Post on 26-Oct-2020
Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroInstituto de Veterinária
Departamento de Epidemiologia e Saúde Pública
COMPLEXO TRISTEZA PARASITÁRIAS BOVINA: COMPLEXO TRISTEZA PARASITÁRIAS BOVINA:
Adivaldo Henrique da FonsecaAdivaldo Henrique da FonsecaProf. Titular de Doenças Parasitárias - Bolsista do CNPq
[adivaldo@ufrrj.br]
TRISTEZA PARASITÁRIA DOS BOVINOSAgentes etiológicos Transmissor Forma/Localizaçã
TRISTEZA PARASITÁRIA DOS BOVINOS
o
Babesia bigemina Boophilus micropuls Grande/ periféricaBabesia bigemina Boophilus micropuls Grande/ periférica
B. bovis B. microplus Pequena/ visceralp q
Anaplasma marginale B. microplus e Artrópodes h óf
periferia das hemáceashematófagos
GARDINER CH, FAYER R, and DUBEY JP, An Atlas of Protozoan Parasites in Animal
Tissues. Armed Forces Institute of Pathology, Washington, DC, 1998, p. 71.
Etapas básicas do ciclo de Babesia spp nos p ppvetores:
Hospedeiro Vertebrado • esporozoito• trofozoito (div. binária simples)• merozoitos• trofozoito• trofozoito• merozoitos - indefinidas geraçõesHospedeiro InvertebradoHospedeiro Invertebrado• merozoitos• corpos esféricos• corpos raiados (= isogametas - Reprodução sexuada)• zigoto (movel)
t í l (di bi á i lti l )• esporontes ou vermículos (div. binária multipla) • esporozoitos (=forma infectante para o vertebrado)• invasão de orgãos , inclusive ovários
B microplus Genitales femeninos: esquema en vista lateralB. microplus Genitales femeninos: esquema en vista lateral
lá d l ó i d i d li b idGlándulas accesórias do sistema reprodutor masculino, obtido por disecacão 100X (De La Vega 2009)
Transmissão deTransmissão de BabesiaBabesia porpor BoophilusBoophilusTransmissão de Transmissão de BabesiaBabesia por por BoophilusBoophilus
B. bigemina transmissão por ninfas e adultos larvas não transmite
B. bovis transmissão por larvas ninfas e adultos não transmitem
Predisposição a surtos
• Variação na densidade de vetores
• Introdução de animais sensíveis em áreas enzoóticas
• Medidas artificais de controle.
Fatores predisponentes e perspectiva dod d d idaumento da doença devido:
t d ti d b h b i b il i• aumento gradativo do rebanho bovino brasileiro,• aumento da taxa de lotação,• redução dos inimigos naturais• redução dos inimigos naturais,• uso incorreto de carrapaticidas e resistenciagenética,• deficiente educação sanitária.
Frequência relativa observada em 89 equinos. Seropédica RJImunofluorescência indireta para B. equi (Botteon, 1996)
30
35Extensivo Semi-confinamento Confinamento
20
25
30
de a
nim
ais
10
15
orce
ntag
em
0
5
40 80 160 320 640 1280 2560
Po
40 80 160 320 640 1280 2560
Titulos (1:)
Média dos títulos de IgG observados em 33 potros durante 180 dias. Goiania GO Teste de Imunofluorescencia indireta para B. equi e B. caballi . (Linhares, 1994)
2000
2500
:)
1500
Títu
los
(1
500
1000
Méd
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os
B. equi B. caballi
0
500
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180
M q
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180
Dias pós nascimento
Frequência dos títulos observada em 485 soros de equideos positivos. Goiania GO Teste de Imunofluorescencia indireta para B. equi e B. caballi. (Linhares,
1994))
25
30
15
20
ntag
em
10
15
Porc
en
0
5
1:40 1:80 1:160 1:320 1:640 1:1280 1:2560
B. equi B. caballi
1:40 1:80 1:160 1:320 1:640 1:1280 1:2560
Títulos
As lesões microscópicas refletem a ocorrência de severa hemólise O fígado tem osAs lesões microscópicas refletem a ocorrência de severa hemólise. O fígado tem os sinusóides dilatados e congestos, degeneração dos hepatócitos e severa colestase (foto: pigmento alaranjado nos canalículos biliares).
http://www.vet.uga.edu/VPP/nsep/babesia/PORT/index.ht
Há graus variáveis de nefrose hemoglobinúrica. Na foto à esquerda, alguns túbulos renais estão cheios de cilindros de hemoglobina.
http://www.vet.uga.edu/VPP/nsep/babesia/PORT/index.ht
No cérebro acima (à esquerda), os capilares estão dilatados e severamente congestos. Edema perivascular também pode ser observado Na coloração por Giemsa (acima à direita) os eritrócitosperivascular também pode ser observado. Na coloração por Giemsa (acima à direita), os eritrócitos mostram-se intensamente parasitados por B. bovis.
http://www.vet.uga.edu/VPP/nsep/babesia/PORT/index.ht
Na babesiose ocorre anemia macrocítica hipocrômica com severa i it li i t b i it i M it it ó it tanisocitose, policromasia e metarubricitemia. Muitos eritrócitos tem
corpúsculos de Howell-Jolly.
http://www.vet.uga.edu/VPP/nsep/babesia/PORT/index.ht
Cerebro de bezerro que apresentou sinaiscompatíveis com a raiva bovina, ante da mortenaturalnatural.
Achados de necrópsia
• Palidêz das mucosas e tecido subcutâneo,• icterícia• icterícia,• petequias em orgãos,• hidropericárdio hidrotorax e ascite• hidropericárdio, hidrotorax e ascite,• bilis espessa, grumosa e verde escura,• fígado e baço com bordos arredondados• fígado e baço com bordos arredondados.
Patogenia do complexo Tristeza Parasitária
Intensa multiplicação e destruição de eritróciotos - processo anemiante e
Bovinap p
febril, devido ao grande número de parasitos e catabólitos no plasma.
Babesia bovis → hemólise em massa → hemáceas concentram-se noscapilares → trombos
Babesia bigemina → anemia hemolitica progressiva → urinaavermelhada
A i l → h á d t id i t i d ã li fóid →A. marginale → hemáceas destruidas no interior de orgãos linfóides →icterícia
Hemólise resulta em anemia grave, icterícia e hemoglobinúria. Após aprimo infecção animal torna-se portador com infecção sub-clínica,mantido por delicado equilibrio imunológico estabelecido entre osagentes etiológicos e os anticorpos formados
Drogas utilizadasgAnaplasmose• Tetraciclina EV ou IM 6,6 a 11 mg/kg• Imidocarb SC ou IM 3 mg/kg
BabesicidasBabesicidas• Diaminazinas IM 3,5 mg/kg• Imidocarb SC ou IM 1 a 3 mg/kg.Imidocarb SC ou IM 1 a 3 mg/kg.
Bases para Premunição de Bases para Premunição de BovinosBovinos
Idade
Doador(es)Idade
Raça
Origemg
Estado de saúde
A iAssepsia
Receptores Antes da inoculação
Após a inoculação
Técnicas de DiagnósticoTécnicas de Diagnóstico Parasitológico
Esfregaço sangüíneo periférico
Técnica de Knott
Técnica de Woo
Imprint / Squash
Xenodiagnósticog
Imunodiagnóstico
Biologia Molecular - PCRBiologia Molecular PCR
Esfregaço sangüíneo periféricoEsfregaço sangüíneo periférico
A áli it it itá iAnálise: - parasitas eritrocitários
- parasitas leucocitários
- parasitas plasmáticos
Confecção: - local
- tricotomia
- higienização
- identificação
- fixação
- coloraçãoç
Esfregaço sangüíneo periférico
Ehrlichia canis e Babesia
Esfregaço sangüíneo periférico
Ehrlichia canis e Babesia canis
Esfregaço sangüíneo periféricoEsfregaço sangüíneo periférico
Ehrlichia canis e HepatozoonEhrlichia canis e Hepatozoon canis
XenodiagnósticoXenodiagnóstico
# Exame: - Hemolinfa
- Hemocele
- Glândula salivar
C i t ti i- Cecos intestinais
- Ovos
- Líquido coxal
XenodiagnósticXenodiagnósticgo
go
- Material: lâmina, pinça e tesoura oftálmicas
- Exemplar de carrapato
Evolução do produtos Evolução do produtos carrapaticidascarrapaticidas
• Arsenicais
• Organo-clorados
• Organo-fosforados• Organo-fosforados
• Carbamatos
• Formamidinas
• Piretroidese o des
• Avermectinas
• Inibidores de muda
Categorias de Inseticidas Disponíveis no merecadoInorgânicos :Inorgânicos :
Enxofre, Arsênico, Ácido bórico
Primeiros compostos
O l d
Formamidinas:
Triatox, Amitracid
Inibidores da monoaminooxidaseOrganoclorados :
DDT, Lindane, Dieldrin, Toxapheno
Contém Carbono, Cloro e Hidrogênio
Afetam o equilíbrio de Sódio e Potássio
Inibidores da monoaminooxidase
Lactonas macrocíclicas:Ivermectin, Doramectin, Eprinomectin, Moxidectin,
Período residual médio
Organofosforados:
Diazinon, Dichlorvós, Coumaphos
Selamectin (sintética)
Bloqueadores do GABA
Hormônios de Crescimento e Desenvento:Inibem enzimas no sistema nervoso
(ex. Colinesterases)
Período residual curto
C b
Hormônios de Crescimento e Desenvento:
Reguladores Hormônios juvenis
Precocenos (interferem em glândualas que produzem o hormônio juvenil)
Carbamatos:Derivados do ácido carbâmico
Inibidores da Colinesterase
Carbaryl, Propoxur
Inibidores de síntese de quitina (Diflubenzuron, Fipronil, Imidacloprid)
Microbianos ;
Bacilus thuringiensis, fungos
Período residual curto a médio
Botânicos:
Piretrinas
Sinergistas / Repelentes:Butóxido de Piperolina
Butoxipolipropileno GlycolPiretrinas
Rotenona
(Piretróides sintéticos)
p p p y
CAUSAS DE FALHAS DOS CARRAPATICIDAS.
Produto não entram em contato suficiente com ocarrapatopConcentração insuficienteFalta de efeito residualPopulaçäo elevada de carrapatosEscolha imprópria do produto
Como evitar falhas dos carrapaticidas
E lh dEscolher o produto por teste
Controle das medidas e sistema deControle das medidas e sistema de aplicação
Efetuar banhos estratégicos
Tolerância X ResistênciaTolerância: habilidade inata sem exposição anterior ao tóxico ou mudança evolutiva
R i tê i ã d l ãResistência: pressão de seleção
É a resposta decrescente de uma população de animais a um inseticida ou agente de controle, como resultado prévio da exposição ao inseticida. Deve ser diferenciada de tolerância.
Pode ser comparada a um processo de evolução acelerada.
É um processo pré-adaptativo no qual, como resultado de mutação ao acaso, um pequeno número de indivíduos possuem i b i ê i à d l i d i i idgenes que permitem a sobrevivência à doses letais de um inseticida.
O inseticida por si não produz mudança genética.
Na resistência mecanismos pré-existentes são selecionados pelo uso de inseticidas. Isto dirige a evolução das formas resistentes.
A população e não os indivíduos se tornam resistentes Os indivíduos nascem resistentes uma vez que a imunidade não seA população e não os indivíduos se tornam resistentes. Os indivíduos nascem resistentes, uma vez que a imunidade não se desenvolve.
Estratégias para prevenir ou retardar o desenvolvimento da resistência
Manejo por moderação:
Reduz a intensidade da pressão de seleção por:
Redução na freqüência de aplicação e da dosagem, utilização de inseticida de curta duração z ç ç
Fundamentado em limiares econômicos(prevenir perdas econômicas)(prevenir perdas econômicas)
Manejo integrado de pragas (hospedeiro / parasito / ambiente)ambiente)
PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SERES PROCEDIMENTOS BÁSICOS EM SERES HUMANOSHUMANOSEm locais com grande quantidade de carrapatos, usar roupas claras, meias compridas e botas.
O uso de repelentes na roupa é sempre adequado,
após detectar locais infestados, examine as roupas e a pele à procura de carrapatos. Usar pinça e nunca as mãos para removê-los,
evitar esmagar os carrapatos, e não usar qualquer produto para removê-los,
lavar as mãos e a área da picada com água e sabão. Utilizar álcool iodado,
guardar os carrapatos vivos em frasco de vidro identificado com a data e o local da coleta. g pMesmo procedimento para carrapatos de animais silvestres. Alternativamente conservá-los em alcool a 70%,
em observando sintomas que mimetizem o estado gripal, após contato com carrapatos, procurar de imediato auxílio médico, para procedimentos adequados.