8/2/2019 Anticorpos Monoclonais Hat
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Anticorposmonoclonais
Aula 4
Maio de 2003
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Os anticorpos que surgem num animal em resposta a um
nico antgeno complexo so heterogneos. So
formados vrios clones diferentes de clulas B que
diferenciam-se em plasmcitos, cada um deles
expressando e secretando, respectivamente, um tipo de anticorpo,
capaz de reagir com um diferente eptopo no antgeno complexo.
Estes anticorpos so denominados policlonais.
linfcitos/plasmcitos ...
anticorpos
antgeno
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Os anticorpos que surgem a partir de um nico clone de
clulas, como, por exemplo, num tumor de plasmcitos
(mieloma) so homogneos, isto , so iguais entre si.
So ditos anticorpos monoclonais.
Esse histograma mostra uma distribuio tpica de afinidadesde anticorpos em um antissoro para um determinante
antignico comparando-as com a afinidade nica com que
um anticorpo monoclonal se liga ao seu determinante
antignico.Anticorpo monoclonal
Afinidade de anticorpo (K)
Frao de
anticorpo
total (%)
(escala log)
Plasmcitos derivados de
um nico linfcito B pro-
duzem anticorpos monoclonais,portanto idnticos entre si.
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O mtodo envolve fuso celular (ou hibridizao de clulas
somticas), entre um linfcito B normal produtor de anticorpoe uma linhagem de mieloma , seguindo-se subsequentemente
a seleo de clulas fusionadas que secretem anticorpo da
especificidade desejada , derivada do linfcito B normal. Tais
linhagens celulares imortalizadas, produtoras de anticorpos
e derivados de fuses, so chamadas hibridomas. Os anticorpos
que elas produzem so anticorpos monoclonais
Clulas do bao isoladas de camundongo
imunizado com antgeno X.
Mtodo de produo de anticorpo monoclonal
(tecnologia dos hibridomas)
Antgeno X
Os monoclo-
nais tm sido
produzidos prin-
cipalmente em
camundongos.
Ve a a se uir
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Mistura de clulas do bao incluindo algumasprodutoras de anticorpos anti -X
Linhagem tumoral de mieloma mutante,imortalizada e no cresce em meioseletivo (HAT). incapaz de produziranticorpos.
Fuso in vitro
Mistura de clulas fusionadas e no fusionadas.
Seleo in vitro em meio de cultivo - HAT
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Pesquisa de anticorpo anti- X nos sobrenadantes para posterior expanso dos clones positivo
Hibridomas produzindo anti corpo anti- X (Ac monoclonal anti-X).
.
Somente clulas
fusionadas
hbridas
(hibridomas)crescem.
Preparada a diluio no cultivo de modo que em cada poo fique s uma clula me /clone.
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O sucesso dessa tcnica depende do desenvolvimento das
linhagens de mieloma que cresam em meio normal de cultura
mas no cresam em um meio seletivo (HAT - hipoxantina,
aminopterina e timidina), porque lhes faltam genes funcionais,necessrios para a sntese de DNA pela via de salvao (genes que
codificam as enzimas TK e HGPRT). Esses genes esto presentes
nas clulas normais, de modo que somente os hbridos e os
linfcitos B continuam a crescer no meio seletivo. Aps a fuso, a
aminopterina presente no meio bloqueia a sntese de DNA pela via
de novo. As clulas podem ento utilizar a via de salvao, j que
o meio suplementado com timidina e hipoxantina. Como as
linhagens mutantes, no expressam as enzimas necessrias para
a referida via de salvao, no vo conseguir sobreviver nessemeio. Como os linfcitos normais possuem vida curta em cultura,
somente os clones hbridos sobrevivero e proliferaro secretando
anticorpos com a especificidade da clula me que cresceu
sozinha e foi selecionada no poo no incio do procedimento.
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Via de novo
Fosforribosilpirofosfato
+Uridilato
Nucleotdeos
Via de salvao
Timidina Hipoxantina
timidina cinase (TK)
hipoxantina
guaninafosforribosil
transferase
(HGPRT)bloqueio comaminopterina
Veja um resumo dos dois caminhos possveis para
a sntese de nucleotdeos pela clula. Se a via denovo estiver bloqueada (como abaixo), s resta a viade salvao:
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A hibridizao de linfcitos o melhor mtodo
para produzir um anticorpo monoclonal
contra um
determinante antignico conhecido. Este
anticorpo pode ser usado para
identificar antgenos desconhecidos presentesnuma mistura,
porque cada anticorpo especfico para
apenas um
determinante antignico . Algumas dasaplicaes mais
comuns dos anticorpos monoclonais incluem
as que se seguem.
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1. Identificao de marcadores fenotpicos nicos para os
tipos celulares individuais. A base para a classificao
moderna de linfcitos e fagcitos mononucleares a ligao
de anticorpos monoclonais populao especficos . Estes tm
sido usados para definir molculas tpicas de cada clula.
CD3TCR
CD2
CD28
CD5
CD7
CD4
CD8
Th
Tc
MFRCD64
CD32
CD16
HLA-D
CD35
CD11b
LFA-1
Macrfago
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2. Imunodiagnstico: o diagnstico de muitas doenas
infecciosas e degenerativas, depende da deteco de ant-
genos e/ou anticorpos especficos na circulao ou nostecidos, usando anticorpos monoclonais em imunoensaios.
anticorpos
monoclonais
soro do pacientecontendo antgeno
com vrios epitopos
idnticos
aglutinao
partculas de latex
adsorvidas com os
monoclonais
Exemplo: reao de aglutinao em latex
Para a imunodosagem de hormnios,
marcadores tumorais e de outras
protenas sricas, sempre se usa
anticorpos monoclonais
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3.Diagnstico e terapia de tumores:
anticorpos monoclonaisespecficos para tumores so usados
para a deteco de
tumores por tcnicas de imagens e
para a imunoterapia.
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4. Anlise funcional de molculas da superfcie celular esecretadas: na pesquisa imunolgica, os anticorpos
monoclonais que se ligam a molculas da superfcie celular
e estimulam ou inibem funes celulares, so instrumentos
inestimveis para definir a funo das molculas de
superfcie, incluindo os receptores para antgenos .
Anticorpos que neutralizam citocinas so usados para
detectar a presena e os papis funcionais destes compostos
proteicos in vitro e in vivo .
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A Biologia Molecular tem traado o caminho para a
produo de anticorpos monoclonais (mAc) de
especificidade, afinidade e isotipos definidos.
Isto permite aos imunologistas o desenvolvi-
mento de anticorpos de determinada especificidade no
camundongo, utilizando-se ento os genes que expressam
esta especificidade (genes que codificam VH e VL),
para a construo de vetores de clona-
gem e expresso, associando-os aos genes para
os domnios constantes de anticorpos humanos.O mAc resultante (humanizado) de muito baixa
imunogenicidade para a nossa espcie, podendo ser
utilizado em tratamentos especficos.
FIM
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