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MARIA JOSE GARCIA DAMIRCO
ARTE TNICA NA EDUCAO
Presidente EpitcioSP2015
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MARIA JOSE GARCIA DAMIRCO
ARTE TNICA NA EDUCAO
Trabalho de concluso de curso apresentadoa banca examinadora do Curso de ArtesVisuais da Faculdade de Presidente Epitciopara a obteno do grau de Licenciatura.
Orientador Prof Elizandra Martins
Presidente EpitcioSP
2013
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FOLHA DE APROVAO
(entregue no dia da avaliao)
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AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeo a DEUS que me deu fora coragem em toda estacaminhada agradeo em especial ao meu filho Bruno que insistiu e incentivou e nome deixou desistir e ao meu marido e minha filha minha nora que me apoiaramquando precisei
Agradeo a todos os professores que me ajudaram e me ensinaram a importnciade uma educao de qualidade acreditaram em mim e a todos que direta ouindiretamente tornaram este sonho possvel
Agradeo aos colegas de sala de aula que estiveram me apoiando e me ajudando.
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Se lhe pedirem para ser varredor de ruas, varra asruas como Michelangelo pintava, como Bethovencompunha ou como Shakespeare escrevia.MARTIN LUTHER KING
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RESUMO
O objetivo desse trabalho possibilitar uma reflexo para as praticas educativas. Um
desafio frente implementao da Lei 10639/2003 que a integrao da teoria e aprtica. O abismo entre o que dizem os livros, o que se fala, e o que de fatoacontece no cotidiano escolar to grande, que muitas vezes chega a ser umautopia, uma esperana. desafiante, pois, estamos falando de diversidade culturalna educao e varias razoes tem sido apresentada pelos educadores para justificaras dificuldades para a alterao da abordagem dada ao negro no currculo escolar.Sendo a escola um espao critico, deve auxiliar o aluno na compreenso darealidade e nela agir aprofundando nas manifestaes artsticas e suascaractersticas como percepo, interpretao, possibilitando ao aluno um ensino dearte que tenha verdadeiro significado na sua aprendizagem e que proporcione a eleuma formao mais consciente Hoje a necessidade de uma educao democrtica
est sendo reivindicada internacionalmente. Contudo, somente uma educao quefortalea a diversidade cultural pode ser entendida como democrtica.
Palavras-chave:Arte. Arte Educao. Arte tnica. Africanidade.
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ABSTRACT
The aim of this work is to enable a reflection on educational practices. A Challenge to the
implementation of Law 10639/2003 which is the integration of theory and practice. The gap betweenwhat the books say, what is said and what actually happens in everyday school life is so great thatoften gets to be a utopia, a hope. It's challenging because we are talking about cultural diversity ineducation and various reasons have been presented by educators to justify the difficulties in changingthe approach given to the black in the school curriculum. As the school a critical space, should assistthe student in understanding the reality and her acting deepening the artistic expressions and theircharacteristics such as perception, interpretation, providing the student with teaching art that has truemeaning in their learning and provides him a more conscious training Today the need for a democraticeducation is being claimed internationally. However, only an education that strengthens culturaldiversity can be understood as democratic.
Keywords: Art. Education art. Ethnic art. Africanity.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 1: Escravos na antiguidade ....................................................................... 13
Figura 2: Navio Negreiro ........................................................................................ 15
Figura 3: Capoeira .................................................................................................. 17
Figura 4: Comidas afro-brasileiras ....................................................................... 18
Figura 5: Religio afro-brasileiras ........................................................................ 18
Figura 6: Danas afro-brasileiras: Samba ............................................................ 19
Figura 7: Danas afro-brasileiras: Maracatu ........................................................ 19
Figura 8: Artista afro-brasileiras: Raimundo Santos Bida .................................. 21Figura 9: Escultura Emanuel Araujo .................................................................. 21
Figura 10: Bispo do Rosrio e obra ...................................................................... 22
Figura 11: Jogo da memria .................................................................................. 34
Figura 12: Chapu de Couro Personagem negro de Presidente Epitcio ...... 36
Figura 13: Representantes negros mundial ......................................................... 38
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SUMRIO
1 INTRODUAO ............................................................................................ 10
2 DIVERSIDADE CULTURAL ......................................................................... 12
2.1 ESCRAVIDO .................................................................................................. 13
2.2 ESCRAVIDO NO BRASIL ................................................................................. 14
2.2.1 Cultura Afro Brasileira ............................................................................... 17
2.2.1.1 Artistas Afro-Brasileiros ............................................................................ 20
3 EFICACIA DA LEI 10.6339/03 ..................................................................... 23
3.1 OPROFESSOR DE ARTES E SUA PRATICA DIANTE DA LEI .................................. 25
4 SUGESTES PARA ATIVIDADE INTEGRADORA ..................................... 29
5 CONSIDERAOES FINAIS ........................................................................ 39
REFERENCIAS ........................................................................................... 40
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1 INTRODUAO
Atualmente cabe a escola e, ao ensino, o papel decisivo para novos desafiosa serem vencidos. Em meio as crises do mundo moderno, os conflitos tnicos e
raciais, o choque entre as culturas, e conflitos entre as civilizaes, onde uma
sociedade intolerante em que, para um existir o outro precisa ser eliminado. Nesse
sentido tornou-se, urgente, uma educao com princpios cultural. Assim sendo, o
estudo tem como o objetivo, atuar, compreender, e empenhar-se de buscar, um
ensino voltado para a diversidade cultural.
O presente estudo tem como intuito principal discutir as bases histricas eideolgicas que fundamentam a cultura tnica racial na educao a insero da
mesma no contexto escolar suas modificaes e suas possibilidades.
A escola uma instituio construda historicamente no contexto da
modernidade considerada como mediao privilegiada para desenvolver uma funo
social fundamental transmitir cultura, oferecer as novas geraes o que de mais
significativo culturalmente produziu a humanidade.
A escola , sem duvida, uma instituio cultural, portanto, as relaes entre
escola e cultura no so independentes cultura uma das questes fundamentais a
serem trabalhadas no cotidiano escolar na perspectiva da promoo de uma
educao atenta a diversidade cultural e a diferena tnica.
A problemtica da discriminao certamente complexa e precisa ser
trabalhada para entendermos melhor os conceitos raa e etnias a ausncia de
Historia Africana retira a oportunidade dos afros descendentes construrem uma
identidade essa ausncia abre espao para atitudes preconceituosas, desinformadas
e racistas sobre a origem da populao negra.
Como tornar a escola um espao coletivo em que, se garanta espao para as
diferenas? Os alunos podem, Habitar em uma escola que no permite que suas
culturas, se realizem, ou mesmo que sejam visveis?
Nesse cenrio o professor de Artes Visuais, tem um papel social importante,
ao envolver a temtica sobre os negros, e afrodescendentes, trazendo a tonasentimentos de justia, dignidade, e respeito s diferenas.
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O povo afro brasileiro h muito tempo, vem lutando pela igualdade de
oportunidades, em diversos setores da sociedade brasileira, a implementao da lei
10.639/03, e de suas diretrizes curriculares, aprovadas em 2004 as quais tornaram
obrigatrio, o ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira, nas escolas de todo
territrio brasileiro.
Essa mesma lei, resultado de uma luta dos movimentos negros, com
objetivo de o Brasil reparar, o sofrimento causado ao povo afro brasileiro, devido a
escravido, e a constante situao de discriminao, preconceito e racismo
ocorridos, ainda hoje.
A lei deve oportunizar o conhecimento da historia dos negros, no somente
aos negros, mas para todos os brasileiros j que a historia feita por todos e para
todos no estamos sozinhos, a sociedade brasileira formada por brancos e negros
preciso que todos sejam reconhecidos dentro dos princpios de igualdade.
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2 DIVERSIDADE CULTURAL
Com os olhos voltados para o passado e o futuro das relaes raciais noBrasil entre a fico o mito e Historia que fala de uma pura realidade da
miscigenao racial e cultural do Brasil, cujos protagonistas so os ndios,
portugueses, africanos postos num grande misturador, todos esses seres geraram
outros seres preparados para a nova terra frtil e fecunda chamada Brasil.
Esse processo de criao se reflete na prpria formao do povo brasileiro.
Mais que refletir esse processo nascido inicialmente entre negros e ndios, e em
seguida entre negros e europeus, se transformou no eixo ao redor do qual as muitasrazes que formam a alma brasileira se encontraram e se entrelaaram, para assim
permanecer para sempre. A extraordinria fora que nos vem da diversidade da qual
fomos criados. (ARAUJO, 2005, p. 3).
A diversidade e a pluralidade de culturas tem o mrito de valorizar o tesouro
acumulado da experincia, da sabedoria e da conduta. A liberdade cultural uma
forma especial de liberdade, liberdade de expresso e de pensamento, de
locomoo, de crena e de escrita, e o principio bsico o respeito a todas asculturas.
O desafio enfrentado pela humanidade o de adotar novas formas de
pensamento, novos modos de ao, novas modalidades de organizao social,
novos estilos de vida. O desafio tambm o de promover diferentes vias de
desenvolvimento, com base no reconhecimento de que fatores culturais forjam os
modos como as sociedades concebem seu prprio futuro e escolhem os meios de
constru-los. (CULLAR, 1997).
A liberdade cultural uma parte vital do desenvolvimento humano porque a
capacidade de uma pessoa escolher a sua identidade quem ela sem perder a
dignidade e o respeito dos outros.
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2.1 ESCRAVIDO
O filsofo Plato, no sculo IV a.C., afirmava que prprio do homem bemnascido desprezar o trabalho, principalmente os que exigia grandes esforos fsicos,
cultuavam a ociosidade, percebida como irm da liberdade. Aristteles, refletindo o
pensamento dominante entre os homens livres sugeria que o privilegio dos homem
livre no a liberdade, mas a ociosidade, que tem por complemento o trabalho
forado dos outros, isto , a escravatura.(BERUTTI, 2010).
Em diversas civilizaes ao longo da historia a escravido uma das
modalidades mais antigas de explorao do homem. No Egito dos Faras, naGrcia, no Imprio Romano, boa parte das atividades produtivas era desenvolvida
atravs do uso de escravos, normalmente obtidos a partir da deteno de inimigos
de guerra com o passar dos anos o trabalho escravo pode ser observado em tantas
outras sociedade
Figura 1: Escravos na antiguidade
Fonte:https://reader008.{domain}/reader008/html5/0415/5ad33d67cf734/5ad33d702c897.jpg
http://www.rudecruz.com/imagens/o-sofrimento-dos-hebreus-no-egito.jpghttp://www.rudecruz.com/imagens/o-sofrimento-dos-hebreus-no-egito.jpghttp://www.rudecruz.com/imagens/o-sofrimento-dos-hebreus-no-egito.jpghttp://www.rudecruz.com/imagens/o-sofrimento-dos-hebreus-no-egito.jpg7/26/2019 TCC Maria Pronto
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O fenmeno da escravido, ou seja, da imposio do trabalho compulsrio a
um individuo ou a uma coletividade, por parte de outro individuo ou coletividade,
algo muito antigo e, nesses termos, acompanhou a historia da Antiguidade at o
sculo XIX.
Apesar de no passado ter havido escravido era uma situao aceita por
todos da sociedade e logo se tornou uma grande fonte econmica sendo assim to
lucrativos ficava muito difcil a libertao dos escravos que a cada dia mais
aumentava para saciar a nsia de seus donos vidos por lucros gigantescos.
A frica dividida em trs grandes reas Ocidental, Centro Ocidental, e
Oriental em todas elas praticava-se a escravido no prprio reino o continente
africano foi objeto de muita explorao de mo de obra escrava durante muitos
sculos exportavam seus povos como escravos para toda parte. (MATTOS 2013).
A empresa escravista, fundada na apropriao de seres humanosatravs da violncia mais crua exercida atravs de castigos maisatrozes, atua como uma m desumanizadora qualquer povo desapropriado de si, deixando de ser ele prprio, primeiro, para serningum ao ver-se reduzido a uma condio como animal de carga;
depois, para ser outro, quando transfigurado etnicamente parapreservao dos interesses do seu senhor (ARAJO, 2005, p. 60).
O trabalho escravo existe desde a antiguidade e infelizmente ainda persiste
na sociedade contempornea. Podemos dizer que o que difere a condio de
trabalho escravo hoje com as condies de trabalho escravo h dois sculos no
muito expressivo, sendo apenas diferente a condio de liberdade e da necessidade
econmica. A escravido de hoje uma forma extrema de explorao econmica,
que se adaptou ao mundo global.
2.2ESCRAVIDO NO BRASIL
No Brasil a escravido durou quase quatro sculos comeou com
aprisionamento de ndios e intensificou com o trafico de escravos negros capturados
pelos portugueses na frica e se transforma no sistema fundamental de produo e
lucro e s abolida em 1888 a longa historia da escravido no Brasil esta longe de
ser um quadro sereno de mistura entre raas. Foi processo violento de imposio de
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uma cultura e uma sociedade que se formou depois da escravido. (Castro Alves)
Segundo Rugendas (apud APOLINARIO, 2007, p.)
Os primeiros negros africanos foram trazidos para o Brasil,aproximadamente, em 1550, isto , cinquenta anos aps a chegadados primeiros portugueses. Durante esse perodo, mais de quatromilhes de negros africanos foram trazidos para o Brasil. centenasde negros morriam no trajeto que durava cerca de dois a trs meses,nos navios o trafico fez com que os africanos fossem desprovidos desua individualidade uma vez escravizados, isto transformados emmercadoria. Eram levados para os engenhos para as minas e para ascidades. Alm de trabalhos forados, castigos constantes os levavama uma profunda tristeza (chamado banzo) que muitas vezes os
levava a morte.
Figura 2: Navio Negreiro
Fonte:http://3.bp.blogspot.com/_tkCBMbxTkZM/TFoYW7tbHPI/AAAAAAAAApU/B8H9njq5r-E/s1600/Navio+Negreiro.jpg
A escravido produziu marcas no cicatrizadas da historia do Brasil, a
identificao da nao de origem e a descrio, de cada individuo que chegava ao
Brasil se fazia pelas marcas e sinais no corpo, tudo que contava era epiderme, a
embalagem do corpo, registrava na pele com ferro quente, a mercadoria vinculada
ao proprietrio. (CASTRO, 2004)
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As formas de resistncia foram individuais ou coletivas. Elas setraduziram, no primeiro caso, em suicdios, abortos voluntrios eautomutilaes. No segundo caso, elas assumiram a forma derevoltas (com ataques aos engenhos, incndios, de propriedadesassassinatos de senhores, etc.), de fugas em massa e formao dequilombos. (BOTELHO; REIS, 2001 p.153)
Os fazendeiros e as autoridades viam o quilombo como uma grande ameaa
e no mediram esforos para destru-lo. Depois de 20 anos de guerras intensas as
autoridades contrataram os servios do bandeirante paulista Domingos Jorge Velho.
A operao montada pelo bandeirante conseguiu destruir completamente o quilombo
em 1694. Zumbi e alguns quilombolas conseguiram fugir e continuaram atacando
vilas e incentivando a fuga de escravos. A luta, porem, durou pouco. Em 20 denovembro de 1695, Zumbi foi encontrado morto. Sua cabea foi enviada ao recife e
exposta em praa pblica para servir de exemplo a todos os escravos.
(APOLINRIO 2007).
Para a elite escravista o trafico era muito vantajoso, pois constitua fonte
inesgotvel de fornecimento de braos que trabalhavam em tempo integral algo em
torno de 16 horas dirias e no havia quem se rebelasse contra esse genocdio
havia um receio muito grande que as ideias liberais podiam desencadear (FAVARIN
1996, p. 11).
O negro tem uma Historia e ela no apenas recheada de tristezas elamentaes e sofrimentos h tambm uma Historia e uma culturato rica como qualquer outra conhece-la e valoriza-la significaidentificar-se com a prpria historia do Brasil e com razes queformam o povo brasileiro . A histria do negro tambm a Historia dopovo brasileiro. (PEREIRA, 2015, online)
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2.2.1 Cultura Afro Brasileira
Por que a nossa alma canta e chora? Por que tanta melancolia,sempre cheia de saudade? Por que essa sensibilidade em tocar eem transformar as coisas? Por que essa musicalidade comovente?De onde vem todo esse manancial da cultura Brasileira que nos fazespecialmente novos e arcaicos e contemporneos, masirremediavelmente nacionais? Que agonia que nos impele aodesconhecido ao sobrenatural, ora ndios ora negros ora mestios demil cores como um universo imenso de paixes e de sonhos como osdonos da terra o negro e o ndio foram incorporados como Orixs daterra brasileira. (ARAUJO, 2010).
Ao mencionar a universalidade da Arte Martins; Picosque e Guerra (2010, 39)evidencia que a mesma
[...] desconhece fronteiras, etnias, credos, pocas. Seja a linguagemdas obras de arte daqui, seja de outro lugares, de hoje, ontem oudaquelas que esto por vir, trazem em sim a qualidade de ser alinguagem cuja leitura e produo existe em todo o mundo e paratodo mundo.
Os africanos tiveram grandes influncia na formao do povo brasileiro e
vista at os dias atuais esses transmitiram vrios costumes como a capoeira que foi
criado logo aps a chegada ao Brasil na poca da escravido como luta defensiva j
que no tinham acesso a armas de fogo.
Figura 3: Capoeira
Fonte:https://reader008.{domain}/reader008/html5/0415/5ad33d67cf734/5ad33d72b10b7.jpg
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A culinria recebeu grandes novidades africanas como leite de coco, leo de
palmeira, azeite de dend, vatap, mugunz, acaraj, pamonha.
Figura 4: Comidas afro-brasileiras
Fonte: http://blackpagesbrazil.com.br/noticias/wp-content/uploads/2015/03/Comidas.jpg
Na religio vrios deuses e divindades de origem africana percorrem religies
distintas dessa forma acontece o desenvolvimento da cultura religiosa brasileira. O
candombl que tambm marca sua presena no Brasil principalmente no territrio
baiano onde os escravos eram desembarcados.
Figura 5: Religio afro-brasileiras
Fonte:http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/foto/0,,14682658,00.jpg
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Na musica os tambores da frica trouxeram tambm outros cantos e danas.
Alm do samba, a influncia negra na cultura musical brasileira vai do Maracatu
Congada, Cavalhada e Moambique. Sons e ritmos que percorrem e conquistam o
Brasil de ponta a ponta.
Figura 6: Danas afro-brasileiras: Samba
Fonte:https://reader008.{domain}/reader008/html5/0415/5ad33d67cf734/5ad33d74567af.jpg
Figura 7: Danas afro-brasileiras: Maracatu
Fonte: https://reader008.{domain}/reader008/html5/0415/5ad33d67cf734/5ad33d74c546a.jpg
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2.2.1.1 Artistas Afro-Brasileiros
A presena dos negros brasileiros nas artes visuais contemporneas emflagrante contraste com o perodo barroco, quando eram dominantes essa presena
passou a traduzir-se, quase que exclusivamente, no que se convencionou chamar
de arte primitiva. Essa arte,aceitavelmente dcil, era aquilo que se esperava do
negro.
Figura 8: Artista afro-brasileiras: Raimundo Santos Bida
Fonte: http://www.ardies.com/artistas/pinturas/raimundo_bida.
RAIMUNDO SANTOS BIDAnascido no municpio de Nazar das Farinhas na
Bahia comeou desenhar ainda criana. Possui um estilo prprio de pintar mescla
diversas ideias Modernista, Surrealismo, Cubismo retratando a arte africana, sem ter
compromisso com o retrato da realidade, sem simetria com a proporo que
poderamos esperar.
Na contemporaneidade do sculo XX, os artistas negros enveredaram por
vrias escolas, sem que, no entanto, deixassem de marcar a sua afro-brasilidade.
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O artista baiano que, atravs da gravura, da madeira e do ao, do figurativo
ao abstrato, sempre se inspirou nas tradies do povo baiano e africano.
Como crtico de arte, EMANOEL ARAUJOprodutor e administrador cultural
(Pinacoteca de So Paulo) e possuidor de uma importante coleo de obras de arte.
Figura 9: Escultura Emanuel Araujo
Fonte: https://eusr.files.wordpress.com/2011/12/emanoel-4.jpg
Interessado na reestruturao do universo da arte africana, o artista enfatiza
em suas gravuras, relevos e esculturas as formas geomtricas aliadas a contrastes e
cores fortes. Emanoel Arajo destaca-se por ser curador de importantes mostras
ligadas imagem e cultura do negro e do ndio no Brasil.
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O artista,ARTHUR BISPO DO ROSRIO afro-brasileiro usava tcnica mista
em sua arte. Dizia no ser louco, mas afirmava que delirava s vezes, e era como os
beija-flores nunca pousavam vivia a dois metros do cho.
Figura 10: Bispo do Rosrio e obra
Fonte: http://4.bp.blogspot.com/-G9QjizI5Q4k/UDr9dDG987I/AAAAAAAAAHM/VoSesIKLv5A/s1600/Bispo+Rosario.gif
Nessa linha de raciocnio, percebe-se que a arte pode apresentar diversos
significados em suas variadas dimenses criando outros mundos outras verdades
reais e imaginarias e isso somente a arte em sua essncia pode possibilitar.
Arte conhecimento, conhecimento para cuja configurao intuio,
inteligncia, emoo, todas as funes mentais participam. Assim, segundo Barbosa
(2002) possvel saber que para descobrir e revelar o que esta contida na arte,
quando se experimenta o ato de ler, decodificar a gramatica visual, corporal e
sonora, trazendo-a para o mundo real e imagtico compreender, acima de tudo, os
signos do mundo presente.
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3 EFICACIA DA LEI 10.6339/03
A lei 10639/03 deve oportunizar o conhecimento da Historia dos negros, nosomente aos negros, mas para todos os brasileiros, j que a Historia feita por
todos e para todos. No estamos sozinhos a sociedade brasileira que formada por
brancos e negra preciso que todos sejam reconhecidos dentro dos princpios de
igualdade.
A escola deve estar atenta para no burlar a lei para que no se aplique
mtodos mascarados na essncia da lei, afim de somente fazer comemoraes no
dia 20 de novembro o que no significa contemplar a lei.
As confuses em torno da questo do negro esto na base dasnossas confuses sobre a nossa prpria identidade como povo.Nossas misturas raciais foram invocadas, por muito tempo, comomotivo de pessimismo em relao ao pas. O reconhecimento doBrasil mestio s comeou nos anos 20,e 30 com o movimentomodernista comeamos a perceber que estvamos nos tornandouma sociedade no apenas racialmente miscigenada mas tambmculturalmente mestia. Uma sociedade, portanto onde a matriz negra fundamental (ARAJO, 2004, p).
Nesse sentido Darcy Ribeiro (1995, p118) salienta que: Nem mesmo a fora
de uma lei capaz de fazer que haja verdadeiramente a valorizao da historia e
cultura dos afrodescendentes no Brasil, mostrando que o racismo ainda permanece
presente no cotidiano brasileiro.
Descentrar os impacto do racismo na construo da identidade e da
subjetividade dos negros e incluir como esse fenmeno afeta essas mesmas
dimenses dos outros grupos tnicos raciais um dos debates desencadeados pela
introduo da lei 10639/03. Para tal, exigir de ns um aprofundamento terico
sobre o tema, a superao de valores preconceituosos e uma viso sobre a
identidade conquanto uma construo social, cultural politica povoada de
ambiguidade e conflitos, e no como algo esttico. (CANDAU, 2013).
Ainda com relao a aplicabilidade da lei 10639/03, sugere-se que estas
praticas possam ser desenvolvidas pelos professores como um passo importante e
necessrio para o enfrentamento do racismo no espao escolar. Entretanto muito
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ainda precisa ser feito no que se refere ao ensino da historia e cultura afro brasileira.
A ao pedaggica desenvolvida ainda contempla pouco contedo no existe uma
proposta curricular que oriente a incluso da temtica das relaes tnicas raciais e
da historia e cultura afro brasileira. Uma dificuldade que pode ser traduzida como
resistncia.
Especificamente no mbito escolar, observa-se que o cumprimento da Lei
necessita ainda de muitas melhorias, onde docentes e discentes tenham plena
conscincia da necessidade em se conhecer a constituio tnico-racial de um pas
como o Brasil com o mximo de profundidade possvel, conforme a srie e idade dos
(as) educandos (as). Certamente, existem e existiro os (as) resistentes a
trabalharem essa temtica e a executarem projetos diretamente relacionados
mesma.
Conhecer melhor a histria e as sociedades africanas os afro-brasileiros passaram pouco a pouco a valorizar a suas culturasancestrais, sua contribuio a sociedade brasileira mudando suaposio de se tornar igual ao branco para uma valorizao de suastradies. O sentimento de inferioridade criado pela situao anterior
deu lugar ao orgulho de ser negro (SOUZA, 2006, p. 75).
Construmos nossas identidades, que se formam mediante os elos reais ou
imaginrios estabelecidos com grupos, pessoas, familiares, amigos, etc nossa
identidade vai sendo tecida de modo complexo, em meio s relaes estabelecidas
que variam conforme as situaes em que nos colocamos. Nossa identidade no
uma essncia no fixa no estvel, nem definitiva. instvel inacabada, uma
construo um processo de produo uma relao a identidade tambm se cria por
certos atos de linguagem, importante dizer que a identidade associa-se com a
diferena o que somos se define em relao ao que no somos identidade e
diferena so inseparveis.(MOREIRA 2013)
A aplicao da lei mostrar frutos de mdio e longo prazo. Um deles poder
ser a possibilidade de a criana, o adolescente o jovem, e o adulto negro ao
entrarem para a escola seja bsica, seja publica, ou privada, terem a possibilidade
de participar de um estudo sistemtico que destaque as referencias positivas do seu
grupo tnico racial, da historia do seu povo entendendo-a como parte da construo
da historia do nosso pais. (CANDAU 2013).
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3.1OPROFESSOR DE ARTES E SUA PRATICA DIANTE DA LEI
A formao de uma conscincia critica em relao ao currculo escolar de
artes, para o cumprimento da lei 10639/2003 e as diretrizes para a educao tnica
permitem uma possibilidade de refletir sobre os contedos da cultura e historia da
frica, e dos desdobramentos para a arte afro-brasileira com uma abordagem
inclusiva ampliando o conceito de artes.
Segundo Arajo (2004) a questo scio-racial brasileira no foi resolvida nem
se resolver somente pela mestiagem e pelo sincretismo. Mas sim pelo
investimento macio no sistema publico de educao, pela gerao de mais e
melhores empregos, pela distribuio de renda pela incluso cultural.
Segundo Culler (1997) a criatividade requer um ambiente que incentive a
auto expresso, e a explorao das qualidades pessoais. Os programas
educacionais que permitam uma interao imaginativa entre as tradies culturais e
as novas tecnologias devem ser incentivados, e as estratgias que estimulem
criatividade as culturas no podem sobreviver, se o meio do qual dependem est
degradado ou empobrecido.
O arco ris de cultura em nossas escolas, faz com que o trabalho docente seja
mais complexo, mais difcil mesmo. Ao mesmo tempo, multiplicidade de
manifestaes culturais, e de identidades torna a sala de aula rica, plural,
estimulante e desafiante diante de toda a essa riqueza de cultura que pode, e deve
ser um aspecto que instigue a melhor promover as atividades de artes.
Exemplos dados pelos prprios estudantes ilustraro situaes em que, essas
relaes se fazem presentes. A esses exemplos, o professor acrescentar inmerosoutros, com base em suas prprias experincias, quanto com base em sala de aula,
ou em situaes fora do mbito escolar. Amplamente, noticias da mdia para o
objetivo em pauta, o recurso a contos, filmes, desenhos, novelas, musicas, anncios
ser tambm bastante til podemos ajudar os alunos a se identificar em muitos
desses artefatos (CANDAU 2013).
Complementando Ferraz e Fusari (2011, p.86) salientam que:
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Esta constatao vai levar a duas atitudes: em primeiro lugar acompreenso do ato expressivo como um ato criador, em segundolugar ao resultado desse ato expressivo a obra criada apresentando-se como a possibilidade de valor esttico. A criana em atividadefabuladora ou expressiva vive intensamente um processo de criao.
Estimular o desenvolvimento de uma imagem positiva dos grupos tnicos por
meio da literatura, da musica das artes, cinema. Conscientizando os estudantes das
situaes de opresso que mancham a sociedade podemos aprofundar e propiciar
ao aluno a possibilidade de novos posicionamentos e novas atitudes que venham a
caracterizar proposta de ao e interveno ainda que sem garantias, para que o
aluno venha a se posicionar em seu cotidiano contra preconceitos e discriminaes.
Segundo (CANEN; MOREIRA, 2001). A sala de aula nem sempre para
todos os alunos um lugar seguro, nem sempre fcil eliminar as barreiras entre as
diferenas, as relaes de poder existem na sociedade, e na sala de aula tambm, e
impedem que muitos falem livremente, o sujeito s constri sua identidade na
interao com outro e a interao se localiza na relao social, que antes de tudo,
a linguagem.
O ensino de artes uma instancia privilegiada para que os alunos consigamentender a importante questo do estudo e produo artstica dos diferentes povos
em diferentes pocas, facilmente se pode observar que no h pior, ou melhor,
certo ou errado mas simplesmente diferente e possuidor de valor dentro do seu
contexto cultural.
Os educadores esto chamados a enfrentar as questes colocadas
por esta mutao cultural, o que supe no somente promover aanalise das diferentes linguagens e produtos culturais, comofavorecer experincias de alunos e alunas, aproveitando os recursosdisponveis na comunidade escolar e na sociedade. (CANDAU, 2013,p.35)
Em primeiro lugar fundamental formar-se, atualizar-se nos temas, e no
partir do pouco que se sabe para ocupar um lugar que nunca esteve ocupado.
Temos a responsabilidade de tratar com muito profissionalismo estes contedos. Por
isto, devemos estudar procurar leituras especificas e, sempre que possvel,capacitar-nos em cursos e em discusses acadmicas. Nossas precrias condies
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de trabalho e de vida no podem justificar uma ausncia de esforo neste sentido,
estamos falando da re-escrita de uma historia que nos foi negada, estamos falando
com a base de uma identidade.
Segundo (LIMA, 2004). O debate acerca da arte afro-brasileira , sem dvida,
longo e apresenta um desafio complexo. A dificuldade surge j na nomenclatura e
definio do que seria a arte afro-brasileira. No obstante, a dificuldade presente no
percurso deve servir para nos instigar e no paralisar. Existe j uma bibliografia
capaz de auxiliar o professor a conhecer as produes artistas brasileiras de
matrizes africanas. O que esta em jogo mais do que nossa competncia o nosso
compromisso.
Segundo Silva ( apud DOSSIN, 2011, p. 115-116).
Livros didticos de Educao Artstica, adotados por 30% deprofessores da rede pblica e consultados por 70% destes, sototalmente omissos no que se refere produo cultural e artsticado negro. [...] A bibliografia disponvel para o ensino da Arte omissano que se refere arte africana e incompleta quanto afro-brasileira.Os professores de educao artstica se formam sem nunca teremtido sequer uma disciplina com contedos relativos a esttica negraou s razes africanas. Tem- se ainda em nossa produo simblica,o agravante da ideologia do, embranquecimento e do mito dademocracia racial imposta pelos setores hegemnicas da sociedade.
No ensino das artes visuais, a vida e a obra de artistas podem ser uma boa
porta de entrada para se trabalhar com a cultura e arte afro -brasileira, pois
possibilitam colocar em dilogo as expresses afrodescendentes locais. As diretrizes
citam o destaque que se devem dar as realizaes, expresses e acontecimentos de
cada religio e localidade, a fim de aproximar o tema da realidade do aluno.
Desse modo, Ferraz e Fusari (2009, p.87) destacam que:
As aulas de arte constituem-se em um dos espaos onde as crianase jovens podem exercitar suas potencialidades, perspectivasimaginativas ou fantasiosas. Por isso so vrios os autores quereforas as necessidades de criarem nos cursos condies para queessas potencialidades possam aflorar e desenvolver-se .
Dessa forma as diretrizes so um importante documento que pode auxiliar oprofessor em sua lida em sala de aula, porm no exime o professor de sua atuao
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como pesquisador. Cabe ao ele procurar identificar, conhecer, e transpor seu
conhecimento para a sala de aula.
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4 SUGESTES PARA ATIVIDADE INTEGRADORA
implementao da Lei 10.639/03, que enfatiza o tema da naturalizao doseducadores frente aos problemas tnicos, da violncia, da discriminao e da
desigualdade racial, tem a pretenso e a inteno de mostrar que a educao
uma ferramenta importante para a superao do racismo no Pas.
Para fazerem sentido, as atividades demandam uma relao profunda com a
perspectiva da incluso, do combate ao racismo, da aceitao das diferenas, da
alteridade, da valorizao e do reconhecimento da nossa brasilidade com todas as
matrizes culturais e tnicas das quais somos constitudos, de forma positiva. Deve-se aprender e reaprender no nosso cotidiano com o que nos marca como brasileiros
e brasileiras; a nossa diversidade cultural, o enfrentamento do racismo, e o
reavivamento do orgulho da nossa memoria afro-brasileira, um grande desafio.
TAREFA PARA OS/AS ESTUDANTES
Trazer para a escola um objeto de casa seja ele qual for, que, direta ou
indiretamente, traz sua memria a presena afro-brasileira.
No dia seguinte, o/a professor (a) prepara o ambiente para receber com
honrarias esses objetos importante que os estudantes percebam a importncia
que o/a professor/a est dando atividade.
As carteiras devem ser arrumadas em crculo. O cho da sala, no centro,
deve ser forrado com pano grande ou papel, para que ali sejam depositados os
objetos.
Ao chegarem classe, os alunos/as devem ser recebidos por um fundo
musical com msicas afro-brasileiras instrumentais.
Todos se sentam em crculo e, um a um, colocam os objetos que trouxeram
no centro da roda, explicam do que se trata e por que os trouxeram.
O/A professor/a registra o conjunto dos objetos com uma mquina fotogrficae pede que os/as alunos/as registrem plasticamente seus objetos.
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ATIVIDADE INICIAL
Solicitar que os alunos digam:
o Qual a histria dos seus nomes?
o Que nomes existem nos seus nomes?
o Se eles tm apelidos, quem os deu? Quais so eles? Por qu?
o Compartilhar as informaes.
Discutir
Todas as palavras tm histria e tambm memria, que lhes conferem a
possibilidade de serem cultivadas ou no. Tudo tem nome, tem uma palavra para
represent-lo, Tudo o que o ser humano pode sentir. tocar, cheirar, imaginar,
representar tem nome. Palavras cultivadas, palavras condenadas, palavras
submersas, mas presentes; palavras hierarquizadas, com vrios sentidos, de vrias
origens.
A.Conversar sobre os falares africanos no Brasil, a presena negra nos modos de
falar, sentir, se expressar. Em seguida, fazer uma brincadeira com o livro, antes de
apresent-lo. Distribuir palavras do glossrio a um grupo de estudantes e distribuir
seus significados a outras pessoas da classe. Um a um, os estudantes lero suas
palavras. Quem estiver com o significado delas dever juntar-se a eles, de modo a
formar uma dupla entre a palavra e seu significado. A atividade deve ser feita em
crculo. Depois, apresentar o livro, que poder ser manuseado por todos.
B.Selecionar as palavras por repertrios. Classific-las: Alimentos
Vestimentas
Lugares
Instrumentos musicais
Partes do corpo
Situaes do cotidiano
Utenslios
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Animais
Saudaes
Expresses
Divindades religiosas
Danas
Quantas aes pedaggicas podemos produzir, reproduzir, copiar, criar e
recriar a partir deste glossrio... Vamos a algumas:
1. Pode contar a histria do alimento, origem, detalhes da regio de onde ele
vem. Alguns vegetais de origem africana ,inhame, quiabo, trigo.
2. Confeccionar instrumentos musicais que, como por exemplo a marimba.
3. Depois, preparar uma apresentao musical.
4. Construir um livro ilustrado de divindades afro-brasileiras.
5. Desenh-las, pesquisar suas lendas e mitos, suas origens africanas.
6. Pode-se dividir a classe em grupos, ficando cada um responsvel por uma
divindade. Eles podem aprender suas danas e seus significados, aprender
sobre suas comidas mais simples e como prepar-las, e ainda comparar
essas divindades aos deuses gregos, greco-romanos, egpcios etc.
ENTREVISTAR
Lderes religiosos afro-brasileiros padres e freiras, pastores/as, ialorixs,
babalorixs. Perguntar-lhes sobre a frica, religio, converso, f... Apresentar as
snteses das entrevistas em mural, se possvel com fotos.Uma ialorix / um
babalorix: sua histria de vida (infncia, escolaridade, vida cotidiana.
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LER O POEMA
Brincar com ele: dramatiz-lo, fazer um jogral com o grupo.
Recri-lo plasticamente (com sucatas, desenho, quadrinhos...).
Reescrita em prosa do poema.
Discuti-lo: o que aborda, qual a sua temtica, de que lugares ele fala, de quais
cidades?
Proponha um debate: a partir da histria do poeta, por que, na opinio de cadaum, ele escreveu esse poema?
Se voc quisesse discutir esse tema, como voc o faria? Ento, na medida do
possvel, faa-o.
Destaque 10 causas para o fato de que h gente com fome e discuta
coletivamente que solues voc e seu grupo dariam para esse problema.
Reescreva o poema, substituindo a palavra fome e recriando os demaisversos. No Brasil, tem gente com...
A partir da leitura do poema, promover debates e reflexes compartilhadas
sobre ele, o que anuncia e o que denuncia.
Pesquisar outros tipos de poesia voltados para problemas sociais.
Criao de um concurso de poesias, de msica, de rap...
(atividades muito apreciadas por adolescentes e jovens). Convidar pessoas para contar histrias locais, africanas, afro-brasileiras,
lendas religiosas.
OBSERVAES
Preparar sempre um ambiente acolhedor para ouvir e contar histrias.
Promover brincadeiras a partir dos materiais.
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Discutir temas relacionados ao material: questes de gnero, escravido,
religio, racismo, machismo, amizade, injustia, igualdade e diferena.
Sair da sala de aula contar histrias em outros ambientes; fazer visitas e
passeios.
Criar plasticamente com materiais diversos. Por exemplo: fazer teatro; contar
histria sem palavras (fazer livros sem palavras); fazer fantoches; teatro de
sombras etc.
Articular os livros com outros projetos e possibilidades de trabalho. Os livros
podem agir como geradores de projetos ligados temtica do projeto A Cor
da Cultura, como jongo, maracatu, capoeira... Por exemplo, depois daexibio do programa Livros Animados, Episdio 3, que apresenta o livro
Maracatu, pode-se desenvolver um projeto ligado ao maracatu. Os livros
podem ser pontos de partida e de chegada, exemplos, citaes... O
importante apropriar-se deles, desfrut-los.
Pedir aos alunos que tragam seus sonhos, histrias das suas famlias e do
cotidiano, que eles podem anotar num pedao de papel e levar para a escola,
ou cont-las de memria.
Construir histrias coletivamente; construir um livro.
Brincar com gua, terra, argila, areia, tintas, alimentos.
Observem que, aps cada vdeo dos Livros Animados, as atividades nos
convidam a mexer com o corpo todo.
Sugere-se que sejam feitas atividades que promovam a vivncia da
cooperao:
Texto ou desenho coletivo. Aps dividir a turma em grupos, distribuir uma
folha de papel ofcio para cada pessoa. Os minigrupos devem estar em crculos.
Aps o sinal, a professora d um tempo, combinado previamente, para os alunos
fazere um desenho ou escreverem algo relacionado.
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JOGO DA MEMRIA
A partir dos vdeos, selecionar os personagens e suas profisses e registrar essesdados em cartelas distintas.
Figura 11: Jogo da memria
Fonte:http://msalx.vejasp.abril.com.br/2012/11/19/1432/jcclk/jogo-da-memoria-consciencia-negra.jpeg?1353342763
Os Heris:
1. Aleijadinho (artista plstico)Interpretado por Emanoel Arajo (artista plstico)2. Joo Cndido Almirante Negro (marinheiro, lder contra castigos corporais)
Interpretado por Jorge Coutinho (ator e diretor)
3. Pixinguinha (msico)Interpretado por Toni Garrido (cantor e compositor)
4. Milton Santos (gegrafo)Interpretado por Kabengele Munanga
5. Luiz Gama (advogado)Interpretado por Joaquim Barbosa
6. Llia Gonzalez (antroploga)Interpretada por Sueli Carneiro
7. Francisco Jos Nascimento (jangadeiro liderana histrica) Interpretado por
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Milton Gonalves
8. Andr Rebouas (engenheiro)Interpretado por Alexandre Moreno
9. Cruz e Souza (escritor)Interpretado por Maurcio Gonalves
10. Adhemar Ferreira da Silva (atleta)Interpretado por Robson Caetano
11. Antonieta de Barros (professora)Interpretada por Maria Helena
12. Tia Ciata (dona-de-casa)Interpretada por Leci Brando
13. Teodoro Sampaio (urbanista)Interpretado por Muniz Sodr
14. Lenidas (jogador de futebol)Interpretado por Antnio Carlos
15. Benjamin de Oliveira (ator /palhao)Interpretado por Maurcio Tizumba
16. Jos do Patrocnio (abolicionista)Interpretado por Nei Lopes
17. Lima Barreto (escritor)Interpretado por Joel Rufino
18. Mrio de Andrade (escritor)Interpretado por Jards Macal
19. Carolina M. Jesus (escritora)Interpretada por Ruth de Souza
20. Chiquinha Gonzaga (compositora)Interpretada por Ilea Ferraz
21. Juliano Moreira (mdico)Interpretado por dr. Deusdeth Nascimento
22. Me Menininha (ialorix)Interpretada por Me Carmem
23. Me Aninha (ialorix)Interpretado por Chica Xavier
24. Elizeth Cardoso (cantora)Interpretada por Zez Motta
25. Machado de Assis (escritor)Interpretado por Paulo Lins
26. Jos Correia Leite (jornalista)Interpretado por Haroldo Costa
27. Jackson do Pandeiro (msico)Interpretado por Flvio Bauraqui
28. Auta de Souza (escritora)Interpretada por Tas Arajo
29. Paulo da Portela (compositor)Interpretado por Neguinho da Beija-Flor
30. Zumbi (liderana histrica)Interpretado por Martinho da Vila
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Fazer um levantamento de personalidades negras falecidas na sua localidade emontar a sua biografia.
Figura 12: Chapu de Couro Personagem negro de Presidente Epitcio
Fonte: http://2.bp.blogspot.com/--vWqPTC_pwc/VVUN3T5_nMI/AAAAAAADaZc/B
_J2LP0m5K4/s1600/chapeu%2Bde%2Bcouro.JPG
Pesquisar se na sua cidade h ruas, monumentos, escolas, bibliotecas etc. comnomes de personalidades negras.
Fazer um levantamento de personalidades negras na sua cidade e entrevist-lascom o objetivo de montar sua biografia. Pode-se fazer o levantamento e depoisdividir a turma em grupos para as entrevistas. No final, pode-se convidar oentrevistado para conversar com a turma toda.
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Pesquisar quem so as pessoas que representam os heris no programa Herisde Todo Mundo: suas profisses, trajetrias de vida, realizaes.
Pesquisar de quais regies e cidades brasileiras so os protagonistas da srie
Heris de Todo Mundo.
Figura 13: Representantes negros mundial
Fonte: Montagem do autor
Com relao a estas personalidades mundiais: Martin Luther King, Nelson
Mandela e Barack Obama, pode-se afirmar que essa negritude, ou africanidade, foi
e um ponto importante que incentiva as massas por eles dirigidas nas resistncia a
fim de que surja movimentos da afirmao culturais e polticos em contrapartida a
supremacia branca.
Fazer um levantamento e entrevistar pessoas negras que trabalham, estudam,lutam honestamente para viver com dignidade. Buscar saber como vivem, comoso suas famlias, quais seus sonhos e ideais de vida, como tm superado asdificuldades do dia-a-dia. Perguntar o que acham do racismo e do preconceitoracial, o que elas lembram dos seus antepassados.
A estratgia pode ser a mesma utilizada para as personalidades famosas dacidade. No final, pode-se fazer uma homenagem aos heris e heronas de todoo dia.O/A professor/a pode promover simplesmente momentos de danas eexpresso corporal a partir da audio coletiva de repertrios musicais afro-brasileiros.
Organizar rodas/crculos de danas, nos quais se solicita que os participantesdancem, inventem movimentos e que, em alguns momentos, os movimentos deum sejam reproduzidos por todos.
Coordenar a pesquisa de danas afro-brasileiras locais: histria, localidade,
quem so e quem foram os mestres. Aprender as danas.
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O ldico, o prazer, a alegria, a brincadeira podem entrar nesse cenrio, a
partir das msicas e das danas. Aprender como se dana, aprender as canes,
aprender a fazer as indumentrias, os adereos. Aprender com amorosidade, com
alegria e desejo, pode ser o caminho da ludicidade.
Observar se existe algum na escola que pratique algumas dessas danas.
Em caso positivo, a pesquisa e /ou projeto de trabalho deve partir desse momento.
Em todos os casos, dever haver uma produo final, tanto artstica como em
forma de registro escrito, fotogrfico etc.
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5 CONSIDERAOES FINAIS
Verificou-se nesse estudo que a arte tem sido utilizada pelo homem para
expressar as diferentes manifestaes humanas, sejam elas profanas ou sagradas,
mas sempre carregadas de muitos aparatos culturais.
Por isso, o intento da pesquisa foi de mostrar que existem muitas formas de
trabalhar a africanidade nas aulas de artes. Desse modo, buscou-se apresentar a
importncia da lei 10639/03 nessa perspectiva pedaggica em sala de aula para a
valorizao do homem negro e suas razes, a fim de combater o preconceito racial
no ambiente educacional.
A motivao principal do trabalho partiu do despreparo por parte dos
professores, que muitas vezes, ainda parecem confusos quando esta diante da arte
africana, uma vez, que sentem uma certa insuficincia para entende-la, assim como
podero ensin-la
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REFERENCIAS
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