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Teoria Psicanalítica
A Escola de Jacques Marie Emile LacanNasceu na França, em 1901, e faleceu em 19!"
#o conceito $ %r&tica e as condiç'es de sua efetuaç(o"
Escola de Psican&lise""" )ue Escola*
Não é qualquer uma, mas, a de Lacan. Portanto, temos que nos orientar emseus passos conceituais para abordá-la.
De início seu texto: A situaç(o da Psican&lise e a formaç(o do %sicanalista em 19+.
Nele, o título destaca a íntima correlação da ormação do psicanalista com apr!pria situação da Psicanálise. " questão #scola está diretamente associada $ inalidade da análise em
sua dupla acepção: ob%eti&o e término. 'b%eti&o por caber a ela a manutençãoda Psicanálise no mundo e término por (arantir a ormação dos analistas.
' arti(o de )*+, que oi re&isado em )* por ocasião da publicaçãodos #scritos, tra uma dura crítica $ ormação dos analistas nas instituiçesiliadas $ "ssociação Psicanalítica /nternacional 0/P"1.
#m se(uida destacaria O ato de fundação da Escola Freudiana de Paris0)*21 que começa pelo amoso:
- Eu fundo t(o so.in/o como sem%re estie na min/a relaç(o com a causaanalítica"Na seq34ncia do "to de undação &irá, tr4s anos depois, a Proposição de * deoutubro de )*5.
Dando um salto de tree anos é rele&ante notar que na 6arta deDissolução de )*78 ao -Eu dissolo res%onde -eu %erseero 2%ai3seero4 na sua relação com o inconsciente. " #scola de Lacan, $ dierença da /P", inclui a dissolução como uma cláusulaprotetora ao mau trato da causa reudiana, $ sua reabsorção pelo mercado dosbens simb!licos.
9inalmente, a título de pro&ocação a carta de Lacan em )*7) $queles
que queriam se(uir seu tra%eto, -que ainda o amaam"
5 conceito de Escola Lacaniana"
Por que -Escola*
Por que Lacan utilia o termo escola; e não sociedade; , pala&ra %áutiliada por 9reud< Por uma raão elementar: para se construir umasociedade tem que =a&er elementos identiicat!rios de pertin4ncia (rupal>numa sociedade de en(en=eiros, todos são en(en=eiros, num exército, todos
são soldados. , numa sociedade de mul=eres.... bem, uma sociedade demul=eres é tão diícil quanto uma sociedade de analistas 0 "s amaonas
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ti&eram que tirar al(o para encontrar um elemento identiicat!rio que as(rupasse. ?uando oi tentada ti&eram que se multilar, cada uma amputou umseio.1
Lacan não prope uma sociedade pois ela teria que responder aos
princípios reudianos de a(lutinação descritos na Psicolo(ia das @assas;,baseados em dois ní&eis identiicat!rios : &ertical 0 identiicação ao líder 1 e=oriontal 0 com o compan=eiro 1. Audo uncionaria pereitamente se não osseo Beal do inconsciente que escapa a esta elementar topolo(ia.
Lacan in&enta; um a(rupamento onde o destaque é o que se podesaber e transmitir da Psicanálise.. ' termo escola pri&ile(ia a relação com osaber enquanto que sociedade, o laço entre as pessoas.
"(ora que %á sabemos por que escola e não sociedade, temos quea&ançar no sentido de especiicar o tratamento que recebe esse saber em umaescola.
' conceito de escola entre escola e uni&ersidade C na uni&ersidade, o
ensino é eito com licença;, para poder entrar, para poder dar aulas, paratransmitir.
" #scola não esconde o su%eito, muito ao contrário, ela nomeia-o,enquanto a uni&ersidade uniormia-o.
A %r&tica da Escola tem tr6s %ontos elementares7
2184 A entrada 2 84 A forma de tra:al/ar 2 ;84 A %roduç(o"
A entrada - #ntra-se numa #scola, nos moldes de Lacan, pessoa por
pessoa, um a um, dada a preser&ação das particularidades que se alme%a,apostando na possibilidade de uma comunidade sin(ular.
5 tra:al/o C " unidade básica do trabal=o em uma #scola é o cartel.
A %roduç(o - " ambição de uma escola é (rande: aer a&ançar aPsicanálise mantendo-a &i&a e operante no conronto, em especial, com odiscurso da ci4ncia e o da reli(ião e =abilitar os operadores que possam a4-lo> (arantir sua ormação.
Temos então como produto:a Psicanálise, os psicanalistas e as relações entre eles.
Passante é aquele que di Aer passado por um inal de análise, relatasua experi4ncia a dois passadores; que são analisados em momentosanteriores ao inal da análise, que estão &i&endo estes momentos estemomentos desar&oradores, como os ad%eti&as Lacan em sua tica.
Aerá realiado o passe aquele que soube aer de sua &ida anterior,passado, e do trá(ico do desar&oramento, o cEmico. "ssim, a sua análise teráse re&elado didática, pois a análise é que é didática não o analista.
" citação, o ato de que sempre em nossos trabal=os, con&ersas,
análises, citamos.
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Pode3se diidir em quatro, as maneiras %ossíeis da forma decitar7
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;4 N(o citar 2inentar4 = discurso do mestre>
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J C " terceira ob%eção é concernente ao im do tratamento.
neste ponto de paradoxo da Psicanálise em intensão que a questão datransmissão da Psicanálise de&e ser articulada ao passe. ' aorismo e Lacano psicanalista não se autoria senão de si mesmo; é um enunciado
perormático. Lacan concebe a #scola a partir dessa impossí&el deiniçãouni&ersal do psicanalista.Nas sociedades existentes, a ormação do psicanalista não é
problematiada, ou então é problemática. Ke%a com o saber de ordem médica,ou qualquer outro saber psicoterápico, aer um diploma &aler como (arantia éuma trapaça. 9reud entrou em conlito com a /P" a respeito desse ponto econdenou essa posição como dependente do c=arlatanismo . Lacan le&a emconta que nen=um saber preestabelecido poderia uncionar como (arantia.
No tratamento, a elaboração do saber inconsciente produ eeitos de&erdade quer abrem uma perspecti&a para um su%eito responder $s suasinda(açes sobre a sua exist4ncia. Há um racasso, uma al=a desse saber,
aendo aparecer o não-senso que constitui o roc=edo da castração. então que o passe como processo se %ustiica. Ke o momento do
passe no tratamento é correlati&o de uma queda do su%eito suposto saber, pelocontrário, o passe como processo restaura esta unção do su%eito supostosaber: pode-se pe(á-lo em ní&el de uma báscula da transer4ncia.
Lacan situa a inalidade de um tratamento no ní&el do enoque de umdese%o inédito, dito dese%o do analista. Por isso se pode dier: o que especiicaa #scola de Lacan é uma ética.
' ensino de Lacan começa em )*+J com o Belat!rio de Boma;. Deimediato ele situa-o na &ia de um retorno a 9reud. 6erca de uma deena deanos ap!s, ele unda a #scola.
A Psicanálise como saber deve achar o gume da verdade paratornar possível a reconquista do campo reudiano.Para e!istir, a Psicanálise tem necessidade de psicanalistas que tomemisso a s"rio.
Por que Escola, Escola Por qu6
Kur(ido de uma dialética e c=amando a atenção sobre os impasses datransmissão oicial, o lacanismo operou sobre a tradição psicanalítica com orçade uma interpretação. " tarea ininterrupta do seminário, se(undo seu dese%o,
era uma reer4ncia constante na deinição dos analistas. "tualmente, a aus4ncia eeti&a do mestre deixa &a(a a unção da causa,e os eeitos que se autoriam do seu ensino assim sustentam.
Na década de *8, a #scola de Psicanálise é a moti&ação central docampo reudiano na medida em que se situam em primeiro plano as condiçesde &alidação do saber elaborado no discurso analítico, as &icissitudes daclínica, a ormaliação dos matemas, e a precisão ética da prática. # por Fltimo,mas antes de mais nada, a ormação dos analistas.
Para 9reud, #scola 9reudiana; era a denominação (enérica daPsicanálise a ele tributária, e a consist4ncia de sua teoria unciona&a como(arantia contra os des&ios doutrinários.
Kabe-se, desde 9reud, que o sintoma é a cristaliação sintética doconlito entre duas tend4ncias anta(Enicas, cu%os interesses resultam
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inconciliá&eis. #m se tratando da transmissão da Psicanálise e de suasinstituiçes, o curto-circuito costuma ser entre as duas unçes que, &ia dere(ra, de&eriam nortear a é(ide das a(rupaçes de analistas.
ma #scola, como qualquer a(rupamento coleti&o, baseia-se numa redede identiicaçes, e este ato estrutural impem uma série de enEmenos
pre&isí&eis. " mel=or maneira de ilustrar essas con%ecturas sobre os peri(osinerentes é na lembrança sistemática das conseq34ncias ima(inárias dapsicolo(ia dos (rupos e das massas artiiciais.
Há o m, no topo da pirMmide, ocupando o lu(ar do líder e, comodecorr4ncia , preenc=endo as características do ideal Fnico.
?uando isso se passa no plano da é, o que se tem é uma /(re%a, ouse%a, uma comunidade de adeptos que proessam uma mesma crença. "li ondea &ida, o sexo e a morte questionam o su%eito, a maquinária sacra tem semprepronta uma resposta, com o endosso de Deus, a&al do sentido e da redenção.
No outro extremo, em termos de transormação no contrário, o #xércitode Kal&ação a%uda o pr!ximo como a si mesmo, na esperança da recompensa
de um uturo mel=or.Por tudo isso, ica claro que uma #scola, para aer %us $ experi4ncia da
análise, não poderia ser um Mmbito onde a alienação osse o meio ou ainalidade da coesão do con%unto dos seus inte(rantes.
Numa outra perspecti&a, o sintoma se apresenta como a inscrição doKimb!lico no Beal.
Daí que a dimensão de uma ação especíica se%a indicada comoparMmetro de eicácia, no tratamento do Beal pelo Kimb!lico.
Do ponto de &ista a topolo(ia, pensando a amarração borromeana dostr4s re(istros, perante al(um erro na constituição do n!, um quarto elementoseria undamental para se(urar a estrutura.
' Nome-do-Pai pode ser in&ocado então , para restituir, com a unção deenlace, uma ordem l!(ica de exist4ncia.
" autoriação dos analistas, embora sin(ular para cada um, nãoindependente da participação de outros, como condição de alteridade.
"ssim teria que ser entendido o oro onde os si(niicantes de Lacan, nocampo da psicanálise, de&eriam aer #scola...
Escola7 Por )u6*
Ke quiséssemos pensar em #scola como al(o que se si(niica,processo que exi(e duas etapas, numa Ke(unda etapa, &irá outroacontecimento conirmar o primeiro, no s! depois; da neurose ou do processode si(niicação, processo ou dialética 0 reudiana e não outra1 que atra&essanossas &idas, nossos antasmas, para se implantar como realidade no Mma(ode nossas lutas.
Para 9reud e Lacan do seminário sobre oOce, a marc=a da =ist!ria a-se $ custa de sintomas a que aderimos e que dão substMncia a n!s mesmos.
' termo skolê em (re(o si(niica !cio . Herdamos o termo escola,porém, não a modalidade (re(a do exercício da liberdade.
Herdamos, também, a ambição dos (re(os de buscar a &erdade,
=erdamos as duas modalidades com que se apresenta a &erdade, ora com
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pretenses $ completude ou admitindo a incompletude, ora tendo como meta aconsist4ncia.
6onsist4ncia quer dier que o sistema não contém contradiçes .reser&amos para a e&entualidade analo(ia e equi&ocidade, tal como na escolade Kão Aomás até Descartes. Di(amos que, a partir de Descartes, restam-nos
a incompletude e a consist4ncia.9loresceu na /dade @édia dos séculos G/// a G/ a amiade ilos!ica;quando se con%u(a&a &ida uni&ersitária e !cio ou laer. #ra um no&o estatutopara a oposição laer x trabal=o. Não temos mais condição de praticar essetipo de amiade; misto de abstin4ncia sexual e comunicação liberal paritáriaentre =omens e mul=eres. #m nossos dias, a situação é bem outra. "inda queos economistas denunciem a prolon(ada passa(em pela uni&ersidade comoum ator de retardamento na ati&a para o %o&em que c=e(a $ idade de se inserir no mercado de trabal=o, ainda que =a%a muito de &ida contemplati&a nauni&ersidade, em detrimento da &ida produti&a, s! nos restou a inteli(4ncia dadesilusão. Não ossem as aculdades de administração o bastante para nos
lembrar que um certo uncionalismo a tudo con&erte em &alores contábeis, %áteríamos nos apercebido da dura realidade.
#les, os escolásticos da /dade @édia, s! tin=am a ilusão, s! tin=am oamor na base do compan=eirismo de estudo. Audo isso conse(uimos apurar ,depurar na nossa modernidade.
Di(amos que 9reud este&e en&ol&ido, (randemente, com o p!lo daincompletude, era o que ele c=ama&a roc=edo da castração;. ?uanto aLacan, numa primeira etapa do seu ensino este&e mais pr!ximo do p!loincompletude, e&oluindo pouco a pouco para o p!lo da consist4ncia.
Ke osse permitido resumir, um tanto abruptamente, diria que a #9P oiinconsciente admitiu amplamente a incompletude, a #69I coloca aconsist4ncia como exi(4ncia. " esse respeito, &amos lembrar que oi Qoedelquem deixou claro a incompletude de certos sistemas.
Lacan 0na sua primeira ase1 reeriu-se $ sua #scola como o lu(ar ondeopera&a um trou dans le sa&oir; , ou ainda a escola de-consiste;. " issoc=amo ele(Mncia do estruturalismo.
"liás, passam-se os anos e a #scola cada &e que é pensada ele temnecessariamente a estrutura de paradoxo.
Na experi4ncia analítica, o analista está no lu(ar do mestre, porém, nãopode nem de&e se identiicar ao mestre. Na escola, ele estará no lu(ar dotrabal=ador. #ntre o santo 0termo do Lacan1 a quem se identiica o analista e o
trabal=ador encontrado na #scola, =á oposição. Lacan con&oca para a #scolanão os analistas, os con&ocados não o oram enquanto analistas, masenquanto trabal=adores. precário o empre(o do termo de transer4ncia entren!s para dier da adesão a uma idéia, essa adesão que se quer transerencialnão é de bom al&itre em se tratando de #scola. #nquanto estamos num (rupo,a(remiação, biblioteca, como t4m sido c=amadas iniciati&as promotoras dee&entos li(ados $ Psicanálise na #span=a, "r(entina e a(ora na 9rança eRrasil, nesses casos, podemos entender uma adesão desse tipo.
Não ten=o ainda transer4ncia;, não estou causada; não sãoar(umentos con&incentes, não me parecem de boa onte quando estamostratando de uma #scola. Kão cole(as, meus compan=eiros ou compan=eiras
que assim alam, eu mesmoS #ntão, é porque estamos pensando #scola emtermos de trabal=o e transer4ncia e não em termos de transer4ncia e
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trabal=o. @as, quero aqui tão-somente aludir a essa i(ura extraordinária queoi Titt(enstein e sua posição diante do texto de 9reud. Para Titt(enstein, s!=ou&e transer4ncia de trabal=o, para ele não =ou&e transer4ncia econseq3ente consolação propiciada pelo amor, nem trabal=o de transer4ncia=ou&eS
Qarantia social é um termo que exi(e tratamento dierenciado seti&ermos em mente o coração da experi4ncia analítica. "s dierenciaçesinternas estabelecidas na #scola são condicionadas pela sua estruturaparadoxal.
Ke se(uirmos a tril=a deixada por Lacan, em termos de consist4ncial!(ica, o ob%eto em nada nos remete a saber al(uma coisa, ele seria mesmo onada-a-saber;.
" ri(or, s! poderia ser esta a solução pensada pela Psicanálise, pois aquestão do su%eito, (raças ao trabal=o analítico, (raças $ incid4ncia dadescoberta reudiana, (raças ao (esto lacaniano, le&a-nos a um su%eitodi&idido. " ri(or, todos somos id4nticos a si, absolutamente dierentes, todos
sem exceção, sem nen=uma consist4ncia, anterior $ in&enção de umsi(niicante no&o;.
6laro está que não estamos propu(nando uma neutralidade dadescrição ob%eti&a do pensamento $ moda da ilosoia analítica, tampouco umapara(mática da lin(ua(em que se impusesse ao re(ime do pensamento,&isando ao consenso $ moda de Habermas. Diante da proposta que Laurent,preeriria um tempo ético; que seria mais condiente com situaçes empaíses como o Rrasil em ase de desen&ol&imento político ou institucional parame ater no ní&el mais pr!ximo do nosso dia-a-dia, nosso con=ecido.
Aempo ético oi uma proposta de um analista italiano quando ele tenta&adar conta do que seria o tempo l!(ico no ní&el de instituiçes, tra(o-o aqui %áque em nada assemel=ado ao cálculo ob%eti&o; .
Aemos em mente, na &erdade, uma relexão mais abran(ente quebusque &alidade para além de nossas ronteiras. #nquanto não temos essaFltima posição ormulada em proposta mais a&ançada, &amos lembrar ...Uante com Kade; quando Lacan nos oerece uma curta anotação onde elemenciona as #scolas na Qrécia. Na "cademia e no Liceu, di Lacan, preparou-se uma retiicação ética que abriria camin=o para ci4ncia. Para inaliar,podemos sem exa(ero, lembrar o termo de 9reud Ta=r=eitsliebe; paracomemorar a escola desde a Qrécia no seu aã de transmissão e amor $
&erdade.Nesse inal não se pode esquecer o termo escola; quando ele apontapara o lu(ar onde se aprende, onde se in&enta a aprendia(em, onde %á se oidito, para a escola dos pequenos e dos (randes, para a escola pequena e=umilde em bancos toscos e paredes sem pintura, para a uni&ersidade,(randes escolas como elas se intitulam.
uma &acuidade pensar que o discurso uni&ersitário e seuscomprometimentos estão unicamente na uni&ersidade, enquanto o discursoanalítico está na #scola de Psicanálise. " esse tipo de ormulação c=amariaconsist4ncia que le&a em conta a incompletude.
Termos de Lacan
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Foram tr6s tem%os do lacanismo no rasil7
# $ undações, rupturas e dissoluções dos grupos. %línica
lacaniana marcada por &conceitos'insígnia( da teoria lacaniana.&autori)ações( a partir do te!to de *acan.
+ $ retomada de análises. emandas de supervisões-
$ undação de uma /scola 0rasileira de Psicanálise.
Aal&e de&4ssemos incluir no se(undo tempo um mo&imento rumo $#scola; para marcar a conclusão com ato de undação, desde que o momentode concluir precipita-se em ato.
Ke temos (rupos, instituiçes, sociedades que uncionam bem, ou se%a,
onde existem analistas, produçes te!ricas, ensino e transmissão daPsicanálise em intensão, por que criar uma #scola Rrasileira<@esmo porque, existem #scolas entre n!s.
6onsequentemente a ser colocada, endereçada a todos aqueles quedemandarem entrada nessa #scola.
Porque não podemos esquecer o início da "ta de undação de )*2:
) - Lacan, como autoridade analítica, recon=ecida por seus alunos, podeundar soin=o>
I C ou se%a, suportado por uma transer4ncia de trabal=o está autoriadoa esse ato>
J C de undar sua #scola, nesse momento que é, diríamos, primeirotempo de sua #scola e pri&ile(iar a questão do ensino da Psicanálise, cu%aprática e doutrina encontram-se, nesse momento, en&eredadas pelos camin=osdes&iantes, criados pelos p!s-reudianos.
@arca-se esse primeiro tempo da #scola de Lacan, como um tempo emque a #scola aponta&a para um ensino e uma ética em %o(o na ormação dopsicanalista, no trabal=o de reconquista do campo reudiano, num contexto deum mal-estar na Psicanálise.
ma escola undada nesse momento, sem os dispositi&os da (arantia edo passe que &iriam a ser con=ecidos na sua Proposição de * de outubro de
)*5; , onde o que está em %o(o como ponto onde Lacan coloca o acentoprincipal é a questão da autoriação: - o analista autori.a3se a si mesmo"
Ke o psicanalista se autoria a si mesmo, isso implica que ele não seautoria de um (rupo, sociedade ou #scola. ma #scola Rrasileira não estariaeita para autoriar analistas, para produir analistas.
' que é um analista<' que é um analista lacaniano<
' ato é que a /P" acredita saber o que é um analista, saber deini-lo,saber autoriá-lo, conceder-l=e uma licenciatura, títulos e oerecer-l=e umaormação completa.
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' ato é que não podemos deinir o que é um analista pela &ia dosi(niicante, não sabemos ou não temos um uni&ersal, um conceito de analista,um predicado de analista que se possa, a partir de critérios estandardiados,normati&iados, atribuir a esse su%eito.
BCnora3se ent(o, o que ? um analista"
" #scola é o li(ar dessa i(norMncia. Besta a ela possibilidade de dese%ar sab4-lo.
Há que buscá-lo no particular, na sin(ularidade de cada autoriação , noum-a-um.
' passe não toca o savoir faire do analista. Nin(uém se comprometecom o passe em nome de sua aptidão por curar, diri(ir.
Lacan, então, abre as portas de sua #scola aos analistas e aos não-analistas, com uma construção de sua #scola em dois tempos:
) C 6ria o espaço da escola C )*2I C /n&esti(a, depois, a autoriação 0passe1 - )*5
# com o "# modiica, então, o conceito e a deinição de analista comouma prática proissional, uma deinição baseada na autoridade analítica moral,no savoir faire, na técnica, no aer analítico.
"ssim, no ponto onde um eni(ma, um não saber a-se presente, associedades e (rupos analíticos operam duas saídas: obscenidade, (oo ou anorma que deine um analista 0/P"1.
#ntão, atra&és do passe, permitir que al(uém possa dier de suaautoriação: sou analista; e transmitir a outros o que se passou com ele e que
l=e permite dier isso. " transmissão de um saber depositado dessa cura.#m que ponto estamos no Rrasil<
Aemos (rupos, sociedades e até mesmo #scolasV
@as, #scolas que operam com a (arantia apenas no re(istro daautoridade moral< De nomes no sentido de um sa&oir aire< Não temosnen=uma sociedade ou #scola que opere com o dispositi&o institucional dopasse.
5 )ue De Es%era #e m Analista
" Psicanálise supe uma proposta implícita, sustentando uma posiçãoem absoluta contradição com a sétima proposição; de Titt(enstein doAractatus Lo(ico-P=ilosop=icus; que prope que:
-5 que n(o se %ode falar dee se calar" " proposta da Psicanálise desde 9reud é %ustamente o a&esso: alar
daquilo que não se pode alar.
Der %sicanalista = -Eu sou %sicanalista - /sso não é coisa que sealeS
' ser do analista; é portanto bastante problemático.
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Ker do analista problemático que Lacan a questão de transormar emproblema a resol&er, para sua #scola, na Proposição de * de outubro de)*5...;. #m )*5, Lacan %á tin=a a #scola, alta&am os analistas desta #scola.
" proposta é, portanto, aer questão do ser do analista.
)uem ? o analista* - #m )*+2, Lacan deinia a Psicanálise dase(uinte orma: " Psicanálise é o tratamento que se espera de um analista;.Wltima tentati&a para que a Psicanálise aplicada 0 a clínica1, se aça em
unção da Psicanálise pura: a extensão em unção da intensão> Fltima tentati&apara que a escola ten=a psicanalistas 0 da sua experi4ncia mesma;1.
' tempo inteiro, se trata nesta =ist!ria, de recolocar a coisa reudiana;nos eixos de sua possibilidade, e da sua operacionalidade.
Neste sentido podemos dier que a proposta da Proposição; é umaresposta.
m psicanalista é o que produ uma análise ... /sso não oi sempreassim, mas 9reud c=e(ou lá, assim que se deu conta de que o inimi(o da
Psicanálise não esta&a apenas do lado de ora. "(ora um nFmero considerá&el de pessoas pratica a Psicanálise e troca
suas obser&açes, n!s c=e(amos a notar que nen=um analista pode ir alémdaquilo permitido por seus pr!prios complexos de resist4ncias internas.
Kabemos que a criação do primeiro /nstituto de Rerlim em )*I8produiu lo(o o 6omit4 /nternacional, elaborando e di&ul(ando um sistema deormação estandardiado que todas as sociedades locais tin=am que obser&ar.
importante lembrar aqui que um dos principais pontos do re(ulamentoque &i(ora até =o%e é o princípio de pré-seleção: para poder iniciar uma análisedidática, os candidatos de&em pedir autoriação da 6omissão. ma análise éportanto deinida a priori , como produindo um analista.
#ntre a Proposição reudiana de )*)8 e a Proposição lacaniana de)*5, podemos destacar uma série de acontecimentos =ist!ricos rele&antespara o contexto da Proposição.
Primeiro Tem%o7 o caso "imée; e a tese de psiquiatria de . Lacan:instante do ol=ar onde se apresentou a inc!(nita do problema.
5 DeCundo Tem%o poderia se c=amar l ensei(nemente;: o ensinolacaniano.
esde o começo , para *acan a ormação dos analistas " indissociável da Psicanálise pura, ele " a Psicanálise pura. /ste tempo do &ensino( oi pontuado pela undação da /scola1reudiana de Paris.
' ano de )*5 é, portanto, o momento de concluir, momento de produir as condiçes analíticas de decisão: X?uem é analista
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#spera-se seu saber suposto e seu dese%o. #spera-se um saber aer com o ser como causa de dese%o, Fnico saber exi(ido para saber aer datranser4ncia al(o que a diri%a até sua pr!pria resolução.
#spera-se de um analista que ele se%a a(ente do discurso que elepropicia, sabendo %o(ar com a duplicidade de sua posição: su%eito suposto
saber e ob%eto causa do dese%o.
A transfer6ncia instala3se como moimento7 deslocamento./nadequadação dos si(niicantes a dier da inc!(nita do ser, marcada no
ato analítico pela unção sil4ncio; do analista, ou se%a, sua presença.Daí o amor. 6onseq34ncia do trabal=o si(niicante, que sur(e no
inter&alo, no sil4ncio do si(niicante. ' amor, ou se%a, a resposta em termosde demanda de amor, resposta $ opacidade que ele encontra no lu(ar do'utro como dese%o;.
' amor é resposta a este dese%o do 'utro a este 6=e &uoi
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=a&er análise didática. " proposta com que Lacan solucionou este a&anço oi&ista como sendo um dos atos mais ino&adores da =ist!ria da Psicanálise emmatéria de ormação;.Autori.ar3se %or si mesmo ? a -conseqG6ncia lHCica da su%ress(o da/ierarquia em :enefício do Crau"
Y questão de como &eriicar a passa(em do psicanalisante apsicanalista, Lacan responde com a ormulação, do que oi concebido depoiscomo procedimento do passe;, que seria a tradução institucionaliada de umaexperi4ncia concreta;. ' procedimento do passe não oi tornado obri(at!rio, eaqueles que se submetem a ele, quando apro&ados pelo %Fri, receberam o títulode "# 0"nalista da #scola1, um dos (raus instituídos por Lacan. Na Proposição...; essa questão oi articulada em conseq34ncia da passa(emdo psicanalisante a psicanalista, e seu eeito descrito em relação $transer4ncia. " destituição sub%eti&a, portanto, também seria destituição dosu%eito suposto saber, daí seus eeitos na transer4ncia.Na Proposição...; esse momento seria correlato a uma perda, que se realiaria
no ní&el do des-ser do su%eito suposto saber, des-ser do analista. ' ob%etopequeno resta, portanto, do lado do analista, que ao cair como su%eito supostosaber ica reduido a um resto despro&ido de todo &alor de al(ama. maPsicanálise le&ada a este ponto produ, então, a desarticulação do al(ama. Nestes &inte e cinco anos desde a Proposição ...; muito se a&ançou emrelação a ela.
' pr!prio Lacan, em )*52, diia na sua atualmente amosa Nota aositalianos; :
2 psicanalista s3 se autori)a por si mesmo, isso " evidente. 4uer di)er, o princípio de que " a Psicanálise que autori)a o psicanalistacontinua válido.
Para esta perspecti&a, o psicanalista é o instrumento de uma operaçãoao im da qual será reu(ado. "qui se poderia alar numa #scola de Lacan, uma#scola a&ançada $ de 9reud, pois se o undador da Psicanálise colocou oimpasse da resolução da análise na Boc=a da 6astração;.' não existe relação sexual; resume a impossibilidade l!(ica de umacomplementariedade entre os uni&ersais. essa perspecti&a Fnica, que ormalia procedimentos e concepçes, que, por sua coer4ncia, consiste numa #scola. 6om maior exatidão, a de Lacan.
FN#AMENT5D #A ED
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"nalistas pelas instituiçes iliadas ao /P" 0"ssociação /nternacionalPsicanalística1.Em 19 no -Ato de Fundaç(o da Escola Freudiana de Paris Lacanconida a um de:ate so:re a Formaç(o Psicanalítica7 como garantir a Formação do Analista” e oferecer uma alternativa ao sistema da IPA;
propõe ao analista a uem passa a c!amar tra"al!ador decidido# areali$ação de uma tarefa% passar & de um tra"al!o de transferência parauma transferência de tra"al!o'
-A
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le&a ao isolamento, a uma posição cínica. #sse por&ir do saber é descritopor 9reud em Aabu da &ir(indade;, com a =istérica que a(uarda o P"/ que l=edecirará o (oo. ' inal da análise é a dissolução da transer4ncia, aci4ncia pura. #sse eeito é a dissolução da transer4ncia, a ci4ncia pura.#sse eeito é nomeado por @iller como =isteria p!s analítica;.
Na Posiç(o n8!"
Poderia se colocar a #scola de Lacan, que se apresenta como umaalternati&a para sair da dialética do saber e da &erdade, adotando uma posiçãonem cética nem cínica. " escola de&e ser capa de recol=er o relato dos queconse(uem incluir o B#"L em sua =ist!rias, o &aio do saber que con&ide aum si(niicado no&o, onde as escol=as ten=am l!(ica. Lacan c=ama a issode P"KK#.
5 final da transfer6ncia se transforma numa -transfer6ncia de
Tra:al/o" ?ue é acompan=ado de uma mudança: o amor do saber se transmuta emdese%o de saber. " in&enção do si(niicado é sin(ular e isso 0por não ser standard1 in&iabilia determinar com %ustea a qualidade que especiica oconceito.
Pr&tica
m a um, pessoa por pessoa, apostando na possibilidade de uma comunidadesin(ular. Arabal=adores decididos na transer4ncia de trabal=o; expressão
que se encontra no inal do "to de 9undação; e na nota nZ5 di respeito aotrabal=o incansá&el e criati&o de não ceder em seu dese%o;. #mbora a#scola se%a para todos que se(uem o ensino de Lacan,a opção éparticular 0as raes e momento de cada um é particular1. Nesse paratodos; de caráter uni&ersal =á um incompleto, sempre altando al(uém naescola: possi&elmente Lacan. Desistindo de ser Lacan tal&e se%a umac=a&e para entrada na #scola.
Tra:al/o
Na escola de Lacan a exist4ncia do mais um; permite que os trabal=os
possam contar com um P"/ que em sua unção esclarece. #sse arteatosoluciona dois problemas: relati&ia o lu(ar do Pai e responde aos cínicos osquais querem ser independentes de qualquer Pai. 6omo orma de trabal=o 82ou mais pessoas se reunem pelo tempo necessário para realiar uma tarea0que de&e ser indi&idual1 e lo(o depois se separam. 6ada um ensina a seupr!prio risco.
Produç(o
' con%unto de produçes, análises, trabal=os escritos conirma um "nalistacomo membro da #scola 0"@#1. m analista da #scola 0"#1 é recon=ecido
atra&és do P"KK# e possui o dese%o do analista; condição indispensá&el paraa transer4ncia do Arabal=o.
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dado como recompensa pela a0uda' O analista# em suafunção > apenas o camelo ue entra na !ist?ria para poder contar'.epresenta o @mais um” da Escola acaniana'
5 sa:er científico remodelou o sa:er %siqui&trico"
' mal-estar na ci&iliação que não é pri&ilé(io de uma época mas persistemesmo nestes tempos de liberação. #ntretanto a expressão dos sintomas oimodiicado. Na impossibilidade sub%eti&ar a queixa, o sintoma mascaradopelas reaçes medicamentosas é reprimido e ocorre a manutenção, o reorçodo recalque. No sintoma =istérico se re&ela a rebeldia ao discurso do mestrede ordem médica. Nesse contexto, como resposta ao mal-estar na ci&iliaçãoa Psicanálise apresenta uma eicácia sobre o sintoma, operando de orma
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di&ersa ao discurso do mestre, permitindo que a &erdade de sua queixa c=e(ueao ní&el de uma eleboração do saber, a partir do inconsciente. #sse saber, apartir do inconsciente ornece $ Psicanálise o c=amado corpus; do saber eentão a #scola se apresenta como o lu(ar onde esse corpus; de saber pode ser ensinado. " escola descobre assim sua primeira %ustiicação: a
de existir.
' saber adquirido de operar sobre o sintoma será suiciente para umPsicanalista<
" clinica de sintomas pode ser ensinada. @as o tratamento é necessário paraproduir o analista. # também se per(unta: Rasta o tratamento para ormar o "nalista
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enoque do dese%o inédito do analista, o que implica em umaresponsabilidade. #xatamente por não existir o Psicanalista é queexiste a #scola. Não sendo a Psicanálise uma ci4ncia, cabe $ #scolacomo imperati&o, re(er e exi(ir o debate cientíico. Para tornar possí&el a reconquista do campo reudiano como saber, a Psicanálise
de&e encontrar o cerne da &erdade.
9reud denomina&a #scola 9reudiana; a pr!pria Psicanálise uncionandocomo (arantia contra os des&ios doutrinários. Lacan denomina #scola olaço social oerecido a seus se(uidores. Aodos os elementos indispensá&eispara enunciar o conceito de escola são especiicados no "to de9undação;, em )*2 e reerendados no "to de Dissolução;, em )*78. 'retorno do si(niicante #K6'L" implica a sobredeterminação de umsintoma.
5 que s?ria um sintoma *
@aterialiação do conlito entre duas tend4ncia propostas, com interessesirreconciliá&eis. " rede de identiicaçes e a estratiicação de unçes, nasistemática das conseq34ncias pro&á&eis da Psicolo(ia dos (rupos e dasmassas pode ser representada por uma pirMmide onde no ápice se encontra@ que ocupa o lu(ar do líder, do c=ee reli(ioso, e preenc=e ascaracterística do ideal Fnico. 's outros, unidos por &ínculos laterais eraternos dão mar(em $ subordinação.
" #K6'L" para aer %us $ experi4ncia da análise não pode usar aalienação como orma de coesão de seus inte(rantes. 6om todo o cuidadoe esorço, ainda assim é impossí&el e&itar al(uns atritos eextrapolaçes em decorr4ncia do aspecto or(aniacional. Nesse aspectoo Kintoma pode ser deinido como aquilo que está emperrado, não anda,não unciona como era esperado. #m outra perspecti&a o Kintoma seapresenta como a inscrição do Kimb!lico no Beal.
Na recorr4ncia, um entra&e , o impasse e o moti&o de disc!rdia eratura dos processos de ormação e recon=ecimento. ma praxis capade trabal=ar os percalços e as resist4ncias é c=amada de /nterpretação e &ai
determinar a política do sintoma;.' sintoma, na al=a de um dos 8J elementos do re(istro pode uncionar como uma supl4ncia, uma articulação . ' nome do Pai ín&ocado para restituir uma ordem l!(ica de exist4ncia, cumprindo sua unção de enlace. "autoriação do "nalista, sin(ular para cada um, não exclui a participação deoutros. " car4ncia do modelo uni&ersal encontra limites na simboliação da suaincompletude ,permitindo o risco de uma resposta inédita.
Poderia se per(untar se &amos para uma #scola de Psicanálise ou para uma#scola Para Psicanálise. ' termo s[ol4 em (re(o si(niica #scola e está
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li(ada ao !cio nos reporta $ Qrécia anti(a onde o exercício daliberdade do cidadão determina&a a sua escol=a. Herdamos da Qrécia otermo #scola, porém nos alta o exercício da liberdade;. Perdemos o ludus\\latino contido no s[ol4. Ho%e temos o ne(otium 0não !cio1 , o mar[etin(.
Herdamos do (re(o a busca da &erdade e as duas modalidades com seapresenta a &erdade, com pretenses $ completude, a incompletude ou $consist4ncia. Na idade @édia dos séc. G/// a G/ =a&ia a c=amada amiadeilos!ica;, con%u(ando !cio e &ida uni&ersitária, oerecendo um no&oestatuto para os pares opostos laer e trabal=o. Predomina&a umainteli(4ncia da ilusão.
Ho%e nos resta uma inteli(4ncia da desilusão;. "s uni&ersidade nãooerecem conlitos entre um e outro tipo de saber. Perdemos o modo delidar com a incompletude.
9reud se en&ol&eu com o polo de incompletude, c=amado por ele deroc=edo da castração;. Lacan na primeira etapa do seu ensino esta&a &oltadopara a incompletude, mas oi pouco a pouco e&oluindo para o polo daconsist4ncia. K0"]1 matemática da incompletude. Lacan na sua primeiraase reeriu-se $ sua escola como um lu(ar onde se opera&a trou dans lesa&oir;.
#ntão a incompletude era um paradi(ma raoá&el. 6om o tempo a#scola é repensada, mas sempre apresenta a estrutura do paradoxo @iller noKeminário ' banquete dos "nalistas; airma que =á não-analistas na#scola, sendo esta um lu(ar onde o "nalista se encontra com o não-
analista. " experi4ncia analítica não é o suporte de uma relação que dimembro de um (rupo;.
?uem Lacan con&oca para a #scola <
's não-analistas, e os Arabal=adores, Arabal=ador si(niicandoAranser4ncia de Arabal=o, sem Arabal=o de Aranser4ncia. Aranser4ncia sereerindo $ adesão a uma idéia pode ser entendido num (rupo ousociedade, mas nunca se tratando de uma #scola. No entanto =á umaalternati&a, um c=amado para os analista em direção a uma #scola.
5 que s?ria a consist6ncia que leasse em conta a incom%letude*Não poderíamos airmar que o discurso uni&ersitário está apenas nas
uni&ersidades. Nem que o discursos analítico é coninado na #scola dePsicanálise. ' discurso analítico, seu estatuto depende da #scola dos "nalistas, mas sabe-se que ele estabelece um laço sem (rupo, opera semcontar com o (rupo. #sse tipo de ormulação poderia ser c=amado deconsist4ncia que le&a em conta a inconsist4ncia;.
TD TEMP5D #A ED
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I Betomada de "nálises. Demandas de Kuper&ises.
J C 9undação de uma #scola Rrasileira de Psicanálise.
ma série de coner4ncia ,abordando a temática Por que #scola; mais do
que pertinente resulta undamental.Por que criar uma #scola Rrasileira quando existem (rupos, institutos,sociedade que uncionam a contento < .
#ssa per(unta é direcionada aos (rupos ora e dentro do campo reudiano noRrasil e de&erá ser respondida pelos analistas que se autoriam como analistaLacaniano e mesmo pelos que não estando na prática se interessam pelaPsicanálise colocada em ato e pela causa analítica. Não respondida em(rupo, mas por um-a-um, na sua relação com a causa analítica.
' primeiro tempo da #scola de Lacan, no ato de 9undação, pri&ile(ia aquestão do ensino da Psicanálise. ' primeiro tempo da #scola é marcadocomo num tempo em que a #scola aponta&a uma ética e um ensino em %o(o naormação Psicanalítica, a reconquista do campo reudiano, no contexto de ummal-estar na Psicanálise. Nesse momento de undação a #scola não dispun=ados dispositi&os de (arantia e do passe.
Na proposição de )*5 o oco principal é a questão da autoriação. manalista é o produto inal de uma análise le&ada até seu inal, passando ou nãoao ato analítico. ma #scola com o P'B ?# #K'L"; articulado $ causaanalítica o seu P"B" ?# #K6'L"; está decidido: não está eita para os
analistas. ' que (era outra per(unta. Ke não-eita para analistas, estará eitapara quem
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de um analista prope Lacan em )*+2. " Psicanálise não pode se separar da=ist!ria da sua transmissão C transer4ncia, =ist!ria da sua manutenção e deseus des&ios.
BndaCaç(o ineit&el7
6omo a min=a análise me produiu como analista
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Da questão dos produtores autoriados da Psicanálise c=amados ditadospassou-se para seus produtos:
"s didáticas.
#ste é um primeiro axioma undamental assim anunciado: ' analista se autoria por si mesmo;.
"o que Lacan acrescenta:
/sso não exclui que um psicanalista dependa de sua ormação;.
#le&ada a cate(oria de principio, a airmação:
' analista se autoria por si mesmo; aponta uma ruptura com os modelostradicionais.
Não =á didatas, mas a análise pode ser didática.
Lacan na proposição resol&e a questão do que é ser um psicanalista:
o que se produ numa Psicanálise mediante uma passa(em. Não se pode&eriicar psicanalistas e sim psicanálises.
/sto &ai implicar na necessidade de uma proposta dos procedimentos para&eriicar a passa(em de psicanalisante a psicanalista.
" essa questão Lacan responde com a ormação do que seria concebido comoprocedimento do passe;, ou se%a a tradução institucionaliada de umaexperi4ncia concreta.
' que se &eriica no passe
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