão presentesna sua atividade orientada.

    A segunda etapa direciona-se para iniciação à pesquisa e ao ensino, na forma dearticulação de teoria-prática, partindo do pressuposto de que a formação profissional nãodeve jamais se desvincular da pesquisa. A reflexão sobre a realidade observada a partir deuma problematização que se constitui em uma forma de iniciação à pesquisa educacional.

    A terceira etapa destina-se a iniciação profissional do estagiário através de um “saber fazer” que busca orientar-se por teorias de ensino-aprendizagem adequando-as aosconhecimentos históricos, sem perder de vista a realidade de cada instituição e de cadaaluno acompanhado.

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    Em síntese...

    Etapas do Estágio:1. Integração e Planejamento2. Pesquisa e Plano de Ação

    3. Prática e Intervenção

    Modelo de Formação Integral

    Alguns dos aspectos e organizadores conceituais na formação do professor para amudança e inovação:

    SER, SENTIR

    Colaboração e criatividadeHabilidades pessoaisHabilidades sociais

    Abertura à mudança Atitude de melhoria

    Atitude criativaFlexibilidade

    Sensibilidade para problemasSensibilidade para valores sociaisNovos interesses e aspirações

    SABER, CONHECER

    Conhecer a partir do meioEstratégias docentes inovadoras

    Conhecimentos da disciplinaConhecimentos sobre aprendizagem

    Conhecimentos psicopedagógicosConhecimentos curricularesPlanejamento

    Projeto e desenvolvimento curricular Processo de inovação

    Modelos de ensinoComunicação educativa

    FAZER, ATUAR

    Competência docenteTomada de decisões

    Elaboração de materiaisEsboço do projeto inovador

    Desenvolvimento de projeto inovador

    Texto Complementar...

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    EstágioSupervisionado I

    Avaliação de projetos e programas Avaliação de centros e do professorado

    Análise da realidade Análise das necessidades

    Aprender com os errosDomínio modelo

    QUERER, DECIDIR

    Superar bloqueiosEnfrentar conflitos

    Enfrentar resistênciasSuperação de estresse e fadigaPersistência na tarefa iniciada

    Enfrentar dificuldades e problemas

    Elaboração de projetos e tarefasBusca da qualidade em processos e resultados.

    (LA TORRE, 2002)

    O Trabalho Docente e a Construção da Práxis Pedagógica

    O professor capacitado para atuar nas séries Iniciais do Ensino Fundamental deveter competência para se integrar no contexto atual do processo de transformaçãoeducacional, respondendo às necessidades da escola e da sociedade. Ademais, oprofissional da educação deverá se dedicar ao ensino e educação de crianças quefreqüentam no nível de ensino pretendido, abrangendo os processos de formação edesenvolvimento do sujeito, alfabetização, domínio da leitura e escrita, das operaçõesfundamentais matemáticas, noções básicas das ciências humanas e sociais, além dededica-se ainda ao desenvolvimento de projetos de ensino e de pesquisa e desenvolver ações pedagógicas em parceria com a comunidade escolar e instituições sociais,dinamizando a vida da escola e da comunidade escolar por meio de atividades culturais.

    Como habilidade principal, o profissional da educação deve se preparar para secomunicar e se relacionar com as pessoas, desenvolver espírito de liderança, iniciativa ecriatividade. Assim, deverá estar capacitado para a atividade docente; bem como ser umarticulador da organização do trabalho pedagógico nos anos iniciais do Ensino Fundamental;articulador da dimensão interdisciplinar das áreas do conhecimento; com formação paraatuação crítica e interdisciplinar da realidade e capacitado para a ação no espaçoinstitucional de ensino e nas organizações sociais, no planejamento, na gestão e na pesquisado processo educativo. Neste curso a formação do professor acontece pela participaçãono trabalho de pesquisa metodológica e científica, integrada à investigação da realidade,reconhecendo que o papel do professor se faz na atuação profissional e no desempenhodas funções como agente transformador da realidade, valorizando os avanços da ciência eda formação humana, e é por conta disso que há uma preocupação em articular de maneiraharmônica o Estágio Supervisionado e a teoria estudada durante todo o curso.

    Essa articulação se dá através do processo de sistematização das relações entreos indivíduos que proporciona o conhecimento de saberes necessários à sua sobrevivênciana sociedade, entendido como educação, refletindo dessa forma, uma contextualização

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    mais condizente com a práxis pedagógica do educador. Atualmente, o processo educativoé caracterizado como informal e formal: a primeira diz respeito a transmissão deconhecimentos construídos na vivência cotidiana fora da escola, sendo dado em todosambientes sociais que o indivíduo se encontre como: família, igreja, trabalho e outros lugares;a segunda, é oferecida em um ambiente destinado a este fim, o escolar, onde a finalidadeconsiste em ampliar os conhecimentos de quem a freqüenta, instrumentalizando comocidadão capaz de atuar na sociedade em constante transformação.Nesse sentido a escola enquanto um espaço que visa preparar o indivíduo paraexercer atividades favoráveis ao seu crescimento e da comunidade, deve estar cada vezmais a procura de modos que os auxiliem nesse processo de caminhar os cidadãos naconstrução de atitudes críticas, tornando-se encarregada de promover atividades quebeneficiem os educandos a se adequar as exigências sociais. Como nos mostra Porto(1999), “[...] a educação é um processo social que se enquadra numa concepção particular do mundo, a qual, por sua vez, determina os fins a serem atingidos pelo ato educativo eestes fins refletem o espírito da época [...]” (PORTO,1999, p.36). Com isso a escola precisapromover ações que estejam de acordo a realidade de seus educandos, a fim de que os

    introduza em seu mundo.Devido a tantas demandas sociais relacionadas à educação, as escolas vãotransformando seu modo de agir, indo em busca de melhorias na sua rotina de trabalhopara que beneficiem os educandos, ajudando-os na construção de seus conhecimentos. Autilização das formas de como agir em uma instituição marca sua metodologia de trabalho,e esta interfere nas atividades dos educandos, pois a prática pedagógica de um ambienteescolar influencia no processo de aprendizagem dos mesmos incentivando-os na busca denovos conhecimentos.

    Sobre as questões acima, a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), de 1996, relata no seuartigo 1º:

    “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvemna vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições deensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedadecivil e nas manifestações culturais” (LDB, 1996, p.5).

    Há afirmação também, que os indivíduos constroem seus conhecimentos mediantea interação com o outro, sendo a escola a maneira formativa do contato com o mesmo.

    Nesse contexto, faz-se necessário que professor esteja sempre repensando suaprática pedagógica, procurando refletir sobre a importância do seu papel na sociedade, afim de estar cada vez mais, em busca de atividades que proporcione a satisfação doseducandos na obtenção de novas aprendizagens. Para que os educandos se envolvam nasatividades escolares é preciso que os educadores tenham o cuidado de estar praticandoações que estejam de acordo com o grupo em que trabalha, promovendo formas de trabalhoque despertem seu interesse.

    A prática pedagógica do professor cristaliza uma tendência de acordo com cadaépoca, estas vão sendo transformadas devido às exigências sociais, percorrendo, assim,um longo caminho na educação, partindo de saberes variados, os quais foram produzidos

    pela humanidade. A maneira como a escola organiza o processo de ensino-aprendizagemsistematiza a tendência abordada em determinado momento no decorrer do tempo. As tendências pedagógicas discutidas atualmente foram definidas com base no

    pensamento pedagógico europeu, o qual foi propagado por todo o mundo, dentre elas

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    EstágioSupervisionado I

    destacam-se a Pedagogia Tradicional e a Pedagogia Renovada (LIBÂNEO,1991). Estas se opõem por divergirem no que acreditam ser correto na formade como ensinar e aprender atitudes necessárias para sobrevivência doindivíduo.

    PEDAGOGIA TRADICIONAL

    - A educação tem uma propostacentrada no professor, o qual é o detentor dosaber sendo superior ao aluno, pois é ele quemvigia corrige e transmite conhecimentos,ocupando o cargo de autoridade máxima na salade aula. Os alunos são tidos como “tábua rasa”,

    por acreditar que os mesmos nada sabem evão à escola como seres passivos com o intuitode acumular conhecimentos, estes sãotratados de forma isolada do cotidiano.

    - É valorizado o ensino da cultura geral,em que os conteúdos são vistos como verdadesacabadas inquestionáveis, e expostos de formaoral seguindo passos fixos e pré-determinadosque são utilizados em qualquer contexto escolar. Acredita-se, com essa metodologia que o alunoaprende ouvindo, repetindo da mesma maneiracomo lhe foi passado em diversos exercícios,memorizando e reproduzindo o mesmo naavaliação feita pelo professor, “A escola centrou-se cada vez mais no conhecimento teórico,científico, um conhecimento distanciado davida, de caráter abstrato, cuja aplicação não sevê imediatamente. E a escola, muitas vezes,parte do pressuposto de que os alunos devemestar interessados em adquirir esseconhecimento...” (DELVAL, 2001, p.84). Sendoassim, a mesma ocupa um lugar responsávelna transmissão de conhecimentos científicos,os quais são desinteressantes para os alunospor ser distante da sua vivência.

    As tendências educacionais comentadas sofreram diversas críticas no sentido deestarem sempre valorizando as classes sociais mais alta, pois:

    [...] cada classe social desenvolvemodelos próprios de comportamentosideais, instrumentos conceptuais diferentesde compreensão das formas deconhecimento e até um conteúdo culturalapropriado às suas condições históricas deexistência. Logo, não há um conteúdo fixo e

    absoluto a ser atingido (escola tradicional),nem a escola pode ser uma miniaturizaçãoidealizada da sociedade (escola nova), etampouco o comportamento dos alunos podeser controlado em face de objetivospreestabelecidos (escola tecnicista).(PORTO, 1999, p.42).

    PEDAGOGIA RENOVADA

    - A Pedagogia Renovada propõe arenovação escolar, na qual o mais importante éo processo de aprendizagem do individuo. Nestapedagogia o aluno é visto e valorizado comoum ser livre, social e ativo, que aprende a partir de suas descobertas e interesses, sendo sua

    livre expressão valorizada pelo professor.- O professor tem como função facilitar a busca de conhecimento do aluno,proporcionando situações que desenvolvem ascapacidades e habilidades intelectuais, assim“...enquanto a escola tradicional é julgada comoaquela adequada aos sistemas sociais estáveis,cuja continuidade do status quo é desejada aescola nova é apropriada as sociedades emdesenvolvimento, que necessitam de espíritosempreendedores e adaptados às mudançasaceleradas”. (PORTO, 1999, p.40). Devido atantas modificações ocorridas no mundo asescolas vão transformando suas atividades afim de que seus alunos acompanhem essedesenvolvimento contínuo.

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    Na tentativa de formular uma educação transformadora que favorecesse o interessedo povo, foi surgindo primeiro a Pedagogia Libertadora, inspirada por Paulo Freire e aPedagogia Crítico-Social dos Conteúdos, estas “[...] trata-se de duas tendênciaspedagógicas progressistas, propondo uma educação escolar crítica a serviço dastransformações sociais e econômicas, ou seja, de superação das desigualdades sociaisdecorrentes das formas sociais capitalistas de organização da sociedade. No entanto,diferem quanto a objetivos imediatos, meios e estratégias de atingir essas metas geraiscomuns” (LIBÂNEO, 1991, p.69). Essa pedagogia tem como objetivo proporcionar ofuncionamento de escola mediadora entre os alunos e os conteúdos, e estes são tidoscomo conhecimentos dinâmicos e questionáveis.

    Na Pedagogia Libertadora a proposta é de uma educação que favoreça aosestudantes um pensamento crítico que transforme a realidade social, a fim de superar asdesigualdades existentes. Nesta tendência, o professor é visto como o coordenador deatividades, as quais são em torno de temas sociais e políticos, envolvendo problemas aserem analisados com o intuito de estruturar uma forma para atuar na transformação darealidade concreta, após o conhecimento da mesma.

    Alguns educadores não aceitaram a proposta da Pedagogia Libertadora afirmandoque essa tendência dá pouca importância ao saber cultural da humanidade, acreditandoque não era suficiente apenas conhecer as questões sociais, o que é uma visão equivocada.Surgindo a partir daí a Pedagogia Crítico-Social dos Conteúdos em que faz-se necessáriotambém construir o domínio de conhecimentos, capacidades e habilidades que possibilitemaos alunos interpretar e buscar seus interesses pessoais e sociais.

    Como foi relatado acima “[...] o que importa é que os conhecimentos sistematizadossejam confrontados com as experiências sócio-culturais e a vida concreta dos alunos, comomeio de aprendizagem e melhor solidez na assimilação dos conteúdos [...]” (LIBÂNEO,1991, p.70). O ensino deve envolver o domínio de conteúdos científicos, e a problemáticasocial cotidiana para que através deles os estudantes tenham possibilidade de formar asua consciência crítica.

    Diante das tendências abordadas é notável que a educação variasse ao longo dotempo, e devido a tantas transformações ocorridas os educadores estão à procura demelhorias na área em que atuam.

    Vasconcellos nos mostra que é anseio de muitos profissionais que o ambiente escolar seja um espaço utilizado para o crescimento integral do indivíduo. “[...] nosso desejo é quea escola cumpra um papel social de humanização emancipação, onde o aluno possadesabrochar, crescer como pessoa e como cidadão, e onde o professor tenha um trabalhomenos alienado e alienante, que possa repensar sua prática, refletir sobre ela, dar-lhe umnovo significado e buscar novas alternativas [...]” (VASCONCELLOS, 1999). Sendo assimos educadores devem estar em constantes reflexões das suas atitudes, buscando renovar sua prática pedagógica a fim de ajudar os educandos a enfrentar os obstáculos existentesna sociedade.

    Transformar a educação com o objetivo de proporcionar aosindivíduos melhor aproveitamento da sua escolarização é o desejode muitos educadores, os quais estão a cada diaem busca de novos conhecimentos quefavoreçam seus alunos na conquista de novossaberes. Segundo Zabala (2001) para que o

    aluno construa sua aprendizagem pessoaldeve haver a contribuição de uma outra pessoa,porém esta construção precisa ser de interesse e

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    disponibilidade do educando, partindo de seus conhecimentos prévios e suaexperiência para conceder um significado ao seu estudo.

    É necessário que os educadores ajudem os alunos a confiar em suascapacidades para que não desistam diante dos obstáculos, pois os mesmosdevem estar cientes de que aprender não é fácil e neste processo existemdiversos desafios que precisam, ser superados. Com isso ao educador cabeiniciar um trabalho um pouco além do que o aluno já compreende, sendo umaprovocação que desperte seu interesse, a qual na resolução os alunos sintam

    o prazer de ter superado a dificuldade e conquistado novos conhecimentos.Para que o educador promova atividades interessantes aos seus alunos, ele precisa

    planejar seu trabalho e se dedicar ao mesmo, procurando diversificadas formas quefavoreçam a aprendizagem. Uma das maneiras de elaborar atividades é que as mesmassejam ordenadas, de maneira articulada formando uma seqüência que auxiliem os alunosna compreensão dos assuntos abordados.

    A seqüência de atividades favorece um melhor relacionamento entre elas tornando-as interligadas e envolvendo os alunos na participação das mesmas, assim:

    Uma das coisas que o docente precisa privilegiar em sua seqüência didática é o deelaborar atividades de acordo com o interesse do aluno, para que não proponha algo quedesestimulem seus desejos, por ser muito fácil de resolver ou por não terem construídoainda os esquemas cognitivos para a mesma.

    No entanto, muitos educadores vão em busca de estudos que os ajudem nadescoberta de novos conhecimentos, os quais despertem em seus educandos o gosto doaprender. A procura do crescimento profissional faz com que o indivíduo se depare comsituações conflitantes em relação suas atitudes e as de outras pessoas e as informaçõesestudadas. O conflito de muitos educadores ocorrem no instante em que têm a oportunidadede estar observando a prática pedagógica do outro, analisando e refletindo sobre a formade agir do colega, e muitas vezes se encontrando nas atitudes do mesmo.

    “[...] a identificação das fases de uma seqüência didática, as atividadesque a conformam e as relações que se estabelecem deve nos servir paracompreender o valor educacional que têm, as razões que as justificam e anecessidade de introduzir mudanças ou atividades novas que a melhorem [...]”(ZABALA, 1998, p. 54). Por isso, o educador deve estar em constante processode reflexão, a fim de identificar o que precisa ser modificado em sua prática.

    Cinema e Conhecimento...O cinema é mágico e nos leva a lugares longínquos, jamais vistos... ao mesmo tempo

    nos transporta a nós mesmos, ao que há de mais íntimo e muitas vezes desconhecido donosso próprio universo da consciência, da racionalidade. O olhar do cineasta nos faz sonhar e refletir sobre nossa vida.

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    Filmes que nos fazem pensar, refletir, agir e mudar, orientando nossos caminhos...

    O Sorriso de Monalisa – Nike Newell

    Katherine Watson é uma solteirona convicta, mulher moderna, quesai da ensolarada e liberal Califórnia com destino à pacata Nova Inglaterra.Katherine será professora de História da Arte em uma das maisconceituadas universidades americanas, a Wellesley. Ao chegar no seu novotrabalho, Katherine logo entende que todas suas alunas são mais do queapenas inteligentes e esforçadas. Mas isso não faz delas perfeitas. Entra,então, a função primordial de um bom educador, ensinar a pensar. E estepassa a ser o principal intuito de Katherine, depois de perceber que a maioria das meninasali tinha enorme potencial, mas o jogariam fora se casando e vivendo uma vida de servidãodomiciliar.Mais do que qualquer professora novata, ela vai ser questionada não apenaspelo seu jeito de lecionar, mas também pela sua vida pessoal. Afinal, na década de 50, nãoera comum ver mulheres que abriam mão da “estabilidade” de um casamento em favor do

    sucesso profissional.O Óleo de Lorenzo - George Miller

    Um garoto levava uma vida normal até que, quando tinha seis anos,estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter diversos problemasde ordem mental que foram diagnosticados como ALD, uma doençaextremamente rara que provoca uma incurável degeneração no cérebro,levando o paciente à morte em no máximo dois anos. Os pais do meninoficam frustrados com o fracasso dos médicos e a falta de medicamentopara uma doença desta natureza. Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de descobrir algo que possa deter o avanço da doença.

    Central do Brasil – Walter Salles

    Dora (Fernanda Montenegro) escreve cartas para analfabetos naCentral do Brasil. Nos relatos que ela ouve e transcreve, surge um Brasildesconhecido e fascinante, um verdadeiro panorama da populaçãomigrante, que tenta manter os laços com os parentes e o passado.

    Mentes que Brilham – Jodie Foster

    Fred Tate é um superdotado que vive com a sua mãe Dede Tate,uma empregada de mesa, que se esforça para o educar como uma criançanormal, mas que apesar de tudo não o consegue integrar num meio quefacilmente marginaliza todos aqueles que se mostram diferentes. Recorreentão a Jane Griersm uma psicóloga diretora de uma escola parasuperdotados, que se deixa maravilhar pela inteligência e sensibilidade deFred e que decide escrever um livro sobre ele. Jane pede, então, a suaguarda a Dede, por um verão, alegando que Fred poderá assistir a um curso universitárioenquanto ela o observa. Neste período de afastamento da sua mãe, Fred descobrirá quetoda a sua inteligência não significará muito sem ninguém que o ame e acarinhe com a umacriança normal.

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    O jardim secreto – Agnieszka HollandNo início do século XX, Mary Lennox (Kate Maberly)

    vivia na Índia com seus pais, que não lhe davam muita atenção.Porém um estouro de elefantes os mata e, seis meses depois,Mary desembarca em Liverpool, na Inglaterra, para viver comLorde Archibald Craven (John Lynch), seu tio, na mansãoMisselthwaite, uma construção feita de pedra, madeira e metalna qual existem segredos e antigas feridas. Mary estava

    assustada naquele solar com várias dezenas de quartos e era incrivelmentemimada, pois lhe desagradava a idéia de vestir suas roupas, já que na Índia isto era tarefade suas aias.A mansão é administrada pela Sra. Medlock (Maggie Smith), uma rigorosa efria governanta. Lorde Craven perdeu a mulher há dez anos e nunca mais conseguiu superar a tragédia. Para piorar Colin Craven (Heydon Prowse), seu filho, também sobre de extremaapatia, sempre recolhido no seu quarto. Mais uma vez negligenciada, Mary passa a explorar a propriedade e descobre um jardim abandonado. Entusiasmada com a descoberta, Marydecide restaurar o lugar com a ajuda do filho de um dos serviçais da casa.

    A Ética Profissional do Educador A qualificação dos alunos como sujeitos de refletir historicamente exige

    do professor convicção e persistência para executar um processo demoradocujos resultados no curto prazo podem deixar a desejar, especialmenteconsiderar-se o peso da tradição escolar (CALLAI, 1997).

    Moral e ética às vezes são palavras empregadas como sinônimos: conjunto deprincípios ou padrões de conduta (PCN, 1998, p. 69). A ética pode também significar filosofiada moral, portanto, um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas de conduta. Em

    outro sentido, ética pode significar um conjunto de princípios e normas que um grupoestabelece para seu exercício profissional.Em outro sentido ainda pode referir-se a uma distinção entre princípios que dão

    rumo ao pensar sem, diante mão, prescrever formas precisas de conduta (Ética) e regrasprecisas e fechadas (Moral). Neste sentido, é importante atentar para o fato da expressãomoral ter, para muitos, adquirido sentido pejorativo associado a moralismo. Desta forma,cabe ao docente entender ética como valores e regras, não como apenas regras, em seusentido estrito.

    Partindo-se do pressuposto de que é preciso oprofessor possuir critérios, valores e, ainda mais, estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para nortear suaprática é imprescindível perceber que o universo doconhecimento é amplo e complexo. Compreender que somos seres humanos inacabados e estamosbuscando a melhoria da qualidade de ensino,constantemente, requer dos profissionais daeducação uma conduta, uma ética profissional, umdiagnóstico da realidade na qual está inserido, e maisque isso, compreender o seu aluno em suas dificuldadese possibilidades.

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    Escola Democrática já é uma Lição

    O respeito mútuo, a justiça, a justiça, o diálogo e a solidariedade são pontos dedestaque dentro do conteúdo de ética no Ensino Fundamental. A importância de inclui-losno programa se torna clara quando as diversas etnias, culturas, religiões e opiniões presentesna formação da população brasileira são levadas em conta. Essa diversidade gerapreconceitos que se manifestam na forma de intolerância ou desprezo com relação ao queé diferente. Seus alunos devem saber que todas as pessoas são dignas de respeito, nãoimporta o sexo, a idade, a cultura, a raça, classe social ou grau de instrução.

    A ética permeia todo o currículo. É uma discussão que perpassa pelas guerrasestudadas nas aulas de História, pelo jeito certo ou errado de falar nossa língua e pelocuidado com o meio ambiente. Além disso, o tema está presente nas relações internas daescola. A convivência democrática entre professores e alunos ou entre colegas vale comouma bela experiência para estudantes.

    (Nova Escola, 2001)

    A própria lei — Diretrizes Curriculares Nacionais — dá ao professor e à instituiçãouma flexibilidade para que se desenvolva a ética e a pluralidade cultural em nossas escolase incentiva a formação integral do cidadão. Podemos ser agentes transformadores epesquisadores de saberes da prática docente, que irão proporcionar prazer e alegria aoeducando que busca o conhecimento, incansavelmente, acreditamos ser este o papel éticodo professor.

    De acordo com Freire (1981 p. 52) é necessário:

    O desenvolvimento de uma consciência crítica,que permite ao homem transformar a realidade, é cadavez mais urgente. Na medida em que os homens, dentrode sua sociedade, vão respondendo aos desafios domundo, vão também fazendo história, por sua própriaatividade criadora.

    Mudar é preciso e necessário para saber conviver no século XXI. Mudar nossosparadigmas com relação ao que fomos e ao que somos; ao que aprendemos no passado eao que estamos aprendendo no agora. Sendo assim, torna-se um desafio “aprender a

    aprender”, “aprender a ser” e “aprender a fazer” (DELORS, 2000, p. 89-99) no processo deensino-aprendizagem.Reavaliar nossos conceitos, concepções e valores traz para o nosso mundo real

    uma visão multidimensional do nosso ser. É preciso ter sabedoria, coragem, determinação,prudência, serenidade para atuar na escola de hoje que é dinâmica, transformadora.

    As mudanças não ocorrem por um acaso. Elas obedecem à evolução da humanidadee ao desejo de transformação, levando o homem a atuar no universo de forma progressista.O conhecimento tem chegado de forma assustadora no universo escolar. Com o processode globalização as informações estão conectadas em rede, e nós não conseguimosacompanhar esse universo informativo que está chegando a todo o momento. E como

    avaliaríamos tais informações, sendo professores?É muito complexo entender e compreender essas questões que não deixam departicipar de nosso dia-a-dia e de nossa prática profissional. Quantas vezes, na sala deaula, o aluno traz informações das quais, nós não estamos preparados para responder? O

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    aprender a ouvir o aluno e estar participando com ele do processo ensino-aprendizagem é outro desafio que teremos que enfrentar no cotidiano escolar.

    Entender o humano, como diz Morin (2000), é complexo. A complexidadedo pensamento humano liga-se a incertezas e, ao mesmo tempo, busca umacerteza no conhecimento. E o que é o conhecimento? É um aprender a ser avaliado para saber se aprendeu? Por que tantas exigências, sem nem aomenos sabemos para que servem?O refletir, o pesquisar, o se informar sobre nós, enquanto sujeitos e

    objetos do conhecimento se torna necessário para compreender o humano.Corporificar é buscar ser exemplo ou mesmo referência para os alunos, hoje é

    importante, pois, muitos se encontram no olhar que têm de um determinado professor que julga ser o melhor (FREIRE, 1997, p.38). Mesmo essa premissa podendo ser falsa, háaqueles que nela acreditam e se fundamentam para conseguir lutar pelos seus sonhos.

    O professor tem que procurar levar seus alunos a pesquisarem, a se comprometereme a construírem sua história, sua identidade em um mundo em constantes transformações.Buscar melhorar seus hábitos e atitudes são essenciais, para que as mudanças ocorram.

    Somos seres mutáveis e necessitamos de nos inter relacionarmos para transformamosnossas vidas.

    Para Freire (1997, p. 44):

    Não é apenas preciso mudar, o que, porém exige paciência, uma paciênciaque eu chamo de impaciente, que exige também conhecimento, humildade euma pressa não demasiada apressada, quer dizer, você tem que viver um tempoem que você corre e anda também, anda quando pode, corre quando pode.

    O tempo é o senhor da sabedoria. Temos que confiar em nossa capacidade deaprender a conhecer o universo cultural em que vivemos. Compreender o ser humano esuas relações no espaço em que vive. Aprender que as mudanças existem e que podemosser pacientes em diagnosticá-las como processo de transformação ou processo deinvestigação de nossa própria natureza. Vivemos em um mundo dicotômico, e a partir desuas irreverências, podemos discernir o que seria melhor para a formação de um cidadão,político e consciente de sua formação de educador crítico e reflexivo.

    Neste contexto, ética no ensino das áreas de conhecimento das séries iniciais doEnsino Fundamental constitui um dos temas transversais propostos nos ParâmetrosCurriculares Nacionais (1998) e reflete a preocupação para que a escola e o docente realizem

    um trabalho que incentive a autonomia na constituição de valores de cada aluno, ajudando-o a se posicionar nas relações sociais dentro da escola e da comunidade como um todo.São quatro blocos temáticos principais: respeito mútuo, justiça, diálogo e solidariedade.

    Em síntese...

    Todo professor é uma referência para os seus alunos. Sendo assim, deve cumprir com o seu papel que é o de possibilitar uma reflexão crítica em seus alunos, isto é, no quediz respeito à ética eles devem ser capazes de:

    Compreender o conceito de justiça e perceber a necessidade da construção de umasociedade justa;Respeitar as diferenças entre as pessoas;Questionar os conteúdos trabalhados e buscar recriá-los frente a sua realidade;

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    Valorizar o diálogo como forma de esclarecer conflitos e tomar decisões coletivas;Perceber as relações entre a história do passado com o presente; Aplicar os conhecimentos adquiridos na escola para construir uma sociedade

    democrática.

    Agora é hora de TRABALHAR

    [[[[[#

    ]]]]]

    Texto Complementar...Ética e Educação no Mundo Globalizado

    A sociedade atual caracterizada pelas tecnologias da informação, em escala globale em ritmo de tempo nulo lança desafios outros à educação escolar, que conta com apresença ativa do professor na sala de aula. A educação tradicional ocupava-se datransmissão de conteúdos, fornecimento de informações, já que escassas. Agora, ante oexcesso de informações com que se defrontam alunos e professores, cumprem à educação,fazê-las significativas às experiências de vida, aos interesses e valores da vida em comum,desde o cotidiano vivido de cada um à convivência solidária e co-responsável de todos oshomens. Faz-se necessária a consciência de que todo ato humano é ético porque é ato delinguagem que produz o mundo que se cria com outros na convivência de todos com todos.

    Impõe-se hoje uma ecologia cognitiva de redes complexas, na qual interajam os atoreshumanos, biológicos, técnicos, os fatores culturais e as conquistas científicas referidas àssituações concretas de vida. E, quanto mais parecem dispensáveis, as relaçõesinterpessoais, calorosas e densas, mas se exigirão elas num mundo aberto à cidadania detodos por igual, diferençado e plural, na valorização do que é próximo e familiar.

    Essas possibilidades imensas que se abrem, esses processos da comunicaçãoampliada, dependem, com tudo ou mais, dos usos que deles se façam. Por isso, multiplicam-se também e adensam-se às responsabilidades éticas da escola posta como lugar do debatee da argumentação discursiva de que participem todos em pé de igualdade e, no sentidomelhor, adquirir a capacidade de entendimento mútuo dos seres humanos entre si, e, comisso, garantir uma melhor qualidade de vida.

    Os conhecimentos que a escola deve disseminar na contemporaneidade não podemser encarados como certezas ou verdades absolutas, mas como saberes sempre provisórios,sempre em movimento de reconstrução nas aprendizagens significativas, abertas a novasreformulações, controladas por comunidades argumentativas e postas no âmbito da maisampla publicidade crítica; por isso, éticas. (Revista Espaços da Escola, 1991).

    Após a leitura, comente a importância do estágio nasséries iniciais do Ensino Fundamental na perspectiva daeducação atual.

    1.....

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    Enumere cinco razões que tornam importante a realização do EstágioSupervisionado.2.....

    Leia o texto e analisa as questões abaixo:

    O Professor e o Ensino da Condição Humana

    No que se refere aos parâmetros para o desenvolvimento de propostas à formaçãoeducacional, muitos têm sido os escritos destinados a repensar, em nível mundial, a educação.

    Entre eles, destacam-se: Os sete saberes necessários à educação do futuro, de Edgar Morin (2001),e Educação: um tesouro a descobrir, também denominado Relatório JacquesDelors. Ambos foram considerados pela UNESCO como referenciais para orestabelecimento de políticas educacionais para o futuro.

    A educação é a forma pela qual há a transmissão de forma maciça e, muitas vezes,eficaz do conhecimento. Baseando-se em Morin, considera-se que há sete saberesfundamentais que a educação do futuro deve tratar em toda sociedade e em toda cultura,sem exclusividade ou rejeição, segundo modelos e regras próprias a cada sociedade ecada cultura.

    O conjunto das reflexões atuais sobre a reforma do sistema educacional, da educaçãobásica e a formação de professores, requer dois investimentos cognitivos que secomplementam: o exercício de um diálogo capaz de articular nossas competências e aescolha de meta-temas e princípios que exponham, com clareza, o ideário da educaçãoque queremos.

    Desse ponto de vista, é necessário expor, problematizar e avaliar se a produção doconhecimento de que dispomos como herança histórico-cultural, responde, de maneirasatisfatória, aos problemas que emergem na sociedade contemporânea, marcados pelarelação de complementaridade e oposição entre ciência, tecnologia e meio ambiente. Maisque isso, interessa perguntar se nossa prática como educador nos permite projetar e construir as bases de uma sociedade futura. Abrir as especialidades, prover métodos de pensar querejuntem conhecimentos e reconstruir um sujeito capaz de problematizar a condição humana

    parecem ser o protocolo básico para repensar a educação. Uma reforma do pensamento(Morin), orientada pela desconstrução e reconstrução dos atuais modelos cognitivos (Atlan),certamente facilitará a escolha de fatos portadores de sentido (Rosnay) que possam fazer da educação o ensino da condição humana em sintonia com os domínios do mundo quefundam essa condição.

    De acordo com o texto, o conhecimento precisa ser pautado em que bases teóricas?

    3.....

    a.....

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    Na sua opinião, quais os benefícios que tem um estudante de licenciatura em realizar um estágio supervisionado?4.....

    Confronte as principais características da Pedagogia Tradicional e da PedagogiaRenovada, considerando sua inserção enquanto estagiário-docente.5.....

    6.....Na sua opinião, a ética é uma palavra em desuso pelos profissionais de educaçãoou tem sido um tema que participa ativamente dos debates educativos? Justifique suaresposta.

    Explique como o planejamento impulsiona a aquisição de conhecimentos por partedos educandos.7.....

    Descreva a natureza do Estágio Supervisionado, explicitando quais os seus desejose expectativas em relação à sua prática.8.....

    De acordo com as definições apresentadas e as definições que você conhece

    advindas do senso comum, recrie um conceito de ética e um conceito de ética profissional.

    9.....

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    Desenvolvimento Cognitivo dos AlunosEm uma sociedade democrática, o professor tem vários desafios. Um dos mais

    importantes é o de estimular a aprendizagem e desenvolver habilidades e competênciasestruturais e básicas nos alunos, preparando-os para se tornarem cidadãos plenos eemancipados em todos os campos de sua vida. De acordo com Jacques Delors, a educaçãodeve se fundamentar nos quatro pilares da educação para o século XXI: aprender a ser,aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a conviver.

    ESTÁGIOSUPERVISIONADO NASSÉRIESINICIAIS DOENSINOFUNDAMENTAL

    Em seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes Necessários àPrática Educativa, Paulo Freire oferece contribuições valiosas paraconduzir à reflexão sobre a competência docente.

    Ensinar exige razão de ser de alguns desses saberes em relação como ensino dos conteúdos [...]. Ensinar exige disponibilidade para o diálogo [...]nas relações com os outros que não fizeram necessariamente as mesmasopções que eu fiz, no nível da política, da ética, da estética, da pedagogia [...],que me encontro com eles ou com elas [...]. Ensinar exige o reconhecimento ea assunção da identidade pensante, comunicante, transformador, criador,realizador de sonhos [...]. Ensinar exige a apreensão da realidade [...],transformar a realidade para nela intervir, recriando-a [...]. Ensinar exigesegurança, profissional e generosidade [...]. O fundamental no aprendizadodo conteúdo é a construção da responsabilidade da liberdade que se assume[...] (FREIRE, 1996, p. 35).

    Segundo Fonseca (2003, p. 117), nos últimos anos do século XX, o ensino deveriaser precedido nas produções de conhecimento no cotidiano escolar. A autora focaliza apossibilidade de organização do ensino, especificando o de história, por projetos de pesquisana atual realidade escolar brasileira.

    Zabala (1998, p. 27) complementa que por trás de qualquer proposta metodológicase esconde uma concepção de valor que se atribui ao ensino, assim como certas idéiasmais ou menos formalizadas e explícitas em relação aos processos de ensinar e aprender.

    Neste sentido, o educador precisa acompanhar as mudanças, promovendo na salade aula o entendimento entre o tradicional, o novo e o diferente, trabalhando os conflitos,transformando a escola em um espaço de convivência prazerosa do aprender e do saber,

    valorizando a cultura original do aluno.Uma atividade que agrega ludicidade e teoria é o reflexo de como deve pensar umaescola no século XXI. Segundo os PCN’s (1998, p. 40), no processo de aprendizagem, oprofessor é o principal responsável pela criação de situações de trocas, de estímulos na

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    construção de relações entre o estudado e o vivido, de integraçãocom outras áreas de conhecimento, de possibilidade de acessodos alunos a novas informações, de confrontos de opiniões,de apoio ao estudante na recriação de suasexplicações e de transformação do meio em que vive.

    Inclusão Digital nas EscolasHá uma década, computador em escola

    brasileira era, quando muito, privilégio de elite. Seuuso praticamente se restringia a processar textos e a internet era novidade absoluta. Hojeesses recursos são os mais básicos de uma enorme gama de opções. As escolas públicascom laboratório de informática ainda são 11% do total, segundo o Ministério da Educação.Mais cedo ou mais tarde, contudo, eles estarão em toda a rede de ensino.

    Fazer parte dos novos tempos não depende apenas de equipamentos modernos. Ainteração que eles permitem pede uma revisão dos métodos tradicionais de ensino. Quanto

    mais se mantiverem os hábitos que relegam o aluno a um papel meramente receptor, menosdiferença a tecnologia fará no aprendizado. Em muitas escolas, os computadores ficamdurante a maior parte do tempo confinados a salas que só se abrem para aulas de informática,sem se incorporar ao projeto pedagógico. É como deixar trancados os livros da bibliotecaou limitar seu uso ao processo estrito de alfabetização.

    Em geral, crianças e jovens sabem aproveitar por conta própria as oportunidadesoferecidas pelo mundo digital, ainda que - claro - com propósitos recreativos. Segundo oComitê Gestor da Internet no Brasil, dos 32,1 milhões de usuários da rede no país, a maioriaé jovem. Alguns professores ficam constrangidos diante dessa desenvoltura, mas não hárazão para isso. O papel do professor, portanto, é dar um sentido ao uso da tecnologia,produzir conhecimento com base em um labirinto de possibilidades. É possível, por exemplo,estimular o raciocínio lógico com jogos virtuais ou criar páginas na internet para os alunospublicarem seus textos.

    Texto adaptado da Revista Nova escola(http://revistaescola.abril.com.br/edicoes/0195/aberto/mt_161219.shtml).

    Inteligências Múltiplas e diversidade em Sala de Aula

    Etimologicamente, a palavra “inteligência”, no latimintellegoorigina-se da junçãodas palavras inter (entre) e eligere (escolher), que em seu sentido mais amplo, significacapacidade para compreendermos as coisas. Convencionalmente a inteligência é entendidacomo a faculdade de compreender. O primeiro sentido diz respeito a questões como: ainteligência é também uma questão de discernimento, de distinção, discriminação.

    De acordo com Antunes (1998, p. 18), a inteligência “é produto de uma operaçãocerebral e permite ao sujeito resolver problemas e, até mesmo, criar produtos que tenham

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    EstágioSupervisionado I

    valor específico dentro de uma cultura”. Sob esta ótica, a inteligência contribuipara que em situações difíceis possamos perceber e criar alternativas atravésdas quais possamos decidir em optar ou venhamos a dar sugestõessignificativas para resolução e/ou encaminhamento de um determinadoproblema.

    A Teoria das Inteligências Múltiplas, de Howard Gardner (1985) abordao conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, quepermite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área

    de atuação. Sua insatisfação com a idéia de quociente de inteligência (QI) e com visõesunitárias de inteligência, que focalizam, sobretudo, as habilidades importantes para osucesso escolar, levou Gardner a redefinir inteligência à luz das origens biológicas dahabilidade para resolver problemas.

    Assim, a inteligência pode ser entendida como apacidade inata, geral e única, quepermite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação.Sua insatisfação com a idéia de quociente de inteligência (QI) e com visões unitárias deinteligência, que focalizam, sobretudo, as habilidades importantes para o sucesso escolar,

    levou Gardner a redefinir inteligência à luz das origens biológicas da habilidade para resolver problemas. Através da avaliação das atuações de diferentes profissionais em diversasculturas, e do repertório de habilidades dos seres humanos na busca de soluções,culturalmente apropriadas, para os seus problemas, o autor trabalhou no sentido inverso aodesenvolvimento, retroagindo para eventualmente chegar às inteligências que deram origema tais realizações. Na sua pesquisa, Gardner estudou também:

    O desenvolvimento de diferentes habilidades em crianças normais e criançassuperdotadas;

    Adultos com lesões cerebrais e como estes não perdem a intensidade de suaprodução intelectual, mas sim uma ou algumas habilidades, sem que outras habilidadessejam sequer atingidas;

    Populações ditas excepcionais, tais como idiot-savants e autistas, e como osprimeiros podem dispor de apenas uma competência, sendo bastante incapazes nas demaisfunções cerebrais, enquanto as crianças autistas apresentam ausências nas suas habilidadesintelectuais; (d) como se deu o desenvolvimento cognitivo através dos milênios.

    Psicólogo construtivista muito influenciado por Piaget, Gardner distingue-se de seucolega de Genebra na medida em que Piaget acreditava que todos os aspectos dasimbolização partem de uma mesma função semiótica, enquanto que ele acredita queprocessos psicológicos independentes são empregados quando o indivíduo lida comsímbolos lingüísticos, numéricos gestuais ou outros.Segundo Gardner uma criança pode ter um desempenho precoce em uma área (oque Piaget chamaria de pensamento formal) e estar na média ou mesmo abaixo da médiaem outra (o equivalente, por exemplo, ao estágio sensório-motor). Gardner descreve odesenvolvimento cognitivo como uma capacidade cada vez maior de entender e expressar significado em vários sistemas simbólicos utilizados num contexto cultural, e sugere quenão há uma ligação necessária entre a capacidade ou estágio de desenvolvimento em umaárea de desempenho e capacidades ou estágios em outras áreas ou domínios.

    Num plano de análise psicológico, afirma Gardner (1982), cada área ou domínio temseu sistema simbólico próprio; num plano sociológico de estudo, cada domínio se caracteriza

    pelo desenvolvimento de competências valorizadas em culturas específicas.Ele sugere, ainda, que as habilidades humanas não são organizadas de formahorizontal; ele propõe que se pense nessas habilidades como organizadas verticalmente, e

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    que, ao invés de haver uma faculdade mental geral, como a memória, talvez existam formasindependentes de percepção, memória e aprendizado, em cada área ou domínio, compossíveis semelhanças entre as áreas, mas não necessariamente uma relação direta.

    Na sua teoria, Gardner propõe que todos os indivíduos, em princípio, têm a habilidadede questionar e procurar respostas usando todas as inteligências. Todos os indivíduospossuem, como parte de sua bagagem genética, certas habilidades básicas em todas asinteligências. A linha de desenvolvimento de cada inteligência, no entanto, será determinadatanto por fatores genéticos e neurobiológicos quanto por condições ambientais. Ele propõe,ainda, que cada uma destas inteligências tem sua forma própria de pensamento, ou deprocessamento de informações, além de seu sistema simbólico. Estes sistemas simbólicosestabelecem o contato entre os aspectos básicos da cognição e a variedade de papéis efunções culturais.

    Segundo Antunes (1998), os estímulos são o alimento da inteligência e estãopresentes desde o início da infância, contudo isto deve ocorrer de maneira maneira gradual,sem excessos, pois “estimulações excessivas, já se disse antes, possui o mesmo sentidoque alimentação em quantidade acima da necessidade”. Neste sentido, cabe ao professor

    estar conectado ao educando o tempo todo, observando seus interesses. É importante ter em mãos os recursos para que sejam usados com sobriedade e, principalmente, com aparticipação da comunidade escolar.

    “ Nunca confunda velocidade naaprendizagem com inteligência”

    (ANTUNES, 1998)

    A noção de cultura é básica para a Teoria das Inteligências Múltiplas. Com a suadefinição de inteligência como a habilidade para resolver problemas ou criar produtos quesão significativos em um ou mais ambientes culturais, Gardner sugere que alguns talentossó se desenvolvem porque são valorizados pelo ambiente. Ele afirma que cada culturavaloriza certos talentos, que devem ser dominados por uma quantidade de indivíduos e,depois, passados para a geração seguinte.

    As implicações da teoria de Gardner para a educação são claras quando se analisaa importância dada às diversas formas de pensamento, aos estágios de desenvolvimentodas várias inteligências e à relação existente entre estes estágios, a aquisição deconhecimento e a cultura.

    As inteligências em um ser humano são mais ou menos como janelas de um quar to. Abrem-se aos poucos, sem pressa, e pra cada etapadessa abertura existem múltiplos estímulos... Os estímulos não atuamdiretamente sobre a janela, mas se aplicado adequadamente, desenvolvehabilidades e estas, sim, conduzem a APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS(ANTUNES, 19980).

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    Thomas Armstrong incorpora, em seus escritos, as pesquisas maisnovas de Gardner e outros estudiosos. Os estudos originais de Gardner sugerem que a mente humana é composta por sete inteligências – lingüística,lógico-matemática, espacial, corporal-cinestésica, musical, interpessoal,intrapessoal, naturalista e, possivelmente, existencial. Os estudos de Armstrongproporcionam ajudar educadores de todos os níveis a aplicarem a teoria dasIM ao desenvolvimento de currículos, planejamento de aulas, avaliação,educação especial, habilidades cognitivas, tecnologia educacional,

    desenvolvimento de carreira, políticas educacionais e muito mais. Armstrong apresentainstrumentos, recursos e idéias que os professores poderão usar imediatamente para ajudar alunos de todas as idades a atingirem o seu potencial máximo na vida.

    Com o surgimento desta teoria o conceito de inteligência foi reestruturado e o ser humano passou a ser compreendido na sua multidimensão. As discussões evidenciavamque as inteligências são competências, e dessa forma se responsabiliza pela soluçãoespecífica de problemas diferenciados com a capacidade de criação de “produtos” válidospara uma determinada cultura.

    De acordo com Gardner (1996), seriam oito as inteligências, denominadasinteligências múltiplas: inteligências lingüística ou verbal, a lógica-matemática, a espacial, amusical, a cinestésica corporal, a naturalista e as inteligências pessoais, isto é, intrapessoale a interpessoal. Posteriormente, outras inteligências vêm sendo estudadas. Mas para efeitodo nosso trabalho educativo entendemos que o trabalho de Antunes ainda nos satisfaz.

    Vejamos como Antunes (1998, p.111-113) inspirado em Gardner, apresentou asinteligências:

    Lingüística: capacidade de processar rapidamente mensagens lingüísticas, de ordenar palavras e de dar sentido lúcido às mensagens;

    Lógico-matemática: facilidade para o cálculo e para a percepção da geometriaespacial. Prazer específico em resolver problemas embutidos em palavras cruzadas,charadas ou problemas lógicos como os do tangram, dos jogos de gamão ou xadrez;

    Espacial: capacidade de perceber formas e objetos mesmo quando apresentadosem ângulos não-usuais, capacidade de perceber o mundo visual com precisão, de efetuar transformações sobre as percepções, de imaginar movimento ou deslocamento interno entreas partes de uma configuração, de recriar aspetos de experiência visual e de perceber asdireções no espaço concreto e abstrato;

    Musical: facilidade para identificar sons diferentes, perceber nuanças em suaintensidade e direcionalidade. Reconhecer sons naturais e, na música, perceber a distinçãoentre tom, melodia, ritmo, timbre e freqüência. Isolar sons em agrupamentos musicais;

    Cinestésica corporal: capacidade de usar o próprio corpo de maneira diferenciadae hábil para propósitos expressivos. Capacidade de trabalhar com objetos, tanto os queenvolvem motricidade específica, quanto os que exploram uso integral do corpo;

    Pictórica: capacidade de expressão por traço, desenho ou caricatura. Sensibilidade

    para dar movimento e beleza a desenhos e pinturas, autonomia para captar e retransmitir as cores da natureza, movimentar-se com facilidade de diferentes níveis da computaçãografia;

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    Criar centros de atividades;Dar aos alunos opções de tarefas de casa;Ensinar aos alunos sobre as Inteligências Múltiplas;Concentrar-se nas potencialidades de alunos rotulados;Usar as Inteligências múltiplas para desenvolver avaliações;Preparar alunos para o mundo (das Inteligências Múltiplas) real.

    Durante o Estágio Supervisionado a ser desenvolvido nas instituiçõesde ensino, torna-se fundamental estarmos atentos no que diz respeito ao desenvolvimentodas múltiplas inteligências, e possíveis relações com o desenvolvimento da aprendizagem.Identificá-las e analisar suas implicações com a aprendizagem é importantíssimo, para quedurante a sua co-participação nas atividades escolares, você obtenha sucesso.

    Princípios orientadores da ação pedagógica na sala de aula:interdisciplinaridade e contextualização

    A vida cotidiana impõe aos cidadãos situações nas quais o ato de pesquisar estáconstantemente presente. Dessa forma, a construção de saberes escolares deve seguir osmoldes dos saberes construídos na vida. Isso exige empenho dos profissionais de educaçãono sentido de efetuarem intervenções pedagógicas que favoreçam a pesquisa no contextoescolar.

    A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB – lei nº 9.394/96) foi aresponsável por uma nova onda de debates sobre a formação docente no Brasil. Antesmesmo da aprovação dessa lei, o seu longo trânsito no Congresso Nacional suscitoudiscussões a respeito do novo modelo educacional para o Brasil e, mais especificamente,sobre os novos parâmetros para a formação de professores.

    Atualmente, aprender a aprender é condição primordial para o processo de aquisiçãode um conhecimento de qualidade na sala de aula. Através da interdisciplinaridade e dacontextualização cria-se a possibilidade de construção de aprendizagens significativas.

    A interdisciplinaridade é um processo de conhecimento que busca a cooperaçãoativa entre áreas do saber, permitindo o intercâmbio e o enriquecimento na compreensão eexplicação do universo a ser pesquisado. Supõe, portanto, a decisão intencional de seestabelecerem nexos e vínculos existentes entre as várias disciplinas de modo a privilegiar todos os aspectos: históricos, políticos, econômicos, socioculturais, na compreensão dadinâmica do ser humano, concretizada no diálogo entre os diversos saberes, de forma quepossam emergir novas formas de interpretação da realidade.

    A prática reflexiva, profissionalização, trabalho em equipe e por projetos, autonomiae responsabilidades crescentes, pedagogias diferenciadas, centralização sobre dispositivose sobre as situações de aprendizagem, sensibilidade à relação com o saber e com a leidelineiam o roteiro para o novo ofício. Logo, a dimensão do ensino e da aprendizagem émarcada por um tipo especial de relação, mediada pela apropriação do saber.

    O ofício de professor não é imutável. Suas mudanças passam principalmente pelaemergência de novas “competências” (ligadas, por exemplo, ao trabalho com outrosprofissionais ou à evolução das didáticas) ou pela acentuação de competênciasreconhecidas, por exemplo, para enfrentar a crescente heterogeneidade dos efetivosescolares e a evolução dos programas.

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    Próximos aos livros didáticos estão os livros de consulta, os pára-didáticos,as revistas, as enciclopédias e os dicionários. Eles complementam asinformações, as ampliam e ajudam a alcançar maior precisão e ligaçãointerdisciplinar. O professor deve conhecer integralmente o livro didático e assuas projeções de relação com outros meios e procedimentos aplicáveis nasatividades.

    OS VÍDEOS - A escolha de um vídeo e sua utilização passam por váriasetapas de preparação. Deve-se considerar o ajuste do tema aos objetivosestabelecidos, que pode ser total ou parcial, como também, a análise prévia dos vídeos por parte do professor ou do coletivo de professores, a reflexão e discussão sobre o conteúdoe a forma de apresentação; a confecção (caso não exista) de uma ficha técnica, uma sinopse(indicando os aspectos que são tratados e chamando à atenção para determinadosassuntos), um roteiro de análise e debates, um elenco de fontes complementares deinformação e, finalmente, uma orientação para a concretização (individual ou grupal) devalores, conhecimentos e habilidades, derivados das múltiplas leituras de um vídeo. Junto atudo isso a medição de quanto foram cumpridos os objetivos específicos da atividade.

    A INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO -O emprego da computação no ensino é ilimitado.Para tanto é necessária a escolha do software apropriado ao objetivo que se quer alcançar.Dentre os tipos a empregar então, tutoriais, simuladores, programas interativos (inclusive jogos), enciclopédias, dicionários; e outros softwares especialmente dedicados ao cálculo,realização de gráficos, escritura de textos, etc.

    AS VISITAS - As visitas, como outras atividades, devem ser preparadas com muitodetalhe no que diz respeito aos seus objetivos estabelecidos no plano de aula. A escolha davisita a uma fábrica, um laboratório, um centro de saúde, um ambiente natural ou construído,etc. se deve a determinado fim. Na preparação da visita, o fim se destaca de maneira clarae a seqüência de etapas na realização da visita deve ser desenhada conjuntamente entreos professores, os alunos e a entidade a ser visitada. Significa que os professores deverãovisitar antes uma ou mais vezes a entidade em questão, declarar o interesse fundamentalda visita, o nível de profundidade e abrangência das informações sobre os aspectos deinteresse e o vínculo lógico das disciplinas presentes. Os alunos e professores podemelaborar um roteiro da visita e, caso seja conveniente, roteiros de entrevistas ou perguntaspreviamente elaboradas para obter as respostas a hipóteses, ou assuntos levantados emsala de aula ou em grupos. A visita deve aportar elementos novos sobre aspectospossivelmente já considerados em uma outra dimensão ou aproximação.

    Texto adaptado do site http://aafd.educar.pro.br/ead/procurricular/Atividad.html

    Nesse sentido, para alcançar as aulas interessantes, através de atividadesdiversificadas, citadas acima, não basta apenas dividir os acontecimentos pela gradesemanal de horários. É preciso pensar no enfoque que será dado ao conteúdo, na formacomo ele será abordado e, principalmente, que ponto devemos chegar.

    Saiba mais...Dez domínios de competências reconhecidas como prioritárias na formação contínua

    das professoras e dos professores no Ensino Fundamental:

    1. Organizar e dirigir situações de Aprendizagem;2. Administrar a progressão das aprendizagens;3. Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação;

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    4. Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho;5. Trabalhar em equipe;6. Participar da administração da escola;7. Informar e envolver os pais;8. Utilizar novas tecnologias;9. Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão;10.Administrar sua própria formação contínua.

    Princípios orientadores da ação pedagógica na sala de aula:transposição didática

    Reflita!

    Não existe alguémQue nunca teve um professor na vida, Assim como não há ninguém

    Que nunca tenha sido um aluno.

    Se existem analfabetos,Provavelmente não é por vontade dos professores.

    Se existem letrados,É porque um dia tiveram seus professores.

    Se existem Prêmios Nobel,É porque alunos superaram seus professores.

    Se existem grandes sábios,É porque transcederam suas funções de professores.

    Quanto mais se aprende, mais se quer ensinar.Quanto mais se ensina, mais se quer aprender.

    (Içami Tiba)

    Iniciarmos com Içami Tiba nos faz refletir a função do professor e a função do alunono contexto da sala de aula. Mas, que sala de aula é essa?

    A sala de aula é uma realidade que contém muitas realidades. Talvez esteja enganadoaquele que imagina estar claro para os educadores e professores o sentido desta coisacom a qual lidam todos os dias: a sala de aula. Esta pode ser pensada em termos do que é,bem como em termos do que deve ser.

    Espaço político portador de uma história? Espaço mágico de encontros humanos?Lugar no qual tantos escamoteiam com belas palavras os duros conflitos vividos por umtempo? Espaço no qual se cumpre o jogo sutil das seduções afetivas ou endoutrinadoras?Ou muitas dessas coisas juntas? Enfim: que lugar é esse, a sala de aula?

    Desde a concepção formal que o aponta como “local eleito pela civilização para atransmissão do saber”, até a concepção anarquista que o vê como “um picadeiro privilegiadopela sociedade”, a sala de aula é o ambiente específico para as inter-relações vivenciadaspelos sujeitos na escola, mas não pode ser considerada apenas o único ambiente no quala educação se configure em sua magnitude e competências.

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    A partir das leituras a seguir, propomos questões que consideramosimprescindíveis para a reflexão sobre o conteúdo em questão:

    - Será que o papel do professor é somente de transmissão deconhecimentos históricos ou trabalhar em prolda sociedade?

    - Até onde os professores estãobuscando estratégias de resoluções de problemassociais importantes para praticar as noçõesapreendidas no ambiente de sala de aula?

    - Será que os conhecimentos aprendidospelos alunos têm significados práticos?

    A transposição didática é a sucessão de transformações que fazem passar da culturavigente em sociedade (conhecimentos, práticas, valores, etc.) ao que dela se conserva nosobjetivos e programas da escola, e, a seguir, ao que dela resta nos conteúdos efetivos doensino e do trabalho escolar e, finalmente no melhor dos casos ao que se constrói junto aosalunos.

    Querendo-se trabalhar por competências, deve-se provavelmente remontar a origemdessa cadeia e começar perguntando com que situações os alunos irão confrontar-se nassociedades — antiga, atual e futura.

    Sendo assim, consideramos que o professor deve planejar estratégias de resoluçãode problemas histórico-sociais. Devemos assinalar a importância da noção de meiosambientes educador, afinal de contas como afirma Brandão (1984):

    Ninguém escapa a educação. Em casa, na rua, na igreja ou naescola. De um modo ou de muitos todos nós envolvemos pedaços davida com ela; para ensinar, para aprender, para aprender-ensinar. Parasaber, para fazer, para ser, para conviver, todos os dias misturamos avida com a educação.

    Entendemos assim, que existe a necessidade que o docente realize um esforço paraplanejar algumas linhas pedagógicas que contemplem conteúdos históricos que norteiamos problemas da sociedade em que ele vive. A finalidade educativa deve ser tudo o quedela faz parte. Isso quer dizer que todos os alunos de uma sociedade devem encontrar propostas educativas ricas em estímulos para que possam realizar uma aprendizagem queos forme de uma maneira integral.

    Deve, portanto, o docente cuidar para que o ambiente educacional se torne um meio,

    um agente, e um conteúdo educativo e que cada instituição, associação, entidade, rua eespaços urbanos seja agente e, ao mesmo tempo, elemento educativo. Assim, perceba que, quando falamos de ambiente educacional não nos referimos

    somente aquele tipo de organização estruturada — escola —, mas nos referimos a umaterminologia mais atualizada: “transposição didática”.

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    Também estamos nos referindo a todas aquelas impressões que se recebem dasruas da própria cidade, das estátuas, de seus jardins, de seu povo, de seu patrimôniohistórico.

    Muitas vezes, o corpo discente não tem recursos para abordar esses elementosque, mesmo sendo parte de sua vida cotidiana, passam praticamente despercebidos. Seriapossível arriscar uma estratégia que permitisse aos alunos desfazer o emaranhado deenigmas que se esconde no patrimônio urbano?

    E aE aE aE aE agggggororororora, Pra, Pra, Pra, Pra, Pr of of of of of essor?essor?essor?essor?essor?Como FComo FComo FComo FComo Fazazazazazer? O que f er? O que f er? O que f er? O que f er? O que f azazazazazer?er?er?er?er?

    Consideramos que o professor é agente social, sobre este ponto de vista, se converteem elemento essencial para compreender um sem-número de questões colocadas peloestudo do patrimônio, como, por exemplo, as intervenções humanas, as mudanças sofridasao longo do tempo, as adaptações tecnológicas, os usos e funções de um determinado

    espaço em diferentes épocas da história, etc.Desta forma, pode-se utilizar o patrimônio sob o ponto de vista literário, tecnológico,artístico, arquitetônico, histórico, natural e industrial. Formular um problema baseado noconjunto patrimonial da comunidade envolvida permite iniciar um processo de formulaçãode hipóteses e reflexão capaz de gerar conhecimento.

    Inferimos, pois, que a resolução de problemas sociais assumeimportância e características especiais fora da sala de aula. Por quê?

    Quando se realiza uma visita de trabalho fora da classe para estudar as cidades,procuramos elementos que já estão presentes no ambiente educacional que fazem partede nossas vidas, porém o que buscamos é o objeto, o contexto que o envolve e a realidadeque determina. Isso quer dizer que o patrimônio urbano potencializa o fato de que a resoluçãode problemas se realize de forma direta com a realidade, praticamente sem outrasmediações.

    É importante ressaltar que diante de um processo educacional que extrapola a salade aula, o corpo discente não faz um tipo de aquisição automática de conhecimentos ehabilidade que, certamente em pouco tempo estarão esquecidas, nem tão poucoresponderão avaliações históricas sem nenhuma relação com o contexto atual. Ao contrário,o que se busca é provocar, e inclusive, criar incertezas na mente dos alunos para que possamver que o patrimônio traz em si muitos problemas históricos que não foram resolvidos.

    Em síntese...

    O professor possui papel significativo no processo ensino-aprendizagem quetranspõe o ambiente de sala de aula quando possibilita a si e ao aluno intervir nomeio seguindo seu próprio ritmo;

    Dentro deste papel, o professor potencializa um caráter interativo, não só como aluno, mas com a disciplina a que se propôs trabalhar e o ambiente ao seu redor.

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    Fique por Dentro!Oito passos para extrapolar o ambiente educativo:

    1. O tema trabalhado em classe pode ter sua aplicação no contexto social. Pode ser utilizado para tentar resolver algum problema relacionado com otema central e com a realidade;

    2. Faz-se uma visita prévia ao espaço em que sepretende trabalhar: uma ruazinha, uma grande avenida,um monumento histórico, um local do vilarejo...Procuram-se pistas, enigmas e problemas;

    3. Pensar sobre as possibilidades que oespaço oferece para trabalhar com os temasanteriormente tratados, refletindo sobre sua propostainicial, realçando os objetivos da saída, seus conteúdosprincipais e sua articulação com o tema central;

    4. Propor aos alunos a possibilidade de realizar avisita para aprofundar alguns temas tratados na aula;

    5. Preparar material para visita em função dos pontos discutidos em sala. A visita éum dia de trabalho;

    6. A visita acontece: o problema é delineado, algumas pistas são levantadas para ainterpretação do ambiente educacional e os alunos são orientados em sua pesquisa;

    7. De volta à sala de aula, o trabalho continua, enfatizando-se os seus pontos maisinteressantes, ouvindo-se as dúvidas finais que possam surgir e resolvendo-as;

    8. Tenta-se avaliar a aprendizagem do ponto de vista conceitual, processual,procedimental e atitudinal.

    (LA TORRE, Saturnino; BARRIO, Oscar.Curso de Formação para educadores, 2002)

    Texto Complementar...

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