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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA - IBRATI
CRISTIANE OLIVEIRA SECUNDO
PROJETO APLICATIVO: CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM RESSUSCITAÇÃO CARDIO PULMONAR DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO
Porto Velho
2018
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CRISTIANE OLIVEIRA SECUNDO
PROJETO APLICATIVO: CAPACITAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM EM RESSUSCITAÇÃO CARDIO PULMONAR DE UM HOSPITAL PÚBLICO DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DO MUNICÍPIO DE PORTO VELHO
Dissertação de Mestrado apresentado à banca examinadora de docentes do IBRATI, como requisito final do programa Strictu Sensu, para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.
Discente: Enf.ª Esp. Cristiane Oliveira Secundo
Orientador: Msc. Enf.ª Charla Daiana B. do Nascimento
Porto Velho
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2018
RESUMO
A parada cardiorrespiratória (PCR), exige da equipe uma tomada de decisões rápidas e com conhecimento científico para uma assistência na Ressuscitação Cardiopulmonar (RCP) de qualidade. Este estudo teve como objetivo a implantação do projeto aplicativo em um Hospital de Urgência e Emergência do município de Porto Velho. Tratou-se de uma pesquisa de campo com a utilização de projeto aplicativo que prioriza a ação, a amostra compreende a totalidade de profissionais de enfermagem que foi de 20 técnicos e 04 enfermeiros. O projeto foi desenvolvido em três fases: a fase I foi realizada a demarcação do problema utilizando o arco de Manguerez, a fase II com a aplicação do projeto na unidade e a fase III com a avaliação da aprendizagem dos profissionais com a utilização de instrumento em forma de questionário. Espera-se que este projeto consiga contribuir para melhorar o conhecimento da equipe de enfermagem promovendo uma equipe reflexiva e ativa no momento da PCR, bem como fornecer subsídios para que tenhamos uma assistência prestada de forma organizada e padronizada fazendo assim com que o paciente tenha um melhor desfecho de sua assistência. Outra contribuição importante é a valorização e motivação profissional através da educação em serviço, repercutindo diretamente na melhora da qualidade da assistência prestada.
Palavras-Chave: Parada Cardiorrespiratória. Enfermagem. Educação em Saúde.
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ABSTRACT
Cardiopulmonary arrest (CRP) requires the team to make fast, scientifically-informed decisions for quality CPR care. This study aims to implement the application project in an Emergency and Emergency Hospital of the municipality of Porto Velho. It is a field research using the application project that prioritizes the action, the sample comprises the totality of nursing professionals that will be 20 technicians and 04 nurses. The project will be developed in three phases: phase I will be carried out the demarcation of the problem using the Manguerez arch, phase II with the application of the project in the unit and phase III with the evaluation of the learning of the professionals with the use of instrument in form of questionnaire. It is hoped that this project will contribute to improve the knowledge of the nursing team by promoting a reflexive and active team at the time of the PCR, as well as providing subsidies so that we have an organized and standardized assistance rendering the patient with a best outcome of your tour. Another important contribution is the valorization and professional motivation through the education in service, directly impacting on the improvement of the quality of care provided.
Key words: Cardiorespiratory arrest. Nursing. Health Education.
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INTRODUÇÃO
Segundo Conselho Federal de Medicina (CFM), através da Resolução 1451/95,
define Emergência por a “constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem
em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico
imediato”. Trata-se de uma situação crítica que surge de modo inesperado, exigindo assim
uma intervenção imediata para a solução do problema.
Uma das características dos serviços de emergência é de diminuir a
morbimortalidade e as sequelas incapacitantes, por conta disso é preciso garantir os princípios
necessários para um sistema de atenção de emergência eficaz e instantâneo considerando
recursos humanos, infraestrutura, equipamentos e materiais, de modo a assegurar uma
assistência integral, com qualidade adequada e contínua (AZEVEDO et al, 2010).
É importante salientar que apenas a sua implementação não é suficiente, deve-se
levar em consideração as especificidades e a natureza dos atendimentos de urgência e
emergência. O atendimento aos usuários com quadros agudos deve ser prestado por todas as
portas de entrada do SUS (Sistema Único de Saúde), possibilitando a solução do problema
apresentado pelo usuário ou transportando-o para um serviço de maior complexidade, dentro
de um sistema hierarquizado e regulado, conforme preconiza a Política Nacional de Atenção
as Urgências (BRASIL, 2003).
A manutenção das funções fisiológicas e a preservação da vida são ações primordiais
na enfermagem desenvolvidas no setor de urgência e emergência, estas exigem a atuação
rápida e eficaz em procedimentos técnicos da equipe, em que as habilidades, tempo e a
tomada de decisão, cujo objetivo principal é recuperar ou salvar a vida do paciente sem risco
na qualidade do atendimento, é de extrema importância (ROCHA, 2012).
Nos Estados Unidos temos uma estimativa de 250 mil mortes súbitas que ocorrem no
ano de causas coronarianas, essas condições clínicas que os pacientes apresentam não
superam a prioridade no atendimento da Parada Cardiorrespiratória (PCR), onde a agilidade e
eficiência das ações adotadas na PCR são fundamentais para um bom desfecho no
atendimento do paciente (MARTINS et al., 2014).
A PCR trata-se da perda brusca e repentina de função cardíaca, respiração e
consciência é um acontecimento dramático responsável por morbimortalidade elevada mesmo
em situações em que o atendimento se mostre em local ideal como o hospital. O tempo é de
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extrema importância onde estima-se que cada minuto de permanência em parada diminua em
10% a probabilidade de sobrevida do indivíduo. (MARKUS et al, 2013.).
A ressuscitação cardiopulmonar (RCP) é decorrente da PCR. Que significa a
recuperação mecânica das funções sistêmica e respiratória perdidas. Onde além da
recuperação mecânica, também é de extrema importância o uso de alguns materiais como
auxilio para atendimento da mesma (PLACENIO, 2014).
O atendimento da PCR é descrito na literatura como Ressuscitação Cardiopulmonar
(RCP), que compreende uma sequência de manobras e procedimentos destinados a manter a
circulação cerebral e cardíaca, e garantir a sobrevida do paciente (AMERICAN HEART
ASSOCIATION, 2015).
Ao longo de nossa vivência hospitalar, nos deparamos com diversas dificuldades
apresentadas pela equipe, nos mais variados campos, porém, a questão da assistência na PCR
foi um ponto em comum de dificuldade e despreparo no atendimento. Diante disso, é
imprescindível que os profissionais de enfermagem estejam capacitados para agir com
segurança e conhecimento dos protocolos que orientam o atendimento de urgência e
emergência (LEMOS, et al., 2010).
É importante ressaltar que os treinamentos em manobras de Ressuscitação
Cardiopulmonar (RCP), permitem que os profissionais de saúde atuem de forma segura além
de garantir que assistência seja realizada de forma eficiente. Ressalta-se ainda que estes
devem ter o preparo e o conhecimento teórico-prático das manobras de reanimação e para
isso, a educação permanente tem um papel muito importante no que tange o preparo da equipe
dentro do hospital bem como sua assistência ao paciente em RCP (ALMEIDA et al., 2011).
A identificação das dificuldades no atendimento em RCP foram feitas pelo Núcleo
de Educação Permanente e observações de demais profissionais, juntamente com a avaliação
dos resultados insatisfatórios que foram relatados pelos profissionais. Com essas
considerações podemos evidenciar a importância da aplicabilidade do projeto na unidade.
Neste sentido, surge a questão norteadora do projeto: quais as deficiências apresentadas pela
equipe de enfermagem no atendimento a RCP?
Com a propositura de um projeto de intervenção aos profissionais da urgência e
emergência de um hospital público voltado para a capacitação destes profissionais no
atendimento em RCP, o projeto contribuiu com as discussões que os profissionais se
propuseram a desenvolver além da reflexão sobre os resultados direto na qualidade e na
assistência prestada ao paciente que precisa desta assistência.
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Diante disso, o objetivo do trabalho foi desenvolver e aplicar um projeto de
intervenção com treinamento em RCP para os profissionais de enfermagem de um Hospital de
Urgência e Emergência do município de Porto Velho.
Em busca pelo equilíbrio das condições vitais do paciente, o atendimento demandada
celeridade e objetividade. Mesmo com inúmeras modificações e padronizações relacionadas
as condutas, a mortalidade relacionada a PCR ainda é alta. Desta forma, profissionais bem
treinados e devidamente capacitados desenvolvem um atendimento mais eficiente e de
qualidade (PEREIRA, M. et al., 2015).
A educação permanente em saúde tem se apoiado no conceito de ensino
problematizado e de aprendizagem significativa, ou seja, ensino-aprendizagem embasado na
produção de conhecimentos que respondam a perguntas que pertencem ao universo de
experiências e vivências de quem aprende e que gerem novas perguntas sobre o ser e o atuar
no mundo (ARAÚJO, 2015).
O NEP tem sido uma importante ferramenta de gestão organizacional, uma vez que
sua implantação objetiva-se não apenas capacitar os trabalhadores, mas tornar o ambiente de
trabalho mais prazeroso, oferecendo uma assistência que atenda às necessidades reais da
população, além de contribuir com a gestão organizacional, que pode promover o
envolvimento da equipe com a organização, possibilitando trabalhar a interdisciplinaridade,
cuja revisão de processos organizacionais busca melhorias e desenvolvimento da
aprendizagem organizacional, possibilitando por fim, as práticas inclusivas com a
participação da equipe, da gestão e dos usuários (ARAÚJO, 2015)
Portanto, o profissional da saúde deve estar habilitado para socorre e aplicar a RCP
no paciente. Diante disso, é imprescindível que o cuidador esteja ciente sobre todas as normas
e mudanças propostas de acordo com a AHA, tenha conhecimento sobre a ressuscitação
cardiopulmonar juntamente com a PCR e encontre-se treinado para oferecer o devido suporte
de forma a garantir a sobrevida do paciente.
MATERIAIS E MÉTODOS
O presente estudo caracteriza-se de cunho comparativo, prospectivo e com
abordagem quantitativa e desenvolvido na forma de projeto aplicativo (P.A). Este consistiu na
aplicação de uma intervenção realizada em um Hospital do município de Porto Velho, cuja
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ação-aprendizagem consistiu em acoplar a teorização da RCP e sua prática, proporcionando
assim a melhoria do atendimento aos pacientes.
Nesse projeto, foi utilizado também como delimitação metodológica, o arco de
Manguerez que consiste em uma metodologia que trabalha a problematização. Esta é utilizada
em situações em que os temas estão relacionados com a vida. É um método que orienta a
prática e o desenvolvimento visando o pensamento crítico e criativo (PRADO, 2012.).
No arco de Manguerez, a primeira etapa consiste em observar de forma detalhada e
crítica a causa dos problemas daquele local. Após a observação, dá início a segunda etapa que
consiste nas definições de pontos chaves, ou seja, a fim de buscar soluções para esse
problema. Na terceira etapa, compreende-se a teorização, onde iremos buscar soluções desses
problemas através de pesquisas, análises e investigação com conhecimentos teóricos e
abordagem científica. Após os pontos chaves e a teorização, é seguido para a quarta etapa do
arco, que consiste nas propostas de soluções, respeitando assim a realidade e as condições da
instituição, buscando a possibilidade de obter soluções. Na quinta etapa, é a aplicação a
realidade do projeto, neste momento em que todas as soluções e propostas são implementadas
e aplicadas no local escolhido (VILLARDI; CYRINO; BERBE, 2015).
O P.A é um objeto de estudo-aprendizagem que se dirige aos problemas ligados à
vivência dos autores e a elaboração de propostas para enfrentar esse problema. É considerado
um trabalho técnico-científico, guiado a intervir em uma realidade. Buscando misturar
conhecimento e ação e educação na abordagem construtivista de aprendizagem (CALEMAN,
et al, 2016).
O Projeto foi desenvolvido no Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II, que
visa proporcionar atendimento hospitalar de urgência e emergência para o estado de
Rondônia. O mesmo difere das demais unidades de atendimento hospitalar na capital, pois é o
Hospital que é referência em urgência e emergência pelo o Sistema Único de Saúde (SUS) no
Estado de Rondônia.
A população de estudo foi constituída por profissionais da equipe de enfermagem
que atuavam Hospital e Pronto Socorro João Paulo II, compreendendo a totalidade de
profissionais sendo: 40 técnicos (as) de enfermagem e 05 enfermeiros (as) considerando os
critérios de inclusão e exclusão. Nossa amostra, constituiu-se de 24 profissionais no total de
20 técnicos e 4 enfermeiros.
Nos critérios de inclusão, abarcamos todos os enfermeiros e técnicos de enfermagem
sendo homens ou mulheres que atuam no Hospital João Paulo II e que aceitaram a se
submeter ao treinamento e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).
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Foram excluídos profissionais que estavam afastados devidas as férias, licença ou afastamento
no período da aplicação do treinamento e os quais não aceitarem participar ou se recusaram a
assinar o TCLE.
O Projeto aplicativo foi desenvolvido em três fases descritas a seguir, onde a fase I
consistiu da observação dos problemas apresentados pela equipe, onde elaboramos os pontos
que deveríamos abordar de acordo com os problemas levantados, utilizando de conhecimentos
científicos e teóricos para encontrar soluções e chegar a resolução do problema. Após estudos
e problemas levantados, fomos para a II fase do nosso projeto.
A fase II, foi a aplicação do projeto em si, onde executamos em três etapas: A
primeira etapa, abordamos as equipes de enfermagem, apresentando o projeto com as devidas
orientações sobre os objetivos da pesquisa, e sobre nosso estudo, entregamos o TCLE
(ANEXO A) e o pré-teste instrumento (APÊNDICE A) utilizado para verificar o
conhecimento dos profissionais sobre RCP antes de iniciar a exposição do conteúdo. Este
instrumento foi um questionário onde realizou-se a coleta de dados contendo duas partes:
parte A - dados de identificação e caracterização dos enfermeiros; parte B - questionário
abordando o conteúdo sobre PCR/RCP, totalizando 17 questões. Na segunda etapa, foi a
realização das aulas teóricas com utilização de equipamentos audiovisuais, e a aulas práticas
com simulação de atendimento de PCR. Na terceira etapa, foi reaplicado o instrumento de 17
perguntas conforme que já foi citado na etapa I após as aulas ministradas para quem
participou do treinamento.
Ao se tratar de uma pesquise que envolveu seres humanos o projeto de pesquisa foi
encaminhado e submetido a validação do Comitê de Ética e Pesquisa (CEP), através da União
Educacional do Norte - UNINORTE, sob o número 2.417.288, em 05 de dezembro de 2017.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Aqui temos a fase I do projeto que consistiu da observação dos problemas e como
resultados dessa abordagem temos: Desatualização das novas diretrizes de RCP; Despreparo
para a realização da RCP; Dificuldade em reconhecer uma PCR e demora no atendimento da
mesma; Além de não possuir uma padronização para os atendimentos.
A amostra foi constituída de 45 (100%) profissionais onde 40 eram técnicos de
enfermagem e 5 eram enfermeiros, sendo que somente 24 (53,3%) desses participaram da
capacitação. Sendo 20 (50%) de técnicos e 4 (80%) enfermeiros. Do total de enfermeiros 1
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(20%) estava em férias, do total de técnicos 6 (15%) se recusaram a participar, 4 (10%)
estavam de férias ou afastamento, 2 (5%) faltaram no dia de aplicação do projeto, 3 estavam
de plantão em outra unidade (7,5%) e 5 (12,5%) responderam somente o pré-teste.
Ao todo foram contabilizados 24 pré-testes e 24 pós testes. Os profissionais foram
caracterizados da seguinte forma: grupo A enfermeiros e grupo B dos técnicos de
enfermagem, para facilitar a análise dos resultados.
Após aplicação do pré-teste (questionário) iniciou-se a segunda etapa do projeto: as
aulas teóricas e práticas para os profissionais da equipe.
4.1 PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DOS PARTICIPANTES DA CAPACITAÇÃO
Na primeira variável, houve a divisão de enfermeiros que foi 17% (4) e de técnicos
de enfermagem que foi de 83% (20). Observou-se a predominância do sexo feminino 87,5%
(21) enquanto que o sexo masculino somente 12,5% (3). Dividindo em grupo, o “A” foi de
100% (4) das mulheres e no grupo “B” 85% (17) enquanto que do sexo masculino foi de 15%
(3).
Com relação a idade dos participantes, notamos que as idades de 18 a 25 anos e 26 a
30 anos ambas ficaram com 25% (6) cada e 41% (10) marcaram a opção de 30 a 35 anos de
idade. As idades de 36 a 40 anos e acima de 41, cada uma contabilizou com 4,5% (1). Nessa
etapa, também temos a variável do tempo de formação que cada profissional tinha, aqui
dividimos em categorias que vai de: menos de 1 ano 29% (7), 1 a 5 anos 37,5% (9) e 6 a 10
anos 33,5% (8).
TABELA 01 - Caracterização dos profissionais com distribuição das variáveis: profissão, gênero e idade. Variável (N) (%)
Profissão
Enfermeiro 04 17%
Téc. De enfermagem 20 83%
Gênero
Feminino 21 87,5%
Masculino 03 12,5%
Idade
18 a 25 anos 06 25%
10
26 a 30 anos 06 25%
Idade
31 a 35 anos 10 41%
36 a 40 anos 01 4,5%
Acima de 41 anos 01 4,5%
Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Nessa pesquisa observou-se a predominância do sexo feminino, por se tratar de uma
equipe de enfermagem, ainda acreditam que essas profissões (técnica de enfermagem e
enfermeira) sejam totalmente voltadas ao sexo feminino. Esse pensamento ainda se dá pelo
fato de que os cuidados para as crianças e idosos é frequentemente associado à figura da
mulher, que desde sempre foi curandeira e que possui um conhecimento empírico sobre as
práticas de saúde (PEREIRA, S. et al., 2015).
A equipe de enfermagem é constituída em sua maior parte por técnicos de
enfermagem, visto que o enfermeiro desempenha a função de liderar e coordenar a equipe,
enquanto que o técnico de enfermagem tem o papel de executar essas tarefas delegadas a eles.
Com o passar dos anos e inúmeras pesquisas e estudos, observou-se que a área da saúde é
historicamente e majoritariamente composto pelo sexo feminino, como demonstra em nossa
pesquisa e em várias outras. Tendo em vista também que nessas equipes a idade dos
profissionais ficavam entre 20 a 35 anos o que significa dizer que a equipe de enfermagem é,
predominantemente, jovem (MACHADO et al., 2015).
Essa pesquisa apontou também que muitos dos profissionais atuantes nessa área são
jovens com idade em torno de 20 a 35 anos. Nessa etapa, também temos a variável do tempo
de formação que cada profissional tinha, aqui dividimos em categorias que vai de: menos de 1
ano 29% (7), 1 a 5 anos 37,5% (9) e 6 a 10 anos 33,5% (8).
Na variável do tempo que atuam no hospital, 91% (22) responderam que atuam há
menos de um ano, enquanto que 4,5% (1) disseram que atuavam de 3 a 6 anos e de 6 a 10
anos, cada.
A última pergunta da parte “A” do questionário, estava relacionada a capacitação dos
profissionais, ou seja, se eles se atualizavam ou se capacitavam após a formação, 87,5% (21)
disse que não se capacitou e os 12,5% (3) restante disse que se capacitava através de livros,
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leituras, palestras, cursos e aulas. Dentre esses que disseram “sim” 33,5% (1) é capacitado em
BLS e ACLS enquanto que o restante 66,5% (2) era capacitado somente em BLS.
TABELA 02 – Apresentação das variáveis: tempo de formação, tempo de trabalho na unidade e se haviam feito alguma capacitação ou atualização sobre o assunto que foi abordado. Tempo de formado (N) (%)
Menos de um ano 07 29%
1 a 5 anos 09 37,5%
6 a 10 anos 08 33,5%
Tempo de trabalho no Hospital N %
Menos de 1 ano 22 91%
3 a 6 anos 01 4,5%
6 a 10 anos 01 4,5%
Capacitação ou atualização de RCP/PCR
Sim 03 12,5%
Não 21 87,5%
Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Visto que a equipe de enfermagem é constituída em sua maioria por jovens com
idade entre 20 a 35 anos, e sobre o seu tempo de formado que vai entre 1 a 5 anos, sendo eles
formados em técnicos ou enfermeiros, é a fase do sonho profissional, da ilusão, das buscas de
decisões e das incertezas e se firmar no mundo do trabalho (MACHADO et al., 2015). Nessa
pesquisa, mostra-se também a predominância de recém-contratados, tendo em vista que 91%
(22) dos que se propuseram a responder o questionário marcaram a opção: “menos de um
ano”.
Por ser a maioria em um hospital, é necessário que a equipe de enfermagem possua
um conhecimento técnico científico atualizado, além de desenvolver habilidades e técnicas
relacionadas a PCR e RCP. Nesse sentido, é necessária uma atualização, qualificação e
capacitação dos profissionais que visa fortalecer os atendimentos as essas emergências, visto
que a maioria desses profissionais relatavam que não possuíam uma capacitação ou
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atualização sobre o assunto (SILVA, 2017). Nessa pesquisa outro ponto observado foi a
predominância de profissionais que não possuíam uma capacitação ou atualização em RCP.
É de extrema importância que a equipe de enfermagem esteja devidamente treinada e
capacitada para que estejam apitos a resolver os problemas que surgem na urgência e
emergência do hospital. Dessa forma, destaca-se a importância da capacitação destes
profissionais para o atendimento de PCR, pois está condição é uma das principais causas de
atendimento na sala vermelha. Desta forma, visa a melhoria no atendimento, nas habilidades
individuais, conhecimento teórico e harmonia em equipe, garantindo assim o sucesso na
recuperação da vida do paciente (PEREIRA, 2014).
Após a caraterização da equipe de enfermagem, fomos para a parte “B” do
questionário. Que eram perguntas enumeradas em sequência sobre PCR/RCP. Nas tabelas a
seguir, fizemos a comparação do pré-teste e pós teste, utilizadas durante a aplicação do
projeto. Todas as perguntas e alternativas foram baseada no questionário de CAPOVILLA
(2002), onde utilizamos para correção as diretrizes de 2015 da AHA e outros artigos que
foram expostas nas aulas teóricas.
4.2 DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS SOBRE O CONHECIMENTO TEÓRICO DO PRÉ E PÓS-TESTE RELACIONADA A PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA E PADRÕES DE RITMOS ENCONTRADOS NA PARADA
A pergunta: Como você detecta uma parada cardiorrespiratória (PCR)? foi utilizada
para testar como os profissionais reconheciam uma PCR, para isso, era preciso que eles
marcassem a segunda e a terceira alternativa para considerar totalmente certas. Se
assinalavam somente uma, eram consideradas parcialmente. No pré-teste observou-se que os
componentes do grupo “A” (50% (2) dos participantes), responderam parcialmente correto e o
restante totalmente corretas. Já no grupo “B” 15% (3) responderam incorretamente (Não
sei/em branco) 55% (11) parcialmente correta e 30% (6) totalmente correta.
No pós-teste, o grupo “A” 25% (1) respondeu parcialmente correta e 75% (3)
responderam totalmente correta, no grupo “B” 70% (14) respondeu totalmente correta e 30%
(6) parcialmente.
Sobre a conduta imediata que o profissional deve realizar após uma parada, o
profissional deveria assinalar todas as alternativas, com exceção da primeira e última
alternativa (Nenhuma/ Outras respostas). No pré-teste, o grupo “A” temos que 100% (4)
responderam parcialmente corretos já no grupo “B” 80% (16) e, ainda no grupo 20% (4) dos
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participantes responderam totalmente corretas. No pós-teste 75% (3) do grupo “A”
responderam parcialmente correto e em 25% (1) obtivemos resposta correta, no grupo “B”
45% (9) responderam parcialmente e 55% (11) responderam totalmente correta.
Quais os padrões de ritmos encontrados na PCR? Nessa pergunta, os participantes
deveriam assinalar todas as respostas, a última alternativa era a única a ser descartada. No pré-
teste e pós teste, o grupo “A” não apresentou mudança nas respostas, 75% (3) responderam
incorretamente e 25% (1) corretamente. No grupo “B” no pré-teste 100% (20) responderam
incorretamente, e no pós-teste tivemos 45% (9) de respostas incorretas e 55% (11) de
respostas corretas.
TABELA 03- Distribuição das respostas dos profissionais sobre o conhecimento teórico, divididos por grupo em pré e pós teste, com os tipos de questões: Como detecta a PCR; Qual a conduta após detectar a PCR; Os padrões de ritmo.
Tipos de questões
Respostas (%)PRÉ TESTE PÓS TESTE
GRUPO A GRUPO B GRUPO A GRUPO B
C PC IN C PC IN C PC IN C PC IN
Como detectar uma PCR 50 50 0 30 55 15 75 25 0 70 30 0
Conduta após uma PCR 0 100 0 20 80 0 25 75 0 55 45 0
Padrões de ritmos
25 - 75 0 - 100 25 - 75 55 - 45
Legenda: C (Correta), PC (Parcialmente correta) e IN (Incorreta)Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Como critério para a avaliação realizada aos questionários dos participantes, foi
utilizada como base as Diretrizes da AHA 2015, além de outras literaturas que nos ajudaram
na discussão ao longo do trabalho. Este estudo veio com o intuito de contribuir e ressaltar a
importância de uma equipe bem capacitada e devidamente treinada, tanto prático como
teoricamente, para as condutas relacionadas a PCR/RCP.
De acordo com os resultados apresentados pudemos ver a diferença e o crescimento
da equipe em relação ao assunto. Com relação a detectar uma PCR, os participantes deveriam
assinalar duas alternativas que correspondiam com essa questão. Na primeira etapa, o grupo
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“A” ficou em torno de 50%(2) enquanto que o “B” 30%(6), na segunda etapa já se observou
um aumento de assertivas de 75% (3) e 70% (14) respectivamente. Segundo Pereira, S. et al
(2015), a parada cardíaca é um acontecimento que procede de forma anunciada, ou seja, o
paciente apresenta sinais que é possível identificar com antecedência esse acontecimento.
Esses sinais, portanto, trata-se da perda brusca da função sistêmica, como a inconsciência, a
ausência dos pulsos carotídeos e femorais e ausência da respiração (apneia) ou ambas.
(MARKUS, et al., 2013)
É necessário o diagnóstico precoce da parada para que o atendimento seja realizado
de forma rápida e eficaz. Portanto, a equipe de enfermagem, possuem papeis indispensáveis
no atendimento a uma PCR, pois além da sintonia da equipe é primordial que a rapidez e a
qualidade no atendimento sejam preservadas. (PEREIRA, S. et al., 2015). Nessa análise, na
primeira etapa o grupo “A” e “B” respectivamente responderam 100% (4) e 80% (16),
parcialmente correto. Já na segunda etapa, esses números foram favoráveis, pois temos um
aumento nas respostas corretas onde: 25% (1) e 55% (11) responderam corretamente. Nessa
questão, mostrou um aumento nas respostas do pós-teste, em relação a respostas nos testes
anteriores, pois mostra um aumento considerável onde os participantes responderam as
questões totalmente corretas.
De acordo com as Diretrizes da AHA 2015, ao detectar uma parada você deve
acionar a equipe ou pedir para a pessoa mais próxima de você que chame o restante dos
profissionais, em seguida, começar imediatamente a RCP com compressão torácica externa.
Ao chegar a equipe, continuar com o atendimento retificando vias aéreas iniciando a
ventilação juntamente com as CTE, ao chegar o DEA, instalar imediatamente no paciente.
Repetir o ciclo até que o paciente volte ou que seja constatado sua morte.
Na primeira etapa do teste no grupo “A” somente 25%) (1) conheciam os ritmos e na
segunda etapa continuou com esse resultado. O grupo “B” mostrou um crescimento na
resposta correta relacionada ao primeiro grupo, devido ao treinamento onde na primeira etapa
ninguém soube responder e na segunda etapa, após as aulas ministradas 55% (11) souberam
responder a questão relacionada a este tema. Segundo GONZALEZ et al., (2013), as
modalidades encontradas em uma parada são: Taquicardia Ventricular sem Pulso (TVSP),
Fibrilação Ventricular (FV) onde essas duas primeiras ocorrem principalmente em ambiente
extra-hospitalar. A atividade elétrica sem pulso (AESP) e assistolia, respondem pelos casos
em ambiente intra-hospitalar.
Como foi observado, os grupos que responderam sobre a detecção de uma PCR,
tiveram um aumento considerável em relação ao pré-teste e o pós-teste. No grupo “A” obteve
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um resultado de 50% (2) para 75% (3) enquanto que o grupo “B” foi de 30% (6) para 70%
(14). Essas respostas mostra que os participantes conhecem dados apresentados pela literatura,
onde eles deviam assinalar as respostas que continham ausência de respiração e ausência de
pulsos. Em relação as condutas a serem tomadas não tiveram aumentos consideráveis, tendo
em vista que a maioria das respostas corretas continuou com um percentual ente 20% (grupo
A) a 55% (grupo B). Já nos padrões de ritmos encontrados na PCR, não houveram mudanças
nas respostas no grupo “A”, já no grupo “B” foi de 25% (5) para 55% (11) para as respostas
totalmente corretas.
4.3 DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS SOBRE O CONHECIMENTO TEÓRICO DO PRÉ E PÓS-TESTE RELACIONADA AO SUPORTE BÁSICO DE VIDA E SUPORTE AVANÇADO DE VIDA
Sobre o suporte básico de vida, essa pergunta veio com o intuito de verificar o
comportamento dos profissionais no que consiste o SBV. Os profissionais deveriam marcar
todas as alternativas (Retificação das vias aéreas/ Ventilação artificial/Compressão torácica
externa - CTE), com exceção da primeira e a última resposta. No pré-teste, 100% (4) do grupo
“A” responderam parcialmente correta, o grupo “B” tivemos 25% (5) de respostas incorretas,
65% (13) de respostas parcialmente corretas e 10% (2) de respostas corretas. No pós-teste, o
grupo “A” não apresentou mudança no padrão de resposta, já no grupo “B” 70% (14) dos
participantes apresentaram resposta parcialmente correta e 30% (6) correta.
No suporte avançado de vida, foram dadas 7 alternativas. Onde cada participante
deveria marcar todas estas para êxito na resposta. No pré-teste o grupo “A” respondeu 25%
(1) corretamente e os outros 75% (3) parcialmente, o grupo “B” respondeu 45% (9) correto,
50% (10) parcialmente correto e 5% (1) incorreto. Já no pós teste do grupo “A” 25% (1)
foram respostas corretas e 75% (3) parcialmente, já no grupo “B” 50% (10) responderam
corretamente e outros 50% (10) parcialmente correta.
TABELA 04 - Distribuição das respostas dos profissionais sobre o conhecimento teórico, divididos por grupo e em pré e pós teste, com os tipos de questões: No que consiste o suporte básico de vida (SBV); No que consiste o suporte avançado de vida (SAV).
Tipo de questões
Respostas (%)PRÉ TESTE PÓS TESTE
GRUPO A GRUPO B GRUPO A GRUPO B
C PC IN C PC IN C PC IN C PC IN
16
No que consiste o SBV 0 100 0 10 65 25 0 100 0 30 70 0
No que consiste o SAV 25 75 0 45 50 5 25 75 0 50 50 0
Legenda: C (Correta), PC (Parcialmente correta) e IN (Incorreta)Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Nas questões sobre no que consiste o SBV e o SAV, o grupo “B” mostrou destaque
em relação ao grupo “A”. No SBV na primeira e segunda etapa 100% (4) dos participantes do
grupo “A” responderam parcialmente correta enquanto que no grupo “B” somente 10% (2)
responderam corretamente e na segunda etapa subiu para 30% (6). No SAV, permaneceu em
25% (1) as respostas corretas do grupo “A” e o grupo “B” saiu de 45% (9) para 50% (10).
O Suporte Básico de Vida consiste na pilastra do atendimento ao paciente em parada
cardiorrespiratória, com o objetivo de manter oxigenação e, principalmente, as funções dos
órgãos através das compressões contínuas. Os aspectos fundamentais incluem reconhecimento
acionamento do serviço de emergência ou da equipe, RCP precoce e desfibrilação rápida. No
SAV, essas intervenções dão continuidade do SBV bem aplicado e adequado, a fim de
aumentar a probabilidade de retorno da circulação espontânea (RCE) com a terapia
medicamentosa e o uso de dispositivos avançados de via aérea e monitoração (FALCAO;
FEREZ; AMARAL, 2011).
Observa-se um destaque do grupo “B” quando comparadas ao grupo “A” em relação
as respostas corretas no SBV e SAV, esse acontecimento deve-se ao fato do conteúdo
abordado, onde utilizamos os padrões de suporte presentes nas diretrizes de 2015 juntamente
com suas mudanças, possuírem mudanças consideráveis.
4.4 DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS SOBRE O CONHECIMENTO TEÓRICO DO PRÉ E PÓS-TESTE RELACIONADA A VENTILAÇÃO DO PACIENTE COM E SEM TRAQUEOSTOMIA
Sobre a ventilação em um paciente intubado no ambiente intra-hospitalar, colocamos
4 alternativas, onde as respostas corretas seriam: Ressuscitador manual enriquecido com O2
(Ambú) / Apenas aumenta a FiO2 para 100% se estiver no respirador artificial. Foram
consideradas incorretas as respostas: Não sei/Outros ou ainda se deixassem em branco. No
pré-teste, o grupo “A” teve 75% (3) como resposta parcialmente correta e 25% (1) correta. O
17
grupo “B” teve 20% (4) incorretas, 65% (13) parcialmente incorreta e 15% (3) corretas. No
pós-teste o grupo “A” manteve os 75% (3) de resposta parcialmente e 25% (1) totalmente
corretas, o grupo “B” obteve 75% (3) de respostas parcialmente corretas e 25% (1) correta, o
que mostra uma melhora no padrão de resposta.
Para a ventilação em um paciente não-intubado em parada em um ambiente intra-
hospitalar, tínhamos 5 alternativas onde era considerada correta somente a alternativa com a
afirmação, Máscara de O2 ressuscitador manual (Ambú) + máscara, enriquecido com O2, e as
demais opções eram consideradas incorretas (Não sei/ Respiração boca-a-boca/ Cateter de O2/
Outros). No pré e pós teste o grupo “A” manteve a porcentagem de 100% (4) de respostas
corretas. Já no grupo “B” no pré-teste tivemos 30% (6) de respostas incorretas e 70% (14) de
respostas corretas. No pós teste obtivemos êxito no aprendizado pois 100% (4 grupo “A” e 20
grupo “B”) dos participantes responderam corretamente.
TABELA 05 - Distribuição das respostas dos profissionais sobre o conhecimento teórico, divididos por grupo em pré e pós teste, com os tipos de questões: Ventilação do paciente com TOT; Ventilação do paciente sem TOT
Tipo de questões
Respostas (%)PRÉ TESTE PÓS TESTE
GRUPO A GRUPO B GRUPO A GRUPO B
C PC IN C PC IN C PC IN C PC IN
Paciente com TOT
25 75 0 15 65 20 25 75 0 25 75 0
Paciente sem TOT
100 - 0 70 - 30 100 - 0 100 - 0
Legenda: C (Correta), PC (Parcialmente correta) e IN (Incorreta)Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Quanto as ventilações em um paciente intubado e não-intubado em ambiente intra-
hospitalar durante uma RCP, foi identificado na primeira questão um baixo índice de
respostas corretas dos grupos A e B na primeira e na segunda etapa, ficando com média de
15% a 25% de respostas corretas. Já no paciente não intubado, o grupo “B” no pré-teste teve
70% (14) de respostas corretas, já no pós-teste estas subiram para 100% (20). O grupo “A”
manteve os 100% (4) de acertos tanto no pré quanto no pós-teste.
18
A utilização do ressuscitador manual (ambú) é citada na maioria das literaturas como
utilizado tanto em um paciente intubado quanto no paciente não intubado. A AHA 2015,
preconiza para um suporte avançado uma ventilação a cada 6 segundos e recomenda-se
também o uso da FiO2 de 100% de oxigênio, aumentando a oferta de O2. Em um paciente não
intubado, é recomendado o uso do ressuscitador manual (Ambú) com máscara enriquecido
com O2, e recomenda-se duas ventilações a cada 30 compressões.
Quanto a ventilação ao paciente com TOT, no grupo “A” não houve nenhum
crescimento em relação as respostas quando comparadas as duas etapas. Já no grupo “B”
passou de 15% (3) para 25% (5) da resposta correta. Embora, os autores relacionam a
ventilação mecânica como principal meio de ventilar, os profissionais encontraram ainda uma
dificuldade para assinalar essas questões. Já no paciente sem TOT no grupo “A” se manteve
no mesmo índice de 100% (4) e no grupo “B” passou de 70% (14) para 100% (20).
4.5 DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS SOBRE O CONHECIMENTO TEÓRICO DO PRÉ E PÓS-TESTE RELACIONADA A REALIZAÇÃO DAS COMPRESSÕES TORÁCICA EXTERNA-CTE
O questionamento sobre o posicionamento das mãos para a realização da CTE, serviu
tanto para saber se os profissionais sabiam o posicionamento correto quanto se sabiam
descrevê-lo. Observamos que o grupo “A”, no pré-teste 100% (4) dos participantes que
responderam sim (sabiam o posicionamento correto) onde destes 25% (1) descreveram
corretamente a posição das mãos, e 75% (3) não souberam descrever da forma correta. No
grupo “B” ainda no pré-teste, 75% (15) disseram que sim (sabiam da posição) e destes
somente 70%(14) descreveram, porém dentro dos que responderam que sim (75%) somente
54% (11) acertaram na sua descrição. O restante 25% (5) afirmaram que não sabiam.
Para os resultados do pós-teste, observamos 100% (4 e 20) das respostas positivas
em ambos os grupos (grupos A e B), porém, destaca-se que no grupo “B” 15% (3) que
marcaram sim não descreveu o posicionamento, 5%(1) descreveu incorretamente e o restante
80%(15) descreveu corretamente.
Na questão sobre a postura corporal que o profissional deve ter para realizar a CTE,
foram compostas de 5 alternativas, eles deveriam marcar todas as opções para ser considerada
correta com exceção da primeira e última (Não sei/ Outras). Pré-teste no grupo “A” 100% (4)
parcialmente correta, no grupo “B” 30% (6) incorretas, 35% (7) parcialmente correta e 25%
19
(5) correta. No pós-teste 25% (1) correta, 75%(4) parcialmente do grupo “A”, no grupo “B”
85%(17) corretas e 15%(3) parcialmente.
TABELA 06 - Distribuição das respostas dos profissionais sobre o conhecimento teórico, divididos por grupo e em pré e pós teste, com os tipos de questões: Como e onde posicionar as mãos na realização da CTE; Como deve ser a postura corporal para realizar a compressão torácica externa- CTE.
Tipo de questões
Respostas (%)PRÉ TESTE PÓS TESTE
GRUPO A GRUPO B GRUPO A GRUPO B
C PC IN C PC IN C PC IN C PC IN
Posição das mãos na CTE 100 - 0 80 - 20 100 - 0 100 - 0
Postural corporal na CTE 0 100 0 25 45 30 25 75 0 85 15 0
Legenda: C (Correta), PC (Parcialmente correta) e IN (Incorreta)Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Para realizar a compressão torácica em um paciente, as mãos devem estar
sobrepostas uma sobre a outra entrelaçando-as com a região hipotênar sobre o esterno da
vítima. O corpo do socorrista deve estar posicionado ao lado da vítima, com os braços
estendidos, formando um ângulo de 90º acima da vítima, ou seja, o seu tronco acima do corpo
do paciente (GONZALEZ et al., 2013).
4.6 DISTRIBUIÇÃO DAS RESPOSTAS DOS PROFISSIONAIS SOBRE O CONHECIMENTO TEÓRICO DO PRÉ E PÓS-TESTE RELACIONADA A DESFIBRILAÇÃO, POSIÇÃO DAS PÁS E VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS
Sobre a posição das pás na desfibrilação, para ser considerada correta a resposta,
deveriam marcar a segunda alternativa, o restante (Não sei/Outros) seriam consideradas
incorretas. No grupo “A” no pré e pós teste, houve 100% (4) de acerto. Já o grupo “B”
somente no pós-teste 100% (20) correto, no pré-teste 30% (6) incorretas e 70% (14) correta.
Sobre a carga incialmente para desfibrilar um paciente, foram dadas 5 alternativas,
onde deveriam assinalar duas alternativas: 200 Joules (BIFÁSICO) 360 Joules
(MONOFÁSICO) para considerar correto, as demais (Não sei/300 Joules/Outros valores)
20
eram consideradas erradas. Pré-teste: o grupo “A” 75% (3) correto e 25% (1) incorreto, o
grupo “B” 15% (3) corretas e 85% (17) incorretas. No pós-teste: grupo “A” 50% (2) correto e
o restante incorreta, no “B” 30% (6) incorreta e 70% (14) correta.
Sobre as vias de administração de fármacos em uma PCR, foram assentadas 7
alternativas, onde para ser considerada correta deveriam assinalara todas as alternativas com
exceção da primeira e última (Não sei/ Outras). No pré-teste o grupo “A” 25% (1) corretas e
75% (3) parcialmente, o grupo “B” 20% (4) incorretas, 30% (6) parcialmente e 50% (10)
corretas. No pós-teste o grupo “A” 50% (2) parcialmente corretas e 50% (2) totalmente
corretas, no grupo “B” 5% (1) incorreta, 25% (5) parcialmente e 70% (14) correta.
TABELA 07 - Distribuição das respostas dos profissionais sobre o conhecimento teórico, divididos por grupo em pré e pós teste, com os tipos de questões: Colocação das pás para a desfibrilação; Carga inicial da desfibrilação; Vias de administração de medicação de fármacos.
Tipo de questões
Respostas (%)PRÉ TESTE PÓS TESTE
GRUPO A GRUPO B GRUPO A GRUPO B
C PC IN C PC IN C PC IN C PC IN
Posição das pás
100 - 0 70 - 30 100 - 0 100 - 0
Carga inicial
75 - 25 15 - 85 50 - 50 70 - 30
Vias de adm.
25 75 0 50 30 20 50 50 0 70 25 5
Legenda: C (Correta), PC (Parcialmente correta) e IN (Incorreta) Fonte: Hospital Estadual e Pronto Socorro João Paulo II
Na resposta relacionada a posição das pás, o grupo “A” continuou com a
porcentagem de 100% (4) em ambas as etapas, e no grupo “B” obteve um aumento de 70%
(14) para 100% (20). Onde o autor diz que as posições das pás se encontram na Região
superior do esterno e ápice cardíaco
Nas questões relacionadas quanto a carga inicial na desfibrilação, o grupo “A”
mostrou uma queda em relação as respostas que foi de 75% (3) para 50% (2) e no grupo “B”
houve um aumento considerável de 15% (3) para 70% (14).
21
Os desfibriladores são de extrema importância em uma PCR, pois a desfibrilação
deve ocorre de forma precoce para que se reverta rapidamente essa condição. Quando está
disponível um desfibrilador bifásico o choque inicial deve ocorro de 120-200J dependendo do
fabricante e se for um monofásico o choque é de 360J. Se no desfibrilador não tem
informando a sua potência, deve se utilizar a carga máxima no paciente. Após a desfibrilação,
o socorrista deve checar o ritmo e o pulso de forma imediata, após isso a sequência de
compressão-respiração é repetida novamente (FALCAO; FEREZ; AMARAL, 2011).
Em nosso questionário, na questão relacionada as vias de administração de fármacos
durante a RCP a maioria dos nossos participantes dos grupos que marcaram as opções
correspondentes as etapas, eles marcavam principalmente a opção de acesso venoso periférico
e/ou central. Nas respostas relacionadas as vias de administração de fármacos, o grupo “A” de
25% (1) para 50% (2) de respostas corretas e no grupo “B” de 50% (10) para 70% (14), nessa
questão observa-se um crescimento considerável em relação a primeira etapa.
Em estudos sobre as vias de administração de medicamento em uma parada, pode ser
de acesso intraósseo, central, endotraqueal, intravenosa periférica. Em um RCP, preconiza-se
ainda a via intravenosa nos membros superiores de grosso calibre, pelas outras vias, se não
houver contraindicação são consideradas para a administração das drogas. Essas vias, só são
feitas as escolhas quando a via intravenosa se encontra de difícil acesso ou obstruídas
(GONZALEZ et al., 2013)
Ainda na última etapa abrimos para os questionamentos e dúvidas dos participantes,
o que mostrou como resultado uma grande contribuição por parte do projeto por que as
dúvidas foram poucas, além de exposto por eles que após a realização do projeto eles já
saberiam como atuar na RCP, e ainda seu papel dentro da equipe atuante na PCR. Sendo
assim a execução do projeto foi fundamental para contribuição com a equipe no que tange a
assistência de enfermagem.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A parada cardiorrespiratória é uma complicação que ocorre frequentemente nas
emergências dos hospitais, diante disso, torna-se necessário que a equipe tenha, conhecimento
e aprimoração das habilidades teóricas e práticas para esses atendimentos. Visto que a equipe
de enfermagem são os profissionais que estão mais perto do paciente, o projeto visou então
ofertar a capacitação a estes.
22
Neste projeto, observou uma deficiência apresentada por estes profissionais tanto em
relação as mudanças ocorridas no AHA 2015, quanto nas deficiências em conhecer as
condutas de RCP, não saber a sequência correta para realização da mesma, entre outros.
Observamos também durante as práticas que esses profissionais possuíam dificuldades com
relação à realização das compressões, à ofertar oxigênio ao paciente com o ressuscitador
manual (ambú), bem como o manuseio do mesmo, a utilização do DEA, e ainda não saber sua
devida função dentro da equipe que atua na RCP.
A partir desse estudo, identificamos a prevalência de um público jovem e feminino
na equipe de enfermagem, fato este que corrobora com os artigos citados no decorrer do
trabalho e da discussão e, além de contarmos com uma equipe jovem com idades de 31 a 35
anos. Outro ponto relevante foi o fato de que 91% dos profissionais atuavam a menos de 1
ano no hospital e 87,5% não possuíam capacitação ou atualização sobre o tema abordado, este
fato traz um reflexo importante na qualidade da assistência prestada ao paciente.
Diante dos resultados, fica claro a necessidade de cursos de capacitação para que a
equipe tenha um melhor conhecimento teórico, e assim, melhorar o desempenho na atuação
de uma ressuscitação cardiopulmonar, contribuindo para a maior sobrevida do paciente.
Os resultados obtidos nesta pesquisa, com a comparação do pré e pós teste traz como
conclusão um ponto positivo na maior parte dos itens abordados, nos provando que o projeto
teve um resultado positivo para o serviço.
Esse projeto, trouxe ainda benefícios e informações importantes para os profissionais
sobre o RCP, como o reconhecimento da PCR, as ações para intervenção de forma adequada,
fato este que corrobora com um aumento na sobrevida do paciente e na qualidade da
assistência prestada pela equipe de enfermagem para a população.
23
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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24
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25
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26
APÊNDICE
27
APÊNDICE A- COLETA DE DADOSINSTRUMENTO I - AVALIAÇÃO TEÓRICA PARTE A
IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS
1. Dados de identificação: Sexo:
feminino ( ) masculino ( )
2. Idade:
3. Formação profissional:( ) Técnico de enfermagem( ) Enfermeiro
4. Unidade de Trabalho (Tempo de trabalho no Hospital)( ) Menos de 1 ano( ) 1 a 3 anos( ) 3 a 6 anos( ) 6 a 10 anos
5. CapacitaçãoJá participou de curso de BLS? ( )sim ( )não Se sim, há quanto tempo?:__________________________________________
Já participou de curso de ACLS? ( )sim ( )não Se sim, há quanto tempo?:__________________________________________
6. Já fez alguma atualização sobre o assunto? ( )sim ( )não
Se sim, através de: ( )leitura em livros. ( )leitura de periódicos ( ) palestras cursos
PARTE B CONHECIMENTO SOBRE PCR/RCR
7. Como você detecta uma parada cardiorrespiratória (PCR)? ( ) não sei
( ) aulas( ) outros (especificar:)______________________
( ) 18 a 25 anos;( ) 25 a 30 anos;( ) 30 a 35 anos;
( ) 35 a 40 anos;( ) acima de 41 anos
28
( ) ausência de pulsos carotídeos e/ou femorais( ) ausência de movimentos respiratórios( ) outras respostas: _______________________________________________________________
8. Qual a sua conduta imediata após o diagnóstico de uma PCR? ( ) nenhuma ( ) colocar a vítima em decúbito dorsal ( ) remover objetos da cavidade oral ( ) retificar vias aéreas iniciar ventilação artificial ( ) realizar manobras de compressão torácica externa ( ) outras respostas: _______________________________________________________________
9. Quais os padrões de ritmos encontrados na PCR? ( ) taquicardia ventricular sem pulso ( ) fibrilação ventricular ( ) assistolia ( ) atividade elétrica sem pulso ( ) outras respostas: _______________________________________________________________
10. No que consiste o suporte básico de vida (SBV)? ( ) não sei ( ) retificação das vias aéreas ( ) ventilação artificial ( ) compressão torácica externa ( ) outras respostas:_____________________________________________
11. No que consiste o suporte avançado de vida (SAV)? ( ) manutenção do suporte básico de vida ( ) desfibrilação precoce ( ) equipamentos especiais para oxigenação e ventilação ( ) monitorização cardíaca ( ) obtenção e manutenção de acesso venoso ( ) terapêutica farmacológica ( ) outras respostas:_____________________________________________
12. Quais as maneiras possíveis que você pode utilizar para ventilar o paciente durante as manobras de ressuscitação cardiorrespiratória ( RCR ), num ambiente intra-hospitalar?No paciente intubado: ( ) não sei ( ) ressuscitador manual enriquecido com O2 ( Ambú )® ( ) apenas aumenta a FiO2 para 1,0 (100%) se estiver no respirador artificial ( ) outros:______________________________________________________
No paciente não intubado:
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( ) não sei ( ) respiração boca-a-boca ( ) cateter de O2 ( ) máscara de O2 ressuscitador manual ( Ambú )® + máscara, enriquecido com O2( ) outros:_____________________________________________________
13. Você sabe como e onde posicionar as mãos para a realização da compressão torácica externa ( CTE ) ?( ) não ( ) sim Descreva:_______________________________________________________ 14. Como deve ser a postura corporal para realizar a CTE? ( ) não sei ( ) tronco acima do corpo do paciente ( ) braços formando ângulo de 90 graus com o tórax do paciente ( ) manter cotovelos estendidos outras respostas: ____________________________________________________________
15. Na desfibrilação, qual a posição que você utiliza para a colocação dos eletrodos (pás)? ( ) não sei ( ) região superior do esterno e ápice cardíaco ( ) outras resposta: __________________________________________________________
16. Quanto se deve colocar de carga elétrica inicial para a desfibrilação?( ) não sei ( ) 200 Joules (BIFÁSICO)( ) 300 Joules
17. Quais as vias que podem ser utilizadas para a administração de fármacos durante a PCR?( ) não sei ( ) via endovenosa periférica ( ) via endovenosa central ( ) via intratraqueal
( ) 360Joules (MONOFÁSICO)( ) outros valores:__________
( ) via intra-óssea( ) via intracardíaca( ) outras repostas:__________ ___________________________