REVISTA BRASIL
BIOMASSA E PELLETS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
INSTITUTO BRASILEIRO BIOMASSA E PELLETS
AVALIAÇÃO TÉCNICA DO
MERCADO DE PRODUÇÃO
E CONSUMO DE
BIOMASSA E PELLETS
CANA ENERGIA
MUDANÇAS NO
MERCADO DE PRODUÇÃO
E DE BIOELETRICIDADE
PELLETS FOR EUROPE
PRODUCTION AND
UTILISATION OF FUEL
AGRIPELLETS
REVISTA BRASIL BIOMASSA E PELLETS
REVISTA BRASIL BIOMASSA E PELLETS
Editada pela Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável
Coordenação da Edição CELSO MARCELO DE OLIVEIRA
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Conteúdo: 1. Análise da Biomassa e Pellets no Brasil 2. Projeções de Produção e Consumo de Biomassa
e Pellets 3. Geração energia com o uso da Biomassa e Pellets 4. Potencial Regional e Nacional de
Pellets 5. WoodPellets e Eficiência energética
CDU 620.95(81)CDD333.95 II. Título. CDU 621.3(81)”2030” : 338.28
Registrado na Biblioteca Nacional
Todos os direitos reservados a Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável
Copyright by ABIB Brasil e Celso Marcelo de Oliveira
Tradução e reprodução proibidas: total ou parcial sem a autorização expressa do autor.
Lei 9.610, de 19de fevereiro de 1998.Edição eletrônica no Brasil e Portugal.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
Sede Administrativa Brasil Av. Candido Hartmann, 570 24 andar Conj. 243 80730-440 Champagnat Curitiba
Paraná Fone: 41 33352284 - Celular 41 88630864 41 96473481
Skype Brazil Biomass (celso.marcelo.de.oliveira)
E-mail [email protected] ou [email protected]
URL Brasil Biomassa www.brasilbiomassa.com.br
Brasil Biomassa Empresa http://www.wix.com/abibbrasil/brasilbiomassa
Brasil Biomassa Consultoria http://brasilbiomassa.wix.com/consultoria
Brasil Biomassa - WoodPellets http://abibbrasil.wix.com/woodpellets
Brazil Biomass http://www.wix.com/abibbrasil/brazilbiomass
Brasil Biomassa Wood Bio Briquete http://www.wix.com/abibbrasil/briquete
SUMÁRIO EXECUTIVO REVISTA BRASIL BIOMASSA E PELLETS
SUMÁRIO EXECUTIVO INTERNACIONAL
EDITORIAL 4
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE
BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL 6
BIOMASS GROWTH: WILL THE TREND HOLD?
BIOMASS POWER ASSOCIATION 11
PELLETS FOR EUROPE
EUROPEAN BIOMASS INDUSTRY ASSOCIATION 15
US PELLETS AROUND THE GLOBE
U.S. INDUSTRIAL PELLET ASSOCIATION 23
THE MANY BENEFITS OF REPLACING COAL WITH
WOOD PELLET FUEL FUTUREMETRICS 27
CADA VEZ SOMOS MÁS!
AVEBIOM 29
PRODUCIR Y CONSUMIR EN MODO LOCAL
BIOENERGY INTERNATIONAL 30
WOOD PELLET MARKET IS GROWING WORLD
WIDE: UP TO 15% INCREASE HY 2023
UKRAINIAN BIOFUEL
33
DRAX POWER STATION IS SWITCHING TO THE
BIOMASS FIRED PRODUCTION 35
EUROPE AT THE FOREFRONT OF WOODPELLETS
PRODUCTION AND CONSUMPTION 36
DONG ENERGY IS CONVERTING COAL FIRED
POWER STATION TO GREEN ENERGY 37
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS 38
EVENTOS INTERNACIONAIS BIOMASSA E PELLETS 49
A INDÚSTRIA E MERCADO DOS PELLETS EM
PORTUGAL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PELLETS
ENERGÉTICOS DE BIOMASSA EM PORTUGAL
52
INDÚSTRIAS PRODUTORAS DE PELLETS DE
PORTUGAL
56
BIOENERGY PORTUGAL – WOODPELLETS 77
SUMÁRIO EXECUTIVO BRASIL
WOOD PELLETS BRASIL
INSTITUTO BRASILEIRO BIOMASSA E PELLETS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE
BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
82
UNIDADE COMPACTA E MODULAR DE PRODUÇÃO DE
PELLETS – TECNOLOGIA BRASILEIRA 88
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
EMBRAPA AGROENERGIA
90
ESTUDO DO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
APEX BRASIL
95
CARACTERIZAÇÃO DE CASCA DE AVEIA PARA USO EM
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
105
OS PRODUTORES DE PELLETS: DESAFIOS E
OPORTUNIDADES COM A COP-21
112
ESTUDO DA EMISSÃO DE PARTICULADOS
PROVENIENTES DA QUEIMA DE DIFERENTES TIPOS DE
BIOMASSA115
A CANA ENERGIA COMO OPÇÃO PARA SAÍDA DA
CRISE PELO SETOR SUCRO-ENERGÉTICO
127
CANA ENERGIA 130
CANA ENERGIA E O BIOPELLETS
BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL 137
TANAC EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE MAIOR
UNIDADE DE PRODUÇÃO DE PELLETS NO BRASIL
148
INDÚSTRIAS PRODUTORAS DE PELLETS NO BRASIL 153
Devemos ressaltar que a publicação vai divulgar os
principais projetos e empresas do setor de biomassa e
pellets.
Mensalmente vamos destacar uma empresa do setor onde
iniciamos com a Tanac um exemplo de sustentabilidade e
que está implantando a maior unidade industrial de pellets
no Brasil .
O mercado de pellets e de biomassa está passando por
uma fase de grande crescimento em função do aumento do
consumo nacional e mundial de energia. Por isso decidimos
na publicação da primeira Revista Biomassa e Pellets do
Brasil.
A Revista Brasil Biomassa e Pellets é a primeira publicação nacional que trata de aspecto técnico, industrial e o
mercado nacional e internacional de biomassa e de pellets. Editada pela Associação Brasileira das Indústrias de
Biomassa e Energia Renovável. Neste primeiro número recebemos mais de 45 artigos de profissionais do Brasil e
do exterior.
Estamos divulgando uma série de estudos e eventos das principais entidades internacionais do setor de Biomassa
e Pellets como a European Biomass Industry Association, Biomass Power Association dos Estados Unidos, a
U.S.Industrial Pellets Association e a Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa de Portugal.
Quando falamos no consumo mundial de pellets, as
previsões mais otimistas são da European Biomass
Association onde devem ser consumidos 80 milhões de
toneladas de pellets em 2020 para uso industrial e
doméstico.
Sikkema projeta que a demanda por pellets de madeira
poderia, em teoria, chegar a até 150 milhões de
toneladas até 2020, supondo que 50% de todas as
caldeiras de aquecimento de óleo poderiam ser
substituídas, em 2020.
O mercado global de pellets deve chegar a US$ 9 bilhões
em 2020, segundo as informações de Michele Rebiere.
Seth Ginther, Diretor Presidente da U.S. Industrial Pellet
Association aponta que em 2020 as estimativas variam
entre 25 até 70 milhões de toneladas de consumo de
pellets.
O Brasil tem uma grande necessidade de novas fontes sustentáveis de energia. No PNE-2030 em cenário de referência,
admite-se um forte crescimento na demanda de energia primária interna, com esta saltando dos 218,7 milhões de tep para
555 milhões de tep em 2030. No mundo o avanço pelo consumo energético é maior.
O International Energy Outlook 2013 projeta que, devido ao crescimento econômico, o consumo de energia passará das atuais
524 quadrilhões de unidades térmicas britânicas (Btu) para 820 quadrilhões de Btu em 2040 . A União Européia para atingir
as metas de uso de energias renováveis em 2020 com o uso de biomassa e pellets devem aumentar o consumo energético de
82 milhões de tep em 2010 para 135 Mtep em 2020 (Bélgica, França, Alemanha, Itália, Holanda e Reino Unido).
EDITORIAL DA REVISTA BRASIL BIOMASSA E PELLETS
EDITORIAL DA REVISTA BRASIL BIOMASSA E PELLETS
Avaliamos o modelo atual de produção e a perspectiva
futura das grandes plantas industriais no Brasil, bem
como os problemas atuais de distribuição da produção
nacional no mercado internacional (avaliação técnica da
viabilidade econômico e financeira e o planejamento
estratégico para incrementar a produção nacional) e da
necessidade de uma legislação nacional de incentivo a
produção e ao uso de biomassa e pellets.
Queremos criar novas oportunidades de negócio e na
geração de novos empregos e dividendos ao Brasil.
Esta Revista vai ajudar as empresas nacionais no
conhecimento da tecnologia de produção e para o
aproveitamento residual na transformação em energia
limpa na forma de pellets com o cunho de
desenvolvimento de novos e sustentáveis negócios.
Portanto, queremos promover a eficiência energética
nacional e o desenvolvimento sustentável a partir do
emprego da energia limpa com a produção e o uso de
biomassa e pellets.
Neste contexto a Revista Brasileira Biomassa e
Pellets analisa a dinâmica do mercado (produtor
e consumidor) de biomassa e pellets. Um uso
economicamente viável de pellets e biomassa no
Brasil é uma condição indispensável para a
existência a longo prazo contínuo do setor de
energia.
O Brasil tem um enorme potencial de biomassa
(resíduos florestais, agrícolas e industriais) para o
aproveitamento na matriz energética ou para o
desenvolvimento de projetos industriais
sustentáveis em Energia Limpa e Renovável.
Celso Oliveira
Editor da Revista Brasileira Biomassa e
Pellets
Presidente da Associação Brasileira das
Indústrias de Biomassa e Energia
Renovável
Diretor Executivo do Instituto Brasileiro
Biomassa e Pellets
A Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e Energia Renovável fundada em abril de 2009 como uma
associação nacional representativa do setor das indústrias de biomassa e bioenergia no Brasil com 1259
empresas associadas no Brasil sendo a maior entidade internacional do setor de biomassa e bioenergia.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
Como princípios, a Associação Brasileira das
Indústrias de Biomassa e Energia Renovável busca:
Garantir a sustentabilidade na produção, consumo e
no uso da biomassa, woodchips, pellets e briquetes
para fins de energia. Assegurar a realização de
projetos industriais que incrementem a eficiência
operacional do sistema energético. Buscar melhoria
contínua da qualidade dos produtos industriais
sustentáveis.
Apoio aos projetos nacionais e discussão com os
players comerciais e de e fundos nacionais e
internacionais de investimentos em biomassa. Os
nossos valores envolvem o desenvolvimento de
projetos sustentáveis e de valorização ao meio-
ambiente.
O principal objetivo da ABIB Brasil é apoiar as indústrias brasileiras
de biomassa e bioenergia, woodchips, pellets e briquetes a todos os
níveis, de promover a utilização da biomassa como fonte renovável
de energia, a desenvolver conceitos inovadores bioenergia e
fomentando a cooperação internacional no âmbito das energias
renováveis. Buscamos contribuir para o desenvolvimento social,
econômico e ambiental, por meio da utilização responsável dos
recursos naturais renováveis para a geração de energia.
Cabe ainda à Associação em promover cursos/seminários e editar
publicações técnicas; trocar informações com entidades nacionais e
internacionais, visando ao desenvolvimento e à capacitação de suas
Associadas com ênfase na defesa dos interesses do Setor de
Biomassa e Bioenergia.
1.Colaboração ao setor de biomassa e bioenergia para o
desenvolvimento de uma política de padronização e certificação
nacional dos produtos industriais (pellets e briquetes).
2.Pesquisa industrial e o desenvolvimento da tecnologia nacional
equipamentos industriais.
3.Apoio técnico para o desenvolvimento do mercado brasileiro de
consumo, da tecnologia nacional de queimadores e caldeira industrial
e aos novos projetos industriais que visam o mercado nacional e
internacional.
4.Estudos de ordem técnica em mais de 350 e-books publicados e estudo de análise de mercado e o Atlas Brasileiro de Biomassa e Bioenergia e o
Anuário Brasileiro das Indústrias Produtoras de Biomassa, Briquete e de Pellets.
5.Acompanhamento do mercado internacional de consumo e a divulgação na Revista Brasileira Biomassa e Bioenergia e da Revista Brasileira
Biomassa e Pellets.
6.Participação de projetos governamentais e de acordo bilateral de bioenergia e biomassa.
7.Apoio aos projetos nacionais e discussão com os players comerciais e de e fundos nacionais e internacionais de investimentos em
biomassa.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
8.Participação e organização de eventos nacionais e internacionais
biomassa.
9.Desenvolvimento do sistema de catalogação, divulgação e difusão
de informações científicas, tecnológicas, econômico-comerciais,
sócio-ambientais, estudos e programas de biomassa.
10.Desenvolvimento de estudos para a formação de uma rede de
laboratórios especializados em ensaios, pesquisas para estimulação
de credenciamento das indústrias brasileiras.
11.Interação com órgãos responsáveis pelos recursos energéticos
com vistas a difusão de dados sobre aproveitamentos de biomassa.
12.Desenvolvimento científico e tecnológico e promoção de
intercâmbio de informações com instituições no Brasil e no exterior.
13.Colaboração com instituições públicas e privadas, agentes
financeiros e demais interessados com relação à pesquisa, estudos
e projetos de biomassa.
14.Fornecimento de subsídios para a formulação e execução das
políticas energéticas nacionais aproveitamento florestal, industrial e
agroindustrial.
15.Estudos e projetos sobre o uso de Mecanismos de Desenvolvimento
Limpo(MDL) de geração de energia, de Certificados de Crédito de
Carbono(CRCs), dos benefícios da Conta de Consumo de
Combustíveis(CCC).
Celso Marcelo de Oliveira. Presidente da Associação Brasileira das Indústrias de
Biomassa e Energia Renovável Especialização em Bioenergia e Biomassa pela
Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Lisboa Portugal. Autor das
Obras Energia Renovável, Wood Pellets Brasil, Biomassa e Bioenergia e Tecnologia
Biomassa Energética. Diretor Executivo da Brasil Biomassa e Energia Renovável e
da European Energy Srl e do Instituto Brasileiro Biomassa e Pellets.
CONSELHO DIRETOR ABIB 2014-2018
PRESIDENTE CELSO MARCELO DE OLIVEIRA
DIRETOR DA BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
VICE PRESIDENTE BIOMASSA E PELLETS JORDANO BUSATTO MILANI
DIRETOR BR BIOMASSA LTDA
VICE PRESIDENTE FLORESTAL E MADEIRA MARCOS STOLF
DIRETOR STOLFIBER FIBRA E NEGÓCIOS
VICE PRESIDENTEINTERNACIONAL THIAGO ANDRADE- EUROPA
DIRETOR DA WOOD PELLET SERVICES
VICE PRESIDENTE SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL GERSON SAMPAIO
DIRETOR DA TEKNERGIA
SECRETARIA GERAL E DIRETORIA JURÍDICA MARIA DENISE MARTINS
EMPRESA MDM CONSULTORES
DIRETORIA EXECUTIVA EM BIOENERGIA DIRETOR NORIVAL RICO FILHO
DIRETOR BEIJA FLOR AGROENERGIA LTDA
DIRETORIA EXECUTIVA EM PROJETOS SUSTENTÁVEIS DIRETOR JOSÉ
SOARES SOBRINHO EMEG BRASIL
DIRETORIA EXECUTIVA EM DESENVOLVIMENTO CARLOS ALBERTO
DALPRAT DIRETOR MATRA BRASIL
DIRETORIA EXECUTIVA EM PRESERVAÇÃO AMBIENTAL DIRETOR
ANTONIO CARLOS MONTEIRO DE BARROS
DIRETORIA EXECUTIVA PROJETOS DE RESÍDUOS DIRETOR JOSÉ CARLOS
SOTTO MAIOR ECO PRODUCTS
DIRETORIA EXECUTIVA NEGÓCIOS INTERNACIONAIS DIRETOR PEDRO
MARTINS DE AZEVEDO CARBOEX
DIRETORIA EXECUTIVA EM PROJETOS BIOMASSA E PELLETS DIRETOR
JOSÉ SCHARTNER BRAZIL PELLET
PRODUTORES DE PELLETS NO BRASIL
1. PelletBraz Porto Feliz/SP 18.750
2. Piomade Farroupilha/RS 3.750
3. Koala Energy Rio Negrinho/SC 22.500
4. Briquepar Telemaco Borba/PR 30.000
5. BR Biomassa Maringá/PR 22.500
6. Ecopell Itaju/SP 22.500
7. Ecoxpellets Bandeirantes/PR 37.500
8. EcoPellets São José dos Campos/SP 1.125
9. Línea Paraná Sengés/PR 30.000
10. Copellets Palmital/SP 7.500
11. Timber S.A. Piên/PR 30.000
12. Wood Tradeland Tunas/PR 12.000
13.Biopellets Brasil Lins/São Paulo 72.000
14. Araupel Quedas Iguaçú/PR 12.000
15. Tanac Montenegro/RS 400.000 (em desenvolvimento)
16. Biofogo Energia Renovável Ressaquinha/MG 12.000
17. Tibagi Pellets Paraná 25.000
18. Copacol Pellets Bagaço de Cana Paraná 36.000
19. Resisul Florestal Itapeva/SP 36.000
20. Chamape Pellets Valr do Ouro/RS 36.000
B O B C L E AVES
Recently, an energy insider who has been in
the business a long time asked me the
following question: With all the recent
development in the industry, can the trend
continue? I thought about it for a minute,
and reviewed the list we put together of all
the projects that came on line. It was a wide
spectrum of projects, from the 103-MW
Gainesville Renewable Energy Center to
EDF’s twin 17.8-MW facilities in South
Carolina. These were South Carolina’s first
biomass facilities, and Virginia, Wisconsin
and Georgia saw completion of first
facilities as well.
My answer to his first question was a little
nuanced. Industry growth won’t continue at
the same pace every year for the
foreseeable future.
That’s just not realistic, nor is it
sustainable. However, there are several
indicators that support a long-term
biomass growth outlook:
• Inconsistency of gas prices. During the
nationwide cold snap throughout January,
the value of biomass has really come into
focus in places like New England. While
energy prices skyrocketed due to high
demand, fossil fuels weren’t able to keep
up.
Biomass power became an essential
resource, and without it, prices would have
spiked even higher.
Biomass will never be the primary energy
source for any region of the country, but
the polar vortex showed us that it is a
reliable backup plan during severe
weather.
• A new emphasis on forestry and
better forest maintenance. The USDA
and U.S. Forest Service are increasingly
acknowledging the significant benefits
of—and even urgent need for—
consistent and thorough forest
maintenance. Of course, forest
maintenance comes with a byproduct,
forest trimmings, that must be disposed
of somehow. Luckily, biomass offers a
productive outlet for these materials.
Rather than open burning or landfilling
them, trimmings can be used to
produce clean energy.
Add to this the mountains of research
that have come out recently on the
benefits of forest maintenance. For
instance, University of California,
Berkeley, forester Bill Stewart found
that forest management, despite its
removal of carbon stocks from a forest,
does nothing to reduce that forest’s
overall carbon content over the long
term.
Findings like this support a large-scale
commitment to improved forestry,
which can only benefit the biomass
industry.
BIOMASS POWER ASSOCIATION
BIOMASS GROWTH: WILL THE TREND HOLD?
BIOMASS POWER ASSOCIATION
BOB CLEAVES
Bob Cleaves is President and CEO of
Portland, Maine-based Biomass Power
Association.
Founded in 1999, BPA is the nation's
leading voice for biomass as a means for
generating electricity, representing over
2,000 MW of installed capacity. BPA
members include sawmills, paper
companies, and independent power
producers, doing business in over 20
states and contributing nearly $1 billion
to the national economy. BPA maintains
an active presence in Washington, and
concentrates on federal tax and energy
policy to promote the use of woody
biomass for electricity use.
Bob served as a federal prosecutor
before entering private law practice. He
represented the pulp and paper industry
before leaving law to focus on renewable
energy. For many years, he managed the
nation's largest renewable energy credit
portfolio. Bob is active in the renewable
energy community in Maine as well as
across the country. He currently serves
on the Board of the New England Clean
Energy Council, Maine Audubon, and
Greater Portland Landmarks.
Biomass sustainability and benefits are
consistently reinforced by science.
After beginning a conversion project of four
facilities in Northern Canada from coal to
biomass, Ontario Power Generation
conducted a study with the Pembina Institute
to “determine if biomass sourced from
Ontario’s forests would be renewable; to
better understand the greenhouse gas (GHG)
reduction benefits of biomass; and to
estimate the socioeconomic benefits that
would result from electricity production from
biomass.
” What they found was remarkable: When
practicing sustainable forestry, the carbon
supply of the forest was not reduced, even
when factoring in the use of 2 million tons of
wood pellets each year for biomass.
Beyond sustainability, biomass was found to
be a major boon to reducing GHG emissions.
BIOMASS POWER ASSOCIATION
Biomass Power Association is the nation's leading organization working to expand
and advance the use of clean, renewable biomass power. Led by President and CEO
Bob Cleaves, the Association represents 80 biomass power plants in 20 states
across the U.S. Currently, the biomass power industry reduces carbon emissions by
more than 30 million tons each year and provides 14,000 jobs nationwide, many of
which are in rural areas.
BPA is a member-driven organization with the goal of increasing the use of biomass
power and creating new jobs and opportunities in the biomass industry. BPA
educates policymakers at the state and federal level about the benefits of biomass
and provides regular briefings and research to keep members fully informed about
public policy impacting the biomass industry. Members include local owners and
operators of existing biomass facilities, suppliers, plant developers and others.
BPA is actively involved in the legislative process and supports policies that
increase the use of biomass power and other renewable energy sources in
America's energy portfolio. As policymakers at every level explore ways to lower
greenhouse gases and reduce America's dependence on foreign oil, BPA is the
leading advocate for a strong commitment to clean, renewable biomass energy.
U. S. INDUSTRIAL PELLET
New Infographic from Dogwood Alliance Shows How Southern US Forests Are Fueling Climate Change
Production, export of wood pellets to fuel European demand projected to reach 35 million tons by 2020 is impacting southern US
forests, says Dogwood Alliance, notes region has over 20 wood pellet mills with another 25 proposed or under development A new
infographic from Asheville, North Carolina-based environmental non-profit Dogwood Alliance clearly illustrates how the forests of the
Southern US are being logged at an increasing rate to fuel European electricity demand and further increasing carbon emissions.
The world's attention is focused on Paris for the COP-21 climate treaty negotiations, where international negotiators are attempting to
hammer out a treaty to address the rapidly growing threat of climate change. It is vital that negotiators reevaluate the role of forests and
upgrade the thinking to 21st century ideals – especially when it comes to the forests of the Southern US. "Although the forests of the
Southern United States are an important component of the fight against climate change, they are increasingly being logged to power
Europe, further exacerbating the climate crisis," said Adam Macon, Campaign Director at Dogwood Alliance. "This new infographic
clearly illustrates how this is happening and why society need to change course."
The Southern US is the leading exporter of wood pellets for electricity globally. Projections of continued growth in Western Europe led by
the UK - from 5 million tons in 2015 to over 35 million tons in 2020 - are staggering. (1) In addition to impacting forests which are the
planet's best defense against climate change, increased logging for this industry leads to loss of important wildlife habitat,
degradation of water quality, and negative health and economic impacts on local communities. (2)
U. S. INDUSTRIAL PELLET
Ranging from Virginia to Louisiana, there has been a massive growth in the wood pellet industry responding to growing demand from
European utilities. With over 20 existing wood pellet mills and another 25 in various stages of proposal and development, the
Southern US has become the largest wood pellet export region in the world. (3) Companies like Enviva are continuing to propose and
build new facilities on a regular basis. (4)
Much of the demand is being driven by the United Kingdom and its principle importing utility Drax, while other countries have chosen
to meet European carbon emission reduction goals by investing in greater onshore and offshore wind and solar. (5) A recent report
from the UK Department of Energy and Climate Change has cast a doubt over the true climate benefits of burning wood for electricity.
(6)
Sources:
(1) "The Wood Pellet Market" by Poyry posted on World Wide Recyling website. Last retrieved on December 9, 2015.
(2) "Biomass Supply and Carbon Accounting for Southeastern Forests," by the Biomass Energy Resource Center, Forest Guild, and
Spatial Informatics Group. Published in February 2012.
(3) "Pellet Plants," by Biomass Magazine. Last retrieved on December 9, 2015.
(4) "Wood Pellet Domes Will Change Wilmington Skyline," by Gareth McGrath. Published August 10, 2014 in the Wilmington Star-
News.
(5) "How world's biggest green power plant is actually increasing greenhouse gas emissions and Britain's energy bill," by David
Rose. Published June 6, 2015 in the Daily Mail.
(6) "Biomass Report Adds to the Debate on Power Station Subsidies," by Pilita Clark. Published July 23, 2014 in the Financial
Times.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
PELLETS FOR EUROPE EUBIA
ANALYSIS OF THE TECHNICAL OBSTACLES RELATED TO THE
PRODUCTION AND UTILISATION OF FUEL PELLETS MADE FROM
AGRICULTURAL RESIDUESThis document aims at giving an overview of the technical problems related to the production and utilisation of fuel pellets made
from agricultural residues. On the basis of the guidelines expressed in the technical annex, the EUBIA has gathered and analysed
information with regard to the obstacles related to the transformation of agricultural residues (mainly straw) into fuel pellets, and
the problems related to the "agri-pellets" utilisation. In addition to these two parts, other critical factors (availability of raw
materials, production costs, etc) are emphasized for their importance regarding a successful development of the agri-pellets
market.
With the possible shortage of woody raw materials for pellet
production in countries such as Sweden and Denmark, and
considering the low forestry residues potential in southern European
countries, agricultural residues could be largely used in the future for
fuel pellets manufacturing.
It is therefore of great importance to study the characteristics of this
new (and diverse) category of raw material, paying special attention
to the problems that they may trigger both at production and
utilisation level. The information gathered in this report points out
several problems affecting agripellets (with a special focus on straw
pellets) in comparison with wood pellets.
As far as production is concerned, straw can be
pelletised without major difficulty. The global energy
requirement for pelleting straw can generally be
considered lower to the one related to wood, because
straw is delivered at a moisture content (<20%) that
allows by-passing the drying stage. However, straw
would present a higher abrasive power (in relation with
its silica content), possibly inducing a increased wear of
the die and rolls if the latter are made of the same steel
as for wood residues.
In any case, homogeneity of pellets regarding size, water
content and particle density (all parameters of great
relevance to achieve fully automatic operation and
complete combustion) seems quite a well controlled
factor in the pelleting process. At a technical level, the
main difference between wood and agri-pellets is the
somehow higher friability and the slightly lower energy
content of the latter.
Technical problems related to agri-pellets reach another
order of magnitude as far as combustion processes are
concerned. Indeed, agri-pellets combustion triggers
several major obstacles regarding
emissions (dust, gas and aerosols), deposit formation
(slagging, fouling) and corrosion. Another problem is
related to the produced ash, in terms of volume
generated and quality.
All those problems not only depend on the fuel
characteristics, but also on the design of the
combustion equipment and the way it is
operated.
Actually, a typical feature agricultural residues in
comparison with wood residues is their higher
content in nitrogen (N), sulphur (S), chlorine (Cl)
and potassium (K), increased by the use of
fertilisers and pesticides /herbicides in
agriculture.
The presence of those elements leads to
relatively important emissions of NOx, SOx, and
HCl compared to wood pellets. In addition,
potassium (K) influence both particulates
emission and slagging (by lowering the softening
temperature of the fuel) of an increased ash
volume (5% for straw – 0.5% for
sawdust).
Finally, a high chlorine (Cl) content result both in
corrosion problem on boiler’s surfaces and in
formation of dioxins. Those problems can be
partly overcome by a range of techniques,
ranging from agricultural practices (leaching of
the straw in the field) to combustion processes
(airstaging) and flue gas cleaning.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
Finally, improvements could come from the fuel preparation stage, with the
addition of some specific anti-slagging agents (e.g. kaolin) or the mixing with
sawdust to present final characteristic more convenient with regard to
combustion and ash issues.
Finally, for a large scale use, in relation with the high ash content and the low
melting point, it has been stated that straw pellets could present better
results with grate combustion or fluidised bed systems.
Cofiring of agricultural residues with fossil fuels is also a very interesting
alternative, both technically and economically. The small scale market of
devices for straw pellets is still very limited, but some manufacturers already
propose multi-fuel grate boilers in the range of 10-60 kW. In all cases,
attention must be paid to the flue gas cleaning systems. Other critical factors
have been pointed out, such as the economic advantage for the building of a
new straw-fired plant (rather than a straw pellet-fired plant), the importance
of the reliability of supply and quality of straw as raw material, and the
logistics related issues concerning the development of the small scale
market.
As a conclusion, environmental impact as well as current state-of-the-art of
combustion technologies indicate that pellets made from agricultural
residues (and in general other ash-, N-, Kand Cl-rich fuels) should be used
primarily in large scale combustion plants equipped with sophisticated
combustion control systems and flue gas cleaning systems, whereas wood
pellets should be preferred for residential heating.
At a higher degree than for wood pellets, the main technical
challenges regarding agri-pellets are the production of a high quality
fuel, and technological improvement for small-scale combustion
devices. Assuming that economic aspects concerning the agri-pellets
energy option are favourable, the agri-pellet market for small-scale
use will develop only if equipment manufacturers are encouraged to
develop novel, safe and affordable combustion solutions.
Preamble: Why thinking about agri-pellets?
"Pellets for Europe" in the European context. The development of
renewable energy is a central aim of the European Commission's
energy policy. Several reasons stand for this: firstly, renewable energy
has an important role to play in reducing carbon dioxide (CO2)
emissions - a major Community objective. Secondly, increasing the
share of renewable energy in the energy balance enhances
sustainability. It also helps to improve the security of energy supply by
reducing the Community's growing dependence on imported energy
sources.
Finally, renewable energy sources are expected to be economically
competitive with conventional energy sources in the medium to long
term. Among the renewable energies, biomass fuels already play an
important role in several European countries (near 20 % in Sweden
and Finland). The European Commission's White Paper for a
Community Strategy sets out a strategy to double the share of
renewable energies in gross domestic energy consumption in the
European Union (from the present 6% to 12%) including a timetable
of actions to achieve this objective in the form of an Action Plan.
Densification and pelleting related advantages
Some practical problems are associated with the use of biomass
material as fuel, and in particular with the use of agricultural
residues.
Those problems are mainly related to the high bulk volume, which
results in high transportation costs and demands for large storage
capacities, and to the high moisture content which results in freezing
and blocking the in-plant transportation systems, as well as in
biological degradation.
In addition, variations in moisture content makes
difficult an optimal plant operation and process
control. All these problems may be overcome by
densification, which is compressing the material to
give it more uniform properties. The main advantages
of densified fuels, compared to non-densified ones are
the following :
An increased bulk density (from 80-150 to 600-700
kg/m3), resulting in lower transportation costs,
reduced storage volume and easier handling.
A lower moisture content (lower than 10%), favouring a
long conservation and less loss of product during
storage.
An increased energy density and more homogeneous
composition, resulting in better control possibilities
and thereby higher energy efficiency lower emissions
during combustion.
The major disadvantage is the somewhat high energy
cost for the pelleting process, increasing the price of
the end product. Densified products can be found as
briquettes or as pellets. The heating value, moisture
content and chemical characteristics are about the
same for both but the density and strength are
somewhat higher for pellets. The major difference is
the size (generally Ø 6 to 12 mm, with a length 4 to 5
times the Ø for pellets), making them easy to use in
fully automatic operation, from household appliances
to large scale combined heat and power (CHP) plants .
Why thinking of refined agricultural residues for energy
purposes?
The most important argument for using biomass for
energy purposes is that it is CO2 neutral and there fore
does not contribute to increasing the CO2 content in
the atmosphere, thereby resulting in an aggravation of
the greenhouse effect.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
At the moment, fuel pellets are mainly made from
sawdust, wood chips and wood shavings. The market
has essentially expanded in Sweden, Denmark and
Austria, in relation with natural resources and political
reasons. Nowadays, the competition with the
particleboard industry and the current increased
demand for wood pellets, both on the residential market
and for large-scale use, may lead to a future lack of
sawdust and shavings.
For instance, in Sweden - the main European producer -,
wood pellets production capacity (1 Mio t) has reached
the national sawdust potential [s], and in Denmark the
shortage of national appropriate raw materials obliges
to import wood waste from North America and the Baltic
States [j, m].
If demand - and prices - continues to rise, other biomass
wastes than sawdust, wood chips and shavings will be
considered for pellet production.
Agricultural residues stand among those future new raw
materials. On the other hand, in southern European
countries, forest areas are far less important and forest
industry is consequently far less developed; in those
conditions, the question of the agricultural residues
potential may be tackled even more directly.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
Agricultural residues refer to the portion of plant material that
remains after a crop has been harvested and separated. Primary
residues are those that are the result of farm-level activities; they
include items such as straw, stalks and leaves that are left over after
harvest.
Secondary residues are those that result from processing , such as
sugar beet pulps, cotton mill wastes, peanut shells, etc.
For most crops, and said roughly, primary residues are produced in
quantities approximately equal in weight to the crop production, and
are already used for different purposes (soil conservation, animal
feeding and litter, heating).
The amount of secondary residues varies widely depending on the
crop and processing methods used.
Characteristics of biomass raw materials
Diversity of agri-residues
Many materials originated by agriculture could be used for
production of densified biomass fuels:
straw, grain hull waste, sugar beet waste, tree pruning, fruit stones,
cacao waste, etc. A project at the Danish Technological Institute
testing some of these raw material is presently going on.
The aim is to find out what combinations of materials are best suited
for pellet production and combustion, with regards to sintering, ash
contents etc.
On the other hand, regulation BEK nr 638 (Denmark) defines
different biomass raw materials suitable for pellet production.
Some of them are straw, fruit stone, dry fruit waste, cork, grain,
cotton, malt and tobacco waste, with obviously, woody residues
(sawdust, shavings, wood chips and wood waste with 1% max.
glue),
The first problems which raise for each of those residues are
the quantity available, the quality and the collection mode.
Those aspects are studied more thoroughly in other
contributions.
In any case, it is necessary to have in mind that both physical
and chemical properties vary significantly within and between
the different biomass raw materials. Depending on the
application, these variations may be critical for the final
performance of the system. Physical properties, such as
moisture content, bulk density, particle size and distribution,
and mechanical strength are important for the choice of
processes and equipment .
Furthermore, chemical properties are of great importance for
the energy efficiency, environmental pollution and ash related
operating problems, as it will be underlined later.
Technical obstacles related to the agri-pellets utilisation. As
seen above, the pelleting process affects essentially the
physical properties: straw bulk density increases from 130
to 600 kg/m3 when pelletised. The only chemical parameter
strongly impacted by the pelleting process is the mean water
content and its distribution, which is more homogeneous.
Element content does not change significantly during the
process, hence chemical composition of raw materials
impacts directly on the quality of the combustion process.
Characteristics of agri-pellets compared to wood pellets.
The following data (table below) show that commonly used
biomass fuels are a relatively homogeneous group with
respect to heating value and major elemental composition
(C, H, O). However, the content of moisture, nitrogen (N),
sulphur (S), chlorine (Cl) and ash vary greatly as does the
ash composition. Wood chips and sawdust are by-products
of the forestry and wood industry, and are therefore
regarded as wastes. But an important characteristic of this
sort of waste, compared to other ones, is its relatively high
"purity". Wood pellets are clean and homogeneous, with a
low content of mineral nutrients. In contrast, chopped
logging residues and agricultural residues (wheat straw in
the table) present a high content in mineral nutrient.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
Co-firing straw in a pulverised coal boiler is economically
attractive compared to the building of a dedicated straw-
fired plant. Regarding process techniques, a share of 10
% straw (up to 20% in some cases) for co-combustion
seems reasonable. In order to avoid corrosion and
fouling, temperature is kept below 545°C.
However, high K and Cl content impedes utilisation of fly
ash, deactivates the de-NOx catalyst in flue gas cleaning
system and may also lead to increased deposit formation.
Generally, ash from biomass firing may be used as
fertilisers due to its high potassium content, while coal
ash is often used in cement production.
Combined firing of coal and straw can give an ash rich in
K, Cl, and C which can neither be used in cement industry
nor be redistributed within the fields. The only known
large-scale use of straw pellets stands precisely in that
category.
The Amager power plant was an old coal-fired power plant
with an energy output of 136 MW. It has been converted
to be fired with straw pellets exclusively, but the system is
also supported with an oil firing system. 130,000 tons of
straw pellets are expected to be burnt yearly. Among the
reasons for this conversion, stands the fact that the coal-
fired plant was not equipped with a flue gas
desulphurisation (FGD) system.
Biomass combustion, by its natural lower S-content than
coal, reduces SOx emissions and allowed not to install
such equipment. The option for using straw pellets
(instead of straw bales) is that the grinding equipment,
for pulverising the coal before combustion, could be re-
used for the densified straw.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
In contrast, a straw bales feeding system would have meant
new investments for handling, feeding and burning the fuel. In
relation with the use of straw, corrosion had to be tackled, and
the maximum steam temperature has been reduced from
540°C to 480°C.
Slagging problems are also expected, but it is difficult to
assess this point because, at the moment, the plant is still in
the optimisation phase: only a few thousand tons of pellets
have been burnt, and oil is providing a large part of the energy.
Straw pellets are produced in the pellet plant in Køge (south of
Copenhagen) which has started its production few months
ago. On a yearly basis the plant will produce the necessary
130,000 tonnes of straw pellets which will be transported on
ships to the Amager plant.
Køge pellet plant will also produce 180,000 tonnes of wood
pellets for the new and advanced Avedøre plant.
For its co-utilisation with coal, biomass generally needs to be
reduced in size. The degree of size reduction required
depends on the nature of the biomass and the nature of the
combustion technology.
A major problem highlighted in a number of co-firing trials and
demonstrations has been the lack of reliability of feed
preparation and handling systems currently available when
straw was not densified.
From that point of view, straw pellets have an advantage as
they can use the same grinding and feeding equipment.
To sum up, the nutrient content of pellets determines the optimal final
use: if wood pellets are suitable for a combustion in every type of
application (from small scale appliances to large scale power plants),
straw pellets appear more suitable for a use in large combustion plants
(grate, fluidised bed or pulverised combustors) with flue gas purification
and increased possibilities for returning the ash to the forest. As pointed
out by the IEA, emission reduction measures for biomass combustion are
available for all harmful emission components; whether the emission
reduction measures are implemented or not is merely a question of
emission limits and cost-effectiveness.
Though scale-effects ensure that large installations (such as coal power
plants) can be equipped with flue gas cleaning more economically, local
availability of the biomass fuel and transportation costs will usually be a
limiting factor for size.
Reliability of the raw material. A significant barrier to the development of
biomass fuels might be the supply reliability and quality of the raw
material, and the consequent quality of densified fuels. Indeed, one has
to be very prudent when opting for straw as a fuel (densified or not)
should assess thoroughly the availability of straw, and its variability. It
should be noted that straw yields vary greatly with varieties, soil, climatic
conditions and fertilising. In addition this last aspect triggers problem
on the variability of quality. Straw quantities can vary also considerably
by growing season, with markedly lower production in abnormally dry
years.
The last summer’s drought illustrates it perfectly, when very large
quantities of straw were required by cattle breeders to feed their
livestock. As a conclusion, one cannot hardly rely on regular average
straw surplus for energy purpose. Therefore, energy plant should not be
over-dimensioned, and, in any case, a support system must be foreseen.
Conclusions.
The agricultural sector can represent a valuable
source of dry biomass, possibly available for fuel
valorisation. The importance of this source varies
greatly from a region to another, and the amount of
residues depends on several factors: crops
varieties, cultivation mode, local soil and climate
conditions, geographical dispersion, access
possibilities, etc.
Therefore the first challenge would be to study the
quality and real availability of the residues and also
to examine the economic feasibility for collecting
them.
Concerning straw pellet production, only a limited
experience has been acquired until now. Yet,
processes seem quite well controlled. The main
critical factors regard the supply of quality raw
material (without many contaminants) the friability
of the final product.
In comparison with wood, agricultural residues
present high ash-, N-, K- and Cl-content.
Consequent problems are higher related
emissions, deposit formation (slagging and
fouling) and corrosion. Many techniques are
currently used and under improvement stage to
overcome the inherent drawbacks of straw
composition. Those technique may consist in
diverse action level:
agricultural practices, fuel preparation,
combustion technologies (grate, fluidised bed and
pulverised fuel systems), flue gas cleaning systems
and the advantageous possibility of co-combustion
of straw pellets with coal for instance.
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
EUBIA PELLETS FOR EUROPE
For technological and economical reasons, some of these techniques are also available in large scale plants, and that is why the
use of straw pellets is currently more developed in that field. Standards for wood pellets are currently under development at the
CEN, but a special standard for straw could be foreseen in connection with its particularly high content in N, Cl and S and the
specific use it would best suit (i.e. mainly large scale converted energy plants). In any case, the use of straw pellets in the
residential heating sector cannot be fully recommended at present, because small-scale pellet furnaces are not specially
designed for this kind of fuel.
From that point of view, only an increased R&D effort could contribute to the development of the agripellet market. Meanwhile,
the most reasonable hypothesis concerning pellets use is that wood pellets (with low mineral content) and would suit best a
combustion in small heating devices, whereas agri-pellets (with high mineral content and slagging tendency) would best fit in
large combustion plants with flue gas purification and possibilities for returning the ash to the forest.
Looking ahead, we see industrial wood pellets
playing a large role in mitigating climate change
both here at home and around the world.
The U.S. stands ready to continue to provide a
steady, sustainable supply to meet this growing
demand.
Look across the horizon for the industrial-grade
wood pellet market, and you will see many
positive developments for the industry.
Not only is the industry achieving policy
certainty and government support for biomass
across the European Union, but also new
markets are beginning to emerge in Asia.
There are also opportunities opening up here at
home in the U.S., and within the robust
residential heat market in Europe.
The southeastern U.S. has spent the past
decade developing the necessary infrastructure
and supply chain to bring wood pellets to the
world.
Over the past several years, the U.S. has
become the No. 1 exporter of wood pellets to
Europe, exporting over 2.7 million tons of wood
pellets.
Industrial-grade wood pellets in the
U.S. are harvested from forest
products residues, such as sawdust,
tree tops and limbs, and other fiber
unusable for saw logs.
Providing a market for this low-value
fiber keeps the forest healthy by
removing debris that would otherwise
be left to rot or burn, and by allowing
more space for replanting.
This industry also gives a small
financial boost to the forest products
market overall, which encourages
private landowners to keep their land
well-managed and forested, rather
than converting to other uses such as
agriculture or commercial
development.
All this results in a product that is
good for the forest, good for the
economy and good for the
environment.
Biomass is currently the only
renewable energy than can provide
low-carbon, low-cost power that can
balance the energy grid.
.
US PELLETS AROUND THE GLOBE
SETH GINTHER
EXECUTIVE DIRECTOR
U.S. INDUSTRIAL PELLET ASSOCIATION
U. S. INDUSTRIAL PELLET ASSOCIATION
S E T H G I N T HER
Business Lawyer specializing in
Renewable Energy, M&A, Private
Equity, and General Corporate Law
University of Richmond School of
Law
Executive Director of USIPA, Seth
represents the interests of the US
based industrial pellet industry
domestically and internationallly
(Europe and Asia) with a focus on
issues such as specifications,
certifications, sustainability,
uniformity of contracts, shipping and
other exporting issues such as port
infrastructure and transportation.
In the energy area, Seth routinely
represents renewable energy
businesses in project finance,
negotiating and drafting power
purchase agreements,
recapitalizations, mergers and
acquisitions and multi-state and
federal legislative and regulatory
matters as they relate to renewable
energy.
TThe European Union is leading the world in reducing carbon
emissions and mitigating climate change, and the wood pellet
industry is poised and ready to play a large role in these efforts. As
EU member states analyze their current energy portfolios, many are
seeing the benefits of using woody biomass to reach their
renewable energy goals.
he demand for industrial wood pellets for biomass conversions has
been growing steadily in the U.K., Netherlands, Belgium and
Denmark.
There are dozens of projects in the supply chain, each of which will
require a continuous and ever-increasing wood pellet supply.
The market in Asia is also promising. South Korea will need to rely
heavily on imports for wood pellet supply because of the lack of
domestic forest resources. It is estimated that 75 to 80 percent of
its supply will need to be imported by 2020.
Japan also has made commitments to reducing the use of fossil
fuels and has ramped up both importation and domestic
production of wood pellets. The residential heat market in Western
Europe will also offer some trading opportunities for producers, as
Europe has predicted that its domestic supply will not be able to
meet demand in the coming years.
Additionally, with the recent commitment from President Obama to
reduce carbon emissions 30 percent by 2030, we expect to see
growth in the biomass market domestically as well.
As we look out across the market place, we see industrial wood
pellets playing a large role in mitigating climate change both here
at home and around the world, and the U.S. stands ready to
continue to provide a steady, sustainable supply to meet this
growing demand.
U. S. INDUSTRIAL PELLET ASSOCIATION
U.S. Industrial Pellet Association (USIPA) is a not for profit trade organization that promotes safety and
sustainability practices within the US industrial-grade pellet industry, as well as the growth of the overall
bioenergy market. USIPA was founded in February 2011 by several industry leaders, including Enviva LP, Fram
Renewable Fuels, ecoFUELS, Georgia Biomass, Green Circle, and the Westervelt.
U. S. INDUSTRIAL PELLET ASSOCIATION
Miami Advice: The Hottest Topics at USIPA’s 4th Annual Exporting Pellets
Conference. The U.S. Industrial Pellet Association’s 4th Annual Exporting
Pellets conference wrapped on Friday after three consecutive sweltering
days that drove evening receptions inside, making the Fontainebleau’s
stunning ocean views available only to those willing to withstand the heat.
Few did.
1. The debate over the future size of the global pellet market is ongoing
and increasingly contentious. Without question, the takeaway from the
day-one panel was that almost universally, the European utilities feel that
near- and long-term market projections are overblown. The opening
panel’s most vocal critic of recent market forecasts was Drax’s Matthew
Rivers, who called a recent report authored by RISI economist Seth Walker
a “forecast without foundation.” Walker’s forecast calls for a global pellet
market in 2024 of 50 million tons.
Rivers was candid about his frustration with the report and suggested that
these kinds of rosy forecasts lead to “economic inefficiency” with projects
entering the development funnel that will likely never make it to
groundbreaking. Rivers was also candid about his belief that continued
discussion of a rapidly growing pellet market did more harm than good
drawing more and more nongovernmental organizations into the debate.
Interestingly, the event’s keynote, Nigel Adams, a member of parliament
from Selby reported that over 60 percent of British citizens support the
notion of biomass repowering, and only 7 percent reporting opposition.
I asked Rivers to comment on what I thought was a
discrepancy, and he replied that the size of the
opposition had little to do with their ability to cause the
industry problems. That said, as a someone who
spends time covering the American biofuels space, I
stand by my notion that 7 percent opposition rates are
enviable. RISI’s Seth Walker would have his opportunity
to retort before the conference was over. Walker was
the first speaker on the day 2 “New Markets
Roundtable” and opened his remarks by defending his
market forecast and suggesting that actually his 50
million tons number was among the more conservative
market forecasts he had seen.
The discrepancy between the various forecasts was the
conference’s biggest networking break talker, and
Rivers’ bearish comments certainly got producers
talking. That said, the most conservative forecast
offered at the event (by Rivers and Hawkins Wright’s
John Bingham) suggest the industry will continue to
enjoy solid growth and is likely to grow to over 30 to 32
million tons per annum. Walker stood his ground and a
Poyry graph showed up later in the event that aligned
with Walker’s 50 million-ton forecast.
2. Europeans continue to wonder about the overall
sustainability of North American forestry. The ongoing debate
about sustainability finished a close second to debates about
market projections. Time after time European speakers
expressed that European policy makers, thought leaders,
editorial teams and citizens were wary of a biomass solution
that could lead to deforestation, lack of biodiversity, water
quality issues and other environmental maladies.
At every turn, those closest to the North American forest
complex pointed to a century-long tradition of serving forest
products markets while maintaining and even increasing forest
inventories.
This, I think, is the industry’s most interesting conversation
because of the many variables that go into the discussion.
There are facets of the conversation that hinge on the
differences between European and North American notions of
land ownership; discussions about why forests are grown in the
first place; how strong markets correlate with increased
reinvestment in forests; the relative value offered to the
forestry segment by the growing pellet market (pellet producers
can’t compete with pulp and paper buyers on price); and finally
I think it is fair to say that the incredible size of the resource is
lost on most European citizens.
Wikipedia offers that Canada and the U.S. have forested areas
of roughly 3 million square kilometers each. The closest
European country to those incredible numbers? Sweden, at
one-tenth that size. The vastness of the North American forest
resource boggles the European mind. While forest landowners
welcome a new market for lower-value pulpwood, they find
assertions that demand from pellet markets will place an
unmanageable burden on forests dubious to say the least.
Finally, it is clear that while larger timber owners like TIMOs
and REITs are prepared to invest in certification and annual
audits, landowners with smaller tracts see these as an
expensive confirmation of practices they are already bound to
federal and state laws as well as their own interests.
U. S. INDUSTRIAL PELLET ASSOCIATION
3. The South Korean market is here and growing. The
conference was barely five minutes old before South Korea got
its first mention. Seth Ginther suggested there were some tired
eyes in the audience as a number of the attendees had spent
the previous week in South Korea for the Biomass Pellets Trade
& Power conference. South Korean generators have opted for
co-firing instead of the conversions that are being pursued in
the United Kingdom and deliveries are showing strong growth
over the last two quarters. There was a great graph shared with
attendees that showed the classic “hockey-stick” moment that
the industry expected has arrived. Once published on the USIPA
conference website I’ll circle back and link to it. This new
market is not without challenges, nor competitors. So far, the
demand is being satisfied by producers in the region including
pellet producers in Vietnam. FutureMetrics economics Bill
Strauss advised caution and reported that South Korean
generator’s are “ruthless on price.” Still, other panelists
suggested that South Korean demand buoyed summertime
pellet prices. Eve3n RWE’s Henry Pease, who shares Rivers’
more measured market attitudes said, “It is now a living
breathing market.” Finally, South Korean pellet handling
infrastructure is nonexistent and those that attended that
South Korean conference reported seeing pellet deliveries
sitting quayside covered only by a simple tarp.
4. The line between the heating market and power market is
beginning to blur. Conference attendees universally swooned
over the heating market,and I expect interest from Ginther’s
members to continue to grow over the next year. The heating
market is “subsidy independent” a catch phrase introduced
into the conference lexicon by Ginther and echoed throughout
the venue. Eckman’s Arnold Dale reported that the heating
market for pellets is growing at a rate of nearly 1.5 million tons
per annum. Interestingly, Dale opined that both Germany and
Austria were likely to become net pellet importers within five
years. The quality requirements required for producers to serve
this market are certainly steeper than the quality required by
power buyers. 60 percent of the pellets purchased by European
customers buying pellets to produce heat are ENplus certified
and interest in ENplus certification by North American
producers offered the conferences second “hockey stick” with
640,000 tons of production capacity now ENplus certified.
One might think that there is no way that
using wood pellets for fuel in a power plant
can compete with fossil fuels.
That would be true if the cost of the fuel were
the only input to the total cost of generation.
If only fuel cost mattered, utility-scale wind
and solar power would be free, and nuclear
power would be cheap.
There are four key components to the
equation that calculates the total cost of
generation: repayment of the capital cost to
build the plant, the fixed and variable
operation and maintenance (O&M) costs, the
fuel cost, and the plant’s capacity factor.
For nuclear plants, there is a fifth
component: decommissioning costs. The
capacity factor is a ratio of how much power
the plant actually generates versus what it
could generate if it ran at 100 percent output
every day of the year.
Capacity factor matters because the cost of
each megawatt-hour generated has to
contain a portion of the repayment of the
capital cost. Lower capacity factors, such as
those for wind and solar, put a higher capital
cost repayment burden on each megawatt-
hour. Conversion of a pulverized coal plant
to a pulverized wood pellet plant is
relatively straightforward. Coal plants grind
the coal into dust and then pneumatically
transport that dust to wall-mounted burners
in the boiler.
The coal dust combusts very rapidly;
almost like a liquid fuel. Grinding pellets
into dust and using them in essentially
the same hardware has been proven to
be technically feasible. For example,
England’s largest power plant has
converted two of its six 650-MW boilers
to use wood pellet fuel instead of coal.
That plant is generating reliably and just
as many megawatts are being generated
from pellet fuel as from coal.
The U.S. has 428 pulverized coal power
plants larger than 50 MW, typically aged.
For those plants to keep running, most
will have to upgrade pollution control
systems to meet sulfur, mercury and NOx
emissions limits.
The good news is that all of those older
plants are fully paid for. That means that
the initial capital cost component of the
total cost equation can be ignored. The
amortized capital cost is by far the
largest contributor to the total cost of
generation.
Assuming that plants older than 35 years
are fully paid for, even with pellet fuel
2.9 times more expensive per million Btu
than coal, a converted coal plant
generating power with pellets creates
electricity at a rate that is less than one-
third of a cent more expensive per
kilowatt-hour than natural gas.
W I L LIAN S T R AU S
Use of fossil fuels is driving a rapid
increase in the concentrations of
CO2 in the atmosphere and oceans.
The combustion of coal, petroleum
products and natural gas, as well as
land use changes are, in a matter of
a few centuries, releasing carbon
that was captured over hundreds of
millions of years. There is
overwhelming consensus that if we
are to mitigate the impacts of
increasing CO2 concentrations, we
need to change how we create
energy. But there is also fear that in
doing so we will inhibit economic
growth and harm business.
There is a simple and ready-to-
deploy way of mitigating carbon from
power generation that is good for
growth and business. It is by
converting older coal power plants
to wood pellets. The cost of power
from the converted plants is about
the same as power generated from
natural gas, and the strategy results
in creating, rather than destroying,
jobs. As a bonus, the strategy also
provides a motivation to sustain and
expand our working forests.
FUTUREMETRICS
THE MANY BENEFITS OF REPLACING COAL
WITH WOOD PELLET FUEL
WILLIAM STRAUSS
FUTUREMETRICS
Electricity generated from pellets in converted coal plants is almost the same cost as electricity generated from natural gas, by far
the cheapest way to make new, low-carbon power. Not only does this strategy provide new low-cost, low-carbon capacity, it also has
a very positive impact on job creation. It takes 2,540 jobs to provision a 500-MW coal plant with coal. To provision the same-sized
power plant with pellet fuel takes 3,480 jobs.
Long-term demand for sustainable refined pellet fuel will motivate the preservation of existing working forests. It will provide a
strong market signal for investment in improving forest management and expanding the stock of trees in our forested lands. This is a
strategy for decarbonization of the power sector that does not increase the cost of power, and actually adds jobs. It also incentivizes
the expansion of our working forests, which will increase the amount of carbon sequestered. All of the fears about economic harm
that typically paralyze the political process are missing. Our policymakers need to know that there is a way to be proactive on carbon
without raising power rates and creating jobs.
Drax Power Energy
7.5 million tons per year by
2016-17.
FUTUREMETRICS
Eggborough
5 to 6.5 million tons
per year by 2016-17.
AVEBIOM ESPANHA
CADA VEZ SOMOS MÁS!
JAVIER DIAZ GONZÁLEZ
AVEBIOMTambién constituyó un auténtico reto organizar el I Congreso Internacional de
Bioenergía. El gran esfuerzo realizado para atraer a 72 ponentes venidos de
todo el mundo encontró la recompensa del enorme interés demostrado por
los más de 400 asistentes.
Los expertos conferenciantes compartieron con ellos los últimos y más
avanzados conocimientos y experiencias en bioenergía convirtiendo este
momento en el auténtico germen del desarrollo del aprovechamiento
energético de la biomasa en España.
Los objetivos permanecen, y también la ilusión. El 22 de septiembre
inauguramos la 10ª edición de la feria y el congreso de los profesionales con
unos objetivos que apenas han variado desde que comenzamos: seguiremos
uniendo oferta y demanda en la feria y poniendo la información más
actualizada y las tecnologías más punteras al alcance de los profesionales en
el congreso.
Nuestro equipo mantiene la ilusión y toda la determinación de “construir
sector” y de colocar a la biomasa en el relevante lugar que se merece como
fuente de energía renovable, noble y limpia, garante de soberanía energética
al ser producida, transformada y consumida en nuestro país; y que crea
empleo y valor añadido en nuestro entorno cercano.
Diez años después, es evidente que cada día somos más los que
participamos en el círculo virtuoso de conseguir rebajar nuestra dependencia
energética potenciando el uso de nuestros recursos, como la biomasa,
alejándonos de los combustibles fósiles como el gas o el petróleo, que llegan
de lugares lejanos y dejan pocas divisas y mucha contaminación. Por todo
esto, me siento muy orgulloso de todo lo hecho y de todas las personas que,
de una u otra forma, han contribuido con su trabajo y su consejo a llegar a
donde hoy estamos en el sector de la biomasa.
Cada día, más ciudadanos de nuestro país tienen
alguna vinculación con la biomasa: ya sea porque
han instalado una estufa en su casa o se han
conectado a un red de calefacción distribuida; o
porque en la industria donde trabajan se genera
energía con biomasa, o han encontrado empleo en
una de las plantas de pellets que salpican la
geografía española, en una fábrica de calderas o
en una empresa instaladora de equipos…
Érase una vez hace más de 10 años… Once años
atrás, unos “locos” de la bioenergía pusimos en
común nuestras enormas ganas de trabajar y una
gran ilusión que dieron como fruto el nacimiento
del primer evento relacionado con la biomasa y el
sector forestal de España. Junto con Antonio
Gonzalo, su primer director, y con Jorge Herrero,
director desde la segunda edición, hemos
conseguido año tras año reunir en torno a la feria
a todos los interesados en conocer o seguir
aprendiendo sobre biomasa, logrando que desde
el primer año nunca hayamos retrocedido ni en
número de expositores, ni en visitantes.Javier Díaz González, Presidente de AVEBIOM
PRODUCIR Y CONSUMIR EN MODO LOCAL
ANA SANCHO BIOENERGY INTERNATIONALLa filosofía de producir y consumir localmente impregna las decisiones de Diego; por este motivo Ebinor está colaborando con la
Universidad de La Rioja para encontrar soluciones de valorización energética para el sarmiento, un recurso leñoso muy
abundante en la región vitivinícola pero con una logística de transporte bastante costosa.
A día de hoy, los viticultores tienen dos opciones para deshacerse de los sarmientos: triturar y mezclar con la tierra de forma
mecanizada o recoger y quemarlos. Recoger, almacenar y transportarlos a una planta de valorización resulta caro -puede llegar a
15-20 €/t-; ahí está el reto: cómo aprovechar un recurso local de manera económica.
La fábrica de pellets y centro logístico de astilla y viruta de madera de
Ebinor comienza a producir al 100% en 2015 desde la localidad
riojana de Sotés; una ubicación estratégica para suministrar a
importantes ciudades de la franja septentrional de la Península.
Producirá 10.000 t/año de pellets en una primera fase y llegará a
20.000 t/año en 2016, según los planes de la empresa,
proporcionando un servicio ágil y económico a un mercado local. Por
eso, explica Diego Rodríguez, ingeniero y director de la planta, la idea
es suministrar, sobre todo, producto a granel a consumidor final en
ciudades situadas a menos de 100 km como Logroño, Pamplona,
Soria, Vitoria o Burgos. En cuanto a la astilla, esperan comercializar
alrededor de 2000 t/año de G30 para uso térmico en calderas.
De momento cuentan con certificado ENplus como
distribuidores de pellets, pero en cuanto estén
produciendo de forma continua, comenzarán los trámites
para certificarse también como productores.
Diego nos muestra las instalaciones, que han sido
diseñadas y construidas pensando en obtener la máxima
eficiencia y en generar los menores costes posibles. Él
mismo se ha encargado de la dirección de las obras y ha
elegido los equipos concienzudamente para lograr este
doble objetivo.
Aprovechar los recursos biomásicos locales. Conscientes
de las ventajas de controlar al menos parte del flujo de
materia prima, Ebinor ha empezado a concurrir a subastas
de pequeños lotes de explotación forestal con la idea de
aumentar hasta el 50% la aportación propia de madera al
proceso productivo de la planta. El resto son subproductos
de otros aserraderos de la zona situados en un radio de
unos 150 km y madera de pino cortada que compran a
empresas de aprovechamiento forestal.
Otro recurso biomásico local es la madera de roble, muy
empleada en tonelería para la industria del vino. En Ebinor
ya han realizado pruebas de peletizado y combustión, solo
con roble y en mezcla con pino. Los resultados solo con
madera de roble son alentadores: el poder calorífico es
magnífico, 5.300 kWh/kg de PCI, y el valor para las
cenizas, alto, pero no exagerado: 0,9%.
Han construido 4 boxes para organizar serrín y astillas; en
total, 2 espacios de 500 t cada uno y otros 2 más
pequeños de hasta 300 toneladas.
PELLETS ESPANHA
De tronco verde a serrín. Un equipo fundamental en la planta es la
serrinadora Linnerman, capaz de convertir troncos de diámetros de
hasta 40 cm en serrín “granulado” a un ritmo de 4-5 t/h, listo para
peletizar una vez cribado. Diego asegura que funciona mejor que el
clásico serrín de carpintería, aunque de momento trabajan
mezclando ambos productos. El equipo simplifica el proceso de
reducción de la biomasa al sustituir en un único paso el triturado-
astillado y la molienda.
Junto a la serrinadora han instalado una descortezadora, también de
Linnerman –modelo LR400-, que permite limpiar los troncos
perfectamente gracias a la regulación de velocidad de los rodillos.
En breve, el tránsito de los troncos desde la descortezadora a la
serrinadora será automático. Ambos equipos han sido suministrados
por Comercial Cecilio. El serrín que adquieren a terceros se criba para
separar los gruesos, que son derivados al molino de refino.
Secado eficiente. El secadero de trómel es de doble paso y tiene un
rendimiento de 5-6 t/h. La energía se obtiene de un horno de
biomasa de 4 MW, que utiliza corteza de pino como combustible. El
horno tiene varias entradas de aire para optimizar la combustión,
reducir los sólidos en suspensión y evitar la contaminación del serrín:
2 de aire primario, 2 de aire secundario y 2 de aire en la cámara de
postcombustión, que evita la entrada directa de los gases de
combustión al tambor de secado.
Cuando el aire de postcombustión entra en la cámara de secado a
500-600ºC ocurre un fenómeno denominado “efecto flash” por el
que el material pierde por evaporación y de forma instantánea un
20% de su contenido en humedad, pasando del 50 al 30%. Esta
evaporación súbita crea una cortina de vapor que evita la formación
de chispas y la contaminación del serrín que se está secando. Una
turbina situada al final del tambor se encarga de crear una depresión
que succiona el vapor de agua hacia una chimenea de salida,
independiente de la chimenea de escape de los gases de
combustión.
Aunque la astilla G30 se obtiene de apea seca -25%-, tras 6 meses
de acopio en campa, aprovecharán la inercia calorífica del trómel
durante las paradas para secar astilla si fuera necesario.
Peletizado. El serrín que sale del trómel y el serrín
comprado y cribado se mezclan en un depósito de 150
m3 (30 t) situado en el interior de la nave donde se
encuentran los equipos de peletizado. Los descartes
obtenidos en la criba se transforman en serrín en el
molino de seco; este equipo, explica Diego, trabaja
“poco”, puesto que nunca entran elementos de gran
tamaño. Del molino, el material puede dirigirse al silo
o directamente a la mezcladora previa a entrar en los
equipos vinculados con la granuladora, dosificador y
acondicionador. De momento, trabajan con una sola
granuladora pero en mayo colocarán la segunda
unidad, lo que les permitirá alcanzar en menos de dos
años una producción de 20.000 t/año. La peletizadora
trabaja en 3 turnos, pero el resto de equipos se adapta
a la tarifa eléctrica nocturna.
La salida del material a la enfriadora se efectúa por
aspiración. Desde ahí se distribuye a los 2 depósitos
nodriza de 150 t cada uno y al silo de carga, de 50 t.
Tanto si el pellet se va a distribuir a granel o se va a
ensacar, se hace pasar por alguna de las dos cribas
rotativas dispuestas para eliminar los finos generados
por la movilización. Han instalado una ensacadora de
Enesval con un rendimiento de 7 sacos/minuto y un
paletizador automático. Para el reparto cuentan con 2
camiones propios: una cisterna para suministro
neumático de pellets de 14 t, y un piso móvil de 35 m3
para pellet o astilla.
.
PELLETS ESPANHA
Inversión y empleos. La inversión total ha ascendido a 3,85 millones de euros, que esperan amortizar en 7 años. La compañía de
inversión Invercaz 2011, S.L, perteneciente a Zulueta Corporación, empresa ubicada en Navarra dedicada a la implantación de
césped de calidad, y Santiago Zulueta como inversor particular son los socios mayoritarios de Ebinor. El propio Diego Rodríguez
también disfruta de una pequeña participación societaria.
La compañía de inversión Ricari, Desarrollo de Inversiones Riojanas S.A., participa en la financiación, y la empresa pública ENISA
–dependiente del Ministerio de Industria, Energía y Turismo, a través de la Dirección General de Industria y de la Pequeña y
Mediana Empresa– ha facilitado el acceso a financiación con condiciones favorables.
La planta a pleno funcionamiento requiere una plantilla de 11 personas, que incluye al jefe de planta y 6 operarios en
producción; un comercial y una persona en administración y el director. Además, hay que añadir alrededor de 40 puestos de
trabajo indirectos relacionados con el aprovechamiento forestal.
Expansión en modo local. Por último, Diego nos explica su idea de cómo puede ser la expansión geográfica futura de la actividad
de Ebinor sin renunciar al concepto de cercanía al mercado local: mediante sucursales “satélite” en distintas provincias y
regiones de la Península como norte de Navarra, León, Guipuzcoa o Aragón.
Precios
Pellet en planta para gran distribuidor: 165 €/t
Pellet a granel para consumidor final en plana: entre 185 y 195 €/t, según la distancia.
PELLETS ESPANHA
UKRAINIAN BIOFUEL PELLETS
As soon as the oil prices stabilized, wood pellets considerably rose in
prices and became unprofitable to use. It wasn't until 90's, when wood
pellets regained their popularity. The world community became aware of
climate changes caused by the GHG emissions; so many countries
introduced taxes on fossil fuels and started renewable energy promotion.
Wood pellet production started to gain momentum due to its green image
in the first place, and consequently it proved to be a very attractive type of
renewable energy.
A significant increase in pellets development pace was observed after the
European Union had announced their 2020 renewable energy targets. The
enhanced demand in the EU member states, where total pellet share is
currently about three quarters of the global consumption, influenced the
volumes of pellet production not only in Europe but also in other leading
pellet-manufacturing countries, such as Canada, the United State, Russia
etc. Consequently, the global wood pellet production increased 15-fold in
the period from 2001 till 2014.
Wood pellet advancement driving factors. Wood pellets have numerous
advantages over other fuels, such as oil, natural gas, coal and alike. The
first advantage to be mentioned is the environmental sustainability of
pellets. This renewable energy source leaves a considerably lower carbon
dioxide footprint, which is eventually neutralized by new plantings. This
feature in currently a crucial one in choosing of the fuel type.
According to various sources, wood pellets have
become a competitive fuel option on the global
scale due to their numerous advantages. Winning
streaks for wood pellet energy sector are anticipated
to run on within the next decade.
Background of wood pellet consumption
development. Wood pellet production in the United
States and in Europe began in the late 70s. The
reason for that was an intense oil crisis of 1973,
when the OAPEC countries proclaimed an oil
embargo, resulting in several-fold oil prices rise.
This so-called first oil shock was followed by the
second one, in 1979; together the two crises
influenced the global economy and brought about
the need to develop more stable energy sources.
Wood pellets drew people's attention as an
adequate substitute for oil. One of the first steps to
pellet promotion in Europe was construction of the
pelletizing plant in Mora, Sweden. It was put into
operation in 1982, but the production expenses
appeared to be much higher than expected, so the
plant immediately ran into problems, and eventually
was closed in 1986.
There were special technologies neither for pellet
production, nor for their efficient usage. Thus,
because of such difficulties and lack of experience
for pellet manufacturing most of the pioneering
plants then had hard times running their business.
WOOD PELLET
MARKET IS GROWING
WORLD WIDE: UP TO
15% INCREASE HY
2023
UKRAINIAN BIOFUEL
Wood pellets are convenient type of fuel both for
industrial engines and also for domestic use in
heating purposes. Low prices, as compared to
other heating fuels are drawing more and more
attention to them as to commodity for
residential heating.
As solid fuel, pellets are quite convenient for
transportation, though they are to be prevented
from getting wet, and thus special covered
railcars are to be applied for their
transportation. Because of that the
requirements for storage accommodations are
strict.
Cost competitiveness is also a point of great
importance in this matter. Pellets are more
affordable than other fossil fuels and,
furthermore, their prices proved to be stable at
the times when oil price fluctuations are
constantly observed.
The industrial needs for wood pellets are
provided globally and the main difficulty here is
transportation logistics, while pellet supplies for
domestic heating are ensured locally, with
distinct price seasonality.
However, wood pellets are not as energy dense
as coal. These two fuel types correlate in the
matter of prices, but the GHG emissions are of
enormous difference.
Recently some companies have been
announcing about new technologies of wood
pellet manufacturing, such as torrefied wood
pellet production. Another technology is being
developed, so that to create water resistant or
waterproof pellets. Such tendencies suggest
promising prospects for future development.
Wood pellets forecasts for future. The global wood pellet market is
constantly reviewed in order to promote its sustainable development.
According to the latest market researchers, wood pellet industry is going to
grow steadily.
The analysts of Ukrainian Biofuel Portal pellets-wood.com suggest a
production growth of 15 percent by 2023. They have carried out a detailed
review of the market and gave their estimation of €20,073 million value of
the wood pellet returns by 2023.
The figures comply with the data reports, conducted by other companies,
e.g. German Biofuel Portal biomassa.de. The average figures amount up to
15 percent boosting for global pellet market and total value of more than
$20 billion.
In terms of the largest producers, Canada, the United States and Europe are
to remain their positions, while Russia, South Africa are expected to be the
new large-scale wood pellet producers and exporters.
UKRAINIAN BIOFUEL PELLETS
he United Kingdom remains devoted to the idea of its
energy system transformation. According to the Europe
Union common energy policy, the UK is reducing the use
of coal in order to produce electricity using the renewable
power sources. Drax Power station replaces the coal with
the wood pellets.
In this context, the largest power plant in the country –
Drax Power Station – is converting its units, what will
make it possible to redirects its electricity production
from coal-fired to biomass-based one. Nowadays this
power plant is generating approximately 8 per cent of the
country's general electricity production. This number is
significant, that is why the power production should be
modified. Drax Power Station is cutting down the use of
coal and involving biomass to generate electricity at
present. It will give an impressive result in the nearest
future: approximately 12 tonnes of carbon is considered
to be saved per year. This will come to life on condition
that every Drax's unit is converted.
Coal-fired power production is coming to the end. It is not
surprisingly, that the coal-based energy production is
gradually declining. During the past several years, a price
for coal has decreased significantly. Moreover, the price
for this fuel tends to fall even more. That is why coal
industry is losing its former profitability.
In this case, Drax Group operations director Peter Emery
is convinced that that coal industry will have been
completely closed down by 2020. That is why the biomass
is necessary to keep Drax Power Station on track.
Originally, the biomass industry was of local nature. The
main goal of such enterprises was to provide the
households with wood pellets for the local heating.
However, it has expanded significantly since the
developed economies decided to replace the coal with
another, more sustainable, energy source.
DRAX POWER STATION IS
SWITCHING TO THE BIOMASS
FIRED PRODUCTION
The figures are quite eloquent. During the period between July and
September 2015 the general output of coal-fired power station all over
the United Kingdom decreased by 54 per cent. At the same time, share
of the renewable energy sources equated 20 per cent of the general
power production. As it comes to the biomass, it is expected to be
supplied in an amount of 2.2 million tonnes in 2015.
Another reason for the biomass utilization is its environmental
friendliness, according to the electricity producers. The use of wood
pellets will give an opportunity to reduce the greenhouse gas release by
almost 86 per cent. The wood pellets, used by Drax Power Station, are
imported from the USA. The United Kingdom does not possess an
appropriate amount of woods to conduct its own sawmill industry. The
USA is, on the contrary a large country.
Does the biomass industry bring any harm to the environment? However,
some scientist are not that optimistic. According to the Climate Central
investigation, the use of burning wood in the electricity provision is
heating the atmosphere much more, than the coal usage does. The
figures, announced by this organization, reveal that the level of carbon
dioxide release is 15-20 per cent higher, than the same rate for the coal.
This statement contradicts with enthusiastic reviews made by electricity
producers.
Beyond that, the rapidly growing biomass industry is destroying
American environment, according to the Natural Resources Defense
Council. The main argument is that deforestation is conducted in those
parts of the USA, where the most fragile ecosystems are located.
Nevertheless, the company, which provides the United Kingdom with
wood pellets assures, that there is no harm for environment in the USA.
Moreover, there are twice as many trees in the south of the country now
than there were in 1953, for instance.
NEWS BIOMASS AND PELLETS INTERNATIONAL
In 2014, of the total worldwide 27 million tons of pellets, 13.5
million tonnes were produced in Europe. Pellet production has
been steadily growing in the European Union in recent years:
between 2010 and 2014 by 35%, and between 2013-2014 by
11%. The growth has been tempered mainly due to the lower
gas and oil prices. These are some facts revealed in the latest
analysis of the wood pellet market, which was carried out by
the European Pellet Council (EPC), the umbrella organization of
the European pellet industry together with the European
Biomass Association (AEBIOM).
Pellet production has been steadily growing in the European
Union in recent years: between 2010 and 2014 by 35%, and
between 2013-2014 by 11%. The growth has been tempered
mainly due to the lower gas and oil prices. Of the total EU
consumption, 8.2 million were used in private heating systems;
2.8 million tonnes in industrial heating plants; 7.8 million
tonnes of pellets were used in power plants in the United
Kingdom, Belgium and Denmark, where they replace coal. The
majority of the pellets used in power plants to produce
electricity are imported from North America, namely around 5.2
million tonnes. Pellets for heating purposes are mainly used in
Italy, Germany, Sweden, France, Austria and Denmark.
EU in a global comparison With a share of 74% of the global
pellet consumption, or 18.8 million tonnes, the EU is by far the
largest consumer, even if the pellet consumption has grown by
less than 1% in 2013-2014. This development is partly due to
the mild winter, but also to the decline in industrial pellet
consumption for electricity production in Belgium and the
Netherlands.
Consumption of pellets in the United States has increased up to 2.5
million tonnes and now the US is among the 10 largest consumers
outside the EU. In the Asian market, especially Japan and South
Korea report a rapidly growing market: South Korea had a
consumption of 1.9 million tonnes, compared to only 200.000 t in
2012.
Pellet production in the EU. In the EU, Germany is the largest pellet
producer with 2.1 million tonnes, followed by Sweden (1.6 million t)
and Latvia (1.3 million t). Even though Austria is now outside the top
3 producers, the evolution of the pellet market is still striking: the
first Austrian pellets were produced in 1996, and in 2014,
production reached 948.000 t.
In Switzerland too, the first pellets were produced in 1996, and now
production has reached 160.000 t with a total consumption of
160.000. One reason for this slower progress is the lack of
promotion of pellet heating systems which, of course, in Germany
and Switzerland is well developed for some time. Plus, the oil price
plays an important role: in these two countries, heating oil taxes are
already very high, while in Switzerland taxation is very low.
In Italy, where heating oil is traditionally taxed very high, pellets
have established themselves as an effective and environmentally
friendly fuel for a long time. For this reason, Italy is now the largest
consumer in the EU. Moreover the high level of pellet production in
Austria and Germany is also due to the large domestic sawmills,
where sawdust can be industrially pelletized relatively simple.
NEWS BIOMASS AND PELLETS INTERNATIONAL
EUROPE AT THE FOREFRONT OF WOODPELLETS PRODUCTION AND
CONSUMPTION
First, unit 2 at Avedøre Power Station was converted to 100 per cent
biomass and, with the new agreement, unit 1 will supply green
district heating already from the end of next year. The conversion of
Avedøre Power Station to run 100 per cent on biomass is a project
that we can all be proud of."
he conversion which is financed by DONG Energy and VEKS will
be initiated in April this year and is expected to be completed
during the autumn of 2016. With this conversion, the coal-fired
unit 1 will also be able to use wood pellets and in future, wood
pellets will be used as primary fuel for heat generation.
Dalsgaard explained: "By using more wind and biomass, DONG
Energy has reduced our coal consumption by 65 per cent since
2006. And we have a target stating that at least half of the
electricity and heat generated at our power stations in 2020 will
be based on sustainable biomass instead of coal and gas.
This will give the Danes cost-effective green energy with a high
degree of security of supply."
When unit 1 has been converted, Avedøre Power Station expects
to be able to produce district heating based on biomass for
approximately 215,000 Copenhagen households as well as
electricity corresponding to the annual consumption of more
than 600,000 households.
DONG ENERGY IS CONVERTING
COAL FIRED POWER STATION TO
GREEN ENERGY
The last CHP unit at Avedøre Power Station will be converted
making it able from 2016 to use wood pellets as fuel instead of
coal. This can provide green heat for an additional 65,000
households in the Greater Copenhagen area.
From the autumn of 2016, the largest power station in Denmark
will be able to generate heat based entirely on wood pellets and
straw instead of coal and gas.
Thomas Dalsgaard, Executive Vice President in DONG Energy,
said: "The decision to convert unit 1 at Avedøre Power Station
means that we'll now be in a position to abandon coal and gas
entirely when we're generating heat for more than 215,000
households in the Greater Copenhagen area. It's a significant
step in the green conversion, taken in a cost-effective way.“
VEKS and DONG Energy have just signed a new agreement
which means that from 2016 until 2033, unit 1 at Avedøre
Power Station will be able to supply green heat to VEKS'
customers.
The agreement forms the basis of the investment in converting
and prolonging the lifetime of the CHP unit and is a significant
contribution to the Danish capital's ambition of being CO2
neutral in 2025.
Steen Christiansen, Chairman of VEKS, said: "To VEKS, unit 1 at
Avedøre Power Station has always been exceptional. When the
unit was put into operation back in 1990, the western part of
the Greater Copenhagen area and consequently VEKS got its
own CHP plant. And soon, the entire power station will be able
to supply CO2 neutral energy. This is completely in line with the
decision made by the board of directors of VEKS in 2010 to
supply CO2 neutral district heating. If you want the same, short
work can be made of the process from decision to realisation.
NEWS BIOMASS AND PELLETS INTERNATIONAL
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
German Pellets is one of the world’s leading producers of wood
pellets. It is thanks to our expertise in producing wood pellets and in
logistics and handling that we are permanently increasing the trade
with pellets and other wood fuel products.
The production and marketing of green heat and electricity completes
our range of products on the energy market.
Competent in wood, we have also established ourselves as producers
of animal bedding products. In this segment, we focus on the
development of new products.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
The family-run company German Pellets was founded in 2004 by Peter H. Leibold. The first pellet plant was erected in
Wismar (Mecklenburg-Vorpommern). In 2006, German Pellets built two more production sites in Baden- Württemberg in
the southwest of Germany in midst of a rich wood basket. The subsidiary German Horse Pellets GmbH was established in
2008.
From then on, it has developed and marketed wood-based animal bedding products. The annual production capacity
increased to over one million metric tons of wood pellets in 2010. One year later, German Pellets acquired the FireStixx
group of companies and, with the wood pellet.
The acquisition of the Hot’ts Group in 2012 enabled German Pellets to increase its market share in Austria. The group’s
first US-American factory opened in Woodville, Texas, in 2013, in conjunction with huge storage and loading facilities for
export to Europe in the port of Port Arthur, Texas. In 2015, German Pellets´ second US-American pellet mill took up
production in Urania, Louisiana. Now, annual production capacity exceeds 2.5 million metric tons.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
Satisfied customers are our main objective. That is why we
consistently adapt our products and services in line with market
requirements and the demands of our customers.
This guarantees us competitive advantages, ensuring the successful
growth of our market position.
Moreover, the expansion of our international production capacities
and the consolidation of our presence in consumer markets enable
further growth. German Pellets serves the needs of various groups of
users, from the end consumer through to commercial users, right the
way through to heat and power plants.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
Efficient technologies, internationally positioned
Today, we run 15 production sites in Germany, Austria and
the USA. In the production of our wood pellets and our
animal bedding, we rely on efficient technologies and up-to-
date production methods.
Professionalism, care and diligence of our employees and
suppliers are crucial factors, as well as, constant internal
and external production monitoring. Only this puts us into a
position to guarantee high product quality and availability at
all times.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
Responsibility for the future: Renewable and sustainable
We only use fibre from sustainable forests and by-products from
wood processing industries in our production.
For us, sustainability is a decisive criterion in the selection of our raw
materials, and responsible use of the wood is something which is
very dear to our hearts.
Since we primarily use residual wood from the sawing industry, the
energetic use of these by-products also closes the raw materials
chain of wood.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
First-class wood pellets for private consumers and
trade
Wood pellets are a source of renewable energy. Our
top-class wood pellets are used all over Europe as a
renew- able, environmentally friendly fuel in pellet-
fuelled central heating units and pellet stoves.
It goes without saying that our premium pellets
comply with the pertinent European quality
standards – or even exceed them.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
Wood pellets for industrial use and power plants
When it comes to industry and power plants, wood pellets
are replacing fossil fuels in generating local and district
heat as well as green electric power.
Thanks to our many years’ experience and competence, as
well as our inter- national storage and logistics network, we
are able to professionally and reliably supply the great
volumes of wood pellets required by industrial companies
and power plants, and offer the perfect solution for each and
every customer.
INTERNACIONAL GERMAN PELLETS
Wood fuel from the professional: trade of pellets,
wood chips and briquettes
With our expertise in the production and supply of
wood pellets, we also distinguish ourselves in the
field of the supply of other ranges of wood fuels.
We trade in wood chips for industrial use, power
plants and commercial customers and in wood
briquettes for specialist trade and distributors all
over Europe.
Development of market as a whole and of the company's
business sector Discussions about developments in the
international markets for pellets took place recently at the 4th
Conference of the U.S. Industrial Pellet Association, at the
Pellets Industry Forum in Berlin, and elsewhere. One of the
conference participants' conclusions is that the wood-pellet
market is ready for the switch in consumers' sources of
heating. In 2013, for the first time, more pellets were
consumed in the European heating market than in the
electricity market. Around 10 m. tonnes of wood pellets were
required in Europe for home fires and for local heating, district
heating, and process heating. Pellet demand in the industrial
market comprised 9 m. tonnes.
Pellets in the industrial market and power-plant market. In the
Netherlands, industrial pellet use can be expected to increase
again, starting in 2016, possibly taking it up to 3.5 m. tonnes
per year. The financial-support programme for co-firing of wood
pellets in coal-fired power stations, about to expire, will be
replaced in 2015 by the Dutch Government's reformed
financial-support programme SDE+. This provides for power-
plant operators to receive, as a supplement, the difference
between the producer's price and the actual market price, for
the production of electricity by means of pellets/biomass. For
financing the programme, electricity consumers in the
Netherlands are paying a charge.
In Finland, Helsingin Energia is currently preparing the co-firing
of wood pellets in the Salmisaari power plant. The project is
scheduled to start at the end of 2014, with co-firing accounting
for 5 to 7 per cent of total output, involving a projected annual
consumption of more than 100,000 tonnes of pellets.After a
two-year construction period, Atikokan in Canada's Ontario
province has begun operations as North America's largest
pellet-fired power plant. It consumes around 90,000 tonnes of
pellets annually and supplies around 15,000 households.
Efforts are in progress elsewhere in Ontario province to convert
coal-fired power stations to biomass; the plan is for the
Thunder Bay Power Station to be converted by January 2015.
Market growth is currently evident in Japan and South Korea and
can be expected to continue for the future. South Korean energy
suppliers have expanded their co-firing projects; up to August of
this year, 1 m. tonnes of wood pellets were consumed. By year-end,
an increase taking consumption up to 1.5-1.7 m. tonnes is
expected; this would correspond to growth of over 200 per cent
compared to last year (485,000 tonnes). In Japan, a number of new
power-plant projects are in the planning stage.
The Japanese energy supplier Chugoku Electric Power has
announced the construction of a new 100 MW co-firing power-plant
in the Japanese prefecture of Yamaguchu. Commissioning is
scheduled for March 2019. In addition, the US group Generation
Power International and Nippon Energy Solutions are planning the
construction of three new biomass-fuelled power stations in Japan.
The start date is scheduled for the end of 2016.
The following graphic shows a forecast for global pellet demand up
to the year 2020.
INTERNATIONAL WOODPELLETS
INTERNACIONAL WOODPELLETS GERMAN PELLETS
In Italy, the national biomass association – including the
commercial and industrial market in its calculations – has recently
adjusted annual pellet-consumption figures upwards.
By year-end, consumption of around 3.3 m. tonnes is expected
(previous forecast: 2.7 m. tonnes). In the coming years, an annual
growth of 200,000 to 300,000 tonnes is expected, due to sustained
strong demand for pellet-fuelled stoves.
In Austria, because the last winter was mild, the expectation is a
pellet-consumption level around 130,000 tonnes below that of last
year.
New installations can only partly compensate for this. Another
contributory factor is that the Austrian market for pellet boilers has
currently lost some of its dynamism.
Accordingly, proPellets Austria calculates that by year-end market-
growth will comprise around 5 per cent (2013: 11%).
Pellets in the heating market. Reduced consumption levels at
the start of the year, making themselves felt to a varying degree
in the individual European markets, were in part able to be
compensated by the additional build of new pellet-burning
units. At the latest Pellets Industry Forum in Berlin, the DEPV,
Germany's association for energy wood and for pellets,
confirmed the forecast that it published at the start of the year.
This projected that, by year-end, pellet consumption would grow
from 2 m. tonnes in 2013 to 2.2 m. tonnes this year.
In September 2014, the DEPV Price Index in Germany was at
EUR 248.93/t (September 2013: EUR 277.67/t), thus making it
EUR 2 higher than the August 2014 level. This puts wood
pellets' price advantage over heating oil at around 36 per cent
as of September 2014.
The third German National Forest Inventory, presenting its
results in early October in Berlin, attested that German forests
are in very good condition. German forests have more wood now
than they have had for centuries. With a stock of wood
comprising 336 cubic metres per hectare, Germany is near the
top of the European table, behind only Austria and Switzerland.
Within ten years, total stocks of wood have increased by seven
per cent, taking the figure to around 3.7 billion cubic metres.
This means that there is more wood in Germany's forests than in
any other country in the European Union. At the same time, the
use of wood as a raw material has recorded further growth.
Robust demand led to continuous rises in the price of wood.The
markets in Italy and France continue to record dynamic growth.
Pellet consumption in France will climb to 1.1 m. tonnes by year-
end, according to the current forecasts by the French trade
association for the industry (2013: around 900,000). In
particular, the market drivers are the large price advantage
afforded by wood pellets in these countries, compared to
traditional energy sources.
In Italy, heating oil is 70% more expensive than it is in Germany
and thus almost three times the price of wood pellets. In France,
where a lot of heating is powered by electricity, pellets can
effect a saving of more than two-thirds of the heating costs (see
also consumer prices for European core markets under "Market
drivers").
INTERNATIONAL WOODPELLETS
The trade association proPellets Austria is backing up this effort
with its current examination of fuel prices in Austria. If the long-
term development of costs of various fuels is compared, a clear
picture emerges. A mean value for 2009-2014 reveals that, in
that period, wood pellets in Austria were 45.6 per cent less
expensive than extra-light heating oil.
In Italy, by far the largest market for pellet-fuelled stoves, more
than 2 m. pellet-fuelled stoves will be in operation by the end of
this year. In parallel, demand is also on the increase for biomass-
fuelled central-heating systems. Here the relevant Italian trade
association expects more than 21,000 new biomass-fuelled
systems to come into use, about 75 per cent of them pellet-
fuelled.
In France, according to current estimates, the national trade
association is reckoning that there will be a growth in the pellet-
fuelled stove market, so that it reaches around 400,000 stoves
by year-end, comprising a 25 per cent increase.
The DIY stores in France have contributed decisively to the
development of the pellet-fuelled stove market. Pellet-fuelled
stoves have been available in retail DIY stores ever since the
product was introduced. This has done much to raise the
awareness level of this renewable energy source in France.
In Denmark, current forecasts take as their basis an increase in
demand for wood pellets by around 500,000 tonnes up to 2017,
because of planned conversions of district-heating power-plants
to the use of pellets/biomass, followed by a further 500,000
tonne increase by 2020.In the United Kingdom, the pellet-fuelled
heating market is in an early development stage. Nevertheless,
the indicators point to rapid market growth at present. The reason
for this is the Renewable Heat Incentive, a subsidy programme by
which consumers receive financial remuneration for heating
produced on a renewable basis. Up to now, the UK Pellet Council
reports 4,000 projects of this kind. Around 75 per cent of these
are using pellets to produce heat.
Market-drivers. Sustained high prices for fossil-based energy
sources remain a crucial driver of the market for pellet-fuelled
heating. Here is a comparison of end-consumer energy prices for
heating oil, natural gas and electricity in European core markets.
By way of comparison: the pellet price is currently at 5.04 EUR-
cent per kWh, thus significantly below the prices for fossil-based
energy sources in western Europe's core markets.
According to latest reports, manufacturers of pellet-fuelled stoves
are addressing issues such as autarky in electricity supply,
optimisation of the flame's visual appearance in favour of use of
billet-wood, and also reduction of the nominal heat output. Pellet-
boiler manufacturers are concerning themselves with achieving
further emission-reductions, among other topics.
Further developments and new-product presentations – both from
stove manufacturers and boiler manufacturers – can be expected at
the industry's trade fairs early in 2015.
Market development – pellet boilers. With almost 350,000 pellet-
fuelled heating systems, Germany is one of the largest heating
markets for wood pellets as an energy source. This process is
currently also being spurred on by new legislative regulations,
among other developments. On 1.1.2015 the second stage of
Germany's Federal Immission Control Act (BImSchV) comes into
force, setting even stricter limits. This act requires old heating
systems, fireplaces and stoves to be replaced over the short-term to
medium-term. Modern pellet-based heating systems already comply
with these maximum threshold values. It is appropriate to assume
that this will lead to a further boost in demand for pellet-fired
heating systems. Likewise, on 1.1.2015 the mandatory replacement
requirement comes into force for 30-year-old heating systems,
according to the Energy Saving Ordinance (EnEV).
INTERNATIONAL WOODPELLETS
EVENTOS BIOMASS OR PELLETS
2016 International Biomass Conference & Expo
April 11-14, 2016
Charlotte Convention Center
Charlotte, North Carolina
Organized by BBI International and produced by Biomass Magazine, this event
brings current and future producers of bioenergy and biobased products together
with waste generators, energy crop growers, municipal leaders, utility executives,
technology providers, equipment manufacturers, project developers, investors and
policy makers. It’s a true one-stop shop – the world’s premier educational and
networking junction for all biomass industries.
EVENTOS INTERNACIONAIS BIOMASSA E PELLETS
Global Pellet Market Outlook Summit
April 11, 2016
Charlotte Convention Center Charlotte, North Carolina
The Global Pellet Market Outlook Summit will offer attendees a one-day, intensive
exploration of the biomass industry’s most dynamic market segment. Fueled by
global policies aimed at reducing the carbon intensity of energy products, the
market for wood pellets has grown steadily since the early 2000s. While industry
forecasts about the rate of growth may vary, the consensus is that global demand
will continue to rise for the next decade.
EUBCE 2016 – 24th European Biomass Conference and Exhibition
June 6-9, 2016
Rai Amsterdam Exhibition and Convention Centre
Amsterdam, The Netherlands
Join us in Amsterdam for the 24th European Biomass Conference and Exhibition,
the leading international platform for dialogue between research, industry, policy
and biomass businesses. The EUBCE represents one of the key events on both a
European and global scale for companies and professionals operating at the top
end of the biomass and bioenergy sector.
Held in a different city each year for over 30 years, the EUBCE has successfully
combined a highly renowned international scientific conference with an ever-
growing industry exhibition, thus rightfully earning its place as one of the world’s
most influential biomass sector events. Be part of this leading international
Biomass Conference and present your latest results to specialists and decision-
makers from around the globe.
For the 22nd year in a row, Svebio, is organising the annual pellet conference
in collaboration with the Swedish Pellet Association (PelletsFörbundet). The
conference will take place in Uddevalla, Sweden, 2-3 February 2016.
EVENTOS INTERNACIONAIS BIOMASSA E PELLETS
The World Sustainable Energy
Days, one of the largest annual
conferences in this field in
Europe, offer a unique
combination of events on
sustainable energy.
Startdate:2016-02-24
Enddate:2016-02-26
City:WelsCountry:Austria
EVENTOS BIOMASS E PELLETS
No ano passado, o país passou a quarto maior
exportador de peletes para a Europa, lugar do
qual destronou a Rússia, respondendo à
tendência européia de aumento do consumo
deste produto energético.
Foram exportadas 824 mil toneladas de
biomassa em 2013, mais 35% do que no ano
anterior, no valor de 111 milhões de euros e
foram sobretudo peletes para aquecimento para
os países da Europa central.
Durante o ano de 2012 foram produzidos em
Portugal aproximadamente 690 000 toneladas
de pellets, representando um aumento de 8%
comparativamente a 2011. O consumo interno de
pellets verificou um aumento significativo de 41%
em relação a 2011 com 73 000 toneladas
consumidas.
Em 2013, foram produzidas, em Portugal cerca
de 900 mil toneladas de pellets, tendo sido
exportadas cerca de 775 mil. O mercado de calor
cresceu significativamente, quer pelo aumento da
procura de pellet certificado ENplus-A1, quer
pelo crescente número de conversões de
sistemas industriais de produção de calor a
energias fósseis.
De referir que em 2013, a nível Europeu, o
consumo de pellets para o mercado de calor foi
de 10 milhões de toneladas e para produção de
energia elétrica 9 milhões.
MERCADO PELLETS PORTUGAL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PELLETS ENERGÉTICOS DE BIOMASSA
A INDÚSTRIA E MERCADO DOS PELLETS EM PORTUGAL
Distribuição das unidades de produção pelo território nacional
Eduardo Ferreira
Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa
MERCADO PELLETS PORTUGAL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PELLETS ENERGÉTICOS DE BIOMASSA
São gerados, em média, 40 postos de trabalho diretos por cada 100 000 toneladas
de pellets produzidos, perfazendo cerca de 300 postos de trabalho a nível nacional,
um investimento total na ordem dos 105 M€ e um volume de vendas anual a rondar
os 100 M€.
Perspectiva e desafios . Perspectiva-se
o início de atividade de 3 a 5 novas
unidades de produção de pellets com
capacidade instalada estimada de 400
000 toneladas.
Desta forma, Portugal poderá ter
capacidade para produzir até 1,24
milhões de toneladas anuais de
pellets. Espera-se um aumento do
consumo interno de 100%, com um
consumo estimado de 150 000
toneladas. Para isso, muito
contribuirão as transformações de
sistemas indústrias de produção de
calor e vapor de combustíveis fósseis
para pellets, assim como o aumento no
consumo doméstico e serviços,
impulsionado pelo preço das
alternativas convencionais existentes.
Desafios. Os principais desafios para a
indústria e mercado dos pellets são de
duas naturezas: A questão da matéria-
prima é abordada mais concretamente
no parágrafo seguinte, sendo, no
entanto, importante ressaltar que é
necessária a criação de mecanismos
de apoio à implementação de sistemas
de gestão sustentável nas parcelas
florestais existentes, em particular do
pinheiro-bravo e, paralelamente,
desenvolver e incentivar a criação de
novas origens de matéria-prima. Cabe
ao governo, como elemento regulador,
facilitar e agilizar a implementação de
novos projetos de gestão e intervenção
florestal.
MERCADO PELLETS PORTUGAL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PELLETS ENERGÉTICOS DE BIOMASSA
O consumo atual de pellets em Portugal representa 10% da produção nacional total.
A obrigatoriedade de Portugal alcançar as metas impostas pela Diretiva
2009/28/EC, impõe a adoção de medidas concretas e eficazes para a redução de
emissões de CO2.
Os investimentos e incentivos no setor energético nacional (produção de energia
elétrica e calor), devem beneficiar aplicações que, tenham elevado rendimento e
fomentem a economia nacional numa perspectiva horizontal.
A substituição de equipamentos que utilizem combustíveis fósseis, por equipamentos
a pellets para produção de calor e vapor no meio doméstico e industrial, pode gerar
poupanças monetárias na ordem dos 70% e de emissões, próximas de 100%,
considerando os pellets, uma energia renovável com ciclo de carbono fechado.
Para produção de energia elétrica, a ANPEB considera a adaptação das centrais
termoelétricas a carvão para queima combinada de pellets e carvão, ou seja, co-
firing, uma oportunidade interessante, para, por um lado, reduzir a dependência
externa de energia e, por outro, utilizar os recursos existentes em Portugal, que
atualmente são exportado em larga escala para aplicações semelhantes no centro da
Europa. A poupança, a nível de emissões, pode ir de 10% a 100%, dependendo da
proporção da incorporação de pellets na combustão.
Matéria-prima. A disponibilidade de matéria-prima é, uma das maiores
preocupações do setor, devido, em grande parte à constante redução da ocupação
de pinheiro bravo nas florestas nacionais. A indústria da produção de pellets
consome cerca de 1.4 milhões toneladas de biomassa anualmente, da qual se
salientam produtos e subprodutos da exploração florestal e primeira transformação
da madeira.A espécie florestal mais utilizada para a produção de pellets é o pinheiro
bravo.
A indústria dos pellets consome, para
suprir as suas necessidades de calor na
secagem da matéria-prima, biomassa
de menor valor, promovendo a limpeza
de zonas de exploração florestal e
remoção de espécies infestantes,
levando assim, à valorização de
biomassa, que, de outra forma,
aumentaria exponencialmente o risco de
incêndio nas zonas de exploração.
Na perspectiva da ANPEB, é importante
salvaguardar a gestão cuidada e
responsável dos recursos florestais,
nomeadamente da fileira do pinheiro
bravo, com ações de promoção e
incentivo à certificação florestal, que
levem ao aumento do rendimento
florestal e assim, a uma maior
produtividade a médio e longo prazo.
Desta gestão sustentável do recurso
florestal, poderá resultar uma menor
incidência de fogos e o aumento da
confiança de investidores na floresta
nacional, aumentando a rentabilidade
da floresta.
As culturas energéticas, baseadas na
plantação de espécies lenhosas de
crescimento rápido para fins
energéticos, como o Choupo ou o
Salgueiro, carecem, ainda, de uma
legislação clara para a sua
implementação, como é o caso das
localizações e dos métodos de cultivo
permitidos, seja, proximidade de
percursos de água ou possibilidade da
aplicação de regadio.
MERCADO PELLETS PORTUGAL ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PELLETS ENERGÉTICOS DE BIOMASSA
Cerca de 80% da matéria-prima utilizada
para a produção de pellets advém da fileira
do pinho, sendo a restante matéria-prima
proveniente de outras espécies como o
choupo, eucalipto, acácia e carvalho.
O cultivo destas espécies de curta rotação
alivia a pressão sobre espécies de renovação
mais demorada, beneficiando a conservação
da floresta e o uso rentável do solo.
Em suma, na visão da ANPEB, a conjunção de
uma gestão sustentável dos recursos
existentes com a diversificação da matéria-
prima disponível é a resposta para a
manutenção e crescimento da indústria dos
pellets como setor emergente da economia
nacional, gerador de emprego e riqueza em
zonas rurais, capaz de rentabilizar um recurso
tão importante para Portugal, como a nossa
Floresta.
A ANPEB – Associação Nacional de Pellets Energéticos de Biomassa, foi
fundada em Fevereiro de 2010 com o objetivo de promover o
desenvolvimento do setor das pellets de madeira em Portugal.
Esta associação pretende representar todo o setor dos pellets, desde o
fabrico até à utilização. Na área da produção, a associação representa
já a maioria dos fabricantes nacionais com uma produção anual de
aproximadamente 1.000 000 ton. Os principais objetivos da ANPEB
são:
- Promover os benefícios do uso de pellets de madeira como fonte
energética endógena e ambientalmente responsável.
-Representar e participar no desenvolvimento da indústria dos pellets
de madeira nacional
- Formar e informar sobre tecnologias, equipamentos e melhores
práticas aplicadas aos pellets, clarificando dúvidas comuns, quer do
público geral, quer de entidades legisladoras e reguladoras.
RUBRIK
Enermontijo is the wood pellets plant of the Enerpar Group, operating
since 2008 and located in the southern region of Portugal, Pegões. Wood
pellets production at Enermontijo increased 15% from 2010 to 2011.
Over than 97% of production is exported to central and northern Europe
(Benelux, Denmark...) and industrial customers in Portugal grew, in
delivered quantities, from 1,5% in 2010, to 2,6% in 2011.
The turnover also increased significantly in 2011, from 7,00M€ in 2010 to 7,94M€ in 2011, which represented an EBITDA of 1,55M€ in
2010 and 1,71M€ in 2011.
Our pellets are on the top of premium and the best quality standards, the result of an efficient process design and a qualified and
experienced team -the key of success of our wood pellets production and sales increase in the utilities market in Europe, and the heating
market in Portugal and Spain.
Pine, mainly roundwood but also chips and sawdust forms, delivered at Enermontijo wood yard gate
Strategically sourced within the minimum radius distance from plant. Best applied forest management practices by loggers.
Solid and structured commercial relations with suppliers
Output Capacity: 80.000 mt /year
ENERMONTIJO PELLETS
Main processes: debarking, chipping, rechipping, drying, milling and pelletizing. High energy efficiency on installed drying
system - our contribution for a lower carbon footprint.
Continuous quality control during production: metal detection in main equipments; moisture, density and particles
measurements.
Each loaded vessel is quality monitored by inspection entities either required by our clients. Enermontijo is GGL certified and
annually inspected on quality and sustainability by internationally recognized audit entities:
High loading rate capacity assured through gravity from two silos that may load trucks simultaneously.
The 35 km close distance from the sea port allows a very effective loading vessel operations and adds a plus on
sustainability and lower carbon.
Enermontijo exports more than 98% of its production
Main Clients and End Users: Electrabel, Vattenfall, RWE, Dong Energy, Eon, Drax Power
O Grupo Enerpellets surge da iniciativa de um conjunto de profissionais com elevada experiência profissional na gestão de empresas que
identificaram uma oportunidade, de cariz amplamente exportador, na cadeia de valor de produção de energia térmica e elétrica.
O Grupo Enerpellets tem a sua atividade na fileira energética como produtor de um combustível sólido de base renovável, o pelete de
biomassa florestal, em duas unidades industriais localizadas em Pedrogão Grande e Alcobaça, ambas no Distrito de Leiria. Este
combustível sólido permite a produção de ambas as energias, a elétrica e a térmica. O Grupo Enerpellets serve os diferentes segmentos
de mercado designadamente o industrial, comercial e doméstico. A capacidade de produção anual efetiva é de cerca de 250.000
toneladas de peletes.
ENERPELLETS
RUBRIK
O Grupo Enerpellets tem uma importância nacional e regional relevante pois
exporta praticamente a totalidade da sua produção e não regista importações, ou
seja, contribui com um Valor Acrescentado Nacional de 100%.
Em termos regionais, emprega diretamente mais de 80 colaboradores e
indiretamente gera mais de cinco centenas de postos de trabalho,
proporcionando a muitas micro e pequenas empresas um rendimento regular e
escapar a crises conjunturais em outros sectores no âmbito das madeiras.
Importa ainda referir que o Grupo Enerpellets tem um papel relevante na
preservação e valorização da floresta, bem como no contributo para limpeza das
florestas e, conseqüentemente, na diminuição do risco de incêndios.
Em termos de equipamentos, a Unidade está dotada de um conjunto selecionado de equipamentos, amplamente testados nesta
indústria, os quais foram valorizados por pormenores de engenharia desenvolvidos internamente furto da experiência adquirida. A
localização em Pedrogão Grande é estratégica, uma vez que se encontra instalada na maior mancha florestal de Portugal, o que garante
a proximidade à matéria-prima.
Uma vez que a produção é fundamentalmente expedida por barco, foi construída no Porto da Figueira da Foz uma infra-estrutura logística
para carregamento de barcos. Este porto foi selecionado pela sua relativa proximidade a Pedrogão, bem como pelo fato de se tratar de
um porto relevante no centro de Portugal para cargas a granel. O transporte do pelete desde a Unidade até ao Porto da Figueira da Foz é
garantido por caminhão, beneficiando de excelentes rodovias.
RUBRIKUnidade de Produção de Alcobaça
Em 2011 foi iniciada a construção de uma
nova unidade de produção de pellets, em
Alcobaça, cuja inauguração ocorreu em
Setembro de 2012. Esta Unidade foi
concebida de modo a ser flexível sendo por
isso capaz de produzir peletes para os
segmento de mercado comercial e doméstico.
Está também preparada com a máxima
flexibilidade em termos de recebimento de
matéria-prima, pois pode processar madeira
em faxina, estilha, costaneiro ou serrim, e
dispõe de um equipamento de grande
capacidade para descasque, conseguindo por
este meio reduzir a percentagem de cinza no
produto final. Esta Unidade tem uma
capacidade anual de produção efectiva de
110.000 toneladas, podendo o produto final
ser fornecido a granel, em sacos e em big-
bags
Uma vez que parte da produção é expedida por barco, foi construída no Porto de
Aveiro uma infraestrutura logística automática para carregamento de barcos, já
que o pelete tem a qualidade Enplus A1.
Este porto foi seleccionado pela sua relativa proximidade a Alcobaça, bem como
pelo facto de se tratar do maior porto no centro de Portugal para cargas a granel.
O transporte do pelete desde a Unidade até ao Porto de Aveiro é garantido por
camião, beneficiando de excelentes rodovias.
Nicepellets, Lda company located in the Ilhavo (Portugal), began his career in manufacturing pellets for domestic and industrial use.
Our effort is focused on pellet quality and can provide sustainability and respect for the environment. We are in process to obtain the EN-
Plus, with which we want to offer the quality of a growing fuel use.
The production line uses the latest technologies that exist in the market for the manufacture of pellets, being a fully automated.
The product is offered in three different arrangements, 15 kg bags, big bags of 1000 Kg and bulk.
NICE PELLETS
NOVA LENHA PELLETS A empresa Nova Lenha, Lda, iniciou a sua atividade em 1995, tendo como
objeto único a produção de briquetes pinikay. A qualidade foi desde o início,
uma das principais preocupações dos responsáveis. Os quais dotaram a
empresa com os recursos humanos e tecnológicos, necessários á obtenção da
qualidade pretendida. Com o decorrer do tempo, a empresa conseguiu ganhar
algum reconhecimento, devido a elevada qualidade de seus produtos, situação
que se veio a manter até à presente data.
Fábrica de Pellets. Construída e inaugurada em 2008, foi o primeiro grande
investimento que foi realizado. Este investimento visava o aproveitamento de
novas oportunidades de negócio (Pellets), rentabilizando os subprodutos da
serração, que continuavam a existir em excesso. Os pellets "Nova Lenha" são
feitos unicamente com madeira de pinho (estilha/serrim) não contaminado,
sem qualquer aditivo, o que faz deles um produto 100% natural. Ao selecionar
apenas serrim de alta qualidade, maioritariamente proveniente da nossa
serração, temos uma garantia que os níveis de qualidade exigidos, serão
atingidos.
CARACTERÍSTICAS: (Valores Aproximados)
Poder calorífico: 4.700 Kcal/Kg, 18 Kj/Kg Resíduos: Baixo valor de cinzas,
0,50 % - Umidade: Baixo valor, 6% a 7%
Composição: Madeira de pinho 100% pura, prensada sem qualquer aditivo.
Conservação: Ilimitada (Proteger da umidade)
Modo de utilização: Queimar em equipamento próprio para pellets, usar de
acordo com as recomendações do fabricante do equipamento.
RUBRIK
A Palser foi assim constituída em 1990 com a designação de
Palser – Paletes da Sertã, Lda, com um capital social de
1.000 contos (4.987,98€).
Iniciou a sua atividade na Sertã, junto dos fornecedores da
principal matéria-prima, a madeira serrada.
Desde o início da sua atividade que apostou num processo de
fabrico de paletes o mais automatizado possível, de modo a
obter bons níveis de produtividade e qualidade,
transformando a empresa numa das mais evoluídas e
competitivas do sector, tanto a nível nacional como
internacional.
PALSER PELLETS
De propriedade privada e familiar, o Grupo Gesfinu elegeu como áreas de negócio
principais a produção de eletricidade e a bioenergia, continuando a sua atividade na área
de imobiliário.
Com um capital social de €15.000.000,00 e um nº de colaboradores que ascende a cerca
de 120, a Gesfinu tem por objeto a gestão de participações sociais na área da energia
eólica, hídrica, reciclagem de óleos usados, produção de pellets e imobiliário.
Na área da energia eólica e hídrica, o grupo tem sobre sua gestão três parques eólicos
(Energia Verde, Elienergia e Senhora do Monte), uma mini-hidrica (Sed), e detém uma
participação no Parque Eólico do Barlavento. O potencial energético total é de cerca de 75
MW
PELLETS POWER
Pellets Power
Situada em Mortágua, esta unidade de produção de pellets iniciou a
laboração em Abril de 2008.
A capacidade de produção anual é de cerca de 100.000 toneladas.
A Exportação é efetuada através do Porto de Aveiro, que se encontra a
uma distância de 70 Kms da unidade fabril.
A Pellets Power dispõe de uma linha de embalagem, totalmente
automatizada com capacidade de 20 ton/h para sacos de 15 kg.
PELLETS POWER
Na área da bioenergia, o grupo conta com 3 unidades industriais de
produção de Pellets de madeira, a Junglepower, Pellets Power e Pellets
Power 2, situadas respectivamente no Norte, Centro e Sul do país, com uma
produção anual em velocidade cruzeiro de cerca de 300.000 toneladas.
Os novos desafios do grupo focalizam-se na internacionalização na área da
energia eólica, onde através da participada Gewind o grupo se encontra a
operar na Polónia.
O balanço traduz-se em importação zero e exportação cem. A receita anual
de €40 milhões resulta da exportação de 330 mil toneladas, que torna a
sua holding, a Gesfinu SGPS, um dos três maiores fabricantes da Europa.
PELLETS POWER 1
Pellets Power 1
Situada em Lousada, esta unidade de produção de pellets foi a primeira
do grupo a ser instalada, tendo iniciado a laboração em Janeiro de 2008.
A capacidade de produção anual é de cerca de 80.000 toneladas.
A Exportação é efetuada através do Porto de Aveiro, que se encontra a
uma distância de 120 Kms da unidade fabril.
PELLETS POWER 1
Constituídas exclusivamente por partículas de madeira provenientes das
florestas ardidas, rolaria, estilha de madeira e resíduos florestais, as Pellets de
madeira são um produto natural, utilizado na sua maioria por empresas
produtoras de eletricidade, que utilizando produtos fósseis para produção de
energia vêm-se na eminência de face aos compromissos de Quioto, e com vista à
redução das emissões de CO2 , utilizar este combustível.
Os pellets têm como destino a exportação, nomeadamente os países do Centro
e Norte da Europa, detendo o grupo uma infra-estrutura de armazenagem no
Porto de Aveiro e no Porto de Sines. As 3 unidades fabris, Junglepower, Lda,
Pellets Power, Lda e Pellets Power 2, Lda, estão situadas estrategicamente no
Norte, Centro e Sul do país, respectivamente, com proximidade quer das fontes
de matéria prima, quer do Porto de Mar.
PELLETS POWER 2
PELLETS POWER 2
Pellets Power 2
Situada em Alcácer do Sal, esta unidade de produção de pellets
iniciou a laboração em Maio de 2009.
A capacidade de produção anual é de cerca de 100.000 toneladas.
A Exportação é efetuada através do Porto de Sines.
PINEWELLS
A Pinewells, S.A. é uma moderna unidade de produção de pellets, sediada na
zona industrial de Arganil, equipada com a mais recente tecnologia,
assegurando um produto final de elevada qualidade e de acordo com as mais
exigentes especificações dos clientes internacionais e da norma européia
ENPlus.
Exportando, atualmente, a totalidade da sua produção, a Pinewells está
englobada nas indústrias da fileira da Bioenergia, produzindo um
biocombustível que pela sua natureza, não tem impacto ambiental, promove a
redução das emissões de CO2 e apoia a gestão florestal, ao consumir
sobretudo produtos oriundos da limpeza florestal e desperdícios da indústria
de madeiras.
A Pinewells tem como objetivo a produção de um produto de acordo com os mais elevados padrões de qualidade, com vista à
satisfação total do cliente. Para atingir este objetivo a Pinewells dispõe de um sistema de monitorização permanente dos seus
processos produtivos, recorrendo para tal a Laboratórios internos e externos, levando aí a cabo todo um conjunto de análises internas
ao produto, nos seus diversos estágios de produção, bem como às matérias primas recepcionadas, assegurando a conformidade
destas com os requisitos exigidos.
Como resultado de todo este esforço e empenho de todos os colaboradores, a Pinewells tornou-se o primeiro fabricante português a
obter a certificação segundo a norma ENplus, baseada na EN 14961-2, produto A1, pellets doméstico, no âmbito da “Certificação de
Pellets de Madeira para Utilização em Sistemas de Aquecimento”.
PINEWELLS
RUBRIK
STELLEP PELLETS
A Stellep é uma empresa constituída em 28 de janeiro de 2008. Tem
uma capacidade produtiva instalada de 50.000 tn/ano.
Encontra-se situada na zona norte de Portugal, em chaves.
Na produção de pellets é utilizada matéria-prima de origem 100%
natural, fazendo um aproveitamento de produtos da cadeia florestal,
como é o caso dos desperdícios da indústria da madeira (serrim e
costaneira), rolaria diversa e os resíduos obtidos na limpeza das
florestas para produzir biocombustível que é considerado limpo e que
tem um forte impacto na redução das emissões de CO2.
Os pellets de madeira são parte de um variado leque de energias
renováveis. Os nossos pellets são utilizados não apenas em sistemas
de aquecimento mas essencialmente para produzir calor e energia
elétrica em Centrais Térmicas de Produção de Energia Elétrica.
São extremamente densos e contém uma umidade inferior a
7%, o que permite obter um produto com grande poder
calorifico e elevada eficiência na combustão. Devido à sua
elevada densidade são facilmente armazenados e
transportados a grandes distâncias através de navios.
A sua produção acual é maioritariamente para exportação
contribuindo desta forma para melhorar a balança de
exportações. Tem como principais clientes os maiores
produtores de energia elétrica da União Européia, que se
situam nomeadamente no Reino Unido, Alemanha, Dinamarca
e Suécia.
A Vimasol arrancou com o fabrico de pellets de madeira no final de 2008, com uma unidade de produção em Celorico de Basto. A
iniciativa surgiu a partir de um projecto em parceria com a Universidade do Minho e o Centro para a Valorização de Resíduos (CVR), para
a incorporação de resíduos industrias em pellets de madeira.
Situada em Celorico de Basto, na Zona Industrial de Crespos, a unidade de produção recorre exclusivamente a serrim proveniente de
serrações de madeira de pinho, para produzir pellets tendo como referência os pellets de qualidade premium.
VIMASOL PELLETS
Com uma capacidade que pode atingir as 9 000 ton/ano, a unidade conta com um processo produtivo rigoroso e controlado, com
destaque para a unidade de secagem do serrim que permite a obtenção de um produto final de excelente qualidade.
A produção de calor necessário à secagem do serrim é obtida pela queima controlada de resíduos florestais, aumentando desta forma a
valorização de recursos endógenos e a sustentabilidade do processo.
VIMASOL PELLETS
A Glowood SA dedica-se à produção e comercialização de pellets, com forte vocação para o mercado externo, onde mais de
90% da produção se destina a exportação.
Fundada em Maio de 2011, está localizada no Parque Empresarial do Cercal do Alentejo, e teve o apoio do IAPMEI, através
do programa POalentejo.
GLOWOOD PELLETS
Matéria-prima
A biomassa pode ser definida como toda a matéria orgânica exceptuando a de origem fóssil. Inclui deste modo uma grande variedade
de matérias-primas. A biomassa pode ser classificada de acordo com a sua origem (florestal, agrícola, industrial, etc.), o seu tipo
(lenhosa, herbácea, mistura, etc.) e a sua forma (sólida, líquida ou gasosa).Várias operações florestais contribuem para produzir as
matérias-primas que podem ser utilizadas no nosso processo:
Desbastes: a rolaria produzida a partir de operações de redução de densidade como os desbastes pode não ter as especificações
exigidas pelas serrações e pode ser entregue em unidades de biomassa;
Podas: de modo a conduzir a configuração da copa das árvores e aumentar a produção de fruto, algumas pernadas e ramos são
cortados e podem ser entregues em unidades de pellets;
Corte final: os ramos e as bicadas são resíduos florestais geralmente deixados no povoamento ou queimados depois de rechegados.
Alternativamente, estes resíduos podem ser triturados e entregues às unidades de pellets para serem usados na fornalha ou no
próprio processo se o nível de contaminantes (por exemplo, areia ou pedras) for relativamente reduzido.
Outras matérias-primas serão usadas. A indústria da serração pode fornecer estilha e serrim apesar de estas matérias-primas serem
de baixo volume e caras de transportar. Os resíduos agrícolas – por exemplo, podas de olivais ou vinhas, que habitualmente têm níveis
de azoto e outros minerais mais elevados -, podem ser usados na fornalha para a secagem assim como para o próprio processo.
As culturas energéticas são espécies geridas num regime de curta rotação especificamente para fins energéticos. Espécies como o
choupo ou o eucalipto são espécies florestais de rápido crescimento que podem produzir um fluxo contínuo de biomassa anual Iremos
apoiar de forma ativa e envolver-nos em nova investigação em culturas energéticas.
BIOENERGY PORTUGAL WOOD PELLETS
BIOENERGY PORTUGAL – WOODPELLETS
Wood pellets
A qualidade dos pellets de madeira é
avaliada através de vários parâmetros
físicos e químicos. A qualidade é
influenciada pelo tipo de biomassa
utilizada e o próprio processo produtivo.
A Bioenergy Portugal segue rigorosas
práticas de abastecimento e produção de
modo a garantir o máximo de qualidade e
valor para os seus clientes. Iremos produzir
pellets de classificação I2 conforme
definido pela Initiative Wood Pellets
Buyers (IWPB).
Logística
Os pellets de madeira da Bioenergy Portugal serão produzidos com as melhores tecnologias disponíveis de líderes mundiais de
fabricantes de equipamentos. A produção de pellets envolve seis fases:
Trituração: a matéria-prima como rolaria é partida em partículas pequenas em potentes trituradores;
Moagem húmida: a estilha é reduzida em partículas ainda mais pequenas para uma secagem mais eficiente;
Secagem: a humidade da matéria-prima pode variar entre 35-50% à entrada do processo. A água é evaporada ao passar por um
secador de tambor aquecido pelos gases quentes produzidos numa fornalha alimentada a biomassa;
Moagem seca: o serrim seco é novamente moído para garantir que todas as partículas têm as dimensões necessárias para a fase
seguinte;
Peletização: o serrim é alimentado às prensas onde os rolos exercem pressão contra uma matriz horizontal;
6. Arrefecimento e armazenamento: os pellets que saem das prensas estão quentes e quebráveis, pelo que é necessário
arrefecer até próximo da temperatura ambiente. Os pellets são depois armazenados em silos ou armazéns.
A produção de pellets de madeira cumpre todos os requisites relacionados com segurança e protecção ambiental. As unidades
estão equipadas com vários instrumentos de detecção de fagulhas e extinção para reduzir tanto quanto possível o risco de
incêndio, proteger os trabalhadores e as máquinas. O pó produzido na trituração e moagem, assim como as partículas da
fornalha, são reduzidos ao mínimo utilizando equipamentos de tratamento de emissões como ciclones e filtros de mangas.
BIOENERGY PORTUGAL WOOD PELLETS
CONSUMO SUSTENTÁVEL CALDEIRA INDUSTRIAL PELLETS PORTUGAL
Combustível. O sistema proposto foi uma
caldeira a pellets com uma potência de 50
kW. O fornecimento de pellets ficaria a
cargo de uma fábrica de pellets, que seria
estabelecida numa zona próxima, e que
também seria responsável pelo
fornecimento a outras instalações que se
preparavam para instalar sistemas com
igual tecnologia. O investimento na fábrica
provém de um consórcio de empresas
nacionais que pretendem expandir o
mercado de produção de pellets em
Portugal. Até que a fábrica se encontre
totalmente estabelecida, o fornecimento
iria ser garantido através da importação de
pellets, prevendo-se uma diminuição no
custo da matéria-prima a partir do
momento em que a fábrica de produção de
pellets se encontre em pleno
funcionamento.
Benefícios para o Hotel. O antigo sistema
de aquecimento do Hotel consistia em
duas caldeiras a óleo com uma capacidade
térmica nominal de 152 kW, sendo
capazes de gerar anualmente 135 MWh.
O cálculo efetuado foi: 37 litros por dia *
365 dias = 13505 litros = 13.5 m3 =>
13.5 m3 * 10 MWh / m3 = 135 MWh
Normalmente, quando uma das caldeiras
se encontra em operação a outra encontra-
se desligada, servindo como backup em
situações de emergência. O consumo
médio de combustível das caldeiras variou
de 31 litros em 2002 para 37 litros em
2005. Assim, o custo em combustível
aumentou de 4.647 e em 2002 para 9.106
e em 2006. Tendo em conta valores de
2006, o custo em pellets, para que fosse
obtida a energia equivalente, seria de
6.600 e.
Hotel Albergaria El-Rei Dom Manuel
O caso apresentado será o Hotel Albergaria El-Rei Dom Manuel, localizado na Vila de
Marvão. O hotel é constituído por 15 quartos (220 m2), um restaurante (80 m2), um
bar (20 m2) e uma sala de lazer (30 m2). A área total é de 360 m2.
Os custos energéticos no ramo da hotelaria são elevados e, nos últimos tempos, o Hotel
Albergaria El-Rei Dom Manuel tem tomado inúmeras medidas de forma a reduzir estes
custos. O hotel encontra-se disposto a substituir o sistema convencional e antigo a
combustíveis fósseis por um sistema recente e muito menos poluente o pellets É
apresentada uma alternativa para o aquecimento central e aquecimento de águas
sanitárias do hotel baseada numa caldeira a pellets. Pretende-se demonstrar que as
poupanças que advêm da implementação de tal sistema permitem ultrapassar
entraves como sejam o investimento inicial ou os custos de manutenção e operação do
sistema.
Ideia Geral de Negócio. A ideia geral de negócio consistia em substituir o sistema
convencional do hotel, composto por duas caldeiras antigas que funciona a óleo, por
um sistema composto por uma caldeira a pellets. Pretendia-se que o novo sistema de
bioenergia fosse capaz de suprir todas as necessidades de aquecimento e água quente
durante a estação do Inverno. Assim, através do sistema de biomassa florestal,
esperava-se diminuir a dependência do hotel em termos de combustíveis fósseis.
É um fator extremamente vantajoso uma vez que, este tipo de combustíveis apresenta
uma elevada volatilidade no preço bem como elevados valores de emissões de gases
nocivos. A opção pela biomassa florestal permitiria poupanças no combustível e ao
mesmo tempo transpareceria uma imagem positiva do hotel em termos de consciência
ambiental.
É importante garantir espaço para a instalação do silo onde será
armazenado o combustível. Para a mesma capacidade de
armazenamento, é necessário um silo maior do que depósito de
armazenamento de óleo.
Se o poder calorífico dos pellets é cerca de 5 MWh/m3 e do gasóleo é
aproximadamente 10 MWh/m3, conclui-se que o silo terá que ter o
dobro da capacidade de armazenamento do depósito de óleo.
Existe espaço de manobra suficiente para que os caminhões que
transportam os pellets consigam depositar estes no silo. Entretanto, é
também necessário considerar a ligação de alimentação automática
desde o silo até à caldeira. A eficiência da caldeira instalada será de
cerca de 80 %.
Plano Financeiro. Trata-se de uma estimativa pessimista, uma vez que
se prevê um aumento do preço da energia (volatilidade nos preços dos
combustíveis fósseis), o que se traduzirá numa diminuição no tempo de
retorno do investimento.
O cálculo efetuado foi: Custo em Pellets: 135 MWh /
(5 MWh / ton) = 27 ton => 27 ton * 200 e/ton =
5.400e
Facilmente se conclui que seria obtida uma poupança
anual de cerca de 3.700 e.
Operação e Manutenção. A caldeira a pellets seria
operada de maneira semelhante ao que sucedia com
o sistema anterior. Aliás, tratando-se de uma
tecnologia mais recente, seria um bloco mais
automatizado e portanto necessitando de menor
operação manual. De qualquer forma ficaria a cargo
do Hotel definir uma pessoa responsável pela
operação do sistema.
No que diz respeito à manutenção do sistema
(situações como limpeza de cinzas, necessidade de
alguma afinação ou substituição de peças, etc.) seria
contratada uma equipe à empresa responsável pela
instalação do novo sistema. O Hotel compraria
combustível importado até que a fábrica tivesse
pronta para fornecer.
Equipamento e Instalação. Uma das caldeiras a óleo
será removido, ficando a outra para suportar
possíveis situações de emergência (picos de carga,
interrupções repentinas, etc.) ou de necessidade de
manutenção do novo sistema. Assim que uma das
caldeiras for removida torna-se possível instalar a
caldeira a pellets no espaço entretanto criado.
Normalmente, é necessário mais espaço para instalar
uma caldeira a pellets do que uma caldeira
convencional a óleo para uma mesma potência mas,
neste caso, o espaço criado é suficiente já que a
caldeira antiga tem uma potência de 80 kW ( modelo
antigo de grande dimensão) enquanto que a nova
caldeira a biomassa florestal tem uma potência de
apenas 50 kW (novo modelo mais compacto e
eficiente).
CONSUMO SUSTENTÁVEL CALDEIRA INDUSTRIAL PELLETS PORTUGAL
POUPANÇAS EUROS
Custo do óleo no sistema antigo
(para uma média de 37 litros por litro)
9.106
CUSTOS
Custo em Pellets de madeira
(Para um consumo anual de 165 MWh à 33
toneladas de pellets).
5.800
Uso suplementar de óleo 800
Custos de Manutenção 100
TOTAL 6.700
BALANÇO POUPANÇAS/CUSTOS 2.406
O pellet é uma fonte de energia
renovável, limpa e eficiente,
resultando em um combustível
sólido a partir de biomassa florestal
e de resíduos gerados no
processamento da madeira,
permitindo uma combustão com
pouca fumaça, e liberando menos
monóxido e dióxido de carbono do
que qualquer combustível fóssil. As
plantas e as árvores removem o
dióxido de carbono (CO2) da
atmosfera e armazenam-no sob a
forma de compostos orgânicos
enquanto crescem, através do
processo da fotossíntese.
Neste processo a luz, a água, os sais
minerais do solo e o CO2, são utilizados
como matérias-primas.
Parte deste composto florestal (inclusive do
processo industrial) podem ser beneficiados
pelo sistema de compactação residual ou
peletização na transformação de um
combustível renovado como o pellets.
A principal razão para o desenvolvimento da
unidade industrial de produção de pellets é o
forte aumento da demanda de energia
térmica e de aquecimento que o mundo vai
enfrentar nos próximos anos.
Para atender a crescente demanda
internacional projetada de pellets, terá
que aumentar também da produção
industrial mundial o que vem em
demonstrar a viabilidade da unidade
industrial. Além disso, enquanto na
maioria dos países, os pellets
consumidos são produzidos no próprio
país, no futuro, os recursos de matéria-
prima serão cada vez mais escasso.
O Pellet é uma fonte de energia
renovável pertencente à classe da
Biomassa.
O Pellet é um combustível sólido de
granulado de resíduos de madeira
prensado, proveniente de desperdícios
de madeira.
O mercado oferece várias tipologias de
pellet com características que variam
conforme os tipos de madeiras a serem
utilizado. São partículas de resíduos
agrícolas ou agro-florestais
compactados sob a forma de um
pequeno cilindro.
A utilização de pellets de madeira como
combustível já é comum em aplicações
tão diversificadas como fornos de
padarias, fornos cerâmicos,
aquecimento de estufas, oficinas de
pintura de veículos, estufas de flores,
secagem de grãos, calefação de
moradias e aquecimento de água.
WOOD PELLETS BRASIL
INSTITUTO BRASILEIRO BIOMASSA E PELLETSASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
WOOD PELLETS BRASIL
Uma das formas de melhorar a
qualidade da biomassa na combustão
é a densificação, que aumenta a sua
homogeneidade tornando mais fácil e
econômico o seu transporte e
armazenamento e apresenta uma taxa
de combustão comparável à do carvão,
uma combustão mais uniforme e a
redução da emissão de partículas.
A densificação eleva a massa
específica aparente da biomassa em
muitos casos, 5 a 10 vezes superior ao
material de origem. Os pellets devem
possuir as características técnicas
impostas pela certificação em vigor, de
forma a ser comercializados
internacionalmente e sem problemas
de incompatibilidade na utilização nos
equipamentos de combustão.
As suas principais características,
relacionam-se com a dimensão do produto, a
sua densidade, as suas propriedades
químicas e os parâmetros mais relevantes
durante sua queima, tais como o poder
calorífico, o teor de unidade e o teor de
cinzas.
A dimensão dos pellets e um dos aspetos
mais importante, pois as caldeiras são
projetadas e concebidas com base nos
valores presentes nas normas, sendo que
pellets com valores superiores aos
normalizados podem causar problemas de
alimentação no equipamento. Segundo a
certificação ENplus, os pellets podem
possuir diâmetros de 6 mm ou 8 mm e
comprimentos até 40 mm, sendo que até 1
%dos pellets podem conter 45mm de
comprimento.
Antes de embalados, os pellets devem
ser peneirados com uma malha de 3,15
mm, valor mínimo referenciado.
Em termos de qualidade dos pellets de
madeira, a norma EN14961-2 da União
Européia define três classes: a ENplus-
A1, a ENplus-A2 e a classe PT-B Os
pellets de Classe A1 são aqueles cuja
matéria-prima é madeira virgem ou
resíduos de madeira sem tratamento
químico com baixo teor de cinzas,
sílica e cloro.
Os combustíveis com teor de cinzas, de
sílica e/ ou de cloro ligeiramente
superior ao que determina a norma
correspondem já à Classe A2.
Na classe B também é permitida a
inclusão de produtos lenhosos com
tratamento químico ou em fim de vida.
Processo Industrial. A produção é feita
a partir de madeira (biomassa) que
depois de triturada (serragem) e
submetida a um processo secagem, de
modo a eliminar o máximo de resinas e
umidade, obtendo uma das formas de
geração de energia por queima menos
poluentes.
O processo de produção de pellets da
empresa é dividido em partes como
consta na figura acima, envolvendo:
Armazenamento, Carregamento de
Toras. Picagem da Madeira.
Peneiramento. Pilhas de cavaco.
Secagem. Silos de Matéria-prima seca.
Sistema de Moagem. Peletização.
Resfriamento. Armazenamento.
WOOD PELLETS BRASIL
A matéria-prima a ser utilizada no
processo industrial será de origem
florestal (processo de extração
florestal, biomassa residual como
galhos, copa, descarte, tora fina e
de menor diâmetro ou lenha), fins
energético (floresta plantada) ou
industrial (resíduos do processo de
madeira e serraria) para o processo
industrial.
No pátio de biomassa deve ser
recebido os resíduos florestais e
industriais para a utilização no
processo de geração de energia
térmica e vapor (fornalha industrial).
A planta industrial deve operar
ininterruptamente, requerendo um contínuo
abastecimento de biomassa para a geração
de energia térmica e de cavaco limpo,
micro-pó e serragem para o processo
industrial. Por isso, os cavacos sujos e com
casca (para fins de biomassa para geração
de energia térmica) devem ser estocados em
grandes pilhas no pátio de estoque
refrigerado (para uso contínuo em queima
industrial – fornalha) ou no silo de
armazenamento para a produção industrial
de pellets.
No caso da recepção de tora ou lenha
devemos na unidade industrial em produzir
cavaco com picadores industriais que
possuem lâminas ou facas, geralmente
acopladas em um disco ou em um tambor,
que cortam a madeira com alta velocidade
de rotação, produzindo cavacos de forma e
tamanho uniformes e superfície lisa.
A madeira com granulometria menor é
transportada para o silo de
armazenamento de matéria-prima.
A matéria-prima deve ser transportada
até a área de pré-armazenamento (passa
por uma secagem natural por 20 dias para
redução de 5% á 10% de umidade) e
depois transportada ao silo de matéria-
prima (podendo ficar armazenada por três
dias em retenção da biomassa).
A matéria-prima pode ser adquirida
localmente uma vez que, devido à sua
reduzida densidade, o seu transporte em
grandes distâncias torna-se dispendioso.
É necessário assegurar a existência de
estoque de matéria-prima, o que acontece
através da existência de dois locais (pátio
aberto e silo de matéria-prima) na
unidade industrial.Será transferida por
transporte pneumático passando pelo
detector de metais ou resíduos (pedra e
inertes) ao sistema de alimentação para o
processo de secagem ao processo de
moagem industrial. A secagem é a etapa
que consome mais energia na produção
de pellets. Este setor é o responsável
pela extração da água existente na
matéria-prima. A energia térmica
necessária a este processo provém de
uma fornalha na qual é queimada a
biomassa.
Devido às elevadas temperaturas
envolvidas, a umidade existente na
matéria-prima vaporiza (sendo libertada
para a atmosfera) enquanto a matéria-
prima seca é transportada para a
unidade de pelletização. O silo de
armazenamento da matéria-prima seca
permite uma equalização de teor de
umidade.
WOOD PELLETS BRASIL
Passamos para a linha de
moagem e trituração da biomassa
seca. Trata-se da fase na qual a
madeira já triturada é reduzida a
partículas de menor dimensão,
ficando semelhante a serragem e
o micro-pó.
Do silo é transferido pelo sistema
pneumático de transporte até o
prédio da unidade de moagem
industrial. Os transportadores
tem um sistema de aspiração de
ar contínuo (poeira) e um controle
de combustão. O manuseamento
da matéria-prima é realizada com
transportadores de corrente. A
linha de moagem utiliza moinho
martelo para refinar a matéria-
prima para 3 a 4 mm.
A fibra da biomassa moída é transportada
para o silo de armazenamento. As partículas
não aptas são devolvidas à trituração, as
que são aceitáveis são depositadas numa
mesa doseadora que regula a entrada do
material na peletizadora, que deve garantir
um fluxo contínuo e uniforme de material.
A usina pode produzir pellets para o
mercado industrial e doméstico
(residencial). Consoante o tipo de produção,
adaptamos o processo produtivo,
designadamente, a matéria-prima utilizada
(os pellets para o mercado doméstico não
podem conter resíduos florestais e casca na
sua produção) e os equipamentos
envolvidos. De acordo com o tipo de
produção e as entradas de matéria-prima, o
supervisor de logística interna define e
informa o operador, quais os tipos de
matéria-prima (silo) devem ser
transportadas para o processo de moagem
e secagem industrial.
Além do controle de matéria-prima temos
ainda o controle do processo produtivo
desenvolvido pelo operador técnico (unidade
automatizada).
Silo de Armazenamento de Matéria-prima
seca e triturada. Utilizaremos no silo um
sistema de ventilação para ajudar a minimizar
a condensação. Através de filtro de mangas e
um sistema de sucção, a matéria-prima seca
e triturada é transferida para o processo de
peletização. A fibra é comprimida por rolos
de prensagem (granulador) com um
dimensionamento para produção de pellets
(6,5mm).
Após passar pela última refinação na unidade
industrial de pellets, o material é prensado,
originando-se um granulado de madeira,
geometricamente cilíndrico, com diâmetro de
6 ou 8 mm e comprimento entre 20 e 40 mm.
A prensagem é completado por dois rolos no
interior da matriz, que alimenta o material
com orifícios criando uma alta pressão. No
processo de prensagem é necessário um
aquecimento até temperatura de 120-130 ºC.
Após peletização, a temperatura da madeira
é normalmente cerca de 60 a 80 graus
Celsius, e o teor de umidade é de cerca de
10%.
O sistema de resfriamento consiste numa
câmara vertical, de onde os pellets caem em
fluxo de contracorrentes, permitindo diminuir
a sua temperatura. Esta corrente é gerada
por ventiladores mecânicos que funcionam
acionados por energia. Durante o
resfriamento, os pellets tornam-se rígidos e
perdem umidade podendo chegar a 6,0%. O
resfriamento é necessário para garantir a
estabilidade estrutural do sedimento
(pellets). Utiliza-se ainda um sistema de
separação de finos de pellets na unidade.
WOOD PELLETS BRASIL
O pellet é transportado para um silo
produto sistema de pesagem e
embalagem industrial.
Os pellets, após serem resfriados e
limpos, passam por um sistema de
pesagem antes de serem
confeccionados em sacos
específicos personalizados ou em
big bags.
Este sistema de ensacagem pode
ser controlado manual ou
automática. No fim da linha de
produção podem ser armazenados
em silos ou inserir-se numa máquina
de pesagem e embalagem.
Os pellets são facilmente armazenáveis,
devem ser depositados em local seco, de
modo a não favorecer o desenvolvimento de
bactérias ou fungos, embora possuam uma
baixa percentagem de umidade.
Para armazenar uma tonelada de produto é
necessário um depósito de 1,8 m3. Desde
que armazenados seco, os pellets não se
degradam com o tempo.
O transporte é um fator muito importante
para manter a economia na indústria de
pellets.
Por esta razão as fábricas de peletização
devem estar localizadas o mais perto
possível das fontes de matéria-prima. O
transporte dos pellets não é perigoso e nem
gera autocombustão ao contrário do que
acontece com outros combustíveis.
O transporte dos pellets em sacos
maiores (big bags) é mais econômico, mas
não adequado para os pequenos
consumidores, sendo utilizados para
aquecimento de grande de escala.
Os pellets no mercado interno são
distribuídos a granel, transportados por
caminhões ou empacotados em sacos de
15 kg ou big-bags de 1 000 kg.
Os sacos são entregues em paletes,
normalmente de 1 tonelada ou em
embalagem plástica.
Expedição de Pellets Ensacado ou a
Granel. Os pellets produzidos na unidade
industrial, para consumo doméstico
podem ser comercializados a granel, em
paletes com sacos de 15 Kg ou em big-
bags.
De modo a efetuar um auto-controle de
qualidade e a facilitar a identificação de
lotes que estão fora de especificações.
Desenvolvemos um sistema de
rastreabilidade nos pellets
comercializados ensacado descrito no
procedimento operacional de
identificação dos pellets ensacados.
Relativamente aos pellets na expedição
do produto, os caminhões que
transportam pellets, a granel ou
ensacado, são pesados, de forma a
controlar a quantidade de produto como
definido na instrução de trabalho da
pesagem caminhões e do produto.
WOOD PELLETS BRASIL
Pellets como uma solução de
aquecimento e de geração de
energia ao Brasil. Uma das
possibilidades do uso de pellets de
madeira como fonte primária é a
produção de calor. Como solução
térmica, pode ter aplicações na
indústria, comércio e ainda para as
residências e os edifícios através da
implementação de sistemas de
caldeiras, fogões industriais e
queimadores e recuperadores de
calor. A substituição de sistemas
convencionais de caldeiras que se
baseiam no uso de combustíveis
fósseis por sistemas de caldeiras
que utilizam pellets de madeira,
assume-se como uma solução viável
e que apresenta resultados
econômicos e ambientais bastante
favoráveis a longo prazo.
Aquecimento de pellets de madeira ou
geração de energia podem ser utilizados
pela Indústria (todas que utilizam caldeiras
industriais), no comércio (geração de energia
térmica) e para o aquecimento residencial.
Os sistemas de caldeiras a pellets podem ser
aplicados em grandes construções como
hospitais, escolas e outros edifícios
públicos. Diversas indústrias assim como os
hotéis são também alvos de aplicação.
Começa-se a denotar uma tendência para a
substituição dos sistemas convencionais que
usam como fonte os combustíveis fósseis.
Mercado de Consumo Internacional. O
relatório anual de biocombustíveis revela
que a União Européia é o maior mercado
consumidor de pellets em quantidade de
15,1 MMT (milhões de toneladas) no ano de
2014.
Impulsionado pelas directivas da União
Européia e da política de incentivos dos
Estados membros, a demanda de
consumo de pellets vai se expandir para
18 MMT em 2015. Conforme consta no
relatório o principal interesse comercial
diz respeito ao consumo de woodpellets,
biomassa sólida e gasosa utilizada no
setor elétrico e calor.
A utilização destes dois setores de energia
em 2020 deverá totalizar em 107 milhões
de tep. Será necessário a importação em
grande escala de biomassa e pellets .
As previsões mais otimistas do elevado
consumo mundial de pellets são da
European Biomass Association que devem
ser consumidos 80 milhões de toneladas
de pellets em 2020 (importação direta do
Reino Unido, Holanda, Bélgica, Alemanha,
Dinamarca, Suécia e a Itália).
Sikkema projeta que a demanda por
pellets de madeira poderia, em teoria,
chegar a até 150 milhões de toneladas
até 2020, supondo que 50% de todas as
caldeiras de aquecimento de óleo
poderiam ser substituídas, em 2020, e
assumindo um nível da UE, a taxa de co-
incineração média de 10% em todas as
usinas de carvão na UE.
A principal razão para o desenvolvimento
de uma planta industrial de produção de
pellets é o forte aumento da demanda de
energia que o mundo vai enfrentar nos
próximos anos.
.
WOOD PELLETS BRASIL
6
89
10
11
12
13
15
18
197
3
2
1
4
17
1614
5
1. Alimentação de matéria-prima
2. Silo de armazenagem
3. Elevador de canecas
4. Transportador de rosca
5. Alimentador
6. Moinho de martelo
7. Sistema de dosagem
8. Painel de comando
9. Painel elétrico
10. Misturador
11. Resfriador vertical12. Filtro
13. Peletizadora
14. Ciclone
15. Exaustor
16. Galeria de acesso
17. Transportador redler
18. Silo de produto acabado
19. Expedição a granel
Curto espaço de tempo entre a contratação e operação;
Custo de aquisição reduzido;
Pouco espaço ocupado e totalmente adaptável para implantação em
instalações existentes;
Possibilidade real de ampliação ou até a mudança de endereço;
Flexibilidade para trocas de formulação;
Garantia de desempenho e capacidade de produção de 2,5/3,0 ton.
hora de pellets
UNIDADE MODULAR WOOD PELLETS BRASIL
VELOCIDADE
ECONOMIA
FLEXIBILIDADE
Comparativo do Sistema Construtivo: Sob encomenda X Modular padronizada
TEMPOFábrica TRADICIONAL sob encomenda
Fábrica MODULAR padronizada
Pré-projetoe contratação
Engenharia eaprovações
Montagem e Start up
C ontra-tação
Fabricação
Fabricação
MONTAGEM E START UP
GANHO DE TEMPO
Visando o desenvolvimento do setor industrial (produtores florestais e industriais e do setor agroindustrial e sucroenergético no Brasil
estamos apresentando algumas informações da primeira planta industrial compacta – modular para a produção de pellets de todos os
tipos de madeira e com os resíduos agroindustriais.
Este é o mais avançado sistema de produção industrial de pellets disponível no mercado brasileiro. Com uma tecnologia certificada ISO
9000 Brasil e internacional o que garante elevada qualidade (produto final dentro do padrão dos Estados Unidos e da Europa) e
gerenciamento automatizado em todas as fases de desenvolvimento.
MÓDULO INDUSTRIAL DE PRODUÇÃO DE PELLETS
Garantia de qualidade e de venda de toda a sua produção industrial.
UNIDADE MODULAR WOOD PELLETS BRASIL
A expansão da produção de briquetes e péletes no Brasil tem sido motivada,
principalmente, pelo crescimento do consumo do mercado de serviços e de alguns
setores industriais, bem como pelo forte apelo ambiental que impulsiona a
substituição de fontes tradicionais de energia por fontes renováveis.Os briquetes e
péletes podem substituir e complementar outras fontes de energia como os
derivados do petróleo, a lenha nativa ou plantada,o gás liquefeito do petróleo ou a
eletricidade, contribuindo para a redução da disposição de resíduos no meio
ambiente e da emissão dos gases de efeito estufa.
Esses produtos apresentam vantagens frente a outras aplicações para as quais as
matérias-primas poderiam ser utilizadas, por serem compactos e homogêneos,
apresentarem facilidade de estocagem e elevado poder calorífico.
Apesar destas vantagens, o mercado para esses produtos é bastante fragmentado e
não existe uma organização setorial típica da indústria.A estrutura industrial,
geralmente operando em uma faixa de 600 a1000 tonelada/mês, não dispõe de
mecanismos de preços estáveis e de escala de produção que possibilitem minimizar
custos. Por outro lado, constatou-se, no levantamento realizado pela Embrapa
Agroenergia, a concentração de empresas produtoras nas regiões Sul e Sudeste do
Brasil, embora haja várias iniciativas de empresas buscando atuar nas regiões NE, N
e CO (Pernambuco, Mato Grosso, Amazonas,Tocantins), aproveitando-se de resíduos
locais para a produção.
As perspectivas para a consolidação e
expansão do setor de briquetes e péletes no
país englobam uma série de questões.
Segundo Gentil(2008), há necessidade de
políticas de apoio para aumentar a
qualidade e a demanda por briquetes e
péletes, notadamente no que se refere ao
âmbito regulatório (definição de um marco
legal para a produção e consumo, apoio à
criação de associações de classe),
tecnológico (estabelecimento de padrões de
qualidade,modernização dos equipamentos
existentes, criação de laboratórios),da
comercialização dos produtos (expansão em
novos mercados,diferenciação de produtos,
consolidação de marcas e selos).
Também se fazem necessários programas de
financiamento em condições favoráveis, a
exemplo dos que estão sendo realizados
para apoio ao biogás e à energia eólica.
Além disso, o aumento da demanda interna
e a expansão das exportações de briquetes e
péletes somente podem ocorrer por meio da
ampliação da capacidade produtiva das
empresas.Uma das medidas necessária à
promoção do setor é a realização de estudos
que possibilitem estimar a quantidade de
matéria-prima disponível à produção de
briquetes e péletes. Embora alguns resíduos
agroindustriais possuam elevada
disponibilidade, como o bagaço de cana-de-
açúcar, a utilização dos mesmos na
fabricação desses produtos depende
grandemente da quantidade que atualmente
vem sendo utilizada na cogeração de
energia.
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
RESUMO DO ESTUDO DO EMBRAPA AGROENERGIA
Entretanto, como forma explícita de ampliar o uso de briquetes e péletes no país, são
necessárias normas, leis e políticas de incentivos aos produtores e aos consumidores
desses produtos. Entre elas destacam-se políticas de certificação e padronização dos
produtos, a exemplo de alguns países desenvolvidos, como Suécia e Alemanha que
possuem especificações técnicas e normas apropriadas à produção e comercialização
de péletes.
O aumento do uso de energias renováveis oferece grandes oportunidades à produção de
briquetes e péletes pelo atendimento adiversas aplicações. Péletes, por exemplo, têm
demanda crescente em países europeus, mas os produtos nacionais não apresentamos
requisitos técnicos necessários à realização de exportações. A escassez de laboratórios
aptos a realizar análises que promovam níveis mais elevados de qualidade constitui
obstáculo significativo à oferta desses recursos energéticos, principalmente para o
mercado externo A instalação de novos laboratórios e incentivo aos laboratórios
existentes à realização de ensaios (densidade aparente, teor de umidade, teor de cinzas,
poder calorífico, composição química e outros) é uma medida premente para a
ampliação da qualidade dos produtos e consolidação do setor.
Ressalta-se também, a necessidade de iniciativas de apoio à demanda destes produtos,
promovendo o desenvolvimento do mercado brasileiro de consumo de briquetes e
péletes para aquecimento (mercado de serviços, como restaurantes, padarias, pizzarias,
hotéis, clubes,condomínios, lavanderias, por exemplo) e o uso em caldeiras e fornos
industriais para a geração de energia térmica.
Neste sentido, um mapeamento desta
disponibilidade, considerando os usos
alternativos atualmente dados aos
resíduos, é relevante para incentivar a
produção e viabilizar investimentos. Um
esforço neste sentido foi realizado pela
Embrapa Agroenergia neste trabalho,
mas levantamentos mais aprofundados
são necessários, por meio de sistemas
de informações georreferenciadas e de
estimativas sobre as aplicações atuais
dos distintos resíduos.
Indubitavelmente, este trabalho deve ser
feito para cada segmento em particular,
considerando as particularidades de
cada região. Sabe-se que os resíduos
florestais e a casca de arroz encontram
mercados promissores na região Sul, ao
passo que o bagaço de cana e a casca
de coco constituem resíduos
provenientes, em grande medida, das
regiões Sudeste e Nordeste do Brasil.
Trata-se de localidades distintas quanto
à disponibilidade de matéria-prima e
aos problemas estruturais que afetam a
oferta e a demanda dos produtos e,
portanto, merecem um tratamento
diferenciado quanto às respectivas
necessidades e potencialidades.
O setor de briquetes e péletes pode
ocupar uma fatia mais expressiva na
matriz energética brasileira. A aprovação
da Lei nº 12.305/10, que instituiu a
Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS) constituiu-se em um instrumento
em favor da redução de resíduos e
rejeitos,eliminação e recuperação de
lixões e medidas para incentivar e
viabilizar a gestão de resíduos
regionalizada no Brasil.
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
Na pesquisa realizada pela Embrapa Agroenergia, junto aos produtores de briquetes e péletes identificou-se que as empresas carecem
de mão-de-obra especializada. Não existem cursos específicos de capacitação no país voltados à produção e à utilização de briquetes e
péletes. As principais fontes de informação para os novos entrantes na indústria são, em grande medida, as empresas de máquinas e
equipamentos,que repassam parcialmente o conhecimento do processo de operação das máquinas para os empreendedores.
Certamente, esse tipo de informação é limitado, pois o processo de produção de briquetes e péletes em si requer um aprendizado prático
e contínuo que não é repassado por esses fornecedores.
A criação de cursos de capacitação para o setor poderia ser promovida por instituições como o Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial (SENAI), instituição que, tradicionalmente, se empenha no aperfeiçoamento de pessoas envolvidas com diferentes atividades
industriais. A inexistência de canais de distribuição das matérias-primas encarece significativamente o custo dos produtos finais. As
dificuldades na coleta e comercialização de resíduos derivam da ausência de uma rede sólida de fornecedores dos mesmos. Para alguns
resíduos agroindustriais, cuja aplicação se destina à própria unidade produtora,como a borra de café e o bagaço da cana-de-açúcar, a
logística da biomassa não constitui um entrave ao crescimento do setor, mas esse não é o caso de diversos resíduos agroflorestais, cuja
coleta é feita em campo e a venda é realizada em lugares distantes da origem.
Em termos de custos de produção, uma medida que tem efeitos na redução dos preços finais dos briquetes e que recentemente foi
adotada pelo Estado do Mato Grosso, é a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). O Decreto nº 191 de
22de março de 2011 instituiu a redução em 100% da base de cálculo do ICMS no Mato Grosso, incidente nas saídas internas dos
produtos derivados de lenha, resíduos de madeira e briquetes. O diferimento do ICMS ocorre nas operações com briquetes de qualquer
espécie para utilização em processo de combustão. Trata-se de um instrumento eficaz para a redução dos custos das empresas de
briquetes, a ser considerado nas políticas de governo estabelecidas em cada estado da Federação.
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
Um instrumento importante para ampliar a oferta de biomassa no país e promover o aumento das fontes renováveis na matriz energética
são os leilões realizados pelo Governo Federal para aquisição de energia elétrica. Entretanto, nos últimos leilões a biomassa tem
concorrido, em igualdade de condições, com outras fontes de energia. A energia de biomassa, principalmente a de bagaço de cana,
representa atualmente cerca de 5% da matriz energética brasileira, mas essa fonte vem perdendo espaço. Segundo a União da Indústria
da Cana-de-Açúcar(Unica), em 2007 a biomassa representava 75% de participação nos leilões do governo.
No ano passado, essa participação caiu para4%. Esse problema ocorre porque os leilões oficiais refletem condições distorcidas de
competitividade entre as distintas fontes alternativas,como a eólica e a própria biomassa. Nesse sentido, a existência de critérios e
benefícios nos leilões que estimulem a contratação da energia gerada a partir da biomassa poderia promover a ampliação do uso de
briquetes e péletes como fonte renovável de energia elétrica.
Uma das reivindicações das empresas do setor é a realização de leilões regionais para dar vazão a um imenso potencial de biomassa que
atualmente não vem sendo aproveitado. É importante ressaltar,que a Associação Brasileira das Indústrias de Biomassa e de Energia
Renovável (ABIB) vem apoiando iniciativas nesta direção, dentre elas a busca por soluções e alternativas aos leilões de biomassa.
Por fim, as Resoluções Normativas nº 482 e nº 493 de 2012publicadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)introduzem novas
oportunidades para a utilização, em pequena e média escala de fontes alternativas de energia. A primeira Resolução citada estabeleceu
condições gerais para o sistema de compensação de energia elétrica, ao passo que a segunda determinou as condições para o
fornecimento de energia por meio do Microssistema Isolado de Geração e Distribuição de Energia Elétrica (MIGDI) ou de Sistema Individual
de Geração de Energia Elétrica com Fonte Intermitente(SIGFI).
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
O SIGFI permite que as distribuidoras usem a energia proveniente de pequenos geradores instalados nas próprias unidades
consumidoras.A energia que não for utilizada pelo consumidor pode ser transferida para a rede da distribuidora local. Essa troca vale
para geradores que utilizam fontes incentivadas de energia, como hídrica, solar, eólica e de biomassa, e inclui microgeração (até 100
quilowatts de potência)e minigeração (de 100 quilowatts a 1 megawatt). Assim, as unidades agroindustriais e de serviços que
geraram energia elétrica utilizando péletes e briquetes poderão se beneficiar das citadas resoluções,gerando mais energia elétrica
do que efetivamente consumirem e enviando o excedente para as empresas distribuidoras de energia elétrica, recebendo créditos
compensatórios no consumo da energia elétrica.
A Embrapa Agroenergia, como instituição de pesquisa,desenvolvimento e inovação, tem devotado esforços significativos estudos
relacionados ao aproveitamento da biomassa como fonte de energia. Entende, portanto, que as recomendações ora apresentadas
são importantes para a consolidação e crescimento da oferta e demanda por briquetes e péletes no Brasil e considera, ademais, que
para efetivá-las são fundamentais a sensibilização e o compromisso dos diferentes órgãos e instituições governamentais envolvidos
com o assunto, das próprias empresas e entidades do setor e da sociedade em geral.
PELLETS E BRIQUETES NO BRASIL
Na década de 90, a União Européia estabeleceu percentual para a participação de
fontes renováveis na matriz energética, com o fim de reduzir emissões de gases
poluentes na atmosfera e diminuir a dependência de fontes energéticas não
renováveis. Em 1997, a Comissão estabeleceu um percentual mínimo de 12% de
participação de fontes renováveis, incluindo o investimento em novas tecnologias. No
entanto, esse padrão não foi alcançado e novas políticas e diretrizes foram estudadas
para o sucesso da questão. Apesar disso, alguns países lograram desenvolver fontes
energéticas alternativas, como no segmento de aquecimento de ambientes a partir da
utilização de biomassa e também geotermal.
A Comissão Européia em 2009, por meio das diretrizes 2009/28/EC, 406/2009/EC
e 2009/29/EC, estabeleceu uma nova meta de 20% para participação de energia
renovável até 2020, atualmente esse percentual é de 8,5%. A partir daqueles
regulamentos, houve maior esforço político, econômico e tecnológico para o fim.
Esse plano ficou conhecido como “European Commission's 2020 climate and energy
package” ou Metas 20-20-20 com o intuito de aumentar a participação do uso de
fonte renovável na geração de energia; reduzir o consumo de energia elétrica e
aumentar a eficiência de seu uso. É importante ressaltar que a meta é variável e
definida de acordo com o grau de desenvolvimento dos membros (por exemplo, Malta
de 10% e Suécia de 49%).
Ainda de acordo com a União Européia,
haverá redução de 21% nas emissões de
gases nocivos (comparado com o ano de
2005) nas indústrias e usinas elétricas
intensivas do uso de energia, as quais
representam mais de 40% das emissões
do bloco.
Para as emissões de fazendas,
residências e outros setores (não
classificados anteriormente), deverão
reduzir em 10%. No que tange ao
transporte, ao menos 10% dos
combustíveis utilizados deverão ser
renováveis.
Em relação à biomassa, a União Européia
considera que há um grande potencial de
seu desenvolvimento no bloco.
Atualmente, a utilização desse recurso
renovável ocorre não só no aquecimento
doméstico, mas também em usinas
elétricas, térmicas e outras com o uso
intensivo de energia. Tradicionalmente, os
países nórdicos se destacam na utilização
desse recurso como gerador de energia
térmica e elétrica. Recentemente, o Reino
Unido, que tem uma histórica
dependência do carvão, tem sido um
exemplo na utilização de biomassa como
gerador de eletricidade.
Para finalizar, em relação ao comércio
exterior foram analisados os SHs 440130
(Serragem, desperdícios e resíduos, de
madeira), 440139 (outras serragens,
desperdícios e resíduos, de madeira) e
440131 (pellets de madeira).
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
ESTUDO DO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
RESUMO DO ESTUDO DO APEX BRASIL
Em países do norte: Países Baixos, Bélgica, Dinamarca, Suécia e Reino Unido o
consumo está focado em substituir o carvão, ou seja, uso industrial (industrial
pellet for co-firing) por materiais mais econômicos, eco sustentáveis e com baixa
emissão de gases poluentes.
A biomassa direcionada ao aquecimento necessita de equipamento apropriado
para utilização em lareiras ou aquecimento tanto de água quanto de ambiente. Os
governos oferecem benefícios para a substituição por esses novos equipamentos e
o mercado se desenvolve pelo baixo custo da biomassa quando comparado com o
valor de consumo para o aquecimento doméstico que utiliza gás natural ou
petróleo. Nesse sentido, países como Itália, Áustria, Alemanha e Dinamarca são os
principais consumidores. Esse alto mercado consumidor faz com que direcione
aumento na produção para atender à crescente demanda.
Esse segmento é promissor e a tendência é que aumente a cada ano em taxas
superiores ao do uso industrial. Alemanha, Áustria, Polônia, Finlândia, Portugal e
Espanha são grandes exportadores de “wood pellets” de altíssima qualidade para
o uso no aquecimento doméstico e abastecer mercados tradicionais como Itália – o
país com o maior consumo desse segmento, Dinamarca, Alemanha, Áustria e
França. Em outras palavras, de acordo com o relatório “Bioenergy Trade” o mercado
de aquecimento doméstico é abastecido essencialmente por países europeus.
A União Européia é o maior mercado
consumidor dos produtos de “wood pellet”
e, de acordo com o Eurostat, 72% daquele
material é utilizado para aquecimento
doméstico, 16% para biocombustíveis e o
restante para a geração de eletricidade. O
alto consumo para uso doméstico atingiu
valor superior a 8 milhões de toneladas em
2012 e a cada ano o aumento foi de um
milhão. Desse total, 50% das madeiras
pellet possuíam a certificação ENplus.
Esse certificado é administrado pela
“European Pellet Council” e atualmente,
segundo a própria entidade, há 117 plantas
produtoras que juntas produzem 4 milhões
de toneladas para o consumo de
aquecimento nos lares europeus. Para
possuir a certificação há 11 associações
responsáveis pela classificação em países
na Europa, Estados Unidos e Canadá.
Em 2013, foram produzidas 13,5 milhões
de toneladas de wood pellet. De 2008 a
2013 a produção européia aumentou 12%
em média a cada ano. Nesse mesmo
período o consumo interno cresceu 11% ao
ano, totalizando US$ 15,8 milhões em
2013. Pode-se afirmar que a produção do
bloco atende 85% do total consumido e a
expectativa é que a cada ano o consumo
aumente, como já explicado anteriormente.
Mesmo sendo um grande mercado ele é
dependente de medidas de suporte
governamentais. Em outras palavras, o
aumento do consumo está ligado ao
suporte governamental para a substituição
de material fóssil por renovável, como a
biomassa. É um mercado segmentado de
acordo com a finalidade desse
combustível: aquecimento ou pellet
industrial.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
Por outro lado, o segmento industrial é abastecido por mercados extra bloco europeu,
como é o caso do Reino Unido, que importa grandes quantidades dos Estados Unidos,
visto que aquele país demanda quantidades altas para usar como combustíveis em
suas indústrias e substituir o uso do carvão. A mesma realidade é observada para
Suécia.
Atentos a esse movimento comercial e também a crescente demanda, Estados
Unidos, Canadá e Rússia possuem grandes investimentos anunciados para
desenvolver indústrias e aumentar a capacidade de exportação. Nesse sentido há um
fluxo de pesquisa para utilizar não somente madeira como principal matéria-prima
mas também em novos materiais como o bagaço da cana de açúcar, restos de café e
resíduos de indústrias intensivas em uso da madeira.
O Reino Unido é o maior consumidor de “wood pellet” da União Européia, em 2013.
Basicamente, seu uso é para a geração de energia elétrica, como o carvão é um
combustível tradicionalmente utilizado naquele país pela sua força histórica e
também matéria-prima disponível, o governo estimula o uso de “wood pellet” ao
utilizar o ambiente regulatório para formular políticas de incentivo tanto por meio de
subsídios quanto para criar mercado consumidor que explique o volume de
investimento por parte dos empresários. No entanto, a prática do “co-firing” não exige
grandes adaptações ao presente parque industrial inglês.
O plano de subsidio governamental possui
algumas vertentes, a mais importante é
remunerar, por um valor superior, o
excedente de energia que utiliza a
biomassa como principal combustível.
De um modo geral, a meta do Reino Unido
será aumentar em até 10 pontos
percentuais a participação de energia
renovável, ou seja, há de ter aumento na
demanda em 9% a cada ano para atingir a
meta estabelecida até 2020, segundo
previsões da organização Bioenergy Trade.
O tradicional mercado inglês não é
consumidor para o aquecimento de
ambientes, o que equivale a menos de 1%
no total consumido por esse segmento.
Para desenvolvê-lo, o governo editou o
plano “Renewable Heat Incentive”1 em
2011 com o principal objetivo de aumentar
o uso de energia renovável em gerar calor
para ambientes em até 12% até 2020.
A produção do Reino Unido está localizada
na Escócia e País de Gales: Forest Bio
Products (Perth, Escócia), Clifford Jones
Timber Group (cjtimber.com), Puffin
Woods Pellets (www.puffinpellets.com) e
Balcas (www.balcas.com) são exemplos de
produtores no país.
Em relação à Itália, como para a maioria
dos membros europeus, as principais
atualizações de políticas e as importantes
mudanças no marco regulatório que
afetam os setores de biomassa e pellets
na Itália são derivadas da transposição e
aplicação dos princípios da EC Renewable
Energy Directive 28/2009.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
O alvo que a Itália pretende atingir para as energias renováveis no setor do aquecimento
é de 17,09% até 2020, como indicado no National Renewable Energy Action Plan. Este
plano prevê ainda um papel predominante para a biomassa sólida no setor do
aquecimento, com um aumento de 1,6 milhões Toe em 2010 para 5 milhões Toe em
2020, ano no qual a biomassa sólida deverá cobrir metade do RES (Share of Renewable
Electricity) neste setor.
Para atingir esta meta ambiciosa, uma série de medidas de apoio estão sendo postas
em prática, não só para mobilizar fontes de biomassa adicionais, mas também para
estimular a demanda de energia de biomassa no setor do aquecimento e promover a
instalação de novas unidades de produção de biomassa. O atual sistema de medidas de
apoio é centrado em três principais eixos:
1) Certificados de eficiência energética (certificados brancos), que são mecanismos de
mercado com o objetivo de promoção de projetos de poupança de energia na indústria,
residencial, serviços e setores agrícolas;
2) Isenção fiscal para poupar energia em edifícios, incentivos fiscais de 55% dos custos
totais para a melhoria da eficiência energética nos edifícios e/ou instalação de painéis
solares, caldeiras de biomassa e bombas de calor;
3) Quota obrigatória de RES para novos edifícios, que determina o mínimo de 50% do
consumo para produção de água quente deve ser coberto por RES em novos edifícios.
Um relatório publicado em 2011 pelo
Energy Strategy Group of the Politecnico
di Milano indica que o mercado de pellet
stoves tem experimentado um
crescimento constante de 10% ao ano
desde 2008. Há várias explicações para
tal fenômeno, como a competitividade
econômica das wood pellet contra outros
combustíveis como o GLP e óleo de
aquecimento; a disponibilidade de
incentivos fiscais e subsídios,
especialmente para as zonas rurais; e a
presença de um setor maduro e
dinâmico de fabricantes de pellet stoves,
fornecendo uma ampla gama de
soluções de nível de entrada para
produtos de alto design.
Nos anos de 2008 e 2009 a produção
cumulativa de pellet italianos foi
estimada em torno de 800.000
toneladas, número maior do que aquele
registrado em 2007, quando a produção
foi estimada em cerca de 650-700 mil
toneladas. Em 2010, entre 70 e 80
produtores estavam operando, a maioria
deles declarando uma pequena
capacidade de produção na faixa de
15.000-20.000 toneladas por ano. Mais
de 70% da produção está localizada nas
regiões do Norte, devido à relativa
abundância de matéria-prima e uma
indústria de madeira mais desenvolvida
nestas áreas. Vários fabricantes estão
envolvidos na indústria da madeira
(serrarias, fabricantes de móveis) como
principal atividade, produzindo pellets
apenas como atividade secundária, por
causa do grande volume de serragem
deixado pelas outras atividades.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
De acordo com estimativas da Italian Association of Wood Energy (AIEL), em 2009,
mais de 22 milhões de toneladas de biomassa, em várias formas, foram consumidos
para fins energéticos, com um valor de mercado de quase 2,3 milhões euros. Cerca
de 3-4 milhões de toneladas de biomassa, principalmente em forma de lascas de
madeira, são consumidos por usinas de biomassa e centrais de aquecimento urbano.
Em 2009, o consumo de pelotas atingiu mais 1,2 milhões de toneladas e, em 2010,
estimava-se um valor bem acima de 1,4 milhões de toneladas, confirmando, assim, a
Itália como um dos maiores e dinâmicos mercados do mundo para pellets de alta
qualidade.
No país, a grande maioria das pelotas são utilizadas para o aquecimento de
espaços, no setor residencial; estima-se que 90% é consumido em “fornos” e os
restantes 10% são utilizados em “caldeiras”. O potencial de crescimento no mercado
nacional ainda é bastante elevado, e encontra-se na possibilidade de substituir os
sistemas de aquecimento de madeira tradicionais antigas e ineficientes com “fogões
e caldeiras” modernos. Na verdade, de acordo com estimativas recentes, ainda
existem mais de 15 milhões de sistemas tradicionais (lareiras, fornos a lenha,
caldeiras etc) operando na Itália, mas com baixa eficiência.
A crescente demanda no mercado italiano não pode ser satisfeita pela produção
nacional e uma grande parte do mercado é atualmente coberta por importações. A
quantidade estimada de pellets importados em 2010 varia entre 680.000 toneladas
(fonte: Instituto Politécnico de Milão) e 1.054 milhões de toneladas (Fonte: Eurostat
de 2011), o que representa uma quota de mercado entre 48% e 72%,
respectivamente.
Wood pellets são distribuídos aos
consumidores finais através de três
canais principais: a venda direta dos
produtores, através de fornecedores de
“fogões e caldeiras especiais” e venda
por meio de atacadistas e varejistas.
Uma vez que o único uso de wood pellets
na Itália é para o aquecimento de espaço
em unidades de pequena escala, a
qualidade do produto tornou-se um
parâmetro essencial de competitividade
no mercado italiano.
Como conseqüência disso, normas e
certificação assumiram um papel
importante na garantia e comunicação de
qualidade aos consumidores finais. Até
2010, um dos sistemas de garantia de
qualidade mais reconhecidos na Itália é o
rótulo Pellet Gold.
Desde 2009, a Câmara de Comércio de
Milão mantém o controle e publica os
preços de wood pellets e outros
biocombustíveis sólidos. Os preços são
atualizados a cada 4 meses e são
baseados no preço de atacado de sacos
de 15 kg de pellets de qualidade.
Os preços mostram uma variabilidade
sazonal, com preços mais elevados no
inverno e mais baixos no verão e na
primavera.
Sobre os Países Baixos, o fator mais
importante para a utilização da biomassa
sólida para produção de energia elétrica
por concessionárias na Holanda foi o
apoio financeiro para a eletricidade
gerada por biomassa, iniciada em 2002.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
Esta capacidade de produção tem sido constante nos últimos anos, e dada a
disponibilidade limitada da principal matéria-prima (serragem da indústria de
processamento de madeira), nenhum novo aumento da capacidade de produção
doméstica é esperado para os próximos anos.
Nos últimos anos, a quantidade de wood pallets tem vindo a aumentar, e já atingiu mais
de 800 mil toneladas em 2009, e prevê-se que, em 2011, a Holanda poderá consumir
mais que 1,5 milhões de toneladas deste material.
Depois da Suécia, Alemanha e Itália, os Países Baixos são o quarto maior consumidor de
wood pallets na Europa, com um consumo cada vez maior, que atingiu cerca de 1250
ktonne em 2009, sendo que quase 100% de toda a demanda é utilizada para cofiring em
grande escala.
Por outro lado, há, basicamente, apenas uma quantidade insignificante de wood pallets
usadas no setor residencial. Não existem estatísticas oficiais, mas o consumo é
provavelmente abaixo de 10.000 toneladas por ano. Por isso quase não há demanda por
materiais que atendam aos padrões de qualidade.
Em junho de 2011, o governo holandês
tornou clara a sua intenção de,
eventualmente, impor cofiring de
biomassa em todas as estações de
energia movidas a carvão, e indicou que
vai começar com as obrigações cofiring
sobre os produtores de energia com
possíveis obrigações também aos
fornecedores.
Os termos para esta medida ainda têm
sido discutidos, mas a intenção é que
seja imposto um valor em torno de 10%
para os produtores. Outro fator que
impulsionou o uso de biomassa sólida
importada foi o preço do carvão, que
atingiu mais de 4,5 €/GJ, em meados de
2008, mas recuou a cerca de 2 €/GJ no
ano seguinte. Em 2010 e 2011 os preços
do carvão oscilaram entre 100-135 €
por tonne.In, enquanto que os preços da
wood pellet flutuaram entre 6-8 €/GJ.
Basicamente, não há grandes barreiras
existem em relação ao comércio de
pellets no país. Além do apoio financeiro
de longo prazo nos últimos 8 anos, o
quadro regulamentar geral apoiou o uso
deste material no cofiring, havendo
também a visão positiva, ou pelo menos
neutra, do uso de wood pallets por parte
das ONGs e outros atores da sociedade.
A capacidade de produção de wood
pallets holandês é pequeno, sendo
composto por apenas duas usinas
(Energia Pellets Moerdijk e Plo-Span Bio-
energia) com uma capacidade combinada
de aproximadamente 130 ktonne/ano,
com uma utilização típica de 80-90%.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
Por isso, dada a grande demanda e a limitada oferta interna, mais de 90% de todos
os aglomerados de madeira consumidos no país em 2009 foram importados. Os
preços de para usinas holandeses oscilaram entre 112 € por tonelada em julho de
2008 para mais de 140 € por tonelada no início de 2009. O preço médio entre julho
de 2007 e setembro de 2011 foi de 125,7 €, com um desvio padrão de 7,3 €.
Nos últimos anos, a importação líquida de wood pallets tem mostrado uma clara
tendência de crescimento, de cerca de 80 mil toneladas em 2003 para mais de 1,4
milhões de toneladas em 2010. Como apontado anteriormente, a continuação deste
crescimento vai depender do apoio de políticas futuras, principalmente de incentivos
financeiros por parte do governo. No entanto, os contratos no âmbito do
MEP‐scheme irão expirar o período 2012-2014, e se nenhum novo sistema de apoio
governamental for repensado, é bastante provável que a quantidade de material
importado para uso na Holanda diminua fortemente nos próximos anos.
Ao considerar o grupo de SHs mencionados na Introdução, verifica-se que o volume
de exportação mundial, em 2013, foi superior a US$ 2,6 bilhões (esse valor poderá
ser ainda maior devido ao não fechamento dos dados de alguns países) e ainda
apresentou crescimento médio anual de 13,4% de 2007 a 2013. Para ilustrar esse
crescimento foi elaborado o Gráfico 8 com os três principais exportadores mundiais
de pellets de madeira: União Européia, América do Norte e outros países da Europa.
Ao analisar as exportações da União Européia verifica-se que Alemanha, Letônia,
Áustria e Portugal são os principais players naquele bloco. Fora do bloco, percebe-se
que Rússia, Ucrânia e Bósnia-Herzegóvina são os principais exportadores mundiais.
Ao analisar as exportações totais da América do Norte, destacam-se Canadá e
Estados Unidos, maior exportador mundial.
Dos países da União Européia, Romênia, Portugal, Letônia, Alemanha, Estônia e
Áustria foram os que mais contribuíram para o crescimento das exportações de
pellets. Por outro lado, França, Irlanda, Reino Unido e Finlândia são grandes
importadores e por isso contribuíram negativamente para a taxa de crescimento do
bloco.
A América do Sul não se figura entre os principais exportadores de pellets,
registrando somente US$ 3 milhões em exportações em 2013 e crescimento de
4,4% nos últimos 5 anos. O principal exportador é a Argentina, com quase 65% do
total exportado pela região. O Brasil possui valor de exportação irregular ao longo
dos anos, porém crescente de 33,6% nos últimos 5 anos e está posicionado em
quarto lugar, atrás de Argentina, Chile e Uruguai. Ao considerar essa região, Brasil e
Uruguai se destacam por contribuírem significativamente para o aumento das
exportações da América do Sul, situação contrária à do Chile, que é um grande
importador do produto.
De modo geral, países desenvolvidos e
com mercado doméstico já adaptado a
utilização do produto, são os principais
players desse mercado de pellets. Ele é
dominado pelos países da União Européia
e da América do Norte, que já possuem
associações de produtores a longo
período de anos, devido em grande parte
a forte disponibilidade de matéria-prima e
tradição nesse tipo de produção. No
entanto, ao verificar as metas do bloco
europeu em utilizar energia renovável,
poderá haver um maior incremento na
demanda por esse tipo de produto.
Considerando o ano de 2013, dentro do
grupo da União Européia, o Reino Unido,
Itália, Dinamarca, Bélgica e Alemanha são
os 5 principais importadores do bloco, e
juntos representam 84% do total
importado.
Países como Reino Unido, Itália,
Dinamarca, Áustria e Suécia foram os que
mais contribuíram para o crescimento
dessas importações. Portugal,
Luxemburgo, Croácia, Hungria e Países
Baixos, por outro lado, foram os que
contribuíram negativamente para a
importação européia. Em outras palavras,
direcionaram para baixo a taxa média de
crescimento das importações. Essa
conclusão deve-se ao fato de serem
grandes exportadores do produto.
De um modo geral, as importações
mundiais estão concentradas
majoritariamente nos países europeus
devido em grande parte ao mercado
consumidor em plena expansão, seja para
o aquecimento doméstico ou para o uso
pela indústria.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
A Alemanha, contrariamente aos Estados Unidos, possui fornecedores diversificados, sendo o principal a Polônia, com apenas 15% de
participação e taxa média de crescimento superior a 20%. Além de o país ser grande importador é também o maior exportador da União
Européia, ou seja, é um país com vocação de intermediador das vendas; 80% do total importado pela Alemanha é originado dos países
da União Européia: Polônia, Países Baixos, Dinamarca, República Tcheca e Bélgica (além de outros). Estados Unidos, Ucrânia,
Bielorrússia, Rússia e Suíça são os principais fornecedores que estão de fora do bloco europeu.
Ao comparar valores das importações da Alemanha com origem intra-bloco e extra-bloco percebe-se que há dinamismos diferentes:
queda no crescimento médio de 67% para o intra-bloco e crescimento médio anual de 40% para Extra-bloco. A tabela abaixo lista
importadores alemães dos produtos analisados, segundo Kompass.
Com o intuito de sintetizar a origem dos fornecedores dos principais importadores mundiais há o gráfico abaixo com a participação por
continente. O Reino Unido, o maior importador do mundo, não segue a tendência européia. Em outras palavras, seu principal fornecedor
não é intra-bloco e sim da América do Norte. Já os outros importadores europeus tendem a ter mais de 50% das suas importações
originárias de dentro do bloco.
Como pode ser observado, a América do Sul não possui papel de destaque na pauta de importação dos países analisados. A Itália,
dentre os 10 principais importadores, é o único país com 0,6% de suas importações originárias da América do Sul: Argentina, Chile e
Brasil.
Sobre o panorama comercial da região da América do Sul, , com a relação de 2007 a 2013 das exportações e importações agregadas
por destino e origem, conforme pode ser observado.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
A grosso modo, a União Européia (em especial a Itália) ao longo do período analisado é o principal destino das exportações, com uma
média de 66%, seguido pelos próprios países da América do Sul (Brasil, Equador e Paraguai). Em 2013, o Sudeste Asiático (Índia)
participou com um volume significativo de US$ 238 mil o que representou 8% do total exportado. De 2007 a 2011 as exportações da
região eram crescentes à taxa média anual de 20%. Em 2012, auge da crise econômica, as exportações da região caíram 25% e no ano
seguinte aumentou em 13% - valor ainda inferior ao ano de 2011 antes da crise.
Em resumo, a Itália, Brasil e Índia são os principais destinos das exportações da América do Sul. As exportações foram afetadas com a
crise internacional, auge no ano de 2012, e ainda há reflexos nas exportações no ano de 2013. A partir dessas informações seguem
algumas empresas importadoras italianas e indianas, que registraram seus dados na base de dados do Kompass.
Observa-se que Argentina e Uruguai são os únicos países essencialmente exportadores, pois a balança comercial é superavitária. O
Brasil possui o maior déficit da balança comercial dentre os países analisados. De forma geral, os únicos países que aproveitam a
tendência de crescimento do comércio internacional são a Argentina e o Uruguai pelo alto valor exportado e também pelo crescimento
de suas exportações. O Brasil ainda registra valores baixos, mas há espaço para aumento e desenvolvimento. Como pode ser observado,
as exportações aos países não são constantes, pois em alguns anos não há mais registros dos valores exportados. O motivo não pode
ser designado para questão tarifária, pois a tarifa da Nação mais Favorecida (NMF) é zero, ou seja, são produtos livres de um ponto de
vista tarifário em relação ao bloco europeu. Outra questão é que as exportações do Brasil se dão essencialmente de caráter residual.
A Itália é um grande importador de pellets do Brasil, o motivo é que o consumo naquele país é de pellets originados da madeira (pinus),
o qual o Brasil possui essa oferta exportadora. Como já mencionado, o Brasil é um importador de wood pellets e há um crescimento
médio anual de 24% (2007 a 2013) e ao final de 2013 resultou em valor superior a US$ 909,6 mil. A principal origem é a Argentina, com
participação de 49% e crescimento médio anual de 35% no mesmo período anterior, ou seja, é uma taxa quase 10 pontos percentuais
superior à média de importação do Brasil. Por outro lado países antes com altos valores exportados ao Brasil ao longo dos anos
diminuíram o ritmo como é o caso do Paraguai, Chile e Estados Unidos.
Para finalizar, é possível inferir, que dada a balança comercial brasileira deficitária de pellets, caso o Brasil queira se configurar entre os
principais fornecedores da América do Sul, deverá haver maior fomento da produção nacional visando a melhoria da competitividade
das empresas e também a oferta exportadora, já que o País possui vasto potencial devido à alta disponibilidade de matéria-prima. Ao
considerar o mercado europeu como de difícil acesso, é oportuno mencionar que o Brasil já tem exportações àquele mercado, não
configurando assim uma barreira.
ESTUDO MERCADO DE PELLETS NO BRASIL
Biomassa reciclada feita de resíduos da indústria de madeira, como serragem, pó de
serra e cavaco, os pellets e sua queima não alteram o meio ambiente. Ao contrário das
fontes, como o petróleo e o carvão mineral - responsáveis por emitir quantidades enormes
de gases prejudiciais ao meio ambiente, a combustão do pellet resulta em uma queima
completa de energia renovável com emissão de carbono zero. Ou seja, a quantidade de
gás carbônico (CO2) emitida não altera a composição média da atmosfera, o que não
exige nenhum tipo de filtro ou lavador de fumaça. Outra vantagem é referente à
economia.
O pellet é mais vantajoso que os combustíveis de origem fóssil, seu preço final compete
com o da lenha e outras formas de biomassa, como o briquete. Além disso, pode ser
facilmente armazenado sem riscos de incêndio, pois não é inflamável, e requer
pouquíssima mão de obra, já que o Queimador de Biomassa a Pellets é totalmente
automatizado.
Os benefícios do uso do pellet são muitos. Até mesmos as sobras de cinzas, após a
queima, podem ser reutilizadas com a função de adubo. Países da Europa e Estados
Unidos, considerados locais com as normas ambientais mais rigorosas do planeta, fazem
uso de pellets há décadas.
Até a escolha do aquecimento por meio dos pellets, profissionais do Wet’n Wild
estudaram todos os tipos de combustíveis existentes para chegar à forma mais ecológica
e econômica existente.
Muitos proprietários hotéis e resorts
turísticos utilizam os combustíveis
fósseis ou lenha para aquecimento de
energia térmica.
Esses combustíveis são caros e instáveis
nos preços, e geram uma série de
problemas como a emissão de fumaça
(CO ₂) e utilizam grandes áreas de
armazenamento (lenha ou cavaco de
madeira) e vários funcionários
(recebimento da matéria-prima, controle
de estoque e limpeza de caldeira).
Tudo isto é evitado com o consumo de
pellets, além de ser ecológico ele gera
uma economia de 65% para as
empresas.
O maior exemplo de uso sustentável de
pellets para o aquecimento térmico é o
utilizado pela rede Wet´n Wild em São
Paulo.
A busca constante pelas melhores
práticas sustentáveis está no DNA do
Wet’n Wild.
O parque aquático mais famoso do
mundo dá um passo importante nesse
sentido e inova ao utilizar o Queimador
de Biomassa a Pellets de Madeira,
considerada a melhor tecnologia
ecológica, para aquecer 95% dos 7
milhões de litros de água usados para
abastecer suas 23 atrações.
CONSUMO PELLETS NO BRASIL
WET´N WILD INOVA COM TECNOLOGIA VERDE NO AQUECIMENTO DE 6,5
MILHÕES DE LITROS DE ÁGUA EM SEU PARQUE AQUÁTICO
RESUMO: No Brasil, 62,6% da produção de aveia corresponde ao estado do Rio Grande do Sul. Considerando que a casca da aveia
representa de 24 a 27% do grão, gera-se, anualmente, quantidades expressivas de casca. Trata-se de uma biomassa com alta
disponibilidade e potencial para geração de energia. O presente trabalho teve como objetivo apresentar a caracterização preliminar da
casca de aveia branca (Avena sativa) ,proveniente da região noroeste do estado do Rio Grande do Sul, visando sua aplicação como
combustível. Foi realizada a análise granulométrica da casca in natura, análise imediata, determinação de densidade aparente e poder
calorífico superior (PCS). Foi possível observar que 81% das partículas possuem dimensões entre 0,84 e 0,212 mm. Teores de umidade,
cinzas, voláteis e carbono fixo foram de 9,083%, 2,94%, 85,13% e 11,93%, respectivamente. O poder calorífico foi de 16,98 MJ/kg e a
densidade aparente foi de 0,3258 g/mL. Evidenciou-se o potencial da utilização da casca de aveia para fins energéticos, considerando
suas características de uniformidade granulométrica, baixa umidade e teor de cinzas, elevado PCS e teores de voláteis e carbono fixo
adequados. A baixa densidade aparente deve ser considerada, com a instalação do processo de conversão térmica próximo do local da
sua geração.
Palavras-Chave: Energia, Casca de aveia, Biomassa
ABSTRACT:In Brazil, 62.6% of the oat production corresponds to the state of Rio Grande do Sul. Whereas the oat hull represents 24% to
27% of the grain, every year, it’s generated significant quantities of hulls. It is a biomass with high availability and potential for power
generation. This study aimed to present the preliminary characterization of oat hulls (Aveia sativa) from the northwest part of Rio Grande
do Sul to its future use as fuel. The particle size analysis of the hull in natura was held and also the proximate analysis, determination of
bulk density and calorific value (HCV). It was observed that 81% of the particles have sizes between 0,84 and 0,212 mm. Moisture, ash,
volatile and fixed carbon levels were 9.083%, 2.94%, 85.13% and 11.93%, respectively. The calorific value was 16.98 MJ/kg and the
bulk density was 0.3258 g/mL. It was possible to evidence the potential use of oat hulls for energy purposes, considering its
characteristics of uniformity particle size, low moisture and ash content, high HCV and appropriate volatile content and fixed carbon. Low
bulk density should be considered with the thermal conversion process installation near the place of its generation.
Keywords:Energy, Oat hulls,Biomass.
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
CARACTERIZAÇÃO DE CASCA DE AVEIA PARA USO EM PROCESSOS
TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
Gustavo da Silva Gehlen Cibele Pinz Ariana Lima Janice da Silva
Universidade Federal do Rio Grande do Sul1
Gustavo da Silva Gehlen1; Cibele Pinz2; Ariana Lima 2;Janice da Silva2
Universidade Federal do Rio Grande do Sul1
Av. Osvaldo Aranha, 99 - Porto Alegre - Rio Grande do Sul, CEP: 90035-190 Engenharia de Alimentos - Universidade
do Vale do Rio dos Sinos2
Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo – Rio Grande do Sul, CEP 93022-000
Autor para correspondência: Prof ªDrª Janice da Silva ; e-mail: [email protected]
Salienta-se ainda que considerando a existência de uma ampla gama de tecnologias
de conversão energética de biomassa, adequadas para aplicações nas mais variadas
escalas, é imperioso estudos de caracterização de resíduos celulósicos (biomassas),
sobretudo aqueles gerados em quantidades expressivas.
No Brasil, os principais produtores de aveia são os estados do Rio Grande do Sul e
Paraná. A produção brasileira em 2014 foi de 368,7 mil toneladas, onde ressalta-se
que 62,6% da produção corresponde ao estado do Rio Grande do Sul (IBGE, 2015).
Considerando que a casca da aveia representa de 24 a 27% do grão, gera-se em torno
de 57 mil toneladas de casca somente no estado do Rio Grande do Sul (Kúlp, 2008).
Atualmente, a casca de aveia tem sido utilizada na complementação de alimentação
animal, contudo esta destinação é insuficiente frente à quantidade gerada, ou seja,
trata-se de uma biomassa com alta disponibilidade e expressivo potencial para
geração de energia (Varanda, 2012).
INTRODUÇÃO
A energia desempenha um papel
fundamental no desenvolvimento
econômico, sendo o seu consumo um
dos principais indicadores do nível de
qualidade de vida de qualquer
sociedade.
A demanda energética global tem
crescido rapidamente. Os dados
estatísticos divulgados pela
International Energy Agency (IEA)
mostram um crescimento de 8306 a
8979 Mtep nos anos de 2009 a 2012,
sendo a busca pela diversificação
energética uma das formas de atender
este rápido crescimento (IEA, 2012).
Neste contexto, a biomassa aparece
como um recurso atraente para
substituir progressivamente os
combustíveis fósseis, em função do seu
baixo impacto ambiental e valorização
de recursos naturais, considerando
aspectos de sustentabilidade (Limet al.,
2012).
De acordo com a IEA, a biomassa já
representava mais de 12% do consumo
energético global entre os anos de 2009
e 2012 (IEA, 2012). Adicionalmente,
estudos indicam que a importância da
biomassa aumentará muito, chegando a
representar, no fim do século 21, de 10 a
20% de toda a energia utilizada pela
humanidade (Goldemberg, 2009). Estes
fatos, somados às características
favoráveis do Brasil, de elevada
produtividade de biomassa por hectare,
justificam estudos e pesquisas na área
(Cortezet al.,2008).
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
A caracterização da biomassa através de suas propriedades físicas e químicas é
fundamental para determinar o seu comportamento durante o processo de
conversão física e energética. O conhecimento das propriedades da biomassa
influencia na seleção da tecnologia de conversão a ser aplicada, dependendo de
suas propriedades, uma tecnologia poderá ser excluída por fatores técnicos ou
ambientais. Processos de conversão de biomassa sob condições oxidantes, por
exemplo, são fortemente influenciados pelo equipamento de combustão, condições
experimentais e pelas propriedades físico-químicas da biomassa em questão
(Cortez et al., 2008; Vieira, 2012).
As propriedades mais importantes da biomassa que devem ser inicialmente
determinadas visando identificar as suas qualidades como combustível são as
propriedades físicas, químicas e estruturais, como por exemplo, a granulometria; a
densidade; a análise imediata, que inclui os teores de umidade, matéria volátil,
cinzas e carbono fixo; a análise elementar (CHON); análises somativas, como os
teores de lignina, celulose e hemicelulose e, principalmente, o poder calorífico
(Vieira, 2012).
O presente trabalho teve como objetivo apresentar a caracterização preliminar da
casca de aveia proveniente da região noroeste do estado do Rio Grande do Sulcom
vistas a sua futura aplicação como combustível.
METODOLOGIA
A casca de aveia branca (Avena sativa) foi fornecida por empresa processadora da
região noroeste do estado do Rio grande do Sul. A biomassa foi homogeneizada e
armazenada em sacos de polietileno para seqüencialmente ser submetida à
caracterização. Foi realizada a análise granulométrica da casca de aveia inatura,
análise imediata, determinação de densidade aparente e poder calorífico.
Análise Granulométrica. Foi realizada a análise granulométrica da casca de aveia
empregando peneiras com aberturas variando de 1,41 a 0,106 mm. Amostras de
100g de casca de aveia, em triplicata, foram submetidas à vibração durante 20
minutos na freqüência de 10 Hz. Neste procedimento foi utilizada balança de 0,01g
de sensibilidade.
Análise Imediata. A análise imediata fornece os teores de umidade, cinzas, matéria
volátil e carbono fixo da biomassa. Foram utilizadas as normas ASTM (American
Society for Testingand Materials) para análise imediata de carvão e coque (D-3172
até D-3175).
O teor de umidade (ASTM D-3173) foi
determinado em estufa da marca Fanen,
modelo Orion 515 à temperatura de 105ºC
até peso constante. O teor de cinzas foi
obtido aquecendo-se a amostra a 750°C por
2 horas em mufla marca Quimis, segundo a
norma ASTM D-3174. A quantidade de
matéria volátil foi determinada aquecendo-se
a amostra em cadinho coberto, por 7 minutos
a 950ºC em mufla, segundo a norma ASTM
D-3175. O teor de carbono fixo foi
determinado por diferença. Todos os ensaios
foram feitos em triplicata.
Densidade Aparente. A determinação da
densidade aparente foi realizada através do
método indireto. Pesou-se um recipiente
cilíndrico de vidro, com capacidade
volumétrica de 5 cm3. Encheu-se o
receptáculo com a casca de aveia,
previamente seca em estufa, até sua borda,
removendo-se o excesso de material.
Posteriormente pesou-se o conjunto e o valor
da densidade foi dado pela Eq. (1).
D = (mca – mr) / V (1)
Onde, mca = massa do recipiente com casca
de aveia; mr = massa do recipiente; V =
volume do recipiente.
Poder Calorífico. O poder calorífico foi
determinado utilizando-se a técnica da
bomba calorimétrica (D-2015). A bomba
calorimétrica é utilizada para medir o calor
liberado pela combustão da biomassa com
oxigênio. Esta técnica determina o poder
calorífico superior a volume constante. O
poder calorífico superior (PCS) da casca de
aveia foi determinado através da análise em
calorímetro marca IKA modelo C200,
utilizando oxigênio a uma pressão de 30 bar.
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
RESULTADOS E DISCUSSÃO. A Tabela 1 apresenta os resultados da análise granulométrica
da casca de aveia. Na Figura 1está ilustrada a distribuição granulométrica obtida.
Tabela 1. Resultados da análise granulométrica
Foi possível observar a predominância
das partículas com dimensões entre
0,84 e 0,212 mm, ou seja, cerca de 81%
das cascas de aveia possuem dimensões
na faixa citada.
Dimensões superiores às obtidas no
presente trabalho(75 % entre 0,59 e
1,19 mm)foram obtidas por Varanda
(2012) na caracterização de casca de
aveia visando à produção de painéis com
partículas de biomassa.
A informação da distribuição
granulométrica é importante para o
dimensionamento do alimentador e da
velocidade superficial do gás, quando se
consideram os diferentes processos de
conversão termoquímica de biomassa.
Em processo de combustão, por
exemplo, a granulometria interfere na
zona de combustão, ou seja, quando as
partículas não apresentam
uniformidade,isso resulta em queima
irregular da carga em zona de
combustão (Klautau, 2008).
A casca de aveia apresentou
uniformidade granulométrica
adequada,minimizando possíveis
irregularidades na queima.
A Tabela 2 apresenta os resultados da
análise imediata, densidade aparente e
poder calorífico da casca de aveia.
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
Abertura (mm) Massa peneira (g) Massa peneira com retidos (g) Porcentagem (%)
1,41 489,35 490,18 0,830
0,840 504,10 520,92 16,8
0,590 415,44 439,09 23,6
0,350 454,85 484,34 29,4
0,212 333,47 345,29 11,8
0,149 390,93 398,35 7,41
0,125 321,81 326,64 4,83
0,106 318,24 320,20 1,96
0
5
10
15
20
25
30
35
1,41 0,84 0,59 0,35 0,212 0,149 0,125 0,106
Po
rcen
tage
m (
%)
Abertura (mm)
Figura 1. Curva Granulométrica da casca de aveia
Tabela 2. Analise imediata, densidade aparente e poder calorífico da casca de aveia
O teor de umidade da casca de aveia foi inferior ao obtido por Varanda (2012), 10,3
g 100 g-1, bem como inferior aos valores de umidade de outras biomassas obtidas
por Vieira (2012), tais como casca de arroz (11,31 g 100 g-1); bagaço de cana
(46,16 g 100 g-1); sabugo de milho (16,93 g 100 g-1) e resíduo de soja (12,23 g
100 g-1).
De acordo com Klautau (2008) a umidade é um fator limitante na escolha do
combustível (biomassa), não sendo permitidos valores acima de 50%, pois acima
deste ponto é liberada energia insuficiente para a combustão e conseqüentemente
para a produção de calor.Klautau (2008) relata que a presença de umidade dificulta
a queima, pois o poder calorífico é reduzido, aumentando o consumo do
combustível.
Além disso, umidade elevada pode ocasionar a proliferação de fungos e a
degradação do material, aspecto importante quando se considera o armazenamento
da biomassa (García et al., 2012).
Considerando processos de conversão de biomassa por gaseificação, Hoffman
(2010) comenta que um alto teor de umidade não gera dificuldades técnicas na
gaseificação, mas sim uma redução na eficiência do processo, pois a energia
necessária para evaporar a água e manter a temperatura de operação se obtém pela
alimentação de mais combustível e oxidante.
Cabe salientar que de acordo com García et al. (2012) valores de umidade de até 10
g 100 g-1 são considerados ideais para combustão de biomassa. Neste particular, a
casca de aveia apresentou um teor de umidade adequado, indicando que a
biomassa dispensa tratamentos prévios de secagem ou combustíveis
suplementares, característica que favorece sua aplicação como combustível.
Quanto ao teor de cinzas, estudos indicam
que o poder calorífico é prejudicado com a
alta quantidade de compostos inorgânicos
(Gomes, 2010).
Resultados superiores3,5 g 100 g-1 e 4,49 g
100 g-1 ao obtido no presente trabalho
foram encontrados por Galdeano (2001) e
Tamaniniet al.(2004), respectivamente, para
casca de aveia branca. Segundo Tamaniniet
al. (2004) e Vale et al. (2011) essas
diferenças provavelmente estão relacionadas
à variabilidade normal existente entre as
variedades de aveia, bem como
características de solo.
De acordo com García et al. (2012) a elevada
geração de cinzas causa resistência térmica
e implica em extensiva manutenção do
equipamento envolvido. Klautau (2008)
reforça os inconvenientes das cinzas, devido
às suas características abrasivas, podendo
causar problemas de corrosão em
equipamentos metálicos.
Outras biomassas, tais como casca de arroz
apresentam valores bem superiores, variando
de 15, 51 g 100 g-1(Vieira et al., 2013)a
23,8 g 100 g-1 (Moraes et al., 2006).
Cabe ressaltar ainda, que de acordo com
Vale et al. (2011), valores de teor de cinzas
acima de 7 g 100 g-1comprometem o
processo de combustão.
A casca de aveia avaliada neste trabalho se
apresenta adequada quanto a este
parâmetro, tendo em vista processos de
geração de energia.
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
Parâmetro Unidade Resultado
Umidade g 100 g-1 9,083
Cinzas g 100 g-1 2,940
Matéria volátil g 100 g-1 85,13
Carbono fixo g 100 g-1 11,93
Densidade Aparente g mL-1 0,3258
Poder calorífico MJ kg-1 16,98
Valores similares foram obtidos por Vieira (2012) para outras biomassas, como resíduo
de soja (16,47 MJ/kg); casca de arroz (14,67 MJ/kg); bagaço de cana (15,54 MJ/kg) e
sabugo de milho (16,00 MJ/kg).
A densidade é uma característica importante, pois ela define a logística a ser tratada: o
transporte e o armazenamento (Nogueira, 2007). Foi observado um baixo valor na
densidade da casca de aveia, conseqüentemente um elevado volume ocupado. Esta
característica deve ser levada em consideração para o uso da casca de aveia para fins
energéticos, sendo observada a distância entre o local que esta é produzida e o local
onde será aplicado o processo de conversão térmica.
CONCLUSÃO
Foi possível evidenciar o potencial da utilização da casca de aveia para fins
energéticos. A elevada disponibilidade desta biomassa, em especial no estado do Rio
Grande do Sul, associada às suas características de uniformidade granulométrica,
baixa umidade e teor de cinzas, elevado PCS e teor de voláteis e carbono fixo
adequados, são indicadores da sua aplicação como combustível. A baixa densidade
aparente deve ser considerada, com a instalação do processo de conversão térmica
próximo do local da sua geração.
O teor de matéria volátil determina a
facilidade com que a biomassa entra em
combustão, interferindo na ignição, pois
quanto maior o teor de voláteis maior
será a reatividade e conseqüentemente
a ignição (Lewandowski,1997). De
acordo com García et al. (2012) as
biomassas agrícolas possuem altos
valores de matéria volátil, superiores aos
combustíveis fósseis, variando na faixa
de 65 a 85 %.
O teor de carbono fixo representa a
massa restante após a libertação de
compostos voláteis, excluindo as cinzas
e teores de umidade (Mckendry, 2002).
O teor de carbono fixo depende
principalmente do teor de material
volátil, desta forma, biomassas com
maiores teores de material volátil têm
menores teores de carbono fixo
(Chaveset al., 2013).
Combustíveis com alto índice de carbono
fixo devem ter queima mais lenta,
implicando maior tempo de residência
dentro dos aparelhos de queima, em
comparação com outros que tenham
menor teor de carbono fixo
(Brito&Barrichelo,1982). O teor de
carbono fixo da casca de aveia foi
superior aos valores de outras
biomassas obtidas por Vieira (2012),
tais como casca de arroz (2,39 g 100 g-
1); bagaço de cana (0,47 g 100 g-1);
sabugo de milho (1,11 g 100 g-1) e
resíduo de soja (6,81 g 100 g-1).
O poder calorífico superior é a energia
liberada durante a combustão completa.
Quanto maior o PCS mais eficaz é o
combustível.
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
AGRADECIMENTOS.. Agradecemos ao curso de Engenharia de Alimentos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos pela
disponibilização de equipamentos para os ensaios experimentais realizados.
REFERÊNCIAS
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Estadual do Oeste do Paraná – UNIOESTE.
DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE Os autores são os únicos responsáveis pelo material impresso contido neste artigo.
PROCESSOS TÉRMICOS DE GERAÇÃO DE ENERGIA
O uso da biomassa agroflorestal, como um recurso energético para
geração de energia térmica, cresceu nos últimos anos. Dentre os
diferentes formatos existentes, os pellets são os mais utilizados.
Ele tem a forma de pequenos cilindros que possuem de 6,0 a 8,0 mm
de diâmetro e até 40,0 mm de comprimento (Fig. 1 acima) e podem
ser produzidos a partir de resíduos agroflorestais. São biomassas
sólidas compactadas e tem baixo teor de umidade, permitindo
elevada eficiência na combustão.
Sua geometria regular e cilíndrica permite tanto a alimentação
automática num sistema industrial quanto a alimentação manual em
aquecedores residenciais. Destaca-se por ser um produto natural de
fácil manuseio, pouco espaço para a estocagem e alta densidade
energética. Sua principal aplicação é na geração de energia térmica,
mas também pode ser utilizado como combustível para a geração de
energia elétrica em indústrias ou usinas termoelétricas.
O Brasil tem potencial para a produção de pellets aproveitando-se do
grande volume de resíduos agroflorestais disponíveis em todas as
regiões.
A distribuição da produção de pellets por estado é
bastante desigual (Fig. 2 abaixo).
Atualmente, a maior parte da produção das indústrias de
pellets brasileiras (aproximadamente 81,4%) estão
concentradas na Região Sul, distribuídos pelos estados de
Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Cerca de 18,6% dos pellets brasileiros são produzidos no
estado de São Paulo (Região Sudeste).
.
WOOD PELLETS BRASIL
OS PRODUTORES DE PELLETS: DESAFIOS E OPORTUNIDADES COM A COP-21
Eng. Dorival Pinheiro Garcia
Programa de Pós Graduação (Doutorado) em Engenharia Mecânica: Área de Materiais
Lignocelulósicos – FEG/UNESP, Guaratinguetá/SP.
18,6%
41,3%
24,3%
15,8%
SP
PR
SC
RS
Figura2. Estados Produtores dos pellets de madeira no Brasil
O Mapa dos Pellets no Brasil 2014, apresenta a distribuição
das plantas industriais no Brasil (Fig. 3 ao lado).
As regiões Sul e Sudeste, foco da produção de pellets no país,
concentram também 73% dos resíduos das indústrias de
madeira processadas no país e onde estão os maiores
percentuais de áreas com plantios florestais de pinus do Brasil
com 84,6%.
Para facilitar a localização das indústrias e atender umas das
missões da ABIPEL, que é divulgar e estimular o uso dos
pellets como forma de energia renovável, criou-se o PELLETS
MAP BRAZIL 2015 on line (Fig. 3) abaixo, que detalha onde
estão os produtores de Pellets aqui no Brasil.
.
WOOD PELLETS BRASIL
Novos projetos industriais têm surgido com o propósito de
utilizar, além do pinus e eucaliptos, a acácia negra, o
bambo gigante, o capim elefante e o bagaço de cana.
A avaliação de resíduos agroflorestais como casca de
arroz, bagaço de cana, casca de coco, entre outros,
demonstraram que eles têm potencial para uso na geração
de energia térmica na forma de pellets, mas o alto teor de
cinzas limita o uso para aplicações industriais Nota-se
uma expansão do mercado de pellets de madeira, no
Mundo, que pode ser explicado pela crescente demanda
por fontes de energia alternativas ao petróleo, seus
derivados e à lenha.
Mas, no Brasil, estima-se que a produção tenha crescido
apena 4,0 % ao ano. Poderia ser maior, dada a quantidade
de resíduos agroflorestais que ainda não possuem
nenhuma aplicação comercial por aqui.
Indústria de Pellets no Brasil 2011 2012 2013 2014
Capacidade Instalada – turno de 8,0 horas/dia de produção 222.375 232.600 218.650 176.640
Produção de pellets agroflorestal 50.080 56.580 61.500 49.390
Tabela 1: Produção de pellets agroflorestal no Brasil
As empresas produtoras de pellets no Brasil em 2014, considerando um turno de trabalho de 8,0 horas por dia, têm capacidade
produtiva de, aproximadamente, 176.640 ton/ano, mas sua produção atual atinge apenas 27.9% dessa capacidade. Mas, sabe-se
que mais empresas brasileiras obtiveram o certificado DIN PLUS obrigatório para a exportação. Isto sugere que a produção de pellets
no Brasil, para o ano de 2015, poderá chegar a 80.000 t.
Os preços de venda desses biocombustíveis variam de R$ 400,00 a R$ 600,00 a tonelada (FOB), no mercado interno brasileiro. Tanto
na produção de briquetes quanto na produção de pellets, o custo alto e a escala de produção são apontados como desafios a serem
superados. Produzir mais, com melhor qualidade e com o menor custo é a chave para que esses produtores alcancem o mercado
mais rentável da exportação.
As perspectivas para consolidar e expandir o setor de pellets no Brasil englobam questões como o apoio para aumentar a demanda,
fortalecer a associação de produtores, estabelecer padrões de qualidade, facilitar a entrada de equipamentos importados com
tecnologia de maior eficiência produtiva e, sobretudo, financiamentos governamentais específicos para o setor de biomassa
agroflorestal, como ocorre com outras fontes de energia.
Sabemos que o ritmo do desenvolvimento do mercado interno não é dos melhores para os produtores de pellets. Mas, entendemos
que o consumo de pellets (no Brasil e no Mundo) não retrocederá, mesmo em meio ao cenário de crise que se apresenta para os
próximos dois anos. Temos desafios técnicos importantes para superar mas, por outro lado, oportunidades incríveis de bons negócios
com os pellets. A COP-21, com seus 188 países, sinalizou que haverá uma transição para a energia de baixo carbono no século XXI.
Os pellets atendem a esses novos desafios de energia mais limpa, renovável e sustentável que o mundo está pleiteando!
WOOD PELLETS BRASIL
RESUMO
Neste trabalho estudou-se a amostragem de poluentes particulados provenientes da queima de diferentes espécies de biomassa
florestal. Realizou-se o estudo das influências da temperatura e da umidade do fluxo gasoso, do tamanho (diâmetro) das partículas e da
concentração de material particulado através de uma chaminé de um forno de queima de biomassa. A velocidade do ar no duto da
chaminé foi fixada em 2200 ft/min e a vazão de amostragem foi de 2,2 L/min. Utilizou-se o DataRam 4 como amostrador de partículas
e os resultados mostraram as concentrações máxima e mínima de, respectivamente, 190662 µg/m3 e 1431 µg/m3 e o diâmetro médio
de partículas de 0,2541 µm.
ABSTRACT
In this work it was estudied the sampling of particulates from combustion of different species of forest biomass. It was carried out the
study of the influences of air temperature, air humidity and the size (diameter) of particles in the emission of particulate matter through a
chimney of a kiln-firing biomass.The speed of the air duct of the chimney was fixed at 2200 ft/min and sample flow rate was 2.2 L/min.
It was used the DataRam4asparticlesamplerand the resultsshowedthemaximum and minimum concentrations, respectively,
190,662μg/m3and1431μg/m3and theaverage particle diameterof0.2541 μm.
INTRODUÇÃO. A poluição do ar tem sido um tema intensamente pesquisado nas últimas décadas e sua redução é um fator de grande
importância na busca da preservação do meio ambiente e na implantação de um desenvolvimento sustentável, pois seus efeitos afetam
de diversas formas a saúde humana, os ecossistemas e os materiais.
Os principais poluentes do ar provêm na sua maioria da queima de combustíveis, para fins de transporte e produção industrial. Dentre
os vários tipos de combustíveis disponíveis para consumo, vem recebendo cada vez mais destaque a utilização da biomassa, como os
resíduos agrícolas, madeira e plantas como a cana-de-açúcar (LANDIM et al., 2001). Com a crescente oferta dessa biomassa como
fonte de geração de energia nas diversas atividades industriais, cresce também a preocupação das indústrias em investir no
monitoramento e controle de suas emissões para a atmosfera, pois durante a queima de biomassa são emitidos, além dos gases de
combustão, partículas finas, as quais muito contribuem para o desencadeamento de sérios problemas de saúde ao homem, já que
atingem o trato respiratório causando sérios danos, além dos danos ambientais.
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
ESTUDO DA EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA
DE DIFERENTES TIPOS DE BIOMASSA
GJuliana Esteves Fernandes Maria Angélica Martins Costa,Juscelino
de Jesus Pereira Melo Tiago Matos Andres
*Juliana Esteves Fernandes, **Maria Angélica Martins Costa, ***Juscelino de Jesus Pereira Melo, ****Tiago
Matos Andres *Engenheira Química, Drª, Profª. Assistente, Engenharia Industrial Madeireira, UNESP- Itapeva-SP,
[email protected] **Engenheira Química, Drª, Profª Assistente, Engenharia Industrial Madeireira,
UNESP- Itapeva-SP, [email protected] ***Assistente de suporte acadêmico, UNESP- Itapeva-SP,
[email protected] ****Assistente de suporte acadêmico, UNESP- Itapeva-SP, [email protected]
De acordo com Cortez, Lora e Gómez (2008), há menos de 50 anos, mais de 50% da energia
consumida no Brasil e no mundo provinha da madeira, entretanto, seu uso foi considerado
até pouco tempo como um indício de atraso nos níveis econômico, tecnológico e até mesmo
no nível de civilização do país que a utilizava. Contudo, esse cenário está em vias de
mudança.
Considerando que a realidade atual traz intensas preocupações com o meio ambiente e que,
segundo Lora (2002), as reservas de combustíveis fósseis, fonte de energia ainda mais
utilizada, estão se extinguindo, essa mudança é essencial. Com isso, em maior ou menor
intensidade, a maioria dos países está promovendo ações para que as energias alternativas
renováveis, como a biomassa, tenham participação significativa em suas matrizes
energéticas (CORTEZ; LORA; GÓMEZ, 2008).
Poluição atmosférica e poluentes
A poluição do ar origina-se do aumento crescente da concentração de componentes
indesejáveis na atmosfera.
Conforme a fonte emissora, a poluição atmosférica pode ser provocada, basicamente, por
dois tipos:
fontes estacionárias: geradas a partir de indústrias, dos próprios processos químicos, dos
processos de queima de combustíveis e resíduos, da movimentação e estocagem de
combustíveis, etc;
Fontes móveis: que são provenientes dos veículos automotores.
Diversas substâncias podem estar presentes na atmosfera, no entanto, com relação à sua
origem, os poluentes podem ser classificados como (LORA, 2002):
Poluentes primários: aqueles lançados diretamente na atmosfera, como resultado de
processos industriais ou na exaustão de motores de combustão interna, etc. Como exemplo
tem-se os óxidos de enxofre (SOX), os óxidos de nitrogênio (NOX) e materiais particulados;
Poluentes secundários: produtos de reações fotoquímicas, que ocorrem na atmosfera tendo
como fonte os poluentes primários. Como exemplo tem-se a formação de peroxiacetilnitrato
(PAN), resultante da reação entre os óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos presentes na
atmosfera.
OBJETIVOS
Realizar o monitoramento da emissão de
particulados para a atmosfera com a
queima de diferentes tipos de biomassa
utilizados pelas indústrias.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
As atividades do homem têm
contribuído, ao longo da história, no
conjunto de emissões para a atmosfera,
com impactos variados na saúde
pública, no bem estar das comunidades
e no meio ambiente.
As emissões provenientes dessas
atividades, como na queima de madeira
e diversos outros tipos de biomassa e de
combustíveis fósseis, nos processos
industriais, nas atividades
agropecuárias, para atendimento aos
padrões de consumo e de produção da
sociedade, variam ao longo do tempo,
em função de um conjunto de fatores
culturais e tecnológicos.
Desde a revolução industrial na metade
do século XIX até os dias atuais, os
problemas ambientais trazidos pelo
crescimento urbano e pela
industrialização se intensificaram.
O incremento significativo da quantidade
de resíduos descarregados no meio
ambiente e, em especial, o aumento do
consumo de energia são motivos de
preocupação (LORA, 2002).
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Material Particulado: conceito e amostragem
As partículas estão entre os poluentes que apresentam maiores riscos ao meio
ambiente e à saúde humana (CARVALHO JUNIOR; LACAVA, 2003).
De acordo com Philippi Junior (2005), o material particulado pode ser descrito como
partículas sólidas ou líquidas emitidas por fontes de poluição do ar, ou formadas na
atmosfera, com tamanho variando na faixa de 0,01 a 100 µm (em diâmetro
aerodinâmico equivalente) e tem como exemplos:
• poeiras: partículas sólidas, geralmente formadas por processo de
desintegração mecânica, poeira de rua; pó de pedra, poeira de cimento, etc.;
• fumos: partículas sólidas formadas por condensação ou sublimação
de substâncias gasosas, fumos de chumbo, de alumínio, etc.;
• fumaça: partículas principalmente sólidas, proveniente da
combustão de combustíveis fósseis ou madeira;
• névoas: partículas líquidas produzidas por condensação ou por
dispersão de um líquido, névoas de ácido sulfúrico, névoa de pesticida, etc.
Conforme explica Nevers (1995), citado por Costa (1998), os poluentes particulados
no ar atmosférico são classificados como partículas totais em suspensão(PTS).
Philippi Junior (2005), ainda, divide essas PTS em partículas inaláveis grossas –
MP10 (com diâmetro aerodinâmico médio maior que 2,5 µm e menor que 10 µm) e
partículas inaláveis finas – MP2,5 (com diâmetro aerodinâmico médio inferior a 2,5
µm).
Para determinar as quantidades de material particulado emitido por um sistema de
combustão, ou seja, fazer a amostragem desse material é necessário utilizar
equipamento adequado e procedimentos cuidadosos (CARVALHO JUNIOR; LACAVA,
2003).
Com a amostragem é possível verificar-se a qualidade do ar, ou seja, se as
concentrações dos poluentes, em especial do material particulado, são inferiores às
especificadas em padrões de qualidade do ar. Se as concentrações excederem
esses valores padronizados deve-se elaborar programas e projetos de controle junto
às fontes de emissão, objetivando a sua redução (COSTA, 1998).
Ainda de acordo com Costa (1998), no caso de processos que envolvem a
combustão, a taxa de emissão de partículas na atmosfera pode ser feita com
medidas em loco em chaminés (amostragem de material particulado em dutos) com
o objetivo de determinar a concentração das partículas no gás efluente e vazão do
mesmo.
Amostragem de material particulado em
dutos
Consiste na aspiração de um volume de gás
de uma chaminé para um sistema de
amostragem, que consiste de bocais e
sondas conectados a um coletor ou sensor
para quantificação das partículas (COSTA,
1998).
Segundo Carvalho Júnior e Lacava (2003),
quando uma amostra é coletada para
determinar a concentração de material
particulado, é essencial que ela seja
representativa.
A concentração dentro do instrumento
utilizado para realizar a medida deve ser
necessariamente a mesma daquela
observada no escoamento do qual a amostra
é extraída. A velocidade de amostragem tem
que ser idêntica à velocidade do escoamento
(amostragem isocinética)
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Material particulado: fontes e efeitos
Especialmente com relação ao material particulado, Philippi Junior (2005) traz em seu estudo dados disponibilizados por
CETESB (2002) quanto às características, fontes e efeitos na saúde pública e no meio ambiente (Tabela 1):
Tabela 1 – Material particulado – características, fontes e efeitos na saúde pública e no meio ambiente
E, ainda, de acordo com Conama (2011), os padrões nacionais
de qualidade do ar com relação ao material particulado são:
I - Partículas Totais em Suspensão (PTS)
a) Padrão Primário
1 - concentração média geométrica anual de 80 (oitenta)
microgramas por metro cúbico de ar.
2 - concentração média de 24 (vinte e quatro) horas de 240
(duzentos e quarenta)microgramas por metro cúbico de ar, que
não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
b) Padrão Secundário
padrão de qualidade do ar = define legalmente um limite
máximo para a concentração de um componente atmosférico
que garanta a proteção da saúde e do bem estar das pessoas.
padrão primário de qualidade do ar = nível máximo tolerável do
poluente atmosféricoque se ultrapassado pode afetar a saúde
da população.
padrão secundário de qualidade do ar = nível desejado de
concentração do poluente.
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Características Fontes principais Efeitos na saúde Efeitos no ambiente
Partículas totais
em suspensão
(PTS)
Partículas de material
sólido ou líquido que
ficam suspensas no ar,
na forma de poeira,
neblina, aerossol,
fumaça, fuligem, etc.
Processos industriais,
veículos motorizados
(exaustão), poeira da
rua, queima de
biomassa, etc.
Aumento da incidência de
doenças respiratórias,
bronquite crônica,
diminuição da função
pulmonar
Danos à vegetação,
deterioração da
visibilidade e
contaminação do solo
Partículas inaláveis
(<10 µm
Partículas de material
sólido ou líquido que
ficam suspensas no ar,
na forma de poeira,
neblina, aerossol,
fumaça, fuligem, etc.
Processos industriais,
veículos motorizados
(exaustão), aerossol
secundário (formado na
atmosfera)
Aumento de
atendimentos
hospitalares e mortes
prematuras
Danos à vegetação,
deterioração da
visibilidade e
contaminação do solo
1 - concentração média geométrica anual de 60 (sessenta)
micro gramas por metro cúbico de ar.
2 - concentração média de 24 (vinte e quatro) horas, de 150
(cento e cinqüenta) microgramas por metro cúbico de ar, que
não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
II - Fumaça
a) Padrão Primário
1 - concentração média aritmética anual de 60 (sessenta)
microgramas por metro cúbico de ar.
2 -concentração média de 24 (vinte e quatro) horas, de 150
(cento e cinqüenta) microgramaspor metro cúbico de ar, que
não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
b) Padrão Secundário
1 - concentração média aritmética anual de 40 (quarenta)
microgramas por metrocúbico de ar.
2 - concentração média de 24 (vinte e quatro) horas, de 100
(cem) microgramas pormetro cúbico de ar, que não deve ser
excedida uma de urna vez por ano.
III - Partículas Inaláveis
a) Padrão Primário e Secundário
1 - concentração média aritmética anual de 50 (cinqüenta) microgramas por
metro cúbico de ar.
2 - concentração média de 24 (vinte e quatro) horas de 150 (cento e cinqüenta)
microgramaspor metro cúbico de ar, que não deve ser excedida mais de uma vez
por ano.
Biomassa – conceito e energia
Segundo Landim et al. (2001), a biomassa pode ser considerada como sendo
toda a matéria orgânica capaz de, ao ser queimada, decomposta ou reciclada,
gerar direta ou indiretamente, alguma forma de energia.
Desse modo, resíduos agrícolas, rejeitos de animais, dejetos humanos, resíduos
urbanos orgânicos e resíduos de plantas como o bagaço de cana e os
provenientes dos processos de beneficiamento da madeira, podem ser utilizados
como combustível em queimadores de biomassa.
Quando produzida de forma eficiente e sustentável, a energia da biomassa traz
inúmeros benefícios ambientais e sociais em comparação com os combustíveis
fósseis. Esses benefícios incluem o melhor manejo da terra, a criação de
empregos, o fornecimento de vetores energéticos modernos a comunidades
rurais, a redução dos níveis de emissão de CO2, o controle de resíduos e a
reciclagem de nutrientes (ROSILLO-CALLE; BAJAY; ROTHMAN, 2005).
Biomassa – secagem
A maneira mais simples de secar a biomassa é através de sua exposição ao ar
livre.
O principal objetivo da secagem da biomassa ao ar livre é evaporar a maior
quantidade possível de água utilizando as forças da natureza. Tanto pode ser
utilizada para a pré-secagem, isto é, para secagem parcial, com a fase final feita
através de estufas, como para secagem completa (PONCE; WATAI, 1985).
Há uma série de condições que interferem na velocidade de secagem ao ar livre,
como a temperatura, a umidade relativa do ar e a ventilação. Não é possível
interferir nesses fatores mas, através de práticas adequadas, é possível realizar a
secagem ao ar em tempos sensivelmente mais curtos e com boa qualidade
(PONCE; WATAI, 1985).
O conteúdo máximo de umidade que uma madeira pode ter para ser usada na
queima em forno é em torno de 65 a 70% em base seca (JARA, 1989).
Queima de biomassa – emissão de poluentes
Apesar das vantagens citadas até então, a
utilização da biomassa em larga escala para
produção de energia também requer alguns
cuidados, pois podem ocorrer impactos
ambientais preocupantes.
Quando a combustão da biomassa é
completa, as substâncias liberadas são água
e dióxido de carbono (CO2), além do calor.
Entretanto, na prática, a combustão nunca é
completa e, com isso, existe liberação
também de combustível residual, monóxido
de carbono (CO) e outros produtos
considerados poluentes, como óxidos de
nitrogênio (NOx) e óxidos de enxofre (SOx)
(GONÇALVES, 2006), além, é claro, do
material particulado.
Com relação à poluição, a queima de
biomassa apresenta um menor impacto se
comparada com a poluição industrial ou de
veículos, entretanto é necessário que seja
feito um estudo mais aprofundado dessa
queima (monitoramento e controle), já que o
futuro energético aponta para novas
alternativas como a proveniente da
biomassa.
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
MATERIAIS E MÉTODOS
Conforme já mencionado, este trabalho objetivou determinar as
concentrações de material particulado presente numa corrente
gasosa e sua conseqüente emissão para a atmosfera a partir da
queima (combustão) de uma amostra com diferentes tipos de
biomassa.
Materiais
Biomassa florestal para queima:
maravalha de Corymbia citriodora;
•maravalha deEucalyptus grandis;
pedaços (retalhos) de madeira diversos
Equipamento de amostragem:
Amostrador de material particulado (DataRam 4)
O amostrador DataRam 4 (Figura 1) monitora e armazena
continuamente o tamanho médio e as concentrações de poeira,
fumaça, névoa e fumos (material particulado). Além disso, a
temperatura e a umidade do fluxo gasoso também são
apresentadas e registradas.
A corrente gasosa verificada foi a de saída da chaminé do
queimador de biomassa (Figuras 2, 3 e 4) logo após a queima.
Figura 3 – Visão posterior do queimador.
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Figura 1 – Amostrador de material particulado – DataRam 4
Figura 2 – Visão frontal do queimador
Figura 4 – Visão da chaminé do queimador
Métodos
Procedimentos anteriores à queima
secagem do material (biomassa) e determinação do seu teor de umidade
Previamente à queima, a biomassa foi seca ao ar livre.
Após a secagem desse material foi realizada a análise do teor de umidade (em base
seca) através do método de secagem em estufa comum de laboratório, ou seja, uma
amostra do material úmido foi pesada e colocada em estufa a 103±2ºC por 24
horas. Após esse período a amostra foi novamente pesada para cálculo do teor de
umidade.
Procedimentos durante a queima
Inicialmente, foi determinada a velocidade do ar no duto da chaminé com auxílio de
um termo-anemômetro para que fosse escolhida a boquilha ou bocal de
amostragem correto para ser utilizado no amostrador de particulados.
Foi determinada, então, a vazão de amostragem para o teste, a qual foi programada
no amostrador de particulados (DataRam 4).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Determinação do teor de umidade
Para a determinação do teor de umidade do material (biomassa a ser queimada)
utilizou-se o procedimento anteriormente descrito e a seguinte equação (1) :
(1)
onde:
mu = massa úmida (g)
ms = massa seca (g)
U(%) = teor de umidade (%)
O resultado dessa equação (1) expressa o teor de umidade em base seca do
material.Portanto, os dados de massa e o teor de umidade em base seca calculado
encontram-se descritos na Tabela 2.
Tabela 2 – Determinação do teor de umidade da amostra
Como os materiais analisados neste
estudo apresentaram teores de umidade
de 20,20% e 13,99% em base seca e,
como o teor máximo de umidade para
queima de uma madeira em forno gira em
torno de 65 a 70% em base seca
(conforme já mencionado), realizou-se o
teste de queima sem necessidade de uma
secagem mais forçada (em estufa).
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Um m
m
u s
s
(%)
100
(1)
Biomassa mu (g) ms(g) U(%)
maravalha (Corymbiacitriodora) 7,6873 6,3954 20,20
maravalha (Eucalyptusgrandis) 6,1780 5,4199 13,99
pedaços de madeira diversos*
Figura 5 – Temperatura do fluxo gasoso versus emissão de material particulado
Figura 6 – Temperatura do fluxo gasoso versus tempo de amostragem
Influência da temperatura do ar na emissão de particulados
Com auxílio do amostrador de particulados DataRam 4 foi possível verificar a influência da temperatura do fluxo gasoso na
concentração (ou emissão) de particulados pela chaminé para a atmosfera.
Os resultados obtidos encontram-se descritos na Figura 5. Além disso, verificou-se a evolução da temperatura com o tempo de
amostragem (Figura 6).
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Temperatura do fluxo gasoso x emissão de material particulado
0
20000
40000
60000
80000
100000
120000
140000
160000
180000
200000
19,1 19,6 20,5 21,4 22,2 23,1 23,8 24,5 25,0
Temperatura do fluxo gasoso (ºC)
Co
nce
ntr
ação
de
par
tícu
las
(ug
/m3)
Temperatura do fluxo gasoso x tempo de amostragem
10
15
20
25
30
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo de amostragem (s)
tem
pe
ratu
ra d
o f
lux
o g
as
os
o (
ºC)
Figura 7– Umidade do fluxo gasoso versus emissão de material particulado
Figura 8– Umidade do fluxo gasoso versus tempo de amostragem
Observando a Figura 5 pode-se concluir que temperaturas mais altas do fluxo gasoso acarretam menores concentrações de poluentes
particulados emitidos para o ar e vice-versa. Isso pode ser verificado para a temperatura de 19,5ºC que resultou em 190662 µg/m3
de material particulado sendo liberado, o maior valor observado de emissão. Pode-se concluir, também, observando a Figura 6, que a
temperatura elevou-se ao longo da queima. Portanto, a maior concentração de poluentes particulados emitida ocorreu já nos
primeiros momentos da queima.
Influência da umidade do fluxo gasoso na emissão de particulados. Novamente utilizando o amostrador de particulados DataRam 4 foi
possível observar a influência da umidade do fluxo gasoso na emissão de partículas advindas da queima da biomassa. Os resultados
obtidos encontram-se relatados na Figura 7. A umidade desse fluxo ao longo da amostragem também foi determinada (Figura 8).
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Umidade do fluxo gasoso x emissão de material particulado
0
50000
100000
150000
200000
250000
68 74 78 80 82 84 85 87 88 89 89 90
umidade do ar (%)
conc
entr
ação
de
par
tícul
as (u
g/m
3)
Umidade do fluxo gasoso x tempo de amostragem
50
55
60
65
70
75
80
85
90
95
0 500 1000 1500 2000 2500
tempo de amostragem (s)
um
ida
de
do
flu
xo
ga
so
so
(%
)
Figura 9 – Diâmetro de partícula versus emissão de material particulado
Observando a Figura 7 pode-se concluir que para
uma umidade do fluxo gasoso mais elevada há
menores emissões de material particulado.
Fazendo uma analogia com o ar ambiente, essa
descrição também pode ser verificada, ou seja, em
dias mais secos (menor a umidade do ar), mais
particulados são liberados na atmosfera tanto por
chaminés de indústrias (caso do presente estudo)
quanto por veículos automotores.
Por isso, em períodos mais secos, as pessoas
sofrem mais com problemas respiratórios.
Pode-se verificar, também, através da Figura 8 o
que ora foi descrito, ou seja, a menor concentração
de particulados ocorre para uma maior umidade do
fluxo gasoso.
Influência do tamanho médio das partículas
(diâmetro) na emissão de particulados.
Neste item foi feito um estudo quantitativo das
partículas de acordo com seu diâmetro. Os
resultados podem ser verificados na Figura ao lado
Considerando que os dados de diâmetro
constantes na Figura 9 aparecem em ordem
crescente de tempo de queima da esquerda para
direita no eixo dos X, pode-se observar que a maior
concentração de particulados ocorreu já no início
da queima, assim como o que foi observado nas
Figuras 5 e 7.
A princípio não houve grandes diferenças nos
diâmetros das partículas, oscilando de 0,18 até
0,43 µm, com maior concentração para diâmetro
em torno de 0,20 µm.
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
Diâmetro de partícula x emissão de material particulado
0
50000
100000
150000
200000
250000
0,39 0,23 0,21 0,21 0,23 0,33 0,27 0,16 0,33 0,16 0,23 0,23 0,22 0,34 0,43 0,23 0,18 0,18
diâmetro de partícula ( ver)
co
nc
en
tra
çã
o d
e p
artíc
ula
s (
ug
/m3
)
CONCLUSÃO
Este trabalho realizou um primeiro estudo a respeito do comportamento dos particulados com a queima da biomassa. Com base na
realidade atual energética do mundo e principalmente do Brasil, esta forma alternativa de energia tem um futuro promissor tanto do
ponto de vista energético quanto do ponto de vista ambiental, entretanto, é necessário que sejam feitos estudos mais profundos a
respeito do comportamento dos gases e particulados emitidos com sua queima para obtenção de energia. Nesse sentido este trabalho
veio trazer informações sobre essas emissões, particularmente, de material particulado, um prejudicial poluente que traz agravos à saúde
e ao meio ambiente. Os resultados permitiram as seguintes conclusões:
• O efeito do aumento da temperatura do fluxo gasoso durante a queima da biomassa contribuiu para uma menor emissão
de poluentes particulados;
• Um fluxo gasoso mais úmido trouxe menores emissões de particulados e a umidade evoluiu de forma crescente com o
tempo de amostragem;
• Quanto ao diâmetro de partícula, pode-se observar que não houve grande oscilação, variando entre 0,18 até 0,43 µm,
com maior concentração de poluentes particulados emitidos na faixa de diâmetro em torno de 0,20 µm.
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<http://www.ibram.df.gov.br/sites/400/406/00002049.pdf>. Acesso em: 29 maio 2011.
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(Mestrado) - UEM, Maringá, 1998.
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<http://www.bvsde.paho.org/bvsacd/cd51/lavagem.pdf>. Acesso em: 25 maio 2009.
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PONCE, Reinaldo Herrero; WATAI, Luiz Tadashi. Manual de Secagem da madeira. Brasília: STI/IPT, 1985.
EMISSÃO DE PARTICULADOS PROVENIENTES DA QUEIMA DE BIOMASSA
E mais ainda, com o aproveitamento das folhas e ponteiros deixados na lavoura com a
colheita sem queima. Em breve futuro, com a tecnologia de produção de biocombustível a
partir de materiais celulósicos se tornando efetiva, a cana-de-açúcar se tornará ainda mais
valiosa como matéria prima para energia renovável, pois a partir do bagaço e das folhas,
há a possibilidade de também se produzir etanol, o dito etanol de segunda geração (E2G).
Entretanto, tanto para a produção de etanol convencional a partir do caldo (E1G) comoo
E2G a partir das fibras, o fator primordial para assegurar a sustentabilidade da empresa,
mesmo em situações econômicas desfavoráveis, é a alta produtividade agrícola. Sem esta,
a crise do setor será recorrente. E não há perspectivas de que as variedades convencionais
de cana-de-açúcar possam assegurar um nível de produtividade compatível com a
sustentabilidade requerida. Isso porque elas chegaram a um patamar de produtividade
limite em termos biológicos. Esse limite é determinado por uma característica básica que
sempre imperou no setor como essencial nas variedades: baixo teor de fibra se contrapondo
com alto de sacarose. Biologicamente essa combinação se constitui na grande trava a
limitar a produtividade, como resumidamente se explicará.
S I Z U O M AT SU O KA
Quando da crise do petróleo na
última década de 70, o Brasil,
premido por razões econômicas e
estratégicas, implantou o Proálcool.
A produção de álcool combustível a
partir da cana-de-açúcar se tornou
depois um exemplo mundial de
combustível renovável, muito
decantada como uma valiosa
alternativa de combustível renovável
para auxiliar na mitigação dos
danosos efeitos da excessiva
liberação de C na atmosfera pelos
combustíveis fósseis.
Para o setor canavieiro foi uma
alternativa bem-vinda pela
vantagem econômica e competitiva
que se tornou a possibilidade de
produzir dois produtos, açúcar e
álcool, a partir da mesma matéria
prima.
Depois cresceu o reconhecimento de
que a cana-de-açúcar é uma planta
energética por excelência, pois
também possibilita a produção de
vapor e energia elétrica a partir do
bagaço residual da moagem.
A CANA ENERGIA COMO OPÇÃO PARA
SAÍDA DA CRISE PELO SETOR SUCRO-
ENERGÉTICO
Sizuo Matsuoka Vignis S.A.
CANA ENERGIA
Durante o seu ciclo vegetativo de um
ano, a planta de cana-de-açúcar é a
todo momento submetida a algum tipo
de estresse, e as variedades, por mais
que tenham sido selecionadas para
aquele ambiente, têm um nível de
resiliência limitado,justamente por
aquela composição genômica referida.
É por isso que a produtividade em cada
gleba, fazenda ou região é diferente
para uma mesma variedade, como o é,
em diferentes anos, diferentes épocas
de plantio e colheita, etc.
Se aquela composição genômica for
alterada para se ter maior participação
de S. spontaneum, e
conseqüentemente menor teor de
sacarose e maior teor de fibra, se terá
o que chamamos de cana energia, uma
planta mais rústica, com maior nível de
resiliência, ou seja, que sob a ação
daquele mesmo nível de estresse tem
maior poder de recuperação do que a
variedade convencional.
Na prática isso significa maior
estabilidade de produção, ou seja,
menos efeito deletério dos fatores
estressantes, como, por exemplo,
menor efeito de uma seca.
Porém, o que traz ainda maior
vantagem para a cana energia é o vigor
de híbrido: uma cana energia produz o
dobro ou mais de biomassa do que a
cana convencional. A sua adoção trará
um salto de ganho energético que
jamais se pensou possível. Para se ter
uma ideia disso, veja-se o raciocínio
teórico seguinte.
.
O processo de melhoramento genético da cana-de-açúcar surgiu há mais de 100 anos
atrás premido pela necessidade de se fazer frente a danosas doenças que estavam
assolando as canas comerciais da época, que eram tipos da espécie
Saccharumofficinarum (tipo caiana).
Surgiu então a ideia de se produzir híbridos dessa espécie com espécies selvagens,
especialmente S. spontaneum.
Esta seria a espécie a transmitir resistência às doenças, bem como adaptabilidade a
ambientes estressantes. Isso foi conseguido na segunda década do século passado,
mas ante a necessidade de se ter aquela caraterística de baixo teor de fibra e alto de
sacarose houve necessidade de se fazer uma composição genômica em que
predominasse o “sangue” de S. officinarum num nível entre 80 a 90%.
Esse “drive” vem sendo obedecido até hoje nas novas variedades comerciais e o
problema é justamente esse: havendo pouca participação de S. spontaneum, as
variedades têm pouca resiliência.
Resiliência é a capacidade de um organismo retornar à sua condição de normalidade
fisiológica após submetido a um estresse. E uma planta, seja no ambiente natural ou
agrícola, está sempre sob algum nível de estresse, seja ele biótico ou abiótico.
CANA ENERGIA
Se a área de cana brasileira atualmente utilizada para a produção de
etanol fosse substituída por cana energia, se teria 80% mais etanol
do que hoje se produz, e 12 vezes mais bagaço excedente.
Se a tecnologia E2G estivesse plenamente desenvolvida e todo esse
bagaço fosse utilizado nessa rota, só o E2G seria mais do que o dobro
de E1G hoje produzido no Brasil.
Pode-se afirmar, portanto, que não houve, em nenhum momento da
história agrícola mundial, uma tecnologia que propiciasse tamanho
salto de produtividade, nem mesmo na decantada “Revolução
Verde”. A cana energia é, portanto, uma tecnologia inovadora
inigualável.
A Vignis é uma empresa privada, genuinamente nacional, pioneira no
desenvolvimento de cana energia via melhoramento convencional.
Para isso, conta com uma estação para cruzamento (hibridação) em
Maceió-AL e uma estação experimental em Santo Antônio de Posse-
SP.
Ela já tem sete cultivares protegidas no Ministério da Agricultura,
além de milhares de clones de alto potencial produtivo –
produtividade duas a três vezes maior do que cultivares
convencionais – que estão em seleção, multiplicação e plantio em
áreas comerciais.
Tais áreas fazem parte de contratos de longo prazo com clientes que
necessitam de bagaço para alimentar caldeiras (indústrias
alimentícias), ou mesmo de caldo para se fazer etanol e bagaço
excedente para cogeração de energia elétrica (usinas). Em todos os
casos as áreas de produção são inteiramente conduzidas pela própria
Vignis.
CANA ENERGIA
A cana-energia não é algo
completamente novo, mas agora as
condições se alinharam,
desencadeando um interesse inédito.
A variedade aproveita a complexidade
genética da cana e está sendo
preparada para promover mudanças
radicais no mercado de etanol e
bioeletricidade.
Os números são fantásticos, difíceis de
acreditar e parecem ter saído da
imaginação de algum usineiro em
crise. Mas a realidade é que o setor
sucroenergético está presenciando o
que pode ser o início de uma revolução
que vai mudar a rotina das usinas e o
mercado de etanol e eletricidade no
Brasil.
A cana-energia foi por muito tempo
uma desconhecida do setor, mas os
novos resultados e a maturação dos
projetos despertaram no mercado um
interesse sem precedentes pela
planta.
Para separar sonho e realidade é
preciso conhecer os resultados que as
empresas estão obtendo com a nova
espécie e os motivos que fazem ela ser
tão atraente.
Qual é a explicação para os números
superlativos da cana-energia e porque
as empresas que já testaram a planta
estão multiplicando suas apostas
numa velocidade inédita?
.
A complexidade de se trabalhar com a cana é proporcional à versatilidade que ela
possui. A cana-energia é uma mudança radical e exemplar da gama de possibilidades
que podem ser exploradas a partir da enorme variabilidade genética que a cana possui. A
cana-de-açúcar plantada em larga escala no Brasil é resultado de uma série de
cruzamentos, mas que possuem a característica predominante da espécie Saccharum
officinarum: elevado teor de açúcar e baixa quantidade de fibra. Já a cana-energia teve
seus cruzamentos direcionados para aproveitar mais os descendentes da Saccharum
spontaneum, com alto teor de fibra.
CANA ENERGIA
CANA ENERGIA
Jorge Mariano Jornal Nova Cana
A busca por mais fibra nos canaviais não é algo completamente novo no mundo. No
início da década de 1970 programas de melhoramento tiveram êxito em países como
Barbados, Índia, Cuba e Austrália. Aqui mesmo no Brasil o desenvolvimento da cana-
energia já foi explorado na década de 1980.
O segredo da cana-energia. Rizoma,
este é o segredo da planta. As maiores
vantagens da nova variedade são
explicadas pelo desenvolvimento
desses caules subterrâneos. A cana-
energia, assim como a grama e o
bambu, é uma planta rizomática. Esses
rizomas são como os colmos, repleto de
gemas, mas que ficam em contato
direto com o solo. Cada gema dá
origem a uma nova planta.
A cana-de-açúcar selvagem também
possuía rizomas, mas como nos últimos
100 anos a busca se concentrou em
variedades com maior teor de açúcar, a
planta foi perdendo essa característica.
Os rizomas, associado a um sistema
radicular mais vigoroso, permite a
absorção de muito mais nutrientes do
solo e a um nível acelerado. O resultado
são plantas que brotam mais rápido,
mais próximas umas das outras
(perfilhamento denso), vida mais longa
e maior produtividade. Mas esse é só o
começo das vantagens. Como os
rizomas ajudam a planta a captar
melhor os nutrientes, a cana-energia
não precisa de solos de boa qualidade,
é mais resistente à seca e ao pisoteio e
tem maior razão de multiplicação (4
vezes ou mais).
“Por esse sistema radicular, a cana-
energia aumenta a produtividade nos
primeiros cortes porque aumenta a
touceira. Cada gema no rizoma dá um
nova planta”, explica o diretor-
presidente da Vignis, Luis Claudio
Rubio.
CANA ENERGIA
Os dados da GranBio mostram que a longevidade da lavoura é bem maior, com
necessidade de renovação a cada dez anos – contra cinco da cana comum – e
chegando a 15 cortes em alguns casos.
No caso do perfilhamento, enquanto as lavouras comuns apresentam cerca de dez
colmos por metro – número presente em quase todas as variedades de cana-de-
açúcar – a cana-energia possui quantidades quatro a cinco vezes maiores, com
algumas variedades chegando a brotamentos ainda superiores. “Já encontramos
variedades com 98 colmos por metro”, comenta Rubio.
Melhoramento genético e produtividade
Para o diretor agrícola da GranBio, José
Bressiani, outro trunfo é o elevado potencial
de ganho genético.
Para 2020, a companhia fez projeções que
apontam 88 toneladas de fibra, 250
toneladas de massa verde e 18 toneladas de
açúcar por hectare.
Quanto ao ganho genético, é duas vezes
superior ao da cana-de-açúcar, chegando a
3% ao ano.
Estimativas da GranBio apontam
produtividade superior a 300 t/ha para a
cana-energia em um período de 15 anos.
Tais características têm impacto direto
no custo de produção e tornam mais
competitivos os projetos que venham a
utilizá-la como matéria-prima.
As novas variedades da cana-energia já
chegam às usinas com produtividade
quase três vezes superior à média
verificada nos canaviais nacionais.
Na região Centro-Sul – responsável pela
maior parte da produção nacional – a
média de produtividade em 2014 foi de
75 toneladas por hectare (t/ha), a opção
energética rende, pelo menos, 180 t/ha.
Utilizando a mesma área plantada, a
cana-energia oferece uma produção de
etanol 232% maior, além de um
impressionante aumento de 1.200% na
produção de energia elétrica.
CANA ENERGIA
O mercado de bioeletricidade amadureceu e
as usinas passaram a depender do dinheiro
extra gerado pelas caldeiras.
Mas, se isso abriu campo para novos
investimentos em cogeração, também criou as
condições para o desenvolvimento de
matérias-primas ricas em biomassa.
E a cana-energia promete ofuscar qualquer
concorrente.
Algumas simulações apresentadas pela Vignis
(veja infográfico ao lado) mostram que se toda
área de cana usada para etanol (5,1 milhões
de hectares) fosse substituída por cana-
energia, a moagem saltaria 164%, de 360
milhões de toneladas para mais de 951
milhões.
O incremento na produção de bagaço seria
ainda maior, 450%, gerando uma sobra de
bagaço que passaria de 29,5 milhões de
toneladas para 384,7 milhões.
CANA ENERGIA
GranBio. A GranBio também está avançada no desenvolvimento da cana-energia. Suas pesquisas começaram em 2012, na estação
experimental que possui em Barra de São Miguel, Alagoas. O objetivo da empresa foi desenvolver uma cultura energética adequada ao
seu modelo de negócio – focado exclusivamente no etanol 2G –, possibilitando assim sua independência das usinas de primeira
geração, que hoje fornecem a matéria-prima necessária. Transcorridos apenas três anos, a empresa já planeja ter seu primeiro plantio
comercial ainda em 2015. Atualmente a empresa conta nove locais de teste para caracterização dos clones, distribuídas por cinco
estados (AL, BA, PB, GO e SP). O projeto tem como parceiros o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) e a Rede Interuniversitária para
o Desenvolvimento do Setor Sucroenergético (Ridesa).
O potencial elevado de ganho genético está ligado ao fato de o melhoramento da cana-energia estar no começo de seu ciclo, à
eficiência de conversão energética da cultura e à grande diversidade genética das variedades selvagens de cana utilizadas no processo.
Nos cruzamentos, procura-se produzir filhos que combinem da melhor forma possível as características favoráveis dos pais. Na cana-
energia, como a diversidade dos pais é muito grande, o potencial de produção de descendentes é enorme, fazendo com que o ganho
genético seja alto. Os números começam a se aproximar do sonhado potencial teórico máximo de produtividade da cana-de-açúcar. Na
literatura científica calcula-se que o limite dos canaviais seria algo entre 380 e 472 t/ha. A nova variedade pode recuperar a
decepcionante evolução da cana-de-açúcar nas últimas décadas. Números levantados pela Organização das Nações Unidas para
Alimentação e Agricultura mostram que de 1961 a 2011, a planta obteve aumento de apenas 40% na produtividade. O avanço ficou
muito atrás de culturas como soja e trigo, que cresceram 129% e 193%, respectivamente.
O gráfico ao lado ganhou grande
repercussão dentro do setor pelas mãos
do BNDES, que utilizou os números
como argumento para evidenciar o
problema estrutural de falta de
produtividade e inovação tecnológica
nos canaviais.
Para visualizar o impacto da cana-
energia, o novaCana projetou a
produtividade esperada do novo biótipo
em contraste ao verificado nas outras
culturas.
CANA ENERGIA
Dois focos de desenvolvimento para a cana-
energia. Apesar de altamente desejado, o
elevado teor de fibra traz um problema
significativo: a potência das moendas
instaladas nas usinas não é suficiente para
moer cana com teor de fibra acima de 20%. As
saídas passam por melhores moendas, mistura
da cana-energia com cana tradicional ou, o
desenvolvimento de uma variedade
intermediária com teor de fibra menor.
Este é um dos motivos por que os principais
programas de desenvolvimento da cana-
energia estão apostando em dois tipos de
cana-energia. A cana-energia tipo 1 possui
teores de fibras inferiores a 20%, mantendo os
níveis de açúcar acima dos 13%. Já a cana-
energia tipo 2 possui baixíssimo nível de
açúcar (sacarose menor que 6%) e altíssimo
teor de fibra, podendo ultrapassar 30%.
É importante notar que apesar dessa
segmentação, a cana-energia não deve
conquistar espaço algum nas usinas
açucareiras. Mesmo contendo mais açúcar por
hectare, a pureza é menor.
O BNDES também tem sua previsão para a maturação da cana-energia no Brasil. No
cenário desenhado pelo banco, o etanol de segunda geração (E2G) chega em 2020,
um pouco antes da cana-energia, que vai dominar os canaviais brasileiros em 2025
(veja gráfico abaixo).
Tempo para a revolução
Produção e rentabilidade abundante sem
necessidade de aumentar a área plantada
parece um cenário ideal para as
sucroalcooleiras. Assim como a
possibilidade de gerar mais de mil vezes a
quantidade atual de energia por meio da
queima do bagaço. Mas, com todas essas
qualidades, porque essa cultivar ainda
não dominou os canaviais?
A resposta: é preciso tempo. Para projetar
quando a cana-energia entrará
plenamente na rotina das usinas, é
interessante compará-la com o tempo que
leva para uma nova variedade de cana-de-
açúcar completar seu desenvolvimento.
De acordo com pesquisa do BNDES, uma
nova variedade demora, em média, dez
anos para ser comercializada. Depois
disso, se bem sucedida, ela ainda precisa
de mais cinco anos, pelo menos, para
estar entre as mais utilizadas pelas
usinas. A cana-energia estaria assim entre
a etapa final de desenvolvimento e o
início dos testes de mercado.
Mas é preciso considerar também que as
pesquisas tendem a se concentrar nas
regiões tradicionais, como São Paulo.
Assim, para as regiões de fronteira o
avanço pode ser mais lento.
E não é só. Além do processo de
aprimoramento da cana, também existe o
desenvolvimento do mercado. “Imagino
que o mercado vai se desenvolver em uma
velocidade bastante grande. As empresas
mais amigas da tecnologia vão sair na
frente das outras”, destaca Luis Rubio.
CANA ENERGIA
Caramuru. Em Goiás, as lavouras da região de São Simão, que produzem
cerca de 50 t/ha de cana-de-açúcar, já testemunham os números
superlativos da cana-energia. A baixa produtividade local era um problema
para a Caramuru Alimentos, que precisava comprar biomassa para gerar
energia a mais de 200 quilômetros de distância, visto que as plantações de
usinas próximas não conseguiam suprir a demanda.
A solução surgiu com um décimo dessa distância. A apenas 12 quilômetros
da fábrica, a Vignis – empresa especializada em cana-energia – plantou
800 hectares com cana-energia e hoje fornece 100% do material necessário
para o funcionamento da térmica da Caramuru – e ainda sobra. Tudo isso
em terreno considerado degradado.
Empresas que estão testando a cana-energia. A Vignis
tem contratos firmados e já em abastecimento com
Raízen (SP), Caramuru (MT e GO), Odebrecht (GO),
Citrosuco (SP) e Zilor (SP), além das plantas próprias
de P&D (AL, SE e SP). No total, são 3,7 milhões de
toneladas de cana-energia entregues anualmente.
O modelo de negócios adotado visa o fornecimento de
cana integral para produção de etanol ou apenas de
biomassa para queima nas caldeiras.
Todo o processo – do plantio ao pré-processamento –
é comandado pela Vignis, que possui pequenas
plantas de moagem nos locais em que o contratante
requer somente a entrega de bagaço.
Atualmente são mais de 5 mil hectares (ha) plantados.
Até o fim do ano a empresa quer atingir a marca dos 8
mil ha e espera-se que em 2017 a área alcance 25 mil
ha.
Rubio reforça que a produção da cana-energia é um
processo diferente, e não daria certo se fosse tratada
da mesma maneira que a cultura comum, por isso a
necessidade de desenvolver, também, novos
processos de colheita.
Por isso, foi desenvolvida para o material uma
forrageira adaptada com uma plataforma especial
para poder colher a cana-energia, gerando uma
máquina de 750 cavalos de potência – contra 350
cavalos de uma colhedora comum –, mas que
consome metade do diesel de equipamentos
regulares.
Outra diferença para as usinas é que a cana já vai
picada para o caminhão, o que facilita as etapas
seguintes, conforme a Vignis. “Isso praticamente
elimina o sistema de preparo da cana na usina, que
consome cerca de 25% da energia necessária para
se processar uma tonelada do produto”, diz.
CANA ENERGIA
Essa defasagem entre potencial genético e produtividade obtida relaciona-se a
diversos fatores de produção intrínseca ao clima, solo, práticas culturais e às
interações desses parâmetros com as características genéticas dos hibridos.
A resposta diferenciada dos genótipos nos vários ambientes é conhecida como
interação de genótipos com ambientes – G x E e este é um fenômeno natural que faz
parte da evolução das espécies. Seus efeitos permitem o aparecimento de genótipos
estáveis e aptos a um ambiente específico, assim como, de comportamento geral,
aptos a vários ambientes.
Dessa forma, o comportamento dos genótipos em relação ao ambiente, tem merecido
especial atenção por parte dos melhoristas, pois interfere nos processos de seleção: a
partir dele é possível executar uma seleção de genótipos com adaptação ampla ou
específica, escolher locais de seleção para as fases iniciais da seleção, e determinar o
número ideal de ambientes e de genótipos a serem avaliados em cada fase da
seleção, além de ser condicionante e exercer forte pressão sobre as características
quantitativas e qualitativas das cultivares em processo de seleção. Assim, torna-se
claro que nas últimas décadas, sempre foi para aumentar o teor de açúcar no colmo
da cana, fato este que limita os ganhos de produção de biomassa.
As plantas do gênero Saccharum (cana-
de-açúcar), é uma das plantas mais
versatéis entre as espécies vegetais
domésticadas pelo homem, seja pela
grande gama de possibilidades de
utilização desta planta e/ou pela sua
capacidade de adaptação, após a sua
domesticação e a evolução do
melhoramento genético.
Fato é que esta planta de origem milenar
tem contribuído de forma imprescindível
para o avanço da agricultura brasileira, e
para a produção de energia renovável
principalmente no que tange as
possibilidades de alteração na
composição da matriz energética e a
produção de bioenergia, que tem sido
motivo de discussões entre as lideranças
mundiais desde as ultimas décadas do
século passado.
Híbridos interespecíficos, oriundos dos
programas de melhoramento genético,
resistentes a pragas e doenças e
melhores adaptados às diversas
condições ambientais permitiram a
expansão da cultura pelo planeta. Os
hibridos de cana-de-açúcar tradicionais
apresentam potencial genético de
produção muito mais elevado quando
comparado à média de produção,
mesmo em unidades de produção mais
tecnificadas, nas quais a produção de
colmos raramente ultrapassa 100 t/ha.
CANA ENERGIA E O BIOPELLETS
BRASIL BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS DE BIOMASSA E ENERGIA RENOVÁVEL
CANA ENERGIA E PELLETS
Em razão do seu vigoroso e abundante sistema radicular fasciculado, apresenta ótima
eficiência no controle de erosão e recuperação de áreas degradadas, além disso, devido
ao vigor das socas, permitirá maior número de cortes.
A cana-energia colhida em ciclos anuais aumenta de produtividade nas socas dos
próximos anos ou se mantém estável durante pelo menos 6 a 8 cortes. É possível prever
10, 12 ou até mais cortes através de cruzamentos entre S. Spontaneum e S. officinarum,
devido ao grande vigor da soca desse tipo de planta.
Os híbridos de cana-de-açúcar devem ser produzidos através de reprodução sexuada, no
esquema de cruzamentos biparentais entre híbridos de cana-de-açucar e acessos de S.
espontaneum.
Os cruzamentos entre os materiais genéticos devem ocorrer anualmente na estação entre
os meses de abril e junho.
Para obtenção dos seedlings (estágio de plântula apenas, antes da formação da terceira
folha), as sementes oriundas do cruzamento devem passar por melhoramento genético.
O transplantio deve ser realizado no espaçamento de 1,5 metros entre linhas e o
delineamento com tratamentos comuns.
Dada a grande variabilidade genética
existente na espécie, esta mudança de
perfil nas cultivares de cana seria
possível via realização de
retrocruzamentos dos híbridos atuais
com ancestrais selvagens de S.
spontaneum, para que as
características de alta produção e alto
conteúdo de fibras fosse introgredido
nas populações melhoradas, levando a
aumentos de produtividade, maior
rusticidade e adaptabilidade a áreas
agrícolas marginais, revertendo a
priorização que foi dada até o momento
para sacarose.
Com objetivo de criar variedades mais
adaptadas, rústicas, produtivas e
resistentes à seca, cruzamentos entre
diversos gêneros de Saccharum spp.
tem sido realizados.
No entanto, um novo paradigma está
surgindo para otimizar a produção de
energia, fundamentado na produção de
biomassa e nesta ultima década, vem
sendo estudado por algumas
instituições de pesquisa em
melhoramento genético, a produção de
hibridos da espécie Saccharum spp.
direcionadas para a produção exclusiva
de biomassa moderna, a cana-energia.
A cana-energia poderá ser plantada em
áreas de solo e clima piores do que
aqueles reservados para a produção de
alimentos, requerendo menor aplicação
de fertilizantes e de defensivos, e
devido ao maior número de colmos
produzidos por essa planta
proporcionar maior disponibilidade de
mudas.
CANA ENERGIA E PELLETS
Característica da Cana-Energia. Assim apresentamos algumas característica
da cana-energia, segundo o Prof. Sizuo Matsuoka:
(i) produz energia renovável, possibilitando a redução de gases do efeito
estufa;
(ii) alta capacidade de conversão do carbono atmosférico em carbono
orgânico na formação de biomassa;
(iii) constitui alternativa de diversificação na matriz energética e redução do
consumo de petróleo;
(iv) tem alta densidade de energia, ou seja, energética e economicamente é
matéria-prima mais eficiente do que aquela de plantas alimentícias;
(v) plantas adaptadas às condições de estresse e resistentes aos
microrganismos maléficos;
(vi) não compete com a produção de alimentos, podendo ser plantada em
regiões degradadas ou de expansão, impróprias para outras culturas e pode
ser usada no controle de erosões;
(vii) apresenta técnicas de exploração dominadas;
(viii) a colheita pode ser feita durante todo ano (PUI longo) e seu produto pode
ser armazenado para prolongamento do uso;
(ix) possibilidade de se obterem formas estéreis, não produtoras de sementes
e que assim podem ser produzidas para que a multiplicação seja apenas
vegetativa.
Melhoramento Genético Produção Cana Energia.
É possível realizar o melhoramento genético da
Sccharum spp. também para a produção de
híbridos destinados à produção de biomassa
moderna.
i. A população de híbridos de cana-energia
apresenta diferenças morfológicas significativas
em relação a híbridos tradicionais de cana-de-
açúcar, e o estudo dos componentes de
produção demonstraram que a rigor estes
materiais apresentam altos teores percentuais
de fibra, baixos teores de açúcar nos colmos e
grande número de perfilhos por metro linear;
ii. Entre os híbridos de cana-energia são
superiores em produção de bitomassa e de
massa seca por área, chegando a produzir acima
de 1,5 vezes mais massa seca na fase de
soqueira quando comparados à cana-de-açúcar
tradicional e à outras fontes de matéria prima
para a produção de bioenergia tais como o
capim-elefante e o eucalipto, apresentando
fortes indícios de que esta cultura talvez seja a
mais indicada para ao desenvolvimento de novos
projetos agroindustriais voltados para a
produção de bioenergia através da utilização de
biomassa moderna;
iii. Os custos de produção de massa seca obtidos
na matriz idealizada demonstram que a cana-
energia, devido ao seu alto potencial de
produção (média de 45,9 t.m.s.ha-1 – melhor
material em segundo corte média de 64
t.m.s.ha-1) tem boas chances de se tornar a
matéria prima de mais baixo custo para a
produção de bioenergia;
iv. Existe grande quantidade de área disponível
para a expansão de culturas agroenergéticas no
território brasileiro e onde não haveria
concorrência direta com as áreas destinadas à
produção de alimentos, ou que seja necessário
destruir áreas de biomas protegidos.
CANA ENERGIA E PELLETS
Quanto ao número de colmos por
metro (NCM), os híbridos de cana-
energia são superiores em
produção e estabelecimento de
perfilhos em seu dossel.
Os híbridos de cana-energia
continuam se comportando de
forma a serem superiores em
produção de massa seca quando
comparados a materiais
tradicionais (hibrido de cana
energia é mais produtivo e
expressa uma média de 64,6
toneladas de massa de matéria
seca por ha).
CANA ENERGIA E PELLETS
O processo de produção do pellets da cana
energia envolverá a extração, colheita e
transporte para a preparação da fibra
(colheita para picagem industrial) da cana
energia.
A matéria-prima utilizada no processo
industrial é de origem da cana energia
modificada geneticamente (maior volume
de biomassa com os colmos da cana
energia).
Para a colheita da cana energia será
utilizado um equipamentos especial para o
aproveitamento 100% da matéria-prima.
Deverá passar por uma secagem natural e
depois será enviada para a unidade de
preparação da matéria-prima (picagem
industrial) visando a redução da matéria-
prima em partículas menores com uma
granulometria especial para o processo.
CANA ENERGIA E PELLETS
Estamos desenvolvendo um novo
produto – pellets da cana energia de
origem renovável, denominado de
carbono zero e ecologicamente correto.
Trata-se do produto final de origem
renovável (uso da cana energia) no
processo de extração até a produção
industrial, com emissão negativa do
carbono (produção sustentável de
pellets com a biomassa da cana
energia).
Este ciclo de carbono “zero” ou neutro
pode ser repetido indefinidamente,
desde que a biomassa da cana energia
seja regenerada nos próximos ciclos,
colhida para utilização e pelo
processo.
A gestão sustentável das fontes de
biomassa da cana energia e na
produção de pellets é de extrema
importância para garantir que o ciclo
do carbono não seja interrompido.
Mesmo com o processo de produção
industrial de pellets (baixa emissão de
CO2), o balanço global do CO2 neste
sistema é menos negativo do que o
balanço de CO2 num sistema de
produção de energia a partir de um
combustível fóssil, como, por exemplo,
o carvão.
Os combustíveis fósseis, tais como o
gás, o petróleo e o carvão, não são
considerados neutros em carbono,
visto que libertam o CO2 que foi
armazenado durante milhões de anos e
não possuem qualquer capacidade de
armazenamento ou seqüestro de
carbono.
CANA ENERGIA E PELLETS
Estamos implantando uma unidade industrial de pellets da cana energia onde a
instalação compõem uma unidade de armazenamento de matéria-prima e duas
instalações industriais (primeira de moagem e secagem industrial e uma segunda
para o processo de peletização e resfriamento de pellets).
A unidade pode comportar dois sistema de geração de energia térmica (fornalhas
e secadores industriais) e um sistema de co-geração de energia, linhas especiais
para o processamento, moagem e trituração industrial (moinho martelos) para
alcançar uma granulometria para o processo de peletização (peletizadoras
industriais) ao sistema de resfriamento industrial (resfriadores contra-fluxo) sendo
transportados para o silo de armazenamento de matéria-prima pronta.
Iniciamos o processo industrial com a preparação da fibra da cana energia, onde
deverá estar livre de qualquer tipo de material contaminante como pedras, vidro e
metal.
Se a remoção de este tipo de contaminantes não for considerada, pode provocar
falhas e avarias nos equipamentos, principalmente danos nos rolamentos de
pressão. Se o produto estiver contaminado, as cinzas no momento da combustão
aumentam consideravelmente .
A planta industrial de pellets da cana
energia vai operar ininterruptamente,
requerendo um contínuo abastecimento
de biomassa para a geração de energia
térmica (resíduos descartados) e de cana
energia para o processo industrial. Por
isso, a biomassa residual (para geração
de energia térmica) serão estocados em
grandes pilhas no pátio de estoque
refrigerado (para uso contínuo em queima
industrial – fornalha) e a cana energia em
refinação ficará no pátio de matéria-
prima.
De modo a definir as orientações para a
recepção da matéria-prima entregue na
unidade industrial e para controlar a
quantidade e assegurar a qualidade será
elaborado um procedimento operacional
de recepção de matéria-prima. Para
definir as orientações para a pesagem dos
caminhões que transportam a matéria-
prima, será elaborado a instrução de
trabalho pesagem dos caminhões
matéria-prima.
A picagem industrial pressupõe o
processamento da biomassa da cana
energia com colmos e tem por função a
produção de uma matéria-prima
padronizada.
Este processo pode efetuar-se no local de
transformação industrial.
A alimentação dos picadores pode ser
realizada manualmente ou por grua
hidráulica e a descarga a matéria-prima
produzida por impulsão pneumática
através de uma calha ou por um sistema
de correias.
CANA ENERGIA E PELLETS
A produtividade é influenciada pelas características do equipamento e da matéria-
prima, condições e tempo de estoque e local de trabalho.
A biomassa da cana energia passou pelo processo de picagem industrial e é
transportada para um silo de matéria-prima. Este silo vai alimentar o processo
industrial (secagem da biomassa) e a sua refinação (moagem).
É considerado um sistema de armazenagem limpo de material úmido por não
utilizar tirantes para travamento dos painéis laterais e respeitar os ângulos de
escoamento do produto. O design dos reforços internos permite fluxo livre do
material estocado minimizando a formação de pontes e garantindo esvaziamento
completo do sistema.
A matéria-prima da cana energia que passou pelo processo de picagem industrial
vai agora ao processo de secagem industrial (obtenção de um conteúdo de umidade
no máximo 14%) que se encontra no silo de armazenamento (sistema de
alimentação automático).
Previamente o material deverá passar por um filtro que permite a reclassificação
das partículas de acordo com o tamanho. As partículas não aptas são devolvidas à
trituração, as que são aceitáveis são depositadas numa mesa doseadora.
Utilizaremos o sistema de aquecimento
por fornalha industrial que será
construída com aço carbono ASTM 178-A,
com coletor de gases formado por tubos
ASTM 106-A schedule 80.
Equipada com sistema de admissão de
gases quentes que aproveitam o calor
residual dos gases de combustão e vapor
de água na descarga do secador.
Este procedimento permite um ganho de
6% a 8% na economia de combustível
bem como mantém reduzido o nível de
CO2 no interior do secador.
A secagem é a etapa que consome mais
energia na produção de pellets da cana
energia.
Este setor é o responsável pela extração
da água existente na matéria-prima. A
energia térmica proveniente da fornalha
aquece o secador.
Devido às elevadas temperaturas
envolvidas, a umidade existente na
matéria-prima vaporiza (sendo libertada
para a atmosfera) enquanto a matéria-
prima seca será transportada para a
unidade de pelletização (silo de
armazenamento de matéria-prima seca).
Após a secagem da biomassa da cana
energia, já com os níveis de umidade
pretendidos (14%), deverá passar pelo
processo de moagem e trituração para ser
homogeneizado relativamente à
dimensão, através de moinhos de
martelos, localizados no pavilhão
denominado por sistema de moagem
seca.
CANA ENERGIA E PELLETS
Os aditivos utilizados não podem intervir na combustão nem produzir gases
tóxicos. Na produção de pellets da cana energia vamos utilizar como aditivo
natural o amido do milho para facilitar o processo de peletização e para melhorar
o equilíbrio energético e a resistência abrasiva do produto.
O limite máximo será de 2%, para minimizar o teor de cinzas. O vapor é o aditivo
mais utilizado na peletização. Este pode ser seco ou estar ligeiramente quente,
para secar o material, mas tendo a precaução de não elevar a temperatura da
matéria-prima em excesso. O uso de vapor contribui para diminuir o tempo de uso
dos rolos e faz com que os pellets sejam mais fortes e resistentes.
A matéria-prima da cana energia que passou pelo processo de refinação
(classificação e refinação de modo que a partícula seja reduzida ao tamanho
máximo 2mm – redimensionamento da matéria-prima) e secagem industrial
(obtenção de um conteúdo de umidade no máximo 14%) e que se encontra no silo
de armazenamento (sistema de alimentação automático) para o processo
industrial de peletização.
A moagem consiste, essencialmente, na
diminuição do tamanho da fibra da cana
energia e a homogeneização na
uniformização da matéria-prima. Nesta
fase a qual a biomassa da cana energia
será triturada e reduzida a partículas de
menor dimensão.
Para o efeito, utilizaremos de moinhos de
martelos. O material será transportadora
até o silo.
Consoante o tipo de produção, deve ser
adaptado o processo produtivo,
designadamente, a matéria-prima
utilizada e os equipamentos envolvidos.
Os moinhos de martelo são
dimensionados para trabalhar com
diversos produtos e diferentes opções de
motorização, otimizando produção x
potencia instalada.
Quantidade adequada de martelos,
distância correta entre telas e martelos e
balanceamento dinâmico garantem uma
operação silenciosa e sem vibrações.
A função câmara de misturação é incluir
aditivos na matéria-prima da cana
energia, que podem ser do tipo
aglutinante, lubrificante ou protetor dos
efeitos da umidade.
Está equipada com sistemas de tubos,
que são utilizados para a aplicação dos
aditivos. Os aditivos não devem ser
utilizados indiscriminadamente na
fabricação dos pellets da cana energia,
até porque a sua aplicação encarece os
custos de produção .
CANA ENERGIA E PELLETS
Após passar pela última refinação na unidade industrial, o material é
prensado sendo necessário um aquecimento até temperatura de 120-130 ºC
(com recurso a vapor seco). Ao aquecer torna-se mais plástica, promovendo a
agregação das partículas,. A matéria-prima é pressionada a alta pressão e os
pellets são cortados, no comprimento desejado, do lado de fora da matriz.
Uma vez na peletizadora o material triturado é moído e acondicionado
mediante o uso de vapor, que contribui para a umidificação superficial,
atuando como lubrificante no processo de peletização. Assim, a adição de
vapor contribui para que o aglutinante natural atue com maior facilidade
sobre as fibras que compõem os pellets da cana energia.
Uma vez finalizada a produção de pellets da cana energia, temos que separar
as partículas. Os finos residuais ou partículas que não foram peletizadas ,
reingressam ao processo de maneira automática. Para este efeito utiliza-se
um tamiz de 1/8” (3,175 mm).
A nível interno temos o recolhimento pelo
operador da sala de comando, de acordo com o
procedimento operacional para o recolhimento de
amostra para os ensaios.
Recolhe-se uma amostra a cada 4h de produção,
sendo controlados os seguintes parâmetros:
Densidade aparente em conformidade com a
Instrução de Trabalho sobre a densidade aparente
dos pellets da cana energia. Percentagem de
Finos em conformidade com a Instrução de
Trabalho para a determinação da granulometria
dos Biopellets. Dimensão dos pellets da cana
energia em com a Instrução de Trabalho para a
determinação do diâmetro e comprimento dos
pellets da cana energia.
Na unidade industrial teremos um sistema de
controle de qualidade de produção industrial. A
nível externo o operador recolhe amostras por
semana de pellets da cana energia para uma
avaliação e controle do teor de cinza (produção de
pellets da cana energia). Todas as informações
são diagnosticada pelo responsável pela
qualidade e enviada para o gerente operacional
que definem ações e medidas corretivas com o
objetivo de diminuir o teor de cinza e de sílica no
produto final.
Os pellets da cana energia, após serem resfriados
e limpos, passam por um sistema de pesagem
antes de serem confeccionados em big bags ou
para transporte especial para exportação (granel)
. Este sistema pode ser controlado manual ou
automaticamente. No fim da linha de produção os
pellets da cana energia podem ser armazenados
em silos.
No fim da linha de produção os pellets da cana
energia devem ser armazenados em silos.
.
CANA ENERGIA E PELLETS
Conduzir atividades de maneira responsável, minimizar impactos ao meio ambiente,
promover o desenvolvimento sócio-econômico das comunidades e do entorno das
regiões onde atua. Produzir sem esgotar os recursos do meio ambiente. Preservar a
biodiversidade e os ecossistemas naturais nas áreas de manejo florestal. Oportunizar
aos seus recursos humanos qualificação e crescimento pessoal e profissional.
Racionalizar custos de produção, reinventar caminhos para não interferir no curso da
Natureza. Controlar rigidamente a emissão de gases para a atmosfera, mantendo
positiva sua Pegada de Carbono, seguir o princípio de conceito de descarte zero de
água na produção dos extratos. Este é o caminho escolhido pela TANAC em direção a
um FUTURO SUSTENTÁVEL.
“Propor soluções e criar produtos
requer uma grande dose de
responsabilidade com o meio ambiente
e com o futuro que desejamos
oportunizar para a humanidade.”
É assim que a TANAC, há mais de seis
décadas, vem fazendo parte da
história: buscando o equilíbrio entre os
recursos que a Natureza oferece e a
preservação do meio em que vivemos,
utilizando matérias-primas de fonte
renovável, oriundas de florestas
plantadas de Acácia Negra.
De uma pequena fábrica de taninos,
em 1948, a empresa cresceu, ampliou
horizontes e, hoje, é líder mundial na
produção de extratos vegetais e
cavacos de acácia negra.
Promover a sustentabilidade em seus
processos produtivos é um princípio
básico vivenciado em todas as
unidades da empresa.
O crescimento econômico e social das
comunidades do seu entorno é uma
característica que acompanha a TANAC
desde sua fundação.
Utilizar de forma racional os recursos
do meio em que vivemos, buscando o
equilíbrio e a redução de impactos à
natureza é, para a TANAC, a forma
encontrada para construir o futuro.
INDÚSTRIA DE PELLETS NO BRASIL
TANAC EXEMPLO DE SUSTENTABILIDADE
MAIOR UNIDADE DE PRODUÇÃO DE PELLETS NO BRASIL
Em 1948, a Unidade de Taninos da TANAC iniciou a produção de extratos vegetais de acácia negra em Montenegro, Rio Grande do
Sul. Sua produção é direcionada à indústria coureira, ao tratamento de águas de abastecimento e de efluentes industriais, além de
condicionadores de lama para perfuração de poços de petróleo, adesivos para madeira, entre outras aplicações. Aproximadamente
350 funcionários conduzem as atividades nesta Unidade, instalada em uma área de 8 hectares, amplamente arborizada, às margens
do Rio Caí.
A Unidade de Taninos tem seus Sistemas de Gestão da Qualidade e Meio Ambiente certificados pelas Normas ISO 9001 e
14001, garantindo a qualidade de seus produtos e serviços, preservando o meio ambiente na condução de suas atividades.
O selo FSC® está presente nos taninos da TANAC, atestando a procedência de matéria-prima de qualidade, desde sua
origem.
Conhecidos internacionalmente, os taninos da TANAC são exportados para mais de 75 países, nos cinco continentes.
INDÚSTRIA DE PELLETS NO BRASIL
A garantia de abastecimento das Unidades de Taninos e de Cavacos começa na Unidade Florestal. Com um manejo florestal
responsável, a TANAC possui aproximadamente 30 mil hectares de florestas próprias plantadas.
O uso de tecnologias avançadas na produção de mudas, pesquisas de melhoramento genético e convênios com universidade e
entidades florestais permitem acompanhar a evolução do setor, gerando um significativo incremento de produtividade e qualidade
nas florestas da TANAC.
Com seu manejo certificado pelo FSC® – Forest Stewardchip Council®, a Unidade Florestal fornece matéria-prima certificada desde
sua origem, contando com cerca de 800 funcionários nas atividades de plantio, colheita e pecuária. O Sistema de Gestão da
Qualidade da Unidade Florestal é certificado pela Norma ISO 9001. Fornecer produtos de qualidade com origem certificada é
princípio fundamental na condução das atividades nesta unidade.
A TANAC possui um programa de apoio técnico a produtores de mudas e acacicultores, com transferência de tecnologia para
formação de florestas de qualidade, adotando um manejo ambientalmente adequado. A atividade de acacicultura envolve
cerca de 40 mil famílias no Rio Grande do Sul, que conta atualmente com 170 mil hectares de florestas de acácia.
Em suas áreas de plantio, a Unidade Florestal desenvolve o consorciamento de Acácia Negra com a pecuária, aproveitando a
disponibilidade de áreas e pastos nativos. Cerca de 6 mil cabeças de gado convivem com as florestas de acácia.O
monitoramento da fauna e da flora é realizado de forma permanente na Unidade Florestal. Observa-se, a partir destes
estudos, a manutenção e reprodução de várias espécies. Além do monitoramento realizado por profissionais, existe o
monitoramento espontâneo, no qual os próprios colaboradores registram a presença de animais nativos nas áreas da
empresa.
INDÚSTRIA DE PELLETS NO BRASIL
EEm uma iniciativa de diversificar suas atividades, no ano de 1995 foi criada a Unidade de Cavacos, na cidade de Rio Grande,
extremo sul do Brasil, para abastecer a indústria de celulose.
Com uma das mais modernas plantas produtoras de chips do mundo, instalada em uma área de 260 mil m², a unidade de
processamento de cavacos de madeira da TANAC investe em aprimoramento tecnológico, buscando ser líder mundial em qualidade,
produção e embarque de seus produtos. Com a madeira certificada desde sua origem, a TANAC garante ao cliente um produto de
qualidade. O sucesso das operações nesta Unidade é garantido pela eficiência de 70 colaboradores.
A Unidade de Cavacos tem capacidade para estocar 90 mil toneladas de cavacos, depositados a céu aberto, mas totalmente
protegidos, evitando qualquer contaminação. A Unidade de Cavacos possui capacidade instalada de produção de 700 mil
toneladas anuais.
Através de um terminal portuário contíguo, a TANAC realiza o embarque dos cavacos utilizando correias transportadoras, a uma
distância de 1.400 metros da planta. Com um dos melhores índices de compactação no carregamento dos navios, a companhia
também é considerada uma das empresas mais rápidas nesta atividade.
Os cavacos de madeira de acácia da TANAC têm também como destino os mercados produtores de energia e painéis de madeira,
diversificando e ampliando sua aplicação.
INDÚSTRIA DE PELLETS NO BRASIL
A Tanac, de Montenegro, investirá R$ 150 milhões em uma fábrica de pellets de
madeira, no distrito industrial de Rio Grande.
“É um projeto importante, com impacto na cadeia produtiva gaúcha e na Metade
Sul, que recebe mais um investimento de vulto”, afirmou Knijnik, ressaltando
ainda a tradição da Tanac no Estado. Segundo Decusati, 90% do investimento
será contrato com fornecedoras gaúchas e os 10% restantes relativos a
equipamentos de pré-moagem, moagem, peletização e resfriamento de
fabricação alemã serão internalizados pelo porto de Rio Grande. “Com esta
fábrica, colocaremos o Rio Grande do Sul na rota de fornecimento de biomassa”,
destacou o executivo.
A nova unidade entrará em operação em fevereiro de 2016, com produção de 350
mil toneladas/ano de pellets, absorvendo madeira produzida em cerca de 4 mil
ha/ano. Serão geradas 40 vagas de trabalho diretas e outras 300 indiretas.
Durante a construção, cerca de 500 trabalhadores atuarão na obra. A Licença de
Instalação já foi concedida pela Fepam.
O projeto de pellets de madeira da Tanac é o maior da América Latina e será o
primeiro instalado no Rio Grande do Sul, devendo abrir caminho para o Estado
tornar-se um importante exportador do produto para a Europa, onde o incremento
de demanda é projetado em torno de 50 milhões de toneladas/ano até 2020,
considerando o programa de substituição de combustíveis fósseis por biomassa
na União Européia.
Fábrica de biocombustível em Rio Grande
recebe apoio do BNDES
O Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES) anunciou a
aprovação de financiamento de R$ 59,4
milhões para a Tanac, com sede em
Montenegro, para implantação de uma
fábrica de pellets de madeira em Rio
Grande.
Produzidos a partir da compactação de
serragem, os pellets são um biocombustível
utilizado na Europa e nos Estados Unidos em
substituição a combustíveis fósseis, explica
o banco. Em março, a empresa informou que
investimento total no projeto chegaria a R$
150 milhões.
A construção do empreendimento junto à
unidade de cavacos da empresa em Rio
Grande começou em dezembro de 2014.
Com capacidade de produção prevista para
400 mil toneladas por ano, a fábrica deve
iniciar a operar no início de 2016, com os
primeiros pellets prontos para serem
exportados nos meses seguintes. Ainda de
acordo com a Tanac, foi celebrado um
acordo de longo prazo para o fornecimento
de pellets com a Drax Power, do Reino Unido.
A empresa britânica substituirá parte do uso
de carvão em suas usinas pelo
biocombustível.
O BNDES informou ainda que a nova unidade
será "a maior produtora de pellets da
América Latina, e a primeira do mundo a
produzir a partir da madeira de acácia
negra". A previsão, segundo o banco, é de
que sejam gerados 1,1 mil empregos diretos
e indiretos durante a execução do projeto e
outros 340 postos diretos e indiretos na
operação da fábrica
INDÚSTRIA DE PELLETS NO BRASIL
MAIOR UNIDADE DE PRODUÇÃO DE PELLETS NO BRASIL
Wood pellets são utilizados na Europa e nos Estados Unidos
desde 1930. Tornou-se popular o uso de pellets durante a crise
do petróleo de 1973-79. Rapidamente teve uma grande
aceitação popular na Europa no uso de pellets em residências,
escolas e hospitais. Em 1990 com os incentivos da Alemanha,
Áustria, Holanda, Dinamarca e Itália para a produção de
energia. Atualmente na Europa, Canadá e Estados Unidos são
utilizados os pellets para a geração de energia térmica, com
uma dupla denominação de uso residencial e industrial.
No Brasil, a primeira planta de Wood pellets apareceu em 1994
na cidade de Rio Negrinho em Santa Catarina com a empresa
Battistella.
WOODPELLETS BRASIL
PELLETS GRUPO BATTISTELLA SANTA CATARINA
Pellets são um tipo de combustível de
madeira feitos com serragem prensada.
Os pellets são extremamente densos e
podem ser produzidos com baixo teor de
umidade (abaixo de 10%) que permite
que sejam queimados com alta
eficiência de combustão, sua alta
densidade também permite compacto
armazenamento e racional transporte
sob longas distâncias. Além disso, sua
geometria regular e pequeno tamanho
permitem automática alimentação com
boa calibragem. Eles podem ser
alimentados por uma sonda
alimentadora ou por transporte
pneumático.
Os sistemas de aquecimento Pellets
fornecem uma solução de baixo teor de
CO2, pois a quantidade de CO2 emitida
durante a combustão é igual à
quantidade de CO2 absorvida pelas
árvores durante seu crescimento. Com os
queimadores de alta eficiencia
desenvolvidos nos últimos anos, outras
emissões como a de NOx e compostos
orgânicos voláteis são muito baixos,
fazendo este um dos mais não-poluentes
sistemas de aquecimento disponíveis.
FATOS CONHECIDOS:
O conteúdo de energia dos pellets são de
aproximadamente 4.8 kWh /ton (ou
cerca de 17 milhões de BTU/ton).
Todo 2.2 toneladas de pellets usados
impedem 1,000 litros de óleo a serem
queimados, poupando
aproximadamente 2 toneladas de CO2.
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LÍNEA PARANÁ PELLETS
Wood Tradeland do Brasil, Ltda., uma empresa cujos valores
estão centrados no desenvolvimento sustentável, melhor uso
de energia e uma qualidade de vida e melhor. Desta forma,
procuramos a reduçao do custo ecológico para um futuro sem
pouluçao.
Como nosso objetivo é atingir a qualidade, limpeza e
poupança de energia, atualmente fabricamos pellets de
madera de qualidade, garantindo a sua disponibilidade no
mercado e, assim, introduzir uma nova energia verde e
ecológica.
A produção é de cerca de 22.000-25.000 toneladas / ano,
com um plano de expansão de dois anos para atingir 60 mil
toneladas / ano. Para assegurar a qualidade são a análise
periódica dos associados prestígio Laboratório CARTIF
caracterização da biomassa e do laboratório da Universidade
do Paraná, em Curitiba, Brasil.
WOODPELLETS BRASIL
WOOD TRADELAND PELLETS
Com processos de produção alinhados a
rígidas normas de qualidade e
sustentabilidade, Pelletbraz é garantia de
energia pura, qualidade superior de pellets
tipo A1 e A2, e alta rentabilidade.
A Pelletbraz faz o beneficiamento da
serragem de madeira in natura, com
umidade em torno de 50%, e no seu
processo de fabricação a transforma em
pellets de madeira para geração de energia
térmica.
Toda a produção da Pelletbraz segue uma
política de profundo respeito ao meio
ambiente, utilizando no processo somente
matéria-prima de origem renovável, e
desenvolvendo produtos eco sustentáveis.
Entre os segmentos usuários da linha
energia, estão indústrias de embalagens,
têxteis, cerâmicas, autopeças, alimentos,
bebidas, além de granjas, lavanderias
industriais, hotéis, pizzarias e padarias,
academias de hidroginástica.
Pellets de Pinus
Peso por m³ de 650 a 700kgs
Características dos nossos pellets:
• Umidade - =< 8%;
• Diâmetro – 6,3 mm;
• Comprimento – 15 a 30 mm
• Teor de cinzas - < 1%
• Peso específico m³– => 650 kgs - =< 750
kgs
• Poder Calorífico - => 4.600 kcal/kg –
• Embalagens – sacos plásticos valvulados
de 20 kgs, pode ser também em big bags de
750 a 1.350 kgs ou mesmo a granel
WOODPELLETS BRASIL
PELLETBRAZ
De tudo o que é moído de cana, 26% resulta em
bagaço que é expelido das usinas com umidade
54/56% e elevados componentes energéticos e
celulósicos. Com um processo exclusivo e
patenteado desenvolvido durante mais de 3
anos de experimentos, sem utilizar qualquer
produto químico, o bagaço é tratado, secado e
processado transformando-se em pellets com
poder calorífico de 4.400 Kcal/K e peso
específico de 840 Kg/m3 para ser usado como
combustível.
Sua facilidade de estocagem, manuseio e
automação na alimentação das caldeiras o
tornam atrativo para substituir combustíveis
tradicionais como a lenha, o gás natural, o óleo
diesel e outros em especial na geração de
energia térmica.
Entre os clientes e potenciais usuáros estão os
setores industriais e prestadores de serviços
como o setor alimentício, químico, hotéis,
frigoríficos, clubes, hospitais, restaurantes,
shoppings, lavanderias e condomínios entre
outros..
O pellets já é amplamente utilizado em outros
países tendo como base a biomasssa de
madeira, mas, com bagaço de cana, a Eco-x é
pioneira.
Todo o processo foi desenvolvido e avaliado no
Paraná com o envolvimento de Institutos locais
especialmente com a FUPEF ligada à
Universidade Federal do Paraná, que analisou as
diferentes fases do processo com medições das
emissões atmosféricas, análises químicas,
físicas e residuais da combustão com resultados
muito positivos.
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ECO X PELLETS
Iniciando suas atividades no ramo da produção de Biomassa no ano de
2005, e após um período de pesquisas e análises do mercado e do
produto, a empresa adquiriu uma unidade fabril para a produção de
Pellet, e com mais de 8 anos de atividade no setor a Koala Energy é
sinônimo de qualidade e confiabilidade em seu produto que é distribuído
tanto para o mercado interno, como para o mercado externo que absorve
grande parte de sua produção dentro dos mais rígidos padrões de
qualidade internacional, sendo uma das pioneiras neste setor no Brasil, a
conquistar a certificação de qualidade EnPlus – A1. Hoje a Koala Energy
conta com equipamentos sofisticados e uma equipe altamente treinada e
capacitada para colocar a sua disposição a melhor solução em energia
limpa e econômica, com capacidade de produção de 30 mil toneladas /
ano..
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KOALA ENERGY
Constituída em 2008 com capital 100% nacional e um arrojado e inédito sistema de
produção, a empresa é pioneira no processo de peletização de bagaço de cana-de-açúcar,
proporcionando segurança e estabilidade no fornecimento de seus produtos.
A BR Biomassa tem como finalidade trazer ao mercado nacional produtos sustentáveis e
renováveis, utilizando matérias-primas orgânicas e vegetais disponíveis, tendo como
principal produto o pellet. Através de anos de pesquisa descobrimos que o bagaço de
cana-de-açúcar, até então queimado pelas usinas ou até mesmo jogado fora, quando
compactado e diminuído o seu teor de umidade gera um poder calorífico de 4.417
kcal/kg, ou seja, muito maior que a lenha que tem poder calorífica em cerca de
1.500kcal/kg. Portanto, o pellet de bagaço de cana-de-açúcar é uma opção de
combustível eficiente e econômica, proporcionando automação industrial de maneira
fluida, otimizando o processo produtivo das empresas..
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BR BIOMASSA PELLETS
Aos poucos, algumas fábricas gaúchas começam a encontrar
formas de reaproveitar seus resíduos e gerar receita com eles.
É o caso da Piomade, de Farroupilha, situada na Serra. A
empresa produz painéis de madeira em pínus e eucalipto
desde 1993. Tradicionalmente as sobras da produção eram
vendidas para aviários com baixo valor agregado.
Situação que mudou a partir do ano passado, quando a
companhia decidiu investir em maquinário para desenvolver
pellets a partir do material inutilizado. “Estamos destinando
todas as sobras para o uso nobre da madeira. Hoje
produzimos 12 toneladas de pellets por dia”, afirma a gerente
comercial Fabiane Piovesan.
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PIOMADE
Neste ano a Araupel deu início à produção dos pellets de madeira, uma alternativa para substituir combustíveis fósseis,
maiores causadores do efeito estufa, o q2ue contribui para o uso sustentável do reflorestamento. O combustível da classe
das biomassas é produzido a partir da maravalha e da serragem seca e pode ser usado por estabelecimentos que
necessitem de energia térmica, tais como hotéis, pizzarias, academias e até para o aquecimento de aviários. Em termos
financeiros, a economia gerada pode chegar a 50%.
Embora comercializado diretamente com os clientes, o novo produto chega ao mercado por meio de distribuidores regionais.
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ARAUPEL PELLETS
Em 2008 a Brasileira Comercia e Exportação de
Biomassa Ltda.., consegue alcançar o seu
primeiro objetivo, a produção de 1.000 kg por
hora de Pellets de Bagaço de Cana, fato decisivo
para a construção da primeira fabrica com
capacidade industrial para 44 mil toneladas
ano.
Inaugurada em novembro de 2010, com sede,
frota, parque industrial e tecnológico feitos com
capital próprio a Brasileira Comercia e
Exportadora de Biomassa passou a usar o nome
fantasia de ECOPELL, e com um business plane
mais agressivo, resolveu usar a madeira como
mais uma opção de biomassa.
A ECOPELL tem como objetivo, transformar a
biomassa hoje um passivo ambiental, em uma
fonte concentrada e sustentável de energia, o
pellets. Produto com alto poder calorífico,
promovendo economia para seus
consumidores,disponibilidade sem
sazonalidade, composição estável e área de
estoque reduzida, tornando-se assim a mais
confiável,econômica e ecológica fonte de
biomassa do mercado.
Pellets de biomassa é a mais nova e importante
forma de energia limpa consumida pelos
grandes mercados como Estados Unidos e
Europa. No Brasil, o mercado consumidor ainda
se prepara para o uso dos pellets, fato esse que
levou a ECOPELL, a novamente investir no
mercado nacional e com parcerias estratégicas
cede os queimadores e aquecedores movidos a
pellets e toda a infraestrutura de instalação
necessária ao uso dos pellets .
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ECOPELL
A construção da Fábrica em Pien-Pr iniciou em 2010 tendo
entrado em produção no final de 2012 com capacidade
instalada para até 90.000 toneladas de pellets de madeira
por ano.
A Timber produz pellets de madeira, um bicombustível sólido
renovável a base de madeira desidratada e compactada em
forma de um granulado cilíndrico. Além de renovável e
ambientalmente correto, o pellet de madeira é econômico e
competitivo quando comparado a outros combustíveis fosseis
como o óleo diesel, GLP e gás natural
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TCF PELLETS
A BioFogo existe para bem servir os nosso clientes em termos energéticos, fornecendo-lhes a possibilidade de utilizar um
combustível, para aquecimento central e das águas sanitárias das suas casas e das suas empresas, mais ecológico e mais
econômico do que outros combustíveis mais conhecidos.(Por exemplo o gasóleo e o gás natural).
Os pellets de madeira para aquecimento são um tipo de lenha, geralmente produzidos a partir de serragem de madeira
refinada e seca que depois é comprimida.
Nos dias de hoje, a utilização de pellets de madeira como combustível já é comum em aplicações tão diversificadas como,
por exemplo, fornos de padarias, fornos cerâmicos, aquecimento de estufas, oficinas de pintura de carros, estufas de flores,
aquecimento de moradias e aquecimento de prédios.
A BioFogo possibilita que os seus clientes possam aproveitar todas as vantagens da utilização deste combustível para o
aquecimento central
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BIOFOGO PELLETS
Biopellets Brasil é uma empresa voltada à produção de pellets de
madeira (biomassa), e considera a sustentabilidade como um de
seus valores fundamentais. Por isso, trabalha do desenvolvimento
de projetos com foco na substituição da matriz energética fóssil pela
de biomassa, que além de ser competitiva com a energia gerada com
gás natural, GLP ou óleo combustível, é fonte de energia limpa e
renovável, com emissões mínimas de gases de efeito estufa na
atmosfera. Os cuidados da Biopellets Brasil na geração de
benefícios ambientais a partir da biomassa, vão desde o plantio de
seus insumos agroflrestais (eucalipto), até os processos industriais
de fabricação dos pellets a partir da biomassa, com o atendimentos
de todas as licenças ambientais e tecnologias de controle à
poluição.
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BIOPELLETS BRASIL
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