Post on 30-Apr-2020
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA, ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS
9,0
A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
angella_vitor@hotmail.com
Acadêmica: Angela Maria de Aparecido Nava
Orientadora: Profª. Ma.Maria Silveira Lopes
JUINA/2013
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUENA - AJES
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA, ÊNFASE EM
EDUCAÇÃO ESPECIAL, INCLUSÃO E LIBRAS
A DISLEXIA NO DESENVOLVIMENTO DE APRENDIZAGEM DO ALUNO NA
EDUCAÇÃO INFANTIL
Acadêmica: Angela Maria de Aparecido Nava
Orientadora: Profa. Ma. Maria Silveira Lopes
“Monografia apresentada como exigência parcial para a obtenção do título de Especialização em Psicopedagoga, com Ênfase em Educação Especial, Inclusão e Libras.”
JUINA/2013
AGRADECIMENTOS
Ao meu Deus, que é a minha razão de existir, por ser meu refúgio, minha
força e meu amparo tanto nos momentos de alegria como nas tribulações.
A minha família pela e compreensão pelas horas que desprendi-me dela em
função do estudo.
A todos os que fazem parte da minha vida pessoal e profissional, meu muito
obrigada.
Agradeço também a minha orientadora, que acampanhou-me durante todo
o percurso.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pais, pessoas honestas corajosas e amadas
que me ensinaram a viver.
Ao meu filho Vitor, que ao chegar me impos o desafio de educa-ló, a
experiência mais enriquecedora e dificil proposta a um ser humano.
A minha amiga Joice, pela dedicação e companherismo.
Ao meu companheiro Luis Carlos, pela compreensão.
EPÍGRAFE
"Quando eu leio, somente escuto o que estou lendo e sou
incapaz de lembrar da imagem visual da palavra escrita”.
(Albert Einstein)
RESUMO
A dislexia é um dos distúrbios de aprendizagem, mais encontrados nas escolas pelas crianças com dificuldades na leitura e escrita. Sabe-se, que a dislexia é uma disfunção neurobiológica, que pode ser hereditária e muitas vezes acompanhada por manifestações clinicas complexas. A escolha deste tema surgiu pela necessidade em conhecer melhor os sintomas, as causas e as intervenções que poderá ser feito para melhorar essas dificuldades, e à definição do termo “dislexia”. É uma pesquisa bibliográfica a partir da revisão da literatura de vários autores com publicações sobre o tema. O objetivo deste trabalho é identificar e descobrir as causas da dislexia. Os disléxicos costumam trocar letras ao ler e ao escrever em ordem inversa e também pode ter dificuldade ao se relacionar com os colegas, também esta relacionada o caso de desmotivação, falta de atenção. Desta forma a melhor forma de trabalhar com a dislexia em sala de aula é desenvolver diferentes maneiras de motivação, ensinado para o disléxico como lidar e superar as dificuldades encontradas no decorrer da vida. Também fica as dicas de como o professor deverá atuar para descobrir o distúrbio em sala de aula e a importância das estratégias utilizadas a partir dos recursos pedagógicos no âmbito escolar. Fica evidenciado a necessidade de intervenção, nas habilidades de leitura de leitura e escrita, associando atividades lúdicas relacionadas ao processamento fonológico da linguagem. Palavras-chave: Dislexia, Distúrbios de aprendizagem, leitura, Escrita.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ...................................................................................................... ... 08
CAPITULO I -O QUE É DISLEXIA ....................................................................... ... 10
1.1. Compreendendo a dislexia ................................................................................. 11
1.2. As principais características de uma criança com dislexia ............................. ... 13
1.3. As causa da dislexia ...................................................................................... ... 15
CAPÍTULO II – A ESCOLA E A DISLEXIA .............................................................. 18
2.1. Como diagnosticar a dislexia em sala de aula .................................................. 19
2.2. A dislexia no processo de aprendizagem ........................................................... 19
2.3 A dislexia no processo de aprendizagem ............................................................ 21
CAPÍTULO III – A DISLEXIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ....................................... 23
3.1. As intervenções do educador com os alunos disléxicos ................................... 23
3.2. O desenvolvimento da criança na concepção Piagetiana ............................... . 26
CAPÍTULO IV – COMO DESENVOLVER ATIVIDADES COM OS ALUNOS
DISLÉXICOS ............................................................................................................. 28
4.1. Trabalhando o lúdico ........................................................................................ . 29
4.2. O brinquedo e as brincadeiras na aprendizagem ............................................... 31
4.3. O desenvolvimento da escrita ............................................................................ 32
CONCLUSÃO .......................................................................................................... 35
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 37
INTRODUÇÃO
A presente pesquisa baseia-se em referencial teórico de vários estudiosos,
sobre o tema em estudo, e tem por objetivo identificar os fatores que podem
contribuir para melhorar as dificuldades de aprendizagem apresentada pelos alunos
disléxicos, analisando teorias e práticas educacionais que permitam superá-las.
A problemática foi levantada buscando compreender o que é dislexia. O que
os professores tem feito para solucionar este problema e quais intervenções estão
sendo feita.
Tem-se como objetivo geral compreender quais os fatores que contribuem
para melhorar as dificuldades de aprendizagem dos alunos disléxicos e com
objetivos específicos de diagnosticar as causas, sintomas; buscando estratégias a
fim de amenizar as dificuldades apresentadas; contribuindo para uma reflexão
teórica-prática em relação à dislexia;
Sabe-se que a dislexia é uma disfunção da habilidade fonêmica, isto é, a
identificação, combinação e utilização dos fonemas, que pode ser hereditária e
muitas vezes acompanhada por manifestação clínica complexa. É sabido que o
disléxico apresenta progressos limitados em um sistema convencional de ensino.
Portanto, a capacitação dos professores para perceberem as dificuldades do
disléxico e o preparo adequado para que possam orientar esses alunos será o
grande diferencial para o futuro do individuo portador da dislexia.
O desenvolvimento dos capítulos foi acontecendo a partir da coleta de dados
por meio dos estudos realizados, sobre o tema, buscando embasamento para
ampliar os conhecimentos, a fim de utilizar esse aprendizado para enriquecer a
prática pedagógica.
No primeiro capítulo, estão as reflexões sobre a dislexia. Esta tem o papel
de mobilizar e articular ações necessárias para identificar os casos de dislexia em
sala de aula. No segundo capítulo, destaca-se um questionamento que busca
esclarecer alguns pontos relevantes para o desenvolvimento da criança. No terceiro
capítulo são abordados os tópicos da dislexia na educação infantil, as intervenções
do educador com os alunos disléxicos, o desenvolvimento da criança na concepção
Piagetiana.
No quarto capítulo são levantados questionamentos sobre como desenvolver
atividades com os alunos disléxicos, trabalhando com o lúdico, os brinquedos, as
brincadeiras na aprendizagem e o desenvolvimento da escrita. Pois, ao brincar, a
criança adquire hábitos e atitudes importantes para seu convívio social e para seu
crescimento intelectual e aprende a ser persistente, percebe-se que não precisa
desanimar ou desistir diante da primeira dificuldade. A relação com o outro permite
que um avanço, maior na organização do pensamento do que cada criança
estivesse só.
E, finalmente, a conclusão apresenta uma análise de todo trabalho, fazendo
uma reflexão sobre as contribuições, para melhorar a aprendizagem dos alunos
portadores da dislexia.
CAPÍTULO I
O QUE É DISLEXIA
O termo dislexia teve origem no grego, é composta da seguinte maneira,
Dislexia: (do grego), dus= difícil, maus; lexis= palavra. O termo refere-se, portanto, a
dificuldade de aprendizagem da palavra. Dislexia é um distúrbio, considerado pelos
especialistas como um problema de linguagem. Isso significa que os disléxicos têm
dificuldade de ler, escrever e soletrar.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia - ABD (1994) foi divulgada pela
International Dyslexia Association e vem sendo utilizada as definições de que a
dislexia é um dos vários distúrbios de aprendizagem, especifico da linguagem,
sendo caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. O individuo
com esse distúrbio apresenta insuficiência fonológica. As dificuldades de decodificar
palavras simples não são esperadas em relação à idade. Mesmo recebendo
instrução convencional, tendo adequada inteligência, oportunidade e não possuindo
distúrbios cognitivos e sensoriais, a criança com dislexia falha na aquisição da
linguagem. A dislexia apresenta-se em diferentes níveis formas de dificuldade de
linguagem, incluindo também os problemas de leitura e capacidade de escrever e
soletrar .
É uma dificuldade de aprendizado que se manifesta como uma dificuldade
com leitura, escrita, e soletração ou combinação de duas ou três destas dificuldades,
na qual a capacidade de uma criança para ler ou escrever está abaixo do seu nível
de inteligência. De acordo com NIELSEN (1999, p.75) “Dislexia designa uma
dificuldade especifica em nível de leitura”.
Segundo a Organização Mundial da Saúde OMS (1993) a dislexia
comprometi de forma específica e significativa o desenvolvimento das habilidades da
leitura, bem como a habilidade de compreensão, reconhecimento de palavra na
leitura, afetando também o desempenho de tarefas que requerem a leitura e a
interpretação da mesma. As dificuldades pelo distúrbio da dislexia muitas vezes
permanecem na adolescência, mesmo depois de algum avanço na leitura.]
De acordo os vários autores estudados, fica evidenciado que a dislexia é um
transtorno de aprendizagem que se caracteriza como um transtorno específico no
aprendizado da leitura. Ela reflete na dificuldade de aprendizagem de uma criança
para ler ou escrever que se situa inferior ao esperado em relação à idade
cronológica, deixando sua inteligência abaixo do seu nível, caracterizando como
uma insuficiência para assimilar os gráficos da linguagem.
Cabe ressaltar que nem sempre todos os disléxicos apresentam todas essas
características, e nem todas as pessoas que apresentam essas características são
disléxicos, só algumas delas. Outros sintomas fazem parte do quadro de dislexia
como dificuldades em memorizar sequências, em orientações direito/esquerda e em
organização espaço-temporal.
1.1 Compreendendo a Dislexia
Segundo Gonçalves (2011) a dislexia começou a ser estudada por dois
oftalmologistas ingleses, no final do século XIX, os mesmos estudavam os casos de
crianças que tinham dificuldade de aprendizagem. Ao concluir suas pesquisas,
detectaram que os problemas destas crianças eram chamados de cegueira verbal,
que tinha origem num deterioramento do cérebro, de origem congênita, que afetava
a memória visual de palavras o que levava a criança a ter uma “cegueira verbal
congênita”.
Segundo a Associação Brasileira de Dislexia (ABD) (1994) com as
descobertas cientificas, a dislexia recebeu o nome de cegueira verbal, ficando assim
conhecida por um grande período, com o passar do tempo à mesma recebeu
também o nome da mãe do transtorno de aprendizagem pois foi a partir da
descoberta deste problema que iniciou a busca pelo conhecimento de todos os
outros tipos de distúrbios de aprendizagem.
Na perspectiva de CONDEMARIDIN (1988, p. 21), “a dislexia é
frequentemente acompanhada de transtornos na aprendizagem da escrita,
ortografia, gramática e redação”. De acordo com os estudos realizados do autor
CONDEMARIDIN (1988), as pessoas disléxicas têm dificuldade de aprendizagem de
leitura e de palavras escritas. Pois as mesmas processam informações em uma área
diferente do cérebro.
Pesquisas realizadas com pessoas disléxicas por meio de autopsias e de
estudos neuorimagem e de neuropsicologia. De acordo com COLL et al,(2004) os
resultados indicam que as DAS de leitura, são acompanhados de mudanças na
autonomia e na fisiologia do cérebro, essas anomalias neuroanatômicas podem
significar que exista malformação do tecido do neurônio embrionário, que afeta
principalmente o hemisfério cerebral do lado esquerdo. Essa consequência significa
que o hemisfério cerebral esquerdo sofreria um atraso no desenvolvimento,
deixando de alcançar seu tamanho em circunstâncias normais nas regiões corticais.
O lóbulo temporal que intervêm diretamente em funções lingüísticas é o que mais
seria afetado.
Portanto, quando o lado esquerdo do cérebro, não tem o tamanho adequado
ou não trabalha de acordo a necessidade do desenvolvimento humano, o mesmo
dificulta diretamente as funções linguísticas, assim à aprendizagem de leitura e
escrita torna-se quase impossível para o ser humano.
Para COLL et al. (2004, p.61),
Isso dificulta antes de tudo o desenvolvimento fonológico normal e a aprendizagem e a automatização das regras de conversão grafema e fonema, além do desenvolvimento de habilidades para discriminar visualmente os signos gráficos (forma, orientações, etc.). O que, transferindo para o âmbito da aprendizagem, implica que essas pessoas com tais alterações têm dificuldades para a aprendizagem da leitura, escrita e do calculo matemático.
Com todas essas dificuldades apresentadas nas crianças disléxicas, ainda
assim muitas delas conseguem aprender a ler e escrever com algumas dificuldades.
No entanto, ao apresentar essas dificuldades, alguns professores pressionam os
alunos, para que eles sejam iguais aos outros, sem conseguir os alunos são taxados
pelos professores como preguiçosos, desinteressadas e irresponsáveis.
De acordo com MARA (2012), as crianças disléxicas apresentam falhas nas
conexões cerebrais. Em muitos casos contam apenas com a região do cérebro
responsável por processar fonemas e sílabas, e a parte responsável pela análise de
palavras, fica prejudicada não exercendo a sua função. Por essa dificuldade, falta de
ligação cerebral entre as áreas responsáveis pela identificação de palavras, a
crianças não consegue reconhecer palavras lidas e escritas em estudado anteriores.
Para a criança disléxica, a palavra mesmo já estudada, sempre lhe parece nova.
Pode-se então dizer que a dislexia é causada por alterações cerebrais responsáveis
pelos sons da linguagem e do sistema que transforma o som em escrita.
Segundo FONSECA (1999, p.460) “para abordamos em profundidade o
conceito de dislexia, é necessário não esquecer que o segredo dos actos humanos
não é só do domínio da psicologia”. Mas também de fatores neurológicos entre
outros.
Em Gonçalves, (2005) encontramos explicações de que a criança disléxica
pode não apresentar nenhum problema de forma visível, geralmente pode ter a
inteligência acima da média em várias questões, mas seu desempenho escolar não
combina com seu padrão geral de atuação, apresentando dificuldades na leitura e
na escrita, letra ruim, troca de letras e lentidão na realização das atividades, pela
falta de compreensão da escrita .
1.2 As principais características de uma criança com dislexia
Sabemos que as crianças disléxicas apresentam diversas dificuldades na
leitura, escrita e ortografia, ao analisarmos alguns autores que explicam sobre esse
assunto, pode-se enumerar algumas das suas características. Como de acordo com
HENNING (2003), a lateralidade que se apresenta de forma mista: a criança não
manifesta preferência pelo uso da mão esquerda ou da mão direita; ainda pode
apresentar a incapacidade de seguir uma sequência de instruções; não consegue
prestar atenção e ficar sentado sem se mexer; pode irritar-se com facilidade;
costuma não cumprir as regras determinadas, ser imatura em determinadas
situações e deixar os trabalhos sem conclusão.
Para MARQUES (2011) as principais características de uma criança
disléxica na idade escolar são:
- Lentidão na aprendizagem dos mecanismos inerentes á leitura e à escrita.
- Maior lentidão que o normal na aprendizagem das letras e na leitura das
sílabas.
- Dificuldade na compreensão de textos escritos, devido á sua fraca
qualidade na leitura e em compreender que as palavras se podem segmentar em
sílabas e fonemas.
- Velocidade da leitura é significativamente abaixo do esperado para idade:
muitas vezes silábica, por soletração ou decifratório.
- Bastante dificuldade na leitura, com a presença constante de alterações e
de falhas nos processos de descodificação grafema-fonema e/ou na leitura
automática de palavras.
- Compreender normalmente as histórias que lhes são lidas.
- A escrita com muitos erros ortográficos, trocas fonológicos e/ou lexicais.
- Dificuldades na organização das ideias no texto e na construção frásica.
- Lentidão na realização dos trabalhos de casa.
- Pobreza de vocabulário.
- Não revela qualquer prazer pela leitura, curtos períodos de atenção.
- Distrai-se com bastante facilidade perante qualquer estímulo, parecendo
que está a “sonhar acordado”.
- Os resultados escolares não são condizentes com a sua capacidade
intelectual.
- Inversão de palavras de maneira parcial ou total. Exemplo: a palavra “casa”
é lida como “saca”.
- Melhores resultados nas avaliações orais que as escritas.
- Dificuldades na aprendizagem de uma língua estrangeira.
- A criança não gosta de ir à escola ou de realizar qualquer atividade com ela
relacionada.
- Tem dias em que parece assimilar e compreender os conteúdos
curriculares e noutros parece ter esquecido por completo o que tinha aprendido
anteriormente.
- Inversão das letras e números. Exemplo: “p” por “b”; “3” por “5”.
Contudo as características colocadas acima não são suficientes para dar um
diagnóstico conclusivo a respeito da dislexia, no entanto, existem diversos distúrbios
de aprendizagem que possuem características bem parecidas. Mas é a partir destas
características que podemos iniciar uma investigação, juntamente com alguns
especialistas para concluímos se esta determinada criança é dislexia ou não.
Diante das muitas dificuldades, encontradas em uma criança dislexia, a que
mais enfatiza a criança é a falta de rapidez ao ler, pois devido a falha cerebral, os
mesmos leem decodificando as palavras, tornando assim uma leitura sem ritmo e,
muitas vezes com muito sacrifício.
Para ARAÚJO (2007, p. 01)
O disléxico geralmente demonstra insegurança e baixa auto-estima, sentindo-se triste e culpado. Muitos se recusam a realizar atividades com medo de mostrar os erros e repetir o fracasso. Com isto criam um vínculo negativo com a aprendizagem, podendo apresentar atitude agressiva com professores e colegas.
Segunda CONDEMARIN (1889), é necessário estarmos cientes dos
estágios de desenvolvimento da criança, tomando em consideração, o seu nível de
aquisição e principalmente, as oportunidades que as mesmas têm. Algumas
crianças disléxicas se manifestam através do seu comportamento, devido ao
desinteresse pelas atividades escolares, no entanto, cabe ressaltar que à falta de
compreensão e entendimento ao desenvolver uma atividade, vem através do seu
transtorno de aprendizagem.
De acordo com TEXEIRA (2012), as disciplinas que os disléxicos têm mais
rejeição, em regras são, o português e a história, já que para desenvolver um
determinado conteúdo, as mesmas são as que necessitam de mais compreensão,
leitura e uso da ortografia, para melhor entendimento.
1.3 As causas da dislexia
As causas da dislexia são neurológicas e genéticas. Sobretudo a dislexia é
significativamente mais frequente em homens do que em mulheres, afirma-se que as
malformações poderiam ser decorrentes de uma alteração bioquímica provocada por
uma alta taxa de hormônio sexual masculino chamado testosterona.
De acordo com SELIKOWITZ (2001) as dificuldades de aprendizagem tem
maior incidência em meninos, numa proporção bem maior. Esta vulnerabilidade dos
meninos sugere que genes transportados pelo cromossomo X podem inferir em
muitos casos. Isso se deve ao fato de que os meninos herdam um cromossomo X da
mãe e um cromossomo Y do pai e as meninas herdam dois cromossomos X, sendo
um d pai e outro da mãe. Sendo assim, quando um menino herda um cromossomo X
com problemas que pode causar dificuldade de aprendizagem, ele não terá outro
cromossomo X para superar essa dificuldade, enquanto as meninas o tem.
Segundo o Dr. Dráuzio Varella (2013), a causa da dislexia é uma alteração
cromossômica hereditária, o que explica a ocorrência em pessoa da mesma família.
Pesquisa recentemente mostra que a dislexia pode estar relacionada com a
produção excessiva de testosterona pela mãe durante a gestação da criança.
Em segundo lugar, relacionam tal fato com pesquisas epidemiológicas que
assinalam a presença de famílias disléxicas e, além disso, atribui uma origem
genética à dislexia.
De acordo com MARQUES (2009, p.56),
Não existem alunos disléxicos sem famílias, professores e amigos também eles “disléxicos” em certo grau, e podemos perceber isto à medida que transpomos o conceito para analise da relação do sujeito com o mundo exterior, a nível material e, sobretudo emocional. A dificuldade do aluno em interpretar a realidade emerge de um ambiente que a promover.
No entanto quando nos deparamos com algumas crianças disléxicas,
podemos lembrar que essas crianças podem ter um pai, um tio, avó ou primo que
também é disléxico.
Para perceber melhor a causa da dislexia, SERRA e ESTRELA (2013), diz
que é necessário conhecer, de um modo geral, como funciona o cérebro. O cérebro
está dividido em diversas áreas que exercem funções específicas. A aprendizagem
é uma função do cérebro. Ela envolve um processamento de informação através de
meios sensoriais (recepção), neurológicos (descodificação, tradução, retenção e
codificação) e psicológicos (percepção, imagem, simbolização e conceptualização).
Segundo SERRA e ESTRELA (2013), algumas causas de dislexias, ainda
não é constatado que os disléxicos apresentam dificuldades de ordem emocional
determinantes na aquisição de competências cognitivas, não obstante a análise
inversa também seja correta, visto que os campos emocionais e cognitivos se
correlacionam. Isto sucedem porque as emoções comandam a partida, a forma
como analisam a realidade, ajudando-os a organizar a vida
Segundo SELIKOWITZ (2001), para poder entender a dislexia, é
fundamental conhecer, de forma mais ampla, aspectos relacionados com o
funcionamento do cérebro. É preciso saber que as diferentes áreas do cérebro
exercem funções específicas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, traz as
informações de linguagem, esta mesma área esquerda pode-se dividir em três sub-
áreas diferentes: sendo uma delas responsável pelo processamento dos fonemas,
outra ligada a análise de palavras e a última intimamente relacionada ao
reconhecimento das palavras. Essas subdivisões formam um conjunto e trabalham
interligadas, possibilitando ao indivíduo a capacidade de aprender a ler e escrever.
Como a dislexia não é detectada pela simples observação da criança, pois
ela é um distúrbio de aprendizagem da leitura e da escrita. Quase sempre só se
torna aparente quando a criança entra na escola, e muitas vezes por falta de
conhecimento, o educador demora a perceber. Veremos isso mais detalhes no
capítulo seguinte.
CAPÍTULO II
A ESCOLA E A DISLEXIA
Muito se fala em dislexia na idade escolar, mas o que sabemos é que muitos
profissionais da educação não sabe quais são os sintomas e o que acontece na
aprendizagem de um aluno disléxico.
Segundo OLIVEIRA (1997), alguns educadores, percebem as dificuldades
de seus alunos logo na introdução das primeiras letras, mas por não saber o que é
e nem como resolver essas dificuldades apresentadas, acabam encaminhando os
alunos para clínicas especializadas que às vezes os rotulam como doentes ou,
incapazes, outras vezes são chamados de preguiçosos. Sendo que na realidade, se
a escola e o educador tiver o conhecimento necessário para trabalhar com esse
aluno, muitas dessas dificuldades de aprendizagem causadas pela dislexia,
poderiam ser sanadas dentro no âmbito escolar.
Como essas crianças não têm problemas sérios em comportamento, muitas
vezes, os pais e professores não conseguem notar a presença do distúrbio.
Como destaca FIRESTONE (1989, p. 42), “Visto que os professores e os
estudantes compartilham o mesmo ambiente escolar e que cada grupo depende do
outro para responder as suas necessidades e alcançar seus êxitos, a alienação dos
professores e a alienação dos estudantes alimentam se reciprocamente”.
É comum professores ter um conhecimento errado em relação ao problema
apresentado pelos alunos, taxando os mesmos como preguiçosos e desatentos,
fazendo com que os alunos fiquem desmotivados, sem estímulo para a
aprendizagem.
Conforme COLL et all ( 2004), progressivamente o aluno vai ficando
desmotivado diante da reação dos familiares e da escola com o seu baixo
desempenho. Todo aluno, exceto aqueles que apresentam atrasos profundos e
generalizados no desenvolvimento, quando ingressam na escola por volta de 3 ou 4
anos tem bom interesse e motivação para as atividades escolares que são coisas
novas para eles. Essas experiências iniciais vão condicionar o itinerário acadêmico
dos alunos, configurando as expectativas, os interesses, o estilo atributivo e as
estratégias que consideram mais adequadas para manter sua autoestima.
Portanto, quando os alunos disléxicos vão para a escola, os professores
mesmo sem saber deste transtorno deve ter um olhar diferenciado, a escola deve
estar preparada para receber todo tipo de alunos. Pois, as atitudes dos professores
e as metodologias utilizadas, de maneira inesperada faz com que muitos alunos
abandonam o âmbito escolar.
Não podemos esquecer que esses alunos estão amparados por lei, de
acordo com NEE (Necessidades Educacionais Especiais). Na lei de Diretrizes e
Bases da Educação – LBD, (9394/96)
Art. 5º Consideram-se educando com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem: I - dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos: a) aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica; b) aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências; II – dificuldades de comunicação e sinalização diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis; III - altas habilidades/superdotação, grande facilidade de aprendizagem que os leves a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.
TEXEIRA (2012), nos diz que muitos desses alunos se encontram em
situação de desvantagem, pois não entende e nem compreende o que os docentes
querem transmitir. Cabe ressaltar que ao entrar na escola, seria muito importante
que os educadores realizassem com a criança, uma avaliação diagnóstica, para
saber das dificuldades de aprendizagem do aluno.
2.1 - Como diagnosticar a dislexia em sala de aula
De acordo com TOPCZEWSKI (2012), diagnosticar a dislexia não é uma
tarefa fácil, pois existe muita confusão feita pelos professores e outros profissionais
competentes. Mas para que possamos identificar se uma criança tem os sintomas
de um disléxico, devemos ficar atentos a algumas características que nossos alunos
apresentam no desenvolvimento de suas atividades, ou até mesmo na forma de agir.
Para PUKA (2010), e necessário estar atento as seguintes características.
Na primeira infância:
- Atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e
andar.
- Atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de
palavras.
- Parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo.
- Distúrbios do sono.
- Enurese noturna.
- Suscetibilidade à alergias e à infecções.
- Tendência à hiper ou a hipo-atividade motora.
- Chora muito e parece inquieta ou agitada com muita frequência.
- Dificuldades para aprender a andar de triciclo.
- Dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
Segundo especialistas, a criança se desenvolve, aprende com dificuldade a
falar, a andar e na terceira infância apresenta outros sintomas, como:
- Lentidão para fazer as atividades impostas, como ajudar em casa ou lições
da escola;
- A caligrafia está melhor, mas ainda não compreende o que escreveu;
- Não consegue ler e para entender o que escreveu precisa ler em voz alta;
- Costuma inverter a ordem das silabas e das letras;
- Tem memória fraca e muitas vezes não se lembra do que acabou de
aprender;
- Não consegue fazer provas escritas;
- Não gosta de frequentar a escola;
- Não consegue se concentrar;
- Costuma confundir com os opostos, como direita e esquerda, em cima e
embaixo entre outros;
- Apresenta dificuldade em aprender matemática, não consegue diferenciar
as datas e nem as horas;
- Apresenta dificuldade de fazer atividades simples, como abotoar a camisa,
amarrar o sapato, entre outros;
Quando os alunos apresentarem algumas dessas características citadas
acima, deve-se procurar entrevistar os pais para identificar se existem casos
semelhantes na família, pois é preciso investigar melhor cada situação, com muita
cautela, pois a dislexia não é doença. É fundamental que o diagnóstico seja precoce,
porque, o quanto antes for detectada, fazendo as devidas intervenções pedagógicas,
não se corre o risco de comprometer a vida acadêmica e social do aluno.
TOPCZEWSKI (2012) nos afirma que, quando o docente suspeitar da
existência de dislexia num educando, mediante algumas características, ele deverá
iniciar um processo que permita a observação e avaliação desse aluno no mais curto
espaço de tempo. Pois se for concluído a dislexia, maior é a probabilidade de se
minimizarem ou até suprimirem os problemas do aluno.
2.2 - A dislexia no Processo de Aprendizagem
TEIXEIRA (2012), os alunos disléxicos apresentam muita dificuldade no
ensino aprendizado da língua portuguesa, principalmente no conteúdo de leitura,
escrita e ortografia. Pois sabemos que a habilidade para a leitura envolve diversas
associações entre símbolos auditivos, símbolos visuais e significado. E a criança
dislexia tem dificuldade para codificar e decodificar os processos que envolvem a
leitura e escrita.
Na fase da alfabetização, essas crianças demonstram certas dificuldades
que estão além do esperado para aquele momento do aprendizado e não são
superadas com o passar do tempo. Nesta fase pode ocorrer trocas das letras,
inversões e o escrever em sentido contrário.
Para COLL et ali (2004), um exemplo disso é constituído pelas chamadas
inversões, erros frequentes na aprendizagem da leitura que as crianças cometem
(confundir letras como b por d, p por q). Tais erros indicam uma forte tendência a
perceber como identificar figuras que apresentam uma simetria direito-esquerdo.
Nos alunos com dislexia alguns desses erros eles levam para vida toda.
A dislexia no processo de aprendizagem prejudica muitos os alunos, pois a
mesma define-se como um desempenho substancialmente abaixo daquilo que seria
de se esperar de acordo com o nível da exatidão, velocidade ou compreensão.
No entanto além dessas dificuldades de inversão, os disléxicos apresentam
outras dificuldades como desenvolver atividades em grupo, expor suas ideias
quando os professores impõem que eles comentem o que entenderam. Para que
esse processo de aprendizagem se torne mais agradável e emotivo para os alunos
disléxicos, neste sentido JUAREZ e MONFORT (1989 apud COLL et ali. 2004, p.
87), propuseram um modelo de intervenção em três níveis:
O primeiro nível é essencialmente interativo. Sua principal diferença em relação a situações completamente naturais da vida cotidiana é o logopedista planeja e organiza situações de interação e lhes dá maior estabilidade. O segundo nível introduz-se na programação de determinados conteúdos (seja em nível lexical, fonológico, sintático, etc.). Neste segundo nível sintático, existem maior seleção e sistematização dos conteúdos que se vai trabalhar. O terceiro nível é orientado para o ensino de determinadas condutas linguísticas mediante exercícios dirigidos cuidadosamente programados de antemão pelo adulto.
CAPÍTULO III
A DISLEXIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL
Nota-se que na fase da educação infantil, as crianças com dislexia, possuem
algumas características, de acordo TOPCSEWSKI (2012, p. 29),
Atraso na aquisição da fala; Fala lenta; Pouca fluência; Articulação inadequada das palavras (fala infantilizada); Balbuciar ao falar, gaguejam; Dificuldade para narrar um fato coerentemente; Falha da memória auditiva; Confundem palavras com sons semelhantes; Dificuldade para aprender
canções.
Com essas dificuldades apresentadas é importante que os pais e os
professores sejam alertados caso as crianças apresentem dificuldades em aprender,
ao se relacionar com os amigos, em brincar, ao fazer as atividades propostas, em se
alimentar, entre outros. Por isso, toda atitude da criança deve ser observada. Uma
criança que não se interessa em brincar em grupo, em ter amigos, em se relacionar
com outras crianças indica que precisa de ajuda para resolver algum transtorno
psicológico.
3.1 - As intervenções do educador com os alunos disléxicos
É importante que as intervenções individuais coordenem-se o mais
estreitamente possível com o ambiente familiar, aluno e escola, já que ela passa a
maior parte de seu tempo e nos quais se encontram os interlocutores mais
significativos. Não se trata de converter pais e professores, mais aproveitar aqueles
contextos mais naturais e espontâneos e que podem estimular e favorecer a
aprendizagem.
Para TEXEIRA (2012), quando os professores perguntam o que devem fazer
na sala de aula em relação às crianças com problemas de linguagem, a resposta é:
comunicar-se melhor e estimular interações frequentes, ricas e variadas entre os
alunos. Esta afirmação é válida entre os alunos e também para crianças com
problemas muito diversos.
De acordo com COLL et ali (2004), para que um determinado professor
possa ajudar o seu aluno com dislexia é necessário fazer certas adaptações como:
adaptar-se a criança, tanto ao seu conhecimento e a sua experiência, com as suas
habilidades, comunicativa e linguística. Não se trata de limitar ou empobrecer o
estimulo linguístico que a criança recebe, mas de torná-lo mais acessível,
procurando favorecer sua aprendizagem. Deve-se também, evitar corrigir ou pedir
que a criança repita suas produções erradas ou incompletas. Isso pode ser
prejudicial, aumentar a sensação de fracasso e inibir as iniciativas de comunicação
da criança. É preciso dar um tempo para a criança se expressar, sempre reforçando
os êxitos, encorajando-o a usar a linguagem em diferentes funções; proporcionar
oportunidades de ampliação do uso da linguagem; oprtunizar perguntas abertas que
possibilitem respostas diversas.
Ainda, para o autor, educador deve utilizar todos os meios para facilitar a
compreensão da mensagem e a interação comunicativa, com gestos, expressões
faciais e corporais. É fundamental utilizar todos os tipos de representações visuais
como apoio, aproveitando as situações de jogo, proporcionando um contexto rico
para o uso da linguagem. Deve-se proporcionar momentos que assegure o fluxo de
informação entre a família e a escola. desta forma torna-se mais fácil conseguir que
as estratégias de intervenção sejam implementadas de forma complementar por
diferentes agentes educativos em situações diversas, para favorecer a
aprendizagem da criança.
Algumas das intervenções, para ajudar os alunos disléxicos de acordo com
JACOMEL (2010), podem ser: envolver o aluno na tarefa de superação das suas
dificuldades, dar mais atenção ao aluno, de acordo com sua individualidade,
demonstrar interesse por seus avanços e estar sempre atendo fornecendo-lhe
reforço positivo, disponibilizar tempo suficiente para que o aluno organize seus
pensamentos e termine suas atividades, evitar constrangimento na correção das
atividades, deve-se evitar comparações com outros alunos e nunca forçá-lo a fazer
leitura em voz alta. O aluno com dislexia deve ser avaliado pelos seus avanços
individuais e nunca pela comparação com a turma. Dê ao aluno oportunidade de
usar diferentes recursos, isso favorecerá seu aprendizado.
Contudo, os professores devem estar cientes em como tratar os seus
alunos, pois os mesmos precisam estar motivados e serem compreendidos pelos
docentes e família.
CONDEMARIN (1989), a intervenção nesta situação pode ser, por exemplo,
um conjunto de ajuda para orientar de forma individual tal aluno, na qual sua
avaliação seja um percurso de aprendizagem relativa: se melhorou, se aprendeu,
podemos verificar se não melhorou, se continua do mesmo jeito, se regrediu ou
estancou na aprendizagem.
3.2 - O desenvolvimento da Criança na Concepção Piagetiana
Para Piaget (1994), os aspectos cognitivos dos indivíduos são de grande
importância. Para ele as crianças não herdam capacidades mentais prontas, mas
apenas um modo de reagir ao ambiente, convivendo com outros. Aos poucos ela vai
se adaptando a esse ambiente.
De acordo com ENDERLE (1987). As etapas do desenvolvimento da criança
na concepção Piagetiana são: estágio sensório-motor, o estágio pré-operacional,
estágio das operações concretas, estágio das operações formais.
Estágio sensório-motor – é considerado fundamental para a atividade
intelectual futura, como já se viu anteriormente. Recomenda-se, nesta fase, grande
estimulação ambiental.
Estágio pré-operacional – tem início em torno dos dois anos de idade e
estende-se até os seis anos, aproximadamente. O principal progresso dessa fase
em relação à anterior é o desenvolvimento da função simbólica e da linguagem. A
capacidade simbólica é a que permite representar objetos e fatos por meio de um
significado diferenciado.
Neste período, predominam os jogos simbólicos que implicam a
representação de um objeto por outro, atribuições de novos significados para vários
objetos. Ela pode então representar qualquer objeto por meio de um significante
especifico que pode ser por meio de linguagem, desenho, gesto, etc. A linguagem é
também uma manifestação da função simbólica.
Estágio das operações concretas: atinge a faixa dos seis aos onze ou doze
anos, mais ou menos. As características mais evidentes é a superação lenta do nível
intuitivo do pensamento, quando não havia noção de conservação e a criança
guiava-se pelos dados intuitivos nos seus raciocínios.
Estágio das operações formais – atinge o início do período puberal (em torno
de doze anos em diante). A partir daí o jovem pode prescindir da ação e,
positivamente, refletir sobre operações.
Com sua teoria, Piaget nos ensina que o pensamento, visto como processo
cognitivo é a expressão da interação do homem com o meio. Assim, o ser humano
age sobre o meio, donde recolhe dados iniciais, percorre um caminho de análises e
síntese, através de um conjunto de operações que vão se construído
gradativamente e o levam a obter uma representação desse mundo, podendo atuar
sobre ele, reiniciar o caminho ante cada mudança.
A teoria de Piaget leva-nos a concluir que é inútil organizar o conteúdo para
as crianças, segundo os nossos padrões de assimilação, e, uma vez que a criança
pensa diferente do adulto, ela organiza o real a partir de estruturas espaços-
temporais. Contudo, isso não chega a ser preocupante, porque as crianças buscam
essa organização constantemente, tentando dar um sentido ao seu mundo.
CAPÍTULO IV
COMO DESENVOLVER ATIVIDADES COM OS ALUNOS DISLÉXICOS
Para que possamos desenvolver atividades com os alunos disléxicos é
necessário incluir os jogos e as brincadeiras no planejamento diário. A escola, então,
deve refletir e retomar a questão da ludicidade e da contribuição desta no processo
ensino-aprendizagem das crianças e, principalmente, daquelas que apresentam
dificuldade neste processo, como no caso das crianças disléxicas.
Os estudos feitos por SANTOS (2003) mostram que as atividades lúdicas
dão ferramentas indispensáveis no desenvolvimento da criança, porque para a
criança não há atividade mais completa do que o brincar.
De açodo com TEIXEIRA (2012, p. 75) “o brinquedo é um elemento
fundamental para que as crianças adquiram habilidade”. Em geral, as crianças com
dificuldades de aprendizagem manifestam os sintomas em um ou mais processos
psicológicos básicos na compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita.
Considera-se que o ato de brincar e jogar são fundamentais para o
desenvolvimento de toda criança, pois promove a sensação de prazer e
envolvimento pela atividade realizada. No entanto contribuem desta forma, para a
formação, manutenção e preservação dos processos cognitivos, afetivo-emocionais
e socioculturais.
Para LUCKESI (200,p.21)
Brincar, jogar, agir ludicamente exige uma entrega total do ser humano, corpo e mente ao mesmo tempo. A atividade lúdica não admite divisão; e as próprias atividades lúdicas por si mesmas, nos conduzem para esse estado de consciência. Se estivermos em um salão de dança e estivermos verdadeiramente dançando, não haverá lugar para outra coisa a n ao ser para o prazer e a alegria do movimento ritmado, harmônico e gracioso do corpo.
OLIVEIRA (2006) descreve neste contexto, a escola e as brincadeiras
constituem-se em instrumento de coesão autêntica e prazerosa que permitem à
criança passar gradualmente o foco de si mesma para o meio que a cerca.
SANTIN (1987, p. 26) acredita que o ser é corporeidade, isto é, movimento,
gesto, expressividade, presença: “O homem é movimento, o movimento que se torna
gesto, o gesto que fala que instaura a instaura a presença expressiva, comunicativa
e criadora”.
Diante desse fato, nota-se a grande oportunidade de utilizar o prazer da
brincadeira com situações de aprendizagem. A criança espontaneamente estará
adquirindo conhecimento e uma estrutura básica de mudanças da necessidade
subjetiva.
Com base nas considerações feitas acima, conclui-se que a atividade lúdica
tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil, quer seja no aspecto afetivo,
cognitivo, social ou neuromotor. Enfatiza-se o corpo em movimento neste processo e
relevância destes fatores na prevenção de problemas de aprendizagem e possível
fracasso escolar.
4.1 - Tabalhando com lúdico
Segundo KISHIMOTO (2000), é através do trabalho com o lúdico que as
crianças desenvolvem habilidades para a aprendizagem acontecer, e a desenvolver
vários fatores que ajudaram na construção de conhecimento e a assimilar as
realidades intelectuais. Cabe ao professor direcionar as atividades desenvolvidas
com lúdico, para uma avaliação pedagógica, promovendo o desenvolvimento de
habilidades e interação social.
No entanto as atividades lúdicas são prazerosas, estimulantes e excitantes.
Para BRASIL (1998, p. 37) “é necessário se conscientizar que o lúdico oferece
informações elementares a respeito do individuo que brinca”.
De acordo com TEIXEIRA (1995) as atividades lúdicas mobilizam esquemas
mentais e físicos que aciona e ativa as funções psico-neurológicas estimulando o
pensamento. A ludicidade engloba várias dimensões da personalidade humana, Poe
exemplo: a afetiva, a motora e cognitiva. À medida que as brincadeiras geram
envolvimento emocional, apela para a esfera afetiva. Tornando-se semelhante a
uma atividade artística, integrando vários aspectos da personalidade. O ser humano,
enquanto brinca se desenvolve.
De acordo com autor, a ludicidade ativa as funções psicológica, mobilizando
esquemas mentais e as operações mentais, estimulando o pensamento. Cabe aos
docentes compreender o quanto o lúdico pode ser um instrumento de suma
importância na aprendizagem, no desenvolvimento e na vida das crianças.
Quando as situações lúdicas são intencionalmente criadas pelo adulto com
vistas a estimular certos tipos de aprendizagem, surge a dimensão educativa. Desde
que mantidas as condições para a expressão do jogo, ou seja, a ação intencional da
criança para brincar, o educador está potencializando as situações de
aprendizagem. ( KISHIMOTO, 2000)
Como diz ALMEIDA (2000, p. 36) “É muito importante, também, nesta
análise, acrescentar a relação entre a criança, à educação e o brinquedo, a fim de
perceber a influencia que este exerce sobre ela”. Quanto mais a criança desenvolve
atividades com o lúdico, mas possibilidades tem a desenvolver habilidades, a
imaginação, comparar o real ao faz de conta, de obter conhecimento que redefine na
elaboração do pensamento individual. Sabemos que as brincadeiras, brinquedos e
os jogos são atividades lúdicas favorecendo o ensino e aprendizagem das crianças.
KISHIMOTO (2000, p.37) coloca que
Ao assumir a função lúdica e educativa, o brinquedo educativo merece algumas considerações: 1. Função lúdica: o brinquedo propicia diversão, prazer e ate desprazer, quando escolhido voluntariamente; 2. Função educativa: o brinquedo ensina qualquer coisa que complete o individuo em seu saber, seus conhecimentos e sua apreensão do mundo. (
Desta forma, as atividades lúdicas são promotoras da capacidade e
potencialidade dos alunos e, portanto, deve ocupar a sala de aula.
Devemos estar cientes que o trabalho com o lúdico não se reduz numa mera
brincadeira, a uma diversão superficial. Comenta SNEYDERS (1996, p. 36) que
“Educar é ir em direção à alegria”. As técnicas lúdicas fazem com que a criança
aprenda com prazer, alegria e entretenimento.
Neste sentido é de suma importância à contribuição de SANTOS (1997,
p.12) quando diz que o desenvolvimento da ludicidade “facilita a aprendizagem, o
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde mental, prepara
um estado interior fértil, facilita os processo de socialização, comunicação,
expressão e construção do conhecimento”
De acordo TEIXEIRA E MARTINS (2012, p. 76), “por meio do brincar a
criança consegue expressar todo o seu sentimento, criando diversas situações de
aprendizagem, pois ela esta realizando o que gosta, fazendo com que a
aprendizagem esteja unida ao prazer”.
TEIXEIRA E MARTINS (2012), por meio do lúdico a criança desenvolve a
capacidade de valorizar a cooperação que se deve ter com o grupo e adquire
oportunidade de descobrir seus próprios recursos e testar suas próprias habilidades,
aprendendo a conviver com os colegas e professores numa interação de
companheirismo.
As atividades com jogos contribuem muito com a aprendizagem se for
pensada com objetivos, no momento e na quantidade certa para cada necessidade.
4.2 – O brinquedo e as brincadeiras na aprendizagem
O brinquedo e as brincadeiras assumem função lúdica educativa, e sua
utilização potencializa a exploração e a construção interna, os mesmos são
instrumentos pedagógicos muito significativos, pois são atividades livres e alegres
que englobam uma significação, como o contexto social e cultural.
Para MALUF (2003, p. 17), “brincar sempre foi e sempre será uma atividade
espontânea e muito prazerosa, acessível a todo ser humano, de qualquer faixa
etária, classe social ou condição econômica”.
Segundo KISHIMOTO (2002, p. 139) “a brincadeira é uma atividade que a
criança começa desde seu nascimento no âmbito familiar”. As brincadeiras são
repassadas as crianças pelos familiares, de acordo com sua cultura, normalmente
aprendida de forma espontânea.
Contudo o brinquedo é uma atividade que procura representar o real e é
uma atividade com propósitos que justificam o jogo.
A criança começa com uma situação imaginária que é uma reprodução da situação real, sendo a brincadeira muito mais a lembrança de alguma coisa que realmente aconteceu, do que uma situação imaginaria nova. À medida que a brincadeira se desenvolve, observamos um movimento em direção à realização consciente de seu propósito. Finalmente surgem as regras que irão possibilitar a divisão do trabalho e o jogo na idade escolar. (VYGOTSKY, 2000, p.118)
É brincando que a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e
confere habilidades. Além disso, desenvolve a curiosidade, a autoconfiança e a
autonomia, proporciona o enriquecimento da linguagem, do pensamento, da
concentração e da atenção.
TEIXEIRA (2012),é através do brinquedo que se traduz o real para a
realidade infantil. Suavizando o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos
adultos, diminuindo o sentimento de capacidade da criança. Com o ato de brincar, a
inteligência da criança vai sendo desenvolvida e a qualidade de habilidades que está
sendo oferecidas à criança através de brincadeiras e de brinquedos, garante que
suas potencialidades e sua afetividade se harmonizem.
MALUF (2003, p. 21). Desta que “participar de brincadeiras é uma excelente
oportunidade para que a criança viva experiências que irão ajudá-la amadurecer
emocionalmente a aprender uma forma de convivência mais rica”. BROUGÉRE
(1997, p. 13) afirma que, “com certeza podemos dizer que a função do brinquedo e a
brincadeira”. É que na verdade o brinquedo preenche as necessidades, e é essa
necessidade que faz a criança avançar no seu desenvolvimento interno e interioriza
o discurso externo, desenvolvendo suas múltiplas habilidades.
Cabe ao professor conhecer as diversas categorias de atividades lúdicas
que atendam aos objetivos. Todo brinquedo tem uma função mais especifica e
várias outras funções associadas, bem como as atividades que envolvem duas ou
mais crianças no caso do jogo.
4.3 – O Desenvolvimento da Escrita
Ao desempenhar o trabalho de alfabetizador, o educador se depara com
uma variedade de situações no processo de aprendizagem da escrita. A fase de
alfabetização envolve uma complexidade de esquemas necessários ao domínio da
escrita.
Para VYGOTSKY (1988, p. 143), “o aprendizado da escrita é um processo
complexo que é iniciado para criança muito antes da primeira vez que o professor
coloca um lápis em sua mão e mostra como formar letras”.
De acordo com (FERREIRO E TEBEROSKY, 1979), As pessoas não
alfabetizadas, ao iniciarem o processo de alfabetização, desenvolve-se em quatro
fases: a pré-silábica, a silábica, a silábico-alfabética e a alfabética.
Na fase pré-silábica: a criança diferencia desenho de escrita, começando a
produzir rabiscos bolinhas, sem se preocupar com as propriedades sonoras e
escrita. Neste nível, a criança faz registros por meio de garatujas e mais tarde, num
ambiente favorável com material gráfico disponível ela rabisca e experimenta
símbolos, percebe que as letras servem para formar palavras, mas não percebem
como ocorre tal processo.
Fase silábica: nesse nível a criança descobre que a quantidade de letras
com que vai se escrever uma palavra corresponder com a quantidade de partes.
Cada parte é uma sílaba a qual a criança faz corresponder uma grafia.
Fase silábica alfabética: A criança ao atingir este nível, estabelece que as
partes sonoras semelhantes se exprime por leituras semelhantes, alguns estudiosos
consideram que tal etapa de transição não constitui em si um novo nível ou uma
nova hipótese, mais uma clara fase de transição.
Fase alfabética: nesta fase a criança tem a compreensão de que uma sílaba
pode ter uma, duas ou três letras, também aqui ela transpõe a porta do mundo dos
escritos, fazendo a distinção entre letras, sílabas, palavras e frases, as crianças
escrevem com muitos erros ortográficos.
É preciso deixar claro que, muitos alunos apresentam várias dificuldades. É
a partir desse ponto que os educadores devem começar a trabalhar as
possibilidades de minimização os problemas de aprendizagem, pois:
LEMLE ( 2003, p. 07) coloca que para a criança aprenda a escrever, “é
preciso atingir algumas percepções de representação simbólica, como por exemplo,
precisa saber o que significa um risco preto no papel branco, precisa compreender
que o símbolo que está no papel representa o som da fala.”
Os Parâmetros Curriculares Nacionais - PCNs (1998, p. 149) confirmam
que: “o envolvimento do aluno no processo de aprendizagem deve propiciar ao
aluno encontrar sentido e funcionalidade naquilo que constitui o foco dos estudos em
cada situação de sala de aula”.
Em geral, as crianças com dificuldades de aprendizagem em linguagem e
escrita, manifestam os sintomas em um ou mais processos psicológicos básicos na
compreensão ou no uso da linguagem falada ou escrita. Para WEISS (1999), é pelo
brinquedo que a criança inicia sua integração social, aprende a conviver com o
outros, a situar-se diante do mundo que a cerca.
Dessa maneira, as maiores aquisições de uma criança são conseguidas por
meio do ato lúdico, aquisições que, no futuro, tornar-se-ão seu nível básico de ação
e interação com a aprendizagem formal e informal.
CONCLUSÃO
Através da pesquisa realizada, constatou-se que a dislexia na sala de aula
tem sido um obstáculo ao bom andamento do processo ensino/aprendizagem.
Atualmente tanto se fala em dislexia, mas que no geral muitos nem sabe o que essa
palavra significa. É um problema que está presente em toda nas salas de aula. A
dislexia é um tema que é bastante abordado tanto nos livros como nas escolas.
Conclui-se que ainda não se conhece a cura para a dislexia, mas que podemos
ajudar as crianças dislexias de forma que as mesmas se sintam segura e motivada
no processo ensino e aprendizado.
A partir desse estudo pude perceber que muitas vezes que chamamos
algum aluno de preguiçoso, desinteressado, podemos estar ofendendo uma criança,
pois as crianças dislexias possuem audição, visão e inteligência normais, mas não
compreende o sistema de escrita e leitura. No entanto a maior dificuldade
apresentada pelos disléxicos é diferenciar e reconhecer as palavras com sons
parecidos e diferenciar fonemas de silabas.
Sabemos que tem crianças dislexia que desenvolve a habilidade da escrita e
leitura através dos usos de todos os sentidos, quando o professor combina
atividades que motivem o uso da visão, da audição e do tato.
Não é porque as crianças tem dislexia que seu futuro será um fracasso,
temos pessoas brilhantes na sociedade que são disléxicos. Pois os disléxicos
geralmente tem inteligência acima da média, mas seu desempenho escolar não
combina com seu padrão geral de atuação.
Na reflexão sobre o distúrbio de aprendizagem, “a dislexia”, percebeu-se que
não é possível resolver este problema tão sério sozinho. Esta é uma caminhada que
necessita somar forças para solução.
E para que possamos diagnosticar a dislexia em um aluno, devemos ficar
atentos em diversas de suas atitudes, no entanto quem deve dar o diagnostico final
é uma equipe multidisciplinar, composto por um psicólogo, um fonoaudiólogo, um
psicopedagogo e um neurologista.
Ao termos em mão um diagnostico de que temos um aluno disléxico em sala
de aula devemos nos preparar para recebermos o mesmo. Com atividades
diferenciadas, com muita motivação, carinho e comprometimento com a
aprendizagem desse aluno.
Devemos ficar ciente que as estratégias diferenciadas para a construção do
conhecimento desse aluno, serão satisfatórias se as situações em que forem
trabalhadas tiverem significado para o aluno.
Sabemos que, para as crianças tem entusiasmo ou interesse por uma
determina atividade essa deverá esta relacionada com algum jogo ou brincadeira,
pois as crianças adoram brincar, tem desafios para se alcançar e competir com os
colegas e é através da ludicidade que as crianças aprendem sem ter medo de errar.
As contribuições deste trabalho levam a rever a formas de como a ludicidade
deve ser desenvolvida nas escolas, alicerça a proposta de inserirem realmente as
atividades lúdicas.
Portanto, esse estudo sobre a dislexia, propõe-se acreditar com altivez, nos
propósitos relacionados ao desempenho dos alunos utilizando atividades lúdicas.
Pois, a cada dia que passa, pode-se certificar que os resultados obtidos em sala de
aula utilizando a ludicidade, são realmente fascinantes.
Ao envolver-se neste trabalho tem-se a oportunidade de apreciar e analisar
os conhecimentos de vários estudiosos importantes, que com certeza abrilhantaram
ideias em relação ao tema pesquisado. Todos eles enalteceram saberes, aguçando
a curiosidade sobre o assunto, levando a reflexão sobre o fazer pedagógico e o que
pode ser melhorado na prática de sala de aula.
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