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Curso de Engenharia Civil - Campus Umuarama
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ESTUDO DE CASO: MURO DE CONTENÇÃO EM GABIÃO EXECUTADO NO CANAL DO CENTRO POLIESPORTIVO NA CIDADE
DE UMUARAMA, PARANÁ
CASE STUDY: CONTAINMENT WALL IN GABION EXECUTED IN MULTISPORTS CENTER CHANNEL IN UMUARAMA CITY, PARANÁ
Marcelo Amalfi Milani1; Nabirra Lira Zaneti1; Andre Kazuhiro Shiotani²
1 Acadêmicos do Curso de Engenharia Civil, Universidade Paranaense - UNIPAR ² Professor do Curso de Engenharia Civil, Universidade Paranaense - UNIPAR
Resumo
As estruturas de contenção são obras de suma importância para a engenharia civil, por meio delas realizamos a contenção de materiais que não podem ser estabilizados naturalmente. Os muros de gabião caixa são estruturas de contenção compostos pelo arranjo de pedras dispostas dentro de gaiolas de aço, estes muros suportam os esforços a eles submetidos pela força de seu próprio peso. Este trabalho apresenta a verificação do dimensionamento e a avaliação da execução de um muro de contenção em gabião implantado no centro poliesportivo da cidade de Umuarama, averiguando se as preconizações de projeto foram atendidas na fase de execução, analisando os possíveis efeitos gerados por modificações devidas a divergências de projeto e se a estrutura se comportou como o esperado. A estrutura foi verificada conforme suas previsões de projeto e conforme a sua realidade executiva, os resultados apresentados puderam ser considerados satisfatórios para a garantia da eficiência estrutural. Palavra-Chave: Estudo, Muro, Gabião, Poliesportivo, Umuarama.
Abstract
Containment structures are works of great importance for civil engineering, through which we carry out the containment of materials that cannot be naturally stabilized. Box gabion walls are containment structures composed of the arrangement of stones arranged inside steel cages, these walls support the stresses subjected to them by the force of their own weight. This work presents the verification of the dimensioning and evaluation of the execution of a retaining wall in gabion implanted in the polysportivo center of the city of Umuarama, verifying if the project recommendations were met in the execution phase, analyzing the possible effects generated by modifications due to Disagreements and whether the structure behaved as expected. The structure was verified according to its project forecasts and according to its executive reality, the presented results could be considered satisfactory for the guarantee of the structural efficiency.
Keywords: Study, Wall, Gabion, Mulitsports, Umuarama.
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1 Introdução
Em obras que há a necessidade de modificar o perfil do terreno e que não
podem ser estabilizados por taludes, gera-se a necessidade da concepção de obras
de contenção que visam impedir a movimentação do solo. Antes de implantar uma
obra de contenção deve ser observado se não há movimentação de terra, pois caso
ocorra, qualquer obra seria de pouca confiabilidade. Existem casos que a construção
da estrutura de contenção pode apresentar um custo superior ao da própria
edificação (MOLITERNO, 1998).
As estruturas de contenção podem ser classificadas em solos grampeados,
muros ou cortinas ancoradas. Os muros podem ser divididos, de forma geral, em
dois grupos. O grupo dos muros de gravidade ou peso que podem ser construídos
de concreto ciclópico, alvenaria de pedras, gabiões ou solo-cimento. Sendo o outro
grupo os muros de flexão, que são construídos de concreto armado podendo ser
com ou sem contrafortes podendo ter ou não ancoragens (HACHICH et al.,1998).
Os muros de gravidade são estruturas de contenção que utilizam seu grande
peso próprio para resistir aos esforços solicitantes. Devido seu grande peso estas
estruturas são normalmente usadas onde o solo apresenta elevada carga de
suporte. Sendo os perfis mais usados: retangular, trapezoidal e escalonado
(MOLITERNO, 1998).
As estruturas de contenção em gabiões caixa são compostas de gaiolas de
arame zincado com dupla torção para preservar as deformações, caso algum fio
venha a se romper. São dispostos em forma de tela, com o objetivo de manter a
forma adequada. Os arames podem ser revestidos com PVC com a finalidade de
melhorar a resistência às intempéries. As gaiolas são preenchidas com pedras de
mão ou seixos rolados que são arrumadas manualmente. As estruturas de gabiões
caixa são usualmente muito utilizadas pelo fato de serem de fácil execução,
permeáveis e flexíveis (MACCAFERRI, 2014).
As estruturas de contenção em gabiões caixa são aplicadas em muitas obras
de infraestrutura urbana em todo o mundo e também no Brasil, porém na região de
Umuarama, esta prática não é relativamente comum, talvez pela falta de
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aplicabilidade nas obras específicas ou pela falta de conhecimento de técnicas a
serem utilizadas na implantação deste tipo de estrutura.
A estrutura de contenção em gabiões caixa empregada no centro Poliesportivo
da cidade de Umuarama, faz parte de uma obra de drenagem que está sendo
implantada com o objetivo de interromper o processo erosivo instaurado no local,
devido à sobre carga imposta ao sistema de drenagem pluvial existente.
Objetiva-se no presente trabalho, verificar o dimensionamento e a execução da
estrutura de contenção que se encontra em fase de implantação no empreendimento
em questão. A verificação do dimensionamento surge pela causa de modificações
realizadas na fase de implantação, devido as divergências encontradas em campo.
As divergências principais se deram pela caracterização do solo local, sendo assim,
serão estudados os possíveis efeitos causados pelas divergências, caracterizando-
os em efeitos benéficos ou prejudiciais.
A verificação da execução da estrutura surge pela necessidade de
comprovação dos métodos e técnicas empregados, visto que como em qualquer
obra a correta execução dos elementos previstos em projeto influência diretamente
na posterior eficiência e na vida útil da estrutura.
1.1 Justificativa
Diante das características e vantagens apresentadas pela execução do tipo de
estrutura aqui estudada, surge o questionamento da causa que a sua utilização não
seja uma prática disseminada nos projetos de infraestrutura urbana e viária da
região.
A eficiência dos levantamentos preliminares necessários para concepção
destes tipos de estrutura é fator predominante para uma correta execução e
conclusão da obra, sendo assim, quando a eficiência necessária não é devidamente
alcançada a execução fica exposta a necessidade de possíveis modificações que
poderão de maneira benéfica ou não afetar a eficiência e o desempenho da
estrutura, gerando em determinados casos, a necessidade de adequação do projeto
inicial.
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1.2 Objetivos
1.2.1 Objetivos Gerais
Verificar o dimensionamento e a execução da estrutura de contenção em
gabiões caixa implantada na execução do canal de escoamento no Centro
Poliesportivo na cidade de Umuarama no estado do Paraná.
Como objetivo secundário pretende-se exercitar os conhecimentos dos
acadêmicos a cerca de estruturas de contenção para garantir um diferencial no
mercado de trabalho.
1.2.2 Objetivos Específicos
Realizar pesquisa bibliográfica a fim de adquirir conhecimento necessário
sobre assunto aqui estudado.
Levantar dados dos ensaios de caracterização de solo do local de
implantação da obra, junto ao poder público.
Obter os projetos de engenharia existentes da obra, em poder da
administração pública.
Realizar visitas in loco, e por meio de contato com os profissionais
responsáveis e levantamentos fotográficos, averiguar as causas das
modificações ocorridas durante a fase de execução, avaliando suas
vantagens e desvantagens.
Obter dados de características do solo local através de fórmulas e correlações
apresentadas em literaturas correlatas, e dos materiais empregados na obra
por meio de levantamentos in loco.
Reproduzir o dimensionamento da estrutura de maneira computacional,
analisando o dimensionamento do projeto original e o dimensionamento do
projeto com as alterações ocorridas durante a fase de execução.
Analisar os possíveis efeitos causados pelas modificações realizadas na
estrutura.
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Conhecer os métodos e técnicas empregadas na execução da estrutura.
Após a conclusão do empreendimento, realizar um acompanhamento
contínuo durante o período da pesquisa, a fim de analisar o comportamento
da estrutura referente a possíveis deformações excessivas.
2 Revisão Bibliográfica
2.1 Estruturas de contenção
A execução de estruturas de contenção é um serviço muito comum em obras
civis, devido ao crescimento populacional e o desenvolvimento econômico nos
centros urbanos, há a necessidade de execução de obras em locais de difícil
acesso. Os muros de arrimo, também chamados como estruturas de contenção são
construídos com a finalidade de prover estabilidade contra a ruptura de maciços de
terra, ou seja, tem a função de prevenir que o solo assuma sua inclinação natural
(PATRICIO, 2013).
Segundo Moliterno (1998) cabe ao engenheiro se identificar-se com a natureza
do solo antes de decidir uma solução para atender ao problema. Devem ser
observadas as construções vizinhas, observar se não há ocorrências de movimentos
de terras. A estrutura de contenção em inúmeros casos pode ter um custo mais
elevado que o da própria edificação, pois devido ao grau de dificuldade do
empreendimento torna-se necessário a utilização de materiais, equipamentos e
métodos onerosos.
Segundo Hachich et al. (1998) os muros de arrimo podem ser classificados, de
forma geral, em muros de gravidade e peso ou flexão. Os muros de gravidade e
peso podem ser construídos de concreto ciclópico, alvenaria de pedras, gabiões ou
solo-cimento. Os muros por flexão são construídos de concreto armado podendo ser
com ou sem contrafortes podendo ter ou não ancoragens.
Segundo Moliterno (1998) para um projeto de muro de arrimo deve ser feitas
algumas considerações preliminares, que são elas:
- Determinação do empuxo;
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- Determinação das dimensões;
- Verificações de eventuais cargas aplicadas;
- Verificação da estabilidade.
Os muros são solicitados através de empuxo passivo ou ativo. Empuxo passivo
é quando a pressão atua do muro contra a terra, e empuxo ativo é a pressão da
terra contra o muro (MOLITERNO, 1998).
A figura 1 ilustra a ação dos empuxos passivo e ativo nas estruturas de
contenção.
Figura 1 – Esforços atuantes no muro de arrimo.
Fonte: Adaptado de Moliterno, 1998.
2.1.1 Muros de Flexão
Os muros de flexão são construídos de concreto armado, podendo ser com ou
sem contrafortes, utilizando ancoragem ou não (HACHICH et al.,1998).
Os modelos de perfis mais utilizados para muros de flexão estão representados
na figura 2.
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Figura 2 – Perfis de muros de arrimo em flexão.
Fonte: Adaptado de Moliterno, 1998.
2.1.2 Muros de Gravidade
Segundo Hachich et al. (1998) os muros de gravidade são estruturas corridas,
podendo ser construídos de concreto simples, ciclópico ou com pedras. Os muros de
gravidade são estruturas de contenção que utilizam de seu grande peso próprio para
resistir aos esforços solicitantes. A fundação dos muros de gravidade pode ser rasa
ou profunda, observando que quando se trata do primeiro caso estas obras são
implantadas aonde o solo apresenta uma elevada carga de suporte.
Segundo Moliterno (1998) os perfis mais usados nesse tipo de muro são:
retangular, trapezoidal e escalonado, conforme é representado na figura 3.
Figura 3 – Perfis de muros de arrimo por gravidade.
Fonte: Adaptado de Moliterno, 1998.
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2.1.2.1 Muros de Gabiões
Existem três tipos de gabiões cada qual sendo utilizado de acordo com a
necessidade a que se destina o serviço. Sendo eles: gabião tipo caixa, tipo colchão
e o tipo saco (PATRICIO, 2013).
Segundo Maccaferri (2014) os gabiões tipo caixa são compostos de gaiolas
metálicas em forma de prisma, construídas com fios de aço galvanizado dispostos
em forma de malha hexagonal com dupla torção revestida ou não com PVC, que são
preenchidas de pedras de mão ou seixos rolados.
As gaiolas são de seções quadradas ou retangulares, sobrepostas entre si e
amarradas uma as outras. São subdivididos por celas de diafragma, reforçando a
estrutura e facilitando sua montagem e enchimento.
A figura 4 representa como os materiais constituintes dos gabiões caixa são
dispostos.
Figura 4 – Elementos constituintes dos gabiões tipo caixa.
Fonte: Maccaferri, 2014.
Os muros de gabiões funcionam por gravidade, os mesmos por muitos anos
foram utilizados como soluções para problemas de infraestrutura. Tendo sua
aplicação diversificada, em obras de muros de arrimo, contenção de encostas e em
estabilidade de margens de rios (MOLITERNO, 1998).
Segundo Moliterno (1998) o empilhamento de várias cestas forma um maciço
capaz de resistir aos esforços horizontais.
A figura 5a abaixo demonstra a geometria usual dos gabiões caixa, e a figura
5b mostra como eles são dispostos para formar os muros de contenção.
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Figura 5a – Cesta de arame. Figura 5b – Muro de arrimo.
Fonte: Moliterno, 1998. Fonte: Autores.
O material utilizado para o preenchimento dos gabiões pode ser qualquer
material pétreo, desde que atenda as exigências técnicas. Normalmente se utiliza
para o enchimento do gabião pedra britada ou seixos rolados, esse material de
enchimento pode variar de 1,5 a 2 vezes a dimensão da malha da rede
(MACCAFERRI, 2014).
A granulometria das pedras varia entre 8 e 20 cm. No processo de enchimento
dos gabiões, no qual se tem um melhor arranjo das pedras, reduz o índice de vazios,
levando a um consumo de no mínimo 15% a mais de pedras. A qualidade da pedra
pode ser verificada pelos ensaios de “Point Load Test” ou “Los Angeles” (BELGO,
2014).
Segundo Maccaferri (2013) as vantagens do muro de gabião são:
Flexibilidade: Esse tipo de estrutura acompanha a movimentação do solo
sem perder sua estabilidade e eficiência.
Permeabilidade: É necessária a utilização de estruturas permeáveis e
drenantes para conter o empuxo hidrostático.
Durabilidade: As estruturas de contenção necessitam de uma vida útil
longa, tendo que suportar os empuxos e cargas atuantes.
Práticas e Versatilidade: Para a execução não necessita de mão de obra
especializada e equipamentos especiais.
Rápida execução: Os gabiões podem ser implantados em locais de difícil
acesso existindo ou não a presença d’ água.
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2.2 Projetos de muros de gabião
2.2.1 Estudo Preliminar
Segundo Belgo (2014) para a execução de uma obra de contenção em gabião
deve ser considerado uma análise criteriosa do local a ser implantada a obra.
2.2.1.1 Levantamentos Geológicos e Geotécnicos
O estudo do solo é a primeira etapa e a mais importante diante ao projeto de
uma estrutura de contenção de gravidade, pois estas estruturas geralmente são
executadas em fundação direta, sendo assim, o solo é que deve ter a resistência
necessária a resistir os esforços aplicados diretamente pela estrutura na sua
superfície. Os ensaios necessários para a correta caracterização do solo estão
descritos abaixo, bem como as normas brasileiras e internacionais referentes aos
ensaios:
Ensaio de sondagem de simples reconhecimento do solo (SPT), NBR
6484:2011;
Massa específica do solo, NBR 6508:1984;
Granulometria, NBR 7181:1984;
Limite de Liquidez, NBR 6459:1984 e Limite de Plasticidade, NBR
7180:1984;
Ensaio de Permeabilidade do solo, NBR 13292:1995;
Índice de Suporte Califórnia, NBR 9895:1987;
Ensaio de Compactação do solo, NBR 7182:1986;
Ensaio de compressão Tri axial, ASTM D 3080:1998;
Visitas in loco para possíveis constatações de assoreamento ou
desassoreamento, verificação de drenagem, existência de cobertura vegetal.
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2.2.1.2 Materiais
As redes são fabricadas com fios de aço trefilado a frio, recozido e zincado e
posteriormente pode ser ou não plastificado. Os rolos são fornecidos em forma
cilíndrica contendo largura e comprimento específicos, sendo enrolados e amarrados
para facilitar o manuseio e transporte. O revestimento do fio à base de PVC deve ter
uma espessura mínima de 0,40 mm, que tem como função proteger os fios contra as
intempéries e agentes agressivos quando solicitados deve ser executado em todos
os fios (NBR 10514/1988).
Em casos de aplicação de malhas de aço galvanizadas em estruturas de
contenção, deve se analisar quanto às especificações de fabricação e as medidas
de controle de qualidade objetivando a garantia da resistência e integridade física ao
longo do tempo, principalmente em relação à corrosão (NBR 11682/2006).
No enchimento do gabião é utilizado qualquer material pétreo, sendo
normalmente utilizados pedras britadas e seixos rolados. Devido ao comportamento
da estrutura de gravidade depender diretamente do seu peso próprio, deve sempre
preferir a utilização de um material de maior peso específico. O peso do muro
depende também do índice de vazios do material de enchimento. Para obter um
enchimento adequado as dimensões das pedras devem variar de 1,5 a 2 vezes a
dimensão da malha de rede “D”, ou seja, distância entre as torções (MACCAFERRI,
2014).
O preenchimento do gabião pode ser manualmente ou com o auxílio de
equipamentos mecânicos, as pedras devem ser colocadas de modo que reduza ao
máximo o índice de vazios. Devido um melhor arranjo das pedras a fim de se reduzir
o índice de vazio, isso resulta em consumo de no mínimo 15% a mais de pedra
(BELGO, 2014).
Devido às estruturas de contenção em gabiões caixa serem consideradas
altamente permeáveis é dispensável a execução de sistemas específicos de
drenagem, porém o aterro compactado ao tardoz denominado terrapleno é
considerado um outro elemento estrutural que necessita de determinados
dispositivos necessários a sua correta estabilização. O principal dispositivo aplicado
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com esta função são os filtros, que ao mesmo tempo drenam o solo permitindo o
livre fluxo da água e impede a passagem de partículas do solo drenado.
(MACCAFERRI, 2014).
Estes filtros, em sua maioria, são compostos de geotêxteis, para a utilização
deste material é necessário o conhecimento de suas propriedades. A propriedade
hidráulica está diretamente condicionada à função de filtração, e a capacidade
mecânica deve ser conhecida devido aos possíveis esforços solicitantes ao material
durante as fases de instalação e utilização.
Em estruturas de contenção em gabiões caixa os filtros são aplicados ao
tardoz das estruturas na interface entre o terrapleno e o muro, desempenhando a
função também de defesa hidráulica da estrutura, visto que as propriedades destes
muros eliminam a ação do empuxo hidráulico. Em locais onde o solo de fundação
apresente baixa capacidade de suporte ou esteja sujeito a saturação, os filtros são
empregados na interface entre a fundação e a base da estrutura (MACCAFERRI,
2014).
2.2.1.3 Divergências
As divergências entre o projeto e as reais condições encontradas no local
durante a execução, são passiveis de compatibilização, porém estas modificações
implicarão na revisão dos projetos iniciais. (NBR 11682/2006).
2.2.2 Dimensionamento
2.2.2.1 Esforços
Os muros são solicitados através de empuxo passivo e ativo. Empuxo passivo
quando o muro solicita um esforço sobre a terra, porém esse esforço tem a função
de ajudar a estrutura a resistir aos esforços solicitantes. Empuxo ativo é o esforço
exercido da terra sobre o muro, ou seja, são as cargas aplicadas pelo terreno
(MOLITERNO, 1998).
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A análise dos esforços a que são submetidos às estruturas de contenção deve
ser verificados de acordo com a sua interdependência, a consideração de esforços
passivos a estrutura só pode ocorrer caso seja garantida a sua permanência de
atuação (NBR 11682/2006).
O peso da estrutura é o fator predominante que determina a resistência dos
muros de contenção de gravidade, pois o seu peso atuará diretamente e
inversamente contra os esforços solicitantes (MACCAFERRI, 2014).
Segundo NBR 11682 (2006) as estruturas de contenção deverão ser
dimensionadas para suportar os esforços provenientes do solo, além de uma
sobrecarga acidental mínima de 20 KPa (20 KN/m²), uniformemente distribuída
sobre a superfície do terreno arrimado.
A coesão e o ângulo de atrito interno do solo são parâmetros da resistência ao
cisalhamento do solo. O solo arrimado geralmente é um reaterro, preferencialmente
executado com material não coesivo e assim é normal considerar a coesão nula, ou
seja, utilizar a coesão do solo igual à zero (MACCAFERRI, 2014).
2.2.2.2 Verificações de Estabilidade
Segundo Maccaferri (2014) as estruturas de contenção devem ser verificadas
quanto as suas condições de estabilidade. As verificações básicas a serem feitas no
dimensionamento de estruturas de contenção são:
Estabilidade contra o tombamento;
Estabilidade contra o deslizamento;
Estabilidade contra a ruptura global;
Estabilidade contra a ruptura interna;
Estabilidade contra a ruptura da fundação.
A NBR 11682 (2006) estabelece os coeficientes mínimos para a verificação da
estabilidade de muros de contenção, conforme é apresentado na tabela 1.
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Verificação de segurança Fator de segurança mínimo
Tombamento 2,0
Deslizamento na base 1,5
Capacidade de carga da fundação 3,0
Tabela 1 – Coeficientes de verificação da estabilidade de muros de contenção.
Fonte: NBR 11682, 2006.
A NBR 6122 (2010) estabelece como coeficiente de segurança alternativo para
a verificação da capacidade de carga de fundação o valor de 2,15 para a
determinação da resistência do solo utilizando métodos empíricos.
2.2.2.3 Software Gawacwin 2003
O software Gawacwin 2003 desenvolvido pela empresa fabricante de gabiões
Maccaferri analisa a estabilidade de estruturas de contenção em gabiões pelo
método de Equilíbrio Limite, através das teorias de Rankine, Coulomb, Meyerhof,
Hansen e Bishop.
Segundo Moliterno (1998) a teoria de Coulomb admite a hipótese de que o
esforço físico aplicado na estrutura é proveniente da pressão do peso parcial de um
material, que se desestabiliza pela perda de resistência ao cisalhamento ou atrito.
Já a teoria de Rankine é utilizada para dimensionar a intensidade dos
empuxos atuantes na estrutura, considerando que o solo se encontra em estado de
equilíbrio plástico (SILVA, 2002).
O programa analisa a estrutura proposta com a hipótese de uma configuração
plana, usando como base de dados as dimensões no plano da seção. Uma análise
tridimensional seria mais eficaz, pois reproduziria melhor as condições reais. Porém
este método ocasionaria um grande acréscimo na complexidade dos cálculos. É
importante ressaltar que a análise plana é mais pessimista, levando a resultados a
favor da segurança. O programa analisa a estrutura levando em consideração
restritamente as características mecânicas do gabião produzido pela Maccaferri. O
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programa encontra-se disponível no site do fabricante Maccaferri
(www.maccaferri.com.br), gratuitamente mediante o cadastramento.
2.2.3 Execução
2.2.3.1 Operações preliminares
Os gabiões são fornecidos em fardos. O arame que faz a montagem e união do
gabião é enviado dentro do fardo ou separado. Os fardos devem ser armazenados
em locais com superfícies planas, com inclinação máxima de 5%, próximo ao local
escolhido para a montagem (MACCAFERRI, 2014).
2.2.3.2 Montagem e colocação
A montagem consiste primeiramente no transporte do material até um local
rígido e plano preparado para a montagem, o início do processo consiste em
levantar e redobrar as paredes laterais aos pares na vertical formando um ângulo de
90º, onde se terá a união das arestas ou cantos da caixa. A união das arestas é
através de arame, material esse enviado dentro do fardo ou separado (BELGO,
2014).
O elemento montado é transportando até o local definido em projeto e
posicionado. Os elementos são amarrados ainda vazios uns aos outros em todas as
arestas menos as tampas, após amarrado o mesmo já pode ser preenchido com o
material de enchimento. O terreno deve ser previamente nivelado e preparado. Caso
o terreno não apresente resistência suficiente, a camada superior do terreno deve
ser substituída por material granular. Deve ser utilizado gabarito de madeira para um
melhor acabamento da estrutura (MACCAFERRI, 2014).
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2.2.3.3 Enchimento
O enchimento dos gabiões caixa deve ser realizado de forma ordenada,
buscando a melhor disposição do material obtendo assim, um melhor arranjo que
por sua vez fará com que o gabião caixa tenha um menor índice de vazios
aumentando o seu peso, beneficiando toda a estrutura que depende do peso para
suportar os esforços a ela impostos. Para a obtenção de um bom resultado final no
enchimento dos gabiões caixa é recomendado a utilização de gabaritos de madeira
que delimitam o perfil da caixa impedindo que ele se expanda, criando saliências
sobrecarregando as telas (MACCAFERRI, 2014).
Conforme o enchimento é realizado, deve ser observado as especificações de
projeto quanto a disposição de tirantes de reforço, aplicando-os nos locais corretos.
Estes tirantes são aplicados unindo internamente uma aresta à outra do gabião
caixa na função de travar a estrutura do gabião caixa evitando imperfeições na
superfície. (MACCAFERRI, 2014).
2.2.3.4 Fechamento
Após a conclusão do enchimento do gabião caixa e realizado o fechamento da
tampa da caixa, realizando a união das arestas analogamente a união das arestas
laterais, após a conclusão o mesmo está apto a cumprir sua função estrutural
(MACCAFERRI, 2014).
3 Metodologia
O desenvolvimento do trabalho aqui apresentado seguiu a metodologia
expressa nos tópicos abaixo:
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3.1 Revisão Bibliográfica
Foi realizada pesquisa em dissertações, monografias, manuais, normas
vigentes e livros que abordam o assunto de muros de contenção, específicos ou não
sobre os muros de gabião. Buscando o conhecimento necessário para entender a
concepção e execução destas estruturas.
3.2 Levantamento de dados existentes
Inicialmente pelo fato da estrutura aqui estudada se tratar de uma obra pública,
foi necessário realizar solicitações formais de liberação para podermos realizar os
levantamentos necessários. Foi solicitada ao poder público as seguintes
informações:
Levantamentos da caracterização geológica e geotécnica.
Projetos de engenharia.
Relatórios e memoriais descritivos.
Autorização para visitas in loco.
Após obtenção das informações e autorizações solicitadas, foram realizadas
visitas in loco e através de entrevistas aos responsáveis pelo empreendimento e
levantamento fotográfico foi possível conhecer melhor as características do
empreendimento, as técnicas utilizadas na execução, as possíveis divergências
encontradas em campo e as modificações aplicadas devido estas divergências.
3.3 Levantamento de dados adicionais
Devido à necessidade de obtenção de dados não contidos nos dados
levantados anteriormente, foram obtidos através de fórmulas, correlações empíricas
e medições os seguintes dados:
Ângulo de atrito interno do solo local e tensão admissível. Obtidos através da
correlações empíricas entre as propriedades do solo apresentadas nos
levantamentos realizados pelo poder público;
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Medição dos elementos que compõem as estruturas de contenção, devido à
necessidade da conferência das medidas previstas em projeto e detecção de
possíveis alterações.
3.4 Dimensionamento
Foi realizada a análise de estabilidade da estrutura através do programa
computacional Gawacwin 2003 desenvolvido pela empresa Maccaferri, seguindo
todas as instruções e orientações apresentadas pelo software.
O dimensionamento foi realizado primeiramente de acordo com as informações
constantes no projeto original. Em seguida realizou-se o dimensionamento de
acordo com as informações recolhidas in loco, levando em consideração as
modificações realizadas em função das divergências de projeto ou recomendações
do fabricante.
3.5 Visitas in loco
Foram realizadas inúmeras visitas no canteiro de execução da referida obra,
de maneira a conhecer e entender os métodos construtivos e técnicas de execução,
observando se estes métodos são correspondentes aos apresentados pelos
fabricantes do material. O levantamento das informações forma através de registro
fotográfico, entrevistas e questionários aos executores do empreendimento.
3.6 Análise de resultados
Após a obtenção dos dados finais provenientes da verificação do
dimensionamento e da verificação da execução foi realizada uma comparação entre
o que foi concebido em projeto e o que foi realmente executado, analisando quais os
efeitos gerados por estas modificações.
3.7 Acompanhamento pós-termino
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19
Com a conclusão do empreendimento, foi realizado um monitoramento em
campo até a conclusão da pesquisa, com objetivo de analisar o comportamento real
da estrutura, através de levantamento visual e registro fotográfico analisando a
possível ocorrência de deformações excessivas que pudessem comprometer a
integridade estrutural do elemento o levando a ruína.
4 Resultados
4.1 Características do solo local
Após termos obtido os levantamentos geológicos e geotécnicos realizados por
empresa terceirizada contratada pela Prefeitura Municipal de Umuarama (PMU),
foram coletados os dados existentes, necessários à verificação do dimensionamento
da estrutura.
Para a obtenção do peso específico do solo foi realizada no local a coleta de
material e o ensaio de massa específica do solo, os resultados dos ensaios estão
expressos na tabela 02 (ver Apêndice E). Visto que para a obtenção do índice de
resistência a penetração à percussão simples (N) foi realizado o ensaio de
Sondagem de simples reconhecimento do solo (SPT), o resultado do ensaio é
apresentado no relatório de perfil de sondagem (ver Anexo A).
Os resultados das correlações empíricas para determinação do ângulo de atrito
interno do solo estão apresentados nos memoriais de cálculo (ver Apêndices A e B).
Analogamente os resultados das correlações empíricas para determinação da
capacidade de suporte do solo de fundação estão apresentados nos memoriais de
cálculo (ver Apêndice B).
4.2 Características dos materiais
Gabiões Caixa
O projeto prevê que os gabiões tipo caixa serão constituídos de redes
metálicas com dupla torção e malhas de forma hexagonal, produzidas com arame de
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fio de aço trefilado a frio, recozido zincado e protegido com PVC de acordo com o
previsto em projeto. O arame deve ser de aço doce recozido com diâmetro de 2,4
mm, as amarrações de juntas dever ser constituídas de arame com diâmetro de 3,0
mm. Os gabiões utilizados no empreendimento foram fornecidos pela fabricante de
gabiões Maccaferri. Após a realização de medições in loco comprovou-se as
características e qualidade do material fornecido referente às suas dimensões,
atendendo todas as especificações previstas em projetos.
Material de enchimento
O Rachão ou pedra de mão deverão ser provenientes de rocha sã, não
alterada, estável, bem classificada, limpa e isenta de pó e incrustações nocivas ou
outras contaminações prejudiciais. Deverão ser constituídos de fragmentos duros de
material resistente e de elevado peso específico, livres de excesso de partículas
lamelares ou alongados, com fratura angulosa e de superfícies de fratura não-
vítreas.
O material utilizado para o preenchimento dos gabiões é proveniente de dois
fornecedores localizados em raio de 150 km do local. Segundo informações
apresentadas pelos mesmos e as informações coletadas no local, o material
fornecido atende as preconizações de projeto.
Material de substituição da fundação
Devido às características do solo e as condições encontradas no local de
execução foi adotado a substituição do material natural de fundação por uma
camada de material granular, composta pelo mesmo material de preenchimento dos
gabiões.
4.3 Características da estrutura
As características, materiais e dimensões da estrutura prevista em projeto
podem ser observados na figura 6 (ver Apêndice E).
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21
As características, materiais e dimensões da estrutura em execução com as
modificações aplicadas devido a divergências de projeto podem ser observados na
figura 7 (ver Apêndice E).
4.4 Métodos de execução previstos em projeto
Recebimento e Armazenamento dos Gabiões Caixa
Devem ser fornecidos em fardos com peso máximo de 1.000 kg,
convenientemente amarrados de forma a permitir o manuseio e transporte. O
material deve ser armazenado em local protegido da ação das intempéries de modo
a evitar a sua degradação, devendo ser colocados sobre tablados de madeira ou
concreto apresentando superfície plana, lisa e limpa.
Montagem e Instalação dos Gabiões Caixa
Deverão ser disponibilizados no canteiro os equipamentos/ferramentas para
colocação, enchimento, arrumação e fechamento dos gabiões. Após a locação da
obra deve se proceder aos serviços preliminares de implantação do gabião, estes
serviços são basicamente escavação/aterro, limpeza e regularização da base do
canal.
Os gabiões devem ser montados realizando a operação de costura das juntas
de acordo com o previsto em projeto, preservando abertas suas tampas para
realização do enchimento, após a montagem os gabiões são unidos no local de
instalação, geralmente em quatro peças e instalados no local com o auxílio de
gabaritos de madeira, a amarração entre si dos gabiões deve respeitar a costura
prevista na montagem.
Preenchimento, Atirantamento e Fechamento dos Gabiões Caixa
Após a correta instalação dos gabiões inicia-se o processo de preenchimento,
as pedras devem ser arrumadas dentro dos gabiões, e não simplesmente jogadas
ou despejadas, de modo que fique o menos número de vazios, o gabião deve obter
um peso específico maior ou igual a 1,8 tf/m³, a dimensão das pedras deve ser três
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22
vezes maior que a dimensão da malha dos gabiões. Em conjunto com o
preenchimento dos gabiões deve se proceder à execução do atirantamento de
acordo com o previsto em projeto. Após o completo e correto preenchimento dos
gabiões realiza-se o fechamento das tampas através de costura análoga a
montagem.
As especificações de projeto referentes à costura e o atirantamento dos
gabiões caixa podem ser observadas na figura 8 (ver Apêndice E).
4.5 Métodos de execução empregados
Recebimento e Armazenamento dos Gabiões Caixa
O armazenamento dos gabiões caixa na obra não estão de acordo com as
especificações de projeto, tendo em vista que estão sendo armazenados em local
expostos a ação das intempéries e em contato direto com o solo como pode ser
observado na figura 9 (ver Apêndice E).
Montagem e Instalação dos Gabiões Caixa
A montagem e instalação dos gabiões estão sendo realizados conforme o
previsto em projeto, respeitando as preconizações referentes à costura das juntas e
a união dos gabiões entre si. Podemos observar a execução destes serviços através
da figura 10 (ver Apêndice E).
Preenchimento e Atirantamento dos Gabiões Caixa
O preenchimento dos gabiões caixa está sendo procedido na execução da
seguinte forma, o material de enchimento está sendo lançado no interior dos gabiões
e arrumado somente onde o material se encontra nas superfícies frontais do muro,
visando um melhor resultado estético, porém no interior dos gabiões o material está
sendo lançado de maneira aleatória, não condizente com as especificações de
projeto. Porém o material empregado em estado solo já apresenta o peso específico
preconizado em projeto tornando dispensável a arrumação do material. O
atirantamento está sendo executado conforme especificações previstas em projeto.
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23
4.6 Verificação do Dimensionamento
Com a realização dos cálculos das correlações empíricas pode-se obter os
dados necessários referentes as características geotécnicas do solo, a obtenção
destes dados possibilitou a realização do dimensionamento da estrutura conforme o
projetado e o executado, os dados são apresentados nas figuras 11 e 12 (ver
Apêndice E).
Após a obtenção dos dados necessários, procedeu-se a realização dos
dimensionamentos, o programa computacional utilizado verificou-se as estruturas de
acordo com as informações inseridas, apresentando o resultado em forma de
coeficientes de segurança, calculados de acordo com as condições de cada
estrutura, devendo estes coeficientes superar os valores mínimos normativos para
que a estrutura seja considerada estruturalmente segura (ver Apêndices C e D). A
tabela 3, expressa os resultados dos dimensionamentos realizados.
RESULTADOS
VERIFICAÇÕES DE ESTABILIDADE PROJETADO EXECUTADO
TOMBAMENTO 2,28 2,76
DESLIZAMENTO 1,63 1,64
RUP. GLOBAL 1,51 1,46
CAPACIDADE DE SUPORTE DO SOLO 1,63 2,15
Tabela 3 – Resultado dos dimensionamentos realizados.
Fonte: Autores.
O dimensionamento das estruturas apresentou resultados satisfatórios
referentes às verificações de tombamento, deslizamento e ruptura global. A
verificação de capacidade de suporte do solo apresentou resultado normativamente
satisfatório apenas para a estrutura em execução, entretanto o esforço aplicado ao
solo de fundação na estrutura projetada representa 61% da capacidade de carga do
solo.
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24
4.7 Eficiência e comportamento estrutural
Diante da análise do comportamento estrutural da obra realizada, a estrutura
apresenta as condições de estabilidade necessárias ao cumprimento das suas
funções estruturais, garantia da sua segurança e durabilidade. Pode-se chegar a
esta conclusão devido aos resultados que foram apresentados no dimensionamento,
afirmações estas que puderam ser confirmadas através da analise visual realizada
no local.
5 Conclusão
Quanto à utilização dos materiais e o emprego de métodos na execução, pode-
se concluir que as exigências preconizadas em projeto foram em sua maioria
atendidas na fase de execução, contribuindo de maneira direta para a garantia da
eficiência e durabilidade da obra.
Diante da concepção da estrutura, pode-se concluir que os levantamentos
preliminares realizados no local da obra, não foram utilizados da maneira mais
adequada, visto que algumas de suas informações principais poderiam ter sido
utilizadas para uma previsão mais precisa na concepção da estrutura. Contudo
podemos observar que a necessidade de alterações apresentadas na fase de
execução não ocasionou nenhum tipo de problema executivo ou estrutural ao
projeto, visto que a estrutura pode ser executada conforme a sua função prevista e
apresentou as características de estabilidade necessárias.
Perante a sua eficiência, pode-se concluir que obra vem desempenhando a
função para a que foi concebida e apresentando a eficiência estrutural esperada.
Diante do exposto pode-se concluir de maneira geral que a pesquisa aqui
apresentada obteve êxito em seus objetivos propostos, atingindo todos os resultados
esperados definidos no início da pesquisa.
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25
6 Referências
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10514. Redes de aço com malha hexagonal de dupla torção, para confecção de gabiões. Rio de Janeiro, 1988. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11682. Estabilidade de Encostas. Rio de Janeiro, 2006. ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6122. Projeto e execução de fundações. Rio de Janeiro, 2010. BELGO BEKAERT ARAMES. Gabiões Belgo: Informe Técnico. 2014. Disponível em <www.belgobekaert.com.br>. Acesso em 15, junho de 2016. CINTRA, J. C. A. Fundações por Estacas: Projeto Geotécnico / José Carlos A. Cintra, Nelson Aoki. Oficia de Textos. São Paulo, SP, 2010.
HACHICH, W.; FALCONI, F. F.; SAES, J. L.; FROTA, R. G. Q.; CARVALHO, C. S.; NIYAMA, S. Fundações: Teoria e Prática. 2ª Edição. Editora PINI. São Paulo, SP, 1998.
MACAFERRI. Gabiões e outras soluções em malha hexagonal de dupla torção: Necessidades e soluções. 2013. Disponível em <www.macaferri.com.br>. Acesso em 15, junho de 2016. MACAFERRI. Obras de contenção: Manual técnico. 2014. Disponível em <www.macaferri.com.br>. Acesso em 15, junho de 2016. MACAFERRI. Obras de contenção: Necessidades e soluções. 2014. Disponível em <www.macaferri.com.br>. Acesso em 15, junho de 2016. MOLITERMO, A. Caderno de Muros de Arrimo. Editora Edgard Blücher Ltda. São Paulo, SP, 1998.
PATRICIO, R. P. Adequação do FMEA para gerenciamento de riscos em obra de infraestrutura, após a aplicação da análise preliminar de risco na execução de muro de gabião. Monografia (Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2013. REBELLO, Y. C. P. Fundações: Guia Prático de Projeto, Execução e Dimensionamento. Zigurate Editora. São Paulo, SP, 2008.
SCHNAID, F. Ensaios de Campo e suas Aplicações à Engenharia de Fundações. 2ª Edição. Oficia de Textos. São Paulo, SP, 2012.
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26
SILVA, H. da C. Estudo da influência do empuxo lateral causado por grãos nas paredes de grandes silos horizontais. Dissertação (Mestrado em Engenharia) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul–Escola de Engenharia, Porto Alegre, 2002. UEZI, K. R. Perícia Técnica: Relatório nº 41/13 – Março/2014. Perícia apresentada para Prefeitura Municipal de Umuarama. M30 Construção Civil LTDA, 2014. UEZI, K. R. Projeto de drenagem de águas pluviais: Relatório nº 41/13 – Dezembro/2013. Projeto apresentado para Prefeitura Municipal de Umuarama. M30 Construção Civil LTDA, 2013.
27
ANEXO A – Relatório de Ensaio: Sondagem de Simples Reconhecimento
do Solo (SPT)
28
APÊNDICE A – Memorial de Cálculo: Ângulo de Atrito Interno do Solo
(Terrapleno)
Profundidade (H) = 2 metros
1. ÍNDICE DE RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO ( ).
Nspt = Número de golpes necessários para cravação do amostrador do ensaio
de SPT.
Fonte: M30 Construção Civil Ltda (2014).
2. ÍNDICE DE RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃOCORRIGIDO ( ).
Nspt, 60 = Correção do Nspt devido à variação da energia de cravação do
amostrador.
Energia Aplicada = Coeficiente de ponderação devido à energia de cravação.
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
3. TENSÃO VERTICAL EFETIVA( ).
29
( ) ( )
δ = peso específico do solo (KN/m³).
h = profundidade (m).
SC = Sobre Carga (KN/m²). (NBR 11682/2006).
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
4. DENSIDADE RELATIVA (Dr).
4.1 EQUAÇÕES EMPÍRICAS
- Equação 01 (Gibbs e Holtz).
{
}
{
}
Dr = Densidade relativa do solo (%).
σ'v0 = tensão vertical efetiva (KN/m²).
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
- Equação 02 (Skempton).
{
}
{
}
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
30
4.2GRÁFICOS EMPÍRICOS
- Gráfico 01 (Mitchell, Guzikowski e Vilet).
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
5. ÂNGULO DE ATRITO INTERNO DO SOLO (ɸ’)
5.1 EQUAÇÕES EMPÍRICAS
- Equação 01 (De Mello). Densidade relativa de (Gibbs e Holtz).
( )
31
( )
ɸ’= ângulo de atrito interno efetivo do solo (°).
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
- Equação 01 (De Mello). Densidade relativa de (Skempton).
( )
( )
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
- Equação 01 (De Mello). Densidade relativa de (Mitchell, Guzikowski e Vilet).
( )
( )
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
- Equação 02 (Teixeira).
√
√
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
- Equação 03 (Hatanaka e Uchida).
√
32
√
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
- Equação 04 (Godoy).
Fonte: Cintra (2010).
5.2GRÁFICOS EMPÍRICOS
- Gráfico 01 (Mitchell, Guzikowski e Vilet).
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
33
- Gráfico 02 (Mello).
Fonte: Cintra (2010).
34
- Gráfico 03 (Peck, Hanson e Thornburn).
Fonte: Shinaid e Odebrecht (2012).
35
5.3TABELAS EMPÍRICAS
- Tabela 01 (Decourt).
( )
6,41 30
7,63 31
9,02 32
10,59 33
12,37 34
14,41 35
16,73 36
19,40 37
22,48 38
26,04 39
30,17 40
34,99 41
40,64 42
47,28 43
* Determina-se o valor exato do ângulo de atrito realizando o processo de
interpolação entre os dois valores em que se compreende o intervalo do Nspt.
Fonte: Hachich et. Al. (1998).
36
DADOS VALOR
Nspt 2 H (m) 2
Nspt60 2.2 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 72.6
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.2594 0.2156 0.1500
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
30.05 29.19 27.98 21.93 25.82 28.80 27.50 30.00 30.00 28.00
MÉDIA 27.928 MÉDIA 28.594 MÉDIA 28.782
DESVIO PADRÃO 2.4964 DESVIO PADRÃO 1.4184 DESVIO PADRÃO 1.0023
VALOR MÁXIMO 30.4241 VALOR MÁXIMO 30.0127 VALOR MÁXIMO 29.7845
VALOR MÍNIMO 25.4313 VALOR MÍNIMO 27.1759 VALOR MÍNIMO 27.7799
MÉDIA 28.494 MÉDIA 28.261
DESVIO PADRÃO 0.6014 DESVIO PADRÃO 0.6075 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 29.0953 VALOR MÁXIMO 28.8687 27.6537
VALOR MÍNIMO 27.8924 VALOR MÍNIMO 27.6537
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
DENSIDADE
RELATIVA
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
CONDIÇÕES
37
DADOS VALOR
Nspt 8 H (m) 3
Nspt60 8.8 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 98.9
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.4766 0.4011 0.4000
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
35.0904 33.1801 33.1530 28.8564 31.6413 31.2000 32.5000 30.0000 31.2700 29.5000
MÉDIA 31.639 MÉDIA 31.849 MÉDIA 31.653
DESVIO PADRÃO 1.9048 DESVIO PADRÃO 1.1629 DESVIO PADRÃO 0.5971
VALOR MÁXIMO 33.5439 VALOR MÁXIMO 33.0121 VALOR MÁXIMO 32.2499
VALOR MÍNIMO 29.7343 VALOR MÍNIMO 30.6863 VALOR MÍNIMO 31.0558
MÉDIA 31.370 MÉDIA 31.235
DESVIO PADRÃO 0.2372 DESVIO PADRÃO 0.0495 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 31.6076 VALOR MÁXIMO 31.2845 31.1855
VALOR MÍNIMO 31.1333 VALOR MÍNIMO 31.1855
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
38
DADOS VALOR
Nspt 10 H (m) 4
Nspt60 11 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 125.2
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.4955 0.4210 0.4500
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
35.6013 33.6659 34.3962 30.4919 33.0154 32.0000 34.0000 33.0000 32.6200 30.2000
MÉDIA 32.899 MÉDIA 33.242 MÉDIA 33.260
DESVIO PADRÃO 1.6777 DESVIO PADRÃO 0.8292 DESVIO PADRÃO 0.5589
VALOR MÁXIMO 34.5768 VALOR MÁXIMO 34.0717 VALOR MÁXIMO 33.8191
VALOR MÍNIMO 31.2213 VALOR MÍNIMO 32.4133 VALOR MÍNIMO 32.7014
MÉDIA 33.227 MÉDIA 33.008
DESVIO PADRÃO 0.3801 DESVIO PADRÃO 0.0109 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 33.6072 VALOR MÁXIMO 33.0186 32.9968
VALOR MÍNIMO 32.8470 VALOR MÍNIMO 32.9968
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
39
DADOS VALOR
Nspt 11 H (m) 5
Nspt60 12.1 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 151.5
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.4878 0.4175 0.4500
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
35.3922 33.5788 34.3962 31.2481 33.6506 32.4000 34.0000 32.5000 33.2300 30.8000
MÉDIA 33.120 MÉDIA 33.394 MÉDIA 33.615
DESVIO PADRÃO 1.4087 DESVIO PADRÃO 0.7400 DESVIO PADRÃO 0.3157
VALOR MÁXIMO 34.5283 VALOR MÁXIMO 34.1337 VALOR MÁXIMO 33.9306
VALOR MÍNIMO 31.7109 VALOR MÍNIMO 32.6536 VALOR MÍNIMO 33.2992
MÉDIA 33.615 MÉDIA 33.615
DESVIO PADRÃO 0.0508 DESVIO PADRÃO 0.0508 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 33.6655 VALOR MÁXIMO 33.6655 33.5640
VALOR MÍNIMO 33.5640 VALOR MÍNIMO 33.5640
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
40
DADOS VALOR
Nspt 13 H (m) 6
Nspt60 14.3 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 177.8
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.5013 0.4316 0.4800
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira.
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
35.7603 33.9281 35.1820 32.6635 34.8398 33.2000 34.0000 33.0000 34.3100 31.0000
MÉDIA 33.788 MÉDIA 33.706 MÉDIA 33.688
DESVIO PADRÃO 1.3857 DESVIO PADRÃO 0.7775 DESVIO PADRÃO 0.5598
VALOR MÁXIMO 35.1740 VALOR MÁXIMO 34.4834 VALOR MÁXIMO 34.2474
VALOR MÍNIMO 32.4027 VALOR MÍNIMO 32.9284 VALOR MÍNIMO 33.1278
MÉDIA 33.709 MÉDIA 33.964
DESVIO PADRÃO 0.4426 DESVIO PADRÃO 0.0509 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 34.1519 VALOR MÁXIMO 34.0149 33.9132
VALOR MÍNIMO 33.2668 VALOR MÍNIMO 33.9132
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
41
DADOS VALOR
Nspt 10 H (m) 7
Nspt60 11 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 204.1
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.4180 0.3616 0.4000
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e
Vilet
Mello Decourt Peck et
al.
33.5924 32.2502 33.1530 30.4919 33.0154 32.0000 31.0000 29.0000 32.6200 30.2000
MÉDIA 31.732 MÉDIA 32.076 MÉDIA 32.471
DESVIO PADRÃO 1.4959 DESVIO PADRÃO 1.0035 DESVIO PADRÃO 0.4432
VALOR MÁXIMO 33.2282 VALOR MÁXIMO 33.0792 VALOR MÁXIMO 32.9145
VALOR MÍNIMO 30.2363 VALOR MÍNIMO 31.0723 VALOR MÍNIMO 32.0282
MÉDIA 32.435 MÉDIA 32.435
DESVIO PADRÃO 0.2615 DESVIO PADRÃO 0.2615 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 32.6966 VALOR MÁXIMO 32.6966 32.1736
VALOR MÍNIMO 32.1736 VALOR MÍNIMO 32.1736
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
42
DADOS VALOR
Nspt 9 H (m) 8
Nspt60 9.9 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 230.4
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.3788 0.3289 0.3800
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
32.6498 31.5174 32.6778 29.6969 32.3475 31.6000 28.0000 26.0000 31.9900 29.5000
MÉDIA 30.598 MÉDIA 31.497 MÉDIA 32.130
DESVIO PADRÃO 2.2433 DESVIO PADRÃO 1.2495 DESVIO PADRÃO 0.5086
VALOR MÁXIMO 32.8413 VALOR MÁXIMO 32.7469 VALOR MÁXIMO 32.6390
VALOR MÍNIMO 28.3546 VALOR MÍNIMO 30.2479 VALOR MÍNIMO 31.6218
MÉDIA 32.169 MÉDIA 32.169
DESVIO PADRÃO 0.2528 DESVIO PADRÃO 0.2528 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 32.4215 VALOR MÁXIMO 32.4215 31.9160
VALOR MÍNIMO 31.9160 VALOR MÍNIMO 31.9160
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
43
DADOS VALOR
Nspt 11 H (m) 9
Nspt60 12.1 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 256.7
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.4016 0.3498 0.4000
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e Vilet Mello Decourt
Peck et
al.
33.1904 31.9833 33.1530 31.2481 33.6506 32.4000 29.5000 28.0000 33.2300 30.8000
MÉDIA 31.716 MÉDIA 32.286 MÉDIA 32.791
DESVIO PADRÃO 1.8436 DESVIO PADRÃO 0.9875 DESVIO PADRÃO 0.5676
VALOR MÁXIMO 33.5592 VALOR MÁXIMO 33.2739 VALOR MÁXIMO 33.3589
VALOR MÍNIMO 29.8719 VALOR MÍNIMO 31.2989 VALOR MÍNIMO 32.2238
MÉDIA 32.993 MÉDIA 33.191
DESVIO PADRÃO 0.3968 DESVIO PADRÃO 0.4460 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 33.3902 VALOR MÁXIMO 33.6371 32.7452
VALOR MÍNIMO 32.5965 VALOR MÍNIMO 32.7452
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
44
DADOS VALOR
Nspt 22 H (m) 10
Nspt60 24.2 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 283
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.5463 0.4773 0.5700
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e Vilet Mello Decourt
Peck et
al.
37.0335 35.1091 37.7368 37.9783 39.3049 36.8000 35.0000 36.0000 37.8400 34.2000
MÉDIA 36.700 MÉDIA 36.928 MÉDIA 37.231
DESVIO PADRÃO 1.6013 DESVIO PADRÃO 1.0635 DESVIO PADRÃO 0.7649
VALOR MÁXIMO 38.3015 VALOR MÁXIMO 37.9917 VALOR MÁXIMO 37.9963
VALOR MÍNIMO 35.0990 VALOR MÍNIMO 35.8648 VALOR MÍNIMO 36.4665
MÉDIA 37.478 MÉDIA 37.647 MÉDIA 37.852
DESVIO PADRÃO 0.5257 DESVIO PADRÃO 0.4209 DESVIO PADRÃO 0.1212
VALOR MÁXIMO 38.0034 VALOR MÁXIMO 38.0680 VALOR MÁXIMO 37.9728
VALOR MÍNIMO 36.9520 VALOR MÍNIMO 37.2262 VALOR MÍNIMO 37.7305
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
RESULTADO
37.7305
6ª VERIFICAÇÃO
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
45
DADOS VALOR
Nspt 33 H (m) 11
Nspt60 36.3 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 309.3
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.6454 0.5653 0.6700
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e
Vilet.
Mello Decourt Peck et
al.
40.1319 37.5947 40.9676 43.1425 43.6436 41.2000 37.5000 38.0000 40.5900 37.0000
MÉDIA 39.977 MÉDIA 40.178 MÉDIA 39.323
DESVIO PADRÃO 2.3787 DESVIO PADRÃO 1.2829 DESVIO PADRÃO 1.8441
VALOR MÁXIMO 42.3557 VALOR MÁXIMO 41.4608 VALOR MÁXIMO 41.1666
VALOR MÍNIMO 37.5983 VALOR MÍNIMO 38.8950 VALOR MÍNIMO 37.4784
MÉDIA 40.563 MÉDIA 40.779
DESVIO PADRÃO 0.4185 DESVIO PADRÃO 0.2670 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 40.9816 VALOR MÁXIMO 41.0458 40.5118
VALOR MÍNIMO 40.1447 VALOR MÍNIMO 40.5118
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
46
DADOS VALOR
Nspt 43 H (m) 12
Nspt60 47.3 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 335.6
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.7124 0.6253 0.7400
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e Vilet Mello Decourt
Peck et
al.
42.4800 39.4686 43.5111 47.1248 46.9893 45.2000 41.0000 41.0000 42.3600 39.5000
MÉDIA 42.863 MÉDIA 42.592 MÉDIA 42.070
DESVIO PADRÃO 2.8135 DESVIO PADRÃO 1.5989 DESVIO PADRÃO 1.0746
VALOR MÁXIMO 45.6769 VALOR MÁXIMO 44.1907 VALOR MÁXIMO 43.1448
VALOR MÍNIMO 40.0499 VALOR MÍNIMO 40.9930 VALOR MÍNIMO 40.9957
MÉDIA 41.710 MÉDIA 41.710
DESVIO PADRÃO 0.8213 DESVIO PADRÃO 0.8213 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 42.5313 VALOR MÁXIMO 42.5313 40.8887
VALOR MÍNIMO 40.8887 VALOR MÍNIMO 40.8887
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
47
DADOS VALOR
Nspt 43 H (m) 13
Nspt60 47.3 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 361.9
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.6904 0.6071 0.7400
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
41.6829 38.8840 43.5111 47.1248 46.9893 45.2000 41.0000 41.0000 42.3600 39.5000
MÉDIA 42.725 MÉDIA 42.459 MÉDIA 41.911
DESVIO PADRÃO 2.9176 DESVIO PADRÃO 1.6425 DESVIO PADRÃO 1.0576
VALOR MÁXIMO 45.6428 VALOR MÁXIMO 44.1015 VALOR MÁXIMO 42.9684
VALOR MÍNIMO 39.8076 VALOR MÍNIMO 40.8165 VALOR MÍNIMO 40.8532
MÉDIA 41.511 MÉDIA 41.228
DESVIO PADRÃO 0.6513 DESVIO PADRÃO 0.3943 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 42.1620 VALOR MÁXIMO 41.6219 41.0000
VALOR MÍNIMO 40.8594 VALOR MÍNIMO 40.8334
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
48
DADOS VALOR
Nspt 43 H (m) 14
Nspt60 47.3 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 388.2
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.6703 0.5904 0.7400
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e Uchida Godoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
40.9767 38.3603 43.5111 47.1248 46.9893 45.2000 41.0000 41.00 42.36 39.50
MÉDIA 42.602 MÉDIA 42.341 MÉDIA 41.770
DESVIO PADRÃO 3.0318 DESVIO PADRÃO 1.7321 DESVIO PADRÃO 1.1396
VALOR MÁXIMO 45.6340 VALOR MÁXIMO 44.0734 VALOR MÁXIMO 42.9092
VALOR MÍNIMO 39.5704 VALOR MÍNIMO 40.6092 VALOR MÍNIMO 40.6299
MÉDIA 41.334 MÉDIA 40.992
DESVIO PADRÃO 0.6840 DESVIO PADRÃO 0.0135 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 42.0181 VALOR MÁXIMO 41.0057 40.9787
VALOR MÍNIMO 40.6502 VALOR MÍNIMO 40.9787
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - TERRAPLENO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
49
H (m)ÂNGULO DE ATRITO
INTERNO (°)PROJETADO
ÂNGULO DE ATRITO
INTERNO MÉDIO (°)
ÂNGULO DE ATRITO
INTERNO ADOTADO (°)
2 27.6537
3 31.1855
4 32.9968
5 33.5640
6 33.9132
7 32.1736
8 31.9160
9 32.7452
10 37.7305
11 40.5118
12 40.8887
13 41.0000
14 40.9787
FUNDAÇÃO
32.0185
DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE ATRITO INTERNO DO SOLO - CONFORME PROJETADO
TERRAPLENO 01
TERRAPLENO 02 40.2220
32
40
50
H (m)ÂNGULO DE ATRITO
INTERNO (°)PROJETADO
ÂNGULO DE ATRITO
INTERNO MÉDIO (°)
ÂNGULO DE ATRITO
INTERNO ADOTADO (°)
2 27.6537
3 31.1855
4 32.9968
5 33.5640
6 33.9132
7 32.1736
8 31.9160
9 32.7452
10 37.7305
11 40.5118
12 40.8887
13 41.0000
14 40.9787
TERRAPLENO 02 32.8624 32
FUNDAÇÃO
DETERMINAÇÃO DO ÂNGULO DE ATRITO INTERNO DO SOLO - CONFORME EXECUTADO
30.6120TERRAPLENO 01 30
51
APÊNDICE B – Memorial de cálculo: Parâmetros geotécnicos do solo
(Fundação)
52
DADOS VALOR
Nspt 43 H (m) 14
Nspt60 47.3 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 388.2
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.6703 0.5904 0.7400
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka
e UchidaGodoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
40.9767 38.3603 43.5111 47.1248 46.9893 45.2000 41.0000 41.00 42.36 39.50
MÉDIA 42.602 MÉDIA 42.341 MÉDIA 41.770
DESVIO PADRÃO 3.0318 DESVIO PADRÃO 1.7321 DESVIO PADRÃO 1.1396
VALOR MÁXIMO 45.6340 VALOR MÁXIMO 44.0734 VALOR MÁXIMO 42.9092
VALOR MÍNIMO 39.5704 VALOR MÍNIMO 40.6092 VALOR MÍNIMO 40.6299
MÉDIA 41.334 MÉDIA 40.992
DESVIO PADRÃO 0.6840 DESVIO PADRÃO 0.0135 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 42.0181 VALOR MÁXIMO 41.0057 40.9787
VALOR MÍNIMO 40.6502 VALOR MÍNIMO 40.9787
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
ADOTADO (°)
41
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - FUNDAÇÃO - CONFORME PROJETADO
CONDIÇÕES
DENSIDADE
RELATIVA
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
53
DADO VALOR
Nspt 22 H (m) 9.5
Nspt60 24.2 SC (KN/m²) 20
δ (KN/m³) 26.3
σ'v0 (KN/m²) 269.85
Gibz e Holtz Skempton Mitchel et al.
0.5568 0.4858 0.5800
De Mello X Gibz e
Holtz
De Mello X
Skempton
De Mello X Mitchel
et al.Teixeira
Hatanaka e
UchidaGodoy
Mitchell,
Guzikowski e ViletMello Decourt
Peck et
al.
37.3416 35.3365 38.0403 37.9783 39.3049 36.8000 35.0000 36.0000 37.8400 34.0000
MÉDIA 36.764 MÉDIA 37.048 MÉDIA 37.333
DESVIO PADRÃO 1.6474 DESVIO PADRÃO 1.0530 DESVIO PADRÃO 0.8043
VALOR MÁXIMO 38.4115 VALOR MÁXIMO 38.1011 VALOR MÁXIMO 38.1377
VALOR MÍNIMO 35.1168 VALOR MÍNIMO 35.9951 VALOR MÍNIMO 36.5290
MÉDIA 37.600 MÉDIA 37.800
DESVIO PADRÃO 0.5247 DESVIO PADRÃO 0.3169 RESULTADO
VALOR MÁXIMO 38.1247 VALOR MÁXIMO 38.1169 37.8691
VALOR MÍNIMO 37.0753 VALOR MÍNIMO 37.4832
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
ADOTADO (°)
37
3ª VERIFICAÇÃO
4ª VERIFICAÇÃO 5ª VERIFICAÇÃO
DENSIDADE
RELATIVA
PARÂMETROS GEOTÉCNICOS DO SOLO - FUNDAÇÃO - CONFORME EXECUTADO
ÂNGULO DE
ATRITO INTERNO
(°)
1ª VERIFICAÇÃO 2ª VERIFICAÇÃO
CONDIÇÕES
54
Memorial de Cálculo: Capacidade de suporte do solo de fundação
Conforme projetado
1. ÍNDICE DE RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO ( ).
Nspt = Número de golpes necessários para cravação do amostrador do ensaio
de SPT.
Fonte: M30 Construção Civil Ltda (2014).
2. CAPACIDADE DE SUPORTE DO SOLO ( ).
2.1 EQUAÇÕES EMPÍRICAS
- Equação 01 (Rebello).
√ √
= Capacidade de suporte do solo (Kgf/cm²).
Fonte: Rebello (2008).
- Equação 02 (Rebello).
Fonte: Rebello (2008).
55
2.2 TABELAS EMPÍRICAS
- Tabela 01 (Rebello).
TIPO DE SOLO: AREIAS
SPT CONSISTÊNCIA
TENSÃO
ADMISSÍVEL
(kgf/cm²)
ATRITO
LATERAL
(kgf/cm²)
ÂNULO DE
ATRITO
INTERNO (°)
< 4 Muito fofa - - < 30
5 – 8 Fofa < 1 < 0,50 30 – 35
9 – 18 Medianamente
compacta 1,00 – 3,00 0,50 – 1,20 35 – 40
19 – 41 Compacta 2,00 – 5,00 1,20 – 1,90 40 – 45
> 41 Muito compacta >5 > 1,90 > 45
* Determina-se o valor exato da capacidade de suporte realizando o processo
de interpolação entre os dois valores em que se compreende o intervalo do
Nspt.
Fonte: Rebello (2008).
56
2.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS
1ª VERIFICAÇÃO
ORIGEM (KN/m²)
Equação 01 556,00
Equação 02 860,00
Tabela 01 500,00
2ª VERIFICAÇÃO
ORIGEM (KN/m²)
Equação 01 556,00
Tabela 01 500,00
57
Memorial de cálculo: capacidade de suporte do solo de fundação
Conforme executado
1. ÍNDICE DE RESISTÊNCIA A PENETRAÇÃO ( ).
Nspt = Número de golpes necessários para cravação do amostrador do ensaio
de SPT.
Fonte: M30 Construção Civil Ltda. (2014).
2. CAPACIDADE DE SUPORTE DO SOLO ( ).
2.1 EQUAÇÕES EMPÍRICAS
- Equação 01 (Rebello).
√ √
= Capacidade de suporte do solo (Kgf/cm²).
Fonte: Rebello (2008).
- Equação 02 (Rebello).
Fonte: Rebello (2008).
58
2.2TABELAS EMPÍRICAS
- Tabela 01 (Rebello).
TIPO DE SOLO NÚMERO DE GOLPES
(SPT)
TAXA DO SOLO
(kgf/cm²)
Areia e Silte
0 a 4 0 a 1
5 a 8 1 a 2
9 a 18 2 a 3
19 a 40 ≥ 4
* Determina-se o valor exato da capacidade de suporte realizando o processo
de interpolação entre os dois valores em que se compreende o intervalo do
Nspt.
Fonte: Rebello (2008).
- Tabela 02 (Rebello).
SPT CONSISTÊNCIA
TENSÃO
ADMISSÍVEL
(kgf/cm²)
ATRITO
LATERAL
(kgf/cm²)
ÂNULO DE
ATRITO
INTERNO (°)
< 4 Muito fofa - - < 30
5 – 8 Fofa < 1 < 0,50 30 – 35
9 – 18
Medianamente
compacta 1,00 – 3,00 0,50 – 1,20
35 – 40
19 – 41 Compacta 2,00 – 5,00 1,20 – 1,90 40 – 45
> 41 Muito compacta >5 > 1,90 > 45
59
* Determina-se o valor exato da capacidade de suporte realizando o processo
de interpolação entre os dois valores em que se compreende o intervalo do
Nspt.
( ) (
)
( ) (
)
Fonte: Rebello (2008).
60
2.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS
1ª VERIFICAÇÃO
ORIGEM (KN/m²)
Equação 01 369,00
Equação 02 440,00
Tabela 01 400,00
Tabela 02 240,00
2ª VERIFICAÇÃO
ORIGEM (KN/m²)
Equação 01 369,00
Tabela 01 400,00
61
APÊNDICE C - Memorial de cálculo: relatório de dimensionamento
Conforme projetado
62
63
64
65
66
APÊNDICE D - Memorial de cálculo: relatório de dimensionamento
Conforme executado
67
68
69
70
71
APÊNDICE E – Tabelas e Figuras
Sondagem a trado nº Profundidade (m) Massa especifica
(g/cm³)
02 2,00 2,663
03 2,00 2,567
04 1,00 2,594
04 3,00 2,567
05 1,00 2,635
06 1,00 2,671
06 2,00 2,751
06 3,00 2,694
08 1,00 2,580
08 2,00 2,663
08 3,00 2,649
09 2,80 2,580
12 2,00 2,580
Valor médio 2,630
Tabela 2 – Resultado dos ensaios de Massa Específica do solo.
Fonte: M30 Construção Civil LTDA, 2014, p. 102 a 115.
Figura 6 – Perfil transversal previsto em projeto.
Fonte: M30 Construção Civil LTDA, 2013, p. 92.
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Figura 7 – Perfil transversal em execução. Fonte: Autores.
Figura 8 – Especificações de projeto. Fonte: M30 Construção Civil LTDA, 2013, p. 106.
73
Figura 9 – Local de armazenamento do gabiões caixa.
Fonte: Autores.
Figura 10 – Costura e união dos gabiões caixa realizados em execução.
Fonte: Autores.
Figura 11 – Dados para o dimensionamento conforme projetado.
Fonte: Autores.
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Figura 12 – Dados para o dimensionamento conforme executado.
Fonte: Autores.