Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
BOLETIM DE MONITORAMENTO DO
RESERVATÓRIOS DE FURNAS
v.6, n.02, fevereiro. 2018
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
República Federativa do Brasil
Michel Temer
Presidente da República
Ministério do Meio Ambiente – MMA
José Sarney Filho
Ministro
Agência Nacional de Águas - ANA
Diretoria Colegiada
Christianne Dias Ferreira (Diretora-Presidente)
Marcelo Cruz
Ney Maranhão
Oscar de Moraes Cordeiro Netto
Ricardo Medeiros de Andrade
Superintendência de Operações e Eventos Críticos
Joaquim Guedes Corrêa Gondim Filho
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
BOLETIM DE MONITORAMENTO
DO RESERVATÓRIO DE FURNAS
Fonte: www2.transportes.gov.br
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
Comitê de Editoração
Presidente: Ricardo Medeiros de Andrade
Membros:
Humberto Cardoso Gonçalves
Joaquim Guedes Corrêa Gondim Filho
Reginaldo Pereira Miguel
Sérgio Rodrigues Ayrimoraes Soares
Preparadores de originais: Kellen Souza de Oliveira Larrosa e Maria Leonor Baptista
Esteves
Revisor de Texto: Diego Liz Pena
Projeto gráfico: SOE
Os conceitos emitidos nesta publicação são de inteira responsabilidade dos autores.
Exemplares desta publicação podem ser solicitados para:
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Centro de Documentação
Setor Policial Sul– Área 5, Quadra 3, Bloco L
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Fone: (61) 2109-5396
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Correio eletrônico: [email protected]
Agência Nacional de Águas 2018
Todos os direitos reservados.
É permitida a reprodução de dados e de informações contidas nesta publicação, desde que
citada a fonte.
Catalogação na fonte – CEDOC – Biblioteca
A265b Agência Nacional de Águas (Brasil)
Boletim de Monitoramento do Reservatório de Furnas /
Agência Nacional de Águas, Superintendência de Operações e
Eventos Críticos.
Brasília : ANA, 2018.
Mensal.
1. Administração Pública. 2. Agência Reguladora. 3. Relatório.
4. Agência Nacional de Águas (Brasil).
CDU 556.18 (81) (047.32)
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
SUMÁRIO:
- O Reservatório de Furnas................................................................................................. 06
- Operação do Reservatório ................................................................................................ 07
- Precipitação média mensal dos últimos meses................................................................. 11
- Previsão para o próximo trimestre.................................................................................... 13
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018 6
O Reservatório de Furnas
O monitoramento dos reservatórios, como instrumento de gestão dos recursos hídricos, consiste em
realizar o acompanhamento dos seus níveis de água e das vazões afluentes e defluentes aos mesmos,
servindo de suporte para a tomada de decisões sobre a sua operação, de forma a permitir o uso
múltiplo dos recursos hídricos.
A ANA tem a atribuição de definir e fiscalizar as condições de operação de reservatórios por agentes
públicos e privados, visando a garantir o uso múltiplo dos recursos hídricos, conforme estabelecido
nos planos de recursos hídricos das respectivas bacias hidrográficas e, no caso de reservatórios de
aproveitamentos hidrelétricos, tais definições serão efetuadas em articulação com o Operador
Nacional do Sistema Elétrico – ONS (Lei nº. 9.984/2000, art. 4º, inciso XII e §3º).
A UHE Furnas está instalada no curso médio do rio Grande, nos municípios mineiros de São José da
Barra e São João Batista do Glória. Com 17.217 hm³ de volume útil de operação e 22.950 hm³ de
capacidade total de armazenamento, Furnas é o maior reservatório da cascata de usinas hidrelétricas
instaladas no rio Grande (Figura 1). Devido a sua extensão máxima de 220 km e uma área de
inundação de 1.442 km² (Tabela 1), esse reservatório atinge 31 municípios mineiros,
desempenhando papel fundamental em diversos segmentos da economia desses municípios
banhados por suas águas (Tabela 2).
Figura 1 – Diagrama esquemático das UHE’s da bacia do rio Grande
Aguanil Campos Gerais Divisa Nova Perdões
Alfenas Cana Verde Elói Mendes Pimenta
Alterosa Candeias Fama Ribeirão Vermelho
Areado Capitólio Formiga São João Batista do Glória
Boa Esperança Carmo do Rio Claro Guapé São José da Barra
Cabo Verde Conceição da Aparecida Lavras Três Pontas
Campo Belo Coqueiral Nepomuceno Varginha
Campo do Meio Cristais ParaguaçuFonte: ANEEL
Municípios mineiros que recebem compensação financeira por serem diretamente atingidos
pelo lago da UHE FurnasTabela 2 - Municípios diretamente atingidos pelo reservatório de Furnas.
Reservatório de Furnas Cota (m) Área (km²) Volume (hm³)
Mínimo Operacional 750 530 5.733
Máximo Operacional 768 1.442 22.950
Área de Drenagem - 52.138 -
Volume Útil - - 17.217
Restrição Operativa de Vazão Máxima a Jusante: 4.000 m³/s
Taxa Máxima de Variação de Defluências: 2.000 m³/s.dia
Tabela 1 – Principais características do reservatório de Furnas
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018 7
Figura 2 – Evolução das vazões no reservatório de Furnas entre 2009 e 2018
Figura 3 – Vazões no reservatório de Furnas em 2018
Operação do Reservatório
0
1000
2000
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Vazão (m
³/s)
Vazões entre os anos de 2009 e 2018
Defluência
Afluência
Vazão Vertida
Restrição: Defluência
máxima
Fonte: ONS
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v-1
8
12-m
ar-1
8
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8
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ai-1
8
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go
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24-se
t-18
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ov
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8
Vazões (
m³/
s)
Vazões em 2018
Defluência
Afluência
Vazão Vertida
Restrição: Defluência máxima
Fonte: ONS
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
Operação do Reservatório
Figura 4 – Evolução dos volumes no reservatório de Furnas entre 2009 e 2018
Figura 5 – Evolução dos níveis a montante do reservatório de Furnas entre 2009 e 2018
8
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
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70,00
80,00
90,00
100,00
01-ja
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3
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4
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5
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6
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7
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7
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Volu
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til
(%)
Volumes entre os anos de 2009 e 2018
Volume Útil (%)
Volume de Espera (%)Fonte: ONS
744,00
746,00
748,00
750,00
752,00
754,00
756,00
758,00
760,00
762,00
764,00
766,00
768,00
770,00
01-ja
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4
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5
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5
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6
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ut-1
6
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l-18
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ut-1
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Niv
el
a m
on
tan
te
(m)
Níveis a montante de Furnas entre os anos de 2009 e 2018
Fonte: ONS
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
0,00
10,00
20,00
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50,00
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70,00
80,00
90,00
100,00
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-18
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-18
26-fev
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30-ju
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13-ago
-18
27-ago
-18
10-set-1
8
24-set-1
8
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t-18
22-ou
t-18
05-no
v-1
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19-no
v-1
8
03-dez-18
17-dez-18
31-dez-18
Vol
um
e ú
til
(%)
Volumes em 2018
Volume Útil (%)
Volume de Espera
(%)
Fonte: ONS
Operação do Reservatório
Figura 6 – Volumes no reservatório de Furnas em 2018
Figura 7 – Níveis a montante do reservatório de Furnas em 2018
9
744,00
746,00
748,00
750,00
752,00
754,00
756,00
758,00
760,00
762,00
764,00
766,00
768,00
770,00
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n-1
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16-ju
l-18
30-ju
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27-a
go
-18
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t-18
24-se
t-18
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ez-1
8
31-d
ez-1
8
Niv
el
a m
on
tan
te
(m)
Níveis a montante de Furnas em 2018
Fonte: ONS
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018
• A vazão natural média no mês de janeiro de 2018, no aproveitamento de Furnas, foi de 927
m³/s, o que corresponde a 53% da média de longo termo (MLT) do período.
• A defluência média, neste mês, foi de 248 m³/s, enquanto a afluência média foi de 869 m³/s.
• O volume útil no último dia do mês foi de 21,02%, correspondente à cota 755,58 m. Em relação
ao mês anterior, verificou-se um aumento de aproximadamente 9,57% no volume útil.
Operação do Reservatório
Tabela 3 – Informações operativas do reservatório de Furnas nos últimos três meses
Tabela 4 – Informações operativas do reservatório de Furnas nos últimos seis meses
Figura 8 – Porcentagem do volume útil no dia 31 de janeiro, desde 1994 até 2018
84,25
51,26
69,01
94,19
76,05
46,56
26,7423,55
43,77
83,18
67,70
96,40
89,3791,02
64,36
96,1293,78
91,1094,02
32,86
45,90
9,84
50,1447,86
21,02
0,00
10,00
20,00
30,00
40,00
50,00
60,00
70,00
80,00
90,00
100,00
110,00
1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018
Volu
me ú
til
(%)
% Volume útil no dia 31 de janeiro
1994 - 2018 Fonte: ONS
10
Data Cota (m) % Volume útilVolume útil
acumulado (hm³)
Volume acumulado
(hm³)
30/11/2017 752,77 9,46 1.628,73 7.361,73
31/12/2017 753,29 11,45 1.971,35 7.704,35
31/01/2018 755,58 21,02 3.619,01 9.352,01
ago/17 set/17 out/17 nov/17 dez/17 jan/18
Vazão natural
média (m³/s)178 131 205 366 538 927
% MLT 43% 306% 41% 51% 439% 53%
Defluência
(m³/s) 783 721 705 482 451 248
Afluência
(m³/s) 168 127 241 368 565 869
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018 11
No mês de dez./2017, a chuva acumulada, na sub-bacia do rio Grande, em geral, ficou na faixa de
100 a 250mm. Exceções: pequena área no centro-leste, com menos de 50mm de chuva acumulada
e o noroeste da bacia, à jusante da barragem, na faixa de 250 a 500mm.
No noroeste, as anomalias foram positivas, variando de 10 a 200mm. No restante da bacia, as
anomalias foram negativas, indo de -10mm a valores superiores a -200mm, no centro da sub-bacia.
Precipitação média mensal dos últimos meses
Figura 10 – Precipitação mensal acumulada, média climatológica e anomalia de precipitação na Bacia do
rio Grande, no período.
Fonte: CPTEC.INPE. Disponível em: http://energia1.cptec.inpe.br/bacias/pt#Gr. Acessado em: 16/02/2018.
.
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018 12
No mês de jan./2018, a chuva acumulada, na sub-bacia do rio Grande, em geral, ficou na faixa de
100 a 250mm. Exceções: pequenas áreas no centro-norte, no sudeste e no noroeste da bacia, onde
os acumulados foram na faixa de 250 a 500mm.
As anomalias foram negativas, variando de -10 a -200mm, sobretudo à montante e a sudoeste da
barragem. As áreas onde as anomalias foram positivas, entre de 10mm a 100mm, são aquelas onde
choveu entre 250 e 50mm.
Figura 10 – Precipitação mensal acumulada, média climatológica e anomalia de precipitação na Bacia do
rio Grande, no período.
Fonte: CPTEC.INPE. Disponível em: http://energia1.cptec.inpe.br/bacias/pt#Gr. Acessado em: 16/02/2018.
Bol. Mon. Reservatório de Furnas, Brasília, v. 6, n.02, p. 1-13, fev. 2018 13
Na Figura 11 – Evolução da Precipitação Média na bacia: observa-se que, em janeiro, os
acumulados de precipitação, verificados na sub-bacia do rio Grande, foram inferiores à precipitação
média de longo termo do período.
Figura 11 – Evolução da Precipitação Média na Bacia do rio Grande
Fonte: CPTEC-INPE. Disponível em: http://energia1.cptec.inpe.br/. Acessado em: 16/02/2018.
.
.
.
Previsão para o Próximo Trimestre
O consenso, para o trimestre fevereiro a abril de 2018 (FMA/2018), na bacia em análise, a previsão
apresenta baixa previsibilidade climática sazonal, com igual probabilidade para as três categorias.
Figura 12 – Previsão climática para o trimestre Fev. a Abril/2018.
Fonte: CPTEC-INPE. Disponível em: http://infoclima1.cptec.inpe.br/index_prog.shtml. Acessado em:
16/02/2018.
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