Universidade Federal do Recncavo da Bahia
Centro de Cincias da Sade
Curso: Psicologia
Disciplina: Processos Psicolgicos Bsicos I: Aprendizagem
Experimento de Observao Comportamental do Rato Sniffy
utilizando o programa Sniffy the Virtual Rat, Pro Version 5.2
Egnaldo Alves Barreto
Elielson Sales
Santo Antonio de Jesus Bahia
Dezembro 2009
Universidade Federal do Recncavo da Bahia
Centro de Cincias da Sade
Curso: Psicologia
Disciplina: Processos Psicolgicos Bsicos I: Aprendizagem
Professoras: Maria Goretti da F. Cavalcante Pontes
Djenane Brasil da Conceio
Experimento de Observao Comportamental do Rato Sniffy
utilizando o programa Sniffy the Virtual Rat, Pro Version 5.2
Egnaldo Alves Barreto
Elielson Sales
Santo Antonio de Jesus Bahia
Dezembro 2009
Resumo
O presente trabalho um relatrio de observao para a disciplina Processos Psicolgicos Bsicos I: Aprendizagem, do curso de Psicologia da UFRB utilizando o programa Sniffy Pro Verso 5.2. Este experimento tem por objetivo a Analise Experimental do Comportamento, aplicando os diversos conceitos estudados durante o semestre na disciplina, como por exemplo, condicionamento operante, extino, reforo, esquemas de reforamento intermitente (Razo fixa, Razo varivel, Intervalo fixo, Intervalo varivel). O experimento teve incio com a definio terica de cada um dos comportamentos selecionados para serem estudados. Depois a construo de uma linha de base com os comportamentos emitidos sem que houvesse qualquer reforamento. Aps a construo da linha de base teve incio a condicionamento operante, que foi seguido pelo processo de extino operante. Atravs de observao e registro dos comportamentos emitidos pelo sujeito podemos perceber cada etapa do condicionamento operante, bem como a utilizao dos esquemas de reforamento intermitente e suas diferenas no comportamento do sujeito. Dessa forma podemos entender melhor como o ser humano age por contingncias e em que situaes seus comportamentos so emitidos com maior ou menor freqncia.
Palavras chave: Esquemas de reforamento intermitente; condicionamento operante; Sniffy Pro
Sumrio
Resumo___________________________________________________________i
Sumrio___________________________________________________________ii
Introduo________________________________________________________05
Mtodo__________________________________________________________11
Resultados_______________________________________________________15
Discusso________________________________________________________20
Referncias Bibliogrficas___________________________________________22
Anexos__________________________________________________________23
Introduo
Este trabalho se prope a apresentar os principais aspectos da teoria
comportamental cognitiva, considerando o ambiente experimental, numa viso
emprica, favorecendo o conhecimento bsico e reflexes sobre a aplicabilidade de
tais conceitos em diferentes estratgias de interveno. Nesse sentido vamos
modelar o comportamento do rato Sniffy utilizando-se de diversos esquemas de
reforamento do comportamento operante. Comportamento operante aquele que
produz mudanas no ambiente e que afetado por elas. Quando inserimos uma
nova varivel (o contexto), passamos a falar sobre os comportamentos operantes
discriminativos, ou seja, aqueles que, se emitidos em determinados contextos,
produziro conseqncias reforadoras (Matos e Tomanari, 2002).
Reforo so os estmulos conseqentes cuja apresentao aumenta a
probabilidade de reforo. Estmulos discriminativos so os estmulos que so
apresentados antes do comportamento e controlam sua ocorrncia. O estimulo
discriminativo no eliciam as respostas (Moreira e Medeiros, 2007). Quando h
referencia a um comportamento respondente, entendemos que um estimulo elicia
uma resposta, faz com que ela seja emitida (Moreira e Medeiros, 2007). J ao
falarmos de um comportamento operante, de um operante discriminativo,
entendemos que o estmulo apenas fornece o contexto, d as chances para que a
resposta ocorra.
As chances para que esse comportamento ocorra so conhecidas como
contingncias. A maior parte dos comportamentos dos organismos s pode ser
compreendida corretamente se fizermos referncia ao contexto, resposta do
organismo e a conseqncia. Todos os comportamentos dos mais simples aos
mais complexos sero analisados de acordo com a contingncia trplice, ou seja,
uma ocasio, uma resposta e uma conseqncia. Analisar funcionalmente uma
contingncia significa, portanto, encaix-lo em uma contingncia de trs termos: em
outras palavras, verificar em que circunstancias o comportamento ocorre e quais
suas conseqncias mantenedoras.
Discriminao operante o processo no qual, respostas especificas ocorrem
apenas na presena de estmulos especficos. Estmulos delta so os estmulos
que sinalizam que uma resposta no ser reforada, sinalizam a indisponibilidade
de reforo ou sua extino (Whaley e Malott, 1980). Controle discriminativo de
estmulos quando um determinado comportamento tem alta probabilidade de
ocorrer na presena do estimulo discriminativo e baixa probabilidade de ocorrer na
presena do estimulo delta. Aprendemos a discriminao porque passamos pelo
treino discriminativo, os quais consistem em reforar um comportamento na
presena de um estimulo discriminativo e extinguir o mesmo comportamento na
presena do estimulo delta, este treino discriminativo chamado de reforamento
diferencial (Whaley e Malott, 1980).
Utilizamos o termo generalizao de estmulos operantes nas circunstancias em
que uma resposta emitida na presena de novos estmulos que partilham alguma
propriedade fsica com o estimulo discriminativo, na presena do qual a resposta foi
reforada no passado (Abreu-Rodrigues e Ribeiro, 2005). Portanto, o que conta na
generalizao a similaridade fsica entre os estmulos. Quanto maior a
similaridade fsica ente os estmulos, maior ser a probabilidade de a generalizao
ocorrer.
A generalizao um processo muito importante para nossa adaptao ao meio.
Imagine que tivssemos de ser modelados a emitir uma mesma resposta na
presena de cada novo estimulo que surgisse. A generalizao um processo
importante porque permite que novas respostas sejam aprendidas de forma muito
mais rpida, no sendo necessria a modelagem direta da mesma resposta para
cada novo estimulo.
Cada comportamento reforado, no mtodo de aproximaes sucessivas, pode ser
visto como um elo numa cadeia que tem um nico propsito, que a ocorrncia da
resposta final. O experimentador seleciona cada elo cuidadosamente e confia muito
em sua experincia e conhecimento das inter-relaes, pr-requisitos e
associaes dos comportamentos que devem que devem ser selecionados para
que se obtenha o comportamento final. Usando reforamento positivo, ele dirige o
organismo desde o comportamento inicial, passando pelos comportamentos
intermedirios, at que, finalmente, a resposta terminal seja emitida e possa ser
reforada e condicionada diretamente.
Outro nome para aproximaes sucessivas modelagem, que , at certo ponto,
anlogo ao termo guiar. As duas expresses, aproximaes sucessivas e
modelagem, significam exatamente a mesma coisa e nenhum psiclogo estranhara
se voc usar qualquer das duas indistintamente.
Comportamento modelado por contingncias aquele modelado e mantido
diretamente por conseqncias relativamente imediatas. J o comportamento
governado por regras depende do comportamento verbal de outra pessoa (o
falante), ou seja, esta sob o controle de antecedentes verbais que descrevem
contingncias. Skinner (1974/1982) definiu como regra o estimulo discriminativo
verbal que descreve uma contingncia. O enunciado da regra tem a vantagem de
poder substituir o procedimento de modelagem de uma resposta em seres
humanos. Nem todos os nossos comportamentos so apenas intermitentes
reforados, portanto, um comportamento no precisa ser reforado todas as vezes
que ocorre para ser emitido.
No esquema de reforamento continuo toda resposta seguida do reforador. Em
experimentao, o esquema chamado de contnuos reinforcement, mais
conhecido pela sigla CRF.
Os principais esquemas de reforamento intermitentes so: Razo Fixa (FR),
Razo Varivel (VR), Intervalo Fixo (FI), Intervalo Varivel (VI). Estes se organizam
de acordo com o nmero de respostas para cada reforador (isto , esquemas de
razo) ou tempo entre reforadores (isto , esquemas de intervalo) e se o nmero
de respostas ou o tempo entre os reforadores sempre o mesmo (isto , razo ou
intervalos fixos) ou muda para reforador (isto , razo ou intervalos variveis).
Na razo fixa o nmero de respostas exigido para apresentao de cada reforador
sempre o mesmo (Moreira e Medeiros, 2007). Exemplo: Descrevemos o esquema
de reforamento razo fixa 5 ou simplesmente FR: 5 como a contingncia em que
so necessrias 5 respostas para apresentao do reforador, e assim por diante.
O padro de FR caracterizado por produzir uma taxa alta de respostas, uma vez
que, quanto mais o organismo responder, mais reforos obter. Entretanto, outro
fenmeno observado em FR, que a pausa aps o reforamento (Moreira e
Medeiros, 2007).
No esquema de razo varivel, o nmero de respostas entre cada reforador se
modifica, isto , varia (Moreira e Medeiros, 2007). Exemplo: em um experimento de
presso a barra para obteno de alimento, no esquema de VR: 3 um rato
pressionou ao longo de uma sesso pressionou 60 vezes a barra e foi reforado 20
vezes. Ento dividimos um valor pelo outro e teremos 3, o que significa que, em
media, foram necessrias 3 respostas para cada reforador. O padro VR
caracterizado por ausncia de pausas ou por apenas pausas curtas. Alm disso, os
esquemas VR produzem altas taxas de respostas por exigirem o nmero de
respostas para liberao do reforo e por no apresentarem uma pausa aps o
reforamento (Moreira e Medeiros, 2007).
No esquema de intervalo fixo, o requisito para que uma resposta seja reforada o
tempo decorrido desde o ultimo reforamento. Exemplo FI: 1, a cada um minuto
decorrido uma resposta reforada. Esse o esquema que produz as menores
taxas de respostas por duas razes: 1) no exigido um nmero de respostas para
obteno de reforos, ou seja, no faz diferena responder pouco ou responder
muito; 2) o esquema que produz as maiores pausas aps o reforamento, uma
vez que a discriminao temporal entre o reforamento e o no-reforamento
facilitada pela regularidade das duraes dos intervalos entre reforamento
(Moreira e Medeiros, 2007).
O intervalo varivel similar ao intervalo fixo, com a diferena de que os intervalos
entre o ultimo reforador e a prxima disponibilidade no so os mesmos, ou seja,
as variveis. Exemplo: VI: 30, a cada 30 segundos em mdia, uma resposta ser
reforada (Moreira e Medeiros, 2007). O VI produz um padro com uma taxa
relativamente alta de respostas. Uma vez que o organismo no tem como prever
quando o reforador estar disponvel, ele responder quase que o tempo todo.
Extino operante o processo de suspenso do reforo, pelo qual o organismo
tem a probabilidade de diminuir a freqncia do comportamento e retornar aos
nveis anteriores aos decorrentes do reforamento (Moreira e Medeiros, 2007).
Para esse experimento geralmente se utilizam ratos como sujeito e a caixa de
Skinner como equipamento, no entanto, nesse experimento iremos utilizar uma
ferramenta didtica alternativa, o programa Sniffy pro The virtual rat. Trata-se de
um programa de computador desenvolvido por Greg Wilson, sob a orientao de
trs psiclogos (Tom Alloway, Jeff Graham e Lester Kramer) e consultores (Douglas
Chute, entre eles). Este programa acompanha um manual de laboratrio que instrui
o aluno a realizar uma srie de exerccios tendo como base um curso de laboratrio
que se destinaria a alunos de graduao trabalhando com um rato de
experimentao (Tomanari e Eckerman, 2003).
Os autores temem que os alunos de Psicologia, caso no tenham a oportunidade
de acesso a um laboratrio real, fiquem alheios aos procedimentos e experincias
que um trabalho em laboratrio propicia e, igualmente, aos fenmenos
comportamentais bsicos. Os autores preocupam-se em fazer com que os alunos
aprendam como os experimentos so montados, como os dados so coletados e
analisados e como se chega a concluses que tenham dados como base (Tomanari
e Eckerman, 2003). Enfatizam ainda que o trabalho com Sniffy Pro seja apenas
uma metfora e que de forma alguma substitui os trabalhos com ratos no
laboratrio. Sniffy Pro pode mostrara apenas aquilo que os psiclogos tm como
verdadeiro e por esse motivo no tem o carter de pesquisa. Para Tomanari e
Eckerman citam dois de vrios fatores que podem ser listados sobre diferenas
entre um rato real e Sniffy Pro: (1) ele no demonstra saciao, o que o faz estar
sempre pronto a comer; (2) ele aprende mais rapidamente do que um rato real.
Estas alteraes so mostradas como positivas, uma vez que, segundo os autores
de Sniffy, (1) raramente a motivao est entre os temas abordados em um curso
sobre aprendizagem, tornando-a, assim, um fator de distrao e (2) uma acelerada
aprendizagem permite o estudo de um nmero maior de tpicos curriculares
durante o perodo letivo.
Mtodo
Participantes
Participaram do experimento 50 estudantes de psicologia do segundo semestre,
devidamente matriculados na disciplina Processos Psicolgicos Bsicos I:
Aprendizagem, divididos em duplas.
Ambiente, materiais e instrumentos
O experimento aconteceu em uma sala de aula do Centro de Cincias da Sade da
UFRB, com aproximadamente 50 m, com 50 cadeiras, uma mesa, um computador
Dell latitude, um projetor multimdia Epson, o programa Sniffy Pro - The Virtual Rat
Verso 5.2. Foram utilizadas folhas de registro e tabulao dos dados para os
diversos
Procedimentos
Aps a observao inicial do rato Sniffy, fizemos a definio conceitual para
concentrar nossas atenes apenas em alguns dos comportamentos
demonstrados, e diferenciar esses comportamentos de outros comportamentos,
fazendo sua definio e tambm quando se inicia e quando termina um
comportamento observado.
Definies de comportamentos a serem estudados
Observao dos comportamentos
Diferenciao dos comportamentos
Observao e registro de freqncia dos comportamentos definidos
Presso a barra (PB). Definio do comportamento: Tocar a barra com alguma
parte do corpo exercendo presso suficiente para acionar o mecanismo de
liberao do reforo.
Condies de ocorrncia: Conta-se um comportamento cada vez que um
mecanismo de reforo acionado.
Farejar (FA). Definio do comportamento: Estando com as quatro patas sobre a
superfcie horizontal da caixa movimentar os msculos do focinho.
Condio de ocorrncia: Uma ocorrncia se encerra quando ele para de
movimentar os msculos do focinho.
Levantar-se (LE). Definio do Comportamento: Erguer as patas dianteiras,
apoiando-se nas patas traseiras.
Condio de ocorrncia: O movimento se encerra quando volta com as patas
dianteiras para o piso.
Limpar-se (LI). Definio do Comportamento: Friccionar com as patas dianteiras ou
com o focinho alguma parte do prprio corpo.
Condies de ocorrncia: O comportamento termina quando o rato afasta as patas
ou o focinho do local e conta-se ento uma nova ocorrncia.
O primeiro passo no processo de modelagem foi construo de uma linha de
base para os comportamentos selecionados. Anotando todos os comportamentos
apresentados de presso a barra, farejar, levantar-se e limpar-se apresentados
num perodo de 15 minutos de observao do rato Sniffy sem o oferecimento de
reforo.
A modelagem de presso a barra do rato Sniffy teve incio com o procedimento de
reforamento continuo do comportamento de presso a barra.
Meta: fazer Sniffy pressionar a barra
Critrio de concluso de modelagem a barra: Conseguir 6 respostas de presso a
barra consecutivas.
1 Passo: Treino ao alimentador
Horrio de inicio: 07h53min
Treino do alimentador concludo em 07h e 55min.
2 Passo: Reforar toda vez que ele for ao fundo da caixa.
Horrio de inicio: 08h02min
Concluso do reforamento em 08h e 11min. Nesse perodo de 09 minutos foram
utilizados 30 reforadores.
3 Passo: Levantar-se na parede do fundo da caixa.
Horrio de inicio: 08h14min
Concluso do procedimento em 08h e 18 min. com a utilizao de 33 reforadores.
4 Passo: Presso a barra
Horrio de inicio: 08h e 20min.
Concluso do procedimento s 08h e 29min. Nesse perodo de 09 minutos foram
utilizados 23 reforadores.
Aps o a modelagem de presso a barra, o rato Sniffy foi submetido ao
procedimento de extino. Para esse procedimento ficou acordado de que o
processo de extino estaria completo quando Sniffy ficasse trs minutos sem
pressionar a barra.
O rato Sniffy tambm passou pelos principais esquemas de reforamento
intermitentes so: Razo Fixa (FR-2, FR-3), Razo Varivel (VR-3), Intervalo Fixo
(FI-4, FI-6), Intervalo Varivel (VI-3, VI-4, VI-5).
Resultados
Figura 1
A figura 1 mostra o histograma com a linha de base dos comportamentos
observados do rato Sniffy. Observe que o comportamento de presso a barra que
ser o objetivo deste experimento em todos os esquemas de reforamento o
menos presente.
Figura 2
Na figura 2 temos dois grficos, o primeiro demonstra o processo de
condicionamento operante de presso barra no esquema intermitente de reforo
em comparao com a linha de base. E no segundo grfico, podemos observar que
o processo de extino foi completado.
Figura 3
Na figura 3 temos trs grficos que demonstram os esquemas de reforamento
Razo fixa 2 (grfico 1) Razo fixa 3 (grfico 2) esses esquemas so os que
apresentam maior nmero de respostas ou menor intervalos. E Razo varivel 3
(grfico 3) este padro caracterizado por ausncia de pausas ou pausas curtas.
Figura 4
A figura 4 mostra os esquemas de reforamento de intervalo varivel. O VI produz
um padro com uma taxa relativamente alta de respostas. Uma vez que o
organismo no tem como prever quando o reforador estar disponvel, ele
responder quase que o tempo todo.
Figura 5
Na figura 5 esto apresentados os esquemas de reforamento de intervalo fixo (FI-
4).
Figura 6
Nessa figura podemos ver o grfico de intervalo fixo. Esse o esquema que produz
as menores taxas de respostas.
Discusso
Os resultados do presente experimento demonstram na pratica diversos conceitos
estudados na analise experimental do comportamento como, por exemplo, o
condicionamento operante, os esquemas de reforamento, o processo de extino.
Observando Sniffy podemos identificar e estabelecer relaes funcionais entre o
comportamento do organismo e o ambiente com o qual interage; manipular
controladamente variveis ambientais que atuam como eventos antecedentes e
conseqentes de um determinado comportamento e tambm acompanhar os
efeitos de tais manipulaes sobre o comportamento do organismo por meio de
registros e anlises de dados sistemticos. Vimos que nosso estudo comeou com
a realizao de uma definio conceitual de todos os comportamentos emitidos
pelo sujeito, tendo bem claros os conceitos e delimitaes de cada um dos
comportamentos que se quer estudar. Depois estabelecemos uma linha de base,
ou seja, a freqncia acumulada inicial de comportamentos emitidos pelo rato
virtual, sem que houvesse qualquer tipo de reforo. Podemos perceber como
acontece o processo de condicionamento operante, num processo que so
reforando cada comportamento desejado, como refora o comportamento em que
o sujeito se aproxima do dispositivo de liberao da comida, depois reforar o
comportamento de levantar-se prximo ao dispositivo at alcanar o nosso objetivo
que o comportamento de presso a barra.
Aps a aquisio do comportamento de presso a barra, fizemos o experimento de
extino operante, que consiste em fazer o sujeito abandonar o comportamento
adquirido e retornar aos nveis anteriores ao processo de reforamento.
Testamos tambm diversos esquemas de reforamento como Razo varivel,
Razo fixa, Intervalo Varivel, Intervalo fixo, com o objetivo de demonstrar como
cada um desses esquemas age no sujeito experimental. Dessa forma, foi possvel
fazer uma abstrao e refletir sobre como o nosso comportamento controlado por
contingncias e de que forma o nosso comportamento pode aumentar ou diminuir
de freqncia de acordo com os esquemas de reforamento utilizados.
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