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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ JULIANA MAIA PEUKERT ANÁLISE DA RENTABILIDADE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS NO RESTAURANTE CHEFS DU SOLEIL Balneário Camboriú 2009

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  • UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

    JULIANA MAIA PEUKERT

    ANÁLISE DA RENTABILIDADE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS NO RESTAURANTE CHEFS DU SOLEIL

    Balneário Camboriú

    2009

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    JULIANA MAIA PEUKERT

    ANÁLISE DA RENTABILIDADE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS NO RESTAURANTE CHEFS DU SOLEIL

    Balneário Camboriú

    2009

    Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – Gestão Empreendedora, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientador: Prof. Msc. Luciana da Silva Imeton

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    JULIANA MAIA PEUKERT

    ANÁLISE DA RENTABILIDADE DOS SERVIÇOS OFERECIDOS NO RESTAURANTE CHEFS DU SOLEIL

    Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

    Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Gestão Empreendedora da

    Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

    Área de Concentração: Gestão de Custos

    Balneário Camboriú, 30 de junho de 2009.

    _________________________________

    Prof. MSc. Luciana da Silva Imeton

    Orientadora

    ___________________________________

    Prof. MSc. Fábio Bittencourt Garcia

    Avaliador

    ___________________________________

    Prof. MSc. Ricardo Titericz

    Avaliador

  • 4

    EQUIPE TÉCNICA

    Estagiária: Juliana Maia Peukert

    Área de Estágio: Restaurante

    Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

    Supervisor da Empresa: Aurionir Cosentino Professora orientadora: Luciana da Silva Imeton

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    DADOS DA EMPRESA

    Razão Social: Chefs Du Soleil Restaurantes Ltda.Me Endereço: Av. Atlântica nº 4770, Centro, Balneário Camboriú/SC Setor de Desenvolvimento do Estágio: Financeiro Duração do Estágio: 240 horas

    Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Aurionir Cosentino, Proprietário. Carimbo do CNPJ da Empresa:

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    AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

    Balneário Camboriú, 16 de junho de 2009.

    A Empresa Chefs Du Soleil Restaurantes Ltda, pelo presente instrumento, autoriza a

    Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a divulgar os dados do Relatório de Conclusão

    de Estágio executado durante o Estágio Curricular Obrigatório, pela acadêmica Juliana

    Maia Peukert.

    ___________________________________

    Responsável pela Empresa

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    DEDICATÓRIA

    Dedico esse trabalho aos meus pais Gilberto e

    Carmen que com seu amor me mostraram

    através de seu exemplo o caminho dos valores

    e do respeito.

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    AGRADECIMENTOS

    Agradeço primeiramente a Deus, por ter me concedido saúde, força e persistência

    e principalmente por ter iluminado meu caminho.

    Aos meus pais que sempre me acompanharam, apoiaram e incentivaram cada

    momento.

    Ao meu marido Aurionir pelo apoio, carinho e paciência em todas as horas.

    As minhas irmãs Fernanda e Ana Paula pelo amor, carinho e auxílio quando

    necessário.

    Agradeço a minha orientadora Prof. Luciana da Silva Imeton, pela dedicação,

    paciência, sabedoria e presença constante na realização e conclusão deste projeto.

    Aos meus amigos que me apoiaram e sempre estiveram comigo em todos os

    momentos.

    E as demais pessoas que passaram ou permanecem em minha vida e de uma

    maneira ou outra contribuíram para o sucesso dessa jornada.

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    RESUMO Este estudo foi desenvolvido em um restaurante terceirizado de um Hotel na cidade de Balneário Camboriú, com o objetivo de identificar a rentabilidade dos serviços por ele oferecido. Para alcançar o objetivo proposto foi realizado uma pesquisa caracterizada como estudo de caso, foi realizado o levantamento de dados através de uma pesquisa documental sistematizada, sendo uma pesquisa qualitativa, onde todos os dados foram analisados através dos documentos, planilhas e tabelas. Para conhecer a rentabilidade dos serviços realizou-se uma pesquisa exploratória, onde apurou-se o custo e despesa de cada serviço, fez-se o critério de rateio dos mesmos e a análise mês a mês. Através dos dados obtidos foi possível analisar a rentabilidade de cada serviço individualmente e apontar qual deles é obtido lucro e qual é obtido prejuízo. Os resultados das pesquisas evidenciaram que entre os serviços oferecidos pelo Chefs Du Soleil os mais lucrativos são o café da manhã e o à la carte, e o serviço de buffet no almoço é o menos rentável, sendo que os demais se obtém lucro apenas quando houver em grande quantidade. Este conhecimento contribuirá para auxiliar a empresa futuramente em uma análise para a tomada de decisão para a abertura de um novo empreendimento ou dar continuidade da prestação dos serviços.

    Palavras Chaves: Gestão de Custos, Critério de Rateio, Rentabilidade

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    ABSTRACT

    This study was developed in an outsourcing hotel restaurant at Balneário Camboriu city, to identify the profitability of the offered services. To achieve the proposed objective was developed a data survey through a systematic documentary research was qualitative and the analyzed data was composed by documents, spreadsheets e tables. To know the services profitability was performed an exploratory research that investigate the cost and expense of each service, it used the proporate standart and monthly analysis. Using received data it was possible to analyze the profitability of each individually see what service was profitable or non profitable. The research results showed that services offered by Chefs Du Soleil the most profitable were the breakfast and à la carte, the buffet service for lunch was the least profitable and the others services has profit only with quantity. This knowledge will assist the company further to take a decision between to open a new venture or maintain the outsourcing.

    Keywords: Cost Management, Criterion of apportionment, Profitability.

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    LISTA DE TABELAS

    Tabela 01 Planilha dos Custos e Despesas do mês de outubro de 2008..... 39

    Tabela 02 Planilha dos Custos e Despesas do mês de novembro de 2008 41

    Tabela 03 Planilha dos Custos e Despesas do mês de dezembro de 2008 43

    Tabela 04 Planilha dos Custos e Despesas do mês de janeiro de 2009...... 45

    Tabela 05 Planilha dos Custos e Despesas do mês de fevereiro de 2009... 46

    Tabela 06 Planilha dos Custos e Despesas do mês de março de 2009....... 48

    Tabela 07 Planilha da Rentabilidade Unitária dos Serviços.......................... 50

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    LISTA DE FIGURAS

    Figura 01 Gráfico de Rentabilidade do Café da Manhã............................... 51

    Figura 02 Gráfico de Rentabilidade do Buffet no Almoço............................. 52

    Figura 03 Gráfico de Rentabilidade do Buffet no Jantar............................... 53

    Figura 04 Gráfico de Rentabilidade do Coffee Break................................... 53

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    SUMÁRIO

    1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 14 1.1 Tema ........................................................................................................ 15

    1.2 Problema de pesquisa ............................................................................. 15

    1.3 Objetivo Geral .......................................................................................... 15

    1.3.1 Objetivos Específicos .............................................................................. 16

    1.4 Justificativa .............................................................................................. 16

    1.5 Contextualização do ambiente de estágio ............................................... 16

    1.6 Organização do trabalho ......................................................................... 18

    2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. 19 2.1 Administração .......................................................................................... 19

    2.2 Administração Financeira ........................................................................ 22

    2.3 Custos ...................................................................................................... 24

    2.3.1 Critério de Rateio ..................................................................................... 28

    2.3.2 Análise de Rentabilidade ......................................................................... 29

    2.4 Restaurante ............................................................................................. 30

    3 METODOLOGIA ...................................................................................... 35 3.1 Tipologia de pesquisa .............................................................................. 35

    3.2 Sujeito do estudo ..................................................................................... 36

    3.3 Instrumentos de pesquisa ........................................................................ 36

    3.4 Análise e apresentação dos dados ......................................................... 37

    4 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................... 37

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 55 REFERÊNCIAS ....................................................................................... 57 ANEXOS .................................................................................................. 59

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    1 INTRODUÇÃO

    Atualmente a rápida expansão e competição no mercado de restaurante têm

    influenciado na falência das empresas, e por vários outros fatores fecham as portas. Uma

    razão pela qual os restaurantes acabam fechando é a falta de planejamento, organização

    e controle, funções essenciais na administração de uma organização.

    Abrir um restaurante é um grande desafio nos dias de hoje, há inúmeros obstáculos

    e cuidados a serem superados antes de sua abertura. O negócio de restaurantes

    atualmente está em alta, mas também apresenta custos crescentes com a mão-de-obra, a

    falta de qualificação e comprometimento dessa mão-de-obra, e demais despesas que

    podem afetar na vida de sucesso e na área financeira do empreendimento.

    A abertura de um restaurante exige muita energia e resistência para enfrentar as

    longas horas de trabalho. O cansaço em excesso pode acarretar problemas de saúde e

    stresse, longas horas de trabalho significam menos qualidade no convívio com a família,

    no lazer e descanso. Proprietários de restaurante tem pouco tempo para pensar, se age

    mais e pensa pouco, se executa os serviços urgentes e não os importantes, acarretando

    assim os problemas administrativos e financeiros, pois o ato de pensar é uma atividade

    importantíssima para o crescimento do negócio.

    Muitos dos restaurantes são empresas familiares, iniciando com os pais e passando

    para os filhos, uma razão que sobrevive a longos períodos, pois pode-se trabalhar com

    baixo custo e confiança, reduzindo o risco de perigo de roubo. Porem mesmo restaurantes

    familiares não estão garantidos no mercado e não diminui o risco de falência, porque

    também pode acarretar problemas familiares com a longa jornada de trabalho, sobra

    pouco tempo para a vida familiar. Quando marido e mulher dirigem juntos um

    empreendimento causa descontentamento com o passar do tempo e por passarem horas

    juntos e não conseguir separar a vida pessoal da profissional.

    Todas essas características devem estar bem definidas e esclarecidas antes de

    fazer um investimento e entrar neste negócio, para que se evite o risco de falência nos

    primeiros períodos iniciais do empreendimento.

    É importante destacar, que planejar não é uma atividade fácil de ser realizada, e

    por isso, muitas vezes, é negligenciada, os pequenos empresários não planejam porque

    tem medo de tomar conhecimento dos problemas e das fraquezas que podem aparecer no

    processo. Assim abrem os restaurantes sem nenhuma estratégia, somente acreditando

  • 15

    em uma temporada que dura apenas três meses, conclusão, não conseguem pagar em

    dia suas obrigações financeiras, seus fornecedores e até seus funcionários e fecham as

    portas.

    O planejamento e manutenção da qualidade em todos os processos tornam-se

    fatores indispensáveis para aquelas empresas que almejam sobreviver e crescer no

    mercado atual.

    Nesta pesquisa foi elaborado uma organização dos dados da empresa, os custos e

    despesas de cada serviço oferecido pelo restaurante Chefs Du Soleil, que deveria ser feito

    já no início de funcionalidade de um restaurante. Através desta pesquisa será possível

    identificar qual serviço é mais rentável, qual serviço não é viável o seu fornecimento, os

    preços de venda estabelecidos e futuramente uma ótima análise de tomada de decisão

    para a abertura de um novo empreendimento similar.

    1.1 Tema:

    O trabalho trata da identificação da rentabilidade de cada serviço oferecido pelo

    restaurante Chefs Du Soleil no Hotel Fischer, essa identificação viabiliza o conhecimento

    da real situação da rentabilidade desses serviços. Essas informações levantadas nesta

    pesquisa serão de suma importância e relevância para a empresa para as tomadas de

    decisões.

    1.2 Problema:

    Qual a rentabilidade dos serviços oferecidos pelo Restaurante Chefs Du Soleil?

    1.3 Objetivo Geral:

    Identificar a rentabilidade dos serviços oferecidos pelo Restaurante Chefs Du Soleil.

  • 16

    1.3.1 Objetivos Específicos:

    Analisar os serviços oferecidos pelo Restaurante Chefs Du Soleil.

    Identificar os custos de cada serviço do Chefs Du Soleil.

    Apurar as despesas de cada serviço do Chefs Du Soleil.

    Utilizar critério de rateio para os custos indiretos do restaurante.

    Conhecer o resultado obtido com cada serviço oferecido pelo Chefs Du Soleil.

    1.4 Justificativa:

    As informações da gestão de custos possibilitam um processo coerente na tomada

    de decisão, nessa gestão a grande importância dos levantamentos dos custos e despesas

    dos serviços oferecidos é para conhecer a real lucratividade da empresa. Com esse intuito

    se fez necessária a pesquisa no restaurante Chefs Du Soleil, pois não era de

    conhecimento da empresa o custo real de cada serviço prestado e consequentemente o

    lucro de cada serviço.

    Como uma forma de identificar e conhecer o resultado obtido com cada serviço

    oferecido pelo restaurante, este estudo pode viabilizar para a empresa a análise de qual

    serviço é mais rentável, qual é menos rentável, avaliando os preços estabelecidos e assim

    auxiliar na tomada de decisão de continuidade dos serviços oferecidos, a continuidade do

    empreendimento ou de novos investimentos.

    1.5 Contexto do ambiente de estágio:

    A empresa escolhida para a elaboração deste trabalho é o Restaurante Chefs Du

    Soleil, uma microempresa, localizada em Balneário Camboriú, que presta serviço

    terceirizado em um hotel desde 19 de dezembro de 2007.

    A empresa está instalada nas dependências do Fischer Hotel e Convenções Ltda,

    onde dispõe de um salão de atendimento com 525m² com capacidade para 180 pessoas

  • 17

    confortavelmente instaladas, uma cozinha de 180m², equipada com bancadas de inox e

    mármore, forno combinado, geladeiras industriais, fogão industrial de alta e baixa pressão,

    chapa, fritadeiras e demais utensílios essenciais para o devido funcionamento.

    Na gestão do restaurante, é realizada a administração da cozinha, cuidando de

    todas as etapas, desde adequação de espaços já existentes na empresa, decoração,

    cardápios adequados a cada situação ou necessidade, até a elaboração da alimentação

    dentro dos mais rigorosos padrões de qualidade e sanidade alimentar.

    O restaurante atende desde o café da manhã, almoço e jantar, com serviços de

    buffet, à la carte e room service.

    A empresa está constituída como sociedade integrada por dois sócios, sempre

    presentes. Todas as funções de gestão são compartilhadas por ambos, sendo um deles

    gastrônomo, bacharel em Gastronomia, encarregado e responsável pela elaboração dos

    cardápios e preparações, além da coordenação da cozinha e dos colaboradores.

    Possui no total o número de 14 funcionários, assim distribuídos:

    Os principais clientes são os hospedes do hotel e clientes que apreciam uma boa

    gastronomia, sendo o restaurante também aberto ao público.

    Funções Diurno

    Gerente Administrativo 1

    Nutricionista 1

    Chefe de Cozinha 1

    Cozinheiro 2

    Auxiliar de Cozinha 4

    Garçom 4

    Serviços Gerais 1

    Total 14

  • 18

    1.6 Organização do trabalho:

    O projeto realizado inicia-se com a introdução do tema, relatando o que será

    passado no decorrer do trabalho e um breve comentário sobre a importância do estudo.

    Na seqüência a fundamentação teórica está constituída de pesquisas sobre a

    administração, administração financeira, custos, critério de rateio, análise de rentabilidade

    e uma pesquisa sobre os restaurantes e sua funcionalidade. É apresentado a metodologia

    de pesquisa que é definida a partir do problema formulado, sua tipologia, objetivo e

    instrumentos de pesquisa. A seguir é demonstrado todo o processo da pesquisa, os

    levantamentos dos dados, as planilhas e gráficos, apresentando assim os seus resultados.

    Finalizando com as considerações finais, análises e comentários da importância da

    pesquisa e o êxito nos resultados.

  • 19

    2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 ADMINISTRAÇÃO

    A administração é o conjunto de funções elaboradas que tem como objetivo

    alcançar resultados e o retorno financeiro para uma determinada organização. É a

    administração que faz as organizações serem capazes de utilizar corretamente seus

    recursos e atingir seus objetivos.

    O processo administrativo é de suma importância para o desenvolvimento das

    organizações e da sociedade causando grande impacto na qualidade de vida das

    pessoas.

    Maximiano (2005, p. 6), pronunciando-se sobre o assunto, afirma: Administração é o processo de tomar decisões sobre objetivos e utilização de recursos. O processo administrativo abrange cinco tipos principais de decisões, também chamadas processos ou funções: planejamento, organização, liderança, execução e controle. Planejamento é o processo de definir objetivos, atividades e recursos. Organização é o processo de definir o trabalho a ser realizado e as responsabilidades pela realização; é também o processo de distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério. Liderança é o processo que permeia todas as atividades gerenciais e não é uma atividade isolada, é a condução da equipe de trabalho. Execução é o processo de realizar atividades e utilizar recursos para atingir os objetivos. O processo de execução envolve outros processos, especialmente o processo de direção, para acionar os recursos que realizam as atividades e os objetivos. Controle é o processo de assegurar a realização dos objetivos e de identificar a necessidade de modifica-los.

    Na administração as principais funções planejamento, organização, liderança

    execução e controle são definidas separadamente, porém dentro da organização são

    executadas em conjunto, para atingir os objetivos propostos.

    Maximiano (2000, p. 25) acrescenta ainda: Administrar é o processo de tomar realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos. Embora seja importante em qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da administração é seu impacto sobre o desempenho das organizações. É a

  • 20

    forma como são administradas que tornam as organizações mais ou menos capazes de utilizar corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos.

    Já na visão de Lacombe e Heilborn (2003, p. 49):

    Administração é planejar, organizar, liderar, coordenar e controlar as atividades de uma unidade organizacional, empresa ou grupo de empresas, diagnosticando suas deficiências e identificando seus aspectos positivos; estabelecendo metas, planos e programas para sanar as deficiências e expandir e desenvolver os aspectos positivos; tomando, dentro do seu âmbito, as decisões e providências necessárias para transformar em ações e realidade esses planos e programas, controlando os seus resultados, visando ao cumprimento das metas estabelecidas.

    Sá (1969, p. 25) cita que a administração é o conjunto de atividades humanas que

    tem como objetivo governar pessoas e bens para alcançar o fim proposto. A administração

    pode ser conceituada também como o elo das organizações, para obter e manter uma

    organização de sucesso a administração deve andar junta e principalmente ser eficaz.

    De acordo com Drucker (1998, p. 5) a administração é: A desincumbência de tarefas. A administração é uma disciplina de estudo. Mas é também gente. Cada realização da administração é realização de um administrador. Cada deficiência é deficiência de um administrador. São pessoas que administram e não “forças”, nem “fatos”. É o descortínio, a dedicação e a integridade dos administradores que determinam se existe administração ou desadministração.

    A esse respeito Drucker (1998, p. 5) salienta que: Sem a organização, não haveria administração. Mas sem a administração poderia haver apenas um amontoado de gente, não uma organização. A organização em si mesma constitui um órgão da sociedade e existe apenas para cooperar com a sociedade, a economia e as pessoas, contribuindo com o resultado necessário. Os órgãos, contudo, nunca se definem por aquilo que fazem, menos ainda pela forma como o fazem. Eles se definem pela contribuição que prestam. E é a administração que permite à respectiva organização prestar sua cooperação.

    Segundo Chiavenato (2004, p. 5) a administração se refere à combinação e

    aplicação de recursos organizacionais – humanos, materiais, financeiros, informação, e

    tecnologia – para alcançar objetivos e atingir desempenho excepcional. A administração

    movimenta toda a organização em direção ao seu propósito ou objetivo através de

    definição de atividades que os membros organizacionais devem desempenhar. Se essas

    atividades são desenhadas, organizadas, dirigidas e controladas adequadamente, a

  • 21

    produção de cada pessoa passa a representar uma contribuição ao alcance dos objetivos

    organizacionais. Provavelmente não haja conceito mais importante para a administração

    do que os objetivos a serem alcançados. Administração é o processo de planejar,

    organizar, dirigir e controlar a aplicação dos recursos organizacionais para alcançar

    determinados objetivos de maneira eficiente e eficaz.

    De acordo com o mesmo autor a administração define-se em quatro funções

    especificas: planejamento, organização, direção e controle.

    Planejamento: na administração o planejamento é a primeira função administrativa, é onde se define os objetivos para o futuro, decide os recursos a serem

    utilizados e as tarefas necessárias para alcançar as metas traçadas. O administrador se

    orienta baseando-se em algum método ou plano.

    Organização: a organização visa estabelecer os meios e recursos para possibilitar a realização do planejamento. A função organização, está relacionada com o processo de

    engajar as pessoas em tarefas, atribuir atividades em equipes ou setores, e direcionar os

    recursos para que os objetivos sejam alcançados.

    Direção: a direção é o processo administrativo que orienta e influência as pessoas para desempenhar as atividades dentro do que foi planejado e organizado.

    Controle: o controle representa o acompanhamento e o monitoramento das atividades da organização, se todos os planos e trajetos seguiram em conformidade com o

    planejado.

    Chiavenato (2004, p. 5) define: O administrador dá direção e rumo às organizações, proporciona liderança às pessoas e decide como os recursos organizacionais devem ser arranjados e aplicados para o alcance dos objetivos da organização. Essas atividades se aplicam não somente ao presidente ou aos altos executivos, mas também aos supervisores de primeira linha ou aos líderes de equipes. Em outras palavras, elas se aplicam ao administrador situado em qualquer nível da organização.

  • 22

    Todas as funções citadas são atividades e responsabilidades do Administrador, ele

    planeja, organiza, dirige e controla as atividades das organizações a fim de alcançar os

    objetivos estabelecidos.

    2.2 ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA

    Entende-se que a administração financeira é o conjunto de atividades relacionadas

    às finanças das empresas e organizações, visando à obtenção de lucros, bens e serviços.

    Rigo e Cherobim (2002, p. 4) definem que a administração financeira objetiva

    maximizar a riqueza dos acionistas da empresa. Os mesmos autores acreditam que a

    administração financeira está voltada para a maximização do valor da empresa e, para tal,

    utiliza-se conceitos, técnicas e práticas de investimentos, financiamentos, gerenciamento

    de riscos, de relacionamento com investidores, de pagamento de dividendos e tantos

    outros. Envolve basicamente a gestão de recursos financeiros, como obter esses recursos

    e onde aplica-los é a atividade principal do administrador financeiro. A obtenção de

    recursos diz respeito às decisões de financiamento, e a utilização de recursos, às

    decisões de investimento.

    Segundo ainda os questionamentos, as afirmações são que as funções financeiras

    podem ser de curto ou longo prazo. As funções financeiras de curto prazo envolvem a

    administração do caixa, do crédito e das contas a receber e a pagar, dos estoques e dos

    financiamentos de curto prazo. A empresa precisa dispor de recursos suficientes para

    saldar os compromissos com fornecedores, salários, tributos e demais contas.

    As funções financeiras de longo prazo envolvem as decisões financeiras

    estratégicas, tais como, orçamento de capital, estrutura de capital, custo de capital,

    relacionamento com investidores, dentre outras. No longo prazo, as decisões financeiras

    envolvem a obtenção de recursos para projetos e investimentos e definição dos critérios a

    serem adotados para escolha entre investimentos alternativos. O administrador financeiro

    é responsável pela saúde econômica e financeira da empresa.

    A administração financeira é uma ferramenta utilizada para controlar da forma mais

    eficaz possível, a concessão de credito para clientes, planejamento, analise de

    investimentos e, de meios viáveis para a obtenção de recursos para financiar operações e

    atividades da empresa, visando sempre o desenvolvimento, evitando gastos

  • 23

    desnecessários, desperdícios, observando os melhores meios ou caminhos para a

    condução financeira da empresa.

    Sá (1969, p. 28) conceitua: A administração financeira busca subsídios na contabilidade para tomar decisões com relação ao governo dos bens. Isto quer dizer que se procura dotar a empresa de meios para que nunca falte dinheiro na hora em que ele se faz necessário.

    Através da análise das finanças é possível avaliar e analisar os recursos da

    empresa, monitorando e controlando permanentemente as operações financeiras a fim de

    aumentar a obtenção de recursos e eliminar gastos desnecessários e desperdícios.

    Conduzindo a empresa para uma maior riqueza.

    Groppelli e Nikbakht (2002, p. 3) conceituam que as finanças são a aplicação de

    uma serie de princípios econômicos e financeiros para maximizar a riqueza ou o valor total

    de um negócio.

    De acordo com os mesmos autores a área de finanças é parte ciência e parte arte.

    A análise financeira fornece os meios de tomar decisões de investimentos flexíveis e

    corretas no momento apropriado e mais vantajoso. Quando os administradores financeiros

    são bem-sucedidos, ajudam a melhorar o valor das ações da empresa. A meta de um

    administrador é maximizar o valor da empresa ou de suas ações. Para isso, deve-se

    investir nos projetos que tenham o melhor balanceamento entre risco e retorno.

    Montana e Charnov (2000, p. 2) definem que a administração é tanto uma ciência

    como uma arte. È preciso olhar para o administrador como um individuo, para distinguir

    entre seu papel gerencial e seu papel técnico seguindo uma carreira vocacional. O

    administrador planeja, organiza, recruta, coordena, motiva, lidera e controla,

    independentemente do nível que ocupa dentro da organização.

    A função da gestão financeira geralmente é associada a um alto executivo da empresa,

    denominado frequentemente diretor financeiro ou vice-presidente de finanças, ou também

    chamado de administrador financeiro.

    Conforme Ross, Westerfield e Jordan (1997, p. 28): O administrador financeiro deve preocupar-se com três tipos básicos de questões: orçamento de capital, estrutura de capital e capital de giro.

  • 24

    Na função de orçamento de capital, o administrador financeiro procura identificar as oportunidades de investimento cujo valor para a empresa é superior a seu custo de aquisição. Na estrutura de capital (ou estrutura financeira) de uma empresa é a combinação específica de capital de terceiros de longo prazo e capital próprio que a empresa utiliza para financiar suas operações. A gestão de capital de giro, diz respeito aos ativos a curto prazo de uma empresa, tais como estoques, bem como a seus passivos de curto prazo, como quantias devidas a fornecedores.

    Dentro dessas questões que o administrador financeiro deve preocupar-se está o

    orçamento de quanto se espera receber, em termos monetários, quando espera recebe-lo,

    e com a probabilidade de que seja recebido; o administrador precisa decidir exatamente

    como e onde os recursos devem ser captados; e analisar a atividade diária de assegurar

    que a empresa tenha recursos suficientes para continuar suas operações e evitar

    interrupções muito caras.

    O administrador tem como objetivo a formulação de uma estratégia profissional

    para determinar a utilização mais eficiente dos recursos disponíveis. O papel do

    administrador financeiro é averiguar os valores obtidos e os lucros futuros, pois hoje em

    dia, as empresas, de um modo geral, vem sofrendo por não adotarem conhecimento da

    sua real situação financeira. Isto só acontece devido à falta de controle interno, de

    profissionais qualificados e habilitados para fazer um planejamento e controle adequado,

    pois a área de Gestão Financeira tem uma total importância para o bom andamento de

    uma empresa.

    2.3 CUSTOS

    Os custos são essencialmente medidas monetárias dos sacrifícios com os quais

    uma organização tem que arcar a fim de atingir seus objetivos. É o consumo associado à

    elaboração do produto ou serviço.

    Kimura (1998, p. 13) conceitua:

    Custos como a base de toda gestão econômica da empresa. A composição do custo e o conhecimento dos fatores que interferem no mesmo são a pedra fundamental no qual repousa todo o resto.

  • 25

    Kimura ainda acrescenta que o custo é a soma dos valores de bens e serviços

    consumidos ou aplicados para a obtenção de novos bens e serviços. Há os que

    denominam os custos também como despesas, aplicações ou consumos.

    A finalidade básica do processo de custos compreende a demonstração detalhada

    dos gastos incorridos na fabricação de bens e serviços. Há de se controlar e avaliar

    corretamente os custos de operação, visando atingir os objetivos propostos.

    Hansen e Mowen (2003, p.61) salientam que: Custo é o valor em dinheiro, ou o equivalente em dinheiro, sacrificado para produtos e serviços que se espera que tragam um beneficio atual ou futuro para a organização.

    Hansen e Mowen relatam ainda que os custos são incorridos para produzir

    benefícios futuros. Em uma empresa rentável, benefícios futuros normalmente significam

    receitas. Enquanto custos são usados na produção de receitas, eles são ditos expirados.

    Custos expirados são chamados de despesas. Em cada período, as despesas são

    deduzidas das receitas na demonstração de resultados para determinar o lucro do

    período. Uma perda é um custo que expira sem produzir qualquer beneficio de receita. Por

    exemplo, o custo de estoque não-assegurado contra uma enchente seria classificado

    como uma perda na demonstração de resultados.

    Sistemas de contabilidade gerencial são estruturados para medir e atribuir custos

    para objetos de custo. Um objeto de custo é qualquer item, como produtos, clientes,

    departamentos, processos, atividades, e outros, para o qual os custos são medidos e

    atribuídos. Os custos são direta ou indiretamente associados com objetos de custo.

    Custos indiretos são custos que não podem ser facilmente identificados aos objetos de

    custo. E os custos diretos são os custos que podem ser facilmente identificados aos

    objetos de custo. Custos facilmente identificados são os custos que podem ser distribuídos

    de forma economicamente viável.

    Pode-se definir alguns termos técnicos que são empregados no processo de

    formação dos custos e preços, muitos desses termos mais comuns são empregados na

    contabilidade geral e também na contabilidade de custos:

    Gasto: sacrifício econômico para a obtenção de um insumo qualquer. Ribeiro (2009, p. 25) afirma que gasto é o desembolso à vista ou a prazo para obtenção de bens

  • 26

    ou serviços, independentemente da destinação que esses bens ou serviços possam ter na

    empresa.

    Custo: valor dos insumos usados na fabricação dos produtos da empresa. Para Ribeiro (2009, p. 25) o custo é, a soma dos gastos com bens e serviços aplicados ou

    consumidos na fabricação de outros bens.

    Despesa: valor dos insumos consumidos para outras funções que não a produção. Já a despesa, Ribeiro (2009, p. 26) conceitua os gastos decorrentes do consumo de bens

    e da utilização de serviços das áreas administrativas, comercial e financeira, que direta ou

    indiretamente visam obtenção de receitas.

    Perda: valor dos bens e serviços consumidos de forma anormal e involuntária. Bruni e Fama (2008, p. 24) definem que as perdas são classificadas como bens e serviços

    consumidos de forma anormal. Consiste em um gasto não intencional decorrente de

    fatores externos ou atividade produtiva normal da empresa.

    Investimento: gasto que origina benefícios em períodos futuros. Na visão de Ribeiro (2009, p. 26) os investimentos são gastos com a aquisição dos bens de uso e bens

    que serão inicialmente mantidos em estoque para que no futuro sejam negociados,

    integrados ao processo de produção ou consumidos.

    Desperdício: valor dos insumos utilizados de forma não eficiente.

    Em relação à forma de associação dos custos com os produtos fabricados, os

    primeiros podem ser classificados de diferentes formas quanto à aplicabilidade.

    Bruni e Fama (2008, p. 29) conceituam: Diretos: são aqueles diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Consistem nos materiais diretos usados na fabricação dos produtos e mão-de-obra direta. Apresentam a propriedade de serem perfeitamente mensuráveis de maneira objetiva. Exemplos: aço para fabricar chapas, salários dos operários etc.; Indiretos: necessitam de aproximações, isto é, algum critério de rateio, para serem distribuídos aos produtos. Exemplos: seguros e aluguéis da fábrica, supervisão de diversas linhas de produção;

  • 27

    De transformação: igualmente denominados custos de conversão ou custos de agregação. Consistem no esforço agregado pela empresa na obtenção do produto. Exemplos: mão-de-obra direta e custos indiretos de fabricação.

    Enquanto os custos diretos podem ser facilmente associados aos produtos

    fabricados, os custos indiretos precisam passar por etapa intermediária, denominada

    rateio, para serem incorporados aos produtos. Na óptica contábil, receitas e despesas são

    confrontadas diretamente no momento de apuração do resultado.

    Em relação ao custo de produção, sob a óptica contábil este poderia ser expresso

    por meio de uma composição formada por três elementos básicos, como:

    Material Direto (MD): todo material que pode ser alocado diretamente à unidade do

    produto que está sendo fabricado e que sai da fábrica incorporado ao produto. Exemplo:

    embalagem.

    Mão de Obra Direta (MOD): todo o salário pago ao operário que trabalha

    diretamente no produto, cujo tempo pode ser identificado com a unidade que está sendo

    produzida.

    Custos Indiretos de Fabricação (CIF): todas as despesas relacionadas com a

    fabricação e que não podem ser economicamente separadas entre as unidades que estão

    sendo produzidas.

    O objetivo da contabilidade de custos é o conhecimento dos custos para a tomada

    de decisões e o exercício de controles; o atendimento de exigências legais quanto à

    apuração de resultados de suas atividades e avaliação de estoques; para subsidiar os

    gestores na determinação dos custos das diversas áreas que compõem uma empresa, na

    administração e na elaboração de orçamentos como também na redução de desperdícios

    de materiais e tempo ocioso, assim auxiliando na solução de diferentes problemas.

    Dutra (1995, p. 35) define: Quanto à apuração, os custos podem ser classificados em diretos e indiretos. Esta classificação diz respeito à possibilidade de alocação de cada custo diretamente a cada tipo diferente de produto ou função de produção e à impossibilidade de alocação, no momento da ocorrência do custo. Direto – é aquele que pode ser diretamente apropriado a cada tipo de bem ou órgão, no momento da sua ocorrência, isto é, está ligado diretamente a cada tipo de bem ou função de custo.

  • 28

    Indireto – é aquele que não se pode apropriar diretamente a cada tipo de bem ou função de custo no momento de sua ocorrência. Atribui-se parcela dele a cada tipo de bem ou função de custo através de um critério de rateio. É um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Tal separação é efetuada através de um critério especial, denominado rateio.

    Dutra (1995, p. 37) ressalta outro ponto de relevância que é quanto a sua formação,

    e classificação, em função das variações que podem ocorrer no volume de atividade, ou

    seja, na quantidade produzida pela empresa no período. Quanto à formação, os custos

    podem ser classificados em fixos, variáveis e mistos.

    Custos fixos são os custos de estrutura que ocorrem período após período sem

    variações ou cujas variações não ocorrem como conseqüência de variação no volume de

    atividade em períodos iguais. O exemplo característico é o aluguel de imóvel ocupado por

    indústria, cujo valor mensal é o mesmo em cada período, independentemente do volume

    produzido em cada período considerado. Mesmo quando o valor do aluguel é reajustado,

    o custo continua fixo porque houve apenas uma atualização do valor contratado, em

    função da desvalorização do poder aquisitivo da moeda.

    Custos variáveis variam em função do volume de atividade, ou seja, da variação da

    quantidade produzida no período. Quanto maior o volume de atividade no período, maior

    será o custo variável e, consequentemente, quanto menor o volume de atividade no

    período, menor será o custo variável.

    Os custos mistos são aqueles que possuem, no seu total, uma parcela fixa e uma

    parcela variável que permitem considera-los, caracteristicamente, iguais ao custo total. A

    diferença é que este último engloba vários custos classificados como variáveis e vários

    custos classificados como fixos, enquanto o custo misto é um único custo que possui as

    parcelas fixa e variável.

    2.3.1 Critério de Rateio

    Os custos indiretos estão englobados nos custos gerais, por isso é necessário o

    uso do rateio dos mesmos. Os custos indiretos são apurados no final do período, pelo total

    de cada um deles, sem atribuição a cada produto ou função de custo diferente. Para

  • 29

    atribuir a parcela de cada um deles a cada tipo de produto ou de função, é necessário

    efetuar o rateio.

    Segundo Dutra (1995, p. 105) o rateio é uma divisão proporcional pelos valores de

    uma base conhecida. Esses valores devem estar distribuídos pelos diferentes produtos ou

    funções dos quais se deseja apurar o custo e devem ser conhecidos e estar disponíveis

    no final do período de apuração de custo. Entre as bases disponíveis elege-se aquela

    considerada como a melhor para o custo que será rateado, em função da afinidade entre

    os dois, por se supor que o custo tem correlação direta com a base escolhida. A melhor

    base de rateio para determinado custo é aquela que se supõe que o custo ocorra na

    mesma proporção dela, ou seja, o custo indireto deve guardar estreita correlação com os

    dados escolhidos como base de rateio.

    Na escolha da melhor base de rateio para cada custo, vale lembrar que a

    experiência e o conhecimento do processo produtivo da empresa são atributos que

    auxiliam sobremaneira o profissional responsável por essa tarefa.

    Martins (1987, p.87) define: Todos os custos indiretos só podem ser apropriados, pela sua própria definição, de forma indireta aos produtos, isto é, mediante estimativas, critérios de rateio, previsão de comportamento de custos etc. Todas essas formas de distribuição contém, em menor ou maior grau, um certo subjetivismo; portanto, a arbitrariedade sempre vai existir nessas alocações, sendo que às vezes ela existirá em nível bastante aceitável, e em outras oportunidades só a aceitamos por não haver alternativas melhores.

    Administrar custos não é somente eliminar despesas de forma sumária ou sob

    pressão de fatores externos, administrar custos significa, acima de tudo, a gestão de

    recursos de forma racional e competente, através de instrumentos adequados e eficientes.

    2.3.2 Análise de Rentabilidade

    Hansen e Mowen (2003, p. 670) ressaltam que as empresas frequentemente

    querem saber a rentabilidade de um segmento de negócios. Esse segmento poderia ser

    um produto, uma divisão, um território de vendas, ou um grupo de clientes. Determinar o

    lucro atribuível às subdivisões da empresa é muito mais fácil do que determinar o lucro

  • 30

    geral devido à necessidade de se alocar as despesas. O rastreamento preciso dos custos

    para cada segmento é difícil. Ainda assim, a importância do lucro do segmento para a

    tomada de decisão administrativa faz com que o exercício tenha mérito.

    É fácil entender por que uma empresa gostaria de saber se um produto em especial

    é rentável ou não. Um produto que está consistentemente perdendo dinheiro e não tem

    potencial para se tornar rentável pode ser eliminado. Isso liberaria os recursos para um

    produto com um potencial mais alto.

    Para saber a rentabilidade é possível conhecer perante a margem de contribuição,

    que consiste no preço final do produto menos os custos e as despesas variáveis

    relacionado ao produto ou ao serviço.

    De acordo com Ribeiro (2009, p. 465): A margem de contribuição unitária é a diferença entre a receita bruta auferida na venda de uma unidade de produto e o total dos custos variáveis incorridos na fabricação dessa unidade de produto. Para conhecer a margem de contribuição total, pode-se inicialmente apurar a margem de contribuição unitária; em seguida, multiplicar a margem de contribuição unitária pela quantidade de produtos fabricada para obter a margem de contribuição por produto; e, por fim, somar as margens de contribuição por produto para obter a margem de contribuição total. Quando a empresa fabrica e vende produtos, ela espera alcançar, com as vendas, receitas cujo montante seja suficiente para cobrir o total dos custos incorridos da fabricação dos produtos que estão sendo vendidos, o total das despesas incorridas na empresa em geral e, ainda, proporcionar-lhe uma margem de lucro. Na análise da rentabilidade de cada produto, a margem de contribuição unitária multiplicada pelo total das unidades fabricadas relativas a cada produto, família ou grupo evidenciará a capacidade que cada produto, família ou grupo tem para gerar recursos para a empresa.

    Portanto, o somatório das margens de contribuições de todos os produtos é que

    será cotejada com o total obtido pelo somatório dos custos fixos e das despesas fixas,

    visando encontrar a margem de lucro.

    2.4 RESTAURANTES

    Entende-se por restaurante um estabelecimento público onde se serve comida. É

    aquele estabelecimento que oferece ao público uma série de opções gastronômicas em

  • 31

    troca de um pagamento, qualquer lugar onde se oferecem pratos preparados para

    terceiros se assemelha a um restaurante.

    A origem dos restaurantes, tal como os conhecemos hoje em dia, não é tão velha,

    no século XVIII comia-se apenas em albergues, que serviam somente em horas fixas um

    “menu” fixo, ou em hospedarias, que podiam vender só peças inteiras.

    O primeiro aparecimento de restaurante teve lugar na França. Segundo o famoso

    escritor gastronômico Brillant Savarin, um senhor chamado Boulanger abriu, em 1766, na

    Rua de Poulies, em Paris, o primeiro estabelecimento em que se admitiam pessoas que ali

    fossem para comer.

    Diz-se que havia uma inscrição na parte externa do estabelecimento, onde se lia:

    “Venite ad me omnes qui stomacho laboratoratis et ego restaurabo vos”, que em latim

    significa: “Venham a mim os que sofrem do estomago que eu os restaurarei”. O

    estabelecimento no inicio se chamou restaurat e, posteriormente, restaurante.

    Assim sendo, o objetivo do restaurante é: preparar e servir alimentos e bebidas,

    dentro do conceito que se propõe executar.

    Todo restaurante possui um conceito; do mais simples ao mais sofisticado,

    pressupõem-se um publico alvo, um ambiente, um tipo de comida, um tipo de serviço,

    diversos aspectos, enfim, que compõem esse produto restaurante.

    2.4.1 Tipos de Restaurantes

    Há diversos produtos desenvolvidos para o setor de restaurantes, assim suprindo

    todas as necessidades dos diversos tipos de clientes e dentro dos diferentes contextos

    que existem, identificam-se os seguintes tipos de restaurantes que se destinam à

    produção e venda de alimentos e bebidas.

    Restaurante tradicional: O restaurante tradicional é o mais comum de se encontrar, apresenta como principais características um cardápio extenso, com

    preparações tradicionais e de aceitação geral, servindo um publico bastante eclético, tanto

    em relação aos hábitos alimentares como em relação aos preços. Sua decoração é

    normalmente simples e tradicional e suas louças e enxoval são, de maneira geral, sem

    muito luxo ou sofisticação.

  • 32

    Restaurante internacional: Na maioria das vezes trata-se de um restaurante localizados em hotéis e possui um cardápio com preparações reconhecidas e

    consagradas internacionalmente. Tende a oferecer um ambiente mais decorado, de forma

    clássica e sóbria, com equipamentos e utensílios de alta qualidade, os preços variam, mas

    normalmente são mais altos e atende e um público mais especifico.

    Restaurante gastronômico: Caracteriza-se pela associação de um chefe de cozinha de renome e pelo cardápio com grande inventividade. Esse tipo de restaurante

    apresenta ambientes decorados de maneira muito elegante e com brigada de sala e

    cozinha muito bem treinada. Possui também a figura do sommellier – profissional

    responsável pela elaboração da carta de vinhos, estoques e vendas desses produtos.

    Restaurante de especialidades: É um estabelecimento que se especializa em determinado produto, preparação, método de cocção, pais, região, ou outro fator. São

    casas que apresentam cardápios restritos dentro dessa especialidade, aumentando assim

    a qualidade do que se propõem a executar. Podemos ter restaurantes especializados em

    grelhados, em comida baiana ou brasileira. Assim, podem existir centenas de

    especializações. As mais comuns são:

    Grill – são casas especializadas em grelhados, apresenta um ambiente elegante,

    serviço à la carte com cortes nobres e apresentados em pequenas peças fatiadas à mesa.

    Brasseries – é um restaurante e casa de bebidas ao mesmo tempo.

    Choperias – as choperias servem petiscos que acompanham bem as bebidas, que

    de maior destaque são a cerveja e o chope.

    Fusion Food – é a mescla entre elementos de várias culturas, esses elementos

    podem ser diversos, como métodos de cocção, apresentação dos alimentos, molhos ou

    ingredientes. É a culinária da criação, da combinação e de laboratório. As preparações

    são experiências que deram certo, que apresentaram um resultado harmonioso.

    Típicos – País: restaurante típico de um país apresenta preparações

    representativas da culinária específica (japonês, francês, italiano, etc.). Região: apresenta

    elementos da culinária de determinada região de um país (baiano, mineiro, napolitano,

    romano, etc.). Gênero: existe ainda a especialização em um gênero específico da culinária

    ou cultura de um país ou região, como por exemplo, uma pizzaria ou outra especialidade

    como um churrasco assado de maneira típica do sul do Brasil.

  • 33

    Fast-Food – os restaurantes de fast-food – comida rápida – podem apresentar

    diversas caracterizações, porém, todas têm um aspecto principal, que está representado

    em seu nome: a rapidez no serviço.

    Coffee Shop: são restaurantes com cardápios de fácil preparação e apresentações

    simples. Costumam estar localizados em hotéis e aeroportos, ficando abertos 24 horas,

    pois são pontos de venda onde pode comer a qualquer hora uma comida leve e rápida.

    Lanchonetes: as lanchonetes possuem ambientação simples e não são

    encontradas em hotéis, seu cardápio possui, geralmente, mais ênfase em sanduíches e

    petiscos do que os coffee shops e elas também tem um serviço bem mais informal, pode-

    se sentar à mesa ou nos balcões.

    Casual Dinning: são restaurantes com características de coffee shops mesclado

    com fusion foods e grills. O serviço é atencioso e eficiente, em que se misturam

    características de um restaurante tradicional com um coffee shop. Apresenta um cardápio

    com preparações leves e rápidas e que oferece opções tanto para quem queira uma

    refeição mais completa e substanciosa como para quem prefira somente alguns petiscos

    ou pequenas entradas.

    Self-Service: restaurante de “auto-serviço”, surgiu para atender a necessidade de

    uma alimentação mais variada e rápida. Serviço que dispõe dos pratos em uma seqüência

    organizada onde o cliente pode servir-se conforme sua vontade e gosto.

    Restaurante de coletividades: Trata-se de restaurantes situados em prédios ou

    complexos industriais ou comerciais, com o intuito de oferecer alimentação para os

    empregados da respectiva empresa. O serviço é necessariamente simples, em grande

    parte, auto-serviço.

    Existem ainda, as cantinas, que são pequenas lanchonetes, que servem lanches rápidos e

    bebidas, em escolas ou empresas.

    Catering: São empresas especializadas em preparação de alimentação em meios

    de transporte, com exceção de navios. Fornecem para trens, ônibus intermunicipais ou

    interestaduais, ou ainda internacionais, e aviões.

    Buffets: Os buffets são empresas especializadas no fornecimento de serviços de

    alimentação a domicilio ou em lugar definido pelo cliente, ou ainda no espaço reservado

    para um evento específico. É basicamente um serviço em domicílio para festas, coquetéis,

  • 34

    banquetes. Atualmente, muitos buffets possuem seus próprios salões, que alugam para

    qualquer tipo de evento e nos quais realizam os serviços de comidas e bebidas.

    Os grandes hotéis, incluindo os de luxo situados em regiões de lazer, normalmente

    oferecem uma variedade de restaurantes e bares, possuindo nesses restaurantes

    diferentes preços e cardápios.

    Os serviços de alimentos e bebidas fornecidos em hotéis e motéis costumam ser

    oferecidos por empresas especializadas, que pagam aos proprietários uma renda fixa ou

    porcentagem dos lucros.

    O serviço de alimentos e bebidas é uma vertente muito importante na operação de

    um hotel. Convém destacar que o faturamento provindo desses serviços aumentam

    consideravelmente quando o hotel oferece os serviços para banquetes e convenções.

    Os clientes dos hotéis considerados consumidores dos serviços de alimentação e

    bebidas podem ser classificados como hospedes do hotel, não-hospedes e pelos grupos

    organizados.

    Usuários de restaurantes e bares de hotel são relacionados com a função básica do

    hotel de oferecer hospedagem para pernoites e é formada por hóspedes do hotel, o uso

    desses serviços são influenciados pelo motivo de sua permanência no hotel e pelo período

    que permanecem. O café da manhã é o produto mais comum em um hotel, mas os

    hospedes podem fazer as refeições no hotel ou em outro lugar.

    Já os não-hóspedes, que podem ser pessoas individuais ou em pequenos grupos

    utilizam os serviços do restaurante do hotel como distribuidores de refeições como

    atividade de lazer ou de negócios.

    Os grupos organizados são usuários que fazem reservas antecipadas de festas no

    restaurante do hotel, nesses grupos estão incluídos sociedades, grupos comerciais e

    profissionais, bem como participantes de reuniões e conferências provenientes de fora da

    área.

    No mercado de alimentação para indivíduos ou grupos, um restaurante do hotel

    compete não apenas com outros hotéis, mas também com restaurantes fora do hotel,

    bares e clubes. Assim, a alimentação nos hotéis é uma função separada do hotel, com

    seus objetivos próprios, políticas e estratégias, e com sua própria organização.

  • 35

    3 METODOLOGIA

    Para a realização da pesquisa levantaram-se os custos, despesas e as receitas no

    período de outubro de 2008 à março de 2009. Iniciou-se o levantamento dos dados um por

    um, de acordo com as planilhas e sistema de controle dia a dia, cada item separadamente.

    Obtendo esses dados desenvolveu-se um critério de rateio para os custos e despesas.

    Primeiramente calculou-se a porcentagem que corresponde a receita de cada

    serviço, baseado nessa porcentagem partiu-se para o rateio dos custos e despesas. Como

    critério de rateio nos custos de matéria-prima foi analisado o número de refeições e o

    consumo utilizado em cada serviço prestado, esses dados conforme as classes de itens

    dos alimentos; o rateio nos custos de mão de obra foi feito conforme o número de

    funcionários do mês, e como esses funcionários eram distribuídos nesses serviços; quanto

    à mão de obra extra, o rateio foi conforme a utilização de funcionário extra neste período e

    de acordo com o serviço onde houve a necessidade; os custos fixos foram rateados

    conforme porcentagem do faturamento; já as despesas foi analisado o número de

    refeições por cada serviço e consequentemente seus faturamentos; o pró-labore, de

    acordo com a necessidade e a permanência dos sócios nos serviços; o critério dos

    impostos conforme a receita; e os encargos de acordo com a porcentagem da mão de

    obra.

    3.1 Tipologia de pesquisa:

    Este estudo tem como objetivo uma pesquisa exploratória, onde o enfoque da

    pesquisa foi o conhecimento da rentabilidade dos serviços oferecidos pelo restaurante,

    Lakatos e Marconi (1994, p. 188) definem que são investigações de pesquisa empírica

    cujo objetivo é a formulação de questões ou de um problema, com tripla finalidade:

    desenvolver hipóteses, aumentar a familiaridade do pesquisador com um ambiente, fato

    ou fenômeno, para a realização de uma pesquisa futura mais precisa ou modificar e

    clarificar conceitos.

    Quanto à abordagem do problema da pesquisa é qualitativa, sendo os dados

    analisados em tabelas e documentos que facilitaram a mensuração do resultado, que de

    acordo com Lima (2004, p. 33) o mesmo relata que corresponde a um método que tem por

  • 36

    característica principal articular, simultaneamente, o exercício da pesquisa à ação

    participante sobre a realidade objeto da investigação. Parte do pressuposto de que o

    pesquisador e os atores envolvidos no processo investigatório são agentes

    complementares, na medida em que são co-responsáveis pelas etapas que caracterizam

    a concepção do projeto de pesquisa, a sua execução e a elaboração dos resultados

    alcançados, tanto em termos de produção quanto de aplicação do conhecimento.

    A metodologia utilizada foi o método de estudo de caso, que segundo Lima (2004,

    p. 31) corresponde a uma das formas de realizar uma pesquisa empírica de caráter

    qualitativo sobre um fenômeno em curso e em seu contexto real, onde é possível explicar

    um determinado fenômeno com a exploração intensa de uma única unidade de estudo.

    3.2 Sujeito de estudo:

    O sujeito de estudo da pesquisa feita no restaurante Chefs Du Soleil são amostras

    não probabilísticas, pois não há uma população alvo de pesquisa e sim trata-se de

    resultados de uma pesquisa exploratória.

    3.3 Instrumentos de pesquisa:

    Como instrumentos de pesquisa, os dados foram coletados através de pesquisa

    documental, onde foram verificadas e analisadas todas as planilhas de controle do

    restaurante, como entrada e saída de mercadorias, pagamentos e as planilhas de controle

    de caixa, tudo isso através de levantamento nos relatórios de controle da empresa, Lima

    (2004, p. 115) argumenta que a pesquisa documental é uma investigação sistematizada,

    os documentos podem ser utilizados como provas daquilo que está sendo afirmado pelo

    pesquisador ou podem ser interpretados à luz de referenciais teóricos compatíveis com as

    exigências do tema/problemas norteadores da investigação. Por constituirem material

    primário sobre o qual o pesquisador tem enorme responsabilidade no processo de coleta,

    tratamento e utilização, os documentos devem ser criteriosamente registrados.

  • 37

    3.4 Análise e apresentação:

    Para fazer a análise se utilizou os documentos da empresa, onde foram analisadas

    as planilhas em Excel, formulários manuscritos, notas e relatórios. Os dados foram

    apresentados em formas de tabelas e gráficos descritos mês a mês com suas devidas

    análises conclusivas.

    4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

    O presente estudo tem como objetivo de pesquisa conhecer e analisar os custos e

    despesas e consequentemente a lucratividade de cada serviço prestado pelo restaurante

    Chefs Du Soleil.

    Após o levantamento dos custos, despesas e as receitas do mês de outubro de

    2008 fez-se o critério de rateio para esses custos e despesas, onde primeiramente

    calculou-se a porcentagem que corresponde a receita de cada serviço, baseado nessa

    porcentagem partiu-se para o rateio dos custos e despesas. Como critério de rateio nos

    custos de matéria-prima foi analisado o número de refeições e o consumo utilizado em

    cada serviço prestado, esses dados conforme as classes de itens dos alimentos; o rateio

    nos custos de mão de obra foi feito conforme o número de funcionários do mês que

    totalizaram 10 (dez) funcionários, e como esses funcionários eram distribuídos nesses

    serviços; quanto à mão de obra extra, o rateio foi conforme a utilização de funcionário

    extra neste período e de acordo com o serviço onde houve a necessidade; os custos fixos

    foram rateados conforme porcentagem do faturamento; já as despesas foi analisado o

    número de refeições por cada serviço e consequentemente seus faturamentos; o pró-

    labore, de acordo com a necessidade e a permanência dos sócios nos serviços; o critério

    dos impostos conforme a receita; e os encargos de acordo com a porcentagem da mão de

    obra.

    Com os dados coletados neste período o que se obteve foi o resultado final do mês

    negativo. Observou-se que o resultado de cada serviço foi de prejuízo neste mês, onde os

    custos foram superiores as receitas, considerando a quantidade das refeições que

    contribuíram para o resultado final. Esse resultado se deu, devido a altos custos inclusive

  • 38

    a mão-de-obra e as baixas receitas dos serviços prestados, onde somente se teve o

    resultado positivo nos serviços de a la carte, pois é onde se concentra o maior lucro nos

    alimentos.

  • 39

  • 40

    No mês de novembro de 2008, o levantamento dos dados seguiram igualmente a

    do mês de outubro, calculou-se a porcentagem que corresponde a receita de cada serviço,

    com esses dados fez-se o rateio dos custos e despesas. Como critério de rateio nos

    custos de matéria-prima foi analisado o número de refeições, que considerando o mês de

    outubro, em novembro teve um número um pouco superior, e o consumo utilizado em

    cada serviço prestado, esses dados conforme as classes de itens dos alimentos; o rateio

    dos custos de mão de obra foi feito conforme o número de funcionários do mês que

    totalizaram 11 (onze) funcionários, e de como esses funcionários eram distribuídos nesses

    serviços; quanto à mão de obra extra, o rateio foi conforme a utilização de funcionário

    extra neste período e de acordo com o serviço onde houve a necessidade; os custos fixos

    rateados conforme porcentagem do faturamento; já as despesas foi analisado o número

    de refeições por cada serviço e consequentemente seus faturamentos; o pró-labore, de

    acordo com a necessidade e a permanência dos sócios nos serviços; o critério dos

    impostos conforme a receita; e os encargos de acordo com a porcentagem da mão de

    obra.

    Considerando, o mês de novembro de 2008 em relação ao mês de outubro, o

    resultado foi bem diferente, se obteve o resultado positivo elevado, esse foi devido a um

    aumento na quantidade de refeições por dia e em cada serviço, onde se teve um evento

    de quinze dias de 200 refeições diárias, considerando café, almoço, coffee break e jantar

    todos os dias. Apesar do aumento de refeições em relação ao mês de outubro se teve

    apenas uma contratação a mais neste período, e uma baixa utilização de serviço extra,

    considerando assim um ótimo resultado neste período com poucas alterações nos custos

    e despesas, objetivando o resultado positivo.

  • 41

  • 42

    Em dezembro de 2008, os levantamentos dos dados seguiram igualmente aos

    demais, primeiramente calculou-se a porcentagem que corresponde a receita de cada

    serviço, após esses dados fez-se o rateio dos custos e despesas. Como critério de rateio

    nos custos de matéria-prima foi analisado o número de refeições, onde já se obteve um

    número superior em relação aos meses de outubro e novembro, considerando que a partir

    de dezembro, não há mais buffet no almoço, somente a la carte, porém eleva-se o número

    de buffet na janta, isso devido a alteração de turistas e grupos; o rateio dos custos de

    mão de obra foi feito conforme o número de funcionários do mês que totalizaram 14

    (quatorze) funcionários, e de como esses funcionários eram distribuídos nos serviços e

    nos turnos; quanto à mão de obra extra, o rateio foi conforme a utilização de funcionário

    extra neste período e de acordo com o serviço onde houve a necessidade; os custos fixos

    rateados conforme porcentagem do faturamento; já as despesas foi analisado o número

    de refeições por cada serviço e consequentemente seus faturamentos; o pró-labore, de

    acordo com a necessidade e a permanência dos sócios nos serviços; o critério dos

    impostos conforme a receita; e os encargos de acordo com a porcentagem da mão de

    obra.

    No mês de dezembro de 2008, onde já se inicia a temporada, analisou-se uma

    queda na lucratividade do resultado, onde as receitas são mais elevadas que o mês

    anterior, porém os custos e despesas também se elevam. Isso se dá devido a grande

    perspectiva que se tem em relação à temporada e que se inicia o processo de preparação

    e adaptação para receber turistas e veranistas. Neste período se tem um número maior de

    funcionários, os estoques estão sendo repostos e sub-lotados, para que não haja falta e

    que os atrasos de fornecedores não alterem no atendimento do restaurante, fato esse

    muito comum no mês de final de ano e festas, onde se tem um grande número de pessoas

    na cidade.

  • 43

  • 44

    Nos meses de janeiro e fevereiro de 2009, os resultados são positivos e bastante

    elevados. Nesse período é quando o hotel recebe as excursões, normalmente grupos de

    jovens e estudantes, onde são servidos em grande número as refeições de café da manha

    e jantar, essas refeições quando em grande quantidade obtem-se o lucro.

    Como critério de rateio nesses meses, dos custos de matéria-prima foi feito uma

    análise em relação aos números de refeições fornecidas, onde se tem números superiores

    no café da manhã e janta; quanto ao custo de mão de obra, o rateio foi feito conforme o

    número de funcionários, que no mês de janeiro teve-se um total de 13 (treze) funcionários

    e em fevereiro um total de 9 (nove), essa quantidade de funcionário baixou devido ao

    término da temporada e consequentemente ao movimento do restaurante; o custo de mão

    de obra extra o rateio foi baseado onde foi necessário o serviço de funcionário extra no

    período ou turno, considerando esses dois meses a necessidade superior aos demais

    períodos; o custo fixo foi rateado conforme faturamento; o pró-labore baseado na

    permanência dos sócios em cada serviço; os impostos conforme a receita e os encargos

    de acordo com a mão de obra.

    Com os dados levantados analisou-se a lucratividade de cada serviço, que nestes

    meses de janeiro e fevereiro, o lucro obtido na unidade do serviço de café da manhã e

    janta se elevaram consideravelmente, esses valores são devidos a quantidade no número

    das refeições.

  • 45

  • 46

  • 47

    No mês de março o cálculo das porcentagens de rateio não foi diferente dos demais

    meses. O critério de rateio nos custos de matéria-prima foi analisado o número de

    refeições e o consumo utilizado em cada serviço prestado, esses dados conforme as

    classes de itens dos alimentos; o rateio nos custos de mão de obra foi feito conforme o

    número de funcionários do mês que totalizaram apenas 5 (cinco) funcionários; quanto à

    mão de obra extra, o rateio foi conforme a utilização de funcionário extra neste período e

    de acordo com o serviço onde houve a necessidade; os custos fixos foram rateados

    conforme porcentagem do faturamento; já as despesas foi analisado o número de

    refeições por cada serviço e consequentemente seus faturamentos; o pró-labore, de

    acordo com a necessidade e a permanência dos sócios nos serviços; o critério dos

    impostos conforme a receita; e os encargos de acordo com a porcentagem da mão de

    obra.

    Em março de 2009, a queda da lucratividade deu espaço para o prejuízo, este

    período foi o mês de fechamento do restaurante, onde se teve o menor número de

    funcionários, porém foram feitas todas as rescisões, e ainda a baixa na hospedagem do

    hotel, com a baixa dessa hospedagem a queda do faturamento nos serviços despencou,

    principalmente no serviço de a la carte, onde se teve sempre o lucro, tudo isso contribuiu

    para o prejuízo do mês de março.

  • 48

  • 49

    Conclui-se que o lucro dos serviços entre café, e os buffets de almoço, jantar e

    coffee break se obtém somente apenas quando houver em grande quantidade, para que

    a receita possa cobrir os custos e despesas, assim obtendo lucro e não prejuízo, e que o

    preço de venda dos serviços estabelecido pelo hotel não é viável.

    Análise da Rentabilidade de cada serviço: Depois de apurar o custo e despesa de cada serviço é possível conhecer a rentabilidade de cada um deles, pois o preço de

    venda é definido de acordo com contrato com o Fischer Hotel e Convenções, onde na

    tabela abaixo apresenta-se os seguintes resultados apurados individualmente de cada

    serviço e mês a mês.

  • 50

    Tabela 07: Planilha da Rentabilidade Unitária dos Serviços

    outubro-08 Café da Manha Buffet Almoço Buffet Janta Coffee Break N° de Refeições 2108 220 235 187 Receita R$ 6,00 R$ 13,00 R$ 13,00 R$ 15,00 Custo + Desp. + Imp. R$ 6,14 R$ 18,42 R$ 32,79 R$ 12,87 (=) Lucro R$ (0,14) R$ (5,42) R$ (19,79) R$ 2,13

    novembro-08 Café da Manha Buffet Almoço Buffet Janta Coffee Break N° de Refeições 2940 294 218 310 Receita R$ 6,00 R$ 13,00 R$ 13,00 R$ 5,00 Custo + Desp. + Imp. R$ 5,28 R$ 25,56 R$ 40,72 R$ 10,76 (=) Lucro R$ 0,72 R$ (12,56) R$ (27,72) R$ (5,76)

    dezembro-08 Café da Manha Buffet Almoço Buffet Janta Coffee Break N° de Refeições 3596 0 1468 1 Receita R$ 6,00 0 R$ 13,00 R$ 3,00 Custo + Desp. + Imp. R$ 5,46 0 R$ 8,47 R$ 3.397,55 (=) Lucro R$ 0,54 R$ - R$ 4,53 R$ (3.394,55)

    janeiro-09 Café da Manha Buffet Almoço Buffet Janta Coffee Break N° de Refeições 5592 0 2134 5 Receita R$ 6,00 0 R$ 13,00 R$ 15,00 Custo + Desp. + Imp. R$ 3,75 0 R$ 6,30 R$ 692,35 (=) Lucro R$ 2,25 R$ - R$ 6,70 R$ (677,35)

    fevereiro-09 Café da Manha Buffet Almoço Buffet Janta Coffee Break N° de Refeições 4827 0 2255 20 Receita R$ 6,00 0 R$ 13,00 R$ 15,00 Custo + Desp. + Imp. R$ 2,79 0 R$ 4,62 R$ 113,30 (=) Lucro R$ 3,21 R$ - R$ 8,38 R$ (98,30)

    março-09 Café da Manha Buffet Almoço Buffet Janta Coffee Break N° de Refeições 1029 0 268 14 Receita R$ 6,00 0 R$ 13,00 R$ 15,00 Custo + Desp. + Imp. R$ 4,22 0 R$ 13,68 R$ 74,44 (=) Lucro R$ 1,78 R$ - R$ (0,68) R$ (59,44) Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2009.

  • 51

    Os dados da tabela foram apurados com a receita de cada serviço, que é o valor

    unitário que o hotel paga ao restaurante. O Café da Manhã o valor de R$ 6,00 (seis reais),

    o Buffet no Almoço e Jantar R$ 13,00 (treze reais) e o Coffee Break varia conforme o

    cardápio, de R$ 5,00 (cinco reais) a R$ 15,00 (quinze reais). Já os valores de

    Custo+Despesa+Imposto, também são valores unitários calculados conforme a planilha de

    levantamento dos custos e despesas de cada mês, onde foi dividido o valor total dos

    custos e despesas pelo número de refeições separadamente de cada serviço.

    Após o conhecimento da rentabilidade de cada serviço nas tabelas, apresentam-se

    os resultados com suas devidas conclusões e gráficos explicativos.

    Foi possível identificar que o café da manhã é o serviço mais lucrativo, em todos os

    meses pesquisados, apenas um mês apresentou resultado de prejuízo, os demais foram

    crescentes resultados positivos. No serviço de café se tem um bom resultado de lucro,

    porém com um número pequeno de refeições ele se torna inviável, pois a quantidade de

    alimentos é diminuída conforme o número de pessoas, mas não a sua variedade, é

    preciso manter o mesmo buffet, com o padrão de qualidade.

    R$ (0,14)

    R$ 0,72 R$ 0,54

    R$ 2,25

    R$ 3,21

    R$ 1,78

    out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09

    Rentabilidade do Café da Manhã

    Figura 01: Gráfico de Rentabilidade do Café da Manhã Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2009.

    No serviço de almoço o resultado é de prejuízo, apenas os dois meses de

    fornecimento de buffet no almoço se obteve um resultado inviável. Esses dois meses de

    buffet no almoço serviu para a empresa avaliar a inviabilidade deste serviço, devido que a

  • 52

    maioria dos grupos de hóspedes somente utilizam os serviços de café da manhã e jantar,

    pois é o horário que eles permanecem no hotel, ao contrário do horário de almoço, o qual

    os grupos ausentam-se do hotel, vão para a praia ou saem de Balneário Camboriú a

    passeio, por isso, no almoço os serviços de a la carte e room service são mais utilizados,

    sendo assim mais viável para a empresa.

    R$ (5,42)

    R$ (12,56)

    R$ - R$ - R$ - R$ -

    out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09

    Rentabilidade do Almoço

    Figura 02: Gráfico de Rentabilidade do Buffet no Almoço Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2009.

    Já o jantar, os meses de outubro, novembro e março foram negativos, e os meses

    de dezembro, janeiro e fevereiro foram positivos, os meses de alta temporada. Quanto

    aos serviços de buffet do jantar podemos considerá-lo rentável, porém somente quando

    houver em grande quantidade de refeições, pois o buffet deve estar disposto

    adequadamente conforme o número de pessoas já estabelecidas, os demais meses se

    apurou um resultado negativo pelo pequeno número de refeições, não conseguindo cobrir

    os custos.

  • 53

    R$ (19,79) R$ (27,72)

    R$ 4,53 R$ 6,70 R$ 8,38

    R$ (0,68)

    out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09

    Rentabilidade do Jantar

    Figura 03: Gráfico de Rentabilidade do Buffet no Jantar Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2009.

    O serviço de coffee break apresentou a inviabilidade de sua prestação, todos os

    meses foram resultados negativos e com seu valor bastante elevado. Isso porque ele

    absorveu os custos e despesas na coleta de dados e no rateio, mas se ele for analisado

    individualmente ele é um serviço rentável, considerando que é um cardápio estipulado

    para um número certo de pessoas e sem reposição de buffet, desta forma podemos

    considerá-lo um serviço lucrativo.

    R$ 2,13

    R$ (5,76)

    R$(3.394,55)

    R$ (677,35)R$ (98,30)R$ (59,44)

    out/08 nov/08 dez/08 jan/09 fev/09 mar/09

    Rentabilidade do Coffee Break

    Figura 04: Gráfico de Rentabilidade do Coffee Break Fonte: Elaborado pela acadêmica, 2009.

  • 54

    Dessa forma, fica evidenciado que manter a qualidade e assegurar o suprimento

    adequado de matéria-prima são necessários no processo de fabricação e prevenindo o

    desperdício é possível manter a qualidade do serviço prestado ao cliente, assim

    considera-se uma prestação de serviço rentável.

  • 55

    5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    A gestão de custos tem como finalidade fornecer dados à gerencia e ao

    proprietário da empresa o desempenho financeiro, ou seja, a sua lucratividade, pois o

    lucro deve ser suficiente para proporcionar aos proprietários tanto o retorno do

    investimento quanto a obtenção da rentabilidade. Este estudo foi uma contribuição para

    o conhecimento da rentabilidade dos serviços de alimentação da empresa Chefs Du

    Soleil Restaurantes Ltda, e a identificação do resultado de lucro ou prejuízo desses

    serviços.

    Através da pesquisa identificou-se que no serviço de buffet a lucratividade é

    diretamente proporcional ao número de refeições servidas, ou seja, quanto mais

    refeições, maior o lucro, e que poucas refeições geram um prejuízo. Já no serviço de a

    la carte independe do número de refeições vendidas e sim da margem de lucro.

    O objetivo da pesquisa foi identificar para o proprietário qual o serviço oferecido

    pelo restaurante, que se obtém lucro, e demonstrar todos os custos e despesas que cada

    um desses serviços englobam para que possa ser analisados e repensados, onde é

    preciso gastar menos, onde é preciso reaver preços para que se obtenha lucro em todos

    os serviços. Considerando a totalidade da pesquisa, após o levantamento de mês a mês,

    identificou-se que os serviços oferecidos pelo restaurante são viáveis concluindo que o

    lucro é obtido através do grande número de refeições e com os serviços de a la carte e

    room service. O equilíbrio financeiro é obtido na alta temporada, nos meses de dezembro,

    janeiro e fevereiro. Nos demais meses, ou seja, na baixa temporada, quando não houver

    um número razoável de refeições é preciso ter um bom controle dos custos e despesas

    para que se possa obter um equilíbrio, é preciso também de um bom trabalho promocional

    Do restaurante em divulgar os demais serviços para o publico externo do hotel, como,

    Buffet de Feijoada, Buffet de Sopas, Noite Italiana (Buffet de Massas) e o seu cardápio fixo

    de À La Carte. Também é preciso um trabalho semelhante por parte da gerencia do hotel

    em divulgar os serviços por eles oferecidos para aumentar o número de hóspedes e fazer

    eventos nesse período.

    Quanto aos preços dos serviços, poderiam ser repensados e renegociados junto ao

    hotel, pois conforme a identificação da rentabilidade observou que o preço de venda é

    muito inferior comparado ao alto custo, a sua qualidade e diversidade, assim não obtendo

    o lucro desejado.

  • 56

    Antes da pesquisa a idéia inicial era que no serviço de café da manhã se obtinha

    prejuízo, não tinha-se a idéia que era o serviço mais rentável, pois a grande variedade, o

    consumo excessivo e o preço unitário baixo, causavam a falsa impressão de prejuízo.

    O estudo possibilitou a identificação da inviabilidade do buffet no almoço, sendo os

    serviços de à la carte e room service mais viável, por isso a sua desistência de sua

    prestação até já foi aderida pela empresa no mês seguinte.

    Já os demais serviços continuaria com a sua prestação, porém com controles

    rigorosos dos seus custos e a possibilidade do aumento no preço de venda, pois assim é

    possível ter um equilíbrio financeiro entre a baixa e alta temporada.

  • 57

    REFERÊNCIAS BRUNI, A. L.; FAMÁ, R. Gestão de Custos e Formação de Preços: Com aplicações na calculadora HP 12C e Excel. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2008.

    DRUCKER, P. F. Introdução à Administração. 3 ed. São Paulo: Pioneira, 1998.

    DUTRA, R. G. Custos: Uma abordagem prática. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1995. FONSECA, M. T. Tecnologias Gerenciais de Restaurantes. São Paulo: Senac, 2000.

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    LIMA, M. C. Monografia: A engenharia da produção acadêmica. São Paulo: Saraiva, 2004.

    MAXIMIANO, A. C. A. Teoria Geral da Administração: Da Revolução Urbana à Revolução Digital. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2005.

    MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000.

  • 58

    MONTANA, P. J.; CHARNOV, B.H. Administração. São Paulo: Saraiva, 2000.

    PACHECO, A. O. Manual do Restaurante: Técnicas e Tecnologias de Serviço. São Paulo: Senac, 1993.

    RIBEIRO, O. M. Contabilidade de Custos. São Paulo: Saraiva, 2009.

    ROSS, S. A.; WESTERFIELD, R. W.; JORDAN, B. D. Princípios da Administração Financeira. São Paulo: Atlas, 1997.

    SÁ, A. L. Administração Financeira: Introdução à Finanças das empresas. São Paulo: Atlas, 1969.

    TORRE, F. Administração Hoteleira: Alimentos e bebidas, parte II. São Paulo: Roca, 2002.

    WALKER, J. R.; LUNDBERG, D. E. O Restaurante: Conceito e Operação. 3 ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.

  • 59

    ANEXOS

    JULIANA MAIA PEUKERTJULIANA MAIA PEUKERTLISTA DE TABELASLISTA DE FIGURAS

    1 INTRODUÇÃO2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA3 METODOLOGIA4 ANÁLISE DOS RESULTADOS