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    XXV CADERNO CULTURALCoaraci Bahia / Ano 3 / Janeiro de 2013 / 500 Exemplares Mensais / 12.500 Exemplares Distribudos Gratuitamente

    Site: informativocultural/coaraci / E-mail:[email protected]

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    PauloSNSantana Luiz Cunha

    Quem tenta pode errar. Quem no tenta j errou.

    IAGRAMAO /CAPASDIO IMAGENS

    Paulo S N SantanaMPRESSO

    GRFICAMAISEVISO TEXTUALuiz Cunha & Paulo SN SantanaRABALHE CONOSCOuiz Cunha73)9118-1810/3241-1268

    Paulo Santana73)8121-8056/9118-5080/3241-1183

    ARTAS [email protected] SITEww.informativocultural.wix.com/coaraci

    ARA [email protected]

    Tel.(73) 8121- 8056 / 9118 5080 / (73)241-1183.OSSOS CORRESPONDENTES

    Carlos Bastos Junior (China)Salvador Bahiaosenaldo Barros

    racaj SergipeOLABORADORES DESTE VOLUMEnderson Cunha - Msicos de Coaraci.cademia de Jud Sobreira - Jud.roldo Cardoso Frana- Sustentabilidade.arlos Ribeiro, Bebeto - Poesia.nock Dias Cerqueira - Lembranas.

    Gilberto Lyrio Neto - Fotografias.ilton Valadares - Poesia.

    Manoel Severino da Silva - Poesia.arissa Santiago - Histrias de Santiago.olon Planeta - Sufoco no Ano Novo.

    Waldir Amorim - Hipnose Cultural.aul Brito - Histria de Itamotinga

    s artigos publicados no Caderno Culturale Coaraci, no refletem necessariamente aossa opinio. Eventualmente poderemosditar algumas matrias enviadas paraublicao pelos colaboradores.

    EDITORIAL

    FELIZ ANO NOVO

    O grande barato da vida olhar para trs e sentir orgulho da suahistria. O grande lance viver cada momento como se a receita

    da felicidade fosse o AQUI e o AGORA. Claro que a vida pregapeas. lgico que, por vezes, o pneu fura, chove demais... Mas,pensa s: tem graa viver sem rir de gargalhar pelo menos umavez ao dia? Tem sentido ficar chateado durante o dia todo porcausa de uma discusso na ida pro trabalho? Queremos viver bem.2012 foi um ano cheio. Foi cheio de coisas boas e realizaes, mastambm cheio de problemas e desiluses. Normal! s vezes seespera demais das pessoas. Normal! Grana que no veio o amigoque decepcionou o amor que machucou. Normal! 2013 no vai serdiferente. Muda o sculo, o milnio muda, mas o homem cheiode imperfeies, a natureza tem sua personalidade que nem

    sempre a que a gente deseja, mas e a?Fazer o qu?Acabar com seu dia?Com seu bom humor?Com sua esperana?O que desejamos para todos ns sabedoria! E que todossaibamos transformar tudo em uma boa experincia! Que todosconsigamos perdoar o desconhecido, o mal educado.Ele passou na sua vida. No pode ser responsvel por um diaruim... Entender o amigo que no merece nossa melhor parte. Seele decepcionou, passe-o para a categoria trs, a dos amigos. Ou

    mude de classe, transforme-o em colega. Alm do mais, a gente,provavelmente, tambm j decepcionou algum. O nosso desejono se realizou? Beleza, no estava na hora, no deveria ser amelhor coisa pra esse momento (Cuidado com seus desejos, elespodem se tornar realidade). Chorar de dor, de solido, de tristeza,faz parte do ser humano. No adianta lutar contra isso. Mas se agente se entende e permite olhar o outro e o mundo comgenerosidade, as coisas ficam diferentes.Portanto ns do Caderno Cultural de Coaraci, desejamos a vocleitor um prspero ano novo, sem mgoas nem rancor e com muitasade, realizaes, alegrias e sucesso.

    Texto Blogado e adaptado por PauloSNSantana

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    Fazer o bem a porta, o resto so as paredes.

    HISTRIAS CONTEMPORNEAS

    O Torneio CaxeiralTexto adaptado, de PauloSNSantana

    O Torneio Caxeiral sempre fez parte do folclore esportivooaraciense. O folclore ficava por conta dos atletas, muitosom pouca ou nenhuma intimidade com a bola e o futebol.s pixotadas, uma atrs das outras, s serviam para divertirs torcedores que se espalhavam pelos quatro cantos doampo de futebol. Era realizado aproveitando-se do dia doomercirio comemorado em Outubro, mas, estendido adas as profisses. Eram 18 20 ou mais clubes formados

    a ultima hora, entre os coaracienses que participavam dema competio alegre e descontrada. Tinha o seu iniciogo cedo nas primeiras horas do dia, e se prolongava at onal da tarde, com um pequeno intervalo para o almoo.m 1981 o torneio Caxeiral j era realizado no campo doSU. Sempre nos meses de Outubro, nos dias 30 e 31.esta poca, inscreviam-se de 28 a 30 equipes, e os jogosomeavam s cinco horas da manh e no havia intervaloara o almoo, e se fosse necessrio as partidas semifinaisfinais eram disputadas no dia posterior. Quando o Estdioarboso foi inaugurado, os torneios passaram a seralizados l, no ms de outubro, e em novembro no campo

    o CSU. Ns inscrevamos duas equipes do CSU,gvamos com uniformes da SUDESCO, Superintendnciae Desenvolvimento Comunitrio, os primeiros adquiridosara as equipes do CSU, as camisas personalizadas, nasores azul e vermelha, cales brancos e vermelhos,eies azuis e vermelhos davam um tom especial aovento.equipe azul sagrou-se campe e a equipe vermelha ficou

    olocada em terceiro lugar, logo na primeira participao doSU, naqueles eventos. A Equipe Azul sagrou-se campeom: (foto ao lado) de ps: Renato*, Clvis, Theninson,hins, Batistote, Toninho Cruz, EU, e Agnaldo: agachados:os Raimundo, (goleiro)* Jos Carlos, Jnio Barberino,omingos Copes, Raimundo II, Josivaldo, Rosivan, Itabuna,Salvador porteiro do CSU. A equipe titular foi assim

    scalada: Goleiro Jos Raimundo*, os laterais direito esquerdo, Batistote e Chins, os meias foram Domingosopes, Jos Carlos e Eu. Os atacantes foram Itabuna,osivan e Jnio. Todos os anos ns participvamosaqueles eventos, mas infelizmente o Caxeiral foi perdendo

    essncia, e o CSU no renovou seu quadro dencionrios e tcnicos. A clientela transferiu-se para outras

    raas de esportes, escolinhas a procura de melhoresrojetos. Infelizmente o Governo do Estado no abriuoncursos para o preenchimento das vagas existentes decnico de Esportes e de Tcnico Social e este fator vemrejudicando fatalmente a Instituio, que sobrevive muitoal sem projetos. E quem sofre com isso a comunidade,ue permanece sem opes de lazer e de esportes.astimvel mesmoFonte do texto entre aspas: Livro Coaraci Ultimo Sopro.

    L pelos idos de 1950 quando Coaraci tinha como fonte de eletricidade a barragem do Dr. Librio,muitas ruas no tinham energia nem pavimentao. O bairro do cemitrio tinha duas ruas: A RuaVasco da Gama e a Rua do Cemitrio. Naquela regio localizava-se a sede da fazenda Berimbaude propriedade do Sr. Joo Peruna. Bem na metade da Rua do Cemitrio, onde hoje umabifurcao que comea no porto do Estdio Barboso, encontrava-se uma Bodega, depropriedade do Sr. Zeca Maciel, mais conhecido por Zeca da Venda. Por falta de opes,especialmente noite, muitos moradores ficavam ali at tarde batendo papo, contando anedotase para os que gostavam de bebidas alcolicas, tomando umas e outras.Numa vspera de ano novo, um grupo de moradores se reuniu na Bodega de Zeca Maciel para

    festejar o Ano Novo, e entre elas um cidado muito expansivo, conhecido por Artur PretoSerrador. Chegada a hora de raiar o ano novo, em meio euforia, lembramo-nos de soltar umasbombas, ento procuramos saber se na bodega vendia. No encontramos as bombas, e simfoguetes, sem flecha. Naquela poca um foguete s poderia ser lanado amarrado a uma flechaque se tirava da haste da cana ou a varinha de guaxuma. J havamos desistido de soltar os taisfoguetes justamente pela falta das tais flechas, quando Artur Preto Serrador exclamou: Podecomprar os foguetes que eu solto.

    -Seu Artur, seu Artur, exclamamos! Como o senhor vai soltar os foguetes sem as flechas?-Seu Artur ento respondeu: No se incomodem, comprem os foguetes e deixem o resto comigo!

    Compramos ento os foguetes, uma carteira de cigarros e demos ao seu Artur, que rasgou opapel de proteo da plvora e riscou com a unha o inflamvel e encostou a brasa do cigarro na

    plvora do foguete, lanando-o com fora para o alto onde explodiu por cima de uma pedreiraque havia logo frente. E assim foi mais um, mais outro, e outro, at que em determinadomomento, um dos foguetes estourou entre a parede e o telhado de uma casinha da vizinhana.Um casal que ali residia e na hora estavam dormindo, saram correndo como fascas derelmpago. Foi um grande susto, que causou uma grande confuso. Zeca da venda pegou umalanterna e entramos correndo na casa, acendemos um candeeiro e fizemos uma averiguaominuciosa para ver se havia queimado alguma coisa ou pessoas, mas felizmente no houveprejuzos nem vitimas. Ns ficamos abatidos e cabisbaixos e para amenizar o susto da famlia,fizemos uma coleta de uns dez ou quinze cruzeiros e entregamos ao casal para que festejassemo inicio do ano novo e fomos embora. Dias depois fomos procurados por um espertalho comroupas e outros objetos queimados querendo mais dinheiro.

    Eita festinha danada!

    SUFOCO NO ANO NOVOA Bodega de Zeca Maciel

    De Slon Planeta

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    Nem sempre o sorriso que trago no rosto, a vida que eu levo.

    MEIO AMBIENTE

    HISTRIA DE ITAMOTINGA PORSAUL BRITO

    palavra Itamotinga de origem indgena e significa pedraanca ou pedra brilhante. Itamotinga um distrito, localiz ado18 quilmetros de Coaraci na Bahia. Com 1.200 habitantes aa economia est baseada na agropecuria. No dia 06 de julho1999, o povoado de Itamotinga passou categoria de distrito de

    oaraci pela Lei Municipal n. 763.histria de Itamotinga comea por volta do ano de 1889, comadvento do cacau na regio. Os trabalhadores que vinham detras regies em busca de emprego nas fazendas construamus casebres beira de um ribeiro que mais tarde receberianome de Ribeiro do Terto. O grande problema era a moradiara toda essa gente. Visando solucionar esse problema, ozendeiro Clarindo Teixeira fez a doao de parte de suasrras para que as pessoas construssem suas casas. Asmeiras casas eram feitas de barro devido s dificuldades nampra de materiais de construo por parte dos trabalhadorespelo fato de que as estradas no eram transitveis. As

    ercadorias eram transportadas em lombos de animais. Ovoado que comeou a se formar recebeu o nome deibeiro do Terto, pois na fazenda do Sr. Odilon, beira do

    beiro, morava um homem chamado de Terto que virou umapcie de informante das pessoas que chegavam procura derigo e trabalho. No povoado de Itamotinga ainda no haviacola at que um dia o Sr. Levi e dona Filomena fundaram ameira escola do povoado. A professora era a filha do casal, a

    vem Alice. Os recursos eram mnimos para a realizao daslas, mas o aprendizado era certo. Os filhos dos trabalhadoreso estudavam fora do distrito, pois no tinham recursos para

    so, enquanto os filhos dos fazendeiros estudavam em outrasdades e at em Salvador. Em 1972, foi criada a Escola Jooendes da Costa que tinha como professores os filhos deguns trabalhadores de Itamotinga que conseguiram concluir

    sries iniciais, pois no podiam continuar os estudos em

    oaraci, sem condies financeiras, paravam de estudar. Entom I988, foi instalado um anexo do CEC para o ensinoundamental de 5 a 8 sries, com professores vindos deoaraci diariamente em transporte da Educao.m 13 de maro de 2000, comea a funcionar o Centroducacional Jaime Pereira da Silva, cujo nome umamenagem a um ex-vereador (in memoriam) do distrito, muitotimado pela comunidade. A comunidade segue suas

    adies religiosas. As Igrejas, Catlica, Batista, Assembleia deeus Madureira, Assembleia de Deus Misso e Congregao Crist noasil compem o cenrio religioso do Distrito. O povo de Itamotinga steiro e comemora anualmente as festas juninas e natalinas. Nosportes seus atletas j apresentaram o nome de Itamotinga ao

    nrio, Municipal Baiano e Brasileiro. Suas equipes so aguerridascompetitivas, e sempre fizeram muito bonito nas diversasmpeties em Coaraci. O povo de Itamotinga hospitaleiro e nosrodos de frias recebe seus filhos residentes em outros Estados, ee retornam para rever suas famlias e os amigos numa grandenfraternizao.

    PROJETO DE IMPLANTAO DE QUATRO UNIDADES DE CONSERVAO NOSUL DA BAHIA

    Entrevista com o Agricultor Aroldo Cardoso Frana Texto Adaptado por PauloSNSantanaExistem varias verses sobre a nascente do Rio Almada. Uma delas que est na Serra dosPereiras. Outra verso que esta localizada na Serra do Xuxu. Ainda existe outra verso de quea nascente de Almada est na Serra dos Sete Paus. Eu adquiri esta rea em 1980, e em julhotomei posse. Uma permuta com uma rea na localidade de Duas Barras, adquiri do Sr. Jorge Lus

    Orrico da Costa, popularmente conhecido por Jorge Bareco. Ainda persistiam as dvidas sobre averdadeira nascente do Rio Almada. Alguns tcnicos, gegrafos, bilogos, jornalistas, ligados aomeio ambiente, inclusive tcnicos da CEPLAC, nos informaram que a nascente do rio Almadaestava na Serra dos Sete Paus. L existe ainda hoje uma comunidade remanescente deescravos, os quilombolas, que sobreviveram muitos anos plantando mandioca, e ainda mantmessa cultura tradicional. Ainda hoje os quilombolas subsistem adaptados aos novos tempos esuas evolues. Muitas famlias quilombolas foram embora, mais ainda hoje existemremanescentes desta comunidade, desejosos de ver a sua comunidade reconhecida por parte dafundao palmares e do INCRA. Existe uma Associao, criada a mais ou menos 15 anos, daqual fui Presidente, Secretrio e Tesoureiro, denominada Associao dos Pequenos Agricultorese Produtores de Alimentos do Rio Almada. Essa Associao reconhecida no Conselho da APA,como, Conselho da APA do Municpio de Almadina. Ns criamos uma Comisso Tcnica, paradiscutir as questes ambientais.

    O Governo do Estado atravs INEMA, Instituto do Meio Ambiente do Estado da Bahia, estassumindo as aes do IBAMA na regio, e realizando estudos para implantao de quatroUnidades de Conservao no Sul da Bahia. Estas unidades sero parte da compensao oucontrapartida, que o Governo Federal exigiu das empresas envolvidas, na construo do PortoSul e da Ferrovia Oeste-Leste. A primeira das quatro unidades estar localizada na foz do RioAlmada, exatamente, na rea prxima Lagoa Encantada, a segunda estar localizada na Serrada Temerosa, a quarta unidade ser implantada na nascente do Rio Almada, essa rea vai serdesapropriada pelo Governo do Estado da Bahia, e nos entornos vo ser implantados projetos desustentabilidade do meio ambiente e dos recursos humanos existentes na rea, j que o governono pode desapropriar toda a rea, justamente onde ficam os mananciais mais importantes danascente. Vai haver licitaes patrocinadas com recursos das empresas envolvidas naimplantao do Porto Sul e da Ferrovia. A VALEC Empresa Estatal ir distribuir os recursos, paraserem gastos na implantao das quatro reas. Vo ser criados corredores ecolgicos, para

    transito de elementos da natureza. Este um processo que ainda esta em fase de discusso, jforam realizadas audincias publicas no municpio de Almadina, e no ms de novembro de 2012foi realizada uma audincia publica em Ilhus para discusso da implantao das unidades deconservao. Alm deste projeto de implantao, vai existir um projeto paralelo, voltado para aeducao ambiental, para preparar as comunidades prximas ao entorno, para conscientizaoda preservao do meio ambiente. Sero oferecidos treinamentos, para uma perfeita coabitaonas reas de preservao ambiental.Ser criada uma nova comisso composta por representantes do Municpio de Almadina,Preposto da Bacia do Almada, o Dr. Renato Rebello ser representante de Coaraci, erepresentantes de Ilhus, Uruuca e Itabuna que devero manter contatos peridicos, paraapresentar sugestes e discutir ideias sobre os trabalhos que sero desenvolvidos. Estacomisso manter contato com a Gestora do Conselho da APA. Os representantes devero sernomeados pelo INEMA que vai gerir todas as aes do Conselho Gestor da APA. A nossa

    Gestora a interina Dr Bruna Zagape, sediada em Salvador, mas que quando esta na regiodirige reunies, ouve, apresenta ideias e discute as aes. Sero indicadas pessoas relacionadasao ambiente silvcola, do campo, mateiros que j tenham convivncia na rea, para ocupar afuno de guarda florestal. Envolvidas no contexto. J temos em nossa rea um rapaz casado,com boa conduta, e uma vida equilibrada, que acreditamos estar preparado para exercer estecargo. Vamos sugerir sua capacitao, participao em oficinas, treinamentos, pra que estapessoa se engaje no sistema de fiscalizao de guarda florestal, protetor das reas, umconhecedor das questes ambientais, vamos prepar-lo para ser efetivamente um guardio dasreas que vo ser implantadas na Unidade de Conservao. Esta uma ideia pessoal, que podeser dinamizada, na medida em que as pessoas envolvidas discutam, inclusive estamos pensandoem convidar este rapaz, para participar da oficina ambiental, j conversamos com ele por telefone,mas vamos entrar em contato com a direo do INEMA, pra apresentarmos esta sugesto.Conversamos com Dr. Renato sobre a ideia, mas temos que levar ao conhecimento de novos

    atores. Vamos compartilhar esta ideia com tcnicos que esto em Salvador elaborando o Projeto.Ns desejamos que os leitores desta matria tenham a noo sobre as questes dasustentabilidade da nossa microrregio do Almada, pois uma regio importantssima para acultura do cacau, Coaraci muito importante no contexto regional e o desenvolvimento da regiono pode passar sem a participao desta cidade.

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    Os ue mais sofrem so os ue mais valorizam a felicidade.

    ESPORTE E SADEA PRTICA DO JUD AJUDA NA DISCIPLINA

    DE CRIANASestilo de luta que hoje denominado como Jud, idealizado no ano de 1882. Um jovem de 23

    nos, chamado Jigoro Kano, fundou o Institutoodokan, que se tornou referncia dosnsinamentos sobre esta arte marcial.

    om milhares de praticantes, Confederaes eederaes espalhadas pelo mundo, o Jud sernou um dos esportes mais praticados,presentando um nincho de mercado fiel e bem

    efinido.ensinamento no restrito apenas aos homens;

    ulheres, crianas e idosos praticam o esporte, eom o passar dos anos teve um aumentognificativo entre esses grupos. O Jud tem comoosofia integrar do corpo e a mente. Sua tcnicaliza os msculos e a velocidade de raciocnio

    ara dominar o oponente. Palavras ditas por Mestreano para definir a luta: usar a fora do oponenteara beneficio prprio, minimo de fora paraxima eficiencia, melhor uso da energia mentalcorporal, amizade e prosperidade mtua.

    vitria, ainda segundo seu mestre fundador,presenta um fortalecimento espiritual.as academias, escolas ou clubes procura-seansmitir algo alm da luta, do contato fisico. Pararnar-se um bom lutador, antes de tudo, preciso

    er um grande ser humano. Academia de JUDobreira Rua Sete de Setembro n 5 Centro.

    O BANHO COMO UM PASSEPara muitos, o Espiritismo algo apenas que envolve reencarnao, pluralidade dos mundos e dasexistncias, mediunidade e acontecimentos passados e futuros, porm, ele nos fala de evoluo eevoluo acontece especialmente nos momentos vividos presentemente, no dia a dia, em nossasrelaes com o outro e com nossa intimidade. O BANHO COMO UM PASSEO contato da gua no corpo provoca um estmulo magntico, que percorre todo o organismo,

    deixando-o calmo, e preparando-o para o sono reparador ou as lutas de cada dia. O banho dirio,quando encontra na mente apoio, torna-se um passe. Alm das virtudes curativas da gua,enxertar-se-o fluidos magnticos, de acordo com a irradiao da alma. A disciplina dospensamentos uma fonte de bem-estar, na hora da higiene do instrumento carnal. No instante dobanho preciso que se entenda a necessidade da alegria, que nosso pensamento sustente o amor,at um sentimento de gratido gua que nos serve de higiene. Visualize, alm da gua que caiem profuso, como fluidos espirituais banhando todo o seu ser. O impulso dessa energia destampaem nosso ntimo a lembrana da f, da esperana, da solidariedade, do contentamento e dotrabalho.Por este motivo, banho e passe, conjugados, so uma magia divina ao alcance de nossas mos. Ochuveiro seria como um mdium da gua e, esta, o fluido que vivifica o corpo. Poder-se- vincular obanho ao passe, e ele poder ser uma transfuso de energias eletromagnticas, dependendo domodo pelo qual ns pensamos enquanto nos banhamos. Uma mente ordenada na alta disciplina e

    pela concentrao, em segundos, selecionar, em seu derredor, grande quantidade de magnetismoespiritual, e os adicionar, pela vontade, na gua que lhe serve de veculo de limpeza fsica,passando a ser til na higiene psquica. Observem que, ao tomar banho, sentimo-nos comovidos, aponto de nos tornarmos cantores! E a alegria advinda da esperana, nos chega da gua, que portadora dos fluidos espirituais, que lhes so ajustados por bno do amor.O lar o nosso ninho acolhedor, e nele existem espritos de grande elevao, cuja dedicao ecarinho com a famlia nos mostrar como Deus bom. Essa assistncia atinge, igualmente, ascoisas materiais, desde a arborizao, at o preparo das guas que nos servem. Quantas doenassurgem e desaparecem sem que a prpria famlia se conscientize disso? a misericrdia doSenhor pelos emissrios de Jesus, operando na dimenso oculta para os homens, e encarregadosde assistir ao lar. Eles colocam fluidos apropriados nas guas para o banho, e nas que bebemos. E,quando eles encontram disposies mentais favorveis, alegram-se pela grande eficincia dotrabalho.

    Na hora das refeies, sagrado e conveniente que as conversas sejam agradveis e positivas. Nomomento do banho, preciso que ajudemos, com pensamentos nobres e oraes, para quetenhamos mos mais eficientes operando em nosso favor. Se quisermos quantidade maior deoxignio nitrogenado, basta pensarmos firmemente que estamos recebendo esses elementos, e anatureza nos dar isto, com abundncia. o "pedi e obtereis" do Cristo. E, com o tempo,estaremos mestres nessa operao que pode ser considerada uma alquimia.A alegria tem tambm bases fsicas. Um corpo sadio nos proporcionar facilidades para expressaro amor. Quando tomar o seu caf pela manh, tome convicto de que est absorvendo, juntamentecom os ingredientes materiais, a poro de fluidos curativos, de modo a desembaraar todo omiasma pesado que impea o fluxo da fora vital em seu corpo. E sair da mesa disposto para otrabalho, como tambm para a vida. Despea-se de sua famlia com carinho e ateno, e deixe quevejam o brilho otimista nos seus olhos, de maneira a alegrar a todos que o amam; assim, eles lhetransmitiro as emoes que voc mesmo despertou neles e isso lhe far muito bem. Lembre-se de

    que um copo de gua que tome, onde quer que seja, pode ser tomado e sentido como um banho epasses internos. No se esquea de beb-lo com alegria e amor, lembrando com gratido de Quemlhe deu essa gua to necessria, pois, se ela vem rica de coisas espirituais, aumentar suaconexo com o divino poder interno. muito bom estar consciente de cada coisa que nos acontecee estar agradecido, se sentindo abenoado e cheio de amor. A conscincia, a gratido e o amorso trs caminhos paralelos, que a felicidade percorre com alegria. E boa sorte!

    ESCOLINHA NOVA ESPERANA

    FANTA. Carlos Alberto, de origem humilde,rmou-se no segundo grau completo. Estudou noEC. Membro da Associao de Bairros daeirinha e do Grupo Jovem da Igreja Catlica.ciou suas atividades como Instrutor da Escolinha

    ova Esperana nos anos 90 no campinho doS.U., onde foi orientado por ns, na poca,

    cnico de Esportes da Instituio.sponibilizamos um vestirio, material esportivo e

    e treinamentos para os alunos, da recm-criadascolinha de Futebol Nova Esperana de suaopriedade. Fanta sempre foi disciplinado,speitador e atencioso, e jamais contestou umadem ou advertncia a ele direcionada. Neste

    onto bom ressaltar que nunca precisou serdvertido, principalmente pelo seu comportamentoaduro e responsvel. Fanta um dos maiores

    xemplos de que o C.S.U. uma Instituio queeve ser levada a srio. E que pode dar certo.nda hoje continua no C.S.U., ensinando aos seus

    vens atletas e faz parte de um grupo seleto deesportistas de Coaraci. A comunidade aprendeu aspeit-lo, e muitos pais no tm dvidas em

    eixar seus filhos irem aos seus treinos. Carlosberto conhecido como Fanta um jovem deturo. Texto de PauloSNSantana

    FANTA

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    Controle suas emo es ou ser escravizado or elas.

    A FESTA DO CADERNO CULTURAL

    Texto de PauloSNSantana

    No dia 7 de dezembro, no Bar Banana Caf, aconteceu a

    segunda festa de aniversrio do Caderno Cultural de Coaraci,que completou dois anos de informao cultural da terra dosol. A equipe formada pelo Diretor de Cultura, DicinhoAmorim, Maria proprietria do Bar Banana Caf, Alfeu Amaralpoeta coaraciense, Roger e Bete Sete, contribuiu para aorganizao do evento que foi marcado pelo som afinado dosmsicos e cantores coaracienses. Foram convidadas escolasda rede municipal, estadual e particular, os patrocinadores ecolaboradores e algumas autoridades coaracienses.O inicio da festa estava previsto para as vinte horas, mas osconvidados comearam a chegar no Calado da Rua Ruy

    Barbosa, a partir das vinte e uma hora e a festa estendeu-seat as duas da manh. Os msicos, artistas e poetas da boaterra promoveram o entretenimento dos convidados, comboas msicas, poesias e uma exposio de fotografias deGilberto Lyrio Neto que esteve presente durante todo oevento. Coube a Bete Sete ordenar as apresentaes dosartistas. Um fato relevante foi a integrao dos msicos comcantores da velha e da nova gerao e ambos cantarammusica popular brasileira, samba reggae e o rock clssico.Outro ponto alto da festa foram as apresentaes doscantores Fbio Soares e de sua esposa Silvana Soares,

    Cerize Dattoly, Andra Fita, Mochilo e seu filho, Nai Amorim,e Neto, que emocionaram o publico com belas interpretaes.Alfeu Amaral declamou suas poesias, sendo muito aplaudido.Em um breve pronunciamento a Equipe do Caderno Culturalde Coaraci agradeceu a presena de todos e o apoio dosartistas, msicos e poetas.Por volta das duas horas da madrugada o evento encerrou-see muitos convidados ainda pediam bis. Ficou firmado ento ocompromisso de voltarmos a nos encontrar no dia 7 deDezembro de 2013, para comemorarmos o terceiro ano deinformao cultural. Se Deus quiser claro!

    FATOS

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    As Coordenadoras do

    Projeto:

    Edvanilda, Roznia e

    Luiza.

    2008

    Perguntei ao tempo, qual seria a soluo, ele s disse: deixa-me passar.

    Vice-Presidente do Tribunal Regional Eleitoral TRE aCoaraciense, Maria do Socorro B. Santiago.

    Maria do Socorro Barreto Santiago assumiu na tera-feira dia 11 de Dezembro, a Vice- Presidncia doTribunal Regional Eleitoral (TRE), substituindo o Juiz Carlos Alberto Dutra Cintra. A posse ocorreu na sala

    de sesses do tribunal baiano. A desembargadora coaraciense recebeu homenagens de autoridades comoo juiz do TRE-BA Roberto Maynard Frank, o procurador Regional Eleitoral, da Prefeita de Coaraci, DrJosefina Castro, Sidney Madruga, e da Advogada Sara Mercs dos Santos. A Desembargadora, alm deagradecer a escolha de sua titularidade, salientou a importncia da educao obtida em sua Cidade Natal,Coaraci. Os maiores compndios e as mais respeitadas lies doutrinrias de nada me serviriam se notrouxesse marcado na alma o ensinamento primeiro, l em Coaraci, disse.

    Aps a missa, j na rea externa da Igreja Nossa Senhora de Lourdes, distribumos exemplares do XXIVCaderno Cultural de Coaraci. Os fieis receberam os seus exemplares, em clima festivo, respeitoso e cordial.Mas, no poderamos deixar de pontuar que sentimos a falta dos estudantes da rede municipal de ensino,

    dos professores e de alguns diretores, j que o evento era oficial e histrico.No prximo ano, deve-se exigir a presena das Escolas Municipais, convidar as Estaduais, as Particulares,a Filarmnica e as bandas marciais escolares. A presena da comunidade um dever, uma demonstraode confiana de esperana e de cidadania.

    Outro momento solene foram os hasteamentos das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Coaraci, em frente Prefeitura Municipal. Estavam presentes autoridades, alguns vereadores, diretores, secretrios municipais,alguns tcnicos da secretaria de educao, coordenadores pedaggicos e professores da rede municipal deeducao. A comunidade se fez presente timidamente. As bandeiras foram hasteadas ao som do Hino de

    Coaraci.De uns tempos pra c, est havendo um distanciamento da comunidade relacionado s comemoraes dasdatas cvicas de Coaraci. preciso repensar a organizao destas comemoraes.Porque do desinteresse? Ser que os coaracienses esto perdendo a identidade com a sua Terra Natal?

    No auditrio da Prefeitura Municipal, foi apresentada a recm-reformada Galeria dos Ex-Prefeitos deCoaraci. Um espao muito elegante, uma assinatura do artista plstico coaraciense Augusto Brito, e que foipequeno para todos os convidados presentes ao evento. Alguns permaneceram de ps durante toda asolenidade aguardando ansiosamente entrega das placas comemorativas dos 60 anos de EmancipaoPoltica aos coaracienses escolhidos pelas aes em prol da educao, dos esportes, das artes e da cultura.

    Algumas indicaes foram emocionantes outras causaram surpresa. Mas isso, Quem no compreendeum olhar, tampouco compreender uma longa explicao. Uma homenagem justa e muito especial paramim foi ao falecido Sr. Antnio Scher, que morreu assassinado barbaramente no cumprimento do seu dever,quando Delegado Municipal.

    FOTOS

    Em homenagem aos Sessenta Anos de Emancipao Poltica de Coaraci foi realizada uma Missa s setehoras da manh, na Igreja Nossa Senhora de Lourdes onde se podia ver funcionrios pblicos municipais,professores, diretores e a comunidade em geral, alguns vereadores, o secretariado municipal, alm da

    prefeita e do vice-prefeito e outras autoridades. Ao contrrio do esperado a Igreja Catlica Nossa Senhorade Lourdes no recebeu um grande nmero de fiis. O Padre Laudelino em sua homilia alertou para aimportncia do amor ao prximo e respeito s coisas de Deus. Acrescentou tambm que ao contrrio do quese constata no ms de dezembro, o Natal uma festa para comemorar o nascimento de Jesus Cristo e noa chegada do Papai Noel, sem menosprezar o personagem querido das criancinhas.

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    ARTE E MUSICALIDADEOs inimi os ue no erdoamos ,dormiro em nossa cama e erturbaro o nosso sono.

    HOMENAGEM AO POETA COARACIENSE

    Em novembro de 2012, foram homenageados alguns poetas deCoaraci, o projeto foi criado pelo professor Saul Brito eexecutado pelos alunos da 4 srie do Educandrio Pestalozzi.Estiveram presentes: Alfeu Amaral, Dicinho Amorim, Robson da

    Cesta do Povo, Elivaldo Henrique e Waldir Amorim.Os homenageados apresentaram-se com os alunos, queevelaram suas biografias, recitando poesias, contando um

    pouco de suas vidas. Os alunos desenvolveram performancescom os temas das poesias dos convidados. O Projeto agradoua todos os presentes e o momento mais forte foi quando aProfessora Meire Leal recitou um belo trabalho de um poeta jconsagrado, emocionando a todos os presentes. Uma belanciativa cultural.

    MSICA E POESIATexto adaptado por PauloSNSantana

    Pensar a msica, pensar com msica,pensar por meio da msica...

    A humanidade reconheceu na msica algo alm de um simples prazeredonista. Fez dela o seu meio de expresso, de reflexo, de

    conhecimento, de fruio artstica... Concebeu--a como umconhecimento especializado, no qual seu significado no iria para almela mesma. Para compreender a msica, necessrio reconhecerua natureza vinculada s caractersticas de sua matria-prima (oom) e tambm o seu vis cultural. Aqui no Brasil, o apelido dado a

    Heitor Villa-Lobos, ndio de Casaca, revela um pouco do encontro deradies distintas a indgena e a europeia que permeava omaginrio desse grande compositor.

    E o que no dizer da relao entre poesia e msica? Por muito tempo,e mesmo antes de a msica instrumental ganhar autonomia eeconhecimento, esta esteve a servio do texto, do discurso potico

    algo que at hoje nos familiar aos ouvidos: quantas canes fizeramou fazem parte de nossa vida? H muito os compositores, nos textose suas canes, falam dos sentimentos humanos, das alegrias e

    angstias do homem frente ao seu tempo. E por que no dizer que,eguindo o compasso da histria, muitos deles se tornaram cronistase uma poca?

    A msica uma das mais fortes formas de expresso popular. Povoeliz povo que canta.

    Tristezas, alegrias, frustraes, desejos, euforias, amor, desamor,cada momento tem seu o gnero musical.Esta mensagem aos leitores sobre a importncia da sustentabilidadea cultura regional, que brota em cada msica que ouvimos.

    Fonte: Ricardo Petracca Diretor de Mdia e Educao da MultiRio,Educador e Mestre em Composio Musical.

    M SICOS DA NOSSA QUERIDA COARACI - TONYDeus presenteia cada ser humano com um talento. Uns cantam, outros danam,atuam, desenham, negociam, escrevem. Entretanto, para vivenciar a sublimao do

    talento em Dom, preciso trabalho rduo, sacrifcios, e principalmente dispor domesmo em prol de outras pessoas.Nossa querida Coaraci, por ser celeiro de talentos, tem nos presenteado com diversosnomes, que enlarguecem as fronteiras qualitativas de nossa terra, e nos faz refletirquo somos especiais, a ponto de compartilhar com cidades e regies vizinhas filhosda terra que se destacam em diversas reas.Poderia eu, me estender, e citar diversos nomes que recheiam a nossa lista dedestaques. Entretanto hoje, apenas hoje, me limito a um nome.Jos Antnio Rocha Silva TONY, musico, cantor e compositor, nascido e criado emCoaraci, filho de Arthur Silva e de Miriam Silva, ingressou na musica nos anos 70, e aolado de seu amigo Genivaldo do Vale (Mochilo), participou na regio de diversosfestivais de musica, sempre proporcionando ao pblico que o escutava, belssimascanes e musicas de indubitvel qualidade.Aps presentear Coaraci com sua musicalidade, Tony resolve tentar a vida musical emIlhus, onde, tambm ao lado de seus dois amigos Roger Pvoas e Roberto Mafuz(Dunga), participou de festivais e do Projeto Seis e Meia, que levava muita gente aescutar msica de qualidade.Conhecido em Ilhus pela qualidade do som que fazia, Tony comeou a arriscarcanes de sua prpria autoria, o que o fez ainda mais conhecido, e abriu portas paraseguir carreira musical no Esprito Santo.Sempre como amante da boa MPB, e f de grandes nomes nacionais, como GeraldoAzevedo, Gal Costa e Caetano Veloso, Tony passa uma temporada no Espirito Santomostrando seu trabalho, e depois de alguns anos, retorna a sua to querida Coaraci.Hoje, com suas autorias musicais gravadas por Marcelo Ganen e Z Henrique, Tonycontinua encantando as pessoas com o som do seu violo, e ao lado de seus amigosGenivaldo e Roger, proporciona, aos tambm amantes da boa msica, vriosmomentos de Alegria e Descontrao.Um Parabns especial a esse msico, sinnimo de DOM Coaraciense.

    TextodeAnderson Cunha

    Gilberto Lyrio Neto

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    EDUCA O & CULTURAAntes de edir al o entenda a diferen a entre uerer, merecer e recisar

    COARACI:QUANDO ME LEMBRO DE VOC!Enock Dias de Cerqueira

    Afasta-se de ns, a cada dia, o tempo em que se ouvia msica de boa qualidade nos frgeis,nconvenientes e ruidosos discos de 78 rotaes; a longa espera para uma simples ligaoelefnica para Salvador, ou mesmo Ilhus; e as repetitivas trocas de filmes nas mquinasotogrficas. Mas ningum tinha idia do que poderia substitu-los para cumprir as exigncias daecnologia contempornea. Aguardamos ento que os cientistas descubram algum meio decenteue materialize tudo que o tempo j sepultou.

    S assim poderamos rever os irmos expedicionrios Waldyr e Alcyr Freitas retornarem da Itliam 1945, e serem calorosamente ovacionados pela populao, com direito a desfile em carroberto pelas principais ruas da vila, sob os acordes da Banda de Msica 13 de Junho em suarimeira apario pblica. Em outra oportunidade, iramos rever a movimentao popular poronta do eclipse total do sol que trouxe de volta ao cu, estrelas e alguns planetas com o igualrilho de uma noite fria de inverno, mesmo os relgios indicando 9:20 da ensolarada manh de 20e maio de 1947, surpreendendo trabalhadores dentro das roas, estudantes nas salas de aula, eazendo aves e pssaros retornarem aos seus ambientes de repouso.Seria tambm uma oportunidade nica para as geraes atuais reverem a incansvel AliceKruschevsky que, em algumas ocasies, precisou do espao do Cine Teatro Coaraci paraiplomar algumas de suas turmas. Em seus muitos anos de atividades, milhares de outras alunase diplomaram em sua academia de Corte e Costura. Coaraci ainda lhe deve o reconhecimento

    omo a mais importante mulher de sua histria.ramos tambm rever todos aqueles calorosos momentos da chegada do governador OtvioMangabeira e sua comitiva na manh de 29 de janeiro de 1949, bem como os quase dez miloaracienses dominados pela felicidade que aguardavam na Praa Eusnio Lavigne, o comcio-

    monstro que teve incio s trs da madrugada de domingo, - 01 de outubro de 1950 emborarogramado para s 21 horas do dia anterior. Todos desejavam ver seu candidato a prefeito

    Pedro Catalo que tinha em sua comitiva o tribuno Tarclio Vieira de Melo, que, em oratria estavao mesmo nvel de Afonso Arinos de Melo Franco, Tancredo Neves e Rui Barbosa. Menos deuarenta e oito horas depois - tera-feira 3 de outubro - Coaraci concentrava em suas ruas eraas, quase toda a sua populao de mais de 60 mil habitantes, que, vestida a rigor, sereparava pra votar na eleio que tinha Getlio Vargas como candidato imbatvel, pararesidente da Repblica.

    No foi preciso muito tempo para a Banda de Msica trazer de volta s ruas uma pequenamultido de jovens coaracienses para acompanhar o desfile do boi Marab, de Antnio Barbosa

    Teixeira, vencedor numa exposio em Uberaba, no distante sudoeste de Minas Gerais. espera de um novo dia era motivo de alegria para cada coaraciense. Mas o ms de dezembrora o que trazia maior empolgao. Era uma poca em que as ltimas amndoas de cacaueixavam o lastro das barcaas ou dos secadores para ser transformadas em moeda, e j

    ndicavam um grande crescimento da economia do distrito. Quem estudava em Ilhus, Salvador,aguaquara j estava no convvio de suas famlias, e nas ruas eram atenciosamenteumprimentados at pelas pessoas de pouca relao. O cine Glria e o cine Teatro Coaraci,ssim como no antigo cine Rio Branco j havia uma maior frequncia em suas salas de exibioor conta do natal, prestes a chegar. Os cultores da stima arte j sabiam que precisavam chegar

    ogo aos locais de projeo, antes que algum outro espectador ocupasse a sua poltrona preferida.Os personagens e incidentes deste filme so fictcios, e qualquer semelhana com pessoas vivasu mortas meramente acidental era uma frase constante na maioria deles. O the endindicavaue a sesso havia chegado ao fim, sempre em torno das vinte e duas horas, e algumas voltinhaso jardim era uma necessidade que tinha de ser cumprida, antes de voltar pra casa. Mas a Praa

    Getlio Vargas, desde o tempo que se chamava Eusnio Lavigne, tinha um encanto a mais desde

    ue foi dada como concluda em 1942. A praa era a extenso que faltava em cada lar. As poucasoltinhas, inicialmente programadas, logo caam no esquecimento, e iam se sucedendo, uma apsutra, e parecia nunca ter fim, e pouco importava se os sinais de um novo dia fossem surgindo porrs das serras da Unio Queimada. Antes de sair, desejavam identificar quem utilizou o servioe alto-falante para oferecer a alguma delas ndia, Solido, Meu Primeiro Amor de

    Cascatinha & Inhana, msicas de extremo romantismo e j fazendo parte do dia-dia daopulao.

    O parque, inicialmente batizado como Estrela do Norte incentivava a alegria de cada habitante.Projetado e construdo na oficina de Joo Ferreira por Waldyr Freitas e Jos ngelo dos Santosm 1941, logo tornou-se um compromisso em vrias comunidades da regio, mas reservava para

    Coaraci o longo perodo natalino, que, para seus proprietrios se constituiu numa obrigao,eligiosamente cumprida enquanto existiu. Entrava em funcionamento no meio das tardes,ualquer que fosse o dia da semana, e se estendia at a madrugada seguinte, algumas vezesom o dia j claro, quando se via obrigado a interromper a venda de ingressos para forar a

    isperso dos frequentadores. Era a prpria materializao do natal. As poucas pessoas queinda esto entre ns, ainda se lembram de alguma dificuldade para se atravessar a praa nosmomentos de maior agitao popular, s vezes em plena madrugada, em decorrncia do elevadomero de pessoas. As imagens registradas em Coaraci nunca saram da memria de quem, poruestes puramente econmicas, tiveram que migrar para outras terras, onde nunca registraram

    momentos que tivessem o mesmo grau de felicidade como aqueles deixados para trs.

    Seleo de Futebol do Pestalozzi

    HIPNOSE CULTURALTempos atrs, no carnaval coaraciense, pulvamoscomo pipocas ao som das marchinhas, frevos esambas, esses ritmos tinham tudo a ver com afesta. No natal as rdios executavam canesadequadas poca, no So Joo, ouvia-se baio,xaxado, xote galope, msicas para danar nasquadrilhas juninas.

    Nos dias de hoje, no carnaval ouvimos ax, forr,reggae. No So Joo, ouvimos arrocha, pagodesertanejo universitrio, brego e algumasesmolinhas de forr. Nesse ano em plena festajunina, acordei ouvindo um rock daqueles do festivalrock in rio.Realmente um choque cultural.Muitas prefeituras esto contratando as bandas,sem preocupar-se com o produto a ser entregue comunidade e a relao com as pocas.No So Joo de Vitria da Conquista s se contratabandas que tenham uma sanfona, zabumba etringulo. Teclado nem pintado de ouro. Entoquestionei ao secretrio de cultura: - como vocsconseguem tantas bandas com sanfona? Ele medisse que em Conquista h muitos anos existe umconservatrio de sanfona, oferecendoconhecimentos sobre o instrumento musical que to verstil e simblico para cultura local.Lembrei-me ento da filarmnica, que ao longo dotempo formou muitos msicos em Coaraci.Vou continuar sonhando com as noites de SoJoo, Natal e Carnaval e quem sabe voltar a ouvirforr, xote baio, xaxado, galope em junho, msicasnatalinas em dezembro e msicas carnavalescas, emarchinhas no carnaval.

    Waldir Amorim

    Bairro da Feirinha anos 50

    Foto com os nomes dos atletas (alguns no sei/nolembro) de ps: Sergipe sapateiro, Bob, Selman,?,

    Regi, Jorge Bode Rouco, Grimaldo Andrade, JorgeLeal,?, Pastor Jesse. Agachados: Wilson Gogo,Dinho de Armando, Carlos Queixo, Z Mamo,Ernani e Mario (segurana BB) irmo de NegoZezo. Fonte: Roberto Povoas

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    CRIVOS E CRNICASTransforme seus erros em li o no em fracasso.

    Enock Dias Cerqueiranock nasceu nas Duas Barras em 07 devereiro de 1941. Em 1946, toda a famliaudou-se para Coaraci para que ele e osmos pudessem estudar. Sua famliaontinuou mantendo o vinculo com a fazendaor algum tempo, mas logo cairia emsquecimento em decorrncia das novasraes da zona urbana. Enock logo

    bsorveu as alegrias de Coaraci, mas nuncasqueceu os bons momentos das Duasarras, bem mais envolventes que os dadade. Na roa, tinha a companhia do tiouca e seus filhos que formavam um time detebol da fazenda, o campo ficava dentro da

    ede, ao lado do ribeiro. Mais adiante,hegava-se fazenda do av Antnio Dias,ue tambm possua um campo em sua sede,nde os jogos realizados eram extremamenteompetitivos, e participavam pessoas damlia e alguns trabalhadores das fazendas.o ribeiro a turma permanecia brincando por

    arias horas e diariamente, especialmenteos perodos de enchentes. Ao longo dosnos, Enock continuou dividindo seu tempontre a roa e Coaraci, onde aos poucos foidquirindo conhecimentos sobre o trabalho naona rural. Andou por todas as serras daedondeza poca em que a mata originalvidia espao com o cacau, chegando at osontrafortes da serra Pelada na regio doontal do Sul, onde seu Tio Duca possuautra roa. As caminhadas duravam at 12oras, passando por Almadina e Brejo Mole.aminhou a regio do Ribeiro do Terto,

    amotinga, Serra Verde, nascente do Ribeiroos Macacos e at a serra do Corcovado auase mil metros de altitude, percurso, napoca, dominado pela mata atlntica.o foram poucas as ocasies emscrevendo sobre as suas lembranasgrimas rolaram pelo seu rosto, quandoscrevia sobre fatos e nomes de pessoas comuem manteve profundas relaes demizade, e que muito cedo partiram para aernidade. Enock nos dias atuais um dosossos colaboradores mais importantes eresentes no projeto Caderno Cultural de

    oaraci, o seu livro Coaraci Ultimo Sopro, temervido de inspirao e fonte inesgotvel destrias da Terra do Sol, to amada eecantada em versos poticos pelos filhos deoaraci.

    onde permaneceu por seis anos, considerado funcionrio de confiana da Empresa. Retornou Paripiranga onde comercializou acar e com os lucros foi para Salvador preparar-se para o ConcursoPblico de Exator ou Coletor Escrivo, Fiscal de Renda ou ainda Auditor. Como o concurso noaconteceu, retornou e ingressou na poltica em 1944, sendo Secretrio, nomeado pelo Prefeito deItaporanga Dajuda no perodo da Ditadura. Quando o Concurso para Coletor foi confirmado foiaprovado no mesmo em segundo lugar, com mdia 9,6 e foi nomeado para Cidade de Uau em 1947, eem 1948, foi transferido para Euclides da Cunha. Posteriormente foi designado Superintendente Revisordos municpios de Itapicuru, Inhambupe, Esplanada, Conde, Jandara, Acajutiba e Rio Real. Mais tardefoi designado para instalar a Coletoria de Olindina, onde conheceu Maria Joaquina Bittencourt Barreto,com quem se casou posteriormente. Em seguida foi designado para instalar a Coletoria de Antas em1950. Fez campanha para Juracy Magalhes candidato Governador do Estado da Bahia, pormelegeu-se o Candidato da oposio Regis Pacheco. Foi ento removido de Serrinha onde era Coletor,

    para Unio Queimada, Distrito de Itajupe, Sul da Bahia, onde trabalhou como Coletor por oito anos, daseguindo para Itabuna onde foi desempenhar a funo de Fiscal de Renda do Estado.Antnio Ribeiro Santiago foi Vereador em Itajupe pela UDN em 1954, participou das comisses queelaboraram o Impeachment do deposto Prefeito Domingos Chaves. Com este afastamento assumiria aadministrao do municpio onde em nove meses saldou todos os dbitos existentes. Pavimentou eornamentou a cidade, construiu um grupo escolar e Igrejas em Bandeira do Almada e Unio Queimada,distritos de Itajupe.Finalmente em Coaraci foi Vereador pela Arena I e ao lado de Vanderlino Clodoaldo de Almeida fezoposio ao Prefeito Gildarte Galvo Nascimento. Em 1973 elegeu-se Prefeito com apoio do PMDB. Emseu perodo de Governo teve srias dificuldades principalmente pela forte oposio instalada naCmara de Vereadores, mesmo assim concluiu obras importantes e incompletas de governos anteriorescomo o Grupo Escolar Paulo Amrico, Grupo Escolar Gildarte Galvo, Mercado de Carnes. Reformouos grupos escolares da Ruinha dos Trs Braos, Prdio Escolar de Itamotinga, alm de promover todosos anos boas micaretas e manter os pagamentos dos funcionrios pblicos rigorosamente em dia.

    Dentre as suas principais obras esto: A construo do 1 e 2 graus do colgio CEC, CentroEducacional de Coaraci, pavimentou ruas na sede do municpio e nos distritos de So Roque eItamotinga, construiu um grupo escolar no Ribeiro da Lagoa, instalou luz eltrica em Itamotinga e atorre repetidora de tev na serra de Unio Queimada para atender os anseios da populao de Coaraci,Itajupe e Inema, obra que parecia impossvel pelo difcil acesso ao local. Antnio Ribeiro Santiago teveimportante participao na implantao do Hospital de Coaraci junto aos Srs. Laudelino Souza eGilberto Lyrio. Casou-se aos 1939 anos com Maria Joaquina, com a qual teve seis filhos conhecidospelos nomes de Maria do Socorro, Selma Sileide, Mittermayer, Nadja, Maria e Sayonara. Sua esposaera 1 escriv da Vara de Crimes da Comarca de Coaraci e faleceu em 1972, com 40 anos de idade.Antnio Santiago era um homem apaixonado pela esposa de quem falava constantemente e acredita-sepor isso mesmo no tenha se casado novamente. Seus filhos deram-lhe dez netos, Larissa, Mariana,Amanda, Joanna, Luiza, Priscilla, Luciana, Patrcia, Letcia e Antnio.O velho companheiro como era conhecido Antnio Ribeiro Santiago frequentou a UESC Santa Cruz,mas no concluiu o curso de Estudos Sociais vencido por um glaucoma. Foi um homem valente edestemido, suportou perseguies inimaginveis e a todas resistiu bravamente, era um homemperseverante, alegre e gostava da vida. Aos 83 anos, faleceu no dia 09 de Agosto de 1996, vitimado porum derrame cerebral, tirando-o do mundo dos homens e conduzindo-o ao mundo espiritual.Antnio Ribeiro Santiago era um homem simples, imbatvel, brilhante e honesto, e deixou este exemplopara ser seguido por seus sucessores. Era um excelente Pai e Av e sempre que podia estavaensinando a todos da famlia a serem responsveis, pensar alto, e amar a si prprio.

    A VIDA DE ANTONIO RIBEIROSANTIAGO, EX-PREFEITO DE

    COARACI-BAHIA.Texto de Larissa Santiago, adaptado por

    PauloSNSantana

    Antnio Ribeiro Santiago, era um doscinco filhos de Justino Alves Ribeiro eLeonila Santiago Ribeiro, nasceu emParipiranga, cidade do Nordeste da Bahia,em 29 de abril de 1913, e chamaram-lhede Antnio Ribeiro Santiago. Estudou naEscola do Professor Francisco de PaulaAbreu, completou o curso primrio e maiso curso de Francs, em 1930,com 17anos. Era um aluno assduo. A conclusodo primeiro grau aconteceu atravs doArt. 91, em Ilhus e o segundo grau noColgio Municipal de Coaraci, em 1977.Antnio Ribeiro Santiago foi um agricultorque aprendeu logo cedo os servios dalavoura: pilar caf, fazer farinha de

    mandioca, cultivar laranja e foi auxiliar deescritrio (balanceiro), na usina Belm,

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    POETAS E POESIAS

    Obri ado or estar sem re se urando minha mo. "Mouse"

    U SINTO, POSSO, VEJO...

    (Em homenagem aos dois anos doCaderno Cultural).

    De Carlos Ribeiro Bebeto

    Eu sinto se a terra tremer,Posso sentir o cheiro da chuva,

    Sinto o perfume das flores,A dor de uma perda,

    Sinto o envelhecer.

    o posso plantar em terra rida,Mas posso regar cada arvore que plantei.

    osso colher os frutos,er quase tudo,

    com isso me conformar.

    u vejo o planeta agredido,essoas morrendo,u vejo crianas.atadoras de lixo,into dio no ar.

    entir preciso.u posso, vejo e sinto.

    no posso esquecer-me da cultura domeu povo, mas se esqueo de algo doassado, vou buscar.usco no Caderno Cultural de Coaraci.

    Onde eu vou encontrar,Onde eu posso ver,Onde eu posso sentir,Que sou filho da Terra do Sol.

    minha amada Coaraci.

    SOU NEGRO

    Sou negro, meus ancestrais eram negrosmeus filhos so negros.Meu corpo negro, minha essncia negra.Penso e fao tudo como negroFao servio de negro, erro e acerto como negro

    No me incomodo com quem me chama de negroSou um e milhares ao mesmo tempoSou negro e no me vejo na sociedadeVou ao shopping e l no estouOlho as vitrines e no me encontroVisito museus e pouco me vejo

    Sou lembrado em algumas ocasiesSou visto como contribuio exticasou referncia quando convenienteSou retrato posto na parede

    Sou chamado de racista quando questionoSou racista quando cobro meus direitosSou preconceituoso quando mostro a discriminaoSou discriminado quando cobro meus direitos

    Sou inconstitucional quando cobro justia socialSou democrata social quando carnavalSou multicultural na propaganda estrangeiraMas para voc, na verdade.

    Sou a mo que limpa a sujeiraSou a mo que te ajuda a erguerSou a empregadaSou o motoristaSou o lixeiroSou o pedreiroSou o engraxateSou o catador de papelSou o morador de ruaSou o bicheiroSou o trombadinhaSou o "aviozinho"Sou o marreteiroSou o favelado

    No entanto,Eu posso serO executivo de multinacionaisO gerente da tua empresaO empresrio ou empresriaO patro ou a patroaO juizO desembargadorO diretor de escolaO chef de cozinhaTudo eu posso serPorque no a cor da minha pele quem me limita a minha capacidade racional que ponho prova

    o meu conhecimento que ponho em questo

    Por tudo isso, digo no s tuas amarras.Manoel Severino da Silvawww.mundojovem.com.br

    SINDROME DA PAIXOTodos os erros e tropeos

    Nesses anos vividosDeixou um rastro de saudade

    Que enquanto viverJamais vou esquecer

    Fechei a porta do meu euE afastei de vez a solido

    Se eu pudesseAdentrar os olhosE enxergar a alma

    Imagem e semelhanaDos caminhos que levam ao corao,

    Refm da vidaNo refgio da mataA beleza agreste,

    DesabrochaNum fetiche de mulher.

    Que conta os mistrios,

    E torna os segredosDo seu corpo,Dengoso, fogoso, gostoso

    Que fascina.

    Nesta tempestade de areiaArdente que nem pimenta,

    Farejo a teia de renda negraInebriado de amor e desejo,

    Embriagado no clice do prazer.

    Santificado seja,O ventre da serpente

    Sndrome do pecado e tentaesFace oculta da paixo.

    Autor, Hilton Valadares

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