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PORTO ALEGRE Terça-feira, 25 de novembro de 2014Edição nº 764, ano 4

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POPULARESMÚSICOS NATIVISTAS FAZEM SHOW COLETIVO NOARAÚJO VIANNA PÁG. 09

ERUDITOSOSPA RECEBE SOLISTAS DAARGENTINA EM CONCERTO NO THEATRO SÃO PEDRO PÁG. 09

JOVEM E TALENTOSOJAKE BUGG VOLTA AO BRASIL E MOSTRA SEU NOVO DISCO HOJE, EM PORTO ALEGRE PÁG. 08

O ÚLTIMO FORAGIDO Suspeito de transportar dinheiro para Youssef, Adarico Negromonte nega ter relação com o doleiro; diretor de empreiteira apresentarecibos de pagamentos de R$ 8,8 milhões em propinas PÁG. 04 Escoltado por um policial, Adarico Negromonte Filho chega à sede da Polícia Federal, em Curitiba, na manhã de ontem | RODRIGO FÉLIX LEAL/METRO CURITIBA

Vaga para medicina era vendida por R$ 200 milOperação Hemostase II. Quadrilha suspeita de atuar em todo país por 20 anos fornecia gabaritos por meio de pontos eletrônicos para exames de faculdades e do Enem. Ao todo, 33 pessoas foram presas, 22 delas quando faziam prova para a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais PÁG. 04

Nova licitação do transporte será por linhas

Dólar mais caro faz brasileiro gastar menos no exterior

Garoto de 12 anos é morto a tiros por policiais nos EUA

Nenhuma empresa apresenta proposta à prefeitura, que vai optar por editais menores para regularizar ônibus PÁG. 03

Com a moeda americana batendo os R$ 2,60, turistas reduziram suas despesas em 7,4% em outubro PÁG. 06

Tamir Rice estava com uma arma de brinquedo em um parque em Cleveland quando foi abordado PÁG. 07

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |02| {FOCO}

1FOCO

Editado e distribuído por Metro Jornal S/A. Endereço: rua Delfino Riet, 183, Santo Antônio, CEP 90660-120, Porto Alegre, RS. Tel.: (051) 2101-0302O jornal Metro é impresso no Grupo Sinos S/A.

O jornal Metro circula em 22 países e tem alcance diário superior a 18 milhões de leitores. No Brasil, é uma joint venture do Grupo Bandeirantes de Comunicação e da Metro Internacional. É publicado e distribuído gratuitamente de segunda a sexta em São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre, ABC, Santos, Campinas e Grande Vitória, somando 513 mil exemplares diários.

EXPEDIENTEMetro Brasil. Presidente: Cláudio Costa Bianchini. (MTB: 70.145) Editor Chefe: Luiz Rivoiro. (MTB 21.162). Diretor Comercial e Marketing: Carlos Eduardo Scappini Diretora Financeira: Sara Velloso. Diretor de Tecnologia e Operações: Luiz Mendes Junior Gerente Executivo: Ricardo AdamoCoordenador de Redação: Irineu Masiero. Editor-Executivo de Arte: Vitor Iwasso

Metro Porto Alegre. Gerente Executivo: Luís Grisólio Editor Executivo: Maicon Bock (11.813 DRT/RS). Diagramação: Keila CasarinGrupo Bandeirantes de Comunicação RS. Diretor-Geral: Leonardo Meneghetti

A tiragem e distribuição desta edição são auditadas pela BDO.40.000 exemplares

FALE COM A REDAÇÃ[email protected]/2101.0471

COMERCIAL: 051/2101.0302

O VENENO DO RESSENTIMENTO Os ressentidos – ou recalcados – estão por aí. São pes-soas que por uma ou mais razões se tornam inimigos dos outros, da vida, de mal com o mundo, e passam a circular como fantasmas da própria existência. Vagam e cruzam conosco em nosso dia a dia. Dá para sentir a negatividade de longe. São olhares pesados, mau hu-mor, perseguição, fofocas, intrigas. E como tem gente ressentida por conta dos próprios fracassos, da perda de amizades, do isolamento. Gente que faz do ressen-timento seu parque de diversões abjeto. Pessoas que se transformam em poços de ódio e amargura.

Para um ressentido a culpa de seus fracassos pes-soais e profissionais é sempre dos outros. Ligam o ra-dar e passam a escolher, por onde passam, aqueles que poderão receber o carimbo de “culpados”. Conhe-ço muito incompetente, desleixado e preguiçoso que passou boa parte da vida falando dos colegas e das em-presas por onde passou. O sujeito nunca fez a parte de-le. Não se aprimorou, não se dedicou, mas queria que a profissão o acolhesse, como um pai acolhe um filho. Não aconteceu. Tornou-se um ressentido que, de tan-

to falar mal de todo mundo que conviveu com ele, aca-bou só. Conheço outros tantos que jamais foram con-fiáveis onde estiveram. Tinham por hábito conspirar dentro da família, no trabalho e em qualquer grupo so-cial a que pertencessem. Intolerantes, viviam de fazer intrigas, fofocar, desrespeitar, jogar uns contra os ou-tros. Negatividade pura. Naturalmente, foram fican-do isolados. Depois, incapazes de fazer uma autocríti-ca, continuaram a sorver o próprio fel de suas ações, odiando inimigos reais ou imaginários. O ressentido precisa de inimigos.

Tais indivíduos colocam os pés numa caixa de ci-mento e ali ficam, cultivando o amargor, paralisados, sem sair do lugar e sem dar passos à frente no presente e no futuro. Tornam-se cegos. O aparelho psíquico des-tas pessoas anula o superego e um primitivismo atávi-co e autodestrutivo aflora. O ressentido, de tanta inve-ja, acaba virando um sofredor.

Em muitos casos, há tratamento para o ressentimen-to. O sujeito pode estar doente das emoções. As psico-terapias e medicação podem ajudar. Para outros tan-tos, a religiosidade, a releitura da vida é o conforto. Há uma pedra enorme na frente do ressentido, bloquean-do o caminho e a luz.

Alguém já disse que ressentimento é tomar veneno e desejar que o outro morra. Concordo. Não deixe que o ressentimento acabe com você.

Olhar crítico

[email protected]

Diego Casagrande é jornalista profissional diplomado desde 1993. Apresenta os programas BandNews Porto Alegre 1a Edição, às 9h, e Ciranda da Cidade, na Band AM 640, às 14h.

Detentor da segunda maior bancada na próxima legisla-tura da Assembleia Legislati-va, com oito deputados (só atrás do PT, com 11), o PDT está próximo de se definir se participa ou não no governo de José Ivo Sartori (PMDB), Ontem à tarde, o governa-dor eleito se reuniu com o presidente do PDT, Pompeo de Mattos, em uma reunião fechada no Hotel Everest, no Centro Histórico. No iní-cio da noite, a executiva es-tadual trabalhista se encon-trou para avaliar o tema e deliberou para mais uma ro-dada de negociação com Sar-tori na próxima segunda-fei-ra, às 18h. Devem participar deputados atuais e eleitos, além da executiva.

No encontro de ontem, Sartori esteve acompanhado de seu braço direito, Carlos Búrigo (PMDB). Já Pompeo esteve com o presidente da Assembleia, Gilmar Sossel-

la, e o líder da bancada, Ger-son Burmann. A imprensa só pôde fazer imagens do en-contro. Após a reunião, que durou duas horas, o futuro governo não quis se manifes-tar sobre o tema da reunião.

“Recebemos um convite formal do governador elei-to para integrar o governo”, limitou-se a comentar Pom-peo. O dirigente negou que tenham sido oferecidas se-cretarias ao partido em tro-ca de apoio e que Vieira da Cunha tenha sido indicado para compor o secretariado: “Nenhuma posição será in-dividual. Só fará a travessia quem estiver no barco”.

‘Não tem divisão’O PDT está dividido sobre a participação no governo. Uma parte do partido quer integrar, mas outra defen-de neutralidade para que o PDT continue sendo pro-tagonista, ou seja, apresen-

te candidatos a prefeito de Porto Alegre, em 2016, e na sucessão de Sartori, em 2018. O senador eleito La-sier Martins é um dos que defendem a não participa-ção no governo. Ele é cota-do para concorrer a prefeito e também a governador nas próximas duas eleições.

Questionado sobre a di-visão interna, Pompeo mi-nimizou: “Não tem divisão porque não temos posição”.

Transição continuaOntem, equipes de Sartori e do governo Tarso se reunir novamente. Das 15 questões feitas pelo futuro governo,

quatro suscitaram dúvidas nos técnicos, que solicita-ram mais informações. Até amanhã os questionamen-tos serão respondidos e no-vos serão apresentados.

Apoio cobiçado. Deputados atuais e eleitos do partido têm encontro marcado segunda-feira com governador eleito para mais uma rodada de negociação. Lideranças dos dois lados desconversam sobre o que foi oferecido

Participaram da reunião ontem Sossella, Burmann e Pompeo, pelo PDT, e Sartori e Búrigo, pelo PMDB | GABRIELA DI BELLA/METRO

Bancada do PDT terá reunião com Sartori

Carteira escolar

Umespa Estudantes de

ensino fundamental, médio, técnico,

profissionalizante, educação de jovens e

adultos já podem renovar, ou fazer pela primeira vez, a carteira escolar para 2015. A Umespa

(União Metropolitana dos Estudantes Secundários

de Porto Alegre) está antecipando o processo

para facilitar para os estudantes. A taxa é de R$ 17,30. Informações

no telefone 3023-3936 e www.umespa.org.br

MAICONBOCK METRO PORTO ALEGRE

Dólar + 1,07% (R$ 2,549)

Bovespa - 1,21% (55.407 pts)

Euro - 0,42%

(R$ 3,140)

Selic (11,25% a.a.)

Salário mínimo(R$ 724)

Cotações

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {FOCO} |03|◊◊

Prefeito José Fortunati aguardou a licitação ser declarada deserta para anunciar os planos para o próximo edital | GABRIELA DI BELLA/METRO

O novo edital do transpor-te público da capital será di-vidido por linhas ou grupo de linhas e não mais em três grandes regiões, as chama-das bacias operacionais como atualmente. A mudança no processo foi anunciada pelo prefeito José Fortunati na tar-de de ontem, poucos minutos depois de a segunda licitação do transporte ter sido encer-rada – assim como a primeira – sem empresas interessadas.

A medida, na prática, sig-nifica que uma pequena em-presa poderá controlar uma única linha da cidade, o que, segundo a prefeitura, deverá facilitar a entrada de novos concorrentes no processo li-citatório. As linhas que ain-da assim não obtiverem in-teressados serão absorvidas pela Carris, a empresa públi-ca da capital.

“Hoje, nós estamos lici-tando por bacias, e isso é um jogo pesado, com recur-sos muitos fortes. A partir do momento que as empresas puderem competir com li-nhas de pequeno, médio ou grande porte, tenho certeza que não faltarão interessa-dos”, explicou Fortunati.

O prefeito garantiu que mesmo com diversas empre-sas atuando nas cerca de 400 linhas, a tarifa única será mantida. Também serão man-tidas exigências do antigo edi-tal, como a implantação de ar-condicionado e GPS. A no-vidade será a criação de um conselho de usuários para fis-calizar a qualidade das linhas.

“Temos um cartel que ho-je opera as linhas de trans-porte coletivo de Porto Alegre e nós queremos tornar isso mais distribuído, com a par-ticipação de mais empresas”, defendeu o diretor-presidente da EPTC (Empresa Pública de Transporte e Circulação), Van-derlei Cappellari.

ATP rebateO gerente executivo da ATP (Associação dos Transportado-res de Passageiros), Luiz Mário

Magalhães Sá, disse que foi pego de surpresa pela nova proposta e que, à primeira vis-ta, a medida parece um retro-cesso, já que o sistema de con-sórcio hoje é “empregado em todas as capitais brasileiras”.

O gerente disse ainda que a acusação de cartel é “total-mente infundada”, e que ela vem para ocultar um “edital cheio de falhas” e “sem viabi-

lidade econômica”. Entretan-to, não descartou a participa-ção em uma nova licitação. “As empresas de Porto Alegre, por princípio, querem partici-par de qualquer tipo licitação, desde que ela seja viável”.

A prefeitura garante que a viabilidade é comprovada pe-lo Tribunal de Contas do Esta-do e pelo Ministério Público de Contas. METRO POA

Plano B. Após encerrar a sessão novamente sem empresas interessadas, prefeito José Fortunati anuncia novo edital com divisão por linhas de ônibus, e não mais por regiões

Prefeitura opta porlicitações menores para o transporte

Placas geram polêmicaO Ministério Público irá investigar se as placas que proíbem o trânsito de pedestres em pontos da avenida Independência violam o Plano Diretor de Porto Alegre. A denúncia foi feita pelo coletivo Mobicidade. A EPTC defende que a placa consta do código de trânsito e que o objetivo é alertar para os perigos do local com altos índices de atropelamento. Há faixa a dez metros de distância | GABRIELA DI BELLA/METRO

O Metro Jornal Porto Ale-gre concorre hoje em cinco categorias na final do Prê-mio Press 2014. São elas: jornalista do ano (com Luiz Carlos Reche), colunista de jornal do ano (com Leonar-do Meneghetti), repórter de jornal do ano (com Letícia Barbieri), repórter fotográ-fico do ano (com Gabriela Di Bella) e estagiário do ano (com Diego Weiler).

O Grupo Bandeirantes concorre ainda nas catego-

rias repórter de rádio e tele-visão, comentarista de tele-visão, apresentador de rádio e televisão, apresentador e melhor programa de rádio e TV. Ao todo, são 11 profis-sionais na disputa.

O Prêmio Press contou com mais de 500 mil indi-cações no voto popular e profissional.

A cerimônia ocorre a par-tir das 19h, no Teatro Dante Barone, da Assembleia Le-gislativa. METRO POA

Prêmio Press. Metro é finalista em 5 categorias

Confira alguns itens que devem fazer parte do novo edital do transporte:

• Tarifa. As tarifas-teto serão calculadas individualmente, mas para os usuários o valor permanecerá único em todas as linhas.

• Frota. A licitação prevê 1.793 veículos, um acréscimo de 90 ônibus.

• Ar-condicionado. A implantação será gradativa, iniciando com 25%, em 5 anos 75% e deverá atingir 100% em 10 anos.

• Concessão. Terá duração de 20 anos.

• Passageiros de pé. O número de passageiros por metro quadrado será reduzido dos atuais seis para quatro nos veículos.

• GPS. Toda a frota contará com o equipamento, que contribuirá para o controle do serviço e a oferta de informação aos usuários.

• Conselhos de usuários. A fiscalização da qualidade do transporte será feita por um grupo de usuários escolhidos para a função.

O edital

428linhas possui atualmente o transporte da capital, sendo 399 delas de responsabilidade dos consórcios e 29 da Carris.

A alça de acesso no trevo da freeway com a ERS-118, sen-tido Viamão-Porto Alegre, se-rá liberada hoje para o trá-fego, a partir das 17h. A construção da alça faz par-te da primeira obra comple-mentar da quarta faixa da freeway a ser entregue pela Triunfo Concepa.

A obra prevê, ainda, uma outra alça que ligará o litoral a Viamão, e que deve ser libe-rada no próximo mês. Até o

fim do ano deve ser entregue o trecho entre a BR-116 e o acesso à avenida Assis Brasil.

A quarta faixa da freeway está sendo construída em 19 quilômetros: entre o km 94 (próximo à Arena do Grêmio) e o km 75 (em Gravataí). As obras atingiram 58% de con-clusão nesta semana.

Os trabalhos tiveram iní-cio em maio deste ano e têm previsão de conclusão até o fim de 2015. METRO POA

Trânsito. Alça da 118 para freeway será liberada hoje

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Um acervo de 20 notas fiscais no valor total de R$ 8,8 milhões foi entregue ontem à PF (Polícia Federal) e ao juiz responsável pela Operação Lava Jato, Sérgio Moro, como supostas pro-vas de pagamento de pro-pina feita à Petrobras pela Galvão Engenharia.

A documentação foi apresentada pela defesa do diretor da empreiteira Er-ton Medeiros Fonseca. Os valores foram pagos, se-gundo os advogados, para evitar retaliações nos con-tratos assinados pela em-presa com a estatal.

Os repasses feitos à LSFN Consultoria Engenharia variavam de R$ 115 mil a R$ 750 mil e foram reali-zados entre 8 de novem-bro de 2010 e 25 de junho de 2014. Isso significa que os pagamentos foram feito mesmo após a operação La-va Jato ser deflagrada, em março, Pela Polícia Federal. O dinheiro era encaminha-do, segundo os documentos apresentados, à diretoria de serviços da Petrobras.

O destinatário dos recur-sos era o engenheiro Shinko Nakandakari, apontado pe-la PF como um emissário do então gerente de serviços

Pedro Barusco, subordina-do ao diretor Renato Duque.

Nos documentos apare-cem como beneficiários Luis Fernando Sendai Nakandaka-ri e Juliana Sendai Nakanda-kari, parentes de Shinko.

O diretor da Galvão En-genharia se colocou à dis-posição para comprovar o esquema de propina por meio de acareação com o ex-diretor Paulo Roberto Costa e com o doleiro Al-berto Youssef.

Pressão do PPErton Medeiros Fonseca foi um dos 23 presos na opera-ção Lava Jato e disse, em de-

poimento, no dia 17, que a Galvão Engenharia era pres-sionada a pagar propina pe-lo então líder do PP, José Ja-nene, morto em 2010.

Segundo a empresa, o di-nheiro tinha como destino os cofres do partido.A Galvão Engenharia já ad-mitiu à Justiça o pagamento de outros R$ 4 milhões, re-passados a Youssef e Paulo

Rober-t o Costa.

PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |04| {BRASIL}

FONTE: INVESTIGAÇÕES DA POLÍCIA CIVIL E MINISTÉRIO PÚBLICO

ESQUEMA SOFISTICADOQuadrilha usava pontos eletrônicos de alta tecnologia para repassar o gabarito dos vestibulares e do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) aos candidatos

Integrantes da quadrilha se inscreviam para prestar os vestibulares. Cada um deles se concentrava em uma determinada matéria

1Encerrado o tempo de sigilo, os bandidos deixavam a sala de provas rapidamente

2

Do lado de fora, eles condensavam as questões da prova e determinavam as respostas a partir de seu conhecimento3

As respostas eram repassadas por ponto eletrônico aos candidatos que ainda prestavam os vestibulares

4Cada candidato pagava

entre R$ 70 mil eR$ 200 mil para se

beneficiar do esquema

Quanto custa uma vaga em uma boa escola de Medicina? Para candidatos beneficia-dos por um esquema fraudu-lento, o preço variava entre R$ 70 mil e R$ 200 mil. Esse foi o valor desembolsado por vestibulandos a uma quadri-lha com base em Minas, sus-peita de fraudar concursos em cinco Estados (não reve-lados). O grupo foi desmante-lado domingo pela Polícia Ci-vil, quando 33 pessoas foram presas – 22 no momento em que faziam a prova da Facul-dade de Ciências Médicas de Minas Gerais.

Carros de luxo, equipa-mentos eletrônicos, provas e gabaritos do Enem, ano-tações e comprovantes de depósitos bancários foram apreendidos ontem pela ope-

ração Hemostase II na casa dos dois mineiros apontados pela investigação como líde-res do grupo: Áureo Moura Ferreira, que mora em Teó-filo Otoni, e Carlos Rober-to Leite Lobo, empresário de Guarujá, no litoral paulista.

As investigações começa-ram há sete meses. Elas con-cluíram que os criminosos se inscreviam para prestar ves-tibulares e, na hora da prova, se concentravam nas maté-rias de sua especialidade. En-cerrado o período de sigilo, saíam da sala e repassavam as respostas por meio de mi-cro pontos eletrônicos – do tamanho de um grão de ar-roz e não identificados pelos detectores de metais. A qua-drilha teria gasto cerca de R$ 500 mil para adquirir os

pontos eletrônicos da China e dos Emirados Árabes.

“A quadrilha atuava em todo o país com um esque-ma sofisticado. Cada inte-grante prestava o concurso de acordo com a sua especia-lidade e conhecimento. Eles já estão há vinte anos na ati-vidade”, afirmou o delega-do Jeferson Botelho. Entre os acusados, estão médicos resi-dentes, professores e um po-licial civil.

A operação desta sema-na é um desdobramento da Hemostase I. Deflagrada no fim do ano passado, a ação indiciou 36 pessoas por en-volvimento em fraudes no vestibular de Medicina em faculdades particulares de Minas e do Rio de Janeiro.

METRO BH

Quadrilha vendia gabarito de vestibular por até R$ 200 mil Crime. Grupo desarticulado pela Polícia Civil fraudava processos seletivos de escolas de Medicina e o Enem em cinco Estados. Com tecnologia de ponta, repassavam respostas a candidatos em troca de pagamento. Segundo as investigações, grupo atuava havia 20 anos

Empreiteira entrega recibos de propina

Saiba as últimas notícias sobre o caso no:www.metrojornal.com.br

t o

“A cobrança de vantagem indevida se deu com a efetiva ameaça de retaliações das contratações que a Galvão Engenharia tinha com a Petrobras, caso não houvesse o pagamento de valores estipulados de maneira arbitrária, ameaçadora e ilegal.”

JOSÉ LUIS OLIVEIRA LIMA E CAMILA TORRES CESAR, ADVOGADOS DE ERTON MEDEIROS FONSECA

MARCELOFREITAS METRO BRASÍLIA

Último foragido da Lava Jato se entrega à PF em CuritibaA PF (Polícia Federal) tomou depoimento, ontem à tarde, de Adarico Negromonte Fi-lho, último investigado da 7ª fase da Operação Lava Ja-to que ainda estava foragido.

Negromonte, que é sus-peito de levar propinas do escritório do doleiro Alber-to Youssef para agentes de partidos políticos, se entre-gou à PF, em Curitiba, no fi-nal da manhã, dez dias após ter a prisão decretada pe-la Justiça. O investigado, ir-mão do ex-ministro das Ci-dades Mário Negromonte (PP), foi ouvido após fazer exames no IML (Instituto Médico Legal).

A advogada Joyce Roysen, que defende Negromonte, informou que seu cliente negou as denúncias de en-volvimento no esquema de corrupção. Ela destacou que voltou a pedir a revogação da prisão. “Consideramos a prisão desnecessária, pois ele tem colaborado com as investigações e fez todos os esclarecimentos.” A advoga-da afirmou que Negromon-te, de 68 anos, está com a

“saúde debilitada” e sofre de pneumonia.

Camargo CorrêaNo fim de semana, outro preso, o vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Hermelino Leite, foi hospita-lizado após uma crise de hi-pertensão. Ele recebeu a visi-ta do advogado, que afirmou que Leite apresenta qua-dro estável, mas não foi ou-vido. A defesa também fez um pedido de habeas corpus.

METRO BRASÍLIA

Negromonte ficou 10 dias foragido | RODRIGO FÉLIX LEAL/METRO CURITIBA

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |06| {ECONOMIA}

A fim de conseguir auxílio go-vernamental para os traba-lhadores da Iesa Óleo & Gás, a Prefeitura de Charqueadas decretou ontem estado de ca-lamidade social. A decisão foi tomada em decorrência do impacto negativo que a de-missão em massa anunciada pela empresa geraria na cida-de. Ainda na tarde de ontem houve uma reunião na Secre-taria do Trabalho em que esti-veram presentes membros do

governo do Estado e da equi-pe de assistência social do município de Charqueadas.

A intenção é encontrar so-luções para a cidade e durante a semana formar um pacote de ajuda para os trabalhado-res mais necessitados. Para o prefeito de Charqueadas, Da-vi Gilmar, é importante bus-car soluções o quanto antes.

O prefeito afirma que o problema social foi gerado pe-la Petrobras e que só um con-

trato com uma nova empresa traria uma resolução satisfa-tória para a questão. A estatal rompeu o contrato com a Iesa para a confecção de módulos para plataformas de petróleo.

Cerca de cem funcionários da Iesa realizam em rodízio uma vigília em frente à sede da empresa. A Justiça conce-deu no sábado uma liminar suspendendo a demissão dos mais de mil funcionários da Iesa. O temor é de que a em-

presa não tenha como pagar as indenizações, pois enfrenta dificuldades.

Bens bloqueadosO Ministério Público do Tra-balho determinou ontem o bloqueio de valores existen-tes em conta corrente e apli-cações da Iesa, Petrobras e Tu-pi BV até o limite de R$ 30 milhões. O objetivo é garan-tir o pagamento das rescisões trabalhistas. BANDNEWS

Charqueadas entra em ‘calamidade social’ e Justiça faz bloqueio de bens

Na 31a edição do troféu Carri-nho Agas (Associação Gaúcha de Supermercados), as em-presas gaúchas representam a maioria dos vencedores. Dos 27 premiados desta edi-ção, 17 são do Rio Grande do Sul, e o restante de outros Es-tados brasileiros. O prêmio, que teve os vencedores anun-ciados ontem, valoriza o tra-balho de empresas fornece-doras e personalidades que mais se destacaram no setor supermercadista gaúcho.

De acordo com o presiden-te da Agas, Antônio Ceza Lon-go, a regionalização do mer-cado precisa ser incentivada. Este ano, uma empresa local se destacou e acabou vence-dora em três categorias. A Gi-rando Sol, de Arroio do Meio, levou os prêmios de “Melhor fornecedora de amaciantes”, “Melhor promoção comer-

cial na Expoagas” e “Empre-sário do Ano”, para Gilmar Borscheid. Segundo o pre-sidente da Agas, dos 12 mil novos itens que entram no mercado anualmente, 80% desaparecem em dois anos.

Entre as premiadas, des-taque para a Nestlé. Elei-ta a melhor fornecedora de achocolatados e de cafés, ela mantém a liderança como a maior vencedora da histó-ria do Carrinho Agas, com 29 troféus. A Vonpar/Coca--Cola também segue como maior ganhadora na catego-ria “Melhor fornecedor de re-frigerantes”. A Neugebauer ganhou, pela primeira vez, a categoria “Melhor fornece-dor de chocolates”, desban-cando multinacionais. A ceri-mônia da entrega dos troféus ocorre no dia 1º, na capital.

BANDNEWS

Agas. Empresas gaúchas lideram premiação 2014

Com o encarecimento do dólar neste ano, os brasi-leiros reduziram os seus gastos com viagens inter-nacionais. Segundo dados do Banco Central, divulga-dos ontem, as despesas de turistas no exterior soma-ram US$ 2,12 bilhões no mês passado, uma queda de 7,4% sobre o mesmo pe-ríodo do ano passado. Em relação a setembro, o re-cuo é de 11%.

“A alta do dólar nos últi-mos três meses, em agosto, setembro e outubro, quan-do subiu cerca de 15%, ten-de a influenciar essa conta de viagens, que é sensível ao custo da moeda estran-geira”, avaliou o chefe do Departamento Econômi-co do BC, Tulio Maciel. Se-gundo ele, dados parciais para novembro indicam nova queda, influencia-da pela variação da moeda norte-americana.

Em agosto, o dólar co-mercial fechou a R$ 2,23, na venda. No final do mês se-guinte, subiu a R$ 2,44, che-gando a R$ 2,47 no encerra-mento do outubro.

Ontem, a moeda subiu 1,08%, a R$ 2,549 na ven-da. Investidores aproveita-ram a queda de 2% na co-tação na semana passada e compraram dólares, fazen-do com que a cotação vol-

tasse a subir. Apesar da queda em outu-

bro, os gastos de brasileiros no exterior ainda são recorde no acumulado do ano. Nos dez meses, eles atingiram US$ 21,76 bilhões, acima do verificado no mesmo período de 2013 (US$ 20,9 bilhões).

As despesas internacio-nais de turistas no acumu-lado do ano continuaram em alta, mesmo com me-didas do governo para con-ter a saída de dólares do país. No final de 2013, o go-verno elevou de 0,38% para 6,38% a alíquota do IOF (Im-posto sobre Operações Fi-nanceiras) sobre pagamen-tos em moeda estrangeira feitos com cartão de débito, saques no exterior, cheques de viagem (traveller checks) e cartões pré-pagos. Essas

operações passaram a ter a mesma tributação dos car-tões de crédito.

Rombo recordeA diferença entre as transa-ções de produtos e serviços entre o Brasil e outros paí-ses ficou negativa em US$ 8,13 bilhões em outubro. É o maior deficit para me-ses de outubro desde o iní-cio da série histórica do BC, em 1947.

O rombo foi influenciado pelo saldo negativo na ba-lança comercial de US$ 1,18 bilhão no mês passado, pior resultado para outubro des-de 1998. Pesaram também as remessas de lucros e di-videndos, que somaram US$ 1,63 bilhão de em outubro, frente a US$ 1,35 bilhão em igual mês de 2013. METRO

Viagem internacional. Despesas de brasileiros caíram 7,4% em outubro. Valorização de moeda americana contribuiu para queda

Cesta de serviços custa R$ 123, segundo estudo da UIT | JUSTIN SULLIVAN/GETTY IMAGES

Alta do dólar já afeta gastos no exterior

O Brasil tem uma das tari-fas de celular mais caras do mundo, segundo estudo da UIT (União Internacional de Telecomunicações), vincula-da à ONU (Organização das Nações Unidas).

Em valores absolutos, a cesta de serviços de telefo-nia celular no Brasil custa US$ 48,32, cerca de R$ 123. O valor considera um paco-te mensal com 30 ligações, entre chamadas feitas para a mesma operadora, para ou-tras empresas e para telefo-nes fixos, além de 100 men-sagens de texto por mês.

Em ligações para outras operadoras, o preço do mi-nuto no Brasil é de US$ 0,55. O país, nesse caso, fica atrás apenas de Irlanda (US$ 0,60) e Suíça (US$ 0,65).

Considerando o custo em relação à renda da popula-ção, no entanto, o Brasil está em 119º lugar entre 166 paí-ses. O gasto médio da popu-

lação com telefonia celular é 4,96%.

O SindiTelebrasil, das ope-radoras de celular, contestou os números da UIT. Segun-do a entidade, a diversida-de de planos oferecidos faz com que o preço real do mi-nuto de ligação seja bem mais baixo. A entidade apre-sentou um outro estudo fei-to pela Teleco, em 18 países, mostrando que o preço do minuto do celular no Brasil é oito vezes menor do que o apontado pela UIT.

A diferença de preços po-de ser explicada pela meto-dologia utilizada pela UIT, que utiliza os planos homo-logados pela Anatel (Agên-cia Nacional de Telecomuni-cações). Esses dados, segundo o SindiTelebrasil, são uma es-pécie de preço máximo do minuto da telefonia móvel, e não os valores efetivamente praticados no mercado.

METRO

Celular. Brasil tem uma das tarifas mais caras

A Receita Federal prevê es-tagnação para o recolhimen-to de tributos este ano devido à economia fraca e elevadas desonerações. Na sexta-feira, o governo divulgou o Relató-rio de Avaliação de Receitas e Despesas reduzindo a pre-visão de crescimento do PIB deste ano a 0,5%, ante 0,9% calculado antes.

Com essa piora, o Fis-co passou a prever zero de crescimento real da arre-cadação. A Receita iniciou 2014 estimando alta real de 3,5% e foi reduzindo a esti-mativa sucessivamente.

Em outubro, o governo ar-recadou R$ 106,215 bilhões em impostos e contribuições, com queda real de 1,33% em relação a igual mês do ano passado. O desempenho ruim ocorreu mesmo com a entra-da de R$ 1,66 bilhão em recei-ta extraordinária com o pro-grama de refinanciamento de dívidas tributárias, o Refis. O governo contava com ingres-so de R$ 2,2 bilhões

As desonerações tributá-rias somaram R$ 8,451 bi-lhões, 21,19% maior em re-lação a igual mês de 2013.

No acumulado de janei-ro a outubro, a arrecada-ção de tributos federais so-ma R$ 968,72 bilhões, 0,45% de aumento real em relação a igual período do ano ante-rior. O resultado foi impac-tado por desonerações no montante de R$ 84,46 bi-lhões no período. METRO

Contas públicas. Arrecadação de impostos deve ficar estagnada

DÓLAR MAIS CAROCotação, em R$

FONTE: REUTERS

2,7

2,6

2,5

2,4

2,3

2,2SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

2,2925 de agosto

2,60117 de novembro

2,549Ontem:

R$ 106 bifoi a arrecadação do governo federal em outubro, uma queda de 1,33% sobre igual mês de 2013

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A polícia de Cleveland, em Ohio, nos EUA, suspendeu on-tem dois agentes que atira-ram, sábado, contra Tamir Ri-ce, um menino negro de 12 anos que estava em um par-que ao ar livre com uma arma de brinquedo. O garoto mor-reu domingo. Os policiais fo-ram suspensos durante a in-vestigação. Os agentes, um deles com menos de um ano na função, atiraram contra o menor em uma área de la-zer ao ar livre depois que a polícia local recebeu denún-cias por telefone de que uma pessoa armada estava apon-tando uma pistola para os pedestres, segundo um comu-nicado da divisão da Polícia de Cleveland, encarregada de investigar o uso da força letal.

Arma falsaSegundo uma gravação tele-fônica, a pessoa que chamou a polícia disse que a arma era provavelmente falsa.

Os policiais que atende-ram ao chamado pediram ao menino que levantasse as mãos, mas ele as teria bai-xado até a cintura para apa-nhar a pistola. Os policiais, cuja identidade e cor não fo-ram reveladas, atiraram duas vezes e feriram o garoto. Uma das balas o atingiu no abdô-men. Após ser hospitalizado,

o menor morreu.Depois de atirar, os poli-

ciais perceberam que “a arma em poder do suspeito de 12 anos era uma réplica de uma pistola do tipo ‘airsoft’, pare-cida com uma pistola semiau-tomática, com o indicador de segurança cor-de-laranja le-vantado”, informou a polícia.

Policial ‘devastado’O chefe de polícia de Cleve-land, Calvin Williams, saiu em defesa dos agentes ao afir-mar que “não estamos em uma época em que um oficial da polícia de Cleveland queira sair para dar um tiro em um menino. Ponto”. Segundo ele, o autor do tiro estava “devas-tado” com o desfecho do caso.

Um incidente similar ocor-reu em Ohio em agosto, quan-do policiais que respondiam a um chamado de emergência mataram um homem que ti-nha uma pistola de brinque-do. No mesmo mês, um po-licial matou outro jovem no Missouri durante uma abor-dagem polêmica. Os dois mortos também eram negros.

Faixas fluorescentesOntem, a congressista Ali-cia Reese, do Estado de Ohio, anunciou que apresentará um projeto de lei para obrigar fabricantes de armas de brin-quedo a utilizar cores vivas e faixas fluorescentes que per-mitam diferenciá-las das ver-dadeiras. METRO

PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {MUNDO} |07|◊◊

Diálogo entre países deverá serretomado mês que vem | JOE KLAMAR/AFP

Cleveland. Criança estava em parque ao ar livre quando foi alvejada no sábado; agentes teriam confundido arma de brinquedo em abordagem após denúncia feita por telefone

Suspensos policiais que mataram negro

Tamir Rice foi morto no domingo | DIVULGAÇÃO/AFP

Hagel questionou estratégias de Obama | KEVIN LAMARQUE/REUTERSTeerã e as seis potências que negociam em Viena o pro-grama nuclear iraniano fra-cassaram ontem, pela segun-da vez este ano, em resolver uma disputa de 12 anos e prolongaram em sete meses o prazo para superar um im-passe que tem impedido o acordo histórico.

Representantes das nações ocidentais disseram ter como objetivo garantir um enten-dimento sobre os termos ge-rais de um acordo final até março, mas que seria preciso mais tempo para se chegar a um consenso acerca de deta-lhes técnicos.

“Fomos obrigados a con-cluir que não é possível che-gar a um acordo no prazo es-tabelecido para hoje e, por isso, vamos estender o plano conjunto de ação até 30 de ju-nho de 2015”, disse o chan-celer britânico, Philip Ham-mond, após as conversas. Segundo ele, a expectativa é de que o Irã continue a recuar em suas atividades atômicas consideradas sensíveis.

As conversas devem ser retomadas no mês que vem, mas o chanceler britânico não disse onde elas ocorrerão.

De acordo com Ham-mond, houve “um progresso significativo” na última roda-da. Ele espera conseguir um “acordo principal” dentro de três meses. METRO

Nuclear. Irã e potências adiam prazo para acordo

O secretário de Defesa dos EUA, Chuck Hagel, pediu de-missão ontem, no que será a primeira grande alteração no gabinete do presidente Barack Obama desde a du-ra derrota democrata nas eleições legislativas. Obama anunciou a demissão na Ca-sa Branca ao lado de Hagel, que continuará no cargo até que seu sucessor assuma.

Hagel foi nomeado há menos de dois anos, quan-do Obama implementou seu programa de redução de contingente militar no Afeganistão e no Iraque, um processo que está sendo re-vertido com o engajamen-to dos EUA em solo iraquia-no e uma maior cooperação militar com Cabul.

Longas discussõesO ex-senador republicano, que lutou para melhorar seus laços com o Congresso após uma audiência de con-firmação tumultuada em 2013, entregou sua carta de demissão após longas dis-cussões com Obama que co-meçaram em outubro, dis-seram autoridades.

Hagel questionou a estra-tégia de Obama para a Síria em um memorando interno de política interna que vazou

recentemente e no qual aler-tou que a política de Obama estava em risco por não ter conseguido deixar claras suas intenções em relação ao pre-sidente sírio, Bashar al-Assad.

Obama vem insistindo em que os EUA podem com-bater os militantes do EI (Es-tado Islâmico) sem lidar com Assad, que Washington gos-taria de ver longe do poder.

“O que posso dizer a vo-cês é que não há desavenças sobre políticas por trás dessa decisão”, afirmou uma auto-ridade de alto escalão da De-fesa em Washinton. “O secre-tário não está se demitindo em protesto e não está sendo ‘mandado embora’”, garan-tiu. Obama disse ontem que Hagel sempre foi sincero e di-reto em seus conselhos.

Possíveis sucessoresEntre os candidatos em po-tencial para substituir Ha-gel estão Michele Flournoy, ex-subsecretária de Defesa, e Ashton Carter, ex-vice-se-cretário de Defesa, que, se-gundo boatos, foram cogi-tados para o posto de Hagel antes de sua nomeação.

O senador Jack Reed, de-mocrata do Estado de Rho-de Island, é outro possível concorrente. METRO

Washington. Secretário de Defesa, Hagel pede demissão

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |08| {CULTURA}

2CULTURA

Aos 20 anos, o cantor e compositor britânico Jake Bugg pode não ser o artis-ta mais rock and roll da fa-ce da Terra, mas sabe como é preciso se comportar no showbusiness.

Ele, que viu o álbum de estreia batizado com seu nome alcançar o topo das paradas aos 18 anos, está ciente das agruras da fama. Parte de sua cautela tem a ver com o fato de ter cresci-do em um conjunto habita-cional depredado e domina-do pelo crime – a fonte para muito do material do disco.

Depois de participar do Lollapalooza Brasil nes-te ano, o nativo de Nottin-gham volta para três shows de seu segundo álbum, “Shangri La”. A turnê come-ça hoje, em Porto Alegre, com promoção da Ipanema FM, e segue para São Paulo (quinta-feira) e Rio de Janei-ro (sexta-feira).

Apesar da aparência de menino, Jake Bugg tem uma alma velha e descreve a ob-sessão pelo selfie da chama-da geração milênio como

“loucura”. “As pessoas hoje são realmente levadas pela ideia de fama”, diz ele, quase estupefato com a fascinação do público com celebridades.

“Gosto de manter a mim mesmo somente para mim, mas se fama e publicidade é algo que vem junto e ajuda a manter minha carreira e o que quero fazer, estou dis-posto a embarcar nela”, diz. A relutância dele em prati-car esse jogo, no entanto, é óbvia, e Bugg admite que, se as coisas fossem do jeito de-le, “deletaria o Twitter”.

Falsa energia também não está na bagagem do ar-tista. No palco, o homem que escreveu os estimulan-tes versos sessentistas de “Lightning Bolt”, evita o exibicionismo e o troca pe-la artesania, um privilégio reservado apenas para os ta-lentos mais prodigiosos.

Conhecido por seus vo-cais cheios de gorjeios à la Bob Dylan, Bugg acha difícil agradar ao brilho e positivi-dade da autopromoção típi-co dos Estados Unidos. “Não posso ser tão honesto [du-

rante as entrevistas]”, diz ele, antes de se corrigir ra-pidamente: “Ainda sou ho-nesto, mas tudo tem que ser incrível nos Estados Unidos – eles são realmente muito otimistas”. Após a explica-ção, ele volta a olhar para os cadarços de seu tênis como um estudante nervoso.

Ainda assim, o ex-namo-rado da modelo Cara Dele-vingne se permite “pirar” um pouco. Seus gastos, no entanto, são profissionais. “Apenas compro guitarras vintage, e elas são um inves-timento.” E pode ter certe-za: as guitarras são mais ve-lhas que ele próprio.

Show. Jovem músico inglês volta ao Brasil, com apresentação hoje no Pepsi on Stage. Abertura é de John Folk

O novo som de Jake Bugg

Artista toca repertório de seu segundo disco no Brasil | STUART C. WILSON/GETTY IMAGES

RICHARDPECKETT METRO INTERNACIONAL

No Pepsi on Stage (av. Severo Dullius, 1995)Hoje, às 21h30. De R$ 100 a R$ 200, à venda na MultisomAbertura de John Folk

Para ver

A tensão ronda os corredo-res da Atlantis Cable News. Cinco meses após perder a credibilidade com a revela-ção de uma notícia falsa so-bre um suposto crime de guerra cometido pelo exérci-to americano, a equipe de re-portagem liderada por Will McAvoy (Jeff Daniels) está an-siosa para recobrar o respeito do público.

O atentado ocorrido du-rante a Maratona de Boston, em abril de 2013, é a chance de o canal fazer uma cobertu-ra 100% correta e dar a volta por cima. Mas os bastidores de uma emissora vão muito além do que se passa entre sua equipe de jornalistas.

Em sua terceira e última temporada, que acaba de es-trear na HBO, “The News-room” volta a apresentar o dia a dia caótico de um canal de notícias. A fórmula conti-nua a mesma: pinçar fatos verídicos e imaginar como o time da ACN os reportaria. A diferença é que, a exemplo da segunda temporada, o ro-teirista e criador Aaron Sor-kin investe mais agora nos relacionamentos entre os personagens do que no mo-do como apuram e veiculam

as informações. Isso faz com que a trama

sofra a interferência dos pre-parativos para o casamen-to de Will com a produtora MacKenzie MacHale (Emily Mortimer) e do embate en-tre o diretor da emissora, Reese Lansing (Chris Mes-sina), e seus meio-irmãos acionistas, interessados em

vender a ACN, abalando sua posição no mercado.

Prêmio Apesar de ter vencido o Critic’s Choice Award em 2012 como nova série mais excitante e ter rendido um Emmy de melhor ator a Jeff Daniels, “The Newsroom” foi criticada desde o início pela

forma supostamente fanta-siosa com que retrata a fabri-cação das notícias. Quem as-sume essa posição se esquece que este é um produto de en-tretenimento com a marca de Sorkin, repleto de diálogos rápidos e inteligentes que fa-zem valer assistir aos seis epi-sódios da temporada final.

METRO INTERNACIONAL

Jeff Daniels recebeu o Emmy pelo papel do âncora Will McAvoy | DIVULGAÇÃO

‘The Newsroom’ chega ao fim

Anunciado ontem à noite, o Prêmio Açorianos de Litera-tura consagrou “Adega Imagi-nária”, de Armindo Trevisan, como livro do ano. Confira os vencedores de 2014 nas prin-cipais categorias: * NARRATIVA LONGA: “Opisanie Swiata”, de Veronica Stigger

* CONTO: “Contos da Vida Difícil”, de Aldyr Garcia Schlee

* CRÔNICA: “A Tristeza Pode Esperar”, de J. J. Camargo

* POESIA: “Adega Imaginária”, de Armindo Trevisan

* ENSAIO: “Humor é Coisa Séria”, de Abrão Slavutzky

* INFANTOJUVENIL: “Minuano”, de Tabajara Ruas

* INFANTIL: “No Escuro Mais Sete Histórias Tenebrosas de Bruxa”, de Ernani Ssó

* CRIAÇÃO LITERÁRIA (para texos inéditos): “A Sombra de Clara”, de Marcos Fernando Kirst

* CAPA: “Um Mar em Mim”, de Marçal Henri Figueiredo, com capa de Raquel Castedo.

METRO POA

Literatura. Trevisan é o vencedor do Açorianos

Show

Vanessa e Eduardo no RenascençaO projeto Sons da Cidade encerra a programação

de 2014 hoje à noite, com shows da cantora Vanessa Longoni e do compositor

Eduardo Pitta (foto). Os dois artistas têm

novidades: Vanessa canta o repertório de seu disco

mais recente, “Canção para Voar” (2013), e Pitta lança seu primeiro álbum individual, “Pra Relaxar”. O show começa às 20h, no Teatro Renascença

(av. Erico Verissimo, 307). O ingresso é a doação de um brinquedo para

entidades beneficentes.

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {CULTURA} |09|◊◊

A exemplo do ano passa-do, quando muita gente foi às lágrimas, a noite de hoje promete emocionar os fãs da legítima música rio-gran-dense. Pelo palco do Araú-jo Vianna vão desfilar clássi-cos como “Pialo de Sangue”, “Cordas de Espinho”, “Sa-be Moço” ou “Rancho Cora-ção”. E o que é melhor: por alguns dos grandes intér-pretes da nossa música.

O projeto “Grande Encon-tro” acompanha o compor-tamento contagiante do seu produtor, Ayrton dos Anjos – o Patineti –, que achou que era hora de recuperar as can-ções que ganharam os princi-pais festivais do Rio Grande do Sul. “São músicas lindas que estavam sendo esque-cidas”, comenta. Outro de-talhe é que, atualmente, os festivais não têm mais o mes-mo alcance de 20 ou 30 anos atrás. “Hoje, ninguém mais

sabe quem ganhou o quê. E há músicas que merecem ser conhecidas”, acrescenta.

Para montar o roteiro des-te segundo espetáculo – que a partir de agora deve ter da-ta fixa em novembro –, Pati-

neti contou com o apoio da Prefeitura de Porto Alegre e movimentou os amigos mú-sicos. “Vão ser 26 canções, interpretadas por 48 artis-tas. É o dobro do ano passa-do”, comemora.

Para formar as duplas de intérpretes, Patineti levou em conta a afinidade. As-sim, Mauro Moraes e Bebe-to Alves vão cantar “Chama-mecero”, enquanto o João de Almeida e o Gaúcho da

Fronteira vão se encontrar em “Nova Trilha”. Vitor Hu-go vai emprestar a voz para “Cordas de Espinho” junto com Marco Aurélio Vascon-cellos, lembrando uma das músicas mais bonitas da his-

tória das Califórnias. Tam-bém terá duplas da nova ge-ração (como Joca Martins e Ita Cunha) e representantes da linha mais popular (como Oswaldir e Carlos Magrão).

E Patineti já pensa no es-petáculo do próximo ano. “Queremos que seja maior ainda. Mas a ideia é que o palco seja como os dos festi-vais, com som bom, luz boa e muita amizade nos basti-dores”, avisa.

Coletivo. Auditório Araújo Vianna recebe hoje a segunda edição do show ‘Grande Encontro’, com canções e músicos de várias épocas

O grupo Buenas e Me Espalho vai intepretar “Pilchas” | EDUARDO ROCHA/DIVULGAÇÃO

Noite de relembrar os clássicos dos festivais

A Orquestra Sinfônica de Porto Alegre encerra hoje a temporada 2014 de concer-tos oficiais com uma apre-sentação inédita. Três solis-tas argentinos participam do concerto, que também é a primeira vez que eles to-cam juntos no Brasil: o vio-linista Oleg Pishenin, o vio-loncelista Carlos Nozzi e a pianista Cristina Filoso.

Os músicos integram o Trío Clásico de Buenos Aires, uma das principais formações eruditas por-tenhas, com dez anos de atividades e muitos con-vites para recitais fora da Argentina. A regência do concerto será de Manfredo Schmied.

Os solistas convidados vão interpretar uma peça que é referência para esta formação: o “Concerto tri-plo para violino, violonce-lo e piano”, de Ludwig van Beethoven (17711827). Es-crita nos primeiros anos do século 19, a obra marca o início de um dos períodos de maior produção de Bee-

thoven (foi quando ele co-meçou a escrever suas fa-mosas sonatas) e é dedicada ao mecenas do compositor, o Príncipe Lobkowitz.

A noite se completa com a “Suite Sinfônica nº 2 – Pernambucana”, com-posição sobre a música folclórica do Nordeste as-sinada pelo compositor ca-

rioca César Guerra-Peixe, e com o Interlúdio Sinfô-nico do oratório “Rédemp-tion”, de César Franck, um dos principais nomes da música francesa da se-gunda metade do século 19. Esta é a primeira vez que a orquestra gaúcha in-terpreta esta composição.

METRO POA

Ospa encerra temporada 2014 com trio de músicos da Argentina

Oleg Pishenin, Cristina Filoso e Carlos Nozzi tocam hoje no TSP | ILEANA OVIN/DIVULGAÇÃO

Show

Em homenagem aos deuses africanos A cantora e violonista Karine Cunha estreia ho-je o show “Epahei! Salve os orixás!”, com canções sobre as lendas dos deu-ses africanos. As com-posições que homena-geiam Oxum, Oxóssi, Iansã e Yemanjá estão no disco “Sagrado Femini-no” e também devem in-tegrar um novo trabalho da cantora. Karine divide o palco com os músicos Ricardo Isquierdo (per-cussão e baixo), Rosemar Silva (percussão) e Jorge Xavier (cavaco e violão). No Teatro Carlos Carva-lho da CCMQ (r. dos An-dradas, 736), hoje e ama-nhã, às 20h30. R$ 20.

METRO POA

Literatura

Sarau Elétrico destaca autores de horror

O horror é um dos te-mas mais caros à litera-tura, incluindo histórias de crime, mistérios e as-sombração. Este é o fo-to do Sarau Elétrico de hoje, batizado de “Sarau dos Arrepios”. A canja é de Frank Jorge, a partir das 21h, no Ocidente (av. Osvaldo Aranha, 960). R$ 15. METRO POA

Teatro

Peça trata das relações entre pai e fi lho

O espetáculo “As Cores da Escuridão”, dirigido por Guadalupe Casal (do Teatro Sarcáustico) terá única apresentação hoje, às 21h, no Teatro Bru-no Kiefer da CCMQ (r. dos Andradas, 736). A pe-ça trata da difícil relação entre um pai e seu filho esquizofrênico. R$ 20.

METRO POA

Karine Cunha

DIVULGAÇÃO

No Theatro São Pedro (Pra-ça da Matriz, s/no)Hoje, às 20h30Ingressos à venda na bilhe-teria por valores entre R$ 10 (galeria) e R$ 80 (plateia), com descontos para estu-dantes e idosos

Para ver

No auditório Araújo Vianna (av. Osvaldo Aranha, 685)Hoje, às 20h30Ingressos a R$ 20, à venda nas lojas Multisom e no local

Para ver

MÔNICAKANITZ METRO PORTO ALEGRE

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |10| {PUBLIMETRO}

Metro web Para falar com a redação: [email protected] também no Facebook: www.facebook.com/metrojornal

Leitor fala

PetrobrasEm nota à imprensa, a Petrobras infor-mou que está tomando uma série de providências internas relacionadas à Operação Lava Jato, investigação sobre casos de corrupção na estatal, além de lavagem de dinheiro e outros crimes que podem ter movimentado cerca de R$ 10 bilhões. A companhia disse que contratou duas empresas independen-tes para apurar as informações pres-tadas pelo ex-diretor da empresa Pau-lo Roberto Costa. A Petrobras requereu acesso aos autos da investigação rela-cionada à Operação Lava Jato, incluin-do os autos da ação por lavagem de di-nheiro e organização criminosa, como forma de acompanhar de perto as in-vestigações, colaborando efetivamente com os trabalhos das autoridades pú-blicas, conforme reconhece o Poder Ju-diciário. Reitera, ainda, enfaticamente, que manterá seu empenho em conti-nuar colaborando com as autoridades para a elucidação dos fatos.DANILO GUEDES ROMEU – PORTO ALEGRE, RS

Metro Pergunta

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Você acha que os dois times gaúchos estarão juntos na Libertadores de 2015?

@JorgeAlEscNão. Apenas o Inter.

Já pensaram se, pela manhã, um locutor adiantasse os movimentos do nosso dia, parecido como aconte-ce nas chamadas das telenovelas? Seria algo mais ou menos assim:

No dia de hoje, Victória se olhará no espelho ao es-covar os cabelos e prometerá: “Vou tirar aquela história do Augusto a limpo com Adelaide”. Porém, mal sabe ela que Adelaide está ao telefone tramando uma intriga ain-da maior, agora com a ex-sogra do rapaz. Enquanto is-so, Augusto passará no Hospital de Clínicas para visitar dona Esther. Sem saber, reencontrará uma antiga cole-ga de colégio. Ela o convidará para um café ali na Rami-ro – prenúncio de um novo amor.

Hoje, na casa dos Souza, Aurélio fará uma importan-te revelação durante o almoço: fora preterido na vaga de vendedor temporário na C&A justamente pelo irmão mais novo, Zé Cláudio, desmascarado durante uma gar-fada de guisado com farofa. Dona Otília confidenciará com Juca, o jardineiro do condomínio defronte, ter vis-to a menina Helena Júlia saindo às duas horas da manhã para a balada: “Mas se eu disser para a mãe dela, ainda passarei por fofoqueira”. Seu Juca lembrará da infância, quando pulava a janela do quarto para ficar espiando na janela basculante do Bailão da Scharlau, trepado sobre engradados de cerveja. Dona Otília perguntará: “O que tem isso a ver, seu Juca?”.

Não perca a eletrizante manhã de Maria da Glória! Começará agitada, numa corrida insana para não per-der o último T5 decente, pois, dali em diante, todos cos-tumam passar lotados. Arfando, enquanto procura pelo cartão TRI na bolsa, verá o irmão Josué (casado) no fun-do do ônibus num papo muito suspeito com uma falsa loira. No restaurante, seu Olavo a espera com uma terrí-vel notícia – Adelino se envolveu num acidente de trân-sito e as verduras só chegarão minutos antes do almoço. Conseguirá Maria da Glória colocar a salada no balcão do bufe antes de abrirem as portas? E, se conseguir, es-tarão corretamente higienizadas?

Ainda hoje, veremos que Everton perderá o colete de titular no treino das categorias de base para Arturzinho, o novato que fora indicado pelo poderoso Dr. Ananias. Quando reclamar com Lourenço, o massagista, saberá dele que o menino ficará pouco tempo: “Um olheiro do Santos está na cidade... Parece que vem espiar o treino justo hoje. O plano é venderem Arturzinho...”. Inconfor-mado, Everton abandonará o treino para procurar seu Thomé, que tem amigos na rádio. Pretende vazar a no-tícia de suborno nas negociações. Seu Thomé o dissua-de: “Estamos no Brasil, garoto. Vai lá e trata de jogar melhor!”. Everton chegará chorando em casa para ser recebido e consolado por dona Inês.

CENAS DOS PRÓXIMOS CAPÍTULOS

Crônicas de botequim

RUBEM [email protected]

Rubem Penz é escritor, músico, publicitário, baterista e compositor. Autor de “Enquanto Tempo” e coordenador da oficina literária Santa Sede crônicas de botequim. Seu site é rubempenz.net

Momento para mais cautela diante de assuntos financeiros. É mais indicado pesquisar antes

de decidir sobre qualquer tema material.

Cuide para não ter envolvimento com responsabilidades ou problemas dos outros. Ainda que

queira ajudar, há limites para se dedicar.

Mercúrio – que rege Gêmeos – faz conjunção com Saturno, apontando

empenho com projetos a longo prazo.

A influência da Lua em seu signo oposto, Capricórnio, trará uma sensibilidade diferente

para perceber o que as outras pessoas precisam. 

Procure não se desgastar demais com assuntos antigos ou que impeçam de aproveitar

mais bons momentos do presente. 

Uma conjuração de Mercúrio com Saturno – regente de seu signo – despertará mais a sua

comunicação e uma dedicação a novos conhecimentos.

Muitas vezes é essencial se desfazer de lugares e pertences que somos apegados para dar

espaço ao que é diferente e renovar energias.

Tenha atenção para não agir com posturas antissociais, principalmente de pessoas

que são especiais a você.

O envolvimento com amigos será mais intenso e prazeroso. Também estará mais inclinado

a se envolver mais com causas especiais.

Há uma tendência para que seu senso crítico esteja acentuado. Procure ser

cuidados com exigências nas relações.

Temas materiais e financeiros recomendam ajustes e revisões. Há mais propensões

para lentidão no esclarecimento de assuntos.

Uma conjunção de Mercúrio com Saturno em seu signo aponta tendências para levar

mais a sério algumas metas que havia deixado de lado.

Horóscopo Está escrito nas estrelas www.estrelaguia.com.br

Os invasores

Cruzadas

Sudoku

Soluções

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {TURISMO} |11|◊◊

É difícil pensar que a mes-ma Alagoas que foi cenário de Vidas Secas, de Gracilia-no Ramos, seja o contrastan-te local que tem também a maior concentração de pisci-nas naturais do país.

E com uma divisão tão marcante, foi somente no fim da década de 1970 que o Estado percebeu que os re-cursos como praias e lagoas espetaculares poderiam ge-rar riqueza. Atualmente, são 33 mil leitos ofertados aos turistas em todo o território alagoano. Mas é a Costa dos Corais que atrai a maior par-te dos visitantes.

Área de preservação am-biental desde 1997, a costa compreende 13 municípios ao longo de seus 185 quilô-metros de extensão. O mais comum é que quem chegue à região desembarque an-tes em Maragogi, que nor-malmente está inclusa nos pacotes de quem escolhe Porto de Galinhas (PE) ou Maceió, capital alagoana, como destino principal.

Com excelente infraestru-tura turística, o lugar tem op-ções para diferentes bolsos, pois abriga desde hotéis inter-

nacionais até pousadas e ho-téis-fazendas. Restaurantes e centros de artesanatos tam-bém não faltam. Mas é no po-voado de São Bento que se pode apreciar os tradicionais bolinhos de goma, prepara-dos artesanalmente.

Seguindo pela costa no sentido de Maceió, outro pon-to importante é Porto de Pe-dras. O local foi escolhido pa-ra a introdução do peixe-boi na natureza. Seguindo adian-te, chega-se a São Miguel dos Milagres. Com praias semi-desertas de águas mornas e transparentes, como a Praia do Toque, o lugar é ideal pa-ra quem pretende se acalmar.

Em Barra de Santo Antô-nio, além de apreciar a sim-plicidade da vida dos nativos é possível aproveitar belíssi-mas praias como Tatuba, Car-ro Quebrado e Ilha de Crôa. É lá também que o rio Santo Antônio cede suas margens aos manguezais. Já bem per-tinho da capital, distante ape-nas 36 km, fica Paripueira. Ao visitar o lugar, não deixe de passar por Sonho Verde, ideal para descansar com sua con-vidativa areia dourada e fofa e seus coqueiros. METRO

Caribe brasileiro. O apelido carinhoso revela praias quentes e calmas com águas cristalinas e natureza praticamente intocada

• MaragogiPousada Barra da VelhaLocal: rod. AL - 101 Nor-te - Praia de Peroba s/nº. - Maragogi

Tarifas: R$ 220 a 330

www.pousadabarravelha.com.br

• São Miguel dos MilagresPousada Recanto dos Milagres

Local: Rua Joao Paulo 1, 10, São Miguel dos Milagres

Tarifas: R$ 180 a R$ 220

www.pousadarecantodosmilagres.com.br

• Barra de Santo AntônioPousada Paraíso da Barra

Local: Lot. Paraíso, s/n Qua-dra J, Lote 50, 52 Centro, Barra de Sto Antônio

Tarifas: R$ 160 a R$ 280

www.paraisodabarra.com

Maceió

Paripueira

São L. do Quitunde

Matriz de Camaragibe

Porto Calvo

Porto de Pedras

JaparatingaDivisa AL/PE

MARAGOGI

Barreiros

Rio Formoso

São José da Coroa Grande

Praia do Porto

Praia dos Carneiros

Barra de Sirinhaém

Porto de Galinhas

Gaibu

Cabo

Recife

SirinhaémIpojuca

Tamandaré

Barra de S. Antônio

Barra do Camaragibe

São Miguel dos Milagres

MAPADA REGIÃO

Como chegar

Onde ficar

AéreoAs principais portas de en-trada para a Costa dos Corais são os aeroportos das capi-tais Maceió e Recife

Ponta do Mangue estáentre as mais bonitas de Maragogi

ESPECIAL+

Gastronomia

Bolo de goma

Na comunidade de São Bento existem várias famílias que vivem da

renda obtida com a venda do bolo de goma. A

iguaria, que é na verdade um biscoitinho, e não um bolo, é feita com polvilho,

coco, açúcar, gemase manteiga.

Costa dos CoraisCosta dos CoraisCosta dos CoraisEncantos daEncantos daEncantos daEncantos daEncantos daEncantos daEncantos da

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com |12| {ESPORTE}

3ESPORTE

Após toda a ira da delegação gremista sobre a arbitra-gem na derrota por 1 a 0 pa-ra o Corinthians, uma voz com um ponto de vista dife-rente surgiu dentro do elen-co na chegada da delegação a Porto Alegre, na manhã de ontem.

Responsável pelo cru-zamento em que a bola se choca com Fábio Santos, o volante Ramiro deu a sua versão sobre a jogada.

“Não há convicção. Até achei que não foi (pênal-ti). Achei que foi lance nor-mal”, comentou o jogador.

Entretanto, o meio-cam-pista não deixou de criti-car a atitude do árbitro Ri-cardo Marques Ribeiro e do assistente Guilherme Dias Camilo.

“O lance foi muito rápi-do. O bandeira levantou e ele (árbitro) foi ver o que ti-nha acontecido. Os jogado-res do Corinthians disseram que não foi e o bandeira

mudou de opinião. É meio estranho”, relatou o jogador gremista.

A súmula do jogo não re-lata as reclamações de Luiz Felipe Scolari contra a arbi-tragem. Após o término da partida, o técnico gremista reclamou e disse que os clu-bes classificados para dispu-

tar a Libertadores já esta-vam decididos.

Para a partida contra o Bahia, domingo, às 19h30, o treinador contará com os retornos do zagueiro Pedro Geromel e do lateral direito Pará. A dupla cumpriu sus-pensão automática no fim de semana. METRO POA

Sem bronca. Volante Ramiro, envolvido no polêmico lance do jogo de domingo, diz não ter reclamado por não ter visto infração

Ramiro absolveu o árbitro da partida de domingo | MIGUEL SCHINCARIOL/FOLHAPRESS

‘Acho que foi lance normal’

Saiba o que o Grêmio preci-sa nos últimos jogos do Bra-sileirão para ir à Libertadores da América.

• G4. Se vencer os dois jogos, o Inter pode somar somente dois pontos e o Atlético-MG, no máximo, quatro. Se somar quatro pontos, o Inter tem que perder seus dois jogos e o Atlético-MG, três e tirar uma diferença de saldo. Há chance de passar o Corinthians.

Para isso os paulistas não podem pontuar e o Grêmio precisa de 100% de aproveitamento.

• Se for G5. Para isso ocorrer, o Atlético-MG tem que ficar em quarto e terminar à frente do Inter na tabela. Se o Cruzeiro vencer a Copa do Brasil. Se isso ocorrer, o Grêmio pode ficar atrás do Inter, mas precisa ultrapassar o Atlético-MG.

Libertadores

Pena alternativa para torcedoresOs quatro torcedores do Grêmio envolvidos nos atos de injúria racial contra o goleiro Aranha compare-ceram ontem a audiência com o juiz Marco Aurélio Xavier. Patrícia Moreira, Rodrigo Rychter, Éder Bra-ga e Fernando Ascal acei-taram o cumprimento de

uma pena alternativa.O quarteto terá que se

apresentar à 2a Delegacia de Pronto Atendimento de Por-to Alegre até agosto do pró-ximo ano uma hora antes dos jogos do Grêmio, den-tro e fora de Porto Alegre, e serão liberados uma hora após o fim da partida.

A outra proposta apre-sentada, de utilizar torno-zeleira eletrônica, não foi aceita por nenhum deles.

Com o acordo, o proces-so criminal está suspen-so, mas pode ser reaberto caso algum dos torcedo-res cometa algum crime.

METRO POA

Um jogo entre seleções de veteranos de Brasil e Argen-tina chamou a atenção em Natal, domingo, pela “pre-sença” do atacante Claudio Caniggia, carrasco do Brasil na Copa do Mundo de 1990. Acontece que o argentino não compareceu à partida e foi substituído por um só-sia: Daniel Cordone.

O Procon de Natal vai no-tificar a Fênix Sport, organi-zadora do evento.

Em nota, a Fênix infor-

mou que não foi comunicada da ausência por Athirson e o argentino Mancuso, respon-sáveis pelas equipes. METRO

Em Natal. Falso Caniggia vai parar no Procon

Daniel Cordone se passou por Caniggia | NUNO GUIMARAES/REUTERS

Selecionado

Manuel Neuer

O goleiro da Seleção Alemã e do Bayern de

Munique foi um dos cinco arqueiros selecionados pela Fifa e pelo FifPro (sindicato mundial dos

jogadores) para a seleção dos 11 melhores atletas

da temporada. Além de Neuer, concorrem

o chileno Claudio Bravo (Barcelona), o

belga Thibaut Courtois (Chelsea) o italiano

Gianluigi Buffon (Juventus) e o espanhol

Iker Casillas (Real Madrid). No ano passado,

Neuer foi o vencedor.

QUEM QUER GANHAR UM PRESENTE?Olá amigos, tudo bom?

A coluna vai ser um pouco diferente porque não vou falar de automobilismo. Desta vez eu quero falar de fãs e amizade. Tem uma música do Milton Nascimento e do Fernando Brant que eu adoro e o Milton canta as-sim: “amigo é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e a distância digam ‘não’...”. É linda, e se a gente trocar a palavra “amigo” por “fã”, fica mais próxima do que quero dizer.

Todo fã é um grande amigo. Não importa onde ele esteja nem a língua que fale nem a idade nem sua ori-gem cultural e social. Fã é aquele amigo que torce por você, que envia energia, sofre nos momentos difíceis e também vai comigo pra grade quando a vitória vem.

Chega nesta época de final de ano, minha vontade é de abraçar e presentear cada um desses amigos, que me honram com carinho e atenção. Mas como vocês sa-bem, essa seria uma tarefa impossível. Então, estou lan-çando uma brincadeira com meus fãs do Brasil aqui do Metro Jornal para que eu possa, por meio de alguns deles, dar um muito obrigado e pode distribuir alguns presentes.

Vou explicar. Pra começar, vale somente para meus fãs que residem no Brasil. E também só vale o que che-gar pelo e-mail [email protected]. Entende-ram? Não adianta mandar de outra forma que a gente não vai ter condições de juntar todos.

É fácil. Basta me mandar uma mensagem. Pode ser um texto curto, uma frase, uma cartinha, um desenho, uma foto, uma caricatura, um vídeo ou qualquer outra forma. De repente, pode ser também um layout espe-cial para o meu capacete, alguma coisa criativa envol-vendo o número 3, um logotipo, uma estampa para ca-miseta, enfim, sem limites para a sua criatividade. O legal mesmo vai ser receber tudo isso de vocês.

De agora e até o dia 12 de dezembro, com horário li-mite das 23h59, você pode mandar quantas mensagens quiser. Vou escolher as mais criativas, as que mais te-nham me tocado, e cada uma delas receberá um pre-sente. O resultado será divulgado na coluna de 16 de dezembro. Eu ainda não escolhi os presentes, mas ga-ranto que serão bem legais e seguirão pelo correio logo após o anúncio dos vencedores. Mas, para isso, é impor-tante que não se esqueçam de informar no e-mail o no-me completo, endereço, RG e um telefone para conta-to. Tudo certo, então?

Vamos que vamos até semana que vem!

Opinião

HELIO [email protected]

Helio Castroneves, 39, nasceu em São Paulo e foi criado em Ribeirão Preto. É o piloto brasileiro com mais vitórias na Indy, com 29 conquistas, e venceu três edições da Indy 500 (2001, 2002 e 2009). Disputou em 2014 sua 17ª temporada na categoria e 15ª pelo Team Penske.

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PORTO ALEGRE, TERÇA-FEIRA, 25 DE NOVEMBRO DE 2014www.readmetro.com {ESPORTE} |13|◊◊

A Liga dos Campeões entra na sua reta decisiva ama-nhã, com jogos às 17h45. Na abertura da 5a rodada da fase de grupos da principal competição de clubes da Eu-ropa, alguns entram classifi-cados, enquanto outros pre-cisam da vitória para seguir sonhando com a permanên-cia no torneio.

No Grupo E, somente o Bayern de Munique já tem passaporte carimbado pa-ra próxima fase. Por isso, joga despreocupado em ca-sa contra o desesperado Manchester City. Os ingle-ses estão na lanterna com 2 pontos e precisa vencer pa-ra disputar a segunda vaga com CSKA e Roma, ambos com 4, que também se en-frentam em Moscou.

A situação do Grupo F já está mais encaminhada.

PSG e Barcelona, com 10 e 9 pontos respectivamente, já estão garantidos. A briga é só pela liderança. É nessa toada que os franceses rece-bem o Ajax, enquanto os es-panhóis visitam o Apoel.

A história no Grupo G é diferente: ninguém está classificado. O Chelsea, lí-der com 8 pontos, vai até a Alemanha encarar o Schal-ke (5 pontos), ao mesmo tempo em que o Sporting (4) recebe o Maribor (3).

Já no Grupo H, só o Por-to já é figura certa na se-quência. Os portugueses re-cebem o Bate Boriosov (3 pontos), que ainda sonha com a segunda vaga. Para isso, precisam que o já eli-minado Athletic Bilbao pare o Shakhtar Donetsk (8), na Ucrânia, para continuar no páreo. METRO

Agüero comanda o City diante do Bayern | PHIL NOBLE/REUTERS

Europa. Liga dos Campeõestem 5a rodada esta semana

Três pontos separam o In-ter de uma vaga à Liberta-dores da América de 2015. Ainda há duas rodadas do Campeonato Brasileiro pa-ra serem disputadas, mas os colorados querem resol-ver a questão o quanto an-tes. Isto significa vencer o Palmeiras sábado, no Bei-ra-Rio, transformando o confronto do fim de sema-na em uma partida-chave.

Alçado à titularidade após a lesão de Juan, o za-gueiro Alan Costa terá mais um jogo complicado pela frente.

“Não há jogo fácil. Des-de a minha entrada joguei contra Flamengo, Bahia. Também teve o Gre-Nal e o jogo na Vila Belmiro. Esse jogo com o Palmeiras vai ser o mais difícil do ano”, alerta o defensor.

A partida, com tons de decisão, já começa a mexer com a cabeça dos jogadores.

“Estou muito ansioso para decidir logo a classi-ficação contra o Palmei-ras. Queremos conquistar (a vaga à Libertadores) lo-go”, comentou Alan.

O momento das duas equipes é distinto. O Inter

vem de duas vitórias segui-das. Já o Palmeiras, após ter se distanciado na zona de rebaixamento, voltou a se aproximar das últimas posições da tabela. Nos úl-timos quatro jogos, o time paulista foi derrotado por 2 a 0 e está em 16o lugar, a um ponto do vitória, o pri-meiro rebaixado.

Última rodadaCaso não conquiste a clas-sificação no Beira-Rio, o Inter pode ter mais uma chance de se classificar atuando em “casa”. O Fi-gueirense, matematica-mente garantido no Cam-peonato Brasileiro do ano que vem, pode mandar o jogo da rodada final no Rio Grande do Sul. De olho na rede, o clube catarinen-se cogita jogar em Caxias do Sul.

METRO POA

Falta pouco. Inter precisa somar três pontos em duas partidas para se classificar para a Libertadores da América. Jogadores demonstram ansiedade com o jogo de sábado

Alan Costa está ansioso para se classificar | ALEXANDRE LOPS/INTERNACIONAL

Virou o jogo mais difícil da temporada

Os caras dos Jogos Olímpicos de 2016Representantes, respectivamente, da fauna e da flora brasileira, os simpáticos mascotes dos Jogos Olímpicos de 2016 participaram ontem de evento no Rio. O processo de escolha durou 15 meses. O tema era livre. Dentre as 14 propostas iniciais, a eleita foi a de Luciana Eguti e Paulo Mullet, do estúdio de animação Birdo Produções. A escolha do nome dos dois símbolos será feita por votação no site www.rio2016.com/mascotes. As opções de nomes são Oba e Eba, Tiba Tuque e Esquindim e Vinícius e Tom | JOSÉ LUCENA/FUTURAPRESS

Copa do Brasil

Luiz Flávio será o árbitroA CBF definiu ontem o ár-bitro da final da Copa do Brasil, amanhã O paulis-ta Luiz Flávio de Oliveira, que arbitrou o último Gre--Nal, comandará a deci-são entre Atlético-MG, que venceu o primeiro jogo por 2 a 0, e o Cruzeiro.

METRO POA

Ginástica rítmica

União traz técnica da RússiaIrina Zenovka, coreógra-fa da Seleção Russa de Gi-nástica Rítmica, irá criar rotinas para equipe do Grêmio Náutico União, campeãs brasileiras a par-tir de quinta-feira e fica até 3 de dezembro.

METRO POA

A novela sobre a quantidade de atleticanos presentes na grande final da Copa do Bra-sil de amanhã, no Mineirão, parece não ter fim. Ontem, a Polícia Militar apresentou um laudo técnico que libera 1.854 alvinegros no estádio.

“A PM esteve no estádio nesta manhã, com os repre-sentantes dos clubes e a Mi-nas Arena. O Cruzeiro dis-ponibilizou vários locais pulverizados. Uma comis-são de três profissionais fez um laudo e a conclusão é que permanece como antes, com os torcedores do Atléti-co alocados no setores 303 e 302 e mantido o isolamento dos setores 301 e 344”, afir-ma o coronel Ricardo Ma-chado, chefe do Batalhão de Eventos.

O Atlético-MG havia en-trado com um recurso no

STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) na sema-na passada exigindo os 10% de ingressos, mas o Regu-lamento Geral das Compe-tições da CBF abre brecha para decisões de órgãos de segurança – Art. 86 – O clu-be visitante terá o direito de adquirir a quantidade máxi-ma de ingressos correspon-dente a 10% da capacidade do estádio ou da capacidade permitida pelos órgãos de segurança.

Entretanto, no início da noite, o STJD determinou que o clube cumpra o regu-lamento e libere 6 mil en-tradas ao Atlético. O Tribu-nal exige uma solução do impasse até 9h de hoje. A Raposa foi notificada ontem e tem até a manhã de hoje para apresentar sua defesa ao Tribunal. METRO BH

Final. Polêmica das entradas segue em Minas

“Não há jogo fácil. Agora tem o jogo que pode dar a vaga à Libertadores, ele será o mais difícil do ano.” ALAN COSTA, ZAGUEIRO DO INTER

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