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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES – CAMPUS SÃO JOSÉ

VOICE OVER INTERNET PROTOCOL - VOIP

Membros da equipe: Guilherme Lopes Roque

Marcone Augusto de Paula Louzada

São José, novembro de 2017

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VOICE OVER INTERNET PROTOCOL - VOIP

Membros da equipe:

Guilherme Lopes Roque Marcone Augusto de Paula Louzada

São José, novembro de 2017

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IMAGENS

Figura 1 - Exemplo de Telefones analógicos ligados a um ATA ........................ 7 Figura 2 - Modelo do H.323 para telefonia da internet ....................................... 8 Figura 3 - Exemplo de funcionamento do SIP .................................................... 9 Figura 4 - Protocolo MGCP .............................................................................. 11 Figura 5 - Estrutura Simplificada do MEGACO/H.248 ...................................... 11 Figura 6 - Percepção do usuário em relação ao atraso .................................... 12 Figura 7 - Vazão em um gargalo na rede ......................................................... 13 Figura 8 - Exemplo de atraso no roteador A .................................................... 13 Figura 9 - Sintoma de rede congestionada ...................................................... 14 Figura 10 - Funcionamento FIFO ..................................................................... 15 Figura 11 - Funcionamento FQ ........................................................................ 15 Figura 12 - Enfileiramento PQ .......................................................................... 16 Figura 13 - Enfileiramento CQ .......................................................................... 16

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SUMÁRIO

1. Introdução 5 2. Fundamentação Teórica 5 3. VoIP 6

3.1. História e Evolução do VoIP 6 3.2. Protocolos VoIP 7

3.3.1 Protocolo H.323 8 3.3.2 Protocolo SIP 8 3.3.3 Protocolo RTP 9 3.3.4 Protocolo RTCP 10 3.3.5 Protocolo MGCP 10 3.3.6 Protocolo MEGACO/H.248 11

3.4 Qualidade de serviço 12 3.4.1 Vazão 12 3.4.2 Atraso 13 3.4.3 JITTER 14

3.5 Controle de fluxo e congestionamento 14 3.5.1 FIFO 14 3.5.2 Enfileiramento FQ 15 3.5.3 Enfileiramento PQ 15 3.5.4 Enfileiramento CQ 16

4. Conclusões 16 5. Referências bibliográficas 18  

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1. INTRODUÇÃO  

A telefonia tradicional dava-se unicamente através de serviços dedicados,

reservando os meios necessários antes do estabelecimento da conexão, tais

como buffers e taxa de transmissão de enlaces, garantindo assim uma taxa de

transmissão constante entre remetente e destinatário durante o período da

conexão. Esta forma de comunicação é um exemplo de rede de comutação de

circuitos, ou seja, para iniciar a comunicação antes é reservado o que é chamado

na telefonia de circuito, estabelecendo então uma conexão fim-a-fim exclusiva.

Devido às desvantagens das redes por comutação de circuitos, tais como

enlaces ociosos e necessidade de softwares complexos de sinalização,

começou-se a pensar na implementação da comunicação por voz através da

comutação de pacote. No entanto, a comunicação por voz é sensível ao tempo,

e a internet não possui garantias quanto a entrega de pacotes, delegando uma

importante tarefa ao receptor de tratar os pacotes atrasados e perdidos.

Foram então criadas técnicas de reprodução adaptativa, correção de erro de

repasse e ocultação de erro que tinham como função abrandar os atrasos

induzidos pela rede tornando possível a implementação deste serviço e

oferecendo uma certa qualidade.

Esse trabalho descreve o desenvolvimento da tecnologia Voice Over Internet

Protocol – VoIP, que hoje está cada vez mais presente no mercado de telefonia,

como foi seu início e como funciona atualmente, bem como os serviços

oferecidos e protocolos empregados.

Primeiramente na seção 2 é feita uma descrição do VoIP em si, qual é o princípio

utilizado e como uma informação analógica, que é a voz, pode ser transportada

e comutada através de uma rede IP. Na seção 3 é feita uma dissertação sobre o

surgimento do VoIP no mercado, as vantagens que ele oferece e a criação dos

primeiros softwares e hardwares para a implementação do mesmo, após isso

trata-se os principais protocolos utilizados e os serviços definidos pelos mesmos,

como estabelecimento da conexão, sincronismo e padronização de segmentos.

Em sequência mostra-se o que é qualidade de serviço e a percepção do usuário

da mesma, por fim tem-se as técnicas utilizadas para o controle de fluxo e

congestionamento através do enfileiramento de dados.

 

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA  

durante

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Segundo César et al. (2012) o Voice Over Internet Protocol - VoIP consiste em converter um sinal de voz em dados. Logo esses dados são cortados, encriptados, codificados, empacotados em pedaços e transmitidos por uma rede de dados, utilizando-se do Protocolo Internet – IP. O VoIP é uma tecnologia que possibilita a comunicação telefônica utilizando a internet como meio de transmissão da voz. O princípio de funcionamento da tecnologia se baseia em converter um sinal de voz analógico através da quebra da conversação em pacotes de dados no formato digital e os transmitir através da rede, internet ou não, fazendo o uso do protocolo IP. Portando o número do IP do destinatário, o pacote trafega pela rede até o seu destino final onde sofre o processo inverso de conversão, ou seja, de sinal digital para sinal analógico de voz.

A princípio o VoIP foi implementado para efetuar a comunicação de voz entre dois computadores ligados à internet. Para isso, se fez necessário o uso de uma saída de áudio do sistema multimídia do computador e um microfone conectado a entrada de áudio do computador, também houve a necessidade de um software responsável pelo gerenciamento desta comunicação, no qual iniciava ou terminava a conexão, além de compactar e descompactar o áudio.

Uma ligação telefônica convencional se baseia no princípio de circuitos comutados. Quando o assinante realiza uma chamada a operadora estabelece uma ligação dedicada entre os assinantes, e quando a chamada é encerrada, o enlace é desfeito e a infraestrutura é liberada para outros clientes.

Enquanto isso, na tecnologia VoIP os pacotes de dados trafegam pela rede de forma concorrencial com outras informações, como páginas Web, e-mails e uma infinidade de outros pacotes. Com isso, os pacotes podem se atrasar ou se perder, consequentemente pode haver distorção no áudio ou cortes durante a chamada. Sendo assim, a qualidade de uma ligação de voz que faz uso da internet é normalmente inferior quando comparada a uma ligação convencional. Utilizando- se de um parâmetro para medir a qualidade de uma ligação VoIP, que varia de 0 (inaudível) a 5 (telefonia convencional fixa), a telefonia VoIP alcançou a nota 3,5 (CÉSAR et al., 2012).

3. VOIP  

3.1. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DO VOIP  

Foi lançado pela primeira vez em Israel, pela empresa VocalTec no ano de 1995, o primeiro software comercial de VoIP. Nessa época a voz era digitalizada e comprimida para então ser transmitida pela rede, mas como a qualidade era ruim só podia haver transmissão entre dois computadores. A partir desse período houve um grande desenvolvimento das redes de dados e seus protocolos. Assim várias empresas se empenharam no desenvolvimento

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de aplicativos para permitir o transporte de voz pela rede de dados, tendo em vista o seu baixo consumo de banda. Em 1996 surgiu o primeiro protocolo de sinalização para o estabelecimento de chamadas de voz através de redes de pacotes. O protocolo H.323, desenvolvido pela União Internacional de Telecomunicações – ITU, é considerado uma evolução do protocolo Integrated Service Digital Network ISDN da telefonia. Posteriormente surgiram os Gateways especializados chamados de Analog Telephone Adapter, ou Adaptador para Telefone Analógico – ATA, que passou a permitir a utilização dos telefones convencionais na rede, tornando possível a conexão de PC para telefone e posteriormente telefone para telefone.

 

Figura 1 - Exemplo de Telefones analógicos ligados a um ATA (“Ozeki C# SIP Stack - Analog adapter”, [s.d.])

 

No ano de 1998 surgiram os primeiros padrões relacionados a tecnologia, criados pela ITU e Internet Engineering Task Force – IETF. Outro grande fato Importante para o VoIP, foi quando as fabricantes de hardware como Cisco e Nortel começaram a produzir equipamentos VoIP capazes de switching. Ou seja, as funções antes tratadas pela CPU do computador passaram a ser tratadas por outros dispositivos, como, mudar um pacote de dados de voz para algo que possa ser lido pela rede de telefonia convencional e vice-versa. Assim, o hardware VoIP ficou menos dependente da máquina se tornando mais acessível, foi quando passou a ser implementado por grandes empresas. Com a tecnologia atingida pelas redes nos dias de hoje, as redes de internet estão substituindo as redes de circuitos permitindo o transporte de aplicações em tempo real, entre elas a voz, com qualidade similar ao celular. O protocolo de sinalização mais eficaz é o Session Initiation Protocol – SIP, desenvolvido pelo IETF. 3.2. PROTOCOLOS VOIP

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Certamente ficou claro para todos que se cada fornecedor projetasse a sua própria pilha de protocolos o sistema não funcionaria. Os protocolos desenvolvidos para camada de aplicação se propuseram a melhorar a qualidade na entrega dos dados a serem transmitidos pelos aplicativos em tempo real, entre eles está a chamada VoIP. Como ocorre em tempo real, uma chamada telefônica necessita de protocolos especiais que auxiliam o processo da transmissão da voz, entre eles estão os protocolos H.323, SIP, RTP, RTCP e MGCP e o H.248. Trataremos desses protocolos e suas principais funcionalidades abaixo.

3.3.1 PROTOCOLO H.323

Desenvolvido em 1996 pela ITU, foi o primeiro protocolo para definir as especificações para comunicação em tempo real para vídeos, voz e dados. Segundo Tanenbaum et al. (2006), o protocolo H.323 se comporta mais como uma avaliação da arquitetura de telefonia da internet do que um protocolo específico. Ele faz referência a outros protocolos específicos para codificação de voz, configuração de chamadas, sinalização, transporte de dados e outras áreas, ao invés de especificar cada um dos elementos.

Na figura 2 podemos observar o modelo geral e arquitetônico do protocolo H.323, onde apresenta-se um gateway que se comunica através dos protocolos H.323 com a internet e faz uso do protocolo PSTN, protocolo específico para comunicação telefônica, no lado da rede telefônica. Uma Local Area Network - LAN pode ter um gatekeeper, ou seja, um guardião que controla os pontos na sua zona.

 

Figura 2 - Modelo do H.323 para telefonia da internet (TANENBAUM et al., 2006)

 

3.3.2 PROTOCOLO SIP Após a criação do protocolo H.323, as pessoas na comunidade da internet viam o protocolo como grande, complexo e inflexível. Até que em 1999, a IETF estabeleceu um comitê para projetar uma forma mais simples e mais modular para utilizar o VoIP. O resultado mais importante obtido foi o SIP.

Não entendi.

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O protocolo SIP tem como objetivo principal descrever a localização de usuários, estabelecer, modificar e terminar chamadas telefônicas na internet, videoconferências e outras conexões de multimídia. O SIP pode estabelecer sessões de duas partes, como ligações telefônicas comuns e seções de várias partes, onde todos podem ouvir e falar. Por se tratar de um protocolo da camada de aplicação o SIP pode funcionar sobre o UDP ou TCP. O protocolo é baseado em texto e se assemelha ao HTTP, onde sua arquitetura é baseada no modelo cliente – servidor. Sendo assim, pode haver mais de um cliente e um servidor envolvido em uma única chamada. Na figura 3 Ilustramos essa situação.

 

Figura 3 - Exemplo de funcionamento do SIP (RIBEIRO; MENDES, 2008)

 

A arquitetura SIP pode ser dividida em dois elementos. User Agent Client – UAC, dispositivo no qual se inicia a conexão SIP, e User Agent Server – UAS, que é o responsável por responder as chamadas. Além disso a arquitetura também possui um Proxy Server, que é onde são direcionadas as requisições e respostas. 3.3.3 PROTOCOLO RTP  

O Real-time Transfer Protocol – RTP funciona como uma subcamada na camada de transporte. Possibilita o transporte fim-a-fim de aplicações, transmitindo em tempo real os dados, como áudio, vídeo ou ambos, simultaneamente. Suporta transferência de dados para múltiplos destinos, usando distribuição multicast, ou seja, um pacote de dados para múltiplos destinos, ou usando uma distribuição unicast, ou seja, um pacote para cada endereço.

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Entre as suas principais habilidades podemos destacar a reconstrução de sincronismo, detecção de perda de datagramas e segurança, porém o RTP não realiza reserva de recursos e não garante a qualidade para serviços de transmissão em tempo real.

3.3.4 PROTOCOLO RTCP

Real-time Transfer Control Protocol – RTCP, se trata de um protocolo que pode ser usado junto com RTP, porém os dois são distintos pois usam diferentes números de portas. O RTCP se trata de um protocolo opcional, que tem como principal função transmitir periodicamente pacotes de controle para todos participantes de uma conversação, contendo informações estatísticas para monitorar a qualidade do serviço. As estatísticas de RTCP geralmente incluem o número de bytes enviados, pacotes enviados, pacotes perdidos e atraso de ida e volta. Essas informações podem ser utilizadas para dados diagnósticos, como por exemplo modificar as taxas de transmissão. Mesmo se tratando de um protocolo opcional ele é bastante utilizado nas transmissões em tempo real, as informações obtidas pelo RTCP não retornam o local exato onde ocorre algum problema, mas pode ser utilizado para delimitar determinadas áreas da rede que podem estar apresentando problemas. 3.3.5 PROTOCOLO MGCP Criado em 2003 o Media Gateway Control Protocol – MGCP, como o próprio nome sugere se trata de um protocolo voltado ao controle dos gateways, conhecido também como agente de chamada, se trata de um protocolo mestre/escravo onde se espera que os gateways executem comandos repassados pelo agente de chamadas. Uma conexão MGPC é constituída basicamente por endpoints que podem ser interfaces físicas ou lógicas que inicializam ou terminam uma conexão VoIP, são na maioria das vezes portas em um roteador que atuam como gateway ou como porta em um sistema Private Branch Exchange - PBX. E as conexões que são fluxos lógicos e temporários que tem como objetivo estabelecer, manter e terminar uma chamada VoIP. Uma vez encerrada a chamada VoIP, a conexão é desfeita e os recursos alocados são liberados. Na figura 4 podemos perceber o protocolo MGCP como um gerente de gateways, atuando como

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Figura 4 - Protocolo MGCP (TATYPASTRANA, [s.d.])

3.3.6 PROTOCOLO MEGACO/H.248

Pode ser considerado a evolução do protocolo MGCP, o Media Gateway Control - MEGACO, ou simplesmente H.248, surgiu com a necessidade de ter um protocolo padrão para controlar os gateways. O H.248 separa fisicamente o plano de controle Media Gateway Controller – MGC, também conhecido como Softswitch, do plano de conexão Media Gateway – MG, conforme apresentado na figura 5. O Media Gateway Controller – MGC é responsável por trocar as sinalizações e mensagens com as outras redes e protocolos, converter as mensagens para os comandos do MEGACO/H.248 e encaminhar na rede IP para os outros Media Gateways, controla também a existência das entidades lógicas no Media Gateway.

O Media Gateway pode estar longe fisicamente do Media Gateway Controller, e recebe os comandos do MEGACO/H.248 para criar e deletar as entidades do protocolo. Além de receber as mídias de diferentes tipos de rede e fazer a conversão para rede IP.

 

Figura 5 - Estrutura Simplificada do MEGACO/H.248 (“MeGaCo: Conheça o protocolo de sinalização de Mídia Gateways VoIP”, [s.d.])

Não entendi????

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3.4 QUALIDADE DE SERVIÇO

Com a evidente evolução tecnológica nas redes de computadores, as taxas de transmissão estão se elevando, possibilitando assim a discussão sobre a qualidade do serviço – QoS, a qualidade de serviço tem várias interpretações e definições, mas há um consenso que QoS é um conjunto de características de um sistema necessário para atingir uma determinada funcionalidade. Na figura 6 podemos ilustrar a percepção do usuário de acordo com o atraso fim-a-fim.

 

Figura 6 - Percepção do usuário em relação ao atraso (“teleco.com.br”, [s.d.])

 

Assim a qualidade de serviço deve ser fim-a-fim, o tráfego tem que ser tratado na rede de origem, na rede intermediária, nos roteadores e na rede de destino. QoS é fundamental para as aplicações em tempo real, sobretudo nas multimídias.

Dentre esses aspectos existem parâmetros que devem ser monitorados e controlados, afim da obtenção da qualidade do serviço, estes parâmetros estão localizados desde o início da rede no host de origem até o host de destino. Citaremos adiante os principais parâmetros para o VoIP.

3.4.1 VAZÃO  

A vazão é na sua essência, a taxa de transferência de dados entre dois nós da rede. Esta taxa é diretamente influenciada pela largura da banda e pela quantidade de fluxos compartilhados. A vazão é o parâmetro básico para a utilização de QoS. Na figura 7 podemos ilustrar o conceito de vazão, supondo que vários clientes, baixem arquivos de vários servidores utilizando a mesma rede.

Para algumas aplicações, como a telefonia via Internet, é desejável ter um atraso baixo e uma vazão instantânea acima de 24 kbits/s. (KUROSE; ROSS, 2010).

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Figura 7 - Vazão em um gargalo na rede (KUROSE; ROSS, 2010)

3.4.2 ATRASO

Lembrando que um pacote começa em um sistema final (a origem), passa por uma série de roteadores e termina sua jornada em outro sistema final (o destino). Quando um pacote viaja de um nó (sistema final ou roteador) ao nó subsequente (sistema final ou roteador), sofre, ao longo desse caminho, diversos tipos de atraso em cada nó. Os mais importantes deles são o atraso de processamento nodal, o atraso de fila, o atraso de transmissão e o atraso de propagação. Juntos, eles se acumulam para formar o atraso nodal total. (KUROSE; ROSS, 2010)

Podemos observar na figura 8 o esquemático da transmissão de dados e o atraso nodal no roteador A.

 

 

Figura 8 - Exemplo de atraso no roteador A (KUROSE; ROSS, 2010)

 

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3.4.3 JITTER  

O Jitter é um parâmetro fortemente utilizado em aplicações em tempo real, ele assegura que a quantidade de tempo entre a transmissão de dois pacotes sucessivos no remetente seja igual à quantidade de tempo entre o recebimento dos dois pacotes no destinatário, ou controla para que esse espaçamento não ultrapasse um valor pré-definido. (KUROSE; ROSS, 2010)

Podemos citar alguns fatores que podem causar variação do tempo, como tempo de processamento diferentes nos equipamentos intermediários como roteadores, switches, etc. Tempos de retenção diferentes impostos pelas redes públicas Frame Relay, ATM, X.25, IP e outros fatores ligados à operação da rede.

3.5 CONTROLE DE FLUXO E CONGESTIONAMENTO

Sabendo que os pacotes estão sujeitos a se atrasar ou se perderem na rede, táticas para redução desses acontecimentos se fazem necessárias para garantir a qualidade da transmissão VoIP.

O congestionamento ocorre quando há pacotes demais sendo transmitidos em alguma parte da sub-rede. A figura 9 ilustra o sintoma de uma rede congestionada. O seu controle é feito através de técnicas de enfileiramento de dados com a intenção de minimizar a sua ocorrência. Este controle é realizado de forma a garantir que a rede seja capaz de transportar o tráfego oferecido.

 

Figura 9 - Sintoma de rede congestionada (TANENBAUM et al., 2006)

3.5.1 FIFO  

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O First In First Out – FIFO, primeiro a entrar/primeiro a sair é bastante utilizado em conexões seriais, a técnica da fila FIFO é baseada no armazenamento dos pacotes pela ordem de chegada.

Na figura 10 será demonstrado o princípio de funcionamento da fila FIFO.

 

 

Figura 10 - Funcionamento FIFO (RIBEIRO; MENDES, 2008)

3.5.2 ENFILEIRAMENTO FQ  

Enfileiramento Fair Queueing. Enfileiramento justo baseado em peso, ou seja, o primeiro pacote da primeira coluna de cada fila é expedido, depois todos os pacotes da segunda coluna são expedidos e assim sucessivamente. Como podemos observar na figura 11.

 

Figura 11 - Funcionamento FQ (RIBEIRO; MENDES, 2008)

3.5.3 ENFILEIRAMENTO PQ No enfileiramento Priority Queueing, como o próprio nome sugere existem quatro níveis de prioridade, sendo eles alta, média, normal e baixa. Os pacotes classificados como prioridade alta tem total preferência. Esse método é bastante perigoso pois pode aumentar bastante o Jitter nas aplicações de menor prioridade, pois as de maior prioridade podem ocupar toda banda. Na figura 12 ilustraremos o seu princípio de funcionamento.

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Figura 12 - Enfileiramento PQ (RIBEIRO; MENDES, 2008)

3.5.4 ENFILEIRAMENTO CQ Enfileiramento Custom Queueing, este algoritmo permite especificar uma porcentagem da banda para uma aplicação, deixando o restante da banda compartilhada com as demais aplicações. Na figura 13 podemos observar o esquemático do algoritmo.

 

Figura 13 - Enfileiramento CQ (ADAILTON J. S. SILVA, 2000)

4. CONCLUSÕES  

O VoIP sendo uma aplicação de multimídia interativa é muito sensível ao atraso,

porém tolera perda ocasionais de dados, tais perdas podem ser geralmente

Cadê o VoIP? Algum exemplo? Protocolos, protocolos.... sem uma ligação entre eles....

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ocultadas, chegando às vezes a ser imperceptível que aconteceram, tornando-o

uma tecnologia bastante promissora limitada às vezes apenas pela estrutura de

acesso a ela.

Com o avanço das tecnologias de acesso à internet de alta velocidade, a

tendência é que o VoIP venha a ser cada vez mais utilizado, pois além de

fornecer um serviço de chamadas de voz mais barato e prático, o VoIP oferece

outros serviços igualmente valorizados, como a possibilidade da convergência

com outras tecnologias de comunicação evitando o descarte de equipamentos

mais antigos e com isso o preço da implementação do serviço, e também a

integração com redes sociais como o WhatsApp e Facebook.

O VoIP vem alcançando uma popularidade imensa devido as suas vantagens,

como por exemplo o preço irrisório da mensalidade do provedor, podendo fazer

quantas ligações quiser, incluindo ligações locais e de longa distância, nacionais

ou internacionais. Com essa popularidade e o avanço tecnológico, os

equipamentos utilizados pelo VoIP estão se tornando mais acessíveis.

No ramo empresarial o VoIP se torna ainda mais atraente, com os benefícios de

ligações sem custo para ramais dentro da empresa, redução dos custos em

chamadas interurbanas e internacionais, correio de voz com integração de

correio eletrônico, entre outros.

Como toda tecnologia, o VoIP tem os seus pontos a serem trabalhados e

melhorados, por isso, as suas principais desvantagens são, dependência da

energia elétrica, problemas de variações de atraso quando a conexão usada não

é de boa qualidade.

Além disso, podemos considerar a falta de segurança como uma das piores

desvantagens do VoIP, já que a maioria das soluções VoIP ainda não suportam

criptografia. Como solução para esse problema o usuário pode fazer o uso de

codificadores de áudio, porém com o uso de codificadores nas duas pontas, é

exigido que os dois pontos utilizem o mesmo tipo de equipamento ou software.

A telefonia convencional ainda é a mais utilizada hoje em dia, porém pelos

motivos descritos este cenário vem mudando, pois apesar de sua vantagem

principal que é a garantia da transmissão de dados, ao comparar com suas

desvantagens, que são o alto custo, falta de flexibilidade e falta de integração de

recursos, a telefonia IP acaba sendo uma opção preferível na maioria dos casos.

Tudo isso é claro leva a um crescente desuso da telefonia tradicional até que a

mesma se torne obsoleta, existem estimativas que em torno de dez anos este

cenário descrito pode vir a acontecer.

atraso, perda de pacotes....

quem disseisso?

Conclusões completamente desassociadas do texto.

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5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS  

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CÉSAR, P. et al. Câmara dos Deputados Praça 3 Poderes Consultoria Legislativa Anexo III ­Térreo Brasília ­DF TERRAS­RARAS: ELEMENTOS ESTRATÉGICOS PARA O BRASIL. 2012.  

KUROSE, J.; ROSS, K. Redes de Computadores e a Internet. [s.l: s.n.].  

MeGaCo: Conheça o protocolo de sinalização de Mídia Gateways VoIP. [s.d.].  

Ozeki C# SIP Stack ­ Analog adapter. Disponível em: <http://www.voip­sip­sdk.com/p_253­analog­adapter­voip.html>. Acesso em: 15 nov. 2017.  

RIBEIRO, N.; MENDES, L. VoIP – Tecnologia de Voz sobre IP. 2008.  

TANENBAUM, A. S. et al. Redes de Computadores. [s.l: s.n.]. v. 4 

TATYPASTRANA. EVOLUCION DE LOS MEDIOS DE COMUNICACIÓN timeline | Timetoast timelines. Disponível em: <https://www.timetoast.com/timelines/evolucion­de­senalizacion­voip>. Acesso em: 15 nov. 2017.  

teleco.com.br. Disponível em: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialvoipconv2/pagina_2.asp>. Acesso em: 15 nov. 2017.