UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO
CAMPUS SINOP
INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E AMBIENTAIS
CURSO DE AGRONOMIA
RHENAN DA SILVA CONTREIRAS
DESEMPENHO DO SISTEMA SANTA BRÍGIDA DENTRO DA ILPF NO ECOTONO
CERRADO-AMAZONIA MATO-GROSSENSE
SINOP-MT
2019
RHENAN DA SILVA CONTREIRAS
DESEMPENHO DO SISTEMA SANTA BRÍGIDA DENTRO DA ILPF NO ECOTONO
CERRADO-AMAZONIA MATO-GROSSENSE
Trabalho de Conclusão de Curso
apresentado à Universidade Federal do
Mato Grosso, campus de Sinop, como
parte das exigências do Curso para
obtenção do título de Bacharel em
Agronomia.
Orientador: Prof. Dr. Anderson Lange
Coorientador: Prof. Msc. Flavio de
Jesus Wruck
SINOP-MT
2019
C764d CONTREIRAS, RHENAN DA SILVA.
DESEMPENHO DO SISTEMA SANTA BRÍGIDA DENTRO DA ILPF NO ECOTONO CERRADO-AMAZONIA MATO-GROSSENSE / RHENAN DA SILVA CONTREIRAS. -- 2019
45 f. : il. color. ; 30 cm.
Orientadora: Anderson Lange. Co-orientadora: Flavio Jesus Wruck. TCC (graduação em Agronomia) - Universidade Federal
de Mato Grosso, Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais, Sinop, 2019.
Inclui bibliografia.
1. Glycine max. 2. Milho. 3. Consórcio de culturas. I.
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada automaticamente de acordo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a).
Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.
DEDICATORIA
Aos meus pais Milton Bobi Contreiras e Silvana da Silva Contreiras que sempre me
incentivaram e sem eles eu não estaria aqui e agora.
E a todos que me ajudaram direta ou indiretamente nesta longa jornada que ainda está só
começando.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus e a minha família por sempre ter mi ajudado
apoiado só eles sabem a dificuldade que enfrentei e que nunca desistiram de mim.
Agradeço ao meu Orientador Anderson Langue e ao meu Co-Orientador Flávio Jesus
Wruck pela paciência e principalmente pelo aprendizado, pela oportunidade de conduzir
este trabalho.
RESUMO
O sistema ILPF é uma tecnologia que minimiza os danos da exploração agrícola ao
meio ambiente, maximizando a produtividade utilizando técnicas sustentáveis, como sistema
de plantio direto , uso de plantas de cobertura e rotação de cultura.
Objetivou-se neste trabalho identificar alternativas de consórcios de milho/capim com
alguma leguminosa que aumente a produtividade da soja na safra seguinte. Foi utilizado no
experimento, delineamento inteiramente casualisado com 4 repetições em 3 posições
diferentes, referente a luminosidade que é recebido a área no período do dia,
predominantemente na parte da manhã ou na parte da tarde ou luz o dia todo. Os
tratamentos consistem no consórcio de milho com paiaguás e crotalária (1º), consórciomilho
compaiaguás e feijão Guandu (2º) e milho com paiaguás e estilosantes. Os consórcios com
milho foram semeados em 23/02/2017 e colhido com 98 DAE. Na segunda etapa a soja foi
semeada no dia 24/10/2017 e colhida dia 15/02/2018. As variáveis analiasadas foram massa
seca, teor médio de proteína bruta PB e de nutrientes, estoque de proteína bruta e de
nutrientes, produtividade do milho e produtividade da soja. Observou-se que o consórcio de
milho, paiaguas e feijão guandu foi o que mais se destacou,se sobressaindo em quase
todas as variáveis analisadas, porém na produtividade final da soja o consórcio com
estilosantes se destacou devido a sua maior presença de nódulos nas raizes.
Palavras chaves: Glycine max. Milho. Consórcio de culturas.
ABSTRACT
The ILPF system is a technology that minimizes farm damage to the environment by
maximizing productivity using sustainable techniques such as SPD no-tillage system,
use of cover crops and crop rotation.
The objective of this work was to identify alternatives of maize, grass with some
legume type that would increase soybean yield in the next harvest. It was used in the
experiment, a completely randomized design with 4 replications in 3 different
positions, referring to the luminosity that is received the area in the daytime period,
predominantly in the morning or in the afternoon or light all day, the treatments
consists of maize , Paiaguás and crotalária, according to consortium consists of corn,
Paiaguás and Guandu beans, and the third consists of maize, Paiaguás and
estilosantes. The maize consortiums were planted on 02/23/2017, and harvested
with 98 DAE from corn planting. Soybean was planted on 10/24/2017 and harvested
on 02/15/2018. The analyzed variables were dry mass, average crude protein
content and nutrient content, crude protein content of nutrients, corn yield and
soybean yield. It was observed that the Guandu treatment was the one that stood out
most among the consortia, standing out in almost all the analyzed variables, but in
the final yield of the soybean the consortium of styling was highlighted more due to
its greater presence of root nodutos.
Keywords: Glycine max. Corn. Consortium of cultures.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Textura e principais atributos químicos do solo ...................................................19
Tabela 2. Descrição dos tratamentos qualitativos do experimento........................................18
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Precipitação durante o consórcio triplo..................................................................17
Figura 2. Fotomontagem, representativa da área experimental............................................19
Figura 3. Locações dos tratamentos no campo....................................................................20
Figura 4. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis..................................................39
Figura 5. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis..................................................39
Figura 6. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis..................................................40
Figura 7. Soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis.................................40
Figura 8. Colheita da soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis..............41
Figura 9. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu.............................................41
Figura 10. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu...........................................42
Figura 11. Soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu..........................42
Figura 12. Colheita da soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu.......43
Figura 13. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante................................................43
Figura 14. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante................................................44
Figura 15. Soja onde ficava consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante.....................44
Figura 16. Colheita da soja Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante.....................45
Figura 17. Colheita da soja Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante.....................45
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Textura e principais atributos químicos do solo na área do experimento............................18
Quadro 2. Massa seca e seu respectivo teor…………………………………………..…………………...25
Quadro 3. Teores medias de proteína bruta (PB) e dos nutrientes…………..…………………………..26
Quadro 4. Estoques de proteína bruta (PB) e de nutrientes.................................................................28
Quadro 5. Fatores de produção do milho nos Sistemas Santa Brígida................................................31
Quadro 6. Fatores de produção da soja cultivada na sucessão dos Sistemas Santa Brígida.............32
Sumário
LISTA DE TABELAS .............................................................................................................. 9
LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................ 10
LISTA DE QUADROS .......................................................................................................... 11
1.INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 12
2. REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................... 13
2.1 Sistema Plantio Direto ................................................................................................ 13
2.2 Milho .......................................................................................................................... 14
2.3 Leguminosas forrageiras ............................................................................................ 15
3. MATERIAL E MÉTODOS ................................................................................................. 17
3.1. Local do experimento ................................................................................................ 17
3.2. Delineamento Experimental, Tratamentos, Parcelas Experimentais e Análises da
Variância .......................................................................................................................... 19
3.3. Condução do experimento ........................................................................................ 24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 25
5. CONCLUSÃO .................................................................................................................. 34
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 35
7. ANEXO ............................................................................................................................ 39
12
1.INTRODUÇÃO
Os sistemas agrícolas atuais são caracterizados pela produção intensiva de grãos,
uso de monocultivos, elevada utilização de fertilizantes e de agroquímicos. Recentemente, a
conscientização ambiental tem despertado interesse por práticas agrícolas que sejam
sustentáveis. Com isso, as pesquisas em torno do desenvolvimento de tecnologias que
minimizem os danos da exploração agrícola ao meio ambiente têm sido cada vez mais
evidenciadas (GITTI et al., 2012; FLORES, 2018).
Para maximizar a produtividade com maior rentabilidade agrícola, através da
utilização de manejos adequados e sistemas de produção sustentáveis, ressalta-se o cultivo
no sistema plantio direto (SPD), que se fundamenta no mínimo revolvimento do solo, uso de
plantas de cobertura e rotação ou sucessão de culturas. Porém, as culturas utilizadas no
esquema de rotação ou sucessão interferem na viabilidade do SPD, sobretudo quando se
trata da permanência dos restos culturais como cobertura do solo (SOUZA, 2016).
Gramíneas, pertencentes à família Poaceae, como as braquiárias (gênero Urochloa)
e milho (Zea mays), são indicadas para compor o esquema de alternância de culturas. Ao se
utilizar gramíneas, família botânica Poaceae, devido à maior relação C/N, há menor
velocidade de decomposição dos resíduos culturais e, consequentemente, redução na taxa
de liberação de nutrientes ao solo, podendo ocorrer, inclusive, imobilização microbiana de N
(SILVA et al.,2006, DICK et al., 2009). Assim sendo, desenvolve-se o interesse por plantas
com capacidade de utilização como adubação verde. Além disso, os resíduos de braquiaria,
tem a capacidade de reduzir os inóculos de fungos patogênicos no solo, como Fusarium
solani f. sp. phaseoli, Rhizoctonia solani e, principalmente, Sclerotium sclerotirum
promovendo menor custo de produção, devido a economia gerada com a diminuição no uso
de fungicidas (COSTA; RAVA, 2003; LEMOS; FARINELLI; MINGOTTE, 2015; COSTA et al.,
2016).
O uso de culturas da família Fabaceae, conhecidas como leguminosas, constitui
alternativa para remédiar este empecilho, visto que por possuírem baixa relação C/N,
promovem a liberação dos nutrientes pela decomposição mais rápida. Ao mesmo tempo, as
leguminosas são capaz de realizar associação à bactérias fixadoras de N atmosférico,
utilizando do nutriente no seu ciclo e fornecendo-o para o meio após sua decomposição,
atuando como adubo verde (SOUZA, 2016).
Independente do sistema de cultivo é necessário que exista afinidade em relação ao
desenvolvimento vegetal entre as espécies utilizadas no consórcio (FLORES, 2018).
13
Diante do exposto, a presente pesquisa teve como objetivo a avaliação de consórcio
triplo de milho com Brachiária Paiaguas e leguminosas sob diferentes tratamentos de luz
solar.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1 Sistema Plantio Direto
Devido à crescente preocupação em desenvolver agriculturas mais sustentáveis,
novos sistemas de cultivo vêm sendo adotados a fim de minimizar os impactos causados
(compactação, aumento da temperatura e desagregação do solo, desperdício de água e
outros) ao ambiente pelas práticas agrícolas dentre as quais se podem destacar o trafego
intensivo de máquinas, arações e gradagens sucessivas. Com isso, o sistema plantio direto
(SPD) vem se destacando como uma das maiores alternativas para a conservação,
beneficiando os atributos físicos, químicos e biológicos do solo (FIGUEIREDO et al., 2007).
Originado em cultivos norte-americanos e ingleses, o método plantio direto chegou
ao Brasil na década de 1970, na região sul, quando se buscava remédiar o risco de
desertificação de grandes áreas produtivas no estado do Paraná, em decorrência de
processos erosivos que comprometiam a cadeia agrícola do estado. Atualmente,
abrangendo mais de 32 milhões de hectares, o país é líder e referência mundial no uso
dessa técnica, que evoluiu-se do conceito plantio direto para sistema plantio direto (SPD).
Isto porque, tornou-se um procedimento mais apurado e complexo, ao englobar múltiplos
processos tecnológicos destinados à exploração de sistemas agrícolas produtivos, com
mobilização do solo somente na semeadura, manutenção permanente de cobertura vegetal
e diversificação das espécies, via rotação e/ou consórcio de culturas (MOTTER; ALMEIDA,
2015).
O SPD consiste na semeadura sobre a cobertura vegetal dessecada de plantas
presentes na área ou cultivada anteriormente para esta finalidade. O resíduo formado atua
como proteção da superfície do solo, contra os agentes erosivos, mantendo a umidade e a
estrutura, além disso, age na manutenção da temperatura do solo, controla plantas daninhas
e promove a ciclagem e a disponibilidade de nutrientes para as culturas sucessoras (BOER
et al., 2007; SILVA et al., 2008, MARCELO; CORÁ; FERNANDES, 2012).
O SPD preconiza o não revolvimento do solo, rotação de culturas e formação de
palhada. Dentre estes, o fator mais limitante é a formação e manutenção da palhada na
superfície do solo, em razão da influencia de temperaturas altas e elevada umidade,
favorecerem a rápida decomposição (FREIXO et al., 2002, CRUSCIOL et al., 2009).
Entretanto, a viabilidade do SPD é dependente da produção e manutenção de
palhada na superfície do solo, sobretudo em regiões onde ocorre elevadas temperaturas
14
associadas à altos volumes de chuvas no verão, favorecendo a atividade microbiana, o que
acelera a decomposição dos resíduos (SKOPP; JAWSON; DORAN, 1990; TEIXEIRA et al.,
2010). Para a implantação e condução do SPD de maneira eficiente, é importante que haja
culturas na sucessão ou rotação que possuam alto potencial para produção de fitomassa e
elevada relação C/N, para menor decomposição, garantindo a cobertura do solo por um
período prolongado, tal como as gramíneas (BORGHI; CRUSCIOL; COSTA, 2006).
2.2 Milho
O milho (Zea mays) é considerado uma das principais espécies utilizadas no mundo,
ocupando no Brasil cerca de 13 milhões de hectares. Os maiores produtores mundiais de
milho são: Estados Unidos (34,6%), China (20,8%) e Brasil (9,2%). Os maiores exportadores
de grãos são os Estados Unidos com 31,4% e o Brasil com 22,4% (FAO, 2017).
Em função do potencial produtivo, da composição química e de seu valor nutricional,
a cultura do milho tem se constituído em um dos mais importantes cereais cultivados e
consumidos no mundo, sendo o terceiro cereal mais produzido, superado apenas pelo trigo
e pelo arroz (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000).
Duarte et al (2006) relata que no país há uma grande diversidade de cultivo,
encontrando-se desde a agricultura tipicamente de subsistência, até lavouras do mais alto
nível tecnológico, alcançando altos índices de produtividade, além de assumir uma
expressiva importância social e econômica, pela geração de empregos no setor primário, e
por ser responsável pelo fornecimento de matéria-prima essencial que impulsiona diversos
complexos agroindustriais (FANCELLI; DOURADO NETO, 2000). Seu cultivo, atualmente, é
quase que totalmente mecanizado, desfrutando de modernas técnicas de plantio e colheita,
o que auxilia em sua produtividade, que está relacionado ao maior uso do plantio direto, da
correção e fertilização do solo (CRUZ, 2018).
É uma espécie diploide e alógama, pertencente à família Poaceae (Gramineae). É
considerada uma das plantas cultivadas mais antigas e um dos vegetais superiores mais
estudados, além de possuir detalhada caracterização genética. Hoje, é uma cultura
totalmente dependente da ação do homem, devido sua intensa domesticação (COSTA
SANTOS, 2009)
Acredita-se que a cultura do milho seja originária da América do Norte, e as
evidências apontam que a descoberta da espiga antiga foi na região sudeste do México
(BUCKLER; STEVENS, 2006). Várias hipóteses foram levantadas a respeito da sua
descendência, porém, as mais consistentes são as que afirmam que o milho teria se
originado do teosinte, através da seleção praticada pelo homem (GALINAT, 1977; BEADLE,
1978).
15
Possui ampla variabilidade genética sendo identificadas atualmente cerca de 300
raças e, dentro de cada raça, inúmeras variedades. Além disso, essa cultura também possui
ampla adaptação ambiental e uma grande diversidade para caracteres quantitativos e
qualitativos, incluindo a composição química dos grãos, reação a doenças, capacidade
produtiva, arquitetura de planta, ciclo, entre outros (PATERNIANI; NASS; SANTOS, 2000).
O mais utilizado no Brasil é sua industrialização por meio de processos de moagem
úmida e seca, de onde resultam vários subprodutos como a farinha de milho, o fubá, a
quirera, farelos, óleo e farinha integral desengordurada. Sendo que uns exigem um maior
investimento industrial e outros envolvem escalas menores de produção e,
consequentemente, um menor investimento. Nesse processamento industrial, o milho
apresenta uma renda média de 5% do seu peso quando na forma de óleo. Já ao passar pelo
processo de moagem úmida, subproduto de maior destaque é o amido, um nome que,
praticamente, foi substituído pela designação comercial de Maizena (DUARTE et al., 2006).
Dessa forma, trata-se de um insumo utilizado na produção de uma centena de produtos,
sendo que a cadeia produtiva de suínos e aves se consomem aproximadamente 70% do
milho produzido em todo o mundo e, no Brasil está porcentagem representa entre 70 a 80%
do milho produzido no país (GURGEL, 2018).
O milho é cultivado durante o ano todo, sendo a produção dividida em duas épocas
de plantio, o plantio de verão, ou primeira safra, e o plantio na chamada segunda safra, ou
safrinha (TSUNECHIRO et al., 2006). A Região Sul começa o plantio do milho de primeira
safra em julho, mas com picos de semeadura de agosto a outubro. As Regiões Sudeste,
Centro-Oeste e Norte, com exceção do Tocantins, plantam de outubro a dezembro; os
estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia plantam de novembro a fevereiro; e o
restante da Região Nordeste (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco)
semeiam a partir de janeiro, se o regime pluviométrico permitir (CONAB, 2017). O milho de
segunda safra geralmente é semeado em fevereiro ou março, quase sempre depois da soja
precoce. As áreas de cultivo predominam na região Centro-Oeste e no Sudeste, nos
estados do Paraná e São Paulo (FORNASIERI FILHO, 2007; SANS; GUIMARÃES, 2010).
2.3 Leguminosas forrageiras
Em geral, as leguminosas forrageiras apresentam alta qualidade nutritiva
durante as estações do ano quando comparadas a gramíneas forrageiras (KLUSMANN,
1988). Além disso, contribuem para o incremento de nitrogênio no solo por meio da fixação
simbiótica, onde a transferência do N fixado pela leguminosa para a gramínea permite maior
suporte à pastagem, prolongando sua capacidade produtiva (BARCELLOS et al, 2000;
CANTARUTTI & BODDEY, 1997).
16
Além do emprego como forrageiras, as leguminosas têm sido utilizadas como adubo
verde, banco de proteína e como plantas para proteção do solo em áreas de pousio, durante
o período de seca. Esta diversidade de utilização tem aumentado o interesse nas
leguminosas nativas do Brasil e incentivado pesquisas visando à liberação de novas
cultivares adaptadas a diversos sistemas de produção (SILVA; SBRISSIA, 2000).
Dentro de um sistema de exploração pecuária, a introdução de leguminosas
forrageiras nas pastagens e na alimentação animal, desempenham uma função
extremamente importante, tanto para a rentabilidade como para a sustentabilidade do
sistema solo-planta-animal, todos inseridos num contexto climático (SILVA; SBRISSIA,
2000).
O banco de proteína é outra forma de utilização das leguminosas forrageiras.
Constitui-se de uma área cultivada apenas com leguminosa para o pastejo durante a
estação da seca, objetivando a suplementação alimentar dos animais em pastagens de
gramínea pura ou em pastagens nativas (EMBRAPA CERRADOS, 1998).
A taxa de decomposição de resíduos vegetais está associada à relação
carbono/nitrogênio (C/N) do tecido, sendo que as leguminosas possuem maior taxa de
decomposição, quando comparadas com gramíneas, por terem menor relação C/N. A
relação C/N é bastante variável entre as plantas de cobertura do solo. Nas leguminosas ela
está compreendida entre 20/1 e 30/1 (KIEHL, 2001); nas palhas de gramíneas varia entre
50/1 e 200/1, e Silva et al. (2009) citam que a palha do milho pode ter relação C/N de até
71/1 ao final do ciclo. A relação C/N reflete na intensidade de imobilização de N, que é a
principal causa da menor disponibilidade de N às plantas no SPD, em relação ao sistema
convencional (SALET et al.,1997).
A dinâmica do N em solos cultivados com plantas de cobertura sofre alterações
importantes devido a uma combinação de efeitos. Com o cultivo de plantas de cobertura é
possível a recolocação de nutrientes que estavam sendo perdidos do sistema, à disposição
da cultura principal, uma vez que as plantas de cobertura absorvem nutrientes das camadas
subsuperficiais do solo e os liberam, posteriormente, na camada superficial, pela
decomposição dos seus resíduos (DUDA et al., 2003). A dinâmica do N em solos cultivados
com plantas de cobertura sofre alterações importantes devido a uma combinação de efeitos.
Com o cultivo de plantas de cobertura é possível a recolocação de nutrientes que estavam
sendo perdidos do sistema, à disposição da cultura principal, uma vez que as plantas de
cobertura absorvem nutrientes das camadas subsuperficiais do solo e os liberam,
posteriormente, na camada superficial, pela decomposição dos seus resíduos (DUDA et al.,
2003).
17
3. MATERIAL E MÉTODOS
O experimento iniciou com a implantação dos Sistemas Santa Brígida (consórcios
triplos de milho, braquiária e uma leguminosa) na safrinha do ano agrícola 2016-17,
especificamente no dia 23/02/2017, sucedendo o cultivo da soja em SPD e foi finalizado
com a colheita da soja do ano agrícola seguinte (2017-18), especificamente no dia
15/02/2018.
Foram avaliados o desempenho agronômico dos Sistemas Santa Brígida e da cultura
da soja em sucessão implantados, submetidos a diferentes condições luminosas
decorrentes da sua localização nos entre renques do componente florestal, formado por
diferentes espécies florestais, de um Sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
(ILPF) no seu 6º ano de estabelecimento.
3.1. Local do experimento
O experimento foi realizado numa área denominada “Vitrine ILPF” dentro no campo
experimental da Embrapa Agrossilvipastoril (CPAMT), sob as coordenadas 11°51'50,25"S e
55°37'39,65"W, com altitude média de 364 m e localizada na Rodovia MT 222, Km 2,5, s/n,
Zona rural, Sinop, MT.
O clima da região é tropical com inverno seco (Aw), segundo classificação de
Köppen, caracterizado pela presença de duas estações bem definidas, uma chuvosa (de
outubro a abril) e outra seca (de maio a setembro) e pela pequena amplitude térmica anual,
com médias mensais oscilando entre 23 e 27ºC (SANTOS, 2018). Os dados pluviométricos,
durante o período do experimento, estão sumarizados na Figura 1.
18
Figura 1. Precipitação média coletada durante o consórcio triplo. O solo no local do experimento é classificado como Latossolo Vermelho-Amarelo,
distrófico, cuja textura (argilosa) e os principais atributos químicos se encontram na Tabela
1.
Quadro 1. Textura e principais atributos químicos do solo na área do experimento para profundidade de 0–0,20 m. Vitrine tecnológica do CPAMT, Sinop-MT. 2017
Areia Silte Argila pH pH P K K Ca Mg Al H H+Al M.O.
g/dm H2O CaCl2 mg/dm3 cmol/dm3 g/dm3
318,8 169 508,8 5,6 5 12,46 72 0,18 1,63 0,4 0,05 3,94 3,99 19,95
S T V m Ca/Mg Ca/K Mg/K Zn Cu Fe Mn B S
cmol/dm3 (%) (ad.) mg/dm3
2,22 6,21 33,78 3,96 4,63 8,29 1,95 3,35 0,75 194,29 10,33 0,13 41,53
P: teor de fósforo; K: teor de Potássio; Ca: teor de cálcio; Mg: teor de Magnésio; Al: teor de Alumínio; H: teor de Hidrogênio; M.O.: matéria orgânica do solo (extraída com Dicromato de Sódio); S: soma de bases; T: capacidade de troca de cátions (CTC) a pH 7,0; V: Saturação por bases; m: saturação por alumínio; Zn: teor de zinco; Cu: teor de cobre; Fe: teor de ferro; Mn: teor de manganês; B: teor de boro; S: teor de enxofre. Fonte: Embrapa Agrossilvipastoril (análises realizadas no laboratório Perfil Agroanálise).
19
3.2. Delineamento Experimental, Tratamentos, Parcelas Experimentais e Análises da
Variância
O Delineamento experimental utilizado foi Inteiramente Casualizado (DIC) com
quatro repetições. Os tratamentos originaram do esquema fatorial 3x3, resultante da
combinação de três Sistemas Santa Brígida (Consórcio triplo de milho com braquiária e
crotalária, Consórcio triplo de milho com braquiária e feijão-guandu, Consórcio triplo de
milho com braquiária e estilosantes) submetidos, dentro de um Sistema ILPF, á três
condições luminosas (luz predominantemente matutina, luz plena dia todo e luz
predominantemente vespertina).
O material genético de milho (Zea mays) semeado foi o híbrido 2B810PW (Dow
AgroSciences) enquanto que a braquiária foi a B. brizantha Cv. BRS Paiaguás (Embrapa).
Já a crotalária foi a C. spectabilis; o guandu-anão (Cajanus cajan) foi a cultivar Guandu
Bonamigo 2 Super N (Bonamigo Sementes) e o estilosantes (mistura das espécies
Stylosanthes capitata e S. macrocephala) foi a cultivar BRS Campo Grande (Embrapa).
As condições luminosas podem serem observadas na Figura 2 abaixo, onde verifica-
se (a) luz predominantemente matutina (lado esquerdo da foto), (b) luz plena dia todo (parte
central da foto) e (c) luz predominantemente vespertina (lado direito da foto).
Figura 2. Fotomontagem, representativa da área experimental, mostrando as diferentes condições luminosas do experimento: (a) área sob luz predominantemente matutina; (b) área sob luz plena dia todo, e; (c) área sob luz predominantemente vespertina Foto: Wruck, F. J.; Data/horário: 05/02/2019 ás 14h58.
Os tratamentos, todos de natureza qualitativa, estão discriminados na Tabela 2.
Tabela 1. Descrição dos tratamentos qualitativos do experimento. Sinop-MT. 2019.
(a) Área sob luz predominantemente matutina
(c)Área sob luz predominantemente vespertina (b)
Ár
ea
so
b
lu
z
pl
en
a
di
a
to
do
20
Tratamento Sistema Santa Brígida Condição de luz
1. Crotalária sob luz matutina Consórcio triplo de milho com
braquiária e crotalária
Luz predominantemente
matutina
2. Crotalária sob luz plena Consórcio triplo de milho com
braquiária e crotalária
Luz plena dia todo
3. Crotalária sob luz vespertina Consórcio triplo de milho com
braquiária e crotalária
Luz predominantemente
vespertina
4. Guandu sob luz matutina Consórcio triplo de milho com
braquiária e feijão-guandu
Luz predominantemente
matutina
5. Guandu sob luz plena Consórcio triplo de milho com
braquiária e feijão-guandu
Luz plena dia todo
6. Guandu sob luz vespertina Consórcio triplo de milho com
braquiária e feijão-guandu
Luz predominantemente
vespertina
7. Estilosante sob luz matutina Consórcio triplo de milho com
braquiária e estilosante
Luz predominantemente
matutina
8. Estilosante sob luz plena Consórcio triplo de milho com
braquiária e estilosante
Luz plena dia todo
9. Estilosante sob luz vespertina Consórcio triplo de milho com
braquiária e estilosante
Luz predominantemente
vespertina
As locações dos tratamentos no campo, bem como as parcelas experimentais, estão
apresentadas no croqui abaixo (Figura 3).
Figura 3. Locações dos tratamentos no campo.
Rodovia MT 222
.
.
.
Componente arbóreo
Parcela Experimental
(R1) - Luz matutina
Parcela Experimental
(R2) - Luz matutina (a) Milho
Parcela Experimental
(R3) - Luz matutina
Parcela Experimental
(R4) - Luz matutina
+
Parcela Experimental
(R1) - Luz plena
Parcela Experimental
(R2) - Luz plena Braquiária
Parcela Experimental
(R3) - Luz plena
Parcela Experimental
(R4) - Luz plena
+
Parcela Experimental
(R1) - Luz vespertina
Parcela Experimental
(R2) - Luz vespertina Estilosante
Parcela Experimental
(R3) - Luz vespertina
Parcela Experimental
(R4) - Luz vespertina
Componente arbóreo
Parcela Experimental
(R1) - Luz matutina
Parcela Experimental
(R2) - Luz matutina (b) Milho
Parcela Experimental
(R3) - Luz matutina
Parcela Experimental
(R4) - Luz matutina
+
21
Parcela Experimental
(R1) - Luz plena
Parcela Experimental
(R2) - Luz plena Braquiária
Parcela Experimental
(R3) - Luz plena
Parcela Experimental
(R4) - Luz plena
+
Parcela Experimental
(R1) - Luz vespertina
Parcela Experimental
(R2) - Luz vespertina Guandu
Parcela Experimental
(R3) - Luz vespertina
Parcela Experimental
(R4) - Luz vespertina
Componente arbóreo
Parcela Experimental
(R1) - Luz matutina
Parcela Experimental
(R2) - Luz matutina (c) Milho
Parcela Experimental
(R3) - Luz matutina
Parcela Experimental
(R4) - Luz matutina
+
Parcela Experimental
(R1) - Luz plena
Parcela Experimental
(R2) - Luz plena Braquiária
Parcela Experimental
(R3) - Luz plena
Parcela Experimental
(R4) - Luz plena
+
Parcela Experimental
(R1) - Luz vespertina
Parcela Experimental
(R2) - Luz vespertina Crotalária
Parcela Experimental
(R3) - Luz vespertina
Parcela Experimental
(R4) - Luz vespertina
Componente arbóreo
.
.
Sede da Embrapa Agrossilvipastoril
Figura 3. Disposição dos consórcios triplos (Sistemas Santa Brígida) dentro da área de ILPF e das parcelas experimentais (repetições R1, R2, R3 e R4) de cada tratamento: (a) Consórcio milho com braquiária e estilosante (entre renque superior e mais próximo à rodovia MT 222); (b) Consórcio milho com braquiária e guandu-anão (entre renque central), e; (c) Consórcio milho com braquiária e crotalária (entre renque inferior e mais próximo à sede da Embrapa Agrossilvipastoril)
As parcelas experimentais nos consórcios triplos eram de 5 m2 (5 x 1 m),
equivalendo a 2 linhas de milho no comprimento de 5 m. Já na cultura da soja após os
consórcios, a parcela experimental consistiu 3 m2 (1,5 x 2 m), equivalendo a 3 linhas de soja
no comprimento de 2 m. Naqueles tratamentos próximos aos renques, tanto nos consórcios
quanto na soja, as parcelas experimentais sempre incluía a linha da cultura mais próxima do
componente arbóreo que, posteriormente, seria descartada no momento da definição da
área útil da parcela. A distância desta linha ao renque florestal ficava em torno de 2,5 m.
Aos 98 DAE do milho foram realizadas as avaliações dos fatores de produção da
cultura. Dentro da área útil (5 m²) de cada parcela experimental, foram contabilizados o
número de plantas e de espigas que, extrapolados para um hectare, resultou no estante final
de plantas e de espigas. Depois de colhidas e debulhadas manualmente, os grãos, as
palhas e os sabugos foram pesados com auxílio de uma balança de precisão, obtendo as
respectivas massas frescas. A massa de grãos teve sua umidade determinada e seu valor
corrigido para a umidade padrão de 13%. Com esse valor corrigido obteve-se a massa de
grão por espiga (kg espiga-1) e a produtividade do milho, extrapolando a massa colhida em 5
m2 para um hectare (kg ha-1). Uma amostra das palhas e dos sabugos foram novamente
pesados (massa fresca) e levados para estufa a temperatura de 65ºC até a massa
22
permanecer constante, fato que ocorria normalmente a partir das 48 horas. Logo após essas
amostras eram pesadas, com auxílio de uma balança de precisão, para obtenção do teor de
massa seca e, por conseguinte, da quantidade de massa seca em 5 m2 e, por extrapolação,
de um hectare (kg ha-1). Quando somados aos valores da massa seca do colmo e das
folhas, obtinha-se a contribuição do cultivo do milho no residual da massa seca total do
Sistema Santa Brígida. A massa seca dos grãos não entrou na contabilidade pois, em tese,
seria toda exportada da área e não contribuiria para o estoque de nutrientes do sistema.
Para a determinação da massa seca das folhas e do colmo do milho e dos demais
componentes dos Sistemas Santa Brígida, eram delimitadas duas subáreas amostrais
distintas de 1m2 cada, o quadrado era locado na subárea amostral de partes iguais,
representando assim, a área teórica sobre influência da linha do milho. Em cada subárea
amostral, toda massa do colmo e folhas do milho, da braquiária e das leguminosas eram
coletadas separadamente, rente ao solo, e pesadas no campo mesmo com auxílio de uma
balança de gancho. Assim, o peso fresco de cada componente dos Sistemas Santa Brígida
em 1 m2 eram obtidos pois as massas frescas, de cada componente, provenientes das duas
subáreas amostrais eram misturadas. Em seguida retirava-se uma amostra desses materiais
(alguns deles não eram necessários pois sua quantidade já era pequena), pesava
novamente (massa fresca) e levava para estufa a temperatura de 65ºC. Após secar até
massa constante, as amostras eram pesadas (massa seca) com auxílio de uma balança de
precisão e seu teor de massa seca era calculado. Por conseguinte, calculava-se a
quantidade de massa seca em 1 m2 e, por regra de três, extrapolava por hectare (kg ha-1).
Para a obtenção da massa seca do milho (kg ha-1), somava-se as massas secas (kg ha-1) da
palha e do sabugo das espigas com a massa seca (kg ha-1) do colmo e folhas. Já a massa
seca (kg ha-1) dos Sistemas Santa Brígida era calculado pela somatória das massas secas
dos seus componentes, ou seja, massa seca do milho (kg ha-1) mais massa seca (kg ha-1)
da braquiária mais massa seca (kg ha-1) da leguminosa.
Eventuais plantas daninhas eram selecionadas no momento da coleta e deixadas no
solo. Todavia, em alguns casos quando se tratava daquelas de folhas estreitas, pode ter
ocorrido coleta delas juntamente com as braquiárias (erro experimental), último componente
a ser coletado na subárea amostral. Ainda no Sistema Santa Brígida formado por milho,
braquiária e estilosante, a quantidade deste último na subárea amostral era insignificante
(impossível de ser pesado no campo com balança de gancho) e, na maioria das vezes, não
era encontrado. Desta forma, apesar de estar presente na área, principalmente nas
bordaduras e nas falhas de plantio do milho, sua massa foi desprezada neste estudo.
Para obtenção dos teores de nutrientes, amostras secas de cada repetição e de cada
componente dos sistemas Santa Brígida foram moídas (peneira de 2 mm), misturadas em
partes iguais (mesma massa para cada repetição) e entregues ao Laboratório Solos &
23
Plantas, parceiro técnico da Embrapa, para análises de macro e micronutrientes em tecidos
de plantas. No caso específico do milho, a amostra analisada resultava de uma amostra
composta formada por colmos e folhas com palha da espiga e com sabugo da espiga,
respeitando a proporcionalidade de massa seca por hectare em cada tratamento desses
materiais.
O teor de proteína bruta foi obtido a partir do teor de nitrogênio total multiplicando o
valor deste, encontrado pelo método de Kjeldahl, pelo fator 6,25, considerando que a
maioria das proteínas contém nas suas moléculas aproximadamente 16% de nitrogênio
(Galvani & Gaertner, 2006).
Os estoques de macronutrientes (kg ha-1), micronutrientes (g ha-1) e da proteína bruta
total (kg ha-1), para cada componente dos Sistemas Santa Brígida, em cada repetição, foram
obtidos pela multiplicação da massa seca (kg ha-1) pelo teor do macronutriente (g kg-1), do
micronutriente (mg kg-1) e da proteína bruta total (g kg-1), respectivamente. Já o estoque de
macronutrientes (kg ha-1), micronutrientes (g ha-1) e da proteína bruta total (kg ha-1) dos
Sistemas Santa Brígida, em cada repetição, foi obtido pela somatória dos seus
componentes.
No cultivo da soja após os consórcios, equivalendo a 2ª fase do experimento, foram
avaliados os seguintes fatores de produção da cultura: estande final de plantas, número
médio de nódulos em cada planta e produtividade. Para isso, dentro da área útil da parcela
experimental, equivalendo a 3 linhas de soja no comprimento de 2 m, foram contabilizados o
número de plantas que, extrapolados para um hectare, resultou no estante final de plantas.
Três plantas destas foram arrancadas ao acaso e seu número de nódulos aferidos obtendo
assim, por média simples, o número de nódulos por planta. Já com auxílio de uma colhedora
de parcela automotriz (Wintersteiger) foram colhidos os grãos de soja da área útil da parcela
experimental. Após a retiradas das impurezas com auxílio de peneiras manuais, os grãos de
soja de cada parcela útil foram pesados, mensurado sua umidade e corrigido para o padrão
de 13%. Extrapolando a massa corrigida encontrada em 3 m2 para um hectare, obteve-se a
produtividade dos grãos de soja (kg ha-1).
Os dados encontrados de todas as variáveis foram submetidos aos testes de
Shapiro-Wilk e Kolmogorov-Smirnov, ambos a 5% de probabilidade, para verificação da
normalidade dos resíduos. As poucas variáveis do trabalho que não apresentaram
distribuição normal foram transformadas utilizando a equação: + 1, onde x é valor de
cada observação (Vieira, 2017).
Quando o teste F da análise de variância foi significativo a 5% procedeu-se a
comparação múltipla das médias por meio do teste de Tukey a 5% de probabilidade. Todas
as análises estatísticas foram efetuadas através do programa SISVAR versão 5.6 (Ferreira,
2018).
24
3.3. Condução do experimento
A semeadura direta dos consórcios triplos (Sistemas Santa Brígida) ocorreu três dias
após a dessecação da área, realizada no dia 20/02/2017, e 13 dias após a colheita da soja
precedente, ocorrida em 10/02/2017. Todos os consórcios foram implantados numa
operação única, com auxílio de uma semeadora tratorizada contendo a 3ª caixa para
sementes de forrageiras, num espaçamento de 0,5 m entre linhas. Em cada consórcio, as
sementes da braquiária eram misturadas com as da leguminosa até a mistura apresentar
um visual homogêneo. A taxa de semeadura da braquiária, com VC de 50%, foi equivalente
a 10 kg ha-1, independentemente do consórcio. Já para as leguminosas crotalária e guandú-
anão, as taxas de semeaduras foram de 20 e 6 sementes por m linear, enquanto que para o
estilosantes foi equivalente à 5 kg ha-1. A taxa de semeadura do milho atendeu a
recomendação dos detentores da sua genética que era de 4 sementes por m linear (80.000
plantas ha-1). A adubação de semeadura foi realizada com 350 kg ha-1 da fórmula NPK 10-
20-20.
Com relação aos tratos culturais dos consórcios, foi realizada uma adubação de
cobertura com 150 kg ha-1 de ureia aos 20 dias após a emergência (20 DAE) do milho e uma
aplicação de inseticida (Tiametoxam + Lambda-Cialotrina). Não foi aplicado herbicida nos
consórcios. As avaliações dos fatores produtivos do milho bem como a coleta das
forrageiras ocorreram aos 98 DAE do milho. Depois de todas as coletas nas parcelas
experimentais, realizadas manualmente, seguiu a colheita dos grãos de milho realizada
mecanicamente pela equipe da Embrapa. Após, a área permaneceu em pousio até sua
dessecação ocorrida em meados de outubro/2017.
A segunda fase do experimento iniciou com a semeadura direta da soja, cultivar BRS
7780 IPRO (Embrapa), tecnologias “RR” e “Intacta”, no dia 24/10/2017, com auxílio de uma
semeadora tratorizada. Material de ciclo semi-precoce, foi utilizada uma taxa de semeadura
de 14 sementes por m linear, no espaçamento de 0,5 m entre linhas, visando um estande
final em torno de 280.000 plantas ha-1. A adubação de base consistiu de 350 Kg ha-1 de NPK
04-20-20.
Os tratos culturais durante o cultivo da soja consistiram, resumidamente, de três
aplicações de fungicidas (Fox, Ativum, Fox), uma aplicação de herbicida (mistura de
Glifosato com Clorimuron e Pivot) visando controle de trapoerava e corda-de-viola, e; uma
aplicação de dessecante (Reglone).
A avaliação dos fatores de produção da soja e a colheita mecanizada dos grãos, com
auxílio de colhedora de parcela automotriz (Wintersteiger), aconteceu no dia 15/02/2018,
finalizando os trabalhos de condução do experimento no campo.
25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
A massa seca do milho consorciado com o guandu sobre luz vespertina apresentou o
maior valor chegando a 2425,2 kg.ha-1, todavia estatisticamente ele só foi superior a massa
seca do milho consorciado com crotalária sob luz matutina e sobre luz plena e guandu sobre
luz matutina. Por outro lado o milho consorciado com o guandu sob luz matutina apresentou
a menor quantidade de massa seca não ultrapassando os 1451,8 kg.ha-1, mesmo assim ele
não diferiu estatisticamente da crotalária sob luz matutina e sob luz plena e nem do
estilosantes Campo Grande. Na média, a massa seca do milho dentro dos consórcios foi
1.884,01.
Na segunda coluna observou os teores de matéria seca (razão entre a massa seca e
a massa total, multiplico por 100 tenho a %) do milho dentro dos consórcios variou de 74 a
92% de massa seca, todavia estes valores não apresentaram diferença estatística entre si.
A massa seca do estilosantes não apresentou resultados, pois a cultura não se
estabeleceu. A massa seca do guandu sob luz vespertina apresentou maior desempenho
com 1.122 Kg.ha-1, e apenas diferiu estatisticamente do tratamento com Guandu sob luz
matutina. A média da massa seca dos tratamentos, sem estilosantes foi de 713,5 Kg.ha-1, e
com todos os tratamentos 475,68 Kg.ha-1. O teor de matéria seca na leguminosa apresentou
nos tratamentos com guandu sob luz vespertina e sob luz plena resultados estatisticamente
26
iguais. Da mesma forma os tratamentos de guandu sob luz plena e todos os tratamentos de
crotalária foram estatisticamente iguais e não diferem entre si. Entretanto os tratamentos
diferiram entre si, com porcentagem de rendimento de matéria seca em relação matéria
verde de 22 a 45%, apresentando menor resultado em comparação ao teor de massa seca
no milho.
A massa seca das braquiárias apresentou maior média no tratamento guandu sob luz
plena com 5.400 Kg.ha-1, não apresentando diferença estatística dos tratamentos de
estilosantes sob luz plena, crotalária sob luz plena e guandu sob luz vespertina. O menor
valor observado foi crotalária sob luz matutina e guandu sob luz matutina, porém não
diferiram estatisticamente dos tratamentos crotalária sob luz vespertina, estilosantes sob luz
matutina e estilosantes sob luz vespertina. Os teores não apresentaram diferença
estatística, o teor de massa seca foi acima do encontrado devido a braquiária ter sido
colhida com 98 dias. Verificando o consórcio observa-se que os melhores tratamentos foram
o de guandu sob luz plena e guandu sob luz vespertina, porém não diferiram
estatisticamente do consórcio de estilosantes sob luz plena. O menor desempenho foi o
consórcio de guandu sob luz matutina, não diferindo estatisticamente dos tratamentos de
crotalária sob luz matutina, estilosantes sob luz matutina e sob luz vespertina.
Em relação ao teor de massa seca do sistema a maior porcentagem foi o consórcio
crotalária sob luz vespertina com 51% diferindo estatisticamente apenas do consórcio de
estilosante sob luz plena com 37%.
No Quadro 2 observa-se a quantidade de massa seca e de teor que cada
componente produziu e somando-se os componentes tem-se o valor de massa seca do
sistema e o teor do sistema.
Quadro 2. Massa seca e seu respectivo teor, dos Sistemas Santa Brígida e seus componentes, implantados dentro de um ILPF e submetidos a diferentes condições luminosas. Sinop, MT. 2019.
Tratamento Milho Leguminosa Braquiária Consórcio (Sistema
Santa Brígida)
Massa seca
(Kg.ha-1
)
Teor de
massa
seca
(ad.)
Massa
seca
(Kg.ha-1
)
Teor de
massa
seca
(ad.)
Massa seca
(Kg.ha-1
)
Teor
de
massa
seca
(ad.)
Massa seca
(Kg.ha-1
)
Teor
de
massa
seca
(ad.)
Crotalária sob
luz matutina 1.593 bcd 82%a 624 ab 29% c 1.010 d 34% a 3.226 cd 46%ab
Crotalária sob
luz plena 1.542 cd 74%a 771 ab 37% b 3.720 abc 31% a 6.034 b 42%ab
Crotalária sob
luz vespertina 2.175 abc 92%a 647 ab 29% c 2.264 cd 34% a 5.086 bc 51%a
Guandu sob luz
matutina 1.452 d 77%a 249 b 22% d 1.041 d 30% a 2.743 d 38%ab
Guandu sob luz
plena 2.241 ab 90%a 868 ab 42% ab 5.400 a 35% a 8.509 a 43%ab
27
Guandu sob luz
vespertina 2.425 a 79%a 1.122 a 45% a 5.167 ab 30% a 8.714 a 42%ab
Estilosantes sob
luz matutina 1.806 abcd 81%a 0,0 c 0,0 e 3.018 bcd 42% a 4.824 bcd 45%ab
Estilosantes sob
luz plena 1.949 abcd 81%a 0,0 c 0,0 e 5.042 ab 35% a 6.992 ab 37% b
Estilosantes sob
luz vespertina 1.773abcd 75%a 0,0 c 0,0 e 3.169 bcd 37% a 4.942 bcd 46%ab
CV (%) 15,3 12,5 34,3 1,1 27,9 17,0 16,7 1,9
As médias seguidas de mesma letra na coluna não diferem pelo teste de Tukey (P<0,05).
Lembrando que o teor de proteína bruta foi obtido multiplicando o nitrogênio por 6,25
que é um fator de conversão, o tratamento que obteve o menor teor médio de proteína bruta
(PB), foi o tratamento de estilosantes sob luz plena.
Os tratamentos que apresentaram um estoque de proteína bruta superior aos
demais foram os tratamentos de Guandu sob luz vespertina que produziu 659,1 Kg ha-1, o
tratamento de Guandu sob luz plena com 626,0 Kg ha-1 e o tratamento de crotalária sob
luz plena com 560,5 Kg ha-1, ambos não diferiram estatisticamente e produziram mais
que os demais sistemas. Consequentemente os sistemas que tiveram um menor estoque
de proteína bruta foram os tratamentos de crotalária sob luz matutina com 311,0 Kg ha-1,
crotalária sob luz vespertina com 365,3 Kg ha-1, guandu sob luz matutina com 229,8Kg
ha-1, estilozantes sob luz matutina com 295,5 Kg ha-1, estilosantes sob luz plena com de
384,1 Kg ha-1 de PB, e o menor estoque no tratamento de estilosantes sob luz vespertina
com 330,4 Kg ha-1.
A variável o nitrogênio foi maior nos consórcios de guandu sob luz vespertina,
guandu sob luz plena e crotalária sob luz plena. Estes não diferiram estatisticamente
entre si. E os menores resultados observados nos tratamentos de crotalária sub luz
matutina, crotalária sob luz vespertina, guandu sob luz matutina, estilosante sob luz
matutina, estilosante sob luz plena e estilosante sob luz vespertina.
Em relação ao fósforo, os consórcios que apresentaram as maiores médias foram
guandu sob luz plena e guandu sob luz vespertina, sendo iguais estatisticamente ao
consórcio de guandu sob luz matutina foi o que apresentou o pior estoque de fosforo.
Em relação ao estoque de potássio, os consórcios de guandu sob luz plena e
guandu sob luz vespertina foram os que estocaram a maior quantidade de potássio
sendo iguais estatisticamente, enquanto o consórcio de crotalária sob luz matutina foi o
que apresentou o menor estoque desse nutriente. O nutriente cálcio apresentou um maior
estoque nos consórcios de crotalária sob luz plena, guandu sob luz plena e guandu sob
luz vespertina, não diferiram estatísticas entre eles. Olhando o nutriente magnésio
observa-se que ele apresentou um maior estoque nos tratamentos de guandu sob luz
plena e guandu sob luz vespertina não diferindo estatisticamente entre eles. O nutriente
28
enxofre apresentou maior estoque nos tratamentos de crotalária sob luz plena, guandu
sob luz plena e guandu sob luz vespertina, não diferiram estatisticamente.
Em relação ao estoque de micronutrientes, o estoque de boro foi maior nos
consórcio de crotalária sob luz plena e guandu sob luz vespertina. O micronutriente cobre
teve maior destaque nos consórcios de guandu sob luz plena e guandu sob luz
vespertina não apresentando diferença estatística significativa. Pode-se observar que nos
consórcios de crotalária sob luz plena, crotalária sob luz vespertina, guandu sob luz plena
e guandu sob luz vespertina apresentaram os maiores estoque do micronutriente
manganês não apresentando diferença estatística significante entre eles, por último o
micronutriente zinco teve um maior estoque nos consórcios de crotalária sob luz plena,
guandu sob luz plena e estilozante sob luz plena.
29 Quadro 4. Estoques de proteína bruta (PB) e de nutrientes, dos Sistemas Santa Brígida e seus componentes, implantados dentro de um ILPF e submetidos
a diferentes condições de luminosidade. Sinop, MT. 2019.
Tratamento Componente PB N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
(Kg ha-1
) (g ha-1
)
Crotalária sob luz matutina
Sistema Santa Brígida 311,0c 49,7c 6,2de 61,3d 19,5c 8,3d 3,5d 30,6c 17,7f 1025,7c 59,1e 82,1cd
Milho 139,4abc 22,3abc 3,2abc 24,8d 5,7c 4,3b 1,3e 14,3e 11,1d 412,5de 28,7f 47,8abc
Leguminosa 65,5 a 10,5 a 1,1abc 11,0a 8,3ab 1,4 a 1,1 a 11,2a 2,5a 154,7 a 11,2a 13,1ab
Braquiária 106,0bc 17,0bc 1,9c 25,4d 5,4d 2,6c 1,1d 5,1c 4,0e 458,4d 19,2d 21,21e
Crotalária sob luz plena
Sistema Santa Brígida 560,5ab 89,7ab 11,5bc 129,6bc 60,8 a 12,6bcd 9,3ab 109,9a 33,2c 2220,1b 142,4ab 154,1ab
Milho 108,0bc 17,3bc 2,5bc 28,2bcd 6,9bc 3,7b 2,5cd 13,9e 10,8d 300,7e 35,5fed 43,2abc
Leguminosa 94,5 a 15,1 a 1,6ab 11,0a 13,0a 1,5 a 0,9 a 21,6a 3,8a 163,5 a 13,9ª 21,6a
Braquiária 358,0a 57,3 a 7,4ab 90,4abc 40,9 a 7,4bc 5,9ab 74,4a 18,6 a 1755,8b 93,0a 89,33
Crotalária sob luz vespertina
Sistema Santa Brígida 365,3c 58,4c 8,0cde 92,1cd 30,4bc 9,7cd 5,5d 53,7bc 27,4cde 1188,6c 131,1abc 111,3bcd
Milho 133,2abc 21,3abc 3,2abc 38,3abc 13,7 a 5,0b 2,6cd 30,4b 17,4bc 626,4bc 76,1 a 63,1abc
Leguminosa 73,6 a 11,8 a 1,4abc 9,2 a 7,4ab 1,0ab 0,6ab 14,2a 3,2a 100,2a 9,7 a 14,2ab
Braquiária 158,0bc 25,4bc 3,4c 44,6cd 9,3cd 3,6c 2,3cd 9,1c 6,8cde 461,9d 45,3bcd 34,0cde
Guandu sob luz matutina
Sistema Santa Brígida 229,8c 36,8c 4,6e 63,2d 18,3c 7,4d 4,1d 30,4c 21,2ef 1088,2c 57,3c 72,5d
Milho 101,6c 16,6c 2,0c 27,0cd 7,5bc 3,5b 1,9de 16,0e 14,5cd 502,3cd 30,5fe 42,1bc
Leguminosa 37,1 a 5,9ab 0,5bc 4,3ab 4,2bc 0,6ab 0,6ab 8,2ab 1,5ab 75,6 a 5,0ab 6,5bc
Braquiária 91,1c 14,6c 2,1c 31,9d 6,6d 3,3c
1,7d 6,2c 5,2de 510,3d 21,9cd 23,9de
Guandu sob luz plena
Sistema Santa Brígida 626,0a 100,2 a 14,0ab 163,1ab 46,5ab 17,8ab 10,5ab 69,8b 40,7ab 2180,7b 155,0a 136,9abc
Milho 156,8ab 25,1ab 3,8 a 39,9ab 14,1 a 5,1b 4,5a 29,1bc 20,2ab 701,4b 62,7ab 37,7c
Leguminosa 91,1 a 14,6 a 2,1ab 9,8 a 8,1ab 1,3 a 0,6ab 19,1a 4,3a 177,9 a 11,3 a 18,2ab
30
Braquiária 378,0a 60,5 a 8,1ab 113,4ab 24,3b 11,3ab 5,4ab 21,6bc 16,2ab 1301,5bc 81,0ab 81,0ab
Guandu sob luz vespertina
Sistema Santa Brígida 659,1 a 105,5 a 15,8ª 199,4 a 56,4 a 22,6 a 11,3 a 102,7a 49,4 a 3727,0a 137,9abc 191,6a
Milho 169,8 a 27,2 a 3,9 a 42,2 a 16,7 a 7,0a 4,1ab 43,6a 24,2 a 892,5a 50,9bc 82,5a
Leguminosa 127,6 a 20,4 a 2,6 a 13,0a 11,8ab 2,1 a 1,0a 28,0a 4,5a 245,7a 14,6 a 21,3ab
Braquiária 361,7 a 57,9 a 9,3 a 144,2 a 27,9ab 13,4a 6,2a 31b 20,7 a 2588,8 a 72,3ab 87,4ab
Estilosantes sob luz matutina
Sistema Santa Brígida 295,5c 47,3c 9,3cd 94,4cd 22,5c 10,8cd 5,7cd 43,4bc 23,5def 1085,2c 103,1cd 125,9bcd
Milho 110,6bc 17,7ab 4,1 a 31,6abcd 8,7bc 4,5b 2,3cd 25,3bcd 14,4cd 478,6cde 48,8bcd 77,7ab
Leguminosa 0,0b 0,0b 0,0c 0,0b 0,0c 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0c
Braquiária 184,8bc 29,6bc 5,1bc 62,8bcd 13,9bcd 6,3bc 3,3bcd 18,1bc 9,0bcde 606,6cd 54,3abcd 48,3bcde
Estilosantes sob luz plena
Sistema Santa Brígida 384,1bc 61,5bc 11,4bc 133,6bc 28,3c 12,0cd 8,3bc 41,6bc 30,7cd 1128,3c 105,3bcd 142,7abc
Milho 119,4bc 19,1ab 3,2ab 34,3abcd 9,2b 4,5b 3,3bc 21,4cde 15,6bcd 528,2bcd 44,8cde 72,1abc
Leguminosa 0,0b 0,0b 0,0c 0,0b 0,0c 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0c
Braquiária 264,7ab 42,3ab 8,1ab 99,3ab 19,2bcd 7,6bc 5,4ab 20,2bc 15,1abc 600,0cd 60,5abc 70,6abc
Estilosantes sob luz vespertina
Sistema Santa Brígida 330,4c 52,9c 10,0bcd 120,8bc 27,9c 14,1bc 6,2cd 51,2bc 26,9cde 1163,6c 81,9de 125,4bcd
Milho 108,6bc 17,4ab 4,2a 32,1abcd 6,4bc 4,2b 1,8de 19,5de 14,2cd 421,9de 24,8f 62,0abc
Leguminosa 0,0b 0,0b 0,0c 0,0b 0,0c 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0b 0,0c
Braquiária 221,9abc 35,5abc 5,7abc 88,7bc 21,5bc 9,8ab 4,4abc 31,7b 12,7abcd 741,7cd 57,0abcd 63,4abcd
Médias seguidas de mesma letra, na coluna e dentro de cada componente, não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05). Coeficiente de Variação (%) das variáveis PB, N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn no Sistema Santa Brígida são iguais, respectivamente, a 18,4, 18,4, 17,5, 19,0, 20,8, 17,6, 15,9, 21,6, 12,6, 18,5, 15,2 e 20,6; Coeficiente de Variação (%) das variáveis PB, N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn no componente Milho do Sistema Santa Brígida são iguais, respectivamente, a 16,3, 16,3, 15,5, 15,1, 14,3, 15,8, 15,2, 14,5, 14,5, 14,4, 14,0 e 28,6; Coeficiente de Variação (%) das variáveis PB, N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn no componente Leguminosa do Sistema Santa Brígida são iguais, respectivamente, a 32,4, 28,3, 17,1, 25,7, 25,3, 15,3, 10,6, 29,8, 20,1, 33,7, 26,3 e 27,9, e; Coeficiente de Variação (%) das variáveis PB, N, P, K, Ca, Mg, S, B, Cu, Fe, Mn e Zn no componente Braquiária do Sistema Santa Brígida são iguais, respectivamente, a 29,1, 29,1, 28,2, 29,1, 32,1, 30,1, 29,1, 37,7, 29,3, 31,7, 29,3 e 29,3.
31
O estande final de plantas foi maior nos consórcios de guandu sob luz plena e
guandu sob luz vespertina, todavia estatisticamente eles só foram superiores ao
tratamento de crotalária sob luz matutina e crotalária sob luz plena, por outro lado a
crotalária sob luz matutina e sob luz plena apresentaram o menor estande final de
plantas, porém não diferiu estatisticamente da crotalária sob luz vespertina, guandu sob
luz matutina e nem dos consórcios com estilosantes.
Em relação ao estande final de espigas pode-se observar que o tratamento de
guandu sob luz plena foi o que se destacou, porém não diferiu dos consórcios de guandu
sob luz vespertina, crotalária sob luz vespertina, estilosante sob luz plena, estilosante sob
luz matutina e crotalária sob luz plena, o tratamento que apresentou o menor número de
estande final de espiga foi o de crotalária sob luz matutina, porém não diferiu
estatisticamente do tratamento de crotalária sob luz plena, estilosante sob luz matutina e
estilosante sob luz vespertina, sendo estes o piores tratamentos.
Outro fator importante é a massa média de grãos por espiga, o consórcio onde a
mesma teve a maior massa foram os consórcios de crotalária sob luz plena, crotalária
sob luz vespertina, guandu sob luz plena, guandu sob luz vespertina e estilosante sob luz
plena, todavia não diferiram estatisticamente entre si, os tratamento de crotalária sob luz
matutina foi o que apresentou a média mais baixa, entretanto não diferiu estatisticamente
dos consórcios de guandu sob luz matutina e estilosante sob luz matutina.
Em virtude destes dados o consórcios que apresentou a maior produtividade do
milho foi o consórcios de guandu sob luz vespertina com 5.867,7 (kg ha-1) equivalente a
97,7 (sacas ha-1), entretanto não diferiu estatisticamente dos consórcios de crotalária sob
luz plena, crotalária sob luz vespertina, guandu sob luz plena e estilosante sob luz plena,
o tratamento que tive a produtividade mais baixa foi o consórcio de crotalária sob luz
matutina com 1.973,1 (kg ha-1) equivalente a 32,9 (sacas ha-1), todavia não diferiu
estatisticamente dos tratamentos de guandu sob luz matutina e estilosante sob luz
matutina.
32
Quadro 5. Fatores de produção do milho nos Sistemas Santa Brígida, implantados dentro de um
ILPF e submetidos a diferentes condições luminosas. Sinop, MT. 2019.
Estande final
de plantas
Estande final de espigas
Massa média de grãos por
espiga
Produtividade
(plantas ha-1
) (espigas ha-1
) (kg espiga-1
) (kg ha-1
) (sacas ha-1
)
Crotalária sob luz matutina 47.500 b 38.000 d 0,052 d 1.973,1 d 32,9
Crotalária sob luz plena 47.500 b 46.500 abcd 0,107 a 4.954,3 a 82,6
Crotalária sob luz vespertina 57.000 ab 57.000 ab 0,100 a 5.674,4 a 94,6
Guandu sob luz matutina 49.500 ab 43.000 cd 0,065 cd 2.792,4 cd 46,6
Guandu sob luz plena 60.000 a 58.500 a 0,100 a 5.854,3 a 97,6
Guandu sob luz vespertina 59.500 a 58.000 ab 0,100 a 5.862,7 a 97,7
Estilosantes sob luz matutina 51.500 ab 47.000 abcd 0,066 cd 3.114,6 cd 51,9
Estilosantes sob luz plena 54.000 ab 53.000 abc 0,088 ab 4.646,4 ab 77,4
Estilosantes sob luz vespertina 53.000 ab 46.000 bcd 0,076 bc 3.495,8 bc 59,3
CV (%) 8,4 10,2 10,2 14,2
Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).CV: Coeficiente de Variação.
A produtividade média da soja constatada foi abaixo da produtividade média do
estado que é de 55,8 Sacas ha-1, que pode ser justificada em função de uma dosagem alta
de herbicida (glifosato + clorimurom) resultando em uma fito-toxidez em toda a área, sendo
uniforme, em função do manejo cultural de ervas daninhas, teve grande influência na
produtividade. De acordo com a quadro 6 podemos observar que o tratamento composto por
Guandu sob luz plena obteve o melhor estande de plantas com 246.6667 Plantas ha-1,
porém não diferem estatisticamente dos tratamentos de crotalária sob luz matutina,
crotalária sob luz plena, guandu sob luz matutina, guandu sob luz vespertina, estilosante sob
luz matutina e estilosante sob luz vespertina. Os piores tratamentos foram os de crotalária
sob luz vespertina e estilosantes sob luz plena, não diferindo estatisticamente dos demais
tratamentos, apenas do guandu sob luz plena.
O tratamento de estilosante sob luz plena foi o que apresentou o maior número
médios de nódulos por planta, porém não diferiu estatisticamente dos tratamentos de
crotalária sob luz plena, crotalária sob luz matutina e estilosante sob luz matutina. Entretanto
o pior tratamento foi o de estilosante sob luz vespertina, porem não diferiu estatisticamente
dos consórcio de crotalária sob luz matutina, estilosante sob luz matutina e sob os trem
consórcios do guandu.
O tratamento que obteve a maior produtividade da soja foi consórcio de estilosante
sob luz plena com 2.453,1 (kg ha-1) equivalente a 40,9 (sacas ha-1), entretanto não diferiu
estatisticamente do consórcio de guandu sob luz plena, o tratamento que obteve a menor
33
produtividade da soja foi o consórcio de crotalária sob luz vespertina com 339,1 (kg ha-1)
equivalente a 5,7 (sacas ha-1). Pode-se observar a interferência da luz na produtividade da
soja, em todos os tratamentos luz plena produziu mais.
Quadro 6. Fatores de produção da soja cultivada na sucessão dos Sistemas Santa Brígida, implantados dentro de um ILPF e submetidos a diferentes condições luminosas. Sinop, MT. 2019.
Estande final de
plantas
Número médio de nódulos por planta
Produtividade
(Plantas ha-1
) (Nódulos planta-1
) (Kg ha-1
) (Sacas ha-1
)
Crotalária sob luz matutina 183.333 ab 36,2 abcd 741,3 ef 12,4
Crotalária sob luz plena 233.333 ab 42,2 ab 1.545,0 cd 25,7
Crotalária sob luz vespertina 170.833 b 37,2 abc 339,1 f 5,7
Guandu sob luz matutina 197.500 ab 21,0 cd 1.009,9 df 16,8
Guandu sob luz plena 246.6667 a 23,2 bcd 2.211,8 ab 36,9
Guandu sob luz vespertina 241.667 ab 24,5 bcd 799,1 ef 13,3
Estilosantes sob luz matutina 195.833 ab 32,5 abcd 1.727,0 bc 28,8
Estilosantes sob luz plena 170.833 b 48,0 a 2.453,1 a 40,9
Estilosantes sob luz vespertina 181.666 ab 17,5 d 414,0 ef 6,9
CV (%) 25,9 21,3
Médias seguidas de mesma letra minúscula na linha não diferem entre si pelo Teste de Tukey (P<0,05).CV: Coeficiente de Variação.
34
5. CONCLUSÃO
Visando a produção de palhada para o (SPD), o melhor tratamento foi o de guandu
sob luz plena e luz vespertina, e o consorcio de estilosante sob luz plena, que
apresentaram os melhores desempenhos agronômicos.
Entretanto a produtividade da soja foi maior nos consórcios de estilosante sob luz
plena guandu sob luz plena e guandu sob luz plena.
35
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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39
7. ANEXO
Quadro 3. Teores médios de proteína bruta (PB) e dos nutrientes, de cada componente dos Sistemas Santa Brígida, implantados dentro de um ILPF e submetidos a diferentes condições luminosas. Sinop,
MT. 2019.
Tratamento Componente PB N P K Ca Mg S B Cu Fe Mn Zn
(g Kg-1
) (mg Kg-1
)
Crotalária sob luz matutina
Milho 87,5 14 2 15,6 3,6 2,7 0,8 9 7 259 18 30
Leguminosa 105,0 16,8 1,8 17,7 13,3 2,2 1,8 18 4 248 18 21
Braquiária 105,0 16,8 1,9 25,2 5,4 2,6 1,1 5 4 454 19 21
Crotalária sob luz plena
Milho 70,0 11,2 1,6 18,3 4,5 2,4 1,6 9 7 195 23 28
Leguminosa 122,5 19,6 2,1 14,3 16,8 1,9 1,2 28 5 212 18 28
Braquiária 96,3 15,4 2 24,3 11 2 1,6 20 5 472 25 24
Crotalária sob luz vespertina
Milho 61,3 9,8 1,5 17,6 6,3 2,3 1,2 14 8 288 35 29
Leguminosa 113,8 18,2 2,1 14,3 11,5 1,6 1 22 5 155 15 22
Braquiária 70,0 11,2 1,5 19,7 4,1 1,6 1 4 3 204 20 15
Guandu sob luz matutina
Milho 70,0 11,2 1,4 18,6 5,2 2,4 1,3 11 10 346 21 29
Leguminosa 148,8 23,8 2 17,4 16,7 2,5 2,3 33 6 303 20 26
Braquiária 87,5 14 2 30,6 6,3 3,2 1,6 6 5 490 21 23
Guandu sob luz plena
Milho 70,0 11,2 1,7 17,8 6,3 2,3 2 13 9 313 28 34
Leguminosa 105,0 16,8 2,4 11,3 9,3 1,5 0,7 22 5 205 13 21
Braquiária 70,0 11,2 1,5 21 4,5 2,1 1 4 3 241 15 15
Guandu sob luz vespertina
Milho 70,0 11,2 1,6 17,4 6,9 2,9 1,7 18 10 368 21 34
Leguminosa 113,8 18,2 2,3 11,6 10,5 1,9 0,9 25 4 219 13 19
Braquiária 70,0 11,2 1,8 27,9 5,4 2,6 1,2 6 4 501 14 17
Estilosantes sob luz matutina
Milho 61,3 9,8 2,3 17,5 4,8 2,5 1,3 14 8 265 27 43
Leguminosa - - - - - - - - - - - -
Braquiária 61,3 9,8 1,7 20,8 4,6 2,1 1,1 6 3 201 18 16
Estilosantes sob luz plena
Milho 61,3 9,8 1,7 17,6 4,7 2,3 1,7 11 8 271 23 37
Leguminosa - - - - - - - - - - - -
Braquiária 52,5 8,4 1,6 19,7 3,8 1,5 1 4 3 119 12 14
Estilosantes sob luz vespertina
Milho 61,3 9,8 2,4 18,1 3,6 2,4 1 11 8 238 14 35
Leguminosa - - - - - - - - - - - -
Braquiária 70,0 11,2 1,8 28 6,8 3,1 1,4 10 4 234 18 20
40
Figura 4. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis SINOP-MT (2017)
Figura 5. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis SINOP-MT (2017)
Figura 6 Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis SINOP-MT (2017)
41
Figura 7. Soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis SINOP-MT (2017)
42
Figura 8. Colheita da soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Spectabilis SINOP-MT (2018)
Figura 9. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu SINOP-MT (2017)
43
Figura 10. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu SINOP-MT (2017)
Figura 11 Soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu SINOP-MT (2017)
Figura 12. colheita da soja após Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e feijão Guandu SINOP-MT (2018)
44
Figura 13. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante SINOP-MT (2017)
Figura 14. Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante SINOP-MT (2017)
45
Figura 15. Soja onde ficava consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante SINOP-MT (2017
46
Figura 16. Colheita da soja Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante SINOP-MT (2018)
Figura 17. Colheita da soja Consórcio triplo de Milho, Paiaguás e Estilosante SINOP-MT (2017)
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